· Razões bíblicas para se envolver no esporte Primeiro tempo 41 Breve história do movimento...

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Quase todo dia um novo recurso ou estratégia é apresentado a nós por organizações nacionais e internacionais para as igrejas utilizarem na oportunidade dos grandes eventos esportivos que se avizinham. A Iniciativa 2-3-5 é uma referência para tais or-ganizações, pois reúne a maior experiência brasileira em gran-des eventos esportivos, uma grande capacidade de mobiliza-ção, e uma experiência de serviço à Igreja Brasileira. As igrejas também nos procuram. Querem saber das novida-des, saber o que outros estão fazendo; buscam estratégias efe-tivas, que produzam resultados. Nesse cenário, vemos o risco de tantas oportunidades sufocarem os esforços, e o resultado não ser tão bom quanto se espera. Por isso desenvolvemos esse manual de liderança, com as informações que pastores e líderes de ministério precisam para escolher bem o que vão fa-zer. Outra função desse manual é estabelecer critérios que permitam uma boa avaliação do que se estiver fazendo. O conteúdo que você verá aqui é resultado das experiências bem sucedidas na liderança das maiores equipes de missão em eventos esportivos já levadas ao exterior, como as Olimpí-adas na China (2008) e em Londres (2012), as Copas do Mun-do na Alemanha (2006) e na África do Sul (2010) e os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, México (2011). Mais de 500 voluntários se revezaram nesses eventos, na Copa da África do Sul foram 200, sempre sob a liderança do pastor Marcos Grava com a Conexão VEC.

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Outro ministério que contribuiu para esse conteúdo é a AMME Evangelizar, missão brasileira, dirigida pelo pastor José Ber-nardo, que já envolveu cerca de 50 mil igrejas de todas as de-nominações evangélicas e em 10 anos as ajudou a anunciar o Evangelho a mais de 100 milhões de brasileiros. Aqui você conta também com a experiência de quem envolve anualmente 500 mil crentes em campanhas de jejum e oração: o pastor Edison Queiroz de 40 dias de jejum e oração. Esses e outros homens de Deus e organizações que dirigem juntaram esforços na Iniciativa 2-3-5 para ajudar sua igreja a produzir ainda mais frutos. Essa tem sido a vocação deles, ser-vir a Igreja, ajuda-la a cumprir sua missão bíblica. Por muito tempo a Igreja esteve à margem da evangelização no contexto esportivo, que foi realizada principalmente por organizações para-eclesiásticas. Agora chegou a hora da Igreja e, nesse momento, você pode contar com que já tem servido a Igreja. Leia esse manual, procure apropriar-se desse conteúdo e de-pois mantenha-o sempre a mão, como material de consulta. Se precisar de ajuda, haverá um promotor da Iniciativa 2-3-5 perto de você, à sua disposição para ajudar. Também será possível encontrar ajuda no site www.iniciativa235.org, e muitos outros recursos desenvolvidos para facilitar uma evangelização eficaz e cheia de resultados. Iniciativa 2-3-5

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Índice Apresentação 05 Porque e como esse manual vai ajudar sua igreja Apito inicial 09 Uma palavra para quem vai liderar P.E.R.I.T.O. 12 Sete fatores de sucesso para avaliação e decisão Iniciativa 2-3-5 23 Estratégias vencedoras para igrejas corajosas Vejam os campos 37 Razões bíblicas para se envolver no esporte Primeiro tempo 41 Breve história do movimento Joga Limpo Vamos virar esse jogo 46 Princípios espirituais do movimento Joga Limpo A copa é nossa 52 Uma reflexão pastoral sobre o preço da vitória

"Também, nenhum atleta é premiado se não vencer de acordo com as regras." 2Tm 2:5

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Como pastor ou líder de ministério, você tem a responsabilida-de de levar sua igreja a cumprir a missão bíblica de evangeli-zar. É para isso que a Igreja existe! É você quem define quan-do a evangelização começa ou termina; é você quem determi-na se está tudo correndo bem ou se são necessárias correções e alterações; é você que orienta os crentes, que corrige seus erros; é você que identifica os resultados. Nisso você se parece muito com um juiz no futebol. Vida de juiz não é fácil! Nem sempre as pessoas entendem seu trabalho, nem sempre atendem de boa vontade, e quando os resultados aparecem os créditos não são seus. Mas o seu tra-balho é fundamental para que a igreja possa vencer e levar o prêmio da soberana vocação. Por isso queremos dar o apito inicial começando pelo incentivo à sua liderança.

Acredite – Você está lendo esse manual porque teve uma visão do que sua igreja pode fazer na oportunidade dos grandes eventos esportivos de 2013 a 2016. Essa visão vai ajudar você a ir em frente e levar sua igreja à vitória, então não deixe a visão se perder em meio às ocupações rotineiras e infinitos compromissos. Passe essa visão adiante, contagie os membros de sua igreja, encoraje-os e motive-os. Persevere – A evangelização não é um trabalho fácil, por isso a bíblia a compara a uma competição ou a uma

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guerra. Haverá muitas circunstâncias e elementos que procurarão desestimular você, talvez a falta de com-promisso de uns, talvez a falta de recursos, talvez a demora nos resultados, mas, como líder, como juiz, vo-cê deve manter esse jogo até o fim. Exija – Lidar com o trabalho voluntário não é coisa sim-ples. Às vezes as pessoas não se empenham verdadei-ramente e fazem o trabalho relaxadamente, sem com-promisso. É falta! Nesses momentos o líder pode se sentir isolado. Não se entregue, não aceite qualquer coisa, insista em que a igreja participe e dê o melhor pa-ra a glória de Deus. Advirta – Fale com as pessoas, observe quando não estiverem agindo bem, ensine, motive, faça o que for necessário para que joguem bem e cumpram sua voca-ção, porque para evangelizar é que foram chamados pelo Senhor. Não perca o time de vista, acompanhe ca-da jogada e interfira sempre que for necessário. Decida – Haverá os momentos em que você deverá so-ar o apito e puxar os cartões do bolso, para parar, con-sertar e depois prosseguir. Nesses momentos de deci-são, o apito inicial, esse manual de liderança, vai ajudar bastante. Veja com atenção no próximo capítulo sete critérios para fortalecer suas decisões.

Enquanto você estiver correndo pelo campo, fazendo as coisas acontecerem, você verá que nós estamos aqui na lateral apoi-ando você. Conte com a Iniciativa 2-3-5 como seus bandeiri-nhas. Estamos aqui para ajudar você a cumprir seu trabalho e apoiar as suas decisões. No mais, estamos convencidos de que nada mais é tão impor-tante como aproveitarmos todas as oportunidades para produ-zir mais resultados para a glória de Deus. É por isso que esta-mos correndo diante das arquibancadas lotadas por aqueles que correram antes de nós!

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Alguns crentes formaram uma ideia de evangelização fora das Escrituras, e se constrangem quando se fala de sucesso nesse ministério. Eles acham que o trabalho da evangelização é dis-pensável e, quando é feito, consiste apenas em pregar e deixar o resto com Deus. Estão errados! Pescadores de homens, construtores, ceifeiros, administrado-res de talentos, árvores frutíferas, sal da terra, luz do mundo: por essas e outras figuras de linguagem somos lembrados de que servimos ao Deus que exige resultados. Ele, em sua insu-perável soberania, decidiu fazer da evangelização uma parte essencial do plano de salvação, e nos enviou a colher os frutos que Ele mesmo proveu. Sendo assim, o sucesso na evangeli-zação é entregar a Deus os frutos que Ele requer e usando o esporte como paralelo, a evangelização tem que fazer gol! “... porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será sal-vo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E co-mo crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvi-

rão, se não houver quem pregue?” Rm 10:13,14 Fatores de sucesso Observando as operações evangelísticas mais produtivas, no-tamos que algumas características se repetem. São fatores de sucesso na evangelização, e são como fundamentos que de-vem ser dominados para vencer. Vamos falar de seis fatores e, depois, de um sétimo fator muito especial.

