© Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O...

84
© Rubén Pérez Bescós

Transcript of © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O...

Page 1: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

© R

ubén

Pér

ez B

escó

s

Page 2: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Os novos craquesda Weber vão

alinhar na sua equipa

Conheça a seleção de colagem da WeberA Weber reforça a sua gama de colagem com novas soluções ajustadas e adaptadas às novas exigências do mercado. Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as

novos craques a alinhar na sua equipa, vamos vencer no campeonato da colagem de cerâmica! Os melhores em cada posição para conquistar obras novas e de renovação. Seja qual for

os jogadores sempre prontos a entrar em campo.

* im

port

amo-

nos

www.youtube.com/SGWeberPortugal

Page 3: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Contactos

Exponor · Auditório A3 · Concreta 09 · 23 Outubro

Pr. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º, 4200-313 PORTOTel.: 225 074 210 · Fax: 225 074 218/9E-mail: [email protected]; Site: www.apcmc.pt

Programa

“Edifícios de Balanço Energético Quase Zero - Estamos preparados?”

Seminário Tektónica I 05 de Maio I Auditório 1, Pavilhão 1

Programa

2016

Media Partner

materiais e equipamentos de construção

Organização

09h30 - Receção de participantes

10h00 - Abertura Eng. Afonso Caldeira, Presidente da Direção da APCMC

10h15 - Contributos no Cluster Habitat para o Edifício de Balanço Quase Zero Prof. Victor Ferreira, Cluster Habitat Sustentável

10h35 - O Contributo de Produtos e Equipamentos Certificados para uma Construção Eficiente Eng. Marta Silva, CERTIF

11h00 - Coffee Break

11h15 - NZEB* - A Contribuição dos Produtos de Elevado Desempenho Energético Eng. Manuel Casquiço, ADENE

11h35 - Implicações Práticas dos NZEBs*: Desafios, Oportunidades, Obstáculos Dra. Laura Aelenei, LNEG

11h55 - O Edifício do Futuro: Zero-energy, Zero-water, Zero-nutrients Prof. Armando Silva Afonso, ANQIP

12h15 - Roca - Soluções Sustentáveis Eng. Valter Fernandes, Roca

12h35 - Debate

12h45 - Encerramento

*Nearly Zero Energy Buildings

Em parceria com

Patrocínio

Page 4: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

2 /

Sumário

PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERALAPCMCAssociação Portuguesa dos Comerciantes deMateriais de ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9E-mail: [email protected]: www.apcmc.ptNIPC: 500 969 221

Diretor: Afonso Manuel Coutinho CaldeiraDiretor Adjunto: José de MatosColaboração: Vieira de AbreuImagem: Bruno Costa Composição e Grafismo: Bruno Costa Comunicação, Marketing e Publicidade: Elsa Camelo; Alzira CorreiaAssinaturas: Susana Mendes Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected]

PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃOAPCAssociação do Comércio de Produtos eEquipamentos para a ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218

EXECUÇÃO GRÁFICAMULTITEMARua do Cerco do Porto, 365/3674300-119 PortoTel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698Site: www.multitema.pt

Registo no I.C.S. nº 111972Depósito Legal nº 84434/94Publicação TrimestralTiragem: 5.000 ExemplaresPreço: 3,75 Euros

A Direção da Revista é responsável apenaspelos artigos publicados sem assinatura e tam-bém pela sua seleção.

Os artigos assinados são da exclusiva respon-sabilidade dos seus autores.

FICHA TÉCNICA

Technal

02 Editorial DIVULGAÇÃO04 Barbot05 Barros & Moreira06 Cobert Telhas08 Cosentino09 Gyptec10 Larus12 Ovarmat14 Roca16 Technal17 Saint-Gobain Weber

ENTREVISTAS18 Coelho da Silva & Castelo20 Inovaconcept22 Roca

DOSSIER ECONÓMICO24 Inquérito de Conjuntura APCMC - 4º Trimestre de 201528 Análise de Conjuntura APCMC - 4º Trimestre de 201534 Estatísticas - Confidencial Imobiliário

DOSSIER ECOEFICIÊNCIA37 Artigo, Entrevistas

PRODUTOS56 Ariston58 Junkers58 OLI60 Miele61 Sanindusa62 Vulcano

ARQUITETURA64 Casa da Boavista66 Casa Sambade 70 Moradia em Moçambique72 Refúgio na Montaria

DECORAÇÃO74 Remodelação de Apartamento

FEIRA76 Expocomfort - Milão

PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEISNA APP MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Page 5: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Estivemos, aliás, durante muito tempo sozinhos nesta “luta”,enquanto muitos outros desdenhavam da importância da reabilita-ção e insistiam no crédito á habitação ou nos grandes projetos deobras públicas.

Hoje, verdade seja dita, já não haverá quem pense de outra manei-ra e até já veem na reabilitação o grande projeto de futuro para odesenvolvimento do País. Às vezes não é fácil ter razão antes dotempo�

Concretamente e sobre as medidas que foram faladas ou anuncia-das sentimos ser nossa obrigação e nosso interesse, não obstantenos congratularmos com o espírito que presidiu à sua apresenta-ção, deixar alguns comentários.

Antes de mais, estamos a falar de que medidas?

São quatro: o anúncio de publicação do Aviso de Concurso paraGestão do Instrumento Financeiro para a Reabilitação eRevitalização Urbanas (IFRU); a divulgação do Programa“Reabilitar para Arrendar”; a intenção de usar 1.400 milhões deeuros do Fundo de Estabilidade Financeira da Segurança Socialpara investimentos em reabilitação; o Programa Casa Eficiente,que será uma candidatura ao Plano Juncker.

O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhõesde euros, para participar em fundos que, esses sim deverão opera-cionalizar o financiamento dos projetos de reabilitação. Já estavaprevisto no âmbito do POSEUR. Está atrasado e só deverá estaroperacional lá para o fim do ano.

O segundo, “Reabilitar para Arrendar”, foi criado no final do primeirosemestre do ano passado e tivemos a honra de que fosse apresen-tado, em primeira mão, pelo Presidente do IHRU, Arq. Victor Reis,no nosso Congresso Nacional de 2015, realizado em Viana doCastelo.

A terceira medida é, de facto, completamente nova. Mas usardinheiro da Segurança Social para investimentos imobiliários emreabilitação destinada a arrendamento a preços acessíveis é umaideia que não se sabe ainda como vai funcionar ou se poderámesmo vir a ser implementada, uma vez que há restrições legais àsua utilização.

A última, a candidatura ao Plano Juncker para obter financiamentobonificado para a melhoria energética dos imóveis de privados,poderá ser um instrumento de grande importância, uma vez que, aocontrário dos fundos públicos, não é especialmente dirigido à áreasocial. Mas ainda só está em fase muito embrionária de prepara-ção, terá que contar com a participação de privados e que se sub-meter a um processo exigente e demorado de aprovação.

Em resumo, para já e tirando o Programa “Reabilitar paraArrendar”, o resto só poderá começar a concretizar-se bem dentrode 2017, na melhor das hipóteses.

É verdade que tudo ajuda num país em que os recursos financeirossão tão limitados, mas, mantenhamos a esperança, já que não serácertamente só por causa destas medidas que o setor vai seguir emfrente! Primeiro porque o mercado imobiliário está dinâmico e a fun-cionar mesmo sem elas. Depois, porque os valores dos apoios queestão em causa, atento o período a que se referem, e não sendonunca para deitar fora, não chegam, efetivamente, já com a com-ponente dos privados, a representar sequer 3% do que se investeanualmente em construção.

Importante, isso sim, é que não se ande sempre a mudar de estra-tégia e que se prossiga no caminho traçado, que é consensual,sem cometer desvios que, embora justificados por algumas neces-sidades mais imediatas de compor as contas, podem minar a con-fiança e deitar tudo a perder.

/ 3

AFONSO CALDEIRA(PRESIDENTE DA APCMC)

Apesar do OE para 2016 ser o mais restritivo de sempre em termosde investimento público e não prever quaisquer benefícios fiscaisna área da construção, foram recentemente apresentadas, durantea Semana da Reabilitação Urbana, realizada em Lisboa, uma mãocheia de medidas para incentivar a reabilitação, o mercado doarrendamento e a eficiência energética.

Logo à partida são boas notícias para nós. Temo-nos batido, comoninguém, por estes temas desde há muito, defendendo a necessi-dade de uma enquadramento legal e fiscal adequado, assim comomedidas específicas de apoio para aquelas situações onde o mer-cado não apresenta soluções viáveis.

Recordamos o nosso 2º Congresso Nacional, em 1999, no Vidago,sob o tema “Renovação e Reabilitação Urbana - NovasOportunidades, Novos Desafios”, onde previmos a inevitabilidadeda mudança de paradigma e a passagem dum mercado de cons-trução nova, para a prevalência de um mercado da reabilitação,onde a decisão sobre os materiais passaria a ser da “D.ª Maria”.Lembramos, também, mais recentemente, em 2007, o nossoCongresso em Aveiro, que, especificamente foi dedicado a“Preparar um Novo Ciclo de Crescimento”, assente no mercado dareabilitação e na dinamização do arrendamento urbano, usandocomo mote os projetos das SRU do Porto, de Lisboa e de Coimbra,que na altura davam os seus primeiros passos.

Editorial

NÃO HÁ FOME QUE NÃODÊ EM FARTURA�

Page 6: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

4 /

Divulgação

COM UM INVESTIMENTO CADA VEZ MAIOR NAS IMPOR-TANTES ÁREAS DA REABILITAÇÃO E DA REQUALIFICA-ÇÃO, A BARBOT LANÇOU O BARBOLUX ACQUA, DESTI-NADO A ACABAMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVILSOBRE MADEIRA E METAL, QUER EM EXTERIORES, QUEREM INTERIORES.

A Barbot está a apostar em soluções para reabilitação urbana,que materializam não só a importância dada à proteção do patri-mónio, como também a procura de fórmulas inovadoras e resis-tentes num setor cada vez mais exigente.

FONTE: YOUNGNETWORK PORTO

Barbolux Acqua: a chave para acabamentos perfeitos e duradouros

Com o objetivo de substituir os esmaltes alquidicos convencio-nais, o novo produto acrílico aquoso promete ser a resposta paramelhores acabamentos, com elevada capacidade de resistênciaà passagem do tempo e aos fenómenos naturais, como a luz.

Para além disso, o Barbolux Acqua não amarelece, proporciona-do assim efeitos duradouros visíveis tal como a boa retenção dobrilho e da cor. A todas estas qualidades, o novo esmalte daBarbot junta a facilidade de aplicação, secagem rápida e boa laca-gem.

O produto está disponível em latas de 0,375 ml, 0,75 ml e 4 l, eem diversas cores, nomeadamente nos tons tendência para esteano, tais como marfim, amarelo, cinza, vermelho, verde-garrafa eazul, sem esquecer a possibilidade de um acabamento brilhanteou mate.

Page 7: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

A B&M ASSOCIOU-SE À ORDEM DOS ARQUITECTOS PARALANÇAR O PRÉMIO TORNEIRAS CTESI PRÉMIO 2016, QUETEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO A CRIAÇÃO DE NOVASSÉRIES DE TORNEIRAS MISTURADORAS PARA A MARCASEDIADA EM ÓBIDOS.

Os participantes deverão apresentar uma proposta parauma série (conjunto completo de torneiras misturadoras,de banho, lavatório, bidé, banheira e duche), que possasurpreender pela inovação do design, não descurada aexequibilidade e economia de fabrico e produção.

O Júri do Torneiras CTESI Prémio 2016 será constituídopor dois arquitetos (Manuel Graça Dias e Nuno Mateus)e por um representante da B&M. O Júri apreciará asvárias propostas tendo, por critérios principais, a inova-ção, em termos de design, e a exequibilidade da produ-ção.

Mais do que um projeto de série fechado, procurará pre-miar, sobretudo, uma autoria à qual reconheça potencia-lidades de poder vir a trabalhar com os seus serviços deconcepção e desenvolvimento industrial, no sentido daeventual necessidade de aperfeiçoamento e adaptaçãoda proposta às realidades de fabrico.

O Júri atribuirá o Torneiras CTESI Prémio 2016 à sérieque entender melhor atingir os critérios definidos, reser-vando-se o direito de não escolher nenhuma das propos-tas, caso venha a considerar que os mesmos critériosnão tenham chegado a ser cumpridos.

O Júri poderá, ainda, indicar outras propostas que consi-dere merecedoras de Menção Honrosa, até um total detrês.

Para as propostas merecedoras da Menção HonrosaTorneiras CTESI Prémio 2016, não está previsto nenhumPrémio pecuniário; em todo o caso, se a B&M vier a enten-der que, uma ou mais das eventuais Menções apontadaspelo Júri, possui potencialidades de vir a ser produzida ecomercializada será, posteriormente, negociada com osrespetivos Autores a aquisição desse direito.

B&M associa-se à Ordem dos Arquitectos e Lança Prémio de Torneiras CTESI 2016

Com a promoção desta iniciativa, o Grupo B&M pretende promovera criação de novas séries de torneiras misturadoras, de design con-temporâneo e original para acrescentar ao seu já considerável port-folio de produção nacional muito vocacionado para competir nosmercados internacionais.

Page 8: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

6 /

Divulgação

A COBERT PORTUGAL FOI ANFITRIÃ DE UM EVENTO QUEREUNIU DEZENAS DE PROFISSIONAIS DO SECTOR DA CONS-TRUÇÃO, ENTRE 1 E 4 DE MARÇO, NA FÁBRICA DO OUTEIRODA CABEÇA, PARA DAR A CONHECER OS PROCESSOS PRO-DUTIVOS DA EMPRESA. OS CONVIDADOS TIVERAM A OPOR-TUNIDADE DE VER EM FUNCIONAMENTO A MAIS ALTA TECNO-LOGIA DA LINHA DE PRODUÇÃO DE TELHAS, ASSIM COMOASSISTIREM À MONTAGEM DE COMPONENTES DA MARCA.

Cobert recebe Convidados Internacionais

“Foram dias muito intensos mas o resultado foi, sem dúvida, posi-tivo porque permitiu que todos ficassem a conhecer melhor os nos-sos produtos e a perceber o processo rigoroso e de alta qualidadeatravés do qual são feitos", destaca Julio Galan, diretor deExportação da Cobert Ibérica e responsável pelo evento. “Ficoutambém muito claro o potencial do nosso portfólio de produtos queinclui uma oferta muito completa para todo o tipo de mercados eprojetos, pela sua versatilidade, modernidade e resistência”.

Os profissionais convidados pela Cobert participaram em sessõestécnicas de montagem de telhados num workshop no Centro deFormação da Cobert. O centro abriu portas o ano passado e ofe-rece formação gratuita a profissionais da área. Na fábrica, os con-vidados ficaram ainda familiarizados com as várias fases da linhaprodutiva da gama “Lógica”. Houve ainda tempo para um passeiopela zona de Lisboa, num programa que permitiu algumas ativida-des de convívio.

FONTE: VF COMUNICAÇÃO

Page 9: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 10: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

8 /

Divulgação Grupo Cosentino reúne clientes e amigos Workshop de Cozinha com o Chef Chakall

O GRUPO COSENTINO, COMPANHIA GLOBAL LÍDER NAPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE SUPERFÍCIES INOVADORASPARA O MUNDO DA ARQUITETURA E DO DESIGN, REUNIUDIVERSAS LOJAS DE COZINHA EM PORTUGAL PARA UMWORKSHOP DE COZINHA COM O MAIS PORTUGUÊS DOSCHEFS ARGENTINOS, CHAKALL.

O Workshop teve lugar no restaurante El Bulo Social Club, proprie-dade do chef Chakall, inaugurado recentemente em pleno coraçãoda cidade lisboeta. Situado em Marvila, o restaurante pretende sersimultaneamente um social club e um espaço de lazer e diverti-mento, que marca o regresso a uma cozinha simples, genuína,baseada em bons produtos, numa zona da cidade interessante erenascida.

De turbante na cabeça, e cheios de boa disposição, os convidadostiveram a oportunidade de cozinhar alguns dos pratos mais emble-máticos deste restaurante, disfrutando de todas as potencialidadesdas bancadas das diferentes marcas do Grupo Cosentino.

O El Bulo Social Club é aliás o exemplo perfeito das múltiplas apli-cações dos diferentes materiais do Grupo Cosentino. O balcão dobar, situado à entrada do restaurante, é todo ele composto porDekton Doomos, cuja tonalidade sombria e elegante contrastacom o tom colorido e festivo da fachada envolvente. Dekton® foitambém o material escolhido para a cozinha do restaurante, destavez na cor Makai.

Para as bancadas de ambas as casas de banho do restaurante foiescolhido o Silestone®, nas cores Zirconio (Homens) e Love (Mu -lheres).

FONTE: ULLED

Page 11: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 9

Gyptec presente em Obra da Amorim Revestimentos Centro de Inovação Colaborativa e Investigação Aplicada

A AMORIM REVESTIMENTOS INAUGUROU RECENTEMENTE UMNOVO CENTRO DE INOVAÇÃO COLABORATIVA E INVESTIGAÇÃOAPLICADA, CONCEBIDO PELO GABINETE DE ARQUITETURABARBOSA & GUIMARÃES A PARTIR DE UM EDIFÍCIO INDUSTRIALPREVIAMENTE EXISTENTE NAS INSTALAÇÕES DA EMPRESA.

Com uma área coberta de 1000 m² e uma área total de 1200 m², o pro-jeto consistiu na adaptação do edifício existente em espaço de eventoscorporativos, showroom, auditório e academia de formação da AmorimRevestimentos.

As paredes interiores e tetos foram construídos com os sistemas de pla-cas de gesso Gyptec, incorporando os isolamentos térmicos e acústicosnecessários.

Outra solução Gyptec aplicada no revestimento das pare-des foi a placa Gypcork. Esta placa de alto desempenhotérmico e acústico alia as vantagens das placas de gessoGyptec com as propriedades do aglomerado de cortiçaexpandida da Amorim Isolamentos num só produto pronto aaplicar.

Este centro funcionará como um espaço de acolhimento destakeholders e potenciará uma interação direta com os pro-dutos da Amorim Revestimentos.

Será ainda um importante veículo de comunicação da tec-nologia Corktech, um elemento distintivo que demarca ospavimentos da Amorim Revestimentos de todas as outrassoluções existentes no mercado, uma diferenciação queresulta da incorporação de cortiça.

Page 12: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

A LARUS, EMPRESA DE MOBILIÁRIO URBANO VENCEDORA DEIMPORTANTES PRÉMIOS INTERNACIONAIS DE DESIGN, APRE-SENTA O NOVO QUIOSQUE URB, CONCEBIDO PELO DESIG-NER, JORGE TRINDADE.

Larus Lança Quiosque URB

“O equipamento destaca-se pela elegância e sobriedade e tevecomo principal preocupação a sua fácil inserção estética no espa-ço público, seja ele contemporâneo ou histórico”, explica o autor.

O quiosque apresenta linhas direitas, com volume vertical propor-cionado em relação à base, é estruturado em perfil de ferro e palade sombreamento em fibra de vidro.

10 /

Divulgação

O corpo pode ser revestido em réguas de madeira salientes (FSC)ou em pedra natural laminada e colada em fenólico, para locaisque pretendam valorizar a identidade cultural. Está equipado comestores de segurança e disponível nas medidas standard 2x2 m e3x3 m, podendo, no entanto, ser adaptado a outras medidas.

O URB integra o novo portfólio de 75 novas soluções de mobiliáriourbano que a Larus irá lançar ao longo de 2016. Sublinhe-se queeste catálogo é um investimento que pretende reforçar a competi-tividade da empresa portuguesa à escala global, reafirmando asua missão de humanizar o território, através da valorização daidentidade e da cultura de cada país.

FONTE: ADCOMMUNICATION

Page 13: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 14: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

12 /

Divulgação Ovarmat Há 40 anos no mercado

Na sua área é hoje uma das empresas mais completas emPortugal, com mais de 60.000 referências, e atualmenteexpõe e comercializa os seus produtos numa área com cercade 10.000 m².

COM SEDE EM VÁLEGA E 2 FILIAIS EM OVAR E LUANDA(ANGOLA), A OVARMAT DEDICA-SE AO COMÉRCIO DEMATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.

Dispõe de técnicos e mão-de-obra especializados que vão deencontro às exigências e desafios dos clientes. Desde 2002,além do aconselhamento técnico, a empresa dispõe da experiên-cia de aplicação dos produtos em obra através da Tecniface,empresa do grupo.

A principal preocupação do grupo é a total satisfação do cliente.Para isso, possuem um atendimento personalizado desde o clien-te final até à grande obra, oferecendo sempre uma solução inteli-gente e económica para quem precisa de renovar e construir.

Page 15: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 16: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

14 /

Divulgação

Jorge Vieira, Diretor Geral da Roca em Portugal, realçou os traçosmais inovadores desta coleção: “Inspira reúne o que de melhor se fazno mundo. As múltiplas combinações possíveis garantem aos utiliza-dores a máxima versatilidade estética e funcional, conjugadas com amais avançada tecnologia em material cerâmico, o Fineceramic®,obtendo desta coleção um resultado sempre harmonioso”.

A coleção é composta por três lavatórios com superfícies suaves eparedes muito finas, para colocação sobre o móvel ou bancada, ou naopção Unik (lavatório integrado no móvel).

Os sanitários, suspensos ou ao chão nas versões Square ou Round(e na versão Round, também no modelo compacto) incorporam amais avançada inovação, graças ao empenho da Roca em manter-sena vanguarda da tecnologia, com inovação também presente nostampos e assentos de sanita e bidé, graças ao material exclusivo comque são fabricados.

Os lavatórios e móveis Inspira foram criados em conjunto para garan-tir uma perfeita sintonia e proporcionar múltiplas combinações possí-veis.

