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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu marido Álvaro Gonçalves, pela
compreensão, paciência e incentivo e amor a mim, demonstrado durante
a condução desse curso de Especialização, e principalmente a minha
filha Julia Oliveira, apesar de tão pequena sempre compreendeu a
minha ausência.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, por não me deixar desistir. Ao meu esposo
Álvaro Gonçalves e minha filha Julia, que me apóiam em todos os momentos.
Ao meu orientador Prof. Sostenes, por sua paciência, confiança e dedicação,
que conseguiu mostrar-me, a importância de desenvolver um trabalho serio.
Ao meu antigo Diretor que patrocinou e me incentivou a concluir esta
especialização.
Agradeço também a todas as pessoas que contribuíram de forma direta ou
indireta, para a elaboração deste trabalho.
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EPÍGRAFE
“Não desanimes quando seus esforços
demonstrarem ser em vão, pois o sol ao nascer,
faz um belo espetáculo e quase sempre, encontra
sua platéia dormindo, nem por isso ele deixa de
iluminar nossas vidas”.
(Autor desconhecido)
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RESUM0
Este trabalho tem como objetivo principal destacar a importância da administração
do capital de giro para a sobrevivência de uma empresa. O capital de giro esta
diretamente associada, às fontes, as quais a empresa necessita para financiar seu
crescimento. O capital de giro esta sujeito a exposição e riscos oriundos de múltiplas
áreas, tais como recebíveis, contas a pagar, gerenciamento de estoques,
gerenciamento de caixa, etc. Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes
desafios no que tange ao alcance da liquidez necessária, á obtenção do processo
eficiente e a avaliação da qualidade do capital de giro no balanço patrimonial. As
empresas procuram vantagens competitivas especialmente em condições
econômicas desafiantes, o que torna mais evidente a importância da administração
do capital de giro. O capital de giro é base de todo negocio financeiro. A
administração do capital de giro significa à administração das contas dos elementos
giro, ou seja, dos ativos e passivos circulantes, tais como as contas caixa, estoques,
contas a receber e contas a pagar e todo seu gerenciamento financeiro, com
objetivo de manter e determinar o nível de rentabilidade e liquidez. O estudo do
capital de giro é fundamental para o administrador financeiro e para profissionais
que atuam na área financeira de um modo geral. Pelo estudo de caso apresentado
ficou constatado que a empresa em questão necessita de administração eficiente do
capital de giro, para sua sobrevivência, pois a partir do momento em que a empresa
torna-se incapaz de pagar suas obrigações financeiras na data de vencimento ou
quando seus ativos tornam-se inferiores ao valor do seu passivo ela entra em estado
de insolvência.
A metodologia utilizada foi de caráter bibliográfico, baseada em diferentes materiais
para obter informações coerentes com o tema.
Palavras-chaves: capital de giro, empresa, administração
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ABSTRACT
This paper aims to highlight the importance of management of working capital for the survival of a company . Working capital is directly associated with the sources , which the company needs to finance its growth . Working capital is subject to exposure and risks from multiple areas , such as receivables , payables , inventory management , cash management , etc. . In each of these areas we find different challenges with regard to the scope of necessary liquidity , obtaining efficient process and quality assessment of working capital in the balance sheet . Companies seek competitive advantages especially in challenging economic conditions , which makes it clear the importance of management of working capital . Working capital is the basis of all financial business . The management of working capital means the administration of the accounts of the spinning elements , ie , the assets and liabilities , such as cash accounts , inventories , accounts receivable and accounts payable and all your financial management , with the objective of maintaining and determine the level of profitability and liquidity . The study of working capital is critical to the financial administrator and professionals working in the financial area in general . For the case study it was found that the company in question requires efficient management of working capital for their survival , because from the moment the company becomes unable to pay its financial obligations at maturity or when their assets become less than the value of its liabilities it enters a state of insolvency .The methodology used was bibliographical, based on different materials to obtain consistent information on the subject.
Keywords:working capital, companyadministratio
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LISTA DE ABREVIATURAS
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PIBProduto Interno Bruto
FC Fluxo de Caixa
CCL Capital Circulante Liquido
ACLAtivo Circulante Liquido
ACAtivo circulante
CPLCapital permanente Liquido
CO Ciclo Operacional
IOG Investimento Operacional em Giro
NTFP Necessidade Total de Financiamento Permanente
NIG Necessidade Investimentos em Capital de Giro
SD Saldo Disponível
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Administração dos Ciclos Financeiros e operacional 23
Tabela 02 – Cronograma Financeiro e Faturamentos 25
Tabela 03 – Fluxos de caixa médios do ano anterior (R$) 35
Tabela 04 – Fluxo de Caixa Orçado para o Mês X 36
SUMÁRIO
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RESUMO.............................................................................................................. V
ABSTRACT.......................................................................................................... VI
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................ VII
LISTA DE TABELAS............................................................................................ VIII
1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 10
1.1 APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 11
1.3 OBJETIVO DA PESQUISA............................................................................ 12
1.4 PROBLEMATIZAR O OBJETO...................................................................... 12
1.5 OBJETIVO GERAL........................................................................................ 13
1.6 OBJETIVOS ESPECIFICOS.......................................................................... 13
1.7 HIPÓTESE.................................................................................................... 14
1.8 METODOLOGIA........................................................................................... 15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................... 16
2.1 DEFINIÇÃODE ADMINISTRAÇÃO............................................................. 16
2.1.1DEFINIÇÃODO CAPITAL DE GIRO........................................................ 16
2.2. FONTES DE CAPITAL DE GIRO................................................................ 19
2.3 ADMINISTRAÇÃO DOS CICLOS FINANCEIROS E OPERACIONAL........ 22
2.4ADMINISTRAÇÃO DE CONTRATOS......................................................... 24
2.5 ESTRATÉGIAS DE CAPITAL DE GIRO...................................................... 25
2.6 NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DA EMPRESA............................ 26
2.6.1 FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS............................................................ 29
2.6.2 TAXAS DE JUROS DE EMPRESTIMOS.................................................. 30
2.7 ANALISEE DIMENSIONAMENTO DOS INVESTIMENTOS EM CAPITAL DE
GIRO............................................................................................................. 31
2.8 ADMINISTRAÇÃO DO DISPONÍVEL........................................................... 32
2.8.1 ANALISE E CONTROLE DE VALORES A RECEBER............................. 36
3.ESTUDO DE CASO........................................................................................ 37
3.1 DESCRIÇÃO DO SETOR............................................................................. 37
3.2 EMPRESA ANALISADA................................................................................ 39
3.3 FLUXO DE CAIXA......................................................................................... 40
4CONCLUSÃO............................................................................................... 47
8.REFERENCIAS................................................................................................ 49
1. Introdução
No mundo globalizado em que vivemos, onde a competitividade é cada vez
mais acirrada, é imprescindível para qualquer empresa uma administração formal,
profissional, dinâmica, flexível a fim de garantir a sobrevivência e sucesso. Para
tanto necessita de um sistema de informações gerenciais continuo, atualizado e
confiável, que englobe toda a organização e que ofereça bases solidas para
10
responder aos desafios constantemente impostos pelo mercado, evitando que as
tomadas de decisão dos gestores comprometam a saúde econômica e financeira de
sua empresa.
