Post on 22-Dec-2014
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Métodos de estudo
para o interior da
geosfera
Tema III
Compreender a
estrutura e a dinâmica
da geosfera
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Vulcanologia
Contexto geolgico do arquipélago dos Açores
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Contexto geológico do arquipélago dos Açores
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Vulcanismo no arquipélago dos Açores
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Central (existência de cone vulcânico)
Fissural (erupção através de fendas)
Nascentes termais Géiseres
Fumarolas (sulfataras e mofetas)
Lagos de lama
Caracterizado pela ocorrência de erupções vulcânicas, com emissão de partículas gasosas, líquidas e sólidas através de um aparelho vulcânico.
Caracterizado pela inexistência de erupções vulcânicas, manifestando-se a actividade vulcânica através da libertação de água e/ou gases a temperaturas elevadas.
Cratera
Chaminé principal
Cone secundário ou adventício
Chaminés secundárias ou
adventícias
Rochas encaixantes
Câmara magmática (magma)
Cinzas e gases
Lava e piroclastosCone vulcânico
Vulcanismo primário de tipo central
Fissuras
Mantos de lavaanteriores
Erupção actual
Este tipo de vulcanismo écaracterístico dos fundos
oceânicos (riftes)
Vulcanismo primário de tipo fissural
Doc. 5 Como funciona um aparelho vulcânico?
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
a) b)
c)
Lago
d)
a) Erupção vulcânica violenta;
b) No final da erupção, a câmara magmática está vazia;
c) O aparelho vulcânico colapsa sob o seu próprio peso por falta de sustentação;
d) A água das chuvas pode acabar por formar um lago no interior da caldeira.
Formação de uma caldeira
Caldeiras das Sete Cidades
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
As erupções são desencadeadas por um aumento de pressão numa câmara magmática superficial, que pode ser provocado pela chegada de magma proveniente de reservatórios mais profundos (astenosfera).
A subida de pressão pode provocar fracturas no tecto da câmara magmática ou aumentar as fracturas já existentes, por onde ascende o magma até à superfície.
Porque ocorrem erupções vulcânicas?
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Composição do magma
O magma é formado por uma mistura de silicatos fundidos, por cristais em suspensão e por diversos gases, que se designam, globalmente, susbtâncias voláteis.
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Materiais expelidos durante uma erupção vulcânica
Os gases compõem a fracção mais volátil dos componentes do magma.
De entre os gases libertados durante uma erupção vulcânica, os mais abundantes são os seguintes:
Vapor de água;
Monóxido de carbono ;
Dióxido de carbono;
Hidrogénio;
Azoto;
Gases sulfurosos.
Substâncias voláteis
CINZAS VULCÂNICAS (< 2 mm)
Fragmentos muito finos que podem ser facilmente transportados a longas distâncias pelo vento.
LAPILLI ou BAGACINA (2 mm – 64 mm)
Fragmentos angulares ou arredondados, que podem ser expelidos em estado sólido ou parcialmente fundido.
BOMBAS e BLOCOS (> 64 mm)
Podem pesar até várias dezenas de quilos, podendo atingir também alguns metros de diâmetro. Caracterizam-se pela forma particular que adquirem durante o seu trajecto no ar.
Os piroclastos de queda resultam da solidificação da lava ou de materiais sólidos arrancados à parede do cone vulcânico. De acordo com o seu tamanho, podem ser classificados de:
Piroclastos de queda
Básica< 50 %
Intermédia50 % - 70 %
Ácida> 70 %
Viscosa
Temperatura baixa(oscila entre 800 e 1000º C – uma
temperatura próxima da sua temperatura de solidificação)
Quantidade de Sílica(Rica em sílica - ácida)
Quantidade de gases(Rica em gases)
Fluída
Temperatura elevada(oscila entre 1100 e 1200º C – uma temperatura muito superior à da sua temperatura de solidificação)
Quantidade de Sílica(Pobre em sílica - básica)
Quantidade de gases(Pobre em gases)
Classificação das lavas em função da % SiO2
Lavas muito fluídas, que se deslocam com grande facilidade, formando escoadas longas (rios de lava). Ao solidificar, originam superfícies lisas ou com aspecto semelhante a cordas.
