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CÉLULAS PAROQUIAIS DE EVANGELIZAÇÃO APOIO À PREPARAÇÃO DA EDIFICAÇÃO TEMA BODAS DE CANÁ Jo 2,1-11 OBJETIVO ENCHER AS TALHAS! A - EXORTAÇÃO DO PASTOR B - OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO C - ANEXOS C.1 – IMPORTÂNCIA DO CONTEMPLAR O MISTÉRIO C.2– OS CINCO “IDE” DE MARIA

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CÉLULAS PAROQUIAIS DE EVANGELIZAÇÃO

APOIO À PREPARAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

TEMA BODAS DE CANÁ

Jo 2,1-11

OBJETIVO

ENCHER AS TALHAS!A - EXORTAÇÃO DO PASTOR

B - OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO

C - ANEXOS

C.1 – IMPORTÂNCIA DO CONTEMPLAR O MISTÉRIO

C.2– OS CINCO “IDE” DE MARIA

A- EXORTAÇÃO DO PASTOR

“Fazei tudo o que Ele vos disser! ”.De Maria recebemos a máxima ordem. Pois ela quer gerar em nós a mesma

ligação primordial que teve com seu Filho

em seu cuidado de trinta anos.Para que a fé faça resplandecer a glória

de Deus nas águas que transbordam em vinho

e nas bodas que se inundam de alegria.É Maria que nos envia.Enchamos as talhas!

B- OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO

B.1 - OBSERVAÇÃO

Recomendamos vivamente que, se possível, a liderança faça uma Leitura Orante sobre o texto, observando seus quatro passos: Leitura, Meditação, Oração e Contemplação. Isto é muito mais eficaz que se basear neste texto de apoio.

Devemos entrar dentro do fato, como se fôssemos os discípulos e escutar no coração o que o Espírito tem a nos dizer a partir deste inesgotável Mistério de Luz, tão significativo na Missão de Cristo.

B.2 – EXPLORAÇÃOO sinal pelo qual Jesus inicia sua missão pública – as Bodas de Caná - é muito pleno de significados importantes. Entre os cinco que apresentamos abaixo, escolham os que julgarem mais apropriados à edificação de sua célula. Grande parte foi baseada em S. João Paulo II, de sua Rosarium Maria Virginis.

B.2.1- MARIA – A CONTEMPLATIVA ATENTA E ATIVA

“Bodas de Caná, início dos sinais (cf. Jo 2, 1-12), é mistério de luz quando Jesus se auto-revela ao transformar a água em vinho, e abre à fé o coração dos discípulos graças à intervenção de Maria, a primeira entre os crentes”.

Maria, a maior contemplativa do mistério de Cristo, manifesta em Caná “um olhar penetrante, capaz de ler no íntimo de Jesus, a ponto de perceber os seus sentimentos escondidos e adivinhar suas decisões”.

Porque contemplou e meditou no coração, Maria se torna mestra em Caná.

“O primeiro dos “sinais” realizado por Jesus – a transformação da água em vinho nas bodas de Caná – mostra-nos precisamente Maria no papel de mestra, quando exorta os servos a cumprirem as disposições de Cristo (cf. Jo 2, 5) ”.

Porque contemplou, meditou no coração e foi fiel, Maria se tornou a primeira e maior intercessora.

“Nas bodas de Caná, o Evangelho mostra precisamente a eficácia da intercessão de Maria, que se faz porta-voz junto de Jesus das necessidades humanas: “Não têm vinho” (Jo2,3).

“Mas a função que Maria desempenha em Caná acompanha, de algum modo, todo o caminho de Cristo. A revelação, que no Batismo do Jordão é oferecida diretamente pelo Pai e confirmada pelo Batista, está na boca de Maria em Caná, e torna-se a grande advertência materna que Ela dirige à Igreja de todos os tempos: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).

Advertência esta que faz bela introdução das palavras e sinais de Cristo durante a sua vida pública. É como se em

todos os “mistérios da luz” se ouvisse, ou neles ecoasse esta palavra de fundo: “Fazei o que Ele vos disser”.

B.2.2 - MARIA MOSTRA JESUS AOS DISCÍPULOS

Em Caná, início da Missão do Messias, Maria, instrumento dócil do Espírito, vai expor à contemplação dos discípulos o seu Filho, que ela contemplara por trinta anos.

