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Índice

1. CALENDÁRIO DE ATIVIDADES .................................................................................................................. 2

2. DESENVOLVIMENTO GERAL DE ACTIVIDADES ............................................................................... 6

3. ANIMAÇÃO DAS PARÓQUIAS .................................................................................................................. 10

4. SERVIÇO SOCIAL .......................................................................................................................................... 19

5. LAR DA BAFUREIRA .................................................................................................................................... 33

6. CRECHE CARITAS ......................................................................................................................................... 52

7. MIGRAÇÕES ..................................................................................................................................................... 67

8. LOJA SOLIDÁRIA “É DADO” .................................................................................................................... 82

9. CANTINA SOCIAL .......................................................................................................................................... 86

10. CONTACTOS INSTITUCIONAIS/PARCERIAS ................................................................................. 91

11. OUTROS PROJECTOS ............................................................................................................................. 95

12. FORMAÇÃO INTERNA E PROMOÇÃO DE COLABORADORES ............................................. 98

OUTRAS ACTIVIDADES GAS - ANEXOS ................................................................................................... 102

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1. CALENDÁRIO DE ATIVIDADES

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1. CALENDÁRIO DE ATIVIDADES

Calendário de

atividades

realizadas em

2013

Dia(s) Hora(s) Atividade(s) Local

07 17H30/20H30 Primeiros Socorros – Tipos de Acidentes e

Formas de Atuação

Centro Social e Paroquial de São

Brás

Janeiro 24 11H30 Reunião de Direção Lisboa

26

Acão de Formação + Próximo

para Paróquias da Vigaria de Sintra

Acão Social na Paróquia

Centro Paroquial de

Rio Mouro

Fevereiro 04


para Vicentinas dos Concelhos de Cascais e Oeiras

Junta de Freguesia do Estoril

Março

7

11H30

Reunião de Direção

Lisboa

8 17H00/20H00

Primeiros Socorros

Tipos de Acidentes e Formas de Atuação

Centro Social e Paroquial Sacavém

Abril 10 Abertura Curso no âmbito do POPH sobre 1º.

Socorros

Centro

Paroquial

Sacavém

11

11H30


Lisboa

13 Participação no Curso de Voluntários Cáritas Paroquial

Agualva

16

Discussão Documento Estratégico Lisboa - Europa – 2020

C.M.L.

24

13H00


Lisboa

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4

Maio 15 Dia da Consulta Jurídica Gratuita Lisboa

03 09H30

a 16H30

Intervenção Interinstitucional com Pessoas Idosas: Práticas Comunicativas e Intervenção em

Casos de Demência

Lisboa

Junho

06

11H30

Reunião Direção

Lisboa

18 18H00/21H00 Primeiros Socorros – Tipo de Acidentes e Formas

de Atuação

Cenfim

(Lumiar)

12 15H00/1800 Prevenção e Primeiros Socorros Geriatria Centro Comunitário

da Paroquia de Carcavelos

Julho 06


Para as Paróquias Alcobaça, Bárrio, Benedita, Évora, Alcobaça, Famalicão, Turquel, Vimeiro

Alcobaça

Setembro 07


Silveira

Torres Vedras

17 11H30 Reunião Direção Lisboa

Outubro 24 11H30 Reunião Direção Lisboa

19 10H30 Lançamento Operação 10 Milhões Estrelas Lisboa

02 Acão de Formação + Próximo

S. Domingos Benfica, Estrela, Calhariz de Benfica

Lisboa

05 14H00/17H30 Higiene da Pessoa Idosa em Lares e Centros de

Dia

Centro Social e Paroquial Srª. Do

Livramento

Novembro

21


Cáritas Paroquial Abrigada, Centro social da Ventosa, Stª. Casa Mis.Sobral Monte Agraço

Alenquer

23


Vicentinos de Cascais, e Oeiras, Nª.Srª. Navegantes, S.Pedro e S.João Estoril,

S.Domingos Rana, S.Romão, Carnaxide, Alvide, Alcabideche, Nª.Srª.Assunção, Bicesse,

Alcabideche

S. João Estoril

26

Psicologia da Velhice

Centro Social Paroquial de Nª.Srª. das Virtudes da Ventosa

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5

29 12H00 Reunião Direção

Lisboa

6/7 Acão de Formação + Próximo

Alcobaça Alcobaça

7/8 15H00 Cáritas Porta Aberta “Uma Só Família Humana –

Alimento para Todos Lisboa

Dezembro 14 Manifestação Pública 10 Milhões Estrelas

“Um Gesto Pela Paz”

24

Acendimento das Velas da Operação 10 Milhões Estrelas

“Um Gesto pela Paz”

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2. DESENVOLVIMENTO GERAL DE ACTIVIDADES

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2. DESENVOLVIMENTO GERAL DE ACTIVIDADES. INTRODUÇÃO

O ano de 2013 foi um ano extraordinariamente intenso e de consolidação de um vasto conjunto de atividade, que vem sendo promovidos e ou desenvolvidos pela Cáritas Diocesana de Lisboa. Tal como nos difíceis anos anteriores, este vasto conjunto de atividades e iniciativas ficou a dever-se à necessidade de dar resposta a múltiplas solicitações, atentos aos problemas sociais emergentes, num espírito de pertença e dedicação que nos inspira, e que é servir, pessoas e instituições que mais necessitam do apoio que este serviço da Diocese de Lisboa pode disponibilizar, contribuindo assim para o renovar da esperança, pela partilha e caminhando na direção da justiça, minorando o sofrimento de pessoas e famílias. Em termos de ajuda direta, permita-se que destaquemos desde já as ações empreendidas nomeadamente no âmbito do Serviço Social. Desde logo o excelente serviço que vem sendo desenvolvido na Loja Solidária – é dado, ao nível das doações de bens, a consolidação do serviço de atendimento social, por estabilização da equipa técnica, a qual reforçou em muito a capacidade de desempenho da organização. Foram ainda notas salientes, o decisivo apoio à constituição de Grupos Socio Caritativos Paroquiais, relevando também aqui a formação a voluntários no âmbito do Projeto + Próximo, bem como a consolidação do projeto Amigo, fonte fundamental de apoio financeiro ao Fundo Diocesano de Emergência Social – Igreja Solidaria. Passemos agora, em jeito de sumário executivo, uma breve panorâmica de toda a atividade realizada ao longo deste período:

a) Animação de Grupos Socio-Caritativos Ao longo do ano de 2013 por várias ocasiões que aconteceram momentos de aproximação às Paróquias da Diocese, como foi o caso das reuniões com os responsáveis de grupos sócio caritativos, a participação em reuniões de Vigararia e a articulação para cedência de recursos – géneros alimentares e vales sociais.

b) Parceria com a DECO Ao abrigo de um protocolo entre a Cáritas Portuguesa e a DECO, foram organizadas cinco ações de formação, denominadas “Saber Viver em tempos de Crise”, dirigidas a técnicos de atendimento social e a beneficiários de apoios sociais. No total foram abrangidas cerca de 100 pessoas.

c) Formação Projeto + PRÓXIMO O ano de 2013 foi um ano de afirmação deste Projeto formativo cujo principal propósito é uniformizar a dinamização da ação sócio caritativa desenvolvida nas Paróquias, pelos grupos de voluntários, bem como reforçar a necessidade de se promover a diaconia no contexto mais alargado da vida da Igreja.

d) Formação para a qualificação no âmbito do POPH Em 2013, concretizaram-se 6 ações de formação em diferentes pontos da Diocese, abrangendo 110 formandos

e) Projeto AMIGO De Abril a Dezembro foram colocados 243 contentores de recolha de roupa usada, dos quais 157 em Paróquias. Essas 157 Paróquias são responsáveis por 728 t do total acumulado de 950 t de roupa recolhida até 31 de Dezembro de 2013. Um resultado extraordinário, muito para além das melhores expectativas e que em grande parte se deve à ação proactiva das Vigararias.

f) ACÇÃO SOCIAL – atendimento

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No contexto do atendimento social realizado no GAS, ao longo do ano de 2013 foram atendidas 530 famílias, 352 foram atendidas pela primeira vez, beneficiando 1247 pessoas. No total das 530 famílias atendidas no GAS no ano de 2013: 74 dos casos tratava-se de famílias monoparentais, na sua grande maioria femininas; 30 dos casos situação de isolamento ou solidão, por vezes associada a situações de conflito entre familiares; Ao nível da saúde, foram identificadas 74 situações de deficiência física ou motora, com diferentes níveis de incapacidade ou invalidez; 57 casos, foram identificadas situações de doença mental. Mais de 48% - se encontravam numa situação habitacional muito precária, com um risco acrescido de vulnerabilidade social. Das 1247 pessoas abrangidas pela intervenção do GAS: 34% encontram-se em situação de desemprego sem subsídio e, portanto, sem qualquer tipo de rendimento. 88% vivem com rendimentos insuficientes

g) Fundo de Emergencia Diocesano - IGREJA SOLIDÁRIA Foram apoiados 83 pedidos. A maioria dos pedidos está relacionada com rendas de habitação em atraso.

h) Loja é dado 1354 famílias atendidas, 361 de 1ª vez.

i) Cantina Social Aumento do número de refeições protocoladas de 20 para 30 refeições diárias. Até ao momento já beneficiaram deste apoio 23 agregados familiares, estando presentemente a beneficiar apenas 11 agregados correspondendo a 39 pessoas.

j) Lar da BAFUREIA Ao longo do ano de 2013 foram empreendidas algumas ações importantes, ao nível da conservação do edificado, das medidas de auto proteção, da certificação energética e também relativo ao processo de obtenção da licença de utilização, por parte da Câmara Municipal de Cascais. O ano de 2013 ficou também marcado por uma dificuldade cada vez maior das famílias em cumprirem com os seus encargos, ao nível do pagamento de mensalidades e de outras despesas. A média etária dos residentes mantém-se nos 86 anos. A maior percentagem (24%) situa-se no intervalo dos 91 aos 95 anos. 46% dos residentes tem 80% de incapacidade.

k) ÁREA DAS MIGRAÇÕES - CLAII Desde o início, verifica-se que o número de atendimentos aumentou 72%, um número 3,5 vezes superior (1118 em 2013 e 313 em 2009) e os projetos desenvolvidos na área da interculturalidade foram mais aprofundados quer a nível do diagnóstico, quer a nível da própria intervenção, destaque-se:

Média mensal de 93 atendimentos.

Foram atendidas pessoas de 27 nacionalidades

l) Projeto ÂNCORAS O Âncoras foi um projeto de intervenção social na área da interculturalidade, que teve como principal objetivo contribuir para uma maior e melhor integração dos imigrantes no concelho de Cascais, através da mobilização e capacitação de diversos agentes sociais e da população imigrante em geral e mulheres imigrantes em particular. A atividade contou com 54 participantes.

m) CRECHE Revisão do projeto educativo;

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Nota positiva por parte dos acompanhamentos da segurança social; Aumento do número de agregados familiares com dificuldades económicas; Estrutura de referência a nível local. Refira-se ainda alguns eventos que marcaram decisivamente este no de 2013: Visita do Sr. Patriarca, Exposição - Semana da Fé do Patriarcado, Participação em varias Feiras Solidárias, início do processo de certificação da qualidade, disponibilização de apoio psicológico às pessoas atendidas nos diversos serviços/valências, formação interna, entre outros. Concluímos agradecendo a todos quantos, voluntários e colaboradores, apoiaram esta nossa instituição, numa propositura de serviço ao outro em prol da Justiça e do Bem Comum. Bem Hajam! Março 2014

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3. ANIMAÇÃO DAS PARÓQUIAS

3.1 Formação

3.1.1 Projeto + Próximo

3.1.2 POPH

3.2 NOS (Núcleo de Observação Social)

3.3 Projeto Amigo

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Abr-13Centro Comunitário Paroquial de Algueirão

Mem-MartinsSintra 50 Vales Sociais de 10€ (500€)

Abr-13 Conferência Vicentina da Brandoa Amadora 40 Vales Sociais de 10€ (400€)

Abr-13 Centro Comunitário Paroquial de Rio de Mouro Sintra 50 Vales Sociais de 10€ (500€)

Mai-13 Cáritas Paroquial de Vila Franca de XiraVila Franca

de Xira40 Vales Sociais de 10€ (400€)

Mai-13 Cáritas Paroquial de Castanheira do RibatejoVila Franca

de Xira40 Vales Sociais de 10€ (400€)

Mai-13 Cáritas Paroquial de Agualva-Cacém Sintra 40 Vales Sociais de 10€ (400€)

Jun-13 CSP das Galinheiras Lisboa 168 unidades de Iogolino tipo iogurte

Jun-13Associação de pais dos alunos do 1º ciclo da EB -

Aprígio GomesAmadora

120 unidades Iogolino de pacote

148 unidades de Iogolino tipo iogurte

36 unidades de Iogolino de boião

Dez-13 Grupo Sócio-Caritativo da Paróquia da Apelação Loures

38 lt Leite

60 unidades de esparguete

109 Kg Arroz

48 latas de salsichas

40 unidades de macarronete

20 kg açucar

24 unidades de macarrão

20 kg farinha

Partilha de Recursos com as Paróquias/Centros Paroquiais em 2013

3. ANIMAÇÃO DAS PARÓQUIAS1 Ao longo do ano de 2013 por várias ocasiões que aconteceram momentos de aproximação às Paróquias da Diocese, como foi o caso das reuniões com os responsáveis de grupos sócio caritativos (cf. Anexo 1), a participação em reuniões de Vigararia e a articulação para cedência de recursos – géneros alimentares e vales sociais. Prova de que decorreu um reforço do vínculo com as Paróquias, foi o aumento do número de grupos sócio caritativos a adotarem o nome Cáritas. Assim sendo, e apesar das suas características específicas e de diferentes níveis de formalidade, considera-se a existência de 9 Cáritas Paroquiais, são elas:

1. Cáritas Paroquial da Apelação 2. Cáritas Paroquial de Castanheira do Ribatejo 3. Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira 4. Cáritas Paroquial de Vilar 5. Cáritas Paroquial de Agualva-Cacém 6. Cáritas Paroquial de São Julião da Barra 7. Cáritas Paroquial de Tires 8. Cáritas Paroquial da Benedita 9. Cáritas Paroquial de Alcobaça

Apesar das limitações desta instituição, sempre que há oportunidade, é prática do Gabinete de Ação Social (GAS) partilhar meios com os grupos sócio caritativos que normalmente fazem um trabalho positivo de avaliação e acompanhamento de situações de carência, ao nível do território das suas Paróquias. Estes meios cedidos são no fundo um reforço à sua intervenção junto das famílias mais carenciadas. A grelha abaixo ilustra precisamente os meios partilhados com algumas entidades que estão localizadas em territórios comummente considerados como “complexos” por integrarem bairros sociais; população imigrante; e situações de grande pobreza e exclusão social.

1 A Diocese inclui 17 Vigararias e 287 Paróquias

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No âmbito da atribuição de donativos às Paróquias, importa ainda referir que no mês de Dezembro/2013, em virtude do aumento exponencial de doações à Cáritas, esta decidiu ceder a algumas Paróquias o acesso a um grande donativo do Banco Popular. Por conseguinte, as Paróquias em questão deslocaram-se aos balcões do Banco Popular da sua zona e recolheram alimentos que ajudaram a compor os cabazes de Natal a distribuir pelas famílias referenciadas para apoio alimentar. As Paróquias que participaram nesta iniciativa proposta pela CDL foram:

1. Paróquia de Torres Vedras 2. Paróquia de Mafra 3. Paróquia do Carregado 4. Paróquia de Vila Franca de Xira 5. Paróquia de Alverca 6. Paróquia de Castanheira do Ribatejo 7. Paróquia de Massamá 8. Paróquia de Queluz 9. Paróquia da Parede

Conforme referido anteriormente, o GAS marcou presença em algumas reuniões de Vigararia2 com o objetivo de se divulgar algumas iniciativas da instituição, especificamente – Projeto Amigo; Projeto Igreja Solidária; e Projeto + Próximo. A ideia era sobretudo apresentar estes projetos, esclarecer informação e convidar as Paróquias, através dos seus Párocos a aderir a estas iniciativas e a aproximarem-se da CDL.

ACÇÕES MAIS ESPECÍFICAS A Cáritas Paroquial da Agualva realizou uma ação de formação para novos voluntários e solicitou apoio à CDL para utilização dos guias de voluntários e para divulgação da iniciativa. A CDL esteve representada no encerramento do referido curso. Foi solicitado apoio à CDL para a formação de um grupo Cáritas na Paróquia da Parede, Vigararia de Cascais. Houve uma reunião com o interlocutor paroquial e ficou planeada uma formação do + Próximo para os voluntários que venham a constituir o grupo (esta formação irá realizar-se em 2014). Realizou-se, também, uma reunião com o Pároco de Alcobaça e algumas pessoas voluntárias, com vista ao apoio à constituição de um grupo paroquial de ação social. Na sequência desta reunião estruturou-se uma atividade de dois dias:

“Nos dias 6 e 7 de Dezembro realizou-se uma ação de formação na Paróquia de Alcobaça, integrada na oferta formativa do projeto +Próximo na Diocese de Lisboa. Este encontro de formação teve a duração de dois dias e teve como objetivo dar pistas para a constituição e consolidação de um novo Grupo Paroquial de Ação Social (GPAS) na Paróquia. O encontro contou com a presença de 12 participantes, na sua maioria senhoras já envolvidas em diversas iniciativas de cariz social na Paróquia. Contou-se ainda com a presença de uma Assistente Social da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça, que é a instituição que na cidade assegura o atendimento social à comunidade e com a qual o novo GPAS poderá articular. O encontro foi estruturado de forma diferente do habitual. Integrado no módulo I sobre Ação Social na Paróquia foram dinamizadas algumas atividades complementares que tiveram como objetivo promover e trabalhar as relações entre os futuros membros do novo grupo, dar pistas para um primeiro diagnóstico social do território, com identificação de necessidades e levantamento dos recursos já existentes, através de dinâmicas de grupo, de pesquisa de terreno e da aplicação de instrumentos próprios de diagnóstico social. Foram debatidas questões como a natureza, objetivos e possíveis atividades de um GPAS, os passos necessários para montar o atendimento de proximidade e a necessidade de trabalhar em articulação com a restante rede social local. Foi proposto que o grupo começasse a desenhar e a definir a sua proposta de valor, os meios e recursos necessários para o funcionamento do grupo, as suas atividades e parcerias chave. Foi uma experiência muito positiva, em que a Cáritas Diocesana de Lisboa sentiu o acolhimento de uma Paróquia no limite territorial da sua Diocese e o entusiasmo em construir uma proposta com valor concreto no âmbito da pastoral social, com

o apoio integral do Sr. Padre. O grupo expressou a expectativa de poder dar continuidade a esta formação, considerada de grande valor”

2 Das 17 Vigararias existentes na Diocese de Lisboa, foi possível participar nas reuniões das Vigararias de Oeiras, Alcobaça-

Nazaré, Lisboa 2, 3 e 4, Loures-Odivelas, Sacavém, Alenquer, Torres Vedras, Mafra, Caldas da Rainha, Lourinhã e Amadora.

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Ano Data Local VigarariaParóquias

Representadas

N.º de

Participantes

Carga

HoráriaTema Formadores

2012 30-Jun CSP Bendita Alcobaça

Valado dos Frades; Évora

de Alcobaça; Benedita;

São Martinho do Porto;

Turquel; Alfeizerão;

Vimeiro

34 6:00Acção Social

na Paróquia

Ana Isabel;

Ana Catarina

2013 26-JanCCP Rio de

MouroSintra

Rio de Mouro, Colares,

Agualva, Cacém, S.

Marcos, Mira-Sintra


na Paróquia

Ana Isabel;

Ana Catarina

2013 04-Fev JF Estoril Cascais

Vicentinos de Cascais e

Oeiras: N. Sra. dos

Navegantes, S. Pedro e S.

João do Estoril, S.

Domingos de Rana, S.

Romão-Carnaxide, Alvide-

Alcabideche, N. Sra. da

Assunção-Cascais, Bicesse-

Alcabideche, Parede


na Paróquia

Ana Isabel;

Ana Catarina

2013 06-JulCCP

BeneditaAlcobaça

Alcobaça, Bárrio,

Benedita, Évora de

Alcobaça, Famalicão,

Turquel, Vimeiro

36 7:00Atendimento

de

Proximidade

Ana Isabel

2013 07-Set CSP SilveiraTorres

VedrasSilveira 22 7:30

Acção Social

na ParóquiaInês Pereira

Foi solicitada pela Paróquia de São Domingos de Benfica a colaboração da CDL para dinamizar uma tarde de formação com os catequistas da Paróquia, no âmbito do tema anual Evangelizar na Caridade, onde estiveram presentes 27 pessoas. 3.1 Formação Ao abrigo de um protocolo entre a Cáritas Portuguesa e a DECO, foram organizadas cinco ações de formação, denominadas “Saber Viver em tempos de Crise”, dirigidas a técnicos de atendimento social e a beneficiários de apoios sociais. Na primeira ação estiveram presentes técnicos e voluntários de 5 centros sociais paroquiais e mais 10 alunos de mestrado do ISEG. Realizaram-se ainda formações nas paróquias de Porto Salvo (Vigararia de Oeiras), para beneficiários de Rendimento Social de Inserção, na Paróquia da Benedita (Vigararia de Alcobaça-Nazaré) para famílias apoiadas ao nível social, duas ações em Peniche (Vigararia de Caldas da Rainha-Peniche), uma para técnicos e voluntários (cerca de 20 técnicos das instituições daquela Vigararia), outra para beneficiários, uma na Cáritas Paroquial da Agualva (Vigararia de Sintra), para beneficiários de banco alimentar e no Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos (Vigararia de Cascais). No total foram abrangidas cerca de 100 pessoas. 3.1.1 Projeto + Próximo O ano de 2013 foi um ano de afirmação deste Projeto formativo cujo principal propósito é uniformizar a dinamização da ação sócio caritativa desenvolvida nas Paróquias, pelos grupos de voluntários, bem como

reforçar a necessidade de se promover a diaconia no contexto mais alargado da vida da Igreja. Em termos práticos, aquilo que se verificou no ano transato foi uma aproximação das Paróquias à CDL requisitando a dinamização de diferentes módulos. Em traços gerais, os dados de 2013 são os seguintes: A equipa formadora procurou ao máximo flexibilizar este processo e em resultado a maioria das sessões de formação decorreu aos Sábados, nas instalações das Paróquias ou Centros Paroquiais e sem quaisquer custos para as mesmas. De sublinhar que em 2013 foi a primeira vez que se dinamizou os módulos II e III – Eclesiologia e Atendimento de Proximidade, respetivamente.

12 Ações realizadas 363 Formandos abrangidos 83horas de Formação ministradas

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2013 02-Nov

CSP São

Domingos de

Benfica

Lisboa III

São Domingos de

Benfica; Estrela; Calhariz

de Benfica

27 2:30

O serviço da

Caridade na

vida da Igreja -

Acção Social

Cristã e

Transmissão da

Fé

Inês Pereira

2013 21-Nov

Paróquia

Sobral de

Monte

Agraço

Alenquer

Cáritas Paroquial de

Abrigada, Centro Social

Paroquial da Ventosa,

Santa Casa da

Misericórdia de Sobral

de Monte Agraço

12 7:00 Eclesiologia Inês Pereira

2013 23-Nov

CSP S. Pedro

e S. João do

Estoril

Cascais e

Oeiras

Vicentinos de Cascais e

Oeiras: N. Sra. dos

Navegantes, S. Pedro e S.

João do Estoril, S.

Domingos de Rana, S.

Romão-Carnaxide, Alvide-

Alcabideche, N. Sra. da

Assunção-Cascais, Bicesse-

Alcabideche, Parede

27 7:00 Eclesiologia Inês Pereira

2013 6 e 7-DezParóquia

Alcobaça

Alcobaça-

NazaréAlcobaça 12 15:00

Acção Social

na Paróquia

Ana Isabel;

Inês Pereira

2014 15-FevCCP Rio de

MouroSintra

Rio de Mouro; Colares;

Algueirão Mem-Martins;

Agualva-Cacém; Cacém;

S. Marcos; Mira Sintra;

Sintra; S. Pedro; Belas;

Terrugem

35 6:30Atendimento

de

Proximidade

Ana Isabel

2014 15-Mar CSP SilveiraTorres

VedrasSilveira 24 6:30

Atendimento

de

Proximidade

Ana Isabel

201410 e 17-

MarCSC Peniche

Caldas-da-

Rainha

Peniche

Centro de Solidariedade

e Cultura de Peniche56 6:00

Doutrina

Social da

Igreja

Inês Pereira

O balanço deste projeto é bastante positivo. Considera-se que existe um maior conhecimento e consequente adesão à iniciativa, sendo que algumas Vigararias/Paróquias já solicitam vários módulos e essa continuidade permite deduzir que o público-alvo está satisfeito com a qualidade dos módulos em termos de estrutura, conteúdos, dinâmicas, equipa de formadoras etc. Aliás, as próprias fichas de avaliação aplicadas no final de cada formação transmitem e confirmam esta perceção. 3.1.2 POPH Na sequência da candidatura que a entidade formadora Formajuda efetuou ao Plano Operacional Potencial

Humano (POPH) em 2011, foi aprovado um plano formativo a cumprir no biénio 2012/2014.

Através dessa candidatura foram aprovadas 7 formações de 50 horas na área 761 (Serviço de Apoio a

Crianças e Jovens) e 6 formações de 50 horas na área 762 (Trabalho Social e Orientação). Em 2012 já

tinham sido realizadas 2 ações de formação e, em 2013, concretizaram-se 6 ações de formação em

diferentes pontos da Diocese, conforme tabela1 infra.