A administração do capital de giro constitui um processo de planejamento e
controle dos recursos financeiros aplicados no ativo circulante das empresas. Esses
recursos provem de diversas obrigações a vencer em curto prazo, representadas no
passivo circulante, e do excedente das exigibilidades de longo prazo do patrimônio
liquido em relação aos ativos não circulantes.
A administração do capital de giro é extremamente dinâmica exigindo a
atenção diária dos administradores financeiros. Qualquer falha nesta área de
atuação poderá comprometer a capacidade de solvência da empresa e/ ou
prejudicar a sua rentabilidade.
Capital de giro bem administrado proporcionará á empresa uma melhor
analise de suas atividades empresariais, fornecendo-lhe informações necessárias
para analise entre os resultados obtidos e as metas desejadas do retorno dos
investimentos. Este resultado deve ser uma otimização no processo de decisão.
Este trabalho propõe a apresentar os resultados, bom ou ruim, que a
administração do capital de giro pode exercer sobre a geração de valor de uma
empresa. E que a maximização dos lucros é tarefa do administrador, deste modo
administrador financeiro necessita ter conhecimento das ferramentas necessárias
para administração do capital de giro da empresa.
O papel do administrador financeiro é administra ativamente as finanças de
todos os tipos de empresas, sejam elas financeiras ou não financeiras, grandes ou
pequenas, privadas ou publicas. Ele é um membro fundamental, pois o bom ou mau
desempenho do mesmo pode ocasionar êxito ou insucesso para empresa, com
função de minimizar risco e maximizar lucro.
1.1 Apresentação
O Estudo do capital de giro é importante para a administração financeira de
qualquer empresa devido à necessidade de recuperar todos os custos e despesas,
incluindo as financeiras, durante o seu ciclo operacional, e obter o lucro desejado,
por meio da venda de um produto ou serviço prestado.
O capital de giro, como o próprio nome já diz, é o capital que fica girando
dentro da empresa financiando o ciclo operacional, desde a compra até o
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recebimento das mercadorias vendidas, e ao completar esse ciclo deverá estar
maior que o valor inicial. De maneira mais simplificada, refere-se ao capital que a
empresa tem disponível em caixa para atender suas necessidades operacionais
imediatas.
Trata-se de um capital que precisa ser monitorado de maneira permanente,
uma vez que é atingido pelas constantes mudanças que ocorrem no ambiente da
empresa. Na batalha pela sobrevivência, as organizações, muitas vezes, são
afetadas pela gestão do capital de giro, e acabam comprometendo seus objetivos de
longo prazo.
Alguns autores definem o capital de giro em diferentes esferas da
administração. Para Gitman, o capital de Giro “refere-se aos ativos circulantes que
sustentam as operações das empresas” (GITMAN, 2002, p. 432).
Para Assaf Neto:
Capital de giro é uma tarefa com sensíveis repercussões sobre o sucesso dos
negócios, exercendo evidentes influencias sobre a liquidez e rentabilidade
das empresas. (Assaf,2012, p.1).
1.2 Objeto de Pesquisa
Administração do Capital de Giro
1.3 Problematizar o Objeto
12
O ciclo econômico reflete o processo produtivo, o que os empresários
esquecem é que um aumento de produção vai afetar primeiramente o pagamento
dos insumos, e somente após todo o ciclo operacional, a empresa receberá pelo
aumento de produção. Portanto, a necessidade de capital de giro aumenta com o
crescimento da produção e se a empresa não se planejar ela pode se estrangular
financeiramente.
Um dos mais interessantes paradoxos da gestão financeira é o fato de que o
sucesso empresarial pode causar a morte da empresa por causa do aumento da
necessidade de capital de giro. Como se prevenir?
Para Assaf e Silva, (2012).Uma empresa pode decidir minimizar o montante de
seus investimentos em capital circulante como estratégia para reduzir os seus
custos, notadamente os provenientes de suas fontes de financiamento.
Segundo Hoji (2001), o estudo do capital de giro é fundamental para a
administração financeira, pois a empresa precisa recuperar todos os custos e
despesas incorridos durante todo o ciclo operacional e obter o lucro desejado,
por meio da venda ou prestação de serviço.
1. 4 Objetivo GeralO objetivo geral deste trabalho é analisar os resultados da gestão do capital
de giro da empresa em estudo, no ano de 2011 e 2012 e quais são as ferramentas
utilizadas.
13
1.5 Objetivos específicos
Realizar uma revisão bibliográfica sobre tema;
Apresentar a maneira que o capital de giro é gerido no estudo de caso;
Propor ações de melhoria com o intuito de aperfeiçoar a gestão do capital de
giro da empresa.
1.6 Hipótese
A administração do capital de giro é uma questão extremamente importante,
pois refere-se ao montante necessário para que a empresa possa se manter em
funcionamento no curto prazo. Quando administrado de maneira errônea, poderá
comprometer a imagem da empresa, e ainda, levar a uma situação de insolvência.
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Os problemas com o capital de giro estão atrelados ao volume de vendas, o que
implica em menor volume de dinheiro circulando na empresa, isso porque, muitas
vezes, as compras são realizadas com prazo de pagamento menores que os de
recebimento das vendas. Por outro lado, é inviável manter um estoque muito alto,
uma vez que representa um capital parado dentro da empresa. Esse valor poderia
estar financiando novas vendas ou novas compras. Uma empresa bem administrada
deve possuir ativos circulantes maiores que passivos circulantes, isso para que
possa honrar seus compromissos sem a necessidade de buscar capital de terceiros.
Toda organização, independente do ramo de atuação, precisa dispor de uma
eficiente gestão financeira. Trata-se de uma área de importância vital para o
desempenho da empresa. Todas as ações que envolvam o desembolso de
numerário, grandes ou pequenos, devem ser devidamente estudadas antes de
qualquer tomada de decisão. Para isso, o gestor necessita de informações seguras,
reais que representem a verdadeira situação da organização naquele momento.
Essa situação desperta a preocupação sobre qual decisão tomar para
minimizar o problema e evitar uma crise maior com a ausência do capital de giro.
Contudo, é preciso estudo e conhecimentos específicos visando uma tomada de
decisão eficiente, que não comprometa os demais objetivos da empresa.
1.7 Metodologia
Este estudo será conduzido através de pesquisa teórica, com um
levantamento necessário para o procedimento de pesquisa do tipo descritiva, com
coleta de dados bibliográficos de natureza qualitativa, feita através de livros, artigos
científicos, pesquisa via internet referente ao tema.
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A coleta de dados para realização do estudo de caso baseou-se nos registros
internos da empresa relacionados ao tema do trabalho tais como: extratos
bancários, contratos de financiamentos bancários e contratos de prestação de
serviços.
2. Fundamentação Teórica
2.1 Definição de AdministraçãoMaximiano relata que administração é o processo de tomada de decisões
sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco
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tipos principais de decisões, também chamadas processos ou funções:
planejamento, organização, liderança, execução e controle.
Para melhor aproveitar o estudo da administração, você precisa pensar em
situações praticas em que haja pessoas utilizando recursos para produzir bens e
serviços. (Maximiano, 2005,p. 6).
O termo administração vem do latim, ad (junto de) e ministrado (prestação de
serviço), portanto, administração é uma ação de prestar um serviço. Atualmente,
administração não é somente relacionado ao governo ou a condução de uma
empresa, e sim todas as atividades que envolvem planejamento, organização,
direção e controle. [...] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos
propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de
planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em
todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos
de maneira mais adequada à situação. (CHIAVENATO, 1997, p.12).
