» CARNAVAL - mundouniversitario.pt156.pdf · TESTEMUNHO DE HÉLDER RODRIGUES QUE ALCANÇOU ......

BEIJO NOS LÁBIOS, BEIJO NA TESTA, NA CARA, NO NARIZ OU NAS ORELHAS. NO DIA DOS NAMORADOS,

TODAS AS DEMONSTRAÇÕES DE CARINHO E AMOR SÃO VÁLIDAS. O MU DÁ-TE SUGESTÕES ORIGINAIS PARA

DESFRUTARES COM A TUA CARA-METADE E CONTA-TE O QUE OS UNIVERSITÁRIOS VÃO FAZER NESTE DIA.muuaaaaah!!!!!!muuaaaaah!!!!!!

» DAKAR TESTEMUNHO DE HÉLDER RODRIGUES QUE ALCANÇOU UM RESULTADO HISTÓRICO NAS MOTAS P. 14

» CARNAVALAS MELHORES FESTAS PARA BRINCARES AO CARNAVAL P.09

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Sumário

Edição 8 a 22 de Fevereiro de 2010

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Raquel Louçã Silva • [email protected]

ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva | Directora: Raquel Louçã Silva | Redacção: Andreia Arenga, Graziela Costa (estagiária) | Colaboradores: João Tomé, Laura Alves, Luís Magalhães, Ricardo Queirós, Shampo Decapante | Cronistas: Luís Franco-Bastos, Mariana Seruya Cabra, Vasco Duarte | Projecto Gráfi ico: Joana Túlio | Paginação: Pedro Castro | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publi-cidade: Margarida Rego (Directora Comercial); Francisco Sousa Coutinho (Senior Brand Activator) | Distribuição: Henrique Sanchez | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade:Quinzenal |Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

Esta edição está cheia de corações, beijos e coisas pirosas que tais. Porquê? Porque Dia 14 de Fevereiro celebra-se o Dia de São Va-lentim ou Dia dos Namorados, se quiserem. Dizemos celebra-se com a plena consciência de que há quem ache isto tudo uma lamechice sem nexo ou um mero pretexto para as mar-cas facturarem. Uma coisa é certa, como não podemos fugir às montras estrategicamente decoradas para o efeito ou aos apelos cons-tantes de menus afrodisíacos que garantem noites de luxúria, optámos por não combater este arrebatamento que quase nos obrigam a sentir. Podemos não andar todos a ver passa-rinhos, mas é claro como água que amamos alguém: a mãe, o irmão, o gato... Aprendamos com os testemunhos de sábi@s universitári@s [p.10-11].Pouco amada, pelo menos pelos estudantes, foi a ideia da passagem das Universidades a Fundações porque se temia uma perigosa aproximação a sectores como o mundo em-presarial e a banca. Um ano volvido sobre esta transformação em três instituições de ensino nacionais, fazemos o balanço e parece ter havido aqui um volte-face nas opiniões [p.4].De resto, o melhor do mundo para ti, numa se-lecção de conteúdos sempre muito amorosa. Uma jovem promessa da literatura nacional [p.6]; exemplos de projectos generosos que contam para a avaliação [p.7]; cultura com sotaque francês [p.8]; ideias para celebrações carnavalescas alternativas [p.9], a antecipa-ção das estreias que prometem fazer furor nos Óscares [p.13]; o testemunho de quem brilhou nas motas no último Dakar ou uma novidade excepcional nos videojogos [p.18].

CONTEÚDOS AMOROSOS

No passado dia 4, essa maravilhosa rede so-cial que tira muita gente da solidão e dá pelo nome de Facebook comemorou seis aninhos de vida. O puto ‘tá grande, já vai para a escola e tudo!

E pensar que tudo começou com uns meni-nos de Harvard que só queriam criar uma rede

social lá na Universidade, a ConnectU. Hoje, a rede tem mais de 200 milhões de utilizadores em todo o mundo.

Recomendamos a leitura de ‘Milionários Acidentais – A criação do Facebook: uma histó-ria de génios, sexo, dinheiro e traição’, de Ben Mezrich.

Envia opinião construtiva

ou então manda vir para

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ONLINE REDES SOCIAIS

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Em Foco

No dia 6 de Fevereio realizou-se a cerimónia de lançamento do ‘Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social’ em Portugal. Todos os anos a União Euro-peia elege uma causa em relação à qual incita os vários governos a promoverem campanhas de sensibilização. Acompanha as várias iniciativas que vão acontecer no nosso país em: www.2010combateapobreza.pt.

O Facebook fez seis anos

WWW.MUNDOUNIVERSITARIO.PT

4 [8 FEV 2010]

A Abrir

» A VOZ DOS REITORES

MARQUES DOS SANTOS Reitor da Universidade do Porto

«Esta foi uma mais-valia para a Univer-sidade do Porto, mas ainda há um longo caminho a explorar. O novo modelo tem um potencial enorme pela gestão mais simplifi cada, o que gera uma maior ra-pidez na execução de projectos de inves-tigação fi nanciados. Conseguiu-se um fun-do de tesouraria para que os projectos arranquem. Estas alterações permitem uma maior capacidade competitiva com universidades estrangeiras.» (à Lusa)

MANUEL ASSUNÇÃO Reitor da Universidade de Aveiro

«Este novo modelo de gestão e organi-zacional é um desafi o de crescimento e de qualifi cação. A Universidade vai ter que se virar ainda mais para o exte-rior. O objectivo é alcançar um novo nível de desempenho na actuação da Universidade de Aveiro.» (à Lusa)

» UPORTO É A MAIOR INSTITUIÇÃO CIENTÍFICAA universidade do Porto é a instituição portuguesa com maior número de artigos científi cos publicados em revistas nacionais e internacionais de ciência em 2009. A Instituição é responsável por mais de 22% dos artigos científi cos nacionais. O número surge em destaque nos últimos indicadores disponibilizados pela Web of Science, base de dados gerida pelo norte-ame-ricano Institute for Scientifi c Information.

ENSINO SUPERIOR. AS UNIVERSIDADES DE AVEIRO, PORTO E O ISCTE FAZEM BALANÇO SOBRE ESTATUTO DE FUNDAÇÃO EM QUE SE TRANSFORMARAM

Balanço positivo ao fi m de um ano de FundaçãoUM ANO APÓS A PASSAGEM DAS UNIVERSIDADES DE AVEIRO E DO PORTO E DO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA (ISCTE) A FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PRIVADO, AS INSTITUIÇÕES PARECEM SATISFEITAS.

Andreia [email protected]

Foi há um ano que o Go-verno anunciou a transfor-mação das Instituições de Ensino Superior em Fun-dações Públicas de Direito Privado. O Governo assina-va um contrato de 5 anos com objectivos e metas claras a atingir, entre elas o maior financiamento das instituições e um vínculo mais afirmativo entre uni-versidades e empresas. Os estudantes correram para a frente da Assembleia da República, levantaram ban-deiras e protestaram con-tra o novo modelo jurídico das instituições. Puseram

em causa a autonomia das universidades, que na sua opinião viriam a ser con-troladas pelos bancos e pe-las instituições de crédito, e temiam pela privatização do ensino público.

Hoje, ao fim de um ano de compromisso, as primeiras três instituições de ensino superior a experimentar o novo modelo, as Universi-dades de Aveiro e Porto e ainda o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) em Lisboa, fazem um balanço positivo dessa mudança. Também as Associações de Estudantes, apesar das dúvidas iniciais, estão contentes com os re-sultados.

+ -» BE ACUSA ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra negou que obrigue alunos carenciados a pagar a propina antes de receberem a bolsa, reagindo a uma denúncia do Bloco de Esquerda, que pediu explicações ao Governo. Num requerimento dirigido ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os deputados do BE afi rmaram que os estudantes que ainda não receberam bolsa são obrigados ao pagamento de propinas e de juros, em caso de atraso.

DE UNIVERSIDADE A FUNDAÇÃOCom a transformação das Universidades em Fundações, as institui-ções de Ensino Superior viram mudanças so-bretudo ao nível da sua gestão e organização, tais como:1 - Os órgãos de governo são o reitor, o conselho geral (órgão restrito composto por represen-tantes de professores e estudantes e cinco personalidades externas à Universidade) e o conselho de gestão;2 - O Senado, órgão decisório amplamen-te representativo (de docentes, estudantes e funcionários) passa a ser facultativo e meramente consultivo;3 - O Conselho Científi -co, que incluía todo o universo dos doutora-dos, converte-se num órgão constituído por representantes eleitos que podem ser per-sonalidades dos mais variados sectores da sociedade portuguesa (empresários, académi-cos, pessoas ligadas à cultura ou à banca);4 - Criação de um Conselho de Curadores constituído por fi guras de prestígio da Univer-sidade ou fora dela de modo a reforçar os laços entre as instituições e a comunidade onde se inserem; 5 - Maior ligação entre a Universidade e as empresas, públicas ou privadas, através da formalização de proto-colos;6 - Instituições passam a ser avaliadas também por fi guras exteriores à Universidade.

