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Encontro Anual daAssociação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação

Salvador, 04 a 07 de junho de 2013

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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOJulio Pinto, PresidenteItania Maria Mota Gomes, Vice-PresidenteInês Vitorino, Secretária-Geral

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIADora Leal Rosa, ReitoraLuís Rogério Bastos Leal, Vice-Reitor

FACULDADE DE COMUNICAÇÃOGiovandro Marcus Ferreira, DiretorMaurício Tavares, Vice-DiretorEdson Dalmonte, Coordenador do PósCom

22º ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS

COORDENAÇÃO GERALEdson Dalmonte

COORDENAÇÃO EXECUTIVAFábio FerreiraGiovandro Marcus FerreiraJorge Cardoso FilhoLia SeixasMalu FontesMaria Carmem Jacob de SouzaSuzana Barbosa

IDENTIDADE VISUAL E DIAGRAMAÇÃORodrigo Cunha

PRODUÇÃO EXECUTIVAAllysson Viana; Camilo Aggio; Carolina Garcia; Clarissa Amaral; Clarissa Viana; Dilvan Azevedo; Elva Valle; Felippe Thomaz; Iêda Tourinho; Inara Rosas; Isabel Villela; Ivanise Hilbig de Andrade; João Pedro Pitombo; João Senna Teixeira; Juliana Teixeira; Júnia Ortiz; Maíra Portela; Maria Ísis; Maria Paula Almada; Mariana Guedes; Mônica Paz; Neuma Dantas; Paulo Victor Sousa; Rafael Carvalho; Renata Cerqueira; Rodrigo Cunha; Rodrigo Lessa; Samuel Barros; Talyta Singer; Tatiana Maria Dourado; Thais Miranda; Thiago Emanoel; Thiago Falcão; Valéria Vilas Bôas; Vitor Braga; Vitor Torres; Wladmir Lima, Yuri Almeida.

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// mensagem de boas vindas

Este 22º Encontro Nacional da Compós, que acontece em Salvador, mostra uma Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação

em Comunicação muito diferente daquela que aqui esteve em 1993, há exatos 20 anos. Nesse longo percurso de troca cientí�ca e pro�ssional,

os programas que agora compõem nossa Associação deram mostras de maturidade e contínuo trabalho sério, que foram fortalecidos com a

criação de inúmeros cursos novos e com a intensa diversi�cação regional.

Como os colegas verão, a programação dos GTs e as demais atividades do Encontro constituem prova cabal de que nossa área está consolidada na sua produção de conhecimento e na interinseminação entre as várias posturas cientí�cas dentro dela, dado o valor que empresta à percepção

de que a Comunicação é amplamente capaz de abrigar, não apenas as clivagens pro�ssionais, mas, e principalmente, aquilo que as une na

pesquisa e nos propósitos comuns.

Por isso, damo-lhes nossas boas vindas com o desejo de que esta oportunidade de intercâmbio de ideias lhes seja profícua.

JULIO PINTO Presidente da COMPÓS

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// sumárioProgramação Geral

Programação por GTs

Comunicação e Cibercultura

Comunicação e Cidadania

Comunicação e Cultura

Comunicação e Experiência Estética

Comunicação e Política

Comunicação e Sociabilidade

Comunicação em Contextos Organizacionais

Cultura das Mídias

Epistemologia da Comunicação

Estudos de Jornalismo

Estudos de Televisão

Estudos de Cinema, Fotografia e Audiovisual

Imagem e Imaginários Midiáticos

Práticas Intercionais e Linguagens na Comunicação

Recepção: Processos de Interpretação, Uso e Consumo Midiáticos

Lançamento de Livros

09

13

19

25

31

37

43

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85

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97

103

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programação geral

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04.06(ter)

7h-18h Credenciamento Saguão do Hotel Vila Galé (Ondina)

9h-12h 14h-17h

Seminário Internacional “Estudos Culturais no Tempo Futuro” Prof. Dr. Lawrence Grossberg University of North Carolina (EUA)

Auditório Hotel Vila Galé (Ondina)

19h30 Abertura Oficial da Compós Entrega do Prêmio Compós de Melhores Teses e Dissertações 2013

Apresentação musical

Coquetel de boas-vindas

Teatro Castro Alves (Campo Grande)

05.06(qua)

7h Credenciamento Saguão da Faculdade de Comunicação

manhã9h-12h

tarde14h-18h

Reunião dos Grupos de TrabalhoComunicação e Cibercultura

Comunicação e Cidadania

Comunicação e Cultura

Comunicação e Experiência Estética

Comunicação e Política

Comunicação e Sociabilidade

Comunicação em Contextos Organizacionais

Cultura das Mídias

Epistemologia da Comunicação

Estudos de Jornalismo

Estudos de Televisão

Estudos de Cinema, Fotografia e Audiovisual

Imagem e Imaginários Midiáticos

Práticas Interacionais e Linguagens na Comunicação

Recepção: Processos de Interpretação, Uso e Consumo Midiáticos

Sala 1

Sala 2

Sala 3

Sala 4

Sala 5

Sala 6

Sala 7

Sala 8

Sala 9

Sala 10

Sala 11

Sala 12

Sala 13

Sala 14

Sala 15

18h Lançamento de Livros Sessão de autógrafos

Saguão da Faculdade de Comunicação

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// programação geral do evento

06.06(qui)

manhã9h-12h

tarde14h-18h

Reunião dos Grupos de TrabalhoComunicação e Cibercultura

Comunicação e Cidadania

Comunicação e Cultura

Comunicação e Experiência Estética

Comunicação e Política

Comunicação e Sociabilidade

Comunicação em Contextos Organizacionais

Cultura das Mídias

Epistemologia da Comunicação

Estudos de Jornalismo

Estudos de Televisão

Estudos de Cinema, Fotografia e Audiovisual

Imagem e Imaginários Midiáticos

Práticas Interacionais e Linguagens na Comunicação

Recepção: Processos de Interpretação, Uso e Consumo Midiáticos

Sala 1

Sala 2

Sala 3

Sala 4

Sala 5

Sala 6

Sala 7

Sala 8

Sala 9

Sala 10

Sala 11

Sala 12

Sala 13

Sala 14

Sala 15

22h Festa de Encerramento Portela Café (Rio Vermelho)

07.06(sex)

10h-12h Reunião de avaliação dos Coordenadores de GTs Reunião de avaliação entre a diretoria da COMPÓS, coordenadores e vice-coordenadores dos Grupos de Trabalho e participantes do XXII Encontro.

Auditório Hotel Vila Galé (Ondina)

14h-18h Reunião do Conselho da Compós Eleição da nova diretoria para o biênio 2013/2015 e avaliação e encerramento do XXII Encontro.

Auditório Hotel Vila Galé (Ondina)

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programação por GTs

Comunicação e Cibercultura

COORDENAÇÃO • ERICK FELINTO, UERJVICE-COORDENAÇÃO • JUREMIR MACHADO, PUCRS

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT COMUNICAÇÃO E CIBERCULTURASALA 1 • 9h-12h

“Música e mídia locativa: apropriação do lugar através de conexões musicais geolocalizadas” — Diego BrotasResumo: A partir do surgimento de novos dispositivos eletrônicos e de redes infocomunicacionais sem �o, eclode dentro dos estudos da cibercultura um novo foco de pesquisa, as mídias locativas. A partir delas, o estudo da comunicação se volta mais uma vez para as interações em espaços urbanos. A partir do uso das mídias locativas, há a caracterização de uma distinta forma comunicativa de apropriação do lugar, baseada em uma interdependência entre o contexto (lugares), sujeito e mídia. Este artigo propõe a análise de estudos que relacionam as mídias locativas com a elaboração de novos tipos de interações espaciais relacionadas à música, em mobilidade, baseadas em geolocalização.Relatora: Alessandra Maia

“Aproximações com o conceito de apropriação: uma associação com as imagens de celebridades no blog ‘Te Dou um Dado?’” — Camila Cornutti Barbosa e Susan LiesenbergResumo: O presente artigo propõe apresentar uma discussão sobre o conceito de apropriação a partir de relações com distintos campos do conhecimento, como as Artes Visuais, a Filoso�a da Linguagem e a Comunicação. Blogs e sites de rede social têm sido apontados como ambientes propícios para fazer emergir novos conteúdos e imagens apropriadas de outros contextos. Assim, em um segundo momento, busca-se criar uma categorização de tipos de apropriações relacionadas às imagens de celebridades veiculadas no blog de humor “Te Dou Um Dado?”, procurando evidenciar a importância de se pensar sobre a apropriação também no contexto de artefatos digitais amplamente difundidos na rede.Relator: Diego Brotas

» GT COMUNICAÇÃO E CIBERCULTURASALA 1 • 14h-18h

“Paratextos, programas de ação” — �iago FalcãoResumo: Este artigo tem como intuito discutir o modo através do qual os elementos relativos – ainda que externos – a uma mídia incidem sobre sua

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15experiência. Na década de 1980, Gérard Genette escreveu um tratado a partir do modo como títulos e prefácios enquadravam a experiência textual. Estes paratextos foram apropriados por Mia Consalvo para discutir conteúdo apropriado a partir dos jogos eletrônicos. Nossa questão, portanto, recai sobre a relação entre video games e seus paratextos: consistem estes em meros adendos à experiência – panos de fundo, intermediários – ou serão eles capazes de agenciar comportamentos, mediar relações, sugerir o rumo das ações tomadas em um mundo cuja própria existência depende destas, para fazer sentido?Relatora: Suely Fragoso

“Imersão em realidades �ccionais” — João Carlos Massarolo e Dario MesquitaResumo: Este artigo discute as estratégias de imersão utilizadas para a construção de mundos de histórias nas múltiplas plataformas de mídia, levando em consideração as abordagens teóricas que denotem sua natureza lúdica, assim como os aspectos da imersão sensorial, cognitiva e emocional. Neste contexto, as experiências que relacionam atividades cotidianas e a vivência de mundos �ccionais, envolvem os jogadores em ações interativas e colaborativas pelas zonas imersivas em que se desenvolvem os mundos de histórias.Relator: �iago Falcão

“Imersão em games: da suspensão de descrença à encenação de crença” — Suely FragosoResumo: O texto revisa os signi�cados associados a ‘suspensão de descrença’ na literatura, no cinema e na televisão, apontando dois eixos problemáticos: a associação entre a imersão e o dualismo corpo/mente e o mito da audiência ingênua, incapaz de distinguir entre a representação e a realidade. Objeções ao uso das ideias de imersão e suspensão de descrença em games sugerem que a expressão ‘encenação de crença’ retrata melhor a relação entre jogadores e jogos. Essa ideia é discutida em termos das implicações da interatividade e da interação social para a imersão em games, contemplando: a) os efeitos da agência sobre o desenvolvimento do jogo; b) a mediação das interfaces de hardware e so�ware e c) a permeabilidade entre os espaços físicos e os espaços de jogo. Conclui-se que a diversidade das relações entre jogadores e games desa�a as classi�cações que diferenciam as mídias de forma rígida e excludente, bem como abordagens centradas exclusivamente em con�gurações técnicas. Relator: João Carlos Massarolo

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT COMUNICAÇÃO E CIBERCULTURASALA 1 • 9h-12h

“Notas sobre a pirataria de games no Brasil: inclusão (digital) dos pobres e games como fomentadores de resistência” — José MessiasResumo: O objetivo deste trabalho não é advogar sobre a pirataria sob um ponto de vista ético. Embora se reconheça a relevância deste debate, nossa análise se focará nas questões cognitivas e de produção de subjetividade ligadas às práticas piratas da cultura gamer. Defende-se que as subjetividades envolvidas na pirataria de games põem em movimento redes de sociabilidade, processos de autoformação e tutoria, manipulação de dispositivos técnicos complexos, além do estímulo a produção criativa e livre. Espera-se expor melhor esse cenário por meio de uma breve análise da comunidade “Brazukas” dentro da rede social Orkut.Relatora: Liliane da Costa Nascimento

“Quanti�ed Selves: contar, monitorar e conhecer a si mesmo através dos números” — Liliane da Costa Nascimento e Fernanda BrunoResumo: Este trabalho investiga, através dos métodos da teoria ator-rede, as práticas de objetivação de si presentes nas técnicas de auto-monitoramento empregadas pelos Quanti�ed Selves, um grupo de indivíduos que busca promover melhorias em suas vidas através do registro de indicadores quantitativos e qualitativos sobre seu comportamento e personalidade. Iniciaremos descrevendo este movimento e focalizando as suas formas de medição e registro. Em seguida, passaremos a uma breve apresentação das formas de análise e registro de si nos estoicos. Por �m, cotejaremos as formas de auto-monitoramento contemporâneas com estas modalidades históricas da escrita de si, buscando circunscrever suas especi�cidades em relação aos processos subjetivos que promovem.Relatora: Susan Liesenberg

“O julgamento do mensalão e as redes sociais de interpretação: pistas para uma hermenêutica da comunicação e cultura midiática compartilhada ” — Claudio Cardoso de PaivaResumo: Na sociedade midiatizada a experiência política não desapareceu; trans�gurou-se. O fenômeno da internet e das redes sociais forjaram uma nova ambiência comunicacional em que os atores-em-rede, e-leitores, a partir de

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17uma cognição coletiva conectada articulam novos agenciamentos ético-políticos, virando do avesso a concepção e a própria atividade política. Este texto apresenta elementos para uma compreensão das notícias acerca do chamado “julgamento do mensalão”, em que as relações entre mídia e poder se mostram em toda sua complexidade. Observamos a sua projeção no contexto do ciberespaço, um ambiente que pulsa permanentemente, num presente contínuo, agregando diferentes linguagens e sensibilidades, e cuja forma e sentido solicitam novos parâmetros de interpretação. Neste sentido propomos algumas pistas para um exercício de interpretação, uma hermenêutica da comunicação compartilhada, que possa desvelar o signi�cado do “julgamento do mensalão” nas redes sociais.Relatores: Henrique Antoun e Fábio Malini

» GT COMUNICAÇÃO E CIBERCULTURASALA 1 • 14h-18h

“A materialidade do jogar no Kinect: o terror ganha outras proporções” — Alessandra MaiaResumo: O presente estudo busca evocar momentos de intensidade por meio da descrição das a�ordances (GIBSON, 1986) e sensorialidade (REGIS, 2008) observadas no jogo eletrônico “Rise of Nightmares” (2011). Acredita-se que o game de “horror de sobrevivência” – controlado através dos movimentos corporais lidos pelo acessório Kinect, do Xbox 360 – permite que a sensação de medo e tensão seja mais intensa que a vivenciada em produtos de outros meios. A hipótese é de que seja por causa da imersão proporcionada pela jogabilidade que o acessório engendra.Relator: José Messias

“Mobilização nas redes sociais: a narratividade do #15M e a democracia na cibercultura” — Henrique Antoun e Fábio MaliniResumo: O trabalho pensa três momentos do desenvolvimento da Internet correlacionados com três diferentes tipos de apropriação e luta empreendidas pela multidão através da rede. Deste modo a multidão e a Internet giram em torno dos hackers que iluminam o sentido da comunicação distribuída ao privilegiar as biolutas. Os hackers inventam o ciberespaço, desenvolvem a cibercultura e mobilizam a multidão. A comunicação distribuída em rede interativa é o lugar onde as populações lutam por sua autonomia contra as leis e regulações imperiais.Relator: Claudio Cardoso de Paiva

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programação por GTs

Comunicação e Cidadania

COORDENAÇÃO • CICILIA PERUZZO, UMESPVICE-COORDENAÇÃO • ALEXANDRE BARBALHO, UFC

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT COMUNICAÇÃO E CIDADANIASALA 2 • 9h-12h

“Buen vivir e a crítica ao desenvolvimento: reposicionando a comunicação e a cidadania no pensamento latino-americano” — Denise Cogo, Catarina Teresa Farias de Oliveira e Daniel Barsi Lopes Resumo: Esse artigo discute os princípios do Buen Vivir como uma perspectiva pós-capitalista de renovação crítica da ideia de desenvolvimento e de deslocamento da noção de comunicação para o desenvolvimento e de comunicação para a mudança social. Com base em pesquisa teórica e documental, a discussão proposta situa as possibilidades de articulação da perspectiva do Buen Vivir com a comunicação cidadã, no contexto do pensamento comunicacional latino-americano, a partir da revitalização de uma perspectiva de comunicação relacionada aos processos culturais. Relator: Adilson Vaz Cabral Filho

“Comunicação comunitária nos BRICS: comunidade gerativa e comunidade de afeto como propostas conceituais” — Raquel Paiva, Leonardo Custódio e João Paulo MalerbaResumo: O objetivo deste trabalho é propor o uso dos conceitos de “comunidade gerativa” e “comunidade de afeto” para estudos comparativos de comunicação comunitária em contextos sociais distintos. A partir do olhar sobre os países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), identi�camos como abordagens à comunicação comunitária em estudos comparativos recentes são tipicamente burocráticas e não permitem análises empíricas aprofundadas sobre o tema. Em seguida, de�nimos “comunidade gerativa” e “comunidade de afeto.” Por �m, apresentamos exemplos brasileiros para demonstrar como estes conceitos podem gerar estudos amplos sobre motivações, práticas e consequências das ações comunicacionais contra-hegemônicas de atores da sociedade civil. Relator: Rozinaldo Antonio Miani

» GT COMUNICAÇÃO E CIDADANIASALA 2 • 14h-18h

“Cidadania e vigilância participativa: a divulgação da identidade de foragidos do sistema prisional no Facebook” — Aldenor da Silva Pimentel e Tiago Mainieri

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21Resumo: Este trabalho tem por objetivo discutir o conceito de comunicação pública a partir do estudo da divulgação da identidade de foragidos do sistema penitenciário pelo per�l no facebook da Divisão de Segurança e Captura do Departamento do Sistema Penitenciário da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania de Roraima. Para tanto, foi realizada a Análise do Discurso dos posts do referido per�l, de 19 de agosto de 2011 até 23 de junho de 2012, assim como os respectivos comentários dos internautas. Além disso, foi também aplicado questionário com o responsável pela atualização do per�l na rede social. Desse modo, questiona-se se temos, a partir dessa experiência, uma comunicação pública verdadeiramente calcada no exercício da cidadania.Relatores: Alexandre Barbalho e Alicianne Gonçalves de Oliveira

“Comunidade alto-falante: a escuta da rádio de poste, os sons do comércio vida cotidiana em um bairro popular de Salvador” — Andrea Meyer MedradoResumo: O objetivo deste artigo é investigar as maneiras pelas quais os moradores do Pau da Lima, um bairro de Salvador, utilizam as rádios comunitárias em seu dia-a-dia. O foco é na comunidade e não nas emissoras, no ouvinte e não no produtor de rádio. O ponto de partida é o reconhecimento de que pouca atenção tem sido dedicada à dimensão da escuta de rádio comunitária. Este artigo integra o campo da cultura auditiva aos estudos de mídia comunitária, utilizando-se de conceitos como o da “paisagem sonora” (SCHAFER, 1994). Assim, a rádio comunitária passa a ser entendida como parte integrante de um conjunto de ritmos. É possível concluir que se faz necessária uma descoberta das funções das rádios comunitárias de maneira orgânica, passo a passo, ao invés de estabelecê-las a priori. Estas ideias são desenvolvidas aqui a partir de um estudo etnográ�co da escuta da rádio de poste no Pau da Lima, identi�cada pelos ouvintes como a mais autêntica expressão de rádio comunitária no bairro. Relator: Juciano de Sousa Lacerda

“Comunicação e mobilização: o movimento “Não Foi Acidente” e a campanha em torno de um problema público no Brasil” — Maria Terezinha da SilvaResumo: O presente trabalho analisa a emergência e as ações do Movimento “Não Foi Acidente” (NFA), que desenvolve uma campanha de coleta de assinaturas para apresentar, ao Congresso Nacional, um projeto de lei de iniciativa popular visando modi�car o Código de Trânsito Brasileiro. Partindo da abordagem de acontecimento em Quéré (1997; 2005) e de problema público em Gus�eld (2009), descrevemos e analisamos: a) a forma como surge o movimento NFA; b) como se apropria de diferentes mídias para potencializar uma ação coletiva em torno de um problema público; c) como seus apoiadores de�nem a situação-problema do álcool ao volante, quais valores sociais são

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT COMUNICAÇÃO E CIDADANIASALA 2 • 9h-12h

“Lógicas, práticas e vivências de cidadania em telecentros e lan houses na Região Metropolitana de Natal-RN” — Juciano de Sousa LacerdaResumo: Trata-se de resultado de pesquisa que investiga as lógicas, práticas e vivências de cidadania cultural em telecentros e lan houses da Região Metropolitana de Natal (RN). Nosso objetivo foi mapear as condições tecnológicas em multimídia de telecentros e lan houses da região e identi�car a existência de produções digitais local e comunitária, tendo em vista caracterizar nessas ações algum tipo de agência cidadã ou contra-hegemônica de comunicação. Os resultados apontam para uma presença tímida de desses agenciamentos.Relatores: Raquel Paiva, Leonardo Custódio e João Paulo Malerba

“A construção de uma nova postura política no sindicalismo brasileiro: o sindicato cidadão nas páginas da imprensa sindical” — Rozinaldo Antonio MianiResumo: A última década do século XX foi decisiva para a história do movimento sindical brasileiro. Após um período de intensa atuação política numa perspectiva classista e comprometida com os interesses históricos da classe trabalhadora, sob a égide do “novo sindicalismo”, os sindicatos foram abandonando sua prática combativa que combinava a articulação das lutas econômicas com a luta política de construção de uma nova hegemonia por parte da classe trabalhadora. Em contrapartida, emergia um discurso e práticas voltados para a conquista de direitos estritamente corporativos e de cidadania, que con�guraram o que �cou denominado como “sindicalismo cidadão”. Essa nova postura política foi enaltecida pelos principais dirigentes do movimento sindical à época e veiculada e legitimada na imprensa sindical. Com este artigo, pretendemos veri�car como a implantação do sindicalismo cidadão

mobilizados e que soluções são propostas. A análise apoiou-se sobre um corpus constituído por matérias jornalísticas veiculadas em mídias eletrônicas e digitais, além de comentários postados por internautas no blog do NFA e em seu per�l no Facebook. Relator: Edgard Rebouças