2.2 Definições do Capital de giro
Segundo Hoji, (2010), Capital de giro é conhecido também como capital
circulante e corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes, que se
transformam constantemente dentro do ciclo operacional. Como o próprio nome dá a
entender, o capital de giro fica girando dentro da empresa e, a cada vez que sofre
transformação em seu estado patrimonial, produz reflexo na contabilidade. Até se
transformar finalmente (novamente) em dinheiro, o valor inicial do capital de giro vai
sofrendo acréscimo a cada transformação, de modo que, quando o capital retornar
ao “estado de dinheiro”, ao completar o ciclo operacional, deverá estar maior do que
o valor inicial. Tecnicamente, a circulação do capital de giro não fica restrita ao ativo
circulante. Ele circula também pelas contas do passivo circulante.
O estudo do capital de giro é fundamental para administraçãofinanceira, porque a
empresa precisa recuperar todos os custos e despesas (inclusive financeiras) incorridos
durante o ciclo operacional e obter o lucro desejado, por meio da venda do produto ou
prestação de serviços. (Hoji, 2012).
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Gitman, (2006), reitera que, Capital circulante liquido é definido como a
diferença entre os ativos e os passivos circulantes da empresa. Quando os ativos
circulantes excedem os passivos circulantes, a empresa tem um capital de giro
liquido positivo. Por isso o capital de giro liquido é definido de forma alternativa como
a porção dos ativos circulantes da empresa financiada com fundos a longo prazo (a
soma do exigível a longo prazo com patrimônio liquido dos acionistas). Uma vez que
os passivos circulantes representam as fontes da empresa de fundos a curto prazo,
o montante através do qual os ativos circulantes excedem os passivos circulantes
devem ser financiados com fundos a longo prazo.Quando ocorre dos ativos
circulantes serem menores do que os passivos circulantes, a empresa tem um
capital de giro liquido negativo. Nesse caso menos comum, o capital de giro liquido é
a porção dos ativos permanentes da empresa financiados com passivos circulantes.
Essa conclusão segue a equação do saldo: ativos são iguais a passivo mais
patrimônio liquido.
De acordo com Gitman,(2006), os ativos circulantes, mais conhecido como
capital de giro ou capital circulante, representam o volume de investimentos que
circula de uma maneira para outra na condução normal dos negócios. Este conceito
abrange a recorrente do caixa para estoques, para duplicatas a receber e de retorno
ao caixa, que forma o ciclo operacional da empresa.
Passivos circulantes representam o financiamento a curto prazo da empresa, pois eles
incluem todas as dividas da empresa que vencem (devem ser pagas) em 1 ano ou
menos. Essas dividas normalmente incluem montantes que são devidos a fornecedores
(duplicatas a pagar), bancos (títulos a pagar), assim como empregados e governos
(contas a pagar), entre outros. (Gitman, 2006, pag. 459).
Para Silva, (1996), a expressão capital de giro pode ter vários significados e
mesmo sendo utilizada por profissionais atuantes na área financeira, poderá, em
cada momento, assumir um significado diferente. Muitas vezes ouvimos “um gerente
de banco” falar de capital de giro quando esta se referindo a um produto do banco
onde trabalha, ou seja, a um tipo de empréstimo a curto prazo. Algumas vezes, a
expressão capital de giro aparece na literatura de administração financeira como
sinônimo do ativo circulante, isto é, compreendendo, o estudo das disponibilidades,
das duplicatas a receber e dos estoques.
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A palavra giro significa os recursos correntes da empresa, que podem ser
convertidos em disponível no curto prazo. No entanto esta definição de um ano não
é seguida pelas empresas cujo ciclo operacional ultrapasse este prazo, como
exemplo: estaleiros, atividade rural etc. para este tipo de situação o ciclo operacional
é que define os recursos do período. (Assaf, 2012).
O capital de giro ou capital circulante corresponde ativo circulante, que são as
aplicações correntes, especificados pelas disponibilidades, valores a receber e
estoques. Em resumo, o capital de giro significa os recursos que empresa precisa
para financiar suas necessidades operacionais identificadas desde a aquisição de
matérias-primas, sua transformação, armazenagem e até o recebimento pela venda
do produto. (Assaf, 2012).
Os elementos que compõem o ativo circulante não costumam apresentar
sintonia constante coma atividade da empresa. Pois se existisse este equilíbrio não
haveria necessidade de manter aplicação de recursos no capital de giro. Como
exemplo uma empresa que suas vendas são toda a vista, não existiria investimentos
em valores a receber. Como também se produção e as vendas, suas atividades
ocorressem de maneira integralizada, seria desnecessário investimentos em
estoques de produtos acabados. Pelo fato das atividades de produção, venda e
cobrança não terem uma perfeita sintonia entre si, faz-se necessário o conhecimento
integrado do desenvolvimento como forma de se dimensionar o investimento
necessário em capital de giro e realizar seu controle. O capital de giro pode ser
segmentado em dois tipos sem fixo (Ou permanente) e variável (ou sazonal).Assaf
(2012).
O capital de giro permanente representa o volume mínimo de ativo circulante
indispensável para manter a empresa em segurança para um bom funcionamento. O
capital de giro variável são as necessidades adicionais e temporais de recursos
identificadas em certos períodos e motivadas, pela necessidade de compras
antecipadas de estoques, maior morosidade no recebimento de clientes, recursos do
disponível em transito, maiores vendas em certos meses do ano etc. Estas
operações promovem variações temporais no circulante, e são, por isto,
denominadas de sazonais ou variáveis. (Assaf, 2012)
Para, Assaf, (2012 p.5) Administração do capital de giro diz respeito à
administração das contas dos elementos de giro, ou seja, dos ativos e passivos
correntes (circulantes), e ás inter-relações existentes entre eles. Neste conceito
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são estudados fundamentalmente o nível adequado de estoques que a
empresa deve manter, seus investimentos em créditos a clientes, critérios de
gerenciamento do caixa e a estrutura dos passivos correntes, de forma
consistente com os objetivos enunciados pela empresa e tendo por base a
manutenção de determinado nível de rentabilidade e liquidez.
O capital de giro é um recurso que fica girando dentro de uma empresa e que
ele, toda vez que sofre uma transformação em seu estado de desenvolvimento
operacional, reflete dentro administração financeira. As decisões envolvendo gestão
do capital de giro de uma empresa são constantes, tanto nas aquisições como nos
investimentos.
A administração do capital de giro depende de vários fatores dentro da
empresa para seu funcionamento, pois abrange as contas do ativo e do passivo
circulante. A má administração desta ferramenta poderá comprometer o patrimônio
da empresa.
2.3 Fontes de Capital de giro
Segundo, Hoji, (2010 Pag.110). Os passivos circulantes representam as
fontes de financiamento a curto prazo da empresa. Algumas fontes são geradas
pelas próprias operações, tais como duplicatas a pagar aos fornecedores, impostos
a recolher, salários e encargos sociais a pagar. Outras são provenientes de
atividades financeiras, como os financiamentos e empréstimos bancários.
Pode-se dizer que as principais fontes de financiamento são onerosas, pelo
fato da geração de encargos financeiros, tais como empréstimos e financiamentos
bancários e parcelamentos de impostos vencidos. As duplicatas a pagar aos
fornecedores de materiais e serviços, se forem financiadas, embutem encargos
financeiros, de uma forma ou de outra. Outras fontes de financiamento não onerosas
geradas naturalmente pelas operações normais da empresa são: salários a pagar,
encargos sociais a recolher, impostos a recolher e provisão para férias e 13° salário.
