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Odilon Dias - www.osfoto.com.br Odilon Dias - www.osfoto.com.br www.familiadecana.com.br - (31) 34629221 Publicação da Associação FAMÍLIA DE CANÁ - Junho de 2011 Rua Henrique Gorceix, 80 - Padre Eustáquio - BELO HORIZONTE Distribuição Gratuita - Venda Proibida Odilon Dias - www.osfoto.com.br

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www.familiadecana.com.br - (31) 34629221Publicação da Associação FAMÍLIA DE CANÁ - Junho de 2011Rua Henrique Gorceix, 80 - Padre Eustáquio - BELO HORIZONTE

Distribuição Gratuita - Venda Proibida

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FAZENDO HISTÓRIA...

Como surgiu a inspiração para iniciar a obra?Padre Osvaldo: Fui designado, em 1961, para trabalhar em Belo Ho-

rizonte na Obra da Entronização do Sagrado Coração e dirigir a Editora Promoção da Família e as revistas REINO e TURMA. Pelos caminhos de Deus, fui convidado a par� cipar do Movimento Familiar Cristão, que, sob a liderança do casal Leonel e Stella, promovia Encontro de Casais, onde trabalhei alguns anos. Mo� vado pelo trabalho em favor da família, com um grupo de jovens e casais fundamos a Associação Família de Caná, para ter um instrumento e� caz de Pastoral Familiar. Começamos o trabalho já no endereço atual; � zemos algumas adaptações em barracões velhos aqui existentes e começamos a usar as dependências para os encontros, primeiro de jovens, mais tarde de casais.

Qual a origem do nome Caná?Padre Osvaldo: Caná é o lugar onde Jesus realizou o seu primeiro mila-

gre, numa festa de casamento transformando água em vinho. Esta trans-formação simboliza a mudança que se realiza no coração e na vida das pes-soas, se Cristo for convidado a par� cipar do seu projeto. Onde o Cristo está presente, todos os problemas têm solução e todos os males têm remédio.Na narra� va evangélica, a Mãe de Jesus oferece a chave de solução: “Fa-çam o que Ele vos mandar”. E a ordem de Jesus foi: “Encham as talhas de água”. A tradução que eu dou a essas palavras é: “Faça da sua parte, faça aquilo que está ao seu alcance”. E Deus fará milagres em sua vida.

Como a Instituição adquiriu a dimensão que tem hoje? Padre Osvaldo: A missão da Ins� tuição, expressa no lema “fazer fa-

mílias felizes”, estava centrada, inicialmente, nos encontros de � m de semana. Tudo começou em 1971, com encontros para jovens, visando a despertar neles o ideal de SER ÙTIL, na família e na comunidade.

A � m de proporcionar aos jovens um ambiente que favorecesse a prá� ca dos ideais aprendidos no encontro, em 1974, o trabalho estendeu-se para ca-sais, inculcando neles a revisão anual da vida conjugal e familiar como instru-mento de estruturação do lar, através do diálogo e da espiritualidade engajada.

Finalmente, em 1978, criou-se o Encontro de Senhoras, com o intuito de oferecer ajuda às viúvas ou separadas que estão à frente de um lar sem a presença do esposo e pai.

Com o andar do tempo, para ser � el ao nosso ideal, surgiu a necessida-de de ajudar as famílias que encontram, no abuso do álcool e outras dro-gas, uma das principais fontes de sofrimento e causa de destruição do lar.

Em 1987, foi inaugurada a Fazenda Recanto de Caná, hoje com três comunidades. Dez anos depois, a Comunidade Feminina Padre Eus-táquio. E em 2001, com a constru-ção da Casa Eu Quero a Vida, surgiu a ocasião de concre� zar o ideal de ajudar os menores em situação de risco social; a experiência começou com o Lar das Crianças e depois com a Casa Dom Bosco, mas teve que ser interrompida por falta de pessoas e recursos � nanceiros. Em 2008, retomamos o trabalho, com adolescentes de 12 a 17 anos.