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23foi abordada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nas suas respectivas produções comunicativas.Relatores: Denise Cogo, Catarina Teresa Farias de Oliveira e Daniel Barsi Lopes

“SEPPIR.GOV.BR: uma comunicação militante” — Alicianne Gonçalves de Oliveira e Alexandre Barbalho Resumo: O presente artigo analisa as narrativas que a comunicação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), ligada à Presidência da República, coloca à disposição da esfera pública brasileira quando o tema é a questão racial no país. Através do site da secretaria, procura-se compreender que agendas e agentes são contemplados e priorizados nas narrativas veiculadas pelo órgão, principalmente aqueles ligados à história e às estratégias de luta do movimento negro. Para tanto, é feita uma análise qualitativa das informações disponibilizadas no site em 2011, apoiada nas análises sócio-histórica e discursiva dessas informações, além de entrevista com a responsável pela comunicação da secretaria. Relatores: Tiago Mainieri e Aldenor da Silva Pimentel

» GT COMUNICAÇÃO E CIDADANIASALA 2 • 14h-18h

“Políticas de comunicação comunitária na transição para a TV digital na Espanha e no Brasil” — Adilson Vaz Cabral Filho Resumo: Este artigo é oriundo de uma pesquisa de pós-doutorado realizada de agosto de 2012 a janeiro de 2013, �nanciada pela CAPES / MEC / Brasil, na Universidade Carlos III de Madrid, sob o N. de processo 955311-8. Trata de uma análise comparativa entre as políticas de comunicação comunitária de Espanha e Brasil no que tange às iniciativas comunitárias em TV, considerando os momentos diferentes da transição para a digitalização da transmissão de TV; que contam com estrutura e participação diferentes nas organizações constitutivas das iniciativas de comunicação comunitária e que têm governos diferentes e complexos no que diz respeito à proximidade com as questões deste setor. A pesquisa se pauta na análise bibliográ�ca e documental, com base nas leis e nas formas da participação das iniciativas de comunicação comunitária nos diferentes países, propondo de�nir um quadro conceitual de análise para a participação das iniciativas de comunicação comunitária no processo regulatório e tecnológico.Relatora: Maria Terezinha da Silva

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24“A participação social na regulação da mídia no Canadá: lições para o Brasil?” — Edgard RebouçasResumo: Este estudo analisa como o Canadá vivencia desde os anos 1910 situações semelhantes às que ocorrem atualmente no Brasil em torno de temas ligados às comunicações. Por entender que o locus ideal para o debate sobre políticas públicas são audiências públicas, foi escolhido como corpus as Comissões Reais sobre o setor das indústrias culturais e midiáticas – jornais, livros revistas, rádio, televisão e cinema. Foram acessadas fontes primárias no Arquivo Público do Canadá, bem como fontes secundárias em textos cientí�cos. Como proposição de pesquisa, parte-se do princípio de que o modelo canadense de audiências públicas com a participação ampla de atores sociais poderia ser aplicado no Brasil, tendo em vista as semelhanças do sistema midiático, as dimensões continentais e a diversidade cultural encontrada nos dois países. As conclusões conduzem para uma crise de participação da sociedade nos debates sobre esses temas, uma omissão do Estado e um forte lobby dos grupos empresariais.Relatora: Andrea Meyer Medrado

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programação por GTs

Comunicação e Cultura

COORDENAÇÃO • IRENE MACHADO, USPVICE-COORDENAÇÃO • SUZANA KILPP, UNISINOS

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» GT COMUNICAÇÃO E CULTURASALA 3 • 9h-12h

“Meios misturados: paradigmas para a re�exão sobre comunicação e cultura” — Márcio Souza Gonçalves e Ericson Saint ClairResumo: Investigam-se as relações entre meios de comunicação e cultura a partir da crítica a um determinado modo de con�gurar tais relações nomeado como “epocalismo”. Observa-se a precariedade desse modelo de pensamento com o auxílio de três ramos de exemplos apresentados por autores diferentes e referentes a períodos históricos distintos: a convivência colaborativa de oralidade, manuscritos e impressos na Inglaterra do século XVII apontada por McKenzie; a interpenetração do oral e do escrito no Brasil dos anos 1800 e 1900 indicada por Marialva Barbosa; e as marcas da oralidade na pontuação produzidas no romance do século XIX demonstradas por Parkes. Em seguida, rascunha-se uma proposta de revisão da nossa herança de uma narrativa histórica teleológica, com a sugestão de uma rede�nição das relações macro e micro a partir de uma ênfase especial nos aspectos microscópicos e criativos da cultura. Relatores: Roberto Tietzmann e Miriam de Souza Rossini

“Falsidade e fabulação em imagens contemporâneas de Arraes e Gondry” — Sonia Montaño e Suzana Kilpp Resumo: O artigo pensa o estado-vídeo em um lugar de passagem: as plataformas de compartilhamento on-line. Propõe o “audiovisual contemporâneo” como imagem virtual e dialética que emerge da sobreposição de vídeos, interfaces, usos e ambientes em um mesmo espaço-tempo, e como expressão de uma metamídia que devora as anteriores, descontextualizando-os e estabelecendo outras vizinhanças aos vídeos. São analisadas algumas operações do so�ware e da interface em vídeos de Guel Arraes e Michel Gondry, com ênfase na potência do falso e da fabulação no tensionamento ético e estético do “realismo” da “�cção” e da “verdade”.Relatora: Mônica Rebecca Ferrari Nunes

» GT COMUNICAÇÃO E CULTURASALA 3 • 14h-18h

“Sociedade biotecnológica de mercado: subjetividade contemporânea e autoajuda” — Ieda Tucherman e Cecília C.B. Cavalcanti

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27Resumo: Este artigo pretende analisar o sujeito empreendedor de si ou capital humano na sociedade de mercado determinada pelo processo de preci�cação da vida, pressupondo ainda, que vivemos um século que denominamos de biotécnico. Nossa premissa é de que há uma valorização da retórica da autoajuda com o surgimento de campeões de venda de livros neste campo e um aumento considerado das matérias jornalísticas, além da contaminação desta retórica em outras editorias de midias informativas. Neste caso, analisando a Revista Veja, através do seu Acervo Digital, veri�camos a presença da linguagem de autoajuda, principlamente nas editorias de Saúde, Economia e Comportamento e, na década de 2000, identi�camos o surgimento da �gura do líder-coach, com dois per�s que nomeamos como o aconselhador e o treinador.Relatores: Mauricio Ribeiro da Silva e Norval Baitello Junior

“Figuras do mal no �lme biográ�co brasileiro” — Cristiane Freitas GutfreindResumo: Esse texto tem por objetivo analisar o mal de maneira subjetiva através da representação que o cinema realiza da história. A partir do conceito de �gura (Lyotard e Dubois) a imagem é pensada pela sua ontologia e pelo sensível. A �gura, em sua derivação �gurativa, autoriza o cinema a ver o “real” de outra maneira, permite exorcizar o mal e atualiza a história. A análise dos �lmes biográ�cos de �cção sobre a ditadura militar brasileira, especi�camente, Zuzu Angel (Sérgio Resende, 2006), legitimam as escolhas estéticas dessa forma de representação atrelada a posições políticas culturalmente determinadas, impondo ao espectador uma atividade crítica de desconstrução da história.Relator: Allysson Viana Martins

“Diante do corpo de Di Cavalcanti: devorar e delirar nas fronteiras da imagem” — Érico Oliveira de Araújo LimaResumo: Este artigo aborda o pensamento glauberiano a partir da perspectiva da devoração. A discussão articula a estética do sonho proposta por Glauber Rocha a uma abordagem antropofágica no âmbito das sensibilidades, em um diálogo com o movimento modernista brasileiro. Os processos tradutores são pensados no próprio campo das imagens, num movimento desencadeado, sobretudo, pelo �lme Di Cavalcanti (1977), em que Glauber Rocha inventa um ritual próprio para relacionar-se com o amigo morto. No encontro fílmico, a deriva de sentidos se constitui em zona de fronteira e de limite, no que se traça uma composição com os conceitos de Lotman e Trías. A empreitada do realizador também é vista como experimentação do risco e do abismo, fenômenos discutidos em articulação com o pensamento de Flusser.Relatoras: Sonia Montaño e Suzana Kilpp

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» GT COMUNICAÇÃO E CULTURASALA 3 • 9h-12h

“De volta ao passado nos dez anos de 11/9: tessitura da memória em uma nova ecologia das mídias” — Allysson Viana MartinsResumo: A utilização da memória como recurso produtivo na tessitura do (web)jornalismo é analisada neste artigo através das publicações sobre o decenário do 11/9 nos sites dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, �e Guardian e �e New York Times. O engajamento para uma utilização e�ciente e e�caz da memória na internet deveria tornar-se saliente nessas publicações jornalísticas graças a alguns fatores, como: a con�guração da memória em uma nova ecologia, a comemoração/celebração de um acontecimento como o 11/9 e a posição privilegiada do assunto nos jornais por meio de especiais e páginas próprias. Partimos da hipótese de que os usos mais avançados da memória ocorreriam nessa con�uência. Observamos que a sua utilização se tornou comum na produção jornalística, embora, muitas vezes, isso ocorra de modo automático, algorítmico, pouco e�ciente ou inovador.Relatora: Sheila Schvarzman

“A emergência da cena cosplay nas culturas juvenis” — Mônica Rebecca Ferrari Nunes Resumo: Este trabalho integra a Pesquisa Comunicação, Consumo e Memória: Cosplay e Culturas Juvenis, com apoio do CNPq (Chamada MCTI/CNPq/MEC/CAPES N. 18/2012 – Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas) em desenvolvimento junto ao PPGCOM-ESPM. Com base na teoria semiótica da cultura de Tártu-Moscou, nas teorias sobre cultura juvenil e consumo, este paper apresenta a con�guração da cena cosplay e analisa aspectos da semiosfera na emergência desta cena - considerando-a igualmente como prática cultural, de signi�cação e sociabilidade em que jovens se vestem e atuam como personagens de narrativas midiáticas. O artigo traz os resultados parciais da pesquisa de campo realizada no Anime Dreams 2013 e aqueles obtidos em 2012 (primeira fase da pesquisa, sem fomento) referentes às relações cosplayer-cosplay investigando como os fãs habitam as memórias das narrativas e personagens que originaram o cosplay.Relator: Érico Oliveira de Araújo Lima

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29“Vínculos hipnógenos e vínculos culturais nos ambientes da cultura e da comunicação humana” — Mauricio Ribeiro da Silva e Norval Baitello JuniorResumo: Este trabalho trata da questão dos vínculos comunicacionais, buscando estabelecer diferenciações e similaridades em sua caracterização quando relacionados a ambientes ligados ao enredamento simbólico da cultura em contraste com o processo de iconofagia (Baitello Jr.), ocorrido no âmbito do consumo das chamadas imagens técnicas próprio da Mediosfera, conforme descrita por Contrera. Neste contexto, caracterizam-se duas tipologias: vínculos culturais e vínculos hipnógenos como formas essenciais que trazem em seu bojo a semente comum da experiência corporal (espacial) sob a qual se assenta todo o processo de vinculação e, portanto, de comunicação humana.Relatoras: Ieda Tucherman e Cecília C.B. Cavalcanti

» GT COMUNICAÇÃO E CULTURASALA 3 • 14h-18h

“Israel: nova história e cinema pós sionista” — Sheila SchvarzmanResumo: O presente artigo trata de um movimento cultural e político que busca através da revisão sobre a história da criação do país, repor questões centrais como a relação e o reconhecimento dos palestinos, assim como a responsabilidade pelo seu exílio/expulsão. Dever de memória, dever de reconhecimento no qual o cinema israelense tem se engajado com força e para o qual o documentarista Eyal Sivan propõe constituir um arquivo de depoimentos dos perpetradores. Não só das vítimas palestinas, mas também os israelenses combatentes, os perpetradores, questionando assim, inclusive, as formas do documentário.Relatora: Cristiane Freitas Gutfreind

“O registro da experiência no audiovisual de acontecimento contemporâneo” — Roberto Tietzmann e Miriam de Souza RossiniResumo: Neste artigo exploramos um conceito emergente e perceptível entre vários produtos audiovisuais contemporâneos: a formação e a legitimação de uma estética especí�ca para retratar acontecimentos do cotidiano. Temos percebido um conjunto de características estéticas partilhadas por produtos audiovisuais exibidos na televisão, no cinema, em canais de transmissão audiovisuais na internet e também em jogos digitais. A partir da noção de acontecimento, exploraremos as características desta estética, marcada pela brevidade; reposicionamento do registro imediato e do denotativo; presença de uma estrutura mínima de ação e de resolução; possibilidade de consumo individual ou por categorias e um caráter modular que facilita a reprodução, a imitação e o pastiche. Relatores: Márcio Souza Gonçalves e Ericson Saint Clair

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programação por GTs

Comunicação e Experiência Estética

COORDENAÇÃO • CARLOS MENDONÇA, UFMGVICE-COORDENAÇÃO • JEDER JANOTTI JR., UFPE

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» GT COMUNICAÇÃO E EXPERIÊNCIA ESTÉTICASALA 4 • 9h-12h

“A perfomatividade da experiência estética: modulações rítmicas e tensivas da sensibilidade” — José Benjamim Picado e Jônathas Miranda de AraújoResumo: Pretende-se aqui examinar aspectos da experiência estética que implicam sua necessária performatividade, especialmente da parte do apreciador de obras ou produtos de nosso campo de estudos: neste sentido, nos interessa avaliar como a leitura ou a fruição sensível de textos, sons ou imagens implica nas modulações especí�cas nas quais as paixões e a sensibilidade da recepção são empregadas, sobretudo com respeito às capacidades somáticas desta performatividade. De momento, nos interessa examinar a questão do ritmo da apreciação, como elemento nucleador de experiências estéticas, sobretudo naquilo que nos permite avaliar a produção das tensões próprias ao regime passional da leitura e do engajamento sensorial no universo das obras. Relator: Laan Mendes de Barros

“Estética, técnica e jogo: relações entre o lúdico e a arte fotográ�ca” — Letícia PeraniResumo: Este presente trabalho tem o objetivo de construir relações entre a análise crítica da arte fotográ�ca e as qualidades da categoria do lúdico, a partir de um breve histórico da ideia de jogo, que nos permite pensar em um conceito mais ampliado para este termo, focando principalmente nas questões de Friedrich von Schiller sobre lúdico e estética. Assim, podemos traçar duas possíveis presenças do instinto de jogo no ato de fotografar: a ação lúdica da memória (modos de produção fotográ�ca) e a ação lúdica do pensamento (modos de fruição da fotogra�a).Relatores: José Benjamim Picado e Jônathas Miranda de Araújo

» GT COMUNICAÇÃO E EXPERIÊNCIA ESTÉTICASALA 4 • 14h-18h

“Afetos pictóricos ou em direção a transeunte de Eryk Rocha” — Denilson Lopes SilvaResumo: Este ensaio se propõe a introduzir o ponto de partida de meu próximo projeto de pesquisa Afetos Pictóricos. Para tanto apresentarei o que tem sido chamado de virada afetiva, o conceito de afeto que uso e como afeto pode ser

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33encenado. Talvez isto abra uma perspectiva distinta de entender vários �lmes feitos por uma nova geração de diretores conhecido como Cinema Pós-Industrial (MIGLIORIN, 2012a), Cinema de Garagem (IKEDA e LIMA, 2011 e 2012) ou Novíssimo Cinema Brasileiro. Pretendo fazer uma leitura que articule a experiência do leitor e as imagens bem como cinema e pintura na procura de uma encenação de afetos. No �m, analisarei Transeunte (2010) de Eryk Rocha através da encenação do caminhar como gesto, o rosto e o espaço. Relator: �iago Soares

“Vidas lazer: a experiência da percepção no ser-tempo” — Raquel do Monte e SilvaResumo: O presente artigo pretende compreender através o �lme Viajo porque preciso, volto porque te amo (2010) como a percepção, a existência e os corpos se colocam no processo de construção de um mundo sensível amparado pela temporalidade. Para tanto, lançamos mão de uma re�exão acerca da �loso�a do movimento e do corpo partindo do pensamento de Henri Bergson e problematizando-o frente ao olhar da fenomenologia. No trajeto, vamos encontrando, através do contato com o �lme, dados que possibilitam a aproximação do conceito de vida lazer, projeto existencial central que cruza a vida dos personagens.Relator: Denilson Lopes Silva

“A poesia do cotidiano na crônica de Clarice Lispector: experiência estética em “A Descoberta do Mundo” — Vivian Resende JatobáResumo: A crônica de Clarice Lispector reunida em “A Descoberta do mundo” traz a manifestação poética do cotidiano. Essa experiência estética parte de acontecimentos rotineiros que são ressigni�cados na crônica e passam a compor uma coletânea em que se percebe a presença da sensibilidade no retrato da realidade. Dessa maneira, este trabalho pretende abordar a possibilidade de usar a crônica como modo de retratar, com olhar poético, os acontecimentos mais banais de nossa vida diária, sendo a obra de Clarice Lispector o nosso ponto de partida para perceber que pequenas epifanias podem ser inspiradas por nossa rotina. Relatores: Jorge Cardoso Filho e Dilvan Azevedo

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» GT COMUNICAÇÃO E EXPERIÊNCIA ESTÉTICASALA 4 • 9h-12h

“Experiência estética na cultura midiatizada: hibridações entre música e história em quadrinhos” — Laan Mendes de BarrosResumo: Re�exões sobre experiência estética na cultura midiatizada contemporânea. O objeto estético e a percepção estética em um contexto de hibridações culturais e interculturalidades, de hibridações tecnológicas e mediações intermidiáticas. Articulações entre Comunicação e Arte. Interações entre criação e fruição. Experiências poético-estéticas em produções midiáticas que articulam linguagens de música e de história em quadrinhos. Bandas brasileiras de música jovem que combinam sons, palavras e imagens visuais. A criação paradigmática “Tubarões Voadores”, de Arrigo Barnabé e Luiz Gê, de 1984. Relatora: Letícia Perani

“Da roda ao disco: um estudo sobre experiência e consumo” — Deivison Moacir Cezar de CamposResumo: O presente texto constitui-se na proposição de eixo teórico de uma investigação de doutorado em andamento. A pesquisa enfoca a construção do pertencimento afrobrasileiro pela experiência em festas de black music, problematizando o papel da música gravada no processo. A partir da articulação dos conceitos de experiência e consumo, relacionando-os com elementos da cultura africana e tendo a roda, presente em diferentes manifestações culturais africanas e da diáspora, como elemento síntese, propõe-se um circuito teórico-metodológico que apreende as dinâmicas culturais e midiáticas envolvidas no processo.Relatores: Talita Cristina Araújo Baena e Otacílio Amaral Filho

“O pixel da voz” — �iago SoaresResumo: Diante dos processos de digitalização da voz na produção musical contemporânea, com sintetizadores e programas de áudio em computadores que são “corretores” de imperfeições vocais, questionamos que corpos emergem destas materialidades sonoras. Partimos de um debate sobre as práticas de produção das canções para tentar compreender as formas de escuta e engajamento presentes nas matrizes sonoras digitalizadas. O conceito de “grão da voz”, proposto por Roland Barthes, é apontado como “baliza” conceitual

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35para a discussão em torno do que chamamos de “pixel da voz”: a visualização não apenas de um corpo que emerge da performance vocal, mas um sistema de produção de sentido que envolve a �gura do produtor musical, lógicas de metamorfose presentes na cultura digital e a capacidade atual de se gerar matrizes vocais que são emprestadas a corpos que não as cantaram.Relator: Deivison Moacir Cezar de Campos

» GT COMUNICAÇÃO E EXPERIÊNCIA ESTÉTICASALA 4 • 14h-18h

“Do argumento à sedução: dimensões (est)éticas da crítica” — Jorge Cardoso Filho e Dilvan AzevedoResumo: O artigo discute aspectos relacionados aos fundamentos éticos e estéticos da crítica, a partir da reconstituição do surgimento da atividade crítica durante o processo de emergência da esfera pública burguesa e de sua posterior desconstrução nas práticas discursivas pós-modernas. Aponta para a gradual valorização da racionalidade estética nos processos de crítica contemporâneos (como sistemas de recomendação e resenhas online) e para as possibilidades de construção de controvérsias e dissensos que emergem ao examinar o senso comum. Por �m, demonstra como uma atividade crítica amparada na racionalidade estética é capaz de instituir as contradições necessárias para uma discussão democrática sobre o valor. Relatora: Raquel do Monte e Silva

“O espetáculo musical Terruá Pará: a música popular massiva convertida em política de estesia” — Talita Cristina Araújo Baena e Otacílio Amaral FilhoResumo: O artigo analisa a experiência musical do espetáculo e projeto de divulgação da música produzida no estado do Pará, denominado Terruá Pará. Para este exercício de análise e re�exão, o artigo relaciona a experiência do Terruá Pará com estágios da música popular massiva e aspectos históricos e identitários da cultura da música na Amazônia Paraense. Partindo da concepção de que “o princípio da midiatização orienta a priori a representação e a interpretação dos fenômenos comunicacionais” (Muniz Sodré), o artigo descreve o espetáculo e conclui que além de uma política de estesia, o Terruá Pará é produto de uma espécie de metonímia das experiências musicais vivenciadas no território paraense, pronto para ser comercializado no mainstream.Relatora: Vivian Resende Jatobá

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programação por GTs

Comunicação e Política

COORDENAÇÃO • LUIS FELIPE MIGUEL, PPGCP/UnBVICE-COORDENAÇÃO • FRANCISCO JAMIL, UFC

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» GT COMUNICAÇÃO E POLÍTICASALA 5 • 9h-12h

“Representação parlamentar no Twitter: uma abordagem quantitativa” — Francisco Paulo Jamil Marques e Jakson Alves de AquinoResumo: O trabalho investiga o uso do Twitter por parte dos 458 deputados federais brasileiros registrados no microblog. Com base na análise das variáveis relativas ao volume de publicação de mensagens e ao número de seguidores, confrontadas com variáveis independentes de cunho individual e político, descobriu-se, dentre outras questões, que um parlamentar relativamente jovem, com alta votação, early adopter dos media digitais e integrante de um partido de esquerda é aquele que apresenta um per�l de uso mais intenso do Twitter.Relatoras: Regiane Lucas Garcez e Danila Gentil Rodriguez Cal