Maria quer mostrar o quanto essencial e sumamente importante é estar com os olhos fitos em Jesus, atentos e à escuta, disponíveis para “Fazer o que Ele nos disser! ”.

É ao contemplar e participar de forma obediente da “intromissão” aparentemente sem sentido de Maria e Jesus numa festa alheia, e ao testemunhar os efeitos da fidelidade na obscuridade – “Enchei as talhas de água! ” -, que a Fé acontece e nos tornamos verdadeiramente discípulos.

A experiência de Caná se tornará preciosa e luminosa contemplação e memória para toda a caminhada que se apresenta aos discípulos.

B.2.3 - MARIA ENVIA O FILHO NA FÉ

Nesse episódio riquíssimo, percebemos que, com toda simplicidade e sutileza femininas, Maria envia seu próprio Filho, ela antecipa a Hora de sua ação. Com a autoridade suave e incontestável de mãe, neste “Fazei o que ele vos disser! ”, como que Maria desata a dependência do Filho e lhe diz: “Não me sejas mais submisso: segue agora o Espírito e faz a vontade do Pai! ”. Em Caná, Maria põe a missão em ação, envia o próprio Filho e firma a fé dos discípulos nele.

Mesmo consciente das contradições que seu Filho suportaria e da espada que trespassaria seu coração,

Maria faz esse parto doloroso (imaginemos quanto fora doce e profundo seu convívio om seu Filho!). Podemos ver aí a fidelidade ao plano do Pai e o desprendimento de si, como de um novo Abraão que entrega o filho Isaac.

É uma Fé em Deus, para quem “nada é impossível”, que vai além do visível e previsível e contradiz os pensamentos humanos. Esta Fé fará derramar-se o Vinho Novo, que jorrará em abundância após a Hora, sob a Nova Aliança no Sangue de seu Filho.

B.2.4 - JESUS - SACRAMENTO DE SALVAÇÃO DA RELAÇÃO HOMEM-MULHER

Sobressai da ação de Cristo em Caná a intenção prioritária de salvar a relação mais importante do ser humano - a entre homem e mulher, a que gera a família.

Esta salvação se manifesta pela ação do Espírito, que transforma, a partir do encher talhas vazias, água em Vinho Novo. Como nossa “carne” não permanece unida no amor e alegria, Cristo vem salvar e elevar o casamento a algo muito melhor – um sacramento. Ação dele que, pelo Espírito, faz da família o Reino de Deus. Pela sua presença sacramental, Cristo pode dar então a grande ordem: “Serão dois numa só carne. O que Deus uniu, o homem não separe”.

De ora em diante, o que o homem põe a perder, o Espírito pode salvar!

B.2.5 - ANÚNCIO DAS BODAS DA EUCARISTIA

A abundância e excelência do vinho de Caná, vertido antes da Hora, será certamente evocada por Maria e discípulos (e pela Igreja), ao testemunharem a abundância do Sangue que Jesus derrama na Hora.

Sangue que se tornará o Vinho incomparável da eterna Eucaristia, anúncio das Bodas finais de Cristo com sua Igreja.

Maria faz acontecer Jesus, aquele que enche as talhas com seu Sangue, para que aconteça a Glória e alegria da festa do Pai!

B.3 – APLICAÇÃO

(escolher uma ou mais das sugestões)

B.3.1 - “Não têm vinho...”

Nesta observação delicada de Maria a Jesus vê-se a importância da sensibilidade às diversas necessidades que devem levar o cristão ao

serviço de salvação pela Misericórdia. Notemos que o primeiro sinal de Cristo se destina providencialmente a uma família, às festas de suas Bodas.

Como é nossa sensibilidade às necessidades de salvação dos outros e do mundo? Intercedemos por elas? Tomamos atitudes inspiradas em Cristo?

B.3.2 - “Fazei tudo o que ele vos disser! ”

Maria afirma a centralidade de Cristo - e a extrema importância de agir em função de sua palavra, de sua vontade.

Temos sempre presente que Jesus nos chamou e deve ser o Senhor de nossa vida? Procuramos escutar a

sua voz? Assumimos que somos seus discípulos missionários?

