Newsletter · leitores uma boa entrada em 2011, com votos de muito sucesso e prosperidade. ......

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Forte do Bom Sucesso e Museu dos Combatentes Liga dos Combatentes Newsletter A newsletter do Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso deseja a todos os seus leitores uma boa entrada em 2011, com votos de muito sucesso e prosperidade. E porque este é um ano em que se assinalam duas efemérides particularmente significativas para a Liga dos Combatentes e as quais irão ter um lugar de destaque no Museu Do Combatente, julgamos ser de todo o interesse destacar os cinquenta anos da invasão da Índia Portuguesa. O fim da Índia Portuguesa começou na noite de 17 de Dezembro de 1961, quando durante essa noite mais de 50 mil soldados da União Indiana atravessaram a fronteira e recorrendo a amplos meios blindados, de artilharia e aviação, invadindo e ocupando os territórios portugueses de Goa, Damão e Diu. Já desde a década de 40 que a Índia reclamava a saída de Portugal de Goa, Damão e Diu. No entanto, é em 1950 que o primeiro-ministro indiano Nehru reivindica formalmente pela primeira vez os territórios administrados por Portugal, negociações que são recusadas pelo então primeiro-ministro português António de Oliveira Salazar. Alegando que os territórios de Goa, Damão e Diu eram parte integrante de Portugal há mais de 400 anos e que a existência do Estado da Índia era muito anterior à fundação da própria União Indiana. Anos depois, já na década de 60, com o começo da guerra de insurgência em Angola, Nehru declararia que a Índia “não estava disposta a tolerar a presença dos portugueses em Goa, ainda que os goeses os quisessem lá‖. Tal acto resultou na Invasão de Goa em 1961, acabando com o domínio português de mais de 451 anos em Goa. Apesar do desequilíbrio entre as tropas da união indiana e as forças portuguesas, Salazar tinha ordenado que a resistência portuguesa à invasão indiana devia prolongar-se durante pelo menos 8 dias, prazo que Salazar considerava ser suficiente para mobilizar um apoio internacional, o qual acabou por ser inexistente. Contudo, ao contrário do que esperavam os altos comandos indianos, as forças portuguesas, ultrapassadas em números e meios, não deixaram de se bater. Isto sucedeu em vários locais, como em Damão, onde a resistência foi particularmente aguerrida em Vasco da Gama e onde 500 portugueses e goeses resistiram até ao limite. A invasão culminou com a rendição do Estado Português na Índia e a libertação de perto de 3500 soldados portugueses que foram feitos prisioneiros e detidos num campo de concentração durante a invasão. Bem-vindo à nossa newsletter mensal FBS! Exmo(a). Sr(a). 12.ª edição, Janeiro 2011 No âmbito dos passeios temáticos programados pela Liga dos Combatentes, a memória de Portugal na Índia, assim como a efeméride assinalada anteriormente é notabilizada pelo passeio “Goa, Damão, Diu e Cochim”, a realizar a 20 de Janeiro até 01 de Fevereiro de 2011. Este é um passeio que evoca o regresso aos territórios da Antiga índia Portuguesa, numa viagem singular plena de emoções e afectos. Este é um roteiro dedicado à Liga dos Combatentes, familiares, amigos e todos os interessados na temática. É uma oportunidade única para conhecer ou revisitar a tranquila e serena Diu, com a sua fortaleza e onde alguns bravos portugueses chegaram até a vencer a própria lei das probabilidades, a encantadora Damão, antigo enclave luso dividido ao meio pelo rio Damanganga, Goa com a suas belas paisagens, palácios, igrejas e praias, onde ainda hoje se respira a cultura e a nostalgia do português, e por fim, Cochim, o lugar do repouso do navegador Vasco da Gama. Uma viagem com inscrições abertas até 10 de Janeiro de 2011. Roteiro do passeio temático organizado pela Liga dos Combatentes a ―Goa, Damão, Diu e Cochim‖.