“Os discursos articulados da democracia (entre o econômico, o político e o social)” — Isabel VillelaResumo: O sentido dos experimentos democráticos atuais se mostra vinculado a diferentes discursos que visam o controle do Estado e defendem direitos civis; a democracia e derivativos esta assim enredada com demandas conciliatórias dos interesses econômicos, sociais e políticos ao nível local, nacional e internacional. Tomando como referencia a realidade brasileira e três eventos de âmbito mundial [Fórum Econômico Mundial, Fórum Social Mundial e Rio+20] propõe-se comparar, na perspectiva da economia politica da comunicação, teorias e fatos que salientam a complexidade democrática em períodos do capitalismo histórico, como o discurso democrático vem sendo �exibilizado pela emergência de novos atores e carregado de sentido polissêmico.Relator: Solano dos Santos Nascimento

» GT COMUNICAÇÃO E POLÍTICASALA 5 • 14h-18h

“Quem está no controle? Um estudo sobre as entrevistas com os candidatos à Presidência da República transmitidas nos telejornais da Rede Globo durante as eleições de 2010” — Wilson Gomes e Fernanda Soares PereiraResumo: Há um fenômeno relativamente novo e crescentemente relevante nas campanhas políticas no Brasil que são as entrevistas “ao vivo” (ou “sem edição nem corte”) com candidatos a cargos do Executivo, inseridas

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39na programação dos principais telejornais de rede. Ao lado da cobertura jornalística de campanhas, da propaganda eleitoral e dos debates, as entrevistas “ao vivo” compõem o conjunto dos recursos e linguagens mediante os quais a política é representada na TV durante as campanhas eleitorais. Este artigo tenta examinar as características especí�cas deste novo recurso, partindo de um modelo teórico e metodológico segundo a qual as entrevistas não são apenas janelas para a visibilidade política, mas, sobretudo, arenas em que duas instituições, o jornalismo e a política, lutam pelo controle das mensagens. Os autores testam este modelo num corpus constituído por 14 entrevistas veiculadas pelos telejornais da Rede Globo de Televisão com candidatos à Presidência durante as eleições de 2010.Relatores: Afonso de Albuquerque e Pâmela Araujo Pinto

“As vozes gritadas na eleição de 2010: o discurso direto na disputa presidencial” — João Feres Júnior, Lorena Miguel, Eduardo Barbabela, Anaily Mafra, Renata do Nascimento Silva e Ingrid PeregriniResumo: A eleição presidencial de 2010 pela primeira vez conduziu uma mulher ao posto mais destacado do Executivo brasileiro. Dilma Rousse�, do Partido dos Trabalhadores, venceu José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira, no pleito com uma diferente de 12 pontos percentuais. Durante o processo eleitoral os grandes jornais do país, O Globo, O Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo empregaram diversos mecanismos para in�uenciar o leitor. Dentre estes, está a utilização de frases em discurso direto nas capas dos jornais. Este trabalho analisará a forma e o conteúdo dessas “chamadas” diretas e a maneira como buscaram in�uenciar a eleição.Relatores: Fernando Lattman-Weltman e Viktor Chagas

“A parte que me cabe nesse julgamento: a Folha de S.Paulo na cobertura ao processo do ‘mensalão’” — Flávia Biroli e Denise MantovaniResumo: O paper discute a cobertura da Folha de S. Paulo ao julgamento da Ação Penal 470, mais conhecido como julgamento do “mensalão”. Nela, a pluralidade corresponde à garantia de espaços restritos para a defesa, circunscrita e autointeressada, de alguns indivíduos diante da narrativa que organiza o noticiário. Este aparece, por sua vez, colado aos fatos e, como tal, não posicionado. O ângulo apresentado como legítimo para a cobertura é naturalizado ao mesmo tempo em que as posições em disputa, que implicariam recortes distintos para a produção do noticiário, são excluídas ou domesticadas como reações aos fatos. Na cobertura analisada, o partidarismo encontra sua expressão na prevalência da dimensão moral da política no discurso jornalístico. Relatores: Wilson Gomes e Fernanda Soares Pereira

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» GT COMUNICAÇÃO E POLÍTICASALA 5 • 9h-12h

“Deslizes morais na cena midiática: reprodução da intolerância ou oportunidade para novas gramáticas morais?” — Regiane Lucas Garcez e Danila Gentil Rodriguez CalResumo: Discute-se de que forma deslizes morais veiculados nos media reforçam preconceitos ou desvelam questões pouco tematizadas na esfera pública. Qual o papel desses deslizes morais na ampliação das relações de reconhecimento e na transformação das gramáticas morais que regem a sociedade? A partir de uma aproximação entre as teorias do Reconhecimento e da deliberação, analisamos a repercussão na Internet de dois artigos: um sobre o movimento gay, de J.R. Guzzo, publicado na Revista Veja, e outro sobre os Guarani Kaiowá, publicado por Walter Navarro na versão online do Jornal O Tempo. A análise levou em conta a) o descortinamento de consensos tácitos e b) a possibilidade de discussão acerca de valores com vistas à ampliação de gramáticas morais.Relatora: Isabel Villela

“Jornalismo e política em pauta: tensões entre interesses públicos e privados no debate sobre a criação da Empresa Brasil de Comunicação” — Edna Miola e Rousiley MaiaResumo: O trabalho examina o debate público sobre a criação da Empresa Brasil de Comunicação no Parlamento e na imprensa nacional. A partir de uma abordagem sistêmica da deliberação, discutem-se os condicionantes impostos às diferentes arenas discursivas e as consequências da deliberação sobre a opinião pública e a produção da decisão política. Conclui-se que o processo discursivo pode gerar decisões deliberativas e ganhos epistêmicos, mas também resultados não-deliberativos tais como acordos e barganhas, decisões que desconsideram minorias parlamentares e tematizações incompletas.Relatoras: Flávia Biroli e Denise Mantovani

“Reportagens com denúncias na imprensa brasileira: análise de duas décadas da predileção por mostrar problemas” — Solano dos Santos NascimentoResumo: Este estudo analisa a publicação de reportagens com denúncias pela imprensa brasileira nos seis anos de eleições presidenciais pós-regime militar, o que signi�ca um período de mais de 20 anos. O corpus escolhido são as

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41três maiores revistas semanais do país: Época, IstoÉ e Veja. A conclusão é que o número médio de reportagens com denúncias praticamente triplicou a partir de 2002 na comparação com o período que vai de 1989 a 1998. Uma revisão bibliográ�ca é usada para mostrar que essa preferência da imprensa por denúncias, além de estar ligada ao avanço democrático do país, pode ser explicada por algumas das principais teorias do jornalismo.Relatores: Francisco Paulo Jamil Marques e Jakson Alves de Aquino

» GT COMUNICAÇÃO E POLÍTICASALA 5 • 14h-18h

“Insegurança, (re)partidarização e “fogo amigo”: a economia política dos meios na Era Lula” — Fernando Lattman-Weltman e Viktor ChagasResumo: O objetivo deste artigo é debater, no atual cenário da redemocratização e, em especial, nos anos recentes, qual o lugar institucional e a especi�cidade da ação política dos modernos meios de comunicação de massa. A partir da teoria de Tsebelis sobre os atores com poder de veto, buscamos oferecer um quadro sintético da evolução do mercado de comunicação brasileiro e da circulação dos meios impressos ao longo das Eras FHC (1995-2002) e Lula (2003-2011), suas principais contradições e potenciais impactos sobre os variados veículos e atores do setor.Relatoras: Edna Miola e Rousiley Maia

“O inferno são os outros: mídia, clientelismo e corrupção” — Afonso de Albuquerque e Pâmela Araujo PintoResumo: O texto enfoca o modo como os conceitos de clientelismo e corrupção são empregados pela bibliogra�a relativa à Comunicação Política. Ele sustenta que, mais do que descrever fenômenos concretos e empiricamente identi�cáveis, os conceitos são utilizados de maneira adjetiva, como um elemento que aponta a incapacidade de determinadas sociedades em satisfazer parâmetros ideais que, supostamente seriam satisfeitos por outras. Sustenta ainda que este modelo argumentativo é usado não apenas nos estudos internacionais produzidos sobre o tema, mas é replicado nas análises produzidas no Brasil sobre a chamada “mídia regional”.Relatores: João Feres Júnior, Lorena Miguel, Eduardo Barbabela, Anaily Mafra, Renata do Nascimento Silva e Ingrid Peregrini

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programação por GTs

Comunicação e Sociabilidade

COORDENAÇÃO • EDILSON CAZELOTO, FACASPERVICE-COORDENAÇÃO • JOÃO FREIRE FILHO, UFRJ

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT COMUNICAÇÃO E SOCIABILIDADESALA 6 • 9h-12h

“Arqueologia do acontecimento” — José Luiz Aidar PradoResumo: Partindo de uma síntese das teorias do acontecimento, realizada por Vera França, proporemos uma releitura do acontecimento a partir da teoria de Alain Badiou, para quem esse conceito encarna uma ruptura nos estados das coisas, a partir da qual constitui-se um sujeito e um processo de verdade que não podem ser compreendidos sob as categorias dos saberes que presidem à situação. Nessa perspectiva, é possível considerar que o conceito pós-fundacional de acontecimento deve nos levar a colocar como parti pris que nem tudo é discurso, pois há algo da ordem do acontecimento, o que conduz a pensar numa con�guração do político em processos que fazem romper o estado da situação e a propor uma teorização conceitual da relação entre discurso e acontecimento.Relatora: Angie Biondi

“Apologias da ambição: a ética e a ciência do sucesso em Veja e IstoÉ” — João Freire FilhoResumo: Desde o início dos anos 1990, fórmulas da felicidade e do sucesso oriundas dos Estados Unidos encontram forte aceitação no Brasil – o país da alegria gratuita e inefável, segundo o estereótipo acalentado mundo afora. Meu projeto de pesquisa aborda as contribuições sistemáticas da mídia para o intrincado processo de assimilação de valores da “cultura do empreendedorismo” – em especial, a autodeterminação, a autocon�ança e a autorrealização performática. Neste artigo, analiso como as matérias de capa “A descoberta da ambição” (VEJA, 01/03/2006) e “O despertar da ambição” (ISTOÉ, 17/02/2010) – inspiradas, dissimuladamente, na reportagem da TIME, “Ambition: why some people are most likely to succeed” (14/11/2005) – lançam mão da autoridade do conhecimento cientí�co para reabilitar noções morais controversas e para naturalizar capacidades e talentos consagrados no âmbito corporativo.Relatora: Paula Sibilia

» GT COMUNICAÇÃO E SOCIABILIDADESALA 6 • 14h-18h

“Blogs de pacientes com câncer: do estigma ao compartilhamento” — Carolina Cavalcanti Falcão e Karla Regina Macena Pereira Patriota Bronsztein

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45Resumo: Este trabalho pretende situar os blogs de pacientes com câncer a partir dos relatos autobiográ�cos de si e da transformação da intimidade, como um processo francamente catalisado pelos avanços tecnológicos. Além de concatenar a prática do falar de si nos ambientes virtuais a noções estabelecidas na Antiguidade, sustentamos o argumento de que o projeto de um blog dessa natureza se funda numa vontade de memória, em que a experiência do sujeito se imbrica com conceitos e representações socialmente compartilhados. Dessa forma, busca-se problematizar essas páginas como espaços em que existe uma desconstrução do câncer como uma doença vergonhosa, mas que engendram, ao mesmo tempo, noções institucionalizantes, normalizadoras sobre o comportamento dos autores.Relator: João Freire Filho

“A velhice no tempo do capitalismo emocional: uma questão delicada” — Gisela Grangeiro da Silva CastroResumo: A partir de uma imbricação entre arte, comentários e re�exões teóricas, este trabalho discute a delicada questão da velhice na atualidade. A problemática proliferação das lógicas e dinâmicas mercadológicas nas esferas afetivas e sociais marca a nova fase do capitalismo em que se vive. As interações sociais atuais são marcadas pela racionalidade mercantilista do custo-benefício. A todo o momento e em qualquer idade, é imperativo projetar uma imagem de juventude e disposição para performances ultra-humanas. O envelhecer passa a ser interpretado negativamente como entrada na obsolescência. A patologização da velhice; seu escamoteamento na cultura midiática; a dignidade possível na idade avançada; as formas de resistência; a morte como solução problemática são alguns dos temas abordados nesta discussão que aposta nas potências criativas da vida para compor rotas alternativas para as subjetividades contemporâneas.Relator: Bruno Campanella

“Os paradoxos hipermodernos e as tecnologias digitais: re�exões sobre a sociabilidade contemporânea a partir do pensamento de Gilles Lipovetsky” — Erika OikawaResumo: Este trabalho se propõe a re�etir sobre os paradoxos da hipermodernidade apontados por Gilles Lipovetsky, a partir da apropriação das tecnologias digitais de comunicação para a prática do cuidado com a saúde e com o bem-estar do indivíduo contemporâneo. Este por sua vez, apesar de ainda hedonista, narcisista e consumista, tem se mostrado cada vez mais preocupado com o porvir e sobrecarregado com a liberdade e a independência conquistadas na pós-modernidade. A partir desse cenário paradoxal da sociedade atual, re�ete-se também sobre as complexas e contraditórias formas de sociabilidade que emergem desse contexto, tendo como objeto de análise os aplicativos (Apps)

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT COMUNICAÇÃO E SOCIABILIDADESALA 6 • 9h-12h

“Jornalismo de catástrofe: políticas de solidariedade e práticas de si no discurso do humanismo mínimo” — Angie BiondiResumo: Os eventos trágicos que transitam pelo jornalismo diário dialogam intensamente com uma agenda política de cariz humanitária de�nindo relações, tanto subjetivas quanto pragmáticas, entre as �guras do sofredor e espectador. O discurso da “comum humanidade” que vinculava seus agentes em uma moral piedosa caducou frente às solicitações de uma sociedade tecnológica, multicultural e pluralista. Outra con�guração de solidariedade se esboça quando a mídia enfatiza o lugar do espectador como agente responsivo às tragédias anunciadas. Esta ênfase, porém, resvala na prática de si e fomenta a lógica da instrumentalização da solidariedade num mundo global não mais de humanidade, mas de humanitarismos particulares. Neste texto focamos a análise no caso da passagem do furacão Sandy, no �nal de 2012, atentos às implicações político-subjetivas desdobradas por um consenso normativo de solidariedade que revelaria, em seu fundo, uma prática altruísta e irônica marcadamente contemporânea.Relatora: Maria Cristina Franco Ferraz

“A celebridade nas campanhas socialmente engajadas: a formação do capital solidário” — Bruno CampanellaResumo: Este trabalho propõe a hipótese teórica de que a participação de celebridades em campanhas ambientais e humanitárias é capaz de produzir uma espécie de capital simbólico, chamado aqui de capital solidário, que pode ser acumulado e posteriormente convertido em capital econômico. O envolvimento nessas ações midiáticas solidárias ajuda na ampliação e na quali�cação da visibilidade que as celebridades adquirem ao longo de suas carreiras. Ou seja, esse tipo de engajamento público oferece a artistas e personalidades da mídia uma nova dimensão àquilo que Heinich (2012) chama de capital de visibilidade: a dimensão qualitativa.Relatora: Erika Oikawa

para dispositivos móveis dos quadros “Medida Certa” e “Brasil sem Cigarro”, ambos exibidos no programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão.Relatoras: Carolina Cavalcanti Falcão e Karla Regina Macena Pereira Patriota Bronsztein

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47“Histórias de vida exemplares: heroísmo e melodrama em ação” — Ana Carolina EscosteguyResumo: A presente pesquisa pressupõe a convergência das seguintes ideias: não existe uma única resposta para a questão sobre as transformações da mídia sobre a vida social e estas não podem ser pensadas como decorrência direta de sua ação. Levando em conta tais premissas, adotamos uma metodologia composta por entrevistas biográ�cas. O resultado obtido é o que se denomina de narrativas identitárias. Estas são con�guradas pelo modo como o indivíduo confere sentido às suas experiências, numa interação concreta e especí�ca onde é instigado a “contar sua vida”. A partir dessa experiência, sugerimos que as narrativas identitárias coletadas são reveladoras de processos culturais maiores e mais abrangentes, expressando a presença �uída e penetrante da mídia nos modos de ser; as narrativas identitárias são construídas mediante convenções culturais que estão em circulação na mídia; entre tais convenções, destacamos a presença de características do melodrama e de um ethos heroico.Relatora: Gisela Grangeiro da Silva Castro

» GT COMUNICAÇÃO E SOCIABILIDADESALA 6 • 14h-18h

“Do peito da virgem ao do Facebook: mutações de um olhar que erotiza, moraliza e censura” — Paula SibiliaResumo: A partir de alguns episódios ocorridos em 2012, nos quais a rede social Facebook suspendeu as contas de várias usuárias que publicaram em suas páginas fotos delas próprias amamentando seus �lhos, este artigo tece uma re�exão sobre certas mudanças ocorridas ao longo dos últimos séculos na sociedade ocidental. O foco se concentra nos deslocamentos simbólicos e morais em torno à nudez do seio feminino que se expõe ao público, procurando identi�car os sentidos das reações censoras que essa imagem tem motivado em diversos momentos históricos. A intenção é contextualizar a atitude aparentemente anacrônica da empresa norte-americana, não só a partir da análise de certas manifestações que tal gesto provocara na própria internet e na mídia em geral, mas recorrendo também a uma perspectiva genealógica capaz de indagar na contemporaneidade desse tipo de moralizações e interdições que parecem remeter a outras épocas.Relatora: Ana Carolina Escosteguy

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48“Estatuto paradoxal da pele e cultura contemporânea: da porosidade à pele-te�on” — Maria Cristina Franco FerrazResumo: A exploração do estatuto paradoxal da pele - interface dentro/fora - permite ultrapassar a dicotomia metafísica superfície/profundidade, problematizando a tendência atual, também expressa na teoria, a um elogio das superfícies e a um horror por oposições dicotômicas. Possibilta avaliar as implicações do fechamento da porosidade da pele em formas de sociabilidade estimuladas na cultura da imagem, da exibição, do espetáculo, bem expressas pelo material inorgânico te�on. Sendo Poros, na visão grega, pai de Eros, a investigação acerca do estatuto paradoxal da pele convida a uma retomada do tema do erotismo. Partindo de perspectivas oferecidas por Agamben acerca da pornogra�a, ligada ao valor de exibição nas sociedades de espetáculo e de consumo, e relacionando-as a diversas re�exões de José Gil acerca do corpo e da pele, discute-se e convoca-se a abertura da porosidade da pele.Relator: José Luiz Aidar Prado

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programação por GTs

Comunicação em Contextos

OrganizacionaisCOORDENAÇÃO • EUGENIA MARIA MARIANO

DA ROCHA BARICHELLO, UFSMVICE-COORDENAÇÃO • IVONE DE LOURDES

OLIVEIRA, PUC MINAS

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT COMUNICAÇÃO EM CONTEXTOSORGANIZACIONAISSALA 7 • 9h-12h

“Vigilância civil sobre as práticas de comunicação das organizações privadas: limites da atuação da imprensa e os desa�os do monitoramento pelos públicos” — Marcio Simeone Henriques e Daniel Reis SilvaResumo: O artigo aborda a questão da vigilância sobre práticas de comunicação das organizações privadas. Por meio de uma análise sobre o surgimento e o desenvolvimento, nos últimos anos, de iniciativas de vigilância civil voltadas para a denúncia de práticas abusivas de comunicação empregadas pelas organizações, evidencia constrangimentos que limitam a atuação da imprensa no monitoramento dessas atividades. Re�ete também sobre a existência de desa�os e entraves enfrentados pelos públicos na tentativa de exercer diretamente o papel de vigilância sobre as organizações privadas.Relatores: Ricardo Ferreira Freitas, Flávio Lins e Maria Helena Carmo dos Santos

“Assessoria de imprensa e complexidade: superando os equívocos da teoria e da prática tradicionais” — Wilson da Costa BuenoResumo: O relacionamento entre as organizações e a mídia tem sido pensado e praticado a partir de uma perspectiva técnico-operacional que não contempla o novo cenário que redesenha a teoria e a prática da Comunicação Organizacional. O artigo resgata os princípios do pensamento complexo, buscando recontextualizar a interação entre organizações, veículos e pro�ssionais de imprensa e propõe um novo modelo para a atuação das assessorias de imprensa. Analisa recursos básicos utilizados nesta atividade, como as salas de imprensa virtuais, os comunicados de imprensa (releases) e os atuais bancos de dados que dão suporte ao trabalho de assessoria de imprensa.Relatores: Simone Antoniaci Tuzzo e Claudiomilson Fernandes Braga

» GT COMUNICAÇÃO EM CONTEXTOSORGANIZACIONAISSALA 7 • 14h-18h

“Ética, organizações e consumo consciente” — Luiz Peres-Neto

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Resumo: A partir da aproximação da ética com o campo da comunicação organizacional propomos uma re�exão acerca das construções discursivas articuladas por organizações e consumidores acerca da noção de consumo consciente. Inicialmente, dissertamos sobre a noção de ética, a sua relação com as organizações e sobre dois modelos éticos clássicos, a ética da convicção e a ética da responsabilidade. Assim mesmo, localizamos o debate acadêmico que relaciona a ética com o terreno do consumo e, a partir do mesmo, revisamos a polissemia que permeia as de�nições sobre o que seriam as práticas de consumo consciente. Além desse debate teórico, realizamos um estudo empírico no qual analisamos discursos de quatro empresas e de 10 consumidores, com o qual buscamos sinalizar algumas das premissas éticas implicadas na construção discursiva do que seriam as práticas de consumo consciente.Relatores: Eduardo Vizer e Helenice Carvalho

“Comunicação e sustentabilidade: uma questão estratégica. Lições da Rio+20” — Iara Maria da Silva MoyaResumo: As relações entre Comunicação e Sustentabilidade apresentam-se como questão estratégica. A Rio+20, Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, ocorrida em 2012, deu visibilidade mundial, ainda que de maneira discreta, às ameaças à vida em nosso planeta. Se a discussão teve seu foco nos temas Economia Verde e Governança Global, o aquecimento global e as mudanças climáticas vêm transformar o debate da sustentabilidade de discussão econômica em uma questão de vida ou morte. Mais que um novo modelo econômico, o mundo precisa de um novo entendimento da sustentabilidade e do sentido estratégico que a comunicação aí assume.Relator: Jair Antonio Oliveira