Os modelos de móveis, disponíveis em três dimensões - 60 cm, 80cm e 1 m - e os três tipos de acabamento - Branco Brilho, CarvalhoEscuro Citadino e Carvalho Escuro Citadino com Vidro Escurecido -podem ser complementados com módulos de coluna, que ampliam aarrumação e oferecem outras funcionalidades adicionais (iluminaçãointerior, prateleiras de vidro ajustáveis e espelho de corpo inteiro),combináveis na perfeição. Graças ao sifão incorporado e às gavetasque se extraem na sua totalidade, facilitando o acesso, os móveis dacoleção Inspira apresentam uma grande capacidade de arrumação.As gavetas dispõem de caixas organizadoras e compartimentos paramelhor organização. Para maior conforto, o mobiliário incorpora umsistema de guias que permite um fecho suave e silencioso, assegu-rando uma maior resistência à utilização (vinte mil ciclos de fecho eabertura garantidos).

Inspira, a Nova Coleção da Roca

A Roca apresentou recentemente no Roca Lisboa Gallery acoleção Inspira, a nova e versátil coleção de louça sanitária emobiliário para espaços de banho que permitem ao utilizadorcriar o seu espaço independentemente do seu estilo pessoal.Através de um conceito baseado em três linhas de design -Round, Soft (com ângulos suaves) e Square -, perfeitamentecompatíveis entre si, é sempre possível encontrar na coleçãoInspira a combinação que permitirá ao utilizador criar o seuespaço de banho ideal.

Page 17: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Sónia Felgueiras, responsável de Marketing da Roca emPortugal, enalteceu o que de mais importante esta nova cole-ção traz ao mercado: “Inspira rompe com os estereótipos con-vencionais do espaço de banho atual e garante a adaptabili-dade a qualquer ambiente, estilo e design. As peças InspiraSquare e Round oferecem uma grande variedade de opçõespara que cada utilizador possa desfrutar de um espaço debanho personalizado e adaptado ao seu carácter”.

FINECERAMIC®

A Roca criou esta coleção com os materiais mais inovadores. Os lava-tórios são fabricados em Fineceramic®, um novo material cerâmico deelevada qualidade, altamente resistente e exclusivo que, além de ser40% mais leve e 30% mais resistente do que os produtos convencio-nais, permite ter contornos muito finos e paredes bem definidas.

SUPRALIT®

Os assentos e tampos das sanitas e dos bidés da coleção Inspira tam-bém fornecem um toque extra de inovação. São fabricados comSupralit®, uma nova e exclusiva resina registada pela Roca, o que ostorna mais duráveis (mais resistentes aos agentes químicos e ao ama-relecimento), mais higiénicos (devido ao material quatro vezes menosporoso do que o convencional) e mais fáceis de limpar (superfície comângulos suaves e arredondados). Os tampos também apresentam umsistema de queda amortecida, que garante um fecho suave e silencio-so, e são removíveis na totalidade para facilitar a limpeza.

RIMLESSA versão suspensa das sanitas apresenta um design interior semrebordo que resulta numa parede uniforme, sem ângulos ou recantosonde a sujidade se acumule, tornando a limpeza mais fácil e melho-rando o nível de higiene, ao mesmo tempo que garante uma distribui-ção uniforme da água em todo o interior da sanita. Esteticamente, as

Page 18: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

16 /

Divulgação Technal amplia gama Soleal Janela de Batente Soleal 75

A LINHA SOLEAL DA TECHNAL INCORPORA ATUALMEN-TE UMA VERSÃO COM UMA ESTRUTURA DE 75 MM DEPROFUNDIDADE. UTILIZA DUAS SOLUÇÕES DE FOLHACOM AS QUAIS É POSSÍVEL OBTER TRÊS ASPETOS EXTE-RIORES DIFERENTES: VERSÃO VISTA, VERSÃO MÍNIMA EVERSÃO OCULTA.

Outras características

CAPACIDADE MÁXIMA DE VIDRO

• Capacidade adicional de enchimento com possibilidade de aplicarvidro triplo em todas as versões.

VERSÃO VISTA

• O enchimento do aro e da folha são idênticos.• Princípio de bites clipáveis de alumínio sobre alumínio.• Enchimento: espessura de vidro de 21 a 62 mm.

VERSÕES MÍNIMA E OCULTA• Duas opções de folha com ângulo reto para vidros de 28 a 52mm.

PRESTAÇÕES TÉRMICAS• Eficiência térmica obtida através de apenas uma solução técnicaUf = 1.65 W/m2.K.

A folha vista possui perfis tubulares multicâmara de 85 mm comruptura térmica. A ruptura térmica central é obtida através da inclu-são de duas barretes de 40 mm em poliamida 6,6 e com uma cargade 25% de fibra de vidro.

A folha Mínima e Oculta, por outro lado, possui perfis tubularesmulticâmara de 83,5 mm com ruptura térmica. A ruptura térmicacentral é obtida através de uma barrete que é utilizada igualmentepara clipar o bite exterior. A versão Oculta dispõe de um perfil debite exterior termo plástico isolante visível na sua parte exterior, emforma biselada. Por seu turno, a versão Mínima incorpora um perfilde remate de alumínio em forma de U que resulta numa visualiza-ção mínima da folha do lado exterior.

Page 19: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 17

A SAINT-GOBAIN WEBER PORTUGAL, LÍDER NA ATIVIDA-DE DE COLAGEM DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS,PEDRAS NATURAIS E MOSAICOS HIDRÁULICOS, ACOMPA-NHA DE PERTO AS MUDANÇAS QUE OCORREM NO MERCA-DO E POR ISSO REFORÇA AGORA A SUA GAMA DE COLA-GEM COM NOVAS SOLUÇÕES AJUSTADAS E ADAPTADAS ÀSNOVAS EXIGÊNCIAS.

Desta avaliação resultou um conjunto de novas soluçõesdas quais a Saint-Gobain Weber destaca uma gama essen-cial, composta para 5 colas capazes de fazer face à maiorparte das situações mais frequentes de colagem. São elas:weber.col renovation, especial para renovação, adaptadapara vários suportes e que pela sua leveza garante umacolagem com menor fadiga para o utilizador.

O weber.col flex M, um cimento cola para exteriores com afórmula melhorada. weber.col ferma para colagem sobrerebocos e betonilhas e o weber.col ferma multi, cimento colamulti suporte e multi utilização. Por último, um produto pron-to a usar que é líder no mercado neste segmento, oweber.fix premium.

Destaca-se ainda, nesta nova gama, o weber.col azulejo.Uma nova argamassa de recolocação de azulejos antigos eassentamento de azulejos tradicionais pelo método antigoque vem de encontro ao ressurgimento e reabilitação dosrevestimentos tradicionais Portugueses.

Saint-Gobain Weber Portugal Renova a sua Gama de Colas

Em concreto, nesta atividade, as alterações estão relacionadas como incremento do segmento de renovação, trazendo novos suportesno sector da construção. Também os revestimentos evoluem, tantopara acompanhar as necessidades técnicas requeridas em obra,como para acompanhar as preferências estéticas do cliente final.

Neste sentido, e aproveitando o facto de estar sediado em Portugalo centro de competências de desenvolvimento de produtos de cola-gem da Weber, foram desenvolvidos nos últimos dois anos mais de300 novas fórmulas de produto testadas tecnicamente em laborató-rio e avaliadas nas suas características de uso e aplicação por umconjunto de 54 ladrilhadores de norte a sul de Portugal.

Page 20: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

18 /

Entrevista Roberto Di VincenzoAdministrador, Coelho da Silva & Castelo

A alternativa e o caminho por que optámos visam a necessidadeconstante de ampliar a nossa gama de produtos de modo a satis-fazer os nossos clientes.

Este objetivo de ampliar a nossa gama de oferta levou-nos a umaparceria com a empresa Picoven de São João da Madeira, com osmesmos objetivos e exigências. Foi assim possível que cada umadas empresas visse ampliada com sucesso a sua gama de ofertae, por conseguinte, obtivesse um melhor aproveitamento das opor-tunidades que vão surgindo.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA COELHO DA SILVA &CASTELO?

As áreas de negócio da empresa neste momento são materiais deconstrução e de decoração, indústria, auto e bricolage.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAIS SÃO ASSOLUÇÕES MAIS PROCURADAS PELOS VOSSOS CLIENTES ATUALMEN-TE?

PRESENTE NO MERCADO HÁ MUITOS ANOS, COMO TEM SIDO A EVOLUÇÃO DACOELHO DA SILVA & CASTELO E COMO SE TEM PROCURADO DIFERENCIARNUM MERCADO CADA VEZ MAIS EXÍGUO E DIFÍCIL?

A empresa CSCastelo encontra-se no mercado dos materiais deconstrução há precisamente 40 anos. Ao longo destes anos de exis-tência, a empresa tem pautado o seu desenvolvimento sustentadona contínua procura dos melhores produtos e fornecedores, deforma a proporcionar aos seus clientes o que de melhor o mercadooferece.

Tem sido sempre preocupação permanente da empresa ao longodestes anos privilegiar o atendimento e satisfação dos seus clientes.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTIMOSANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A nossa empresa tem tentado ser competitiva e eficiente num mer-cado que é altamente exigente. O mercado tradicional tem sidocada vez mais exíguo.

“Castelo não é só uma pessoa, é uma equipa que fala a uma só voz.”

Page 21: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 19

A gama de produtos comercializados pela CSCastelo triplicou noúltimo ano face à união com a empresa Picoven, que proporcionoua disponibilidade de novas gamas de produtos, salientando-se asferramentas profissionais, alargamento do sector de pintura epichelaria, tanto habitacional como industrial, área de bricolage esector de material grosso para construção. Este alargamento dagama, aliado à já forte presença no sector de pavimentos, revesti-mentos e decoração, coloca a empresa CSCastelo como umareferência na zona do Porto.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

O fator diferenciador da empresa tem sido ao longo dos anos aconstante preocupação no atendimento personalizado dos clien-tes.

Com o alargamento da gama de produtos, a empresa está hojemais do que nunca preparada para oferecer aos nossos muitos ebons clientes um leque completo de soluções.

É CADA VEZ MAIS EVIDENTE A NECESSIDADE DAS EMPRESAS SE INTER-NACIONALIZAREM, PROCURANDO NOVOS MERCADOS E NOVOS PÚBLI-COS-ALVO. A COELHO DA SILVA & CASTELO JÁ INICIOU ESSE PROCES-SO? QUAIS OS MERCADOS ESTRATÉGICOS?

Naturalmente que a internacionalização da empresa tem sidouma preocupação e, neste momento, temos desenvolvido par-cerias em França e no Continente Africano, nomeadamente emMoçambique, Angola e Costa do Marfim.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O FUTURO DA EMPRESA?

Os desafios a curto prazo para a empresa são a solidificação edesenvolvimento das novas gamas de produto, assim como aexecução de um novo showroom, já em desenvolvimento, quepretende ser um espaço distinto e único na área em que esta-mos inseridos. Acima de tudo pretendemos ser mais que umagrande loja, a escolha certa.

“Novas instalações com nova gama de produtos.”

Page 22: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

20 /

Entrevista Rui MinaAdministrador, Inovconcept

EM QUE CONSISTE A SUA GAMA DE PRODUTOS?

Os nossos produtos são revestimentos contínuos para pessoascom uma sensibilidade especial, que gostem de arquitetura,decoração e arquitetura de interiores, que procurem exclusivida-de, estética, características naturais e respeitadoras do meioambiente para os seus projetos. A nossa gama de produtos, pelasua composição nanotecnológica, têm uma resistência extraordi-nária, o que permite realizar grandes superfícies contínuas e semjuntas.

COMO PODEMOS AGRUPAR, EM TERMOS GENÉRICOS, A GAMA DE REVES-TIMENTOS COMERCIALIZADA? SERÁ QUE PODEMOS REFERIR QUE EXIS-TEM OS REVESTIMENTOS CONTÍNUOS DE BASE CIMENTÍCIA, OS REVESTI-MENTOS CONTÍNUOS DE BASE METÁLICA E OS REVESTIMENTOS CONTÍ-NUOS EM TÊXTIL, MADEIRA E PEDRA?

Sim, a nossa gama de produtos pode dividir-se em 6 coleções,diferenciando os vários materiais com que trabalhamos:Ecocement, Acrylic, Nature, Textil, Metallic e Glass. Dentro des-tas gamas existem, ainda, subdivisões estéticas e/ou funcionais.Dou-lhe um exemplo: a Coleção Ecocement apresenta quatrotexturas diferentes: Classic (granulometria muito fina, um dosmais procurados para habitação), Concret, Transit (granulometriamédia, muito procurado para espaços comerciais) e Rustic.

QUAIS AS PRINCIPAIS VANTAGENS/CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DOSPRODUTOS DA CEMENT DESIGN?

Os revestimentos Cement Design revolucionaram a forma comoconcebemos as superfícies, respondendo a todas as exigências

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTIMOSANOS?

A Inovconcept tem seis anos. Em 2010 iniciamos a nossa atividadeno mercado da reabilitação e recuperação, em 2012 abrimos a con-cept store Cement Design, marca internacional de revestimentoscontínuos decorativos, e em 2015 o showroom Boffi Studio Porto,representando a famosa marca italiana de cozinhas, banho e siste-mas de arrumação.

A empresa sempre se tem caracterizado pela procura da inovação,a excelência dos materiais representados e a qualidade no serviçoprestado, quer a clientes finais, quer a arquitetos e decoradores.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA INOVCONCEPT?

A Inovconcept tem, neste momento, como base duas grandesrepresentações - a Cement Design e a Boffi.

EM LINHAS GERAIS, QUAL É O CONCEITO DA CEMENT DESIGN?

A Cement Design é uma marca internacional, de origem espanholaque produz revestimentos contínuos decorativos.

Desenvolvem produtos com um amplo espetro de aplicação e querevestem de funcionalidade e estética qualquer tipo de espaço,sendo um material com capacidades técnicas extraordinárias.

A marca está presente em mais de 30 países, diferenciando-se pelainovação e originalidade. Somos, neste momento, uma “lovemark”no território da alta decoração, sinónimos de exclusividade.

Page 23: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 21

da arquitetura atual, quer pela sua versatilidade e originalidade, querpela facilidade na aplicação - por exemplo, numa remodelação, poderánão ser necessário retirar o suporte existente.

DE QUE FORMA A PREOCUPAÇÃO COM QUESTÕES AMBIENTAIS ESTÁ PRESENTENA FILOSOFIA DA CEMENT DESIGN?

A gama de produtos da CD carece de impacto ambiental graças ao seusistema de aplicação, especialmente no caso das remodelações, semnecessidade de retirar o existente, diminuindo assim os desperdícios ea produção de lixo. Ao serem produtos cuja aplicação é totalmentemanual, não sendo necessário o uso de máquinas, permitem menoresgastos de energia e transportes, reduzindo, assim, as emissões deCO2.

QUANTAS LOJAS CEMENT DESIGN EXISTEM EM PORTUGAL?

Como representantes e distribuidores da CD em Portugal, abrimos oshowroom Cement Design Porto e está para breve a abertura doShowroom em Lisboa. Para além disso, gostaríamos de ter distribuido-res de zona - ou seja, pontos de venda de materiais de construção e/oudecoração que, embora não tendo toda a gama, podem comercializaros nossos produtos.

QUANTAS TONALIDADES DA CEMENT DESIGN EXISTEM DISPONÍVEIS NO MERCA-DO?

Na coleção Ecocement existem 120 cores possíveis, no caso dosmetálicos as tonalidades são as do próprio material, uma vez que orevestimento é feito com as partículas de cobre, bronze, zinco, alumí-nio, latão e ferro envolvidas em resinas específicas para este tipo deprodutos.

PELO QUE ENTENDI, OS REVESTIMENTOS DA CEMENT DESIGN SÃO APLICÁVEISEM TODO O TIPO DE SUPERFÍCIES/MATERIAIS, EXCEPTO EM SOALHO. PODERÁENUMERAR ALGUNS EXEMPLOS DAS INFINITAS APLICAÇÕES DA CEMENTDESIGN?

Os revestimentos Cement Design podem ser aplicados tanto em pro-jetos de raíz como em obras de reabilitação ou remodelação - a suaespessura de 1 a 4 mm permite a aplicação sobre gesso cartonado,betonilhas, rebocos, mármore, granito, cerâmicos e até vidro! A únicaexceção são, de facto, os soalhos ou parquets.

O PROCESSO DA APLICAÇÃO É TODO FEITO MANUALMENTE, O QUE SIGNIFICAQUE UMA OBRA NUNCA SERÁ IGUAL A OUTRA. OS CLIENTES VALORIZAM ESTEASPETO?

Sem dúvida! Essa é a grande mais valia de quem procura este tipo derevestimento: algo que não é pré-fabricado. Podem existir obras comas mesmas cores ou texturas, mas nunca são iguais.

E O QUE PROCURAM SOBRETUDO QUANDO OPTAM PELA CEMENT DESIGN?

Procuram produtos versáteis e pensados para quem gosta de arquite-tura, design e decoração.

Procuram revestimentos contínuos que tem por base uma sensibilida-de especial, exclusividade e estética. A Cement Design pode desenvol-ver produtos exclusivos e únicos, e prestar um serviço de aplicaçãoquase artesanal, de grande rigor.

Estamos muito orgulhosos de projetos com que já colabora-mos, como o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, aCasa de Selho de Riba Prémio de Reabilitação Urbana 2014,ou o Hotel Six Senses Douro Valley.

NO ANO PASSADO ABRIRAM A BOFFI STUDIO. PODE-NOS FALAR UMPOUCO DESTA TÃO CONCEITUADA MARCA DE LUXO?

A Boffi é mundialmente reconhecida como sinónimo de van-guarda no design de cozinhas e banho, por isso é com muitoorgulho que abrimos a Boffi Studio Porto, único showroom damarca em Portugal.

Na Boffi Studio Porto, podem encontrar um espaço moderno eacolhedor que espelha o espirito inovador da marca.

Temos uma área dedicada ao banho, outra à cozinha e aindauma zona destinada ao desenvolvimento de projetos, atendi-mento personalizado dos clientes e parceiros.

Desenvolvemos uma atenciosa equipa de colaboradores queestão aptos a apresentar soluções, a dar apoio técnico e agarantir o acompanhamento de todas as fases do processo,desde a conceção à instalação.

Fundada em 1934 por Piero Boffi, a marca caracteriza-se porcombinar sofisticados métodos industriais de produção com atradição artesanal, onde tem as suas raízes, procurando a cola-boração regular com designers e arquitetos de renome interna-cional como Luigi Massoni, Norbert Wangen, Marcel Wanders,Piero Lissoni, Naoto Fukasawa e Patricia Urquiola. O resultadosão coleções que prestam homenagem à criatividade, ao de -sign, à funcionalidade e à excelência dos materiais.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O FUTURO DA EMPRESA?

Nós pretendemos continuar a desenvolver as representações,dando a conhecer a marca Boffi no nosso país e iniciando umaforte expansão da marca Cement Design.

O futuro da Inovconcept passará sempre pela constante procu-ra de produtos e soluções com mais-valia para os projetistasportugueses.

Page 24: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

22 /

Entrevista RocaJorge Vieira, Diretor Geral da Roca em Portugal

criado em 2000, e que hoje em dia nos permite alimentar os dife-rentes mercados de exportação, com mais rapidez, mais agilidadee sobretudo maior eficiência.

QUAL O PESO DA INTERNACIONALIZAÇÃO/EXPORTAÇÃO NO VOSSO NEGÓ-CIO?

A Roca é uma marca global, com uma rede comercial que seestende por mais de 135 países abastecidos pelas suas 77 fábri-cas em quatro continentes e mais de 20.000 colaboradores emtodo o mundo. Somos líderes mundiais no setor dos espaços debanho; na Europa, América Latina, Índia e Rússia a Roca é incon-testavelmente líder de mercado e possui uma forte presença naChina, Médio Oriente, Austrália e Ásia. Em Portugal somos maiori-tariamente exportadores para a União Europeia, mantendo umaatividade comercial relevante nos PALOP.

A ROCA É CONHECIDA PELA SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA DOS SEUSPRODUTOS. ESSA APOSTA É PARA CONTINUAR?

Claro, basta analisar aquele que tem sido o nosso percurso aolongo destes quase cem anos. A Roca está sempre a inovar nodesign e a apostar nas novas tecnologias para que os seus produ-tos continuem a ser uma referência mundial na experiência dobanho.

Foi isso que fizemos quando lançámos para o mercado um produ-to tão revolucionário como o W+W, um novo conceito que soma depoupança de água e otimização do espaço, equipado com um ino-vador sistema que filtra a água do lavatório para reutilizá-la na sani-ta, e é isso que temos vindo a fazer em todos as nossas soluções.

QUE BALANÇO FAZEM DA VOSSA ATIVIDADE RELATIVAMENTE A 2015?

O balanço é francamente positivo. Em 2014 o mercado começoufinalmente a deixar de encolher, e 2015 foi claramente um ano derecuperação a todos os níveis. Tivemos sinais de recuperação emtodos os indicadores, e isso refletiu-se não apenas no nossodesempenho, mas também no dos nossos clientes e distribuido-res, o que obviamente nos deixa bastante satisfeitos.

Esta recuperação resultou não apenas da melhoria da confiançapor parte dos consumidores (o que obviamente tem impacto diretonos resultados das empresas), mas também de um grande esforçopor parte do nosso departamento comercial, que consegue identi-ficar rapidamente as necessidades atuais do mercado, e providen-ciar uma resposta rápida e de qualidade.

A ROCA INICIOU O ANO COM A APRESENTAÇÃO DO NOVO CENTRO LOGÍSTI-CO EM LEIRIA. QUAIS AS PRINCIPAIS VALÊNCIAS DESTE INVESTIMENTO?

O novo centro de distribuição possui agora o dobro da área coberta(16.000 m2), duplicando as capacidades de receção e de expedi-ção diárias de produtos, o que vai beneficiar todos os nossos pro-cessos de distribuição. Este novo centro de distribuição permitirá amovimentação diária de mais de 40 camiões, um aumento signifi-cativo face ao passado e uma capacidade de armazenamento inte-rior de 17.000 paletes. Destacaria também os 18 mil metros linea-res de estante disponíveis atualmente, que duplicam a capacidadeexistente anteriormente.

Este forte investimento de mais de 2 milhões de euros permite-nosmelhorar significativamente a capacidade de um armazém que foi

Page 25: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 23

A Roca distingue-se através de benefícios claros dos seus pro-dutos para o cliente final. Um dos mais evidentes é a redução doconsumo de água, oferecendo uma poupança no consumo geraldo edifício e contribuindo para um ambiente mais eficiente e sus-tentável, podendo obter-se diminuições no consumo de águanas torneiras até 77%, mediante as opções de monocomando,controlo eletrónico e temporizadas, com limitadores de caudalincorporados e poupança de energia através de um limitador decaudal até 50% nas torneiras termostáticas.

