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LISTA DE EMPRESAS CERTIFICADAS Informação sobre as empresas certificadas acessível através da Internet na página da EIC: www.eic.pt ou www.eic.pt/site/pesquisa-de-clientes/ NOVEMBRO 13 NÚMERO 18 eic news Boletim Digital da EIC - Empresa Internacional de Certificação Distribuição Gratuita Consulte o nosso website www.eic.pt Design Cempalavras EDITORIAL ÍNDICE DESTAQUE MANUEL VIDIGAL Comissão Executiva da EIC Destaque 01 Informação EIC 02 Informação EIC 03 Os nossos Clientes 04 Divulgação 05 EIC CERTIFICA CÂMARAS MUNICIPAIS AÇORIANAS No passado dia 31 de Julho, a eiC concedeu à Câmara Municipal da Praia da Vitória e à Câmara Munici- pal de Lagoa a certificação que valida os seus sistemas de gestão da qualidade dos serviços (norma NP EN ISO 9001: 2008). As cerimónias de entrega dos certi- ficados ocorreram a 4 de Setembro na Praia da Vitória e a 6 de Setembro na Lagoa e contaram com a pre- sença dos respectivos presidentes da Câmara – Roberto Monteiro e João Ponte –, os quais receberam oficial - mente os certificados. Ao assegurar um sistema de gestão adequado, as entidades que pro- curam a certificação ganham em eficiência e competitividade. Estes factores incrementam também a confiança que as diversas partes interessadas adquirem nos serviços prestados e a notoriedade da enti- dade. No caso da C. M. da Praia da Vitória, o âmbito da certificação é “prestação de serviços relacionados com aten- dimento e fiscalização no sector de taxas e licenças e na secção de obras particulares”. A C. M. de Lagoa está certificada para prestação de serviços relacio- nados com o Gabinete de Atendi- mento ao Munícipe (GAM). A responsável da eiC presente nas cerimónias, Anabela Lavado, relem- brou que: “a obtenção do certifica- do representa um princípio sistemá- tico que permitirá a estas Câmaras Municipais prestar ainda melhores serviços”. A EIC nasceu tendo por princípio estar verda- deiramente focada no cliente. Desde o início que para nós este conceito não é um chavão, para utilizar em circunstân- cias avulsas ou porque fica sempre bem, é um modo de vida, é uma forma de estar e de ac- tuar. Claro que esta filosofia, de que não abdica- mos, tem implicações! Com frequência leva- -nos a tomar opções que sabemos, à anterior, que irão resultar em “empreitadas”, cujos cus- tos internos ficarão muito, mas mesmo muito, para além dos que solicitaremos ao cliente, já que apontam para valores que não são eco- nomicamente interessantes. Mas princípios são princípios e, se entendemos que vamos ser úteis ao nosso cliente, não é por aí que vamos hesitar. Vem isto a propósito de surgirem com frequên- cia solicitações para certificação de produtos ou de serviços que, para se tornarem rentáveis, terão de ser replicados múltiplas vezes. Mesmo sabendo que tal não vai acontecer implemen- tamos o esquema de certificação, apesar das considerações atrás referidas. Acresce que, como pessoas do ramo da certi- ficação, pretendemos, por princípio, que uma análise do contrato se faça na convicção de não virem a ser defraudadas as expectativas do cliente. Ora por vezes esta análise de contrato torna-se complicada, porque se pretende ter respos- tas para situações novas em que nem todos os parâmetros são bem conhecidos. São processos que nos dão algum gozo mas, por regra, durante o seu desenvolvimento sen- timo-nos muitas das vezes numa passadeira de ginásio: corremos, corremos, corremos e senti- mos que não avançamos. Existem outros ac- tores no processo que não estão sob o nosso controlo. No fim, conseguimos sempre, e conseguimos principalmente sentir que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. E essa sensação é boa, dá-nos conforto.