“A pragmática da comunicação organizacional” — Jair Antonio OliveiraResumo: O objetivo deste artigo é re�etir sobre alguns procedimentos necessários aos professores e gestores na área da Comunicação para “lidar” com a Pragmática no âmbito das organizações. A tarefa inicial é de�nir um referencial teórico para a Pragmática que tenha como pressuposto o fato de que os indivíduos usam a linguagem de modo relacional e a partir de certas perspectivas. Depois, é preciso con�gurar uma metodologia que não seja reducionista para ser empregada conforme o contexto, as circunstâncias, as crenças e as práticas de cada comunidade. Finalmente, é preciso ressaltar que apesar desses esforços “classi�catórios” nenhuma teoria será su�ciente para restringir o caráter performativo da linguagem; fato que exige do professor/gestor uma constante ressigni�cação dos critérios que adotar para perceber as diferenças epistemológicas existentes nas práticas linguísticas intra e interculturais e assumir o caráter político desses atos.Relatora: Iara Maria da Silva Moya

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT COMUNICAÇÃO EM CONTEXTOSORGANIZACIONAISSALA 7 • 9h-12h

“Categorías de análisis comunicacional en contextos organizacionales” — Eduardo Vizer e Helenice CarvalhoResumo: O epistemólogo húngaro Imre Lakatos (1977) propos a frutífera tese de que as ciências se desenvolvem seguindo um Programa de Investigação Cientí�ca (PIC). Este ideal cientí�co parecia muito distante das incertezas que acompanham o vasto campo da comunicação e o das organizações. A in-disciplina que caracterizou as investigações em comunicação, e a preocupação pela falta de uma identidade de�nida e um ‘objeto’ próprio, projetou a comunicação como uma perspectiva fundamental para compreender a complexidade e a multidimensionalidade dos processos organizacionais e comunicacionais, instalando, ao mesmo tempo, uma imagem difusa, inabordável em sua especi�cidade por meio dos instrumentos teóricos e metodológicos das ciências sociais. Apresentamos neste trabalho, um corpo de proposições teóricas que ajudam a explorar articulações teóricas e empíricas entre os processos de comunicação e a (re)contrução das organizações.Relator: Luiz Peres-Neto

“Relações públicas para pro�ssionais liberais: avanços e desa�os” — Simone Antoniaci Tuzzo e Claudiomilson Fernandes BragaResumo: Este trabalho apresenta estudos teóricos e empíricos sobre as transformações na atuação pro�ssional dos Relações Públicas que transcendem as ações de planejamento estratégico para organizações e passam a atuar junto a Pro�ssionais Liberais, destacando que as experiências de construção de imagem, identidade e opinião pública trabalhadas pelos Relações Públicas se mostra cada vez mais necessárias para a construção de marcas de organizações pessoais. Aqui são apresentados dados de investigações iniciadas em 2010 pelo grupo de pesquisa – Mídia, Imagem e Cidadania do PPGCOM UFG, em razão dos quais já se pode destacar os avanços e desa�os que esse campo da comunicação e atuação enfrentam. Os dados que compõem este artigo colaboram para as investigações, apresentando uma visão particular da cidade de Goiânia – Goiás, objetivando ampliar as discussões sobre este vasto campo de atuação para os Pro�ssionais de Relações Públicas.Relator: Wilson da Costa Bueno

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53“Contribuições da perspectiva sistêmica para a comunicação no contexto organizacional” — Vanessa Bueno MolResumo: Este artigo busca inscrever o fenômeno da interação entre organizações e sociedade nas redes sociais na internet tendo como referência a Teoria dos Sistemas Sociais, de Luhmann (2010). Essa fundamentação teórica sustenta que as organizações são sistemas sociais que se fecham para lidar com a complexidade do mundo, caso contrário provavelmente não sobreviveriam. No entanto, conforme a referida teoria, esse fechamento é apenas operacional, já que, para evoluir, elas precisam entrar em contato com o meio e com os outros sistemas. Sob essa perspectiva, entendemos que, embora as organizações estejam cada vez mais presentes nas redes sociais, essa inserção tem sido acompanhada por um tensionamento entre os princípios interativos e participativos característicos dessas plataformas digitais e os princípios de racionalidade, observação e programação que fundamentam a lógica organizacional. As re�exões que ora aqui se apresentam constituem parte da dissertação defendida pela autora em 2012.Relatora: Daiana Stasiak

» GT COMUNICAÇÃO EM CONTEXTOSORGANIZACIONAISSALA 7 • 14h-18h

“A comunicação organizacional sob a perspectiva da midiatização social: uma proposta de re�exão” — Daiana StasiakResumo: O artigo propõe a midiatização social como um suporte teórico relevante para discutir os fenômenos relacionados à interação entre organizações, meios de comunicação e sujeitos e a autonomia de cada uma dessas instâncias advinda, principalmente, a partir do desenvolvimento das tecnologias. Nesse sentido, o trabalho objetiva contribuir com as re�exões contemporâneas da comunicação organizacional que se preocupam com questões emergentes numa sociedade complexa regida por paradigmas dialógicos e relacionais.Relatora: Vanessa Bueno Mol

“Brasil em 8 minutos: a (re)apresentação do país na cerimônia de encerramento da Olimpíada 2012” — Ricardo Ferreira Freitas, Flávio Lins e Maria Helena Carmo dos SantosResumo: Este artigo analisa a apresentação do Brasil na cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Londres 2012. Durante cerca de 8 minutos, artistas brasileiros se revezaram em um espetáculo de clichês que mostrou músicas, fantasias e coreogra�as, representativas, sob o ponto de vista midiático,

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54da cultura nacional. Acreditamos que os sons e imagens exibidos no megaevento, assistido por milhões de pessoas ao redor de todo o mundo, cumprem um papel importante na (re)construção de imaginários sobre o Brasil, primeiro país da América do Sul a sediar os Jogos Olímpicos.Relatores: Marcio Simeone Henriques e Daniel Reis Silva

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programação por GTs

Cultura das Mídias

COORDENAÇÃO • SAMUEL PAIVA, UFSCarVICE-COORDENAÇÃO • MAURÍCIO BRAGANÇA, UFF

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT CULTURA DAS MÍDIASSALA 8 • 9h-12h

“O gênero policial como máquina de narrar” — Vera Lúcia Follain de FigueiredoResumo: Surgida em meados do século XIX, momento em que se a�rma a divisão entre dois regimes de produção cultural, o cultivado e o popular, a narrativa policial moderna desa�a essa partilha, situando-se na interseção entre tais regimes. Priorizando o processo de investigação de crimes, instituído com a modernidade, transformando-o num modelo abstrato gerador de narrativas, o gênero caracteriza-se pelo amplo potencial de reprodução a partir de pequenas variações, adaptando-se bem ao princípio da serialidade e à transposição para diferentes mídias. Considerando tais características, o texto discute a trajetória da �cção policial e sua recorrência na literatura e no cinema contemporâneos, tendo em vista o declínio da estética da provocação. Relator: Bruno César Simões Costa

“O narrador e as narrativas midiáticas: entre o fato e o acontecimento” — Míriam Cristina Carlos SilvaResumo: Este trabalho envolve a investigação de aspectos que operam na construção das narrativas midiáticas, tomando-se, como objeto de análise, notícias pautadas por João da Filmadora, um comunicador informal, que levanta pautas da cidade de Campina do Monte Alegre, SP, e procura divulgá-las para a grande mídia. Parte-se dos conceitos de fato e acontecimento midiático e da perspectiva do narrador, conceituado por Benjamin (1982). Conclui-se que João da Filmadora é um promotor de trocas culturais. Trata-se de alguém que conhece fontes para as narrativas tradicionais, além de ser um observador atento do mundo a sua volta, que extrai pautas das mais variadas situações do dia a dia. É ele um mediador, capaz de relacionar os narradores tradicionais e a mídia, por perceber aquilo que pode interessar como valor-notícia.Relatoras: Gislene Silva e Rosana de Lima Soares

» GT CULTURA DAS MÍDIASSALA 8 • 14h-18h

“Xica da Silva e a eclosão da memória e cultura negras: samba-enredo e cultura midiática” — Liv Sovik

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57Resumo: Chica da Silva (1734?-1796) é a mais antiga �gura feminina forte do imaginário popular brasileiro. Sua memória, silenciada por quase 70 anos depois de sua morte, foi recuperada a partir da segunda metade do século XIX, geralmente como sedutora e, paradoxalmente, feia ou antipática. O argumento deste trabalho é que a história da memória de Chica deveria focar o samba-enredo “Xica da Silva”, de 1963, em que esse paradoxo é desfeito, através da eclosão da memória negra.Relator: Herom Vargas Silva

“Imaginar a nação em tempo heterogêneo e midiático: herança, espectro, resíduos” — Renato Cordeiro GomesResumo: A partir da observação de que a Nação deixou de ser o centro de um sistema de signi�cação, que marcou, desde o século XIX, a base geopolítica da cultura, indaga-se se estamos vivendo uma fase �nal da construção romântica da cultura nacional, num contexto histórico marcado pela debilitação do Estado-nação, pela transnacionalização da economia e das culturas, pela expansão das redes comunicacionais que põem em circulação �uxos de informação, produzindo um novo tipo de espaço reticulado que debilita as fronteiras do nacional e do local. Esta perspectiva permite traçar algumas hipóteses sobre representações da Nação, ou sua ausência, em narrativas midiáticas e literárias contemporâneas no Brasil. Articulando nação e narração, trabalham-se os conceitos de herança, resíduos e espectro, para equacionar uma forte tradição da cultura brasileira centrada na identidade da Nação.Relator: Felipe da Silva Polydoro

“Capas de disco da gravadora Continental: pós-tropicalismo, MPB e experimentalismo” — Herom Vargas SilvaResumo: Neste paper, proponho discutir as inovações de algumas capas de discos de um conjunto de artistas experimentais da MPB nos anos 1970, chamados de pós-tropicalistas. Esses álbuns, cujo design tentou traduzir para o campo visual os projetos estéticos de compositores e músicos, foram inspirados na contracultura, na tentativa de criar novas formas de expressão durante a ditadura militar. Os discos de quatro artistas lançados pela gravadora Continental, sediada em São Paulo, serão analisados: Walter Franco, Tom Zé, Secos & Molhados e Novos Baianos. A capa de disco será pensada não apenas como embalagem comercial, mas como elemento de mediação estética, de gosto e de consumo, dentro do campo midiático da canção.Relatora: Liv Sovik

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT CULTURA DAS MÍDIASSALA 8 • 9h-12h

“A imersão televisiva e o retorno da imagem estereoscópica” — Felipe de Castro MuanisResumo: A televisão muda a cada dia suas tecnologias, permitindo novas visualidades e formas de espectatorialidade. Tais mudanças reposicionam a televisão no campo dos estudos da imagem, o que demanda um olhar atento e constante, até mesmo para entender as limitações dessas inovações, se elas podem ser boas ou prejudiciais para o processo comunicativo que a de�ne. Com base em textos de Oliver Grau, Jonathan Crary, Michel Chion, Arlindo Machado e André Bazin, pretende-se neste artigo analisar os potenciais de imersão da imagem televisiva, aproximando-a do estereoscópio e da hipertelevisão.Relatora: Míriam Cristina Carlos Silva

“A ubiquidade das câmeras e a intrusão do real na imagem” — Felipe da Silva PolydoroResumo: A disseminação de câmeras em dispositivos eletrônicos móveis e equipamentos de vigilância multiplica os registros visuais do mundo. Entre eles, estão os vídeos que captam a irrupção inesperada de um acontecimento alheio ao sujeito que �lma, um assalto do real na cena que desorganiza os elementos e modi�ca até mesmo o estatuto da imagem. Neste texto, objetivamos conceituar tal tipo de imagem e, além disso, levantar referências teóricas para analisá-la, sobretudo com base no pensamento de Martin Heidegger e Jacques Lacan.Relator: Márcio Serelle

“Para pensar a crítica de mídias” — Gislene Silva e Rosana de Lima SoaresResumo: A frágil re�exão acadêmica sobre teorias e procedimentos de crítica de mídias no Brasil demonstra um primeiro sinal de vitalidade quando observamos que, apesar de esporádicas, as publicações sobre essa problemática vêm compondo um quadro cumulativo. No universo midiático tem sido a televisão que mais provoca diferentes tipos de crítica (acadêmica, jornalística e popular-social), em especial em relação aos seus programas de �cção, com destaque para as telenovelas – raras as críticas e os estudos sobre como fazer a crítica de telejornais, programas de humor, de esporte, de auditório ou reality shows. Este estudo tem caráter introdutório, como parte de um projeto de pesquisa maior sobre critérios ou modos de crítica de mídias, inspirado na história de como

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59tradicionalmente o �zeram a crítica de cinema e de literatura.Relatora: Vera Lúcia Follain de Figueiredo

» GT CULTURA DAS MÍDIASSALA 8 • 14h-18h

“A literatura terrorista de Roberto Bolaño em 2666” — Bruno César Simões CostaResumo: No livro 2666 podemos divisar com clareza o que aqui denominamos literatura terrorista de Roberto Bolaño. Neste artigo investigamos como esta proposta de literatura conversa com o estado da arte na contemporaneidade a partir da análise das opções miméticas e diegéticas do escritor chileno. Esta análise também pretende nos colocar em contato com questões fundamentais para compreender a relação da literatura com a cultura midiática e as possibilidades da arte frente às demandas de entretenimento da cultura contemporânea.Relator: Renato Cordeiro Gomes

“Cinema e contraluz: limiares da repressão na cultura midiática argentina” — Márcio SerelleResumo: Este artigo busca examinar em �lmes argentinos (notadamente Valentín, Kamchatka e O segredo dos seus olhos) o procedimento da contraluz, entendido como um modo de composição narrativa em que eventos relacionados a ditaduras e outras formas de repressão movem-se à sombra, porém atuando agudamente sobre a trajetória das personagens. A partir de uma breve recuperação do movimento de internacionalização da cinematogra�a argentina, que, já em meados de 1980, articula estruturas dramáticas convencionais e denúncia política, pretende-se analisar o modo como parte do cinema deste século representa a violência totalitária. Seja pelo investimento imaginativo, pela metalinguagem ou pela alegoria, essas narrativas renunciam às imagens explícitas da violência dos aparatos repressores e engendram dramaturgias de grande e�cácia comunicacional. Coloca-se, assim, em discussão, a capacidade re�exiva desses �lmes no que se refere às relações entre o �ccional, o midiático e o social.Relator: Felipe Muanis

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programação por GTs

Epistemologia da Comunicação

COORDENAÇÃO • LUIZ SIGNATES, UFGVICE-COORDENAÇÃO • LUIZ MAURO SÁ MARTINO, FACÁSPER

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT EPISTEMOLOGIA DA COMUNICAÇÃOSALA 9 • 9h-12h

“Modalidades e derivações da comunicação no mundo da vida: sentidos, experiência e interação” — Luís Mauro Sá Martino e Ângela Cristina Salgueiro MarquesResumo: Este trabalho delineia algumas relações epistemológicas entre o conceito de comunicação e a noção fenomenológica de “mundo da vida”, procurando destacar a natureza ontologicamente comunicacional deste último. A partir de uma discussão teórico-crítica dos conceitos, busca-se indicar algumas articulações possíveis. O argumento se desdobra em três direções: (1) são discutidos alguns aspectos do conceito de “mundo da vida”, sublinhando seu aspecto relacional-comunicativo; (2) a partir daí, destaca-se o conceito de “comunicação” pautado nessa noção fenomenológica; (3) são delineadas algumas tensões entre as abordagens do “mundo da vida” em Husserl e Habermas.Relatores: André Lemos e André Holanda

“Sobre o conceito de comunidade na comunicação” — Eduardo Yugi YamamotoResumo: O texto lança a possibilidade de pensar um outro conceito de comunidade ante o atual cenário midiatizado, um conceito distinto daquele herdado das Ciências Sociais do século XIX que a entende, exclusivamente, enquanto substância comum compartilhada (território, cultura, etnia, classe etc.). Este outro conceito, reivindicado por importantes pensadores –tais como Bataille, Blanchot, Nancy, Rancière, Derrida, Agamben entre outros –, é desenvolvido aqui pela hermenêutica de Roberto Espósito que encontra no signi�cado arcaico da comunidade (communitas) uma ontologia originária. Tal ontologia, fundamentada no conceito de physis(que Heidegger extrai de um estudo sobre a substância aristotélica), provê uma estrutura genética das enti�cações comunitárias que pode ser acolhida pelos estudos comunicacionais não apenas para ampliar seus objetos de pesquisa, mas para legitimar as intervenções comunicacionais na luta biopolítica contemporânea.Relatora: Vera Regina Veiga França

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63» GT EPISTEMOLOGIA DA COMUNICAÇÃO

SALA 9 • 14h-18h

“A epistemologia de uma comunicação indecisa” — Lucrécia D’Alessio FerraraResumo: No âmbito de pesquisa mais ampla que se encontra em desenvolvimento, estuda-se o confronto entre a autonomia cientí�ca da comunicação e os conceitos que a reduzem a polaridades e impossibilitam a percepção de diferenças e ambivalências que subjazem aos conceitos e os relativizam. Nesse confronto, são examinadas algumas polaridades como: meios técnicos e comunicativos, comunicação biológica /ecológica e social, espetáculo e entretenimento, método e estratégia metodológica. Como consequência, sugere-se a possibilidades de revisão dos métodos que decorrem de aproximações fenomenológicas da comunicação, para veri�car as contribuições que podem ser alcançadas através de método(s) de base mais arqueológica, as consequências que deles decorrem e têm sido objeto de inferências da ciência contemporânea.Relatores: Luís Mauro de Sá Martino e Ângela Cristina Salgueiro Marques

“Crítica e metacrítica: contribuição e responsabilidade das teorias da comunicação” — Vera Regina Veiga FrançaResumo: Este texto discute o caráter cíclico das abordagens críticas da comunicação particularmente no Brasil nos últimos 40 anos. Os anos 70, 80 se caracterizaram por teorias de diferentes matizes que denunciaram a mercantilização da cultura, o esvaziamento do simbólico, as disputas por hegemonia na interpretação da realidade. Os 20 anos seguintes foram marcados por certo abandono do viés crítico, em favor de abordagens mais pontuais, do tratamento de aspectos mais recortados do processo e do produto comunicativo. A partir das discussões recentes de Boltanski, situando os conceitos de crítica e metacrítica, apontamos, ao �nal desta re�exão, a importância do resgate de olhares mais abrangentes nas análises comunicacionais, capazes de interpretar as práticas comunicativas na sua relação com a manutenção e a mudança social, atravessadas pela tensão entre ideologia e utopia (Ricoeur).Relator: Ciro Marcondes Filho

“A máxima pragmática e a pesquisa em comunicação” — Francisco José Paoliello PimentaResumo: O artigo busca descrever contribuições da Máxima Pragmática, proposta pelo lógico Charles S. Peirce, para os atuais estudos da Comunicação, em especial aqueles derivados das transformações decorrentes das trocas por meio das redes digitais. Relações entre o método pragmaticista e as etapas das investigações cientí�cas são apresentadas a partir de exemplos retirados de pesquisas realizadas

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT EPISTEMOLOGIA DA COMUNICAÇÃOSALA 9 • 9h-12h

“Um autômato espiritual pode ser forçado a pensar? Re�exões sobre a capacidade de avaliar os efeitos da comunicação no outro” — Ciro Marcondes FilhoResumo: Experiências realizadas com diversas formas e diferentes veículos de comunicação sugerem que o alcance de nossa capacidade de apreendê-las é restrito, que as interpretações violentam a observação e que a realização efetiva do Acontecimento comunicacional se demonstra de fato nas repercussões retardadas dos casos estudados. Experiências realizadas com diversas formas e diferentes veículos de comunicação sugerem que o alcance de nossa capacidade de apreendê-las é restrito, que as interpretações violentam a observação e que a realização efetiva do Acontecimento comunicacional se demonstra de fato nas repercussões retardadas dos casos estudados.Relatora: Lucrécia D’Alessio Ferrara

“Peirce e Hegel: possíveis convergências e tensões com a dialética marxiana” — Jairo Ferreira, Rafael Hiller e Fernanda MironResumo: O objetivo deste artigo é aproximar a abordagem semiótica de Peirce e as perspectivas sócio-antropológicas marxianas. A aproximação é feita a partir de um lugar mediador: Hegel. Primeiramente, de�nimos proposições e apresentamos evidências sobre as relações entre Peirce e Hegel. Essas proposições e evidências resultam de pesquisa empírica (bibliográ�ca), baseada em textos originais de Peirce e re�exões de comentadores. Estão balizadas por duas relações percebidas: uma, que acentua as convergências de Peirce com Hegel; outra, que pondera as formulações críticas do primeiro em relação ao segundo. Essas proposições são cotejadas com pesquisa própria, que nos permitiu concluir pela formulação de um encontro com tensões e convergências entre os dois. A partir dessas conclusões evidenciadas, buscamos então inferências sobre as relações entre a semiótica e o método marxiano. Finalizamos direcionados a questionamentos para futuras re�exões.Relator: Francisco José Paoliello Pimenta

nos últimos anos sobre processos comunicacionais envolvendo ciberativistas, adeptos de jogos eletrônicos e de redes sociais, e pesquisadores.Relator: Júlio César Lemes de Castro

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65“Do paradigma ao cosmograma: sete contribuições da teoria ator-rede para a pesquisa em comunicação” — André Holanda e André LemosResumo: O objetivo desse artigo é apresentar a Teoria Ator-Rede (TAR) e colocá-la em discussão no campo da pesquisa em comunicação, mais particularmente nos estudos do jornalismo. Vamos apresentar suas principais características, e conceitos, colocando-os em tensão com o campo jornalístico, principalmente com relação a conceitos fundamentais para uma abordagem epistemológica a �m de sugerir sete contribuições da TAR para este debate. Sustentamos, no �nal, a necessidade da superação de paradigmas hegemônicos pelo mapeamento das associações: os cosmogramas.Relator: Eduardo Yugi Yamamoto