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A inicial do nome dos seis primeiros fatores forma a palavra PERITO, isso vai ajudar você a lembrar de cada um e, além disso, se cada operação evangelística que você dirigir tiver es-tes seis fatores, você será realmente um perito em evangeliza-ção. Utilize os fatores de sucesso para avaliar quais estratégias deve escolher para compor o programa de sua igreja, e tam-bém para acompanhar o desempenho de cada uma. 1. Pessoal Considere o nível de personalização e contato pessoal que a estratégia permite. Avalie a capacidade, conhecimento e habili-dade que a equipe demonstra no trato com as pessoas. Esse primeiro fator não se refere às estratégias de evangeliza-ção pessoal. Independente da estratégia que se está utilizando a evangelização deve considerar as pessoas que quer atingir. Não se pode falar com crianças como se fossem adultos, nem com gente simples como se fossem doutores. Há uma hora adequada para encontrar cada pessoa, um tipo de comunica-ção que lhe é mais acessível, um local onde pode ser mais fa-cilmente encontrada. Quando olhamos para as pessoas com verdadeiro amor e procuramos fazer o melhor para elas, nossa ação evangelística se torna muito mais produtiva. Quando a liderança está olhando muito mais para o programa, o método, os materiais, o tempo e se esquece de olhar para as pessoas, o time não abre o placar, não marca gols. Quando os membros da equipe não têm bom contato com as pessoas, eles representam um ponto fraco, principalmente se estão em posição de liderança.

Avalie: a estratégia admite personalização? É capaz de adaptar-se à realidade das pessoas? O time está cons-cientes das pessoas e em pleno contato com elas? Cartão amarelo: um programa ou conjunto de ações es-tratégicas pode incluir algumas ações de menor contato pessoal, mas tome cuidado quando essas ações se tor-

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narem prioritárias e distanciarem sua equipe das pesso-as que precisam do Evangelho. Cartão vermelho: evite trabalhar com pessoas irritadi-ças, iracundas, que maltratam os membros da equipe e fazem inimigos. Tais pessoas falharão também no trato com as pessoas a serem evangelizadas.

2. Envolvente Examine se a estratégia é capaz de envolver emocionalmente o público alvo. Quem fala o que quer ouve o que não quer! Você já ouviu este ditado popular? Todo evangelista deveria se lembrar dele. Fa-lar como uma metralhadora e esperar que as pessoas fiquem sentadas, quietas e atentas a tudo o que se diz é querer de-mais. Qualquer ação evangelística precisa envolver as pessoas para obter mais resultados. Se é uma palestra, precisa tratar de um tema pertinente, dentro da realidade das pessoas, elas de-vem poder fazer perguntas; se é um programa de multiministé-rio deve ser algo que as pessoas gostem de fazer; se é visita-ção, as pessoas devem ficar alegres em convidar para entrar e ainda oferecer seu melhor cafezinho. Uma operação de evangelização é bem sucedida se o público alvo realmente quer estar ali, se interessa e participa pelo que está acontecendo. Quando estamos evangelizando, as pesso-as devem rir, chorar, perguntar, opinar, escolher, decidir, con-tribuir, ajudar e quem está dirigindo uma operação evangelísti-ca tem a responsabilidade de tornar isso possível e eficiente. Uma evangelização aborrecida, arrogante, distante, desinte-ressante é o contrário disso.

Avalie: a ação evangelística que você escolheu tem po-tencial envolver emocionalmente os não crentes? O pú-blico alvo vai gostar do que será apresentado? Cartão amarelo: dependendo da idade, gênero, ocupa-

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ção, momento da abordagem e outros fatores o tempo de atenção das pessoas varia. Deve-se ter cuidado com estratégias cujo tempo de apresentação não possa ser adaptado para diferentes realidades. Cartão vermelho: descarte impiedosamente as estraté-gias monótonas, difíceis de entender ou cujos resulta-dos sejam imprevisíveis e não controláveis.

3. Ressonante Avalie o potencial que a estratégia tem de fazer lembrar ou memorizar a mensagem transmitida. A evangelização que dá mais resultado é aquela que é lembra-da. Adianta bem pouco falar ou escrever 10.000 palavras se as pessoas não se lembrarem de nada do que foi dito. É muito melhor falar menos, mas estar seguro de que isso será lem-brado no dia seguinte, na semana seguinte e no mês seguinte. Uma campanha evangelística deve ser organizada de tal forma que as pessoas memorizem, associem, repitam, relembrem e saibam explicar o que aprenderam, para seu próprio benefício e para benefício de outros. Vemos que grandes resultados se obtêm quando crianças con-tam em casa o que aprenderam em um programa de evangeli-zação infantil, isso porque os programas de evangelização in-fantil costumam se valer desse fator de ressonância. Como o som de um instrumento que se prolonga depois de tocado, as-sim deve ser nossa evangelização.

Avalie: a ação evangelística que você escolheu é capaz de deixar lembranças? Há recursos de memorização in-cluídos? As pessoas serão capazes de repetir para si mesmas e para outros o que aprenderam? Cartão amarelo: olhe com reservas para estratégias cu-jo contato com as pessoas seja muito breve, sem tempo suficiente para gravar a mensagem.

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Cartão vermelho: rejeite estratégias que não facilitem a compreensão e memorização da mensagem do Evan-gelho ou não lhe dê papel central.

4. Inclusiva Examine a capacidade da estratégia para integrar as pessoas à igreja e conectá-la aos outros membros. Uma hora dessas o Senhor vai voltar e pedir contas dos talen-tos que entregou em nossas mãos. Nessa hora, alguns irmãos que ainda não entenderam o que é evangelização, vão ter sé-rias dificuldades. Eles pensam que evangelizar é só pregar, sem se preocupar com os resultados. Jesus, porém, nos man-dou produzir frutos que permanecem. Nós somos responsáveis pelos resultados sim, e também pela permanência destes re-sultados. Por isso, um dos fatores de sucesso na evangeliza-ção é ser “inclusiva”, ou seja, as pessoas alcançadas pela evangelização devem ter facilidade em se unir ao Corpo de Cristo e permanecer nele. As ações que proporcionam inclusividade vão desde colocar o endereço legível, com instruções adequadas de como chegar à igreja, passam por obter o endereço da pessoa e ter algum plano de refazer o contato, e continuam na adaptação dos ho-rários e do estilo de culto para que os visitantes se sintam mais à vontade e participem. A pessoa que evangelizamos não pode ter dificuldades para entrar na igreja e compreender o que está acontecendo no cul-to; ela deve ter um caminho amplamente iluminado e bem sina-lizado, e uma recepção tão carinhosa que não queira ir a outro lugar! Obviamente, para ser inclusiva, a estratégia deve incluir programas de continuidade, com atividades para a pessoa se desenvolver no caminho da salvação.

Avalie: a ação evangelística que você está consideran-do é inclusiva? Apresenta um caminho para a continui-dade? Facilita o relacionamento das pessoas com a

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igreja? Possibilita a permanência na fé? Cartão amarelo: tenha cuidado com estratégias de con-tato muito breve, com baixa capacidade para estabele-cer relacionamento, meios fracos de reconexão e com poucos elementos de continuidade. Cartão vermelho: rejeite estratégias baseadas na idéia de ‘semear’ a Palavra para ver o resultado apenas no céu. Jesus nos mandou fazer discípulos, conseguir alu-nos. Se a evangelização não resulta em pessoas com-prometidas em aprender todas as coisas que o Senhor nos ensinou, não cumpriu o propósito.

5. Transformadora Considere se a estratégia em questão transmite plenamente a mensagem do Evangelho do Reino, e se o faz de um modo que a pessoa se sinta impulsionada a mudar de vida. Nós não evangelizamos para encher igreja. Quando evangeli-zamos ela enche mesmo, só que esse não é o objetivo. Nós evangelizamos para encher o céu. Na igreja, podemos fazer concessões e vista grossa, mas no céu só entra quem tem o coração puro e as mãos limpas. A evangelização precisa ser transformadora, precisa levar as pessoas a uma profunda mu-dança de vida. Quando a evangelização funciona como uma armadilha, seduzindo e enganando as pessoas, oferecendo al-go que não é a verdade ou comprando-as com benefícios ma-teriais, os frutos não permanecem. Para que a evangelização seja bem sucedida é necessário que as pessoas ouçam a verdade desde o início, e venham porque desejam a verdade, venham sabendo que devem mudar de vi-da. O apelo é uma ferramenta importante para a evangelização transformadora, mas não é a única. Toda a mensagem deve apresentar o Evangelho do Reino, o domínio de Deus em Cris-to, seu custo e suas consequências com clareza e produzir um impulso de mudança.