Mónica Moitas


Há um ano, os estudantes manifestavam-se contra o regime fundacional. Hoje mostram-se satisfeitos

» A VOZ DOS ESTUDANTES

RICARDO MORGADO Presidente Federação Académica do Porto

«Evidentemente, este modelo tem um impacto muito grande quanto mais não seja pela forma simplifi cada como a Universidade vai passar a ser ge-rida. De uma maneira geral, fazemos um balanço positivo, apesar de no início este modelo nos ter levantado bastantes dúvidas porque era uma classifi cação que não existia. Temos vindo a perceber que tem havido um esforço para racionalizar recursos e que este modelo trouxe mais autonomia à instituição para se reestruturar e para se reavaliar. Julgo que a Universidade do Porto tem aqui uma oportunidade enorme de nos próximos quatro anos sedimentar este regime, benefi ciar dele e servir de exemplo para que todas as instituições possam também dar esse passo que, até ao momento, se tem mostrado benéfi co para a instituição e para os estu-dantes. Vamos ver agora como é que essas metas vão ser atingidas.» (ao MU)

TIAGO ALVES Presidente Associação Académica de Aveiro

«Acho que está a ser excelente para a Universidade. É uma oportunidade única porque temos um contrato plurianual o que nos vai obrigar a cumprir determinados objectivos e crescer. A nível da gestão houve várias mudan-ças, a nível de crescimento é difícil medir ainda porque os projectos estão numa fase de arranque, ainda estão a ser postos em prática e com a mudan-ça de reitor o que atrasa um pouco o processo. Mas penso que será muito importante no futuro.» (ao MU)

CampusWWW.MUNDOUNIVERSITARIO.PT

Primeiro instituto português de tecnologias interactivas

Começou a funcionar em Janeiro o Madeira Interactive Technologies Institute (Madeira–ITI), o primeiro instituto portu-guês de inovação focado na área das tecnologias interactivas.

O novo centro resulta do sucesso alcançado no pro-

grama dual do Mestrado Profi ssional em Interacção Humano-Computador, no âmbito do Programa Carne-gie Mellon | Portugal, atra-vés de um protocolo entre as Universidades de Car-negie Mellon, da Madeira e o Madeira Tecnopólo, no Verão de 2009.

Mais coerência no Estatuto Carreira Docente

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) quer que o Governo apli-que de forma coerente os métodos de avaliação aos professores do Ensino Su-perior. A exigência foi feita num debate sobre o tema ‘Avaliação de De-sempenho nos Estatutos de Carreira’, que decor-reu no fi nal do mês de Janeiro no Instituto Superior Técnico. «A carreira docente do Ensino Superior sem-pre foi das mais avaliadas e o SNESup não põe em causa a necessidade das avaliações regulares que a revisão dos Estatutos ago-ra vêm exigir. O que se discutiu foi a forma e a coerência dos métodos de avaliação»,

disse Teresa Alpuim, do SNESup.

A utilização exagerada de critérios quantitativos, a in-trodução de critérios de ava-liação pedagógica (como as taxas de aprovação dos alu-nos) e que garantias de jus-tiça e imparcialidade podem os docentes do Ensino Supe-rior esperar do processo de

avaliação, foram os pontos fortes do debate.Os regulamentos de avaliação de desempe-

nho, que devem ser elaborados por cada Ins-tituição de Ensino Superior, começam a tomar forma em algumas Universidades e Institutos Politécnicos.

Rankings de Universidades em relatório anual

Devido à falta de credi-bilidade que ainda existe no seio académico face aos rankings internacionais das melhores universidades, a Associação Europeia das Universidades (EUA) deci-diu aumentar o nível destas classifi cações. A partir de 2011, a EUA vai apresentar um relatório anual sobre os rankings internacionais do Ensino Superior. O objectivo desta nova medida é fornecer in-

formação clara às univer-sidades sobre os rankings, apresentanto metodologias e sugerindo formas de evo-luir. O relatório vai também ajudar as universidades a desenvolver estratégias mais transparentes para competir nos rankings. A EUA vai também passar a organizar um seminário

anual com todas as universidades líderes da Europa de modo a fomentar o debate.

Concurso para Bolsas nos EUAEstá a decorrer o concurso para a atribuição

de uma bolsa de estudo para o programa Stu-dy of the United States Institutes for Secondary School Educators, no Verão de 2010. Os Study of the United State Institutes for Secondary School Educators são programas académicos intensivos e rigorosos, com seis semanas de duração, cujo propósito é proporcionar um entendimento mais profundo da política, sociedade e cultura norte-

-americanas. Os programas têm como tema a ci-vilização norte-americana, com uma forte com-ponente contemporânea. Podem candidatar-se professores ao nível do ensino secundário, auto-res de manuais escolares, formadores de profes-sores ou funcionários do Ministério da Educação responsáveis pelo desenvolvimento do currículo. As candidaturas estão abertas até dia 9 de Feve-reiro em www.ccla.pt

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Iluminados

6 [8 FEV 2010]

» PORTUGUESA ELEITA MULHER DO ANO DO DUBAI Maria do Céu Conceição foi eleita a Mulher do Ano do Dubai 2009 pela revista ‘Emirates Woman’. Reside no Dubai, é hospedeira de bordo na Emirates Airli-nes e lidera, desde 2005, o Dhaka Project, uma organização cujo objectivo é apoiar as famílias mais carenciadas da cidade de Dhaka, capital do Bangla-desh. Em pouco tempo, o Dhaka Project alcançou grande notoriedade.

» PRÉMIO AUTOR DE MELHOR COREOGRAFIA 2009 Madalena Victorino, Clara Andermatt e Rui Horta são os nomeados para o prémio de ‘Melhor Coreografi a’ atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores. O vencedor do Prémio será conhecido durante a gala que decorre no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, dia 8 de Fevereiro, às 21h e tem transmissão em directo na RTP1.

LITERATURA. JOVEM DE 29 ANOS GANHA PRÉMIO REVELAÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS

O que nasceu primeiro: as viagens ou os livros?A PRIMEIRA VEZ QUE DECIDIU QUE QUERIA ESCREVER PARA O RESTO DA VIDA, FOI DEPOIS DE UMA VIAGEM ATÉ A AMÉRICA DO SUL QUANDO AINDA ESTAVA A ESTUDAR DIREITO. DESDE AÍ, AS VIAGENS E A ESCRITA PARECEM MISTURAR-SE NA VIDA DE RAQUEL OCHOA. A JOVEM DE 29 ANOS GANHOU O PRÉMIO REVELAÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS COM O LIVRO ‘A CASA-COMBOIO’, A SER EDITADO EM ABRIL.


Foste a vencedora da pri-meira edição do Prémio Li-terário Revelação Agustina Bessa-Luís. Em que medida este prémio é importante para ti?

É muito importante na me-dida em que um escritor sem leitores é um escritor dimi-nuído ou com menos oportu-nidades de fazer aquilo que gosta. Este prémio dá-me essa possibilidade de chegar a mais pessoas e de dar a co-nhecer o meu trabalho, o que é óptimo.

‘A casa-comboio’ conta a história de uma família indo-portuguesa. Qual é a tua ligação com a Índia?

É uma ligação muito aními-ca, muito misteriosa, porque eu não tenho qualquer ascen-dência indiana. A primeira vez que fui à Índia, foi para acom-panhar uma amiga que ia, ela sim, conhecer as suas raízes. Os pais dela eram de Damão, aliás, a história que eu conto é a história da família dela. Logo aí foi um amor à primei-ra vista que senti pelo país. Fui em 2001, depois voltei em 2002 e em 2007, já em parte para fazer a investigação para este trabalho, e quero voltar muitas mais vezes (risos). É um sítio onde me sinto muito bem, acho que compreendo muito bem aquelas pessoas e que elas também me compre-endem. Temos uma linguagem muito semelhante, embora seja um sítio tão diferente do meu país. Há uma curiosidade muito grande (risos).

Como descobriste o gosto pela escrita?

Olha, de uma forma muito natural (risos). Fiz uma via-gem até à América do Sul e vi-nha tão preenchida com essa experiência tão diferente de tudo o que já tinha vivido - isto de uma pessoa se alhe-ar totalmente de onde vem e embrenhar-se noutra cultu-ra - que quando voltei tinha a possibilidade e a vontade de me sentar um pouco e es-crever. Para mim era um ob-jectivo muito claro: se eu não escrevesse não iria conseguir andar com a minha vida para a frente e passar para outra fase. E pus-me a fazê-lo. Foi a primeira vez que senti que queria fazer aquilo durante toda a minha vida. E tenho continuado.

No entanto, és licenciada em Direito, porque é que escolheste essa área de formação?

Eu estava a tirar Direito e foi um curso que me deu muita bagagem, que até me foi útil para utilizar na lite-ratura. Até porque o raciocí-nio jurídico é algo que ajuda bastante a tratar a infor-mação, a estruturar ideias, a ser crítica em relação ao mundo. Mas a meio do cur-so percebi que não era essa a minha vocação. Quando estava a terminar o curso, os meus colegas queriam ir todos naquelas viagens de finalistas normais, para Can-cun, Brasil...e eu não achava grande piada a isso. Então fui juntando dinheiro, tirei um ano de sabática e pensei fazer a minha viagem de fina-

lista à América do Sul. Quan-do fiz essa viagem, apercebi--me de que o Direito era de facto algo que não iria estar presente na minha vida. Tive que assumir isso com algu-ma coragem porque quando estamos no mundo univer-sitário sentimos que temos que escolher um curso e que se não somos licenciados, não somos nada no mundo actual em que vivemos. É importante ter essa ferra-menta, mas não podemos

ser completamente engoli-dos pelo sistema sem pensar sobre aquilo que queremos realmente fazer depois. É claro que isso implica alguns sacrifícios, mas hoje, quando penso nisso, fico feliz por ter tido a coragem de perceber que o caminho era outro.

As viagens estão sempre presentes na tua escrita. Porquê o tema das viagens e em lugares exóticos?

Em Portugal, como um ami-

go meu diz de uma forma brilhante, há os luso-descendentes e os luso-errantes. Eu faço parte dessa grande quantidade de população portuguesa que é luso-errante. Acho que é algo que já está nos genes. Nascemos num país muito peque-no, com os horizontes muito apertados que não nos dão tudo aquilo de que precisamos porque temos sede do mundo. E eu tenho muito essa sede de mundo, sempre

adorei viajar e para mim as viagens são um ponto alto da minha vida, onde me realizo mais e que me faz aprender mais. Por isso, escrever e via-jar para mim são duas coisas indissociáveis. Não sei se foi a viagem que me pôs a escre-ver ou se foi a escrita que me pôs a viajar. Entretanto, já se contaminaram as duas, já são duas coisas muito próximas uma da outra.

