- Cidade Sábado, 1º dE outubro dE 2016 CARREIRAS...

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SÁBADO, 1º DE OUTUBRO DE 2016 10 - Cidade CARREIRAS MARCELO VERAS - [email protected] Promessa é dívida. No artigo anterior fiz uma síntese do “fil- me” que está passando neste século e que tem transfor- mado o mundo em exponencial. Para alguns, um filme de terror. Para quem gosta de uma vida dinâmica, cheia de no- vidades e aprendizados, um parque de diversões. Prometi hoje trazer o que, na minha visão, é uma postura exponen- cial em um mundo também exponencial. Em primeiro lugar, quem quiser fazer parte desse mo- mento como protagonista, deve ter uma convicção quase religiosa: “O que me trouxe até aqui em termos de conheci- mento não me levará aos próximos 10 anos”. A brincadei- ra começa por aí. Aquele que quiser se sentar, confortável e satisfeito, no trono dos seus conhecimentos adquiridos e que considerar que eles serão suficientes para manter a sua competitividade profissional, é melhor voltar a acredi- tar em Papai Noel. No mundo exponencial, o nosso conheci- mento tem prazo de validade, em função da velocidade com que os novos conhecimentos chegam e transformam a rea- lidade. Portanto, a regra básica é: monte a sua agenda de educação continuada. E não estou falando apenas de cur- sos, mas de tudo o que possa lhe trazer novos repertórios sobre o mundo e suas transformações. Mas o que significa, para mim, uma boa agenda de edu- cação continuada? Em primeiro lugar, você precisa estudar continuamente as tendências de futuro. Isso inclui as me- gatendências, as tendências comportamentais e as de ne- gócio. Olhar para o futuro e para as tendências é a base dessa construção. Hoje, as técnicas de predições estão muito apuradas. O futuro, embora tenha seu grau de impre- visibilidade, não é tão imprevisível assim. Vou colocar na seção de downloads do Blog (marceloveras.com) um rela- tório de tendências superatualizado, com mais de 40 ten- dências mapeadas para o período 2015/2025, elaborado e consolidado pelo meu parceiro Luis Rasquilha. Um segundo ponto importante é frequentar e conviver com ambientes criativos e inovadores. Hoje, existem deze- nas, talvez centenas, de iniciativas para fomentar inovação aberta, desde espaços como “start-ups” (empresas em fase inicial de vida), fóruns para discutir inovação e onde pessoas criativas se encontram. Um terceiro ponto importante é acompanhar algumas publicações que tratem de negócios e de inovação. Revis- tas, portais e blogs são boas fontes. Gosto muito também e, por isso, deixo como dica o que o guru Tom Kelley chama de mentoria reversa, ou seja, escolher uma pessoa 5 anos mais jovem que você e trocar ideias com ela com frequên- cia sobre problemas e desafios do mundo atual. Nós temos a tendência de achar que a idade mais avançada significa necessariamente mais capacidade de entender o mundo e resolver problemas. Está provado que isso é uma grande bobagem. Pare para pensar e procure conhecer a idade mé- dia das pessoas que têm criado os negócios, ideias e pro- dutos mais inovadores e disruptivos. Você vai se surpreen- der. A imensa maioria é composta por jovens, teoricamente “sem grande experiência”. Por fim, o pano de fundo de tudo isso, independente das ações a serem implementadas, é a certeza de que, no mun- do atual, temos que ser eternos aprendizes. Temos que aprender a aprender e também aprender a desaprender. Só assim estaremos preparados para este mundo exponen- cial no qual vivemos. Quem adotar essa postura de “eterno aprendiz” não só estará no jogo, como nunca vai saber o que é depressão e nem tédio. Esse momento histórico que estamos vivendo é muito legal. Aproveite! Até o próximo. *Marcelo Veras é presidente da Inova Business School e especialista em Gestão de Carreiras Mundo exponencial x Postura linear - parte II O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a propos- ta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na rodada de negociação que aconteceu quarta-feira, dia 28, em São Paulo. Com isso, a greve já dura 25 dias. O Sindicato promove na se- gunda-feira, dia 3 de outubro, uma nova assembleia na sede em Campinas, às 18h, onde se- rão tratados os rumos da greve. Em Indaiatuba, todas as agências bancárias do Cen- tro