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› LISTA DE EMPRESAS CERTIFICADASInformação sobre as empresas certificadas acessível através da Internet na página da EIC: www.eic.pt ou www.eic.pt/site/pesquisa-de-clientes/

NOVEMBRO 13 › NÚMERO 18

eicnewsBoletim Digital da EIC - Empresa Internacional de Certificação › Distribuição Gratuita

Consulte o nosso website ›

www.eic.pt

De

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Ce

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ala

vra

s

EDITORIAL› ÍNDICE

› DESTAQUE

MANUEL VIDIGALComissão Executiva da EIC

Destaque 01Informação EIC 02Informação EIC 03

Os nossos Clientes 04Divulgação 05

EIC CERTIFICA CÂMARAS MUNICIPAIS AÇORIANAS

No passado dia 31 de Julho, a eiC concedeu à Câmara Municipal da Praia da Vitória e à Câmara Munici-pal de Lagoa a certificação que valida os seus sistemas de gestão da qualidade dos serviços (norma NP EN ISO 9001: 2008).As cerimónias de entrega dos certi-ficados ocorreram a 4 de Setembro na Praia da Vitória e a 6 de Setembro na Lagoa e contaram com a pre-sença dos respectivos presidentes da Câmara – Roberto Monteiro e João Ponte –, os quais receberam oficial-mente os certificados.Ao assegurar um sistema de gestão adequado, as entidades que pro-curam a certificação ganham em eficiência e competitividade. Estes factores incrementam também a confiança que as diversas partes interessadas adquirem nos serviços prestados e a notoriedade da enti-dade.No caso da C. M. da Praia da Vitória,

o âmbito da certificação é “prestação de serviços relacionados com aten-dimento e fiscalização no sector de taxas e licenças e na secção de obras particulares”.A C. M. de Lagoa está certificada para prestação de serviços relacio-nados com o Gabinete de Atendi-mento ao Munícipe (GAM).A responsável da eiC presente nas cerimónias, Anabela Lavado, relem-brou que: “a obtenção do certifica-do representa um princípio sistemá-tico que permitirá a estas Câmaras Municipais prestar ainda melhores serviços”.

A EIC nasceu tendo por princípio estar verda-deiramente focada no cliente.Desde o início que para nós este conceito não é um chavão, para utilizar em circunstân-cias avulsas ou porque fica sempre bem, é um modo de vida, é uma forma de estar e de ac-tuar.Claro que esta filosofia, de que não abdica-mos, tem implicações! Com frequência leva--nos a tomar opções que sabemos, à anterior, que irão resultar em “empreitadas”, cujos cus-tos internos ficarão muito, mas mesmo muito, para além dos que solicitaremos ao cliente, já que apontam para valores que não são eco-nomicamente interessantes.Mas princípios são princípios e, se entendemos que vamos ser úteis ao nosso cliente, não é por aí que vamos hesitar.Vem isto a propósito de surgirem com frequên-cia solicitações para certificação de produtos ou de serviços que, para se tornarem rentáveis, terão de ser replicados múltiplas vezes. Mesmo sabendo que tal não vai acontecer implemen-tamos o esquema de certificação, apesar das considerações atrás referidas.Acresce que, como pessoas do ramo da certi-ficação, pretendemos, por princípio, que uma análise do contrato se faça na convicção de não virem a ser defraudadas as expectativas do cliente. Ora por vezes esta análise de contrato torna-se complicada, porque se pretende ter respos-tas para situações novas em que nem todos os parâmetros são bem conhecidos.São processos que nos dão algum gozo mas, por regra, durante o seu desenvolvimento sen-timo-nos muitas das vezes numa passadeira de ginásio: corremos, corremos, corremos e senti-mos que não avançamos. Existem outros ac-tores no processo que não estão sob o nosso controlo.No fim, conseguimos sempre, e conseguimos principalmente sentir que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.E essa sensação é boa, dá-nos conforto.