Quais as perspectivas de curto, médio e longo prazo?Padre Osvaldo: No curto prazo, estamos projetando a construção, na

sede, de um auditório e salas de reuniões, especialmente para o traba-lho da prevenção e recuperação da dependência química. Faremos uma maior divulgação dos nossos serviços, para o aproveitamento integral das estruturas � sicas e do trabalho generoso dos voluntários.

No médio prazo, queremos revitalizar o trabalho da Entronização. A proposta é criar um Centro Missionário para evangelizar os ba� zados, através da consagração das famílias ao Coração de Jesus. Será uma pas-toral especí� ca de “famílias consagradas ao amor de Cristo”, com o lema “Quero Jesus na Minha Casa”.

No longo prazo, se as coisas caminharem dentro de um projeto que vem sendo elaborado, será criada a Pequena Aldeia de Caná, para um trabalho diferenciado com mães dependentes de drogas e menores abaixo de dez anos.

O Padre Osvaldo Gonçalves pertence à Congregação dos Sagrados Co-rações. É o fundador e a mola mestra da Associação Família de Caná, que há 40 anos realiza um importante e meritório trabalho em favor da Família. Com 53 anos de sacerdócio, sua vida de padre se resume numa total de-dicação à causa da Família e dos dependentes de álcool e outras drogas. É autor de vários livros, entre eles “Milagre do Casamento” – refl exões sobre as Bodas de Caná – e “Eu me Envolvi com os Drogados”, em que narra a saga da recuperação dos dependentes químicos.

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Associação Família de Caná

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Associação Família de Caná

Aparece o Marcos“Um belo dia de 1979, apareceu-me a mãe do Marcos, trazendo o pro-

blema do � lho dependente de drogas; achava que eu � nha o remédio e podia fazer um milagre. Pouco depois vem o próprio Marcos. Mulato de bom porte, não � nha 18 anos, trazia verdadeiras chagas, muito feias e re-beldes, consequência das picadas de algafan nas veias. Havia lugar para o Marcos, nos barracões velhos onde � nhamos iniciado o trabalho do Caná. Mesmo não sabendo bem o que fazer com ele, acreditei que o afastamento dos an� gos companheiros de vício já poderia ser uma ajuda importante”.

Compasso de espera“Fui me alimentando de espe-

ranças. Fiquei de olho em um imó-vel distante 23 km da nossa sede, uma área com pouco mais de 17 hectares, com belas paisagens, bosque muito precioso, com um riacho deslizando em cascatas, so-bre pedras recobertas de musgo.

Con� nuei esperando chegar a hora. Conversei com pessoas experi-mentadas. Fui a congressos sobre drogas. Li livros e preparei palestras. Comecei a de� nir melhor os obje� vos, a programar etapas de trabalho e a criar estruturas mais sólidas, para evitar fracassos”.

Primeiros passos“Em 1984, a Congregação dos Sagrados Corações fez uma doação à

nossa en� dade. Com os seis mil dólares corri ao proprietário do terreno que eu já vinha namorando. Ele se dispôs a vendê-lo, recebendo aque-le dinheiro como parte do pagamento. Decidimos construir ali uma casa modesta, para abrigar um caseiro com a família. Começamos a constru-ção, numa quarta-feira de cinzas, 4 de março de 1987.”

En� m... o sonho vira realidade“Iniciada a construção, apareceu-nos o Artur, com a proposta de co-

meçar conosco uma Comunidade Terapêu� ca. O Artur era um jovem paulista, que havia passado pela Fazenda Senhor Jesus, de Campinas. Inteligente, falador, entusiasmado, soube nos convencer.