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UFCD Local da Formação Carga Horária

Formandos

Certificados Início & Término

(3274) Primeiros Socorros - Tipos de acidentes e formas

de atuação

Centro Social e Paroquial de São Brás, Amadora

50h 17 7.01.2013 – 28.02.2013


de atuação

Centro Social e Paroquial de Sacavém, Loures

50h 16 8.04.2013 – 5.06.2013

(3546) Prevenção e Primeiros Socorros

em Geriatria

Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos,

Cascais 50h 23

25-09-2013 – 29.11.2013


de atuação

Centro de Formação da Industria Metalúrgica e

Metalomecânica (CENFIM), Lisboa

50h 17 18.06.2013 –

9.07.2013

(3549) Higiene da Pessoa Idosa em

Lares e Centros de Dia

Centro Social e Paroquial Nª Sr.ª do Livramento,

Mafra 50h 19

5.11.2013 – 7.01.2014

(3543) Psicologia da Velhice

Centro Social e Paroquial Nª Sr.ª das Virtudes da

Ventosa, Alenquer

50h 18 26.11.2013 – 28.01-2014

Tabela 1

De facto, esta oferta formativa é uma grande mais-valia para os Centros Paroquiais, uma vez que o

imperativo legal que as rege obriga a que cada funcionário realize um número mínimo de horas de formação

anualmente. Neste contexto, esta oferta formativa da CDL, enquanto entidade promotora com a Formajuda

enquanto entidade formadora, vai respondendo a essa necessidade, a custo zero para as nossas instituições

sócio caritativas.

Torna-se relevante sublinhar que em muitos casos estas ações de formação são ministradas para um

conjunto mais alargado de instituições, ou seja, como muitas vezes a entidade que solicita a formação não

dispõe do número mínimo necessário de formandos, acaba por divulgar a oferta formativa aos seus parceiros

sociais, com o objetivo de angariar mais participantes. Por via destas parcerias locais, verificou-se que nos

diversos cursos participavam pessoas provenientes de diferentes instituições.

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3.2. Núcleo de Observação Social

Como é do conhecimento geral o Núcleo de Observação Social (NOS) pretende ser um observatório que recolhe, analisa e conhece os problemas sociais vigentes, com o propósito de propor, sob o princípio de que só se conseguirá mudar a realidade caso se atue nas causas dos problemas. De facto, o exercício que o NOS propõe é interessante e fundamental. O levantamento das problemáticas em que o utente e respetiva família estão envolvidos é necessário, para que se consigam formular soluções mais específicas e eficazes. Além disso, o NOS é um recurso que, no seu expoente máximo, possibilita à Cáritas Portuguesa o exercício de intervenção social junto do poder político e dos diferentes Ministérios, procurando soluções de fundo como já o tem feito, nomeadamente em relação à isenção das taxas moderadoras na saúde. Para funcionar este observatório precisa da colaboração das Cáritas Diocesanas que, por sua vez, dependem do contributo das Paróquias. Apesar da mais-valia na realização do apuramento estatístico mensal por parte do Gabinete de Ação Social (GAS) da CDL, a verdade é que esta atividade se tem debatido com alguns obstáculos, desde logo, ao nível da adesão das Paróquias. Portanto, no caso de Lisboa, num universo de aproximadamente 300 Paróquias, apenas oito colaboraram nesta atividade no ano de 2013 e a realidade nas outras Dioceses é muito semelhante. Embora não se saiba com rigor a razão desta desistência, acredita-se que, talvez, os responsáveis locais identifiquem esta atividade como um acréscimo de trabalho. Noutra perspetival, as Paróquias também não veem o retorno do seu esforço e, naturalmente, não compreendem a utilidade da tarefa. Inclusive, as Paróquias que colaboraram em 2013 são, de maneira geral, muito pouco cumpridoras em termos de calendário. Em rigor o apuramento estatístico deveria ser enviado para a CDL até dia 8 de Abril e, todos os meses, existiram Paróquias a ultrapassar esse prazo o que dificultou a consolidação dos dados e posterior envio para o NOS. Até há pouco tempo, um dos elementos da equipa do GAS dispunha-se, mensalmente, a realizar vários contactos telefónicos, lembrando os responsáveis locais da necessidade de enviarem para a CDL o seu apuramento estatístico. Contudo, na atualidade, essa estratégia é incomportável devido ao volume de trabalho do GAS, tendo-se verificado que as Paróquias deixaram, praticamente, de colaborar com o envio destes dados. Outra limitação desta atividade é o próprio documento base, a ficha de preenchimento, que na perspetiva das assistentes sociais do GAS está um pouco desatualizada, pois tem conceitos desajustados, alguns muito similares e outros em falta. Reforça-se, mais uma vez, que outra dificuldade do NOS é não ter um programa de gestão de utentes que permita exportar os dados quantitativos de forma precisa e rápida. No caso do Gabinete de Ação Social da CDL o apuramento estatístico, ao longo do mês, é realizado manualmente e, no final de cada mês, faz-se o somatório e passa-se a informação para documento informático. Por não existir um programa de gestão de utentes, nunca se consegue saber quantos utentes deixaram de recorrer à instituição no último ano. Ou seja, o NOS tem um item que refere os “casos retirados”, que subentende os utentes/processos que nos últimos 12 meses não voltaram a recorrer ao serviço. Obviamente que sem um programa informático especializado não se consegue apurar esta informação num serviço como o GAS, em que a população utente é muito flutuante e se altera mensalmente. Portanto, na prática, o que está acontecer é uma incoerência dos dados porque mensalmente continuam a ser somados novos processos/utentes, sem que sejam retirados aqueles que deixaram de recorrer ou ser acompanhados pelo serviço. Por fim, sublinha-se que nas formações que têm sido ministradas no âmbito do programa + Próximo, no Módulo de Ação Social na Paróquia, tem sido promovido o uso da ficha dos NOS para que as Paróquias que ainda não colaboram com a CDL estejam mais sensibilizadas para este assunto e para a relevância de se refletir sobre as causas dos problemas.

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Paróquias que colaboraram na realização do NOS

Centro Paroquial da Ajuda e Conferência Vicentina da Ajuda;

Centro Paroquial de Alfama;

Centro Social de Sacavém;

Paróquia de St.ª Marta de Casal de Cambra;

Centro Paroquial de St.º Isidoro;

Cáritas Paroquial de Castanheira do Ribatejo;

Centro Paroquial Camarate e Conferência Vicentina de Camarate;

Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira;

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18

3.3 Projeto Amigo Este relatório abrange o período de Novembro de 2012, quando se iniciou a primeira campanha de recolha

de roupa junto das Paróquias, ainda em regime experimental, e todo o ano de 2013. Essa campanha

abrangeu 48 Paróquias e resultou na recolha de cerca de 50 toneladas (t) de roupa, mas objetivamente o

Projeto Amigo só teve início em Abril de 2013 com a colocação dos primeiros contentores.

De Abril a Dezembro foram colocados 243 contentores, dos quais 157 em Paróquias. Essas 157 Paróquias

são responsáveis por 728 t do total acumulado de 950 t de roupa recolhida até 31 de Dezembro de 2013.

Um resultado extraordinário, muito para além das melhores expectativas e que em grande parte se deve à

ação proactiva das Vigararias onde tivemos ocasião de apresentar o Projeto Amigo e o Programa Igreja

Solidária. De facto, no final de 2013, cerca de 150 Paróquias tinham já aderido ao Projeto.

A contrapartida total recebida da Tesamco foi à data de 31 de Dezembro de 61.432,14 euros, a que acrescia

um saldo credor de 24.432,14 euros a favor da CDL. Desse montante, no passado mês de Fevereiro, foram

redistribuídos 14.564,00 euros às 15 Paróquias que mais contribuíram para o resultado, como

reconhecimento pela solidariedade dos seus paroquianos e incentivo para que se mantenham presentes,

nestas e em todas as outras Paróquias, os objetivos de natureza social associados ao Projeto.

À data de hoje estão colocados 318 contentores, sendo que o objetivo imediato é chegar aos 500. Estima-

se que a partir desse número a operação logística, incluindo a triagem, seja totalmente realizada em

Portugal. A ação comercial, se assim se pode chamar, tem incidido sobretudo nas freguesias de Lisboa e

noutros municípios, mas também se pretende a adesão das Paróquias que ainda o não fizeram. Para 2014

estão previstas apresentações nas 4 Vigararias não visitadas em 2013.

Não houve grande evolução sobre a constituição da cooperativa. Espera-se que venha a ser formalmente

constituída quando se atingir a dimensão mínima dos referidos 500 contentores.

A Tesamco celebrou entretanto acordos semelhantes com as Dioceses de Setúbal e de Santarém, mas que

ainda não estão no terreno.

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19

4. SERVIÇO SOCIAL

4.1 Gabinete de Ação Social – Sede

4.2 Fundo Diocesano – Igreja Solidária

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20

4. SERVIÇO SOCIAL

4.1 Gabinete de Ação Social – Sede

Apresentam-se de seguida, sumariamente, alguns dados que procuram caracterizar os atendimentos sociais realizados no Gabinete de Ação Social na Sede da CDL, durante o ano de 2013. Os atendimentos podem ser presenciais e/ou por telefone. A maioria das pessoas recorre à CDL via telefone, algumas apresentam-se espontaneamente na Sede para solicitar atendimento social, mas algumas situações são também expostas diretamente por carta ou email e outras ainda pontualmente encaminhadas por outras instituições com as quais o GAS articula, no âmbito do atendimento social. Em alguns casos as pessoas recorrem diretamente ao Patriarcado de Lisboa ou à Cáritas Portuguesa, que reencaminham os pedidos de apoio para a CDL. Verifica-se ainda que, em algumas situações, por diversas razões, embora haja um primeiro contacto com os utentes, não se chega a recolher informação suficiente para se constituir processo, ficando estes casos referenciados como situações sem matéria para processo. Por vezes a pessoa volta a entrar em contacto com a CDL, sendo por isso importante manter este registo. O atendimento social é assegurado por duas assistentes sociais.

No contexto do atendimento social realizado no GAS, ao longo do ano de 2013 foram atendidas 530 famílias, com maior incidência nos meses de Janeiro e de Dezembro, tal como evidencia o Gráfico 1.

Gráfico 1 – Nº total de famílias atendidas no GAS em 2013, por meses.

Importa contextualizar estes dados, uma vez que se verificou um decréscimo do número de atendimentos em 2013, comparativamente ao ano anterior.

Relativamente aos atendimentos na Sede da CDL, estes diminuíram efetivamente. As possíveis razões que se encontram para justificar este fenómeno prendem-se com o facto de em 2012 se ter verificado um maior impacto da crise social e económica que Portugal está a atravessar. O ano de 2013 surge como uma continuação desta situação, com novos agregados familiares em situação de maior necessidade, mas também com maior conhecimento de outras respostas sociais, que se têm multiplicado. A criação de cantinas sociais e a criação de fundos de emergência social ao nível de algumas Câmaras Municipais levou a que as situações fossem sendo suportadas a nível local, quando em 2012 essas respostas não existiam ainda.

Por outro lado, aquilo que as assistentes sociais percecionam é que apesar do número de atendimentos ter diminuído, a maioria das situações que surgem é mais complexa e precisam de uma maior articulação com outros serviços, mas também de mais mecanismos de resposta. Não basta encaminhar, há que prestar algum tipo de suporte/apoio. Os dados e a estatística comprovam esta perceção, visto que em 2013 foi atribuído um valor significativamente superior em apoios em espécie e em numerário, relativamente ao ano de 2012.

De um total de 530 famílias atendidas no GAS em 2013, 352 foram atendidas pela primeira vez.

0

100

200

300

400

500

600

58 38 40 45 40 34 45 34 38 49 49 60

530

Nº Famílias Atendidas

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21

Gráfico 2 – N.º de famílias atendidas pela primeira vez no GAS em 2013, por meses.

Tal como é possível verificar no Gráfico 2, registou-se um maior número de famílias que pela primeira vez recorreram à CDL num ciclo de cerca de 3 em 3 meses: em Janeiro, Abril, Julho e nos meses de Outubro a Dezembro, já próximo do Natal. Estes picos de afluência coincidem precisamente com períodos de campanhas e divulgação de projetos da Cáritas a nível nacional nos meios de comunicação social, alertando as pessoas para a atividade desenvolvida pela Cáritas. Por vezes verifica-se precisamente que, na sequência destas notícias, algumas pessoas recorrem à CDL apresentando determinados pedidos que não constituem resposta da CDL mas de outra Cáritas noutra Diocese do país.

No caso dos cerca de 66% dos agregados que recorreram pela primeira vez à CDL verificou-se por vezes a necessidade sobretudo de orientação e encaminhamento para as estruturas do terreno, associado em alguns casos a um certo desconhecimento sobre a forma de acionar os mecanismos de resposta. Surgem muitas situações de sobre-endividamento, com a solicitação de empréstimos em valores avultados, que fogem ao âmbito e ao modo de intervenção da CDL, pela sua natureza própria. Por outro lado, continuam a surgir situações que já estão a ser acompanhadas e suportadas por outras instituições, pelo que, numa lógica de respeito e de não sobreposição ou duplicação de intervenções, a CDL acaba por não intervir, exceto em algumas situações muito pontuais de maior precariedade e de acordo com os técnicos que já acompanham os agregados.

Em cerca de 34% dos casos (178 famílias), as pessoas que recorreram ao GAS já conheciam o serviço e, pelas circunstâncias socioeconómicas adversas que se mantêm inalteradas ou que, em muitos casos, se agravaram com a descida do valor das pensões, com a cessação de subsídios e com situações de desemprego de um ou mais elementos do agregado, continuam a procurar algum apoio da Cáritas Diocesana, como reforço para a satisfação das suas necessidades básicas, nomeadamente ao nível alimentar e em medicação. Através do contacto e articulação com outras instituições da rede social no território da Diocese de Lisboa, verifica-se também, de uma maneira geral, uma saturação ao nível dos serviços locais, que não conseguem dar resposta a todos os pedidos de apoio que recebem, seja nas Paróquias, noutras IPSS ou mesmo ao nível das autarquias, surgindo a CDL como uma resposta de emergência para situações que não estão ainda cobertas por respostas locais, ainda que possam estar a ser acompanhadas por um serviço de proximidade. Na contabilização destas 178 famílias estão incluídos agregados que já tinham sido atendidos pelas assistentes sociais do GAS em 2012, outros que foram atendidos pela primeira vez já em 2013 e recorreram novamente ao serviço, tendo sido alguns atendidos no GAS mais do que uma vez no decorrer do ano de 2013.

Em 2013 a intervenção do GAS abrangeu um universo de 1274 pessoas, distribuídas pelos 530 agregados atendidos, como se pode verificar no Gráfico 3. Isto significa que a intervenção da CDL através do atendimento social realizado no GAS teve impacto em 530 famílias, beneficiando 1247 pessoas.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

42 28 28 35 28 13 28 23 26 30 39 32

352

Nº Famílias Atendidas pela Primeira Vez

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22

Gráfico 3 – N.º total de pessoas abrangidas no atendimento social do GAS em 2013, por meses.

O Gráfico 4 ilustra de forma comparada o número total de famílias atendidas com o número de famílias atendidas pela primeira vez e com o total de pessoas abrangidas pelo atendimento social no GAS em 2013, por meses.

Gráfico 4 – Comparação do número total de famílias atendidas com o número de famílias atendidas pela primeira vez e com o total de pessoas abrangidas pelo atendimento social no GAS em 2013, por meses.

Procura-se de seguida caracterizar, de forma breve, os agregados familiares que no ano de 2013 recorreram a atendimento social no GAS da CDL, nomeadamente ao nível da estrutura familiar e das principais problemáticas identificadas. Foram tidos em conta apenas os dados relativos às problemáticas com maior incidência, que expressam de maneira mais precisa a realidade da população que recorre ao atendimento social do GAS e, consequentemente, das respostas procuradas por essas famílias. O registo desta caracterização é feito no processo individual de cada utente/agregado, de acordo com a categorização das problemáticas propostas pelo NOS. Foram seleccionadas as categorias com maior expressividade, nomeadamente: família, saúde, habitação, trabalho, rendimento, integração social e competências pessoais.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Jan Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total

Atendimento Social GAS

Nº Famílias Atendidas Nº Famílias Atendidas pela Primeira Vez

Total de Pessoas Abrangidas

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Jan Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total

143 107 86 103 103 85 105 68 95 108 94150

1247

Total de Pessoas Abrangidas

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23

Gráfico 5 – Caracterização do agregado familiar

De acordo com o gráfico 5, no total das 530 famílias atendidas no GAS no ano de 2013, em 74 dos casos tratava-se de famílias monoparentais, na sua grande maioria femininas, ou seja, contando apenas com a presença da mãe e do(s) filho(s). Em 66 situações verificava-se algum tipo de disfuncionalidade familiar, havendo em 37 dos casos algum tipo de conflito entre familiares. Em 30 dos casos atendidos os utentes encontravam-se em situação de isolamento ou solidão, por vezes associada a situações de conflito entre familiares. Algumas destas situações coincidem com utentes em situação de sem-abrigo, que vivem sem qualquer suporte familiar e, por isso, numa situação de vulnerabilidade acrescida.

Gráfico 6 – Caracterização do agregado familiar ao nível da saúde

Ao nível da saúde, foram identificadas 74 situações de deficiência física ou motora, com diferentes níveis de incapacidade ou invalidez. Em 57 casos foram identificadas situações de doença mental. Em 158 agregados foram detetadas outras questões de saúde, sendo muitas delas questões do foro psiquiátrico ou psicológico, algumas a ser acompanhadas e medicadas. Algumas destas situações coincidem com pessoas que se encontram mais sós e/ou em agregados em que existem conflitos entre os elementos da família e/ou com situações de pessoas em situação de sem abrigo ou numa situação habitacional precária. Importa ainda salientar o número crescente de pessoas que recorrem à CDL com doenças graves, com despesas de medicação crónica que não conseguem suportar ou com dívidas na sequência de tratamentos ou intervenções dispendiosas que não conseguem pagar. Há também algumas situações encaminhadas por algumas instituições de saúde que já acompanham o utente e solicitam a intervenção da CDL para um apoio pontual, enquanto se desencadeiam outras respostas.

57

74158

SAÚDE

Doença mental Deficiência física ou motora Outros

74

30

66

37

FAMÍLIA

Família monoparental Isolamento ou solidão

Disfuncionalidade familiar Conflitos entre familiares

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24

Gráfico 7 –

Caracterização do agregado ao nível da situação habitacional

No que diz respeito à situação habitacional dos agregados que em 2013 recorreram a atendimento social ao GAS, 90 tinham uma ou mais rendas de casa ou prestações do empréstimo à habitação em atraso e em 85 casos o valor da renda ou prestação tinha um custo excessivo face à situação económica do agregado. Algumas destas famílias estavam a ser alvo de processos de despejo ou de penhora da casa pela entidade bancária credora, encontrando-se numa situação de grande vulnerabilidade que poderá conduzir, a curto ou médio prazo, a situações de carência habitacional ou de sem abrigo. 62 agregados encontravam-se em situações de carência habitacional, ou seja, pessoas sem habitação própria ou arrendada, a viver em casa de familiares ou amigos, pessoas a viver em casas ocupadas de forma ilegal ou em situações de grande precariedade habitacional. 21 das pessoas atendidas no GAS durante o ano de 2013 encontravam-se em situação de sem abrigo, sobretudo residentes na cidade de Lisboa e já com algum historial de acompanhamento do Serviço de Emergência Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e/ou da Comunidade Vida e Paz. Os que ainda não estavam a ser acompanhados por nenhum destes serviços foi devidamente encaminhado. Estes dados revelam que num universo de 530 famílias atendidas no GAS em 2013, 258 – mais de 48% - se encontravam numa situação habitacional muito precária, com um risco acrescido de vulnerabilidade social.

Muitas destas situações são consequência da ausência ou insuficiência de rendimentos, resultado da situação laboral dos elementos do agregado familiar. Tal como se torna bem visível no Gráfico 8, das 1247 pessoas abrangidas pela intervenção do GAS, dentro do que se conseguiu apurar, 422 encontram-se em situação de desemprego sem subsídio e, portanto, sem qualquer tipo de rendimento. 38 pessoas estavam em situação de desemprego mas a receber subsídio de desemprego ou subsídio subsequente de desemprego. 44 pessoas tinham trabalho precário, 19 salários muito baixos e em 77 casos verificou-se a ausência de hábitos de trabalho. Estes dados cruzam com os dados representados no Gráfico 9, que retrata a situação dos agregados ao nível dos rendimentos.

38

422

4419

77

TRABALHO

Desemprego com subsídio Desemprego sem subsídio

Trabalho precário Baixos salários

Ausência de hábitos de trabalho

Gráfico 8 – Situação laboral dos agregados atendidos no GAS em 2013

62

85

90

21

HABITAÇÃO

Carência habitacional Custo excessivo da habitação

Renda / amortização em atraso Sem abrigo

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25

Do total das pessoas abrangidas pela intervenção do GAS em 2013, 1103 viviam com rendimento insuficiente, 137 eram beneficiários de Rendimento Social de Inserção e 88 não tinham qualquer tipo de rendimento. Estes dados revelam que a grande maioria das famílias que recorrem a atendimento social na CDL se encontram já numa situação sócio-económica muito precária, mesmo quando em muitos dos casos trabalham ou são beneficiárias de algum tipo de apoio social, pensão ou subsídio.

No que se refere à integração social

dos elementos dos agregados que recorreram em 2013 a atendimento social no GAS, 39 encontram-se numa situação de desestruturação individual e 33 em situação de grande dependência, precisando do apoio de terceiros para a realização das diferentes AVD’s (Actividades da Vida Diária) ou para assegurar a satisfação das suas necessidades básicas.

Quanto às competências pessoais dos elementos dos agregados, em 22 situações existem dificuldades relacionadas com os outros, tratando-se muitas vezes de pessoas que facilmente entram em conflito. Em 29 dos casos percebeu-se existir dificuldade de acesso à informação, seja pelas dificuldades de deslocação, originadas pela insuficiência de recursos económicos, ou de acesso aos meios de comunicação e serviços locais. Por vezes

trata-se de pessoas também com baixa escolaridade (49 casos assinalados), com algum nível de iliteracia e com dificuldade de obter a informação necessária para resolver a sua situação e desencadear as respostas necessárias. Em 26 situações identificou-se uma atitude de um certo conformismo e/ou acomodação à situação em que se encontram e em 22 casos revelou-se falta de iniciativa individual e consequente pouca eficácia na procura de respostas para a sua situação concreta.

Sendo o GAS, em grande medida, um serviço sobretudo de acolhimento e encaminhamento para as instituições e serviços locais, que têm a

competência e a possibilidade de prestar um acompanhamento e eventual apoio de forma continuada, desenhando com o agregado um projecto de vida que capacite os utentes a desencadearem os recursos necessários para resolver a sua situação, com vista à sua autonomia, procura-se encaminhar as pessoas

88

1103

137

RENDIMENTO

Rendimento nulo Rendimento insuficiente

RSI - Rendimento social de inserção

Gráfico 9 – Caracterização dos agregados ao nível dos

rendimentos

39

33

INTEGRAÇÃO SOCIAL

Desestruturação individual Grande dependência

Gráfico 10 – Integração social dos agregados

22

26

29

17

COMPETÊNCIAS PESSOAIS

Dificuldades relacionadas com os outros

Conformismo / Acomodação

Dificuldade de acesso à informação

Falta de iniciativa individual

Gráfico 11 – Competências pessoais

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26

para as respostas sociais mais adequadas à sua problemática e, sobretudo, para serviços mais próximos da sua área geográfica de residência.

Sempre que o pedido expresso se enquadra no sentido da obtenção de vestuário e calçado, ou ainda de roupa de cama e de casa, os utentes foram encaminhados para a Loja Solidária “É Dado” da CDL. A maioria dos encaminhamentos foram realizados para as Paróquias, Centros Paroquiais, Conferências de São Vicente de Paulo e demais Grupos Paroquiais de Ação Social organizados, alguns deles constituídos como Cáritas Paroquiais. Tal situação deve-se à sua natureza sócio caritativa destes grupos, que formam em conjunto com a Cáritas Diocesana uma rede de apoio social efetivo e concreto no território da Diocese de Lisboa, à semelhança do que se verifica no resto do país. Além disso, são normalmente as Paróquias, através dos Centros Paroquiais ou Conferências Vicentinas, que estabelecem acordo com o Banco Alimentar Contra a Fome e, por conseguinte, fazem distribuição de apoio alimentar à população carenciada. Neste contexto é frequente articular-se com estas entidades sócio caritativas para se sinalizar e encaminhar situações. Contudo, continua a ser notório o fraco grau de dinamização de algumas Paróquias, que prosseguem sem constituir Grupos paroquiais de ação social (conforme Instrução Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa) que realizem a missão diaconal da Igreja local, constituam respostas efetivas às pessoas mais carenciadas do seu território e que permitam ao GAS uma eficaz articulação na averiguação, avaliação e eventual apoio das situações sinalizadas. Continua a existir também um grupo grande de Paróquias com as quais esta articulação é difícil, porque embora possam até ter um Centro Social Paroquial, os técnicos estão apenas adstritos às valências e não fazem atendimento à comunidade. Outra instituição para onde mais se encaminharam utentes foi para as Misericórdias, que têm um papel relevante na ação social local, nomeadamente para a de Lisboa, entidade que gere a ação social na cidade de Lisboa e que tem um papel muito específico e fundamental em diversas áreas de intervenção. O encaminhamento e articulação é ainda muitas vezes feito para e com o serviço social das próprias autarquias ou diretamente da Segurança Social, que é no fundo a entidade que gere e regula a atribuição de apoio pecuniários de forma subsidiária. Apesar deste carácter de acolhimento/encaminhamento, face às situações de grave carência sócio-económica que recorrem ao serviço, as assistentes sociais do GAS prestam muitas vezes algum tipo de apoio, por princípio sempre de forma pontual. Este apoio surge muitas vezes como uma resposta de emergência, pontual ou temporária a curto prazo, enquanto são desencadeadas as respostas locais, por forma a satisfazer no imediato as necessidades mais básicas. O Quadro 1 ilustra os tipos de apoios sociais concedidos em 2013 pelo Gas, por número de famílias apoiadas em cada mês e o total de apoios concedidos por tipo de apoio ao longo do ano de 2013.