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Testemunho Directo Este é o meu testemunho directo e agora que o completei, e muito embo-ra não goste de escrever sobre mim, verifico que me fez bem reflectir um pouco sobre quem sou. Estou grata à EIC por esta oportunidade.Chamo-me Cristina Velez, nasci em Lisboa nos anos 60 e “aterrei” no Apoio ao Cliente da EIC em Novembro de 2009. Os Clientes que estejam a ler, já falaram eventualmente comigo, em contactos processuais do ci-clo de certificação; por vezes, sou eu que atendo e esclareço algumas dú-vidas; dou também entrada dos novos processos e faço os Contratos e as Cartas de Acompanhamento, em resumo, organizo e faço a gestão do ar-quivo principal.Mas antes de 2009, muita coisa aconteceu na minha vida!Os meus pais são Alentejanos. Vieram viver para Lisboa e aqui mantiveram o seu negócio durante muitos anos. Tive uma infância muito feliz, com muitas férias no Alentejo e, depois, na Ericeira. Que saudades desse tempo... No final da minha adolescência, fui estudar para Inglaterra. Vivi em Bri-ghton, cidade que adorei, e que me proporcionou um crescimento ímpar em termos pessoais e profissionais.Foi então que comecei a participar em vários projectos, de que guardo, a esta distância, muito boas recordações!Em 1987, colaborei na transformação do antigo cinema Vox (perto da Ave-nida de Roma) num espaço com múltiplas facetas: discoteca ao fim-de-se-mana, cinema / café /pub (com música ao vivo) durante a semana… um incêndio terminou este projecto!...Mas fiquei com o bichinho dos espectáculos ao vivo e rapidamente entrei noutro projecto na mesma área. Desta vez, numa empresa chamada Odis-seia que produziu, entre outros, o 1.º espectáculo dos GNR no Coliseu e o último de Amália Rodrigues. Foram bons tempos, mas entretanto tinha--me casado, nasceu a minha filha e trabalhar nesta área, em que não há horários nem fins-de-semana, tornou-se incompatível com ser mãe!Novo Projecto! Desta vez, mudei de área: optei pela Saúde e pela venda de Material Hospitalar. Foram cinco anos.

Após o divórcio, resolvi sair do Projecto do Material Hospitalar, deixar as Sociedades e assim criar um projecto só meu. Depois de um ano sabá- tico, inaugurei, em 1997, um Pronto-a-Comer em Lisboa. Foram 10 anos de “Doce Açúcar Amargo”, que terminou no Euro 2004.Depois de vários campeonatos na restauração, de novo resolvi arriscar num novo projecto e criar um Mini Hotel Boutique, desta vez no Panamá, só não tive em conta um feroz inimigo que por lá existe: o Mosquito! Em vão tentei evitá-los com tratamentos preventivos, mas são aos milhões! Tive que regressar.Regressada a Portugal e à restauração conheci alguém ligado à EIC.E foi assim que aqui cheguei. Já lá vão quatro anos.

Ao vosso dispôr,

Cristina Velez /EIC

› INFORMAÇÃO EIC

Realizou-se em 26 e 27 de Setembro, na Exponor, a 1.ª edição do SPQ EXPO – Fórum e Exposição de Normalização, Metrologia e Qualificação.

A EIC esteve presente com um Stand, que contou com a participação dos nossos colegas Soraya Patrício e Pedro Beirão da Cruz.

Soraya Patrício participou ainda na Mesa Redonda “Certificação Para Quê?”, em que temas relacionados com a certificação foram debatidos com a presença de representantes de várias entidades certificadoras.

PARTICIPAÇÃO DA EIC NO FÓRUM E EXPOSIÇÃO DE NORMALIZAÇÃO, METROLOGIA E QUALIFICAÇÃO

NS 9415.E:2009 - Marine fish farms - Requirements for site survey, risk analy-ses, design, dimensioning, production, installation and operation

CERTIFICAÇÃO DE CABOS

No passado mês de Julho, a EIC obteve a acreditação do IPAC (Instituto Português de Acreditação) para a Certificação de Ca-bos, de acordo com a norma noruegue-sa NS 9415.Esta acreditação foi a resposta da EIC ao pedido de uma conhecida empresa portu-guesa, que necessitava da realizar a expor-tação dos seus produtos para a Noruega, com a exigência de que os mesmos esti-vessem certificados (pela norma indicada) e que essa certificação fosse acreditada.

De certo modo, tratou-se de um desa-fio para a EIC (e para os auditores). Ten-do em conta que não existia, em territó-rio nacional, nenhum laboratório de en-saios acreditado para os ensaios previstos na norma, foi utilizado o próprio labora-tório do produtor, uma vez que as regras de acreditação permitem, neste caso, esta utilização. Este facto significou trabalho adicional para a EIC e para a equipa audi-tora, dado que foi necessário a validação dos próprios ensaios e dos métodos de trabalho, com a avalia-ção de uma série de parâmetros relati-vos aos métodos seguidos, equipamentos, condições ambientais e outros. Todo este trabalho foi realizado com sucesso!

Foi também a primeira acreditação do IPAC neste sector (Produtos Têxteis).

