UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ANA LUCIA … · A Acupuntura é uma alternativa benéfica para...

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

ANA LUCIA MIRANDA LUGUBONE MARIA REGINA RIBEIRO DE PAIVA

SABRINA KODAMA

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DO TABAGISMO

MOGI DAS CRUZES 2012

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

ANA LUCIA MIRANDA LUGUBONE MARIA REGINA RIBEIRO DE PAIVA

SABRINA KODAMA

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DO TABAGISMO

Monografia apresentada ao Programa de

Pós Graduação da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista

em Acupuntura.

Orientadores: Profa. Bernadete Nunes Stolai Prof. Luiz Bernardo Leonelli

MOGI DAS CRUZES 2012

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................... 05

2 METODOLOGIA.................................................................. 07

3 ASPECTOS PSICOFARMACOLÓGICOS NO

TABAGISMO........................................................................... 08

3.1 FARMACOTERAPIA....................................................................... 12

3.1.1 Farmacoterapia de primeira linha................................................................. 12

3.1.2 Farmacoterapia de segunda linha................................................................ 15

3.1.3 Imunoterapia................................................................................................... 16

4 TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS NO TABAGISMO. 17

4.1 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E GRUPOS

DE AUTO-AJUDA................................................................................. 17

4.2 TERAPIA FAMILIAR....................................................................... 17

4.3 ACUPUNTURA................................................................................ 17

5 SELEÇÃO DE PONTOS PARA TRATAMENTO NA REDUÇÃO DO TABAGISMO E SEUS SINTOMAS..........20 6 CONCLUSÃO...................................................................... 26

REFERÊNCIAS....................................................................... 27

ANEXOS................................................................................. 30

ANA LUCIA MIRANDA LUGUBONE MARIA REGINA RIBEIRO DE PAIVA

SABRINA KODAMA

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DO TABAGISMO

Monografia apresentada ao Programa de Pós Graduação da Universidade de Mogi

das Cruzes, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista

em Acupuntura.

Aprovado em...........................................

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Profª Bernadete Nunes Stolai

Universidade de Mogi das Cruzes – SP

________________________________________

Prof Luiz Bernardo Leonelli

Universidade de Mogi das Cruzes – SP

________________________________________

Prof ª Romana Souza Franco

Universidade de Mogi das Cruzes – SP

LEI Nº 13.541, DE 7 DE MAIO DE 2009 Proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, na forma que especifica O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Artigo 1º - Esta lei estabelece normas de proteção à saúde e de responsabilidade por dano ao consumidor, nos termos do artigo 24, incisos V, VIII e XII, da Constituição Federal, para criação de ambientes de uso coletivo livres de produtos fumígenos. Artigo 2º - Fica proibido no território do Estado de São Paulo, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco. § 1º - Aplica-se o disposto no “caput” deste artigo aos recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja permanência ou circulação de pessoas. § 2º - Para os fins desta lei, a expressão “recintos de uso coletivo” compreende, dentre outros, os ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis. § 3º - Nos locais previstos nos parágrafos 1º e 2º deste artigo deverá ser afixado aviso da proibição, em pontos de ampla visibilidade, com indicação de telefone e endereço dos órgãos estaduais responsáveis pela vigilância sanitária e pela defesa do consumidor. Artigo 3º - O responsável pelos recintos de que trata esta lei deverá advertir os eventuais infratores sobre a proibição nela contida, bem como sobre a obrigatoriedade, caso persista na conduta coibida, de imediata retirada do local, se necessário mediante o auxílio de força policial. Artigo 4º - Tratando-se de fornecimento de produtos e serviços, o empresário deverá cuidar, proteger e vigiar para que no local de funcionamento de sua empresa não seja praticada infração ao disposto nesta lei. Parágrafo único - O empresário omisso ficará sujeito às sanções previstas no artigo 56 da Lei federal n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor, aplicáveis na forma de seus artigos 57 a 60, sem prejuízo das sanções previstas na legislação sanitária. Artigo 5º - Qualquer pessoa poderá relatar ao órgão de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor da respectiva área de atuação, fato que tenha presenciado em desacordo com o disposto nesta lei. § 1º - O relato de que trata o “caput” deste artigo conterá:

1 - a exposição do fato e suas circunstâncias; 2 - a declaração, sob as penas da lei, de que o relato corresponde à verdade; 3 - a identificação do autor, com nome, prenome, número da cédula de identidade, seu endereço e assinatura. § 2º - A critério do interessado, o relato poderá ser apresentado por meio eletrônico, no sítio de rede mundial de computadores - “internet” dos órgãos referidos no “caput” deste artigo, devendo ser ratificado, para atendimento de todos os requisitos previstos nesta lei. § 3º - O relato feito nos termos deste artigo constitui prova idônea para o procedimento sancionatório. Artigo 6º - Esta lei não se aplica: I - aos locais de culto religioso em que o uso de produto fumígeno faça parte do ritual; II - às instituições de tratamento da saúde que tenham pacientes autorizados a fumar pelo médico que os assista; III - às vias públicas e aos espaços ao ar livre; IV - às residências; V - aos estabelecimentos específica e exclusivamente destinados ao consumo no próprio local de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, desde que essa condição esteja anunciada, de forma clara, na respectiva entrada. Parágrafo único - Nos locais indicados nos incisos I, II e V deste artigo deverão ser adotadas condições de isolamento, ventilação ou exaustão do ar que impeçam a contaminação de ambientes protegidos por esta lei. Artigo 7º - As penalidades decorrentes de infrações às disposições desta lei serão impostas, nos respectivos âmbitos de atribuições, pelos órgãos estaduais de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor. Parágrafo único - O início da aplicação das penalidades será precedido de ampla campanha educativa, realizada pelo Governo do Estado nos meios de comunicação, como jornais, revistas, rádio e televisão, para esclarecimento sobre os deveres, proibições e sanções impostos por esta lei, além da nocividade do fumo à saúde. Artigo 8º - Caberá ao Poder Executivo disponibilizar em toda a rede de saúde pública do Estado, assistência terapêutica e medicamentos antitabagismo para os fumantes que queiram parar de fumar. Artigo 9º - Esta lei entra em vigor no prazo de 90 (noventa) dias após a data de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes, 7 de maio de 2009. JOSÉ SERRA Luiz Antônio Guimarães Marrey Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania Luiz Roberto Barradas Barata Secretário da Saúde Guilherme Afif Domingos Secretário do Emprego e Relações do Trabalho Aloysio Nunes Ferreira Filho Secretário-Chefe da Casa Civil Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 7 de maio de 2009.