CONCURSO INTERNACIONAL DE IDEIASJá estão abertas as candi-daturas para a 2.ª edição do Concurso Internacional de Ideias I+D+Art, da Escola Superior Técnica de Arquitectura de Madrid. Os candidatos têm de apresentar projectos a partir de materiais inutilizados. O desafi o é a criação de uma cozinha e/ou casa de banho com ambiente contemporâneo original. Os prémios a se-rem atribuídos são: 1.500 euros para o primeiro classifi cado e 500 euros para o segundo e terceiro classifi cados (a acrescen-tar a este prémio recebem uma máquina fotográfi ca). As candidaturas podem ser enviadas até 30 de Abril para Apartado de Correios, 5110, 28005 Madrid.


BI Nome: Raquel Maria Fialho Costa OchoaIdade: 29 anosNaturalidade: LisboaFormação: DireitoUniversidade: Faculdade de Direi-to da Universidade de LisboaVocação: EscritoraLivros publicados: ‘O Vento dos Outros’ e ‘Bana – Uma Vida a Can-tar Cabo Verde’Autores preferidos: Eça de Quei-rós, Paul Auster, Oscar Wilde...Último livro que leu: ‘A Montanha Mágica’, de Thomas MannO que mais a realiza: Viajar

[Lê a entrevista completa em www.mundouniversitario.pt]

Emprego & Formação

PORTFOLIO PESSOAL. ALUNOS DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO SÃO AVALIADOS PELAS SUAS COMPETÊNCIAS SOCIAIS

Fazes voluntariado? Então vais ser um bom engenheiro!NÃO BASTA ESTUDAR MUITO E SABER PROGRAMAR PARA SE SER UM BOM INFORMÁTICO, PELO MENOS NO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO. A FORMA COMO OS ALUNOS VIVEM FORA DA FACULDADE, QUE INTERESSES TÊM E COMO COMUNICAM COM OS OUTROS PASSAM A SER OBJECTO DE AVALIAÇÃO. NA DISCIPLINA DE PORTFOLIO PESSOAL OS ALUNOS DE ENGENHARIA INFORMÁTICA TÊM QUE ESCOLHER UMA ACTIVIDADE EXTRACURRICULAR E MOSTRAR QUE O QUE APRENDERAM FORA DA UNIVERSIDADE É TÃO IMPORTANTE COMO PASSAR NOS EXAMES.


O Nuno Amarante estuda

Engenharia Informática e de Computadores no Insti-tuto Superior Técnico, mas sempre se interessou por projectos de voluntariado. Por isso, decidiu integrar uma dessas experiências na cadeira de Portfolio Pessoal. «Não foi uma coisa que sur-gisse por causa da disciplina, era uma coisa na qual eu já queria participar. Já antes tinha utilizado um InterRail que tinha feito como activi-dade para a disciplina e, nes-te caso, senti-me motivado a utilizar esta experiência de voluntariado na cadeira de Portfolio Pessoal», conta.

ENRIQUECIMENTO PESSOAL

Ao longo de um ano, o Nuno aprendeu a trabalhar com outros voluntários, a or-ganizar e a gerir o trabalho em equipa e a angariar fun-dos para depois, nas férias do Verão, estar preparado para o trabalho no terreno, em Angola. «Em Agosto, foi na partida para Angola onde me defrontei com uma realidade brutalmente diferente, e que me obrigou de facto a lidar

com uma cultura completa-mente diferente. Trabalhei na área da Matemática a ensinar crianças com a ajuda de pro-fessores locais e dei formação em Informática ao pessoal ad-ministrativo daquela escola, em Benguela. Era um bairro muito pobre com 2.000 alu-nos e cerca de 40 professores, com condições mesmo muito precárias.»

APRENDER FORA DA FACULDADE

A ideia desta nova cadeira

criada pelo IST é mostrar aos alunos que a formação pes-soal é tão importante como a académica e proporcio-nar-lhes experiências como esta, extracurriculares, que permitam adquirir compe-tências sociais, culturais e até mesmo de gestão. Os alunos podem escolher uma actividade qualquer que lhes agrade para desenvolverem, seja um InterRail ou uma ac-ção de voluntariado como o Nuno fez, seja um curso de línguas, a criação de uma as-

sociação juvenil, ou pôr em prática um talento artístico escondido.

«Podemos ir às aulas, estudar para os exames e apresentar os nossos pro-jectos, mas há uma altura na nossa vida académica em que somos desafiados a fazer mais do que isso. Acho que é uma mais-valia extraordinária porque há aqui uma garantia de que pelo menos os alunos fo-ram desafiados a aprender qualquer coisa diferente. Não basta saber programar, nem estudar para ser um bom engenheiro, é preciso fazer mais do que isso.»

Porto ajuda licenciados a procurar empregoA Cidade das Profissões,

no Porto, está a promover um ciclo de quatro sessões para recém-graduados que procuram integrar-se no mercado de trabalho. A ac-ção pretende facilitar o con-

tacto destes jovens com o mercado de trabalho e dar--lhes algumas ferramentas técnicas para os ajudar na procura de emprego. Como ser empreendedor e como criar redes de contactos pro-

fissionais são algumas das questões a abordar durante os próximos dias 10, 17, 24 de Fevereiro e 10 de Março. Estão também agendados workshops de recrutamento. A entrada é grátis e limitada

a 15 participantes, pelo que é preciso inscrição prévia até dia 9 de Fevereiro. En-via e-mail com os teus dados pessoais, contacto e área profissional para [email protected]


» UNIVERSIDADE DO PORTO TEM NOVA SPIN-OFF A Strongstep é a mais recente spin–off da Universidade do Porto e está sedeada na Faculdade de Engenharia. Operando em diversos sectores de actividade (Saúde, Retalho, Energia, Telecomunicações, Tecnologias de Informação ou Ensino), a Strongstep presta serviços ao nível de qualidade e inovação.

» UNIVERSIDADE ABERTA PROMOVE QUALIFICAÇÃO A Universidade Aberta, em parceria com a Agência Nacional para a Qualifi ca-ção, promove a partir deste mês cursos de qualifi cação de estudantes univer-sitários e de formação de formadores a distância e e-learning. O projecto está inserido no programa Aprendizagem ao Longo da Vida e pretende combater as baixas qualifi cações que atingem grande parte da população portuguesa.

EmpresaSEste ano a Microsoft foi considerada a 2.ª melhor empresa para trabalhar e o ano passado ocupava o 1.º lugar. O MU entrevistou a Directora de Recursos Humanos da empresa, Teresa Nascimento, que nos falou da importância dos colaboradores e do processo de selecção na cultura da empresa.

Qual a sua formação académica?Licenciatura em Psicologia pela Universidade Nova

de Lisboa.

Como chegou a Directora de Recursos Humanos?Concorrendo às oportunidades disponíveis que me

pareciam relevantes para atingir os meus objectivos e de acordo com o que me apetecia fazer em cada mo-mento. Divertindo-me e correndo riscos de modo res-ponsável foi sempre o modo como me posicionei na vida profi ssional.

Foi um percurso difícil?Não foi fácil, mas não chamaria difícil, antes desafi an-

te. Há quem me diga que sou uma pessoa de sorte, mas a verdade é que a sorte dá realmente bastante traba-lho (risos). Foi um percurso de muito trabalho, muita dedicação, algum sacrifício pessoal e nunca perdendo o rumo.

Quando é que soube que era isso que queria fazer?Desde que comecei a estagiar. Nunca tive qualquer

dúvida de que esse era o meu objectivo.

A Microsoft foi considerada a melhor empresa para trabalhar no ano passado e este ano ficou em segun-do lugar. Qual o vosso segredo?

O nosso modelo de gestão do negócio está centrado nas pessoas e os nossos colaboradores reconhecem que há uma grande aposta no desenvolvimento do capital humano. Os colaboradores orgulham-se de trabalhar numa empresa que lhes permite gerar novos conheci-mentos e que está continuamente a apostar na inova-ção.

Como se escolhem os recém-licenciados e futuros profissionais que integram a Microsoft? Qual é o cri-tério mais importante?

Através de um processo de recrutamento que avalia competências técnicas e competências designadas por ‘soft skills’ que têm a ver com a forma como trabalha-mos com os outros, comunicamos, nos posicionamos. O mais importante é o alinhamento com os valores e com a cultura da empresa.

O que é preciso para ter sucesso numa carreira de liderança?

Saber ouvir os outros, aceitar os desafi os sem medo. Ter a coragem de dizer não quando outros não o fazem, e estar nas organizações em alinhamento com os valo-res que estas defendem e promovem. Gostar de exercer essas funções, pois nem sempre são um mar de rosas.

O Instituto Superior Técnico é a primeira Universidade a integrar a cadeira de Portfolio Pessoal na formação curricular dos alunos

O Nuno fez voluntariado em África e utilizou a cadeira de Portfolio Pessoal para mostrar o que aprendeu com essa experiência

8 [8 FEV 2010]

Artes

SEMANA DA FRANÇA. EVENTO REÚNE ESTUDANTES PORTUGUESES E FRANCESES EM INTERCÂMBIO CULTURAL

Arte que fala francêsCHAMA-SE ‘TRAID-D-UNION’ E OFERECE UM OLHAR DIFERENTE DOS FRANCESES SOBRE PORTUGAL E DOS PORTUGUESES SOBRE FRANÇA. DURANTE UMA SEMANA, ESTUDANTES PORTUGUESES E FRANCESES DAS ESCOLAS DE ARTES DE LISBOA VÃO PARTILHAR EXPERIÊNCIAS, MOSTRAR OS SEUS PROJECTOS ARTÍSTICOS E DEBATER PONTOS EM COMUM ENTRE AS DUAS CULTURAS. DE 11 A 19 DE FEVEREIRO, NO ESPAÇO EUROPA.


