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j>r**o Quinta.feira, 10 de Novembro de 1955 Ano i - tf* 34 Proprietário, Administrador t {ditar v. S. M O T T A P I N T O REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18 --------------- -------------------------------------------------------------------- M O N T I J O ---- ---------------- COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX* - MONTIJO DIRECTOR RUY DE MENDONÇA Â morte prematura A morte é a lei da vida, todos o sabemos. Desde os micróbios (indivíduos celu- lares de vida efémera) até aos elefantes mais vivedoi- ros, os seres vivos cumprem o rumo para que foram criados. Todos nascem dou- tro ser igual, todos se repro- duzem, todos desaparecem no aniquilamento da sua constituição material. É o ciclo normal dos organismos vivos, cada qual com a sua duração taxativa. 0 Homem, ser racional, portador duma alma que o identifica com o Criador, o Deus Omnipotente, se foge ura pouco ao puritanismo da regra, no capítulo tempo, às suas próprias mãos o deve. E com a insensatez dos seus gestos, fomenta em si mesmo a propagação da maior dor que punge a hu- manidade : a morte prema- tura, 0 homem que se vê mor- rer perto dos cem anos, após uma vida dè luta, assober- bada de trabalho,incensada de ideal firme, somatório de uma imensa sucessão de factos que são a resultante de todas as suas manifestações vitais — deixa-nos saudade, por vezes uma dor grande pelo vácuo do afecto e dum espírito brilhante, e lúcido até ao fim ; mas tem que ser considerada a sua morte natural. Esse homem chegou ao fim da viagem, e nao se pode culpar ninguém de lha ter interrompido cedo. Cum- priu inteiramente o ciclo da existência. Dr. Cabrol fldão Em contrapartida, se ve- mos desaparecer um ente querido, ou apenas conheci- do, aos io, aos 20, aos 5 o, aos 40 anos. .. sofremos o golpe maior que as fibras nervo- sas podem vibrar-nos. E só quem vive esses transes lhes pode aquilatar a pun- gência. O homem, como todo o animal, vive num inundo de perigos e ameaças, que tem de conhecer para os evitar. Depois de Adão, os homens existiam em plena Natureza, tirando dia a dia as lições do meio ambiente, adivi- nhando os perigos, preve- nindo-os ou dominando-os 'com a argúcia da sua inte- ligência, com a inspiração do próprio instinto de con- servação, que todo o orga- nismo contém em si, desde que nasce. Eram homens possantes e valorosos, resis- tentes e vivedoiros. (Continua na página 7) k festa ám Ídolos Grande parada de ale- gria, distinção e bom gosto, foi sem dúvida um dos g r a n d e s acontecimentos artísticos do ano. Veja 110 próximo numero a reportagem completa, ilustrada com muitas foto- grafias, que os nossos en- viados especiais fizeram do grande espectáculo or- ganizado pelo jornal FESTA. @.t&nicas -10 OS TAC01S CAMBADOS por Alvaro Valente Não conheço . nada mais importante para a situação económica, financeira e ver- tical do, indivíduo do que o estado de saúde com que se apresentam os seus tacões. O tacão é o índice infalí- vel por onde a sociedade soberana avalia com quem fala, com quem trata, com quem estabelece contacto. Tacão cambado é homem Virado... Ai do que trouxer os ta- cões cambados! Quando ele passar pelos grupos joviais dessa socie- dade soberana, ouvir-se-ão os comentários imediatos: JUantifa t ê-i leus piúhtemaj CASAS ECONÓM ICAS por Joaquim da Siiva Vamos falar da falta de habitações em Montijo, leva- dos por inspiração dum artigo do sr. R. M., tâo sòmente com o propósito de agitar um problema que, em nossa opinião, deve enca- beçar todos os outros que preocupam os montijenses desejosos de que a sua terra atinja o plano a que tem todo o direito. Não nos move o propósito Mela aa página 5 mais um arHgo da série fl suinicultura nos Estados Unidos pelo Dr. Ramiro Ferrão (fípecial para Provincia» do (ollege Station - Texas ~ S. $, A.) de arranjarmos solução para o assunto, pois seria estul- tícia da nossa parte alimen- tar tal pretensSo, tanto mais que reconhemos não estar habilitados para tão grande empreendimento e faltar-nos tempo para compilarmos, analizarmos e estudarmos toda a série de elementos considerados essenciais para o bom arrumo da questão. Apenas nos limitamos a breves considerações apon- tando inconvenientes, demonstrando vantagens e, se possível, indicando, em alguns casos, as soluções que, em nosso entender, nos pareçam as mais viáveis. O assunto é de interesse colectivo e oxalá outros venham a debatê-lo com o propósito de ajudar as ins- tâncias superiores a satis- fazer a aspiração natural da família: viver numa casa decente onde exista uma parcela mínima de conforto e de salubridade. A falta de habitação a preços acessíveis às bolsas mais modestas é mal que, mau grado nosso, afecta não só alguns milhares de por- tugueses como também avassala vários países euro- peus, o que constitui séria preocupação para quem tem sobre os seus ombros o pesado fardo da chefia gover- namental. E ’ que viver em pardieiros ou servindo-se de furnas para se acomodar ou ainda ter de residir num quarto de exíguas dimensões, origem a que a saúde física e moral se definhem, consti- tuindo pesadíssimo encargo para a sociedade e, conse- quentemente, para a própria Nação. Urge, portanto, sacudir a sonolência de alguns e a letargia fde muitos outros para que este magno pro- blema seja encarado com a seriedade devida, com jus- tiça, com carinho e com a indispensável coragem que requerem os grandes come- timentos. E’ necessário, inadiável mesmo, arregimentar von- tades, mobilizar capitais, pôr em movimento companhas tendentes a entusiasmar as grandes empresas, solicitar Continua na página 2 ) -—Que pelintra! Que pi - lho ! Está rebentado de todo! Olhem para aqueles tacões,.. E logo ali fica assente que nada vale, que está falido, que não merece crédito, nem confiança. Se, por necessidades im- periosas da vida quotidiana, procura colocação e traz os tacões gastos, perde seu tempo e feitio. Todos que forem abordá- dos para esse fim deitarão os olhos aos malditos tacões e, num raciocínio secreto e rápido, dirão para dentro: — Que miserável! Se eu aceitava para meu empre- gado um maltrapilho destes! Olhem para aqueles tacões... Pois se até no Amor eles têm influência! Vá lá um adónis qualquer* cheio de belas intenções, tentar a conquista da sua «mais q.ue tudo» com os ta- cões cambados.., Ele a esfarelar-se em de - clarações «pastel de nata», em olhadelas de fogo e de arminho; e ela a congemi- nar: —-Pobre . pindérico ! Não tem onde cair morto !?Kara cá, vens de carrinho. Olhem para aqueles tacões. Por eles se calcula ime- diatamente a tal situação económica e financeira do portador, quer os traga ou não em serviço. Vão os sapatos ao re- mendo, por exemplo, e mes- tre sapateiro, de espírito ob- servador e supicaz, com longa experiência da fra- queza humana, funga, res- munga e conclui: — Puf! Este, só se pagar adiantado. Está mesmo «na estica»! Olhem para os ta- cões deste franchinote... Não tem para mandar can- tar um cego. Espera que já... E lá vão os sapatos para o caixote do ferro velho, donde não sairão sem o pré- vio pagamento. (Continua na página 7) Concurso de Prognósticos de futebol Á gloriosa incerteza dos resultados dos jogos de futebol, reflete-se na marcha do nosso concurso. 'Oefa as Laip.tt.sai desta semana na pái/ina 6 e tome nota: se reside fora de Montijo, basta enviar-nos o sen prognóstico em envelope aberto com um selo de $20 .

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j>r**o Quinta.feira, 10 de Novembro de 1955 Ano i - tf* 34

Proprietário, Administrador t {ditar

v. S. MOTTA P I N T OREDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18— --------------- --------------------------------------------------------------------M O N T I J O ---- -— ---------------COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX* - MONTIJO

D I R E C T O R

RUY DE M E N D O N Ç A

 morte prematuraA morte é a le i da vida,

todos o sabemos. Desde os micróbios ( in d iv íd u o s c e lu ­lares de v id a efém era) até aos elefantes m ais vivedoi- ros, os seres v iv o s cum prem o rumo para que foram criados. Todos nascem dou­tro ser igual, todos se repro ­duzem, todos desaparecem no an iqu ilam en to da sua constituição m ateria l. É o ciclo norm al dos organism os vivos, cada q u a l com a sua duração taxa tiva .

0 Hom em , ser rac ional, portador dum a a lm a que o identifica com o C riado r, o Deus O m nipotente , se foge ura pouco ao p u ritan ism o da regra, no cap ítu lo tempo, às suas p róprias mãos o deve. E com a insensatez dos seus gestos, fom enta em si mesmo a propagação da maior dor que punge a h u ­manidade : a m orte p rem a­tura,

0 homem que se vê m or­rer perto dos cem anos, após uma vida dè lu ta , assober­bada de tra b a lh o ,in cen sad a de ideal firm e, som atório de uma im ensa sucessão de factos que são a re su ltan te de todas as suas m anifestações vitais — deixa-nos saudade, por vezes um a dor grande pelo vácuo do afecto e dum espírito b rilhan te , e lúc ido até ao fim ; m as tem que ser considerada a s u a morte natural. Esse hom em chegou ao fim da viagem , e nao se pode cu lpar n inguém de lh a ter in terrom pido cedo. C u m ­priu in te iram ente o c ic lo da existência.

Dr. Cabrol fldão

E m con trap artid a , se v e ­mos desaparecer um ente querido, ou apenas con hec i­do, aos io , aos 20, aos 5 o, aos 40 anos. . . sofrem os o golpe m a io r que as fib ras n e rvo ­sas podem vibrar-nos. E só quem v iv e esses transes lhes pode a q u ila ta r a pun ­gência.

O hom em , com o todo o an im a l, v iv e num inundo de perigos e am eaças, que tem de conhecer para os e v ita r . D epois de A dão , os homens ex istiam em p lena N atureza, tirando d ia a d ia as lições do m eio am biente, a d iv i­nhando os perigos, p re ve ­nindo-os ou dominando-os

'com a a rg úc ia da sua in te ­

ligên c ia , com a in sp iração do p róp rio in s tin to de con ­servação , que todo o orga­n ism o contém em si, desde que nasce. E ra m hom ens possantes e va lo rosos, re s is ­tentes e v ived o iro s .

(C ontinua n a p á g in a 7)

k festa ám ÍdolosG rande p a ra d a de a le­

g r ia , d istinção e bom gosto, fo i sem d ú v id a um dos g r a n d e s acontecim entos artísticos do ano.

V eja 110 p ró x im o num ero a reportagem com pleta, ilu s tra d a com m u ita s fo to ­g ra fia s , que os nossos en ­v iados especiais f i z e r a m do g ra n d e espectáculo or­g a n iza d o p e l o j o r n a l F E ST A .

@.t&nicas - 1 0

OS T A C 0 1S C A M B A D O Spor Alvaro Valente

Não conheço . nada mais im portante para a situação económ ica, financeira e ve r­tical do, indivíduo do que o estado de saúde com que se apresentam os seus tacões.

O tacão é o índice in fa lí­vel por onde a sociedade soberana ava lia com quem fala, com quem trata, com quem estabelece contacto.

T a cã o cam bado é homem Vi rado. . .

A i do que trouxer os ta ­cões cam bado s !

Quando ele passar pelos grupos jovia is dessa socie ­dade soberana, ouvir-se-ão os com entários im ed iatos :

JUantifa t ê-i leus piúhtem aj

C A S A S E C O N Ó M I C A Spor Joaquim da SiivaV am o s fa la r da fa lta de

hab itações em M ontijo , le va ­dos por i n s p i r a ç ã o dum a rtig o do sr. R . M ., tâo sòm ente com o propósito de a g ita r um prob lem a que, em nossa op in ião, deve enca­beçar todos os outros que preocupam os m ontijenses desejosos de que a sua te rra a t in ja o p lano a que tem todo o d ire ito .

N ão nos m ove o propósito

M e la a a p á g i n a 5

mais um arHgo da série

fl suinicultura nos Estados Unidosp e l o D r . R a m i r o F e r r ã o

(fípecial para Provincia» do (ollege Station - Texas ~ S. $, A.)

de a rran ja rm os so lução para o assunto, pois se ria e s tu l­t íc ia da nossa parte a lim e n ­ta r ta l pretensSo, tanto m ais que reconhem os não estar h ab ilitad o s para tão grande em preend im ento e faltar-nos tem po p a r a com pilarm os, an a liza rm os e estudarm os toda a série de e lem entos considerados essencia is para o bom a rru m o da questão.

A p en as nos lim itam o s a b reves considerações apon ­tando i n c o n v e n i e n t e s , dem onstrando vantagens e, se possíve l, ind icando , em a lguns casos, as soluções que, em nosso entender, nos pareçam as m ais v iá ve is .

O assunto é de in teresse co le c tivo e oxalá outros venham a debatê-lo com o propósito de a ju d a r as in s ­tâncias superio res a sa tis ­fazer a asp iração n a tu ra l da f a m íl ia : v iv e r num a casa decente onde ex ista um a parce la m ín im a de conforto e de sa lubridade.

A fa lta de hab itação a preços acess íve is às bolsas m ais m odestas é m al que, m au grado nosso, afecta não só a lguns m ilha res de p o r­tugueses com o t a m b é m avassa la vá r io s países eu ro ­peus, o que co n stitu i séria preocupação para quem tem sobre os s e u s om bros o

pesado fardo da chefia gover­nam enta l.

E ’ que v iv e r em pard ie iro s ou servindo-se de furnas para se acom odar ou a inda ter de re s id ir num quarto de ex íguas dim ensões, dá origem a que a saúde fís ica e m ora l se definhem , consti­tu indo pesad íssim o encargo para a sociedade e, conse- quentem ente, para a p rópria Nação.

U rg e , portanto , sacu d ir a sono lência de alguns e a le ta rg ia fde m uitos outros para que este m agno pro­b lem a seja encarado com a seriedade dev ida , com ju s ­tiça, com ca r in h o e com a in d isp en sáve l coragem que requerem os grandes com e­tim entos.

E ’ necessário , in a d iá ve l mesmo, a rreg im en ta r v o n ­tades, m o b iliz a r cap ita is , pôr em m o vim en to com panhas tendentes a en tu siasm ar as grandes em presas, so lic ita r

Continua n a p á g in a 2 )

-— Q ue p e lin tra ! Q u e pi­lho ! E s tá rebentado de todo! O lhem para aqueles tacões,..

E logo ali fica assente que nada vale , que está falido, que não m erece crédito, nem confiança.