(Hoji, 2010).Passivos circulantes são todas as obrigações da empresa, que precisa ser
pagas em curto prazo, e que os financiamentos são muitas vezes a saída para
algumas empresas cumprir com suas obrigações. Sabe-se que estes tipos de
financiamentos geram custos altíssimos para as empresas. (Hoji, 2010, P.
111).
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Assaf, (2012) conceitua o ativo circulante operacional como sendo valores
que mantém estreita relação com a atividade operacional da empresa. As condições
de recebimentos das vendas e dos pagamentos a fornecedores, prazo de
estocagem, etc. Fazem parte das fases do ciclo operacional da empresa que estão
ligados pelos volumes de negócios. Faz-se necessário que exista uma sincronização
entre os ativos circulantes operacionais e o ciclo operacional da empresa, para que
os investimentos do capital de giro nestes itens sejam representativos.
O passivo permanente compõe-se das fontes de financiamento a longo prazo
próprias (patrimônio líquido) e de terceiros (exigibilidades), cuja importância no
equilíbrio financeiro de uma empresa é financiar necessidades permanentes de
recursos (Assaf, 2012, p. 67).
O passivo circulante financeiro representa as dividas da empresa junto a
instituições e outras obrigações que também não apresentam nenhuma vinculação
direta com uma atividade operacional. Alterações que venham a ocorrer no volume
de atividade ou nas fases operacionais não repercutem diretamente sobre o passivo
financeiro, refletindo, estas variações basicamente sobre os elementos cíclicos
(ativos e passivos). O passivo circulante operacional representa as obrigações de
curto prazo identificadas diretamente com o ciclo operacional da empresa. (Assaf,
2012, p. 67).
De acordo com Matarazzo (2010), O capital de giro é achave principal para
administração financeira de uma empresa. Os três tipos de financiamentos para
capital de giro da empresa são:
Capital Circulante Próprio;
Empréstimos e Financiamentos bancários de longo prazo;
Empréstimos Bancários de curto prazo e Duplicatas descontadas.
O capital de giro próprio é aquela parcela do ativo circulante financiada com
recursos próprios, isto é, o que sobra do patrimônio liquido após o
comprometimento dos recursos próprios com o ativo permanente mais o
realizável em longo prazo. Silva, (1996).
Silva, (1996), relata que o capital circulante liquido – CCL , consiste na
diferença entre os ativos e passivos circulantes. Para alguns quanto maior for o
21
CCL melhor será a condição de liquidez da empresa. No entanto é necessário
ressaltar que a qualidade da liquidez, tomando como base o CCL, dependerá do
segmento em que a empresa atua. Para uma empresa em funcionamento, é
possível encontrarmos CCL negativo com boa liquidez, como ocorre com muitos
supermercados, que compram a prazo e vendem a vista. Por outro lado, uma
empresa pode ter CCL positivo e apresentar dificuldade financeira, dependendo
apenas da incompatibilidade dos prazos de realização dos ativos circulantes, em
face dos vencimentos de suas obrigações de curto prazo. A condição de liquidez,
medida pelo CCL, para duas empresas com iguais portes e características
operacionais, será no sentido de que aquela que apresentar maior CCL será a de
maior liquidez.
Assaf (2012) afirma que o capital de giro (circulante) liquido – CCL- é
calculado pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.
Apresentando os resultados financeiros da empresa, ou seja, o CCL representa o
volume de recursos de longo prazo (exigibilidades e patrimônio liquido) que se
encontra financiando os ativos correntes (de curto prazo).
CCL= Ativo Circulante – Passivo Circulante
Ou:
CCL = (patrimônio liquido + Passivo Não Circulante) – Ativo Não circulante
Silva, (1996), conceitua que o ativo circulante liquido (ACL) difere dos
conceitos (AC, CPL e CGP) por utilizar os itens do ativo e do passivo circulantes
que estão diretamente relacionados com as atividades da empresa.
Conseqüentemente, no calculo do ACL não são computadas as fontes obtidas
através de empréstimos bancários de curto prazo ou desconto de duplicatas. O que
se pretende efetivamente é saber a necessidade liquida de recursos que a
empresa tem em nível de seus itens de natureza operacional.
Empresas que tem atividades sazonais, concentra-se sua produção e venda
em determinadas épocas do ano. Para essas empresas, seu ACL sofre oscilações,
com tendência de ter valores elevados nas épocas de maior atividade. No entanto,
para as empresas que não estejam sujeitas a sazonalidades, existem épocas em
que suas necessidades de recursos aumentam por razões de natureza
operacional. Silva (1996).
22
2.4 Administração dos ciclos financeiros e operacional
Para Assaf, (2012),o capital de giro convive com duas outras importantes
características: curta duração e rápida conversão de seus elementos em outros do
mesmo grupo, e a conseqüente reconversão. Fica evidente nos ativos correntes a
presença de um fluxo continuo e permanente de recursos entre seus vários
elementos, estabelecendo forte inter-relação no grupo e tornando seus valores
bastante mutáveis.
Uma boa administração do capital de giro envolve imprimir alta rotação (giro)
ao circulante, tornando mais dinâmico seu fluxo de operações. Este incremento de
atividade no capital de giro proporciona de forma favorável à empresa, menor
necessidade de imobilização de capital no ativo circulante e conseqüente incentivo
ao aumento da rentabilidade. (Assaf, 2012, p. 8)
As empresas visam para a obtenção de seus negócios a busca
ordenadamente da produção e venda de bens e serviços de forma a gerar
resultados satisfatórios com as expectativas de retorno de suas varias fontes de
financiamento. Pode-se dizer que o ciclo operacional inclui todas as fases
operacionais presentes no processo da empresa de produção-venda-recebimento.
(Assaf, 2012).
Gitman,(2006) conceitua que, o ciclo operacional (CO) de uma empresa é
determinado pelo montante de tempo que vai do ponto em que a empresa coloca
matéria-prima e mão-de-obra no processo de produção, ou seja, inicia o estoque,até
o momento dinheiro da venda do produto acabado, que contem estes insumos de
produção, é arrecadado. O ciclo é formado por dois componentes: a idade media do
estoque e o período médio de cobrança e o período médio de cobrança das vendas.
O ciclo operacional tem inicio com a compra de matéria-prima e termino com
recebimento da venda. No ciclo financeiro tem inicio como primeiro desembolso e
termina, geralmente, com o recebimento da venda. Se por eventualidade houver
pagamento de custos ou despesas após recebimento da venda, é nesse momento
que se encerra ciclo financeiro. Hoji (2010)
23
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm
Hoji,(2010) afirma através de dados contábeis, é fácil administrar os
prazos médios de recebimentos e de pagamentos. A administração do ciclo
financeiro é um fator muito importante para a redução dos encargos financeiros e
maximização do lucro.