Durante uma semana, estu-dantes portugueses e france-ses em Erasmus das áreas de Belas Artes, Artes Decorati-vas e de Design têm aqui uma oportunidade para apresen-tarem os seus trabalhos no Espaço Europa. Há também tempo para participar em conversas sobre os seus pro-jectos e partilhar experiências entre si e com outros profi s-sionais do campo das artes. É que a organização preparou uma mesa-redonda sobre ‘Có-digos culturais entre França e Portugal’ e uma acção de de-

gustação com vinhos e queijos franceses. O programa inclui também um evento Slam com jovens portugueses e france-ses e uma festa fi nal.

Organizado pela Associa-ção Andaka, em parceria com o Instituto Franco-Português, a Alliance Française, a Facul-dade de Belas Artes e a Escola de Artes Decorativas, a ‘Traid-d-Union’ quer promover o trabalho de jovens artistas e aproximar França e Portugal pela arte. «Através da orga-nização de um evento que realça a diversidade, as se-melhanças e as particularida-des culturais dos dois países, queremos conferir um novo

sopro, dinamizar os intercâm-bios e reforçar os laços entre os diversos sectores e os seus

equivalentes portugueses», ex-plicam os organizadores Gaëlle Anselin e Alice Pappas.

AGENDATEATRODe 12 a 21 de Fev.A Mãe de Bertold Brecht @ Teatro Nacional S. João (Porto)

Até 14 de Fev.A Cidade @ Teatro Munici-pal de S. Luiz (Lisboa)Vai-se Andando @ Casino de Lisboa (Lisboa)

Até 21 de Fev.Cão que morre não ladra @ Chapitô (Lisboa)Blackbird @ Teatro D. Maria II (Lisboa)

25 a 27 de Fev.Vai-se Andando @ Coliseu do Porto (Porto)

Em cenaNão se Ganha, Não se Paga @ Teatro da Trindade (Lisboa)

DANÇA12 de Fev.7 Personagens em Hora de Ponta (Ballet Con-temporâneo do Norte) @ Auditório de Espinho (Espinho)

13 de Fev. Íman @ Teatro Aveirense (Aveiro) Inferno de Olga Roriz @ Centro de Artes de Espectáculo de Portalegre (Portalegre)

EXPOSIÇÕESA partir de 12 de Fev.Ilustrarte 2009 - IV Bienal Internacional de Ilustra-ção para a Infância @ Museu da Electricidade (Lisboa)

Até 14 de Fev.Desenho a preto e branco e a cores. Antologia gráfi ca (1958 - 2009) @ Centro Cultural de Cascais (Cascais)Bordalo Pinheiro: Cerâ-mica Dedicada @ Museu Bordalo Pinheiro (Lisboa)

Até 16 de Fev.Sem Saída, Ensaio sobre o Optimismo @ Museu Serralves (Porto)

Até 28 de Fev.Obama na Imprensa Mun-dial @ Galeria Invesfer da Estação do Rossio (Lisboa)XI PortoCartoon-World Festival sobre o tema Crises @ BragaParque (Braga)

Até 3 de Mar.As Plantas na Primeira Globalização @ Museu de Aveiro (Aveiro)

Ler Com FarturaA Máquina de Fazer Espanhóisde valter hugo mãe

Vencedor do Prémio Literário José Sara-mago em 2008, valter hugo mãe regressa com um novo roman-ce. ‘A máquina de fazer espanhóis’ conta a história de um velho de 84 anos, António Silva, que depois da perda da mulher se dá conta de que ainda pode transformar o mundo à sua volta. Objectiva

A Gente de Smileyde John le Carré

Do autor de livros como ‘O Fiel Jardinei-ro’ e ‘O Alfaiate do Panamá’ chega-nos um livro em jeito de policial. ‘A Gente de Smiley’ traz de volta para a acção Georges Smiley, chefe interino do Circus. Mas desta vez, não para solucio-nar um homicídio, mas para enterrar o caso. Dom Quixote

Amanhã será outro diade Lee Child

No metro de Nova Iorque há vidas que estão nas mãos de bombistas à solta e só o protagonista, Jack Reacher, pode salvá--las. ‘Amanhã será outro dia’ é um best- -seller assumido numa altura em que o Terro-rismo se tornou uma das grandes questões do séc. XXI.Livros D’Hoje

O quê? Onde? Quando? Para quem?O quê? ‘Traid-d-Union’ – Semana da FrançaOnde? Espaço Europa (Largo Jean Monnet, Lisboa)Quando? De 11 a 19 de FevereiroPara quem? Estudantes Erasmus, Associações de Estudantes portugue-sas, Liceu Francês, Universitários francófonos, Associação dos Professo-res de Francês, professores da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, da Escola de Artes Decorativas e de outras.

» UM CABARET EM COIMBRA Os actores de O Teatrão recriam o ambiente dos anos 30 numa home-nagem a musicais como ‘Chicago’ e ‘Cabaret’. ‘Singles Singers Bar’ é um espectáculo de café--teatro onde se recria um cabaret dos anos 30, habitado por personagens solitárias que cantam para espantar os seus males. O espectáculo inclui várias canções famosas do teatro musical norte-americano do século XX,

como Let’s do it (Let’s Fall in Love), de Cole Porter, do musical ‘Paris’ (1928); Lorelei, de George Gershwin e Ira Ger-shwin, de ‘Pardon My English’ (1933); By Strauss, de George Gershwin e Ira Gershwin, de ‘The Show is on’ (1937); Don’t Tell Mamma, de John Kander e Fred Ebb, de ‘Cabaret’ (1966); e Class, de John Kander e Fred Ebb, de ‘Chica-go’ (1975). As letras das canções retra-tam personagens dramáticas e os seus anseios, o que faz com que cada tema corresponda a um pequeno sketch teatral. Em cena de 2 a 27 de Fevereiro na Tabacaria da Ofi cina Municipal do Teatro, em Coimbra.

» WORKSHOPS NA PRODUÇÕES FICTÍCIASEntre Fevereiro e Abril, a equipa de formação da Produções Fictícias vai promover workshops de escrita em diversas áreas: Escrita de Humor e Sketches, Escrita Criativa níveis I e II, Guionismo para BD, Romance, Crónicas de Humor, entre outros. Os workshops são dirigidos por nomes bem conheci-dos da casa como Nuno Costa Santos e Luís Filipe Borges, entre outros. As inscrições estão abertas para todos os workshops até três dias úteis antes da data de início de cada um.

O que é a Associação Andaka? Fundada por jovens franceses e portugueses que querem partilhar as experiências de viagem e descoberta do outro país, a Andaka pretende promover o desenvolvimento das relações interculturais entre Portugal e França, em particular entre as cidades de Lille e Lisboa. A ambição da associação é criar uma rede de intercâmbio multicultural, multidisciplinar e aberta aos jovens artistas de ambos os países.


Mais informações em: www.producoesfi cticias.pt

Jukebox

9[8 FEV 2010]

FANFARLO RESERVOIR

Um ano depois da sua primeira edição, chega fi nalmente a Portugal o ál-bum ‘Reservoir’ do projecto britânico, Fanfarlo. Produ-zido por Peter Katis, que apostou antes nos Interpol, o disco beija as sonoridades dos Clap Your Hands Say Yeah, mas as infl uências desta banda vão mesmo até ao requinte da semelhança vocal com o lendário David Byrne. É um excelente início para a jovem banda londrina.

STEREO SATANICS SURROUNDED BY GHOSTS

A centelha que esta banda emana até pode transpare-cer uma áurea fofi nha, mas os Stereo Satanics atiram--se para o mercado com um barulhento rock a meio caminho entre o glam-punk dos The Hives e o subtil rock dos Jane’s Addiction. É um álbum, ainda, mediano, mas ao ser bem aferido, mostra que a banda alemã tem as bases para uma carreira promissora.

MAGISTRADO LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL

O hip hop é mais do que exorcizar fantasmas sociais oriundos de tribos urbanas. O hip hop é um estilo musical por vezes muito mal tratado. ‘Libertação Espiritual’ do Magistrado é apenas e só, mais um desses exemplos!

3 DISCOS A NãO PERDER

AGENDABRAGA11 FEV. |L’ivrogne Corrige @ Theatro Circo20 FEV. |João Coração & Samuel Úria @ Theatro Circo

PORTO09 FEV. | Lichens @ Plano B10 FEV. | James Farm @ Casa da Música12 FEV. |João Só e Abandonados + Salto @ Maus Hábitos14 FEV. |Joss Stone @ Coliseu19 FEV. |The Australian Pink Floyd @ Pavilhão Rosa Mota20 FEV. | Olga @ Tertúlia Castelense (Maia)

AVEIRO11 FEV. |OliveTreeDance @ Espaço Performas13 FEV |Diabo na Cruz - Jorge Cruz & B Fachada & João Pinhei-ro & Bernardo Barata & João Gil @ Teatro Aveirense

COIMBRA 18 FEV. |OliveTreeDance @ Via Latina

LISBOA 09 FEV. | Rhino Bucket @ MusicBox10 FEV. |Lichens + Xamã @ Zé dos Bois12 FEV. |Louro & Lima & Edgar Pêra (Sexta, Meia Noite e uma Guitarra) @ Cinema São JorgePanda Bear @ Lux Madame Godard @ Tertúlia Castelense15 FEV. |Joss Stone @ Coliseu18 FEV. |The Australian Pink Floyd @ Campo Pequeno19 FEV. |Alexandre Soares & Ana Deus (Sexta, Meia Noite e uma Guitarra) @ Cinema São JorgeReal Estate + US Girls @ Zé dos Bois20 FEV. |The Poppers @ Cinema São Jorge21 FEV. |Cosmonauts @ Bacalhoeiro

FARO14 FEV. |Insano + Bandanoya + Psi + Fluxus (Aniversário A.R.C.M.) @ Associação Recreativa e Cultural de Músicos

CARNAVAL 2010. PROPOSTAS DE FESTAS ALTERNATIVAS

Sei o que fi zeste no Carnaval passado... e neste?DO RIO DE JANEIRO A VENEZA, DA MADEIRA A TORRES NOVAS, O ‘MARDI GRAS’, COMO É CHAMADO PELOS ANGLO-SAXÓNICOS, ENCHE DE LUXÚRIA, DANÇA E RITUAIS PAGÃOS AS PASSERELLES POR ONDE DESFILA O MAIS ANÓNIMO DOS MORTAIS, ESQUECENDO POR TRÊS DIAS A ROTINA DO ANO. O MUNDO UNIVERSITÁRIO FEZ UMA VIAGEM ENTRE LISBOA E PORTO, PARA MASCARAR UMA PÁGINA COM OUTROS CARNAVAIS, AQUELES QUE FOGEM DAS REPLETAS AVENIDAS E QUE SE ESCAPAM A BAILARICOS EM PAVILHÕES DESPORTIVOS.