Se , por necessidades im ­periosas da vida quotidiana, procura co locação e traz os tacões gastos, perde seu tempo e feitio.

Todos que forem abordá- dos para esse fim deitarão os olhos aos malditos tacões e, num raciocín io secreto e rápido, dirão para d en tro :

— Q ue m ise rá ve l! S e eu ace itava para meu em pre­gado um m altrapilho destes! O lhem para aqueles tacões...

Po is se até no Am or eles têm in fluênc ia !

V á lá um adónis qualquer* cheio de belas intenções, tentar a conquista da sua «mais q.ue tudo» com os ta­cões c a m b a d o s . . ,

E le a esfarelar-se em de­c larações «pastel de nata», em olhadelas de fogo e de arminho; e e la a congemi- n a r :

—- P o b re . p indérico ! Não tem onde cair morto !?K ara cá, vens de carrinho. O lhem para aqueles tacões.

Po r eles se ca lcu la im e­diatam ente a tal situação económ ica e finance ira do portador, quer os traga ou não em serviço.

Vão os s a p a t o s ao re­mendo, por exem plo, e mes­tre sapateiro, de espírito ob­servador e s u p i c a z , com l o n g a experiência da fra ­queza humana, funga, res­munga e co n c lu i:

— P u f ! Este , só se pagar adiantado. Está mesmo «na e s t ic a » ! O lhem para os ta­cões deste fra n ch in o te ... Não tem para mandar can­tar um cego. Esp e ra que já...

E lá vão os sapatos para o caixote do ferro velho, donde não sairão sem o pré­vio pagamento.

(C ontinua n a p á g in a 7)

Concurso de Prognósticos de futebolÁ gloriosa incerteza dos resultados dos jogos de futebol,

reflete-se na marcha do nosso concurso.

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a co laboração de médicos, de ju ris tas , de arqu itectos e de espec ia lis tas em assun ­tos sociais, para que surjam por esse Po rtu g a l além , b a ir­ros de casas lim pas, arejadas, che ias de sol e de cor, con ­tr ib u in d o a s s i m e dum a m a n e ira d ec is iv a para o le van tam en to p ro íilá c teo e e sp ir itu a l das classes m ais m odestas, cujos sa lários, por vezes, m a l dão para as sopas d iárias .

Q uand o nos debruçam os sobre a ex trao rd in á r ia obra do Pa d re P ie rre , que em F ra n ça in ic io u a m ais fan ­tás tica cam panha levada a cabo nestes ú ltim os anos a favo r dos sem casa, ficam os pensando como o m undo seria bem m ais feliz se em cada N ação e até em cada loca lidade, outros se le v a n ­tassem à im itação daquele ec les iástico e procurassem dar a cada fam ília o canto da sua casa.

Não há d ú v id a que o panoram a gera l é bem triste , m as tam bém nos a leg ra o facto de a lguns hom ens de boa van tade se d isporem a com bater o m al que v a i corroendo a fam ília , base fund am en ta l da sociedade.

E m P o rtu g a l a lgo já se fez e graças á in dó m ita vo n ­tade de S u a Ex ce lên c ia o M in is tro das Corporações, sr. D r. V e ig a de M acedo, o p rob lem a está a ser en ca ­rado de fren te e va i entrar, segundo crem os, num a fase d ec is iva , o que fará com que centenas de fam ília s ve jam enfim satis fe itas as suas a sp ira çõ es ; possuirem um a casa, pequena que seja, m as decente e capaz de a lb e rg a r em condições de h ig iene, todos os seus com ­ponentes.

M o n tijo te rá de dem ons­t ra r e pôr a c la ro a tris te s ituação dos que vegetam

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em ve rd ad e iros pard ie iros, re iv in d ican d o assim o d ire ito de se le v a n ta r um b a irro de casas económ icas com capa­cidade su fic ien te para a lb e r­gar as fam ília s carecidas dum la r onde possam v iv e r em condições de sa lu b rid ad e a que tem d ire ito todo o ser hum ano.

F iq uem os hoje por aqu i porque o espaço é lim itado , mas prom etem os con tinuar.

J o a q u i m d a S i l v a

Pastelaria PérolaA P ra ça da R ep ú b lica ,

tende d ia a d ia para se tran s ­fo rm ar num au ten tico centro com erc ia l e de e legânc ia da nossa v ila .

A b r iu agora, neste lo ca l m ais um estabe lec im ento — A P A S T E L A R I A P É R O L A p ropriedade do nosso am igo e ass inan te S r . Jo fre José da Cruz.

O novo estabelecim ento que está m ontado com m uito gosto, tem um am biente aco lhedor e gracioso como o e lem ento fem in ino tanto aprecia.

Esperam os que m ais esta in ic ia t iv a , para dotar a nossa te rra dum estabelec im ento digno da sua categoria, seja dev id am en te a u x i l i a d a e ap rec iada com o m erece.

« A P ro v ín c ia » , apresenta os seus m elhores votos de p rosperidades e franca v id a à no va P a s te la r ia Pé ro la e c u m p r i m e n t a afectuosa­m ente o seu p rop rie tá rio .

Pelo OrfanatoE ’ com o m aior p razer que a

D irecção do O rfanato D r. César Fernandes V entura vem pub lica­m ente exp ressar o seu reconhec i­m ento à casa C arlos A ntónio da Costa (H erdeiros) pela sua dádiva de Esc. 1.570S00 tran screvendo em seguida a ca rta que a acom panhou.

E x .mo Sr.«Para os devidos efeitos e de

harm onia com a convocação p u b li­cada na Gazeta do Sul em 10 de O utubro , ju n to rem eto a relação da dívida dessa colectividade, à m inha casa.

P o rq u e o O rfanato está lu tando com enorm e dificuldades e ainda porque o alto fim a que se destina m erece todo am paro e carinho por parte dos m ontijenses ten h o a honra e prazer de oferecer a im p o r­tância em dívida, co n tribu indo assim , em bora m odestam ente, para a elevação e con tinuação dessa tão grandiosa e hu m an itá ria obra.»

Com os m eus cum prim en tos, souDe V. E x .a

A tenciosam ente M aria d ’O liveira Cosia

SANFER , L. DA

S E D E LISBOA, Rua de S. Julióo,

ARMAZÉNS fllOflílJO, Sua da Bela Vista

A E R O M O T O R S A N F E R o m oinho que re s is tiu ao cic lone - F E R R O S para construções, A R A M E S , A R C O S , etc.

C IM E N T O P O R T L A N D , T R IT U R A Ç Ã O de a lim e n ­tos para gados

R ÍC IN O B E L G A para abubo de batata, cebola, etc.C A R R IS , V A G O N E T A S e todo o m a te r ia l para C a ­

m inho de F e rroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M

Banda Democrática 2 de Janeiro

N o Sa lão de Fes ta s desta popu lar co le c tiv id a d e m on­tijense realiza-se no D o ­m ingo 13 pelas 2 i horas um grand ioso espectácu lo de T e a tro e V a ried ad es pelo G ru p o C én ico do A ten eu A r t ís t ic o Cartaxense.

A i . a parte será p reen ­ch ida com a peça em 1 acto da au to ria do nosso co labo ­rad o r e g rande poeta R ib a ­te jano F a u s tin o R e is Sousa , com adaptação m u s ica l e encenação de R o ss in i M a r ­q u es .— A ’ S E S T A .

A 2.a parte in c lu i a ap re ­sentação da in sp irad a ope­re ta IR E N E , que F a u s t in o dos R e is So u sa escreveu e R o ss in i M arqu es encenou.

A 3.“ parte que com p leta o p rogram a é um in te res ­sante a rran jo de R o ss in i M arques a que deu o t ítu lo de A ' P R O C U R A D E U M A E S T R E L A .

O espectácu lo será a b r i­lh an tad o por um quarte to p r iv a t iv o do G ru p o e p ro ­m ete ser um ve rd ad e iro êxito, dada a categoria des­tes am adores e o bom gosto, a rte e s im p atia de que se r e v e s t e m todas as suas actuações.

O s b ilhe tes encontram -se à vend a no estabe lec im ento de M á r io T a va re s Sam oreno e na Séd e da Ban da .

* * *D a C om issão pró Séd e

da B . D . 2 de J . recebem os am áve l o fíc io agradecendo as no tíc ias que o nosso jo r­n a l tem pub licado sobre a popu lar co le c tiv id ad e .

N en hun s agradecim entos nos são devidos, nada fa­zemos que não seja pouco para o m u ito que a n o tá ve l B an d a de M ú s ica necessita— au x ílio de toda a popu ­lação m ontijense para le v a r a bom fim a sua p retensão — um a séde p róp ria para a co lec tiv id ad e . C o n tin u a re ­mos ao d ispo r da B a n d a D e m o c r á t i c a , para tudo quanto a Com issão , ou a D irecção , entenderem nos­sos préstim os serem úteis.

Combate a tuberculoseC ontinua no C oncelho de M on­

tijo o com bate à te rrív e l doença.Assim, os serviços da A. I. N.

T . com o seu cam ião para o rádio rastreio estão esta sem ana nos seguintes locais:

5.a-feira — Alto das B arre iras — para efec tuar m icro radiografias aos operários das f irm a s : Cerâm ica de José Salgado d’01iveira e Jo a ­qu i m Amado.

6 .a-feira — Praça da R epública: para o pessoal da C om panhia de Criação e C om ércio de Gados.

Sábado de m anhã — E strada da A talaia: O perários das C erâm icas de Joaquim da Fonseca e T om az Iça.

Sábado d e ta rde — Praça d a R epública: Para quem qu izer u ti­lizar estes serviços.

Atenção Sarilhos GrandesC ham a-se a especial atenção dos

hab itan tes desta freguesia para o estacionam ento do cam ião duran te o dia de D om ingo em Sarilhos G randes, d e v e n d o a população ap roveitar esta oportun idade.

R E P A LP E R F U M A R I A

VIDA

M U n i C I P f l L

Deliberações tomadas pela Câmara na sua última reu. nião

— Tomar conhecimento que fo i r e f o r ç a d a con, 1000.000800 a compartici­pação para 0 Mercado Ce», trai.

— Autorizada a com par. ticipação para as obras de alteração e expropriação da Avenida Corregedor Rodri­gues Dias.

— Considerar promovidos a escriturários de 2 .“ classe • de acordo com a legislação \ respectiva, os segundes es. criturários existentes em ser­viço : D. Luisa Rosália Bas­tos e D. Manuela Ferreira Gonçalves.

— Aprovar 0 2 ° orçamenta suplementar na totalidade de 40ç.20$$40 .

— A ornear Chefe da Secção Têcnica Municipal o Sr. Eng. António Sidónio de Sousa.Licenças para obras:

De harmonia com os pa­receres respectivos a Câmara deliberou

— Aprovar por maioria 0 requerimento de João Gon­çalves Palmeiro e concedo licença para a obra que pre­tende no prédio sito na Rua Almirante Reis, 5 1 .

— In d e f e r ir 0 requeri­mento de Domingos Pinto para construção de um muro de vedação na Rua da Aldeia Velha.

— Aprovar os projectos t conceder as licenças respec­tivas a :

Indústria de Fabricação de Aglomerados Lda., Joa­quim Victorino, de Canha, Américo Correia Vargas e Emílio Gil de Matos.

— Reprovar os projectos apresentados p o r : José Fran­cisco Soares Martins e Si­mão Vieira da Rocha.

E x c u r s õ e sOs M ontijenses têm um a pre-

dilecção especial pelas excursões a Sevilha, assim além da que temos anunciado organizada pelo Ateneu Popu lar de M ontijo e p ara a qual se aceitam inscrições para o 2. ca rro , visto que o 1.” tem a sua lotação esgotada, está também ein organização um a o u tra cuja par­tida de M ontijo será em Abril e com o segu in te i t in e rá r io : Montij»! Badajoz (almoço), Mérida, Tru- jilo (jan ta r e perno itar), Talavera de La R eina, Naval C arnero, Ma­drid (almoço, j .n tar e pernoitar)' dois dias de estadia ein Madrid* M anzanares (almoço), Gr anada (jan ta r e perno itar), Cordova, Se­vilha, dois dias de estadia em Se­v ilha e regresso por Aracena, Rosal de La F ro n te ra , Ficalho. Beja, Montijo.

São dez dias de passeio a traves de E spanha com um a organiza^ 0 perfeita e cu jo preço muito mó­dico perm ite a inscrição até da­queles que nunca pensariam podei ap roveitar esta o p o r t u n i d a d e ' Assim os in teressados podem d*n' g ir-se para mais esclarecimento' em M ontijo à M obilândict Praça 5 de O utubro , 12: ao S|É José Sam paio de O liveira (Sobfl' nho) no Mercado M unicipal; A lcochete 11a Casa das Mobília*' na Rua C om endador Estêvão de O liveira.

Telefone O-S?

■tPara boai Cfot&qtafiai

foto Montijense

io-H '955 A {PROVINCIA 3

NOTICIAS DA SEM ANA Cine clube de MonHjo

E s c r e v e V. Gonçalves L a vra d o r n a R ev is ta de C inem a <VISOR» : «.O ci­nem a é am a g ra n d e arm a è certo , m a s com d o is gu­m es. Tanto pode serv ir as m a is elevadas concepções do hom em como as m a is b a ix a s te n d ê n c ia s ; tanto pode ser um a arte d esin te­re ssa d a e livre, como um a s i m p l e s in d ú s tr ia d e s ti­n a d a a fornecer fabu lo so s lucros aos seus exp lo ra d o ­res'». .» e m a is a d ia te : *Os m a g n a tes a p o d era ra m -se d a arte cinem atográ fica , p u se ra m -n a ao seu serviço e g a n h a ra m duas batalhas; ( a do esp irito p e la in flu en ­cia d irecta que a arte f i l - m ica exerce na form ação in telectua l do espectador ) e a do d inheiro (pelo s m i­lhões que p a s s a r a m a e n tra r nos cofres dos g ra n - dds p roductores, dos pode­rosos i 11 d u s t r i a i s do film e)».

O sr. João Alvas Falcato leu e com entou o seguinte texto n a I con ferência de Im p re n sa e R ád io d a com is­são consultiva de cine-clu- bes re a liza d a recentem ente em L isboa: «A existência dos cine-cluhex justifica-se pelo f a c t o de o cinem a a in d a hoje ser encarado como fo rm a de diversão i n f e r i o r , sem quaisquer im plicações com os m a is sérios valores d a cultura, id e ia que o cine-clubism o se propõe a com bater, n a ten ta tiva de fo r m a r in d i­víduos m a is conscientes do fenóm eno cinem atográfico c do seu exacto en q u a d ra ­m ento no p a n o ra m a gera l d a s artes».