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Avalie: sua campanha evangelística impulsiona as pes-soas a mudar de vida? Apresenta o Evangelho do Reino de forma clara? Conduze-as por um novo caminho? Cartão amarelo: previna-se contra estratégias que atra-sam a apresentação do Evangelho do Reino, as vezes com o pretexto de ‘não assustar as pessoas’. Cartão vermelho: rejeite estratégias que não anunciarão o Evangelho, limitando-se a uma mensagem mundana de paz e amor sem Cristo e sem cruz.

6. Organizada Verifique se a estratégia comporta um bom planejamento e um controle cuidadoso dos elementos administráveis. É comum ver ações evangelísticas em que os coordenadores estão tão ocupados apagando incêndios que não têm tempo de evangelizar efetivamente. O motorista não sabe o endereço, os cabos do equipamento não combinam com a saída de força, o restaurante fechou para o almoço – são tantas coisas que po-dem dar errado e terminam dando quando não há planejamen-to. Por que isso acontece? Porque pouco tempo e pouco recur-so são investidos na evangelização. Com tudo feito às pressas e pelo menor custo, as coisas têm mesmo que dar errado. Deus nos chamou para uma posição de mordomos dos recur-sos do Reino. Estamos encarregados de distribuir esses recur-sos de modo que o Senhor tenha lucro do que colocou em nossas mãos. Portanto, o modo como evangelizamos importa, pois define a qualidade do que produzimos. A Igreja existe para evangelizar, é com os frutos da evangeli-zação que Deus é louvado, esta é a missão bíblica da igreja e merece os melhores talentos, os maiores recursos e todo o empenho da liderança. Com melhor planejamento, os recursos apropriados e um controle adequado conquista-se o sexto fator de sucesso na evangelização.

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Avalie: sua ação evangelística tem um plano suficiente-mente detalhado? As pessoas envolvidas estão sufici-entemente capacitadas e sabem o que fazer? Cartão amarelo: tenha receio de estratégias que exigem alto grau de improviso, em que as ações e recursos não possam ser preparados com antecedência. Cartão vermelho: não admita estratégias que dependam das habilidades e decisões de última hora de uma só pessoa, ou de recursos que não possam ser repostos, substituídos ou adaptados.

O sétimo fator Para fazer funcionar todos os seis fatores do P.E.R.I.T.O, você verá que há um fator especial, que define todos os outros. Sem esse fator, nenhum dos outros funciona: motivação. Manter uma equipe motivada é fundamental para obter resulta-dos na evangelização. Neemias é um bom exemplo disso. De-pois de ouvir a Palavra explicada por Esdras, e ver como esta-va distante de Deus, o povo começou a chorar. O choro de re-morso era uma atitude inútil para as realizações necessárias, então Neemias chamou o povo à alegria, essa sim era uma boa motivação para a ação e para a mudança. Há vários tipos de motivação para o ministério, e eles estão re-lacionados com a maturidade espiritual dos crentes. A motiva-ção pode ser conseguir uma bênção em troca do esforço, pode ser um sincero desejo de obedecer à ordem explícita de Jesus, também pode ser resultado de um amor intenso pelo Senhor ou ainda um caráter profundamente moldado na natureza divi-na. O fato é que cada pessoa que se dedica à evangelização deve ter um bom motivo para fazê-lo, ou não fará bem. A quem tem o apito, a quem lidera uma equipe ou uma igreja na evangelização, cabe ajudar, através do acompanhamento pessoal, cada um a encontrar sua motivação pessoal. É preci-

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so motivação para fazer uma evangelização pessoal, envolven-te, ressonante, inclusiva, transformadora e organizada. É a mo-tivação que determina quanta dedicação as pessoas aplicarão ao que estão fazendo.

Avalie: você tem um time motivado? As pessoas sob sua liderança estão empenhadas, dispostas a fazerem tudo o que é necessário para obter os resultados? Cartão amarelo: atenção para atrasos, cansaço, disper-são, reclamação, murmuração etc. Esses são indícios da falta de motivação e de que a equipe não atingirá os fatores de sucesso para uma evangelização eficaz. Cartão vermelho: Se a equipe estiver desmotivada, o trabalho será feito sem qualidade, relaxadamente. Então pare a ação e trate do assunto, motive a equipe.

Agora você conhece os 6 + 1 fatores de sucesso para uma evangelização bem sucedida. Lembre-se de usar o P.E.R.I.T.O tanto para avaliar a escolha de uma estratégia como para veri-ficar se a estratégia está atingindo os resultados que Deus quer. Além disso conte sempre com a Iniciativa 2-3-5 para aju-dar sua igreja a atuar no contexto esportivo. .............. P.E.R.I.T.O foi desenvolvido pelo pastor José Bernardo para auxiliar no treinamento de líderes e adaptado pelo autor para o manual de liderança apito inicial.

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Súmula Na posição de árbitro você deve decidir sobre as estratégias evangelísticas que sua igreja vai desenvolver no contexto es-portivo e também avaliar e decidir sobre o desempenho nas es-tratégias que escolheu. O conceito P.E.R.I.T.O. ajuda você a avaliar para tomar melhores decisões. Então considere:

Pessoal - A estratégia admite personalização? É capaz de adaptar-se à realidade das pessoas? O time está consciente das pessoas e em pleno contato com elas? Envolvente - A ação evangelística que você escolheu tem potencial envolver emocionalmente os não crentes? O público alvo vai gostar do que será apresentado? Ressonante - A ação evangelística que você escolheu é capaz de deixar lembranças? Há recursos de memori-zação incluídos? As pessoas serão capazes de repetir para si mesmas e para outros o que aprenderam? Inclusiva - A ação evangelística que você está conside-rando é inclusiva? Apresenta um caminho para a conti-nuidade? Facilita o relacionamento das pessoas com a igreja? Possibilita a permanência na fé? Transformadora - Sua campanha evangelística impul-siona as pessoas a mudar de vida? Apresenta o Evan-gelho do Reino de forma clara? Conduze-as por um no-vo caminho? Organizada - Sua ação evangelística tem um plano sufi cientemente detalhado? As pessoas envolvidas estão suficientemente capacitadas e sabem o que fazer?

Time. Você tem um time motivado? As pessoas sob sua lide-rança estão empenhadas, dispostas a fazerem tudo o que é necessário para obter os resultados?

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Talvez você esteja se perguntando de onde vem o nome Inicia-tiva 2-3-5. Dois na defesa, três no meio de campo e cinco no ataque formam o esquema tático mais ofensivo do futebol mo-derno e que deu número às camisas dos jogadores. 2-3-5 pre-dominou no futebol europeu, do final do século XIX a partir de 1883 e ainda era comum na copa de 1938. Dai veio o nome de nosso esforço evangelístico. Hoje o futebol se concentra em não tomar gols, naquela época a ênfase estava em fazer gols. Parece que aconteceu o mesmo com a Igreja. Infelizmente, quando a Igreja fica na defensiva, quando se concentra no conforto e proteção dos crentes e dei-xa o IDE de lado, se torna fraca e incapaz. Assim, o nome Ini-ciativa 2-3-5 é um chamado a restaurar uma postura ganhado-ra na evangelização. Mas não foi só nome que absorvemos para as ações práticas do movimento Joga Limpo Brasil. A escolha e organização das estratégias seguiu esse esquema tático. Na defesa temos duas estratégias que ajudarão no preparo, organização e estrutura das ações. No meio de campo temos ações evangelísticas que acontecerão mesmo longe dos eventos e no ataque aquelas ações que estão diretamente relacionadas com os jogos. Nas próximas páginas você vai conhecer os conjuntos estraté-gicos que a Iniciativa 2-3-5 desenvolveu para ajudar a sua igre-ja a atuar em campo e obter um excelente placar!