Shampo [email protected]

LISBOA

CABARET MAXIME: Vinho tinto e folia lusitana

O Cabaret Maxime abre as portas às hostilidades carna-valescas na sexta-feira, 12 de Fevereiro, com um baile de Carnaval abrilhantado pela Roda de Choro de Lisboa e com a providencial voz tropi-cal de Luanda Cozetti e o seu trio dançante importado de Ipanema.

Para segunda-feira, 15 de Fevereiro, a brincadeira fi ca a cargo dos indispensáveis Irmãos Catita que sobem ao trono para ocupar o lugar do rei Momo, substituindo a cai-pirinha de sexta-feira pelo vi-nho tinto lusitano.

LESBOA PARTY: a viver contos de fadas

Sem precisar de mascarar o casamento entre membros do

mesmo sexo, realiza-se este ano, em Lisboa no Teatro da Luz, a 15 de Fevereiro, mais uma festa de Carnaval intitu-lada Lesboa Party. O evento é direccionado para um público gay e lésbico e tem nesta edi-ção um dress code com o tema ‘Fairy Tales’. As tentações libi-dinosas carnavalescas serão despoletadas por Miss T (Warm Up) DJ Fernando e DJ Lusky.

SANTIAGO ALQUIMISTA: arraial montado

«Um galo de Barcelos na cabeça, uma fi ta nos lábios, bigodes, perucas» é o dress code do arraial montado do Santiago Alquimista para a segunda-feira de Carnaval. A festa começa com um con-certo dos Laia a que se segue um ecléctico set DJ por Davi-de Pinheiro e Pedro Trigueiro, diáspora musical, que cita folias sonoras do samba de salão ao rock burguês, sem-pre na temática das aventu-ras portuguesas por terras de África e do Brasil.

CIRCUITO DO BAIRRO ALTO

Como já é tradição, o Bairro Alto recebe o Carnaval com folia, bom gosto e muito boa disposição e dá prémios aos

melhores mascarados, numa organização conjunta entre 15 bares que acontece na se-gunda-feira, 15 de Fevereiro. Os prémios vão de simples e refrescantes shots até uma viagem à festa da tomatina em Valência mais uma viagem de catamarã.

Depois do circuito de bares, a festa prossegue no Domus onde são revelados os nomes vencedores das melhores máscaras, tudo isto ao som de muita música a cargo do DJ Valente e DJ Senôr Pelota.

PORTO

PORTO RIO: CARNIVAL PLAYGROUND

Apesar de dispensarem as cores do Carnaval, as míticas festas de trance não deixam

passar a época em branco. Carnival Playground começa dia 15 de Fevereiro no Por-to – Porto Rio, e é uma festa “all nigth long” prolongando-se mesmo pela manhã do dia seguinte. Conta com as actua-ções ao vivo de Polaris, Spec-tor e Photonik e ainda com os DJ Kafar, Ganeisha e X-Tigma e, fi nalmente, com Up Stage, Midigate, Bombain e Kebba no Chill-Out.

SALÃO DO CHÁ: Carnaval ao som do punk

Há quem nunca tire a facha-da rockeira para enveredar por trajes carnavalescos, e os Capi-tão Fantasma prometem isso mesmo, um Carnaval a transpi-rar rock’n’roll, na segunda-fei-ra, 15 de Fevereiro, no Salão do Chá no Porto. O serão dispensa serpentinas e perucas colori-das, pois são reis o Rockabilly, Psychonilly como é regra nos míticos concertos que a banda de Lisboa costuma realizar.

CIRCUITO DE BARESOutros espaços da Invicta

também se vestem a rigor para a noite. O Triplex recebe a pre-sença do DJ Miguel Teixeira no dia 15; no bar 31 é noite do ha-bitual Retrokitsch para animar a véspera da terça-feira gorda; e fi nalmente a programação da Tertúlia Castelense vem recheada com os Madame Go-dard na sexta-feira 12, os Uno-eskimo no sábado 13 e, para a grande despedida, ‘Afi nal é Carnaval’, no dia 15.

http://shampodecapante.blogspot.com


20 Valores

AMOR. NO DIA DOS NAMORADOS O MU SUGERE OS MELHORES PROGRAMAS ROMÂNTICOS

o Amor em dias de SãoO DIA DOS NAMORADOS COMEMORA-SE A 14 DE FEVEREIRO. ENTRE JANTARES ROMÂNTICOS E PRESENTES AMOROSOS, HÁ QUEM ESCOLHA PASSAO MU DÁ-TE ALGUMAS SUGESTÕES E MOSTRA-TE COMO ALGUNS UNIVERSITÁRIOS VÃO ASSINALAR A DATA. TAMBÉM HÁ OS QUE SIMPLESMENTE N


Jantares à luz das velas, passeios de mãos dadas no jardim e um pique-nique na praia, poemas, palavras bo-nitas ou beijos no nariz. E o culpado é São Valentim!! Por isso, o melhor mesmo é renderes-te às evidências e arranjares um programa original para celebrar o Dia dos Namorados.

DO CINEMA AOS CONCERTOSHá muitas formas diferentes de o

fazeres. Os fi lmes são uma óptima forma de aproximar os apaixonados e, por isso, se gostas dos clássicos, até 15 de Fevereiro a Fnac do Chiado

passa um ciclo especial de Cinema Romântico com alguns dos fi lmes mais românticos da História do Ci-nema. ‘Casablanca’, ‘O Último Tango em Paris’, ‘A Rosa Púrpura do Cairo’, ‘O Carteiro de Pablo Neruda’, são al-guns dos fi lmes que podes partilhar com a tua cara-metade. Se preferires películas mais actuais, esta semana estreia ‘O Dia dos Namorados’ com Julia Roberts e Ashton Kutcher, uma comédia romântica que te vai deixar ainda mais apaixonado. [Vê como ga-nhar bilhetes no rodapé].

Para os mais rebeldes, também há hipóteses. Ir a um concerto de rock com o mais-que-tudo ou a uma festa temática num bar podem ser duas

formas diferentes de surpreender a pessoa que amas.

SAFARI E PIQUENIQUE ROMÂNTICO

Se quiseres passar um dia diferen-te, porque não passear pelo Jardim Zoológico? Para além de visitares as diferentes espécies de animais a fazer o amor selvagem, podes tam-bém aproveitar os espaços verdes do jardim para um piquenique. Romântico, não é? E porque quem está sozinho também conta, há sem-pre os beijinhos molhados dos leões-marinhos. Neste dia, há 10% de desconto para os casais. Se preferes mais aventura, podes optar por um

Safari no Badoca Park. Se estudas em Coimbra, aprovei-

ta as sugestões que a Universidade reservou para os estudantes que namoram: um passeio pelo Jardim Botânico seguido do espectáculo ‘Magnólias em Flor’ em cena no Qua-drado Central.

Em Aveiro, podes passear nos mo-liceiros durante todo o dia até às 23h (custa só 5 euros por casal!). Os ca-nais da Ria de Aveiro são iluminados especialmente para os casais apaixo-nados.

BEBIDAS AFRODISÍACASJá sabemos que existem vários

restaurantes afrodisíacos que abrem

oednccdunlrcpp

OQ

ROMANCE QUE ACONCHEGA

Esta capa de edredão em forma de livro, desenhada pelo artista Tiago Fonseca, proporciona um belo mo-mento de leitura partilhada de ‘A Bela Adormecida’ enquanto aconchega os

apaixonados no quentinho.PVP. 120 euros

PRESENTES PERSONALIZADOS

Para quem não sabe o que oferecer à sua cara-metade e gosta de surpre-ender, a Lojinha Doce tem ideias sem-pre originais e exclusivas. Sugerimos--te os posters. Escolhe a vossa foto preferida e transforma-a num poster gigante para colocares na parede do teu quarto. [http://lojinha-doce.blo-gspot.com]

PVP. 35 euros

A CONTAR OS MINUTOS PARA O AMOR

Para não perderes um minuto que seja ao lado da pessoa que amas, a Swatch lançou a colecção Love Seconds. Um relógio com um brinde especial: um caderno para anotares os poemas mais românticos.

PVP.48 euros

SUGESTÕES PRESENTES DIA DE S

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20 Valores

o ValentimAR ESTE DIA DE OUTRAS FORMAS DIFERENTES E MAIS ORIGINAIS. NÃO PODEM COM TANTO CORAÇÃO.

o apetite aos amantes com refeições exóticas. Mas se és um apreciador de bebidas, na Fnac Mar Shopping no Porto podes aprender a fazer co-cktails românticos. Um ‘‘artista dos copos’’ vai estar no Fórum Fnac no dia 14 de Fevereiro às 17h00 com um surpreendente espectáculo, ma-nobrando os copos com arte de ma-abarista e produzindo saborosos e

românticos cocktails para todos os casais de namorados presentes ou para preparares em casa para sur-preenderes quem amas.

O DIA DOS NAMORADOS QUANDO QUISERES

Às vezes, os gestos simples são os

mais importantes e para mostrarmos os nossos sentimentos a alguém não precisamos de fazê-lo num único dia. Tal como o Natal, também o Dia dos Namorados pode ser quando quiser-mos. Um simples ‘Amo-te’ quando estamos com aquela pessoa espe-cial, uma fl or ao fi m da tarde num dia chuvoso ou um beijo apaixonado em qualquer altura do ano, podem fazer as alegrias de quem está ena-morado.