Sites de Ajuda

www.tabagismo.hu.usp.br

www.euvouparardefumar.com

www.queroparardefumar.com.br

www.pareagora.com.br

www.antidrogas.com.br

www.drauziovarella.com.br

Disque Saúde – 0800-611997 (INCA)

Locais de Ajuda

CRATOD - Centro de Referencia de Álcool, Tabaco e Outras Drogas

www.cratod.saude.sp.gov.br

Rua Prates, 165. Bom Retiro – SP.

Tel: (11) 3329-4455

INCA - Instituto Nacional do Câncer

www.inca.gov.br

Praça Cruz Vermelha, 23. Centro. RJ.

Tel: (21) 3207-1000

NA - Narcóticos Anônimos

www.na.org.br

Rua Engenheiro Gualberto, 358. Mogi das Cruzes- SP.

Tel: (11) 3101-9626

RESUMO

Hoje existem mais de 1 bilhão de tabagistas no mundo e destes, 4 milhões serão vítimas fatais a cada ano. O tabagismo é uma doença caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo da nicotina, substância presente no cigarro. Para tratá-la, a Acupuntura pode ajudar no abandono do uso do tabaco e também diminuir os sintomas da abstinência. Além de ser economicamente acessível a todas as classes sociais, não utiliza substâncias químicas e pode muitas vezes ser indolor. O trabalho procurou verificar a contribuição da Medicina Tradicional Chinesa para o abandono do uso do cigarro e da redução dos efeitos da abstinência, através da aplicação da Acupuntura. Para isso foram realizadas pesquisas de artigos científicos nacionais e internacionais e levantamento de literatura científica disponível na biblioteca da UMC. A Acupuntura faz parte da Terapia não farmacológica, sendo útil no tratamento coadjuvante ou parte de um programa completo na dependência da nicotina, contribuindo no auxílio ao paciente, na diminuição do número de cigarros, na modificação do gosto, no desejo pelo cigarro e nos sintomas de abstinência. Os artigos pesquisados utilizaram tanto a Acupuntura Sistêmica quanto a Acupuntura Auricular, conseguindo evidenciar que os indivíduos dos estudos obtiveram êxito no abandono do cigarro e também na diminuição dos sintomas da abstinência, quando os indivíduos participam efetivamente do tratamento, mostrando vontade de abandonar o cigarro. De acordo com os artigos pesquisados, 60% mostraram que a Acupuntura teve resultado satisfatório no abandono do cigarro, 25% mostraram efetividade na cessação do tabaco e nos sintomas de abstinência e 15% tiveram resultados positivos somente na abstinência. A Acupuntura é uma alternativa benéfica para auxiliar no tratamento da dependência da nicotina.

Palavras-chave: tabagismo, Acupuntura, nicotina, abstinência, cigarro.

1 INTRODUÇÃO

O tabagismo é uma patogenia complexa e seu controle requer a integração

de abordagens diversas: farmacológicas e não farmacológicas, psicológicas,

econômicas entre outras. (PRESMAN, 2005).

O consumo do tabaco, assim como de outras drogas, é um dos maiores

problemas de Saúde Pública e está presente em todos os países do mundo.

Hoje existem mais de 1 bilhão de tabagistas no mundo, e segundo a

Organização Mundial de Saúde, 4 milhões serão vítimas fatais a cada ano

(BALBANI, 2005).

A Acupuntura tem um baixo custo, pois os materiais utilizados têm preços

acessíveis e alguns podem ser reutilizados. Em muitos casos, o tratamento é

indolor.

Segundo Silva (1999), o tratamento através da Acupuntura pode levar a

melhoras significativas no estado geral do indivíduo, mesmo que não possa curar

efetivamente patologias mais crônicas ou mais graves.

No caso do tabagista, a Acupuntura pode ser um tratamento para ajudar no

abandono do uso do tabaco, como também minimizar os sintomas da abstinência,

tais como: irritabilidade, ansiedade, distúrbios do sono, aumento do apetite,

alterações cognitivas, “fissura”, tristeza, depressão, vazio, sentimentos negativos,

frustração, desânimo, tontura, dificuldade respiratória, paresia dos MMSS e MMII,

alterações cognitivas (dificuldade concentração), cefaléia e mal humor.

(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2006).

Atualmente, na sociedade brasileira observa-se um aumento considerável do

consumo de drogas lícitas e ilícitas, tornando-se cada vez mais precoce. Na mesma

direção há o crescimento da criminalidade, acidentes automotivos, comportamento

anti- sociais, abandono da escola e etc. (CREMESP,2003. p. 06-15).

Os seguintes fatores também contribuem para o uso precoce do tabaco como

o uso do tabaco pelos pais, colegas mais velhos, status, rebeldia, influência da mídia

e etc. (CREMESP,2003. p. 06-15).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da população

mundial adulta, isto é, 2 bilhões e 300 milhões de pessoas são fumantes.

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011.)

Estima-se que 24% da população adulta brasileira seja dependente da

nicotina (BALBANI, 2005). Sendo esta uma das substâncias psicoativas que mais

causam dependência na tentativa de alcançar algum benefício, principalmente

prazer e bem-estar.

Hoje, a dependência da nicotina é considerada uma doença, classificada

entre os transtornos psiquiátricos, pois envolve a área social, psicológica, legal,

criminal e educacional (SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS, 1999).

No processo de cessação do uso do tabaco, a principal conseqüência da

diminuição da nicotina no organismo, é a Síndrome da Abstinência (S.A.), que

promove as recaídas, dificultando ainda mais esse processo.

Nos últimos anos, vários estudos vêem sendo realizados, na tentativa de

auxiliar os dependentes da nicotina no abandono do tabaco e minimizar seus efeitos,

como por exemplo: tratamentos farmacológicos e terapias em grupo ou individuais e

a Acupuntura.