VÃO LANÇAR NOVIDADES ESTES ANO?

Lançámos este ano no mercado diversas novidades Roca nosdiferentes segmentos. Destaque para a mais recente coleção delouça sanitária e mobiliário da Roca, a série Inspira, que defineum novo conceito de espaço de banho. Com base na simplicida-de e na versatilidade, graças às suas formas base Round (linhasredondas), Soft (de ângulos suaves) e Square (quadrada), acoleção Inspira oferece múltiplas combinações possíveis e porisso, a possibilidade de adaptação a qualquer espaço, qualquerque seja a decoração.

A coleção Inspira foi concebida com os materiais mais inovado-res. Os lavatórios foram fabricados em FINECERAMIC®, ummaterial cerâmico de elevada qualidade exclusivo Roca, 40%mais leve que os lavatórios convencionais e 30% mais resisten-tes que os lavatórios de grés. Os assentos e tampas Inspiraforam também alvo de destaque, por serem fabricados com umaresina exclusiva registada pela Roca, com a designaçãoSUPRALIT®, que aumenta consideravelmente a durabilidadedos produtos (12% mais resistente que a ureia), permite uma

maior higiene (quatro vezes menos poroso e, por isso, maisresistente aos fluidos e detergentes), e garante uma elevadaresistência aos raios UV (não amarelece com o passar dotempo).

A coleção é completada pela gama de móveis Inspira, disponívelem três tamanhos - 600, 800 e 1000 mm - e que apresenta trêsacabamentos inovadores e distintos - branco brilho, carvalhoescuro citadino e carvalho escuro citadino com vidro escurecido- e podem ser complementados com diferentes módulos auxilia-res de coluna que garantem um espaço de arrumação extra aoutilizador.

Lançámos também um conjunto de produtos inovadores, quereforçam consideravelmente a nossa gama de soluções paraespaços de banho, entre eles a nova série de torneiras Atlas, asséries de acessórios Ice e Rubik, a coluna de duche Deck-T, ochuveiro Raindream, a base de duche Helios e os lava-loiçasBerlin / Berlin Plus.

QUE ESTRATÉGIA E QUE PERSPETIVAS TÊM PARA 2016?

A nossa estratégia passa essencialmente por consolidar a nossaposição de fabricantes e de líder no mercado em Portugal.Dentro do grupo Roca, e enquanto fornecedor, estamos na linhada frente, sendo solicitados para os principais projetos produti-vos para os mercados mais relevantes.

Continuaremos a trabalhar na melhoria constante das nossassoluções, atentos às novas tendências, tendo como principalobjetivo a satisfação das necessidades dos nossos clientes.

Page 26: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

24 /

Inquérito de Conjuntura4º Trimestre de 2015

VENDAS E STOCKS - 4º TRIMESTRE 2015(SRE - saldo das respostas extremas)

APRECIAÇÃO GLOBAL

O acréscimo das respostas que registaram aumentos de ven-das no 4º trimestre do ano ficou um pouco acima das expetati-vas extraídas do estudo anterior, as quais apontavam para umaclara redução da intensidade do crescimento dos negócios,cujo processo de recuperação foi iniciado na segunda metadede 2014.

Na verdade, o saldo das respostas extremas (SRE) no indica-dor “vendas” cifrou-se em +10,8% (que compara com +5,3% notrimestre anterior), com a percentagem das empresas que afir-mou o respetivo aumento face ao período anterior a aumentarde 19,3% para 27,5%, embora a das que referiram a sua dimi-nuição também tenha subido de 14,0% para 16,7%.

A apreciação relativa ao “nível de atividade”, voltou a ressentir-se,apresentando um SRE nulo, contra +25%% no 3º trimestre de2015. A percentagem dos inquiridos que classificaram a ativi-dade como Boa diminuiu de 32,1% para 28%, enquanto a per-centagem que considerou a respetiva atividade com Deficientesubiu de 7,1% para 28%.

O subsector armazenista, que tinha vindo a apresentar o melhordesempenho ao longo dos períodos anteriores, terá sentido maisintensamente o abrandamento dos investimentos público e privadoque se fez sentir na parte final do ano.

O facto de ter havido mais empresas a registar aumentos das ven-das do que ambos os subsectores previam terá determinado umaredução mais alargado dos stocks. Constata-se, com satisfação,que o número de empresas que afirmaram o aumento das exis-tências (6,7%) foi inferior ao das que aumentaram as vendas(27,5%), pelo que, de uma forma geral, o nível de existências deve-rá ter sofrido um ajustamento favorável.

4º TRIMESTRE DE 2015

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Sector Armazenistas Retalhistas

Vendas + 10,8 - 4,5 + 19,8

Existências - 5,8 - 9,1 - 4,0

Preços - 5,0 - 13,6 0,0

Atividade 0,0 - 6,3 + 11,1

Vendas homólogas + 36,0 + 43,8 + 22,2

A evolução das vendas face ao período homólogo voltou, todavia,a mostrar-se muito favorável em ambos os subsectores, até por-que, recordamos, o 4º trimestre de 2014 não foi propriamentefamoso e, entretanto, o sector experimentou uma recuperaçãoclara ao longo de todo o ano de 2015.

- O número de empresas que aumentou as vendas manteve tendência positiva, mas à custa sector de retalho- Balanço do “nível de atividade” foi menos positivo que no trimestre anterior- As previsões para o 1º trimestre de 2016 continuam a apontar para ligeiro crescimento do número de empresas que espera o aumento das vendas

O melhor comportamento das vendas homólogas, um pouco sur-preendentemente, se atendermos à evolução trimestral sucessiva,registou-se no subsector armazenista. De facto, no subsectorarmazenista o SRE foi +43,8% (contra +36,9% no trimestre ante-rior), com outras tantas 43,8% das respostas a referirem o aumen-to, enquanto o subsector retalhista registou no indicador “vendashomólogas” um SRE de +22,2% (contra +33,3% no trimestre ante-rior) a que correspondeu uma percentagem de 33,3% de respos-tas que afirmaram o aumento das vendas face ao 4º trimestre de2014.

Relativamente aos preços de venda, a evolução dos dois subsec-tores foi muito diferente. Enquanto a tendência registada no sub-sector retalhista foi de estabilidade, no subsector armazenistaassistiu-se a uma maioria de empresas a afirmarem a redução depre ços, abrangendo seis grupos/famílias de produtos. Even -tualmente, a redução continuada das matérias-primas, em especialdo preço do petróleo, terá tido alguma influência nas fileiras ondeo consumo de energia tem maior peso.

Economia

VOLUME DE VENDAS COMPARADOCOM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

(SRE - saldo das respostas extremas)

Page 27: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 25

O dado mais significativo deste período foi na verdade, a con-firmação do processo de recuperação do sector, apesar de serevidente alguma deceção, medida pelo nível de atividade, coma evolução destes últimos meses, sobretudo ao nível do comér-cio grossista.

Eventualmente, a evolução negativa das exportações paraAngola poderá ter tido uma certa influência, não só porquerepresentam uma parcela importante dos negócios das empre-sas do sector, mas também porque é sabido que muitas destasoperações são feitas com agentes que têm a sua base em ter-ritório nacional.

As empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fato-res que consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, resu-miram-se à “falta de encomendas” e às “dificuldades de tesou-raria”, com 100% e 28,6% das respostas, respetivamente.

O recurso ao crédito bancário voltou a aumentar ligeiramente,(32%, contra 28,6% das respostas no trimestre anterior), verifi-cando-se, mais uma vez, a prevalência das empresas armaze-nistas (37,5% das respostas), enquanto no segmento retalhistaa utilização do crédito bancário foi referida por apenas 22,2%.O crédito foi utilizado, exclusivamente, para financiamento daatividade corrente.

As previsões para o 1º Trimestre de 2016 mostram a continua-ção de uma tendência positiva, embora de forma bastante maismitigada, o que não deixa de ser natural já que o primeiro tri-mestre do ano costuma ser o mais afetado pelos fatores nega-tivos de carater climatérico.

O segmento retalhista demora sempre algum tempo a refletir estasreduções de preços, além do que é natural que tenha aproveitadouma conjuntura que lhe foi mais favorável para melhorar as respe-tivas margens, que têm estado sujeitas a uma maior pressão con-correncial.

As respostas no sentido do aumento dos preços de venda cir-cunscreveram-se aos seguintes grupos de produtos: “perfis, caixi-lharias e acessórios” e “aquecimento e refrigeração de água ouambiente”.

As respostas no sentido de descida incidiram, sobretudo, nos“materiais básicos (cimento, cal, gesso, areia, pedra e brita)”, às“telhas, tijolos e outros produtos de barro vermelho e grés”, “azule-jos, ladrilhos e mosaicos”, “artefactos de cimento”, “louça sanitária,banheiras, torneiras e acessórios par casa de banho” e “isolamen-tos térmicos e acústicos”.

1º TRIMESTRE DE 2016 Perspetivas

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Sector Armazenistas Retalhistas

Cart. Encomendas + 10,8 + 14,3 + 9,2

Vendas + 5,8 + 15,9 0,0

Enc. Forneced. - 2,5 + 2,3 - 5,3

Existências + 0,9 - 4,6 + 4,0

4º TRIMESTRE DE 2015(variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas

- face ao trimestre anterior)

Variação do saldo das respostas Indicadores extremas em pontos percentuais

Sector Armazenistas Retalhistas

Vendas + 5,5 - 12,0 + 15,8

Existências - 7,6 - 14,1 - 4,0

Preços + 0,2 + 8,9 - 4,0

Atividade - 25,0 - 37,6 0,0

Vendas homólogas + 0,3 + 6,9 - 11,1

(sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento)

A evolução trimestral dos diversos indicadores do sector apresen-tou, genericamente, um comportamento favorável (com exceçãodos preços de venda e do nível de atividade), mas com menorintensidade que no período anterior. Recordamos todavia, que noque diz respeito às “existências” o sinal negativo significa uma dimi-nuição relativa do “investimento” em stocks que, ainda por cima, foiacompanhado por um aumento das vendas), o que pode ser con-siderado como uma situação bastante favorável para a rentabilida-de da operação comercial.

VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTASEXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR

Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas dasempresas do subsector armazenista sugerem, à semelhança doque se observou nos estudos anteriores, uma elevada confiançano aumento das vendas, não obstante a evolução algo dececio-nante do trimestre anterior.

Na verdade e não obstante alguma incerteza sobre a evolução doquadro macroeconómico, permanecem os sinais positivos oriun-dos do sector imobiliário e, também, da atividade da construção deedifícios, onde se continuam a registar crescimentos significativosquer nos trabalhos de renovação e reabilitação, quer na constru-ção nova de habitação.

De salientar, igualmente, o aumento substancial que se continua aregistar no crédito à habitação, apesar da situação difícil da bancae da restrição no domínio do financiamento das empresas.

Page 28: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Economia

VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS(saldo das respostas extremas)

Alguns dos indicadores relativos ao licenciamento de obras conti-nuam a apresentar uma evolução positiva, especialmente naconstrução nova de edifícios de habitação. De facto, no 4º trimes-tre do ano verificou-se um aumento homólogo das obras licencia-das para construções novas de habitação de 10,1% e de 23,9%no número de fogos licenciados em construções novas para habi-tação.

De igual modo, o consumo de cimento no território nacional regis-tou um aumento homólogo de 6,4% no último trimestre de 2015,confirmando a inversão do ciclo de quase sete anos de quebra devendas deste produto e que só foi interrompida no primeiro tri-mestre deste ano.

Em sentido negativo, para além da insignificância do investimen-to público, ainda mais reduzido no Orçamento de Estado para2016, continua a registar-se o atraso generalizado na aplicaçãodos fundos do Portugal 2020, nomeadamente os que se desti-nam à regeneração urbana e à eficiência energética, cujos ins-trumentos financeiros só deverão estar no terreno no final do ano.

A quebra de investimento que se tem vindo a registar, tem vindoa influenciar, também, de forma muito negativa, a evoluçãorecente do licenciamento de obras no segmento não residencialque foi, também, durante 2015, um dos grandes motores da ati-vidade.

Não obstante, é lícito esperar que o sector do turismo, cujo cres-cimento em 2016 deverá bater recordes, constitua, cada vezmais, uma alavanca importante para o sector da construção, col-matando o menor dinamismo de outras atividades e do sectorpúblico.

Page 29: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 30: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

28 /

Economia Análise de Conjuntura4º trimestre 2015

APRECIAÇÃO GLOBALNo 4º trimestre de 2015 os diversos indicadores do sector da cons-trução apresentaram um comportamento maioritariamente positi-vo, reforçando a ideia geral de que, não obstante algumas flutua-ções e comportamentos diferenciados entre os vários segmentos,persiste uma tendência para a recuperação da atividade.

A redução do índice de produção da construção e obras públicasaumentou ligeiramente de intensidade, tendo apresentado noquarto trimestre de 2015 uma variação, face ao trimestre anterior,de -2,32%. Desta vez foi a redução no segmento da construção deedifícios que teve algum significado (-3,84%), enquanto o índice deprodução do segmento de obras de engenharia até aumentou0,31%.

Não obstante, o licenciamento de obras regressou a terreno posi-tivo e, particularmente, o número de licenças para construção denovos edifícios para habitação e em especial o número de fogoslicenciados em construções novas consolidaram um crescimentoexpressivo.

Os números apurados parecem sugerir que será o sector não resi-dencial que continua a perder dinâmica, eventualmente devido aterem terminado os apoios comunitários para construção de equi-pamentos sociais e no sector da educação, bem como ao atrasodo Portugal 2020, com naturais reflexos nos planos de investimen-to do sector empresarial.

Assim, os dados provisórios revelam que a evolução trimestral dasobras licenciadas foi positiva em 3,4%, com a variação homóloga tri-mestral a registar, ainda e devido à evolução do 2º e 3º trimestre doano, uma diminuição de 4% (contra -6,9% no trimestre anterior). Avariação média anual no número de edifícios licenciados foi menosnegativa e situou-se, no quarto trimestre de 2015, em -4,3%.

Como referimos, o sector residencial, apresentou uma evoluçãomais favorável, com o número total de fogos licenciados em cons-truções novas para habitação a aumentar 5,2%. A variação homó-loga foi também positiva (+10,1%) e a variação média anual atin-giu, entretanto, uma expressão claramente positiva que confirma arecuperação operada neste segmento (+13,9%).

O número total de fogos licenciados em construções novas parahabitação no ano terminado em dezembro de 2015 atingiu os 8 153, bem acima dos 6 777 licenciados em 2014.

O número de licenças de obras de reabilitação subiu pelo segundotrimestre consecutivo (+4,1%), confirmando a inversão da evolu-ção negativa que se manteve ao longo de cinco trimestres conse-cutivos. Sublinhamos, no entanto, que este indicador não expressacabalmente a evolução daquilo que vulgarmente se designa por“sector da reabilitação” e que engloba, também, as obras de reno-vação e de simples manutenção. A discrepância entre os númerosdo licenciamento e o movimento que parece observar-se no mer-cado da reabilitação, expresso, nomeadamente, na evolução posi-tiva das vendas de materiais de construção, estará, porventura,relacionado com o facto de muitas das intervenções não seremsujeitas à exigência de licenciamento camarário e, como tal, nãoterem reporte estatístico.

Aliás, a evolução trimestral das vendas de cimento para o mercadointerno é um claro indicador da maior dinâmica que o mercado daconstrução está a viver e foi claramente positiva, apresentando umcrescimento homólogo de 6,4%, que se segue a variações homó-logas, também elas positivas, nos três trimestres anteriores.

Os dados deste quarto trimestre, não sendo excecionais, permitemalimentar, com base na evolução do licenciamento, uma perspetivamais favorável para a atividade da construção em 2016.

Apesar das expetativas de abrandamento do crescimento econó-mico, as baixas taxas de juro, a falta de alternativas seguras e ren-táveis ao investimento imobiliário, a maior disponibilidade da bancapara conceder empréstimos para aquisição de habitação e o inte-resse continuado dos investidores estrangeiros no imobiliárionacional, são tudo fatores favoráveis à manutenção da dinâmicada procura no mercado imobiliário nacional e ao crescimento daatividade de construção.

A dinâmica da reabilitação urbana em Lisboa e Porto, muito sus-tentada no turismo, a par com a necessidade óbvia de manutençãodo elevado número de edifícios construídos nas décadas de 80 e90 do século passado e a maior capacidade das famílias pararenovarem as respetivas habitações, representam um enormepotencial que deverá continuar a puxar pelo mercado.

Do lado negativo estão, repetimos, a redução do investimentopúblico prevista no OE para 2016, a redução das verbas comuni-tárias para construção de infraestruturas, a redução anunciada docomércio mundial, particularmente a recessão que afeta as econo-mias emergentes dependentes das exportações de matérias-pri-mas, em especial Angola, e o atraso na disponibilização dos instru-mentos financeiros do Portugal 2020 para apoiar a reabilitaçãourbana e a eficiência energética que só chegarão, se chegarem, nofinal de 2016.

Acrescem as novas preocupações com o sistema bancário nacio-nal que poderão causar, num futuro próximo, novos e ainda maio-res dificuldades de financiamento às empresas.

Page 31: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 29

Edifícios Licenciados(Valores Trimestrais nº)

Edifícios Licenciados(Variação Média Anual)

OBRAS LICENCIADASNo quarto trimestre de 2015, o número de edifícios licenciados aumentou 3,4% relativamente ao trimestre anterior, regressando a uma ten-dência de crescimento após dois trimestres consecutivos de variações de sentido negativo. Não obstante, em termos homólogos, o númerode edifícios licenciados diminuiu 4% face ao último trimestre de 2014.

O ritmo da redução média anual no número de edifícios licenciados diminui ligeiramente de intensidade neste quarto trimestre de 2015, situando-seem -4,3%, contra -4,5% no período anterior. Apesar do pequeno crescimento verificado no licenciamento, este ainda não foi suficiente para retomar atendência positiva que se tinha observado entre o primeiro trimestre de 2014 e o primeiro trimestre deste ano de 2015.

O comportamento do licenciamento relativo às construções novas para habitação familiar apresenta um sinal bem mais animador. Não só a variaçãoentre o terceiro e o quarto trimestre do ano, ao contrário do período anterior, voltou a ter um comportamento positivo (+5,2%), como também, quer avariação homóloga (+10,1%), quer a variação média anual (+13,9%), permitem continuar a acalentar uma expetativa muito favorável deste segmentopara a recuperação do sector.

Page 32: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

30 /

Economia

Licenciamento de Obras(Valores Trimestrais nº)

Em especial, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar foi novamente positiva (11%),e mais intensa que a observada no trimestre anterior (2,2%), contando agora 8 trimestres consecutivos sempre a crescer. A variação homóloga foi,também, claramente positiva, na ordem dos 23,2%, sendo que a variação média anual confirma a tendência, situando-se nos 20,3%.

Fogos em Construções Novas para Habitação

No que diz respeito à evolução trimestral do número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se, novamente, uma melhoria (+4,1%), depois daenorme redução registada nos dois primeiros trimestres do ano. Este acréscimo é ainda insuficiente para inverter a tendência negativa observada aolongo do ano que é expressa, quer em termos de variação homóloga (-16,2%), quer em termos de variação média anual (-20,5%).

Page 33: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

O índice de produção no sector da construção e obras públicas voltou a cair face ao trimestre anterior, desta vez com maior intensidade (-2,32%, con-tra -0,55% no terceiro trimestre). A evolução foi negativamente influenciada sobretudo pelo segmento de construção de edifícios que apresentou umaquebra de 3,84%, enquanto o segmento de obras de engenharia cresceu 0,31%.

Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de 4,25% no índice total da produção na construção e obras públicas, que correspondeu a umadiminuição de 4,64% na construção de edifícios e de 3,62% nas obras de engenharia.

De certa forma, esta evolução corresponde ao abrandamento registado ao longo de todo o ano, quer ao nível do investimento público, quer ao níveldo licenciamento de obras no segmento não habitacional, mas que, como já tínhamos salientado no estudo anterior, não encontra correspondênciano comportamento das vendas de cimento, nem na evolução da FBCF no sector da construção.

Índice de Produção na Construção e Obras Públicas

Índice Corrigido de Sazonalidade

/ 31

Licenças para Obras de Reabilitação(Valores Trimestrais nº)

Page 34: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

32 /

Economia

VENDAS DE CIMENTONo quarto trimestre de 2015 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno continuaram a recuperar, apresentando um cres-cimento, em termos homólogos, de 6,4%, confirmando o aumento sustentado da atividade de construção. Este indicador acompanha, aliás, a evoluçãorecente do Valor Bruto da Produção e da FBCF da construção, cujas taxas de variação anual atingiram, respetivamente, 3,0% e 4,1%. De acordo comos Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança no sector da construção baixou ligeiramente neste quarto trimestre, situando-seagora nos -40,8 pontos (contra -37,6 no último trimestre e -42,9 pontos no período homólogo do ano anterior).

Vendas de Cimento e Indicador de Confiança na Construção(Indicador no Trimestre em Referência)

FONTES: BANCO DE PORTUGAL, INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA

EMPREGONo quarto trimestre do ano de 2015, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -4,2% e umataxa de variação trimestral -2%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro de 2015 foi de -3,43%, indiciando que, embora emritmo mais reduzido, o sector continua a perder emprego.

REMUNERAÇÕESNo quarto trimestre de 2015, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -5,5% e uma variação trimestral de 2,2%(este trimestre incluiu subsídios de Natal). A variação média nos últimos 12 meses terminados em março foi de -4,4%.

TAXAS DE JUROA taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação reduziu a tendência de queda face ao trimestre anterior e fixou-se, em dezembrode 2015, nos 1,215%, que corresponde uma redução de 0,019 pontos percentuais face à registada no mês de setembro. Nos contratos para “Aquisiçãode Habitação”, a taxa de juro observada em dezembro de 2015 foi de 1,223%, tendo-se reduzido em 0,015 p.p. em relação à taxa observada no mêsde setembro do mesmo ano.