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Interna/ goleiro

Camisa 1 - Promotores Você vai querer essa estratégia se tem um chamado para aju-dar as igrejas evangélicas brasileiras a evangelizarem no con-texto esportivo. Arena: igrejas – os promotores são os goleiros da Iniciativa 2-3-5, eles são treinados para ajudar as igrejas a desenvolver seu programa de evangelização, transferindo recursos e acom-panhando a execução. Escalação: os promotores devem ter três características indis-pensáveis, o coração de evangelista, o cérebro de líder e a ati-tude de um professor. A Iniciativa vai envolver 1000 promotores para atuarem antes da Copa das Confederações. Treinamento: o treinamento de promotores é um programa especial de 12 horas que os capacita para ajudarem as igrejas. Tempo de jogo: os promotores vão atuar a partir do momento de seu treinamento e acompanharão as igrejas que envolverem até os Jogos Olímpicos de 2016, conforme a necessidade e o programa ministerial de cada uma. Equipamento: para realizarem seu trabalho, os promotores contarão com uma grande variedade de recursos disponíveis para eles na área exclusiva do site www.iniciativa235.org Público: o público dos promotores é formado pelas igrejas que ele envolver, seus pastores e líderes envolvidos com a evange-lização no contexto esportivo. Atuação: cada promotor tem a responsabilidade de envolver, capacitar e acompanhar 10 igrejas em estratégias de evangeli-zação no contexto esportivo, especialmente para atuarem na oportunidade das Copas e Jogos Olímpicos. Contratação: para fazer parte dessa estratégia os interessa-dos devem se cadastrar no site www.iniciativa235.org.

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Defesa/ zagueiro

Camisa 2 – Oração e Intercessão Esse conjunto de estratégias é indispensável. A igreja não de-ve iniciar um programa de evangelização sem estar envolvida em intenso esforço de oração. Arena: as estratégias desse programa vão acontecer em dois cenários, no espaço pessoal de cada crente e em reuniões es-peciais na igreja ou espaços escolhidos para esse fim. Escalação: os líderes de departamento da igreja serão os arti-culadores dessas estratégias, visto que foram desenvolvidas de acordo com as características de cada grupo. Treinamento: o promotor da Iniciativa 2-3-5 apresentará várias estratégias e ajudará o pastor e os líderes a escolherem as que funcionarem melhor para a igreja. Depois ajudará a igreja a planejar e implantar as estratégias escolhidas. Tempo de jogo: as diversas estratégias de oração têm diferen-tes tempos e durações. Esta é uma das características que de-terminarão a escolha de acordo com o perfil da igreja. Equipamento: algumas das estratégias desenvolvidas ou indi-cadas pela Iniciativa 2-3-5 incluem manual impresso ou virtual, boletins, áudio visuais e recursos similares para facilitar e moti-var o envolvimento da igreja. Público: todos os crentes envolvidos nas estratégias escolhi-das da igreja devem se fortalecer em oração. A igreja toda po-de se envolver em programas de intercessão, mesmo os mem-bros que não atuarão em outras estratégias. Atuação: as diferentes estratégias exigirão diferentes atuações da liderança, todas iniciando-se pela mobilização da igreja. Programas especiais de intercessão junto aos estádios estão incluídos na camisa 10. Programas de oração para crianças es-tão incluídos na camisa 6. Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org

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Defesa/ zagueiro

Camisa 3 – V.O.A.R. (consultoria) Você vai querer essa estratégia se a sua igreja pretende aper-feiçoar, organizar e intensificar as ações ministeriais no contex-to esportivo. Arena: igrejas – essa é uma estratégia de consultoria em que o promotor da Iniciativa vai atuar junto à liderança da igreja. Escalação: dependendo da estrutura da igreja o líder de es-portes ou os assessores de esporte nos departamentos (ex. adolescentes, jovens, homens, terceira idade) serão os envol-vidos nessa estratégia. Treinamento: o time envolvido participara de algumas reuni-ões de avaliação e de planejamento com o objetivo de levar o ministério através do esporte a níveis mais altos. Tempo de jogo: o tempo de atingimento das metas definidas nas reuniões com a consultoria deve variar conforme a realida-de de cada igreja. Equipamento: o grupo de trabalho da igreja utilizara principal-mente uma ferramenta de planejamento para estabelecer suas metas e ações. Público: o desenvolvimento do ministério no contexto esportivo afetará positivamente o trabalho e o resultado dos crentes com vocação para esse tipo de ministério. Atuação: o time de trabalho vai atuar principalmente implan-tando ideias e desenvolvendo estruturas que levarão o ministé-rio a novos patamares e melhores resultados. Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org

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Meio de campo/ meia direita

Camisa 4 – Clínica Esportiva Solicite essa estratégia se você quer desenvolver um programa que associa fundamentos espirituais a fundamentos do espor-te, gerando interesse, envolvimento e interação. Arena: quadras, campos e outros espaços comunitários onde crianças e adolescentes possam praticar esportes. Escalação: adolescentes, jovens e adultos com um chamado para a evangelização de crianças e adolescentes, com conhe-cimento esportivo. Treinamento: os interessados nessa estratégia serão treina-dos para transmitir um programa desenvolvido para a realidade brasileira que consiste na associação de fundamentos espiritu-ais a exercícios de fundamentos do esporte. Tempo de jogo: a clínica terá um formato possível de ser re-produzido em cerca de três horas, e poderá ser repetida com regularidade e crescentes benefícios. Equipamento: os participantes envolvidos terão acesso ao manual do treinador e deverão providenciar um equipamento mínimo para o desenvolvimento das clínicas. Público: essa estratégia deve alcançar meninos e meninas de 6 a 12 anos. Esse grupo representou, nas últimas décadas cer-ca de um quarto de todas as conversões evangélicas. Atuação: as pessoas treinadas nessa estratégia organizarão clínicas esportivas onde houver mais crianças e adolescentes recentes e transmitirão fundamentos espirituais através do exercício de fundamentos do esporte. Inicialmente estará dis-ponível a estratégia de Clínica de Futebol e depois também pa-ra outros esportes. Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org

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Meio de campo/ centro médio

Camisa 5 – Reuniões temáticas (banco) Chame os reservas do nosso ‘banco’ de recursos se você quer programas completos ou itens como dramas, quebra-gelos, es-boços de sermões para reforçar suas reuniões especiais. Arena: eventos dentro e fora da igreja, inclusive em residên-cias, hospitais, escolas, comércios e praças etc. Escalação: adolescentes, jovens e adultos interessados na or-ganização de programações evangelísticas criativas e interes-santes, hábeis em comunicação e expressão. Pastores e líde-res em busca de ideias para mensagens e estudos. Treinamento: um promotor da Iniciativa 2-3-5 ouvirá a neces-sidade e ajudará sua igreja a encontrar os recursos de que precisa em nosso banco de recursos. Tempo de jogo: os recursos disponíveis permitirão o desen-volvimento das mais variadas reuniões temáticas, adequadas para cada situação que a igreja contemplar. Equipamento: cada programa ou recurso é apresentado em uma receita simples e objetiva. Os diversos recursos exigirão diferentes materiais e equipamentos. Público: as reuniões temáticas podem ser desenvolvidos para qualquer grupo de idade, em qualquer condição: reuniões fami-liares com os vizinhos, apresentações em hospitais infantis, eventos para adolescentes etc. Atuação: o promotor da Iniciativa 2-3-5 ajudará a igreja a fazer um planejamento para seu encontro e a escolher os recursos ideais no ‘banco’ de recursos. O time da igreja vai atuar na di-vulgação das reuniões, no ensaio e apresentações de dramas, mensagens etc. Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org

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Meio de Campo/ meia esquerda

Camisa 6 – Jogos Reais (EBI) Utilize essa estratégia se você quer alcançar as crianças da re-gião com um programa de EBI – Escola Bíblica Infantil relevan-te e interessante. Arena: na igreja, em escolas ou espaços comunitários. Escalação: líderes e professores do ministério infantil, profes-sores do ensino fundamental I, mães com boas noções de evangelização de crianças. Treinamento: A EBI é apresentada em um documento com instruções passo a passo e recursos gráficos necessários. Um promotor da Iniciativa 2-3-5 ajudará a igreja a obter o documen-to e facilitará o desenvolvimento do programa. Tempo de jogo: a Iniciativa publicará uma EBI por ano até os Jogos Olímpicos. Cada EBI terá um currículo para 20 horas (cinco encontros de 4 horas), podendo ser adaptado para situ-ações especiais. Equipamento: Cada EBI exige uma série de materiais e recur-sos. As EBIs preparadas pela Iniciativa sugerem materiais de baixo custo. Público: crianças de 4 a 11 anos de idade. Atuação: o time envolvido nessa estratégia vai ministrar um currículo composto de atividades planejadas para quatro faixas etárias (4-5, 6-7, 8-9, 10-11), focalizando temas bíblicos relaci-onados a atividades esportivas. Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org