Segundo Silva (1996) O investimento operacional em giro – IOG é
composto por itens de caráter operacional que normalmente estão classificados
dentro do ativo e do passivo circulantes, relacionados ao ciclo operacional das
empresas. O IOG esta contido (encravado) no CCL, sua representação se dar
através de aplicações de recursos que, embora pertencentes ao ativo circulante, tem
uma conotação de aplicações permanentes. Estas aplicações estão relacionadas de
forma direta com a atividade operacional da empresa, como duplicatas a receber,
estoques, adiantamentos a fornecedores e despesas antecipadas. Existe também
algumas fontes de recursos que estão relacionadas diretamente com as atividades
da empresa e que renovam espontaneamente a medida que suas operações se
desenvolvem. São exemplos dessas fontes: fornecedores, salários e encargos a
pagar, tributos a recolher e adiantamentos de clientes quando habituais e inerentes
ao tipo de atividade desenvolvida pela empresa.
Através da administração e analise dos ciclos operacionais e financeiros as
empresas podem melhorar os resultados financeiros econômico.Para tanto este
24
esforço de redução do ciclo financeiro deve ser feito por todas as áreas da empresa,
por meio de políticas eficientes de credito, descontos financeiros, compras etc., (Hoji,
2010).
2.5Administração financeira de contratos
Hoji, (2010), ressalta, que as contas a receber foram tratadas como sendo o
resultado da emissão de duplicatas. Porém, existem importantes setores da
economia em que as contas a receber não se originam da emissão de duplicatas e
sim de eventos contratuais. São setores que trabalham principalmente com
infraestrutura, tais como construção civil pesada e equipamentos e sistemas de
telecomunicações.
Exemplo. A construção de uma usina hidrelétrica exige longo tempo de
execução e a entrega final do “produto encomendado” será concretizada somente
após estar à usina gerando energia elétrica. Para que seja possível o funcionamento
dos equipamentos geradores de energia, existe uma serie de trabalhos que
precisam ser executados previamente, como, por exemplo, o desvio do leito original
do rio, a construção de estradas para circulação de caminhões e tratores, as obras
de concretagem etc.(hoji, 2010).
Um cronograma de eventos financeiros (eventos que caracterizam
recebimentos) e de faturamentos de materiais e serviços realizados poderia ser
demonstrado de modo bastante simples, conforme o Quadro abaixo. As premissas
utilizadas no exemplo não refletem com integridade as verdadeiras condições
existentes em um contrato dessa natureza, que são muito complexas.
ANO 0 1 2 3 Totais
25
Eventos Assinatura
do contrato
Conclusão
da obra de
desvio do
leito
original
Conclusão
das obras de
concretagem
Teste dos
equipamentos
geradores
Recebimentos 10% 15% 50% 25% 100%
Faturamentos:
Materiais 10% 30% 10% 50%
Mão de Obra 15% 15% 5% 35%
Gerenciament
o
5% 5% 5% 15%
Total do
faturamento
30% 50% 20% 100%
Quadro 1. Cronograma financeiro e faturamentos.
A forma de controle das contas a receber, no exemplo apresentado, é
bastante diferente do controle de Duplicatas a receber, pois as cobranças e
recebimentos são gerados por eventos contratuais e não pela simples emissão de
faturas de entrega de materiais e serviços. (Hoji, 2010).
Os contratos de prestação de serviços para que traga lucratividade para
organização, necessita ser bem administrado, com planejamento financeiro
adequado e também com capital de giro para poder dar inicio a execução dos
serviços. Por não ter esta preocupação é que muitas empresas, utilizam de
financiamentos bancários, como capital de giro, para poder cumprir prazos
contratuais, e desta forma não obtém lucro, devido as taxas de juros que são pagas
pelos financiamentos.
2.6 Estratégias de Capital de Giro Líquido
Para, Gitman, 2006, uma das decisões mais importantes que devem ser
tomadas com relação aos ativos circulantes e passivos circulantes é como os
passivos circulantes serão usados para financiar ativos circulantes. O montante de
passivos circulantes disponível é limitado pelo montante em unidades monetárias de
compras, no caso de duplicatas a pagar, pelo montante de financiamentos
26
periódicos considerados aceitáveis pelos financiadores, no caso de contas a pagar.
Financiadores fazem empréstimos a curto prazo para permitir que a empresa
financie aumentos periódicos nas duplicatas a receber e no estoque. Eles
geralmente não emprestam dinheiro a curto prazo para usos a longo prazo.
Há duas estratégias básicas para se determinar uma combinação
aproximada de financiamentos a curto prazo (passivo circulante) e a longo
prazo – as estratégias, nós vamos considerar os componentes
permanentes e sazonais da necessidade de financiamentos da empresa.
(Gitman, 2006, p. 462).
Assaf (2012 p.12), afirma que as decisões financeiras, incluindo aqui aquelas
de capital de giro, são baseadas na comparação entre o risco e o retorno. Uma
empresa pode decidir minimizar o montante de seus investimentos em capital
circulante como estratégia para reduzir seus custos, notadamente os provenientes
de suas fontes de financiamento. Neste objetivo de cortar custos e promover
maiores lucros, a unidade decisória envolve-se com o dilema risco-retorno, cuja
conciliação traz normalmente conflitos ao processo decisório.
Conforme Assaf (2012), com intuito de cortar custos e promover maiores
lucros, a empresa enfrenta um dilema de risco-retorno, cuja conciliação normalmente
acarreta conflitos ao processo decisório. Onde quanto maior o CCL mantido por uma
empresa, mais ampla é uma folga financeira e menor seu risco de insolvência, ou
seja, apresenta-se bastante estreita a relação entre capital de giro, folga financeira e
insolvência.
A opção da utilização capital de terceiros como estratégia para financiar as
atividades operacionais, precisa ser analisado com muita cautela os custos do
capital de giro e a rentabilidade que esta operação ira trazer para empresa.
2.7 Necessidade de Financiamento da Empresa
Gitman, 2006, enfatiza que as empresas podem ter necessidade de
financiamento permanente e outra sazonal. Permanente estão relacionadas com os
ativos permanentes mais a porção permanente dos ativos circulantes da empresa,
que não tem mudanças durante o ano. A necessidade sazonal são os dos ativos
circulantes, que durante o decorrer do ano sofre alterações.
27
Uma estratégia agressiva de financiamento é o processo através do qual a
empresa financia suas necessidades sazonais e possivelmente uma parcela de suas
necessidades permanentes com fundos a curto prazo. O saldo é financiado com
fundos a longo prazo.Estratégia de financiamentos conservadora é usada para
financiar todas as necessidades projetadas de fundos, com fundos a longo prazo,
utilizando financiamento a curto prazo somente para emergências ou saídas de
fundos inesperadas. Gitman,( 2006, p .462)
Para implementar estes tipos de estratégias dentro de uma empresa, faz-se
necessário um planejamento financeiro adequado, por conta dos riscos que podem
ocorrer neste tipo de operação. Diferentemente da estratégia agressiva, a estratégia
conservadora requer que a empresa pague juros sobre fundos que não são
necessários. O custo mais baixo da estratégia agressiva, portanto, a torna mais
lucrativa do que a estratégia conservadora. No entanto, a estratégia agressiva
envolve muito mais risco. Para a maioria das empresas, uma troca entre extremos
representados por essa duas estratégias deveria resultar em uma estratégia de
financiamentos aceitável. Também como resposta ao aumento no nível de vendas,
as contas a pagar da empresa aumentam, bem como os salários e impostos
aumentam devido á maiores exigências de trabalho e aos maiores impostos sobre
as receitas mais altas da empresa. Não há normalmente um custo explicito anexado
a quaisquer desses passivos circulantes, apesar de eles terem certos custos
implícitos. Ambas são formas de financiamento a curto prazo sem garantia –
financiamentos a curto prazo obtidos sem que bens específicos sejam oferecidos em
garantia. Sempre que for possível, a empresa deve tirar vantagem dessas fontes
“livres de Juros” de financiamentos a curto prazo sem garantia. (Gitman, 2006).