Taxa de Juro do Regime Geral

Page 35: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 36: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

34 /

Estatísticas Confidencial Imobiliário

PREÇOS DAS CASAS CAEM 4,6% NO GRANDE PORTO

No Grande Porto, a evolução dos preços habitacionais temseguido, desde meados de 2014, um comportamento opostoao verificado ao nível nacional. Nesta região, o Índice dePreços Residenciais registou, no 3º trimestre de 2015, umadesvalorização homóloga de -4,6%. Em linha com esta tendên-cia, nos principais mercados do segmento de compra e vendada Área Metropolitana do Porto (AM Porto), desde o 2º trimes-tre de 2014 que os preços das casas têm vindo a cair, registan-do-se, entre esse período e o 3º trimestre de 2015, perdas de7,0% em Matosinhos, 5,7% no Porto e 3,7% em Vila Nova deGaia.

Comparando o preço médio de venda com o valor médio daoferta presente no mercado obtém-se o price gap. Ao longo doúltimo ano o desencontro entre a oferta e a procura desagra-vou-se apenas na cidade do Porto, passando de -30%, no 4º tri-mestre de 2014, para -26% no 3º trimestre de 2015. EmMatosinhos, o price gap acentuou-se 4 pontos percentuais (p.p.)entre o 4º trimestre de 2014 e o 2º trimestre de 2015, voltandoaos -26% no 3º trimestre de 2015. Já em Vila Nova de Gaia ohiato entre a oferta e procura intensificou-se 3 p.p. nos 12 mesesem análise, fixando-se em -28% no 3º trimestre de 2015.

Relativamente aos descontos efetuados nos três concelhos emestudo, ao longo dos últimos 12 meses têm seguido a evoluçãodescendente dos preços aí observada. Assim, no 3º trimestrede 2015, a taxa de desconto atingiu -8,0% no Porto e em VilaNova de Gaia, tendo recuperado 1 p.p. no primeiro caso e 2p.p. no segundo. Em Matosinhos, a taxa de desconto desagra-vou-se de -10,0%, no 4º trimestre de 2014, para -9,0% no 3º tri-mestre de 2015.

Apesar da descida dos preços verificada no último ano, o tempomédio de absorção agravou-se ligeiramente nos concelhos doPorto e Matosinhos, mantendo-se estável em Vila Nova de Gaia.

MERCADOS MAIS CAROS COM MAIOR PRESSÃO SOBRE AS REN-DAS

O mercado de arrendamento residencial da Área Metropolitanade Lisboa (AM Lisboa) apresenta como principais mercados osconcelhos mais centrais da região. Assim, dos 5.751 contratosde arrendamento reportados ao SIR - Sistema de InformaçãoResidencial - no último ano (entre o 4º trimestre de 2014 e o 3ºtrimestre de 2015), 40% localizavam-se em Lisboa. Se gui -ram-se os concelhos de Sintra, Oeiras, Loures e Cascais, comquotas entre os 7% e os 10%.

Confrontando a renda média contratada com a renda médiapedida obtém-se o rent gap que traduz o desajustamento entrea oferta e a procura no mercado de arrendamento. Em Lisboaeste indicador atingiu, no 3º trimestre de 2015, -7,7%. EmOeiras o rent gap alcançou os -7,6%, sendo que em Cascaisse apresentou menos acentuado, situando-se nos -5%. Emmédia, na Margem Norte e na Margem Sul, o desencontroentre a oferta e a procura rondou os -4%. Verifica-se, assim,uma tendência para as zonas centrais e mais caras apresenta-rem um rent gapmais elevado. O mesmo se confirma na gamaalta do mercado, traduzida pelo percentil 95 das rendas contra-tadas, onde o desnível entre a oferta e a procura se mostroumais acentuado que na gama média.

Em termos de rendibilidades, os concelhos fora de Lisboa sãoos que apresentam melhores resultados. Enquanto em Lisboaa yield se fixou, no 3º trimestre de 2015, em 5,5%, em Cascaise Oeiras atingiu 5,6% e 6,4%, respetivamente.

No conjunto dos concelhos da Margem Norte e da Margem Sul,mercados de menor valorização face ao núcleo central da AMLisboa (Lisboa, Cascais e Oeiras), a yield média situou-se, no tri-mestre em análise, entre os 6,7% e os 7,0%. Observa-se, assim,que a rendibilidade de um imóvel tende a ser superior nas zonasmenos valorizadas.

Economia

Page 37: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 38: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

36 /

obras neste município. Cerca de 90% dos projetos para os quaisforam emitidos alvarás em 2015 eram relativos a obras de reabi-litação, englobando 259 projetos de obras em edificado e 48 pro-jetos de obras de escassa relevância, isto é, obras em edificadocujo alvará possui uma validade até 3 meses.

No que respeita ao volume de fogos em processo de licencia-mento, na cidade de Lisboa ascendeu a 1.326 unidades em2015. Destas, 65% estavam incluídas em 134 projetos de obraem edificado e as restantes em 87 projetos de construçãonova.

Esta informação é relativa à emissão de pré-certifica-dos energéticos realizada pela ADENE, documentosemitidos em fase de projeto de uma obra, antes do iní-cio da construção ou de uma grande intervenção.

As freguesias de Sta. Maria Maior e Misericórdia con-centraram quase um quarto do total dos projetos comlicença emitida em 2015 no município de Lisboa, alber-gando 43 e 41 unidades cada. São também de desta-car as freguesias de St. António e Estrela, com 30 e 29projetos de obras licenciados em 2015, respetivamen-te.

Agregando os alvarás emitidos em Lisboa desde 2012,nas freguesias de Misericórdia e Sta. Maria Maiorforam licenciados quase 200 projetos de obras, sendoque nas freguesias de St. António e Estrela os alvarásemitidos ascenderam perto das 150 unidades. Estasfreguesias apresentaram-se também como as maisvalorizadas de Lisboa em 2015, com um preço médiode venda, de acordo com o SIR - Sistema deInformação Residencial, entre os 2.200 €/m² e os2.800 €/ m². Verifica-se, assim, uma tendência para osmercados mais caros concentrarem mais intenções deinvestimento.

ATIVIDADE ESTAGNA EM DEZEMBRO, MAS PERSPETIVAS DE VENDASCONTINUAM POSITIVAS

Os resultados do RICS/Ci PHMS de Dezembro de 2015mostram que a atividade no mercado de compra e vendaestagnou ao longo do mês. Contudo, os respondentesesperam que esta seja uma tendência temporária, com osindicadores relativos a perspetivas futuras a apontar paraque as vendas retomem sua trajetória ascendente num futu-ro próximo.

No sector de arrendamento, a procura por parte dos arren-datários continuou a reforçar-se, levando à aceleração doacréscimo das rendas.

Focando no mercado de compra e venda, emDezembro não houve evolução no ritmo de consul-tas por potenciais clientes, o primeiro mês desde ofinal de 2013 no qual a procura não recuperou.Adicionalmente, o volume das vendas manteve-seinalterado, trazendo o respetivo indicador de senti-mento para o mesmo patamar de janeiro de 2014.

Entretanto, os preços continuam a recuperar aonível nacional, embora a um menor ritmo relativa-mente ao início do ano. Olhando para o futuro, osrespondentes esperam que os preços das casassubam cerca de 2% ao longo dos próximos 12meses. Ao nível regional, o Algarve deverá registarum crescimento de cerca de 3%, enquanto as pro-jeções se situam em 2% e 1% para Lisboa e para oPorto, respetivamente.

Mais informação sobre a CI disponível em www.confidencialimobiliario.com.

A Confidencial Imobiliário (Ci) é uma revista especializada na pro-dução de estatísticas e bases de dados sobre imobiliário. Entreoutros conteúdos, monitoriza o investimento imobiliário, tratandoos dados do licenciamento municipal de obras emitido mensal-mente pelas principais autarquias metropolitanas.

ZONAS MAIS CARAS DELISBOA CONCENTRAM NOVOSPROJETOS IMOBILIÁRIOS

Os dados relativos à emis-são de licenças de obrasfornecidos pela CâmaraMunicipal de Lisboa (CMLisboa) indicam que em2015 foram alvo de licen-ciamento 343 projetos de

Economia

Page 39: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 37

ECOEFICIÊNCIAartigo

entrevistas

Page 40: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Materiais reciclados por ativação alcalina,de lamas residuais de minas de volfrâmio,para uma economia circular inovadora

RESUMO

As alterações climáticas associadas às emissões de car-bono (um dos gases causadores de efeito de estufa) sãouma das preocupações ambientais mais prementes daComunidade Europeia e Internacional. A gestão de resí-duos urbanos e industriais também constitui um temaatual na agenda ambiental europeia. As indústrias extra-tivas europeias (em particular na europa ocidental), entreoutras, produzem grandes quantidades de resíduos,geralmente depositados em escombreiras, constituindoum potencial de contaminação do solo e da água.

A Comissão Europeia adotou, recentemente, um novo eambicioso Programa de Economia Circular para financiara criação de novas empresas e mobilizar os consumido-res europeus para uma economia verde, circular, onde osrecursos são utilizados de uma forma mais sustentável.

As lamas residuais provenientes da extração mineirapodem ser reutilizadas diretamente em aplicações e pro-dutos inovadores de alto valor industrial.São resíduos,mas podem tornar-se em novas matérias-primas paraprodução de materiais reciclados por ativação alcalina,entre outros, como tem vindo a ser reconhecido univer-salmente pela Comunidade Científica. Em particular, emPortugal, há potencial de reutilização de lamas residuaisde minas de volfrâmio, da Panasqueira, como novosmateriais de ativação alcalina, para uma economia circu-lar inovadora.

No entanto, a União Europeia definiu metas, vinculativas, delongo prazo, para uma melhor gestão das emissões de car-bono e redução das emissões de gases de efeito de estufa,em menos de 40% e de 80% abaixo dos níveis de 1990, até2030 e 2050, respetivamente [2].

A gestão de resíduos urbanos e industriais também continuaa ser um problema na Europa (figura 1). A indústria europeiade aço produz grandes quantidades de resíduos, muitasvezes depositados em aterros sanitários, resultando empotencial de contaminação do solo e da água. Resíduos pro-venientes da queima do carvão, de centrais termoelétricas,também representam um grande risco para o meio ambien-te. De igual modo, as atividades extrativas podem causarimpactos ambientais, económicos e sociais significativos.Os resíduos de minas e pedreiras, ou seja, das industriasextrativas, representam cerca de 29% do total de resíduosgerados a partir de processos industriais na EU[3].

38 /

Materiais Reciclados por Ativação Alcalina

JOÃO CASTRO-GOMESC-MADE - CENTRE OF MATERIALS AND BUILDING TECHNOLOGIES

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR, COVILHÃ, PORTUGAL

Ecoeficiência

1 - INTRODUÇÃO

1.1 - EMISSÕES DE CO2 E RESÍDUOS INDUSTRIAIS NA EUROPA

As emissões de CO2 e a produção de resíduos, provenientesde um largo espectro de processos industriais, representamimpactos negativos na saúde do Homem e no ambiente. Asalterações climáticas associadas às emissões de carbono (umdos gases causadores de efeito de estufa) são uma das preo-cupações ambientais mais prementes da ComunidadeEuropeia e Internacional. Em 2013, foram contabilizadas naUnião Europeia (UE) mais de 4,6 mil milhões de toneladas deemissões de gases de efeito de estufa, em termos equivalen-tes da quantidade de CO2, provenientes do setor habitacionale da indústria [1].

Figura 1: Produção de resíduos por atividades económicas e agregados familiares,UE-28, 2012 [3]

1.2 - PROGRAMA DE AÇÃO DA UE EM MATÉRIA DE AMBIENTE

O Programa Geral de Ação da União Europeia para 2020, emmatéria de ambiente, tem a seguinte visão estratégica: “Em2050, vivemos bem, dentro dos limites ecológicos do planeta.A nossa prosperidade e a sanidade do nosso ambiente resul-tam de uma economia circular inovadora em que nada se des-perdiça e em que os recursos naturais são geridos de formasustentável e a biodiversidade é protegida, valorizada e recu-perada de modo a reforçar a resiliência da nossa sociedade.O nosso crescimento hipocarbónico foi há muito dissociado dautilização dos recursos, marcando o ritmo para uma sociedadeglobal segura e sustentável” [4]. Ou seja, a proteção da natu-reza e o reforço da resiliência ecológica, um maior crescimen-to hipocarbónico e maior consciencialização na utilização dos

Page 41: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 39

recursos naturais, e a redução às ameaças à saúde e ao bem-estar humanos relacionadas com a poluição, as substâncias quí-micas e os impactos das alterações climáticas, são as três princi-pais prioridades deste Programa. Por outro lado, é dada umaatenção especial no sentido de tornar os resíduos num recurso(matéria-prima), com mais prevenção, reutilização e reciclagem, eeliminando de uma forma faseada práticas destrutivas e prejudi-ciais, como a deposição em aterros.

A Comissão Europeia adotou, recentemente, um novo e ambicio-so Programa de Economia Circular para financiar a criação denovas empresas e mobilizar os consumidores europeus para umaeconomia verde, circular, onde os recursos são utilizados de umaforma mais sustentável. As ações propostas pretendem contribuirpara "fechar o ciclo" de ciclos de vida dos produtos através deuma maior reciclagem e reutilização, e trazer benefícios tantopara o meio ambiente como para a economia. O Programa pre-tende que se obtenha o máximo valor e utilização de todas asmatérias-primas, produtos e resíduos, promovendo a economiade energia e redução das emissões de gases de efeito de estufa[5].

1.3 - POTENCIAL DE REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE MINAS

A maioria dos resíduos industriais provenientes da indústria extra-tiva tem potencial para ser reutilizado diretamente, sem qualquertransformação, nomeadamente em obras de terraplanagem econstrução de estradas, em particular, as partículas grossas,como por exemplo, em pavimentos betuminosos e de betão [6][7].Particularmente, podem ser utilizados na produção de misturascom emulsões betuminosas, como uma solução adequada empavimentos de baixo volume de tráfego, em estradas municipais erurais [8].

Podem também tornar-se matérias-primas para aplicações indus-triais onde o alto valor do produto não limita a sua reutilizaçãodevido aos custos de transporte e/ou de produção/transformação:- por exemplo, o processamento de carbonato de cálcio para aprodução de cimento, no caso específico da indústria de mármore[9] ou a incorporação em argamassas de poliéster [10]. Por outrolado, os resíduos envelhecidos, com diferentes cores e texturas,podem tornar-se também matéria-prima para o desenvolvimentode novos produtos de base polimérica (compósitos poliméricos)com aspeto estético e técnico-artístico de valor acrescentado, par-ticularmente como mosaicos para pavimentos exteriores e mobi-liário urbano, cumprindo requisitos de marcação CE e no desen-volvimento de outros produtos obtidos pela interceção entre oconceito tecnológico e o artístico [11].

A reutilização de partículas finas, nomeadamente de lamas resi-duais, como materiais precursores para a obtenção de ligantes emateriais de ativação alcalinai), é uma tecnologia promissora, doponto de vista técnico, ambiental e económico [12][13][14][15][16].Além disso, a ativação alcalina de outros subprodutos ou resíduosindustriais cuja composição química são essencialmente óxidosde alumínio e de silício (alumino-silicatos), como escórias de altoforno e cinzas volantes das centrais termoelétricas, já é ampla-mente conhecida como tecnologia inovadora, para obtenção deligantes (cimentos), cujas propriedades, são comparáveis oumesmo superiores às propriedades e durabilidade dos materiaisproduzidos com cimento Portland [17][18].

i) materiais de ativação alcalina

A ativação alcalina de matérias-primas constituídas essencial-mente por alumino-silicatos (designadas por materiais percur-sores) é um processo químico que consiste em transformarestruturas vítreas (parcialmente ou totalmente amorfas e/oumetaestáveis) em ligantes e compósitos muito compactos [19].Para a ativação alcalina ocorrer é necessário que os materiaispercursores se encontrem num meio alcalino que permita a dis-solução de uma determinada quantidade de sílica e alumínio ea hidrolisação das superfícies das matérias-primas. Este meioalcalino pode ser criado utilizando soluções alcalinas (designa-dos por ativadores), nomeadamente NaOH, KOH, Na2SiO3,Ca(OH)2, entre outros, individualmente ou em combinação.Atualmente, os materiais/ligantes obtidos por ativação alcalinapodem ser classificados como a terceira geração de cimentos,uma vez que são alternativos ao cimento Portland, devido àsuas superiores propriedades, elevada resistência e durabilida-de, baixa retração, baixas emissões de CO2, elevada resistên-cia aos sulfatos e aos ácidos, capacidade de encapsulamentode resíduos perigosos e excelente desempenho ambiental. [20][21].

Em particular, em Portugal, há um grande potencial de reutiliza-ção de lamas residuais de minas de volfrâmio, da Panasqueira,como novos materiais de ativação alcalina.

2 - MATERIAIS RECICLADOS POR ATIVAÇÃO ALCALINA, DE LAMASRESIDUAIS DAS MINAS DA PANASQUEIRA

2.1 - BREVE DESCRIÇÃO DA PANASQUEIRA E DOS RESÍDUOS PRODUZI-DOS

A Panasqueira é uma das minas subterrâneas mais antigas dePortugal. A mina tem estado ativa há mais de 125 anos e con-tém um dos maiores depósitos de volfrâmio do mundo, com via-bilidade económica. Sendo o volfrâmio o principal produto daexploração mineira da Panasqueira são também extraídas cas-siterite e calcopirite. Tais minerais são tratados para fazer con-centrados de tungsténio, estanho e cobre, respetivamente. Oprocesso do tratamento do minério começa com separação pormeio pesado para as frações grosseiras do material. Este pro-cesso permite a remoção de cerca de 80% do minério que nãotem nenhum teor de tungsténio. Em seguida, este material pré-concentrado é submetido a um método de concentração con-vencional por gravidade, seguido da remoção do sulfureto (pre-sente no minério) utilizando flutuação e separação magnéticafinal a seco [22].

Figura 2. Escombreiras: Instalação do Rio (esquerda), Instalação da Barroca Grande(direita).

Page 42: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

40 /

Ecoeficiência

Durante os primeiros 50 anos de exploração mais de 27 milhões detoneladas de rocha foram extraídas, dos quais corresponde aproxi-madamente a 92,8, 4,8 e 28,6 mil toneladas de concentrado detungstênio, estanho e cobre, respetivamente [23]. Atualmente, acapacidade de produção é variável na gama de 85,000 a 95,000 uni-dades de tonelada métrica (mtu, na sigla em Inglês) de concentradode tungsténio (WO3) por ano. A instalação produz um concentradode tungsténio de alta qualidade com 74% a 75% de WO3, com umdos maiores graus de concentração disponíveis no mercado [22]. Aextração mineral e processamento produziu, ao longo dos anos, doistipos principais de resíduos de rocha, de acordo com o seu tamanho:resíduos grossos (material estéril, escombros) e resíduos finos (resí-duos esmagados e moídos, lamas residuais) [24]. Na década de1980 a exploração produzia cerca de 300 toneladas de resíduosgrossos por dia. Nos últimos 5 anos (2011-2015), a exploração pro-duziu em média, diariamente, cerca de 2 mil toneladas de resíduosgrossos e de 130 toneladas de lamas residuais.

Até 1996, os pré-concentrados eram transportados para a instalaçãodo Rio (Fundão). Atualmente, os procedimentos finais de separaçãosão realizados exclusivamente na instalação da Barroca Grande(Covilhã) (ver Figuras 2 e 3), tendo-se formado enormes escombrei-ras de resíduos grossos e duas barragens de lamas residuais nesteslocais [24].

Em relação ao impacto ambiental, a Panasqueira está localizadaperto de uma das montanhas mais altas em Portugal, dentro de umparque natural, perto da Serra do Açor, uma das áreas protegidas noPaís. Localiza-se também perto do rio Zêzere, que é o segundomaior rio em Portugal e a principal fonte de água para a cidade deLisboa. A acumulação de resíduos em enormes depósitos de escom-breiras apresenta hoje um risco potencial de poluição ambiental eprovocam graves impactos na paisagem, portanto, também afetama qualidade de vida das populações locais. Por outro lado, parte des-tas escombreiras podem conter altas concentrações de sulfuretos(As) e de metais pesados (Cu, Pb, Zn e Cd), em particular as barra-gens de lamas residuais mais antigas.

A tabela 1 apresenta a composição típica de lamas residuais, con-sistindo principalmente de sílica e alumina, com menor percentagemde ferro e potássio.

Os resultados preliminares indicam que o ligante revela uma boaligação com as superfícies de betão, quando o betão se encontraem idades jovens, e que o seu comportamento de aderência nãoé afetado pela baixa rugosidade da superfície a aplicar. Por outrolado, a comparação de custos com outros materiais de reparação,existentes no mercado, evidencia que esta solução de reparação érentável do ponto de vista económico [25]. Em relação ao desem-penho ambiental, os resultados de lixiviação mostram que todos osparâmetros estão abaixo dos limites estabelecidos, para materiaisinertes, indicando que estes ligantes obtidos por ativação alcalinatêm capacidade para imobilizar sulfuretos e metais pesados [26].

Tabela 1. Composição química (% mássica) de lamas residuais das minas daPanasqueira, por análise FRX.

2.2 - ATIVAÇÃO ALCALINA DE LAMAS RESIDUAIS DA PANASQUEIRA

Têm vindo a ser desenvolvidos vários estudos sobre a reutilizaçãode lamas residuais das minas da Panasqueira, como materiais pre-cursores para a obtenção de ligantes obtidos por ativação alcalina,sendo considerados muito promissores do ponto de vista técnico,ambiental e económico. As lamas residuais apresentam muito boareatividade com ativadores alcalinos, depois de um tratamento térmi-co de 2 horas a 850 ºC, para a obtenção e desenvolvimento denovos ligantes (cimentos). O potencial de desenvolvimento destetipo de ligante, como material de reparação de estruturas de betãoarmado, tendo em conta o seu comportamento mecânico é muitopromissor.

Figura 3: Lagoa de lamas residuais

Figura 4: Agregados artificiais esféricos, obtidos por ativação alcalina.