Já estávamos com alguns internos quando terminou a construção da “casa do caseiro”. Então nos transferimos para lá. Eles mesmos escolhe-ram o nome: FAZENDA RECANTO DE CANÁ. A inauguração o� cial ocorreu no dia 31 de maio. Estávamos no ano de 1987”. (Os depoimentos são do

Padre Osvaldo, no livro “Eu me envolvi com os drogados”)

COMEÇA UMA AVENTURA

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Três pilares para uma vida saudável.A proposta de tratamento da Associação Família de Caná adota

como principal instrumento a convivência entre os residentes em espírito de ajuda mútua, sem uso de medicamentos especí� cos, e tem por base três forças transformadoras:

O TRABALHO serve para a desintoxicação natural, pro-move o senso de dignidade da pessoa e a autoes� ma; a� va a consciência de cidadania, fa-zendo a pessoa sen� r-se ú� l e par� cipante da comunidade.

A DISCIPLINA, disposição in-terior e exterior para aprender, não consiste na mera observância de um conjunto de normas, mas na consciência de que o obje� vo da norma é o bem da comunidade e do próprio indivíduo; e visa sobretudo ao controle da própria vontade, condição para a reali-zação pessoal e o exercício da verdadeira liberdade.

A ESPIRITUALIDADE, não como prática de um culto religio-so ou recitação de orações; mas como consciência do sentido de transcendência, ou seja, de que o homem é guiado por um conjunto de valores não apenas materiais, mas também espirituais e permanentes.

O INFERNO DAS DROGAS E AS DROGAS DO INFERNO

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TEMPO DE ADAPTAÇÃO E DESINTOXICAÇÃO“Em 1992, a Associação Feminina de Assistência Social, por inicia� va

de sua Presidente, Maria Ângela de Queiroz, doou à Família de CANÁ uma área, anexa ao nosso terreno. Havia benfeitorias e uma sede grande, adequada ao nosso trabalho. Lá instalamos imediatamente a CASA DA ACOLHIDA.” (Pe. Osvaldo)

Nessa casa, é cumprido o primeiro mês de internação. É um tempo de adaptação, em que o residente aprende as rotinas e normas da comunidade terapêutica. A atenção está centrada na adesão ao tratamento, na promoção da abstinência e na desintoxicação, através do trabalho, alimentação saudável e em horários regulares, sono em horário e duração adequados, esportes, estudo e lazer.

TEMPO DE REFORMULAR OS HÁBITOS Na COMUNIDADE DOM BOSCO, os internos cumprem a segunda

etapa, do segundo ao quinto mês. A meta é conscien� zar da necessidade de uma reformulação radical dos comportamentos contrários ao ideal de uma vida pura, honesta e verdadeira. Inicia-se a elaboração de um pro-grama de prevenção da recaída, que prepare o residente para enfrentar as situações que encontrará ao retornar ao convívio social: con� itos fami-liares, pressões do ambiente de trabalho, os sen� mentos de desânimo, ansiedade, culpa, frustração e auto-piedade, o apelo ao prazer, os relacio-namentos afe� vos e outros.

HORA DE INICIAR O REGRESSO“Construímos a Casa Dom Bosco e, aproveitando o projeto arqui-

tetônico e ‘dinheiro que cai do céu’, construímos ao mesmo tempo a CASA BEATO DAMIÃO”. (Pe. Osvaldo)

Aí é cumprida a úl� ma etapa do tratamento, do sexto ao nono mês, quando tem início o processo de reinserção social, através de visitas men-sais aos familiares. A meta é o reforço das estratégias para reformulação do es� lo de vida e a progressiva ressocialização, em ambiente que es� mule a autonomia, o interrelacionamento, a busca da felicidade, a autoa� rmação, a busca de sen� do para a vida, a maturidade, o livre arbítrio.

“Meu nome é Márcio. Nasci, pela graça de

Deus, no conforto de um lar cristão, onde � ve

uma base moral e espiritual que poucos têm a

felicidade de receber. Ainda assim, em algum

lugar do meu caminho, me perdi. Afundei no

lamaçal da dependência química. Conheci o

“inferno”. Esse estado durou 17 anos.