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Ao longo da minha vida profissional já passei (e tenho a certeza que continuarão a acontecer, pois eu ponho-me a jeito…) muitas situações carica-tas. Vou partilhar convosco algumas delas, no âm-bito da realização de auditorias de primeira e ter-ceira parte.Assim, lá muito, muito atrás na minha carreira, comecei muito cedo por perceber que nem sempre as mulheres eram bem-vindas à indústria e muito menos às obras.A primeira situação de “discriminação” que me ocorreu foi numa indústria metalomecânica em que as pessoas não respondiam às minhas ques-tões - e para quem me conhece sabe como eu dou sempre a volta a estas situações difíceis. Contudo, aqui era diferente: nem para mim olhavam quan-do os interpelava! Eu já havia sentido esta hostili-dade na reunião de abertura, mas… deixei andar. Até que, à minha boa maneira, perguntei por que motivo se recusavam a ser auditados. Aí obtive uma resposta com a mesma frontalidade com que fiz a pergunta: “Por-que é mulher. E o lugar das mulheres é em casa a tratar dos filhos” (os que eu ainda não tinha na al-tura!)Bem, tive de reorientar rapidamente a minha for-ma de estar e conquistar o meu espaço naque-la auditoria. No fundo, era necessário falar a lin-guagem deles. Quase, quase que me comportei como um homem… só não disse palavrões (ou te-rei dito?)!! Resultado: Continuaram a contratar--me para prestar o serviço de auditorias durante mais cinco anos!

Outra situação ocorreu numa obra, onde o encar-regado, muito furioso por ir ser auditado por uma mulher (depois de já ter “avisado” o director de obra que não queria que isso acontecesse) ligou uma mangueira e apontou na nossa direcção: mo-lhou literalmente todo o director de obra! Confes-so que desta até me ri, pois fugi a tempo de não fi-car encharcada…Esta empresa continua a ser cliente da eiC até hoje e não há registo de reclamação das equipas audi-toras que por lá passaram. Ah! Escolhemos outra obra para visitar… mais segura e sem água canali-zada, por sinal! Mas há também situações mais delicadas. Numa delas, eu e uma colega fomos abordadas pelo ges-tor da empresa com elogios tecidos à nossa be-leza e elegância (enfim…)! Findos alguns minu-tos em que fizemos de conta que não estávamos a perceber a conversa do senhor, ele voltou à carga, de forma mais objectiva: desta vez o alvo já era só eu. Bem, aí tive de me levantar e explicar o que es-távamos ali a fazer e explicar também ao senhor gestor qual a função e a postura dele desejadas em auditoria. Naturalmente, com a veemência que to-dos me conhecem…A partir desse momento, a auditoria decorreu nor-malmente. No ano seguinte, voltei lá para o acom-panhamento, mas sozinha e já levava o TPC fei-to, caso o senhor voltasse à carga. Mas não foi ne-cessário. Tinha sido bem explícita no ano anterior! Talvez até demais! Nunca mais o vi. Nunca mais apareceu nas auditorias! Problema resolvido!

Matilde Ranito/Auditora eiC

MULHERES!... (Parte 1)

ACONTECEU EM AUDITORIA

› INFORMAÇÃO EIC

MARCAÇÃO CE DE PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO

Foi finalmente publicado o diploma que execu-ta o Regulamento (UE) n.º 305/2011, do parla-mento Europeu e do Conselho, que entrou em pleno vigor no passado dia 1 de Julho de 2013. Trata-se do Decreto-Lei n.º 130/2013, de 10/09/2013.O referido Regulamento (UE) n.º 305/2011, usualmente conhecido por Regulamento dos Produtos de Construção (RPC), estabelece as condições harmonizadas para a colocação dos produtos de construção no mercado Eu-ropeu, sucedendo à Directiva 89/106/CEE, que foi transcri-ta para o direito nacional atra-vés do Decreto-Lei n.º 113/93, de 10 de Abril.Não obstante o RPC seja um re-gulamento comunitário e como tal ter aplicação directa e obri-gatória, cada Estado-membro precisa de estabelecer as dispo-sições que permitem a sua exe-cução na ordem jurídica interna desse país. Para o efeito, o RPC estabele-ce um período de transição que se prolongou desde Março de 2011 até Junho de 2013, du-rante o qual os Estados-mem-bro deveriam ter publicado os seus diplomas de execução para que tudo estivesse preparado para a entrada do RPC em vigor na data estabelecida: 1 de Julho de 2013.Isto aconteceu na generalidade dos países, mas relativamente a Portugal, o Governo Português foi incapaz de o fazer em tempo útil, provocan-do uma situação inusitada, uma vez que na data indicada o nosso país se viu sem qualquer orga-nismo notificado, nomeadamente organismos de certificação e laboratórios de ensaios, e sem fiscalização de mercado.Só no dia 10 de Setembro de 2013, com a publi-cação do Decreto-Lei n.º 130/2013 é que a si-tuação foi resolvida, ficando completo o acervo legal inerente à comercialização dos produtos de construção no nosso país.O atraso na publicação deste diploma veio pro-vocar entraves nas actividades dos organismos