A Acupuntura é bastante utilizada no tratamento de algias/dores, hemiplegias,

obesidade, doenças psicológicas inclusive os vícios. A escolha de determinados

pontos de Acupuntura promovem o aumento nos níveis de endorfina, encefalina,

adrenalina, noradrenalina, serotonina e dopamina no Sistema Nervoso Central

(SNC) e no sangue, que causam a mesma sensação de bem- estar e prazer que a

nicotina oferece, diminuindo assim a procura e o desejo de fumar e o impedimento

de sintomas psicológicos (CABIOGLU, 2007; HE, 2001).

Este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição da Medicina

Tradicional Chinesa (MTC) para o abandono do uso do cigarro e da redução dos

efeitos da abstinência, mediante aplicação da Acupuntura.

2 METODOLOGIA

Foi realizado um levantamento de literatura científica disponível na biblioteca

da UMC, pesquisas de artigos científicos nacionais e internacionais, em sites de

confiança como Bireme, Scielo, Pub Med, Medline, Lilacs, Biblioteca Virtual em

Saúde (Ministério de Saúde).

3 ASPECTOS PSICO-FARMACOLÓGICOS NO TABAGISMO

O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, de onde é

extraída a nicotina. Era utilizada com fins curativos, no século XVI, Jean Nicot

introduziu seu uso na Europa. Somente após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

seu consumo apresentou expansão, mas em meados do século XX, seu uso

espalhou-se por todo mundo, incrementado também pela publicidade.

Em meados dos anos 50, alguns trabalhos demonstraram que o cigarro era

capaz de provocar doenças em animais, constatação que as companhias de tabaco

lutaram por desqualificar, porém apenas na década de 60, surgiram estudos

científicos que relacionaram o cigarro a doenças e ao seu vício (TORRES,

2005.p.73).

O cigarro é o único produto lícito que mata 50% dos seus consumidores, em

média um tabagista perde 20 anos de vida, e por ser fator de risco para mais de 50

doenças, das 1,2 bilhão de pessoas que fumam no mundo, a metade morrerá, entre

35 e 69 anos (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2011).

Várias são as perdas e danos que a saúde do tabagista sofre, dentre elas

Angina e Infarto do Miocárdio responsável por 25% dos casos, o aparecimento e/ou

dificuldade no controle da Hipertensão Arterial; 85% dos casos de Bronquite e

Enfisema Pulmonar estão ligados ao cigarro, bem como as Infecções respiratórias;

90% dos diagnósticos de câncer de pulmão estão associados ao cigarro; 30% dos

cânceres de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero,

estômago e fígado; o cigarro favorece em 25% o surgimento de Acidente Vascular

Cerebral; Aterosclerose; Tromboangeíte obliterante (doença que leva a amputações,

doença essa que é exclusiva dos tabagistas); Leucemia; Catarata; Menopausa

precoce; Disfunção erétil ou impotência sexual; Infertidade; Úlcera péptica, Gastrite

e etc. (Figura 01) (ROSEMBERG,2003.p.168-171).

O tabagismo é uma drogadicção caracterizada pela dependência física e

psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco.

A fumaça do cigarro contém 4.720 substâncias tóxicas, entre elas: monóxido

de carbono, alcatrão e nicotina, sendo esta uma amina terciária volátil e o

componente ativo mais importante do tabaco (BALBANI,2005).

Figura 01 – Ação do cigarro no corpo humano.

Fonte: WHO (2011).

A nicotina age de duas formas distintas: tem um efeito estimulante e, após

algumas tragadas profundas, tem efeito tranqüilizante, bloqueando o estresse. Seu

uso causa dependência física e psíquica provocando sensações desconfortáveis na

abstinência (REVISTA ELETRÔNICA DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA-EFSC,

2000).

Quando inalada com a fumaça, a nicotina é rapidamente absorvida pelos

alvéolos pulmonares, cai na corrente sangüínea e chega ao cérebro em até 10

segundos, causando alívio imediato ao fumante; ligando a receptores localizados

nas membranas dos neurônios em vários centros cerebrais. A integração desses

circuitos é responsável pela sensação de prazer, tanto a curto como a longo prazo,

após uso único ou repetido da substância (OMS, 2006.p.37).

A nicotina aspirada atravessa a rede alvéolo-capilar, atinge o cérebro

propagando-se a todas as suas áreas, centros até o córtex. A nicotina age sobre o

sistema mesolimbico-dopaminico, onde há grande liberação de dopamina que

produz estado euforizante e prazeroso, constituindo um dos principais componentes

do processo da dependência (ROSEMBERG, 2003.p.33). Estimula a transmissão de

neurotransmissores acetilcolina, dopamina, glutamato, serotonina e acido gama-

aminobutirico (BALBANI, 2005).

Rose et al (2003) estudaram os efeitos agudos da nicotina sobre a circulação

cerebral em adultos através da tomografia por emissão de pósitrons. A nicotina

interfere na circulação sanguínea na formação reticular, que incluem áreas da ponte,

mesencéfalo e tálamo, e participa dos mecanismos de alerta e despertar. Baixas

doses de nicotina tem efeito estimulante central, enquanto doses mais altas tem

efeito depressor. A nicotina provoca também aumento dose-dependente do fluxo

sanguíneo na amídala do hemisfério esquerdo, o que explicaria o efeito ansiolítico

do ato de fumar.

A nicotina atua ainda sobre o sistema simpático e parassimpático, sistemas

endócrinos e neuroendócrinos e gânglios autonômicos, adrenal (medula e córtex), e

liga-se a receptores pré-sinápticos, neurônios periféricos e sinapses

neurovasculares (ROSEMBERG, 2003.p.34). Induz à tolerância (necessidade de

doses progressivamente maiores para obter o mesmo efeito) e dependência (desejo

de consumi-la) por agir nas vias dopaminérgicas do sistema mesolímbico,

diminuindo a atividade do tálamo. Assim, ela libera dopamina no nucleus

accumbens, localizado no mesencéfalo, estimulando a sensação de prazer e

recompensa (BALBANI, 2005; OMS, 2006.p.79).

Para Marques et al (2001) uma diminuição de 50% no consumo da nicotina

pode desencadear os sintomas da abstinência nos indivíduos dependentes. A

síndrome da abstinência da nicotina é mediada pela noradrenalina e tem início 08

horas após o último cigarro, atingindo o auge no terceiro dia.