Até que, ainda resistente e desacreditando da

possibilidade de recuperação, conheci a Família

de Caná. Encontrei a salvação. Cumpri um pro-

cesso de nove meses e � quei mais quatro meses

como voluntário. Pretendo passar o resto da vida trabalhando nessa área.

Sou um escolhido de Deus. Graças à Fazenda Recanto de Caná, pude res-

gatar os meus valores, minha dignidade, e tomar nas mãos as rédeas da

minha vida, segundo a vontade do Pai.

COMUNIDADE FEMININA PADRE EUSTÁQUIO“Por muito tempo sonhávamos

com a criação de uma Casa de Re-cuperação para mulheres depen-dentes. Até que um dia, uma jovem advogada, que se entusiasmou com a idéia, se ofereceu para assumir a coordenação. Tínhamos, junto à sede, em Belo Horizonte, uma casa, e no dia 29 de abril de 1997, � cou de� nida a instalação ali da Comuni-dade Feminina Padre Eustáquio. No

dia 16 de junho recebemos a primeira candidata e até o � m de junho está-vamos com três internas.

Caminhávamos cheios de esperança, quando a Coordenadora, pouco experiente no trato com dependentes, não resis� u ao desa� o e entre-gou o cargo. Haviam passado alguns meses e já � nhamos pessoas com experiência na comunidade; resolvemos escolher, entre as internas, uma responsável pelo andamento da casa.

Tivemos ainda muitos problemas, por falta de uma coordenação mais � rme, até que decidimos contratar coordenadoras que nunca foram depen-dentes de drogas. Tudo melhorou e estamos numa fase boa”. (Pe. Osvaldo)

“Quero agradecer de coração a todos os que me ajudaram nessa mu-

dança de caminho, a conquistar uma VIDA NOVA. Vou rezar por todos”. Ao

terminar a caminhada, sen� ndo-se ‘forte e estabilizada”, a Viviane sai da

Comunidade com um projeto de vida: “montar e trabalhar a sua fazenda”,

que se encontrava meio abandonada. Para reconstruir a vida, leva da comu-

nidade “as ferramentas da disciplina,oração e trabalho, o amor à vida e à

natureza, valores que a droga destrói”. No � nal

do processo, sente “emoção pela lembrança de

quando chegou,sem con� ança e desestrutura-

da”. A� rma que foi importante para a sua recu-

peração a acolhida da Comunidade, “a solida-

riedade, o apoio das companheiras, que, com o

próprio exemplo, abriram para as novatas uma

nova perspec� va e mostraram que é possível

superar o problema da dependência “.

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A FAZENDA RECANTO DE CANÁ

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Antes da internação, os candidatos são subme� dos a uma TRIAGEM através de avaliação médica, psicológica e social, em

que se apura se preenchem as condições para a internação.

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A inquietação“Leio em uma reportagem: “O menino de rua é um ‘grito na cidade’,

constante apelo às nossas consciências. São muitos. Não se sabe de onde vêm. Sem pai, sem mãe, sem assistência, estão em toda parte, sempre sujos e com fome. Seu caminho é a marginalidade. Sua formação é a ma-landragem e o crime. Nos grupos ou gangues viram bandidos, perturbam a paz das pessoas e apavoram a sociedade”.

Primeira tenta� va“Comecei a sonhar com uma casa para abrigar menores. Compar� lhan-

do esse ideal com um empresário simpá� co às minhas idéias, ele se dispôs a ajudar � nanceiramente sob três condições: dar à casa o nome de Dom Bosco, preservar o seu anonimato e apressar a construção. A essa altura, me julgo autorizado a revelar, para que o seu exemplo encontre imitado-res e para que o nome de Deus seja glori� cado: nosso grande benfeitor é Carlos Augusto Magalhães, da EMBRASIL. Pouco mais tarde ele � nanciou inteiramente uma capela, com bancos e tudo, para 100 pessoas, que aten-de às comunidades da Acolhida, Dom Bosco e Padre Damião”.