» GT EPISTEMOLOGIA DA COMUNICAÇÃOSALA 9 • 14h-18h

“Questões epistemológicas em torno do uso da teoria lacaniana dos discursos na área de comunicação” — Júlio César Lemes de CastroResumo: Este trabalho discute a aplicação da teoria dos discursos de Jacques Lacan à área da comunicação. São aduzidos alguns exemplos de leitura de fenômenos midiáticos com base num discurso especí�co ou na matriz constituída pelos discursos do senhor, da universidade, da histeria, do analista e do capitalismo, que para Lacan representam os tipos fundamentais de laço social. A partir daí, examinam-se possíveis modos de uso dessa ferramenta teórica: como fator de aproximação e diferenciação, pivô de raciocínio abdutivo, roteiro de evolução histórica, critério de sistematização e método subjacente. Além disso, considera-se o recurso à teoria dos discursos como instrumento de articulação interdisciplinar, envolvendo a noção de psicanálise em extensão e operações de importação, exportação e contextualização conceituais.Relator: Potiguara Mendes da Silveira Júnior

“O revirão e o ciborgue: teoria da comunicação e psicanálise” — Potiguara Mendes da Silveira JúniorResumo: Retomada da perspectiva de �uidez das fronteiras dos anos 1980, no intuito de reavivar alguns passos da montagem das bases da Transformática, teoria psicanalítica da comunicação que orienta nossa linha de pesquisa (“Comunicação, estética e psicanálise”). Cotejo com o Manifesto ciborgue, escrito entre 1983 e 1991 por Donna Haraway, que se utiliza da imagem do ciborgue para indicar a diluição de fronteiras entre “o humano e o animal”, “o animal-humano (organismo) e a máquina” e “o físico e o não-físico”. As noções psicanalíticas de Revirão e Idioformação, contemporâneas desse período, também implicam esta �uidez de

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66fronteiras, mas supõem maior abstração por excluírem qualquer ligação intrínseca ao humanismo (mesmo o pós-) que o ciborgue ainda mantém por ser bastante tributário da reprodução biológica (mesmo que hibridizada à máquina).Relatores: Jairo Ferreira, Rafael Hiller e Fernanda Miron

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programação por GTs

Estudos de Jornalismo

COORDENAÇÃO • TATTIANA TEIXEIRA, UFSCVICE-COORDENAÇÃO • MARCIA BENETTI, UFRGS

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT ESTUDOS DE JORNALISMOSALA 10 • 9h-12h

“As fronteiras do campo do jornalismo: uma análise a partir da notícia como objeto de estudo” — Carlos Eduardo FranciscatoResumo: O objetivo deste trabalho é analisar um movimento histórico de constituição epistemológica de um campo especí�co de estudos, que podemos denominar provisoriamente como campo do jornalismo. A análise será feita utilizando um referencial teórico sobre disciplinaridade, interdisciplinaridade e multidisciplinaridade. A questão proposta neste artigo é investigar de que formas a notícia vem sendo tratada como objeto de estudo no jornalismo e, nessas abordagens, em que grau as abordagens aplicadas ao estudo da notícia direcionam para uma construção disciplinar ou transversal do conhecimento sobre o jornalismo. Para isso, recorremos à leitura de um conjunto de obras internacionais e nacionais que consideramos de referência para a pesquisa em jornalismo no Brasil, particularmente àquelas que contribuem mais signi�cativamente para a compreensão da notícia como fenômeno jornalístico.Relator: Luiz Gonzaga Motta

“O cotidiano no horizonte do jornalismo e das ciências sociais: práticas analíticas entre a visibilidade e a interpretação” — Frederico Tavares e Christa BergerResumo: Aos jornais cabe dar a ver a vida cotidiana, às Ciências Sociais cabe dar a conhecer o signi�cado desta vida cotidiana. Mas, se jornalistas e cientistas sociais têm o cotidiano como horizonte, é possível a�rmar que ambos comungam de uma mesma pretensão. Ao fazer emergir os acontecimentos que compõem a realidade e interpretá-los a luz de um ou outro saber, ambos colaboram na formação de um círculo hermenêutico que remete ao conhecimento do mundo e que faz também pensar na intersecção de práticas que envolvem ambos os campos, na interpenetração de processos de interpretação e visibilidade. Partindo desse ponto de convergência, este texto busca debater o lugar do jornalismo no rol de saberes sobre o cotidiano, re�etindo sobre a dimensão metodológica de suas práticas informativas. Nesse percurso, chama-se atenção para formas “externas” de legitimação do caráter interpretativo do jornalismo, pensando-o a partir do uso e do reconhecimento que se faz dele por outras áreas.Relator: Carlos Eduardo Franciscato

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69» GT ESTUDOS DE JORNALISMO

SALA 10 • 14h-18h

“Apontamentos sobre o ciberacontecimento: o caso Amanda Tood” — Ronaldo Cesar HennResumo: O trabalho analisa conceitualmente a produção de acontecimentos jornalísticos nas redes sociais da internet e sua reverberação a partir de um caso especí�co: o suicídio da adolescente canadense Amanda Tood que, depois de postar vídeo no YouTube em que relata intimidações sofridas no Facebook e na escola, foi encontrada morta em seu quarto gerando comoção e transformando-se em pauta para a imprensa do Canadá. Através do conceito de ciberacontecimento, busca-se compreender as dinâmicas de processos com essa natureza, as transformações que introduzem no sistema jornalístico e a as articulações dos campos problemáticos instituídos. A análise fundamenta-se no diálogo entre as teorias do acontecimento, os conceitos de semiose de C. S. Peirce e o de semiosfera de Iuri Lotma.Relator: Marcelo Träsel

“Jornalismo guiado por dados: relações da cultura hacker com a cultura jornalística” — Marcelo TräselResumo: O Jornalismo Guiado por Dados é uma prática de Jornalismo em Bases de Dados em vias de adoção por redações de todo o mundo, desde meados dos anos 2000. Trata-se de um desenvolvimento dos conceitos de Jornalismo de Precisão e Reportagem Assistida por Computador, propostos inicialmente nos anos 1970 e impulsionados pelo processo de digitalização das redações e pela adoção de políticas de acesso à informação por governos e instituições. O trabalho levanta a hipótese de que o Jornalismo Guiado por Dados se con�gura como uma imbricação entre a cultura pro�ssional dos jornalistas e a cultura hacker. Os resultados da etapa preliminar de uma pesquisa etnográ�ca realizada entre jornalistas brasileiros em novembro e dezembro de 2012 sugerem que os jornalistas guiados por dados compartilham algumas práticas e valores com os membros da cultura hacker.Relatores: Gabriela Zago e Marco Toledo

“Jornalismo como sistema de alerta: integração entre mídia social e impressa na tragédia de Santa Maria” — Gabriela Zago e Marco ToledoResumo: Nesse artigo analisamos o jornalismo como um sistema de alerta que integra diferentes canais de comunicação. O estudo de caso foi realizado com base no incêndio da boate Kiss ocorrido na cidade de Santa Maria, RS, em 27 de janeiro de 2013. Nós monitoramos todos os links para o jornal

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT ESTUDOS DE JORNALISMOSALA 10 • 9h-12h

“Mediação + representação: matriz conceitual e operacional para análise dos con�itos de poder no jornalismo” — Luiz Gonzaga MottaResumo: O artigo apresenta uma matriz operacional para a observação empírica da disputa pelo poder de voz entre narradores, entre eles e as personagens (eixo de mediação), e entre as próprias personagens (eixo da representação). Tomada como referência, a polissêmica narrativa jornalística é considerada uma construção discursiva sutilmente negociada pelo veículo, os pro�ssionais corporativos, e as falas das personagens. Esses atores se digladiam trazendo para o dramatismo do relato seus próprios valores, interesses, suas singularidades técnicas e ethos. A matriz considera a competição pela voz um jogo de poder disputado palmo a palmo pelos atores sociais, de forma às vezes tangível, mas quase sempre sutil.Relatora: Sylvia Debossan Moretzsohn

“Jornalismo e memória: 40 anos de capas políticas de Veja” — Renné Oliveira FrançaResumo: Este trabalho descreve e analisa as capas políticas de Veja, revista de informação da Editora Abril. O objetivo é compreender, através da semiótica visual e a análise do discurso, os signi�cados embutidos em imagens e textos ao longo de 40 anos da revista mais vendida do Brasil e caracterizar a memória aferida de suas capas a partir da forma como os acontecimentos foram representados entre os anos de 1968 e 2008. Desta maneira pretende-se fazer uma aproximação entre discurso e memória que pode revelar formas do fazer jornalístico.Relatora: Laura Storch

Zero Hora que circularam na rede social Twitter entre 25 e 31 de janeiro de 2013, compreendendo um conjunto de dados de 20.012 tweets. Analisamos o volume de mensagens replicadas, o conteúdo dessas mensagens e os per�s mais retuitados de modo a poder identi�car como o Twitter funcionou como um sistema de alerta durante a tragédia. Os resultados dessa investigação indicam que mídia social e impressa funcionam de modo coordenado como um sistema de alerta durante eventos de grande comoção.Relator: Ronaldo Cesar Henn

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71“O leitor imaginado como categoria conceitual para pensar o jornalismo de revista” — Laura StorchResumo: O presente trabalho buscar delimitar os traços teóricos do leitor imaginado no contexto do jornalismo de revista e sua relevância para a problematização do jornalismo como campo complexo de investigação. Partindo de uma discussão epistemológica fundamentada no interacionismo, compreendemos a leitura como um fenômeno de negociação de sentidos que é constitutivo do jornalismo. Propomos debater a �gura do leitor imaginado como uma “posição”, inscrita no texto (verbal e não-verbal) de modo a permitir a negociação de sentidos entre autor e leitor real. Nessa perspectiva, autor e leitor real não lidam com um texto, mas com outro sujeito – o leitor imaginado –, mesmo que ele exista apenas como virtualidade.Relator: Mozahir Salomão Bruck

» GT ESTUDOS DE JORNALISMOSALA 10 • 14h-18h

“Crack na imprensa: imaginários e modos de representação do jornalismo sobre o surgimento e a explosão da droga em Belo Horizonte (MG, Brasil)” — Mozahir Salomão BruckResumo: Este artigo apresenta resultados de pesquisa sobre a cobertura pelo jornal Estado de Minas, considerado periódico referência da cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), do uso e comércio do crack no município. O objetivo de tal levantamento foi tentar compreender que imagens são construídas pelo jornalismo sobre o chamado submundo do crack – a droga, seus atores e as complexas redes de distribuição, usos, combate, prevenção e tratamento. Sabendo que, de um modo ou outro, tais percepções – engendradas pelo discurso jornalístico - têm efetivamente impacto junto à sociedade que consome e faz circular os enunciados presentes nesse discurso.Relatora: Renné Oliveira França

“Noticiar a dor: possibilidades e di�culdades do jornalismo na tragédia de Santa Maria” — Sylvia Debossan MoretzsohnResumo: Este artigo aborda a necessidade e a di�culdade de se noticiar a dor, entendida como elemento constitutivo da própria atividade humana e, portanto, indissociável da cobertura jornalística. Discute a relação entre razão e emoção a partir de abordagens da �loso�a, sociologia e neurobiologia e defende a emoção como um valor para o jornalismo. Indaga como tratar esse sentimento em sua densidade, fugindo do apelo ao sensacionalismo. Aplica a análise à tragédia de Santa Maria, onde mais de 230 pessoas morreram no incêndio numa boate.Relatores: Frederico Tavares e Christa Berger

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programação por GTs

Estudos de Televisão

COORDENAÇÃO • BRUNO SOUZA LEAL, UFMGVICE-COORDENAÇÃO • ANA PAULA GOULART, UFRJ

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT ESTUDOS DE TELEVISÃOSALA 11 • 9h-12h

“Gestão da autoria de telenovelas: questões preliminares sobre o papel das emissoras” — Maria Carmem Jacob de Souza e João Eduardo Silva de AraújoResumo: O presente trabalho expõe as bases teóricas que estão servindo de compasso a um estudo exploratório acerca das práticas de gestão da autoria empregadas na produção de telenovelas pelas emissoras brasileiras, com especial enfoque nos procedimentos aplicados pela Rede Globo. Como a pesquisa ainda se encontra em fase inicial, este artigo é orientado menos pela exposição de resultados do que pela apresentação do projeto de estudos à comunidade acadêmica, o que é feito sobretudo através da explicitação das premissas que o conduzem. Tais premissas são vinculadas à sociologia bourdieusiana, e portanto debitarias da noção de campo; e aos emergentes estudos sobre indústrias criativas, em especial os que abordam as especi�cidades dos tipos de produtos, das relações de produção e dos modelos de gerenciamento dessa sorte de indústrias.Relatoras: Geane Alzamora e Lorena Tárcia

“Inovações estilísticas na telenovela: a situação em Avenida Brasil” — Renato Luiz Pucci JuniorResumo: Análise de cenas da telenovela Avenida Brasil (Globo, 2012) com o objetivo de detectar inovações estilísticas no uso de recursos audiovisuais. Com base no conceito de esquema, utilizado por teóricos e historiadores cognitivistas, como Patrick C. Hogan e David Bordwell, procura-se indicar que um processo de revisão de paradigma ocorre na �cção televisiva brasileira, no sentido da renovação de características estilísticas consagradas pelo sucesso de décadas de produção. A análise se fundamenta na ideia, sustentada por Edgar Morin, de que a cultura midiática se caracteriza também por uma dinâmica de conservação e inovação. No período atual, a telenovela brasileira absorve esquemas audiovisuais testados no cinema e em outras mídias, recon�gurando-os segundo suas próprias necessidades narrativas.Relatora: Elizabeth Duarte

» GT ESTUDOS DE TELEVISÃOSALA 11 • 14h-18h

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75“Cultura das séries: forma, contexto e consumo de �cção seriada na contemporaneidade” — Marcel Vieira Barreto SilvaResumo: Nos últimos anos, tem aumentado o interesse acadêmico em torno das séries de televisão, especialmente - mas não somente -, as de origem norte-americana. Há toda uma literatura recente que avalia a presença das séries de TV em diversas matrizes nacionais (EUA, Itália, França, Reino Unido, etc.), analisando a produção, circulação e recepção dos programas. Neste artigo, vamos propor a existência de uma cultura das séries, a partir de três condições epistemológicas centrais: a so�sticação das formas narrativas, o contexto tecnológico que permite uma ampla circulação digital (on-line ou não) e os novos modos de consumo, participação e crítica textual. Com isso, as séries fomentam interesses que não se restringem ao envolvimento de comunidades de fãs com obras especí�cas, mas também indicam a formação de um repertório histórico em torno desses programas, de uma tele�lia transnacional, de uma cultura das séries.Relatoras: Maria Immacolata Vassallo de Lopes e Maria Cristina Palma Mungioli

“O Video Music Awards e a consolidação do videoclipe como gênero” — Ariane Diniz HolzbachResumo: O artigo vai analisar a consolidação do videoclipe como gênero tendo como janela de observação a mais importante premiação voltada para ele: o Video Music Awards. Para tanto, o artigo entende o gênero como um fenômeno sociocultural marcado não só pela estrutura interna dos produtos culturais, mas pelos contextos nos quais esses produtos ascendem e pelas instâncias inseridas nesse processo. A proposta, assim, é analisar a principal premiação do videoclipe para entender como esse evento foi fundamental na consolidação do videoclipe e como ele ajudou a transformar uma emissora de TV – a MTV – em sinônimo de videoclipe por muitos anos. Além de analisar todas as edições do VMA realizadas até 2012, o artigo fará uma discussão sobre o conceito de gênero e sobre o papel das premiações contemporâneas na legitimação dos produtos culturais.Relatora: Juliana Gutmann

“O populismo e o neopopulismo no jornalismo televisivo no Brasil” — Igor Sacramento e Marcos Roxo Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar as formas contemporâneas da presença da informalidade nas estratégias de popularização dos programas jornalísticos da televisão brasileira. Discutiremos até que ponto conceitos importados do debate político, como populismo e neopopulismo, são adequados para enquadrar estas estratégias e interpretar os signi�cados da intensi�cação e/ou a atenuação dos seus elos com a cultura popular. Com esse �m, tomamos como objeto de análise os telejornais Balanço Geral (TV Record) e o RJTV

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT ESTUDOS DE TELEVISÃOSALA 11 • 9h-12h

“Entre tecnicidades e ritualidades: formas contemporâneas de performatização da notícia na televisão” — Juliana GutmannResumo: Com o objetivo de contribuir para o re�namento metodológico da análise de programas televisivos, o artigo propõe uma abordagem dos telejornais que leve em conta a dimensão comunicacional, privilegiando a interpretação de suas formas materiais, culturais e simbólicas. Analisa especi�camente as performances acionadas pelos corpos do repórter que virtualizam posições para o espectador, constituindo espaços de subjetividade que contrastam com o discurso normativo sobre as práticas do campo. O artigo sugere um caminho para a análise televisiva que leve em conta o diálogo entre os estudos culturais e a semiótica e, pela demonstração do trabalho empírico, identi�ca articulações possíveis entre marcas formais instituídas e novas formas de performatização da notícia no telejornal de rede brasileiro.Relatores: Igor Sacramento e Marcos Roxo

“A queda da bancada e as mudanças na cena de apresentação: em busca da identidade e aproximação com o telespectador” — Iluska Coutinho e Renata PereiraResumo: O trabalho investiga como as alterações na cena de apresentação do telejornal, que incluem a retirada da bancada como o principal elemento cênico e a circulação e posicionamento do apresentador no estúdio, constituem tentativas de aproximação, estabelecem vínculos de pertencimento e relações identitárias com o público. Avaliou-se as alterações no MGTV 1ª Edição, veiculado pela TV Integração de Juiz de Fora, a�liada à TV Globo. Percebemos na nova cena a utilização de recursos como a encenação e a informalidade para suscitar clima de afetividade e intimidade, fortalecendo os simulacros de interatividade e efeitos de presença. Por meio da dramaturgia do telejornalismo e da análise textual,

1ª edição (TV Globo). A nossa hipótese é que o uso dos termos populismos e neopopulismo como categorias analíticas tendem a reforçar a “divisão moral do trabalho” responsável pelas hierarquias constitutivas das ideologias pro�ssionais que atravessam a atividade jornalística em geral e na televisão.Relatoras: Iluska Coutinho e Renata Pereira

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77observou-se o peso que cada enunciador assume no espaço cedido pela bancada. O recorte englobou onze programas compreendidos entre a estreia e o primeiro ano de implantação da mudança.Relatora: Ariane Holzbach

“Olimpíadas 2012, convergências e transmídia: telas múltiplas na cobertura jornalística da BBC” — Geane Alzamora e Lorena TárciaResumo: O Telejornalismo vem se con�gurando historicamente como fenômeno midiático regido pela lógica transmissível e pela perspectiva monomidiática de transmissão. O artigo discute as implicações para o Telejornalismo no âmbito de uma lógica colaborativa em perspectiva intermediática, procurando responder de que modo a cobertura transmídia realizada pela BBC dos jogos olímpicos de Londres, em 2012, sinalizam mudanças no cenário telejornalístico.Relator: Marcel Vieira Barrero Silva

» GT ESTUDOS DE TELEVISÃOSALA 11 • 14h-18h

“Qualidade da �cção televisiva brasileira: elementos para a construção de um modelo de análise” — Maria Immacolata Vassallo de Lopes e Maria Cristina Palma MungioliResumo: Atualmente a discussão da qualidade de programas televisivos tornou-se vasta e complexa, pois permeia diversas esferas, da audiência ao estilo estético, das técnicas de produção aos formatos. Frente a tal complexidade, este artigo reúne abordagens teórico-operativas buscando de�nir a qualidade da �cção televisiva brasileira. Discutem-se marcos teóricos enfatizando aspectos da cultura de televisão - relações entre gênero/formato; �cção de qualidade e audiência de qualidade; complexidade narrativa; relevância cultural e social do conteúdo. Busca-se elaborar um modelo de leitura crítica privilegiando a noção de qualidade baseada nas particularidades do modelo televisivo do País aliada ao amplo debate da televisão de qualidade que hoje ocorre nos estudos internacionais. O artigo re�ete ainda discussões do OBITEL (Observatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva). Finalmente, procura responder à demanda por estudos sobre qualidade da �cção atual, objeto de poucos estudos entre nós.Relatores: Maria Carmem Jacob de Souza e João Eduardo Silva de Araújo

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programação por GTs

Estudos de Cinema, Fotografia

e Audiovisual

“Ficção televisual: a produção 2012 da Rede Globo de Televisão” — Elizabeth DuarteResumo: O domínio absoluto da TV Globo no terreno da teledramaturgia parece estar sendo ameaçado: as três principais telenovelas da emissora – a das seis, a das sete ou a das nove – vêm obtendo baixos índices de audiência. É de se questionarem, portanto, as causas dessa queda brusca da audiência em novelas aparentemente tão diferentes, pois, certamente, elas não devem repousar sobre um único motivo. O trabalho, dando continuidade às re�exões apresentadas no ano de 2012, realiza, à luz de uma semiótica discursiva de inspiração européia, um exame preliminar, mas detalhado das três telenovelas, com vistas a identi�car razões de caráter mais amplo e extensivo, responsáveis pelo desinteresse dos telespectadores e a dimensionar as interferências de algumas das transformações em curso nesse contexto.Relator: Renato Pucci

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programação por GTs

Estudos de Cinema, Fotografia

e AudiovisualCOORDENAÇÃO • EDUARDO MORETTIN, USP

VICE-COORDENAÇÃO • MARIANA BALTAR, UFF

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT ESTUDOS DE CINEMA, FOTOGRAFIA EAUDIOVISUALSALA 12 • 9h-12h

“Experiência sensível e vida ordinária em Cao Guimarães: uma análise das obras Ex-isto e Passatempo” — Consuelo da Luz LinsResumo: Propõe-se um exame da obra do artista Cao Guimarães, a partir da identi�cação que nelas se faz de um tipo de atitude estética que se encontra na base de seu processo de criação de imagens: nestas obras não apenas se valoriza uma suspensão dos esquemas sensórios-motores de certos momentos da vida de todo dia (produzindo essa suspensão em forma de arte), mas também se manifesta a busca desta atitude nos personagens que ele �lma e na forma como o espectador é conduzido a se relacionar com seus trabalhos. Esta hipótese da atitude estética orienta a análise que aqui se faz de certos trabalhos mais recentes do artista, em especial seu longa metragem �ccional Ex-isto (2010) e a exposição Passatempo (2012).Relator: André Brasil