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A newsletter do Museu do Combatente e

Forte do Bom Sucesso deseja a todos os seus

leitores uma boa entrada em 2011, com votos de

muito sucesso e prosperidade.

E porque este é um ano em que se

assinalam duas efemérides particularmente

significativas para a Liga dos Combatentes e as quais

irão ter um lugar de destaque no Museu Do

Combatente, julgamos ser de todo o interesse destacar

os cinquenta anos da invasão da Índia

Portuguesa.

O fim da Índia Portuguesa começou na

noite de 17 de Dezembro de 1961, quando durante

essa noite mais de 50 mil soldados da União Indiana

atravessaram a fronteira e recorrendo a amplos meios

blindados, de artilharia e aviação, invadindo e ocupando

os territórios portugueses de Goa, Damão e Diu. Já

desde a década de 40 que a Índia reclamava a saída de

Portugal de Goa, Damão e Diu. No entanto, é em 1950

que o primeiro-ministro indiano Nehru reivindica

formalmente pela primeira vez os territórios

administrados por Portugal, negociações que são

recusadas pelo então primeiro-ministro português

António de Oliveira Salazar. Alegando que os

territórios de Goa, Damão e Diu eram parte integrante

de Portugal há mais de 400 anos e que a existência do

Estado da Índia era muito anterior à fundação da

própria União Indiana. Anos depois, já na década de

60, com o começo da guerra de insurgência em

Angola, Nehru declararia que a Índia “não estava

disposta a tolerar a presença dos portugueses em Goa,

ainda que os goeses os quisessem lá‖. Tal acto resultou

na Invasão de Goa em 1961, acabando com o

domínio português de mais de 451 anos em Goa.

Apesar do desequilíbrio entre as tropas

da união indiana e as forças portuguesas, Salazar

tinha ordenado que a resistência portuguesa à invasão

indiana devia prolongar-se durante pelo menos 8 dias,

prazo que Salazar considerava ser suficiente para

mobilizar um apoio internacional, o qual acabou por ser

inexistente. Contudo, ao contrário do que esperavam os

altos comandos indianos, as forças portuguesas,

ultrapassadas em números e meios, não

deixaram de se bater. Isto sucedeu em vários locais,

como em Damão, onde a resistência foi particularmente

aguerrida em Vasco da Gama e onde 500 portugueses e

goeses resistiram até ao limite. A invasão culminou

com a rendição do Estado Português na Índia e a

libertação de perto de 3500 soldados

portugueses que foram feitos prisioneiros e

detidos num campo de concentração durante a

invasão.

Bem-vindo à nossa newsletter mensal FBS!

Exmo(a). Sr(a). 12.ª edição, Janeiro 2011

No âmbito dos passeios temáticos

programados pela Liga dos Combatentes, a memória

de Portugal na Índia, assim como a efeméride

assinalada anteriormente é notabilizada pelo passeio

“Goa, Damão, Diu e Cochim”, a realizar a 20 de

Janeiro até 01 de Fevereiro de 2011. Este é um

passeio que evoca o regresso aos territórios da Antiga

índia Portuguesa, numa viagem singular plena de

emoções e afectos. Este é um roteiro dedicado à Liga

dos Combatentes, familiares, amigos e todos os

interessados na temática. É uma oportunidade única para

conhecer ou revisitar a tranquila e serena Diu, com a sua

fortaleza e onde alguns bravos portugueses chegaram até

a vencer a própria lei das probabilidades, a encantadora

Damão, antigo enclave luso dividido ao meio pelo rio

Damanganga, Goa com a suas belas paisagens, palácios,

igrejas e praias, onde ainda hoje se respira a cultura e a

nostalgia do português, e por fim, Cochim, o lugar do

repouso do navegador Vasco da Gama.

Uma viagem com inscrições abertas até 10

de Janeiro de 2011.

Roteiro do passeio temático organizado pela Liga dos Combatentes a ―Goa, Damão, Diu e Cochim‖.