e também as agências da Caixa Econômica Fede- ral (CEF) e Banco do Brasil (BB) dos bairros continuam fechadas. Segundo o dire- tor regional de Indaiatuba do Sindicato dos Bancários de Campinas, Jacó dos San- tos, em Indaiatuba 15 agên- cias aderiram à paralisação, sendo oito bancos privados, três agências do BB e quatro da CEF. Ainda não aderiam à greve nove agências privadas. “A proposta da Fenaban foi rejeitada na mesa da ro- dada de negociação. Por en- quanto as agências particu- lares dos bairros continuam abertas, mas caso o sindicato decida nós as fechamos na- próxima semana”, afirma. Fenaban e bancários não entram em acordo e paralisação continua Em Indaiatuba, 15 agências aderiram ao movimento sindical Werner Münchow Os bancos privados do Centro aderiram à greve; nos bairros, apenas CEF e BB pararam Proposta A proposta da Fenaban foi um reajuste de 7% sobre salários, tíquetes e auxílios; abono de R$ 3.500,00; acordo com vali- dade de dois anos; e, em 2017, reposição da inflação (setem- bro de 2016 e agosto de 2017), mais 0,5% de aumento real. Já os bancários querem um rea- juste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; piso salarial de R$ 3.940,24; par- ticipação nos lucros e resul- tados (PLR) de três salários, mais R$ 8.297,61, o que, com o piso, daria pouco mais de R$ 20,1 mil; vales-alimentação e refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário e melho- rias nas condições de trabalho. Região O balanço apresentado pelo sindicato na quinta-feira, dia 29, mostra que 349 locais de trabalho fechados. Em Campinas foram 174; na região 175, além de Cam- pinas, em 35 das 36 cidades da base do Sindicato. No país, foram fechadas 13.254 agências e 28 centros admi- nistrativos. ANIELI BARBONI [email protected] O prolongamento da greve pode causar um impacto po- tencial diário de até 5,95% nas vendas do comércio, se- gundo estimativa da Confede- ração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Isso porque a o 5º dia útil do mês se apro- xima, data em que a maioria das empresas fazem seus pa- gamentos. Segundo a CNDL, enti- dade que administra o Ser- viço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e reúne mais de 1,2 milhão de pontos de ven- da em todo o país, a greve dos bancários vem prejudicando não só o comércio, mas toda a economia brasileira, que atualmente se encontra em uma situação delicada e preci- sa de estímulos para retomar o crescimento. O presidente da entidade, Honório Pinhei- ro comenta que a paralisa- ção é vista pelos lojistas com preocupação, pois a partir do momento em que o consumi- dor deixa de ter dinheiro para gastar, ele se sente desmotiva- do para ir ao comércio e con- sequentemente a economia sofre com a retração nas ven- das. “Embora boa parte dos serviços oferecidos pelos ban- cos possa ser feita nos caixas eletrônicos, existem situações que precisam do contato com o bancário, como descontar um cheque, receber uma or- dem de pagamento ou a cap- tação de um financiamento”, afirma Pinheiro. Comércio pode sofrer perdas de até 6% com a greve CMDCA entrega certificados de Amigo da Criança 2016 O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Ado- lescente (CMDCA), ligado à Secretaria da Família e do Bem Estar Social (Semfabes) promoveu no final de sema- na, no Hotel Vitória, um café da manhã para homenagear pessoas e empresas responsá- veis pela doação de 6% e 1%, respectivamente, do Imposto de Renda declarado para o Fundo da Criança e Adoles- cente de Indaiatuba (Funcri). Também houve entrega de certificados e palestra com tema Sucesso: Uma questão de Escolha com o palestrante e empresário André Zucca. O secretário da Famí- lia e do Bem Estar Social, Luiz Henrique Furlan, que representou o prefeito em exercício Antônio Carlos Pinheiro (PTB), agradeceu aos representantes das em- presas. “Agradeço aos em- presários e pessoas físicas pela sensibilidade e que fi- zeram a doação do imposto solidário. Este recurso vai fazer a diferença no dia a dia das entidades e de suas crianças. Destaco também a atividade dos contabilis- tas presentes que são mul- tiplicadores e que doam seu tempo para demonstrar aos clientes como é fácil fazer a doação para o Funcri, pois se o Imposto de Renda devi- do quando vai para Brasília fica mais difícil