* # *

Os i n t e r e s s a d o s p e la criação do Cine Clube de M ontijo pod em desde já d a r o seu nom e e m o ra d a n a redacção de «A P rovín­cia» todos os d ia s úteis das9 à s 19 horas, devendo em breve ser m a rca d a um a reunião p rep a ra tó r ia entre todos o s i n s c r i t o s e a C om issão organ izadora .

AniversáriosOUTUBRO_Dia 30, o Sr. José M endonça

boa v i d a nosso prezado amigo e assinante.

— Dia 31, O m en ino Diogo Ro­drigues M endonça T avares e no dia 2 sua irm ãzinha a m enina Maria da Conceição M endonça T a ­vares, gen tis filh inhos do nosso bom am igo e assinante Sr. A n­tónio T avares.

NOVEMBRO— Dia 4, o S r. Joaquim dos

Santos O liveira, nosso dedicado assinante.

— Dia 8, o m enino José T eo ­doro dos Santos Silva filho do nosso prezado assinan te Sr. João Teodoro da S ilva.

— Dia 10, a m enina lida M aria Baliza Calado, filha do nosso esti­mado assinan te S r. A ntónio Maria Calado.

— Dia 13, a m enina M aria Guio- mar N ogueira Rebelo, filha do nossa prezado assinante Sr. José Joaquim Rebelo.

— Dia 13, o S r. Anselm o A ntónio J«sé Marques, nosso prezado assi­nante.

Para todos vão os m elhores parabéns de «A Província».

Casamentos— No passado dia 29, realizou-se

em Lisboa na Ig re ja de N.a S r.a de Fátima o enlace m atrim onial da Ex.ma S r.a D. M aria João G ou­veia V itorino da Mota, filha da Ex.m* Sr.a D. M aria da G lória Gouveia V ito rino da Mota e do S r. José V itorino da Mota (falecido), com o Sr. José M endonça M iranda líoavida filho da E x .m* Sr.* I). Maria A ugusta M endonça Boavida e do Sr. A ntónio M iranda Boa­vida (falecido).

Forain padrinhos por parte da noiva seus avós, nosso prezado assinante e querido am igo E x .m* Sr. Justin iano A ntónio Gouveia, digno P rovedo r da Santa Casa da Misericórdia de M ontijo e sua Ex.ma Esposa S r.a D. G lória Q ua­resma N epom uceno Gouveia, e por parte do noivo a E x.ma Sr.a D. Emília N epom uceno Gouveia, tia da noiva e o E x .mo Sr. C om an­dante Francisco da Silva Jú n io r.

Finda a cerim ón ia realizou-se no R estaurante Vera Cruz um a l­moço intim o a que assistiu o S r. Professor D r. F rancisco G entil.

«A Província» ap resen ta ao sim ­pático casal os seus mais sinceros parabéns e desejos de m uitas v e n ­turas no seu novo lar.

Visitas— E ncontra-se de visita a sua

íamília em C arregosa da T ábua, a Sr.a D. M aria da Costa R ibeiro e seu filho A ntónio A. C. R ibeiro, esposa e filho do nosso assinan te Sr. António R ibe iro .

ConferênciasConforme anunciámos têm de­

corrido com interesse as confe­rências que no T em plo da Ig re ja Evangélica P resb ite riana de M on- bjo, se têm realizado desde Do­mingo.

Hoje 5.a-feira, fa lará o L ic. Saúl *6 Sousa e na 6.*-feira o Rev. Dr. fj'u>s R odrigues Pereira, m uito •lustre m édico em Vila F ranca de Xira.

No Dom ingo, final do ciclo de conferências, usará da palavra o Kev. Gerson de Azevedo M ever. .Gratos pelo convite que espe-

c*alinente nos foi endereçado .

°oentes— Há dias já que se encontra

gravemente enferm a a E x.raa S r. D. floria Q uaresm a N e p o m u c e n o ^°uveia, esposa dedicada do E x .mo

Justiniano Gouveia nosso p re­ndo amigo e assinante.

Nos últim os dias têm -se acen­a d o as m elhoras pelo que lhe de­vamos pronto restabelecim ento .

floite EleganteC onform e estava anunciado rea-

lizou-se no Sábado 5, no vasto Salão de Festas do Café P ortugal, um a in teressan te noite elegante com passagem de penteados, ch a ­péus e peles, organização a que p resid iu o bom gosto de D. Na­tália T obias e seu m arido o conhe­cido e apreciado cabeleireiro T o ­bias.

A festa que resultou um verda­deiro êxito foi ab rilhan tada pela O rquestra R ibatejana e teve a an im á-la vários a rtistas da rádio.

«A Província» agradece a g en ti­leza do convite e felicita viva­m ente o Casal T obias po r mais esta m anifestação de arte e bom gosto.

B A IL E ST erm inada a époda de verão,

in iciaram as diveasas colec tiv ida­des m on tijenses, bailes nos seus salões de festas.

Assim, no próxim o dom ingo, realizam bailes as seguintes colec­tividades : Sociedade F ilarm ónica1.° de D ezem bro e C lube D espor­tivo de M ontijo.

B O M B E I R O SVoluntários de fflontijoOs Srs. M inistros do In te rio r e

das F inanças aprovaram a p ro ­posta do Conselho Nacional dos Serviços de Incêndios para a d is­tribu ição da colecta cobrada em 1954, a que se refere o § 4.° do art.° 708.° dt. Código A dm inistra tivo .

Foram d is tribu ídos 12.361.539$00 tendo a corporação de M ontijo receb ido a quan tia de 20.000S00.

EspectáculosC a r t a z d a S e m a n a

CINE POPULAR

5 .3 feira, 10; (Para 18 anos) «Homem de Ferro» com «Passei p o r Cadastrado» e o Jornal de A ctualidades.

S á b a d o , 12; (Para 18 anos) «N unca Fom os C obardes» com «O P reço da Fama».

D om ingo, 13 e 2 .a feira, 14; (P ara 13 anos) A super-produção ita liana «Ulisses».

D om ingo em M atinée para c rian ­ças «V iagens de G uliver».

CINEMA 1.» DE DEZEMBRO

Sábado, 12; (Para 13 anos) «O F ilho de L agardére» e «O A njo, o D iabo e o Amor».

D om ingo, 13 e 2.a feira, 14; (Para 13 a n o s ) em Cinem aScope «O G rande Circo».

4 .a feira, 16; (Para 13 anos) «Rom eu e Julieta».

D om ingo às 18 ho ras m atinée para crianças.

V e n d e - s eUma balança de 300 Kg. em ferro

centecim al. C onstrutora de B a ­lanças - E strada Nacional, 51

M ONTIJO

MOBILOIL0 lubrificante das campeões

A G E N T E S E X C L U S I V O S

Tamarca, L,da Telef, 026152 MONHJO

f À L f C I M f N T O SFaleceu no Sam ouco no dia 31

de O utub ro p. p. o S r. José da S ilva C anarim , cunhado do nosso estim ado assinan te e considerado com ercian te em M ontijo S r. Ga­b riel do C arm o.

O funera l realizou-se no dia seg u in te p a r a o cem itério do Sam ouco, nele se tendo incorpo­rado m uitas pessoas am igas do ex tin to .

«A Província» ap resen ta sen ti­das condolências à fam ília en lu ­tada.

Faleceu no p ' p . dia 3 a m enina M aria Helena de Jesus F arinha , de 16 anos de idade, filha do Sr. T ito F a rin h a e de I). A ntonieta A nge­lina F a rin h a .

A ex tin ta deixa profunda sau ­dade no coração de seus e x tre ­m osos pais e am igos e o seu fune­ral foi um a grand iosa m anifestação de pesar nele se tendo incorporado centenas de pessoas das relações de am izade da fam ília e am igos dé tão sim pática como infeliz jovem .

«A Província» apresenta sen ti­dos pêsam es à fam ília enlutada.

Faleceu no p. p. Sábado 5 a S r.a D. M aria A ugusta F erra , deSI anos de idade, mãi do Sr. F ra n ­cisco F erra , d igno p rop rie tá rio em M ontijo e da S r .a I). C ustódia da Silva Èzequiel esposa do Sr. José Porfírio È zequiel, c o n c e i t u a d o com ercian te da nossa praça.

A ex tin ta era tam bém avó da S r. I). Maria Helena F e rra L ino , esposa do nosso redacto r Sr. Ma­nuel L ino.

O funeral realizou-se no Do­m ingo para o cem itério local, nele se tendo incorporado m uitas pes­soas das relações de am izade da fam ília.

«A Província» ap resen ta sentidas condolências à fam ília enlutada.

C ontando 71 anos de idade, faleceu no p. p . d ia 6 o Sr. M iguel de Sousa Rama, figura m uito con­siderada de antigo com erciante e com peten te técnico contab ilista , que d u ran te anos exerceu o cargo de g eren te da F ábrica M undet.

O ex tin to que deixa viúva a S.aD. M aria M arques Rama, era pai dos S rs . Dr. M anuel de Sousa Hama casado com a S r.a D. M aria A delaide M orato Sousa Ram a e funcionário su p erio r d a Ju n ta N acional dos P ro d u to re s de V inho e do Sr. Mário M iguel de Sousa Rama casado com a S r.“ 1). M aria L ucília F a rreu Rama, m uito digno vereador do nosso M unicípio e func ionário superio r do L abora­tó rio de E n g en h a ria Civil.

O funera l que se realizou na3,a-feira para o cem itério da nossa vila, foi um a sentida m anifestação de pesar bem desm onstra tiva de quan ta consideração e respeito m erecia o ilu stre ex tin to .

«A P rov íncia# ap resen ta sen ti­das condolências à fam ília e n lu ­tada e em especial ao bom e ded i­cado am igo Sr. Mário M iguel de Sousa Rama.

*Africas Portuguesas

e EstrangeirasV. Ex.a q u ere com prar ou

vender, em pregar-se , v i a j a r pelas P rov íncias U l t r a m a r i n a s P o rtu g u esas d e G u i n é , C a b o V erde, S . T om é e P rínc ipe , A n­gola e M oçam bique e ainda pelos te rritó rio s estrangeiros do Congo Belga, Africa E quatorial Francesa, Rodésias do N orte e Sul, N iassa- làndia, União Sul Africana e N igé­r ia ? A nuncie no «D iário de L ou ­renço M arques que se pub lica em p o rtuguês e inglês há 50 anos na capital da P rovíncia Portuguesa de M oçam bique. D irija ise p o r favor ao delegado corresponden te em L isboa — Rua Palm ira , 10-4.''' E sq. aos A njos’

Comissão de festasde S. Pedro

Pe lo Sen ho r Presidente da C âm ara M un ic ipa l foi dada posse na 2 .“ fe ira 7 , à nova Com issão das F e s t a s deS . Pedrp , que ficou assim constitu ída :

Presidente, Hum berto de Sou sa Fortunato ; Secre tário G era l, A u g u s t o M end es; Sec re tá r io A d j u n t o , F ra n ­cisco Resina G a rrô a ; T e so u ­reiro, Joaqu im de Sou sa Gre- g ó r io ; V o g a i s , Franc isco Franco A lm eida, M ário V i­cente e António Fan ico

«A P rov ín c ia» faz votos para que os novos elem entos agora em possados m ante­nham o.ritmo e brilhantism o das festas anteriores e con ­gratula-se, pelo facto de con­tinuar a ver na presidência da mesma, o nome de H um ­berto de So u sa e de outros experientes elem entos, o que dá uma garantia de continui­dade e criteriosa organização às festas de 1956.

Um pedido justoRecebem os de um nosso ded i­

cado assinan te , com o ped ido de publicação, a segu in te carta :

Sr. DirectorU m a vez que já com eçaram

os traba lhos de reparação d a estra d a d a A ta la ia , não será agora a m elhor ocasião p a ra se p o r água co n a liza d a n a R u a Joaqu im d ’A lm e id a no local conhecido p o r Custódio dos Carros?

E nvio-lhe esta c a r t a em nom e de todos os m oradores daquele local, p a ra o Sr. Di­rector ch am ar a atenção no vosso jo rn a l, dos Serviços M u­n ic ip a liza d o s , p a ra rea liza r o m a io r sonho e aspiração dos m orad o res do C ustódio dos Carros.

D esde já agradece an tec ipa­d a m en te .

Um m orado r do Custódio dos C arros.

Ju lgam os de a tender tão ju s to pedido, não sabem os no en tan to quais as possib ilidades que neste m om ento a C âm ara tem para e n ­fren ta r tal problem a.

Aqui fica no en tan to a so licita­ção do nosso le ito r e a esperança de que num fu tu ro próx im o seja a tendido como merece.

A g r a d e c i m e n t oM anuel L ino Bisca, Sara R ita

Bisca G o d i n h o d ’A ím eida, seu m arido e m ais fam ília, agradecem reconhec idam en te a todas as pes­soas que se d ignaram acom panhar à sua ú ltim a m orada, sua m u lher e avó, Sara A mélia Caleiro Bisca, assim com o a todas as pessoas que po r q u a lquer form a patentearam o seu pesar.

P r e c i s a m - s eAgentes p a r a angariação d e

publicidade e assinatu ras p ara im ­p o rtan te jo rn a l d iário . É favor responder para a Delegação do «D iário G uardian» — R ua P alm ira ,10-4.® — Esq. aos A njos, L isboa.

R E P A Lârtigos para íscritório

CflSfl DO RIBATEJOBanquete de Homenagem

A C asa do R ibatejo está organizando um banquete de homenagem aos ilustres e benem éritos Benaventenses, Irm ãos Calhe iros Lopes.

D. Luísa Monteiro GriloNa faculdade de Direito

da Universidade de Coimbra, concluiu o curso, a Sr." Dr.“ D. Lu sa Monteiro Grilo, f i ­lha do nosso prezado assinante Estêvão M o n t e i r o Grilo,D.m ° Presidente da C. M. P. e de sua esposa S r.“ D. Ana Monteiro Grilo, residentes em Penamacor.

A ’ nova licenciada e a seus pais apresenta «A Provín­cia* sinceros cumprimentos de parabéns com desejos de muitas felicidades.

Para onde caminhamos?O preço dos géneros em M on­

tijo, está d ia a d ia a agravar- s e , provocando n os orçam en­tos dom ésticos fortes d ificu l­dades. A lém d os preços incom ­p o rtá ve is p o r q u e s e estão ven d en d o as hortaliças e o p e ix e fo i a g ora a carne au­m en ta d a 2$00 em quilo.

P ara onde cam inham os?

M a r ç a n oCom algum a p r á t i c a , precisa

C ooperativa de M ontijo.