Segundo Assaf, (2012, p.16), o conceito de equilíbrio financeiro de
uma empresa é verificado quando suas obrigações financeiras se encontram
lastreadas em ativos com prazos de conversão em caixa similares aos dos passivos.
Em outras palavras, o equilíbrio financeiro exige vinculação entre a liquidez dos
ativos e os desembolsos demandados pelos passivos.
A empresa para manter um equilíbrio financeiro, uma opção é financiar suas
necessidades variáveis com dividas de curto prazo, utilizando os recursos de longo
prazo para financiar todas as suas necessidades permanentes. Observe, outrossim,
que na definição das fontes permanentes de financiamento do capital de giro, não é
possível uma clara identificação da natureza destes fundos. São essencialmente,
28
fundos de longo prazo, podendo ter origens de terceiros (exigível de longo prazo) ou
próprias (patrimônio liquido), conforme captado pela empresa. Assaf, (2012, p. 16).
Assaf, 2012, relata que se pode medir a necessidade total de financiamento
permanente –NTFP- de uma empresa pela soma da necessidade de investimento
em capital de giro com investimento permanente (ativo permanente propriamente
dito mais o realizável a longo prazo), ou seja:
NTFP= NIG + Investimento Permanente
Na necessidade total de financiamento permanente, para que se estabeleça o
equilíbrio financeiro da empresa, deve ser coberta basicamente por passivos
permanentes, constituídos das exigibilidades a longo prazo e patrimônio liquido.
Ocorrendo de o total dos passivos permanentes superar a NTFP, conclui-se que a
empresa mantém um saldo de disponível –SD – positivo, ou seja, há sobras de
recursos financeiros disponíveis para aplicações diversas. Caso contrario, quando a
NTFP for maior que os passivos permanentes, o SD será negativo, indicando que a
empresa está financiando parte de suas necessidades de longo prazo
(permanentes) com fundos vencíveis a curto prazo, denotando maior dependências
financeira pela renovação destas dívidas. O saldo do disponível pode também ser
apurado pela simples diferença entre o ativo circulante financeiro e o passivo
circulante financeiro, ou seja: (Assaf, 2012,p.77).
Saldo de Disponível (SD) = Passivo permanente – NTFP
Ou
Saldo de Disponível (SD) = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro
Para estas necessidades sazonais de recursos de giro, a empresa pode optar
por fontes de financiamento classificados como passivos financeiros de curto prazo,
basicamente empréstimos bancários e descontos de duplicatas. A estrutura de
financiamento dos investimentos em ativos é definida pela empresa em função,
basicamente, do volume e maturidade dos recursos disponíveis no mercado e,
também, do grau de aversão ao risco admitido pelos administradores. (Assaf, 2012,
p.77).
29
Pode-se afirmar que quanto maior a participação de recursos de longo prazo
e, conseqüentemente, de CCL, menos ariscada se apresenta a política de capital de
giro da empresa. Os recursos de longo prazo devem cobrir o capital de giro
permanente, deixando para o passivo circulante o financiamento das necessidades
sazonais dos ativos correntes. Outras opções financiamento de capital de giro
podem ser selecionadas de acordo com as considerações apresentadas sobre o
dilema –retorno. (Assaf, 2012).
Verificam-se algumas linhas de empréstimos de longo prazo com custos
inferiores aos créditos circulantes, além de o mercado financeiro oferecer retornos
bastante elevados às aplicações de curto prazo de eventuais excedentes de caixa.
Prevalecendo esta situação, a empresa consegue reduzir seus custos de
financiamento além de obter retornos financeiros atraentes em períodos de maior
disponibilidade de fundos. (Assaf, 2012, p.19).
Faz-se necessário haver um equilíbrio entre as fontes de financiamento, no
intuito de possibilitar o desenvolvimento de suas atividades, sem colocar em risco
sua estrutura financeira. Para possibilitar execução das atividades em alguns casos
utiliza-se capital de terceiros, pois se sabe que quase todas as organizações
necessitam destes tipos de financiamentos, no entanto, é importante avaliar a
necessidade real do empréstimo, assim como medir os seus impactos. Analises
criteriosa e minuciosa devem ser feita antecipada para que depois possa tomar
decisão de se tomar crédito junto às instituições financeiras. A decisão de obter
recursos de terceiros deve ser sempre realizada de forma coerente e verificando os
impactos que terão ao empreendimento. O gestor deve ter claro que o empréstimo
não é, necessariamente, a solução para os problemas financeiros. Desta forma é
importante dimensionar corretamente a quantia a ser solicitada, sua correta
utilização e, sobretudo, se há realmente a necessidade de se obter um empréstimo
naquele momento. Assaf, (2010).
2.7.1 Financiamentos Bancários
Definem-se financiamentos bancários como uma divida financeira junto ao
banco com um prazo para sua liquidação. Quando a divida é contraída, o credor
passa a assumir o valor emprestado e o valor dos juros que são calculados de
acordo com o valor do empréstimo. Este tipo de financiamento é aconselhável para
30
expansão de negócios lucrativos, tais como: financiamento de equipamentos,
instalações etc., no entanto administrador financeiro precisa ter visão atualizada da
situação financeira é realmente faz-se necessário optar por estes tipos de
financiamentos, e se estes investimentos irão maximizar os lucros da empresa.
2.7.2 Taxas de Juros de Empréstimos
Gitman, (2006), reitera que taxa de juros em um empréstimo bancário é
baseada na taxa de juros preferencial e pode ser uma taxa fixa ou flutuante. Ela
deve ser avaliada ao se encontrar a taxa de juros efetiva. Cada um desses aspectos
de taxas de juros de empréstimos são discutidas abaixo:
Taxa de juros preferenciais é a menor taxa de juros cobrada pelos principais
bancos do país em empréstimos para os melhores clientes. Bancos
geralmente determinam a taxa preferencial, para ajustá-la ao fator de risco
dos tomadores de empréstimos.
Empréstimos a taxas fixas e flutuantes empréstimos podem ter tanto taxas de
juros taxas de juros fixas quanto flutuantes. Em uma taxa de empréstimo fixa,
a taxa de juros é determinada com um incremento estabelecido acima da taxa
preferencial no dia do empréstimo e permanece sem variação nessa taxa fixa
até o seu vencimento. Em uma taxa de empréstimo flutuante, o incremento
acima da taxa preferencial é inicialmente estabelecido e é permitido que a
taxa de juros flutue, ou varie, acima da preferencial, de acordo com a variação
da preferencial até seu vencimento.
Um método de se calcular juros uma vez que a taxa anual nominal for
estabelecida, o método de se calcular juros é determinado. Juros podem ser
pagos quando um empréstimo vence ou antecipadamente. Se os juros são
pagos na data do seu vencimento, a taxa anual efetiva – a taxa real de juros
pagos – por um período presumido de 1 ano.
Para Assaf, (2012), Podemos encontrar dentro do sistema econômico
diferentes taxas de juros, todas elas, no entanto, expressam a remuneração sobre o
capital emprestado. A variedade de taxas disponíveis no mercado deve-se, entre
outras razões, aos prazos envolvidos, às condições estabelecidas entre aplicadores
31
e captadores de recursos, ao risco inerente à operação, às garantias estabelecidas e
ás condições gerais da economia.