Quadro 1 – Tipo de apoios sociais concedidos em 2013 pelo GAS, por número de famílias apoiadas

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ocial /

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Géneros

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o

Titulo

de V

iagem

Obra

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eparaçã

o

Janeiro 8 11 5 2

Fevereiro 9 10 4 1 1 1

Março 18 14 5 3 1 1 1

Abril 14 21 4 1 1

Maio 14 16 6 1 1

Junho 9 15 5 1

Julho 7 16 5 1 1 3 1

Agosto 4 9 5 2 1

Setembro 7 6 5 1 2 1

Outubro 9 12 10 4 1 1 1 3

Novembro 14 12 9 4 2 3

Dezembro 4 30 5 1 1

Total / Utentes 117 172 68 21 2 11 2 1 12 1

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27

Como o Quadro 1 ilustra de forma muito clara, a maior parte dos apoios concedidos através do atendimento social realizado no GAS em 2013 foi em géneros alimentares, Tickets Restaurante e em medicação. Ao nível dos géneros alimentares, a Cáritas, através do seu aprovisionamento próprio, abastecido por donativos de empresas e particulares, conseguiu apoiar 172 famílias. Encontra-se em anexo (cf. Anexo 2) uma base de dados onde podem ser conferidos os produtos doados à CDL, em 2013, que funcionaram como recurso para se prestar apoio às famílias mais carenciadas. Os Tickets Restaurante e os Vales Sociais são senhas trocáveis em determinadas superfícies comerciais que permitem o acesso a bens de primeira necessidade mas, sobretudo, de bens alimentares. Através deste recurso foram apoiadas 117 famílias em 2013 pelo GAS. Desde sempre a medicação tem sido uma grande preocupação da instituição e o ano de 2013 não foi exceção. Conseguiu-se apoiar 68 famílias na compra de medicação. Considera-se que este apoio é fundamental e tem permitido que muitos doentes crónicos sigam a sua terapêutica sem interrupção. De outra forma, muitas das pessoas apoiadas não teriam condições para tomar os medicamentos de que precisam. Persiste a perceção de que um número mais elevado de pessoas precisariam deste apoio e em muitos casos em valores muito elevados, mas não se consegue chegar a todas as solicitações, sobretudo de maneira continuada. Em muitos casos, o agravamento da situação de insuficiência de económica exigiria que este apoio fosse prestado mensalmente ao longo do tempo, o que não é possível, face ao número e valor dos pedidos apresentados. Conforme tem acontecido desde 2010, em 2013 voltou a ter-se o cuidado de ter sempre em stock produtos de higiene pessoal, para assegurar que os utentes que procuravam o serviço e precisavam de produtos de higiene, tivessem essa necessidade satisfeita. Uma imagem asseada e cuidada é imprescindível para promover a dignidade da pessoa, melhorar os relacionamentos interpessoais, facilitar o acesso a serviços e eventualmente até a trabalho. Em 2013, em 21 situações os utentes beneficiaram deste apoio em produtos de higiene pessoal. Outro tipo de apoios foi prestado mais pontualmente, nomeadamente: em títulos de viagem por forma a facilitar o acesso a trabalho ou a consultas e tratamentos médicos; para tratamento de documentação que desencadearia o acesso ao mercado de trabalho ou outra situação crucial com vista à autonomização da pessoa; e faturas de serviços de abastecimento básico, como água, luz e gás. Apoios de valor económico mais elevado foram também prestados, exigindo a apreciação da Direção e podendo, por isso, demorar mais algum tempo a ser desencadeados, como é o exemplo do pagamento de uma renda de casa, da compra de um bilhete de avião com vista a realização de contrato de trabalho noutro país, de pagamento de dívidas em propinas universitárias para conclusão de curso e emissão de certificado que permita procurar trabalho na sua área de formação, ou ainda a cobertura de despesas com obras de reparação da habitação. Esse tipo de apoios atípicos exige que o contexto familiar seja averiguado, porventura que decorra articulação com os serviços de proximidade e que haja uma criteriosa avaliação.

Reflexão/Sugestões Mais uma vez se reforça que a inexistência de uma base de dados para a gestão de utentes/processos continua a dificultar a agilização do trabalho do GAS no que respeita ao atendimento social. As assistentes sociais continuam a utilizar o registo físico e a inserção de alguns dados numa folha de Excel, mas tais procedimentos são ineficazes e desajustados, duplicam a tarefa, consomem muito tempo, e dificultam a recolha e tratamento estatístico dos dados. Um programa informático de gestão de utentes traria outras oportunidades e de forma muito mais célere conseguir-se-ia apresentar dados quantitativos mais fidedignos sobre os utentes e respetivos agregados familiares. De momento continua a ser moroso e difícil construir uma caracterização das pessoas atendidas. Neste sentido, durante o ano de 2013 uma voluntária da CDL disponibilizou-se gentilmente para construir uma base de dados em Microsoft Access.

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28

Contudo revelou ser demasiado pesada e de difícil e moroso preenchimento, não cumprindo os requisitos necessários. Prevê-se a colaboração de outro voluntário que, no contexto da sua atividade profissional como formador em cursos técnicos de informática, apresente uma nova proposta de base de dados para o GAS.

Outras Atividades

Para além do atendimento social direto as assistentes sociais do GAS participaram, ao longo do ano de 2013, em atividades e reuniões, colaboraram em projetos e participaram em ações de formação. Todas estas dinâmicas exigiram disponibilidade, nomeadamente em horário pós-laboral e em alguns fins-de-semana, bem como um esforço acrescido e dedicação pessoal, por forma a gerir e articular da melhor forma possível todas as tarefas. Considera-se que, de maneira geral, constituíram um contributo válido para o crescimento profissional e para a consolidação das relações interinstitucionais. Dado o volume de atividades que decorreram em 2013, apresentam-se estes dados em anexo (cf. Anexo 1).

_________________________________________________________________________________

29

31

21

54

1022

3111

21

52

1111

4111

22

11

22

0 2 4 6 8 10 12

Cáritas Diocesana Lisboa

Cáritas Paroquial Abrigada

Cáritas Paroquial Ota

Cáritas Paroquial Vila Franca Xira

CCP Algueirão Mem-Martins

CCP Carcavelos

CCP Famões

CCP Parede

CCP Ramada

CCP Rio de Mouro

CSP Alcântara

CSP Arroios

CSP Barcarena

CSP Buraca

CSP Campo Grande

CSP Casal de Cambra

CSP Charneca/Galinheiras

CSP Nª Srª do Amparo, Benfica

CSP Sacavém

CSP Stª Mª Olivais

CV Arruda dos Vinhos

CV Brandoa

CV São Domingos de Rana

CV Sta Isabel

Paróquia da Benedita

Paróquia de Campolide

Paróquia de Caneças

Paróquia de Tires

Paróquia de Unhos

Paróquia do Catujal

Paróquia St.ª Iria Azóia

2013

2013

4.2 Fundo Diocesano – Igreja Solidária

Em termos de dados quantitativos, o ano transato configurou-se da seguinte maneira:

Jan Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.

2013 6 6 10 7 8 7

2.442,48 € 3.006,84 € 4.317,79 € 3.877,23 € 5.787,14 € 3.786,44 €

Comparativamente ao ano de 2012 o número de pedidos de apoio manteve-se praticamente inalterado

[2012:85; 2013:83] e o montante total atribuído também foi semelhante. Em 2013 voltou a reforçar-se uma

tendência já notada no ano anterior, que é o facto de existir um conjunto mais alargado e diferenciado de

instituições sócio caritativas a recorrer à Igreja Solidária. Tal como já se tinha evidenciado pela negativa,

também em 2013 se manteve elevado o número de situações em que o agregado em questão já tinha um

ou vários serviços de abastecimento básico cortados. Tal situação é preocupante, porque é impensável

imaginar-se famílias inteiras a viver sem água, luz ou gás.

Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. TOTAL

4 10 6 5 9 5 83

853,34 € 4.288,05 € 2.405,83 € 2.720,00 € 3.870,93 € 2.181,41 € 39.537,48 €

_________________________________________________________________________________

30

2 32

41

57

3

Nacionalidade das Famílias Apoiadas

Angolana

Brasileira

Cabo-Verdiana

Guineense

Moçambicana

Portuguesa

São-Tomense

1

36

1

00

0

08

11

6

000

0

17

1

014

00 1

Alcobaça

Alenquer

Amadora

Arruda dosVinhosAzambuja

Bombarral

Cadaval

Distribuição dos pedidos por Concelho:

Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de

Monte Agraço e Torres Vedras também são Concelhos da Diocese de Lisboa, mas não houve pedidos por

parte de instituições sócio caritativas destes, entre Janeiro e Outubro de 2013.

Dos 69 pedidos aprovados em 2013, as famílias caracterizavam-se da seguinte forma:

2013

Família Monoparental 23

Familiar 31

Pessoal 15 Nacionalidade das 69 Famílias Apoiadas [de Janeiro a Outubro/2013]

Ocupação dos adultos dessas mesmas 69 famílias apoiadas entre Janeiro e Outubro de 2013

2013

Ativo 22

Aposentado 15

Baixa-Médica 4

Desempregado 76

Estudante 2

_________________________________________________________________________________

31

Origem dos rendimentos das 69 famílias apoiadas durante 2013

Alguns dos Apoios Sociais que as famílias apoiadas beneficiam:

_________________________________________________________________________________

32

Natureza dos pedidos de apoio aprovados pela Igreja Solidária em 2013 (Janeiro a Outubro)

_________________________________________________________________________________

33

5. LAR DA BAFUREIRA

5.1 Introdução

5.2 Caraterização geral dos residentes

5.3 Atividades de animação social

5.4 Assistência Religiosa

5.5 Apoio e aconselhamento psicológico

5.6 Voluntariado

5.7 Contactos Institucionais / Parcerias

5.8 Ajudantes de ação direta

5.9 Outros serviços

_________________________________________________________________________________

34

5. LAR DA BAFUREIRA

Apresenta-se de seguida a atividade desenvolvida no Lar da Bafureira, durante o ano de 2013. Como introdução referem-se algumas das ações que foram empreendidas, ao nível da conservação do edificado, das medidas de auto proteção, da certificação energética e também relativo ao processo de obtenção da licença de utilização, por parte da Câmara Municipal de Cascais. Segue-se depois a caracterização geral dos residentes, de modo a perceber as suas limitações face à realização das atividades da vida diária, que neste tipo de equipamento é o factor que mais condiciona o volume de trabalho das ajudantes de ação direta. Posteriormente apresenta-se, de modo resumido, as atividades de animação social que foram sendo desenvolvidas com os residentes do Lar da Bafureira, com o apoio da Psicóloga do Lar, de estagiárias e alguns voluntários. Faz-se referência ainda à atividade de Ginástica e à Assistência Religiosa. Por fim, apresenta-se outros aspetos do funcionamento do Lar da Bafureira durante o último ano, nomeadamente, o voluntariado, os contactos institucionais/parcerias e por fim questões relativas ao pessoal, e os serviços de limpeza e alimentação.

5.1 Introdução Ao longo do ano de 2013 foram empreendidas algumas ações importantes, ao nível da conservação do edificado, das medidas de auto proteção, da certificação energética e também relativo ao processo de obtenção da licença de utilização, por parte da Câmara Municipal de Cascais. Em relação à conservação do edificado, será de referir que o Lar funciona há 12 anos sem que tenha tido, até ao momento, qualquer intervenção de fundo ao nível da manutenção dos espaços. Para que se mantenha o bem-estar dos residentes e colaboradores é também importante não descurar os espaços, utilizados diariamente por todos; Assim, iniciaram-se as obras de reparação e pintura do muro e fachada do Lar, foi substituída a porta de correr da sala do r/c, que permite a utilização de toda a sala de convívio, e foram iniciadas obras de reparação de portas, rodapés e substituição do chão de algumas instalações sanitárias; Quanto ao processo de obtenção da licença de utilização foi realizada a vistoria da Câmara Municipal de Cascais. Apesar de existir certificado higio-sanitário por parte da saúde pública, parecer favorável do Instituto de Segurança Social, traduzido no protocolo de cooperação, e parecer favorável por parte da Autoridade Nacional da Proteção Civil, todas as entidades foram convidadas a participar na vistoria e a dar o seu parecer. Foram apontadas várias não conformidades, que foram corrigidas e solicitada nova vistoria. Nessa vistoria o Instituto de Segurança Social aprovou as telas finais apresentadas e autorizou o aumento da capacidade do lar de 50 para 51 utentes; A Autoridade da Saúde deslocou-se ao lar em dois dias distintos e das observações e não conformidades apresentadas em Janeiro consideraram que estava tudo resolvido. Por parte da Autoridade Nacional da Proteção Civil, o principal reparo a ter em atenção tem a ver com a necessidade de uma porta corta-fogo entre a cozinha e o refeitório; Da parte da Câmara Municipal de Cascais houve reparos em relação a alguns pormenores de arquitetura não representados nas telas finais, que foram entretanto retificados. Até ao fim do ano de 2013 não houve emissão de parecer, por parte da Câmara Municipal de Cascais. Quanto às questões energéticas terminaram as obras de colocação dos painéis solares e foi solicitada a certificação energética. Houve vários problemas com a caldeira de biomassa, sobretudo relativamente à sua alimentação, pelo que só no final do ano se iniciou a sua utilização.

_________________________________________________________________________________

35

Foram elaboradas e aprovadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil as medidas de auto proteção do Lar. Foi necessário reparar ou substituir alguns equipamentos de sinalização e colocar outros em locais inexistentes, sem os quais a Autoridade Nacional de Proteção Civil não daria parecer favorável. Foram realizadas as formações necessárias ao pessoal e realizado um simulacro para testar as medidas de auto proteção planeadas. Contou com a presença do Comandante da PSP da Parede e do Comandante da Corporação de Bombeiros. Dada as especificidades da população residente e dado que o pessoal trabalha por turnos será necessário definir procedimentos chaves a adotar perante uma situação de emergência. O ano de 2013 ficou também marcado por uma dificuldade cada vez maior das famílias em cumprirem com os seus encargos, ao nível do pagamento de mensalidades e de outras despesas. Apesar do valor da mensalidade não ser atualizado, na maioria dos casos, desde 2009, foram recebidos vários pedidos de revisão de mensalidade. Foram surgindo algumas situações de incumprimento que foram sendo resolvidas com o apoio da advogada que dá o seu apoio pro-bono à instituição. 5.2 Caraterização geral dos residentes

Idade dos Residentes

Faixa Etária

Nº de Residentes %

71-75 5 10,0%

76-80 8 16,0%

81-85 10 20,0%

86-90 10 20,0%

91-95 12 24,0%

96-100 5 10,0%

Total 50 100,0%

A média etária dos residentes mantém-se nos 86 anos. 74% dos residentes tem idades compreendidas entre os 81 e os 99 anos, e apenas 26% entre os 71 e os 80 anos. A maior percentagem (24%) situa-se no intervalo dos 91 aos 95 anos. Estes números ilustram bem o nível de envelhecimento da população residente, o que justifica os níveis de apoio necessários para a realização das atividades da vida diária, como a seguir se demonstra. Face a 2012 a alteração mais significativa é na faixa etária dos 91 aos 95 anos, que subiu 10% em detrimento da faixa dos 86 aos 90 anos que diminuiu em igual valor percentual.

Ajuda no Banho

Tipo de Ajuda

Nº de Residentes

%

Sem Ajuda 9 18,0%

Com Ajuda 3 6,0%

Banho Total 38 76,0%

Total 50 100,0%

18% da população residente não necessita de apoio para o banho. Em contraste, 82% necessita de apoio total ou parcial. Cada ajudante de ação direta tem de dar, em média, 7 banhos diariamente, no período entre as 7 e as 9 horas da manhã. Em comparação com 2012, diminuiu 2% o número de residentes a necessitar deste tipo de apoio.

0

2

4

6

8

10

12

71-75 76-80 81-85 86-90 91-95 96-100

5

8

10 10

12

5

Idade dos Residentes

93

38

Ajuda no banho

Sem Ajuda

Com Ajuda

Banho Total

_________________________________________________________________________________

36

Apoio na Alimentação

Tipo de Ajuda Nº de Residentes

%

Sem Ajuda 25 50,0%

Com Ajuda 15 30,0%

Apoio Total* 10 20,0%

Total 50 100,0%

Neste parâmetro pretende-se caracterizar os residentes que não conseguem comer sozinhos (apoio total), os que precisam de apoio para, por exemplo, cortar alimentos, retirar espinhas ou osso, etc. (com ajuda) ou que não necessitam de ajuda em relação á alimentação (sem ajuda). Face a 2012 o valor percentual na categoria sem ajuda aumentou 4% e igual valor na categoria com ajuda. No entanto será de salientar que metade da população residente precisa de apoio parcial ou total. Por esse motivo se manteve a opção tomada em anos anteriores de fazer dois turnos de refeições ao almoço e ao jantar, sendo que as pessoas com maior limitação almoçam primeiro para que as ajudantes de ação direta lhes possam prestar todo o apoio necessário.

Utilização de Fraldas

Utilização Fraldas

Nº de Residentes

%

Sim Sempre 29 58,0%

Sim de Noite 13 26,0%

Não Utiliza 8 16,0%

Total 50 100,0%

Neste ponto é de salientar que 58% dos residentes necessitam de utilizar sempre fralda. De referir que no Lar da Bafureira desde sempre que o recurso à utilização da fralda se faz apenas em casos de incontinência grave ou severa e é sempre acompanhada de higiene pessoal, o que acresce o trabalho dispensado a cada residente que utiliza fralda. Não é utilizado como forma de reduzir o esforço do pessoal com o acompanhamento dos residentes à casa de banho. Será de salientar ainda que mais 26% de residentes utiliza fralda durante a noite, o que significa que durante a noite as funcionárias (que são apenas duas), têm de mudar a fralda a 84% dos residentes. Face a 2012 aumentou o número de pessoas a utilizar fralda de noite, em 8 pontos percentuais.

Apoio no Vestir

0

10

20

30

Sem Ajuda Com Ajuda Apoio Total*

25

1510

Apoio na Alimentação

2913

8

Utilização de Fraldas

Sim Sempre

Sim de Noite

Não Utiliza

Apoio Total

Apoio no Vestir

_________________________________________________________________________________

37

Tipo de Ajuda

Nº de Residentes

%

Sem Ajuda 12 24,0%

Com Ajuda 10 20,0%

Apoio Total 28 56,0%

Total 50 100,0%

Também neste parâmetro se percebe o esforço que é pedido às ajudantes de acção directa. 76% da população residente precisa de apoio total ou parcial para se vestir. Face a 2012 existe um aumento de 4% de residentes que não necessitam de ajuda.

Mobilidade

Tipo de Apoio Nº de Residentes

%

Autónomos 9 18,0%

Cadeira Rodas (sempre) 13 26,0%

Com Aux 3ª Pessoa/Vigilância 11 22,0%

Auxiliar de Marcha 10 20,0%

Auxiliar de Marcha + Apoio 3ª Pessoa 5 10,0%

Acamados 2 4,0%

Total 50 100,0%

A categoria de “com apoio de 3ª pessoa” refere-se aos residentes que, apesar de terem capacidade de locomoção, a sua capacidade cognitiva ou sensorial não lhes permite andar sem o auxílio de uma funcionária. Todas as categorias, à exceção dos “autónomos”, carecem de apoio das ajudantes de ação direta. Face ao ano anterior verifica-se aumento do número de residentes a precisar de cadeira de rodas (sempre) – aumentou 2 pontos percentuais e uma diminuição em 4% do número de pessoas autónomas. Aumentaram também o número de pessoas a necessitar de auxiliar de marcha (+ 2%) e de auxílio de 3ª pessoa (+ 8%). De referir que diminuiu o número de pessoas acamadas em permanência (atualmente são 2 e eram 3 em 2012).

Cuidados extra na medicação

Tipo de Ajuda Nº de Residentes

%

Vigilância na toma 13 26,0%

Medicação Triturada 8 16,0%

Administração Direta 9 18,0%

Sem nec. Cuidados extra 20 40,0%

Total 50 100,0%

02468

101214

9

1311 10

5

2

Mobilidade

13

8

9

20

Cuidados extra medicação

Vigilância na toma

MedicaçãoTriturada

_________________________________________________________________________________

38

Neste parâmetro pretende-se analisar os cuidados considerados extras com a medicação, visto que por norma esta é uma área onde se alertam as ajudantes de ação direta para todos os cuidados básicos, no sentido de evitar trocas e esquecimentos. Os cuidados extras contabilizados referem-se a uma necessidade de maior vigilância aquando da toma (de modo a certificar a toma) e administração de insulina (vigilância na toma/Insulina), à necessidade de se triturar a medicação para facilitar a sua toma (medicação triturada), à necessidade em certos casos de administrar diretamente a medicação por os residentes já não terem capacidade para o fazer (administração direta). Face ao ano anterior, aumentou o número de residentes que necessitam de vigilância na toma (+4%), tendo diminuído ligeiramente todos os outros tipos de apoio bem como o número de residentes que não necessitam de apoio.

Grau de Dependência

Grau Dep. Nº de Residentes

%

70% Dep. 7 14,0%

75% Dep. 8 16,0%

80 %Dep. 23 46,0%

85% Dep. 12 24,0%

Total 50 100,0%

Explicação do grau de dependência:

70% - não necessita de ajuda para a realização das atividades vida diária (avd) 75% - precisa de ajuda para realizar em média 3 avd 80% - precisa de ajuda para realizar em média + de 3 avd 85% - precisa de ajuda para realizar todas as avd

Face a 2012 a grande alteração no parâmetro do grau de dependência refere-se à diminuição do número de residentes com 85% de dependência e o correspondente aumento do número de residentes com 80% de dependência. Esta alteração deve-se sobretudo ao falecimento de residentes com maior nível de dependência e também ao envelhecimento geral da população residente. Será de realçar contudo o número elevado de residentes (70% do total) que precisam de apoio para a realização de 3 ou mais atividades da vida diária.

0

10

20

30

70% Dep. 75% Dep. 80 %Dep. 85% Dep.

Grau de dependência

_________________________________________________________________________________

39

Problemas de Saúde

Problemas de Saúde Nº de residentes

Alzheimer 15

Demências Senis 8 Outros problemas mentais 3 Sequelas de AVC 4

Sequelas de fratura do colo fémur 10

Diabetes c/insulina 2

Diabetes s/insulina 6

Problemas cardíacos 3

Problemas de visão 5

Problemas auditivos 2

Outros problemas 20

Problemas neurológicos (muscular) 5

Problemas respiratórios 4

Um primeiro grande grupo de problemas de saúde prende-se com a saúde mental – existem 15 casos de Alzheimer, 8 casos de demências senis e 3 casos com outros problemas mentais. As sequelas de AVC ou de fratura de colo de fémur são outros dois problemas potencialmente incapacitantes e que afetam alguns dos residentes do Lar da Bafureira. De seguida encontram-se outros problemas que criam limitações à autonomia das pessoas e que muitas vezes contribuem para o seu isolamento social - dificuldades de visão e dificuldades de audição. A diabetes é também uma doença que afeta vários residentes do Lar, assim como os problemas cardíacos entre outros.

Prevalência de problemas de saúde

Problemas de Saúde Nº de Residentes

%

Sem Problemas 1 2,0%

Com 1 Problema 14 28,0%

Com múltiplos problemas

35 70,0%

Total 50 100,0%

Prevalência Problemas de saúde

Sem Problemas

Com 1 Problema

Com múltiplosproblemas

_________________________________________________________________________________

40

Face a 2012 aumentou o número de residentes com mais de um problema (+4%). São 70% dos residentes que têm mais de um problema de saúde, muitos deles de caracter incapacitante e gerador de dependências face a terceiros. Durante o ano de 2013 faleceram nove residentes e desistiu um. Entraram dez pessoas, sendo uma das situações um internamento temporário (aproximadamente três meses). Em lista de espera encontravam-se no final do ano 187 pessoas. 5.3 Atividades de animação social Esta área tem sido coordenada pela psicóloga do lar e assegurada por alguns voluntários. Procura-se a ocupação do dia-a-dia dos residentes, com atividades que sejam estimulantes e promotoras de um envelhecimento mais ativo e que retardem as perdas de capacidades. Está também sempre presente o objetivo de realizar um trabalho de estimulação emocional, cognitiva e física para promover a qualidade de vida dos residentes. As atividades foram sempre planeadas de acordo com os interesses dos residentes, procurando desenvolver áreas importantes da sua vida como sejam: pessoal, familiar, social, cultural, entre outras. A abertura da comunidade residente à restante comunidade tem sido, desde sempre, uma preocupação. Todas as oportunidades de trazer grupos de outras instituições para atuarem no Lar ou de levar os residentes a participar em atividades no exterior tentam ser aproveitadas. Durante o ano de 2013 foram realizadas várias atividades no Lar, algumas fixas, com orientador e horário definido – ginástica, atelier de informática e culinária, outras pontuais, como sejam visitas de outras instituições ao Lar ou passeios organizados para os residentes saírem ao exterior. De modo resumido estas foram as atividades que se desenvolveram ao longo do ano de 2013: Atividades fixas As atividades fixas são dirigidas por orientadores específicos, com horário semanal definido. Pretende-se que sejam variadas e que abranjam um leque amplo de interesses e capacidades dos residentes. Estas atividades consistiram em: recitação do terço (uma tarde por semana), meditação cristã (uma manhã por semana), aulas de ginástica (duas manhãs por semana), aulas de informática (dois dias por semana) e aulas de culinária (uma tarde quinzenalmente).

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Aula de culinária

Durante o primeiro trimestre, foram dirigidas por duas estagiárias, uma atividade denominada “Álbum de Família”, (trabalho de grupo, em que cada participante realizou um álbum e partilhou as suas memórias) e outra denominada “Poemas” (leitura de poemas com temáticas pertinentes e posterior debate) e por duas voluntárias uma atividade denominada “Cantinho da conversa”. Durante o terceiro trimestre do ano, decorreu também semanalmente um atelier de artes plásticas, um grupo de teatro e uma matiné de visualização de filmes. Os orientadores das referidas atividades são na maioria voluntários, exceto as duas estagiárias e a fisioterapeuta que dirige as aulas de ginástica. De referir que dois dos voluntários são utentes da Cáritas: um deles é acompanhado no CLAII e o outro beneficiário da Cantina Social e que se interessaram em colaborar com a Instituição como voluntários. Atividades pontuais Tal como as atividades fixas, as que são planeadas pontualmente têm como objetivo ser diversificadas e promover uma maior qualidade de vida aos residentes e participantes. A relação entre as pessoas e o convívio são extremamente importantes, em especial para os residentes que estão mais limitados e mais circunscritos ao Lar. Estas atividades planeadas e realizadas este ano foram as seguintes: As Janeiras (10 Janeiro) Um grupo coral no qual a Terapeuta Teresa participa veio ao Lar cantar as “Janeiras”.