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Notícias

Foi no dia 17 de Dezembro de 2010, que na Sede da Liga dos Combatentes (na Rua João Pereira da Rosa, em Lisboa) se realizou o tradicional almoço de Natal, que reuniu a Direcção Central, o Conselho Supremo, o Conselho Fiscal, assim como, todos os colaboradores. Este almoço foi antecedido pela reunião do Conselho Supremo da Liga e por dois eventos de cariz cultural, um primeiro dedicado à poesia, com a declamação de três poemas de autoria do General Chito Rodrigues (Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes) dedicados às Forças Armadas (Terra , Mar e Ar), a Portugal e ao Natal; seguindo-se um momento de música clássica a cargo de um extraordinário trio liderado por José Soares, membro do Núcleo de Tomar, que juntou a si dois dos seus alunos, dando a oportunidade de contemplar-se obras escritas por Mozart, Beethoven, Bach e Vivaldi.

Momento de música clássica liderada por José Soares (à esq.), membro do Núcleo de

Tomar da Liga dos Combatentes, acompanhado por dois dos seus alunos.

O Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes visitou o Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso no dia 18 de Dezembro de 2010. A visita foi organizada pelo Major Silvino Damásio Ferreira, dirigente do Núcleo da Batalha, enquadrando-se no programa de actividades para 2010 do Núcleo. A visita contou com a participação de cerca de quarenta pessoas — sócios, familiares e amigos, que tiveram a oportunidade de ver as novas exposições do Museu, assim como, as novas obras de reabilitação e melhoria do Forte do Bom Sucesso.

Publicações

O 1.º livro da colecção Fim do Império, editado pela DG Edições, com o patrocínio da Liga dos Combatentes, da Comissão Portuguesa de História Militar e Câmara Municipal de Oeiras, é subordinado ao título “Crónicas dos meus últimos dias de Timor e outras histórias de guerra. O autor do livro foi o último vice-chefe do Estado-Maior em Timor, revelando factos desconhecidos dessa fase histórica tão importante, nomeadamente, os últimos 24 dias da sua presença em Timor e que são também os últimos dias da presença portuguesa naquele antigo território do Império Ultramarino. O autor evoca também episódios ocorridos nas suas comissões em Moçambique e Angola. É um claro testemunho na 1.ª pessoa dos acontecimentos de Agosto de 1975, que foi mais um marco fatalista da história trágica do fim do Império Português. O livro pode ser adquirido na Liga dos Combatentes e nas livrarias — Barata, Portugal e Oficina do Livro (Diário de Notícias - Restauradores).

Capa do livro, ―Crónica dos meus últimos dias de Timor e outras histórias de guerra‖,

do Coronel Rui Marcelino.

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Liga dos Combatentes

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Exposições Temporárias

Exposição de fotografia, “Os Combatentes na I

República”

A exposição de fotografia ―Os Combatentes na I República‖ organizada pela Liga dos Combatentes com o apoio do Centro Audiovisuais do Exército, retrata os Combatentes portugueses na I República durante a I Guerra Mundial. Esta exposição está patente no Museu do Combatente, no Forte do Bom Sucesso (em Belém), até Fevereiro de 2011. Em Janeiro de 1917, Portugal marcava presença no conflito, tendo destacado para a Flandres, um Corpo Expedicionário (C.E.P) sob o comando do General Tamagnini constituído inicialmente por uma Divisão sob o comando do General Gomes da Costa e posteriormente por Duas Divisões, com efectivos totais de 1551. A cobertura fotográfica destes acontecimentos e da respectiva participação de Portugal apresentada nesta exposição, são de autoria de dois fotojornalistas ao serviço de Portugal – Arnaldo Garcez e Joshua Benoliel. Ambos os autores oferecem fotografias de um panorama rico e completo desde o dia-a-dia do mais humilde soldado, aos momentos de lazer, à convivência com os ingleses em cujo exército se integrava o CEP, sobressaindo-se também imagens chocantes da destruição de estradas, campos e casas, até aos batalhões a caminho da frente de combate, visitas de entidades oficiais, actuação das Damas Enfermeiras da Cruz Vermelha e desfiles do exército português nos Campos Elísios (14 de Julho de 1918). As imagens em exibição são ainda fonte histórica de 1º plano para o estudo da participação portuguesa na I Guerra Mundial, é um forte manancial de informação (e quase único) sobre a intervenção do nosso País neste conflito; de salientar a escassez de investigação que a historiografia portuguesa detém sobre esta temática. De referir que o trabalho de recuperação fotográfica esteve a cargo do Coronel Conde Falcão.