Por falta de recursos � nanceiros e de pessoal preparado, nossas ten-ta� vas eram muito � midas. Atendíamos a poucos menores, que nos pe-diam socorro em necessidade extrema.

Mesmo assim, entre 94 e 99, contrariando um pouco o Estatuto da Criança e do Adolescente, sob o olhar benevolente das autoridades, chega-

mos a receber mais de 100 menores.” A experiência acabou sendo suspensa.

A ajuda dos Irmãos Maristas“Em 2001, o INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE ajudou-nos a dar

novo impulso ao trabalho. Ofereceram uma doação para construir uma casa para 30 internos. Recebemos a oferta com alegria e entusiasmo, sempre com o sonho de criar uma comunidade exclusiva para menores. A construção foi feita. Demos à casa o nome de «Eu quero a vida», mas a criação da comunidade foi sendo adiada, pela di� culdade de encontrar pessoas para dirigir e recursos para manter”.

Nova tenta� va“Em março de 2008, � zemos parceria com a Prefeitura de Ribeirão das

Neves, para manter na Casa “Eu Quero a Vida” um abrigo de menores não infratores que vivem na rua, iniciados nas drogas, em situação de risco. Contrariando os termos do contrato, nos mandaram menores infra-tores. Trabalhar com esses menores é um desa� o maior do que se pode imaginar. Eu me sen� incapaz e decidimos desis� r do convênio com a Prefeitura; mas o apelo con� nuava e era preciso fazer alguma coisa”.

Atualmente, na Casa “Eu Quero a Vida” está funcionando uma comunida-de des� nada a menores de 12 a 17 anos, dentro do programa terapêu� co da Família de Caná. Nas instalações que já existem é possível acolher 20 menores.

A COMUNIDADE “EU QUERO A VIDA”: CRIANÇAS, UMA OBSESSÃO

Prevenir é melhor que remediar...“O trabalho mais e� caz contra as drogas é a prevenção. É mais

fácil e mais seguro. A prevenção começa em casa, e a recuperação depende da vida em casa, com a família. É ali que se estabelece a melhor defesa contra o apelo das drogas. É evidente que a escola também tem papel importante na prevenção, mas quando o � lho ou � lha está usando drogas, é porque faltou a prevenção inicial no próprio lar.” (Padre Osvaldo)

O PROJETO “CUCA LEGAL” é responsável pelo trabalho de prevenção ao uso indevido e ao abuso de drogas em escolas, empresas e comunidades.

Adota um método cons� tuído de seis etapas: sensibilização da direção da escola, empresa ou liderança da comunidade; infor-mação dos professores, funcionários, pais e alunos do ensino fun-damental e médio sobre o problema das drogas; capacitação dos professores, funcionários e pais de alunos, sobre a prevenção e tratamento da dependência; adaptação do projeto à realidade da escola, empresa ou comunidade; criação de um grupo de apoio para trabalhar di� culdade de aprendizagem, de socialização e de aceitação de limites e para prevenção, orientação, acompanha-mento e encaminhamento de casos de abuso de álcool e outras drogas; acompanhamento, através de relatórios trimestrais, por um ano a par� r da implantação do projeto

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RECUPERAÇÃO DAS DROGAS:

É de fundamental importância para o sucesso da recuperação da de-pendência química que os candidatos se enquadrem no per� l de trata-mento em Comunidade Terapêu� ca, estejam bem informados sobre o tratamento e tenham um acompanhamento após o término da interna-ção. Igualmente necessário é que as famílias recebam ajuda, a � m de se reestruturar e promover as mudanças necessárias para enfrentar a situa-ção de dependência, e assistência antes, durante e depois da internação.