10 Janeiro - As Janeiras

Atividade Auto da Páscoa (9 Abril) Um grupo de residentes foi à Igreja de S. Roque, Lisboa, celebrar o “Auto da Páscoa” com um concerto de música religiosa. Contava-se com a especial participação de Frei Hermano da Câmara (que comemora o 50º aniversário da sua carreira artística) mas que por questões de saúde não pôde estar presente. A orquestra e coro interpretaram a sua obra musical “O Nazareno” e as canções “Avé Maria” e “Pai Nosso”. Centro Cultural de Cascais (19 Abril) Um grupo de residentes assistiu a um Concerto da Orquestra da Câmara de Cascais e Oeiras, no Centro Cultural de Cascais. Concerto do Rao Kyao (29 Abril)

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Rao Kyao veio ao Lar interpretar temas da sua autoria e temas populares.

29 Abril - Concerto do Rao Kiao

Exposição LandArt – Quinta do Pisão (28 de Maio) Visita organizada pela equipa de serviço cultural do Centro Cultural de Cascais. Um grupo de residentes apreciou as obras e a própria Quinta do Pisão, Sintra, onde estas estavam expostas.

28 de Maio - Exposição LandArt – Quinta do Pisão

Centro Cultural de Cascais – Entrega de diplomas da Academia Móvel (19 Junho) Os residentes do Lar da Bafureira dirigiram-se ao Centro Cultural de Cascais, com a finalidade de receberem os diplomas do projeto Academia Móvel financiado pela Câmara de Cascais. No decorrer da cerimónia o presidente da Câmara de Cascais anunciou cada residente individualmente e entregou o respetivo diploma. Cultura Social – Voluntariado Jovem (de 12 Agosto a 5 de Setembro) Dois voluntários jovens, integrados num programa da Câmara Municipal de Cascais, estiveram no Lar durante quatro semanas a dinamizar atividades com os residentes, tendo sido o campeonato de bingo o evento mais popular. O projeto tinha a designação de “Jogar e Passear para não desanimar” e através dele foi possível levar a passear ao jardim pessoas que, por estarem em cadeira de rodas, raramente saem do espaço da sala de estar.

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Agosto e Setembro - Voluntariado jovem promovido pela Cultura Social.

Tarde de acordeão – Sr. Rui Carvalho (23 Setembro) Tarde dinamizada pelo Sr. Rui Carvalho, que tocou temas populares com o seu acordeão, promovendo um espaço de dança para residentes e funcionários.

23 Setembro - Tarde de acordeão, com Sr. Rui Carvalho.

Dia Internacional da Música e Dia Mundial do Idoso - Concerto do Rao Kyao (1 de Outubro) Comemorou-se este dia com a presença de Rao Kyao que interpretou várias temas sendo alguns da sua autoria, outros mais populares.

1 de Outubro – Concerto de Rao Kyao

Dia Internacional da Música e Dia Mundial do Idoso

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Tarde de música – Mário Carreira (2 de Outubro) Na sequência do concerto realizado por Rao Kyao, um dos utentes da Cantina Social (Mário Carreira), ligado à música, ofereceu-se e veio cantar e tocar música popular. Dia de S. Francisco e Dia Mundial do Animal (4 de Outubro) Este ano comemorou-se o Dia do Animal de uma forma diferente: o Treinador João Amaral da Escola EducaCão, trouxe um cão pastor belga, de um ano de idade (Iron) e um “mini-pig”, a Morcela. Foi realizada uma demonstração das capacidades, características e habilidades dos dois animais. Os residentes tiveram a possibilidade de afagar e até alimentar os animais com os biscoitos usados para o reforço positivo.

4 de Outubro - Dia de S. Francisco e Dia Mundial do Animal

Almoço convívio com utentes Centro de Dia da Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira (8 de Outubro) Um grupo de 20 utentes e 5 funcionários do Centro de Dia veio conhecer a zona de Cascais e almoçar ao Lar da Bafureira. Os visitantes ficaram nas mesas dos residentes, de forma a proporcionar o convívio entre todos. Após o almoço, o Sr. Mário Carreira cantou algumas músicas, os visitantes também cantaram uma canção, um residente do Lar recitou dois poemas da sua autoria, trocaram-se pequenas lembranças e ainda houve uma entrega de diplomas aos alunos das aulas de informática.

8 de Outubro - Almoço convívio com utentes Centro de Dia da Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira

Visita dos alunos do 1º ano do Colégio da Bafureira (29 Outubro)

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Os alunos e seus professores, de forma a comemorarem com os residentes do Lar o passado Dia Mundial do Idoso, vieram fazer uma visita ao Lar. Foram apresentadas canções e coreografias e ainda uns cartazes com frases que cada aluno fez acerca das pessoas seniores.

29 Outubro - Alunos do 1º ano do Colégio da Bafureira

Dia de S. Martinho – Centro de Educação Infantil da Parede (11 Novembro) O Lar foi convidado para participar na festa do Dia de S. Martinho. Os residentes conviveram com as crianças, comeram castanhas e beberam água-pé.

11 Novembro - Dia de S. Martinho, Centro Educação Infantil da Parede

Ação de sensibilização alimentar - Diabetes e controlo da glicémia (14 Novembro) Organizada pelas nutricionistas da TDGI, empresa responsável pela confeção alimentar do Lar, foi realizada uma sessão de sensibilização e esclarecimento sobre a diabetes e a importância de saber comer.

14 Novembro - Ação de sensibilização alimentar - Diabetes e controlo da glicémia

Cerimónia da Luz - Fátima (17 Novembro) Um grupo de residentes, familiares, voluntários e funcionários participaram na Cerimónia do Envio da Luz, em Fátima, que marca o início da Campanha Nacional da Cáritas “10 milhões de estrelas, um gesto pela Paz”. A Missa foi celebrada na Igreja da Santíssima Trindade, da parte de manhã. Seguiu-se um almoço de confraternização entre todos os participantes que foram através da Cáritas Diocesana de Lisboa.

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17 Novembro – Fátima, Cerimónia do envio da Luz

Exposição Retratos da Família Manta e Atelier de voz - Centro Cultural de Cascais (21 Novembro) A exposição foi orientada por uma atriz, que levou o grupo a refletir sobre as obras das três gerações da família Manta: Abel Manta, António Manta e Isabel Manta. A atriz procurou desenvolver essas reflexões numa perspetiva vocal e de representação. Almoço Família do Lado (24 Novembro) Iniciativa proposta pelo ACIDI e desenvolvida pelo CLAII de Cascais juntamente com o Lar. Adaptou-se a iniciativa original (uma família autóctone convida uma família imigrante para almoçar em sua casa) à realidade do Lar. Assim, cinco famílias imigrantes almoçaram no Lar com seis famílias de residentes. Os visitantes trouxeram sobremesas típicas do país de origem. Desenvolveu-se um convívio muito interessante entre os participantes.

24 Novembro - Almoço Família do Lado

Voluntariado da Empresa HouseTrip - Decorações de Natal (6 Dezembro) Ação de voluntariado promovida pela empresa House Trip, como uma forma diferente dos funcionários celebrarem a época natalícia. Um grupo de colaboradores veio assim, decorar o Lar juntamente com os residentes. Exposição: obra de Pablo Picasso e atelier de expressão plástica - Centro Cultural de Cascais (10 Dezembro) Acompanhados por um dos membros da equipa do Centro Cultural, o grupo viu e comentou as obras de Pablo Picasso e no fim participou num atelier de expressão plástica. Foram reproduzidas duas técnicas utilizadas pelo autor nas suas gravuras. Almoço de Natal (14 Dezembro) O Lar celebrou a época natalícia, num almoço convívio entre elementos da Direção, residentes, funcionários da Cáritas Diocesana de Lisboa, voluntários e alguns familiares. Um residente recitou poemas da sua autoria, alusivos ao Natal.

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5.4 Assistência Religiosa Esta missão está a cargo do Sr. Padre João José que vem celebrar a Eucaristia quase todas as semanas. Além disso contamos também com a visita semanal de duas voluntárias da Paróquia da Parede, que vêm rezar o Terço com alguns residentes e com a visita semanal de uma Religiosa das Irmãs da Misericórdia de Verona, que além de rezar o Terço traz sempre uma palavra de conforto para os residentes. Meditação Cristã Desde o dia 7 de Outubro de 2013 que o Lar da Bafureira tem à disposição dos seus residentes uma atividade denominada Meditação Cristã. É composta por um grupo de 9 participantes e tem a duração de uma hora. A Meditação Cristã ou Oração Contemplativa é uma oração que remete para o silêncio, lugar onde o contato direto com Cristo se pode realizar. A Meditação tem por objetivo levar a nossa mente agitada e distraída à imobilidade, ao silêncio e à atenção. Para nos ajudarmos nesta tarefa recorremos ao uso de uma palavra sagrada - o mantra. A Meditação é assim uma viagem interior de silêncio e de simplicidade. Todas as semanas se trabalha um texto sobre um dos princípios básicos da meditação (simplicidade, quietude, silêncio) cruzando com partilhas pessoais dos residentes.

Meditação Cristã

5.5. Apoio e aconselhamento psicológico Em Agosto de 2013 iniciou o seu estágio para a Ordem dos Psicólogos uma técnica que já realizava voluntariado no Lar da Bafureira desde finais de 2012. A partir daí a instituição de modo geral passou a disponibilizar gratuitamente apoio e aconselhamento psicológico. Este apoio destina-se, quer aos residentes do Lar, seus familiares, funcionários e também a todos quantos recorrendo aos diversos serviços da Cáritas D. Lisboa, sentem esta necessidade de apoio. As consultas de acompanhamento individual têm por base: Avaliação mental (área cognitiva e afetiva) Avaliação funcional (autonomia e independência) Avaliação social (funcionamento da família) O acompanhamento individual é realizado tendo por base a abordagem cognitivo-comportamental, pois dispõe do mais variado leque de técnicas destinadas à correção de crenças e pensamentos disfuncionais. Um campo de ação relevante, no contexto do Lar da Bafureira, é o da idade avançada.Com base em estudos realizados (Rodrigues,2006; Loureiro, 2011),discute-se a necessidade da estimulação do idoso para a promoção e manutenção do seu desempenho cognitivo com a finalidade de manter ou recuperar as suas capacidades cognitivas, o que influenciará diretamente no seu desempenho funcional.

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Foram aplicados os Instrumentos de avaliação a 20 de Dezembro de 2013 e serão aplicados novamente no término do projeto: Nível de Independência - Índice de Barthel (Mahoney;Barthel,1965); Ansiedade - Inventário de Ansiedade de Beck (BAI; Beck; Steer,1993); Depressão - Geriatric Scale (GDS; Yesavage, Brink, Rose, Lum, Huang, Adey, et al., 1983); Satisfação com a Vida - Escala de Satisfação com a Vida (SWLS; Diener, 1984); No tratamento dos dados estatísticos, foi realizada uma análise descritiva das variáveis dos diferentes questionários, considerando a média, desvio padrão, mediana, máximo e mínimas para as variáveis. A análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS. No universo de 50 residentes foram considerados aptos 30 participantes para participarem devido à sua capacidade cognitiva não estar comprometida ao nível do raciocínio. Inicialmente foram aplicados instrumentos de avaliação que permitiram aceder aos pontos fulcrais que tinham de ser trabalhados nas sessões. No que diz respeito à Escala de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory, BDI-II), consiste num questionário de autorrelato com 21 itens de múltipla escolha. É um dos instrumentos mais utilizados para medir a severidade de episódios depressivos. As categorias utilizadas são: 0-13 depressão mínima, 14-19 depressão leve, 20-28 depressão moderada e 29-63 depressão severa. Os resultados médios dos residentes foram de 38,05 (desvio padrão - 5,80; valor mínimo – 24; máximo - 47); Os resultados estatísticos indicam que os residentes têm sintomatologia depressiva severa (29-63 valores). A escala de ansiedade (BAI) consiste em 21 questões sobre como o indivíduo se sente, expressas em sintomas comuns de ansiedade (como sudorese e sentimentos de angústia). A BAI pode ter um resultado máximo de 63 e as categorias são: 0-7: grau mínimo de ansiedade 8-15: ansiedade leve; 16-25 ansiedade moderada; 26-63: ansiedade severa. Os resultados médios dos residentes foram de 14,70 (desvio padrão - 13,28; valor mínimo – 0; máximo - 63); Tendo em conta os resultados estatísticos verificou-se nos participantes ansiedade leve que se situa entre 8-15 valores. A escala de Satisfação com a Vida (SWLS) é um dos instrumentos mais utilizados para avaliar o bem-estar subjetivo e tem como objetivo avaliar o juízo subjetivo que os indivíduos fazem sobre a qualidade das suas próprias vidas. Os resultados possíveis de obter com esta escala, oscilam entre um mínimo de 5 e um máximo de 25, indicando maior satisfação com a vida, quanto mais elevado for o valor; o ponto médio situa-se na pontuação 15. Os resultados médios dos residentes são 24,85 (desvio padrão - 7,70; valor Mínimo – 10; Máximo - 25); Atendendo à média estatística dos residentes (24,85), indica um grau elevado de satisfação sobre a qualidade das suas próprias vidas. A escala de autoestima de Rosenberg é constituída por 10 itens, com conteúdos relativos aos sentimentos de respeito e aceitação de si mesmo. A pontuação total na escala pode variar entre 10 e 40. Quanto mais elevada a pontuação, maior será a autoestima do sujeito. Os resultados médios dos residentes foram 24,55 (desvio padrão - 2,45; valor mínimo- 20; Máximo- 29); Os resultados apontam para um nível médio (24,55) no que diz respeito aos sentimentos de aceitação e de autoestima. Perante o resultado destes inquéritos delineou-se um projeto denominado Projeto de Promoção de Estimulação Cognitiva e Emocional com intuito de colmatar diversas necessidades que os residentes apresentam, como: desajuste psicoemocional no contexto de vida (processos de luto, solidão, cortes emocionais com a rede familiar); carência de proatividade no envolvimento psicomotor, falta de memória, reforço de terapias ou atividades ocupacionais; O projeto (PRO-ECE) será destinado à população com idade avançada, residentes no Lar da Bafureira e terá como objetivo a promoção da Satisfação com a Vida, aumento da Auto Estima, a estabilização/diminuição da taxa de Sintomatologia Depressiva e consequentemente um aumento da qualidade de vida dos participantes. O planeamento de intervenção dos grupos terapêuticos é constituído por dois grupos, cada um com 10 participantes. As sessões serão realizadas semanalmente com a duração de 30/45 minutos.

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5.6 Voluntariado À semelhança dos anos anteriores esta é uma área que assume grande relevância para a prossecução da maioria das atividades no Lar da Bafureira, dado que os recursos humanos são escassos, sobretudo os afetos à animação social. Na área administrativa, para além de continuarmos a contar com o apoio da D. Lucinda, que desde o início nos tem ajudado na organização administrativa, contámos com o apoio da D. Fernanda e da D. Jenny. Continuámos a contar com o apoio da D. Bárbara na área do cabeleireiro e apoio às refeições e da D. Manuela na costura. Na área das atividades socioculturais tivemos o apoio da D. Odete, na área dos trabalhos em lã, da D. Emília e da D. Rita, na área da culinária, da D. Carolina e da D. Adosinda, na área das atividades de estimulação cognitiva, de socialização e de trabalhos manuais. Durante dois meses contámos também com um voluntário na área do teatro e trabalhos manuais, Sr. Cantarinho. Contámos ainda com a D. Ana, que dinamizou as matinés de cinema. Na área da informática tivemos o apoio do Sr. Roberto Té. Na área da enfermagem contamos com o apoio do Sr Enf. Aranha que todas as semanas mede a tensão arterial aos residentes do lar. Durante o ano contamos também com o apoio de uma jovem estudante de psicologia que veio reforçar a equipa de animação social, sobretudo na área da estimulação cognitiva. 5.7. Contactos Institucionais / Parcerias Ao longo do ano de 2013 foram sendo estabelecidos diversos contactos institucionais, alguns diretamente relacionados com a atividade do Lar, outros relacionados com a atividade da Cantina Social, que se referencia mais adiante. São de salientar as seguintes parcerias: Colégio da Bafureira – foram realizadas visitas quer dos alunos ao lar quer dos residentes ao colégio, para comemoração de datas festivas e realização de trabalhos em conjunto. Pudemos contar também com a atuação do coro do colégio. Centro Comunitário da Paróquia da Parede - permitiu aos nossos residentes usufruírem de algumas das suas iniciativas culturais e formativas; Comissão Local de Freguesia da Parede, da Rede Social – a Cáritas Diocesana de Lisboa faz parte do Núcleo Executivo desta estrutura. Esta parceria tem permitido a partilha de recursos ao nível local, dando uma melhor resposta a todos os que nos procuram. Escola Secundária Fernando Lopes Graça – no âmbito desta parceria o Lar tem recebido alguns alunos que têm de realizar horas de serviço comunitário, desempenhando atividades diversas – apoio nos cuidados dos residentes, apoio na realização das atividades de animação social e apoio a atividades gerais da casa. Universidade Católica Portuguesa – neste âmbito recebemos uma nova aluna do 2º ano do Curso de Serviço Social, para realizar o seu estágio curricular, que permaneceu até ao final do ano letivo (Julho de 2013). O estágio centrou-se na motivação dos residentes para participarem ou não nas atividades de animação social propostas. Gabinete de Psicologia Psicodam – este gabinete de psicologia propôs a dinamização de uma sessão semanal de meditação cristã, que se iniciou em Outubro.

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Câmara Municipal de Cascais – este ano o Lar candidatou-se a uma iniciativa de voluntariado jovem, promovido por esta entidade. Designa-se “Cultura Social” e prevê a colaboração voluntária de jovens, durante o período de férias de verão. Estiveram quatro semanas na instituição, dinamizando atividades com os residentes. Centro Cultural de Cascais – o Lar recebe periodicamente informação sobre as atividades desenvolvidas por esta entidade e sempre que estas vão ao encontro dos interesses dos residentes são programadas visitas a essa entidade. TDGI – esta é atualmente a empresa fornecedora dos serviços de alimentação do lar e nesse âmbito foi proposta uma parceria para dinamizarem algumas sessões de promoção de uma alimentação saudável. HouseTrip - antes do Natal, um grupo de trabalhadores desta empresa, foi ao lar ajudar na decoração de Natal; Direcção Geral de Reinserção Social – mantém-se esta parceria que prevê a colocação de pessoas para cumprirem pena de trabalho a favor da comunidade no Lar; As áreas de prestação são principalmente na área do refeitório ou cozinha, mas tivemos também prestações na área dos cuidados de imagem dos residentes; 5.8 Ajudantes de ação direta

No ano de 2013, ao nível de pessoal, será de referir duas situações de baixa prolongada e uma situação de licença sem vencimento, já perto do final do ano. Para resolver estas situações houve necessidade de recorrer a reforços pontuais do quadro de ajudantes de ação direta (AAD). Houve uma maior preocupação pela realização periódica de reuniões de pessoal. Assim, desde Outubro de 2013 ficou definido que na primeira segunda-feira de cada mês se realiza uma reunião. As ajudantes de ação direta, na medida em que acompanham os residentes diariamente e estão expostas a variáveis como: stress, ansiedade, desmotivação, frustração e exaltação são um grupo a ter em consideração no trabalho de apoio psicológico que passou a ser disponibilizado pela estagiária de psicologia clínica. Assim, à semelhança dos residentes, foram também aplicados instrumentos para avaliação do estado emocional das ajudantes de ação direta. Os instrumentos utilizados na fase inicial (17 de Dezembro de 2013) foram Burnout - Inventário de Burnout de Maslach (MBI; Maslach, Jackson, Leiter, 1996); Satisfação com a Vida - Escala de Satisfação com a Vida (SWLS; Diener, 1984); No tratamento dos dados estatísticos, foi realizada uma análise descritiva das variáveis dos diferentes questionários, considerando a média, desvio padrão, mediana, máximo e mínimas para as variáveis. A análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS versão 20.0. A escala de Maslach Burnout Inventory (M.B.I.) é um dos instrumentos de autoavaliação mais utilizados em todo o mundo, avalia o desgaste profissional. É composto por 3 subescalas: a “exaustão emocional”, a “despersonalização” e a “realização pessoal”. Estas subescalas avaliam prováveis manifestações de Burnout (desgaste). A “exaustão emocional” é composta por 9 questões, que traduzem sentimentos de se estar emocionalmente exausto e esgotado com o trabalho; A “despersonalização”, formada por 5 itens descrevem respostas impessoais; Por último a “realização pessoal”, que é constituída por 8 questões que descrevem sentimentos ao nível da capacidade e sucessos alcançados no trabalho com pessoas. O Burnout é concetualizado como variável contínua, variando entre níveis classificados de baixo, médio e alto, baseando-se na norma americana. Consideram-se pontuações baixas as que indicam valores abaixo dos 34. Valores Médios: Exaustão emocional (9-63), Despersonalização (5-35) e Realização Profissional (8-56). A leitura dos resultados do estudo estatístico das subescalas é realizada em comparação com os valores revelados no manual norte-americano de Maslach e Jackson (1986), pelo fato de não existirem estudos aferidos à população portuguesa.

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Os resultados médios obtidos foram: Realização Profissional - 35,8 (desvio padrão - 11,41; valor mínimo -0; Máximo - 48). Exaustão Emocional -11,85 (desvio padrão -10,79; valor mínimo - 0, máximo – 43. (Despersonalização): Média-3,3 (DP-3,54); (Valores Mínimos.-0, Máximos.- 11). A escala de Satisfação com a Vida (SWLS) é um dos instrumentos mais utilizados para avaliar o bem-estar subjetivo e tem como objetivo avaliar o juízo subjetivo que os indivíduos fazem sobre a qualidade das suas próprias vidas. Os resultados possíveis de obter com esta escala, oscilam entre um mínimo de 5 e um máximo de 25, indicando maior satisfação com a vida, quanto mais elevado for o valor; o ponto médio situa-se na pontuação 15. Os resultados médios das AAD foram: média - 20,25 (desvio padrão - 5,20; valor mínimo -10; máximo - 30); Os resultados demonstram um valor relativamente elevado na indicação do grau de Satisfação com a Vida. Perante a análise dos resultados decidiu-se desenvolver uma formação comportamental interativa com o objetivo de um possível aumento da motivação, melhoria da expressão emocional e coesão grupal. 5.9 Outros serviços O serviço de alimentação tem funcionado sem problemas. Houve uma reestruturação interna da empresa prestadora deste serviço, mas não houve alteração do quadro de pessoal afeto ao Lar. As sugestões de melhoria são aceites com facilidade e a qualidade da alimentação tem-se mantido elevada. A empresa colocou à disposição do Lar o serviço de nutricionista, com possibilidade de desenvolvimento de ações de sensibilização e educação alimentar que vão ser integradas no plano anual de atividades de animação sociocultural. Em relação ao serviço de limpeza por persistirem inúmeros problemas, devido a uma insuficiente supervisão e à dificuldade da empresa contratada assegurar a periodicidade dos serviços de limpeza e manutenção dos espaços exteriores, rescindiu-se o contrato e escolheu-se outra empresa para prestar estes serviços. Até ao momento, a prestação está a decorrer da melhor forma. Quanto ao serviço médico e de enfermagem tem funcionado sem problemas, assim como o apoio de um enfermeiro para a preparação semanal da medicação.

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6. CRECHE CARITAS

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CRECHE CARITAS

INTRODUÇÃO

O presente Relatório Geral de Atividades é o documento que relata as atividades desenvolvidas na Creche “Caritas”, Valência da Cáritas Diocesana de Lisboa, durante o ano de 2013. Com a elaboração deste documento pretendemos dar a conhecer as atividades desenvolvidas, durante o ano de 2013, por toda a comunidade educativa que constitui a Creche. Toda a equipa da Instituição pretende planear o seu trabalho adotando uma pedagogia estruturada, que valorize o carácter lúdico de que se revestem todas as aprendizagens, de modo a que as crianças sintam prazer em tudo o que realizam e, posteriormente avaliar o processo, tendo em conta os seus efeitos no desenvolvimento da criança. As atividades executadas na creche visam alcançar determinados objetivos, de acordo com o grupo etário, é dentro destes parâmetros que as educadoras, possibilitam experiencias e incentivam as crianças a vivenciar as oportunidades de cada etapa do seu desenvolvimento. Assim planeamos atividades que promovam o desenvolvimento harmonioso das crianças, conjugando para tal as seguintes áreas de desenvolvimento: Sócio – afetivo, Psicomotor e Cognitivo. Cada Educadora de Infância constrói o seu Projeto de Sala, tendo em conta os objetivos referidos anteriormente. Para além das atividades realizadas durante o ano, este relatório pretende ainda dar a conhecer também algumas iniciativas em que a equipa educativa está inserida, formações realizadas pelas colaboradoras, bem como algumas sugestões para melhoria do bom funcionamento da Creche.

FUNCIONAMENTO GERAL DA CRECHE

A creche deve ser o prolongamento do lar, por isso é necessário que haja uma boa comunicação entre os pais e a instituição. O que acontece em casa é importante para aquilo que a criança faz na creche e influencia a sua capacidade de adaptação. O mesmo efeito existe entre o que acontece na creche e depois em casa... Quando a adaptação é difícil, propomos regimes de transição lenta e gradual. Aos poucos a criança vai-se habituando a esta nova realidade. É essencial, que a criança nunca se sinta “abandonada”, pelo facto de ser entregue aos cuidados de outras pessoas que não os pais. As Educadoras têm também nesta fase, um papel primordial, estabelecendo e mantendo uma relação maternal com a criança, motivando-a a interessar-se por esta nova realidade. Trata-se de uma fase normal de transição. É necessária calma, confiança, amor e mimos para que a criança se sinta segura e consiga estabelecer empatia. A equipa da Creche “Caritas” estará sempre disponível para colaborar na integração, na resolução de problemas e dúvidas e na discussão de propostas. Todo este processo é importante para a criança, contribuindo para uma evolução positiva em todo o processo educativo. A nossa Creche destina-se a dar apoio a 38 crianças, designadamente 8 crianças no berçário, 12 crianças na sala de 1 aos 2 anos e 18 crianças na sala dos 2 aos 3 anos.