retornar”. A assistente social e pre- sidente do CMDCA, Viviane Roberta Barnabé, lembrou que o Fundo é uma forma de captar recursos. “O Fun- do Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescen- te é uma maneira de captar recursos financeiros desti- nados ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social por meio de entidades governamentais e não gover- namentais. Os repasses são feitos a Indaiatuba, via Fun- cri, e transferidos para as entidades e são bem utiliza- dos. Todas as entidades são sérias e prestam um serviços de excelência. Em 2016, 45 projetos apresentados pelas entidades foram aprovados e irão beneficiar crianças e adolescentes e suas famílias em 2017”. O evento contou ainda com as presenças dos secre- tários de Saúde, José Rober- to Stefani: de Educação, Ri- ta de Cássia Trasfereti e do superintendente do Seprev, Antônio Correa. Após a abertura, rece- beram o certificado Amigo da Criança 2016, a Câmara Municipal de Indaiatuba, Dr Acari Quintino da Silva, o palestrante André Zucca, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Secre- taria Municipal da Família e do Bem Estar Social. Em 2016, 10 empresas receberam o Certificado Amigo da Criança-Doado- res de 2016: Algar Multimí- dia S/A, Banco John Dee- re, HSBC Seguros, Claris Indústria e Comércio de Portas e Janelas Ltda., Fe- drigoni Brasil Papeis Lt- da., HSBC Brasil Consór- cio, Malhe Metal Leve S/A, Mann Hummel Brasil Lt- da., Rip Serviços Industrias Ltda, Tigre S/A Tubos e Co- nexões e Tuberfil Indústria e Comércio de Tubos Ltda. Informações sobre as doações para o Funcri po- dem ser obtidas no CMD- CA pelo telefone (19) 3885- 7700, Ramal: 7753. Sindicato dos Metalúrgicos paralisa empresa contra reforma trabalhista Os sindicatos dos metalúr- gicos de todo o país fizeram um movimento na manhã de quinta-feira para protestar contra a possível reforma tra- balhista que será apresentada no Congresso. A regional de Indaiatuba da entidade paralisou a em- presa Toyota na manhã de quinta-feira, das 6h às 9h, aproximadamente. Os sindicalistas alegam que a reforma visa reduzir di- reitos e salários, são contra o desmonte da previdência e vão em defesa da aposentadoria. Segundo Sidalino Orsi Ju- nior, assessor do sindicato dos metalúrgicos de Campinas, 2,2 mil funcionários partici- param da assembleia promo- vida pelo sindicato, que come- çou às 6h e acabou às 9h. “Fomos muito bem rece- bidos, entregamos o jornal do sindicato para esclarecer a ca- tegoria e eles compreenderam que a mobilização é importante por conta de possíveis mudan- ças que estão caminhando para a votação na área de reforma trabalhista”, explicou após o movimento. “A categoria está mobilizada contra os ataques dos empresários e do governo Temer aos direitos dos traba- lhadores, principalmente atra- Toyota já foi alvo de mais manifestações dos sindica- listas em outras ocasiões Arquivo Tribuna vés das reformas trabalhista e previdenciária que estão em curso”, conta Orsi. Região Em todo o país, a categoria metalúrgica reúne quase 2 milhões de trabalhadores, re- presentados pelos diversos sindicatos metalúrgicos, - liados às mais diferentes cen- trais sindicais, realizou atos e passeatas. Em Campinas e re- gião, que reúne cerca de 70 mil metalúrgicos e que são repre- sentados pela Intersindical – Instrumento de Luta e Organi- zação da Classe Trabalhadora, houve mais assembleias nas portas das fábricas, atrasando a entrada dos turnos, e tam- bém contou com paralisações na produção por 24 horas, em algumas indústrias. Objetivos A classe dos metalúrgicos ale- ga que o novo governo de Mi- chel Temer (PMDB) quer re- duzir salários e direitos, como 13º e férias; impedir o acesso ao direito à aposentadoria, instituindo idade mínima de 65 anos para homens e mu- lheres, e suspendendo bene- fícios por doenças, benefícios concedidos judicialmente, e aposentadorias por invalidez; ampliar a terceirização; pri- vatizar geral; fazer com que o negociado valha mais que o legislado, impedindo que o trabalhador entre na justiça contra o patrão; cortar no or- çamento público os chama- dos “gastos desnecessários”, congelando salários e pioran- do as condições de trabalho de quem atende a população nos serviços públicos; além de propor a criação de dois tipos de contrato.