O Caná tem um setor para isso na sede da Ins� tuição, o GRUPO DE APOIO À FAMÍLIA � GRAFA, e grupos de apoio em pontos estratégicos da Grande BH. O trabalho do GRAFA se baseia na � loso� a do AMOREXI-GENTE. É desenvolvido através de reuniões de informação e formação, palestras, grupos de ajuda mútua, grupos de seguimento e depoimentos de internos sobre sua experiência na Comunidade Terapêu� ca.

As reuniões acontecem todas as:terças, quartas e quintas-feiras

de 19:30 às 21:30 horas.

Maria José de Souza Marinho é vo-

luntária há 10 anos. Conheceu o Caná,

quando veio buscar ajuda para seu � lho.

Durante três anos, ela freqüentou as

reuniões, antes que o � lho aceitasse tra-

tar-se. Há dez anos ele con� nua sóbrio.

“É urgente se mobilizar para ajudar

os que vivem o problema das drogas. Foi

triste descobrir isso através da depen-

dência do meu � lho. Minha proposta era

retribuir tudo o que recebi do Caná, mas acabei descobrindo que mais ganho

do que doo. Me considero mãe de todos os dependentes. Adotei-os como � -

lhos. Eles são uma con� nuação da minha família. Não basta a recuperação

do dependente; é preciso recuperar toda a família, que vai ser a força para o

dependente após o tratamento. Ter paz, olhar a todos como seres humanos,

como irmãos, ter respeito pela pessoa, ensinar a disciplina, são princípios que

norteiam o trabalho do GRAFA e da Família de Caná como um todo”.

Procurei a Família de Caná há 8 anos

para resolver o problema de envolvimen-

to do meu � lho com as drogas. Foi então

que a Família de Caná entrou na minha

vida. Logo vi que o Caná não é um lugar

somente para dependentes químicos, ele

tem várias funções. Eu aprendi que meu

� lho precisava, sim, de ajuda, mas quem

estava mais doente na minha casa era eu.

Por isso, fui me envolvendo com o Caná,

até que vi que ser voluntária seria e está sendo a melhor escolha. Estou me

ajudando e ajudando o meu � lho. Isto foi pra mim um presente de Deus.

Minha mo� vação é ver que é possível a recuperação e receber o carinho

dos familiares, sem contar que recarrego minhas baterias a cada vida salva.

(Adelaide Guimarães Teixeira)

Encontros para famílias de dependentes“A vida é uma escola, e viver é aprender. É impossível falar das drogas

sem falar da família. O resgate da juventude, com toda a certeza, passa pela recuperação da família. Geralmente quem nos procura é o pai e a mãe. Muitas vezes um � o ou uma � a, ou até mesmo uma prima. A família é a grande prejudicada pelo abuso das drogas.” (Padre Osvaldo)

O Encontro cria oportunidade para re� e� r sobre a realidade pessoal e familiar, em busca de uma vida com mais harmonia, amor e felicidade. É ocasião, também para aprofundar o conhecimento do Amorexigente, programa de educação para prevenção e solução de desvio de comporta-mento em pessoas envolvidos ou não com as drogas. Como conseqüên-

cia, há um reforço dos laços de amizade nascidos nas reuniões do GRAFA, es� -mulando a dar sequência às re� exões, troca de expe-riências e ajuda mútua.

PRODES: O “filho” mais velho

O PRODES é um grupo de jovens cristãos que surgiu há 40 anos como primeiro movimento da Família de Caná com o nome de Jovens PRÓ-De-senvolvimento. A sigla PRODES corresponde à palavra la� na que signi� ca “você é ú� l”. Passou então a de� nir o obje� vo do grupo: ser ú� l à Igreja. A atuação e vivência do grupo tem como fundamento o tripé da Fé cristã: ação, oração e estudo.