O desenvolvimento de agregados artificiais como material de subs-trato em processos de tratamento de águas residuais (reatores debiofilme), a partir de argamassas obtidas por ativação alcalina delamas residuais, tendo em conta as suas propriedades, é outraárea promissora de aplicação, com resultados já comprovados. Osagregados artificiais (ver figura 4), obtidos por este processo, apre-sentam resistência adequada ao ataque ácido e podem ser utiliza-dos como substrato para reatores biológicos de película fixa emtratamentos ácidos de águas residuais, entre outras aplicações.Além disso, a porosidade característica dos agregados artificiaistorna-os adequados para proporcionar uma boa adesão e desen-volvimento de biofilme, essencial para a remoção de poluentes.Como tal, o desenvolvimento de agregados artificiais através daativação alcalina para o tratamento de águas residuais por filtra-ção, apresenta-se como uma solução técnica viável para competircom outros materiais correntemente adotados para este fim, comopor exemplo, britas naturais ou argila expandida [13].

Page 43: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 41

O sistema GEOGREEN destinado à construção de superfíciesajardinadas - 1º prémio Inovação Tektónica em 2013, tambémincorpora materiais reciclados por ativação alcalina de lamas resi-duais das minas da Panasqueira. Trata-se de um sistema modularpara superfícies ajardinadas, constituído por painéis pré-fabricadose pré-plantados com vegetação, adequado para edifícios novos ereadaptação/reabilitação de edifícios existentes. Esta soluçãobaseia-se no desenvolvimento de um painel de revestimento,incorporando vegetação natural, pré-fabricado, como parte de umsistema modular, adaptado à construção nova e à modernizaçãode edifícios e, como tal, de fácil alteração e manutenção.

O sistema pretende contribuir para o arrefecimento passivo de edi-fícios e associa os benefícios da vegetação adaptada com ascaracterísticas térmicas, acústicas e ambientais dos materiais utili-zados. Cada módulo do sistema consiste numa placa base dematerial obtido por ativação alcalina e uma placa superior de aglo-merado negro de cortiça expandida, como se apresenta na figura5. O material foi desenvolvido a partir de uma mistura de resíduosindustriais, de lamas residuais e de resíduos de vidro moído, con-tendo ainda aglomerado negro de cortiça, combinando proprieda-des de absorção e retenção de água, baixa densidade e boa resis-tência mecânica [27].

grande variedade de aplicações, como por exemplo, em sistemasde arrefecimento superficial em edifícios, em novos produtos deconstrução, como painéis pré-fabricados para paredes divisórias ecoberturas (telhas), a pavimentos de estradas com baixo risco deocorrência de gelo-degelo. As suas propriedades físicas, comoresistência ao fogo e resistência mecânica, são determinadas pelorevestimento incapsulante dos materiais de ativação alcalina. Emgeral, verificou-se que os compósitos produzidos têm uma capaci-dade de armazenamento de energia térmica semelhante a outrosprodutos comercializados [28].

Figura 5: Módulos GEOGREEN, com lamas residuais e aglomerado negro de cortiça.

Foram também desenvolvidos compósitos com capacidade dearmazenamento de energia térmica, constituídos por agregadosleves (LA) impregnados com materiais de mudança de fase (PCM),macro-encapsulados num ligante de ativação alcalina, obtido, porsua vez, a partir de uma mistura de lamas das minas daPanasqueira e vidro moído (ver figura 6). Tal como no sistemaGEOGREEN este ligante foi produzido com lamas residuais, semqualquer tratamento térmico, misturadas com 20% de resíduos devidro moído, para aumentar o seu teor em sílica amorfa. Os agre-gados leves com capacidade de armazenamento de energia térmi-ca foram obtidos por impregnação da argila expandida com cerasparafínicas que, por sua vez, foram revestidos e impermeabiliza-dos superficialmente com o ligante de ativação alcalina. Estesnovos tipos de materiais artificiais compósitos, com capacidade dearmazenamento de energia térmica, abrem perspetivas para uma

Figura 6: Agregados (AL+PCM) para serem encapsulados em materiais de ativaçãoalcalina

3 - CONCLUSÕES

As minas da Panasqueira, localizadas na região da Beira Interiortem estado em laboração há mais de 125 anos. O volfrâmio é oprincipal minério extraído e a atividade mineira depende do seuvalor comercial mundial. A mina também produz enormes quanti-dades de resíduos, diariamente, que são depositados em escom-breiras e lagoas.

Os resíduos grossos podem ser matérias-primas para a industriada construção da Beira Interior, reutilizados diretamente, sem qual-quer transformação, em obras de terraplanagem e construção deestradas municipais e rurais.

Os resíduos grossos envelhecidos, com diferentes cores e textu-ras, são outro tipo de matéria-prima para o desenvolvimento denovos produtos; compósitos poliméricos, com aspeto estético etécnico-artístico de valor acrescentado.

As lamas residuais são também, por sua vez, nova matéria-prima,para produção de materiais reciclados por ativação alcalina, nestecaso com potencial para aplicações industriais onde o valor do pro-duto não limita a sua reutilização devido aos custos de transportee/ou de produção/transformação. A variedade de novos materiaise produtos de ativação alcalina, tendo como em variáveis princi-pais, o tipo de precursores e ativadores, bem como as suas pro-porções e condições de cura, potenciam uma vasta área de desen-volvimento e aplicações futuras.

Page 44: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

42 /

A quantidade e qualidade dos resíduos (lamas e grossos)oferece uma ampla alternativa (e/ou complemento), durávele economicamente viável de novos tipos de produção, paraa mina. A partir desta nova perspetiva, uma conversão daprodução das minas da Panasqueira, ou complemento dasua produção, em materiais reciclados obtidos por ativaçãoalcalina poderá ser uma solução viável, no quadro de finan-ciamento do Programa de Economia Circular da EU, asse-gurando que o seu desempenho ambiental seja devidamen-te avaliado.

Estes e outros aspetos estão a ser desenvolvidos no projetoREMINE (H2020 RISE-Marie Curie), em curso até 2018, quetem como objetivo a investigação sobre a reutilização de resí-duos de minas em materiais inovadores obtidos por ativaçãoalcalina, como painéis estruturais, produtos pré-fabricados,misturas prontas e aplicações insitu.

FINANCIAMENTO

Parte dos resultados de investigação apresentados neste tra-balho foram parcialmente financiados pelo Programa-QuadroComunitário de Investigação & Inovação Horizonte 2020 daComissão Europeia, através da ação MARIE Skłodowska-CURIE - Research and Innovation Staff Exchange, com o pro-jeto número 645696, coordenado pela Universidade da BeiraInterior (projeto REMINE: https://reminemsca.wordpress.com).

REFERÊNCIAS

[1] Eurostat, Greenhouse gas emission statistics - Statistics Explained,(n.d.).

[2] European Commission, EUROPA - PRESS RELEASES - Pressrelease - 2030 climate and energy goals for a competitive , secure andlow-carbon EU economy, (2014) 2–4.

[3] Eurostat, Waste statistics Main statistical findings Total waste gene-ration, 2012 (2016).

[4] European Commission, The European Union Explained:Environment, (2014) 16 pp.

[5] European Commission, Press release - Closing the loop:Commission adopts ambitious new Circular Economy Package to boostcompetitiveness, create jobs and generate sustainable growth,NewEurope. (2015).

[6] H. Akbulut, C. Gürer, Use of aggregates produced from marble quar-ry waste in asphalt pavements, Build. Environ. 42 (2007) 1921–1930.

[7] M. Yellishetty, V. Karpe, E. Reddy, K. Subhash, P. Ranjith, Reuse ofiron ore mineral wastes in civil engineering constructions: A case study,Resour. Conserv. Recycl. 52 (2008) 1283–1289.

[8] J.P. Castro-Gomes, M. Dinis-Almeida, L.A. Pereira-de-oliveira,Valorização de resíduos de minas em pavimentos de baixo custo, Rev.Valorização Resíduos, CVR, Univ. Do Minho. 3 (2006) 9–11.

[9] F. Raupp-Pereira, R.J. Ball, J. Rocha, J. Labrincha, G. Allen, Newwaste based clinkers: Belite and lime formulations, Cem. Concr. Res. 38(2008) 511–521.

[10] K.J. Mun, N.W. Choi, S.Y. So, Y.S. Soh, Influence of fine tailingson polyester mortar properties, Constr. Build. Mater. 21 (2007) 1335–1341.

Ecoeficiência

[11] J.P. Castro-Gomes, A.P. Silva, R.P. Cano, J. Durán Suarez, a.Albuquerque, Potential for reuse of tungsten mining waste-rock intechnical-artistic value added products, J. Clean. Prod. 25 (2012)34–41.

[12] F. Pacheco-Torgal, J.P. Castro-Gomes, S. Jalali, Utilization ofmining wastes to produce geopolymer binders, in: J.L. Provis, J.S.J.van Deventer (Eds.), Geopolymers - Struct. Process. Prop. Ind.Appl., Woodhead Publishing Limited, 2009: pp. 267–293.

[13] I. Silva, J. Castro-Gomes, A. Albuquerque, Mineral WasteGeopolymeric Artificial Aggregates as Alternative Materials forWastewater-Treatment Processes : Study of Structural Stability andpH Variation in Water, J. Mater. Civ. Eng. (2012) 1–6.

[14] A. Kumar, S. Kumar, Development of paving blocks from syner-gistic use of red mud and fly ash using geopolymerization, Constr.Build. Mater. 38 (2013) 865–871.

[15] K. Okada, A. Ooyama, T. Isobe, Y. Kameshima, A. Nakajima,K.J.D. MacKenzie, Water retention properties of porous geopolymersfor use in cooling applications, J. Eur. Ceram. Soc. 29 (2009) 1917–1923.

[16] S. Ahmari, L. Zhang, Production of eco-friendly bricks from cop-per mine tailings through geopolymerization, Constr. Build. Mater. 29(2012) 323–331.

[17] J. Davidovits, Geopolymer cement review, Institut Geopolymere,Saint-Quentin, France, 2013.

[18] A. Palomo, P. Krivenko, I. Garcia-Lodeiro, E. Kavalerova, O.Maltseva, A. Fernández-Jiménez, Activación alcalina: Revisión ynuevas perspectivas de análisis, Mater. Construcción. 64 (2014).

[19] A. Palomo, M.W. Grutzeck, M.T. Blanco, Alkali-activated flyashes A cement for the future, Cem. Concr. Res. 29 (1999) 1323–1329.

[20] M.C.G. Juenger, F. Winnefeld, J.L. Provis, J.H. Ideker, Advancesin alternative cementitious binders, Cem. Concr. Res. 41 (2010)1232–1243.

[21] A.S. Vargas, D.C.C. Dal Molin, Â.B. Masuero, A.C.F. Vilela, J.Castro-Gomes, R.M. de Gutierrez, Strength development of alkali-activated fly ash produced with combined NaOH and Ca(OH)2 acti-vators, Cem. Concr. Compos. 53 (2014) 341–349.

[22] A. Franco, R. Vieira, R. Bunting, The Panasqueira Mine at aGlance, Tungsten. 3 (2014) 1–12.

[23] M. Smith, Panasqueira the tungsten giant at 100+. Operationfocus, Int. Min. (2006) 10–14.

[24] P.F. Ávila, E.F. Silva, A.R. Salgueiro, J.A. Farinha, Geochemistryand mineralogy of mill tailings impoundments from the Panasqueiramine (Portugal): implications for the surrounding environment., MineWater Environ. 27 (2008) 210–224.

[25] F. Pacheco-Torgal, J.P. Castro-Gomes, S. Jalali, Adhesion cha-racterization of tungsten mine waste geopolymeric binder. Influenceof OPC concrete substrate surface treatment, Constr. Build. Mater.22 (2008) 154–161.

[26] F. Pacheco-Torgal, J. Castro-Gomes, S. Jalali, Durability andEnvironmental Performance of Alkali-Activated Tungsten MineWaste Mud Mortars, J. Mater. Civ. Eng. 22 (2010) 897.

[27] M. Manso, J. Castro-Gomes, P. Silva, Modular system design forvegetated surfaces: a proposal for energy-efficient buildings, in:BESS-SB13 Calif. Adv. Towar. Net Zero. Pomona, California, USA.,2013: pp. 1–6.

[28] G. Kastiukas, X. Zhou, J. Castro-Gomes, Development andoptimisation of phase change material-impregnated lightweightaggregates for geopolymer composites made from aluminosilicaterich mud and milled glass powder, Constr. Build. Mater. 110 (2016)201–210.

Page 45: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

A Plataforma Material ON é uma Plataforma Digital Bilingue,gratuita, que inclui um diretório de produtos e empresas, orga-nizado de forma a favorecer a consulta dos arquitetos e projetis-tas, promovendo os produtos portugueses em todo o mundo.Esta plataforma estará disponível para todos os intervenientesdo setor da construção, nomeadamente projetistas, constru-tores, fabricantes, equipas de fiscalização, comerciantes, con-sumidor final, entre outros ou nacionais ou estrangeiros.

O acesso à plataforma poderá ser realizadoatravés do site da APCMC ou diretamenteatravés do link: www.materialon.com. O re -gisto é um processo obrigatório que permiteque os gestores da plataforma possam reco -lher informação sobre os utilizadores, po-dendo assim dinamizar os conteúdos, deacordo com as respetivas necessidades.

www.materialon.com

Page 46: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

44 /

Entrevista Marina RodriguesConstruction Sales Manager, Amorim Cork Composites

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-MOS ANOS?

Inovação, tecnologia, sustentabilidade são características que dis-tinguem a Amorim Cork Composites (ACC). Tirando partido daspropriedades únicas da cortiça que a tornam numa matéria-primaversátil, adequada aos mais diversos tipos de indústrias, desde aaeronáutica, aeroespacial, a várias áreas da construção, sobretudopara isolamento térmico, acústico e controlo de vibrações, a ACCtem sabido reinventar-se, acrescentando valor técnico, tecnológicoe conceptual ao produto final dos seus clientes provenientes dasindústrias mais exigentes do mundo, e que encontram na cortiça enos materiais da ACC o melhor caminho para alcançar os seusobjetivos.

São várias as empresas que, um pouco por todo o mundo, confiamnas nossas soluções para integrar o seu produto.

Na área da construção, a ACC apresenta ao mercado a marcaAcousticork. A estrutura alveolar da cortiça permite renomeá-la de“espuma natural” e o facto de ser composta por células fechadascom uma densidade de cerca de 40 milhões de células por centí-metro cúbico permite encontrar neste material natural e sustentávelcaracterísticas difíceis de reproduzir até em materiais artificiais,como é o caso de borrachas. A marca Acousticork explora exata-mente essas propriedades únicas como o reduzido coeficiente de

Poison, a elevada capacidade de recuperação de espessura apóscompressão e a alta resiliência e apresenta ao mercado soluções decompromisso entre cortiça e outros materiais para o controlo acústicoe de vibrações.

Na área da indústria, mais concretamente dos transportes, por exem-plo, estamos atualmente a desenvolver o piso para o Alfa Pendular denova geração. Neste projeto, o piso AluCORK® da ACC foi seleciona-do pelas suas características que permitem uma redução do peso,elevada durabilidade e performance térmica e acústica incomparável,significando elevados ganhos no consumo energético. Esta soluçãofoi também aplicada no metro de Varsóvia e está, desde 2015, a serimplementada no piso do metro de Riyadh, num projeto que se pro-longa até 2017. Com características de design diferentes e adaptadasa cada projeto, as vantagens técnicas AluCORK® são transversais atodas as aplicações.

No âmbito da indústria aeroespacial, são de destacar os projetos quecontinuamos a desenvolver com a NASA e a Agência EspacialEuropeia. A NASA interessou-se pela cortiça nos anos 60, pelo seunotável e único desempenho em manter a sua estrutura celularmesmo após combustão. Por isso, utiliza cortiça na proteção térmicados space shuttles e mísseis. Junto da Agência Espacial Europeia,com o objetivo de simplificar a reentrada das cápsulas espaciais naTerra, continuamos a trabalhar no desenvolvimento de um sistema deproteção inovador, com funções estruturais e térmicas.

Underlay Acouticork para diferentes tipos de pavimento

Page 47: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 45

Numa maior proximidade ao consumidor final, aproveitando aestética e texturas originais da cortiça, desenvolvemos projetosjunto de designers que têm vindo a criar peças para as nossasmarcas que colocam a cortiça no dia a dia de cada um atravésde objetos diferenciadores que reúnem harmoniosamente esté-tica e funcionalidade, como é o caso das peças das marcasAlma Gémea e Materia.

Muito recente e, transportando a cortiça para o mundo do surf,a ACC participou no projeto da prancha de surf desenvolvidapara o recordista atleta de surf Garret McNamara e a Mercedes.

Estes são apenas alguns exemplos bastante recentes que colo-cam a cortiça e as nossas soluções nas mais diversas áreas denegócio, em diferentes pontos do mundo, reveladores daspotencialidades e eficácia desta matéria-prima que provém danatureza e que a ACC já levou até ao espaço.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO ESUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO ASER IMPLEMENTADA?

A Amorim Cork Composites tem uma grande preocupação coma sustentabilidade, como revelam os seus produtos e aplica-ções. A sustentabilidade está na sua génese. Este é aliás umvalor transversal a toda a Corticeira Amorim e que é a base detudo o que desenvolvemos. Tudo começa com a própria maté-ria-prima, a cortiça, um material completamente natural.Retirada do sobreiro a cada nove anos, após a árvore atingir asua maturidade aos 25 anos, a cortiça é 100% natural, reutilizá-vel e reciclável.

O nosso compromisso com o ambiente é uma realidade diáriada empresa, visando sempre que da nossa atividade decorra omenor impacte ambiental possível. Para controlar e orientar onosso caminho da sustentabilidade somos certificados pela ISO14001 (Sistema de Gestão Ambiental) e privilegiamos a cortiçaproveniente de florestas bem geridas, certificadas através dosistema de certificação florestal do Forest Stewardship Council(FSC) e/ou Programme for the Endorsement of ForestCertification Schemes (PEFC), pelo que os nossos produtosdetêm esta certificação.

A ACC foi a primeira empresa do mundo a ser classificada commarcação CE, através dos underlays (subpavimentos) à basede cortiça da marca Acousticork.

Também o capital humano de toda a Corticeira Amorim organi-za e participa em iniciativas de plantação de sobreiros comoobjetivo de prevenir a escassez destas árvores tão importantespara a retenção de dióxido de carbono o que contribui para aredução dos gases com efeito de estufa responsáveis pelasalterações climáticas. 14 milhões de toneladas de CO² é o valorestimado de dióxido de carbono retido por estas florestas.Importa também referir o programa de reciclagem de rolhas queo grupo promove em colaboração com a Quercus e que consis-te na recolha de rolhas por todo o país que depois são recicla-das na ACC, dando origem a diferentes tipos de granulado decortiça aproveitado para aplicação em diversas das nossassoluções. A sustentabilidade é por isso para a ACC uma formade ser, de estar e de pensar o futuro.

QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTI-CAS E QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

Os produtos com maior procura na gama de ofertas da ACC parao segmento construção são as mantas resilientes de desacopla-mento - soluções acústicas. Estas mantas podem ter dois posi-cionamentos diferentes no sistema construtivo adotando, porisso, designações diferentes: underlays, posicionadas entre opavimento final e a betonilha, e underscreeds, posicionadasentre a betonilha e a laje.

As soluções que a ACC apresenta para este tipo de aplicaçãoreúnem características como: elevada performance a ruídos depercussão com espessuras reduzidas, reduzida perda de espes-sura ao longo do tempo de utilização - durabilidade, alta capaci-dade de recuperação de espessura, compatibilização com car-gas elevadas e cargas pontuais, capacidade de absorção de irre-gularidades das bases onde são aplicadas, utilização de maté-rias-primas naturais e sustentáveis - cortiça - e reutilização dematérias-primas recicláveis - como borracha proveniente depneus automóveis ou poliuretano proveniente de volantes auto-móveis.

Nos últimos anos, o mercado nacional tem ainda revelado inte-resse num jovem produto da ACC - o Corkwall. O Corkwall é umaemulsão que junta granulados de cortiça com resinas aquosas,aditivos e fibras minerais e que pode ser aplicada por projeçãomecânica em fachadas e telhados. Sendo uma solução estanqueà água líquida (quando na vertical), mas permeável ao vapor deágua, é uma excelente solução para mitigar condensações pre-sentes na maioria das habitações nacionais. Corkwall é, ainda,um produto excelente para a reparação e mitigação de micro fis-suras pois trata-se de um produto muito elástico e que adere per-feitamente a qualquer tipo de substrato.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELE QUE ELEGECOMO SENDO O MAIS ECOEFICIENTE? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTI-CAS?

É sempre difícil selecionar um produto como sendo o mais ecoe-ficiente uma vez que este é um pressuposto das nossas solu-ções, já que todas têm origem no mesmo tipo de matéria-prima(natural, sustentável e reutilizável - cortiça - ou pelo menos reci-clada - outros materiais já mencionados).

Em todo o caso, apontaria o Corkwall, não só pela matéria-primautilizada, como também pelo impacto na estabilização da tempe-ratura interior e, por isso, na redução de custos associados aenergia para aquecimento ou arrefecimento.

Para o desempenho energético-ambiental do edifício ser otimi-zado, é importante que a inércia térmica seja adaptada e inte-grada com estratégias de otimização do desempenho comple-mentares. Assim deve conjugar-se a inércia térmica com o iso-lamento térmico, assente de forma contínua e pelo exterior -como é o caso do Corkwall, que corresponde à forma comomelhor é alcançado o contributo positivo do armazenamentodas temperaturas médias do clima que favorecem o conforto noambiente interior, além de proteger as fachadas do risco de fis-surarem - cuja característica o Corkwall vê maximizada pela fle-xibilidade que possui.

Page 48: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

46 /

Entrevista

A utilização do Corkwall como revestimento de fachadas e telha-dos é motivada pela utilização de alguns revestimentos no passa-do e cuja qualidade não se verificou durável e/ou compatível comos requisitos atuais. Assim, o Corkwall adere perfeitamente aosrevestimentos cerâmicos das fachadas e evita a queda dos mes-mos. Pode ser aplicado para o encapsulamento de telhas deamianto e também sobre sistemas ETIC’s para mitigar a suamicrofissuração.