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Ataque/ ponta direita

Camisa 7 – Mídias de massa A função dessa estratégia é facilitar o ataque com ações rápi-das e extensivas que preparam o público para contatos mais pessoais. Arena: distribuição de folhetos, veiculação de áudio e vídeo, afixação de cartazes e outros recursos que facilitem a comuni-cação abrangente da mensagem do movimento Joga Limpo. Escalação: pastores, líderes e membros interessados em co-municar a mensagem do Evangelho de modo abrangente como suporte para outras ações mais personalizadas. Treinamento: um promotor da Iniciativa 2-3-5 identificará o tipo de campanha que a igreja precisa realizar, selecionará os con-teúdos para as mídias, ajudará a igreja a fazer seu planejamen-to e acompanhará a execução; Tempo de jogo: cada campanha será desenvolvida conforme as possibilidades da igreja e as necessidades da região, con-tando, portanto com diferentes durações. Equipamento: a Iniciativa 2-3-5 oferecerá uma gama de folhe-tos, cartazes e outros recursos para serem customizados pela igreja. Em alguns casos haverá materiais pré-produzidos. Público: campanhas de comunicação em massa atingem um público variado. Mesmo assim, o planejamento pode dar direci-onamento a aspectos peculiares do público regional. Atuação: o promotor da Iniciativa 2-3-5 vai ajudar a igreja a desenvolver o planejamento, identificará e localizará os recur-sos necessários e as ações. O time da igreja vai atuar na pro-dução dos materiais, contatos com mídias e distribuição de ma-teriais conforme o planejamento. Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org

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Ataque/ segundo atacante

Camisa 8 – Capelania (aeroportos) Considere essa estratégia se a sua igreja quer enviar membros que falem outro idioma para expressar nossa hospitalidade a turistas estrangeiros e brasileiros.

Arena: aeroportos internacionais das 12 cidades sede, além dos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ). Escalação: jovens e adultos que falam fluentemente outro idi-oma, com habilidades de comunicação e solução de proble-mas, e que demonstrem características de um bom anfitrião. Treinamento: depois de inscrito, o voluntário interessado será encaminhado pela coordenação da estratégia para participar do encontro para avaliação da fluência e receberá orientações para as ações nos aeroportos. Tempo de jogo: teremos duplas servindo em período de 3 ho-ras, entre 6:00h e 24:00h nos períodos de maior trânsito de tu-ristas vindos para os eventos esportivos. Equipamento: a coordenação da estratégia cederá coletes identificadores e telefone celulares e outros materiais para de-senvolvimento desta ação. Público: turistas brasileiros e estrangeiros que chegam ao país ou transitam em um dos 14 aeroportos acima. Atuação: os participantes desta estratégia poderão usar suas habilidades de bom anfitrião e, servindo, identificar oportunida-des para transmitir a mensagem do Evangelho e impactar a vi-da de turistas brasileiros e estrangeiros. Contratação: para participar dessa estratégia solicite o apoio de um promotor da iniciativa em www.iniciativa235.org ou ins-creva-se pelo site www.voluntariosemcampo.org.br

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Ataque/ centro avante

Camisa 9 – Evangelização pessoal Esse conjunto estratégico é o nosso centroavante. É com a evangelização pessoal que planejamos fazer mais gols. Esco-lha essa estratégia para capacitar a igreja toda. Arena: informalmente, nos relacionamentos do dia a dia e for-malmente em ações de abordagem pessoal e como ação para-lela em outras estratégias. Escalação: todos os crentes tem capacidade para conversar com outra pessoa, diferindo apenas na habilidade para a abor-dagem em diferentes situações. Treinamento: inicialmente todo o time deve estar seguro do texto fundamental (2Tm 2:5) e dos textos auxiliares da estraté-gia. Depois serão treinados em diferentes abordagens, inclusi-ve utilizando recursos alternativos para facilitar a abordagem e a memorização da mensagem. Tempo de jogo: as abordagens pessoais estão planejadas pa-ra cinco minutos em média, seguindo-se, conforme possível, encontros mais longos para aprofundar a mensagem e consoli-dar o resultado. Equipamento: nesse programa trabalharemos com uma men-sagem fundamental que poderá ser apresentada de diferentes maneiras, algumas utilizando recursos materiais como cartões, folhetos e objetos. Público: a evangelização pessoal é a suprema manifestação do amor ao próximo, porque o socorre não de dores passagei-ras, mas da morte eterna. O próximo, então, é quem estiver próximo: toda criatura, onde você estiver. Atuação: os crentes treinados farão a abordagem de pessoas de quem se aproximarem, anunciando a mensagem do Evan-gelho conforme sua vocação, dons e oportunidades. Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org

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Ataque/ segundo atacante

Camisa 10 – Estádios e Fan´s Zones Se a sua igreja deseja enviar membros ou equipes para atuar na frente, junto aos estádios ou nas áreas de torcedores nas cidades sede, essa é a estratégia.

Arena: proximidades dos 12 estádios onde acontecerão os jo-gos da Copa do Mundo, e nas áreas de torcedores onde há li-vre acesso para voluntários. Escalação: adolescentes, jovens e adultos com paixão pela evangelização, com habilidades em artes, recreação, artes cir-censes, evangelização pessoal e ou intercessão. Treinamento: depois de inscrito, o voluntário interessado será encaminhado pela coordenação da estratégia para participar do encontro nas igrejas-concentração, nos dias de jogos, onde receberá as orientações antes de sair a campo. Tempo de jogo: a ação nos estádios, assim como nas áreas de torcedores, terá um duração total de 6 horas diárias durante o período dos jogos. Equipamento: todos os materiais para desenvolvimento de sua ferramenta como balões para escultura, tinta e pincéis, ma-terial esportivo, pulseiras, literatura e DVDs, além de copos ou garrafas de água. Público: essa estratégia deverá alcançar milhares de crianças, jovens e adultos em ambos os cenários. Baseados em experi-ências anteriores, estimamos 10 mil pessoas em cada cenário. Atuação: todos os cadastrados nesta estratégia usarão suas habilidades artísticas, evangelísticas, recreativas e de interces-são para impactar a vida de milhares de brasileiros e turistas estrangeiros com a mensagem do Evangelho. Contratação: para participar dessa estratégia solicite o apoio de um promotor da iniciativa em www.iniciativa235.org ou ins-creva-se pelo site www.voluntariosemcampo.org.br

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Ataque/ ponta esquerda

Camisa 11 – Espaço virtual Inclua as estratégias desse conjunto se você quer levar sua igreja a atuar pela internet e se você tem adolescentes, jovens e adultos hábeis no uso dos recursos virtuais. Arena: Internet, inclusive e-mail, chat, redes sociais, micro-blogs, blogs, flogs, vlogs, anúncios digitais etc. Escalação: crentes com boa experiência de navegação e acesso facilitado à internet que tenham ou desejem ter um mi-nistério no espaço virtual. Treinamento: O promotor da Iniciativa 2-3-5 vai conectar os interessados aos grupos de criação e trabalho (força-tarefa) onde terão contato com os programas em andamento. Tempo de jogo: o tempo dedicado às ações evangelísticas dependerá dos compromissos assumidos pelos interessados. Equipamento: os participantes devem prover seu próprio acesso à internet. Terão a oportunidade de atuar na geração de conteúdo (texto, imagem, áudios, vídeos). Compartilharão de recursos em ações conjuntas. Público: a internet se democratiza, mas o público ainda é po-tencialmente mais jovem e adolescente, especialmente dentro do tema do esporte. Atuação: o time vai atuar conversando virtualmente, comparti-lhando conteúdo por diversos meios e, em ocasiões específi-cas, serão organizadas ações conjuntas (ex. e-mobs). Contratação: para implantar essa estratégia solicite a ajuda de um promotor da Iniciativa em www.iniciativa235.org ou acesse www.facebook.com/iniciativa235