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A Comparticipação das famílias reduziu e ainda assim mantiveram-se os constantes pedidos de revisão de mensalidade devido à situação de crise generalizada vivida no nosso País, o que torna a sustentabilidade da Creche de alguma forma comprometida. A creche tem parcerias com o Centro Social e Paroquial de Carnide. Existe um protocolo de colaboração, o Centro fornece-nos o serviço de alimentação e de lavandaria. Relativamente à prestação do serviço de alimentação a comia é de boa qualidade, salvo algumas exceções pontuais. A Junta de Freguesia de Carnide mantem uma colaboração estreita com toda a comunidade, são realizadas reuniões mensais com os coordenadores a comunidade Educativa. No mês de Maio a Coordenadora da Creche foi convidada pela junta de Freguesia de Carnide a participar numa viagem ao Parlamento Europeu, em Bruxelas desta viagem criaram-se laços com objetivo comum de partilha e de serviço comunitário. Durante o ano 2013 a Coordenadora Pedagógica Helena Veiga e a Educadora de Infância Rosália Rebelo participaram na ação de formação, promovida pela DGERT, Com o Tema “Psicologia do luto – lidar com situações delicadas” Na Acão de formação “Segurança Contra Riscos de Incêndio e sismos, medidas de resposta evacuação em situações de desastre” participaram: Helena Veiga, Iolanda Romano, Rosália Rebelo, Débora Santos, Ana Paula Lóio, Marisa Gonçalves, Ana Paula Borges, Sónia Lourador e Teresa Alves.

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TEMAS MENSAIS E DIAS FESTIVOS

Mês Temas Dias Festivos

Janeiro Inverno (6) Dia de Reis

(30) Dia Escolar da Não-Violência e da Paz

Fevereiro Carnaval/Vestuário/Corpo

Humano

(14) Dia dos Namorados

Festa de carnaval

Março Primavera

(8) Dia da Mulher

(19) Dia do Pai (dia de S.José)

(21) Primavera - Dia da Árvore e da Água

(28) Dia Mundial do Teatro

Abril Páscoa

(2) Dia Internacional do Livro Infantil

Festa da Páscoa

(22) Dia Mundial da Terra

(25) Dia da Liberdade

(29) Dia Mundial da Dança

Maio Família

(1) Dia do Trabalhador

Dia da Mãe

(15) Dia Internacional das Famílias

Junho Verão/Segurança

(1) Dia Mundial da Criança

(5) Dia Mundial do Ambiente

(10) Dia de Portugal

(13) Dia de Santo António

Julho Meio Aquático (28) Dia Nacional da Natureza

Festa de Final de Ano

Agosto Finalistas (20) Dia Mundial do Mar

Setembro Receção e Adaptação das

Crianças

(21) Dia Internacional da Paz

(28) Dia Mundial do Coração

Outubro Outono

(1) Dia Mundial da Música

(2) Dia Mundial do Animal

(3) Dia Mundial da Alimentação

Novembro Alimentação (11) Dia de S. Martinho

(20) Dia Internacional dos Direitos da Criança

Dezembro Natal (10) Dia Mundial dos Direitos do Homem

Festa de Natal

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JANEIRO

Salas de 1 e 2 anos

Durante este mês explorámos o vestuário de inverno e consequentemente as partes do corpo humano. Conseguimos identificar cada parte do corpo às quais vestimos as peças de vestuário da época.

Posteriormente, explorámos as diferentes texturas do vestuário, recortando tecidos de forma a sobrepor recortes nos bonecos.

FEVEREIRO

Berçário

Comemorámos o Carnaval na nossa sala e viemos todos vestidos a rigor.

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Salas de 1 e 2 anos

O início deste mês deu continuidade à temática do vestuário do mês anterior. Realizamos atividades plásticas relativas à época festiva, o carnaval.

MARÇO

Berçário

Para comemorar o dia do Pai convidámos os Pais a vir à creche para conviverem com os bebés dentro da sala. Cada um escreveu num boné o que significa ser Pai para ele e como presente recebeu um boné feito pelo seu filho.

Na Páscoa para mimar os Pais os bebés pintaram uma galinha e colocámos ovinhos de chocolate para adoçar lá em casa.

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Salas de 1 e 2 anos

Este mês festejamos o dia do pai.

ABRIL

Berçário

Com a chegada da Primavera para dar cor à sala nada melhor que borboletas.

Salas de 1 e 2 anos

Em conjunto explorámos os materiais que destinámos, para realizar as atividades plásticas referentes à época da primavera.

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MAIO

Berçário

Para comemorar o dia da Mãe convidámos as Mães a vir à creche para conviverem com os bebés dentro da sala. Cada uma escreveu num avental o que significa ser mãe e pintou uma t-shirt com o filho e como presente recebeu um livro de receitas feito pelo seu filho.

Salas de 1 e 2 anos Durante este mês, as crianças tiveram oportunidade de saborear alimentos ácidos e doces, o contraste de sabores permitiu uma descoberta diferente o que apurou os paladares para as conquistas que se seguiram, a confeção de bolos e bolachas no refeitório.

JUNHO

Berçário

No dia da criança (1 de Junho) os bebés pintaram o dedo e marcaram no boné de cada amiguinho e ficámos muito engraçados.

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Salas de 1 e 2 anos

Além das atividades definidas no programa anual de atividades, festejámos o dia da criança. Reunimos a sala de 1ano e a sala dos 2 anos no refeitório e os dois grupos tiveram oportunidade de brincar e explorar os materiais à disposição.

JULHO E AGOSTO No decorrer destes dois meses muitas crianças já estavam de férias, e as presentes demonstravam interesse pelo parque disponível da creche Alcofinha. Contudo, realizamos as atividades programadas relativas à estação de Verão e programámos a festa de final de ano letivo.

SETEMBRO

Berçário

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Em Setembro começou mais um ano letivo. Foi tempo de organização, decoração da sala e de realizar as adaptações dos novos bebés.

Sala de 1 e 2 anos

Neste primeiro mês as crianças puderam brincar e explorar livremente a área da nova sala de atividades e integrar-se com os novos amigos. O grupo sofreu alterações a mudança de sala, a entrada de novos amigos e uma nova ajudante de educação. Estas alterações foram evidentes para as crianças. Entre alguma apreensão também existia a curiosidade e interesse pelas novas descobertas e conquistas, conseguindo alcançar a confiança e a segurança necessárias de forma a apurar a concentração nas atividades livres ou orientadas.

OUTUBRO

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Berçário

Neste mês já começámos as atividades de pintura com as crianças. Começando por preencher folhas de Outono com os dedinhos delas, para o quadro das estações.

Salas de 1 e 2 anos

Este mês observámos a estação do Outono, na rua apanhámos folhas e explorámos a sua cor e textura. Através delas fizemos atividades plásticas. Manuseámos vários instrumentos musicais, ouvindo e sentindo os sons com diferentes alturas e timbres.

NOVEMBRO

Berçário

No mês de Novembro tivemos mais uma atividade plástica para comemorar o dia de S. Martinho, fazendo várias castanhas com a cara das 8 bebés para pendurar por toda a sala.

Salas de 1 e 2 anos

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Dia do pijama

Este ano decidimos aderir à iniciativa de Mundos de Vida a comemoração do dia do pijama. Trata-se de um dia solidário feito por crianças que ajudam outras crianças. Neste dia, as crianças nas escolas e instituições participantes, de todo o país, vão vestidas de pijama para a escola e passam, assim, o dia, em atividades educativas e divertidas, até regressarem a casa. Este é um dia em que as crianças pequenas lembram, anualmente, a todos que "uma criança tem direito a crescer numa família". Nos meses que antecederam a concretização da iniciativa a instituição foi recebendo material e informação que nos preparava para o próprio dia. No entanto a educadora da sala deve organizar as atividades de forma a ser um dia diferente e assinalar o dia da melhor forma possível. Inicialmente executámos atividades plásticas com a colaboração dos pais, de forma a decorar a sala para o dia. No dia do pijama rebemos os donativos dos pais, numa casa que construímos e intitulámos “casinha dos sonhos” procediam ao depósito do valor, seguidamente contámos a história do livro “o segredo dos sabonetes” que nos foi concedido e por fim dirigimo-nos para o campo de futebol, localizado nas traseiras da instituição. Neste local realizamos uma roda com as crianças, cada uma tinha uma fita enrolada ao pulso que segurava um balão de hélio, os adultos presentes tentaram cortar estas fitas ao mesmo tempo para que os balões voassem e salientassem a ideia da liberdade e de direitos de cada criança.

DEZEMBRO

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Berçário

No dia 7 veio o fotógrafo à escolinha para tirar umas fotografias de Natal. No mês de Dezembro celebrámos a época natalícia fazendo uma pequena festa com os pais dos bebés, no qual fizemos um lanche, elaboramos um vídeo e oferecemos a nossa prendinha feita pelas nossas crianças.

Como os bebés são ainda muito pequenos, comemoramos o Natal com a Família trazendo-a para a Creche e aqui interagirem, e levarem um bocadinho do que cá fazemos para casa. Foi desta forma que comemorámos a época natalícia, trazendo a família para o interior. O resultado foi a vivência de momentos únicos. Pretendemos que a Educação seja “circular”, a creche deve ser a continuidade da família, para que juntos, possamos favorecer o melhor desenvolvimento de cada uma das crianças.

Salas de 1 e 2 anos

Durante este mês preparámos a festa de natal. Ensaiámos músicas de natal para realizar a apresentação aos familiares, no refeitório da instituição.

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Resultante da participação da Coordenadora Pedagógica na visita ao Parlamento Europeu, promovida pela Junta de Freguesia de Carnide, a Associação Azimute Radical ofereceram livros para a Instituição.

Ao participarmos mais um ano na campanha “ Um brinquedo por um sorriso”, as nossas crianças receberam brinquedos.

Novo desafio da Junta de Freguesia De Carnide para a exposição de Rua, onde participam todas as instituições locais: Foi-nos fornecido um escadote com o mote “Juntos subimos mais Alto”

Deste desafio surgiu o tema para o nosso novo Projeto Educativo de Instituição “ Eu gatinho, Tu andas, Eles corre. Nós marcamos um lugar!”.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS/ SUGESTÕES

Seria de ter em conta algumas situações emergentes:

Um facto que preocupa as Famílias das crianças que frequentam a Creche é a continuidade do ambiente acolhedor, que encontram nesta Instituição. Gostariam de o ver prolongado com alargamento do espaço através a Valência de Jardim-de-Infância, demonstram-no frequentemente através e reuniões de Pais, no contacto direto com as Educadoras e com a Coordenadora Pedagógica

Em relação às colaboradoras, seria importante proporcionar mais momentos de formação.

Mantêm-se os reduzidos valores salariais das Ajudantes da Acão Educativa, este é um trabalho de grande responsabilidade e estes valores são realmente uma condicionante à plena motivação das mesmas.

Como consequência desta situação, existe um elevado número de rotatividade neste cargo.

Seria importante que alguém do apoio voluntário ajudasse no trabalho administrativo.

Em relação às colaboradoras, é necessário proporcionar mais momentos de formação.

O grau de satisfação do serviço de limpeza é mediano, a Creche tem 2 pisos e uma área extensa, a rotatividade constante do cargo, faz com que o serviço esteja constantemente a ser retomado.

No ano de 2013 mantêm-se a situação de obras inacabadas na Creche.

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7. MIGRAÇÕES

7.1 CLAII de Cascais - Gabinete de Atendimento

7.2 CLAII de Cascais - Promoção da Interculturalidade

7.3 CLAII de Cascais - Equipa

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7. MIGRAÇÕES “Many people are on the move in our world today.”

Site da Caritas Internationalis

A ação do CLAII (Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes) a nível concelhio continuou a desenvolver-se nas duas grandes vertentes: Acolhimento e Integração (atendimento à população em geral sobre as questões da imigração e estabelecimento de redes de parceria formais e informais com entidades locais) e Promoção da Interculturalidade (desenvolvimento de projetos). Desde o início, verifica-se que o número de atendimentos aumentou 72%, um número 3,5 vezes superior (1118 em 2013 e 313 em 2009) e os projetos desenvolvidos na área da interculturalidade foram mais aprofundados quer a nível do diagnóstico, quer a nível da própria intervenção.

Gráfico 12 - Número de atendimentos do CLAII de Cascais desde 2009 até 2013.

Dado o nível de trabalho ter aumentado e as questões terem sido trabalhadas com maior profundidade, a intervenção do CLAII foi mais abrangente tendo tocado em alguns aspetos da área das migrações. Constatou-se que o trabalho realizado, de facto, ultrapassa as fronteiras, cruzando-se com a crescente mobilidade mundial das poupulações. Segundo a Cáritas Internacional, uma em sete pessoas é migrante. A migração deve ser uma escolha informada e os migrantes e suas famílias devem estar devidamente protegidos. Nalguns contatos o CLAII, foi solicitado para apoiar pessoas que chegaram a Portugal vindas de África sem qualquer documento de viagem e após viagens sem condições e arriscadas; pessoas, incluindo portugueses de origem que pretendiam emigrar; crianças sem documentos de identificação válidos e que se encontravam em Portugal sem os seus responsáveis legais. Dado o aumento das migrações e as vulnerabilidades associadas (nomeadamente mulheres e crianças migrantes por razões de guerra/conflito, de pobreza, e por questões culturais; tráfico humano; redes de trabalho ilegal), esta área de trabalho constitui um eixo fundamental da intervenção da Cáritas Internacional, que conta com as Cáritas de cada país para proporcionar aos migrantes e suas famílias uma vida segura e digna. O CLAII de Cascais sendo um serviço da Cáritas Diocesana de Lisboa, reconhece que a sua atividade já segue estas linhas orientadoras da Cáritas Internacional. O CLAII trabalha os eixos definidos como prioritários por organizações mundiais, como sejam a Cáritas Internacional e a Organização Internacional para as Migrações, pelo que se considera um serviço que responde a necessidades atuais e essenciais. Este é um trabalho que vai ao encontro da missão da Cáritas e que a Instituição poderá aprofundar futuramente. O CLAII de Cascais é um serviço da Cáritas Diocesana de Lisboa que abrange todo o Concelho de Cascais pela sua parceria priveligiada com a Câmara Municipal de Cascais.

313

453

717

972

1118

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7.1. CLAII de Cascais – Gabinete de Atendimento

“Caritas recognises the bravery and strong spirit of migrants who want to build better lives for themselves and their families”


O CLAII de Cascais desenvolveu / promoveu as várias atividades tendo sempre valorizado os recursos das instituições promotoras do CLAII – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, Cáritas Diocesana de Lisboa e Câmara Municipal de Cascais (CMC) – e parcerias com outros serviços/instituições do concelho de Cascais, nomeadamente com a Equipa MISP (Mediadores Interculturais em Serviços Públicos) e entidades de âmbito nacional (Rede CLAII, SOS Imigrante, Organização Internacional para as Migrações (OIM), Consulados de vários países). Acolhimento e Acompanhamento Social Um dos principais objetivos do atendimento do CLAII consiste em facilitar o acesso à informação da população em geral a questões relacionadas com a imigração, promovendo, desta forma, a integração e o apoio da população imigrante no Concelho. A ação do CLAII é dirigida a toda a comunidade, no entanto, este serviço é fundamentalmente procurado por imigrantes, pessoas naturalizadas portuguesas e seus descendentes. Neste ano, sentiu-se também uma crescente procura por parte de pessoas que pretendiam emigrar, essencialmente para a União Europeia por motivos profissionais. Apesar do aumento do número de atendimentos, o CLAII para além do trabalho técnico, continua a ser um espaço confidencial e a proporcionar um atendimento personalizado e humano. A resposta aos utentes quer seja a nível de informação ou encaminhamento pretende-se que seja sempre o mais adequada possível face ao pedido/necessidade expresso, de modo que o utente possa fazer as suas escolhas com vista a uma cidadania ativa. Durante 2013, continuou-se a assegurar o atendimento com qualidade e a fomentar a articulação interinstitucional através da articulação e mobilização de diversos recursos concelhios e extra concelhios. O trabalho do CLAII é atualmente reconhecido pela rede social e pela própria população imigrante como um serviço especializado na área da imigração. Os quatro gabinetes funcionaram em 2013 nos mesmos locais, continuando assim o CLAII presente nas quatro freguesias do Concelho de Cascais.

Análise dos Atendimentos Tal como referido anteriormente, o número de atendimentos desde a abertura do CLAII aumentou 72%, um número 3,5 vezes superior ao inicial (gráfico 1), com 1118 atendimentos no ano de 2013, correspondendo a uma média mensal de 93 atendimentos. Desde 2009 até final de 2013 foram atendidas pelo CLAII de Cascais 42 nacionalidades diferentes, aproximadamente 35% das 127 nacionalidades registadas no concelho. O maior número de atendimentos ocorreu na Parede (38%) e no Bº da Torre (30%) com 431 e 336 atendimentos respetivamente. Nos outros dois pontos de atendimento Bº da Cruz Vermelha e Matos Cheirinhos, registaram-se 131 (12%) e 220 (20%) atendimentos.

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De salientar o aumento significativo de atendimentos no Gabinete de Matos Cheirinhos durante o ano de 2013, que passou de 75 (em 2012) para 220.

Gráfico 13 - Número de atendimentos do CLAII de Cascais em 2013 em cada um dos 4 gabinetes

Os interlocutores nos atendimentos foram na sua grande maioria os próprios imigrantes (64%), seguindo-se os familiares (17%) e os técnicos (14%). A maior parte dos atendimentos foi presencial (80%), tendo também havido também atendimentos telefónicos (17%) e por internet (3%). Em relação ao género, dirigiram-se ao CLAII 629 homens (56%) e 489 mulheres (44%), percentagens semelhantes às do ano anterior. O número de pessoas que recorrerem ao CLAII pela primeira vez foi muito aproximado ao do ano anterior (230 este ano e 223 em 2012). Apesar de não ter havido aumento, considera-se este valor significativo, dado que são pessoas que contactaram pela primeira vez o CLAII, o que leva a crer que existe um maior conhecimento do Serviço por parte da população do concelho, assim como por parte das entidades da Rede Social. Foram atendidas pessoas de 27 nacionalidades sendo que, destas, cinco foram atendidas pela primeira vez no CLAII de Cascais: África do Sul, França, México, Noruega e República Checa. O maior nº de pessoas continua a ser proveniente da Guiné Bissau (34%), seguindo-se Cabo Verde (26%), Brasil (12%) e Angola (8%). De destacar algumas nacionalidades com números de atendimento pouco significativos, reflexo de comunidades mais pequenas mas evidenciam a diversidade cultural no Concelho, como sejam África do Sul, Bangladesh, Bolívia, Cuba, Gâmbia, Israel, Marrocos, Noruega, Zâmbia.

Gráfico 14 - Nacionalidades com maior nº atendimentos em 2013.

431

336

131

220

0 100 200 300 400 500

Parede

Bº Torre (Cascais)

Bº Cruz Vermelha (Alcabideche)

Matos Cheirinhos (S. DomingosRana)

Nº atendimentos

34%

26%

12%

8%4%2%1%

Guiné Bisssau

Cabo Verde

Brasil

Angola

Portugal e Senegal

Moçambique e Romenia

Russia e Ucrânia

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Verificou-se maior diversidade de nacionalidades atendidas tanto na Parede como no Bº da Torre, ambos com 20 nacionalidades atendidas, o que parece sugerir que estes gabinetes estão mais próximos da população em geral. Nos gabinetes do Bº da Cruz Vermelha e Matos Cheirinhos, inseridos em bairros sociais, registaram-se 8 e 7 nacionalidades diferentes, sendo as mais frequentes Guiné-Bissau, Cabo-verde e Angola. A baixa diversidade cultural está relacionada com o facto destes gabinetes atenderam fundamentalmente residentes destes bairros. Quanto aos assuntos tratados, o maior número de pedidos de apoio foi para regularização de permanência (51%), seguido por obtenção de nacionalidade portuguesa (20%), apoio social (7%), inscrição no Programa de Retorno Voluntário e à Reintegração (5%), educação (4%) e saúde e trabalho (2%). Foram também tratados assuntos que não cabem nestas categorias (6%), como sejam a obtenção de variados documentos em Portugal e em países de origem, contactos com familiares no país de origem, assuntos de finanças, segurança social, etc.

Gráfico 15 - Principais assuntos tratados no CLAII

O aumento do desemprego continua a ser um obstáculo à regularização da permanência dos imigrantes em Portugal e verifica-se que os imigrantes que pedem a nacionalidade portuguesa expressam frequentemente que é uma forma de poderem aceder a um maior número de ofertas de trabalho no estrangeiro, designadamente na União Europeia. O conhecimento da existência do CLAII e a procura deste serviço continua a ser por indicação de outros imigrantes que já conheciam o CLAII e por encaminhamentos/ articulação com outras entidades, o que reflete um nível considerável de implementação do CLAII no Concelho e na própria Rede Social. Participação em Estruturas de Parceria Locais Em relação à participação em estruturas de parcerias locais, o CLAII continuou a estar presente nas reuniões de Casos e nas Reuniões de Planeamento com parceiros da Freguesia de Cascais (promovidas pela equipa Divisão de Intervenção Sócio Territorial da CMC do Bairro da Torre), participando no planeamento da intervenção social no Bairro da Torre juntamente com os outros parceiros. De salientar que atualmente o gabinete da Torre funciona no Pólo Social, estrutura da Câmara Municipal de Cascais, integrando um conjunto de serviços disponibilizados por diversas entidades (DIIS, Clube Gaivotas da Torre e CLAII) proporcionando à população reposta a necessidades variadas (equipa de RSI (Rendimento Social de Inserção), ação social, GIP (Gabinete de Inserção Profissional), ATL, cursos, etc.). O funcionamento do CLAII em gabinetes Mais Perto da DIIS (Bairro da Torre, Bairro da Cruz Vermelha e Bairro de Matos Cheirinhos) permite uma maior articulação com a Câmara Municipal de Cascais, assim como com a equipa MISP, reposta do ACIDI que complementa o trabalho do CLAII. Num trabalho de proximidade através de contatos ou reuniões conseguiu-se dar uma melhor resposta a situações acompanhadas pelos dois serviços.

51%20%

7%5%

4% 2% Reg. Permanência

Nacionalidade

Apoio Social

R. Voluntário P.O.

Educação

Saúde + Trabalho

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Apoio Pontual em Bens Em situações de real carência / insuficiência económica, o CLAII procurou dar resposta aos pedidos de apoio que recebeu quer através do “fundo” previsto no orçamento do CLAII (800€) quer através da realização de encaminhamentos para outros parceiros. Estes recursos permitiram responder a algumas necessidades das pessoas sendo, no entanto, insuficientes pela conjuntura socioeconómica atual. Pela primeira vez o valor orçamentado para os apoios foi atingido. Tal terá sido resultado dos parceiros locais estarem com menor capacidade de resposta para apoios pecuniários e por acreditarem que o CLAII sendo um serviço da Caritas Diocesana de Lisboa, poderá apoiar determinadas situações. De facto, o CLAII de Cascais em articulação com outras entidades concedeu apoios pecuniários (para deslocações, para emissão / renovação de documentos), de vestuário e de medicamentos. Encaminhamentos para Serviços Específicos De forma a dar uma resposta adequada aos pedidos e necessidades dos utentes do CLAII, foram efetuados encaminhamentos para determinados serviços específicos, ligados à área da imigração. Encaminhamentos para o Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (CNAI) de Lisboa - GAJI (Gabinete de Apoio Jurídico ao Imigrante) Encaminharam-se para o apoio jurídico, casos de notificações de abandono voluntário ou de expulsão do território nacional e ainda situações de pessoas sem documentos e em condições de vida muito precárias; - GAS (Gabinete de Ação Social) Foram estabelecidos vários contactos entre o CLAII e o GAS de forma a dar melhor acompanhamento a situações de pobreza extrema. Estes contatos foram de iniciativa de ambos os gabinetes quando estava em causa a situação de um imigrante na zona de Cascais; Encaminhamentos para a Organização Internacional para as Migrações (OIM) Dirigido pela OIM, o Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração tem sido procurado pelos cidadãos imigrantes, principalmente pelos que se encontram em grave carência económica e com rede social escassa. Este ano, o CLAII de Cascais inscreveu 9 pessoas no Programa. Registaram-se mais pedidos mas que, por não reunirem os requisitos necessários não puderam prosseguir com a inscrição, como é o caso de terem filhos portugueses, por exemplo. Das inscrições efetuadas (em 2012 e 2013), contaram-se durante este ano, 6 regressos, tendo sido os restantes pedidos cancelados ou suspensos. Por ser considerado um parceiro informal pela OIM, o CLAII de Cascais tem acesso direto à plataforma do programa podendo fazer inscrições on-line e acompanhar o estado dos processos. É um recurso importante e único no Concelho. Divulgação Continuou a ser feita a divulgação do CLAII de um modo informal, através dos contatos estabelecidos com as outras instituições / serviços e em várias ocasiões ao longo do Projeto Âncoras (em reuniões, eventos, ações de formação), incluindo as reuniões com a Rede Social da Galiza. Foi também colocada informação sobre o CLAII de Cascais e sobre o Projeto no âmbito da Interculturalidade na webpage da Caritas Diocesana de Lisboa.

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7.2 CLAII de Cascais – Promoção da Interculturalidade

“It reminds us that migrants are part of our human family and are recognised for the positive contributions they make”


Projeto Âncoras [FEINPT 3ª Edição] O Âncoras foi um projeto de intervenção social na área da interculturalidade, que teve como principal objetivo contribuir para uma maior e melhor integração dos imigrantes no concelho de Cascais, através da mobilização e capacitação de diversos agentes sociais e da população imigrante em geral e mulheres imigrantes em particular. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACIDI, IP), com o apoio do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros (FEINPT) e promovido pela Caritas Diocesana de Lisboa (CDL) e pela Câmara Municipal de Cascais (CMC), através do CLAII Cascais. Foram envolvidos ainda outros parceiros, de acordo com as especificidades de cada atividade. No âmbito do presente relatório iremos focar a execução das atividades, os seus resultados e a sua avaliação e tendo em conta que uma parte do projeto foi já descrita no relatório de atividades anterior, reportando ao período do início do projeto (Setembro a Dezembro de 2012), bem como uma descrição dos parceiros envolvidos.