A taxa de juros de mercado representa para uma empresa, basicamente, o
preço a ser pago pelos recursos emprestados ou custo de oportunidade de utilizar
capital próprio nas decisões de ativo. (Assaf, 2012).
Em teoria, as taxas de juros de longo prazo são mais altas que as de curto
prazo. Este comportamento permite supor que os financiamentos por passivos
circulantes são mais baratos à empresa do que os fundos de longo prazo. Esta
diferença entre taxas de juros de curto prazo e de longo prazo é explicada
basicamente pelo risco presente na maturidade do empréstimo. Um empréstimo de
maior prazo de resgate atribui Maior risco ao credor do que aquele que compromete
a devolução do principal empregado em curto prazo. Este risco adicional é devido ás
menores condições de previsibilidade do retorno do capital comprometido no longo
prazo e a eventual dificuldade de adequar a taxa contratada às mudanças que
venham a verificar-se no mercado financeiro. (Assaf, 2012, p. 16 e 17).
2.8 Analise e Dimensionamento dos Investimentos em Capital de Giro.
A análise da liquidez envolve basicamente o conhecimento da capacidade
financeira de uma empresa em liquidar seus diversos compromissos passivos nos
prazos pactuados. Para essa finalidade, são utilizados diversos indicadores
operacionais de avaliação da liquidez, como liquidez corrente, liquidez seca, giro do
circulante etc. Estas medidas financeiras procuram explicar e qualificar essa
capacidade de pagamento da empresa. Assaf (2012).
Não obstante sua importância e uso generalizado, esses indicadores
não costumam fornecer informações mais conclusivas a respeito de
determinada evolução na posição financeira corrente e esperada da
empresa, omitindo principalmente as efetivas necessidades de
investimento em capital de giro.(Assaf, 2012, p.65).
O estudo da posição de equilíbrio de uma empresa baseia-sena distinção de
seus ativos e passivos circulantes em itens operacionais (ou cíclicos) e financeiros
(ou erráticos). Alem de proporcionar uma avaliação mais analítica da posição
financeira da empresa, o critério permite, ainda, de maneira relativamente simples e
dinâmica, que se identifiquem as efetivas necessidades de capital de giro na
empresa, ou seja, o volume de investimento operacional em giro adequado para
32
equilíbrio financeiro. Este método, que permite com razoável precisão técnica melhor
conhecer e avaliar a estrutura financeira das empresas é mais conhecido por
necessidade de capital de giro. (Assaf, 2012).
Silva, (1996), afirma que a analise da tendência do IOG e do CPL ao longo de
um período igual ou superior a dois anos permite melhor entendimento acerca dos
fatores que estão interferindo na saúde financeira da empresa. O ambiente externo
de uma empresa oferece oportunidades de negócios para obterem bons resultados,
mas oferece também ameaças, ou seja, os riscos. A inflação é uma dessas
ameaças, sendo necessário adequado planejamento para maioria das empresas
sobreviver em condições de elevadas variações nos preços. Ao mesmo tempo,
outras decisões internas da empresa, tanto em nível operacional quanto estratégico,
ajudarão a definir o sucesso ou não do empreendimento. Vamos examinar algumas
causas que afetam a saúde financeira das empresas.
O efeito tesoura: a tendência de crescimento do investimento operacional em
giro (IOG) em níveis superiores ao crescimento Capital permanente liquido
(CPL).
O overtrade: a palavra overtrade significa o ato de fazer negócios superiores
aos recursos financeiros. Do ponto de vista financeiro, overtrade indica que
uma empresa vem efetuando grande volume de negócios, sem dispor de
recursos adequados e suficientes para financiar suas necessidades de capital
de giro.
Impacto da inflação – que dependendo da estrutura de cada empresa em
relação a seu ciclo financeiro, pode levar uma empresa á situação de
overtrade.
2.9 Administração do Disponível
Assaf, (2012 p.100), Relata que uma situação ideal, para uma empresa é ter o
controle total sobre sua liquidez, e seu saldo de caixa seria zero. No entanto
sabemos que esta é uma situação inexistente, embora seja ótima. Uma vez que
Fatores como alto custo do dinheiro, inflação, incerteza do fluxo de caixa, entre
33
outros, fazem com que qualquer entidade precise manter, em magnitudes diferentes,
um nível mínimo de caixa.
Assaf Neto e Silva (2002, p.86-87) ressaltam que o mínimo de caixa exigido
dependerá de uma série de fatores, entre eles: falta de sincronização entre os
pagamentos e recebimentos de caixa; grande possibilidade de ocorrência de
eventos não previstos no planejamento da empresa que representem
desembolsos de caixa; política de crédito da empresa; existência de um
modelo de administração de caixa claramente definido e ajustado às operações
da empresa; regularidade nos recebimentos da empresa.
Existe razoes para que empresa mantenha um valor mínimo de caixa, no
entanto não existe uma formula adequada, pois depende do segmento da empresa,
dos riscos e do planejamento financeiros.
Assaf, (2012, p.100), acrescenta três motivos para que se mantenha um valor
mínimo de caixa, que são: O primeiro é o de transação, a empresa precisa de
recursos no caixa que possibilite a liquidar todos os pagamentos assumidos. O
segundo é de precaução, onde empresa necessita de uma reserva de recursos alem
do que estava previsto, caso ocorra algum imprevisto nos recebimentos. O terceiro é
de especulação, onde administrador financeiro deve manter recursos em caixa, caso
haja oportunidade de fazer negócios.
O controle de caixa mínimo depende de vários fatores, e precisa ser bem
administrado para não causar riscos para empresa, pois dependendo do ramo de
atividade em que ela esteja à falta de controle poderá afetar a saúde financeira
empresa.
Vale ressaltar que a forma simples de se administrar e controlar o caixa pode
ser feita através do fluxo de caixa, tão importante quanto o planejamento financeiro,
através dele, controlam-se as entradas e saídas do caixa, bem como os recursos
futuros.
Fluxo de caixa é uma ferramenta que relaciona as entradas e saídas de
recursos monetários dentro de uma empresa em determinado momento. Trata-se de
um instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros
dentro da organização. Possibilita no processo de tomada de decisões financeiras
dos negócios. Assaf, (2012).
34
È importante que se avalie também que limitações de caixa não se
constituem em característica exclusiva de empresas que vivem com
prejuízo. Empresa lucrativa podem também apresentar problemas de caixa
como conseqüência do comportamento de seu ciclo operacional. (Assaf,
2012 p.34)
Para Assaf (2012, p.103), A utilização do Modelo de Caixa Mínimo
Operacional pode-se estabelecer o montante de recursos que uma empresa devera
manter em caixa. Para obter o Caixa Mínimo Operacional, dividem-se os
desembolsos totais previstos por seu giro de caixa. E para obter o giro de caixa,
divide 360, se a base for dias e o período de projeção for de um ano, pelo ciclo de
caixa (ciclo financeiro). È importante lembrar que o ciclo de caixa de uma empresa
corresponde ao período entre pagamento da compra de matéria-prima até o
momento do recebimento das vendas ou serviço.