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Sábado, 1º dE outubro dE 2016 10 - Cidade

CARREIRASMARCELO VERAS - [email protected]

Promessa é dívida. No artigo anterior fiz uma síntese do “fil-me” que está passando neste século e que tem transfor-mado o mundo em exponencial. Para alguns, um filme de terror. Para quem gosta de uma vida dinâmica, cheia de no-vidades e aprendizados, um parque de diversões. Prometi hoje trazer o que, na minha visão, é uma postura exponen-cial em um mundo também exponencial.

Em primeiro lugar, quem quiser fazer parte desse mo-mento como protagonista, deve ter uma convicção quase religiosa: “O que me trouxe até aqui em termos de conheci-mento não me levará aos próximos 10 anos”. A brincadei-ra começa por aí. Aquele que quiser se sentar, confortável e satisfeito, no trono dos seus conhecimentos adquiridos e que considerar que eles serão suficientes para manter a sua competitividade profissional, é melhor voltar a acredi-tar em Papai Noel. No mundo exponencial, o nosso conheci-mento tem prazo de validade, em função da velocidade com que os novos conhecimentos chegam e transformam a rea-lidade. Portanto, a regra básica é: monte a sua agenda de educação continuada. E não estou falando apenas de cur-sos, mas de tudo o que possa lhe trazer novos repertórios sobre o mundo e suas transformações.

Mas o que significa, para mim, uma boa agenda de edu-cação continuada? Em primeiro lugar, você precisa estudar continuamente as tendências de futuro. Isso inclui as me-gatendências, as tendências comportamentais e as de ne-gócio. Olhar para o futuro e para as tendências é a base dessa construção. Hoje, as técnicas de predições estão muito apuradas. O futuro, embora tenha seu grau de impre-visibilidade, não é tão imprevisível assim. Vou colocar na seção de downloads do Blog (marceloveras.com) um rela-tório de tendências superatualizado, com mais de 40 ten-dências mapeadas para o período 2015/2025, elaborado e consolidado pelo meu parceiro Luis Rasquilha.

Um segundo ponto importante é frequentar e conviver com ambientes criativos e inovadores. Hoje, existem deze-nas, talvez centenas, de iniciativas para fomentar inovação aberta, desde espaços como “start-ups” (empresas em fase inicial de vida), fóruns para discutir inovação e onde pessoas criativas se encontram.

Um terceiro ponto importante é acompanhar algumas publicações que tratem de negócios e de inovação. Revis-tas, portais e blogs são boas fontes. Gosto muito também e, por isso, deixo como dica o que o guru Tom Kelley chama de mentoria reversa, ou seja, escolher uma pessoa 5 anos mais jovem que você e trocar ideias com ela com frequên-cia sobre problemas e desafios do mundo atual. Nós temos a tendência de achar que a idade mais avançada significa necessariamente mais capacidade de entender o mundo e resolver problemas. Está provado que isso é uma grande bobagem. Pare para pensar e procure conhecer a idade mé-dia das pessoas que têm criado os negócios, ideias e pro-dutos mais inovadores e disruptivos. Você vai se surpreen-der. A imensa maioria é composta por jovens, teoricamente “sem grande experiência”.

Por fim, o pano de fundo de tudo isso, independente das ações a serem implementadas, é a certeza de que, no mun-do atual, temos que ser eternos aprendizes. Temos que aprender a aprender e também aprender a desaprender. Só assim estaremos preparados para este mundo exponen-cial no qual vivemos. Quem adotar essa postura de “eterno aprendiz” não só estará no jogo, como nunca vai saber o que é depressão e nem tédio. Esse momento histórico que estamos vivendo é muito legal. Aproveite! Até o próximo.

*Marcelo Veras é presidente da Inova Business School e especialista em Gestão de Carreiras

Mundo exponencial x Postura linear - parte II

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a propos-ta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na rodada de negociação que aconteceu quarta-feira, dia 28, em São Paulo. Com isso, a greve já dura 25 dias.

O Sindicato promove na se-gunda-feira, dia 3 de outubro, uma nova assembleia na sede em Campinas, às 18h, onde se-rão tratados os rumos da greve.

Em Indaiatuba, todas as agências bancárias do Cen-tro e também as agências da Caixa Econômica Fede-ral (CEF) e Banco do Brasil (BB) dos bairros continuam fechadas. Segundo o dire-tor regional de Indaiatuba do Sindicato dos Bancários de Campinas, Jacó dos San-tos, em Indaiatuba 15 agên-cias aderiram à paralisação, sendo oito bancos privados, três agências do BB e quatro da CEF. Ainda não aderiam à greve nove agências privadas.