4 A PR O V IN CIA iq- i i -955

---------------------------------------— C p ^ x l a a i r e i t a — -------------------------- ------

S e o ç ã o d e d i c a d a à c o l a b o r a ç ã o d o s n o s s o s l e i t o r e s

Crónicas retrospectivas

o— Eh pá, vem aí o Saloio !A esta exclam ação in te rro m p ía ­

m os, num ápice, os jogos de ber­lindes, os quais levantávam os do chão, p ressu rosos escondendo-os m uito bem no fundo dos bolsos. Acto con tínuo corríam os a en ro s­carm o-nos pelos poiais das portas —- posição repu tada de estratégica para a defesa — e ali ficávamos à espera, sobressaltados, corações pequeninos, arrítm icos, receosos. I)aí a nada, dobrando a esquina, lá surg ia , de facto, o Saloio — oll.o anui, tem ível, cravado em nós, farejando, desconfiado.

«Ná, aquela m alta tava a jogar, apostava».

Após ligeiro exam e dos c ircu n s­tantes, in d ag av a ;

— Quem é que q u e r tira r a m an ia? — n e m um a r e s p o s t a , sequer.

— Q ueres tu tirar a m ania ? E tu ? E tu ? E tu ? — C orria a roda a todos, em busca de adversário para o jogo de berlinde.

— Na quero !— Na q u e ro !— Na q u e ro !R esposta uniform e, pois bem se

sabia que ele ganhava sem pre — se não a bem , a mal.

«Se o gaijo se fosse e m b o ra » .. .Calções de fundilhos re c ta n g u ­

lares, a três co res; na cam isa suja, rasgões aqui e acolá, denunciando rixas de que s a i r a vitorioso, decerto , nem mais um a peça em cim a da pele ; d e sca lfo ; a perna negra, m agra e f lex ív e l: e uns olhos azuis, ferozes.

«E sem pre ali, o g a ijo » .. .Teim oso, sen tava-se no chão, ao

pé da gen te . «Que queria jo g a r — tirar a m ania àquela malta». D e­pois pergun tava se tínham os b e r­linde», para os m ostrarm os. «Ná, a m alta não tin h a berlindes. Que se fosse em bora».

N inguém tin h a berlindes para jogar com o Saloio.

O lhava-nos então de revés e re tirava-se , adm oestando:

— Vamos a ver quem «vai para a pina», am anhã !

Mole, a fas tava-se — cada passo seu aum entava o nosso alívio,

— O gaijo vai-se em bora — seg re­dávam o-nos.

C ortara agora para a esquerda. A correr, um dos nossos ia c e rti­ficar-se se ele a rrep ia ra cam inho— se, cosido com o m uro , no lado de lá da esqu ina , estava «à caça», da malta,

— Já lá vai adiente.Uf! Desta vez não houvera nov i­

dade. A cabava o estado de sítio — cada um já podia d iv ertir-se à vontade. Mas toda a precaução era pouca, q u e ele e r a «larapo*. Q uando su rg ia sem ser visto, célere qual furacão, v a rr ia quan ta bo li­nha de v id ro lobrigasse — mesmo sem abafador. Isto constitu ía falta g rave no código da m alta que só aprovava a usurpação por in te r ­m édio das esferas g randes, co lori­das. E stes actos de sabotagem valiam -lhe o epíteto de «larapo» ou «laraipo».

Certa vez fui dar com o Borges a desfazer-se em lág rim as:

— O que é que foi, apá ?— Foi o Saloio que roubou-m e

o abafador.

S a i oUm abafador de três m il e q u i­

nhen to s ou quatro escudos, com certeza. O bom do Borges levara tem posque tem pos, pacientem ente, a ju n ta r tanto d inheiro . Para quê? De um m om ento para o ou tro v in h a de lá o Saloio e — pum ba!— rap inava a preciosa esfera de vidro. Com ela, o Saloio podia agora «abafar» berlindes sem o acoim o de «laraipo». E m bora de proven iência ilegal, a sua exibição, en tre os dedos polegar e ind icador, conced ia-lhe todo o d ire ito à posse legítim a de quanto b erlindes to­passe a geito. O nosso código tác­tico o estabelecia.

Na h ie ra rq u ia dos v id ros, acim a do sim ples berlindes e do burguês «abafador», contavam -se ainda os p e ieg rin o s, por raros, «contra-o- -inundo». 0 possuidor de um deles abafava, a seu b e fp ra z e r , toda a espécie possível de bolas de vidro. De form a que, para legalizar todos os roubos p resen tes e fu tu ros, o Saloio a n e x o u um «contra-o- -m undo» que, po r pertencer ao Saloio, não só era o Rei dos Aba- fadores, títu lo vu lgar de qualquer um , com o tam bém re i de todos os « con tra -o -m undo» ,—'R ei de todos os Reis dos Abafadores. Perante si, todos os mais poderes do m undo v ítreo se reduziam a pó.

N enhum de nós, todavia, foi capaz de considerar que, se o Saloio legalizava, à face do C ódigo, alguns roubos, e ra valendo-se de outros que o fazia — de outros roubos que o Código condenava.

O ra o Saloio em pregava ainda o u tro m étodo de ataque — este m ais pacifico e m oroso na conse­cução de seus in ten tos. Se calhava um de nós a aceitar rep to «se que­ria ti ra r a m ania» — (o que se nos afigurava acto de g rande tem eri­dade) era de ver o Saloio a jogar com u n h as e dentes, cheio de «réiva», (dizia), p rom etendo socos ao adversário . Jogava bem , mas com o «tinha» de g an h ar sem pre, fazia «m angueiras» desm edidas, alongando todo o braço — preciso era q u e em bocasse na covinha, p u d e ra ! G anhando, ganhando sem ­p re , jam ais abandonava a vitim a, ex ig indo -lhe que v irasse os bolsos, para se certif ica r da «depena».

«O Saloio h a v i a de ter um te s o u ro » ... — dava-m e tra to s à im aginação. Em buraco rem oto e profundo, p róx im o de regano ou valado, é que ele seria . A div inhava: os be rlin d es p re tin h o s , pequenos, m u ito b rilhan tes — todos com uma p on tinha baça na superfície, — os brancos, das garrafas de p irolito , côr do vidro , m uito lisos e os de côr — os azuis, os verm elhos, os verdes, etc. — todos em m onte, às mãos c h e ia s ; em recan to mais d issim ulado da toca lá se an in h a ­riam os «abafadores», sem pre áus- te ros, raiados, ricos de colorido ; e, no meio deles, em pirâm ide, os «contra - o - m undo» — s e n h o r e s absolutos do r e i n o do vidro. Q uanto me sen tiria honrado se o Saloio, um belo dia, se lem brasse de me conduzir a té lá, a desven­dar-m e tan ta r iq u e z a !

A quele tesouro ench ia-m e os o lhos, à força de conjecturações. Mas, m ais do que ele, algo havia

i oquejjme em polgava. E ra o Saloio, o p róp rio Saloio.

Fum ava com o os hom ens — só isso basta ria para m an ter sobre m im — que só chupava barbas de m ilho — considerável ascendente. D epois, o à-vontade com que desa­fiava a m alta para jogar ou b rigar, a form a com o falava, os palavrões que p ro feria . Mas, sobretudo , o que o im punha ao m eu espírito e ra a lenda que se c ria ra à sua volta. N inguém sabia de onde ele v inha , nem para onde ia. N unca se dem orava en tre nós — nóm ada, p ressu roso — su rg ia , logo abalava, consum ados os actos de rapina. D obrava a esqu ina para su rg ir , dias depois, no m esm o geito.

Até que um a vez com eçám os a e s tran h a r a sua ausência.

— O Saloio nunca m ais veio, pá.— O’ tem po que o Saloio m orreu ,

atão não sabias ?Com efeito, m o rre ra já o Saloio

— e com um té tano . A sua vida fora tão fugaz com o as suas ap a ri­ções en tre a m alta,

A gora, defendidos em absoluto das suas incu rsões, m otivo havia para nos tranqu iliza rm os. Mas an tes ele con tinuasse a in q u ie ta r- -nos,po is os receios que nos in fu n ­dia já constitu íam p a rte in teg ran te da nossa infância. Fazia-nos viver pequenas aven tu ras e, com ele ju n to de nós, ju lgávam o-nos mais hom ens.

Mas a M orte, obsequiosa para connosco, a liando-se-nos co n tra o com um in im igo—ju lg an d o ir p re s ­tar-nos serviço precioso — acabou por p ro po rc ionar dolorosa decep­ção a todos nós, roubando-nos, para todo o sem pre , a lguém a quem , no fundo, queríam os como irm ão.

M a n u e l M a r i a C a r r e i r a T a p a d i n h a s

55=S5=$«S35=S=S

QUADRAS S O L T A SC anta lá cachopa bela R essoa essa lin d a voz Tua beleza s inge la E’ um trofeu entre m is .

Pode» ser m in h a m ulher Se m e deres o coração Jà te de i a entendr.Aguardo o sim, ou não?

Se fo res á ro m aria ,Como não ten s nam orado Podes pois, p o r cortesia P assear com igo ao lado.

Onde m e encontro fe liz O nde posso deacansar E ’ n u m recanto que f iz T ra n fo rm a r-se em doce lar.

Paulo da Mendonça

José íeodésio da Silva( H s rd a lra )

Fábrica fundada em 1900 (era edi­fício próprio)

Fábrica de Gasosas, Refrigeran­tes, Soda W ater, Licores. Xa­ropes, Jutiipero, Cremes de todas as qualidades etc.

Fabricos pelos sistem as mais modernos

6—Rua Formosa 8=Te!ef. 02t> J.-)4 Monrijo

Contra a caspa e queda do cabeioSó é calvo o desleixado que não cuida do seu cabelo Use Petró ­leo Quim ico Jãod lgo e verá os

resultados obtidos.E contra as frieiras só Freiri- clda JSod lg o , à veuda nas

boas farmácias, drogarias e perfumarias.

D EPO SITÁ R IO GERAL Diogo da Si lva Sa l ão X. Joaquim de ÀlineUo, 132 - MONIIIO

Mensagem de um jovem

H o m e m , e s q u e c e o p a s s a d o : se fo s te b o m , c r ê q u e n ã o fo s te o s u f ic ie n te ; se f o s t e m a u , e s t á s a te m p o d e s e r e s tfto b o m c o m o o m e lh o r .

N e s ta jo r n a d a c h a m a d a v id a n u n c a se a a b e se o p a s s o a c a ­b a d o d e d a r fo i o ú l t im o . O s e g u n d o q u e a s e g u i r t o r n a r á o p a s s a d o m a is d i s t a n t e n u n c a se lh e a d iv in h a o f u t u r o q u e t r a z d e n t r o : o s t e u s a n t e p a s ­s a d o s , a n te s d e t u v i r e s , n u n c a s u p u s e r a m q u e m s e r i a o s e u d e s c e n d e n te , a s s im c o m o tu n ã o s u p õ e s q u e m s e r ã o o s te u s , se a in d a n ã o o s te n s . T u d o a n ã o s e r o q u e a n te s v e io é u m a in c ó g n i ta .

H â u m v e lh o p r in c ip io q u e a f i r m a : o s f i n s ju s t i f ic a m o s m e io s ; p o r is s o a q u e le s q u e a l ­c a n ç a r a m g r a n d e s f in s , s e r v i n ­d o -s e d e m e io s p a c íf ic o s e a l ­t r u í s t a s , e r g u e r a m b e m a l to u m P a s s a d o c o m q u e n a m a io ­r i a d o s c a s o s n ã o s e p r e o ­c u p a r a m , e q u e o s a t i r a r a m p a r a o s p in á c u lo s d a g ló r i^ e te r n a .

C r is to , G a n d h i , L i n c o l n , B a e c k e t a n t o s o u t r o s , n ã o se s e n t ia m a t o r m e n t a d o s p e lo s f in s g lo r io s o s a a lc a n ç a r , n ã o t r a b a lh a v a m e m s u a s o b r a s c o m o f i to d e l h a s p a g a r e m c o m a im o r t a l i d a d e , e , n o e n ­ta n to , o s s e u s n o m e s e a s s u a s o b r a s f o r a m p e lo s h o m e n s a r r a n c a d o s á s c o is a s t e r r e n a s , l a n ç a d o s s o b r e c ú p u la s d iv i ­n a s e p r e s o s p o r c a d e ia s o l ím ­p ic a s a e e s t r e la s .

Q u a n d o t e l a n ç a r e s p a r a u m a m e ta , l e m b r a - te q u e n ã o s a b e s se a a l c a n ç a r á s : a u m p a s s o d e la p o d e s c a i r e n ã o a p i s a r e s ; m a s se o c a m in h o p e r c o r r id o f ic o u a s s in a la d o c o m a fé i n q u e b r a n t á v e l de v e n c e r , l i v r e d e m e s q u in h e z e o p r ò b io d a t u a p a r t e , o f e i to s e r á tã o g r a n d e c o m o se h o u ­v e ra s c o n s e g u id o v e n c e r o d e r ­r a d e i r o o b s tá c u lo .

U m t í t u l o c o n s e g u id o p o r t r a i ç õ e s e d e u l e a I d a d e s , m e s m o q u e g o z e s o s b e n s m a ­te r i a i s q u e d e le te a d v e n h a m , j a m a is te p e r t e n c e r á , p o r q u e a q u i lo q u e fo i r o u b a d o n ã o m u d o u d e d o n o : s im p le s m e n te o u t r o s r e c e b e m o s s e u s b e n e ­f íc io s . E m n ó s e x is te u m a v o z í n t i m a — a c o n s c iê n c ia . N a d a a c o n s e g u e c a la r : p o d e m o s e n s u r d e c e r ta u to q u e n e m o i­ç a m o s s e q u e r o r i b o m b o d e s ­c o m u n a l d e g ig -a n te sc a b o m b a , m a s e s s e m u r m ú r i o q u e c ic ia d e n t r o de n ó s , c h e g a - n o s s e m ­p re p e r c e p t ív e l c o m o a u n s o lh o s s ã o s c h e g a a lu z d o s o l d e u m d ia l ím p id o d e P r i m a ­v e r a ; e q u a n d o a g i r e s , a g e s o b e s s a v oz , sê s e u e s c r a v o e v iv e r á s e m h a r m o n ia c u in o te u e u e e n tã o a v o z c o m q u e te p o s s a m a c u s a r n ã o e n c o n ­t r a r á , n u n c a , e c o d e n t r o d e t i , p o is a r a z ã o s in c e r a c o m q u e a j u l g a r á s s e r á a m e s m a s in c e r a r a z ã o q u e a d i t o u . P a r a q u ê e n tã o a t r a i ç o a r e s s a e s s ê n c ia d a a lm a , s e lh e n ã o c o n s e g u im o s e s c o n d e r a t r a i ­ç ã o d e q u e fo i v i t im a ? A c o n s ­c iê n c ia è o e lo q u e n o s l i g a à f e l ic id a d e o u á in f e l i c id a d e , è a v o z d a s n o s s a s a c ç õ e s e r e - p e r c u t e - s e n a « r u t a e m q u e e la se a b r ig a e d e ix a - a im p r e ­g n a d a d o s h á l i t o s d e q u e v a i r e v e s t i d a — b e n é f ic o s o u m a ­lé f ic o s : p o r q u e h a v e m o s n ó s d e fu g ir à s le i s d a v e r d a d e , ú a ic o c o n fo r to d a a lm a , p a ra f o r j a r m o s u m f u t u r o q u e n ã o s a b e m o s se c h e g a r e m o s a g o ­z á - lo ?