O PRODES oferece, nos � nais de semana, as seguintes a� vidades: 1. Encontros para Pré-adolescentes de 13 e 14 anos; 2. Parada Prodes, para jovens a par� r dos 15 anos; 3. Encontros de Aprofundamento, para os que par� ciparam da Parada Prodes;4. Eventos de confraternização para os jovens, como Vigília de Natal e

Arraiá do Caná.Os encontros favorecem a re� exão e troca de experiências sobre o pa-

pel e a ação do jovem na realidade em que vive e dentro e para a Igreja. Aborda também questões sobre a própria juventude, fase de descober-tas, crescimento e formação da personalidade. O Arraiá do Caná, festa junina, reúne pessoas de todas as idades: familiares, colaboradores e a comunidade em geral, para um momento de diversão e confraternização.

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Associação Família de Caná

A família é fundamental

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CASAL FELIZ: FAMÍLIA FELIZPara conseguir esse obje� vo, a vida moderna impõe paradas de revi-

são, para o reequilíbrio das emoções e das relações familiares e comuni-tárias. Com essa � nalidade, oferecemos várias modalidades de encontro. Eles começam no sábado às 7 horas e terminam no domingo às 19 horas.

1. PARADA PARA AVALIAR A CAMINHADAO Encontro de REVISÃO MATRIMONIAL oferece aos casais oportunida-

de de fazer uma avaliação da vida conjugal. O obje� vo é oferecer ajuda para a (re)estruturação da família, orientando na solução de problemas e proporcionando uma espiritualidade conjugal e familiar mais profunda. A convivência de dois dias cria laços de amizade entre os casais, es� mu-lando-os a dar con� nuidade às re� exões, troca de experiências e ajuda mútua após o Encontro.

2. RENOVAR É PRECISO Os casais que já par� ciparam do Encontro de Revisão Matrimonial

têm, no ENCONTRO RENOVAR, ocasião de nova revisão da vida familiar e de aprofundar os temas relacionados com a vivência conjugal e familiar.

3. O CASAMENTO 25 ANOS DEPOIS...O ENCONTRO DE OUTONO, para casais a par� r de 25 anos de vida conju-

gal, retoma os temas básicos da Revisão Matrimonial, na perspec� va própria dessa etapa da vida conjugal: relacionamento com � lhos adultos, genros, no-ras e netos, renovação de obje� vos de vida, afe� vidade e sexualidade.

Encontro de Senhoras Segundo análise do IPEA sobre os dados da Pesquisa Nacional por

Amostragem de Domicílio, do IBGE, as famílias nas quais a mulher é a che-fe totalizam hoje 21.933.180. Quase metade delas, ou seja 10.842.637, é composta por mulheres sem o cônjuge, o que representa 17,3% do total das famílias brasileiras.

O Encontro tem por obje� vo oferecer às senhoras viúvas ou separadas ajuda para solução das situações de vida familiar especí� cas de um lar sem a presença do marido.

Elas enfrentam muitas vezes, além da di� culdade de conduzir sozinha o grupo familiar, a discriminação da sociedade e dos familiares. Em clima de oração e re� exão, ocorre um rico crescimento espiritual. A con-vivência e a troca de experiências nos dois dias do Encontro acabam criando laços de amizade e a� nida-de com outras senhoras em igual situação, visando à ajuda mútua após o Encontro.

Porque ves� mos esta camisa? Queremos

ver as famílias felizes! Para isso é preciso lu-

tar pela paz nas famílias, por um mundo sem

drogas, por um ideal de vida cristã. Há trinta

anos, par� cipamos do Encontro de Revisão

Matrimonial. Ficamos pelo apostolado que

aqui se faz pela família. Decidimos par� cipar

para sempre. Somos membros dedicados de

corpo e alma à Família de Caná. Acreditamos

e vivemos esse ideal de “fazer famílias felizes.” Se antes do Caná já conhecí-

amos a felicidade, nesses trinta anos de � delidade a esse apostolado, somos

ainda mais felizes. Pedimos a Deus que todas as famílias descubram o pra-

zer de servir e viver o obje� vo da família de Caná. (José e Lilia)