É uma droga de excreção rápida: duas horas, em média, causando crises de

ansiedade várias vezes ao dia, mudanças de humor, redução do estresse e melhora

no desempenho. Esses efeitos associados com a liberação de nicotina durante o ato

de fumar incluem alerta, aumento na atenção e na concentração, melhora na

memória, redução da ansiedade e supressão do apetite (OMS, 2006. p.78).

A necessidade de “prazer” que a nicotina causa entre os neurônios provoca uma

dependência química de forte intensidade, assim é necessário ensinar o cérebro a

funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga, isto significa enfrentar

a abstinência da nicotina que se manifesta em crises repetitivas, mais intensas,

desagradáveis e difíceis de suportar que aquelas provocadas por drogas como

cocaína, crack, maconha ou álcool (VARELLA, 2011).

As primeiras 72 horas de abstinência são as piores, causando irritação,

ansiedade, tremores, sudorese, mãos frias, fome compulsiva, modificações do

hábito intestinal, insônia ou hipersonia, dificuldade de concentração e alterações de

humor (da apatia à agressividade). Em média, após seis meses os neurônios

começam a ficar livres da dependência (VARELLA, 2011).

Estudo experimentais mostram que a nicotina age como indutora enzimática

no fígado. Por isso, ela reduz a meia-vida de diversos medicamentos como

anestésicos locais, morfina, codeína, teofilina, heparina, warfarina, amitriptilina,

imipramina, propanolol, clorpromazina, diazepam, clordiazepoxido e indometacina.

Sendo assim, fumantes podem precisar de maiores doses desses medicamentos

para obter efeito terapêutico (BALBANI, 2005).

Essas manifestações podem ser amenizadas através de Farmacoterapia

(Bupropiona, Clonidina, Nortriptilina e Terapia de Reposição da Nicotina) e outras

terapias: Grupos de Auto Ajuda, Terapia Familiar e Acupuntura (BALBANI, 2005).

Figura 02 – Bases biológicas da nicotina no sistema nervoso central

Fonte: Laranjeira (2001)

3.1 FARMACOTERAPIA

3.1.1 Farmacoterapia de primeira linha.

São os fármacos de primeira escolha num tratamento medicamentoso, por

provocarem menos efeitos colaterais.

A Terapia de Reposição de Nicotina (TRN) é definida como a aplicação

sistemática de medicações que distribuem nicotina e princípios comportamentais

para estabelecer e manter a abstinência ao tabaco. O uso dessa terapia baseia-se

na necessidade da redução do sofrimento do fumante com os sintomas da

abstinência. É fundamental que haja alguma forma de intervenção comportamental

em todas as terapias para dependência de drogas, pois apenas o uso da medicação

que distribua nicotina no organismo do indivíduo não constitui uma terapia completa

da cessação de fumar (LARANJEIRA, 2001). Este tratamento pode ser aplicado por

quatro formas de aplicação; spray nasal, colutório e adesivos de nicotina e gomas de

mascar, sendo que somente os dois últimos estão disponíveis no Brasil (BALBANI,

2005).

Goma de mascar: A nicotina só começou a ser utilizada na forma de goma de

mascar no final da década de 80 e foi em 1996 que houve sua liberação para venda

nos EUA. Eles podem ser encontrados nas doses de 2mg e 4mg. Nos EUA recebem

o nome de Nicorette. O FDA (Food and Drugs Administration) recomenda seu uso

acompanhado de um programa comportamental (LARANJEIRA, 2001). As gomas de

mascar devem ser mastigadas com força ate que apareça a sensação de

formigamento na mucosa bucal ou o sabor do tabaco, permanecendo por trinta

minutos com a goma, sem a ingestão de líquidos nesse período. A média de

consumo é de dez a vinte gomas por dia (BALBANI, 2005).

Adesivos de nicotina transdérmica: No Brasil, os adesivos encontrados no

mercado tem dosagem de 07, 14 e 21 mg/ unidade, que mantém os níveis

sanguíneos de nicotina por 16 a 24 horas, por isso devem ser trocadas diariamente.

Seu efeito pleno é observado em 2 a 3 dias de uso e o período médio de tratamento

é de 8 semanas. Os adesivos são mais indicados por ter menos efeitos colaterais

(BALBANI, 2005). Faz-se uma redução gradual da nicotina sérica. Alguns pacientes

podem precisar de menos tempo de terapia e outros podem fazer uso dos adesivos

por um ano ou mais, dependendo do seu grau de tolerância aos efeitos colaterais.

(Gráfico 01) (LARANJEIRA, 2001).

A TRN é contra-indicada aos menores de 18 anos e portadores de doenças

cardiovasculares instáveis. Gestantes e nutrizes devem ponderar riscos e benefícios

(BALBANI, 2005; CREMESP, 2003.p.55-57).

Bupropiona é um antidepressivo, que atua na receptação da dopamina e

noradrenalina, levando a diminuição da “fissura” pelo cigarro. Inicia-se o uso duas

semanas antes da cessação com dose inicial de 150 mg/dia até o terceiro dia,

passando em seguida para 150 mg 2 vezes ao dia, com intervalo mínimo de 8 horas

entre as doses, e com duração de 7 a 12 semanas, apresentando resultados

satisfatórios (BALBANI, 2005; MARQUES, 2001; CREMESP, 2003.p.55-57). Os

efeitos colaterais mais comuns são insônia, boca seca, cefaléia e urticária, sendo

essas as razões mais freqüentes para suspensão do tratamento (LARANJEIRA,

2001).

Gráfico 01- Porcentagem de diminuição da chance de abstinência com o uso combinado de

Goma + Adesivo.

Fonte: Adaptado de Komitzer (1995).