Lavas fluídas (menos que a pahoehoe), que se deslocam lentamente. Ao solidificar, originam superfícies ásperas e muito irregulares, em resultado da perda de gases.
Lavas fluídas que, em ambiente aquático, arrefecem rapidamente, originando estruturas esféricas, que se assemelham a almofadas.
Tipos de solidificação de lavas fluídas
Tipos de solidificação de lavas fluídas
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Tipos de solidificação de lavas fluídas
São massas densas de cinzas e gasesincandescentes, libertadas de modo explosivo e dotadas de grande mobilidade e deslocando-se próximo da superfície terrestre. São o fenómeno vulcânico mais destrutivo.
A elevada viscosidade impede a formação de escoadas e a lava pode obstruir a chaminé, formando uma agulha, ou acumular-se imediatamente após a sua emissão, formando um doma ou cúpula.
Tipos de solidificação de lavas viscosas
Doc. 6
Como se manifestam os vulcões durante uma erupção vulcânica?
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Monte Santa Helena
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Emissão calma de lavas fluidas (lavas básicas) e pobres em gases;
Formação de escoadas lávicas, que percorrem grandes distâncias (resultam mantos de lava se os terrenos forem planos ou correntes de lava se o declive for acentuado);
Cone vulcânico baixo e de vertentes suaves;
O vulcanismo dos fundos oceânicos é do tipo efusivo (ao nível dos riftes e dos pontos quentes).
Emissão violenta de piroclastos e de lavas muito viscosas e ricas em gases (lavas ácidas);
Formação de domas (na cratera) ou agulhas vulcânicas no interior da chaminé por consolidação do magma muito viscoso;
Formação de nuvens ardentes, constituídas por gases e cinzas incandescentes;
Cone vulcânico alto e de vertentes íngremes;
O vulcanismo na convergência de placas, geralmente, é do tipo explosivo.
Alternância de fases efusivas, com emissão de escoadas lávicas, e de fases explosivas, pouco violentas mas com emissão de piroclastos;
Cone vulcânico misto, resultante da acumulação de lava alternada com piroclastos;
A erupção dos Capelinhos foi do tipo misto.
Tipos de actividade vulcânica
Vulcão Kilauea (Havai)
Escoadas de lava
Lava fluida
Erupção efusiva
Vulcão Stromboli (Itália)
Nuvem ardente
Erupção no monte Sta Helena
(EUA)
Agulha vulcânica
e
Doma ou cúpula
Erupção explosiva
Fontes ou Nascentes termaisLocais de libertação de águas subterrâneas,
aquecidas e ricas em minerais, que podem ser utilizadas para fins medicinais.
GéiseresJactos intermitentes de água quente, que podem
alcançar centenas de metros acima do solo
Fumarolas (mofetas e sulfataras)Libertação de vapor de água e outros gases,
a elevadas temperaturas, através de fendas de rochas
Parque Nacional de Yellowstone
(EUA)
Vulcanismo residual ou secundário
Fumarolas
Fumarolas das Furnas
São Miguel (Açores)
Emissões de vapor de água acompanhadas de outros produtos gasosos. As fumarolas em que predominam os compostos de enxofre designam-se sulfataras. As que são ricas em dióxido de carbono, com temperaturas mais baixas, denominam-se mofetas.
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Sulfataras
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Géiseres
Géiseres
Yellowstone (USA)
Jactos naturais de água quente e vapor, sob pressão, que resultam do contacto das águas subterrâneas com rochas aquecidas pelo magma. Essas manifestações de vulcanismo secundário ocorrem de forma intermitente.
Fontes termais
Piscina natural do Hotel das FurnasSão Miguel (Açores)
Nascentes de águas quentes e ricas em minerais.
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Origem das fontes termais
Movimento da água em profundidade.
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Em Portugal Continental existem várias nascentes termais, como as do Gerês e de São Pedro de Sul. As nascentes termais têm, em regra, uma utilização medicinal.