EXISTE ALGUMA OBRA RECENTE COM A VOSSA INTERVENÇÃO, QUE GOS-TASSE DE MENCIONAR?

São inúmeras as obras internacionais onde podemos encontrarpresentes, em sistemas construtivos, não só as duas marcasmencionadas anteriormente - Acousticork e Corkwall - como tam-bém a ExpandaCork - para juntas de expansão - ou Sports Floor- para pavimentos desportivos. Registo apenas alguns exemplos:Marina de Casablanca, Aeroporto de Bangkok, Estádio GreenPoint, em Cape Town, o North Gate Mall, no Qatar ou o DisneyGrand Floridian Resort & Hotel (Orlando - Florida, EUA) onde avelha carpete de 880 quartos foi substituída por LVT e cujo under-lay escolhido tem a marca Acousticork.

Relativamente a exemplos nacionais, gostaria de destacar a pre-sença de marca Acousticork num dos hotéis mais tradicionais danossa capital, o Hotel ALIF, e aquela que é agora a bilheteira daLivraria Lello e que é uma peça de arte da criadora GabrielaGomes, parte do projeto “Shelter byGG” e na qual encontramos oCorkwall como revestimento exterior. O projeto “Shelter byGG”consistiu na criação de objetos escultórios que pudessem ser uti-lizados como habitação e colocados em espaços públicos, maxi-mizando o design, o uso de materiais reciclados e não poluentese a eficiência energética.

O Shelter foi distinguido em 2012 na seleção E-Architect e é commuito orgulho que vemos esta peça de arte ser reciclada e asso-ciada àquela que já foi inúmeras vezes considerada uma das livra-rias mais bonitas do mundo. Os muitos visitantes desta livrariaconvivem com a nossa tão nacional e particular matéria-prima - acortiça - sem que se aperceberem disso. A cortiça e as suas apli-cações reinventam-se todos os dias!

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRESCEN-TE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A ECOE-FICIÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO IMPORTAN-TE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?

Sem dúvida. A ecoeficiência integra cada vez mais as exigênciasque estão no topo da lista de qualquer projeto de reabilitação.Ecoeficiência e sustentabilidade são valores indissociáveis e asempresas que não seguem este caminho estão com certeza a perderterreno. A nossa gama Acousticork tem sido muito requisitada paraprojetos de reabilitação por conseguir aliar, precisamente, uma altaperformance proporcionada pelas características únicas da cortiça -capacidade natural de impermeabilização a líquidos e gases, elasti-cidade, compressão, elevada resistência, leveza, flutuação, isola-mento térmico e acústico entre outros - ao facto de se tratar de umamatéria-prima sustentável com um processo de produção com rigo-rosos procedimentos que minimizam ao máximo os impactosambientais. Ao tornar os edifícios mais ecoeficientes e sustentáveis,estamos a evitar custos futuros decorrentes de consumos energéti-cos excessivos. Associado à ecoeficiência e à sustentabilidade, étambém cada vez mais fundamental a inovação nos produtos emateriais utilizados que signifiquem construções de qualidade e defuturo.

POSSUEM ALGUM TIPO DE PRODUTO ORIENTADO PARA O MERCADO DAREABILITAÇÃO?

Os produtos anteriormente enumerados como mais requisitados sãoprecisamente os mais orientados para o mercado da reabilitação querepresenta uma levada percentagem das obras nacionais a decorrer.

A utilização dos diferentes materiais tem razões diferentes. A aplica-ção de mantas resilientes entre o pavimento final e a betonilha (oupavimento existente) deriva da necessidade de dotar as construçõesantigas de algum conforto acústico, bem como pela ausência da pos-sibilidade de trabalhos que obriguem a perdas de cotas para inter-venções mais profundas. A capacidade de absorver irregularidade dabase (como por exemplo juntas de pavimentos existentes) e a com-patibilização destes produtos com diferentes tipos de pavimento finalsão, igualmente, razões para que o mercado da reabilitação encontreno portefólio da ACC excelentes soluções com reduzida espessura.

Corkwall Aplicado na atual Bilheteira da Livraria Lello no Porto

Page 49: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 50: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

48 /

Entrevista Jorge Ramos Diretor Geral Comercial, Imperalum

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O PERCURSO NOS ÚLTIMOSANOS?

A Imperalum, fundada em 1968, foi a primeira empresa nacionale das primeiras a nível ibérico a produzir membranas betumino-sas de impermeabilização para edifícios, tendo sido precursora anível mundial na modificação de betumes asfálticos no sentido deadequar esta matéria-prima às mais exigentes necessidades domercado.

O lançamento em 2015 das novas gamas de membranas betu-minosas APP Avance, New e Ultra espelham bem o esforço e adedicação que a empresa dedica à inovação na fabricação denovos produtos e soluções, estratégia que permite à Imperalumliderar o mercado nacional das impermeabilizações e isolamen-tos - térmicos e acústicos - tendo elegido como missão contribuirpara a qualidade de vida dos edifícios de uma forma duradoura esustentável.

De referir que foi a Imperalum a primeira empresa em Portugal ahomologar sistemas de impermeabilização de coberturas de edi-fícios através do LNEC, tendo integrado por protocolo com o IPQ,o Organismo de Normalização do Sector, cujo objetivo se centrou

no acompanhamento da normalização europeia, e teve comoresultante a obtenção da Marcação CE para as membranas betu-minosas de impermeabilização, estando neste momento emcurso e no âmbito da Comissão Técnica - CT 96 - trabalhos con-ducentes à publicação num futuro próximo de um conjunto deregras técnicas para sistemas de impermeabilização em cobertu-ras de edifícios, os quais têm por objetivo incrementar os níveisde qualidade neste importante sector de atividade em Portugal.

Também o acompanhamento do projeto de impermeabilização éuma atividade muito importante dentro da empresa, tendo aImperalum desenvolvido uma plataforma técnica disponível napágina web da empresa, que permite aos projetistas encarar oprojeto de impermeabilização como se de um projeto de especia-lidade se tratasse e aportando assim níveis de fiabilidade e segu-rança a esta área tão importante da construção.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUS-TENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO A SERIMPLEMENTADA.

Eu dividiria a resposta em três dimensões distintas mas contudocomplementares;

Page 51: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 49

EM PRIMEIRO LUGAR NA DIMENSÃO INDUSTRIAL:

A Imperalum foi pioneira a nível europeu quando certificou aempresa, em 2005, ao abrigo da ISO 14001, dando assim corpo àsua estratégia de sustentabilidade, que passa por introduzir nassuas práticas industriais processos que minimizem o impacteambiental. Posso dar como exemplo a incorporação de plásticosde embalagem na produção de membranas betuminosas, no con-trole rigoroso de efluentes gasosos para a atmosfera, na política deseparação de resíduos e na sua reutilização, na utilização racionalda água de arrefecimento, na racionalização dos consumos deenergia na empresa, etc, etc.

EM SEGUNDO LUGAR NA DIMENSÃO COMERCIAL:

A Imperalum produz e comercializa produtos que se destinam apromover a qualidade de vida nas edificações, através da isençãode humidades resultantes de infiltrações assim como da promoçãode isolamentos térmicos e acústicos. Desta melhoria de qualidaderesulta também uma maior conservação de energia, tendo comoconsequência poupanças de energia quer no Verão quer noInverno, contribuindo dessa forma para a eficiência energética dosedifícios.

EM TERCEIRO LUGAR NA DIMENSÃO DA INVESTIGAÇÃO:

A Imperalum integra um vasto programa europeu de LCA -Life Cycle Assessment - promovido pela EuropeanWaterproofing Association, da qual somos membros e cujaresultante foi a publicação de uma Declaração Ambiental deProduto para o sector Europeu da indústria da impermeabili-zação.

Ambicionando o aprofundamento da temática da sustentabilida-de, em Setembro de 2015 a Imperalum assinou com o LNEGum protocolo de participação num projeto europeu, o LCIP - LifeCycle in Pratice, o qual se destina a apoiar PME em sectorespredefinidos, utilizando abordagens e ferramentas de ciclo devida com o objetivo de melhorar a eficiência dos recursos ereduzir as emissões e resíduos que ocorrem ao longo da vidados seus produtos e serviços.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL É AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS ECOEFICIENTE? QUAIS AS SUAS CARACTE-RÍSTICAS?

Destacaria não um produto mas sim três sistemas.

Page 52: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

50 /

Entrevista

estanquicidade com garantia de longa duração, sem raspar,escovar, furar ou partir o fibrocimento, ou seja, sem riscos delibertação de partículas de amianto, mesmo durante os trabalhosde reabilitação.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRESCEN-TE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A ECOE-FICIÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO IMPOR-TANTE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?

A recuperação do mercado não passa de facto pela construçãonova. A reabilitação é uma inevitabilidade pelo que a adaptaçãodos processos construtivos e dos materiais coloca desafios enor-mes à indústria.

Dou como exemplo o simples facto de adaptar uma construçãoantiga aos novos requisitos do RCCTE. Veja o impacto da melho-ria da eficiência térmica e higrométrica das coberturas, a substi-tuição das caixilharias, dos vidros, etc. Quando falamos em rea-bilitação/renovação estamos a falar da reativação da fileira daconstrução em Portugal.

Da agenda energética da estratégia Europa 2020, nomeadamen-te no respeitante à contribuição do funcionamento dos edifícios

O sistema das coberturas ajardinadas, que permite transportarpara as coberturas dos edifícios os espaços verdes inexistentesnas urbanizações, com inúmeras vantagens ambientais dasquais destacaria o amortecimento de caudais e o evitar dascheias localizadas, o aumentar níveis de oxigénio nas cidadespor contrapartida de diminuição de níveis de CO2, assim como docontributo para o abaixamento das temperaturas nas cidades ediminuição do efeito de estufa.

O sistema de impermeabilização com membranas revestidas agranulado de ardósia branca, que permitem um incremento dareflexão da luz solar, permitindo dessa forma diminuir o impactona temperatura dos edifícios, contribuindo desta forma para apoupança energética. Um excelente exemplo é o da Autoeuropaem Palmela, onde este nosso conceito e sistema foi aplicadocom sucesso.

Por último o sistema de reabilitação de coberturas em fibrocimen-to contendo amianto, permitindo, sem efetuar a sua remoção,encapsular estes materiais recorrendo a um sistema inovador,integrando um isolamento térmico em poliisocianurato e um sis-tema de impermeabilização com membranas betuminosas APPAvance e permitindo a reabilitação da cobertura com reforçoestrutural e melhoria de características térmicas, acústicas e de

Page 53: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 51

Este, como muitos outros sistemas construtivos que constituemsoluções de reabilitação, é constituído por produtos utilizadosnão exclusivamente em reabilitação mas onde o criativo desenhoda solução e a seleção adequada de materiais permitem umareabilitação eficiente, resiliente, duradoura e sustentável.

Deste modo gostaria de destacar não apenas um produto mastodo um conjunto de soluções de reabilitação com sistemas cons-trutivos desenvolvidos pela Imperalum e reunidos no programa“Reablitz, reabilitação eficiente e sustentável”.

EXISTE ALGUMA OBRA RECENTE COM A VOSSA INTERVENÇÃO QUE GOS-TASSE DE MENCIONAR.

Trata-se de uma obra que vai marcar a cidade de Lisboa e queintegra o conceito da arquitetura orgânica. Estamos a falar doCentro das Artes, obra promovida pela Fundação EDP, da autoriada arquiteta inglesa Amanda Levete e localizado na zona ribeiri-nha, junto ao Museu da Eletricidade.

As soluções de impermeabilização da Imperalum foram as sele-cionadas pela projetista e integram a gama de membranas betu-minosas APP Avance, das quais destacamos o Polyplas 30,Polyster 40, Polyxis R40 e Polyxis R50 Garden.

para a redução de 20% nas emissões de gases com efeito deestufa, a Diretiva Europeia 2010/31/UE vem lançar um desafio aodefinir que a partir de 2018 todos os novos edifícios pertencentesa entidades públicas (e a partir de 2020 todos os restantes), terãoque ser edifícios com necessidades quase nulas de energia (oschamados edifícios nZEB - nearly Zero-Energy Buildings).

Sendo que esta diretiva também estipula que importantes obrasde renovação em edifícios públicos demonstrem um papel exem-plar no contexto desta diretiva, colocando a ecoeficiência na pri-meira linha das atenções dos novos projetos de reabilita ção/ re -no vação.

Na persecução de prestar apoio permanente a projetistas, cons-trutores e promotores, os técnicos da Imperalum têm vindo areceber os conhecimentos específicos de engenharia e arquite-tura focados em estratégias nZEB requeridos nos futuros proje-tos de construção nova e de reabilitação.

POSSUEM ALGUM TIPO DE PRODUTO ORIENTADO PARA O MERCADO DAREABILITAÇÃO?

Já em resposta anterior referi algumas das virtudes do siste-ma de reabilitação de coberturas de fibrocimento.

Page 54: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

52 /

Entrevista Gonçalo Carvalho Diretor de Marketing, Sika Portugal

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-MOS ANOS?

A Sika está presente em 94 países e, sendo líder mundial no for-necimento de produtos químicos de colagem e selagem, imper-meabilização, amortecimento acústico automóvel, proteção ereforço estrutural, reflete em todos os seus produtos e serviços,os seus valores e princípios de gestão: cliente em primeiro lugar,coragem para inovar, sustentabilidade e integridade, autonomiae respeito, e gestão por resultados.

Para a construção, assim como para as aplicações industriais, a Sikatem visado aumentar a durabilidade e melhorar a eficiência energéti-ca dos seus processos, assim como dos materiais que disponibiliza.Graças à estratégia corporativa - Mais Valor Menos Impacto - o grupoempreende todos os esforços para contribuir para a redução do con-sumo de recursos, tanto dentro das suas empresas, como para comos parceiros que confiam nos nossos produtos. Inclusive, as iniciati-vas e os progressos da Sika são regulados pelos relatórios de sus-tentabilidade do Relatório Global Reporting Initiative (G4).

A Sika esforça-se para conduzir os seus negócios sem prejudicar asoportunidades económicas, sociais e ambientais das gerações futu-ras. Como membro de organizações internacionais, nacionais elocais, a empresa promove o desenvolvimento sustentável onde atua.Criando e entregando valor, reduzindo impactos - este é o objetivo epercurso nos últimos anos.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTEN-TABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO A SER IMPLEMEN-TADA?

A estratégia da Sika - Mais Valor Menos Impacto - integra totalmentea sustentabilidade em todos os seus processos de negócio.Internamente, a empresa promove a sustentabilidade através dosseus programas de eficiência e segurança para a promoção econó-mica, social e ambiental.

“O POSICIONAMENTO SIKA É UMA AMPLA OFERTA DE VALOR, DA CAVE À COBERTURA”

Page 55: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 53

Como por exemplo, na redução da pegada de carbono. A Sikamelhora a sua pegada ambiental e de segurança, reduzindo oconsumo de energia, água e materiais por unidade de produto,e funciona sem prejuízos a esse nível. A empresa estabelecemetas para a segurança e eficiência, fixando linhas de gestãoresponsáveis para a sua concretização.

Existe também a preocupação da sustentabilidade das novassoluções e o respetivo impacto ambiental no desenvolvimentode novos produtos. Assumimos a responsabilidade de fornecersoluções sustentáveis, a fim de melhorar os materiais e eficiên-cia energética na área da construção e na indústria automóvel.

QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTI-CAS E QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

As soluções sustentáveis mais procuradas pelo mercado sãopara impermeabilização de coberturas e de selagem da envol-vente exterior dos edifícios.

Salientam-se as membranas para a impermeabilização decoberturas, líquidas ou sintéticas, com elevada refletância solare de elevada durabilidade.

Por exemplo, no grupo das membranas líquidas destaca-se osistema SikaRoof MTC (Moisture Triggered Chemistry).

Este sistema incorpora uma tecnologia única que permite que oproduto Sika utilize a humidade atmosférica para ativar o proces-so de cura. Uma solução de impermeabilização que alia a eficáciaà sustentabilidade no longo prazo.

Outra solução recente e com grande procura é uma membranaimpermeável de base aquosa, destinada ao consumidor final eque foi desenvolvida na Sika Portugal - o Sikagard 570W PeleElástica + Fibras. Esta é uma solução de aplicação simples a umpreço muito atrativo, direcionadas a áreas de coberturas ocasio-nalmente visitáveis, como telhados e suas zonas de remates,como varandas, pequenos terraços e coberturas com pendente,impermeabilização de infiltrações pontuais em uniões de diferen-tes elementos nas coberturas.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELE QUE ELEGECOMO SENDO O MAIS ECO-EFICIENTE? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTI-CAS?

Uma das soluções mais eco-eficientes são as membranas sintéti-cas em TPO (poliolefinas) - Sarnafil® - com elevada refletânciasolar. São produtos com horizonte de vida bastante longo (25 a 30anos), produzem o mínimo de resíduos, melhoram a construçãoem termos de conforto, de segurança, eficiência energética, e per-mite ainda a possibilidade de criar uma cobertura verde, soluçãoque é cada vez mais uma opção dos arquitetos.

Page 56: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

54 /

Entrevista

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRES-CENTE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE AECOEFICIÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTOIMPORTANTE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?

Atualmente, todas soluções Sika dão enfase à sustentabilidade,assentando na eficiência proporcionada pelo reduzido investi-mento/custo para o cliente final, na óptica do período de vida dasolução aplicada e na poupança energética que as mesmas pro-porcionam.

A Sika aposta na oferta de cada vez melhores e mais diversassoluções para a reabilitação residencial. O foco de desenvolvi-mento estratégico da Sika ao nível de produtos, assenta numaumento do leque de soluções disponibilizadas para o consumi-dor final, onde a empresa identifica francas oportunidades decrescimento e de entrega de valor nos seus 7 mercados-alvo.

POSSUEM ALGUM TIPO DE PRODUTO ORIENTADO PARA O MERCADO DAREABILITAÇÃO?

A Sika está presente em praticamente todas as soluções deReabilitação Urbana, uma vez que o posicionamento Sika é umaampla oferta de valor, da cave à cobertura.

Relativamente à eficiência energética, reforçamos que essasmembranas têm uma refletância solar cerca de 95%.Permite-se assim uma poupança de energia nos mesesquentes do ano, devido a menores necessidades de arrefeci-mento do interior dos edifícios. Por outro lado, protege-se acobertura das agressões provocadas pelo calor e das gran-des variações térmicas. Este sistema é também resistente araízes, fungos e microrganismos, e proporciona uma excelen-te opção para a possibilidade de coberturas ajardinadas.

Outra gama de produtos eco-eficiente são os sistemas deselagem Sika para reduzir o consumo de energia no aqueci-mento/arrefecimento dos edifícios e ao nível da fachada. Aíos sistemas de selagem SikaHyflex®, Sikaflex® eSikaMembran® tornam os envólucros construtivos herméti-cos.

As soluções de selagem Sika minimizam o consumo de ener-gia dos edifícios e reduzem a sua pegada de carbono.Soluções para a qualidade do ar e os produtos baseados natecnologia Sika i-Cure tem emissões muito baixas e assegu-ram uma boa qualidade do ar interior. Aqui a tecnologia i-Curecumpre com as mais rigorosas normas relativas ao controlodas emissões de COV (Compostos Orgânicos Voláteis).

Page 57: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 55

Acrescentámos também o lançamento de uma nova gama deargamassas de reparação - SikaRep® - e outras argamassasque permitem maiores espessuras e melhores acabamentos,como são o Sika® MonoTop-418 S e o Sika® MonoTop-432 ES.Lançamos ainda em 2016 as argamassas bastardas à base decal SikaRep®-815 e SikaRep®-817 (coloridas e que também fun-cionam no interior).

Acrescem as novas pinturas à base de silicatos para edifícioshistóricos - o SikaColor-460 W - e também uma cola impermeá-vel e elástica cimentícia - o SikaCeram®-500 Ceralastic - muitoeconómica para aplicação de cerâmicos, em zonas húmidascomo terraços, varandas, WCs, cozinhas e piscinas.

Lançamos também uma nova argamassa de impermeabilização- SikaTop®-209 ES - altamente flexível, muito adequada a pisci-nas.

Outra significativa inovação para zonas enterradas ou funda-ções é o sistema de impermeabilização SikaProof®A que consis-te numa membrana de poliolefina de elevada flexibilidade, lame-lada com uma malha especial de selante e um véu não tecidoreforçado, que adere facilmente ao betão criando uma eficazancoragem.

A gama recente de microcimentos, em 38 cores - a gamaSikaDecor® Nature - destina-se ao revestimento de pavimentos,paredes e tetos de divisões interiores e exteriores. A sua elevadaresistência, impermeabilidade e alta aderência permitem que omaterial possa ser colocado na maioria dos revestimentos existen-tes, minimizando, assim, os inconvenientes produzidos pela produ-ção de detritos na renovação interior de um edifício. A redução dostempos de execução e de finalização da obra, permitem que, apósalgumas horas, se caminhe sobre as suas superfícies.

Destacamos porém várias outras novidades e inovações nesteano. Temos em fase final de desenvolvimento, um pavimento emepoxi com cortiça (Decorativo e sustentável com propriedadesacústicas). Introduzimos também no mercado, um autonivelantecimentício com acabamento, mais simples e mais rápido de aplicar,disponível também em 38 cores. Desenvolvemos um pavimentoacústico em poliuretano, para absorção de ruídos de impacto (parao setor residencial). Nestes pavimentos sublinhamos o seu papelsustentável graças aos reduzidos planos de manutenção.

A nível de fachadas destacamos uma inovação já disponibilizadaao mercado - o SikaTack® Panel-50, uma cola de elevado desem-penho para solução de fachadas ventiladas - mais rápido de apli-car, mais simples e mais duradouro.

Page 58: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

56 /

Genus Premium Evo 35 A+ I Ariston

A MELHOR CLASSE ENERGÉTICA ALIADA AO DESIGN EXCLUSIVO

Ariston apresenta Genus Premium Evo 35 A+, uma solução com-pleta para aquecimento e produção de àgua quente sanitaria.

Genus Premium Evo, tal como toda a gama de caldeiras de con-densação Ariston, dispõem de uma bomba de alta eficiência (EEI *<0,23), com modulação continua de baixo consumo elétrico esilenciosa que otimiza o desempenho da caldeira.