Porém existem algumas contra-indicações tais como: traumatismo crânio

encefálico, hipertensão não controlada, episódios de crises convulsivas, distúrbios

alimentares, abstinência recente de álcool e uso de inibidores da monoaminoxidase,

uso concomitante de compostos contendo Bupropiona (BALBANI,2005;

MARQUES,2001; CREMESP, 2003.p.55-57). Esse tratamento seria mais adequado

para fumantes que fracassaram ao usar uma TRN ou que não desejam utilizá-la. Os

pacientes devem continuar a utilizar a bupropiona na dose de 300 mg/dia por três a

quatro meses. Acredita-se que a ação dopaminérgica da Bupropiona reduziria a

propriedade reforçadora da nicotina e sua atividade noradrenérgica no locus

ceruleos reduziria os sintomas de abstinência. A possibilidade da ocorrência de

convulsões com o uso dessa medicação torna necessário o rastreamento dos

seguintes fatores, que colocam os pacientes em especial risco, tais como história de

convulsões, epilepsia, história de trauma do sistema nervoso central, incluindo

0

5

10

15

20

25

30

35

40

12 semanas 24 semanas 52 semanas

Adesivo + Goma

Adesivo

acidentes vasculares cerebrais, cirurgia craniana ou traumatismo craniano com

perda de consciência, uso concomitante de droga que abaixe o limiar convulsivante

(por exemplo álcool ou neurolépticos), transtornos alimentares, uso de bupropiona

em altas doses (maiores que 300 mg/dia) (LARANJEIRA, 2001).

Gráfico 02 – Diagrama esquemático mostrando a elevação dos níveis de nicotina no sangue venoso após fumar um cigarro e após usar um dos produtos de terapia de substituição da nicotina, seguidos de uma noite de abstinência do uso de cigarros. Fonte: Laranjeira (2001).

3.1.2 Farmacoterapia de segunda linha.

É considerada farmacoterapia de segunda linha para aqueles que não se

beneficiaram efetivamente do tratamento com Bupropiona.

Clonidina é um agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico

α2. Pode ser usada na dose de 0,1 a 0,75 mg/dia para alívio dos sintomas da

síndrome da abstinência da nicotina. Seus principais efeitos colaterais são sedação

e hipotensão ortostática. A interrupção abrupta pode causar crise hipertensiva

(BALBANI, 2005).

Nortriptilina inibe a recaptação de noradrenalina e dopamina no Sistema

Nervoso Central (SNC), tendo efeitos antidepressivo e ansiolítico. São utilizadas

doses de 50 a 100 mg da medicação em pacientes querendo deixar de fumar. O

tratamento deve ser iniciado com um comprimido de 25 mg e a dose deve ser

aumentada em 25 mg a cada dois dias. Aguardar quatro semanas até que se

atinjam níveis plasmáticos constantes, só então deve-se parar de fumar. Em curto

prazo sua eficácia no abandono do fumo parece ser similar à Bupropiona (BALBANI,

2005; LARANJEIRA, 2001).

3.1.3 Imunoterapia.

É uma proposta futura que utilizará vacinas contra a nicotina para tratamento

da dependência nicotínica, agindo na estimulação do sistema imunológico a produzir

anticorpos específicos que se ligam à nicotina no plasma e liquido extracelulares

(REICHERT, 2008).

Tabela 01 – Farmacoterapia e outros métodos de intervenção Fonte: Laranjeira (2001).

4 TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS NO TABAGISMO

4.1 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E GRUPOS DE

AUTO-AJUDA.

Segundo Marques (2001), os Grupos de Auto-ajuda e a Psicoterapia

(individual ou em grupo) com sessões de aconselhamento, são coadjuvantes

efetivos no tratamento da dependência da nicotina, principalmente quando esta é

acompanhada de depressão e ansiedade.

4.2 TERAPIA FAMILIAR

A família torna-se uma parte significativa no processo de tratamento, mesmo

sem conhecimento suficiente para compreender a necessidade do dependente, por

isso a necessidade de discutir seus (pré) conceitos, melhorar a qualidade das

relações interpessoais (SECRETARIA NACIONAL ANTI-DROGAS, 1999).

4.3 ACUPUNTURA

Segundo o Painel do Consenso sobre o Desenvolvimento da Acupuntura do

National Institutes of Health (NIH) dos EUA de 1998, a Acupuntura pode ser útil

como tratamento coadjuvante, ou alternativa tolerável, ou parte de um programa

completo num programa de dependência da nicotina.

Atualmente, não há evidências científicas que comprovam a eficácia da

Acupuntura, mas vários pacientes sentem-se melhor ao fazê-la durante a

abstinência do fumo, desde que não haja contra- indicação (BALBANI, 2005).

A Acupuntura vem sendo utilizada desde a década de 70, como terapia

complementar no tratamento da cessação de fumar, contribuindo no auxilio ao

paciente na diminuição do número de cigarros, na modificação do gosto e desejo

pelo cigarro e nos sintomas da abstinência (HE, 1997).

Para Yamamura (2001,p.700), os pontos utilizados na Acupuntura Auricular

são ShenMen, Asma, Diafragma e Pulmão.

He et al (1997) utilizaram a combinação de Eletroacupuntura, Acupuntura

Auricular e Auriculopressão em 46 (quarenta e seis) indivíduos motivados a parar de

fumar, que foram divididos em Grupo Tratamento (GT) e Grupo Controle (GC) com 2

(duas) sessões semanais, durante 3 (três) semanas. O GT recebeu

Eletroacupuntura nos pontos P6 e P7, mais Acupuntura Auricular nos pontos

ShenMen, Boca e Pulmão e também Auriculopressão em Shenmen, Boca, Pulmão,

Traquéia, Fome e Endócrino. O GC recebeu Eletroacupuntura em IG10 e TA8,

Acupuntura Auricular nos pontos Joelho, Lombar e Pescoço e receberam também

Auriculopressão em Joelho, Lombar, Pescoço, Ombro e Nádega. A diminuição do

consumo de cigarros durante o tratamento foi significante em ambos sendo de 75%

no GT e 39% no GC. O gosto do cigarro não parecia bom, logo após a primeira

sessão de Acupuntura e o efeito foi diminuído no GT.

Mondoni et al (2007), iniciaram a pesquisa com 61 pacientes, mas apenas 21

concluíram o estudo que durou 12 semanas, sendo 01 (uma) sessão semanal.

Deve-se atentar a outros fatores que demonstram isso, como baixo custo, nenhum

efeito colateral e nenhum risco de interação farmacológica. Pertenciam ao GT 13

pacientes que utilizaram a Auriculoterapia com os pontos ShenMen, Simpático, Rim,

Fígado e Pulmão e o GC com 08 (oito) pacientes utilizaram pontos aleatórios. O GT

mostrou melhor resultado na cessação do tabagismo em relação ao GC.