“A proposta da Fenaban foi rejeitada na mesa da ro-dada de negociação. Por en-quanto as agências particu-lares dos bairros continuam abertas, mas caso o sindicato decida nós as fechamos na-próxima semana”, afirma.

Fenaban e bancários não entram em acordo e paralisação continua Em Indaiatuba, 15 agências aderiram ao movimento sindical

Werner Münchow

Os bancos privados do Centro aderiram à greve; nos bairros, apenas CEF e BB pararam

PropostaA proposta da Fenaban foi um reajuste de 7% sobre salários, tíquetes e auxílios; abono de R$ 3.500,00; acordo com vali-dade de dois anos; e, em 2017, reposição da inflação (setem-bro de 2016 e agosto de 2017), mais 0,5% de aumento real. Já os bancários querem um rea-juste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31%

de correção da inflação; piso salarial de R$ 3.940,24; par-ticipação nos lucros e resul-tados (PLR) de três salários, mais R$ 8.297,61, o que, com o piso, daria pouco mais de R$ 20,1 mil; vales-alimentação e refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário e melho-rias nas condições de trabalho.

RegiãoO balanço apresentado pelo sindicato na quinta-feira, dia 29, mostra que 349 locais de trabalho fechados.

Em Campinas foram 174; na região 175, além de Cam-pinas, em 35 das 36 cidades da base do Sindicato. No país, foram fechadas 13.254 agências e 28 centros admi-nistrativos.

ANIELI [email protected]

O prolongamento da greve pode causar um impacto po-tencial diário de até 5,95% nas vendas do comércio, se-gundo estimativa da Confede-ração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Isso porque a o 5º dia útil do mês se apro-xima, data em que a maioria das empresas fazem seus pa-gamentos.

Segundo a CNDL, enti-dade que administra o Ser-viço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e reúne mais de 1,2 milhão de pontos de ven-da em todo o país, a greve dos bancários vem prejudicando não só o comércio, mas toda a economia brasileira, que atualmente se encontra em uma situação delicada e preci-

sa de estímulos para retomar o crescimento. O presidente da entidade, Honório Pinhei-ro comenta que a paralisa-ção é vista pelos lojistas com preocupação, pois a partir do momento em que o consumi-dor deixa de ter dinheiro para gastar, ele se sente desmotiva-do para ir ao comércio e con-sequentemente a economia

sofre com a retração nas ven-das. “Embora boa parte dos serviços oferecidos pelos ban-cos possa ser feita nos caixas eletrônicos, existem situações que precisam do contato com o bancário, como descontar um cheque, receber uma or-dem de pagamento ou a cap-tação de um financiamento”, afirma Pinheiro.

Comércio pode sofrer perdas de até 6% com a greve

CMDCA entrega certificados de Amigo da Criança 2016O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Ado-lescente (CMDCA), ligado à Secretaria da Família e do Bem Estar Social (Semfabes) promoveu no final de sema-na, no Hotel Vitória, um café da manhã para homenagear pessoas e empresas responsá-veis pela doação de 6% e 1%, respectivamente, do Imposto de Renda declarado para o Fundo da Criança e Adoles-cente de Indaiatuba (Funcri).

Também houve entrega de certificados e palestra com tema Sucesso: Uma questão de Escolha com o palestrante e empresário André Zucca.

O secretário da Famí-lia e do Bem Estar Social, Luiz Henrique Furlan, que representou o prefeito em exercício Antônio Carlos Pinheiro (PTB), agradeceu aos representantes das em-presas. “Agradeço aos em-presários e pessoas físicas pela sensibilidade e que fi-zeram a doação do imposto solidário. Este recurso vai fazer a diferença no dia a dia das entidades e de suas crianças. Destaco também a atividade dos contabilis-

tas presentes que são mul-tiplicadores e que doam seu tempo para demonstrar aos clientes como é fácil fazer a doação para o Funcri, pois se o Imposto de Renda devi-do quando vai para Brasília fica mais difícil retornar”.