B.3.3 - “Enchei as talhas! ”

Como discípulo e servo, sempre menor que o Mestre seu Senhor, devemos realizar sua vontade, mesmo que não compreendamos seu sentido pleno. O Senhor - que sempre cumpriu a vontade do Pai mesmo nas trevas – quer a nossa fidelidade na obscuridade da fé.

Partilharem fatos e circunstâncias na vida em que a luz da ação salvadora de Deus só se revelou depois de uma caminhada na noite escura da fé.

B.3.4 - “Manifestou a sua glória e seus discípulos creram nele”.

A finalidade do sinal de Caná não era o vinho ou a festa – era formar a fé dos discípulos em Jesus, por estes verem a glória de Deus encarnada em Cristo. Toda missão de Cristo necessita desses discípulos, sobre os quais constituirá sua Igreja.Maria espera que creiamos em seu Filho, que enchamos talhas e façamos tudo o que ele nos disser. E para isto recebemos sinais.

Partilhem: Que sinais recebemos que nos chamaram para ser discípulos? Até que ponto nos sentimos como discípulos participantes deste episódio de Caná? Esta Edificação contribuiu para melhorarmos essa consciência?

COLETA - (sugestão – não se prenda a ela, ouça o Espírito!)

Pode ser uma oração espontânea, inspirada pelo que o Espírito Santo revelou e realizou na partilha. Ou orarem:

Maria, faz que creiamos em teu Filho e enchamos as talhas até a borda, cumprindo tudo o que Ele nos disser. Para que se manifeste a sua Glória e o mundo creia nele. E o Vinho Novo nos encha de alegria nas Bodas do Cordeiro com sua Igreja!

EXERCÍCIO PARA A SEMANA

Lembrar várias vezes ao dia de alguém ou alguma situação, de uma célula ou, principalmente, de uma família em necessidade, “SEM VINHO”, e invocar Maria: “Mãe, não têm vinho! ”.

C- ANEXOS C.1 - IMPORTÂNCIA DO CONTEMPLAR O MISTÉRIO

(Baseado em Rosarium Maria Virginis, de S. João Paulo II)

“É no âmbito destes mistérios que contemplamos aspectos importantes da pessoa de Cristo, como revelador definitivo de Deus. É Ele que, declarado Filho dileto do Pai no Batismo do Jordão, anuncia a vinda do Reino, e a testemunha com as obras e proclama as suas exigências. É nos anos da vida pública que o mistério de Cristo se mostra de forma especial como

mistério de luz: ‘Enquanto estou no mundo, sou a Luz do mundo ‘ (Jo 9, 5) ”.

Salienta insistentemente S.João Paulo II que os mistérios de Cristo devem primeiramente serem contemplados. Na contemplação nos pomos a escutar o que o Espírito nos quer comunicar.

É da contemplação que, pela ação do Espírito, advém conhecimento verdadeiro, o encontro, o convívio, a escuta, a experiência vivida, o amor e a comunhão, a oração, a fidelidade e, coroando tudo, a ação com sabedoria e poder.

C.2 – OS CINCO “IDE” DE MARIA (Espiritualização sobre o tema, realizada por Bernadete Barros)

Irmãos, procuraremos contemplar as relações entre Maria e o “Ide”– o mandato central que seu Filho nos confiou!

Em Lucas, o evangelista que se aprofunda nas origens de Cristo, encontramos raízes maravilhosas da ação divina que constituíram os primórdios do “Ide”. Lembremos que o mesmo Lucas é também o evangelista do “Ide” da Igreja, que narrou de forma inspirada nos Atos.

Lucas – tendo como fonte provavelmente a própria Maria – após narrar a Anunciação e a Encarnação, nos mostra que o mesmo fecundo Espírito Santo é também o grande impulsor do “Ide”.

1 - O “IDE” DA VISITAÇÃO

Maria, após se colocar a serviço de Deus, “para quem nada é impossível”, não permanece passiva e impassível, mas parte com pressa para as montanhas de Judá, para ir até Isabel, para estar PRESENTE na família, dando atenção, sempre pronta, ajudando-os a fazer uma contínua ascensão para o Pai.

A pequena Maria está na primeira e grande missão da plenitude dos tempos!

Imaginemos agora a humilde jovem Maria, sob o grande ardor da divina “impossível” Revelação, ao entrar em casa de Isabel e saudá-la!