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Súmula As estratégias da Iniciativa 2-3-5 foram planejadas dentro da visão de Evangelização Total (AMME): TODO crente, indo por TODO mundo, pregando TODO o Evangelho a TODA criatura. Escolha as estratégias que você vai implantar em sua igreja: 1. Promotores: você vai querer essa estratégia se tem um chamado para ajudar as igrejas evangélicas brasileiras a evan-gelizarem no contexto esportivo. 2. Oração e Intercessão: esse conjunto de estratégias é indis-pensável. A igreja não deve iniciar um programa de evangeli-zação sem estar envolvida em intenso esforço de oração. 3. V.O.A.R.: você vai querer essa estratégia se a sua igreja pretende aperfeiçoar, organizar e intensificar as ações ministe-riais no contexto esportivo. 4. Clínica de futebol: solicite essa estratégia se você quer de-senvolver associar fundamentos espirituais a fundamentos do esporte, gerando interesse, envolvimento e interação. 5. Reuniões temáticas: chame os reservas do ‘banco’ se você quer programas completos ou itens como dramas, quebra-gelos, esboços de sermões para suas reuniões especiais. 6. Jogos Reais (EBI): utilize essa estratégia se você quer al-cançar as crianças da região com um programa de EBI – Esco-la Bíblica Infantil. 7. Mídias de massa: a função dessa estratégia é facilitar o ataque com ações rápidas e extensivas que preparam o públi-co para contatos mais pessoais. 8. Capelania em Aeroportos: considere essa estratégia se a sua igreja quer enviar membros para expressar nossa hospita-lidade a turistas estrangeiros e brasileiros. 9, Evangelização pessoal: esse conjunto estratégico é o nos-so centroavante. É com a evangelização pessoal que planeja-mos fazer mais gols. Uma estratégia para a igreja toda. 10. Estádios e Fan´s Zones: se a sua igreja deseja enviar membros ou equipes para atuar junto aos estádios ou nas áreas de torcedores nas cidades sede, essa é a estratégia. 11. Espaço virtual: Inclua as estratégias desse conjunto se você tem adolescentes, jovens e adultos hábeis no uso da In-ternet e desejosos de usar isso como ministério.

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Tive a alegria de conhecer Vonette Bright na cidade do Cabo em 2010. Jantamos juntos e conversamos sobre sucessos e desafios da obra de Deus no Brasil. Isso lembrou minha ado-lescência e o impacto que o testemunho de seu esposo, o Dr. Bill Bright, teve sobre minha vida, particularmente sobre minha visão da importância do esporte na evangelização com o traba-lho de Atletas em Ação, ministério da Cruzada. A evangelização no contexto esportivo ainda, no entanto, não alcançou as igrejas brasileiras. O esporte parecia sempre muito mundano e os pastores temiam perder os jovens. Os esforços se concentravam, afora algumas exceções, em ministérios pa-ra-eclesiásticos que foram formados para isso. Tem sido assim até agora e muitos desses ministérios alcançaram grande ex-pressão e muitos bons resultados. Há cerca de 20 anos um grupo estava formando um ministério evangelístico na Primeira Igreja Batista e me pediu para ajudar na comunicação. Criei para eles o nome Verdade em Jogo (VEJO) e desenvolvi o conceito ‘Todos devem conhecer’. Quando assumi o pastorado de uma igreja há dezoito anos, encontrei ali um time de futebol que jogava com times de igre-jas e se envolvia em algumas confusões. Criei para eles o slo-gan ‘Pratique a Bíblia’ e os orientei para se tornarem um minis-tério evangelístico. Funcionou, e muitas vidas foram ganhas através dessa estratégia.

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Os tempos são outros! O esporte continua a apresentar cam-pos prontos para a colheita. As igrejas percebem melhor a ne-cessidade de sair de entre as paredes para alcançar o mundo. O risco de crentes fracos e mal ensinados se contaminarem com o mundo ainda existe, mas os pastores entendem melhor que é o preparo e não a reclusão que garantirá que fiquem fir-mes na fé. Essa é a hora em que a Igreja deve levantar os olhos para os campos dos samaritanos e se dispor a colher uma multidão para encontrar-se com o Salvador. De fato, muitos estão abrindo os olhos para isso e vários des-ses ministérios paralelos estão ampliando seu discurso para in-cluir as igrejas. Recentemente uma organização internacional refez sua declaração de valores para dizer que um deles é ‘Servir a igreja local’. Ainda vai demorar algum tempo para que esses ministérios que cresceram independentes das igrejas possam trabalhar para que elas assumam a colheita nesse campo. Mas sei que já é tempo de isso acontecer. Pessoalmente compartilho a posição missionária de muitos anos do pastor Edison Queiroz de que as organizações parale-las à igreja local só tem razão de existir quando a igreja ainda não está pronta para atuar naquela determinada função. Por isso, quando fundei a AMME Evangelizar, estabeleci como propósito a ajuda às igrejas. Nunca quis fazer o trabalho que a igreja deve realizar, mas me dispus a ajuda-la. Agora, que as igrejas estão prontas para assumir sua posição no cenário esportivo, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos, Paraolímpicos e outros grandes eventos esportivos nestes anos são a oportunidade para que isso aconteça. Diante dessa possibilidade, a Iniciativa 2-3-5 surgiu para ajudar as igrejas a assumirem sua posição e reali-zarem seu trabalho. A Iniciativa 2-3-5 existe para ajudar as igrejas a evangelizarem no contexto esportivo. Embora o apóstolo Paulo tenha mostrado preferência por com-parar a vida e o ministério cristão com corridas, lutas e exercí-cos, não são as muitas passagens em que ele faz referência ao

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esporte que fundamentam biblicamente o posicionamento de nossas igrejas nesse contexto. Deixe-me mostrar-lhe um texto que me parece mais apropria-do: “E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca de-baixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropria-do, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas bo-as obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mt 5:15,16. Jesus está falando do comportamento dos cidadãos do Reino e destaca estes princípios fundamentais:

Não se esconder – essa não é uma solução para nos-sa santificação e não nos leva a cumprir nosso propósi-to e vocação. Não recebemos o espírito de timidez! Posicionar-se – a igreja deve estar no lugar apropriado e esse lugar é onde as pessoas possam vê-la. A Igreja deve estar onde as pessoas estejam. Iluminar – a igreja deve iluminar as pessoas com o que Jesus chamou de ‘boas obras’ e que logo identificou, não com obras sociais, mas com ensinar a Palavra: “... todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus.” Mt 5:19. Produzir resultados – Esse trabalho da igreja deve le-var as pessoas a glorificarem ao Pai que está nos céus: homens comuns tornados adoradores pela iluminação do ensino da Palavra.

Súmula: Considerando as multidões no contexto esportivo, a nossa igreja não deve se esconder, mas posicionar-se onde possa ser vista por todos e iluminar-lhes com o ensino da Pala-vra até que glorifiquem ao nosso Pai! Façamos isso. O pastor José Bernardo é o fundador da AMME Evangelizar, desenhou o movimento Joga Limpo Brasil, desenvolveu e co-ordena a Iniciativa 2-3-5

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O movimento Joga Limpo Brasil nasceu como uma equipe de futebol formada por craques brasileiros, jogadores e ex-jogadores profissionais de futebol, alguns deles com passagem pela Seleção Brasileira em campeonatos e torneios internacio-nais, bem como em Copas do Mundo FIFA. Sob a liderança do pastor Marcos Grava e do Ministério Atletas de Cristo, o objeti-vo do time Joga Limpo é a ação social evangelizadora, dando aos grandes astros do passado recente no futebol brasileiro a oportunidade de utilizarem seus talentos e experiência profissi-onal para a salvação de vidas. Jogando Limpo A primeira excursão internacional do Joga Limpo aconteceu por quatro países da Ásia em outubro e novembro de 2008. O Tour of Hope Ásia 2008 foi uma resposta ao grito de socorro do po-vo de Myanmar após a passagem do terrível Ciclone Nargys em maio daquele ano. A presença de uma seleção de craques do futebol brasileiro despertou interesse e levou multidões aos estádios em quatro países da região – Tailândia, Myanmar, Vi-etnã e Malásia, o que permitiu arrecadar recursos que foram destinados à reconstrução de casas e escolas, e renovar a es-perança de um povo oprimido e carente. O resultado desta ex-cursão foram incríveis cinco vitórias, algumas delas contra se-leções nacionais, e apenas um empate. Em julho de 2009 o time Joga Limpo volta a campo visitando mais cinco países, desta vez no continente africano. O Tour of

