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'>' \�lSTÉRIO Secreto-E:.�ciusivo DAS
RfT,AÇ'ÕE: EXTERIORES
h-FOR�1.�ÇÃO PARA O SENHOR PRES1DS�TE DA REPÚBLiCA
Data:
In �i::e:
19 de se���bro de 1979.
Ccc�eração ���:ear - .
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'- o n .... or1:'.açao 1 • 075 (Itel:t L�9 011 do l69 10 -(le a Vossa Excelência doc�J.e::to I ass';
...... .= - "" -.. ......... -. --- t--- .. ... • .. 4-L'.1.nl s \...ro das �{inas e Energia e pe:'o S ecre
tg�iJ-�era1 do Cc�selho de Segurança �acionall com a sugestao de
qt:e
��t�rla �e coope= açao nuclear, por ocasiâo da visita do �ice-Presi� ... r::alS ao Brasil . Vossa Excelência aprovou a o=ientaçao
S'.lger:..i-J, q:.1e consi sti a essencial"tente era:
a) ::'lost�arrros disposição recepti\?a ao inte�esse
qui3.no;
b) evi tar.nos I entretanto, 'a fornalização de acordo go
ve�na..":len :"'al, se� prejuízo de disporrrD-nos
Q� progrruJe. concreto de cooperação;
c' e'Jitarmos compromissos em áreas "sensíveis" cober
tas �elo Acordo Brasil-RFA j
d) e� caso de manifestação iraquiana a respeito,
fecharmos as porta� à possibilidade de forneci�entos futuros de
nio.
-
nao -
ura-
2. Conforme relatado pela Informaçâo 081� de 16 de maio,
transcorrera..� ben as conversaçoes com a parte iraquiana quando da vi
sita do Vice-Presidente Naarouf, havendo nossos interlocutores com
preendido a posição-brasileira e aceito nossa sugestão de que o as
sunto fosse !:etomado por ocasião da reunião da Comissao Hista bilate
ralo Ficou acertado que o
presentantes do Mini=±�rio
Brasil enviaria delegação composta por re
das Minas e Energia, Nuclebr�s e CNEN(ade
mais do Itamaraty) para novos contatos destinados a definir modos es
pecíficos de cooperaçao, com vistas ao pronto iní c io de �� intercâm bio no assunto, embora ainda sa� a assinatura de um acordo governa-
104-3310 Secreto-Exdusivo
•
•
10.4-3230 •
MI 115n:.;10 CAS RELAÇOES EX1ERICRES
- 2 -
r::ental . Foi redigido um docur:1ento sucinto intitulado " Hinutas do
encontro Brasil-Iraque sobre cooperação no CéLí\pO dos usos pacíficos
da energia nuclear", no qual se registrara.."1\ aqueles entendLnentos.
3. Por decisão de Vossa Excelêncial foi acertada agora a
ida a Ba gdá, para dar seguimento às conversações na área nuc lear , p� ralela..'":lente à r ealização da reunião da Comissão I-lista bilateral 'e::l
29 e 30 de seter.�ro e 19 de outubro), de Delegação constituída pelo
Er-.baixador Paulo L�ogueira Batista, e por representantes do I t ar.. ar aty,
un .. stéric aas ��inas e E nergi a,
E.. • :"'':'�i3AAS. Conselho de Segurança �:acio!1al , C.-EN
- . Essa delegação - como esta..mos deixando inteira..-.e!1te
� aro ao lado iraquiano - nada teria que ver co� a de�egaçao à ses-
:=:e:o ôa CCr"issao Mista, chefiada pelo Hinistro Ca..-:ülo ?ena, o Gual �
fei por ni� �i sso infoLxuado. Tratar-se-á de de l egação cred e nciada
especifi�arrlerte para os entendimentos no C�LPO nuclear, os qua;s, ��
bera se dar.do simultaneruuente aos trabalhos da Co�issão �·1ista, dela
eE�arã� formalwente desvinculados.
5. Como resultado dos entendimentos que ::!anti-:e no últi-
dia _7 co� os Ministros Danilo Venturini e Otávio �edeiros, e con
base e."';l con-'::atos co;n o 1:. ,::'aixador Paulo l'�ogueira Batista, penso '00-L
der resQ�ir nos seguintes pontos a linha que se prcporia para orien
tação da delegação:
a) demonstrar receptividade à cooper?ção nuclear bila
teral para Fins pacIficos;
b) evidenciar a disposição de daLHlos nronto início a
urr.a cooperação concreta, prática e efetiva, dentro das nossas possi
bilidaàes e de acordo com as necessidades e o cronogra�a de desenvol
vimento de atividades nucle�res do Iraque;
c) procurar, inclusive para efeitos de co�?rovar a se . - -
riedade da disposição brasileira, dar um sentido de programaçao a
cooperação bilateral, de modo a evidenciar desde logo que est�illos efe -
tivamente prontos a nos engajar nesse trabalho, com uma noçao clara
dos .ClUUOS a seguir, dos objetivos a perseguir e dos proceúi�entos a
serem obedecidos;
d) deixar claro que essa cooperação deverá ser feita
às abertas, sendo adequadamente divulgada à opinião pública 2\ reali
zação dos entendimentos em Bagdá e a substância do que neles for
Secreto··Exclusivo
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•
Secreto-:�'otusivo
..... lS�RiO DA:; r.C:U.çoES EXTERIORES
- 4 -
pIar o fornec.!.I:lento de serviços de eng-=nhar1a ou z.es;;:.o d� equi:;>aI"en
to, pois ãepeüderíaGos de consulta formal ao nosso parce�ro alenào
-ociàen�al, o qual t� .• co�pro�issos i�ternacioJais (Clube de L0ncres)
no sentido ce doravante proceder re3tritiva�ente �� exportaçoes nes
se setor. A Delegaç ào teri em �ente, ademais, a con�en���cia de vin
c�lar a expcrtaçao de urânio ã saa elaboraçào pelo Brasil, pre�eren�
temen te j á sob a for.:-.a àe elemento co:rJ:>usti 'Jel.