E na saudação alegre de Maria o Espírito se manifesta magnificamente. Pois, através da saudação de Maria, o Espírito santifica João Batista com uma forte efusão. Este encontro de Maria com João no ventre de Isabel é uma confirmação do Espírito Santo, é como “Ide” do precursor de seu Filho Jesus!

A visita de Maria a Isabel põe em contato o Batista e Jesus, antes mesmo de nascer.

Esta cena é carregada de uma atmosfera muito especial. As duas mulheres vão ser mães! As duas foram chamadas para colaborar no Plano de Deus. Imaginem este encontro: as duas tinham experimentado o “impossível” de Deus!

É muito belo o diálogo entre as duas.

Neste encontro eis Maria, a Evangelizadora! Maria oferece a todos a salvação de Deus, que Ela acolheu em seu próprio Filho! Essa é a sua grande missão e seu serviço. Maria evangeliza não só com os seus gestos e palavras, mas porque traz consigo, para

onde vai, a pessoa de Jesus e de seu Espírito! Isto é o essencial do ato evangelizador! (Cf. José Antonio Pagola).

Maria, portadora da Alegria! A saudação de Maria comunica a alegria que brota de seu Filho Jesus. Ela foi a 1ª a ouvir o convite de Deus: “Alegra-te... o Senhor está contigo! ” (Lc 1, 28). Maria irradia a Boa Notícia de Jesus! Ela é para a Igreja o melhor modelo de uma EVANGELIZAÇÃO prazerosa!

Irmãos, ao participar ativamente do “Ide” de João Batista, Maria se revela já uma missionária “apressada” e eficaz do mesmo Espírito que gerou o Filho de Deus em si! No encontro de Maria com Isabel e João, já se manifesta como o Evangelho será uma grande e maravilhosa sucessão de “Ides” no Espírito!

Nessa missão de Maria se manifesta como se nela acontecesse a ligação entre as promessas da Primeira Aliança e os seus cumprimentos na Nova Aliança, o que ela expressa no inesgotável Magnificat. Maria tem a missão de realizar e proclamar isso - e ela o faz! No Magnificat de Maria há um louvor perene e missionário que permanecerá no eterno sempre de Deus!

E é na luz deste Magnificat que se deveria realizar toda missão em nome de Jesus! Ele é modelo do canto de um “Ide” missionário!

O impacto luminoso e missionário desta primeira ação de Maria deveria sempre iluminar todos os missionários. É uma ação totalmente humilde e serviçal, realizada em família, totalmente voltada para a ação de Deus em favor dos homens. Papa Francisco diz: “ O EVANGELHO é para todos e não apenas para alguns. Não é para aqueles que parecem mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante e mais indiferente”. A lucidez humilde e alegre, luminosa e

anunciadora de Maria neste episódio é insuperável. Foi esse o primeiro “Ide” – e que se torne nosso modelo!

2 - O “IDE” DAS BODAS DE CANÁ

Devemos vislumbrar também outro “Ide” de Maria, agora em João, o discípulo amado, que narra, em 2,1-11, as Bodas em Caná.

Neste episódio riquíssimo, percebemos que, com toda simplicidade e delicadeza e sutileza femininas, que Maria envia o seu próprio Filho! Em Caná, ela antecipa a Hora para a ação de seu Filho. Com a autoridade suave e incontestável de mãe, neste momento, no “Fazei tudo o que ele vos disser! ”, como que Maria desata a dependência do Filho e lhe diz: “Não me sejas mais submisso: segue agora o Espírito e faz a vontade do Pai! ”.

Maria, mesmo consciente das contradições que seu Filho já suportara e suportaria, e sabendo das espadas que trespassariam seu coração, Maria faz esse parto doloroso (imaginemos quanto seria doce e profundo o seu convívio e ligação com seu Filho!)

Podemos ver nesta ação uma fidelidade total ao plano do Pai e um desprendimento total de si, como de um novo Abraão e Isaac.

Há nesse episódio de Caná a fé que vai além do visível e previsível – a Fé de Maria é em um Deus para quem “nada é impossível” e que contradiz os pensamentos humanos. É esta Fé que fará gerar um vinho novo, que jorrará em abundância sob a Nova Aliança no sangue de seu Filho!