Fontes termais em Portugal Continental
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
AAÇÇORESORES
- Vulcão dos Capelinhos - Ilha do Faial (1957)
- Vulcão submarino da Serreta – noroeste da Terceira (1998)
- Vulcanismo secundário intenso
MADEIRAMADEIRA- arquipélago de origem vulcânica embora não se verifiquem erupções
nos últimos 1,7 milhões de anos.
PORTUGAL CONTINENTALPORTUGAL CONTINENTAL- existência de rochas vulcânicas no Alentejo, Estremadura e Algarve
testemunha erupções vulcânicas no passado.
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
““Anel de Fogo do PacAnel de Fogo do Pacííficofico””
Faixa mediterrânicaFaixa mediterrânica
Cristas das dorsais oceânicasCristas das dorsais oceânicas
Vulcanismo no mundo
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Vulcanismo no mundo
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Relação entre o vulcanismo e a tectónica de placas
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Rifte Valley Africano
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Ponto quente
Vulcanismo intraplaca
Ponto quente
Hot Spot
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
Distribuição dos pontos quentes
António Sousa – professor na Escola Secundária C/ 3º Ciclo de Júlio Dinis de Ovar
DestruiDestruiçção de bens;ão de bens;
Perdas humanas;Perdas humanas;
Danos ecolDanos ecolóógicos.gicos.
Aumento do registo de tremores de terra;Aumento do registo de tremores de terra;
Aumento da temperatura junto ao vulcão;Aumento da temperatura junto ao vulcão;
AlteraAlteraçções no declive em zonas prões no declive em zonas próóximas do vulcão ximas do vulcão (deforma(deformaçção);ão);
Aparecimento de fumarolas ou aumento da sua temperatura;Aparecimento de fumarolas ou aumento da sua temperatura;
Aparecimento de cheiro a enxofre e emissão de gases;Aparecimento de cheiro a enxofre e emissão de gases;
RuRuíídos subterrâneos;dos subterrâneos;
AlteraAlteraçção do comportamento de animais;ão do comportamento de animais;
Vigiar os vulcões, atendendo a Vigiar os vulcões, atendendo a sinais precursores de actividadesinais precursores de actividade::
Os perigos inerentes à actividade vulcânica podem ser diminuídoscom a aplicação de técnicas de previsão e com a sensibilização das populações sobre as atitudes a assumir antes, durante e depois de
uma erupção vulcânica.
A vigilância atenta de vulcões através da utilização de tecnologiaspode, nos dias de hoje, contribuir para a previsão das erupções
vulcânicas. Das tecnologias utilizadas destacam-se:
•• o o controlocontrolo, , porpor satsatéélitelite, , dada temperaturatemperatura do cone do cone vulcânicovulcânico;;
•• registoregisto de de sismossismos;;
•• ananááliseslises ququíímicasmicas a a ááguasguas de de popoççosos das das imediaimediaççõesões;;
•• controlocontrolo de de emanaemanaççõesões de gases;de gases;
•• constataconstataççãoão de de deformadeformaççõesões no cone no cone vulcânicovulcânico, a , a partirpartir de de
aparelhosaparelhos prpróópriosprios..
ObtenObtençção de dados para o ão de dados para o estudo do interior da Terraestudo do interior da Terra;;
Solos fSolos féérteisrteis enriquecidos pelas cinzas vulcânicas, que retêm a enriquecidos pelas cinzas vulcânicas, que retêm a áágua e nutrientes;gua e nutrientes;
Energia geotEnergia geotéérmicarmica, utilizada para produ, utilizada para produçção de electricidade e ão de electricidade e aquecimento domaquecimento domééstico;stico;
ExploraExploraçção mineiraão mineira devido devido àà deposideposiçção de minerais que geram ão de minerais que geram grandes jazidas;grandes jazidas;
ÁÁguas termaisguas termais que são utilizadas com fins medicinais;que são utilizadas com fins medicinais;
Paisagens de grande beleza natural atraem o Paisagens de grande beleza natural atraem o turismoturismo..