Quem não tem namorado, pode espalhar o Amor pelas pessoas mais queridas. Um presente a alguém es-pecial, uma conversa com a avó que está quase sempre sozinha ou um mimo à mãe, ao pai ou ao gato.

AMOR É CHOCOLATE

O chocolate é, e será sempre, o mais doce dos presentes para ofere-cer à tua cara-metade. Para os mais extrovertidos, a Hussel sugere a ofer-ta do Coração de Chocolate Gigante (PVP: 16,95 euros). Para os mais tími-dos, o ideal é um discreto Beijinho de Chocolate (PVP: 0,75 euros). Os mais divertidos podem optar por Ratinhos em Coração de Chocolate.

PVP: 1,99 euros

CARTAS DE AMOR DE GRANDES MULHERES

Depois de ‘Cartas de Amor de Gran-des Homens’, livro que fi cou conhe-cido no fi lme ‘O Sexo e a Cidade’, eis que chega o segundo volume, desta vez sobre cartas de amor escritas por mulheres famosas. Emily Dickinson, Jane Austen, Florbela Espanca decla-ram os seus amores neste livro que pode ser um belo presente.

PVP. sob consulta

CLÁUDIO FERREIRA VAZÃOTem 22 anos, estuda Econo-

mia na Universidade de Coimbra e tem namorada. Não costuma fazer nada de es-pecial no Dia

de S. Valentim. Mas este ano vai

aproveitar e feste-jar o dia na mesma al-

tura do Carnaval. O Cláudio vai a uma festa em Alcobaça e talvez leve

a namorada com ele...

O que é o Amor para ti?Esta é muito difícil. Acho que resulta do produto entre

amizade e paixão, quando consegues sentir atracção física por uma pessoa e ao mesmo tempo passar bons momentos, seja com debate, humor, carinho, etc.

Tens namorad@?Sim.

Como vives o Dia de S. Valentim? Não ligo minimamente ao Dia de S. Valentim. Eu e

a minha namorada, como costumamos passar grande parte dos dias juntos, não fazemos grande caso nesse dia. Não trocamos prendas nem temos jantares român-ticos especialmente nesse dia. Isso são coisas que va-mos fazendo aos poucos todo o ano.

O que vais fazer este ano? Este ano o Dia de S. Valentim vai ser especial, pois

vai calhar durante o Carnaval. Ou seja, de dia 13 para 14 vou andar por Alcobaça a beber copos e a brincar

ao Carnaval com a minha namorada e mais algumas centenas de pessoas. Vamos estar numa discoteca mais ou menos até às 13h00 de domingo, depois vou almoçar

para Alcobaça e passar a tarde a beber minis, até me fartar e ir para casa dormir até à meia-noite. Vou

tentar convencer a minha namorada a ser mais uma, o que não deve acontecer. Depois da meia-noite vou brincar ao Carnaval outra vez e ela vai fi car em casa a descansar, pois vai trabalhar na segunda de manhã.

JÚLIA SALGUEIROA Júlia frequenta o Mestrado em Audiovisual e Mul-

timédia na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa. Também não costuma fazer nada de especial neste dia. Só espera passá-lo com o seu amor no acon-chego do sofá a ver um fi lme.

O que é o Amor para ti?É o amadurecer lento e saboroso da paixão. É dar

tempo ao tempo, e fazer por respeitar o outro. É par-tilhar entusiasmo, felicidade, rotina, tristeza ou depressão com o mesmo empenho. É lutar com garra por um futuro saudável em comum.

Tens namorad@?Sim.

Como vives o Dia de S. Valen-tim?

Não faço nada no dia de S. Valentim. É uma data sem valor, que não o comercial.

O que vais fazer este ano? Espero fi car em casa, agarradinha ao meu mais-que-

tudo, a ver um fi lme!

OS QUE TÊM CARA-METADE

MARIA MARQUES MENDES

A Maria tem 24 anos, estuda en-fermagem na Cooperativa de Ensino S u p e r i o r Pol i técnico e Universitá-rio em Vale do Sousa, no Norte

do País, e não tem na-morado. Por isso, vai sair com as

amigas, fazer um tratamento de beleza ou dar mimos a alguém da

sua família para assinalar a data.

O que é o Amor para ti?O Amor é uma amizade profunda que não se pro-

cura. É algo que acontece quando chega a pessoa ou o momento certo!

Tens namorad@? Não. É um dia só para namorados, quem não tem,

não conta ou pode sempre rezar a São Valentim!

Como vives o Dia de S. Valentim? Nesse dia, se tiver as amigas perto, comemoramos

juntas ou então tiro para cuidar de mim mesma ou

dar um mimo a alguém da família. Afinal amor com amor se paga.

O que vais fazer este ano? Provavelmente um tratamento de beleza ba-

ratinho e seguro e um telefonema a alguém, mas pode ser que ocorra uma surpresa entre-tanto.

ALEXANDRE ANTUNESO Alexandre tem 23 anos, está a tirar Mestra-

do em Comunicação Multimédia na Universidade de Aveiro e ainda não encontrou o Amor. Para ele, o Dia de São Valentim é um dia igual aos outros.

O que é o Amor para ti?Eu não acredito no Amor. Mas, ocasionalmente, en-

contro uma ou outra pessoa que me faz perceber que estou errado. Entre elementos de uma família o Amor é autêntico. Ou então apenas resultado de uma semelhan-ça e ligação biológica que os faz protegerem-se entre si, no sentido de prolongar a sua vida.

Tens namorad@? Não.

Como vives o Dia de S. Va-lentim?

É uma data puramente co-mercial. É um dia como outro.

OS QUE NÃO TÊM CARA-METADE

Graziela [email protected]

. VALENTIM


5.ª Dimensão

Luís Magalhãesluí[email protected]

Depois de dois anos a trabalhar si-lenciosamente nos confi ns do Canadá, a produtora Bioware não pára de lan-çar grandes jogos - depois de Dragon Age, cinematográfi co jogo de aventura e estratégia que defi niu o seu universo de fantasia medieval - sur-ge o segundo episódio da sua trilogia de fi cção cien-tífi ca, ‘Mass Effect’.

‘Mass Effect’ é uma das experiências mais completas que já me passaram pelas mãos. Como jogo, é um shoo-ter exímio, com várias personagens, cada qual com a sua especialidade, e um leque alargado de armas, com as suas características, pontos fortes e fracos - a serem utilizados contra uma enorme variedade de inimigos aquando de visitas a planetas exóticos brilhantemente imaginados.

Mas shooters bonitos e complexos há muitos, e ‘Mass Effect’ destaca-se por contar uma história espectacular,

com todo o detalhe e desenvolvimen-to de personagens característicos de uma grande obra literária, mas com o espectáculo visual de um grande filme. Com o passar das horas, o jo-gador não está só a disparar contra tudo o que mexe, como também aca-

ba por conhecer tudo sobre o mundo detalhado que a Bioware imaginou - a tensão racial entre a humanidade e as espécies alienígenas, as políticas

intergaláticas - e tomar decisões que influenciam de forma muito vincada o futuro do universo.

Qualquer jogo consegue tornar di-vertido o acto de apontar para uma cara feia e puxar o gatilho, e actual-mente muitos conseguem apresentar

cenários bonitos e efeitos especiais de cair o queixo, mas ainda muito poucos conseguem contar uma história envolvente, com personagens pelas quais sentimos empatia e inte-

resse. A Bioware é das poucas produ-toras que consegue atingir este pata-mar, e ‘Mass Effect 2’ é a sua melhor história até à data.

Mass Effect 2: A melhor história alguma vez contada num videojogo?

Sabias que: » Se acabaste o primeiro ‘Mass Effect’, podes transferir a tua personagem e as suas características para o segundo jogo?» As decisões que tomares em ‘Mass Effect 2’ também vão moldar o universo de ‘Mass Effect’?» ‘Mass Effect 2’ está disponível para Xbox 360 e PC e é distri-buído pela Electronic Arts?

Tecnologias

iPad revelado ao mundo

Mais de um milhão de músicas de todos os géneros estão dis-poníveis desde o iní-cio do presente mês, no portal português myway.pt, prevendo-se para Março um novo servi-ço de downloads mediante subscrição.

O director deste mesmo projecto, explicou que «a ideia é oferecer um serviço onde as pessoas têm acesso a milhões de músicas de todos os géneros de uma forma quase instantânea». O sistema é muito fácil de utilizar: através de uma pesquisa chega-se facilmente à música procurada, sendo possível pes-quisar por música, por autor ou por género. Este projecto vai disponibilizar vários conteúdos espe-cializados, como rádios temáticas predefinidas, criação de playlists, agenda musical, novidades do mundo da música, informação sobre artistas ou bandas e agenda de concertos. As novidades musi-cais podem ser acompanhadas na página do MyWay no Facebook.

*Estudante de Engenharia Redes, Comunicação e Multimédia no ISEL, assina esta coluna quinzenalmente

MyWay músicas gratuitas«‘Mass Effect’ é uma das experiências mais completas que já me passaram pelas mãos»

Ricardo Queirós*[email protected]

Steve Jobs mostrou ao mun-do o iPad, o tão aguardado tablet da Apple para um segmento dedi-cado à utilização com forte suporte de Internet.

A estrutura faz lembrar um iPho-ne gigante com todo o requinte do multitouch e a suavidade de uma folha de papel. Com um ecrã multitouch de 9,7 polegadas de tecno-logia LED retro iluminado, o iPad é potenciado pelo processador A4 da Apple, a 1 Ghz, que conjuga a ca-pacidade de processamento, gráfica e controlador de memória em apenas um chip.

A capacidade de armazenamento difere consoante as opções do utilizador, com memória flash de 16, 32 ou 64 Gb. Estamos perante um equipamento que se adapta a ti e não exige que te adaptes a ele, facilmente dá para aumentar ou interagir com jogos, fotos ou ví-deo. A nível de conectividade, o tablet tem tecnologia Wi-Fi 802.11n e Bluetooth, partilhando com o iPhone a integração de um acelerómetro e uma bússola.