Como nova Eva, ao contrário da primeira, Maria faz, de sua fidelidade e fé em Deus, que floresça a Árvore da Vida, para dela nos alegrarmos no novo vinho.

Nesse episódio de Caná, se vê como Maria participa do preparo dos primeiros discípulos para a Missão, para Filho e Pai serem glorificados. Em Caná, Maria põe a missão em ação – formando discípulos de Jesus!

3 - O “IDE” DA HORA DA PAIXÃO

Mas nos debrucemos agora sobre a Hora Maior, a narrada em João, 19,25-27.

“Mulher, eis aí o teu Filho! Filho eis aí tua mãe! ” Nesta Hora plena, em que se consuma a missão em comunhão, do Filho com sua Mãe, eis que Jesus revela Maria: é ela a nova Mãe! Somos nós agora seus Filhos! Filhos e herdeiros da mesma missão de seu Filho!

Não, irmãos e irmãs, esta Hora é eterna, nela somos gerados em Maria, gerados como Cristo para a missão de Cristo - a de darmos a vida por amor e para salvar! É aí que, como João, recebemos nosso “Ide” – o mesmo de nosso Batismo!

É com Ela, aos pés da Cruz, que inseridos neste ato redentor, que nos tornamos, como João, discípulos-missionários de Cristo. É no dom maior de Cristo que nos dá sua Mãe - quem mais o conheceu e o amou e entregou.

E, tomando Maria em nossa casa, seremos formados como João, íntimos do Coração e altos na contemplação; eficazes e lúcidos no Anúncio da Boa Nova, que perpassa todo o tempo e penetra o íntimo de Deus.

4 - O “IDE” DE PENTECOSTES

E em Lucas - em 1,12-14 e 2,1-13 e 2,14-41 - vemos Maria em oração com os discípulos, a interceder pelo Espírito, para que sejam confirmados como missionários.

Sempre imaginei o que Maria falou com os Apóstolos nestes nove dias. Que lembranças e que luzes, que sabedoria receberam de Maria! Como compreenderam tanto de Cristo e das Escrituras, muito mais que os discípulos de Emaús! Como Maria os preparou para lhes abrir o coração para o Espírito e a missão! Missão que ela amadurecera no coração nos trinta anos com Jesus, e que era agora entregue àqueles seus tímidos pescadores e publicanos. Mas eles não seriam deixados órfãos, receberiam o Espírito que clamaria Abba, Paizinho! E eram também seus filhos - ela os gerara na Cruz e deles cuidava com zelo e misericórdia!

Ao contemplarmos a Igreja como maternidade de misericórdia, é em Maria que devemos contemplar.

Maria ainda estará presente, agora de novo com João, no Apocalipse, como a mulher vestida de sol e coroada por doze estrelas - os doze Apóstolos da Igreja que desce dos céus! Maria espelha esta promessa, esta esperança e vitória dessa Igreja missão - missão por participação e envio de seu Filho! E os Apóstolos são a sua coroa, ela é a Rainha dos Apóstolos, de todo o missionário!

Gostaríamos de firmar esta característica maternal misericordiosa da Igreja, tão bem expressa em Maria: ela não é algo secundário e opcional – ela é central e essencial!

Assim é salientado pelo Papa Francisco: “Faz falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas maternas da misericórdia. Sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de inserir-nos em um mundo de “feridos” que têm necessidade de compreensão, de perdão, de amor”.

É em Maria que temos a grande Graça de descobrir essa “entranha materna da misericórdia” – para assim sermos missionários eficazes neste mundo de “feridos”.

Pois no fim a Misericórdia triunfará! Que ela triunfe em nós, por Maria!

Concluindo: Maria nos ensina que devemos todos nós, ser corredentores do Salvador, colaboradores na obra de salvação do mundo.

Gloriosa no céu, nossa Mãe atua na terra, e vela não só pela Igreja, mas por todos os homens do mundo, por toda a humanidade.

5 - O “IDE” DA NOSSA IGREJA

MARIA DIZ PARA A IGREJA NOSSA SENHORA RAINHA. DIZ PARA VOCÊ:

“VAI E PROCLAMA A VERDADE DE MEU FILHO. O MUNDO PRECISA DE JESUS, OS HOMENS PRECISAM DE VIDA, OS HOMENS PRECISAM DE JESUS ”.