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Hope África 2009 iniciou-se com uma bela vitória sobre a Sele-ção de Burundi, pequeno país no leste da África e encerrou-se com uma goleada no primeiro jogo internacional disputado no recém-inaugurado estádio Nelson Mandela Bay, construído pa-ra sediar os jogos da Copa do Mundo de 2010. A equipe Joga Limpo enfrentou a chamada “Seleção de Ouro” da África do Sul, campeã africana em 1996 e venceu por 7 x 2, o que ficará registrado nos anais daquele lindo estádio. Em 24 dias de via-gem pela África o time realizou um total de 18 clínicas de fute-bol com mais de 2.400 participantes entre crianças e jovens, utilizando nelas os princípios do material de evangelização através do futebol Coaching for Life. Foram seis jogos amisto-sos com um público aproximado de 60.000 pessoas nos está-dios. Os jogos foram televisionados para mais de 48 países do continente. O time foi recebido por Presidentes, Ministros de Estado, Embaixadores, Presidentes de Comitês Olímpicos, jo-gadores e técnicos de seleções nacionais. Em 2011 os jogos contra grandes seleções deram lugar ao tra-balho humanitário, e a equipe Joga Limpo, depois de uma bre-ve passagem pela Malásia, enviou alguns de seus jogadores para a região de Fukushima no Japão, apenas nove meses de-pois de ter sido arrasada pelo maior terremoto da história da-quele país, seguido de um tsunami. Lá cinco jogadores mais o pastor Marcos Grava, realizaram atividades esportivas e hu-manitárias para centenas de estudantes e famílias japonesas afetados pela tragédia. Mais recentemente a equipe Joga Lim-po, com novos craques da seleção brasileira, voltou a campo, desta vez na distante Oceania e no sudeste da Ásia. Foram apenas três jogos, mas com um profundo impacto nas igrejas e comunidades locais, visto terem enfrentado as seleções de Ilhas Fiji e Indonésia, um marco na história desta equipe. O movimento Joga Limpo A experiência bem sucedida da equipe Joga Limpo, somada aos bons resultados obtidos em expedições evangelísticas com mais de 500 voluntários nos grandes eventos esportivos mun-diais, como os Jogos Pan-americanos no Rio (2007) e em Guadalajara (2011), as Olimpíadas na China (2008) e em Lon-

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dres (2012), e as Copas do Mundo na Alemanha (2006) e na África do Sul (2010), inspiraram o pastor Marcos Grava a fazer do Joga Limpo, além de um time de futebol, também um movi-mento que envolvesse a Igreja Brasileira na evangelização du-rante os grandes eventos esportivos que se avizinhavam: a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014, e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio em 2016. Com essa intenção, começou a buscar parcerias. Em 2011 a AMME Evangelizar alcançou a marca de 100 mi-lhões de pessoas evangelizadas por cerca de 50 mil igrejas que ajudou com programas de motivação, treinamento, materi-ais e apoio estratégico. A capacidade de articulação interde-nominacional e de desenvolvimento de programas evangelísti-cos altamente eficazes, fez com que a AMME fosse convidada a desenhar o movimento Joga Limpo Brasil. Em meados da-quele ano foram envolvidas algumas organizações que podiam contribuir para o movimento: a Rede Evangélica Nacional de Ação Social – RENAS, a Sociedade Bíblica do Brasil – SBB, a Coalizão Brasileira de Esportes – CBE e Atletas de Cristo. Em 17 de setembro de 2011, por ocasião da marca de 1.000 dias restantes para a Copa 2014, fez-se o pré-lançamento do movimento Joga Limpo Brasil na Universidade Mackenzie e lançou-se o gráfico desenhado pelo departamento de marke-ting da Sociedade Bíblica para a marca Joga Limpo. Após esse evento, os parceiros envolvidos concordaram que a Sociedade Bíblica do Brasil seria a melhor opção para coordenar o movi-mento de modo a torná-lo o mais inclusivo possível. Para fazer isso possível, o pastor Marcos Grava e a AMME Evangelizar passaram a fazer parte do comitê gestor, com as outras quatro organizações convidadas e em 24 de abril de 2012, já sob a coordenação da SBB, no Centro Cultural Presbiteriano em Pi-nheiros, foi lançado oficialmente o movimento. A Iniciativa 2-3-5 O movimento Joga Limpo reúne atletas, igrejas, denominações e organizações cristãs para atuarem livremente, de acordo com seus projetos e objetivos definidos. Não é objetivo do movimen-

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to realizar o trabalho que cabe às organizações que aderem. Portanto, para fazer sua parte no esforço pela evangelização no contexto esportivo, o pastor Marcos Grava e a AMME Evan-gelizar firmaram parceria para apoiarem mutuamente as estra-tégias que desenvolveram. Outras organizações integraram essa parceria como a ATG, JMM, Atletas de Cristo e Conexão Voluntários em Campo entre outras. Assim surgiu a Iniciativa 2-3-5, para servir às igrejas no nível operacional, com programas evangelísticos desenvolvidos para alcançar excelência na evangelização dentro do contexto esportivo. Estamos iniciando um novo momento na história da evangeli-zação e você faz parte disso!

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Discurso do pastor Marcos Grava, idealizador do movimento Joga Limpo Brasil, no lançamento aos mil dias da Copa 2014, na Universidade Mackenzie em São Paulo – SP. Nesse dia foi lançada também a marca do movimento criada pelo departa-mento de marketing da Sociedade Bíblica do Brasil. Senhoras e senhores, neste dia 17 de setembro de 2011 escolhemos a maior cidade do país para o pré-lançamento do Movimento Joga Limpo. A capital paulista será também a sede do jogo de abertura da próxima Copa do Mundo, daqui exatos 1.000 dias. Sim, num prazo de 1.000 dias os olhos do mundo inteiro esta-rão voltados para um dos mais belos países do planeta, um lu-gar realmente abençoado por Deus e rico por natureza. Daqui a 1.000 dias, eu, você, eu e mais 200 milhões de brasileiros te-remos nossas agendas alteradas pela maior competição do fu-tebol mundial. Entretanto, mesmo com a chegada da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Brasil, nada parece indicar que o cenário de graves problemas sociais mudará em nosso país. A corrup-ção que contamina tanto a estrutura governamental como as instituições privadas, a injustiça social que tortura grande parte da população, o crime organizado e a violência, a desagrega-

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ção familiar e a ausência parental, a pobreza do ensino público e falta de saúde básica, todos esses males nos afetam há mui-to tempo e há pouca esperança de mudança nessa realidade. Apesar de o Brasil ocupar a privilegiada posição de 7ª econo-mia mundial, estamos apenas em 72° lugar, numa lista de 193 países, no ranking de investimento público em saúde. Segundo a OMS, os líderes Noruega e Mônaco gastam 20 vezes mais que o Brasil. Somos o 88º colocado (entre 127 países) no índi-ce que mede a qualidade da educação, segundo dados da UNESCO. O Brasil ocupa a 69ª posição no ranking de percep-ção da corrupção mundial – de acordo com a ONG Transpa-rência Internacional. Há mais de 20 anos experimentamos o retorno à Democracia, mas isso nada mudou. A distribuição de renda no Brasil é con-siderada a mais perversa do mundo – os 10% mais ricos ga-nham 28 vezes a renda dos 40% mais pobres segundo indica-dores do Banco Mundial, do IBGE e da ONU. Os 10% mais ri-cos se apropriam de cerca de 50% da renda total e os 50% mais pobres detêm apenas 10% da renda do país. Esta situa-ção não sofre mudanças há exatamente 25 anos. De acordo com uma organização chamada Equality Now “O Brasil está tomando o lugar da Tailândia como o principal des-tino de turistas atrás de aventuras sexuais”, sendo Salvador a cidade que registra o maior número de denúncias de explora-ção sexual de jovens e adolescentes. Meus amados irmãos, a 1.000 dias da realização de uma Copa do Mundo no Brasil pela segunda vez, é preciso lembrar que foi exatamente através do futebol, que nos anos 70 uma cultura satanizada ganhou voz em nosso país. “O desejo de levar van-tagem em tudo” parece ser uma marca genuinamente brasilei-ra, que atinge desde o mais alto governante, até o mais humil-de trabalhador em nossas cidades. É hora da Igreja reverter este placar. Se foi exatamente através do futebol que a falta de ética e moral, e a indiferença para com

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o próximo se pronunciaram em nosso meio, será pela Palavra de Deus que nossa sociedade será agora liberta. Por isso, Jo-ga limpo não é apenas uma expressão de respeito e camara-dagem típicos do esporte moderno, mas uma ampla convoca-ção de cristãos para agirmos na transformação do ser humano à luz da Palavra de Deus. Este movimento é um grito de basta à todas as mazelas sociais que enfrentamos, um basta também à falta de honestidade e de transparência. Chega de colocar o nome em trabalho escolar feito por tercei-ros; de saquear cargas de veículos acidentados; de subornar a autoridade quando uma infração é cometida; de trocar o voto por privilégios materiais; de furar as filas utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas; de pegar atestado médico sem estar doente. Chega de fazer "gato” de luz, de água e de TV a cabo; de comprar recibos para deduzir o valor na declaração de ren-da; de estacionar em vagas exclusivas para idosos ou deficien-tes; de comprar produtos piratas com a plena consciência do que são; de falsificar tudo, tudo mesmo; de destruir a natureza acreditando que ela sempre irá se recuperar sozinha; de ver crianças, adolescentes e minorias sendo exploradas, e se calar para não ter que se comprometer.