Chae et al (2010) realizaram um estudo com 29 (vinte e nove) pacientes

fumantes, dividindo-os em 2 (dois) grupos, ficando o GT com 15 (quinze) pacientes

que foram tratados com Acupuntura Sistêmica fazendo uso de Eletroacupuntura no

ponto: C7 e o GC com 14 (quatorze) pacientes que também foram tratados com a

Acupuntura Sistêmica mas utilizando o ponto IG10. O resultado mostrou que a

Acupuntura não só melhorou a cessação do tabagismo, mas também reduziu

sintomas de abstinência.

Lambert et al (2009) utilizaram a Eletroacupuntura para aliviar o desejo de

fumar em 98 (noventa e oito) indivíduos. Os participantes foram divididos em GT e

GC e se abstiveram de fumar por 26 (vinte e seis) horas. Os pontos utilizados foram

IG4, CS6, CS8 e TA5, alternando entre 02 (dois) e 100 (cem) Hz. O GT mostrou

resultado promissor diminuindo o desejo de fumar.

Song (2008) fez uso de Acupuntura Auricular nos pontos Boca, Pulmão,

ShenMen, Adrenal, Estômago, Coração, Endócrino, Traquéia e Fígado combinada

com Acupuntura Sistêmica nos pontos C7, VC12, E36 e TA6. O tratamento foi

administrado em 4 (quatro) semanas em 53 (cinqüenta e três) indivíduos, sendo que

destes, 36 (trinta e seis) abandonaram o cigarro, 12 (doze) diminuíram o consumo

de cigarro e 5 (cinco) não tiveram resultado nenhum.

Já a pesquisa de Wu (1997) aplicou Acupuntura Auricular em 118 (cento e

dezoito) indivíduos que queriam parar de fumar. Esses indivíduos foram divididos em

GT e GC, sendo que cada grupo tinha 59 participantes. O GT recebeu Acupuntura

Auricular nos pontos ShenMen, Simpático, Boca e Pulmão durante 08 (oito)

semanas. O GC recebeu Acupuntura Auricular Placebo nos pontos Joelho, cotovelo,

Ombro e Olho também por 08 (oito) semanas. Ao fim do tratamento, o consumo de

cigarro tinha diminuído significativamente em ambos os grupos, mas apenas o GT

mostrou uma redução significativa na taxa de abandono do tabagismo entre os

grupos.

Analisando os 08 autores estudados, 05 deles mostraram que a Acupuntura

tem resultados positivos na cessação do tabagismo, 02 deles tiveram um bom

resultado no abandono do tabaco e também nos sintomas de abstinência e 01

mostrou resultado positivo apenas durante a abstinência.

5 SELEÇÃO DE PONTOS PARA TRATAMENTO NA

REDUÇÃO DO TABAGISMO E SEUS SINTOMAS

Em referência aos autores citados na seção 6.3, seguem abaixo os pontos

utilizados, Auriculares e Sistêmicos respectivamente:

Adrenal tem a função de estimular os hormônios adrenocorticais e a adrenalina.

Usado para as doenças alérgicas, choque, reumatismo, ação nos vasos sanguíneos.

Regulariza as funções respiratórias. A estimulação desse ponto tem a propriedade

de regularizar a vasodilatação ou a vasoconstrição e também efeito anti-

hemorrágico, sendo usado para hipertensão, hipotensão, vasculites, hemorragias

capilares (YAMAMURA, 2001.p.686).

Asma é feito para regularizar o centro da respiração. Além disso, controla também a

hipersensibilidade e o prurido. É usado para o tratamento de asma, tosse, dispnéia e

urticária (YAMAMURA, 2001.p.682).

Boca afecções inflamatórias na boca. Segundo Nogier, é o ponto do nervo trigemio

para os casos de neuralgia deste nervo (FOCKS, 2005.p.250).

Coração tem por função armazenar a Energia Mental, por isso esse ponto

tranqüiliza a Mente, pacifica o Shen e acalma a ansiedade, além de controlar a

circulação sanguínea. Controla também a transpiração, e sua via de saída é a língua

e a garganta. Por suas funções, esse ponto é utilizado no tratamento de

enfermidades cardíacas; nas enfermidades do sistema cardiovascular; nas doenças

mentais; no tratamento da transpiração; e no tratamento das faringites, voz rouca,

língua dolorosa, estomatites, etc. (YAMAMURA, 2001.p.691).

Diafragma é usado para tratamento de espasmo de músculos do diafragma, nas

afecções do sangue e da pele. É efetivo para as vísceras sangrantes, hemoptises,

ponto para deixar de fumar. É utilizado para harmonizar o sangue em todos os casos

de afecções hematológicas; alem disso também nos casos de soluço. Para Nogier,

este ponto corresponde ao ponto zero (YAMAMURA,2001.p.680; FOCKS,

2005.p.249).

Endócrinas este ponto representa a sistema endócrino. É utilizado no tratamento de

doenças causadas pela secreção interna desordenada, e também efeitos

antialérgico e anti-reumático. É também utilizado no tratamento das doenças de

pele, afecções do sistema urogenital e reprodutor, dos vasos sanguíneos, distúrbios

de absorção do trato gastrointestinal e urinário. (YAMAMURA, 2001.p.688;

FOCKS,2005.p.246).

Estômago controla a recepção e a digestão do alimento. Está ligado intimamente

com o Baço/Pâncreas, assim como promove a formação das Energias Zhong, Yong

e Wei. Esse ponto é utilizado no tratamento de úlcera gástrica, gastrites aguda e

crônica, gastralgia psicossomática, indigestão, perda de apetite e também

deficiência ou excesso de acidez gástrica. Promove a descida da Energia do Alto do

corpo para o Baixo, por isso é utilizado no tratamento de náuseas e vômitos. O

Canal de Energia Principal do Estômago vai para os dentes e para a regias frontal,

por isso é utilizado nos afecções gengivo-dentárias, cefaléia frontal, enfermidades do

SNV (simpático). (YAMAMURA, 2001.p.691; FOCKS,2005.p.250).