Graças ao kit termorregulação A+ a caldera consegue uma modu-lação da temperatura ambiente ainda mais precisa para obter amáxima poupança energetica e passar da classe A a classe A+ emaquecimento (aumenta o rendimento do sistema +5%).

O kit com a Centralina de termorregulação Sensys, com designmoderno e intuitivo que interliga todos os equipamentos e energiasque compõem o sistema, e assim melhora a eficiência e confortodo utilizador.

Tem um display LCD retro iluminado para facilitar a visualização datemperatura, fontes ativas, relatórios, etc. A programação horaria ede gestão de zonas é feita de forma fácil e intuitiva através de umúnico comando fácil de usar.

Por outro lado, tem um perfil de consu-mo XXL por isso é capaz de produzirágua quente sanitária acima das outrascaldeiras da sua categoria para atenderas necessidades dos mais exigentesem termos de conforto.

Além disso, Genus Premium Evo 35 A+,graças à função Auto, aumenta o con-forto térmico com máxima economia deenergia. Graças a esta função, a caldei-ra seleciona o melhor regime de funcio-namento com base nas condiçõesambientais, eliminando os ciclos on-offe reduzindo ao maximo o desgaste doscomponentes.

Produtos

Page 59: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 60: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

58 /

Produtos

Placa com assinatura de Souto de Moura I OLI

Junkers traz o esquentador para fora do armário I Junkers

A Junkers, marca da divisão da Bosch Termotecnologia, líder anível mundial de sistemas de aquecimento e água quente, acabade lançar no mercado o primeiro esquentador com um designúnico que inclui uma frente em vidro branca de tamanho compactopara instalar e tornar a cozinha mais moderna.

A Junkers acaba de lançar no mercado um novo modelo deesquentador termostático, o HydroCompact 6000i que pode sercontrolado através do seu smartphone ou tablet, onde quer queesteja, desde que tenha instalada a aplicação Junkers Water.

Escolher a temperatura de saída da água e alterá-la sempre quequiser, ter informação precisa e detalhada do consumo de água egás de cada banho, são apenas algumas das funcionalidades aque tem acesso com este esquentador.

Para além destas características, este é um esquentador com: • Design exclusivo com frente em vidro;• Display digital com controlo tátil e a cores;• Esquentador ventilado/estanque termostático;• Controlo da temperatura grau a grau;• Compatível com solar;• Poupança até 35% em gás e 1,5 litros de água de cada vez que abre a torneira.

O HydroCompact 6000i é um dos produtos desenvolvidos e produ-zidos na fábrica da Bosch Termotecnologia de Aveiro, que é o cen-tro de competência mundial da Bosch para soluções de águaquente.

Mantendo a tradição Bosch de liderança em tecnologia e inovação,este centro de investigação, contribui ativamente, para o conceitode casas inteligentes, mantendo sempre uma preocupaçãoambiental no desenvolvimento dos seus produtos, cumprindo coma nova diretiva ErP ao alcançar o patamar mais elevado da classeenergética.

Eduardo Souto de Moura, arqui-teto vencedor do Prémio Pritzker2011, desenhou para OLI umaplaca de comando para autoclis-mos interiores, inspirada no tra-dicional azulejo português.

Chama-se SM15 e o seu aca-bamento em vidro temperadobranco de 5 mm permite umaaplicação harmoniosa em pare-des revestidas com azulejo. Aplaca de comando apresentadois botões redondos, em aca-bamento cromado, de aciona-mento da dupla descarga.

Esta proposta de Souto de Mou rapode ser encontrada nos espa-ços de banho da Pousada daCovilhã, um projeto de reabilita-ção do antigo sanatório da Serrada Estrela.

Com esta parceria, a OLI reforça a sua ligação à arquitetura mundial de referência e afirma-se comoum “player” que compete à escala global, através de soluções de banho inovadoras que incorporamdesign e tecnologia. A empresa sediada em Aveiro exporta 80% da produção para 70 países dos cincocontinentes.

Page 61: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 62: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

60 /

Produtos

Eletrodomésticos que combinam vácuo e vapor I Miele

A preparação de alimentos em vácuo tem sido um método experi-mentado e testado para prolongar a frescura da comida e paraaprimorar os pratos nos restaurantes de luxo. Com a nova gavetade selagem de vácuo e um forno a vapor da Miele, todos os con-sumidores têm agora acesso a uma vasta variedade de aplicaçõesconvenientes para as suas casas - e podem contar com a confe-ção de pratos de primeira qualidade nas suas cozinhas.

A gaveta de selagem de vácuo foi desenhada conforme o designda Generation 6000 da Miele, e a câmara de vácuo apenas setorna visível quando a gaveta é aberta. Com 14 cm de altura, esteproduto combina na perfeição com várias unidades compactaspara encher um clássico nicho de 60 cm. Nos controlos, o utiliza-dor pode definir o nível de vácuo e a duração da selagem, sendoque o modo mais alto consegue um vácuo quase completo e aten-de às necessidades profissionais.

Por outro lado, todos os fornos a vapor da Miele permitem cozinharem “Sous-vide”, uma vez que todos os modelos atingem tempera-turas entre os 45 e os 90 ºC e conseguem manter temperaturasprecisas. E a maior parte dos modelos, lançados desde o início de2015, têm o seu próprio modo “Sous-vide” operacional, permitindotempos lentos de cozedura, até 10 horas.

Cozinhar em "Sous-vide", vácuo em francês, é o termo dado aométodo da preparação de comida em que esta é embalada emvácuo, em sacos de plástico, e cozinhada lentamente. Ideal paracarne e peixe, este método permite que ervas, temperos e marina-das desenvolvam o seu aroma, sem se evaporarem - o efeito domarinado é aprimorado. Para este método, a gaveta de vácuo e oforno a vapor unem-se para formar uma equipa fantástica.

Page 63: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Sensor Connect: um dia todos os esquentadores serão assim I VulcanoA Vulcano, marca portuguesa líder em soluções de água quente e solar térmico,marcou a diferença no mercado com o lançamento do Sensor Connect, o primeiroesquentador termostático compacto com tecnologia de conectividade via SmartBluetooth.

Através de uma aplicação gratuita e compatível com smartphones e tablets, oconsumidor pode, entre outras funcionalidades, controlar remotamente o esquen-tador, estabelecer padrões de conforto, definir a temperatura desejada e consultargráficos dos últimos consumos de água e gás. Com o Sensor Connect é aindapossível a selecionar grau a grau a temperatura, dos 35º C aos 60º C, e continuara disfrutar do melhor nível de desempenho, sempre estável ao longo da utilização.

Disponível nos modelos de 12 e 15 litros, o mais avançado esquentador do mer-cado é de fácil instalação, incentivando a ambientes modernos. Com um designexclusivo e inovador, alia a robustez à elegância de uma frente em vidro negro eum ecrã touch. O Sensor Connect permite ainda poupar até 35% no consumo degás e cerca de 60 litros de água por dia, com o maior rendimento de um esquen-tador estanque do segmento doméstico: até 94%.

Vencedor da edição de 2015 do "Prémio Produto Inovação COTEC-Unicer", des-tinado a distinguir os produtos mais inovadores desenvolvidos em Portugal, oSensor Connect inaugura uma nova era no mercado de esquentadores, sendoque nunca a tecnologia da Vulcano tinha ido tão longe em termos de inovação, res-peito pelo ambiente, pela economia, pelo conforto e pela segurança das famílias.

Page 64: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

62 /

Produtos

Linha Sanibold I Sanindusa

A Sanibold surgiu para conquistar ambientesque apelam à sensualidade e fluidez formal.Esta linha é composta por sanita e bidé sus-pensos, dois lavatórios de pousar e um móvel.

As peças suspensas são ideais para facilitar alimpeza e ganhar espaço na casa de banho, aomesmo tempo que aportam a sensação demaior amplitude a áreas pequenas e garantemgrande comodidade e conforto na utilização.

Os lavatórios, para além das suas formas equi-libradas, têm como particularidade a finaespessura da aba. Estão disponíveis em duasdimensões, 48x40 cm e 60x40 cm, e podemser aplicados sobre móvel ou bancada.

O móvel tem arrumação e toalheiro, sem bar-reiras de acesso. A sua combinação com olavatório resulta num conjunto original e harmo-nioso, de caráter essencial, simples e elegante.

Page 65: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar
Page 66: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

O projeto obedece ao loteamento existente, encostando a novaconstrução, à empena cega da habitação a poente, replicando a suavolumetria, num rigoroso prolongamento de alinhamentos, cércease pendentes dos planos inclinados das coberturas.

O programa organiza-se na nova volumetria, um processo de sub-tração de massa, permitindo que os espaços interiores ganhem luznatural e vistas para o jardim e parque da cidade.

A casa organiza-se em três pisos. A partir da Avenida da Boavista,um terreiro de saibro permite o acesso pedonal e automóvel.

64 /

Arquitetura

Tirando partido do desnível do terreno, o automóvel arruma-se neste piso parcialmente enterrado, permitindo que o jar-dim, voltado a sul, se eleve, juntamente com os espaçossociais e cozinha. No piso superior três quartos e dois quar-tos de banho completam o programa.

Casa da Boavista

LOCALIZADA NA EXTREMIDADE POENTE DA AVENIDA DA BOAVISTA, EMFRENTE AO PARQUE DA CIDADE, A NOVA CASA INTEGRA-SE NA FRENTEURBANA DE HABITAÇÃO UNIFAMILIAR EXISTENTE.

Distribuição de pisos

• Acesso Automóvel• Acesso Pedonal• Pátio• Garagem

• Canil• Lavandaria• Despensa

PISO 0

Page 67: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 65

Principais materiais utilizados

• Aglomerado negro de cortiça• Cola impermeabilizante• Presilha em chapa de zinco• Caleira em chapa lacada• Isolamento em poliestireno extrudido• Chapa de ferro galvanizada e lacada• Estore de rolo• MDF esmaltado com espessura 1 mm• Chapa de ferro lacada espessura 10 mm• Tubular de ferro 50x70x3 mm• Caixilho em alumínio lacado• Vidro• ETICS• Argamassa cerzitada• Lajeta de betão branco pré-fabricada espessura 40 mm• Telas Betuminosas de grão mineral• Isolamento térmico PIR espessura 40 mm• Barreira de vapor• Camada de regularização e forma• Soalho colado espessura 14 mm• Cama de cortiça• Camada de regularização• Camada de enchimento• Betão• Reboco• Tubular de ferro 45x20x3 mm• Perfil U em ferro espessura 3 mm• MDF esmaltado espessura 20 mm• Lambrim em quartzo espessura 12 mm• Isolamento térmico PIR

Ficha técnica

• Local Avenida da Boavista, Porto • Programa habitação unifamiliar• Área lote 520 m²• Área de construção 377 m²• Projeto 2014 • Obra 2015� • Arquitectura barbosa & Guimarães - Arquitetos • Especialidades pórtico• Empresa construtora criat• Director de obra Paulo Dias

PISO 1• Hall• Sala de Estar• Escritório• Sala de Jantar• Cozinha• Lavabo• Jardim

PISO 2• Quarto Suite• Sanitário Suite• Quarto 1• Quarto 2• Sanitário• Arrumo• Varanda

Page 68: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Com base na genética do lugar, a intervenção tem como prin-cipal objetivo criar um espaço contemporâneo sem que esteinterfira na paz da área rural.

Um volume puro, com base retangular, acondiciona-se ao ter-reno, abrindo-se para a paisagem verde envolvente. A purezavolumétrica desejada pelo cliente dá o mote para o projeto, e onovo habitante do local é, hoje, mais um dos socalcos do ter-reno perfeitamente equilibrado.

O ato de habitar desenrola-se, assim, em todo o volume debetão, puro, cru, pousado no terreno, à espera de envelhecercom o passar dos dias...refletindo a vida do campo.

Nível 1ARRUMOS | GARAGEMEste espaço, com relação direta com a garagem, serve deapoio para arrumação, ao presente nível da habitação bemcomo ao exterior desta.

66 /

Arquitetura

GARAGEMA garagem, com um espaço destinado ao estacionamentode 4 carros, encontra-se à cota baixa da habitação, e esta-belece uma relação direta com o exterior através de um por-tão de fole e, por consequência, com acesso à via pública.A ventilação deste espaço é efetuada com suporte a estru-turas mecânicas.

HALL DE DISTRIBUIÇÃOEste espaço estabelece uma relação direta com a gara-gem, que por consequência estabelece relação com alavandaria, o salão e o vão de escadas que dá acesso aonível 2.

LAVANDARIAApoio das atividades domésticas, como sendo o tratamentode roupa e arrumos, tendo um acesso independente.

As suas paredes são integramente revestidas a materiallavável do tipo pintura epoxy, e todo o espaço é devidamen-te ventilado com recurso a vãos existentes na fachada eainda um reforço de ventilação, por intermédio de ventilaçãomecânica.

ARRUMOS | LAVANDARIAEste espaço serve de apoio à lavandaria. As suas paredessão integramente revestidas a material lavável do tipo pintu-ra epoxy, e todo o espaço é devidamente ventilado por inter-médio a ventilação mecânica.

Casa Sambade Penafiel

A PRESENTE MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DEARQUITETURA AO PROJETO QUE VISOU A CONSTRUÇÃO DEUMA RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR, NUMA PARCELA DE TERRENOLOCALIZADO NO LUGAR DE SAMBADE, “QUINTA DOCARREIRO”, FREGUESIA DE URRÔ, CONCELHO DEPENAFIEL. UM LOCAL SERENO, SOBRE O QUAL A NATUREZASE AFIRMA.

Page 69: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 67

ARRUMOS | ARQUIVOEste espaço destina-se a albergar os arrumos gerais da habita-ção e um pequeno arquivo morto, devido à necessidade profis-sional dos utilizadores da habitação, sendo no entanto umespaço amplo, passível de ser compartimentado com umasestantes, e ventilado e iluminado naturalmente, com recurso afenestrações verticais com a altura total do pé-direito livre de2.50 m.

INSTALAÇÃO SANITÁRIAA instalação sanitária de serviço apoia toda a área social donível 1 da casa. Este espaço tem uma sanita suspensa e umlavatório, sendo todas as paredes pintadas a tinta lavável dotipo Cinacryl, de cor clara. A ventilação deste espaço é feita deforma mecânica.

ARRUMO | JARDINAGEMArmazenamento de produtos de apoio à jardinagem, com ven-tilação mecânica.

CORREDOR DE DISTRIBUIÇÃOEste espaço estabelece uma relação entre o salão, a zona debanho, a casa de máquinas e o exterior. O desnível entre a cotade soleira de referência (cota do interior da habitação) e a cotado exterior é de 2 cm.

CASA DAS MÁQUINASÁrea técnica, dotada de todas as maquinarias necessárias àmanutenção da piscina.

TANQUE DE COMPENSAÇÃOEste espaço é uma área técnica da piscina, destinado à recolha deáguas.

Nível 2

PÁTIO DE ENTRADAUm espaço de transição entre exterior e interior - é o primeiromomento de entrada na habitação, um espaço amplo, permitindo ainscrição de uma zona de manobra. O desnível entre a cota de solei-ra de referência (cota do interior da habitação) e a cota do exterior éde 0,70 cm, sendo este desnível vencido através de um rampa emcorten com uma inclinação de 5%, cumprindo desta forma o regula-mento de acessibilidade.

O acesso ao interior da habitação é realizado através de um vãolivre com 1 m de abertura e um espaço livre de manobra.

SALA DE ESTAREste espaço apresenta-se como o primeiro momento de entrada nahabitação, caracterizando-se por um amplo espaço de estar e con-templação da paisagem, que estabelece uma relação direta com oexterior, para a varanda, através de vãos na fachada sul, com a altu-ra total do pé-direito livre, permitindo desta forma uma correta ilumi-nação e ventilação natural de toda a área social da habitação.

SALA DE JANTARA zona de jantar caracteriza-se como um espaço amplo, ventilado eiluminado naturalmente, com recurso a fenestrações verticais com aaltura total do pé-direito livre de 2.50 m.

Este espaço comunica de forma direta com a cozinha e com a zonade estar, partilhando inclusive com este último a lareira, que será dedupla face.

COZINHAA cozinha funciona como um espaço integrado, sendo devidamentecompartimentado por um sistema de portadas de correr, que permi-tem encerrar completamente este espaço. A cozinha foi pintada comtinta acrílica lavável, do tipo Cinacryl, garantindo desta forma a cor-reta higienização do espaço de confeção de alimentos.

Este espaço é ventilado e iluminado naturalmente, com recurso afenestrações verticais com a altura total do pé-direito livre. A extra-ção de gases ou odores é garantida por meio de ventilação forçadamecanicamente, com recurso à colocação de uma campânula extra-tora a integrar no mobiliário.

INSTALAÇÃO SANITÁRIA DE SERVIÇOA instalação sanitária de serviço apoia toda a área social da casa.Este espaço é dotado de uma sanita suspensa e um lavatório,sendo todas as paredes pintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, decor clara. A ventilação deste espaço é assegurada de forma mecâ-nica.

ESCRITÓRIO | BIBLIOTECAEste espaço está relacionado diretamente com a área social dahabitação e o pátio de entrada. Estabelece ainda uma relação diretacom um w.c. privado, e com o exterior através de vãos verticais coma altura total do pé-direito, permitindo desta forma uma correta ilu-minação e ventilação natural de todo este espaço.

Page 70: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

68 /

INSTALAÇÃO SANITÁRIAEsta instalação sanitária serve de apoio ao escritório. Este espaço édotado de uma sanita suspensa, um lavatório e uma base de duche,sendo todas as paredes pintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, decor clara. A ventilação é assegurada de forma mecânica.

CORREDOR DE DISTRIBUIÇÃOA zona de distribuição estabelece relação entre a área social e osquartos. A iluminação deste espaço e a sua ventilação é realizadaatravés dos vãos do pátio de entrada, com a altura total do pé-direi-to livre de 2.50 m.

QUARTOSOs quartos 1 e 2 surgem como quartos secundários da casa. A ilu-minação e ventilação natural dos quartos é assegurada pelos vãosabertos na fachada sul.

INSTALAÇÕES SANITÁRIASAs instalações sanitárias estabelecem uma relação direta de apoioaos quartos 1 e 2. Estes espaços estão dotados de uma sanita sus-pensa, um lavatório e uma base de duche, sendo todas as paredespintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, de cor clara. A iluminaçãoe ventilação é assegurada de forma natural, através de vãos colo-cados na fachada sul da habitação.

CLOSETEstes espaços, que estabelecem uma relação direta com as insta-lações sanitárias dos quartos, respetivamente, apresentam-secomo um espaço de arrumo de vestuário, sendo a sua ventilaçãoefetuada através de meios mecânicos.

SUITEA suite é o quarto principal da casa, devido à sua área ser superiora todos os outros e à sua proximidade com o w.c. acessível. A ilu-minação e ventilação deste espaço é efetuada de formal naturalatravés de vãos da fachada sul.

Arquitetura

INSTALAÇÕES SANITÁRIASO w.c. de apoio ao quarto principal é considerado como o w.c.acessível, cumprindo desta forma a exigência de instalação daspeças sanitárias a seguir descritas: um lavatório montado sobrebancada suspensa, um bidé suspenso e uma bacia de retreteigualmente suspensa, com mecanismo de descarga encastradona parede do tipo fluxometro. A zona de banho é constituída poruma base de duche, com dimensões que permitem a colocaçãode uma banheira.

As paredes são pintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, de corclara. A iluminação e ventilação destes espaços é assegurada deforma natural, através de vãos colocados na fachada oeste dahabitação.

CLOSETEste espaço estabelece uma articulação ente a suite, a zona debanho e o w.c. Este espaço apresenta-se fundamentalmentecomo um espaço de arrumo de vestuário, sendo a sua ventilaçãoefetuada através de meios mecânicos.

ZONA DE BANHOEste espaço apresenta-se como sendo um espaço de contempla-ção da paisagem, de relaxe, possibilitando o uso de uma banheiracom dimensões consideráveis. A iluminação e ventilação desteespaço é efetuada através do vão a sul.

VARANDAEste espaço apresenta-se como plataforma de estar que seestende entre a fachada sul e este da habitação, uma plataformacontínua em deck que possibilita desfrutar de uma relação diretacom a natureza que envolve toda a construção.

PISCINAUma piscina de transbordo remata a construção a este, e apre-senta-se como um espaço de lazer e relaxe.

Page 71: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 69

ESCADASA ligação entre os diferentes níveis da habitação é assegurada por umaescada de dois lanços, com degraus na proporção 18x28 cm, tendo cadaum dos lanços uma largura mínima de 1.20 m sendo protegido por corrimãoguarda-corpos em vidro.

Os degraus não apresentam qualquer elemento saliente ou reentrante, esão totalmente revestidos a madeira de Riga nova.

MATERIAIS, SUSTENTABILIDADE E MANUTENÇÃOPensando na manutenção e na sustentabilidade económica da habitação,a intervenção assumiu algumas preocupações do ponto de vista energéticode forma a poder reduzir os seus gastos ao longo da sua vida útil.

Genericamente, os alçados exteriores da habitação assumem dois mate-riais, betão aparente com cofragem em madeira e vidro, sendo ambos osmateriais de escassa manutenção.

A cobertura é em tela PVC do tipo Sarnafil da Sika, à cor de betão, procu-rando manter a imagem de um bloco de betão, sendo o seu isolamento tér-mico efetuado por baixo da tela, com recurso a lã de rocha de 10 cm.

O aquecimento de água quente sanitária é efetuado com recurso a painéissolares, que poderão produzir toda a água quente necessária ao dia a diada habitação, podendo ainda estes painéis serem em maior número e(caso se verifique viável) serem microgeradores de energia para consumopróprio ou cedência à rede.

As paredes interiores são na sua maioria executadas em gesso cartonado,com placa dupla fixa à contrafiada, com isolamento acústico de lã de rochade 40 kg/m³ no seu interior.

Os tetos são corrigidos acusticamente com recurso à colocação de lã derocha sobre o gesso cartonado, aumentando desta forma a massa do con-junto, permitindo uma maior absorção sonora dos ruídos causados pelareverberação.

As zonas de água e instalações sanitárias são revestidas amaterial lavável, como por exemplo tintas epoxy e materialcerâmico.