Descobri aqui que posso e devo escolher o que quero. Escolho ser feliz,

e a felicidade vem, mostrando a beleza que brota dos nossos corações,

transborda e conquista o outro. Tenho sonhos e esperanças, pois o mundo

é lindo quando Deus está presente. A oração para a vida espiritual é como

o oxigênio para o pulmão. Orando nós descobrimos que o possível eu faço

agora; o impossível demora um pouco mais. Volto para casa reabaste-

cida. Com este reabastecimento peço: Abençoa- me, Senhor, nesse novo

desa� o, nessa nova jornada de vida. Agradeço a Deus por exis� r o Caná.

(Rosimeire de Fá� ma Cançado)

PELA FAMÍLIA, PASSA O FUTURO DA HUMANIDADE (João Paulo II)

Wanderley Antunes Torres. Por esse nome, nem ele mesmo se reconhece. Chamem Tesou-rinha e aí o contato é imediato, a empatia se estabelece e você ganhou um amigo, extrovertido e prestativo. Simples e transpa-rente, cultiva muitas paixões.

A família. Querem ver olhos brilhando

e sorriso iluminando o rosto é vê-lo falar da Edivânia, sua esposa, e do fi lho Heitor, de 5 anos. Eles é que dão sentido à sua vida e às suas lutas.

A pro� ssão de cabeleireiro. Tanta paixão que ela lhe em-

prestou a identidade, Tesouri-nha. No Salão Modelo, - mais conhecido como Salão do Te-sourinha - Rua Padre Eustá-quio, 2923, mais que clientes, cultiva amigos fi éis.

O bairro Padre Eustáquio. Há 25 anos estabelecido na

região, dedica o seu entusiasmo

a defender as causas do Padre Eustáquio. Especial preocupação nutre pela segurança. Por isso mantém contato permanente com a Companhia da Polícia Militar e outras autoridades responsáveis pelo monitoramento da área.

A ação social. Faz questão de participar fi nanceiramente de entidades que

dão assistência a pessoas carentes, tais como Caminhos para Jesus, APAC e a Família de Caná, entre outras. Para melhor se integrar na área, está cursando o 4º período de Serviço Social na Faculdade UNOPAR.

A Família de Caná. Desde que conheceu a As-

sociação, através de clientes amigos que ali prestam serviço voluntário, deixou-se contagiar pela causa da recuperação dos dependentes de drogas e “ves-tiu a camisa” do Caná. Além da ajuda fi nanceira, faz ques-tão de participar dos eventos, encaminhar dependentes que procuram ajuda e divulgar, no contato pessoal e nos meios de comunicação, as atividades da Família de Caná.

Tesourinha, um amigo à sua disposição!

Contato: [email protected]

Informe Publicitário

EXPEDIENTEEU VISTO ESTA CAMISA Junho de 2011Publicação da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ

CNPJ nº 16.881.294/0001-48

En� dade � lantrópica de u� lidade pública

Decreto Federal – Proc. MJ 2042/97 de 20/06/97 -

Lei Estadual 9.073 de 11/12/84

Lei Municipal 6.372 de 18/08/93 (Belo Horizonte)

Lei Municipal 2.958, de 30/11/06 (Ribeirão das Neves

Conselho Nacional de Assistência Social – Cer� � cado nº 28.984.016095/94-01

Presidente: José Afonso Pinto de AssisDiretor: Padre Osvaldo GonçalvesRedator: José Wagner Leão Diagramação: Samuel de Freitas RodriguesTiragem: 10.000 exemplaresImpressão: ZAP Grá� ca e Editora

Endereço: Rua Henrique Gorceix, 80 - Padre Eustáquio - BELO HORIZONTECEP 30720-360– MG Telefone: (31) 34629221e-mail: [email protected] Site: www.familiadecana.com.br

Um homem, cinco paixões...