“O inventário fotográ�co na contemporaneidade” — Leandro Pimentel AbreuResumo: A produção de fotogra�as sob um rigor formal e sua organização em um sistema classi�catório tornou-se uma prática recorrente em diversos campos do saber. Na modernidade, o uso da técnica fotográ�ca com intenções artísticas, por sua vez, procurou, em sua grande maioria, evitar uma identi�cação com esse uso funcional. Com a desestabilização dessa ordem, artistas passam a utilizar a fotogra�a em virtude de sua capacidade de reprodução e de produção de vestígios. Entre essas modalidades destaca-se a produção de inventários - etapa fundamental no processo de invenção e de criação -, tática que se evidencia na arte contemporânea. Seja recolhendo e reciclando imagens de outros circuitos, ou colecionando aquelas que são afetivamente próximas, o artista inventariante investe com freqüência na revisão de seu acervo a �m de criar uma montagem atualizada que possibilita a partilha daquilo que fora �xado de modo efêmero em sua mesa operatória.Relatores: Wilson Oliveira da Silva Filho e Leila Beatriz Ribeiro

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81» GT ESTUDOS DE CINEMA, FOTOGRAFIA E

AUDIOVISUALSALA 12 • 14h-18h

“Revisitando o “cinema de atrações” através do diálogo entre performances de live cinema com coleções, espectatorialidade e memória” — Wilson Oliveira Filho e Leila Beatriz RibeiroResumo: Esse artigo pretende revisitar o conceito de “cinema de atrações” de Tom Gunning para compreender um pouco melhor a cena do que se chamou de live cinema. Performances audiovisuais em tempo real que, para além da sala de cinema, levam a sétima arte para outros espaços, associadas ao colecionismo e a emergência de um novo espectador. Nosso objetivo também é articular esse conceito e essa prática a algumas questões relacionadas à memória no contemporâneo. Acreditamos que a experiência do live cinema compartilha de uma espécie de memória do cinema e do vídeo. A proposta de um mnemocinema parece evidenciada em performances audiovisuais ao ar livre, nos museus, nas fachadas, nas ruínas de parques. Se o “cinema de atrações” resumia em parte os primórdios do cinema, revistá-lo pode ser apontar caminhos para um outro audiovisual.Relatora: Consuelo Lins

“Sob o risco do ensaio: (de)formações na história do documentário” — Patricia Rebello da SilvaResumo: Uma re�exão teórica da forma ensaio no documentário ainda é um campo com muitas possibilidades. Da mesma maneira como aconteceu nos domínio da literatura, também no cinema ele ainda não teve suas características totalmente delimitadas. Seria possível encontrar em Alberto Cavalcanti, um brasileiro radicado na França, e que em meados dos anos 1930 foi cooptado pelo escocês John Grierson para se juntar à equipe do Empire Marketing Board, o começo da composição ensaísta no cinema? Em que esta hipótese pode renovar no que diz respeito uma noção de “representação” nesta forma de cinema?Relator: Gustavo Souza

“Algumas notas sobre a crítica de �cção seriada televisiva” — Regina Lucia Gomes Souza e SilvaResumo: Avaliar produtos televisivos não é tarefa fácil, uma vez que estes encontram-se imersos numa grade que combina formatos e gêneros bastante diferenciados e o crítico terá de examiná-los com a vigilância necessária. Este trabalho pretende re�etir sobre a crítica de televisão buscando entendê-la como um prática de avaliação estética das obras televisivas que enfrenta consideráveis desa�os metodológicos. Trataremos

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT ESTUDOS DE CINEMA, FOTOGRAFIA EAUDIOVISUALSALA 12 • 9h-12h

“A câmera diegética: clareza narrativa e legibilidade documental em falsos documentários de horror” — Rodrigo Octávio D’Azevedo CarreiroResumo: Falsos documentários de horror têm sido realizados, nas últimas duas décadas, em todo o mundo. A produção massiva desse tipo de �lme levou a crítica norte-americana a criar uma alcunha especí�ca para nomeá-los: found footage genre. Para �lmar um enredo de �cção e dar a ele a textura estilística de um documentário, um cineasta precisa lidar com uma série de restrições criativas, a �m de impor a sons e imagens o efeito de real presente em um documentário verdadeiro, sem perder a clareza narrativa de uma �cção tradicional. A partir da análise de um corpus formado por 180 �lmes, este ensaio procura descrever e examinar alguns padrões recorrentes de estilo e narrativa, que têm sido usados por diretores de cinema para conjugar, através de um equilíbrio delicado, a legibilidade narrativa e a verossimilhança documental.Relatora: Regina Gomes

“Novas emergências das relações de classe no cinema brasileiro: uma pequena reviravolta coletiva?” — Mariana SoutoResumo: Este artigo pretende tecer algumas re�exões a partir do surgimento, pós anos 2000, de alguns �lmes brasileiros de grande potência e reverberação que recolocam fortemente a problemática das classes sociais – ainda que em outros termos e sob outras formas, em relação ao cinema dos anos 1960 e 70. Doméstica, Paci�c, Um lugar ao sol, Babás, Santiago, Vigias, Rua de mão dupla, Câmara escura são possíveis focos de uma retomada de algo que desponta agora com novas formulações – depois de uma virada subjetiva e da tendência da particularização do enfoque, estaríamos começando a presenciar indícios de uma pequena “reviravolta coletiva”?Relator: Cezar Migliorin

de questões que implicam a análise da �cção seriada televisiva marcada por sua diversidade de tipos e por uma complexa fragmentação da estrutura narrativa.Relatora: Mariana Souto

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83» GT ESTUDOS DE CINEMA, FOTOGRAFIA E

AUDIOVISUALSALA 12 • 14h-18h

“O personagem no road movie documental brasileiro” — Gustavo SouzaResumo: Este trabalho quer debater as composições de personagem no road movie documental brasileiro. Centrada nos �lmes Pachamama (Eryk Rocha, 2009) e Olhe pra mim de novo (Cláudia Priscila e Kiko Goifman, 2011), a discussão apresenta três etapas: primeiramente, enfoca-se a forma como o personagem problematiza as composições dos gêneros cinematográ�cos, assim como ele relativiza também a própria noção de deslocamento. Em seguida, o debate sobre o personagem ao propor uma ética da performance que guiaria as análises. E, por �m, a discussão se direciona para outros modos de ver o road movie realizado no Brasil.Relator: Rodrigo Octávio D’Azevedo Carreiro

“Formas do antecampo: notas sobre a perfomatividade no documentário brasileiro contemporâneo” — André BrasilResumo: A partir da constatação de um regime performativo das imagens, desdobramos, neste artigo, a hipótese de que, no domínio do documentário, um relevante traço formal desta performatividade está na exposição do antecampo: trata-se de um espaço ético que não deixa de ser recurso estilístico; recurso estilístico que não deixa de ser espaço ético. Essa proposição desenvolve-se a partir do percurso por documentários brasileiros contemporâneos, em diálogo estreito com o repertório crítico acerca dos �lmes (A falta que me faz, Os dias com ele, Paci�c, Jogo de Cena, Moscou, Bicicletas de Nhanderu).Relator: Leandro Pimentel Abreu

“Território e virtualidade: quando a “cultura” retorna no cinema” — Cezar MigliorinResumo: O �lme As Hipermulheres de Takumã Kuikuro, Carlos Fausto e Leonardo Sette narra o cotidiano de uma aldeia Kuikuro durante a preparação e execução de uma tradicional festa que desde 1981 não acontecia na aldeia de forma completa. Esse artigo visa interrogar os sentidos propostos e produzidos com o cinema no retorno da festa à comunidade. Pretendemos explorar as marcas políticas de uma tradição que com o documentário retorna como informação e experiência sensível. Re�etimos sobre os gestos que constroem um território, necessário para a política, e as virtualidades da própria comunidade na relação com o cinema e com a “cultura” que retorna com o ele.Relatora: Patricia Rebello da Silva

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programação por GTs

Imagem e Imaginários

MidiáticosCOORDENAÇÃO • MALENA CONTRERA, UNIPVICE-COORDENAÇÃO • DENIZE ARAUJO, UTP

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT IMAGEM E IMAGINÁRIOS MIDIÁTICOSSALA 13 • 9h-12h

“A formação das imagens do feminino na cosmologia da umbanda e sua manifestação no imaginário brasileiro” — Florence Marie DravetResumo: O artigo propõe apresentar a construção do imaginário do feminino na cosmologia afrobrasileira e identi�car a participação dessas imagens na formação do imaginário do feminino na cultura brasileira. Estudamos os mitos de origem, os Orixás femininos e a �gura emblemática da pomba-gira. Nossa metodologia fenomenológica e poética recorre à observação, descrição e interpretação tanto dos mitos narrados como da ritualística praticada e da vivência dos próprios médiuns participantes do processo. O resultado da pesquisa apontou o oculto como a noção central que permite entender a função do feminino no equilíbrio das relações cosmológicas tanto quanto das relações sociais no ambiente do terreiro e no cotidiano fora dele. Relatora: Ana Tais Portanova Barros

“A imagem da mulher na fotogra�a contemporânea: as cores singulares de Nan Goldin” — André Melo MendesResumo: Esse artigo pretende abordar como a obra de Nan Goldin dialoga criticamente com a tradição de retratos da História da Arte, especialmente com as principais modalidades de representação do indivíduo estabelecidas no século 19, ainda válidas nos dias de hoje. Nas três fotogra�as da artista analisadas neste artigo é possível perceber esse diálogo tenso e transgressivo. Com essa postura, a artista contribui para o enfraquecimento do discurso hegemônico sobre a mulher, tipi�cada, quase sempre, como um objeto que serve ao olhar masculino. Relatoras: Rose de Melo Rocha e Beatriz Beraldo

» GT IMAGEM E IMAGINÁRIOS MIDIÁTICOSSALA 13 • 14h-18h

“Eu serei meu próprio fetiche: nudez em templos do artifício ou ativismo de mulheres-imagens” — Rose de Melo Rocha e Beatriz BeraldoResumo: Tomando por inspiração recente episódio de confronto protagonizado por ativistas do Femen Brazil ao invadirem shopping center na cidade de São Paulo, que abrigava em seu interior a Casa de Vidro do Big Brother Brasil 2013, problematizamos imagens e imaginários da nudez e do ativismo representativos

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87de políticas contemporâneas de visibilidade. O lugar do corpo e as dinâmicas con�ituosas que marcam a ação do Femen Brasil permitem-nos resgatar as bases burguesas de contenção das narrativas e de alguns imaginários do feminino na cena midiática contemporânea.Relatora: Juliana Tonin

“A sombra, o tirano e o louco: o dualismo Ocidente/Oriente no jornalismo visual” — Alberto KleinResumo: Este artigo explora o dualismo entre Ocidente e Oriente a partir de três imagens: a sombra, o tirano e o louco, respectivamente vinculadas às �guras de Osama Bin Laden, Saddam Hussein e Mahmoud Ahmadinejad. Tais representações, dada a sua constante reincidência, aparecem como estereótipos no jornalismo visual, estando diametralmente em oposição a valores ocidentais, como luz, democracia e razão. O texto também parte do conceito de Orientalismo para analisar procedimentos semióticos que constituem o processo de demonização dos referidos personagens, segundo as contribuições de Ivan Bystrina, Gilbert Durand e Stuart Clark.Relatores: Ada Cristina Machado da Silveira e Carlos Alberto Orellana Gonçalves

“A transposição luciferina de Hellblazer, das HQs para o cinema: a sedução dos pactos fáusticos” — Denise Azevedo Duarte GuimarãesResumo: O artigo aborda o processo de tradução/adaptação das narrativas sequenciais de Hellblazer, publicadas desde 1988 até hoje, para o �lme Constantine (2005), dirigido por Francis Lawrence. É discutido o tema da sedução das visões infernais e dos pactos diabólicos, um fenômeno que por muitos séculos tem impregnado o imaginário cristão e cujas imagens tem sido exploradas pela indústria cinematográ�ca. A motivação �losó�ca deste texto vem do livro de Vilém Flusser A história do demônio. O aporte teórico inclui o conceito de tradução como “transluciferação” (Haroldo de Campos), os estudos de Lotte Eisner e Gilles Deleuze sobre o cinema expressionista alemão, as teorias da adaptação e da intertextualidade, bem como as pesquisas de autores reconhecidos sobre Histórias em Quadrinhos e sobre Cinema.Relatora: Monica Martinez

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT IMAGEM E IMAGINÁRIOS MIDIÁTICOSSALA 13 • 9h-12h

“Das relações entre corpori�cação e descorpori�cação: a imagem como duplo digital” — Monica TavaresResumo: Este artigo intenciona analisar imagens da estética digital nas quais o corpo é colocado como elemento principal de articulação e reorganização da experiência, �rmando-se como agente “oculto” que garante as trocas entre identidade e alteridade, �cção e realidade. Tomaremos a noção de duplo digital proposta por Dixon para o entendimento de como se desenvolvem as trocas entre selves e others no contexto de ambientes interativos. Relator: André Melo Mendes

“O imaginário e a hipostasia da comunicação” — Ana Taís Martins Portanova BarrosResumo: Este artigo busca revisar as de�nições e inde�nições da noção de imaginário e simbólico e relacionar seus limites e seu alcance dentro da pesquisa em Comunicação. Equacionam-se as di�culdades de abordagem pela Comunicação da noção de trajeto do sentido que, herdada da Escola de Grenoble, embasa a Teoria do Imaginário. Veri�ca-se que a Comunicação não dá conta de estudar a catalisação de imaginários e o fabrico de imagens simbólicas presentes nos fenômenos comunicacionais, não só pela inadequação de um processo descrito em termos de emissor - mensagem - receptor, mas sobretudo pela suposta autoevidência do imaginário e do simbólico como manifestos na linguagem, desembocando numa redução do imaginário aos seus sintomas sociais.Relator: Alberto Klein

“Vídeo e imaginário apropriados pelo discurso de telejornais” — Ada Cristina Machado da Silveira e Carlos Alberto Orellana GonçalvesResumo: A pesquisa Vídeo e imaginário apropriados pelo discurso de telejornais tem a proposta de entender a relação do medium vídeo com as formações imaginárias e a apropriação deles realizada pelo discurso jornalístico. Assumimos que as noções de imaginário e da constituição do sujeito são as bases da compreensão e da interpretação do mundo. Dessa maneira, desejamos entender de que modo o vídeo produz efeitos no trajeto da produção cultural, midiática e artística da contemporaneidade. Privilegiamos uma

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89multimetodologia ao abarcar aspectos da constituição do imaginário e dos universos míticos abordados na obra de Gilbert Durand.Relatora: Monica Tavares

» GT IMAGEM E IMAGINÁRIOS MIDIÁTICOSSALA 13 • 14h-18h

“A imagem em deriva: da dicotomia entre imagem simbólica e imagem técnica” — Juliana ToninResumo: O presente artigo tem por objetivo pensar a dicotomia entre as noções de imagem simbólica e imagem técnica a partir do pensamento de Gilbert Durand. De�nindo as noções de simbólico e do entendimento dos aspectos do não simbólico, tendo por base as obras Estruturas Antropológicas do Imaginário, O Imaginário e A Imaginação Simbólica, abre-se um espaço de diálogo para re�exão sobre a pertinência, possibilidades de se estabelecer tal diferenciação epistemológica sobre a imagem e tenta-se compreender os princípios que emanam e poderiam fundamentar essas diferentes conceituações. Relatora: Florence Marie Dravet

“Mundus imundus: o imaginário do lixo em três �lmes brasileiros” — Monica MartinezResumo: Este artigo analisa três �lmes: Ilha das Flores, do diretor gaúcho Jorge Furtado (1989), Boca de Lixo, do cineasta paulista Eduardo Coutinho (1992) e Lixo Extraordinário (2010), da cineasta britânica Lucy Walker, co-dirigido pela pernambucana Karen Harley e pelo carioca João Jardim. Neste estudo comparativo, a análise relaciona, por meio das diferenças socio-históricas e autorais, a representação da temática ecológica, em particular no quesito do lixo. Para isto, emprega uma abordagem teórica transdisciplinar que contempla diferentes áreas do conhecimento, como a Comunicação, a Mitologia, a Psicologia, a Filoso�a, a Biologia e a Arqueologia, numa tentativa de compreender a questão do imaginário do lixo. O resultado sugere que, no último quarto de século, a representação do lixo acompanhou a evolução social, revelando, porém, que para a sociedade a questão ainda é um desa�o a ser melhor elaborado. Relatora: Denise Azevedo Duarte Guimarães

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programação por GTs

Práticas Interacionais e Linguagens na

Comunicação

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programação por GTs

Práticas Interacionais e Linguagens na

ComunicaçãoCOORDENAÇÃO • JOÃO BATISTA FREITAS CARDOSO, USCS

VICE-COORDENAÇÃO • KLÉBER MENDONÇA, UFF

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT PRÁTICAS INTERACIONAIS ELINGUAGENS NA COMUNICAÇÃOSALA 14 • 9h-12h

“Quando a imagem fala e o texto grita: re�exões sobre modos de representar no jornalismo televisivo” — Vânia Maria Torres CostaResumo: Este artigo re�ete sobre os usos do recurso imagético no telejornalismo da Rede Globo a partir de séries especiais que trazem reportagens sobre a Amazônia. Apresenta-se a metodologia desenvolvida para analisar texto e imagem como especi�cidade para pensar as narrativas do jornalismo que utilizam os recursos audiovisuais. Tendo o texto como prática social, observa-se o produto televisivo como a precipitação de �os ideológicos que demarcam imaginários reiterados historicamente. E nesse sentido, é possível identi�car os silêncios do texto verbal que explodem nas imagens como algo que não pode ser dito, mas que sempre é mostrado.Relatora: Eloísa Joseane da Cunha Klein

“Autorreferencialidade e jornalismo: re�exões teórico-analíticas sobre a processualidade além do discurso institucional da mídia” — Eloísa Joseane da Cunha KleinResumo: Este texto analisa aspectos da autorreferencialidade midiática que ultrapassam casos em que deliberadamente há uma fala institucional sobre o jornalismo. Para tanto, desenvolvo uma análise conceitual da autorreferenciadade, considerando a relação com pesquisas sobre metalinguagem e metadiscurso, aspectos das interações sociais e processos comunicacionais e midiáticos. A esta análise conceitual, agrego a síntese de inferências advindas de pesquisas empíricas anteriores que possibilitam observar formas difusas e contínuas de autorreferencialidade e elementos de autorre�exividade do jornalismo. Consideramos que a autorreferencialidade ocorre na processualidade das interações sociais, está relacionada à experiência contemporânea com a mídia e pode potencializar circuitos comunicacionais críticos.Relatora: Vânia Maria Torres Costa

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93» GT PRÁTICAS INTERACIONAIS E

LINGUAGENS NA COMUNICAÇÃOSALA 14 • 14h-18h

“Texto promocional: o desa�o do modelo teórico-metodológico” — Maria Lilia Dias CastroResumo: Este trabalho, tomando por base os textos promocionais veiculados na televisão, dispõe-se a discutir uma proposta teórico-metodológica que articule a concretude das condições políticas, econômicas, sociais e culturais que emolduram esse tipo de produção; o pacto comunicativo �rmado entre produtores e receptores; as relações desse texto com seu paradigma e com outros textos que lhe precedem ou sucedem na cadeia; e, por �m, as articulações presentes na esfera intradiscursiva. Nesse sentido, propõe uma re�exão em três direções: (1) a natureza desse tipo de produção midiática, (2) a possibilidade de um alargamento articulatório no campo da semiótica e (3) a proposição de um modelo teórico-metodológico, capaz de fornecer os subsídios adequados a essa empreitada.Relatores: João Anzanello Carrascoza e Tânia Márcia Cezar Ho�

“Interação discursiva: os discursos nacional e estrangeiro em auto-anúncios de agências de propaganda nos anos 1950” — João Anzanello Carrascoza e Tânia Márcia Cezar Ho�Resumo: Neste artigo, analisamos os modos de interação entre os discursos nacional e estrangeiro presentes em anúncios auto-referenciais de agências de propaganda veiculados nos anos 1950 na Revista Publicidade e Negócios. Tecemos considerações sobre a fertilidade da Análise de discurso de linha francesa para se investigar a construção dos sentidos de consumo no discurso publicitário, uma vez que o discurso pressupõe interação no contexto linguístico e social. A partir de um corpus no qual observamos elementos locais e estrangeiros, buscamos identi�car como se desenvolve a interdiscursividade entre os referidos discursos no âmbito da mensagem publicitária da época. A Análise de Discurso, articulada aos estudos de linguagem e de comunicação, é a principal fundamentação teórico-metodológica de nossa abordagem do discurso publicitário como um dos sistemas de divulgação da cultura do consumo no Brasil.Relatores: José Maurício Conrado Moreira da Silva, Alexandre Huady Torres Guimarães e Paula Renata Camargo de Jesus

“Interações comunicacionais e pós-colonialismo: analisando a entrada da televisão brasileira em Portugal e o continuum das trocas de linguagens no espaço lusófono” — José Maurício Conrado Moreira da Silva, Alexandre Huady Torres Guimarães e Paula Renata Camargo de Jesus

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT PRÁTICAS INTERACIONAIS ELINGUAGENS NA COMUNICAÇÃOSALA 14 • 9h-12h

“Interações no rádio musical expandido: a contribuição etnográ�ca” — Marcelo Kischinhevsky e Lena BenzecryResumo: O presente artigo busca investigar práticas interacionais no rádio musical expandido (que abarca das ondas hertzianas à internet), a partir do estudo de caso do podcast Muqueca de Siri, dedicado ao samba. No percurso, discutimos a pertinência da abordagem etnográ�ca para pesquisas voltadas para o consumo de música via rádio, dentro da gama de possibilidades de circulação sonora que existe hoje em dia, considerando a formação de comunidades de ouvintes que transitam entre o mundo on line e o� line.Relatores: Ana Silvia Lopes Davi Medola e Carlos Henrique Sabino Caldas