BASTA Brasil! Um movimento para enfrentar os problemas sociais brasileiros deve ser primariamente um movimento para mudar a vida de cada pessoa. Essa mudança deve ser na dependência e sub-missão a Deus, para uma transformação interior que se transfi-ra através dos relacionamentos. Somos e queremos o bem, e não o mal. Não meus amigos, o Movimento Joga Limpo não é um ato de rebelião da Igreja contra o sistema, nem mesmo um protesto de um grupo social ou religioso. Joga Limpo é a celebração do Corpo de Cristo. É uma convocação do povo de Deus para jun-tos mostrarmos que a unidade da Igreja não é um sonho dis-tante, mas uma realidade presente.

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Se é verdade que o que nos preocupa não é o grito dos maus, mas os silêncio dos bons, conforme disse Martin Luther King, este movimento então é um grito dos honestos por um basta às mazelas que assolam o nosso país. O Movimento Joga Limpo existe para que a Igreja Evangélica Brasileira sirva na trans-formação de pessoas e, como consequência benvinda, na su-peração de problemas sociais. Este movimento tem como ideal a unidade, devendo os cris-tãos envolvidos nesse movimento, serem os primeiros a mos-trar o amor honesto e sincero entre eles, amor que os caracte-rize como verdadeiros discípulos de Cristo. Esse é um movimento de serviço que exigirá de todos nós a postura de servo que caracteriza um verdadeiro cristão. Servi-remos a Cristo servindo àqueles que dele necessitam. Como o Senhor Jesus que não veio para ser servido, mas para servir, e serviu os famintos, os enfermos, os excluídos, pequenos e grandes, fracos e poderosos, e também os corruptos sem dis-criminar e sem acepção. O Movimento Joga Limpo é uma oração na forma do cântico que diz: “Ouve ó Deus, nossa oração Altíssimo. Sara esta na-ção, é o clamor da Igreja, que te adora”. Queremos tão-somente ser a Igreja desenhada por Jesus em Mateus 16, saindo das quatro seguras e confortáveis paredes de nossos templos para sermos uma Ekklesia de fato. O legado que o Movimento Joga Limpo pretende deixar não é um novo viaduto, mas uma ponte estabelecida entre cada igre-ja e a comunidade onde ela está inserida. Nosso legado não será um estádio novinho em folha, mas milhares de vidas reno-vadas pelo poder transformador de Deus; não é pessoas circu-lando em transportes mais modernos, mas um povo que des-cubra a importância de andarmos de joelhos. Joga Limpo é um movimento da Igreja, ouçam todos, da Igreja. Não pertence à organização X, Y ou Z, nem ao pastor Fulano

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ou ao missionário ciclano, é feito de pessoas que servem à Igreja. Sem ela perdermos nossa identidade. Este é um movimento daqueles que adotaram a Bíblia como sua única regra de fé e prática, e possuem a certeza de que no ensino do evangelho reside o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nEle crer. Meus amados irmãos e irmãs: Sejam todos bem-vindos ao Mo-vimento Joga Limpo Brasil. Juntos faremos mais. Então, vamos virar esse jogo! Súmula O discurso do pastor Marcos Grava, idealizador do movimento Joga Limpo Brasil, definiu os princípios espirituais do movimen-to. Portanto é importante relembrar: 1. Joga Limpo é um movimento para mudar a vida de cada pessoa na dependência e submissão a Deus 2. Essa mudança deve ser uma transformação interior que se transfira através dos relacionamentos. 3. Serve para juntos mostrarmos que a unidade da Igreja não é um sonho distante, mas uma realidade presente 4. Deve levar a Igreja Evangélica Brasileira a servir na trans-formação de pessoas e, como consequência benvinda, na su-peração de problemas sociais. 5. Joga Limpo é um movimento de serviço que exige de todos nós a postura de servo que caracteriza um verdadeiro cristão. 6. Joga Limpo é um movimento da Igreja, ouçam todos, da Igreja. Não pertence à organização X, Y ou Z. 7. Este é um movimento daqueles que adotaram a Bíblia como sua única regra de fé e prática, e possuem a certeza de que no ensino do evangelho reside o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nEle crer.

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Enquanto o Brasil se prepara para a Copa 2014, o sentimento de todos é de que vençamos o torneio e a copa fique aqui. Es-se desejo de vencer e ser premiado me lembra de uma situa-ção bíblica em que dois discípulos de Jesus disseram que que-riam a ‘copa’ de Jesus para subirem ao pódio celestial, o lugar mais privilegiado possível. Naquele texto (Mt 20:20-24) a copa, taça ou cálice do Antigo Testamento, cheio da ira de Deus contra o pecado, representa o sofrimento pelo qual Jesus haveria de passar para a nossa salvação. Jesus aproveitou aquela situação para ensinar que, de fato, como discípulos dele, aqueles dois, como nós, deve-mos receber essa copa em nosso ministério. Isso não tem a ver com privilégios, mas com serviço ao próximo. Uma taça como prêmio nos esportes pode ser um costume ori-ginado no brinde aos vencedores e na festa que se seguia a uma vitória. Nossa taça, porém é o cálice de sangue que nos deu a vitória sobre o pecado, cálice que devemos beber em nosso próprio sofrimento na luta contra a carne e na caminha-da por uma porta estreita e um caminho difícil. Mas a vitória que celebramos com esse cálice é insuperável e é eterna. Levantar a nossa taça exigirá de nós o esforço da humildade, do perdão e da comunhão, do sacrifício de nosso tempo, de muitas horas dedicadas ao próximo, no ensino, na pregação, no testemunho e na representação do Evangelho. Paulo insis-

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tia que Timóteo levantasse essa copa de que ele próprio parti-cipava: “sofre comigo...”. Celebrar a nossa vitória em Cristo exige que, depois dele, continuemos a mesma obra, com o mesmo empenho e com os mesmos frutos. “Jesus lhes disse: Certamente vocês beberão do meu cálice” Mt 20:23. Nossa oração é que você tenha a coragem e a per-severança que são necessárias para continuar a obra que Je-sus iniciou, para ser um enviado, como ele também o foi. Então correremos juntos essa corrida que nos está proposta. Como participar Trabalhando: para desenvolver as dez estratégias da Iniciativa 2-3-5 solicite um promotor que acompanhará sua igreja, minis-trando todos os recursos disponibilizados. Ofertando; como é bíblico, a Iniciativa 2-3-5 deve ser mantida por aquelas pessoas e igrejas que se beneficiam do bem espiri-tual que ela produz. As ofertas destinadas à Iniciativa 2-3-5 po-dem ser depositadas para AMME Evangelizar no Banco do Brasil, ag. 3279-4 c/c 20279-7. Para transferências eletrônicas será necessário informar o CNPJ 04.035.720/0001-43. Para fa-zer depósitos identificados utilize seu CPF como código. Conectando-se: os próximos anos serão de intensa movimen-tação no cenário esportivo e, portanto, na evangelização nesse contexto. Manter-se em contato é muito importante. Veja a se-guir alguns endereços que você deve precisar.

site administrativo: www.iniciativa235.org site evangelístico: www.jogolimpo.org e-mail do atendimento: [email protected] twitter: @iniciativa235 hashtag oficial: #ini235 facebook: www.facebook.com/iniciativa235

Para sugerir alterações e complemento a esse manual de lide-rança, envie e-mail para [email protected]

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