O p a s s a d o é c o m p o s to p o r h o r a s q u e fo r a m e n ã o v o l t a ­r a m m a i s ; o f u t u r o p o r h o r a s q u e a in d a n ã o c h e g a r a m e q u e n ã o s a b e m o s o q u e s e r ã o e se a s v iv e r e m o s s e q u e r : p o r q u e r a z ã o h a v e m o s d e f a z e r d e le s o to r m e n t o d o d ia q u e v iv o - m o » ? P r e o c u p e m o - n o s , a n te s ,

Gabinete de leitura

Gazela das Caldas— Com ­pletou m ais um ano de exiy. tênc ia este nosso co lega que se p u b lica nas C a ld as da R a in h a , d ir ig id o p ro fic ien ­tem ente pelo sr. Jú l io Lopes. E ' com v iv a s im patia que « A P ro v ín c ia » fe lic ita o an­tigo sem anário da terra de M a lh oa e faz votos por largo e próspero fu turo .

Á Voz do Calhabé— T a m ­bém este conhecido jornal C o im brão , orgão reg iona­lis ta de la rg a d is tribu ição no país e o de m aio r cir. cu lação no m a io r e mais p rog ress ivo b a irro de C o im ­bra, com em orou em xo de O u tu b ro o seu 23.0 a n iv e r ­sário .

Fazem os votos de muitos e prósperos anos em defesa do seu b a irro e da famosa c idade U n iv e rs itá r ia .

Bolelim do Banco Portu­guês do Atlântico — N." 9 e10 — Tem os em nosso poder os núm eros de Setem bro, e O u tu b ro com o de costum e bem colaborados é com pleta in fo rm ação económ ica e fi­nance ira in te rn a c io n a l.

Boletim do Porto de Lisboa— N .° 56 — 0 : núm ero de Se tem bro , é com o de cos­tum e en teressante e útil rep o s itó ria de assuntos l ig a ­dos às fin a lid ad es d e s t a pub licação.

G ra to s pela oferta.Plateia — N.° 1 1 0 — M ais

um núm ero de Plateia com a costum ada separata, temos em nosso poder. B o a ap re ­sentação g rá fica bons assun ­tos e o in te ressan te con ­curso de C aras Bo n itas de Po rtu g a l.

Notícias dos Arcos—-Este i n t e r e s s a n t e qu inzenário reg io n a lis ta que se pub lica em A rco s de V a ld evez com e­m orou com o seu núm ero 832 as suas bodas de prata.

V in te cinco anos de ex is ­tência em jo rn a is de pro ­v ín c ia é feito d i g n o de registo.

C u m p r i m e n t a m o s com s im p atia o prezado colega de que é p ro p rie tá rio o sr. D r. A n tó n io J . P im e n te l R i ­be iro e d ire c to r in te rin o o sr. D r. V asco S . P. Pe re ira de C as tro fazendo, votos para que con tinue por m u i­tos anos e bons a pugnar pelos interesses da região que defende.

« índice»C on tin uam os a receber

regu larm en te os se rv iços de perm uta do A rq u iv o de de Reco rtes da Im prensa — « ÍN D IC E » com referências ao nosso jo rn a l, o que m uito agradecem os.

D aq u i recom endam os aos nossos le ito res in teressados nesta exce len te O rgan ização ú t il a q u a lq u e r ac tiv id ad e e, cu ja séde se encontra in s ta lad a em L isb o a , na Rua E d u a rd o Coelho , 35-3.”-Esq.° te lefone 28240.

c o m o p r e s e n te , i lu m in a n d o -o c o m o f u l g o r d a n o s s a e x is ­tê n c ia , p a r a q u e , se o l e m b r a r ­m o s , e le i l u m in e a n o v a h o ra q u e p a s s a .

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to-i 1-955 A PROVÍNCIA 5

Q centenário do nascimento de Mousinho de AlbuquerqueO Herói de Chaimite

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A S U IN IC U L T U R A

N O S E S T A D O S U N I D O S/\!o próximo dia 12 de Novembro, na Sociedade jf Geografia, em Lisboa, viU dar-se início às come­morações centenárias do nas- cimento do grande Mousinho de Albuquerque — o Heroi do Chaimite — que com a Sita valentia e patriotismo, coadjuvado p e l o t e n e n t e 5 a >i £ h e s de Miranda o hnenle-graduado C. 011 to , o ,„édico'Amaral e mais qua- reuta e oito praças, puseram fim ao turbulento reinado \lo Penhor dos Vátuas — o Qungunhana — em terras de Moçambique.

/oaquim Mousinho de A l­buquerque capitão do tempo de campanha em que se cobriu de glória, quando na metrópole, — para onde em­barcou logo após 0 seu feito, vivia cansado e desiludido, e por tal facto, pós termo à sua existência com uni tiro de revolver, quando se fazia transportar num «coupe» a São Sebastião da Pedreira, em Lisboa aos 8 de Janeiro de 1902.

A passagem do Heroi por a vida ter/ ena, deixou atras de si um rasto de sintilante glória, não só para a sua pessoa, como até para o nosso prestígio internacionaf, dado que Portugal, na A frica, era persseguido pela cobiça de estrangeiros, que viam nos nossos territórios urna fonte inesgotável de valores de toda a ordem. Mas ele com a sua espada e coragem levou de vencida tais cobiças.

Era Mousinho de A lbu­querque, como todos os gran­des valores que têm passado por a terra um homem, sem toleima, que se preocupava sim com o bem estar do seu semelhante 0 que se pode ava­liar pela carta que transcrevo, no que se refere a outro Heroi Nacional, nas campa­nhas de ocupação, Caldas Xavier.

«Morreu o Caldas Xavier. Podes crer que de todos os oficiais nossos camaradas nenhum havia mais dedicado, mais valente e com mais ser- serviços. Deixa viúva, cinco filhos, pai, mãi e d ua s irmãs, e de tudo isto era ele # único amparo. E l Rei, caso entenda que eu mereço qual­quer recompensa por ter apa­nhado o Gungunhana, que tome esta gente sob a sua protecção, Nada me pode fager que eu mats agra­deça».

Esta carta foi enviada ao Secretário P a r t i c u l a r do Rei i no mesmo barco — 0

frica» — que trazia para a metrópole, 0 régu lo des- <fonado, Quanta humani­dade nele encerra, quanta pfeocupação e espirito d e verdadeira camaradagem ela °ontém para com um inditoso Companheiro das andanças nos matos africanos.

E justo pois que se come- niore e com o brilho a (l!‘e tem jús, o centenário do nascimento deste g r a n d eprtuguês, p ag a n d 0- se

vinda que modestamente a 'hvida que perante a sua glória, ainda se encontra em "kerto. Foi há tempos su­ando que os restos mortais

de Mousinho de Albuquerque fossem repousar na su a Terra Natal — Batalha, — entre as paredes do Mos­teiro de Santa Maria de Victória, a onde foi bapti­zado em Novembro de i8j t . E também porque, através de uma subscrição Nacional, não se lhe há-de erigir um monumento, a sua figura e dos seus companheiros, que fique a perpetuar pela vida fora, 0 agradecimento de todos nós? Cremos bem que a comissão do centenário do seu nascimento, constituída pelos Srs. Generais, Car­valho Viegas, Pais Ramos, Capitão de Fragata, Joa­quim José Teixeira, Prof . Mendes Correia, Coronel Ri-

Á c e rc a de congressos m é­dicos contam-se algum as h is tó rias deveras eng raça ­das.

A ú ltim a que ouvim os passou-se num Congresso de N euro log ia .

A sa la encontrava-se re ­p leta de congressistas, uns áv id o s de exporem os casos que se tinham passado con ­sigo, outros desejosos de o u v irem as exposições dos seus colegas.

O m om ento era solene, pois, iâ fa la r um dos m ais em inen tes professores de N euro log ia .

T em a p a la v ra o S r . Prof. D r . . .

D epois das saudações da praxe, o il ustre con ferencista com eçou por nos d iz e r :

— «N o período que de­co rreu en tre 0 ú ltim o C o n ­gresso e este, t iv e ocasião de ob serva r inúm eros casos, qual deles o m ais p itoresco. A p ó s vá r ia s indecisões r e ­so lv i op tar pelo que passo a descrever, ta lvez por ser 0 m ais recente, e que se passou com um jo rn a lis ta» .

N os lu gares reservados à i m p r e n s a notou-se logo certa agitação.

— C o m o d a m e n t e in s ta ­lado à sua secre tária o jo r ­n a lis ta dava os retoque3 fina is num artigo que últi- m am ente lh e ocupara todos os momentos.

Pe la jane la aberta en trava o fresco da tarde, e nas á r ­vores do jard im os passari­nhos sa lt ita va m lançando pelos ares os seus a legres trinados.

O hom em c o n t i n u a v a sem pre a escrever, m a is e mais.

L á fora os pássaros con ­tin u avam o seu concerto.

M as um deles achando ta lvez 0 jard im não m uito digno do seu belo gorje io re so lveu ir fazer com panh ia ao jo rn a lis ta , e assim , ei-lo que en tra pela ja n e la ,— nem sequer pediu lice n ça — esvoaça pelo e s c r i t ó r i o , canta, derruba um b ibelot, p e rtu rb a 0 homem que tra ­b a lh ava e não contente com todo isto, num voo p icado— fazendo lem b rar um av ião de jacto — prega-lhe forte

beiro da Silva, Dr. Henrique M a r t i n s G o m e s , D r . Eduardo Navarro de Cas­tro, Coronéis Oscar de Frei­tas, Luís da Silva Patacho e Filipe Gastão de Moura Coutinho de Almeida de Eça, não deixaram de considerar esta nossa ideia.

O n o s s o jornal não poderá jamais ficar indife­rente ao centenário, e por isso, nestas simples colunas presta homenagem sentida a um Português que é bem o retrato fie l d o s seus heróicos antepassados. Glória pois ao seu nome e pas eterna à sua memória.

Bayete incossi / . . .

José Gabriat

b icada no a lto da cabeça, ta lvez para cham ar a atenção para os seus trinados, para as suas evo luções. E o caso é que consegu iu despertar a atenção do homem, mas de um a m aneira te rr íve l. O jo rn a lis ta sentindo a b i­cada, la rga a caneta, le va as mãos à cabeça, não dá pelo pássaro que sai, e num fe­nóm eno de auto sugestão ju lg a que este se a lo jou dentro da «ca ix inha das idé ias».

O homem com eça a g r ita r e quando a m u lh er chega diz-lhe que tem um pássaro dentro da cabeça.

— Im p oss íve l, não sejas doido.

— É verdade, é sim , ele entrou por aqui, — e apon­t ava para a porta da gaio la, perdão, para 0 a lto da ca ­beça.

P o r m ais que a fam ília fizesse, o hom enzinho con­t in u a va sem pre a tocar o m esm o d isco : tenho um pás­saro dentro da cabeça. . .

— « C o n s u l t a r a m vário s m édicos, a té que chegou a m inha vez. Tam bém para m im 0 homem tocou o disco, tenho um pássaro dentro da cabeça».

En q u an to o orador «m olha o b ico» o lhem os para a ban ­cada dos jo rn a lis tas . In c l i ­nam-se uns para os outros, falam baixo, e o lham d is ­cre tam ente para um colega que leva constantem ente a mão ao a lto da «p inha».

— «D epo is de ob serva r 0 doente, disse-lhe que era fác il t ir a r 0 pássaro cá para fora, m ediante um a sim ples operação. E assim , no d ia seguinte, depois do paciente estar anestesiado, fiz-lhe um a su tu ra no a lto da ca ­beça, e co loquei na sua frente uma ga io la com um pássaro, para que, quando o hom em acordasse, íicasse convencido de que na re a ­lid ad e eu lhe tin h a tirad o 0 pássaro de dentro da ca ­beça».

N is to soa um a voz na bancada dos jo rn a lis tas , — era o homem que le vava constan tem ente a mão ao a lto da «p inha».

— M as não tirou , mas não

O VarrascoO produtor am ericano é

aconselhado a utilizar rep ro ­dutores m asculinos com as seguintes ca rac te r ís tica s :

l . 8 — Aspecto V i g o r o s o , membros bem aprumados e fortes, bem ligados ao corpo.

2.° — M em bros anteriores bem separados.

5 .* — Pe ito ra l amplo. Pás cheias.

4 .* — C ab eça forte, m ascu­lina, denotando inteligência.

5 .° — Dorso (espinha) uni- f o r m e m e n t e arqueado e iargo.

6 . °—-C auda de inserção alta.

7 .“ — Perna larga, cheia, estreitando suavem ente na d irecção do curvilhão.

8 .° — L inha de ventre com ­prida; 12 tetas colocadas bem lado a lado.

Quando se pretenda um anim al que não seja do tipo de banha deve-se procurar um varrasco em cuja fam ília as carcaças produzidas te­nham um com primento de 29 a 52 polegadas e cujas espessuras médias de tou­cinho sejam de 1,2 a 1,6 polegadas.

Em geral os machos jovens devem pesar mais do que as fêm eas da mesma idade.

Quando não estejam em serviço eles devem ser m an­tidos de forma a que nem em agreçam nem engordem demasiadamente.

Em bora seja costume for­necer aos anim ais comida à vontade os varrascos e por­cas recebem geralm ente as rações segundo 0 sistem a de «hand fed» sendo a comida distribuída uma vez por dia quer 0 porco se encontre em pastagem quer em po ­cilga. Desta m aneira se con­segue evitar adiposidade excessiva sem pre de temer quando 0 varrasco encontra acesso livre ao comedouro.

Quando 0 macho se en ­contra em serviço, há neces­sidade de fornecer-lhe rações mais ricas em proteína bem com o certas Vitaminas e ou­tros m ateriais considerados indispensáveis.

D urante esta fase 0 la vra ­dor faz 0 possível por man­ter 0 anim al em pleno Vigor físico tendo 0 cuidado de 0 não deixar engordar dem a­siadam ente.