Em termos de funcionalidades, a navegação Web é uma das mais evidentes, com o browser Safari, mas o acesso ao e-mail também não foi esquecido, nem a abertura de qualquer aplicação da App Store, dese-nhadas para o iPhone e o iPod Touch.

PVP: a partir de 335 euros


7.ª Arte

13[8 FEV 2010]

PRECIOUS. ESTREIA DIA 11 E É UM FORTE CANDIDATO AOS ÓSCARES

Uma vida dura, mas preciosaOPRAH WINFREY PRODUZIU E UM CONJUNTO DE ACTORES DESCONHECIDOS PROTAGONIZOU (AO LADO DE NOMES COMO MARIAH CAREY E LENNY KRAVITZ) UMA DAS SURPRESAS DOS ÚLTIMOS TEMPOS. ‘PRECIOUS’ É O DURO RETRATO DE UMA ADOLESCENTE NEGRA OBESA, GRÁVIDA E VÍTIMA DE ABUSOS INSISTENTES. MAS QUE NÃO PERDE A ESPERANÇA.

João Tomé[email protected]

Os Óscares estão a bater à porta e com eles existe uma panóplia de nomeados em euforia na expectativa sobre quem será vencedor a 7 de Março, no Kodak Theatre, em Los Angeles. Um desses casos é o filme independen-te, produzido pela rainha dos talk-shows norte-ameri-canos, Oprah Winfrey, ‘Pre-cious’.

Depois de ter brilhado em festivais como o de Sun-dance, ‘Precious’ é um dos fi lmes-surpresa dos Ósca-res, com seis nomeações, incluindo nas categorias de Melhor Filme e Realizador (Lee Daniels consegue o feito naquele que é o seu segundo fi lme). Mas é nas categorias de interpretação que o fi lme tem mais hipóteses de levar uma estatueta dourada. A interpretação da jovem de 26 anos, Gabourey Sidibe, levou-a já a alguns prémios e nomeações, naquela que é a sua estreia absoluta como ac-triz. O mesmo acontece com a actriz Mo’Nique, também ela nomeada.

LUTA, CORAGEM E DETERMINAÇÃO

O filme é uma adapta-ção do romance ‘Push’, da escritora norte-americana Sapphire. Tanto no livro como no filme, acompanha-mos a história de Clareece Precious Jones (Sidibe): uma adolescente obesa, iletrada, mãe solteira (o filho, vítima de Síndroma de Down vive com a avó) e grávida de um segundo filho, que vive em Harlem com a mãe, domés-tica por invali-dez, mas sem o pai, toxicode-pendente.

A acção pas-sa-se em 1987, num bairro problemático, e a adolescente de 16 anos tem dificuldades em ter amor-próprio face à dure-za do meio ambiente onde vive. É no lar que Precious é vítima de abusos físicos e psicológicos constantes por parte da sua mãe. Na escola, a vida também não é fácil e acaba transferida para uma instituição especial, onde

será ajudada por uma professora que a ensina a ler e a ajuda a perceber como a vida e os sonhos são preciosos.

Mariah Carey (sem maqui-lhagem e quase irreconhecí-vel) faz de assistente social que também ajuda Precious a ultrapassar todos os obs-táculos.

INDIELISBOA 2010A realizadora holande-sa Heddy Honigmann e a secção Fórum do Festival de Berlim serão os homenageados deste ano na secção Herói In-dependente do IndieLis-boa. Sobre Honigmann, o festival dá oportuni-dade de conhecer uma das maiores fi guras do cinema documental no activo que nunca teve os seus fi lmes exibidos comercialmente em Por-tugal. Entre 22 de Abril e 2 de Maio, o Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa estará na Culturgest, Cinema São Jorge, Cine-ma Londres e Cinema City Classic Alvalade.

CONCURSO DE CURTASAté 20 de Fevereiro os amantes da Sétima Arte podem participar no concurso de curtas--metragens destinado exclusivamente a estu-dantes de todos os graus e instituições de ensino. A 6.ª edição do Até Breves, organizada pela Televisão da Associação Académica de Coim-bra, em parceria com a Direcção-Geral da AAC, está também incluída na programação da XII Semana Cultural da Uni-versidade de Coimbra. O regulamento está dis-ponível em: www.tv.aac.uc.pt/breves2010/


[ESTREIA A 11 DE FEV.]

PERCY JACKSON E OS LADRÕES DO OLIMPODepois da série de livros sobre a personagem Percy

Jackson, criada por Rick Riordan, chega o primeiro fi lme da saga realizado por Chris Columbus (fez fi lmes como ‘So-zinho em Casa’, ‘Papá Para Sempre’ e ‘Fantastic Four’). Esta é a história do adolescente norte-americano Percy Jackson (Logan Lerman), que descobre que é fi lho do deus da Grécia Antiga, Poseidon. A história passa-se num mundo moderno alternativo, onde os doze deuses do Monte Olimpo estão vivos e prestes a criar uma nova raça de jovens heróis mitológi-cos que são semi-deuses - metade mortal, metade deus. Zeus (Sean Bean) sus-peita que Percy lhe tenha roubado o seu relâmpago, a arma mais poderosa do universo. De forma a provar a sua inocência e evitar uma guerra devastadora entre os deuses, embarca numa odisseia transcontinental com o objectivo de encontrar o verdadeiro ladrão. No decorrer da sua viagem, confronta cruéis inimigos determinados em detê-lo e tenta ainda salvar a sua mãe (Catherine Keener) das garras mortais de outro deus grego chamado Hades.

[ESTREIA A 18 DE FEV.]

UM HOMEM SÉRIOA 18 de Fevereiro estreiam dois fi lmes na lista de Melhor

Filme dos Óscares. O fi lme inglês ‘Uma Outra Educação’, sobre uma adolescente nos anos 60 que se apaixona por um playboy com o dobro da sua idade, e este ‘Um Homem Sério’, a nova comédia negra dos irmãos Coen, com um elenco sem grandes nomes e passado em 1967. Esta é a história de Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg), um bom ho-mem, marido adorável, pai empenhado e professor dedica-do que, face às tentações diárias, deseja fazer tudo o que está certo e justo. Mas um dia, tudo começa a sair dos eixos. A mulher deixa-o e o seu presunçoso e novo amante convence Larry a deixar a casa e a mudar-se para um motel barato - tudo para benefício das crianças, diz-lhe. A carreira de Larry está igualmente virada do avesso devido a umas cartas anónimas que o difamaram falsamente. E quando o companheiro da sua mulher morre num acidente de automóvel, ela insiste que deve ser ele a pagar a conta do funeral. Mas os azares não fi cam por aqui…

FICHARealização: Lee DanielsCom: Gabourey Sidibe, Mo’Nique, Mariah Carey, Paula Patton, Lenny KravitzGénero: DramaEUA, 2009; 110 minutos

14 [8 FEV 2010]

Radical

DAKAR. HÉLDER RODRIGUES ALCANÇOU 4.º LUGAR HISTÓRICO NAS MOTAS

A proeza de um motard luso HÉLDER RODRIGUES PARTIU PARA O RALI DAKAR ARGENTINA-CHILE 2010 COM O OBJECTIVO DE TERMINAR NO PÓDIO. ANDOU POR LÁ DURANTE PRATICAMENTE TODA A PROVA, MAS NO FINAL DERRAPOU PARA 4.º LUGAR. UM CERTO SABOR AGRIDOCE PODE DIZER-SE, MAS NINGUÉM LHE TIRA A CLASSIFICAÇÃO HISTÓRICA NO PANORAMA NACIONAL DAS MOTAS. ELE QUE DAQUI A UNS ANOS PLANEIA IR ESTUDAR MEDICINA. TEMOS ORTOPEDISTA NO HORIZONTE.

Raquel Louçã [email protected]

Quem é que te pegou o gos-to pelas motas?

O meu pai tinha a paixão pelas motas e pelo todo-o-terreno mas nunca foi piloto. Quando era pequeno, o meu pai tinha motas e eu senta-va-me em cima delas, fi cava ali....e a partir dos sete anos comecei a pressionar para ter a minha própria mota. E ele acabou por dar-me uma quan-do tinha nove anos.

Como é que a paixão foi crescendo?

Quando era miúdo já queria correr, mas essa oportunidade só chegou quando tinha 13 anos (o que já é tarde para começar). Mas como eu tinha andado tanto tempo nos caminhos e na estra-da ao pé de casa, nunca tinha perdido o ritmo, a vontade e o jeito. Aos 13 anos fui com um primo a um stand em Belas e co-nheci o dono, o Sr. Salgueiro, cujo fi lho era o António Oliveira (um campeão de motocross que tive-mos durante muito tempo, um dos melhores de sempre). Eles convidaram-me para fazer um teste para ver se eu tinha jeito, eu fi z duas ou três loucuras e eles disseram que sim. Fiz a primeira corrida, fi quei logo em segundo e as coisas começaram aí.

E quando é que tudo se tor-nou realmente sério?

Há pilotos que começam logo aos quatro/cinco anos. Eu não. Eu até aos meus 18 anos corria mas também queria ter a minha vida, ter os meus amigos, sair. Lembro-me que, aos 16, estava a disputar o Cam-peonato Nacional (foi logo no meu primeiro ano de nacional), e quando chegou o Verão e comecei a sentir-me preso - não conseguia sair de casa porque tinha que trei-nar - disse que não queria cor-rer mais e fui de férias (risos). Na fase dos 17 não corri. Só aos 18 e que voltei e aí já sabia o que queria. Até hoje tem sido sempre a treinar e a trabalhar.

O Dakar é a competição em que te dá mais gozo parti-cipar?