Atividade (re)Encontros Consistiu numa atividade de capacitação de mulheres imigrantes para o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais que facilitassem a sua a integração no mercado de trabalho. Esta atividade foi concretizada através da dinamização de encontros de partilha, tornando possível pensar em conjunto na resolução de problemas ligados ao trabalho. As participantes ao longo das sessões observaram que a sua aprendizagem passava pela experiência de troca e partilha em grupo. Foram envolvidas mulheres imigrantes (provenientes da Guiné Bissau, Cabo-Verde e Angola), residentes em dois territórios (Mato-Cheirinhos, freguesia de S. Domingos de Rana e Galiza, freguesia de Cascais/Estoril). Incluindo a fase de diagnóstico a atividade contou com a participação de 34 mulheres no total dos dois grupos (18 Galiza e 16 Mato-Cheirinhos). No entanto, tendo em conta a regularidade da participação e compromisso para com o grupo, podemos dizer que no final da atividade cada um deles terminou composto por 9 mulheres na Galiza e 8 em Mato-Cheirinhos. Ao nível das metodologias utilizadas, destacam-se: - A inclusão de um mediador sociocultural - O envolvimento dos técnicos que acompanham as participantes no terreno ao nível da mobilização para a atividade e do feedback sobre as sessões - O envolvimento pontual de entidades externas nas sessões (uma advogada e uma empresa de trabalho temporário) - A utilização de metodologias participativas: As sessões desta atividade foram desenhadas sempre com base em dinâmicas de grupo que se desenvolveram em jogos e atividades diversas orientadas para

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propósitos diversos - conhecimento do outro, autoconhecimento, balanço de competências, treino da entrevista. Nestas sessões, foram assim criados simultaneamente contextos de reflexão/ação onde a experiência de vida de cada participante funcionou como ponto de partida para parte das sessões - A avaliação contínua das sessões, elaborada pelas participantes no início de cada sessão e reportando à sessão anterior - A avaliação contínua das sessões e a adequação ao grupo, elaborada pelas técnicas e que permitia construir a sessão seguinte. Sobre este aspeto interessa salientar que, apesar de as sessões terem sido definidas no início da atividade, a sua construção foi sendo elaborada ao longo de todo o processo. Cada sessão levava à construção da seguinte. A avaliação geral da atividade é extremamente positiva e bem patente nos testemunhos das mulheres.

“Gostei de aprender a apresentar-me e a falar melhor e a falar mais das minhas capacidades” “Fui a uma entrevista e as pessoas gostaram muito do meu comportamento”

“A sessão com a advogada foi muito importante, porque depois fui reclamar a indemnização que não tinha recebido e consegui!”

“Gostei do sentido de irmandade que se criou” A nível da avaliação do impacto nas mulheres migrantes, as sessões de reflexão possibilitaram um aumento de autoestima e da capacidade de identificação e resolução de problemas relativos à sua integração. Esta capacitação facilitará de forma positiva a integração das mulheres migrantes no mercado de trabalho. Um dos pontos principais obstáculos foi o da fraca assiduidade das participantes nas sessões. Isto levou a que o programa inicial das sessões não fosse cumprido integralmente. Assim, apesar de a meta das dez sessões por grupo ter sido atingida, muitas vezes as sessões tiveram que ser repetidas e/ou reformuladas. No entanto, encaramos este aspeto como algo natural no trabalho de campo, uma vez que nunca houve um desfoque do objetivo inicial e da razão de ser da atividade, mas sim um ajuste e uma tentativa de corresponder ao ritmo e às necessidades dos grupos em cada momento. Quanto às metodologias utilizadas, em termos de capacitação, a iniciativa mostra que é possível aumentar o nível de capacitação de procura e inserção das mulheres mas que é preciso mais tempo pois não é só necessária uma intervenção em termos de autoestima, como também de melhoria de competências de comunicação e apresentação destas mulheres. A experiência mostra também a eficácia do uso de ferramentas adaptadas constantemente ao grupo e ao contexto socioeconómico (Ex: jogo de balanço de competências, role playing para entrevista, reflexão sobre papéis diferentes – “o que quer uma entidade empregadora?”, etc...) Outro aspeto a salientar é que a avaliação de necessidades das mulheres deve ser um passo essencial para ancorar iniciativas mais longas no dia-a-dia desta população. Cronograma Geral: Janeiro a Março | Continuação do diagnóstico Aprofundado e Mobilização do público-alvo Março e Abril | Definição dos temas das sessões e estruturação dos conteúdos Abril a Dezembro | Co construção e dinamização das sessões Dezembro | Avaliação final

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Diferenças&Indiferenças (eixo formação a agentes sociais) Esta atividade consistiu na capacitação de agentes sociais para as questões da interculturalidade e para os problemas dos imigrantes, nomeadamente serviços de atendimento de diversos setores, através de ações de formação. Foram, assim levadas a cabo ações de formação, dirigidas a entidades públicas e privadas, constituídas por três módulos temáticos (3 sessões, em 2 edições, num total de 6 ações), que assentaram em três eixos: - Interculturalidade e diálogo intercultural, promovendo uma consciência intercultural, através de uma reflexão ativa dos formandos sobre os estereótipos e preconceitos tais como outras questões ligadas à imigração - Boas práticas de acolhimento e apoio a imigrantes, trabalhando para a qualidade do atendimento e sensibilizando para a dificuldade sentida pela população imigrante no acesso aos diversos serviços; Reflexão sobre qualidade do atendimento e discussão de boas práticas de acolhimento e apoio a imigrantes - Informações sobre imigração e sobre outras entidades de apoio ao imigrante que possam ser relevantes na prestação do atendimento, fornecendo informações de carácter geral que possibilitem uma melhor resposta aos problemas dos imigrantes e o seu reencaminhamento correto no que se refere a outras questões; Promoção do trabalho em rede O envolvimento dos parceiros foi fundamental na construção dos conteúdos, quer ao nível de uma instituição da sociedade de acolhimento com atuação ao nível de todas as freguesias do concelho (Conferências S. Vicente de Paulo – Núcleo Oeiras/Cascais), quer por parte da comunidade imigrante, através de duas associações que as representam (Centro Cultural Moldavo e AFAIJE): O público-alvo desta atividade foram voluntários e técnicos de ação social que prestam serviços de apoio a imigrantes, com predominância nos voluntários de Banco Alimentar. A atividade contou com 54 participantes. Ao nível das metodologias utilizadas destacamos: - Reflexão a partir da experiência - Avaliação contínua, pois procedeu-se a uma avaliação constante, quer entre os diferentes módulos, devolvendo ao grupo aquilo que eram as suas expetativas no momento da avaliação de cada módulo - e entre as duas edições, tendo em conta a experiência e a avaliação do grupo anterior. - Adequabilidade dos conteúdos ao grupo, uma vez que os conteúdos construídos foram adaptados tendo em conta a constituição do grupo (n.º de voluntários e técnicos / diversidade ou não de instituições), tendo sempre em conta o objetivo inicial de aumentar o nível de conhecimento sobre a imigração relacionando-o com questões da qualidade do atendimento e apoio ao imigrante. De salientar que as sessões foram elaboradas de forma independente em termos de conteúdos. No entanto, relativamente à divulgação, optou-se por divulgar os workshops de uma forma integrada e não independente, de forma a potenciar os objetivos da formação. A avaliação da atividade é extremamente positiva e claramente expressa pelos participantes aquando a autoavaliação:

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“ Muito prático. Bastante partilha e debate” “ Partilha muito rica, abertura de consciência para conceitos profundamente enraizados na mente

humana.” “Convívio muito agradável e metodologia muito interessante e ativa”

“Importante para fazer pensar em determinados temas importantes para o nosso trabalho” “Conhecimentos mais aprofundados dos recursos existentes”

“Conhecer o que é ser imigrante na primeira pessoa - vários testemunhos”

Não existe, no concelho de Cascais, uma oferta sistematizada na área da formação dos agentes sociais para as questões da interculturalidade e integração dos imigrantes, o que aumenta claramente a pertinência da atividade. Esse facto foi também referido pelos participantes, por um lado, nomeadamente os voluntários, pois a este nível existem menos oportunidades de formação. Por outro lado, foi reforçado pelas entidades ao terem solicitado a realização de sessões extra à medida. A heterogeneidade de públicos foi uma mais-valia para todos, bem como a partilha de experiências, que contribuiu para a promoção da qualidade do trabalho destes agentes sociais quer ao nível da relação que estabelecem com as comunidades imigrantes, quer ao nível do trabalho em rede. Ficou claro que esta é uma iniciativa que continua a ser necessária no concelho e que valerá a pena ser continuada e melhorada. Cronograma Geral: Janeiro a Junho | Mobilização/Envolvimento das paróquias da Vigararia de Cascais e Centros Sociais Paroquiais; Planificação das sessões e Aprofundamento dos conteúdos Julho a Setembro | Elaboração dos conteúdos, Divulgação e Preparação logística das ações Outubro a Novembro | Divulgação, Execução das ações e Avaliação Dezembro – Execução das ações extra, avaliação e avaliação final

Tornar Claro (eixo comunicação e media) Tratou-se de uma atividade que teve como principal objetivo a sensibilização e mobilização dos media locais para as questões da interculturalidade e para uma maior cobertura de eventos e questões relacionadas com a comunidade imigrante no concelho. Para esse fim foi criado o Prémio Intercultural de Jornalismo Local – “Tornar Claro”, que visou promover a divulgação de notícias e/ou peças jornalísticas sobre as seguintes temáticas: Interculturalidade e Identidade Concelhia (Sentido de pertença à comunidade onde se vive); Percursos Migratórios; Integração social e profissional de imigrantes; Educação para a cidadania intercultural; Diversidade cultural Para além dos media tradicionais, esta atividade pretendeu desde o seu início envolver mais agentes de comunicação, também responsáveis pela edição, publicação e divulgação de informação, como é o caso dos boletins de freguesia e paroquiais e de outras entidades públicas ou privadas em geral. Já na fase de preparação da atividade o Prémio foi alargado às escolas do 2º e 3º ciclo. Assim, foram constituídas duas categorias - 1) Educação e 2) Comunicação Social e Institucional - de modo a abranger estes dois tipos de público-alvo. O prémio não era pecuniário e os vencedores ficariam habilitados a utilizar o selo do concurso, como garantia de qualidade nas suas publicações e comunicações institucionais.

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Foram rececionados 13 trabalhos relativos a 2 entidades – 11 na categoria Comunicação Institucional e 2 na categoria Educação. As peças foram avaliadas por um júri constituído por três pessoas, em representação das entidades parceiras (Cáritas Diocesana de Lisboa – Membro da direção; Câmara Municipal de Cascais – Jornalista e Responsável Gabinete de Comunicação; Centro Cultural Moldavo – Presidente). A avaliação teve por base os seguintes critérios: Pertinência, Claridade, Diversidade, Igualdade/anti discriminação, Interação positiva, Utilidade, Mobilização. A atividade não se confinou ao prémio. Tendo em mente o objetivo inicial da atividade, foram divulgadas, junto dos media, três atividades/eventos de associações imigrantes. Considerou-se que esta vertente é também bastante importante – não só o incentivo publicação, mas conseguir mesmo fornecer “matéria” aos próprios media. A atividade seguiu o processo natural de um concurso tendo, obviamente, sido dado maior ênfase à etapa da divulgação e do envio de candidaturas. Foram para isso utilizados os seguintes instrumentos de apoio: Regulamento do Concurso; Ficha de Inscrição; Documento Resumo da atividade e apresentação eletrónica (formato ppt); Evento de Lançamento; Selo do concurso A divulgação da atividade foi realizada no site da CDL, CMC, outros meios (Rede Europeia de Questões de Imigração através do Centro de Estudos Geográficos) e no Jornal C (CMC). O envolvimento dos parceiros e as reuniões individualizadas com diversas entidades para promover o Prémio foram também estratégias adotadas que em muito contribuíram para os resultados alcançados. Da parte dos parceiros, pela contribuição na conceção, na avaliação e porque também eles foram representantes do prémio, ao pertencerem ao júri e terem sido oradores no evento de lançamento. Da parte das reuniões, porque temos a certeza que, se não as tivéssemos promovido de uma forma tão personalizada, não teríamos conseguido angariar as candidaturas mínimas necessárias. Os critérios de avaliação da atividade definidos, à partida, foram os seguintes: - N.º de participantes nas cerimónias de lançamento e encerramento – 30 pax + 15 pax Relativamente à sessão de lançamento podemos considerar que houve uma boa mobilização de parceiros e entidades promotoras (consideradas clientes internos), uma vez que estiveram presentes 10 pessoas da Caritas Lisboa e 10 pessoas da Câmara Municipal de Cascais e quase a totalidade dos parceiros no Projeto Âncoras (ISEG e CPE/Boa Nova). Tendo em conta que estávamos no início de uma atividade, este aspeto foi muito importante. Houve, no entanto, uma fraca mobilização dos públicos-alvo (apenas presente 1 Agrupamento de Escolas, 1 Instituição de Saúde, 2 Centros Paroquiais, 1 ATL, 1 Media). O mesmo aconteceu na sessão final, em que não conseguimos mobilizar entidades externas. No entanto, no caso desta sessão tal se deveu ao facto de o timing da sua realização não ter sido o ideal (á na segunda quinzena de Dezembro) e não da divulgação efetuada. A opção do projeto de prorrogar o prazo de candidaturas no sentido de potenciar a participação acabou por prejudicar esta última sessão. A decisão foi ponderada e avaliado o seu custo-benefício. Tendo em conta que o aumento de participação de candidaturas beneficiava largamente a atividade e a tornaria apelativa tendo em vista uma continuidade futura, a decisão foi mantida. A fraca adesão da última sessão acabou por ser colmatada com o evento final, onde se aproveitou para criar um momento de divulgação do prémio Tornar Claro. Conclui-se que será necessário, ao nível da realização de eventos, em próximas iniciativas, enviar convites com mais antecedência (10 dias antes) e fazer acompanhamento telefónico e reminder por email para confirmação de presenças (5 dias antes), bem como centralizar os convites na equipa de projeto. Esta metodologia foi testada no evento final realizado em janeiro e que resultou com uma ampla participação de entidades externas. - N.º de notícias publicadas relativas à questão de imigrantes e interculturalidade – 2 notícias e um vídeo

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Neste ponto não houve um aumento significativo da edição/publicação de notícias e peças jornalísticas. Há ainda um longo caminho a percorrer neste sentido e o impacto do projeto deu-se mais ao nível da sensibilização para a divulgação de boas práticas e da visibilidade do concelho como multicultural. Assim, conclui-se que apesar de os resultados quantitativos não serem visíveis, o Prémio deixou uma marca nas instituições. Poderemos considerar que o papel desta atividade foi mais de “raise awareness” (termo utilizado em marketing quando se trata de criar notoriedade numa marca ou num serviço). - N.º de aderentes ao concurso – 2 entidades, 13 candidaturas A participação foi muito positiva e superou as expetativas. No entanto, é necessário, em futuras iniciativas, fazer aumentar o n.º de entidades participantes. Cronograma Geral: Janeiro a Fevereiro | Preparação da sessão de lançamento, que incluiu a escolha do espaço, catering, agenda, oradores, convites e divulgação. Fevereiro | Evento de lançamento do concurso e início do período de envio de candidaturas Março a Agosto | Período de envio de candidaturas, divulgação e mobilização do público-alvo Maio | Ação de sensibilização/formação para as questões da interculturalidade dirigida aos media e outros comunicadores Julho | Receção de candidaturas Setembro a Novembro | Prolongamento do prazo de candidaturas e divulgação Novembro a Dezembro | Mobilização do júri e avaliação das candidaturas Dezembro | Evento encerramento do concurso Resultados Gerais - 22 Entidades De referir que no decorrer do projeto houve um enorme esforço de envolvimento de todos os atores-chave que poderiam acrescentar valor à realização das atividades, ainda que duma forma mais pontual e que, por não terem sido envolvidos de uma forma contínua, não foram por nós incluídas no número total de entidades envolvidas, como segue: Foi envolvida a rede social da Galiza, num total de 12 entidades, ao nível da mobilização de públicos e acompanhamento da atividade (re) encontros neste território. Este envolvimento não foi direto ou, pelo menos, não teve o nível de intervenção dos parceiros, tendo-se realizado com a rede duas reuniões de divulgação de acompanhamento da atividade. Houve também um envolvimento de diversas entidades ao nível da atividade Tornar Claro, não previstas inicialmente e que também não constam das metas, tais como 7 agrupamentos de escola, 7 Ludotecas e 3 Juntas de Freguesia, através de reuniões, ao nível da sensibilização para a participação no Prémio Tornar Claro. - 15 Técnicos envolvidos efetivamente Este n.º está bastante acima do inicialmente previsto. Este facto explica-se porque foi envolvida toda a equipa MISP no projeto (5 técnicos e não 1 como previsto); foi envolvida 1 técnica da CMC/DIS no território

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da Galiza para além do CPE/Boa Nova como previsto e no território de Mato-Cheirinhos foi envolvida a técnica do gabinete de emprego. Foi ainda envolvida a responsável pelo gabinete de comunicação, que acompanhou e colaborou na divulgação do projeto e concretamente no envolvimento dos media. - 65 Destinatários (valor não cumulativo) Este valor aproxima-nos claramente do inicialmente previsto (61). Neste total de 65 contemplamos apenas os destinatários que participaram de uma forma efetiva nas ações e não estamos a contabilizar os destinatários envolvidos de uma forma mais pontual/individualizada, concretamente 9 mulheres imigrantes da atividade (re) encontros que participaram nas entrevistas de diagnóstico e que por diversas razões não ingressaram no grupo. - 28 Ações Parceria Como referido no início do presente relatório o projeto Âncoras foi promovido pela Caritas Diocesana de Lisboa (CDL) e pela Câmara Municipal de Cascais (CMC), através do CLAII Cascais. Assim, o parceiro institucional que trabalhou conjuntamente com a CDL desde a elaboração da candidatura do projeto e que participou transversalmente em todas as atividades foi a CMC, mais concretamente o MISP (Equipa de Mediadores Interculturais), inserido na DIIS (Divisão de Intervenção Social) e parceiro da CDL no CLAII Cascais. Foram envolvidos ainda outros parceiros, de acordo com as especificidades de cada atividade, as competências de cada um, nomeadamente o seu conhecimento privilegiado dos grupos-alvo e a sua capacidade de facilitação e mobilização. Assim, a complementaridade dos diferentes parceiros, nomeadamente em cada uma das áreas em que estiveram envolvidos mais intensamente tais como o aprofundamento do diagnóstico, a definição das estratégias e do plano de atividades, a execução do plano de atividades e a avaliação, constituíram o contributo necessário aos resultados obtidos. Parceiros Formais - Centro Comunitário do Estoril Nossa Senhora da Boa Nova (CPE/Boa Nova) - Equipa DIIS/CMC (Divisão Intervenção Social, da Câmara Municipal de Cascais) – Gabinete Mais Perto - Centro de Investigação SOCIUS / ISEG - CMC/MISP Parceiros Informais - Conferências S. Vicente de Paulo, Núcleo Oeiras/Cascais (CSVP) - Centro Cultural Moldavo - AFAIJE Outras entidades envolvidas Atividade (re)Encontros | Rede Social da Galiza; Talenter Atividade Diferenças&Indiferenças | Gabinete de Assistência Social da Caritas Lisboa; Junta de Freguesia do Estoril; Centro Social Paroquial de S. Domingos de Rana e Conferências Vicentinas de S. Domingos de Rana Atividade Tornar Claro | Vigararia de Cascais, que contempla 6 paróquias; Rede de Ludotecas; Agrupamentos de Escolas

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Perspetivas para o Futuro O projeto incorporou toda a experiência da instituição quer ao nível das práticas de acolhimento e integração de imigrantes, quer ao nível da dinamização de grupos e trabalho em rede. Da mesma forma, podemos dizer que, no final do projeto, houve um ganho para a instituição em termos de práticas testadas e relação com parceiros. Neste sentido, o trabalho realizado no decorrer do projeto veio reforçar a criação e o desenvolvimento de parcerias futuras no âmbito desta temática, nomeadamente ao nível da CMC/DIIS e Associações de Imigrantes (nomeadamente o CCMoldavo, com quem tínhamos menos relação institucional). A forma de trabalhar da Cáritas Lisboa tem sempre por base a transformação social e tende sempre a ser realizada sempre de uma forma sustentada e muito focalizada, mais do que massificada. Este projeto veio ao encontro dos seus objetivos organizacionais e foi criada uma dinâmica que permitirá a continuidade, embora em moldes ainda a definir. Assim, em termos das três atividades, é objetivo da instituição a sua continuação, disseminação/replicação e/ou adaptação a outros públicos, de uma forma mais ou menos aprofundada ou mais ou menos complexa, dependendo do tipo de parcerias e financiamento encontrados. A um nível imediato é objetivo da instituição a partilha das boas práticas com outros parceiros. Está prevista, por exemplo, uma sessão de divulgação das boas práticas do projeto a convite do ISEG. Outra Iniciativas O CLAII de Cascais durante o ano de 2013 empenhou-se em incluir a população imigrante em algumas atividades desenvolvidas pela Caritas Diocesana de Lisboa. A sua participação na vida local promoveu a interação com a comunidade autóctone, assim como promoveu a igualdade, a diversidade e a inter-geracionalidade entre os imigrantes e os residentes, já que ambas as atividades tiveram lugar no Lar da Bafureira. Esta dinâmica foi conseguida de uma forma natural, por um dos gabinetes do CLAII funcionar nesta valência. Assim, duas iniciativas foram levadas a cabo em conjunto com o Lar da Bafureira: - Participação de cidadãos imigrantes no programa de voluntariado da Cáritas Diocesana de Lisboa Na sua Missão, a Caritas encara o voluntariado como um dinamismo essencial da sociedade, um ato de cidadania ativa, uma medida de solução para problemas sociais e de promoção para a autonomia e desenvolvimento pessoal. Neste sentido, o CLAII, divulgou esta oferta de voluntariado aos cidadãos imigrantes quando estes demonstraram disponibilidade e vontade em colaborar. Três imigrantes integraram o grupo de voluntários: um cidadão guineense (que orientou as aulas de informática), uma cidadã russa (que fez companhia aos residentes e fez alguns trabalhos de manicure) e uma cidadã taiwanesa (que deu apoio aos serviços administrativos). Os dois primeiros são utentes do CLAII e foi no atendimento que se iniciou o processo de voluntariado. - Participação na iniciativa promovida pelo ACIDI, “Família do Lado” O CLAII de Cascais foi parceiro do Projeto “Família do Lado – 2013”, promovido pelo ACIDI com apoio do FEINPT. A ideia deste projeto nasceu em 2004, na República Checa, baseada no conceito de “bairros inclusivos" através da promoção de encontros entre imigrantes e autóctones com vista ao reforço das relações sociais, contribuindo assim para uma integração mais efetiva dos imigrantes e para a promoção da interculturalidade.

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Concretamente, a iniciativa base consiste em promover uma interação entre duas famílias que não se conhecem (uma imigrante e outra autóctone), em que uma delas acolhe a outra em sua casa para um almoço típico da sua cultura. Esta iniciativa decorreu no dia 24 de novembro de 2013, à mesma hora, em Portugal e em mais 3 países europeus, Espanha, Hungria e República Checa. O CLAII de Cascais promoveu a iniciativa no Lar da Bafureira, adaptando-a à realidade da valência. Assim, o almoço foi realizado no refeitório do Lar do Bafureira. As famílias imigrantes conviveram com as famílias portuguesas de alguns residentes do Lar. No almoço, participaram 11 famílias, sendo 5 famílias imigrantes (uma russa, uma guineense, uma cabo-verdiana, uma brasileira e uma taiwanesa) e 6 famílias portuguesas, num total de 29 participantes, incluindo crianças. Todas as famílias a quem foi divulgada a iniciativa, aderiram com entusiasmo. Considera-se que esta iniciativa teve resultados muito positivos pelo facto de: ter havido um convívio efetivo entre os pares de famílias e este ter sido estendido ao longo da tarde; atualmente alguns participantes continuam a manter o contato através de telefone, e-mail e mesmo visitas ao Lar; o impacto da atividade estendeu-se aos residentes do lar que não participaram nela diretamente pela oportunidade de terem uma tarde diferente e poderem conviver com os participantes. Contactos com associações de imigrantes do concelho O trabalho realizado no decorrer do projeto Âncoras veio reforçar a relação com as associações de imigrantes estabelecidas no concelho, nomeadamente com a AFAIJE e o Centro Cultural Moldavo, que foram parceiros informais no projeto. Considera-se que este trabalho conjunto com as associações de imigrantes foi positivo e poderá levar ao desenvolvimento de parcerias futuras mais sólidas, no âmbito desta temática 7.3. CLAII de Cascais - Equipa Durante 2013 desenvolveram atividade no CLAII de Cascais quatro técnicas: Helena Carvalheiro, Inês Melo e Catarina Simões (técnicas do gabinete de atendimento) e Joana Henriques (gestora do Projeto Âncoras). A Inês Melo ausentou-se desde fevereiro a junho por motivo de licença de maternidade, tendo sido substituída durante esse período pela Catarina Simões. A equipa, principalmente a Inês Melo enquadrou a Catarina Simões no serviço de atendimento do CLAII durante o mês de Janeiro, de forma a assegurar o acompanhamento dos processos em curso no CLAII. Paralelamente, beneficiou da formação promovida pelo ACIDI no CNAI de Lisboa. A Catarina Simões demonstrou uma boa adaptação e elevada capacidade de assegurar o serviço. Considera-se que teve um excelente desempenho.