“Regimes de interação no audiovisual: as experiências interativas do Google” — Ana Silvia Lopes Davi Medola e Carlos Henrique Sabino CaldasResumo: O artigo analisa o videoclipe dentro do contexto de convergência midiática, em que os recursos de produção presentes nos diferentes dispositivos de comunicação infoeletrônicos agem no processo de constituição de sua linguagem, criando experiências inovadoras nos modos de fruição e nas realidades de consumo. Estruturados sobre as relações interativas possibilitadas pelas tecnologias digitais das mídias contemporâneas, pretende-se demonstrar como as estratégias enunciativas constituem um dos principais mecanismos de discursivização na con�guração dos novos formatos de videoclipes. Nesta perspectiva, realizar-se-á

Resumo: Este trabalho objetiva analisar a continuidade das trocas de linguagens entre Brasil e Portugal, considerando o contexto pós-colonial existente os dois países. A pesquisa analisa os conceitos de semiose, oriundo da área da Semiótica, para re�etir sobre a atual natureza midiática destas trocas de linguagens e também sobre a questão das inversões políticas inerentes ao circuito comunicativo do espaço lusófono – ou seja, dos países que falam a língua portuguesa – para debater a hipótese de que na atualidade, o Brasil é um contexto de referencia de linguagens midiáticas para países como Portugal. O trabalho faz um breve levantamento histórico da chegada da telenovela brasileira a Portugal e de emergência, neste país, de uma indústria própria desta linguagem, a partir da experiência brasileira.Relatora: Maria Lilia Dias Castro

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95a análise da experiência de videoclipe interativo desenvolvida pelo diretor Chris Milk, “�e Wilderness Downtown”, a partir do arcabouço teórico-metodológico da sociossemiótica, em especial os regimes de interação.Relatora: Yvana Fechini

“Televisão transmídia: conceituações em torno de novas estratégias e práticas interacionais da TV” — Yvana FechiniResumo: As transformações nos modos de produção, distribuição e consumo de conteúdos televisivos têm sido objeto de várias denominações, entre elas, “Televisão transmídia”. O conjunto de práticas de produção e recepção reunidas sob essa designação é, no entanto, tão vago e variado que requer ainda dos estudiosos de televisão um esforço para dotar o conceito de maior rigor. O desa�o que assumimos, neste artigo, é propor algumas bases conceituais a partir das quais possamos de�nir mais precisamente essas novas estratégias e práticas interacionais da TV.Relatores: Marcelo Kischinhevsky e Lena Benzecry

» GT PRÁTICAS INTERACIONAIS ELINGUAGENS NA COMUNICAÇÃOSALA 14 • 14h-18h

“Imagem processual, cinema sem �lme: criações espaciais em imagens performáticas” — Aline Couri Fabião e Andre ParenteResumo: O artigo propõe uma re�exão dentro da pesquisa que vem sendo desenvolvida sobre criação de espaços através de interfaces interativas. Entendendo o espaço a partir do corpo e da experiência, algumas obras podem ser consideradas construções espaciais. Trataremos casos nos quais a imagem visualizada e experimentada é processual. Sem registro prévio, tais imagens exibem seu modo de constituição e incluem os espectadores em sua produção. São imagens performáticas em diferentes graus. Relacionam-se ao processo de desocultamento do dispositivo do cinema, questionando sua forma hegemônica, a postura contemplativa, a separação entre espectador e performance, o conceito de autoria, a supremacia da visão e do objeto de arte. A ênfase é dada à experiência, ao movimento e ao corpo. A construção espacial pode se dar em várias escalas. A menor delas é a imediata ao entorno corpóreo. Numa perspectiva mais ampla, contribui-se para a construção de outros espaços de vida.Relator: Nuno Manna

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96“A chave azul: leitura como interação com o fantástico” — Nuno MannaResumo: Diante do inacabamento oferecido por narrativas fantásticas, buscamos por chaves que nos auxiliem na produção de sentidos. A complexidade da relação que aí se instaura parece desa�ar categorias tradicionais que propõem uma compreensão do lugar do leitor. Tomando alguns exemplos do cinema e da literatura, desenvolvemos aqui uma re�exão que toma o processo de signi�cação dos textos fantásticos como terreno fértil para uma percepção do leitor como ator em uma prática interacional que eleva um texto a uma obra. Nesse sentido, investigamos o inacabamento dos textos fantásticos em dois sentidos: o inacabamento fundamental de todo texto, e aquele que abre margem a leituras simbólicas, metafóricas e alegorizantes.Relatores: Aline Couri Fabião e Andre Parente

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programação por GTs

Recepção: processos de interpretação, uso e consumo midiáticos

COORDENAÇÃO • ADRIANA BRAGA, PUC-Rio

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programação por GTs / 05.06 (qua)

» GT RECEPÇÃO: PROCESSOS DEINTERPRETAÇÃO, USO E CONSUMO MIDIÁTICOSSALA 15 • 9h-12h

“Consumo midiático: uma especi�cidade do consumo cultural, uma antessala para os estudos de recepção” — Mariângela Toaldo e Nilda JacksResumo: O artigo tem o objetivo de contribuir para o debate sobre as instâncias que diferenciam a análise do consumo cultural, do consumo midiático e da recepção propriamente dita. Apresenta-se definições, especificidades e as articulações (possíveis) entre os três âmbitos – especialmente no que se refere à relação com a mídia. Parte-se da proposta de Canclini (1993 e 2005) sobre a compreensão do consumo cultural, a fim de abarcar os diferentes aspectos implicados no tema. Em seguida, apresenta-se uma definição sobre consumo midiático e o que o envolve enquanto atividade. Por fim, oferece-se um entendimento sobre o termo recepção, expondo-se uma visão sobre a possível relação entre as três dimensões. Utilizam-se como referências principais Canclini (1993 e 2005), Morley (1992) e Silverstone (2002).Relatores: Roseli Figaro e Rafael Grohmann

“Notas metodológicas relativas à pesquisa de recepção midiática” — Jiani BoninResumo: O texto recolhe questões metodológicas vivenciadas e trabalhadas no âmbito de processos e práticas de pesquisas de recepção concretos. Recupera, inicialmente, questões relativas ao desenho metodológico geral destas pesquisas. Num segundo momento, focaliza aspectos especi�camente relacionados ao desa�o metodológico de incorporar a perspectiva histórica neste tipo de investigação.Relatora: Tatiana Guenaga Aneas

» GT RECEPÇÃO: PROCESSOS DEINTERPRETAÇÃO, USO E CONSUMO MIDIÁTICOSSALA 15 • 14h-18h

“Aquilo que adere e se entrelaça com a vida: os sentidos em torno dos sujeitos na televisão” — Ricardo Duarte Gomes da SilvaResumo: Este artigo analisa como se apresentam os sentidos dos jovens em

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99torno das aparições do popular em seus programas de televisão favoritos. No Brasil, as “pessoas do povo” e as “�guras populares” se tornaram recorrentes no conteúdo dos programas televisivos e parecem estabelecer um diálogo com os públicos. Isto chama a atenção para o processo comunicativo entre a mensagem do popular na tevê e os públicos, bem como a forma de sentido que se adere e entrelaça com a vida dos jovens pesquisados. Após breves re�exões sobre o popular na tevê enquanto estimulador de uma ocorrência de comunicação, falamos sobre o conceito de popular e trazemos as falas dos receptores. Neste texto, utilizamos para análise o popular em uma telenovela e um reality-show rural. Por �m, a pesquisa ainda em andamento enfatiza a importância da observação do processo comunicativo a partir do rico ângulo da recepção.Relatoras: Mariângela Toaldo e Nilda Jacks

“Aspirações femininas: modelos da televisão e da vida” — Veneza Mayora Ronsini, Sandra Depexe, Julia Schnorr, Fernanda Scherer e Gabriela GelainResumo: O texto discute as noções de feminilidade e as relações de gênero com base em um estudo com 24 mulheres de classe popular e dominante, de diferentes gerações. Delimitando a problemática aos temas da sensualidade/sexualidade, in�delidade e hexis corporal, compara as percepções de modo a extrair resultados iniciais sobre a incidência da telenovela nos modos de ser e de pensar o gênero feminino. Dentre os resultados obtidos, observa-se que a beleza feminina e o ideal de mulher são bastante inspirados na televisão ou no mundo da moda e dos negócios, para ambas as classes, mas a mulher de classe popular extrai da televisão e da novela todas as referências. Além disso, o padrão de beleza do corpo retilíneo das classes altas disputa espaço com o padrão curvilíneo das classes populares enquanto o estilo elegante das mulheres de classe alta, tido como ideal pelas mulheres de classe popular, é tensionado pelo estilo popular por uma minoria.Relatora: Cristina Teixeira Vieira de Melo

“Tardes de junho no País do Futebol: uma perspectiva etnográ�ca sobre a recepção coletiva da Copa do Mundo no Brasil” — Édison GastaldoResumo: Este trabalho apresenta resultados de investigações etnográ�cas realizadas durante as Copas do Mundo de 2006 e 2010, em diferentes cidades brasileiras. As pesquisas de campo e gravação das imagens e video foram realizadas por uma ampla equipe de pesquisadores de diferentes instituições, e resultaram em dois vídeos etnográ�cos: “Ritos da Nação” (2007) e “Uma Tarde de Junho no País do Futebol” (2010). Neste artigo, utilizo dados destas duas pesquisas para explorar a noção de “fato social total” tal como se manifesta no momento ritualizado do “jogo do Brasil” durante uma Copa do Mundo, bem como algumas relações entre estes fenômenos interacionais e os campos da economia, da política e da midiatização. Relatores: Antonio Fausto Neto e Fabiane Sgorla

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programação por GTs / 06.06 (qui)

» GT RECEPÇÃO: PROCESSOS DEINTERPRETAÇÃO, USO E CONSUMO MIDIÁTICOSSALA 15 • 9h-12h

“Zona em construção: acesso e mobilidade da recepção na ambiência jornalística” — Antonio Fausto Neto e Fabiane SgorlaResumo: Discute-se a problemática da recepção – aqui especi�cada na situação do leitor de jornal – a partir dois conceitos convergentes: “zona de contato” e “zona de interpenetração”. Através de análise de materiais jornalísticos, descreve-se “estratégias de indução do leitor” que são acionadas em contextos da “Sociedade Midiática” e da “Sociedade em vias Midiatização”. Os dados mostram que, apesar das referidas zonas promoverem o acesso/mobilidade do leitor na ambiência jornalística, o trabalho interpretativo feito pelo ator em recepção ultrapassa os horizontes e as expectativas regulatórias da produção nesses espaços, revelando que o mesmo não se �xa aos protocolos de indução. Dinâmicas da circulação que se complexi�cam na “Sociedade em vias de Midiatização”, instituem acoplamentos entre produtores e receptores, segundo interações que merecem novos olhares da pesquisa.Relatores: Maria Ângela Mattos, Rafael Drumond, Ellen Joyce Marques Barros e Max Emiliano Silva Oliveira

“O conceito de classe social nos estudos de recepção brasileiros” — Roseli Figaro e Rafael GrohmannResumo: Neste artigo, discute-se a utilização do conceito de classe social em estudos de recepção clássicos e contemporâneos, desde o �m da década de 1970 até o ano de 2012, a partir de livros considerados representativos para o campo da Comunicação. Esses trabalhos são analisados criticamente e veri�cam-se as contribuições que trouxeram para a área ao abordarem seu objeto empírico a partir do conceito de classe social. Na parte �nal, retomamos a discussão sobre o conceito de classe social, trazemos a contribuição de dois autores que atualizam o conceito a partir da realidade brasileira. Finalmente, procuramos discutir alguns dos desa�os que o conceito de classe social traz para os estudos de recepção.Relatoras: Veneza Mayora Ronsini, Sandra Depexe, Julia Schnorr, Fernanda Scherer e Gabriela Gelain

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101“Estudos de recepção: possível deslocamento para uma epistemologia das interações” — Maria Ângela Mattos, Rafael Drumond, Ellen Joyce Marques Barros e Max Emiliano Silva OliveiraResumo: Este artigo tematiza a emergência possível de uma epistemologia das interações nos estudos de recepção. Nessa medida, indagamos sobre os deslocamentos sociais, culturais, técnicos e epistemológicos que estão rearticulando as tradicionais fronteiras entre produtores e receptores. Partimos da necessidade de repensar o estatuto da recepção em face das disposições técnico-midiáticas contemporâneas, particularmente, diante dos regimes de interação midiatizada inaugurados com as novas mídias. Re�etimos ainda sobre as matrizes teóricas que, historicamente, conformaram a especi�cidade das pesquisas de recepção no Brasil e na América Latina. Nesse intento, problematizamos: quais os deslocamentos provocados pela epistemologia interacional no legado da tradição culturalista que fundamenta as teorias das mediações?Relator: Édison Gastaldo

» GT RECEPÇÃO: PROCESSOS DEINTERPRETAÇÃO, USO E CONSUMO MIDIÁTICOSSALA 15 • 14h-18h

“O barulho da crítica sobre O Som ao Redor” — Cristina Teixeira Vieira de MeloResumo: A partir de uma perspectiva discursiva de análise, o presente artigo objetiva dar a conhecer as razões utilizadas pela crítica para legitimar O som ao redor como um �lme “original”, “singular”, uma verdadeira “obra prima”. O corpus é composto por 43 textos publicados em jornais, revistas, sites e blogs nacionais e estrangeiros. A análise se apoia nos conceitos de obra, autor, comentário, formação discursiva e acontecimento discursivo (Foucault, 2005, 2006, 2007).Relatora: Jiani Bonin

“O poder dos leões: uma análise do Festival de Cannes como espaço de recepção e instância de consagração do campo publicitário” — Tatiana Guenaga AneasResumo: Este artigo tem o objetivo de re�etir sobre os festivais, de modo geral, e o Cannes Lions - Festival Internacional da Criatividade, especi�camente, enquanto espaço de recepção e instância de consagração do campo publicitário. A partir da articulação de conceitos de Roger Odin e Pierre Bourdieu, parte-se

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102da hipótese de que existe uma relação entre os modos de produção de sentido mobilizados pelos �lmes publicitários neste contexto, e os critérios de valoração em jogo neste lugar. O objetivo deste artigo é re�etir sobre estes pontos de contato e demonstrar a possibilidade de articulação das duas perspectivas através da análise da recepção do �lme Carousel, da Phillips.Relator: Ricardo Duarte Gomes da Silva

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lançamento de livros

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104lançamento de livros

Lançamentos Compós

1. Livro Compós 2013 BRASIL, André; LISSOVSKY, Maurício; MORETTIN, Eduardo (Orgs.). Visualidades Hoje. Salvador: EDUFBA, 2013.O diagnóstico é frequente: vivemos sob um novo regime do visível. Porém, não há consenso em torno dos traços e motivações – estéticos, sócio-culturais, políticos e tecnológicos – que o constituem. Dessa constatação surgiu a proposta do presente livro da Compós, organizado em torno do tema Visualidades hoje. O plural, nesse caso, não é fortuito e indica o caráter heterogêneo e diverso das transformações em curso, assim como das perspectivas e dos modos de abordagem. A construção de uma concepção alargada da visualidade faz da Comunicação um campo privilegiado para mapear e pensar criticamente este novo regime do visível. Dividido em três partes, Renovados efeitos de real, Novos espaços de fruição e consumo e Política das imagens, a presente coletânea nos coloca diante de objetos liminares, experiências de uma visualidade em transformação. Não pretendeu, contudo, comprovar “tendências” ou sugerir qualquer sentido único para a história. Mas à luz do debate sobre a cena contemporânea que a reunião destes estudos certamente propicia, ressaltemos, mais uma vez, que em toda visualidade, em toda novidade, permanecem, incontornáveis, silêncios e contratempos.

2. Prêmio Compós 2012: Melhor Tese VIEIRA, Marcel. Adaptação Intercultural. Salvador, EDUFBA, 2013.Adaptação Intercultural: o caso de Shakespeare no cinema brasileiro ilumina algumas questões centrais no debate sobre as relações entre literatura, teatro e cinema, a partir da proposta de um modelo analítico para investigar �lmes adaptados cujas fontes textuais vêm de outras matrizes culturais. Com isso, dialoga com a vasta bibliogra�a sobre o tema, dando um passo além das análises marcadamente comparativas que restringem seu escopo de investigação aos textos literário e fílmico, e considerando os processos culturais como determinantes na produção de sentido dessas obras.

Lançamentos Diversos

BONNEMASON, Bénédicte; GINOUVÈS, Véronique; PERENOU, Véronique. Guía de Análisis Documental del Sonido Inédito: para la implementación de bases de datos. Lima: Instituto Francés de Estudios Andinos, 2007.La “Galaxia Gutemberg” no lo dice todo... la oralidad marca también de manera

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105lançamento de livros

importante a nuestras sociedades occidentales. Los archivos orales se deben poder identi�car, analizar y comparar con otros documentos como la imagen y lo escrito. Por lo tanto, es necesario proponer una herramienta que permita el análisis de fonogramas inéditos. El objetivo de esta guía es proponer un instrumento práctico que respete la especi�cidad de la fuente oral siguiendo las convenciones de las reglas y formatos utilizados en las bibliotecas. Numerosos anexos y ejemplos concretos permiten tener en cuenta el tratamiento del archivo sonoro inédito en una base datos documental, incluyendo los problemas especí�cos ligados a las grabaciones correspondientes a la literatura oral y las músicas tradicionales.

CARVALHO, Carlos Alberto de. Jornalismo, Homofobia e Relações de Gênero. Curitiba: Appris, 2012.Em que medida a homofobia – realidade complexa fortemente enraizada culturalmente – é desa�adora para as noções do jornalismo como ator social, na perspectiva de agente que negocia permanentemente com outros atores sociais os sentidos possíveis dos acontecimentos noticiados, é a principal discussão proposta no livro Jornalismo, Homofobia e Relações de Gênero.

COHEN, Évlyne; GOETSCHEL, Pascale; MARTIN, Laurent; ORY, Pascal (Eds.). Dix ans d’Histoire Culturelle. Villeurbanne/França: Presses de l’Enssib, 2011.L’Association pour le développement de l’histoire culturelle (ADHC) est née, en 1999, du constat de la place croissante, en même temps que problématique, de l’histoire culturelle dans l’historiographie contemporaine. Revendiquée par les uns, dénoncée par les autres, cette place méritait l’institution d’un lieu de rencontres où tous ceux qui se reconnaissent dans cette quali�cation pourraient échanger sur le fond et sur la forme de leur travail. L’association a tenu son premier congrès en 2000. Au terme d’une décennie et plus d’activité, il était temps de tirer le bilan et, comme il se doit, de tracer de nouvelles perspectives. Cette anthologie des conférences et tables rondes organisées dans le cadre du congrès annuel de l’association propose un panorama unique en son genre des propositions avancées par l’histoire culturelle en France et, dans une moindre mesure, à l’étranger depuis dix ans.

COSTA, Márcia. De Pagu a Patrícia: o último ato. São Paulo: Dobra, 2012.Nos anos 50 ela já não mais queria ser chamada de Pagu. Depois de trocar a militância política pela militância cultural e pelo jornalismo, Patrícia Galvão chega a Santos (SP) em 1954 para incendiar a cena, atuando como jornalista em A Tribuna, produzindo peças de teatro e eventos literários e difundindo a vanguarda. Esta história é contada no livro De Pagu a Patrícia – o último ato

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(Dobra Editorial / Fundo de Cultura de Santos), da jornalista e pesquisadora Márcia Costa, cujo objetivo é revelar a intelectual por trás do mito. A obra marca os cinquenta anos de morte de Pagu.

FABIÃO, Aline Couri. Loop: tecnologia e repetição na arte. Rio de Janeiro: Torre, 2012.O loop consiste na repetição de pequenos trechos (de imagens, sons ou código) visando à criação de um todo cujo signi�cado ou comportamento extrapole o de suas partes constituintes. Esta pesquisa teve início com a constatação da importância do loop para a criação contemporânea e teve como objetivo analisar as diversas formas de uso desta ferramenta, a partir das próprias obras e de depoimentos de artistas. O loop torna-se importante na medida em que existe como um conceito, possibilitando diversas apropriações, e também como ferramenta, possibilitando resultados especí�cos.

FELINTO, Erick; SANTAELLA, Lúcia. O Explorador de Abismos: Vilém Flusser e o Pós-Humanismo. São Paulo: Paulus, 2012.A obra consiste em análise aprofundada sobre um tema pouquíssimo explorado na obra de Vilém Flusser, pensador da comunicação de enorme projeção na Europa (especialmente na Alemanha), apesar de ainda insu�cientemente estudado no Brasil. Os autores investigam a problemática do pós-humanismo, problema central hoje do campo da cibercultura, relacionando-a com a re�exão de �usser sobre os impactos dos meios de comunicação na cultura e sociedade. A partir de pesquisa realizada no Arquivo Flusser, em Berlim, com textos inéditos do autor, os autores sistematizam uma série de questões fundamentais para a melhor compreensão das teses �usserianas, como, por exemplo a in�uência da cibernética e da fenomenologia em sua obra.

FERRAZ, Talitha. A Segunda Cinelândia Carioca. Rio de Janeiro: Morula, 2012.Resultado de uma pesquisa de mestrado em Comunicação e Cultura, A segunda cinelândia carioca aborda a relação entre o espaço urbano da Tijuca e as salas de cinema que existiram no bairro carioca. A obra resgata um período importante no desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro e serve de modelo para pesquisas futuras que possam dar conta do alcance sociocultural que o cinema conheceu no século passado. A pesquisa foi realizada entre 2007 e 2009 e conta agora, nesta segunda edição, com acréscimos feitos pela autora.

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FIGARO, Roseli; NONATO, Claudia; GROHMANN, Rafael. As Mudanças no Mundo do Trabalho do Jornalista. São Paulo: Atlas, 2013.Uma série de funções desapareceu do cenário das rotinas produtivas do métier do jornalista. Os produtos jornalísticos impressos, televisivos ou radiofônicos são produzidos de maneiras completamente diferentes do que há cerca de vinte anos. O tempo e o espaço, comprimidos pelas possibilidades das tecnologias de comunicação e de informação, foram assimilados nos processos de produção de modo a reduzir o tempo para a re�exão, a apuração e a pesquisa no trabalho jornalístico. Essas e outras questões são analisadas neste livro, que reúne evidências do mundo do trabalho dos jornalistas de São Paulo no desabrochar do século XXI, apreendendo basicamente as “mudanças” que determinam sua inserção na vida cotidiana.