Fígado tem por função produzir bile, regularizar a circulação sanguínea, melhorar a

visão, controlar músculos, tendões e nervos, além de fortalecer o Estômago. Esse

ponto é usado para tratar a hepatite aguda e crônica, inflamação da vesícula biliar,

dos músculos e dos nervos; é utilizado no tratamento de convulsões, paralisia,

desmaios, astenia muscular, entorses e derrames cerebrais. Por sua influência no

Sangue, usa-se para tratar hipertensão, doenças sanguíneas. O orifício de abertura

sensorial do Fígado é o olho; sendo esse ponto indicado para tratar as afecções do

olho. A Energia do Fígado controla a do Estômago, de modo que ele pode ser usado

nas doenças digestivas. O Fígado controla também os órgãos da pelve, sendo assim

utilizado no tratamento das afecções tocoginecológicas. Também é indicado para

doenças e afecções causadas por vicios (YAMAMURA, 2001.p.690;

FOCKS,2005.p.250).

Pulmão controla a respiração, oxigenando o sangue e promovendo a circulação de

Qi e Sangue. Ajuda a micção e regulariza a temperatura do corpo. Esse ponto é

indicado nas enfermidades do sistema respiratório causadas pelo bloqueio da

circulação energética. O Pulmão controla a pele e os pelos, sendo efetivo no

tratamento das doenças de pele, sudorese noturna e transpiração excessiva. O

Canal de Energia Principal do Pulmão estende-se até a garganta e está intimamente

ligado ao Intestino Grosso, podendo ser utilizado no tratamento de afonias,

laringites, enterites, diarréias, constipação, estomatites e úlceras dos lábios. Para a

analgesia por Acupuntura é um ponto básico. Também auxilia na dependência de

nicotina (YAMAMURA, 2001.p.691; FOCKS,2005.p.250).

Rins este ponto tem por função fortalecer a Energia Essencial, reforçando o

esperma. Tonifica a audição, as vértebras lombares, o cérebro, a micção e a

acuidade visual. O ponto é usado, primariamente, no tratamento de nefrites,

pielonefrites, insuficiência renal, cistites, enfermidades do sistema reprodutor. O

orifício de abertura sensorial dos Rins é a orelha, e como o Shen controla os ossos,

a pupila, os dentes e as medula óssea e espinhal. Esse ponto é utilizado no

tratamento das doenças ósseas, surdez, doenças oftalmológicas, doenças dos

dentes, gengivas, doenças mentais, doenças do sistema nervoso central,

neurastenia e cefaléia. O Shen armazena a Energia Ancestral e é a origem de todas

as Energias. Por isso, pode ser utilizado na prevenção de doenças congênitas ou de

más formações congênitas, no hipodesenvolvimento físico e mental e também

aumentar o vigor físico, mental e sexual. É um ponto utilizado com frequência no

tratamento de vícios (YAMAMURA, 2001.p.689; FOCKS,2005.p.250).

ShenMen este ponto tem função de acalmar o Coração e a Mente. É também um

ponto analgésico. O ShenMen é indicado no tratamento das mais diversas formas de

afecções, como insônia, ansiedade, desordens mentais, dores de toda natureza,

doenças anafiláticas, etc. A estimulação desse ponto reduz a febre, neutraliza a

intoxicação e trata doenças inflamatórias. Utilizado também para aliviar tosse seca e

asma brônquica. É efetivo para harmonizar o Fígado, para curar epilepsia e

hipertensão. (YAMAMURA, 2001.p.682).

Simpático utiliza-se esse ponto no tratamento de doenças causadas por

desequilíbrio neurovegetativo. Possui forte ação analgésica e espasmolítica dos

órgãos intestinais. Ainda possui a propriedade de relaxar os vasos sanguíneos,

sendo utilizado no tratamento de doenças arteriais. (YAMAMURA, 2001.p.682-683).

Traquéia usado para espasmo de traquéia, regurgitação e arrotos. (YAMAMURA,

2001.p.691).

C7 (ShenMen) harmoniza o Coração; harmoniza o Yong Qi; acalma o Shen,

fortalece a mente; transforma Mucosidade do Coração; faz a limpeza de Calor do

Coração; refresca o Calor do Sangue; dispersa a Mucosidade e o Vento Perverso. É

indicado para insônia, sono perturbado por pesadelos, taquicardia, histeria, pavor,

ansiedade, palpitações, neurastenia, irritabilidade, amnésia, depressão, doenças

mentais, sonhos excessivos, angina do peito, dor torácica, para alivio de síndromes

de abstinência nos casos de pacientes dependentes de qualquer tipo de vicio

(YAMAMURA, 2001.p.175; FOCKS,2005.p.78).

CS6 (Neiguan) harmoniza e tonifica o Coração, o Sangue do Coração; harmoniza o

Triplo Aquecedor; harmoniza o Qi do Estômago e do tórax; harmoniza a Energia

Essencial; acalma o Shen e o Coração, clareia a Mente; dispersa a Mucosidade;

redireciona o Qi contracorrente. É indicado para dores e mal-estar no coração,

plenitude de tórax, gastralgia, náuseas e vômitos, histeria, epilepsia, insônia, angina

no peito, doença cardíaca reumática, palpitações, hipertireoidismo, convulsão, dor

associada à cirurgia, esquizofrenia, todas as desordens mentais, cervicalgia com

mal-estar torácico. (YAMAMURA, 2001.p.307).

CS8 (Laogong) harmoniza o Coração; acalma o Qi do Estômago; harmoniza e

clareia o Shen; refresca o calor do Sangue; dispersa o Vento Perverso e a Umidade-

Calor. É indicado pra nevralgia intercostal, estado de coma, convulsões infantis,

distúrbios mentais, afasia histérica, infecção crônica da pele da mão, epilepsia,

angina no peito, estomatite, suor excessivo na palma da mão, parestesia de

tremores dos dedos, tristeza, perda de controle emocional. (YAMAMURA,

2001.p.310).

IG4 (Hegu) facilita o trânsito e a descida dos alimentos do Estômago para os

Intestinos; libera o Calor Perverso interno para a superfície do corpo; dispersa o

Vento, o Vento-Calor e o Vento-Frio; dispersa o excesso de Coração; promove a

desobstrução de Qi estagnados dos Canais de Energia; ativa a circulação de Qi e

Sangue nos vasos sanguíneos; clareia a visão; reanima o estado e inconsciência;

transforma a Mucosidade, a Umidade-Calor; tonifica o Wei Qi. É indicado pra

cefaléia, amigdalite, odontalgia, rinite, obstrução nasal, faringite, paralisia facial,

afonia, astenia mental, dores oculares, artrite temporomandibular, dor e paralisia de

membros superiores, neurastenia, dores em geral, epilepsia, depressão, mania,

parto prolongado, urticária, dor abdominal. (YAMAMURA, 2001.p.76-77).