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8. LOJA SOLIDÁRIA “É Dado”

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8. LOJA SOLIDÁRIA “É Dado” A Loja Solidária (LS) “É Dado” da CDL em Carnide continuou, durante o ano de 2013, a contar com o trabalho de um grupo de funcionários e de voluntários da CDL, que asseguram a abertura da Loja às 3ª e 5ª feiras de manhã e aos Sábados à tarde para distribuição de vestuário e calçado à população mais carenciada. Algumas pessoas chegam à LS encaminhadas pelas assistentes sociais do GAS da CDL, na sequência de atendimento social, outras por indicação de outros funcionários da CDL, outras ainda encaminhadas por outras instituições, ou simplesmente por terem tido conhecimento da LS. Até Abril/Maio de 2013 a LS continuou a contar com a presença de uma assistente social e de uma estagiária de 2º ano da Licenciatura em Serviço Social para realizar o atendimento social à população-utente, assegurando a presença à 3ª e/ou 5ª feira de manhã. O trabalho em armazém para receção, seleção e preparação de roupa a ser distribuída pelas Lojas Solidárias de Carnide e Ameixoeira e para responder a pedidos de outras instituições que recorrem à Cáritas a solicitar apoio em vestuário e calçado, como maternidades, hospitais e estabelecimentos prisionais, é também levado a cabo por um conjunto de funcionários e voluntários da CDL, às 4ª e 5ª feiras da parte da manhã. O quadro abaixo espelha a realidade do número de famílias atendidas na LS em 2013.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Totais

Total de

Famílias

atendidas

126 104 122 154 89 142 101 31 127 139 98 121 1354

N.º de Famílias

atendidas pela

1ª vez

37 29 44 42 29 40 17 11 21 26 39 26 361

Quadro 2 – Total de famílias atendidas e n.º de famílias atendidas pela 1ª vez na Loja Solidária e em 2013

No que respeita aos dados quantitativos do trabalho desenvolvido, entre Janeiro e Dezembro de 2013 foram atendidas 1354 famílias, das quais 361 foram atendidas na LS pela primeira vez. Significa que apenas cerca de 73% das famílias atendidas em 2013 na LS são de continuidade, ou seja, famílias que já beneficiavam deste apoio e que com maior ou menor regularidade recorrem à LS. Este número traduz-se num número bastante superior de pessoas que beneficiaram de vestuário e calçado através da LS, na medida em que a pessoa que tem processo aberto na LS pode levar roupa para todo o agregado familiar. Comparativamente a 201, foram atendidos menos 307 famílias. Face à realidade observada, este decréscimo poderá ter como causa a abertura de outras Lojas Sociais e Lojas Solidárias na zona de Lisboa e Concelhos limítrofes, tanto ao nível das Paróquias como de outras instituições de solidariedade e das próprias autarquias, com estabelecimento de parcerias entre serviços de um mesmo ou de diferentes territórios. Este fenómeno já se vem observando desde 2012, tal como referido no Relatório de Atividades da CDL do ano anterior. Todas estas Lojas diferem na sua estrutura, organização e missão e nem todas se circunscrevem ao apoio em vestuário/calçado. Algumas entregam roupa gratuitamente; outras cobram um preço simbólico; e outras só cedem artigos a pessoas referenciadas pelos técnicos que acompanham os agregados. Face a um aumento da oferta, comparativamente a 2009, 2010 e 2011, em que a Loja Solidária da Cáritas era exclusiva e uma resposta totalmente inovadora, é natural que os utentes recorram a Lojas da sua zona de residência.

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Gráfico 16 – Famílias atendidas na LS em 2013

O gráfico16 permite observar a evolução do fluxo de utentes na LS ao longo de 2013, através do número

total de atendimentos realizados e, desse conjunto, quantas famílias recorreram pela primeira vez ao serviço.

A frequência média mensal foi de 113 utentes/mês. Verifica-se, por exemplo, que os meses em que ocorreu

maior afluência correspondem aos períodos de mudança de estação, em que se mudou a coleção e, por

conseguinte, as pessoas/famílias foram à LS para obter roupa adequada à nova estação.

Tal como nos anos anteriores, volta a ser difícil apresentar outro tipo de dados quantitativos relacionados

com as pessoas que recebem apoio em vestuário e calçado na LS. Seria enriquecedor conseguir apontar-

se uma caracterização socioeconómica destas pessoas/famílias ao nível da escolaridade, ocupação ou

problemáticas em que estão envolvidas, mas continua a não existir um registo da informação.

A inserção dos dados relativos aos atendimentos na LS na respetiva Base de Dados é assegurada por uma

voluntária na sede da instituição. Contudo, não foi possível efetivar a exportação de dados por forma a

apresentar em Relatório de Atividades.

Reforça-se a perceção de que foi positiva a alteração do regulamento no sentido de definir um mínimo de

três meses para uma nova vinda à LS. Reconhece-se que algumas pessoas encaram este apoio como um

direito adquirido e, forçosamente, no dia em que cumprem o limite mínimo estipulado pelo regulamento,

apresentam-se no serviço para levantar mais roupa. Regra geral, uma pessoa adulta não precisa de roupa

nova a cada dois meses e mesmo pessoas com algum rendimento não compram roupa a cada dois meses,

nas circunstâncias sócio económicas atuais. Esta periodicidade de 3 em 3 meses poderá ainda contribuir

para que o donativo atribuído seja mais valorizado.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

126

104

122

154

89

142

101

31

127139

98

121

37 2944 42

2940

1711

2126

3926

Famílias atendidas na LS

N.º de Famílias atendidas N.º de Famílias atendidas pela 1ª vez

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De maneira geral, na LS atendem-se situações de vida muito complicadas e em verdadeira precariedade

social. Não obstante, existem alguns mecanismos, mais relacionados com a própria estrutura da Loja

Solidária, que continuam a não funcionar bem ou que, no entender da Técnica, dificultam a intervenção com

as pessoas, não promovem a emancipação dos utentes nem permitem uma repartição equitativa dos bens

disponíveis. Passa a elencar-se os seguintes aspetos:

As fichas/processos dos utentes que existem em papel estão desorganizadas, mal arquivadas,

desatualizadas e sem informação com interesse do ponto de vista técnico. Já existiu uma tentativa de

substituir as fichas iniciais e até de introduzir uma nova forma de registo da roupa entregue e não resultou.

Não resulta porque as fichas estão pouco funcionais mas, acima de tudo, porque essas fichas passam pelas

mãos de vários Voluntários e porque cada um preenche como lhe parece bem, não seguindo as orientações

estabelecidas. Com o volume de utentes que recorre à LS o registo mais viável seria o registo informático,

reduzindo o enorme volume de pastas, muito cheias e desorganizadas.

Naturalmente que a falta de uma base de dados informática na LS, onde se pudesse triar os utentes pelo

documento de identificação ou NIF, permite que ocorra a duplicação de processos, isto é, utentes que

constam em mais do que uma ficha/agregado e, com essa estratégia, conseguem contornar o serviço e

receber roupa gratuita com mais frequência do que a estipulada em regulamento. A voluntária que na sede

da instituição faz a inserção de dados tentou mitigar esta situação, detetando alguns casos através do

cruzamento de dados. Verificou-se ainda que em algumas situações os mesmo utentes apresentavam

agregados familiares distintos nas diversas vezes que recorreram à LS. Esta situação não permite assegurar

100% a fiabilidade dos dados recolhidos.

O estabelecimento de parceria com uma empresa que, através da distribuição de contentores de recolha

de roupa pela Diocese, assegura a recolha, redistribuição e reciclagem da mesma, tem resultado num

decréscimo de roupa doada diretamente à CDL. Por outro lado, a roupa que chega à CDL através desse

projeto é em número bastante mais reduzido e de qualidade bastante inferior o que dificulta o adequado

abastecimento das Lojas e uma melhor resposta aos pedidos efetuados por outras instituições.

Reflexões

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9. CANTINA SOCIAL

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9. CANTINA SOCIAL Ao abrigo do Protocolo assinado entre a Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL) e Instituto de Segurança Social (ISS), em 19 de Dezembro de 2012, que previa a criação do Programa de Emergência Alimentar, inserido na Rede Solidária de Cantinas Sociais, que permite garantir às pessoas e/ou famílias mais carenciadas, o acesso a refeições diárias gratuitas foi criada a Cantina Social, a funcionar no Lar da Bafureira, com capacidade para fornecer 20 refeições diárias. Durante o mês de Fevereiro, ficaram preenchidas todas as vagas disponíveis para apoio alimentar, continuando a surgir novos pedidos. Assim colocou-se a possibilidade de se pedir o aumento do número de refeições protocoladas. A empresa que tem a exploração da cozinha respondeu favoravelmente a este aumento, disponibilizando-se a adquirir, sem custos para a CDL, um conjunto de marmitas que facilite o acondicionamento das refeições que são consumidas no domicílio. Em junho foi autorizado, por parte do Instituto de Segurança Social, o pedido de aumento do número de refeições diárias de 20 para 30. Será de salientar que este projeto tem exigido um atendimento e acompanhamento social, prestado pela Diretora Técnica do Lar, que inicialmente não foi equacionado. Contudo, percebe-se que o contacto quotidiano com a instituição cria um nível de proximidade por parte dos beneficiários, que os leva a solicitar apoio e aconselhamento, que de outro modo teriam maior dificuldade em obter. É de referir também que este projeto tem sido muito gratificante para os profissionais que mais de perto interagem com os beneficiários deste apoio; percebe-se a ajuda efetiva que se está a conseguir oferecer, preservando sempre a dignidade da pessoa que procura o apoio; Na maior parte das vezes as pessoas chegam em situação de grande fragilidade, angústia, desespero; tem-se feito todos os esforços para que pelo acolhimento e nalguns casos pela ajuda psicológica as pessoas não se sintam tão sós e readquiram a confiança e a esperança necessárias para continuarem a tentar resolver os seus problemas. Em alguns casos foi necessário solicitar apoio material para pagamento de transportes e de medicamentos, sempre em estreita articulação com as entidades que a nível local prestam apoio social, a fim de evitar duplicações de apoios. Um dos objetivos que se tem tentado alcançar é um aumento da autoestima e consequente a autonomização dos indivíduos beneficiários deste programa. Para isso foram sendo integrados nas atividades de animação sociocultural algumas pessoas cuja ocupação anterior era na área da música e do teatro. Também se contou com o seu apoio na ida a Fátima, para a cerimónia do envio da luz; este tipo de iniciativas permite também que as pessoas se sintam uteis e integradas e que sintam que de algum modo podem retribuir a ajuda recebida; Na prossecução destes objetivos foi feito o encaminhamento de duas pessoas para o Projeto Amigo estando uma delas a trabalhar periodicamente na recolha de roupa; Foi solicitado pelo SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo a possibilidade de realização de estágios do Programa Vida Emprego no Lar da Bafureira. Os estágios são totalmente comparticipado pelo IEFP e têm a duração de 9 meses. Assim, procedeu-se à candidatura de dois beneficiários da cantina social ao Programa Vida-Emprego, um na área de ajudante de ação direta e outro na área da manutenção dos espaços, para substituição do prestador que até agora assegurava esse serviço, que tem estado doente; A colaboração na área de ajudante de ação direta é muito vantajosa pois permite aumentar o rácio de funcionárias/residentes, contribuindo para uma melhor prestação de serviço ao idoso. Foi feita uma caracterização dos agregados familiares e principais problemáticas dos beneficiários deste apoio. Até ao momento já beneficiaram deste apoio 23 agregados familiares, estando presentemente a beneficiar apenas 11 agregados correspondendo a 39 pessoas.

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De seguida apresenta-se a caracterização realizada: Variação do número de refeições servidas e pagas pelo protocolo Ao longo do ano de 2013 foram servidas 8553 refeições tendo sido pagas pela segurança social apenas 8251, existindo uma diferença de 302 refeições não pagas. Esta diferença deve-se ao compasso de espera pela alteração do acordo de 20 para 30 refeições diárias, sendo que a direção autorizou que as pessoas não ficassem à espera.

Meses n.º refeições servidas n.º refeições pagas Diferença

janeiro 147 147 0

fevereiro 437 437 0

março 609 609 0

abril 709 600 109

maio 656 620 36

junho 666 600 66

julho 745 745 0

agosto 934 930 4

setembro 773 773 0

outubro 964 930 34

novembro 964 930 34

dezembro 949 930 19

Total 8553 8251 302

Local de Refeição A resposta de cantina social prevê que o jantar seja tomado no domicílio e o almoço seja facultativo. A maior parte dos agregados leva o almoço para casa mas existem 10 agregados que habitualmente almoçam na instituição.

1013

Local da Refeição almoço

instituiçao

domicilio

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Escalão Etário A maioria das pessoas que beneficiam deste apoio tem idades entre os 50 e os 54 anos, sendo também relevante o número de pessoas no escalão etário dos 10-19, 45-49 e 55-59.

Tipologia Familiar Nesta categoria destaca-se o número de agregados unifamiliares, constituídos maioritariamente por homens sós.

Situação Económica A maioria dos agregados familiares não tem rendimentos ou tem uma pensão (sobretudo de velhice ou sobrevivência). Será de referir igualmente o número de agregados familiares que recebem Rendimento Social de Inserção.

0123456 Escalão Etário

0

5

10

15

unifamiliar alargada monoparentalfeminino

nuclear

Tipologia Familiar

0 2 4 6 8 10

sem rendimentos

sub. Desemprego

rsi

Rendimentos baixos

pensão

Situação Económica

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Origem do Problema O desemprego está na origem da maioria das situações de carência económica que beneficiam do apoio da cantina social. Porém é de salientar o peso das situações de doença e de comportamentos aditivos, que geram afastamento do mercado de trabalho e consequentemente carência económica.

Motivo da desistência Os agregados que deixaram de beneficiar do apoio da cantina social na sua maioria encontraram emprego. É relevante também o número daqueles que mudaram de residência ou em que a situação se alterou (integraram estágio profissional).

Tempo de permanência

A maioria dos agregados familiares beneficia ou beneficiou deste apoio há menos de 6 meses, tendo

também peso relativo o número de pessoas no intervalo dos 6 aos 12 meses. Percebe-se que, apesar de

se pretender uma medida temporária, a falta de emprego, os baixos rendimentos e o facto de a maioria

dos agregados ser composto por pessoas sós, sem condições de cozinhar em casa, faz prever que este

apoio se venha a prolongar no tempo.

7

10

1

6

Origem do Problema

comp. Aditivos

desemprego

Emprego Precario

doença

0

2

4

Semmotivo

encontrouemprego

Mudançade

residencia

alterataosituacao

Motivo da desistência

126

32

Tempo de permanência

< 6 meses

6 > meses > 12

12> meses > 18

> 18 meses

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10. CONTACTOS INSTITUCIONAIS/PARCERIAS

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10. CONTACTOS INSTITUCIONAIS/PARCERIAS À semelhança do ano anterior, ao longo do ano de 2012 foram realizadas reuniões com diversas entidades, algumas culminando na assinatura de protocolos de colaboração mútua. Tem sido orientação da CDL receber as entidades que lhe solicitam reuniões, percebendo de que forma se pode estabelecer uma colaboração mútua, desde que se integre no âmbito de intervenção da CDL. Parceria com a Direção Geral de Reinserção Social para integração de pessoas a cumprir pena de trabalho a favor da comunidade – esta parceria tem estado a funcionar sobretudo com a Equipa Penal Lisboa 4, da área de Cascais. Ao longo do ano foram recebidas várias pessoas no Lar da Bafureira. Comissão Local de Freguesia da Parede, da Rede Social – a CDL integrou, durante o ano de 2013, o núcleo executivo desta estrutura. Conselho Local de Acão Social de Cascais, da Rede Social – a CDL esteve presente nas reuniões realizadas ao longo do ano, desta estrutura. Como reconhecimento do trabalho da cantina social e também pelo trabalho do CLAII no Concelho de Cascais, a Cáritas Diocesana de Lisboa foi convidada para participar numa reunião sobre a possível criação de uma rede de recursos de combate à privação; Da participação nesta reunião resultaram também alguns pedidos de colaboração, ao nível da formação e da criação de grupos relacionados com a poupança e o endividamento. Plataforma Supraconcelhia da Grande Lisboa, da Rede Social – sempre que possível a Cáritas tem marcado presença nestas reuniões, assumindo o seu papel interventor ao nível da realidade supraconcelhia da Grande Lisboa. Conselho Local de Acão Social de Lisboa, da Rede Social – a CDL pertence à Rede Social deste município, participando sempre que possível, nas reuniões.; Parceria com a Loja Cuquinha, do Centro Comercial da Portela – a CDL foi contactada pela proprietária da Loja, interessada em criar uma parceria. Em troca da doação de artigos de bebé e criança as pessoas recebem um vale de desconto na loja. A CDL instalou um pequeno contentor para ficar junto à loja, onde podem ser depositados os artigos oferecidos. Através desta parceria já se receberam roupas e vários outros artigos e equipamentos de puericultura, de grande necessidade na loja “É Dado”. Parceria com o Gabinete Socius, do ISEG – realizou-se uma ação de formação para estudantes do ISEG sobre poupança e endividamento. A ideia de criar um grupo de voluntários jovens, com formação na área financeira, que deem apoio a famílias vulneráveis na área da economia doméstica e da literacia financeira não se concretizou ainda. Parceria com o Banco Farmacêutico – à semelhança de anos anteriores a CDL inscreveu-se para receber os donativos em medicamentos conseguidos pela Campanha anual do Banco Farmacêutico. Este ano a CDL disponibilizou dois voluntários para apoiarem a recolha na farmácia que nos foi destinada. Rede Europeia Anti pobreza e Observatório Social de Lisboa – a CDL é membro da Rede Europeia Anti pobreza participando nas suas reuniões de trabalho e nas suas formações. Parceria com a advogada Maria Albertina Bettencourt – mantém-se este protocolo, que tem sido de grande utilidade sobretudo para a cobrança de dívidas de mensalidades no Lar da Bafureira. Colaboração com a Fundação PT – no âmbito de uma parceria entre a Cáritas Portuguesa e esta fundação, para angariação de fundos para o projecto Prioridade às Crianças, foram organizadas duas exibições do Teatro “Não Faças aos Outros”; no Auditório do Bairro Padre Cruz na Freguesia de Carnide a exibição não teve a assistência pretendia, por falta de dinamização por parte da Junta de Freguesia de Carnide; pelo contrário no Auditório da Escola Fernando Lopes Graça, na Parede houve casa cheia e muita participação por parte do público; Esta parceria estende-se também ao voluntariado na loja É Dado.

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Parceria com o Centro Português de Serigrafia – ao longo do ano foi solicitado o apoio deste centro, através da cedência de cavaletes para a feira solidária de junho. Contacto da empresa SocialMind – esta empresa serve de intermediário entre as empresas que querem desenvolver projetos de responsabilidade social e as instituições que possam vir a beneficiar desses projetos. Estão interessados em remodelar a nossa loja social “É Dado”. Ao longo do ano realizaram-se vários contactos com este objetivo, ainda sem resultados visíveis. Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa - Foi solicitado à CDL uma reunião por parte do Presidente destes Serviços. Manifestaram interesse em formalizar um protocolo com a CDL, permitindo aos nossos colaboradores e utentes o acesso aos serviços de saúde (consultas médicas de diversas especialidades, serviço de enfermagem, cirurgia de ambulatório) que disponibilizam aos seus associados. Além disso esse protocolo permitiria a cedência do auditório, que se situa no mesmo edifício dos serviços de saúde, na Av. Afonso Costa, em Lisboa. Posteriormente realizou-se uma visita às referidas instalações e aí surgiu a ideia de se formalizar, através desta parceria, um projeto de apoio a associados dos SSCML, idosos, que vivem sozinhos ou com cuidadores também já idosos. Além disso, surgiu também a ideia de, aproveitando um edifício devoluto dos SSCML, criar apartamentos para estudantes universitários com dificuldades em suportar o custo das propinas e/ou para apoio residencial a doentes e seus acompanhantes, oriundos de países de língua oficial portuguesa que venham a Portugal realizar tratamento médico. Por parte dos SSCML há vontade de colaborar com a CDL, tendo-se inclusive disponibilizado para receber um contentor para depósito de roupa, do Projeto Amigo. Estes contactos foram sendo desenvolvidos ao longo do ano mas devido ao processo eleitoral que decorreu nesses serviços não se conseguiu chegar ainda a um acordo. A nova presidente pretende uma parceria mais estreita. Uma dos projetos a concretizar é a possibilidade de sinalização de beneficiários dos Serviços Sociais da CML em situações de graves carências que seriam encaminhados para o serviço social da Cáritas com vista ao estudo e proposta de intervenção/encaminhamento; Estes beneficiários poderiam posteriormente vir a constituir uma bolsa de recursos para, dentro das suas capacidades, poderem vir a ajudar outros; continua-se a aguardar a assinatura do protocolo para que se possa formalizar a parceria; Delegação de Lisboa da Ordem dos Advogados – À semelhança de anos anteriores, foi realizada no dia 15 de Maio o dia da consulta jurídica gratuita, que decorreu na sede da CDL. Universidade Católica – A CDL aceitou dois estágios curriculares na área do Serviço Social. São sempre uma boa oportunidade de aprendizagem quer para as alunas quer para os técnicos que orientam o estágio, pelo que se considera que deverá ser uma prática a manter; INFARMED - Tem vindo a ser desenvolvidos contactos para que haja autorização para a aquisição direta de medicamentos, por parte da Cáritas Diocesana de Lisboa. Neste momento o processo foi entregue aguardando-se o parecer daquela entidade; O maior obstáculo é a inexistência de um farmacêutico responsável. Delegação Sul da Ordem dos Farmacêuticos - A Cáritas Diocesana de Lisboa foi contactada por esta delegação que pretende vir a desenvolver ações de voluntariado na CDL; A CDL apresentou uma proposta de colaboração, quer ao nível da gestão dos stocks dos medicamentos no Lar da Bafureira quer ao nível de ações de sensibilização que possam vir a ser realizadas com os diversos utentes da Cáritas, na área da utilização correta do medicamento e de outros hábitos promotores de saúde. Foi assinado o protocolo de cooperação, em meados do ano. Ordem dos Psicólogos Portugueses - Foi assinado um protocolo que permite a realização de estágios para entrada na ordem, nos diversos serviços da Cáritas Diocesana de Lisboa. Millennium BCP – Esta parceria tem-se traduzido na cedência do espaço onde funciona o armazém de roupas. Em meados de 2013 foi necessário desocupar esse espaço mas foi cedido outro. Além desse apoio a CDL recebeu um donativo de livros escolares usados. Estes livros foram distribuídos a agregados que deles necessitem e também para bancos de livros de algumas escolas que deles precisavam.

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House Trip – Esta empresa contactou a CDL pois pretendia, na altura do Natal, realizar uma ação de voluntariado. Foi proposta a colaboração na decoração do Lar da Bafureira com motivos natalícios, o que foi aceite. A ação decorreu no dia 6 de Dezembro; Banco Popular – Numa parceria com a Cáritas Portuguesa diversas agências deste banco angariaram bens alimentares que foram entregues à CDL.

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11. OUTROS PROJECTOS

11.1 Certificação da Qualidade

11.2 Semana da Fé do Patriarcado de Lisboa

11.3 Feiras Solidárias

11.4 Apoio e Aconselhamento Psicológico

11.5 Outras Iniciativas

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11. OUTROS PROJECTOS 11.1 Certificação da Qualidade Iniciaram-se em Janeiro os trabalhos com vista a obtenção da certificação da qualidade das valências de Lar, Creche e Atendimento Social. Contudo, em Março o processo de Certificação da Qualidade parou, por incumprimento da empresa contratada, em relação às sessões quinzenais de acompanhamento. Os pagamentos mensais foram suspensos e posteriormente foi feita a denúncia do contrato com a empresa IZone, que estava responsável pelo processo. Foi contactada a segunda empresa que tinha apresentado melhor oferta – Sacramento Campos, que elaborou uma nova proposta, face ao trabalho já iniciado. Em Dezembro iniciaram os trabalhos com a empresa Sacramento Campos no âmbito da gestão da qualidade. 11.2 Semana da Fé do Patriarcado de Lisboa A Cáritas Diocesana de Lisboa apoiou a organização da exposição sobre a fé na ajuda fraterna aos irmãos, promovida pelo Patriarcado de Lisboa e que decorreu na semana de 26 de Maio a 2 de Junho. Teve um painel representativo da sua ação. 11.3 Feiras Solidárias Com o objetivo de angariação de fundos para o Projeto igreja Solidária foi realizada a 22 de Junho uma Feira Solidária, no jardim do Lar da Bafureira. Estiveram à venda livros, roupas, velharias, azulejos pintados à mão e serigrafias, artigos esses que tinham sido oferecidos à Caritas Diocesana de Lisboa. Houve também uma banca com artigos de uma das associações de imigrantes do Concelho de Cascais. O Coro do Centro de Convívio da Associação Amadeu Duarte, dos Bombeiros Voluntários da Parede, animaram a tarde com os seus cantos e um dos residentes do Lar declamou uns versos. Foi realizada uma Feira de Natal, com venda de serigrafias, livros e bijuteria, nos dias 7 e 8 de Dezembro, na sede. Pretendia-se assinalar a campanha Cáritas Porta Aberta, integrada numa campanha internacional de combate à fome e as verbas angariadas reverteram para o fundo “Cáritas Apoia Filipinas”; Contou-se com a colaboração de diversos voluntários e colocou-se à venda peças realizadas por pessoas desempregadas, tendo a receita dessas vendas revertido diretamente para os próprios. Esta será uma prática a replicar em futuras vendas. 11.4 Apoio e Aconselhamento Psicológico Ao celebrar o protocolo com a ordem dos psicólogos foi possível passar a contar com o apoio da estagiária, que está a fazer há cerca de um ano voluntariado no Lar da Bafureira. Pretendia-se que pudesse dar apoio psicológico aos residentes do Lar mas também a outros utentes do Atendimento Social e da Cantina Social da Cáritas Diocesana de Lisboa e até se necessários a funcionários e a familiares de residentes do lar e utentes da creche. A perceção que se tem é que a grave situação económica em que se encontram muitas famílias que procuram a Cáritas, mesmo ao nível das valências de Lar e de Creche, torna necessária uma oferta deste tipo de serviço, para que as pessoas não se sintam tão sós e readquiram a confiança e a esperança necessárias para continuarem a tentar resolver os seus problemas. As consultas iniciaram-se em finais de Agosto, e foram encaminhadas pessoas atendidas no CLAII, beneficiários da Cantina Social e residentes no Lar; Mais tarde começaram também a ser acompanhadas pessoas sinalizadas pelo Gabinete de Acão Social e funcionários da CDL. O acompanhamento individual é realizado tendo por base a abordagem cognitivo-comportamental, pois dispõe do mais variado leque de técnicas destinadas à correção de crenças e pensamentos disfuncionais. São sete os pacientes que beneficiam de apoio psicológico no Lar da Bafureira, na Parede e sete pacientes que se deslocam à Sede da Cáritas Diocesana de Lisboa. Uma das áreas em que se pretende intervir é sobre a questão do desemprego. Em Portugal, uma das consequências mais graves da crise que assola o país é o desemprego, flagelo que, tem em conta não

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apenas a dimensão numérica dos atingidos por ele, mas também os novos contornos que apresenta, no que toca aos estratos sociais, as qualificações académicas e profissionais e aos níveis etários dos atuais desempregados. Dinamizar e apoiar é um novo mecanismo de ajuda e apoio aos desempregados. O funcionamento dos grupos de entreajuda, nomeadamente, no caso dos Grupos de Interajuda Social (GIAS), tem como objetivo reunir um conjunto de pessoas atingidas por um mesmo drama, neste caso particular a situação de desemprego, que se juntam para darem a conhecer entre si a partilha de experiências de vida, perdas e medos, competências e boas ideias, com o intuito de tentar superar as dificuldades associadas à situação de inatividade temporária e desemprego, com a finalidade de reencontrarem um caminho de esperança. Desta forma, contribui para a animação e procura de soluções que minimizem as dificuldades sociais das famílias, nomeadamente ao nível da sua integração no mercado de trabalho. Nesta perspetiva a implementação e dinamização de grupos GIAS tem como princípio estratégico: a promoção da dignidade da pessoa; apoio à pessoa em idade ativa, em situação de desemprego ou em inatividade por circunstâncias de adversidade pessoal e social; promoção da dignidade e valorização e o combate ao anonimato e à vergonha das pessoas em processo de exclusão social. Objetivos gerais: Garantir a manutenção e as competências da vida ativa da população desempregada; promover a capacidade de desenvolvimento de programas de prevenção. Objetivos específicos: Desenvolver atividades que satisfaçam as necessidades psicológicas básicas, competência, autonomia, relacionamento e formar voluntários nas estratégias de estrutura, suporte, autonomia e envolvimento (Deci & Ryan, 2002). Neste apoio comunitário será utilizado também a psicoeducação, com o intuito de estimular os recursos de responsabilidade social. A aplicação será semanal (projeto piloto oito semanas) e as atividades são: em grupo com 6 pessoas desempregadas que semanalmente (durante1hora) partilham as suas experiências de vida. 11.5 Outras Iniciativas A Cáritas Diocesana de Lisboa resolveu aderir à Campanha Nacional para a Igualdade, celebrado no dia 24 de Outubro. Nesse dia foram recolhidos testemunhos junto de colaboradores e utentes dos serviços da CDL, sobre as dificuldades sentidas na conciliação entre trabalho e família; Os testemunhos foram depois compilados e divulgados no site da CDL, como contributo para assinalar este dia. Recebemos a visita do Sr. Patriarca de Lisboa à Caritas D. Lisboa, no passado dia 3 de Dezembro. Começou por visitar a sede, onde conversou com os colaboradores e elementos da Direção e onde foi feita uma apresentação das diversas valências e serviços da CDL. Depois visitou a loja e a creche e por fim o Lar, onde almoçou. Foi uma visita muito agradável, tendo sido notório o interesse em saber mais das atividades desenvolvidas;

Site – Manteve-se ativo e atualizado, com o apoio fundamental de uma voluntária, responsável pela colocação dos conteúdos.