Em geral as rações que aqui se formulam para va r­rascos contêm sempre mais de um cereal e suplementos proteicos constituídos par­cia lm ente por produtos de origem animal tal com o fa­rinha de peixe ou farinha de carne. E s ta última é bastante mais usada do que a pri­m eira que im pera, como é natural, nas zonas menos

tirou , a in d a cá está, a inda cá está, já está a can tar, já está a c a n ta r . . .

E o pobre h o irem lá saiu com 0 d isco a rodar, a inda cá está, a inda cá está, já canta, já c a n t a . . ,

João Relógio da Silva

afastadas dos grandes cen ­tros pesqueiros.

A form ulação mais seguida obedece ao seguinte t ip o : M ilho moído . . . . 4 0 % A ve ia moída . . . . 2 9 %S ê m e a ..................... . 2 0 %Sup lem ento p ro te ico . 1 0 % M istu ra m ineral . . . 1 %Forragem verde . à vontade

Convém esc larecer 0 leitor quanto à m aneira usada nas form ulas das rações nos E . Unidos.

Em geral dividem-se elas em três p a rte s : 0 grão, 0 su­plemento e a m istura m inerai, modernam ente a u m e n t a d a com os antibióticos.

No entanto não é raro en­contrá-las divididas em mais do que três fàses, por vezes quatro ou cinco se as ante­riorm ente citadas se desdo­bram em vários elementos.

N a form ula atrás citada 0 suplemento proteico po­derá ser constituído por 40 % de farinha de carne, 4 0 % de bagaço de linhaça e 2 0 % de farinha de luzerna ou bagaço de outra espécie.

Aqui no Texas onde os sorgos são cultivados em grande escala 0 m ilo é enor­m em ente utilizado sem su­bstituição da ave ia e do m i­lho.

Po r sua vez a mistura m ineral poderá ser com posta de partes iguais de carbonato de cálcio , farinha de ossos e sal.

Convém notar que na for­mula que citam os 0 acesso à forragem verde assegura 0 fornecim ento de elem entos im portantes com o vitam inas, sais m inerais os quais teriam que ser fornecidos na ração se 0 anim al estivesse em «dry lot» ou malhada.

D e dia para dia 0 agri­cultor am ericano Vai-se tor­nando mais consciente da im portancia que estes pro­dutos desempenham na vida e no desenvolvim ento dos anim ais e portanto na eco ­nomia da exploração agrí­cola.

Or. Ramiro F t r r is

CÂ semana hiitéiiaa

C o a rdeiaçâa defrei Ajaslinko de Pm o im c m

N O V E M B R O

D ia 11 — 1918 — A rm is t í­c io da grande guerra .

D ia i 2 — 1288 — F o i pe­d ida a C ria ção da U n iv e r ­sidade de L isboa.

D ia 13 — 1460 — M orre em Sag res o In fan te D . H enriqu e .

D ia 14 — 1839 -- N a sc i­m ento de Jú l io D in iz (Jo a ­quim A u gu sto G om es Coe­lho).

D ia 15 — 1889 —- P ro c la ­mação da R ep ú b lica no B ra s il.

D ia 16 — 1497 — Vasco da G am a deixa a angra de Sa n ta H e lena .

D ia 17 — 1524 — M orre a R a in h a D . Leo n o r.

cÂifida eá esiá...

6 PROVIN CIA TO-n -955

/ a ã Ê í áTi # í1 M Campeonato Macio-' nal da 2.° Divisão,

Montijo, :2 - Portalegre, OA imperícia do ataque do Montijo e a explêndida exibição de Au­gusto, conlribuiram para que o re­

sultado não se avolumasse.

Concurso de Prognósticos de FutebolRebentou a bomba desta vez

Favorecido peio «mau tempo», pois dois jogos não se realizaram o Sr. Victor de Sousa Eusébio

morador na Avenida D. Jo ão IV, em Montijo

ganhou os 1 .0 0 0 J0 U em compras, por fer ocerfado nos 12 resultados restantes.

Por acertarem em 11 resultados ganharam ainda os 3OO$0O em compras a Sra. D. Maria Carolina Baptista, Rua da Barrosa e os Srs. Ricardo Costa, Rua José Joaquim Marques, 194 e Joaquim Francisco da Silva Caixada,

Rua João Pedro Iça, n ° 48, todos residentes em Montijo-

Ássim «0 Província» distribuiu pelos seus leitores esta semana, 1.3 0 0$ 0 0

Prémio desta semana

No p re té rito dom ingo, jogou-se m ais um desafio de futebol.

G anhou o M ontijo, sem contes­tação.

O dom ínio da equipa da casa foi quási constan te e m ereceu am pla­m ente a v itória. A defesa m ostrou- -se segura ao longo de todo o desafio. O sector m édio não d es­toou, m as o atacante con tinua a en fe rm ar da falta de calm a e de « g e i to para m eter golos. O p ro ­blem a não é de hoje. M antem -se de um a m aneira geral há algum as épocas sem solução. A ineficácia, a falta de habilidade e in te ligência , a indecisão , enfim a incapacidade para reso lver o «golo» no m om ento psicológico, é confrangedora.

E , ram o s lá talvez não fosse neste jogo onde mais se verificasse tal som a de defeitos — ou pelo m e n o s pareceu. Facilm ente os d ian te iro s do D esportivo ap a re ­ciam na zona de rem ate — daqui se dep reen d er o rum o ofensivo que tom ou a equipa da casa — e ou pelas razões apontadas ou pela valen tia do guarda-redes A ugusto, a ocasião de golo que parecia em inen te , desaparecia.

A ugusto chegou a ser b rilh an te na sua actuação. Nada pôde fazer, con tudo aos 15 m inutos quando José Paulo s o z i n h o num bom rem ate an ichou a bola nas m alhas. Neste lance Fábregas teve acção im portan te po rquan to depois de g an h a r um lance de cabeça serviu José P aulo da m elhor m aneira .

A inda na 1.® parte à m eia ho ra o m esm o José Paulo na m arcação de um liv re — um pouco forçado diga-se — in troduz ia pela 2.° vez a bola nas redes.

Com este golo, não só ficou feito o resu ltado , como cessou, se pode d izer, o bom aspecto técnico que p o r v e z e s transpareceu no 1.° tem po.

A chuva que depois caiu copio­sam ente e enlam eou o campo, to r­nando fatigan te o esforço de todos os jogadores, apagou por com pleto o in teresse do prélio . Na segunda p a rte quando o campo era um charco , não descortinám os, se os jogadores não podiam com a bola, ou se se não lem bravam que os passes ren tes ao solo e curtos não se devem a p l i c a r num campo naquelas condições.

E m resu m o : Boa actuação da defesa de M ontijo que na 2.* parte dom inou por absoluto os aconteci­m entos, pois a sua condição física desbaratava facilm ente os incon ­sisten tes ataques do Porta leg rense , e A lbertino esteve seguro, no pouco trabalho que lhe deram .

O sector m édio esteve bem com evidência p ara Neto I e S erra lha e a inda José L u í s que bastante recuado para este sector foi um bom elo de ligação com o ataque.

Na linha d ian teira , F ábregas que co n tinua a dem onstrar m ais àvon- tade que na época passada, sem contudo a tin g ir bitola alta, com José Paulo, foram para nós os m e­lhores.

Nos v en c id o s:C om o já se disse, Augusto es­

teve em grande evidência, sendo o m elho r jogador da equipa e obstando a que o resultado acusasse m aio r d iferença.

A defesa teve toda bastan te tra ­balho e foi esforçada a colm atar as b rech as que o con jun to do M ontijo , criava.

O sector atacante fraco em h a ­bilidade mas voluntarioso, pecando tam bém todavia em especial na 2 .a p» rte po r não trab a lh a r o esférico nas condições que o estado do te rren o im punha. C ontudo a asa

R E P A LArtigos para Brinde

esquerda até A lm eida se m agoar foi a que esteve em m elhor plano.

A a rb itragem do S r . Jaim e P ires, de L is b o a . . . quando m al sem pre a ss im . . .

As equipas form aram :M ontijo : A lb e rtin o ; Anica e

C ach e irin h a ; Neto, B arragon e S e rra lh a ; Bosado, Fábregas, José L u ís, José Paulo e E rnesto .

P orta legrense: A u g u s to ; S an­tos e M assano; A m orim , Bobalo e M am ede; E lias, B rito , Bam iro, Bica e A lmeida.

M. P.

Quuiúies Moitense 1 - Montijo 8J o g o n a M e ita , C a m p o d o

Ju n c a i .A s e q u ip a s a l i n h a r a m :M oitense: C a m p o s ; C a n h a e

A lv a ro ; C ru z , A lm e id a e D ia s I; R u s s ia n o , S i lv a , M ira n d a , E p i- f â n io e D ia s 11.

M ontijo: M a r in h o (C h o ra ) ; J u s t in i a n o e B a r r i g a n a (V ic­to r ) ; V a le n t im , L in o e F e i jã o (A le g r ia ) ; E d u a r d o , G a r rô a , S e q u e ir a , R o m e u e B a r r o s .

N ã o h à d ú v id a q u e o M on­t i jo a l c a n ç o u u m p r e c io s o t r i u n f o a o v e n c e r n a M o ita o g r u p o lo c a l . D a d a s a s c i r c u n s - t â u c i a s e m q u e a s d u a s e q u i ­p a s se e n c o n t r a v a m c la s s i f ic a ­d a s , e r a d e e s p e r a r o t r iu n f o m o n t i j e n s e . N u n c a d e v e m o s c o n f ia r p o r q u e n o f u te b o l tu d o é p o s s iv e l , m a s , lo g o q u e o jo g o p r in c ip io u o s a d e p to s e jo g a d o r e s M o n t i je n s e s f ic a r a m t r a n q u i l i z a d o s v i s to o a d v e r ­s á r io n ã o m o s t r a r n e m c a p a ­c id a d e f í s ic a n e m té c n ic a , p a r a u m a e q u ip a b e m e s t r u t u r a d a f i s ic a m e n te e t e c n i c a m e n t e c o m o a d o M o n tijo .

N o e s ta d o e m q u e o t e r r e n o se e n c o n t r a v a e r a im p o s s ív e l p r a t i c a r b o m f u t e b o l , p o rq u e a lé m d is so ta m b é m o v e n to s o p r a v a m u i to f o r te , e i s s o sò p r e ju d ic o u a t a r e f a d a s d u a s e q u ip a s . O M o n tijo p r in c ip io u a j o g a r c o n t r a o v e n to , m a s , n e m p o r e s s a v a n ta g e m o c lu b e M o ite n s e p ô d e e v i t a r q u e a s s u a s r e d e s fo s s e m t o ­c a d a s p o r d u a s v e z e s , g o lo s o b t id o s p o r S e q u e ir a e L in o , e s te de g r a n d e p e n a l id a d e . M as o M o ite n s e r e a g i u e n u m c o n t r a a t a q u e c o n s e g u iu m a r ­c a r o s e u p o n to d e h o n r a , e a s s im se c h e g o u a o in t e r v a l o c o m o M o n tijo a v e n c e r p o r 2-1.

N a s e g u n d a p a r t e o M o n tijo a jo g a r c o m o v e n to a f a v o r , in s ta l o u - s e n o m e io c a m p o a d v e r s á r io , s e m q u e d e ix a s s eo s e u g u a r d a - r e d e s t o c a r u m a v e z s e q u e r n a b o la , e , o b te n d o m a is s e is g o lo s p o r in te r m é d io d e , G a r r ô a (2), S e q u e ir a , B a r ro s E d u a r d o e R o m e u . E a s s im se c h e g o u a o f im d o jo g o co m e s t a e x p r e s s i v a v i tó r i a do M o n tijo , q u e n ã o f o i m a is a v o ­lu m a d a p o r o s s e u s a v a n ç a d o s d e s p e r d iç a r e m m u i t a s m a is o p o r t u n id a d e s q u e se lh e s d e ­p a r a r a m .

N ão c i ta m o s n o m e s p o is q u e to d o s se e s f o r ç a r a m p o r c u m ­p r i r a s u a o b r ig a ç ã o .

A r b i t r a g e m r e g u l a rJustiniano Cordeiro

«A Provincia»A SSIN A T U R A S

Pagam ento adiantado10 n ú m ero s — 9$90 20 n ú m ero s — 20$0052 n ú m ero s — 50800 (um ano) Províncias U ltram arinas e E s tra n ­geiro acresce o p o rte de correio

Para o concorrente que acerte em maior número de resultados (exceptuando rodos os resultados).

3 0 0 $ 0 0em compras em estabeleci­mento à escolha do con­templado.E ainda mais 2 prémiosAo concorrente que acerte em rodos os resultados

iooo$ooCaça e

C o l u m b o f i l i a

Quem p ra ticou a co lum bofilia jam ais a de ix o u sem saudades.

Saudades das avesitas, pelos lindos exem plos que nos oferecem , dos am igos (que excelentes am iza­des se con traiein l das canseiras d ispendidas, do d in h e iro gasto, etc..

Se a colum bofilia é um desporto rico nas m ãos dos pobres, tem a v irtude , de ser po r estes p raticado , com toda a dedicação que a m o­dalidade nos oferece, e quan tos sacrifícios exige para a m an ter.

A b r i u a é p o c a d a caça, os adeptos de S an to H um berto , com e­çaram à falta de m elho r a fazer raz ias dos nossos pom bais, dia após dia vão desaparecendo as nossas m elhores aves, aves que em lu tas ing ló rias co n tra a tem ­pestade, aves de rap ina, a fome a sede, o calor, venceram distâncias, como Saragoça, Soria, M iranda do E b ro , B urgos, V alência Del Cid, M adrid, e tc ., etc.

A caça é um passatem po bárbaro mas que traz consigo o salvo-con- du to , da sua rem ota tradição, n e ­cessária on tem , toda desportiva hoje, e não obstan te estes ressaltos praticada por m uita gen te de alm a sensível, não é possível com preen­der, como o hom em que se diz civilizado abata a sangue frio, o pom bo co rre io , s ím bolo sagrado do D ivino E sp írito Santo.

E’ triste , m uito tr is te , m esm o, ver-nos privados de aves q u e ano após ano, b rilh aram no firm a ­m ento colum bófilo para saciar os desejos de meia dúzia de in d i­víduos, faltos de consciência.

Tem sido assim , e con tinuará a ser esta som bra neg ra da colum ­bofilia, que só terá a devida so lu­ção, quando os d irigen tes da F ede­ração e Sociedades Colum bófilas cham arem a atenção das au to rid a ­des, po rque os a tentados à v ida do pom bo correio , são punidos pelos decretos-leis n .os 36767 de26 de Fevereiro de 1948, e 37469 de 5 de Ju lh o de 1949, com m ulta e prisão.

Para já o apelo está lançado e oxalá encon tre ab rigo , ju n to de todos os bons caçadores, e a estes com pete, p rov idenciar no sentido de ev itar nos seus colegas, os in ­convenientes apontados.