7. A Delegação �erá i�uaLT.en�e a� conta, nas cO�7Er3�çoes!
o q'.là "rJ ')!.obal das relações do Brasil COIa o Irague, ó':l parti cu::'ar
n� t�rreno do petróleo.
8. C-.la:1to aos docWT'entos q\le o lado brasileiro
preper, tratar-se-ia de:
a) u...ll eo:rlênio entre a Ct.E:i e a enti dade -
" -D(X!era �
irag��ana para a for�açào de reC\lrsos hw':lanOSi o convenio teria
plE��n�açao imediata, mediante o oferecimento, desde leso, de ��
rero de bo_sas e estágiOS a t�cnicos e cientistas iraquianos;
-
nu-
b, u.."11 doclli,iento - denem; nado de "linhas gerais de co-
operaç�o", ou outro tItulo equivalente que se convenha - que !ista
ria as áreas para a cooperação técnico-industrial: assistê�cia t�cni
ca para a prospecçao e lavra de min�rios de urânio, fornecimento de
serviços de con"ersao, enriquecimento e fabricaçào do e:e2ento com
bllstr';e li fornecimento de ele.;11entos combustíveis (o que inclui con
centrado de urânio j� enriquecido); e fornecimento de �er·riçOS de en
ger,haria de proj eto, montagem, construçào e comi ssiona""ento, e de
equipa�entos para reatores; esse documento preveria entenGinentos adi
cionais posteriores, inclusive no que .se refere a salvagua�dQs.
9. Na'
hipõtese de que as circunstâncias de negociaçâo o
aconselhem, a NUCLEBRÁS poderia ir algo mais adiante, acordando docu
menta de teor mais especIfico, onde, ademais do acima relacionado,se
preveria a posterior negociação de contratos comerciais. E� todos
os casos, seria definido com a parte iraquiana um calendário das pro
vidências e atos necessários
refletiria neces3aria�ente a
vencionados.
-
para tornar efetiva a coaperaçao, e que
amplitude, a profundidade e o ritmo con
- � la. Um programa de cooperaçao industrial, pela sua pro-
pria natureza, se desenvolver� por prazos longos, da ordem de la a
15 anos, correndo I pois, em paralelo à duração dos ontratos da
•
! -
•
t
lQ.4-3230
- '. ' -
Secreto-Excfusivo MINISTtRIO DAS RELAQOES EXTERIORES
- 5 -
BRASPETRO/PETROBRÂS .
11. Submeto a Vossa Excelência a composição da Delegação:
Chefe: Embaixador Paulo Nogueira Batista;
Conselheiro Roberto Abdenur, Assessor do Ministro das
Relações Exterioresj
E nergia ; Dr. Dário Gomes, Assessor do Ministro das Minas e
-
Tenente-Coronel Glicério Proença-Júnior, da Secreta-
ria-Geral do Conselho de Segurança Nacional; ,
Dr. John Albuquerque Forman, Diretor da NUCLEBRÃSi e
Dr. Hélcio Modesto da Costa, Chefe do Departamento de
Planejamento e Coordenação da Comissão Nacional de Energia Nuclear.
12. Nesse sentido, anexo minuta de Decreto constitutivo
da Delegação.
,
Ramiro Saraiva Guerreiro Ministro de Estado das Relações Exteriores
•
,"
•
•
o Presidente da República,
àe acordo com o disposto no Artigo 29 do Decreto n9 44.721, de 21 de outubro de 1958, combinado com os Decretos n9s.
71.733, de 18 de janeiro.de 1973, e 75.430, de 27 de feve
reiro de 1975, resolve
DESIGNAR
a seguinte Delegação para conversações com autoridades do
Governo da República do Iraque a respeito de cooperação bi
lateral no campo dos usos pacIficos da energia nuclear:
CHEFE: -'
(
Embaixador Paulo Nogueira Batista •
•
•
•
DELEGADOS:
Conselheiro Roberto Abdcnur, do Minist�rio das RcJ n c5es das �
Relações Exteriores;
Doutor D§rio Gomes, do Minist�rio das Minas e Energia,
Senhor Glic�rio Proença JGnior, da Presid�ncia da RepGblica;
Doutor John Albuquerque Forman, da NUCLEBRÂSi e
Doutor Hélcio Modesto da Costa , da comissão Nacional de
Energia Nuclear.
Brasília, em de de 1979; 1589 da Independ�ncia e 919 da RepGblica •
•
•
•