Corpo Expedicionário Português destacado para a Flandres.

Embarque do Corpo Expedicionário Português para a Flandres.

Umbelina Ribeiro.

Umbelina Ribeiro.

Exposição de pintura, Umbelina Ribeiro

Académica de Mérito na Academia Internacional Plattonia de Las Artes y Las Letras, de Plasência, Espanha e agraciada com a Medalha de Prata de Mérito Cultural pela Câmara Municipal do Seixal, a artista plástica Umbelina Ribeiro, expõe o seu trabalho de 16 de Outubro de 2010 a Janeiro de 2011, no Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso (junto à Torre de Belém).

Esta exposição contará com alguns trabalhos realizados desde 2002 até à presente data. Sendo a sua obra caracterizada por uma estética abstracta, onde o matizado de cores confere expressividade e movimento à tela. Representada em diversas colecções particulares, nacionais e estrangeiras, a artista plástica é ainda referência no ―Anuário de Artes Plásticas‖, contando com a apresentação de um dos seus trabalhos na Exposição Internacional de Salamanca 2009. Actualmente Presidente da ARTES – Associação Cultural do Seixal, a artista plástica ainda se dedica à pintura e ao ensino de aguarela. Da sua formação académica destacam-se o curso de Aguarela, de Teoria da Cor e de Filosofia da Arte na Universidade Internacional de Lisboa e os cursos de História de Arte (pintores do séc. XX), de cerâmica e de modelagem, organizados pela ARTES. Acrescendo-se o curso de Serigrafia e frequência dos cursos de ―Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea‖, leccionado pelo Dr. David Lopes, de ‖História de Arte - Séc. XX‖, leccionado pela Profª Cristina Azevedo e de ―Introdução à História de Arte‖, leccionado pela Professora Margarida Calado, na Sociedade Nacional de Belas Artes.

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Liga dos Combatentes

Forte do Bom Sucesso e Museu dos Combatentes

Esperamos que tenha gostado e até o próximo mês!

Com os melhores cumprimentos, Catarina Carvalho Departamento de Comunicação e Marketing

Museu do Combatente Forte do Bom Sucesso, Junto à Torre de Belém 1400-038 Lisboa

Tel. 92 738 31 39 E-mail. [email protected] Horário da Bilheteira: Seg a Domg: 10h—18h

Acessos: Autocarros: 28, 29, 714; Eléctrico: 15; Comboio: Estação Algés. Preços: Entrada Gratuita: Sócios da Liga dos Combatentes

2€: Crianças até 10 anos; Reformados; Militares; Grupos com marcação para visitas guiadas

3€: Bilhete regular

Visitas Guiadas: mediante marcação prévia e condições a acordar.

Marque visitas guiadas e todo o género de actividades connosco, nós cedemos o espaço e todo o material ao nosso alcance. Não hesite em contactar-nos!

“GOA, DAMÃO, DIU E COCHIM” — RESERVAS ATÉ 07 DE JANEIRO DE 2011 —

sinalização 700 euros. 13 dias — preço por pessoa 2.850 euros (+ taxas de aeroporto).

“BATALHA DE LA LYS” — RESERVAS ATÉ 18 DE JANEIRO DE 2011 — sinalização 250 euros.

6 dias — preço por pessoa 1.200 euros (+ taxas de aeroporto). CONTACTOS:

Catarina Carvalho Tel. 92 738 31 39 E-mail: [email protected]