Eduardo dos Santos Basta

' Em compras, em estabe­lecimento è escolha do con­templado.

E Prémio exrra

Se fô r sócio do Ateneu Popular de Montijo terá mais o seguinte prémio'- Uma viagem a Espanha em auto-- carro, no próximo mês de A bril de içjó (passaporte incluido ).

/RegrasI — Os co n co rren tes deverão en ­

v iar pelo correio ou en treg a r pes­soalm ente da redação deste jo rn a l (Av. D. N uno A lvares Pere ira , 18) o cupão in serto neste jo rnal.

I I—E ste cupão deverá se r p reen ­chido com os p rognósticos dos resu ltados dos desafios nele in d i­cados e bem assim o nom e e m o­rada do concorren te , po r form a legível, sem o que não serão con ­siderados.

III — 0 referido ^ u p ã o deverá ser en tregue até às 12 horas de D om ingo de cada seinana.

IV — No p r e e n c h i m e n t o <los cupões, não in teressa exp ressar os resultados pelo n úm ero de golos m arcados ou sofridos por cada clube, m as unicam ente, a aposição de um a das trê s le tra s (D., V. ou E) à fren te do nom e dos clubes consoante se lhes a tr ib u a , respec­tivam en te D errota, V itó ria ou E m pate.

V — O prém io será a tr ibu ido ao conco rren te que ace rta r no m aior núm ero de resultados.

VI — Desde que dois ou mais concorren tes acertem no mesmo e m aior núm ero de resu ltados será o prém io div id ido quan to possível em partes iguais.

VII — Todos os leitores do nosso jo rn a l poderão concorrer.

VIII — Cada conco rren te terá o d ireito de u tilizar o núm ero de cupões que qu iser, desde que os cupões sejam devidam ente preen­chidos.

IX — Os prém ios sem anais, rela­tivos aos prognósticos serão entre­gues após o apuram ento de cada sem ana.

X — Q uando um jogo ou mais jogos ficarem adiados por qualquer m otivo im prev isto não serão con­siderados para efeitos do concurso, se não forem jogados na semana seguinte ao dom ingo em que se deviam d ispu ta r.

Atenção premiados do cupão n0 ó

Os concorren tes prem iados na sem ana passada no nosso aCon- curso de P rognósticos de Futebol», poderão levan tar os documentos que lhe darão d ireito aos prémios, nesta Redacção a con tar de hoje (d ia 10) e a té Sábado (dia 12) das 9,30 às 13 e das 14,30 às 19 horas,

o A Província» vende-se em Mon­tijo nas papela rias «Alvatília* e «Moderna» e nesta redacção, lo­cais onde todos os concorren te a podem ad q u irir.

C a d a le i t o r p o d e c o n ­c o r r e r c o m q u a l q u e r n ú m e r o d e p r o g n ó s t i c o s .

Corte a cabeça deste cupão e guarde oC U P Ã O N. ° 7

Concurso Prognósticos de Futebol de «A Província»

CORTE POR ÁQUI

Zona Norte Zona SulChaves Leões j A rroios M ontijo

Leixões Vianense | Portàleg. Farense

E spinho T irsen se Eivas O riental

Peniche Sanjoanense C oruchense Beja

G uim arães V iseu E storil M ontem or

Salgueiros U. C oim bra O lhanense Ju v en tu d e

Boavista Gil V icente Por tim on. Olivais

Nome ____

Morada

Localidade

«A Província» Cupão N.° 7

fnviar este cupão até às 12 horas de Domingo

io-xi'955 A PROVÍNCIA 7

A morle prematura 05 TACÕES CAMBADOS( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )

Desde a fera que o e sp re i­tava, à queda g rave , ao afo­gamento p o r desconheci­m e n t o d a s r e g r a s d a flutuação, à descarga d a electricidade atm osférica, à inpestilo de a lim en tos tóx i­cos, ao ataque, em sum a, de todos os agentes hostis, a n i­mados, fís icos e qu ím icos, o homem p r im it ivo de tudo fo i aprendendo a defen­der-se para cu m p rir o tra ­jecto no rm al da ex istência, comparado a u m a cu rva que se e le va sobre o h o r i­zonte da in érc ia , atinge o apogeu e dec lin a suavem ente p a r a o ho rizon ta l donde emergiu.

O homem p rim itivo e v o ­lucionou a tra vés dos m ilé ­nios, tem desenvo lv ido , às mais raras subtilezas, a agu ­deza da sua in te lig ên c ia e da sua vontade criado ra , cons­truindo um a c iv iliz a ção b r i­lhante de que se orgu lha . Porém, enquanto a im ag i­nação hum ana p ro life ra em mil in ven tos que v isam s nossa com odidade e, por ela, o nossa fe lic idade , cada vez é m aior a onda la n c i­nante da m orte p rem atura.

São as doenças. O homem, longe de se defender, em seu m áxim o p roveito , cam i­

nha de o lhos cegos para as condições que lhe e n cu rta ­rão a vida. E o tabaco, é o álcoo l, são os excessos, é a in du stria lização dos p rodu ­tos a lim en tares , que a t é pelas raízes são im bu ídos de a rtif ic ia lism o s com que a liig idez orgân ica se não com padece ; é a p róp ria fe i­ção esgotante da sua lida d iá ria , sem pre atrás d a s horas, sem pre atrás de si p róprio , n u m a c o r r i d a in sana que lhe aum enta a t e n s ã o sanguínea e lh e es to ira nas a rté rias do cére- bro, ou lh e constrange as a rté ria s do coração, tom- bando-o para o lado e para sempre.

São os acidentes. P a ra im p r im ir à v id a um ritm o acelarado, descobriu e ap er­feiçoou a v i a ç ã o m o to ri­zada, por terra , m ar e ar. E ssa descoberta tem custado à hum an idade l e g i õ e s e leg iões de v ít im as, que a f li­gem pela sub itaneidade , o inesperado e a b ru ta lidade. O aciden te é um a das causas m ais chocantes da m orte p rem atura.

P roduz ind o e u tiliz an d o a e l e c t r i c i d a d e , o hom em b rin ca com a morte, d ia a d ia de in stan te a in s tan te :

B r e v e m e n t e

Montagens em alta e baixa tensão

Tudo para electricidade

no ap erta r dum a lâm pada e lé ctr ica , no toque dum fio de condução.

É a incom preensão dos povos, a co rrid a às posições de sup rem acia , o ód io sel- se lvagem que no hum ano não h a v ia de caber, e que le vo u os c ien tistas a d e s ­cob rirem a a rte de d estru ir, num a negação sardón ica do sentido d iv in o e ascético da v id a ! Fez pena, con siderar ta is d esva rio s ! ! !

N o f in a l d o s m undos, quando s e p rom over um ba lanço ac ap rove itam ento da v id a que o C r ia d o r nos concedeu, pudéssem os nós, em exam e de consciência, passar em re v is ta o que fizem os e o que podex-íamos ter feito. E bateríam os fundo no peito, num a rrep en d i­m ento que já não podia m o­d if ica r a m archa enganosa com q u e d esv irtuám os a ex istência , mas que m arca ­r ia o reconhecim en to d o erro, até no insensato m a­nejo das m a rav ilh as que a c iv il iz a çã o p ô s ao nosso dispôr.

Cabral Adão

(Continuação d a p r im e ira p á g in a )

E vá lá alguém pedir qua­tro patacos em prestados com os tacões assim 1

Enquanto o «necessitado» faz o pedido, num estendal de pavores e de lam úrias, está o agiota procedendo ao respectivo exame de sani­dade.

De repente, deparam-se- -lhe os tacões lastim áveis, todos inclinados e quase de­saparecidos. O c a s o fica logo arrum ado em voz a l ta :

— Tenho muita pena; mas neste momento não é possí­vel de forma alguma. S e vem na sem ana passada, estava servido. Agora, estou des­prevenido de todo.

E em voz b a i x a , para d en tro :

— O lh a que espiga, an ? C o ita d o ! Pa rece um va lde ­vinos. S a f a ! Nunca mais Via o m e u r i c o d inheirinho ! Basta o lhar para aqueles ta­cões. . .

E por esta m aneira in te li­gente e habilidosa vai a so ­ciedade soberana libertan­do-se dos que precisam .

Podem , na realidade, ser

Nota da RedacçãoNo pretérito d ia 7 de N ovem ­

bro corrente, chegou a L isboa, vindo de M adrid', o jo vem mau talentoso dram aturgo espanhol Ju an o n que vem a ss is tir à S e ­m a n a do c inem a E sp a n h o l que se está rea liza n d o em Lisboa nos c in em a s Palácio e Odeòn,

Juanon, cujo verdadeiro nom e è F ernando M artinez B eltram é tam bém rea lizador c inem a­tográfico , no p a is vizinho e hospedar-se -á em c a s a d o nosso colaborador A n ib a l A n ­jos tradutor d a s su a s peçaa.

A n ib a l A njos já traduziu vá­rias peças, ta is como «No* que em português tomou o titulo de «N ão» e fo i represen tada em Junho de 1952 no Teatro Ave­n id a , de Lisboa, pe los a rtis ta s M aria Dulce e Rogério Paulo, em récita unica a fa v o r d a obra «P ortugal dos Pequeni­nos», do Prof. B issa y a B arreto e «F ra g a ta de I). F ern a n d o » ; «L a luz és p a ra iodos» n a ver­

são p o r t u g u e s a «Luz p a ra todos»; «Mi otro crimen», na versão portuguesa <0 meu se­gundo crime».

De Ju anon , A níba l A n jo s está t r a d u z i n d o neste m om ento «H am bre de tierra», cujo titulo n a versão portuguesa não está a in d a determ inado.

C onsta-nos que da v inda do re fer id o escritor tea tra l esp a ­nhol. a L isboa resu ltará um a m a io r e x p a n s ã o d a s suas obras nos nossos pa lcos.

Gasolina - Gasóleo • Óleos

A S E N C U OFIC IAL

Viuva & Filhosde Román Sanchez

honestos, sérios e probos, cheios de boa vontade e de boas in ten çõ es ; mas, com os tacões n a q u e l e lastimoso espectáculo, serão sempre pelintras, pilhos, m iseráveis, m altrapilhos, p i n d é r i c o s , franchinotes, v a ld e v in o s ,..

O s honestos, os sérios, os valiosos, os com petentes, os que m erecem toda a consi­deração, os inteligentes, os superiores, são os que ca l­çam do bom e do melhor, com tacões envernizados, d ireitinhos, sem uma belis­cadura.

V iv e , pois, o M undo mais da vista e da ilusão do que da ve rd a d e ; e é essa vista e essa ilusão que comandam.

N as m ulheres, então ainda essa in fluência é maior.

M u lher mal calçada ape­nas a lcança o prim eiro olhar, — o o lhar da apreciação. S e não estiver calçada com a requintada moda, o olhar «vira de crena» e a ap recia ­ção é de a rra sa r!

E se os tacões não forem de quinto andar e não b ri­lharem como a luz do So l faiscante, ninguém mais lhe dispensa um minuto de aten ­ção !

Cuidado, pois, com os ta­cões. Lem brem -se da soc ie ­dade soberana que assim espreita e ava lia o género humano ..

E agora reparo : — Tenho os meus a cam b ar! Vou já mandá-los ao c o n s e r t o . O lhem que reputação eu andava por aí a arran jar, sem dar por isso ! Faço ideia do que terão dvto a meu respeito os p a rvo id e s .. .

Alvaro Valente

f T r a b a l h a s

p i r * i m i d t -

r t s - F t U g r i -

f i a s J á r l e - A p o r e l b » ! j o U j r á f i c t s

otofilmetm F a lo g rif lc a

8. tuihõo Pala, 11 fflOAIUO■ ■■■ I !.■■!■■■■■■■ jm

Folhetim de «À Província» N.° 30

(9 segredo do espelhopor

cAnfJlUÍUS Jtt-U.il

■— D e lic a d e z a .. . repetiu ela iró n ica — eu cre io bem, que não nos com preende­mos. Não tem sido toda a sua am ab ilid ade tendente a armar-me um a c ila d a ?

■— Po is vos garanto, «M iss» P a r a d e n e , que se está tentando dem onstrar-m e a sua inocência , tem feito um papel de g rande actriz . M as já estou p recavido con tra essa even tu a lid ade .

— Po rquê ? — perguntou ela com o lh a r atón ito.

Fo i preciso reco rre r a toda a m inha presença de esp írito para não c o n f e s s a r que conhecia a sua a ven tu ra da noite an terio r.

Tom ara porém a reso lução

de não t ra ir o segredo, o que considerava um a vantagem para m im . P o r isso ilu d i a pergunta, dizendo por m inha v e z :

— «M iss» Pa rad en e disse- -me há pouco que não sab ia quem estava aqu i. N ão seria por acaso «M iste r» R o g er G erm am ?

A jovem mostrou-se pouco segura, mas por fim p e r­guntou :

— O que vos faz pensar is so ?

— O m omento, não é p ró ­p rio para conversarm os, no en tan to o iça-m e: T o d a a gente deseja v iv a m e n te que eu deixe Falcon Castle, o m ais depressa possíve l. E m

nom e de um am igo rea l ou im ag inário , «M ister» R oger G e rm an , ofereceu-me um preço exo rb itan te pelo a rren ­dam ento do Caste lo . E vós, acabastes de o u v ir, tão bem com o eu, o que d isseram à pouco nesta sala. O u ab an ­dono a lu ta , ou segu ire i a sorte de «M iste r» Pa u l.

L u c i l le Paradene, escutou- me em s ilencio , d e p o i s

num a voz um pouco surda, p ro n u n c io u :

— N ão cre io que fosse «M ister» Roger G erm an .

— N ão im porta — d i s s e com um enco lher de om bros— em todo o caso, eu acabo de fa la r com um homem, a lo jado duran te algum tempo na Hospedaria do Faucon. E s te homem chama-se Roxu- burgh.

— R o u x b u rg h ?— A jovem h a v ia apoiado os braços na cad e ira — Q u e g é n e r o de hom em é e s s e «M iste r» R o u x b u rg h ?

— A sua fis ionom ia im ­porta p o u c o . Pareceu-m e c r ia tu ra de bom senso. E ra

um am igo de meu avô, e o que me disse, confirm a a m inha im pressão. Q u a lq u e r co isa de im portan te se pas­sou aqu i du ran te um a n o . . . e tenho a certeza d e , q u e «M iss» P a r a d e n e s a b e a lgum a co isa a esse respeito.

A p rox im ando-m e d e l a , o lhando-a bem de frente, c o n t in u e i:

— S e não vos decid is a fa la r, d o u - v o s o ú ltim o a v is o : dentro de um ou dois d ias a p o líc ia estará aqui, e a m inha in tenção é contar tudo que sei, sem o m it ir o m enor porm enor. Pa rece que me fiz com preender b e m . .. não é ve rd a d e ?