FILHO, Jorge Cardoso. Práticas de Escuta do Rock. Salvador: EDUFBA, 2013.Este e-book é resultado da tese de doutorado realizada na Universidade Federal de Minas Gerais e investiga comparativamente os regimes de escuta no qual três álbuns do Rock foram inseridos em seus respectivos contextos de lançamento: �e Dark Side of the Moon (1973), da banda Pink Floyd; Nevermind (1991), da banda Nirvana; e In Rainbows (2007), da banda Radiohead. O estudo recupera traços da experiência de escuta com cada um dos álbuns a partir das suas dimensões estéticas e culturais, sobretudo a partir dos conceitos de experiência estética, mediações e materialidades da comunicação.

GAILLARD, Isabelle. La Télévision : histoire d’un objet de consommation -1945-1985. Paris: INA/CTHS, 2012.Comment la « boîte aux images » est-elle devenue si rapidement la télé ? Telle est la question à laquelle ce livre essaye de répondre. En saisissant les di�érents moments de l’histoire d’un objet devenu indispensable, l’auteur détaille sa fulgurante ascension de son lancement dans les limbes expérimentales jusqu’à son apparente banalisation. Revisitant à travers « l’étrange lucarne » la période des Trente Glorieuses, Isabelle Gaillard montre qu’explorer le marché d’un objet de consommation de masse débouche sur l’histoire totale d’une nouvelle société en plein essor : la société de consommation.

GASTALDO, Edison. Publicidade e Sociedade: uma perspectiva antropológica. Porto Alegre: Sulina, 2013.Publicidade e Sociedade: uma perspectiva antropológica reúne trabalhos produzidos ao longo de dez anos de pesquisa sobre a publicidade. O objetivo deste livro é apresentar ao leitor um conjunto de textos que problematizem o

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108lançamento de livros

discurso publicitário a partir de sua dimensão social: para além das intenções mercadológicas estritas de seus produtores, o mundo que vemos representado nos anúncios é um importante elemento de apresentação e defesa de representações sociais, que fundamentam e legitimam relações de poder entre pessoas e grupos.

GOMES, Itania. Análise de Telejornalismo: desa�o teóricos-metodológicos. Salvador: EDUFBA, 2012.O livro Análise do Telejornalismo: desa�os teórico-metodológicos reúne os artigos apresentados pelos conferencistas convidados no Seminário Internacional de mesmo nome, realizado entre os dias 23 e 26 de agosto de 2011, pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia, através do Grupo de Pesquisa em Análise de Telejornalismo (GPAT). Na primeira seção, Análise Cultural de Telejornalismo, discute-se especialmente o papel dos estudos culturais para a análise das transformações efetuadas no telejornalismo em função da relação com a cultura. Na segunda seção do livro, Telejornalismo e História: temporalidades, cultura e sociedade os autores investigam o lugar que a história ocupa nas pesquisas de telejornalismo e como os valores e características do telejornalismo resultam de um processo histórico. Na terceira seção, Linguagem e Telejornalismo, os autores avaliam diversas facetas dos processos de produção de sentido do telejornalismo, tanto da perspectiva das contribuições da semiótica quanto da análise do discurso. Na quarta e última seção do livro, a relação entre Jornalismo, sociedade e subjetividades marcou a preocupação dos autores.

GRANET-ABISSET, Anne-Marie; RIGAUX, Dominique. Images de Soi, Images de l’Autre. Grenoble/France: CNRS MSH-Alpes, 2010.Interroger les images, qui séduisent, qui émeuvent, qui interpellent, qui choquent, et analyser les pratiques, les usages et les enjeux qui s’y rapportent, tel est l’objectif du présent ouvrage issu d’un colloque international organisé en 2008 par les deux laboratoires d’histoire et histoire de l’art de l’Université de Grenoble : le CRHIPA et le LARHRA. Dans ce champ thématique très vaste, deux angles d’approche principaux ont été retenus : le portrait et l’image de l’altérité. Ils sont abordés dans une perspective diachronique large, de l’Antiquité à nos jours. Les treize études de cas rassemblées permettent de confronter les méthodes et les démarches de l’historien et de l’historien de l’art. L’étude des conditions et du contexte de production sont également au coeur de la ré�exion autour des images.

GUIMARÃES, Denise. Histórias em Quadrinhos & Cinema: adaptações de Alan Moore e Frank Miller. Curitiba: Editora da UTP, 2012.Este é um livro indicado para quem estuda, ensina ou trabalha com o tema das

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adaptações que não devem ser vistas, meramente, como atividades ligadas aos apelos massivos e à reiteração das estereotipias, mas também como possíveis recon�guradoras do imaginário contemporâneo. Busca-se delinear conceitos teóricos, analíticos e interpretativos fundamentais para o estudo do chamado comic book movie ou “�lme de quadrinhos”, considerado como uma das fórmulas de maior relevo na indústria cinematográ�ca atual.

LEAL, Bruno Souza; CARVALHO, Carlos Alberto de. Narrativas e Poéticas Midiáticas: estudos e perspectivas. São Paulo: Intermeios, 2013.A narrativa, em abordagem pragmática, é vista como constituidora de processos de mediação próprios, que articulam dimensões textuais, temporais, estéticas e ideológicas que contribuem para a conformação da experiência dos indivíduos, demandando com isso o desenvolvimento de perspectiva teórico-analítica peculiar. Entre os temas e fenômenos estudados pelo Tramas, além do jornalismo e da televisão, estão a produção audiovisual, as questões LGBT, de gênero e sexualidade, especialmente em suas con�gurações brasileiras.

LEAL, Bruno Souza; CARVALHO, Carlos Alberto de. Jornalismo e Homofobia no Brasil: mapeamento e re�exões. São Paulo: Intermeios, 2012.Parte da vida social, a homofobia, assim como as diferentes manifestações da diversidade sexual, em especial as LGBTs, não cessa de gerar acontecimentos no cotidiano, ocupando cada vez mais lugar de destaque no debate político e na atenção dos agentes midiáticos. A aproximação entre um modo de dizer e saber a vida social – o jornalismo – e um fenômeno complexo, marcado por silêncios e esforços de visibilização, indissociável das tensões identitárias, sexuais, morais, dos diversos grupos e realidades que constituem a sociedade brasileira, não é simples nem fácil.

MAIA, Rousiley. Deliberation, the Media and Political Talk. Nova Iorque: Hampton Press, 2012.Mostrar o importante lugar que a comunicação de massa ocupa na democracia deliberativa é o tema do livro Deliberation, the Media and Political Talk. A obra de Rousiley C. M. Maia, professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG, enfrenta o desa�o de integrar as teorias normativas da democracia deliberativa e os estudos dos media. Através da análise de diversas controvérsias sobre a deliberação pública e de vários estudos de caso, o livro mostra como é possível conectar discussões políticas que acontecem na vida cotidiana e em fóruns políticos especí�cos com amplos debates na sociedade. Os capítulos escritos em coautoria com Ângela C. Marques, Danila Cal e Ricardo Fabrino

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Mendonça apresentam casos empíricos que foram parte das pesquisas realizadas por eles durante a pós-graduação.

MARCONDES FILHO, Ciro. O Rosto e a Máquina: o fenômeno da comunicação visto dos ângulos humano, medial e tecnológico – Nova Teoria da Comunicação – vol. 1. São Paulo: Paulus, 2012.

MARCONDES FILHO, Ciro. O Escavador de Silêncios: formas de construir sentidos na comunicação – Nova Teoria da Comunicação – vol. 2. São Paulo: Paulus, 2012.

MARCONDES FILHO, Ciro. O Principio da Razão Durante: da Escola de Frankfurt à crítica alemã contemporânea – Nova Teoria da Comunicação – vol. 3. São Paulo: Paulus, 2012.

MENDONÇA, Carlos. E o Verbo se Fez Homem: corpo e mídia. São Paulo: Intermeios, 2013.Este livro debate algumas das maneiras pelas quais o corpo homossexual resistiu e criou linhas de fuga frente ao exercício de controle e punição imposto sobre ele. As imagens, em muitos momentos da história ocidental, ofereceram aos corpos uma possibilidade de comunicarem-se através de mídias do silêncio: quando a palavra foi proibida a imagem falou aos pares.

MORETTIN, Eduardo. Humberto Mauro, Cinema, História. São Paulo: Alameda Editorial, 2013.

MORETZSOHN, Sylvia. Repórter no Volante: o papel dos motoristas de jornal na produção da notícia. São Paulo: Publifolha, 2013.O livro pretende contribuir para ampliar o enfoque sobre o processo de produção da notícia e para a própria história do jornalismo brasileiro ao expor a importância do trabalho de uma categoria pro�ssional que sempre �cou na sombra e está agora em vias de extinção, na era da internet: o motorista de reportagem. Aponta a relevância de sua atuação tanto na tarefa elementar de conduzir a equipe como no próprio processo de apuração, na sugestão de pautas e em várias outras formas de colaboração.

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MOTA, Luiz Gonzaga. Análise Crítica da Narrativa. Brasília: Editora UnB, 2013.O livro oferece ao leitor procedimentos práticos para a análise crítica de estórias, enredos, con�itos e personagens que preenchem �lmes, canções, reportagens, comerciais de TV, relatos das mídias digitais e outras narrativas. A perspectiva pragmática permite a identi�cação de vozes narrativas e suas intenções, os efeitos de sentido e os conteúdos de fundo ético, político e ideológico dos relatos, assim como a maneira pela qual os homens articulam o sentido e constroem o mundo simbólico.

NATANSOHN, Leonor Graciela. Jornalismo de Revista em Redes Digitais. Salvador: EDUFBA, 2013.Uma revista que existe apenas em rede digital, tem páginas que podem ser “viradas” como no suporte impresso, mas incorpora vídeos, galerias de fotos, infogra�a interativa, memória, realidade aumentada, continua sendo uma revista? Ou se trata de um novo produto midiático que por conveniência, preguiça ou vício metafórico continuamos a chamar de “revista”? O conjunto de textos incluídos nesta coletânea está – explícita ou implicitamente, de muitas diferentes maneiras – abordando centralmente essa questão. Mas a�nal, que “revista” é essa que nasce com as redes digitais ou para elas se transfere, total ou parcialmente? Continuidade? Transposição? Ruptura?

PRADO, José Luiz Aidar. Convocações Biopolíticas nos Dispositivos Comunicacionais. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2013.Os dispositivos comunicacionais oferecem uma multiplicidade de convocações e de receitas para guiar os usuários no mundo do consumo, cujo combustível não é somente mercadoria em sua materialidade, mas a própria vida. Esses programas biopolíticos dos dispositivos comunicacionais tomam as potencias da vida como capital cultural para promoção dos eus que buscam gozo. Os agentes convocadores indicam para os consumidores modos para conseguir o a-mais rumo ao sucesso nesse mundo dito “�exível”.

RAUCH, André; RSIKOUNAS, Myriam (Eds.). L’Historien, le Juge et l’Assassin. Paris: Publications de la Sorbonne, 2012. Après le criminel et son juge, surgit l’historien. Que sait-il des faits ? Son enquête est tributaire de la disponibilité des archives. Elle croise des sources écrites, audiovisuelles, d’origines diverses : policières, judiciaires, pénitentiaires, littéraires... Quand elles ne font pas défaut, comme c’est souvent le cas pour l’inceste, le viol ou les violences domestiques. La confrontation des archives ouvre la voie aux représentations et aux imaginaires. Ils varient d’une époque à une autre, selon les circonstances, les positions des témoins et la nature des

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témoignages. Journaux, émissions radio et spectacles télévisés font et défont crimes et jugements au cours des années, les opposant et les contestant à la lumière d’autres témoignages ou de nouvelles interprétations.

RIBEIRO, José Carlos; MIRANDA, �ais; SOARES, Ana Terse (Orgs.). Práticas Interacionais em Rede. Salvador: EDUFBA, 2013.O livro Práticas Interacionais em Rede é uma coletânea que reúne alguns dos melhores artigos apresentados na segunda edição do Simpósio de Pesquisa em Tecnologias Digitais e Sociabilidade (SIMSOCIAL): Práticas Interacionais em Rede, que aconteceu nos dias 10 e 11 de outubro de 2012, na Universidade Federal da Bahia. O objetivo do evento foi o de promover a re�exão sobre as práticas sócio-comunicacionais observadas nas interações efetivadas em redes digitais. Em um momento em que a discussão a respeito das tecnologias telemáticas concentra-se nos seus usos e aplicabilidades, o evento propôs-se a ampliar esta leitura do fenômeno, trazendo novos elementos – oriundos do campo da Cibercultura – que sirvam de base para outras propostas interpretativas, assentadas em perspectivas teóricas e metodológicas interdisciplinares.

RONSINI, Veneza V. Mayora. A Crença no Mérito e a Desigualdade: a recepção da telenovela do horário nobre. Porto Alegre: Sulina, 2012.O trabalho articula a análise do texto televisivo com o estudo de sua recepção/consumo, examinando como as representações da pobreza nas telenovelas são assimiladas, negociadas ou rechaçadas por jovens de classe popular, média e alta. A extensa investigação conjuga, com rigor e inventividade metodológica, modelos teóricos formulados por Jesús Martín-Barbero (mediações) e Stuart Hall (codi�cação/decodi�cação). Outro ponto importante do livro é o diálogo com as re�exões do sociólogo Jessé Souza a respeito das peculiaridades da dominação de classe no Brasil (um contraponto bastante lúcido às celebrações da chegada de uma possante “nova classe média brasileira”).

RUBLESCKI, Anelise; BARICHELLO, Eugenia Mariano da Rocha. Ecologia da Mídia. Santa Maria: Editora Facos/UFSM, 2013.O livro Ecologia da Mídia parte de uma perspectiva da mídia como ecossistema, incluindo os novos formatos que têm como suporte as tecnologias digitais. São processos de circulação das informações caracterizados pela superação das dicotomias entre emissor/receptor, meio/mensagem, sujeito/mídia, presentes nos estudos sobre os meios de comunicação de massa, procurando compreendê-los sob a perspectiva de uma nova ambiência e do processo de midiatização da sociedade contemporânea, no qual as lógicas midiáticas parecem regular as interações sociais.

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SACRAMENTO, Igor; ROXO, Marco. Intelectuais Partidos: os comunistas e as mídias no Brasil. Rio de Janeiro: E-Papers, 2012.O livro trata das relações dos intelectuais com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a indústria cultural. Seu foco é o trânsito entre os militantes que se engajaram, em algum grau, na produção de mídias comunistas e que, em diversos casos, ganharam notoriedade nas mídias de massa.

SAMPAIO, Inês. Comunicação, Cultura e Cidadania. Campinas: Pontes, 2012.Este livro reúne a contribuição de pesquisadores que, em outubro de 2010, estiveram reunidos no Seminário Nacional de Comunicação, Cultura e Cidadania, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal do Ceará, para re�etir sobre as questões da comunicação contemporânea, em sua interface com a comunicação e a cidadania. A proposta valoriza, em seu formato, o princípio da interdisciplinaridade, reunindo olhares da sociologia, da política, da história, da educação, entre outros, para pensar as questões comunicacionais por meio do diálogo entre diferentes perspectivas.

SAMPAIO, Inês; PINHEIRO, Andrea (Orgs.). Qualidade na Programação Infantil na TV Brasil. Florianópolis: Insular, 2012.O livro é resultado de uma pesquisa sobre a qualidade da programação infantil da TV Brasil, uma televisão pública gerida pela Empresa Brasileira de Comunicação. Os pesquisadores dedicaram-se à análise de 221 episódios dos 23 programas infantis exibidos pela referida emissora entre outubro de 2010 e janeiro de 2011, como Castelo Rá-Tim-Bum, Dango Balango, Vila Sésamo, TV Piá, Cocoricó, entre outros. A análise considerou um conjunto de aspectos formais e de conteúdo presentes nas obras audiovisuais, com base em critérios como diversidade, inovação/criatividade, promoção do desenvolvimento integral da criança, promoção de modelos de conduta construtivos, estímulo à cultura nacional e à cidadania, interatividade, inocuidade, entre outros. A obra faz uma provocação acerca do que se considera qualidade na comunicação para/com crianças, suprindo uma lacuna importante neste campo de estudos.

SERAFIM, José Francisco; LIMA, Sergio Ricardo. Representações do Meio Ambiente: clima, cultura, cinema. Salvador: EDUFBA, 2012.O livro Representações do Meio Ambiente: clima, cultura, cinema aborda os discursos e a práxis sobre o clima e o meio ambiente, sob diversos pontos de vista. Considerando-se o cinema como um poderoso propagador de referências culturais, um propósito complementar é discutir instâncias, efeitos

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e ideias subjacentes a representações cinematográ�cas do meio ambiente e dos fenômenos climáticos atuais.

SIBILIA, Paula. Redes ou Paredes: a escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.O livro analisa os fatores envolvidos na crescente incompatibilidade entre os novos modos de ser e estar no mundo, por um lado, e as clássicas instalações escolares, por outro lado, com suas próprias regras, premissas e ambições que parecem cada vez mais antiquadas. A análise leva em conta um conjunto de fatores socioculturais, econômicos e políticos, com o objetivo de identi�car os sentidos dessas transformações históricas e oferecer algumas pistas que permitam delinear possíveis respostas ao con�ito reformulando as perguntas.

SILVEIRA, Fabrício. Rupturas Instáveis: Entrar e sair da música pop. Porto Alegre: Libretos Universidade, 2013.Rupturas Instáveis reúne artigos escritos entre janeiro de 2011 e agosto de 2012, apresentados em diversos congressos do campo da Comunicação e, agora, reescritos e reagrupados em livro. Os textos analisam a produção de certos artistas pop (músicos e bandas de rock, sobretudo) que não são representantes daquele pop palatável que fomos acostumados a ouvir e a reconhecer, nas últimas décadas.

TAVARES, Frederico. SCHWABB, Reges. A Revista e seu Jornalismo. Porto Alegre: Penso, 2013.Passados dois séculos desde a publicação das primeiras revistas no Brasil, este livro sem similar reúne diversos pro�ssionais brasileiros que se dedicam ao estudo e à produção desse produto jornalístico com o intuito de colaborar com o aprofundamento do pensamento sobre suas peculiaridades. A primeira parte do livro, “Ângulos e processos”, inclui a revista em um quadro de referências que problematiza sua constituição jornalística e sua inserção social. A segunda, “Práticas e produto”, reúne um apanhado re�exivo sobre os aspectos estruturais. O tradicional “como se faz” dá lugar a uma abordagem das características que envolvem.

TRIVINHO, Eugênio. Glocal: visibilidade, imaginário bunker e existência em tempo real. São Paulo: Annablume, 2013.

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MATRIZes – v. 7, n. 1. São Paulo: USP, 2013.MATRIZes é a revista cientí�ca do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo. Lançada em 2007, é destinada à publicação de estudos que tenham por objeto a comunicação. Acolhe pesquisas teóricas e empíricas sobre processos comunicativos, meios e mediações nas interações sociais. Trata-se de uma publicação aberta às re�exões sobre culturas e linguagens midiáticas e suas implicações sociopolíticas e cognitivas. MATRIZes preserva o horizonte transdisciplinar do pensamento comunicacional e espera redimensionar conhecimentos e práticas que contribuam para de�nir, mapear e explorar os novos cenários comunicacionais.

Societés & Representation, n. 35, « Archives et patrimoines visuels et sonores ». Paris: Publications de la Sorbonne, 2013.Dans un monde en mouvement, en pleine mutation et parfois même en crise, le patrimoine visuel, sonore et audiovisuel s’impose comme un ancrage nécessaire pour pouvoir penser le présent et envisager l’avenir des productions humaines, culturelles, artistiques et médiatiques. Trait d’union indispensable entre hier et demain, les archives occupent une place prépondérante sur le terrain des activités scienti�ques d’intelligibilité du monde contemporain. Depuis quelques années, par le développement des moyens de numérisation et l’extension du périmètre des archives, le champ est alors en pleine recon�gurations. Celles-ci sont abordées dans le dossier “Archives et patrimoines visuels et sonores” de la revue Sociétés & Représentations n° 35 sous trois angles : Un regard sur les institutions de conservation et sur les politiques patrimoniales en France, en Suisse et au Brésil. Les stratégies de valorisation patrimoniale des archives et de leurs processus de publicisation. Les usages des archives pour le chercheur comme pour le spectateur.

Télévision, n. 4. Paris: CNRS Editions, 2013.Dans la Crise de la culture, Hannah Arendt montre que les objets culturels sont inexorablement entraînés sur la pente du divertissement et que consommer s’identi�e assez rapidement, dans notre société, à se divertir. Cet « appel » du divertissement est particulièrement observable dans un média comme la télévision où les missions d’informer et de cultiver se soumettent, chaque jour un peu plus à sa loi. Si les talk-shows sont fréquentés par les politiques et les journalistes, ils sont d’abord des programmes ludiques qui mélangent les genres pour laisser place à l’infotainment. Les émissions de vulgarisation scienti�ques empruntent de leur côté la voie de la ludi�cation de crainte d’être trop sérieuses. Quant à la �ction, elle suit parfois la pente de cet ultime stade du divertissement dénoncé par Arendt, où, pour faire « passer » un objet culturel, on le déforme, on le dénature. C’est aujourd’hui le sort de nombreuses adaptations télévisuelles de « classiques ». Information, culture, politique,

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connaissances scientifique… La télévision est-elle condamnée à céder aux sirènes du divertissement ?

Circav, n. 21, « Télévision et Justice ». Paris: Harmattan, 2010.

Ce vingt et unième numéro de la revue CIRCAV a pour objectif d’explorer les relations entre deux institutions majeures : la justice et la télévision. Comment se construisent ces relations ? Que nous apprennent-elles de la justice, de la télévision et plus généralement de la société ? Un constat historique s’impose : à la télévision, la justice n’est pas seulement présente dans les émissions d’information. Elle a envahi le divertissement dès les années 1950, et plus récemment, les séries fictionnelles. Fiction et sérialisation constituent aujourd’hui des voies de contestation esthétiques de l’institution judiciaire. Ce que fait la télévision de la justice et la justice de la télévision : voilà ce dont il est question. En complément des réflexions des chercheurs, nous avons associé celles des professionnels de la procédure judiciaire dont le point de vue décentré permet de mieux rendre compte de l’intrication des enjeux pour chacune de ces institutions.

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