IG10 (Shousanli) harmoniza o Qi do Estômago e do Intestino Grosso; regulariza e

harmoniza o Qi do Triplo Aquecedor; faz transitar o Qi nos Canais de Energia de

Conexão. Tem indicação para dores no ombro e no braço, tremores e paralisias do

membro superior, gastralgia, dor abdominal, diarréia, indigestão, odontalgia, inchaço

na mandíbula e na maxila. (YAMAMURA, 2001.p.82-83).

TA5 (Waiguan) harmoniza o Qi do Triplo Aquecedor e do Yang Qiao Mai; libera para

o Exterior as Energias Perversas; relaxa e fortalece os tendões; facilita a circulação

de Qi nos bloqueios de Qi nos Canais de Energia. É indicado para cefaléias,

enxaquecas, zumbidos, vertigens, surdez, mudez repentina, febre, resfriado,

torcicolo, paralisia dos membros superiores, dores torácicas, pneumonia, parotidite,

enurese noturna, cervicalgia, hemiplegia, toda patogenia de quadril. (YAMAMURA,

2001.p.319).

TA6 (Zhigou) harmoniza o Triplo Aquecedor; faz circular o Qi das Vísceras;

harmoniza o Qi, difunde o Qi; dispersa o Vento, o Vento-Calor e a Mucosidade;

remove as obstruções de Qi dos Canais de Energia. Tem indicação para gripe de

instalação súbita, dores torácicas no hipocôndrio e nos lados do tórax, dores no

ombro e no dorso, afecções febris, angina no peito, paralisia de membros

superiores, mudez, hipogalactia, afonia repentina, surdez, trismo. Ponto específico

para tratamento de constipação intestinal, por levar a Água aquecida aos Intestinos.

(YAMAMURA, 2001.p.320-321).

E36 (Zusanli) regulariza, harmoniza e fortalece o Qi Mediano; tonifica o qi Nutrição,

o Qi e o Sangue; harmoniza e tonifica o Pulmão; tonifica o Rim e o Yuan Qi; tonifica

o Wei Qi, restaura o Yang Qi e forma o Jin Ye; faz circular o Qi e o Sangue; aumenta

a Energia Essencial; redireciona o Qi em tumulto; transforma a Umidade e a

Umidade-Calor; drena a Umidade e a Umidade-Frio; dispersa o Vento e o Frio. É

indicado nas gastrites aguda e crônica, úlceras gástrica e duodenal, enterites aguda

e crônica, pancreatite aguda, indigestão, hemiplegia, estado de choque, fraqueza

geral, anemia, alergia, hipotensão, icterícia, convulsão, asma, enurese, neurastenia,

afecções do sistema reprodutor, dor e distensão abdominal, náuseas, vômitos,

dificuldade de urinar, epilepsia, palpitação, estupor, depressão e mania, gritos

histéricos. (YAMAMURA, 2001.p.131).

VC12 (Zhongwan) harmoniza, fortalece e tonifica o Baço/Pâncreas; harmoniza o Qi

do Estômago e do Aquecedor Médio; tonifica o Yong Qi; redireciona o Qi em

tumulto; harmoniza o Qi e o Sangue; dispersa a Umidade, a Umidade-Calor e a

Mucosidade. Tem indicação para gastralgias, gastrites aguda e crônica, ptose

gástrica, vômitos, náuseas, dispepsia, meteorismo abdominal, úlcera do estômago,

disfagia, icterícia, hipertensão arterial, distúrbios mentais, obstrução intestinal aguda,

diarréia, empachamento gástrico, estufamento abdominal, anorexia, anemia,

fraqueza, insônia, epilepsia, subida do Qi por fadiga mental. (YAMAMURA,

2001.p.454-455).

6 CONCLUSÃO

O uso do cigarro, a médio e longo prazo, pode trazer graves como por

exemplo: cânceres, angina, infarto do miocárdio, enfizema pulmonar, hipertensão

arterial sistêmica, infertilidade, AVC, disfunção erétil. Com isso, ocorre a procura de

tratamentos para o abandono do cigarro como: Terapias farmacológicas de 1ª e 2ª

linha com uso de drogas que possuem efeitos colaterais; Terapias não

farmacológicas tais como: Terapia cognitivo comportamental e grupos de auto ajuda;

Terapia familiar e Acupuntura, que são tratamentos a longo prazo, necessitando da

participação ativa do indivíduo, para que haja um bom resultado.

Dentre os estudos revisados, foi possível verificar que o abandono do cigarro

leva às crises de abstinência que causam sintomas como: ansiedade, irritabilidade,

distúrbios do sono, aumento do apetite, dificuldade respiratória, fissura, alterações

cognitivas entre outros. Também foi observado que a Acupuntura aliada a outros

tratamentos obteve melhor resultado no abandono do cigarro em relação aos

sintomas de abstinência. Além disso, a Acupuntura ainda tem outras vantagens

sobre os outros tratamentos: não utiliza substâncias tóxicas, não possui efeitos

colaterais, tem baixo custo e em muitos casos o tratamento é indolor e pode levar a

uma melhora significativa do estado geral do indivíduo.

Apesar de o tabagismo ser uma doença crônica que afeta mais de 1 bilhão de

pessoas na mundo, não encontramos estudos científicos que comprovem que a

Acupuntura isoladamente atue na cessação do tabagismo e sobre os efeitos

colaterais. Dos 8 autores que foram estudados, 60% mostraram que a Acupuntura

teve resultados positivos no abandono do cigarro, 25% mostraram que a Acupuntura

teve bons resultados na cessação do tabaco e também nos sintomas de abstinência

e 15% tiveram resultados positivos somente durante a abstinência. Para que haja

uma maior divulgação dos benefícios da Medicina Tradicional Chinesa faz-se

necessário mais estudos que identifiquem seus resultados.

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ANEXO A Lei nº 13.541 de 07 de maio de 2009.