A climatização do espaço é efetuado com recurso a ar-con-dicionado ou pavimento radiante hidráulico, alimentadospor bomba de calor de alta eficiência, o que ajudará a redu-zir as necessidades energéticas na climatização total doespaço. A totalidade dos vãos são executados em alumíniocom rotura térmica, e dotados de vidros duplos com fatorsolar.

ARRANJOS EXTERIORESNo que aos arranjos exteriores diz respeito, a proposta pro-cura uma relação forte com a natureza, preservando parao efeito as árvores de grande porte existentes no local, bemcomo as árvores de fruto existentes e as sebes que ante-cedem os muros que confrontam com a via pública. É pre-tensão que todo o espaço livre apresente uma forte per-meabilidade à água, pelo que as zonas verdes serão com-postas por relva natural, e as zonas que definem os percur-sos de veículos serão em grelhas de enrelvamento, repon-do assim a dinâmica natural do terreno.

VEDAÇÕES, GUARDAS E TRABALHOS EM FERROTodas as escadas estão devidamente protegidas por guar-da-corpos e corrimãos, respeitando todas a proporção18x28 cm.

VENTILAÇÕESTodos os espaços estão ventilados com recurso a meiosnaturais, através dos vãos praticados nas fachadas, sendoque nos casos em que este não foi possível recorreu-se ameios de ventilação mecânicos, tais como unidades de tra-tamento de ar, ventiloconvectores e extratores de ar.

CONSIDERAÇÕES FINAISTodos os materiais são de resistência ao fogo e os acaba-mentos dos espaços de águas são efetuados por materiaisimpermeáveis e laváveis a toda a altura das paredes. Astintas e vernizes utilizados cumprem as normativas comu-nitárias de segurança, sendo não tóxicos, anti fungos e,sempre que possível, laváveis.

O projeto cumpre os requisitos para ser acessível por pes-soas com mobilidade reduzida, tal como o percurso exterioré efetuado de forma natural com pendentes inferiores a 6%.

FICHA TÉCNICA

Ano: 2011 - 2014Tamanho: 1 177 m²Autor: spaceworkers®

Engenheiro• Lino Correia Engenharia

Equipa Principal Arquitetos• Henrique Marques• Rui Dinis

Arquitetos• Rui Rodrigues • Sérgio Rocha• Rui Miguel• Vasco Giesta• Pedro Silva

Diretor Financeiro• Carla Duarte - cfo

Page 72: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

A presente proposta estima uma área de implantação de 204,00 m²e uma área bruta de construção de 354,50 m², sendo que o edifíciose desenvolve em dois pisos.

Volumetricamente, o edifício materializa no exterior volumes distin-tos para os diferentes compartimentos, reproduzindo saliências emconsola, que assinalam na fachada os espaços interiores.

No piso térreo encontram-se as áreas sociais e de serviço da habi-tação, nomeadamente:

70 /

Arquitetura Moradia em Moçambique

A PRESENTE MEMÓRIA DESCRITIVA, DO GABINETE DE ARQUITETURA EENGENHARIA GIMA PROJECTOS, DE JANEIRO DE 2016, DIZ RESPEITOAO PROJETO DE ARQUITETURA, NA FASE DE ESTUDO PRÉVIO, DE UMAMORADIA DE TIPOLOGIA T4 A IMPLANTAR NUM TERRENO COM 1.200 M².

COMPARTIMENTO

Garagem (2 lugares)Hall de entradaÁrea de circulação (com escadaria)I.S. de serviçoSala ComumCozinhaDespensaCopa/Zona de lavagemLavandaria

ÁREA

39,65 m²3,65 m²38,15 m²4,50 m²32,30 m²22,80 m²3,20 m²3,80 m²5,00 m²

Page 73: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 71

COMPARTIMENTO

Master Suite + Closet + I.SQuarto Suite 1 + I.SQuarto Suite 2 + I.SQuarto Suite 3 + I.SSala de Jogos

ÁREA

41,9019,30 m²19,30 m²20,40 m²22,20 m²

Os espaços do piso térreo poderão funcionar como um opens-pace ao ter-se optado pelo uso de portas de correr (painéisdeslizantes) que podem ou não encerrar os espaços, ou tornara circulação sempre fluída nestas zonas sociais.

A sala de jantar e a cozinha dão acesso a uma área exteriorcoberta, possibilitando uma área de lazer e reunião abrigada evoltada para o jardim.

Existem ainda dois acessos de serviço, pela garagem ou pelalavandaria, permitindo um uso distinto e separado do resto dahabitação.

No piso 1 estarão os compartimentos de carácter privado,nomeadamente:

Todos os quartos têm instalação sanitária própria e roupeirosencastrados, permitindo ainda a ocupação do quarto com umacama (de casal ou individual) e ainda um sofá ou secretária. Todosos espaços do piso 1 são iluminados por grandes vãos que dãoacesso a terraços.

Page 74: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Há imagens incontornáveis das aldeias e propriedades rurais que rete-mos desde sempre. A primeira imagem que associamos ao terreno e aolugar é a dos tanques de água: comunitários ou privados, serviam paralavar, para abastecer água ou até para as brincadeiras de criança maisou menos ilícitas. Acima de tudo funcionavam como um importanteponto de encontro, de trabalho e de vida em comunidade.

A habitação é composta por um volume em betão que alberga a pis-cina e que se eleva do solo, permitindo agregar o programa na parteinferior, reforçando a ideia de abrigo. A piscina assume especial rele-vância no desenho, procurando na sua relação com o terreno a ima-gem dos antigos tanques.

72 /

Arquitetura

O programa é composto por uma sala/cozinha, um quarto euma casa de banho, que se organizam em torno de um pátiointerior que assegura a iluminação e ventilação dos espaços.

Materiais: Betão e Vidro.

Refúgio na Montaria

A CASA REFÚGIO NA MONTARIA LOCALIZA-SE NUM TERRENO ÍNGREME, NOLIMITE DA ALDEIA, COM UMA VISTA PRIVILEGIADA SOBRE A SERRA D’ARGA.A CONSTRUÇÃO OCUPA O ESPAÇO DA RUÍNA EXISTENTE NO TERRENO.

FICHA TÉCNICA

Arquitetura: Carvalho Araújo, Arquitectura e Design

Equipa: José Manuel Carvalho Araújo, Joel Moniz, FranciscoVacas, Ana Vilar, Tiago Curado Almeida, Leandro Silva, JoãoSantos

Nome de projeto: Refúgio na Montaria

Data: 2010 - 2015

Localização: Viana do Castelo

Page 75: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 73

ESPECIALIDADES

Arquitetura paisagista: JBJC - João Bicho e Joana Carneiro, Arquitetura Paisagista, Lda Estruturas: Pedro Alves Instalações hidráulicas: Pedro Alves Instalações elétricas: Inovolt Comunicação: Inovolt Segurança integrada: Pedro Alves Segurança contra incêndios: Pedro Alves Segurança e saúde: Marta Moniz Acústica: Diogo Mateus (Vagaeng) Iluminação: Alfilux (interior) / José Castro (exterior) Mobiliário: Sirvent Constructor: José Castro & Filhos, SAFotografia: ©Hugo Carvalho Araújo

Page 76: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

74 /

Decoração Projeto de Arquitetura de InterioresRemodelação de Apartamento

TENDO PRESENTE PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ADICIO-NANDO ALGUNS TRUQUES SIMPLES, A ARQUITETA SUZANAALVES MOSTRA NESTE PROJETO COMO É POSSÍVELTRANSFORMAR ESPAÇOS DE REDUZIDA DIMENSÃO EMAMBIENTES CONFORTÁVEIS DE MAIOR AMPLITUDE.

A filosofia da transformação teve em especial atenção o aproveitamentomáximo da luz exterior e a eliminação de uma lareira. Alguns móveis foramrestaurados e lacados com acabamento brilhante, integrando-se com omobiliário novo. A fusão perfeita para receber peças de valor familiar deorigem africana. A sala de estar, aberta às refeições e vocacionada para oconvívio, com sofá contemporâneo, ganhou personalidade, área de circu-lação e uma agradável sensação de amplitude.

A composição vale-se de um contraste e encontro de estilos, entre doispaíses, Portugal e Angola. A mistura das texturas (veludos, linhos, algo-dão, couro) e dos materiais escolhidos, do pau-santo e dos lacados aosespelhos, à iluminação pontual tornam o espaço mais convidativo.

Em pleno coração de Leça da Palmeira, este apartamentofoi remodelado e, essencialmente, reorganizado, privile-giando uma planta simples e a transição natural entre o hallde entrada e os espaços comuns.

Page 77: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 75

Conforto, equilíbrio de peças, iluminação, são vetores pelos quais aarquiteta se rege, por isso, espelhos, candeeiros, peças de família eobjetos com brilho são elementos sempre presentes e este projeto éexemplo disso.

Apesar da predominância de brancos e tons neutros, pincelados comdetalhes de cor, a qualquer alteração de humor, estação ou tendên-cia, podem ser trocados vários objetos deixando a porta aberta àmudança.

A utilização de papel de parede reforça a atmosfera atual e acolhedo-ra do projeto.

Os espelhos são elementos simples, mas contribuí-ram decisivamente para o efeito de ampliação doambiente.

Colocados estrategicamente foram impulsionadoresde uma dinâmica de profundidade espacial e foramtambém responsáveis pela promoção de uma novafonte de luz natural. Um reflexo é uma realidade!

Os cortinados brancos deixam entrar a luz que inun-da a sala de estar e sala de jantar, sem criarem fil-tros de cor.

Page 78: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

76 /

Expocomfort | Milão 15 a 18 de Março

Feiras

REALIZOU-SE NO PASSADO MÊS DE MARÇO ENTRE OS DIAS 15 E 18 AMOSTRA CONVENÇÃO EXPOCOMFORT DE MILÃO.

A MCE É O LOCAL DE ENCONTRO IDEAL PARA TODA A CADEIA DE VALORDAS SOLUÇÕES PARA O CONFORTO HABITACIONAL. À DISPOSIÇÃO DE UMPÚBLICO DIVERSIFICADO E ALTAMENTE ESPECIALIZADO, PROVENIENTE DETODO O MUNDO, A VITRINA DE EXCELÊNCIA DE TODAS AS TECNOLOGIASMAIS INOVADORAS NOS SECTORES DE HIDRO-SANITÁRIO TÉRMICO, DOSSISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO E DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS. O PRESTÍGIOE A FUNCIONALIDADE DA FEIRA DE MILÃO, A PAR DA QUALIDADE ASSE-GURADA PELA ORGANIZAÇÃO, FAZEM DA MCE UM EVENTO MUNDIALÚNICO, PONTO DE ENCONTRO PARA OS PROFISSIONAIS DO SECTOR QUEBUSCAM INOVAÇÃO E OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO.

O EVENTO FOI ENCERRADO COM RESULTADOS QUE CONFIRMAM A LIDE-RANÇA MUNDIAL NOS SECTORES DE ENGENHARIA DA PLANTA, AR CON-DICIONADO E ENERGIAS RENOVÁVEIS. MAIS DE 2.100 EXPOSITORES,DOS QUAIS 40% ESTRANGEIROS, PARA MAIS DE 155.000 VISITANTES DETODO O MUNDO, COM UMA TENDÊNCIA POSITIVA PARA OS FLUXOSESTRANGEIROS (+ 5,5%), CONFIRMANDO QUE MCE FALA TODAS ASLÍNGUAS DO MUNDO.

SEGUE O TESTEMUNHO DE EMPRESAS PORTUGUESAS PRESENTES NAFEIRA

ENERGIE

“A Energie, empresa nacional fabricante de sistemas solares termodinâmicos e bom-bas de calor, esteve presente em mais uma edição da maior feira mundial de clima-tização, a Mostra Convegno, que se realizou em Milão no passado mês de março.Com novos produtos, um novo design e um stand de maiores dimensões que nasedições anteriores, albergou um número recorde de visitas, que rondou as 2000.

A aposta na consolidação na notoriedade da marca em Itália, mas também nos paí-ses limítrofes, tem sido a estratégia da empresa nos últimos anos, e o enormesucesso obtido nesta feira veio ajudar a realizar esse objetivo.

A presença na feira permitiu também estabelecer importantes contactos com distri-buidores de outros países, que se mostraram bastante interessados pela tecnologiae pelos produtos. O departamento internacional está a fechar contratos de distribui-ção para mais 4 novos países, que somam aos 45 onde a Energie já tem sistemasinstalados. O resultado da participação é assim bastante positivo.

De salientar que a Energie segue em crescimento nos mercados internacionais,levando a tecnologia e a indústria portuguesa além-fronteiras, reforçando também amarca Portugal da qual se orgulha.”

PEXTUBE

“A Pextube apresentou na Feira de Milão MCE 2016os novos produtos estrela, Tubo Multicapa Perfilkapa etubo de PPR com Fibra de Vidro, Perfilfiber.

Presente já em 64 países, a Pextube recebeu clien-tes de 45 nacionalidades, importantes para odesenvolvimento do seu projeto de exportação.”

Page 79: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

/ 77

SOPORMETAL

“A Sopormetal, pela segundaedição consecutiva, marcou pre-sença na MCE - Mostra Con -vegno Expocomfort, aumentan-do o investimento feito de formaa consolidar a sua exposiçãonos mercados expansionistas daEuropa de Leste, Norte de Africae Médio Oriente.

A aposta nestes mercados é,aliás, parte integrante da estra-tégia comercial da empresa nosúltimos anos.”

BARROS & MOREIRA

“O Grupo B&M apresentou-se na MCE 2016com a sua marca Ctesi, com uma gama de tor-neiras e acessórios de banho, oferecendo umaperfeita combinação entre o design contempo-râneo e uma excelente funcionalidade, e tam-bém com a sua marca BMK, apresentandouma ampla gama de artigos plásticos sanitá-rios, dos quais se destacam os autoclismos erespetivos mecanismos.

A Feira constituiu um sucesso pelo carácterprofissional e global dos contactos que a B&Mestabeleceu e pelo reforço da notoriedade ereconhecimento no mercado internacional,dado que esta feira reúne um conjunto de visi-tantes profissionais de uma enorme diversidadegeográfica, constituindo por isso um certamede extrema importância para o sector.”

PLIMAT

“A feira Mostra Convegno emMilão é uma feira muito importan-te para a Plimat. Além de conse-guirmos recolher bastantes con-tactos novos, é uma maneira derever alguns clientes e amigosque estão situados do outro ladodo planeta. Esta edição não foiexceção, expusemos alguns pro-dutos novos e recebemos bastan-tes pessoas vindas de vários paí-ses espalhados pelo mundo.”

Page 80: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

78 /

AGÊNCIAS

AD CommunicationRua São Nicolau, 2, Sala 2054520-248 Santa Maria da FeiraTel.: 256 391 998Fax: 256 282 509E-mail: [email protected]: www.adcommunication.pt

UlledAv. Duque Loulé, 123, Studio 4.61069-152 LisboaTel.: 213 502 490Fax: 213 559 287E-mail: [email protected]: www.ulled.com

VF ComunicaçãoAv. Fontes Pereira de Melo, 31, 4C1050-117 LisboaTel.: 213 570 436E-mail:[email protected]: www.vfcomunicacao.com

YoungNetworkRua Fernando Vaz, 12 A1750-108 LisboaTel.: 217 506 050Fax: 217 506 051E-mail: [email protected]: www.youngnetwork.net

ARQUITETURA

Barbosa & Guimarães, ArquitectosRua de Brito Capelo, 10234450-077 MatosinhosTel.: 229 363 022E-mail: [email protected]: www.barbosa-guimaraes.com

Carvalho Araújo - Arquitectura e Design Rua Eça de Queirós, 98 4700-315 Braga Tel.: 253 283 580 Fax: 253 283 582 E-mail: [email protected] Site: www.carvalhoaraujo.com

GIMA Projectos - Arquitectura eEngenharia, LdaRua Almirante Sarmento RodriguesLote 7 - Olaias1900-882 LisboaTel.: 210 107 848E-mail: [email protected]: www.gima-projectos.pt

spaceworkersR. Central do Bairro, 7924580-591 Mouriz ParedesTel.: 255 781 150E-mail: [email protected]: www.spaceworkers.pt

Superfícies de EstiloAv. Menéres, 5344450-189 MatosinhosTlm.: 916 106 048E-mail: [email protected]:www.facebook.com/SuperficiesDeEstilo

DIVULGAÇÃO

Barros & Moreira, SARua Industrial, 8Zona Industrial da Ponte Seca2510-752 Gaeiras - Óbidos Te.: 262 837 230Fax: 262 837 231E-mail: [email protected]: www.barros-moreira.pt

Grupo Preceram Travasso - Apartado 313101-901 PombalTel.: 236 210 160Fax: 236 210 169 E-mail: [email protected]:www.SolucoesParaConstrucao.com /www.preceram.pt

Ovarmat - Mat. de Construção, LdaRua do Seixo, 45 (EN 109)3880-557 Válega - OvarTel.: 234 884 486 Fax: 234 884 987E-mail: [email protected]: www.ovarmat.pt

TechnalRua Guiné2689-513 Prior VelhoTel.: 219 405 700; Fax: 219 405 790E-mail: [email protected]: www.technal.com

Saint-Gobain Weber Portugal, SAZona Industrial de Taboeira3800-055 Aveiro Tel: 234 301 130; Fax: 234 301 144 Sie: www.weber.com.pt

DOSSIERECOEFICIÊNCIA

Amorim Cork CompositesRua de Meladas, 2604535-186 MozelosTel.: 227 475 300; Fax: 227 475 301Site: www.amorimcorkcomposites.com

Imperalum, SAZona Industrial - Pau Queimado 2870-100 MontijoTel.: 212 327 100; Fax: 212 327 101E-mail: [email protected] Site: www.imperalum.com

Sika Portugal - Produtos Construção eIndústria, SARua de Santarém, 1134400-292 Vila Nova de GaiaTel.: 223 776 900; Fax: 223 702 012Site: prt.sika.com

Universidade da Beira InteriorRua Marquês D'Ávila e Bolama6201-001 CovilhãTel.: 275 319 700; Fax: 275 329 183E-mail: [email protected]: www.ubi.pt

ECONOMIA

Banco de PortugalRua do Comércio, 1481100-150 LisboaE-mail: [email protected]: www.bportugal.pt

CI - Confidencial ImobiliárioRua Gonçalo Cristóvão, 185, 6º 4049-012 PortoTel.: 222 085 009 Fax: 222 085 010 E-mail: [email protected]: www.confidencialimobiliario.com

Instituto Nacional de EstatisticaAv. de António José de Almeida1000-043 LisboaTel.: 218 426 100 Fax: 218 454 083 E-mail: [email protected] Site: www.ine.pt

ENTREVISTA

Coelho da Silva & Castelo, SARua Dom Afonso Henriques, 6384435-006 Rio TintoTel.: 229 789 001Fax: 229 732 429E-mail: [email protected] Site: www.cscastelo.com

Inovconcept, LdaRua Adolfo Casais Monteiro, 834050-014 PortoTel.: 220 114 044E-mail: [email protected]: www.inovconcept.com

Roca, SAPonte da Madalena2416-905 LeiriaTel.: 244 720 000Fax: 244 722 373Site: www.roca.com

FEIRASMCE - Mostra Convegno ExpocomfortVia Marostica, 120146 MilanoTel.: 02 435 170.1Fax: 02 331 434 8E-mail: [email protected]: www.mcexpocomfort.it

Moradas

Page 81: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

ARQUITETOS ENGENHEIROS PROJETISTASEMPRESAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Os mesmos desafios na gestão?NÓS TEMOS A SOLUÇÃO.

#sageapoiaagestao

Page 82: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

PRODUTOSAriston Thermo Portugal, LdaZona Industrial da AbrunheiraCentro Empresarial Sintra BusinessParkEdificio 1 - Escritório K2710-089 SintraTel.: 219 605 300Fax: 219 616 127E-mai:[email protected]: www.aristonthermo.com.pt

JunkersBosch Termotecnologia, SAAv. Infante D. Henrique, Lotes 2E-3E1800-220 LisboaTel.: 218 500 000Fax: 218 500 161E-mail: [email protected]: www.junkers.pt

Miele Portuguesa, LdaAv. do Forte, 52790-073 CarnaxideTel.: 214 248 100Fax: 214 248 109E-mail: [email protected]: www.miele.pt

Oliveira & Irmão, SATravessa de Milão, Esgueira 3800-314 AveiroTel.: 234 300 200 Fax: 234 300 210 E-mail: [email protected] Site: www.oli-world.com

Sanindusa, SA Zona Industrial Aveiro Sul, P.O.Box 43 3811-901 AveiroTel.: 234 940 250Fax: 234 940 266E-mail: [email protected]: www.sanindusa.pt

VulcanoAv. Infante D. Henrique, Lotes 2E e 3E 1800-220 LisboaTel.: 218 500 300Fax: 218 500 301E-mail: [email protected]: www.vulcano.pt

80 /

Moradas

PRÓXIMA EDIÇÃO

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

RESERVE JÁ!

Page 83: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

Sustainable

Page 84: © Rubén Pérez Bescós - apcmc.pt · Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as ... O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões de euros, para participar

PLACA DE GESSOCOM ALTA RESISTÊNCIAÀ HUMIDADE E AO FOGO

Máxima ProteçãoA Gyptec Protect é revestida com uma tela especial em fibra de vidro em vez do tradicional papel, o que lhe confere uma excelente resistência à humidade e classificação de reação ao fogo A1.

A placa Gyptec Protect assegura a máxima proteção às zonas sensíveis que necessitem de cuidados redobrados e específicos e em que não é aconselhada a utilização das placas de gesso cartonado tradicionais, nomeadamente, as zonas que precisem de alta resistência ao fogo, e as zonas mais húmidas e de exposição ocasional à água.

[email protected] • Figueira da Foz, Portugal • T (+351) 233 403 050

Revestimentos e divisórias interioresBalneários, piscinas, spa, casas de banho, cozinhas, vestiários e zonas com alta exigência de resistência à humidade e ao fogo.

Revestimentos exterioresVarandas, alpendres, zonas mais húmidas e de exposição ocasional à água.

Visite-nos na

PAVILHÃO 2