de certificação nacionais, entre as quais a EIC, que viram a sua notificação cair no dia 1 de Ju-lho de 2013 e, consequentemente, se viram im-pedidas de realizar o seu trabalho, nomeada-mente as auditorias de inspecção inerentes à certificação do controlo da produção em fábri-ca. Só após a publicação do diploma, em 10 de Setembro, é que os organismos de certificação puderam instruir processo de notificação para o

RPC junto do IPQ, e como o processo de notifi-cação carece de reconhecimento, acaba por ser um processo moroso até que essa notificação seja um facto.Todo este atraso acaba por prejudicar a econo-mia nacional, pois não só os organismos de cer-tificação estabelecidos em Portugal ficam impe-didos de desenvolver as suas actividades como permitiu que organismos oriundos de outros países, para os quais a notificação foi obtida em tempo útil, viessem actuar no nosso mercado.Mas vejamos o que nos diz o Decreto-Lei n.º 130/2013. Este diploma define as disposições que permitem executar o RPC no nosso país, nomeadamente as seguintes:› A Direcção Geral das Actividades Económicas (DGAE) é designada para assegurar a represen-tação do nosso país no seio do Comité Perma-nente da Construção;

› O Instituto Português da Qualidade (IPQ) é nomeado como autoridade notificadora, isto é, como entidade responsável pela avaliação e os organismos de notificados (organismos autori-zados a exercer as funções de avaliação e verifi-cação da regularidade do desempenho, nomea-damente: organismos de certificação e laborató-rios de ensaios) e os notificar à Comissão Euro-peia e aos outros Estados-membro;

› Ao IPQ é igualmente atribuí-da a responsabilidade de as-segurar as funções de Ponto de Contacto para os produtos de construção;› É estabelecida a obrigato-riedade de a Declaração de Desempenho e as informa-ções e instruções de seguran-ça (que acompanham o pro-duto) serem redigidas na lín-gua Portuguesa para os pro-dutos colocados no mercado nacional;› São nomeadas as autorida-des fiscalizadoras, nomeada-mente a Autoridade da Segu-rança Alimentar e Económica (ASAE), que fica responsável pela fiscalização do merca-do, e a Autoridade Tributá-ria e Aduaneira, que fica com

a responsabilidade de controlar a fronteira externa relativamente aos produtos provenientes de países terceiros;› São, ainda, claramente identificadas as infrac-ções que são passíveis de constituir contra-or-denação e as correspondentes coimas e sanções acessórias.Tratando-se de um documento relevante para os sistemas de controlo da produção em fábri-ca no âmbito da marcação CE dos produtos de construção, os nossos técnicos e auditores de-vem ter em atenção ao nele disposto, nomeada-mente no que respeita à necessidade de as de-clarações de desempenho e as informações e instruções de segurança estarem redigidas em português para os produtos que são colocados no mercado nacional.

João Carlos Duarte / Auditor EIC

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› DIVULGAÇÃO

Decreto-Lei n.º 130/2013, de 10 de Setembro

A primeira observação meteorológica em Luanda ocorreu em 1857, ano em que nas-ceram os Serviços Meteorológicos de Angola. Em 1980 estes mesmos Serviços passaram a denominar-se Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET). Hoje, sob a tu-tela do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (MTTI), o INAMET é a entidade responsável pela investigação científica e prestação de serviços na área de meteorologia, climatologia e Geofísica em Angola. Actualmente, trabalham na instituição cerca de duas centenas de colaboradores que asseguram as actividades do INAMET em todo o território nacional. Entre outras funções, o INAMET é a entidade responsável pelos serviços meteorológicos prestados ao sector da aeronáutica, através do Centro Nacional de Análise e Previsão do Tempo (CNAPT), recentemente certificado pela EIC – Empresa Internacional de Certificação, de acor-do com a ISO 9001:2008, bem como as estações de Luanda, Benguela, Lubango, Huam-bo, Cabinda, Luena e Ondjiva. A auditoria para a certificação, que ocorreu em Junho último, ficou a cargo da empresa EIC – Empresa Internacional de Certificação. O cer-tificado válido por três anos terá acompanhamentos intercalares anuais.