— Com preendo, «M iste r» Ir v in e . — A sua voz era áspera e seca. Levantando-se b ruscam ente a ju n to u :

— Q u e pensa f a z e r de m o m en to ?

— M u ita s coisas, «M iss» P a r a d e n e — respond i ba i­xando-me para acender a v e la que lhe h a v ia ca ído no chão, e enquanto lh a d ava co n tin u e i:

— Q u an to a vós, penso que fará bem descançar. .. D esejo-vos um a boa n o i t e . . . A h ! U m m o m en to ! — a ju n ­te i com iro n ia , m ostrando- -lhe as estan tes cheias de l iv ro s — N ão t in h a descido para p rocu ra r q u a lqu er coisa que le r ?

E la lançou-m e um o lhar desdenhoso e sa iu le n ta ­m ente da b ib lio teca .

E sp e re i o tem po su fic ien te para que chegasse ao i.® an da r e se deitasse, e d ir i ­gi-me em segu ida ao quarto onde dorm ia D unstan .

Logo que b a ti à porta o v e lh o criado levantou-se, e ve io a b r ir todo em buçado num debotado robe, de um ve rm e lh o sujo que d e v ia te r sido herdado de m eu avô.

— Com o c h e g o u tarde, «M iste r» — d isse — P re c isa de m im ?

( Continua)

8 A PROVINCIA T o* n -955

a P r o v ín c ia vai percorrer © País na

C A R T A U N I V E R S A LNum dom ingo do mês de Se­

tem bro deparei com o segu in te anúncio num jo rn a l:

A C A R TA U N IV E R SA L d a F igueira d a Foz

Foi hoje p o sta à venda s im u l­tânea m ente em Lisboa, Porto e

F igueira da Foz.E' claro que , levado pela cu rio ­

sidade, enfiei nesse mesmo do ­m ingo, pela p rim eira tabacaria para co m p ra r por 20 centavos a referida carta .

Fui inform ado pelo em pregado de que já se tinham vendido todas. Oito tabacarias percorri em locais d iferentes, sem a consegu ir ver pelo m enos.

Só mais ta rde , um am igo meu, o b t e v e 2 «C artas Universais», graças há boa amizade com um prop rie tá rio de um a tabacaria.

Vi e gostei. E ’ constitu ída por um sobrescrito , um a folha de p a ­pel de carta de tam anho norm al, um m ata-bo rrão , um a estam pilha de um escudo e um a v inheta de 20 centavos, destinada às O bras So­ciais dos C. T . T . — tudo para ser vendido ao público , em qualquer estabelecim ento, pelo preço i r r i ­sório de v in te centavos! P ara já a «Carta Postal Universal», que é com pletam ente fechada, destina-se a P ortugal con tinen ta l, in su la r e u ltram arino , Espanha, e B rasil, mas adm ite-se que d en tro em breve seja p reparada p ara todo 0 M undo, a fim de ser expedida por via norm al ou aérea. Cada sé rie de5.000 exem plares destas o rig in a­líssim as cartas e m ata-borrões é

financiada por um a ou m ais e n t i ­dades ou em presas com erciais in ­teressadas na propaganda dos seus produtos, tendo sido confiado a e x p e r i e n t e s artistas nacio­nais o a rran jo gráfico da pu b lic i­dade a in c lu ir nas m esm as. T rata- -se, com o se verifica, dum a curiosa m odalidade que com eçou a c ir­cu la r en tre nós e que m uito bene­ficia o público.

L evado ainda pelo espírito da curiosidade q u i z e m o s conhecer de perto a organização e o im pul­sionador sr. Arnaldo de O liveira que recebeu «A Província» de b ra ­ços abertos.

P e rgun tám os-lhe se desejaria co laborar connosco sem qualquer aspecto de publicidade ou encar­gos m onetários para am bos os la­dos. A sua resposta foi rá p id a :

— «Encantado com a ideia e ainda lh es d igo m ais: te re i m uito p razer em fazer um a reprodução , em form ato pequeno, do jo rnal com a pág ina da «Carta U niversal» e im prim i-la nas costas do rnata- -b o rrão que a acom panha.

D esta form a o jo rn a l «A P ro ­víncia» perco rrerá m ilhares de pessoas, no nosso País, E spanha e B rasil.

Pode, desde já, in fo rm ar os lei­to res de «A Província» de que tem os em m ente p ub lica r uma C arta U niversal dedicada ao Mon­tijo.

«A Província» e a «C arta U ni­versal» selaram assim os laços de am isade e cam aradagem .

P arabéns ao in v en to r S r. A. M artins e felicidades de êxito a A rnaldo de O liveira.

A Imprensa

Toda a im prensa do País tem feito os m aiores elogios à C arta U niversal e a A rnaldo de O liveira— hom em ex tao rd inàriam en te d i­nâm ico — que conseguiu a au to ri­zação do S r. M inistro da Econo­m ia e da A dm in istração dos C .T .T . e até o Secretariado Nacional de Inform ação disse a p r o p ó s i t o : «Estas cartas têm um aspecto g rá ­fico m agnífico, infelizm ente fora do com um , pelo que m erecem toda a nossa aprovação».

Com a dev ida vén ia vamos tra n s­crever a lguns períodos das n o tí­cias e en trev istas publicadas nos p rincipais jo rn a is d iários da Ca­pital.

Do «D iário de Notícias» de 30 de S e te m b ro :

São in ic ia tivas como esta , tão s im p le s que chega a p a r e ­cer estranho que n in g u ém se lem brasse de as p ô r em p rá ­tica há m a is tem po que dão a volta ao M undo. Já pensou o que rep resen ta p a ra centenas de m ilhares de hom ens p o d e­rem escrever um a carta g a s ­tando ap en a s um a quan tia equivalente a do is tostões ?

M as não é s ó a questão dos do is tostões. E ', sobretudo, a questão p rá tica — n a d a de b i­chas com os sens inúm eros in ­convenien tes p a ra a com pra de selos, n a d a d e su jid a d e p a ra a colagem dos selos, n a d a de p e sa g e n s — é s ô escrever e

U N I U N O M U N D OAs notícias® publicadas na Im ­

pressa sobre a C arta U niversal — o invento português que veio so lu­cionar a correspondência - su s­citou jun to do público, em geral, e do com ércio em particu la r, um m ovim ento de curiosidade e in te-

|gg Oinrio MíoítcíasD E Z E N A S D E I S S L H A R E S i ^ r - ^ í '

, B E E X E M P L A R E S í S g ç S S lDA, CARTA UNIV»<ai

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UM A I N O V A Ç Ã O OS EXAMES OA ÉPOCA

DE INTERESSE PÚBLICOcoaíoa u iii 21 fc Stàaitf

- a 4arta Posfal Universal»

Uma iniciativa co r mguesa ,lf arande inte-

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tíiário irelloUciftô <A Carta-Postal Universal I

- í-k Im w m w ih »

resse verdadeiram ente excepcio­nais.

A p a t e n t e in ternacional d a C arta foi oportunam ente registada, O em preend im en to já se tornou conhecido no estrangeiro e tem os receb ido de vários países num e­

rosos pedidos de in fo r­m a ç õ e s . Tencionam os exp lo rar a C arta em todas as nações onde seja pos­sível chegar a acordo com os organism os que su p e ­rin tendam no Serviço dos C orreics e m uito espe­cialm ente nos E s t a d o s Unidos, F rança, Canadá, Itália, Bélgica e Holanda.

E n tre a equipa de artis­tas e desenhadores des­tacamos o s nom es d e F red K radolfer, Manuel B odrigues, Sebastião Bo- drigues, C a r l o s Bafael, etc..

O I n v e n t o r

O g rande im pu lsiona­dor da iniciativa e o seu d irec to r com ercial e a r­tístico é o S r. A rnaldo de O liveira, an tigo chefe da Secção P o rtu g u esa da Bádio Nacional Belga em Leopoldville e p oste rio r­m ente da Secção de P ro ­moção de Vendas da Pan A merican, em Lisboa.

T odos v ã o beneficiar desse em preend im en to , e daí o seu in teresse pú­blico. Segundo nos de­clara o S r. A rnaldo de O liveira, foi in iciada a e x p l o r a ç ã o com ercial d e s s e em preendim en to cujò au tor, o português S r. A. M artins, poderá ser colocado na categoria dos inven to res q u e se

dedicam a o ap roveitam en to de possib ilidades que in teressam a toda a gente. Não se pode negar, que para to rn a r m ais eficiente um a cam panha de publicidade, se afir­me ind ispensável a utilização da C arta-Postal U niversal, pois além das vantagens inum eradas, trata-se duma possib ilidade ao alcance dos pequenos e g ran d es com erciantes e in dustria is , de toda a espécie e categoria.

Em sín tese, com a C arta-Postal U niversal há um jogo de in te re s ­ses em que todos são beneficiados facto que por si só exprim e a v e r­dadeira concepção da publicidade. A paten te , para todo o Mundo, deste curiosíssim o invento , fo i devidam ente reg istada pelo seu concessionário.

E sta C arta-Postal U niversal é prev iam en te selada pela Casa da Moeda, evitando assim , au to m àti­cam ente, c o n t í n u o s trabalhos, incóm odos e m orosidade para o seu envio.

Concebida é M i r a d a

por

L U Í S

BONIFÁCIO

m eter no posto recepção dos Correios m a is p ró x im o .

F inalm ente , o a n u n c i a n t e tem a g a ra n tia abso lu ta d a edição — p e la se lagem d a C asa d a M oeda. P or òutro lado, a g a ra n tia abso lu ta de que o seu anúncio será lido e relido , ju s ­tamente. pelo p ú b l i c o p a ra quem ele anun cia e que p e la troca vo lun tária de correspon­dência,, p o r seu lado d ivu l­ga rá o p rodu to anunciado .

A f im de p o d er serv ir todos os cam pos e to d a s a s catego­rias s o c i a i s , p ro fiss io n a is e intelectuais, a lém d a s C artas vulgares e d é Turism o, a que acabo de m e referir, aparece­rão Carias U niversais espe­cia lm ente concebidas e a d a p ­ta d a s p a ra o D esporto, p a ra a H istória , p a ra a divulgação do P atrim ónio N acional — a r­tístico e histórico — do nossa Pais, p a ra a M edicina , A rqu i­tectura, E ngenharia , etc. Deste m odo os anuncian tes poderão d u m a m a n e ira efic ien tissim a , d ivu lg a r os seus p r o d u t o s , ideias e riquezas nacio ­na is .

Do «D iário Popular» do dia 29 de Ju l ho :

N ão è arriscado prever que o êxito o va i a co m p a ­n h a r dado que o grande benefic iário do em p reen d i- m ento será o p ú b lic o ... esse m esm o p ú b l i c o de quem se cha m a a atenção, como jà 0 d issem os, p a ra as va n ta g en s de d e te rm i­nado p r o d u t o , ideia ou f i m . . . e que. a fin a l, pe la utilização d a Carta Postal U niversal, será o próprio elem ento de t r a n s m i s s ã o e ligação.

E d e p o is .. . um a carta guarda-se sem pre.

E ’ m esm o de a d m itir queo m ovim ento de corres­po n d ên cia nos C, T- T. au­mente. E screver u m a carta e m etê-la no C orreio sem n ecessidade de g a s t a r m a is do que do is tostões e

sem ter que soportar o horror d a s «b ichas» p a r a a compra de selos, ev itando igualmente a su jid a d e da colagem dou selos e o prob lem a das pesa­gens, é barato, ten tador, p rá ­tico e m oderno. O facto de tanto o inventor como o invento se­rem de origem portuguesa de­verá p o r si só m erecer a me­lhor das s i m p a t i a s e ca­rinho.

Do «Diário de Notícias», da Ma­deira, de 4 de S etem bro :

N om eadam en te ev ita as b i­chas p a r a a co m p ra de selos; a su jid a d e e o incóm odo da c o la g e m ; a p o ss ib ilid a d e de m ulta, a p a g a r p e lo s d es tin a ­tários, no caso a a descolagem d a s fra n q u ia s e o problem a d a s pesa g en s.

Com efeito as va n tagens em relação ao publico são fla ­grantes.

T am bém p a r a o anunciante a Carta-Postal L n ive rsa l ofe­rece g ra n d es vantagens.

O JOJt.m DI MAIO» CXPAXSHO NO Mumo PMtrwvíi

.@ | g r a « 1 u n » fflH3|g|fUM INVENTO PORTUGUfS 0 MAIr PE INTERESSE PliBI.Iffl J - i » H m im s» uwmaiimi , (0MJ—

p ç ■

As «maquetes» destas p rim eiras séries tu rísticas estão já realizadas e m ereceram os m ais francos e lo ­gios do Secretariado N acional de Inform ação, en tidade a cuja ap ro ­vação foram, p rèv iam ente subm e­tidas. Estão, pois, as p rim eiras estâncias de tu rism o do nosso país de parabéns — e com elas quantos, nas várias Ju n tas de T urism o , souberam com preender a ind is­cutível valia de um a iniciativa desta natureza.

P o r um a form a o rig inal e p rática— pela troca vo lun tá ria de cartas, que custam apenas 2 tostões cada um a — vão assim , os nom es das mais lindas terras de P o rtuga l e a m ensagem dos seus hab itan tes, suas indústrias e com ércio espa- !har-se po r todo o m undo. Na im aginação de m ilhares de pessoas para quem as várias te rras de P ortugal seriam , na m elhor das hipóteses, apenas nom es sem s ig n i­ficado real, e rguer-se-ão , por v ir­tude da C arta U niversal, à concre­tização de cen tros m aravilhosos, que vale a pena v is ita r com dem ora.

D urante o mês de O u tub ro foram vendidas cerca de 30.000 Cartas U niversais.

Na p rim eira sem ana de O utubro será lançada no m ercado um a série de 5.000 e x e m p l a r e s sobre a F igueira da Foz com um aspecto gráfico d iferente de tudo o que em m atéria de propaganda tu rística se tem feito até hoje no País. Be- conhecendo as g randes vantagens que adviriam de tal tipo de pub li­cidade para a R ainha das Praias de P ortugal, a J unt a de T urism o da F igueira da Foz que tem à sua fren te um homem de excepcional visão que é o D r. M ello Biscaia deu um exem plo que certam enle será seguido por m uitos o rg an is­mos locais de turism o.

Além disso tem os em preparação várias ou tras séries en tre as quais saliento as dedicadas a Almada, M afra, E rice ira e M adeira. Estas séries de carác ter tu rís tico têm um g rande alcance o que justificao apoio que encon trám os ju n to doS. N. I. desde a p rim eira hora.