Lembro-me que quando fui campeão nacional, aos 19 para 20, em 1999, já queria era fa-zer o Dakar. Sempre foi um objectivo porque é uma prova muito mediática, a televisão faz um óptimo trabalho, e isso para quem anda de mota é muito importante. E antes era em África e cria-se uma enor-me curiosidade à volta do de-serto e das dunas. Passamos a vida a ver imagens do Dakar e isso faz com que

seja uma prova mítica e um objectivo.

Qual a principal diferença entre um Dakar em África e um Dakar na América do Sul?

O ano passado havia muitas. Apesar de me ter corrido bem [5.º lugar] a organização tinha muitas falhas o que já não se verifi cou este ano, em que os percursos eram muito pareci-dos a África em termos de difi -

culdade e tudo. Claro que

nunca temos o mesmo espaço que em África (tivemos essa noção no Chile, mas na Argen-tina as pistas são muito pareci-das ao que há na Europa).

Quais os momentos mais marcantes pela positiva e pela negativa?

Há sempre muito público... até chega a ser assustador. É até muito difícil gerir o que é a corrida, a competição. Em Áfri-ca, depois da competição, temos um descanso, vamos tranquilos na estrada até chegar . Na Amé-

rica Latina é uma confusão, não há descanso nenhum.

Tem que se estar muito, mui-to concentrado para não falhar nada. Imagina, estamos a pôr gasolina na mota e há sempre alguém que diz ‘uma foto, um autógrafo!’... imagina que não colocamos a gasolina toda ou que não colocamos água ou que não limpamos os óculos...

Depois de partir não há hi-pótese. E é todos os dias

assim, é um fenómeno.

Qual era o teu objec-tivo nesta prova?

Primeiro, era me-lhorar o meu quinto lugar alcançado

nas duas edições anteriores. E

claro que

o meu grande objectivo era o pódio.

O primeiro objectivo foi alcan-çado, mas o segundo não...

Uma coisa é eu ter andado na corrida em sexto ou séti-mo e no fi nal ter acabado no pódio, outra coisa é eu ter an-dado constantemente em se-gundo/terceiro e depois fazer quarto. O resultado pode não ser tão bom, mas a prestação foi bem melhor assim. Prefi ro ter feito quarto e ter estado competitivo e ali no pódio quase todos os dias do que ter feito um terceiro lugar e ter andado em sexto, sétimo.

Qual a tua principal carac-terística como piloto? Velo-cidade, prudência, regulari-dade?

Acho que um piloto para es-tar nos lugares da frente tem que ter um pouco disso tudo. Tem que ser rápido, tem que ser inteligente a escolher o ca-minho (antes da corrida já tem que ter pensado numa estraté-gia) e tem que ser trabalhador.

Como é o ritmo de treinos de um piloto profissional quan-do não está a competir?

É duro, é duro (risos). Treino três vezes ao dia. Faço treino de mota, de ginásio e bicicleta ou corrida. Nunca acordo an-tes das oito da manhã, mas o meu treino acaba por volta das dez da noite. Quanto ao dia de descanso, pode ser à segunda, à quarta-feira ou ao domingo, depende do meu cansaço.

Achas os nosso limites de velocidade inadequados?

Não, não. A segurança é sem-pre o mais importante. Mas sou contra as motas de grande ci-lindrada e acho que deviam ser proibidas. Não tem lógica uma mota ter 200 cavalos e qual-quer pessoa poder conduzir. Não faz sentido, se o limite de velocidade é 120. Se as regras são para ser cumpridas, nem os carros nem as motas deviam dar mais de 120km/h.

[O ALUNO HÉLDER RODRIGUES] Qual a tua formação? Acabei o liceu. Mas aí por volta dos 35 gostava de ir para a faculdade [Hélder faz 31 a 28 de Fevereiro].

Qual a área que queres seguir? Medicina, especialidade em ortopedia, a experiên-cia da mota dá-me sensi-bilidade na área, quando vou para o hospital já sei qual é o osso que parti! De momento preciso rapi-damente de me inscrever num curso de Inglês.

Em que fila da sala de aula te costumavas sen-tar? Era um bocado atrás por causa do meu nome [era por ordem alfabética]

Faltavas às aulas para ficar a jogar matrecos?Não.

Alguma vez cabulaste e/ou foste apanhado? Não muito. Mas nunca fui apanhado.

Pertencias a algum grupo de teatro, fotografia....? Não. O meu ponto forte sempre foram as motas e o desporto... a bicicleta, o futebol e o basquetebol.

Consulta o palmarés do campeão e acompanha o seu percurso em

www.helderrodrigues.com


[Lê a entrevista na íntegra em www.mundouniversitario.pt/20valores]

LifestylePUBLIREPORTAGEM

VIRGIN ACTIVE. NOVA REDE DE GINÁSIOS EM PORTUGAL

Mima o teu corpoNO CORRUPIO DAS AULAS E DOS EXAMES, NO MEIO DA VIDA SOCIAL E DOS INÚMEROS AFAZERES QUE, DIARIAMENTE, FAZEM PARTE DA TUA AGENDA, QUAL É O ESPAÇO QUE DEDICAS AO BEM-ESTAR FÍSICO? CORRER ATRÁS DO AUTOCARRO QUE TE LEVA À FACULDADE OU ESCREVER SMS NÃO SÃO, TECNICAMENTE, ACTIVIDADES DESPORTIVAS, AINDA QUE EXERCITES AS PERNAS E OS POLEGARES. DEIXA-TE DE HISTÓRIAS E COMEÇA A TRATAR DE TI. O TEU CORPO AGRADECE.

[email protected]

Na agitação dos tempos

que correm, nem sempre é fácil perceber que, por vezes, é preciso parar um pouco. Simplesmente pa-rar. E respirar fundo. Pôr a agenda de lado, desligar o telemóvel e, durante algum tempo, pensar apenas em ti próprio(a). Só assim conse-gues ganhar novas forças para enfrentar os desafios quotidianos. O segredo? Tirar uns minutos ao dia para ouvir o teu corpo e pro-porcionar-lhe algum equilí-brio através do exercício físico. Vais ver que, a curto prazo, a prática de exercício se reflecte no teu corpo e na tua mente.

IR MAIS VEZES AO GINÁSIOSe uma das tuas resolu-

ções de ano novo ainda por cumprir foi “ir mais vezes ao ginásio”, o facto de já estar-mos em Fevereiro não deve – nem pode – ser impedimen-to de nada. Volta atrás no tempo e assume a tua resolu-ção, que temos uma novidade para te dar… A Virgin Active, cadeia líder a nível europeu no mercado do fi tness, saúde e bem-estar, abriu o primeiro

ginásio do grupo em Portugal – juntando-se assim a países como Itália, Espanha ou Rei-no Unido, e ainda África do Sul e Austrália. Está situado no centro do Porto e dispõe de um vasto leque de servi-ços e infra-estruturas à tua medida.

São mais de quatro mil m2, onde encontras uma vasta zona de fitness com cerca de 100 máquinas de última geração – máquinas de força, cardio-fitness,

treino funcional, placas vi-bratórias, entre muitas ou-tras opções de treino.

DO NORTE RUMO AO SULCaso prefiras fazer exer-

cício acompanhado tens à tua disposição amplos estú-dios para aulas de grupo. O horário semanal inclui mais de 150 aulas, em diversas modalidades, para que pos-sas adaptar o treino às tuas necessidades. E, para que nada te falte, o ginásio in-

tegra, também, uma piscina climatizada com 25m e uma zona de SPA com um cir-cuito termal, banho turco, sauna e diversos tipos de duche. Os sócios do Virgin Active beneficiam ainda de uma zona com cafetaria e serviço de Internet gratuito, bem como de três horas de parque de estacionamento.

Não vives no Porto? Não há problema… Ficas desde já a saber que está prevista a abertura de mais dez giná-sios no território nacional, sendo que ainda este mês será inaugurado o Virgin Active de Vila Nova de Gaia e está também em fase de construção o Virgin Active de Oeiras.


Salada Russa

Dói-me a moleirinha. Deve ser destas orelhas de Mickey que adquiri com des-conto nos souvenirs do Magic Kingdom, com aquela mazela de quem fez um pier-cing ou tatuou caracteres chineses. Faz hoje 15 dias desde que vivo oficialmente na Disney com duas guatemaltecas, uma venezuelana e duas portuguesas. São seis pares de orelhas de Mickey no total, é um perfeito descontrolo.

Deixo para já alguns clichés que tenho o prazer de confirmar, de Orlando para o mundo: os americanos não sabem onde fica Portugal; a rainha má da Branca de Neve chama-se “Grimhilde” na vida real – Gremilda ou Grimenilda em portu-guês – e numa outra vida deve ter sido mulher-a-dias no Entroncamento; Florida é igual a fast-food, pretzels, turkey legs à escala dos Flinstones e flacidez mórbida que só se passeia pelos parques de mo-torizada; as vicissitudes do fuso horário são tema de conversa inesgotável com os

parentes em Portugal – “Que horas são aí? A jantar, já?!”; a cintura das calças da far-

da Disney assenta ao nível dos mamilos, qualquer forma feminina quer-se similar a um saco de adubo; o choque é grande e complexo, mas a adaptação vale a pena.

Passei os primeiros dias a trepar pa-redes porque o telemóvel não apanhava rede, a Internet wireless funciona pior do que no Togo e o meu cartão Multibanco decidiu encravar nas ATM. Estive tesa e incomunicável na terra do Mickey, leito-res. Mas decidi ir contrabalançando todos os obstáculos com aquilo que encontrei de exemplar aqui. Descobri que a Disney é um icebergue incrível e megalómano, que não acaba nos Dumbos ou Pequenas Sereiras. Fora de cena, há um trabalho de gestão de recursos e imagineering inesgotável, que merece a minha melhor admiração. Mes-mo com sorrisos forçados e alguns dissa-bores na terra dos “Wowwwws”, sinto-me privilegiada.

*Licenciada em Jornalismo a estagiar na Disneyworld

Portugalidades no império do Mickey

CHOQUE!


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MARIANA SERUYA CABRAL*[email protected]

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