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12. FORMAÇÃO INTERNA E PROMOÇÃO DE COLABORADORES

12. FORMAÇÃO INTERNA E PROMOÇÃO DE COLABORADORES

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Formações 2013

NOME DO FUNCIONÁRIO/A

AÇÃO DATA HORAS

Ana Catarina Calado

Novos colaboradores Caritas Port

12 Janeiro 7h

Pós Graduação Gestão Org. Sociais

Fev a Maio 105h

Sem. Univ. Católica 19 Março 3h

Jornadas Serv. Social 19 Abril 6h

III Módulo + Próximo 04 Maio 6h

Workshop intv.interinstitucional c/ pessoas idosas

03 Junho 6h

Seg. Soc. Act S. Util 17 Julho 3h

Prev. Comb. Incêndios 04 Outubro 4h

Sup. Básico Vida 17 Outubro 4h

IV Módulo + Próximo 19 Outubro 6h

Riscos de Inc e Emerg 31 Outubro 4h

Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Dulce Pereira Riscos de Inc e Emerg 31 Outubro 4h

Rosa Pucarinho Riscos de Inc e Emerg 31 Outubro 4h


Maria Ziza Silva Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Mª Natália Novo Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Elvira Leão Sup. Básico Vida 17 Outubro 4h


Mª Luz Cunha Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Teresa Pugliese Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

MªConceição Gonçalves Riscos de Inc e Emerg 31 Outubro 4h


Cidália Rachado Sup. Básico Vida 17 Outubro 4h


Mª Carmo Barreira Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Mª Isaltina Cunha Riscos de Inc e Emerg 31 Outubro 4h


Cacilda Ferreira Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Ana Paula Amaral Riscos de Inc e Emerg 31 Outubro 4h


Berenice Mendes Riscos de Inc e Emerg 31 Outubro 4h

Isabel Dinis




Carmem Meira Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Julieta Querido Prevenção e 1º Soc Out-Dez 50h


Paula Pereira Sup. Básico Vida 17 Outubro 4h

Ilda Cardoso Prevenção e 1º Soc Out-Dez 50h


Maria Tudor Sup. Básico Vida 17 Outubro 4h


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100

Mª Isabel Sebastião Certf Qualidade 10 Dezembro 4h

Patrícia Vilarinho




Cesaltina Conceição




NOME DO FUNCIONARIO/A

AÇÃO DATA N. HORAS

Helena Carvalheiro -Ação de Sensibilização sobre o “Asilo e Refugiados”- ACIDI

29/Janeiro 4H

Conferência Internacional “Família e Psicologia”- Instituto de Ciências da Família - Faculdade de Ciências Humanas (UCP)

10/11 Maio 12H

Formação Nova Lei da Imigração- CNAI Lisboa

15 Maio 4H

Ação de Formação “Confidencialidade e Proteção de Dados Pessoais nas ONG”- SER+, Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida

16 Maio 7H

Encontro “Serviço Social Internacional no contexto dos movimentos migratórios” - Associação Portuguesa para o Serviço Social Internacional

6 Junho 6,5H

Ação de Formação e Sessão de Esclarecimento sobre a Base de Dados Web para registo de novos pedidos de apoio no âmbito do Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração (PRV) – OIM

21 Junho 5,5H

Formação sobre “Avaliação e Monotorização de Projetos”- CNAI Lisboa

18 Outubro 4H

Ação de Formação: “Investimento na Saúde Mental dos Imigrantes” ”- CNAI Lisboa

18 Outubro 4H

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101

Sessão de Informação: “Benefícios Sociais” – ISS e CMC

19 Novembro 4H

Encontro Anual da Rede CLAII - ACIDI/GTCLAII

5/6 Dezembro 12H

Catarina Simões Formação Observação Gabinete de Apoio Jurídico – CNAI

27 Fevereiro 7H

Formação Observação Gabinete de Reagrupamento Familiar - CNAI

6 Março 7H

Formação Observação Gabinete de Saúde – CNAI Lisboa

3 Abril 7H

Formação Observação Gabinete de Educação - CNAI Lisboa

10 Abril 7H

Formação Nova Lei da Imigração- CNAI Lisboa

15 Maio 4H

Inês Melo Formação sobre “Avaliação e Monotorização de Projetos”- CNAI Lisboa

18 Outubro 4H

Ação de Formação: “Investimento na Saúde Mental dos Imigrantes” ”- CNAI Lisboa

18 Outubro 4H

Sessão de Informação: “Benefícios Sociais” – ISS e CMC

19 Novembro 4H

Encontro Anual da Rede CLAII - ACIDI/GTCLAII

5/6 Dezembro 12H

Joana Henriques Formação Novos Colaboradores Cáritas

Janeiro 10H

Gestão de Organizações Sociais , AESE

Fevereiro a Maio 105H

Sessão de Esclarecimentos sobre Procedimentos financeiros no âmbito do FEINPT, ACIDI

Outubro 4H

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102

ANEXOS

OUTRAS ACTIVIDADES GAS

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103

OUTRAS ACTIVIDADES GAS - ANEXO 1

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104

Data Assunto/Tema Actividade Local AS

10-01-2013 Ciber Bulling Sessão de Teatro, em parceria com a PT,

sobre o Bulling e Ciber Bulling Centro Cultural de

Carnide, Lisboa Ana

Isabel

11 e 12-01-2013

Formação de Agentes Cáritas

Integração e formação inicial de Dirigentes e Colaboradores da Cáritas

Casa Sr.ª das Dores, Fátima

Ana Isabel

22-01-2013 Novos Pobres Cedência de entrevista para o Jornal da

Família Sede da Cáritas

Diocesana de Lisboa Ana

Isabel

26-01-2013 Acão Social na

Paróquia

Dinamização de acção de formação (módulo I), no âmbito do programa "+

Próximo", para a Vigararia de Sintra

Centro Paroquial de Rio de Mouro, Sintra

Ana Isabel

29-01-2013 Dinamização das

Paróquias Visita domiciliária em conjunto com a

responsável pelo grupo sócio-caritativo Paróquia de Fátima,

Lisboa Ana

Isabel

31-01-2013 Primeiros Socorros,


Encerramento de curso no âmbito do POPH

Centro Paroquial da Ventosa, Alenquer

Ana Isabel


Paróquia

Dinamização de acção de formação (módulo I), no âmbito do programa "+

Próximo" para os Vicentinos da Cascais e Oeiras


Ana Isabel

21-02-2013 Semana Cáritas Cedência de entrevista para a RTP, no contexto da valência - Loja Solidária

Loja Solidária "É Dado" em Carnide

Ana Isabel

27-02-2013 Projeto Igreja

Solidária Reunião para balanço do Projeto IS

durante o ano de 2012 Centro Social e

Paroquial da Serafina Ana

Isabel

4, 5, 11 e 12-Mar-2013

Gestão de Casos como Estratégia

Colaborativa com Clientes muito

Vulneráveis

Participação em ação de formação de da EAPN, com duração de 24 horas

Biblioteca Municipal de Setúbal

Ana Isabel

18-03-2013 Trabalho em Rede Reunião de trabalho na Fundação Aga

Khan Centro Ismaelli

Ana Isabel

04-04-2013 Lançamento do

Projeto "Responding Together"

Encontro com as Plataformas Supraconcelhias da grande Lisboa

Hotel VIP Executive (Lisboa)

Inês Pereira

08-04-2013 Programação do Plano de Acção

Regional 2014-2020

Reunião do CCDR de Lisboa e Vale do Tejo - (Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional)

Auditório da CCDR (Lisboa)

Ana Isabel

08-04-2013

Auditoria aos cursos de Serviços Social da

Universidade Católica Portuguesa

Reunião com a Comissão de Avaliação Externa aos diferentes cursos de Serviço

Social da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa

UCP Sala Brasil

Ana Isabel;

Inês Pereira



Sessão de boas-vindas na abertura de formação modular de 50h, no âmbito do

POPH

Centro Paroquial de Sacavém

Ana Isabel;

Inês Pereira

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105

16-04-2013

Apresentação do documento

preliminar Lisboa-Europa 2020

Sessão de apresentação e auscultação dos parceiros sociais da cidade de Lisboa do documento estratégico Lisboa-Europa 2020 sobre a coesão social, inclusão social

e combate à pobreza

Serviços Sociais da CML - Olaias, Lisboa

Inês Pereira

18-04-2013 Visita domiciliária Averiguação e avaliação técnica de situação-problema, no domicílio da

utente

Calhariz de Benfica, Lisboa

Ana Isabel;

Inês Pereira

20-04-2013 Pastoral

Penitenciária

Participação na reunião da Coordenação Nacional da Pastoral Penitenciária, para

dignificação e promoção desta área

Hotel de St.º Amaro, Fátima

Ana Isabel

22-04-2013 Animação,

aproximação às Paróquias

Reunião com a responsável da ação sócio caritativa na Paróquia de Fátima, para

estreitamento de relação entre a CDL e o Grupo Sócio Caritativo

Paróquia de Fátima, Lisboa

Ana Isabel;

Inês Pereira

26-04-2013 Assembleia Geral da

FITI

Aprovação do Relatório de Atividades e Contas do exercício 2012 e Eleição dos

Corpos Sociais para o triénio

Centro Paroquial da Serafina, Lisboa

Ana Isabel

02-05-2013

Acão de recolha de roupa "porta-a-

porta" irá decorrer, no âmbito do Projeto

Amigo da Cáritas.

Reunião com a responsável do Grupo Sócio Caritativo da Paróquia de Alfragide para definição dos moldes em que a ação

irá decorrer

Paróquia de Alfragide, Amadora

Ana Isabel

04-05-2013 Atendimento de

Proximidade Lançamento do III Módulo no âmbito do

Projeto "+ Próximo" Casa N.ª Sr.ª das

Dores, Fátima

Ana Isabel;

Inês Pereira;

Ana Catarina

16-05-2013

Divulgação do Projeto Amigo, do

Projeto Igreja Solidária e da oferta

formativa Cáritas

Presença na reunião da Vigararia de Alcobaça para divulgação e

esclarecimento de projetos e atividades Cáritas

Igreja da Vestiaria, Alcobaça

Ana Isabel

21-05-2013



formativa Cáritas

Presença na reunião das Vigararias Lisboa III e Loures para divulgação e


Seminário da Luz e Paróquia de Caneças

Ana Isabel

21-05-2013 Formação Literacia

Financeira

Sessão de boas-vindas e participação na Formação da DECO em parceria com a

CDL

Centro de Solidariedade e

Cultura de Peniche

Inês Pereira

23 e 24-05-2013

Luta contra a pobreza

Working Seminar "For equal and social Europe" promovido pela Alliances to Fight Poverty e pela EAPN Portugal

Hotel, Lisboa Inês

Pereira

24-05-2013 CLAS de Lisboa Reunião CLAS de Lisboa Sala de extrações

SCML Inês

Pereira

03-06-2013 As mulheres idosas

também têm direitos Reunião co o Movimento Democrático de

Mulheres Sede da Cáritas

Diocesana de Lisboa Ana

Isabel;

_________________________________________________________________________________

106

Inês Pereira

03-06-2013 A fé atua pela

caridade rumo à esperança

Inauguração da exposição integrada no Ano da Fé, sobre a ação sócio caritativa

da Diocese de Lisboa

Centro Comercial Fonte Nova, Lisboa

Ana Isabel;

Inês Pereira

07-06-2013 Medicação para

pessoas carenciadas

Reunião no Infarmed, com vista à obtenção de autorização para aquisição

direta de medicamentos com venda suspensa que não podendo ser

comercializados pelas Farmácias, ainda estão dentro do período de validade.

Parque de Saúde de Lisboa

Ana Isabel

11-06-2013



formativa Cáritas

Presença na reunião da Vigararia de Lisboa II para divulgação e


Paróquia do Beato Ana

Isabel

14-06-2013



formativa Cáritas

Presença na reunião da Vigararia de Torres Vedras para divulgação e


Centro de Espiritualidade Diocesana no

Turcifal

Ana Isabel

15-06-2013 Pastoral

Penitenciaria

Participação na reunião da Coordenação Nacional da Pastoral Penitenciária, para

dignificação e promoção desta área

Hotel de St.º Amaro, Fátima

Ana Isabel




POPH

Centro de Formação Profissional CENFIM,

Lisboa

Ana Isabel;

Inês Pereira

19-062013 Formajuda -

Formações do POPH

Reunião com a Formajuda para clarificação de papéis, na dinâmica de

organização das formações ministradas pela Formajuda, no domínio do POPH

Sede da Cáritas Diocesana de Lisboa

Ana Isabel;

Inês Pereira

20-06-2013

Proposta do Grupo de Trabalho das

Crianças e Jovens da Comissão Social de

Freguesia de S. Domingos de Benfica

Encontro "Crescer com Valor" para pais e técnicos das instituições de apoio à 1ª e 2ª infância da Freguesia de S. Domingos de

Benfica

Centro Social Paroquial de S.

Domingos de Benfica

Inês Pereira

21-06-2013



formativa Cáritas

Presença na reunião da Vigararia de Caldas da Rainha para divulgação e


Paróquia de A-dos-Francos

Ana Isabel

26-06-2013 Pastoral

Penitenciaria

Reunião com o grupo da área social, para definição e apresentação de propostas

concreta para esta área, no contexto da Pastoral Penitenciária

Parque das Nações Ana

Isabel

24, 26 e 27-06-2013

Técnicas de Negociação de

Harvard

Participação em curso de formação certificado, promovido pelo Instituto de

Colégio Salesianos, Lisboa

Ana Isabel;

_________________________________________________________________________________

107

Mediação e Arbitragem de Portugal, com a duração de 12h

Inês Pereira

01-07-2013 Donativo de Géneros

Alimentares

Recolha de donativo, atribuído pela Central Sindical UGT à Cáritas Diocesana

de Lisboa


Lisboa

Ana Isabel;

Inês Pereira

06-07-2013 Atendimento de

Proximidade

Dinamização de ação de formação (módulo III), no âmbito do programa "+ Próximo", para a Vigararia de Alcobaça

Centro Paroquial da Benedita

Ana Isabel

09-07-2013 Comissão Social de

Freguesia de Carnide 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Acão

Social da CSF Carnide Junta de Freguesia

de Carnide Inês

Pereira



Encerramento de curso no âmbito do POPH


Lisboa

Ana Isabel

10-07-2013

Divulgação do Projeto Amigo e do

Projeto Igreja Solidária

Reunião com o Departamento de Acão Social da Câmara Municipal de Lisboa

Lisboa Ana

Isabel

11-07-2013 Visita domiciliária Averiguação e avaliação técnica de situação-problema, no domicílio do

utente/família Alvalade, Lisboa

Ana Isabel;

Inês Pereira

23-07-2013 Apresentação da

Plataforma "Rede de Competências"

Sessão pública de apresentação da "Rede de Competências" da Cáritas Portuguesa

Lisboa Inês

Pereira



Reunião com o responsável da Cáritas Paroquial de Agualva-Cacém, para

estreitamento de relação entre a CDL e o Grupo Sócio Caritativo

Agualva-Cacém, Sintra

Ana Isabel;

Inês Pereira

4, 5, 6 e 7-09-2013

"Well Fare State" e "Europe 2020"

Ida a Bruxelas, para apresentação de livro sobre o Estado Bem-Estar e para

discussão do Relatório anual, das Cáritas Nacionais, sobre a conjuntura social de

cada País

Sede da Cáritas Europa, Bruxelas

Ana Isabel


Paróquia Formação +Próximo Silveira

Silveira, Torres Vedras

Inês Pereira

10, 11 e 12-09-2013

Testemunhar a Caridade no Ano da

Fé Participação na Pastoral Social/2013

Centro Pastoral Paulo VI, Fátima

Ana Isabel;

Inês Pereira

03-10-2013

Economia da Partilha:

Oportunidades e desafios

Sessão de abertura do Greenfest 2013 em parceria com a SCML - Participação em conferências e workshops sobre temas

sociais e com presença de instituições do 3º sector

Centro de Congressos do

Estoril

Inês Pereira



Reunião com o Pároco de Alcobaça e com Voluntárias da Paróquia para se

pensar/delinear uma atividade de dinamização da Paróquia


Ana Isabel;

Inês Pereira

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108

19-10-2013 Doutrina Social da

Igreja Sessão de apresentação do IV Módulo do

+ Próximo Fátima

Inês Pereira;

Ana Catarina

22-10-2013

Consciência Intercultural -

Interculturalidade no contexto de

atendimento social - preconceitos

Participação na sessão de formação do Projeto Âncoras , sessão (4h) com vários parceiros do Concelho de Cascais, sobre Boas Práticas de Acolhimento e Apoio a

Pessoas Imigrantes

Centro Social Paroquial São

Domingos de Rana

Inês Pereira

25-10-2013 A vulnerabilidade

como lugar teológico IV Jornada de Teologia Prática - Instituto Universitário de Ciências Religiosas - UCP

UCP, Lisboa Inês

Pereira

29-10-2013 Consciência Intercultural

No âmbito do Projeto Âncoras, sessão (4h) com vários parceiros do Concelho de

Cascais, sobre Boas Práticas de Acolhimento e Apoio a Pessoas

Imigrantes

Centro Paroquial São Domingos de Rana

Ana Isabel

02-11-2013 O Serviço da

Caridade na Vida da Igreja

Sessão de Formação a catequistas Paróquia de S.

Domingos de Benfica Inês

Pereira

04-11-2013 Protocolo BES Saúde

Reunião de parceiros que colaboram com o BES Saúde, para reflexão conjunta e

delineação de estratégias para resolução de situações de carência de alguns

trabalhadores

Hospital da Luz

Ana Isabel;

Inês Pereira

05-11-2013 Cuidado de Pessoa

Idosa em Lar e Centro de Dia


POPH

Centro Paroquial do Livramento, Mafra

Ana Isabel

07-11-2013 Inclusion Reunião com a Cáritas Portuguesa, no

âmbito do Programa Inclusion, para análise de casos práticos

Sede da Cáritas Portuguesa

Ana Isabel

18-11-2013 Consciência Intercultural

No âmbito do Projeto Âncoras, sessão (4h) com vários parceiros do Concelho de

Cascais, sobre Boas Práticas de Acolhimento e Apoio a Pessoas

Imigrantes


Ana Isabel

21-11-2013 Eclesiologia

Formação +Próximo para Técnicos do Centro Social Paroquial e da Santa Casa

da Misercórdia de Sobral de Monte Agraço

Paróquia de Sobral de Monte Agraço

Inês Pereira

22-11-2013 Campanha 10

Milhões de Estrelas

Lançamento do livro "Esperar Jesus com Maria" da Cáritas Portuguesa, da autoria

de Maria Teresa Maia Gonzalez FNAC CC Colombo

Inês Pereira

23-11-2013 Eclesiologia Formação +Próximo para Conferências Vicentinas das Vigararias de Cascais e

Oeiras Paróquia do Estoril

Inês Pereira

26-11-2013 Psicologia do Idoso Sessão de boas-vindas na abertura de

formação modular de 50h, no âmbito do POPH

Centro Paroquial da Ventosa, Alenquer

Ana Isabel

_________________________________________________________________________________

109

6 e 7-12-2013

Animação, aproximação às

Paróquias

Dinamização de intervenção no contexto Paroquial e Comunitário de Alcobaça, com vista à constituição de um Grupo

Paroquial de Acão Social (Cáritas Paroquial)

Mosteiro de Alcobaça

Ana Isabel;

Inês Pereira

11-12-2013 Certificação da

Qualidade ISO 9001

Reunião para se dar início ao processo de certificação do serviço GAS (Gabinete de

Acão Social)


Ana Isabel;

Inês Pereira

18-12-2013 Cabazes de Natal

BES

Acão de recolha dos Cabazes de Natal BES, resultantes de uma campanha de

solidariedade interna, entre os colaboradores do Banco

Sede do BES, Lisboa Ana

Isabel

_________________________________________________________________________________

110

ANEXO 2

Donativos VivaFit EntreAjuda

Vales Pingo Doce

em fim de

validade

UGT

St. Mary's

Summer Fest

ShadowSEC Lta.

Compra CDL BES

11-02-2013 25-02-2013

28-06-2013

01-07-2013

02-07-2013

11-07-2013 09-08-2013

18-12-2013

Açúcar 13 42

Arroz 93 1 42

Azeite 1 20 1 42

Bacalhau 42

Batata Frita

Bolacha água e sal 168 Kg 8 2

63 Bolacha maria /

torrada 59 20 32

Bolacha recheio 1 840 L 4 4

Bolo

Bombons 1

Broas de Natal 42

Cereais 2 10 280 Kg 12 8 7

Chocolates 80

Chouriça de Carne 1 1 65

Chupas 4

Cogumelos 16 15

Conservas Atum/Sardinha

18 46 4 3 30 84

Creme de Barbear 3 8

Desodorizante 1 4

Doce/Geleia/Compota

1 42

Ervilhas 13 15

Escova de Dentes 660 Kg 11 32 8

Esparguete 82 4 50

Farinha 16 100 Kg 4 42

Feijão Cozido Grande

5 29 160 Kg 5 1 42

Feijão Cozido Pequeno

9 300 Kg 3 8

Feijão seco 5 7

Flocos cereais 9 10 6 1 10

Fraldas 13/40

uni

Gomas

Grão Cozido Grande

3 20 1 42

_________________________________________________________________________________

111

Grão Cozido Pequena

3

Grão seco 6 2

Leite 160 36

Leite Mini para Bebé

29 paletes/456 uni

Massa 58 63

Milho 3 5 15

Óleo 10

Ovos 7 4 10

embalagens/60 uni

Pão de forma/tostas

Papa de Fruta 5 240

embalagens/960 uni

Papa em Boião 5 69 paletes/414

Boiões

Papa Láctea 54

Pasta Dentífrica 6

Paté

Pevide 6

Presunto 45

Queijo 42

Rebuçados 1

Refrigerantes 2 6

Sabonete 10

Sal

Salsichas 13 26 42

Sobremesas / Gelatina

15 5

Sopa Confecionada

Sortido

Toalhitas de Bebé 14

Vinagre

_________________________________________________________________________________

112

Donativo A.N.A

Produtos Validade Quant. Peso/Capac. Totais

Açúcar ilimitada 12 1 12 Kg

Arroz 2015 56 1 56 Kg

Azeite 2014 13 0,75 9,75 Lt

Azeite 2014 2 3 6 Lt

Bolacha maria / torrada 9 0,5 4,5 Kg

Bolacha maria / torrada 8 0,3 2,4 Kg

Cereais 2014 16 0,375 6 Kg

Cereais 2014 14 0,75 10,5 Kg

Doce/Geleia/Compota 2015 4 0,4 1,6 Kg

Farinha 2014 7 1 7 Kg

Feijão seco 2015 22 0,5 11 Kg

Feijão seco 2015 0 1 0 Kg

Grão seco 2015 10 0,5 5 Kg

Grão seco 2015 0 1 0 Kg

Leite 2014 70 1 70 Lt

Óleo 2014 10 1 10 Lt

Óleo 2014 1 3 3 Lt

Polpa Tomate 2014 2 0,5 1 Kg

Polpa Tomate 2014 6 0,2 1,2 Kg

Massa

Esparguete 2015 53 0,5 26,5 Kg

Outras 2015 49 0,5 24,5 Kg

Enlatados

Atum / Sardinhas 2015 149 0,12 17,88 Kg

Atum / Sardinhas 2015 0 0,25 0 Kg

Cogumelos 2015 4 0,3 1,2 Kg

Ervilhas 2015 12 0,3 3,6 Kg

Feijão Cozido Grande 2015 30 0,8 24 Kg

Feijão Cozido Pequeno 2015 25 0,3 7,5 Kg

Grão Cozido Grande 2015 8 0,8 6,4 Kg

Grão Cozido Pequena 2015 11 0,3 3,3 Kg

Milho 2015 2 0,35 0,7 Kg

Salsichas 2015 24 0,35 8,4 Kg

Salsichas 2015 2 0,5 1 Kg

Leite Condensado 2015 3 0,35 1,05 Kg

Fruta Enlatada 2015 3 0,8 2,4 Kg

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