PERFIL DA ENTIDADE CONTACTOS

› OS NOSSOS CLIENTES

Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola

Recentemente o INAMET foi certificado de acordo com a ISO 9001:2008. O que vos levou a implementar e a certificar o sistema de gestão da qualidade?Ao implementar e certificar o sistema de gestão da qualidade, o INAMET cumpriu com as reco-mendações da Organização da Aviação Civil In-ternacional (ICAO) e da Organização Meteoroló-gica Mundial (OMM) que solicitaram a todos os serviços de meteorologia dos países membros, a certificação da sua actividade de apoio meteoro-lógico à aeronáutica civil, cumprindo os requisi-tos da norma ISO 9001:2008 e os requisitos do anexo 3 da ICAO à Convention on International Civil Aviation Meteorological Servicefor Inter-national Air Navigation.No decorrer da implementação do proces-so, quais foram as maiores dificuldades?Ao longo dos três anos que durou o processo de implementação foram encontradas dificuldades de várias ordens. A sensibilização dos colabora-dores, ou seja, a mudança de atitude na forma de trabalhar foi um dos primeiros obstáculos. Ou-tra dificuldade relevante a assinalar esteve rela-cionada com a falta de experiência dos gestores, mas ultrapassámos esta situação com a contra-tação de um consultor português com grande ex-

periência nesta área. As necessidades de equipa-mento padrão e a calibração dos vários sensores meteorológicos foram outras fontes de preocupa-ção a ter em conta. Quais as mais-valias resultantes da im-plementação do sistema de gestão da qualidade na organização?Com a implementação do sistema de gestão da qualidade, os serviços e produtos prestados pelo INAMET na área da meteorologia aeronáutica são coerentes, consistentes e fiáveis e submetidos a controlo da qualidade. Asseguramos a sua con-formidade com os requisitos da OMM e da ICAO, quer na disponibilização quer nos conteúdos e ain-da no rigor de produção. Estes são os atributos que granjearam a satisfação dos nossos clientes/utiliza-dores. Para a própria instituição, o sistema ajudou na organização e estruturação em todas as áreas de funcionamento e contribuiu para o aumento da identificação dos colaboradores com a instituição e melhoria da auto-estima do funcionário.De que forma, a certificação pode me-lhorar o funcionamento do INAMET no futuro?Gestão da qualidade significa melhoria continua. Periodicamente serão realizados inquéritos sobre a satisfação do cliente e cada reclamação será ana-

lisada e tratada separadamente. Mais, serão ain-da organizadas auditorias internas e todas as não--conformidades registadas serão tratadas e resol-vidas. A nossa visão do SGQ assenta na capacidade de transformar os problemas de ontem, nas solu-ções de hoje e nos avanços de amanhã.Em Angola, o número de empresas/enti-dades certificadas é ainda muito reduzi-do. Esta certificação pode destacar-vos e credibilizar-vos no sector onde actuam comparativamente a outras congéneres internacionais?No ramo de aviação civil, o INAMET é uma das poucas instituições a ser certificada a nível nacio-nal e regional. Isto significa mais responsabilidade e os nossos colaboradores têm consciência disso. O aumento do fluxo de pedidos por parte dos nos-sos clientes é uma prova de melhoria significativa da qualidade dos nossos produtos e serviços e da sua utilidade para os clientes.Qual o significado desta certificação para o INAMET?Esta certificação consiste em mais uma etapa no nosso compromisso com a segurança aeronáuti-ca a nível nacional e internacional e com a presta-ção de um serviço meteorológico de qualidade no nosso país.

Implementar e certificar o SGQ para garantir “serviços meteorológicos coerentes, consistentes e fiáveis à aeronáutica civil nacional e internacional”.

INAMETInstituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola

Rua 21 de Janeiro, Rotunda do Gamek à Direita, S/N - RCLuanda Telefone: +244 222 010 385Fax: +244 222 010 [email protected]

Aline Cortez, da EIC, entrega certificado da Qualidade a Benjamim Domingos

Benjamim Domingos, director-geral

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