A assistente social e pre-sidente do CMDCA, Viviane Roberta Barnabé, lembrou que o Fundo é uma forma de captar recursos. “O Fun-do Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescen-te é uma maneira de captar recursos financeiros desti-nados ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social por meio de entidades governamentais e não gover-namentais. Os repasses são feitos a Indaiatuba, via Fun-cri, e transferidos para as entidades e são bem utiliza-dos. Todas as entidades são sérias e prestam um serviços de excelência. Em 2016, 45 projetos apresentados pelas entidades foram aprovados e irão beneficiar crianças e adolescentes e suas famílias em 2017”.

O evento contou ainda com as presenças dos secre-

tários de Saúde, José Rober-to Stefani: de Educação, Ri-ta de Cássia Trasfereti e do superintendente do Seprev, Antônio Correa.

Após a abertura, rece-beram o certificado Amigo da Criança 2016, a Câmara Municipal de Indaiatuba, Dr Acari Quintino da Silva, o palestrante André Zucca, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Secre-taria Municipal da Família e do Bem Estar Social.

Em 2016, 10 empresas receberam o Certificado Amigo da Criança-Doado-res de 2016: Algar Multimí-dia S/A, Banco John Dee-re, HSBC Seguros, Claris Indústria e Comércio de Portas e Janelas Ltda., Fe-drigoni Brasil Papeis Lt-da., HSBC Brasil Consór-cio, Malhe Metal Leve S/A, Mann Hummel Brasil Lt-da., Rip Serviços Industrias Ltda, Tigre S/A Tubos e Co-nexões e Tuberfil Indústria e Comércio de Tubos Ltda.

Informações sobre as doações para o Funcri po-dem ser obtidas no CMD-CA pelo telefone (19) 3885-7700, Ramal: 7753.

Sindicato dos Metalúrgicos paralisa empresa contra reforma trabalhistaOs sindicatos dos metalúr-gicos de todo o país fizeram um movimento na manhã de quinta-feira para protestar contra a possível reforma tra-balhista que será apresentada no Congresso.

A regional de Indaiatuba da entidade paralisou a em-presa Toyota na manhã de quinta-feira, das 6h às 9h, aproximadamente.

Os sindicalistas alegam que a reforma visa reduzir di-reitos e salários, são contra o desmonte da previdência e vão em defesa da aposentadoria.

Segundo Sidalino Orsi Ju-nior, assessor do sindicato dos metalúrgicos de Campinas, 2,2 mil funcionários partici-param da assembleia promo-vida pelo sindicato, que come-çou às 6h e acabou às 9h.

“Fomos muito bem rece-bidos, entregamos o jornal do sindicato para esclarecer a ca-tegoria e eles compreenderam que a mobilização é importante por conta de possíveis mudan-ças que estão caminhando para a votação na área de reforma trabalhista”, explicou após o movimento. “A categoria está mobilizada contra os ataques dos empresários e do governo Temer aos direitos dos traba-lhadores, principalmente atra-

Toyota já foi alvo de mais manifestações dos sindica-listas em outras ocasiões

Arquivo Tribuna

vés das reformas trabalhista e previdenciária que estão em curso”, conta Orsi.

RegiãoEm todo o país, a categoria metalúrgica reúne quase 2 milhões de trabalhadores, re-presentados pelos diversos sindicatos metalúrgicos, fi-liados às mais diferentes cen-trais sindicais, realizou atos e passeatas. Em Campinas e re-gião, que reúne cerca de 70 mil metalúrgicos e que são repre-sentados pela Intersindical – Instrumento de Luta e Organi-zação da Classe Trabalhadora, houve mais assembleias nas portas das fábricas, atrasando a entrada dos turnos, e tam-bém contou com paralisações na produção por 24 horas, em algumas indústrias.

ObjetivosA classe dos metalúrgicos ale-ga que o novo governo de Mi-chel Temer (PMDB) quer re-duzir salários e direitos, como 13º e férias; impedir o acesso ao direito à aposentadoria, instituindo idade mínima de 65 anos para homens e mu-lheres, e suspendendo bene-fícios por doenças, benefícios concedidos judicialmente, e aposentadorias por invalidez;

ampliar a terceirização; pri-vatizar geral; fazer com que o negociado valha mais que o legislado, impedindo que o trabalhador entre na justiça contra o patrão; cortar no or-çamento público os chama-dos “gastos desnecessários”, congelando salários e pioran-do as condições de trabalho de quem atende a população nos serviços públicos; além de propor a criação de dois tipos de contrato.