Exemplo de como calcular Caixa Mínimo, suponha que uma empresa tenha
projetado para certo exercício desembolsos totais líquidos de caixa de R$ 2,7
milhões. Sabe-se que o ciclo de caixa desta empresa alcança 24 dias, ou seja, este
é o intervalo de tempo em que a empresa somente desembolsa recursos, ocorrendo
entradas de fluxos financeiros somente a partir do 25° dia. (Assaf, 2012, p.103).
O giro de caixa é de 15 vezes, isto é:
Giro de Caixa = 360 dias = 15 vezes
24 dias
Um ciclo financeiro de 24 dias indica que o caixa gira (renova-se) 15 vezes no
período.
Conhecido o giro de caixa, o montante mínimo de caixa a ser mantido visando
satisfazer à demanda operacional por recursos no período totaliza $ 180.000; é
calculado:
Caixa Mínimo Operacional = $ 2.700.000 = $ 180.000
15,0
Conclui-se que quanto maior for o giro de caixa, menor será o ciclo financeiro,
e menor também será a quantidade exigida para o caixa. Desta forma pode-se
afirmar que para uma administração de caixa eficiente a empresa precisa maximizar
o giro de seu caixa, utilizando para tanto as condições necessárias que seu negocio
proporciona.
35
A sincronização entre os departamentos da empresa precisa ser perfeita,pois
a falta de sincronismo entre eles pode gerar problemas sérios nas finanças. O plano
de negócio da empresa deve esta dentro do planejado para o bom desempenho dos
projetos, e também, da saúde financeira. O controle com relação aos pagamentos e
recebimentos e a administração financeira se fazem presente na empresa, através
da área da controladoria. Como as demais áreas da empresa realizam serviços de
infraestrutura, eles também, precisam controlar os serviços contratados, evitando
estourar o limite de crédito disponível em caixa para cada área. Assaf, (2012)
Controle de caixa está mais preocupada com as estratégias financeiras de
curto prazo, para tal, não é aconselhável tomar como base os dados históricos
muitos longos. Podemos verificar os dados dos últimos doze meses para que seja
delineada as estratégias na administração financeira.
No quadro abaixo, demonstra-se os dados históricos do último ano de uma
empresa fictícia com o intuito de estimar as distribuições de probabilidade dos FC.
Quadro 2. Fluxos de Caixa Médios do Ano Anterior (R$).Fonte: http://www.pablo.prof.ufu.br/artigos/cladea6.pdf
Os FC orçados, conforme tabela abaixo, para o próximo mês, sendo esse
período o horizonte de tempo em que se torna oneroso para a empresa obter
recursos líquidos adicionais.
36
Quadro 3. Fluxo de Caixa Orçado para o Mês X (R$).Fonte: http://www.pablo.prof.ufu.br/artigos/cladea6.pdf
2.9.1 Análise e Controle de Valores a Receber8.7.1 Giro dos Valores a receber
Segundo Assaf (2012 p.170), O giro dos valores a receber é obtido
principalmente pela relação entre as vendas a prazo da empresa e o montante de
valores a receber apurados ao final de um período, isto é:
Giro dos valores a Receber =Vendas a Prazo/Valores a Receber
Por exemplo, sendo de $ 820.000 as vendas realizadas a prazo é de R$ 328.000 o
volume da carteira de duplicatas a receber, apurados ao final de um trimestre, tem-
se o seguinte giro dos valores a receber no período:
Giro = $ 820.000/$ 328.000 = 2,5 vezes.
Pelo resultado, conclui-se que as vendas a Prazo giraram (foram recebidas)
2,5 vezes no período, indicando um prazo médio de recebimento das vendas de 36
dias (90 dias/2,5).
37
Uma tendência de crescimento deste índice revela uma conseqüente redução
no prazo do credito concebido pela empresa. Ao contrario, uma retratação no giro
dos valores a receber indica maior expansão nos prazos de concessão de credito.
Em qualquer das situações descritas é importante avaliar as causas e
repercussões da evolução apresentada pelo giro sobre os resultados operacionais e
posição de liquidez da empresa. (Assaf, 2012, p.100).
Deste modo, constata-se que Administração do Capital de Giro feita de forma
correta, faz com que a gestão do ciclo operacional assegure uma situação financeira
estável e segura, garantindo a capacidade de pagar suas dividas e a utilização
eficiente dos recursos disponíveis, com a manutenção do custo dos serviços sob
controle.
Outro objetivo da administração do capital de giro que ficou bem clara,
administrar cada um dos ativos circulante e passivos circulante da empresa, de tal
forma que um nível aceitável de capacidade circulante seja mantido, garantindo com
isso segurança necessária para atender as necessidades da empresa.
2. Estudo de caso
3.1Descrição Setor
Segundo dados (Dieese, 2012),as atividades construtiva são dividida por
segmentos: residencial ou de edificações, comerciais ou de empreendimentos; da
construção pesada ou de infraestrutura e outros – que representam um faturamento
anual de R$ 180 bilhões. O predomínio do setor da construção civil é de
construtoras de pequeno porte. Das 195 mil empresas em atividade formal no país
até 2011 (último dado disponível), 97,6% tinham menos de cem funcionários, 94,8%
empregavam até 50 pessoas, 77,2% não passavam de 10 funcionários e somente
0,3% tinham mais de 500 empregados. No segmento da construção pesada, o
predomínio é de empresas incorporadoras ou multinacionais, que são competitivas
em termos globais, por ter atuação internacional.
O setor da construção representou 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em
2012. Em2011, o setor possuía cerca de 7,8 milhões de ocupados, representando
8,4% de toda a população ocupada do país. Esta expansão foi motivada pelo
38
aumento dos investimentos públicos em obras de infraestrutura e em unidades
habitacionais, a partir do lançamento de dois programas de governo: o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC I), em 2007, e o Programa Minha Casa, Minha
Vida (PMCMV), em 2009.
Foram investidos na cadeia produtiva da construção R$ 349,4 bilhões em
2012.
O melhor desempenho do setor, nos últimos 24 anos, foi alcançado em 2010,
quando registrou taxa de crescimento de 11,6%. Este resultado decorreu de uma
combinação de fatores: aumento do crédito, queda das taxas de juros, programas de
investimentos públicos em infraestrutura, redução de impostos, aumento da renda
dos ocupados e da massa de salários.
A atividade na construção desacelerou em 2011, com o PIB setorial
crescendo apenas 3,6%, ante os 11,6% do ano anterior. Mesmo assim, a expansão
do setor foi superior àquela do PIB brasileiro que havia registrado 2,7%. Esta
desaceleração pode ser explicada, em grande parte, pelo conjunto de medidas
macro prudenciais adotadas pelo governo no início de 2011 e o desaquecimento da
economia mundial, que contribuíram para o menor crescimento da economia
brasileira, repercutindo no setor da construção.
Em 2012, o setor seguiu mantendo uma taxa de crescimento superior à do
país, de 1,4%, contra 0,9% de crescimento do PIB nacional.
O segmento da construção pesada tem crescido devido ao aumento do
volume de investimentos públicos e privados em obras de infraestrutura nos últimos
anos. A expansão do investimento em infraestrutura é considerada condição
fundamental para a garantia de um desenvolvimento sustentado do país. A taxa
média de investimento do país em infraestrutura de 2% em relação ao PIB, apesar
de ter aumentado nos últimos anos, pode ser considerada ainda muito baixa e
insuficiente para sustentar o crescimento do país. No período de 2006 a 2009, a taxa
média de investimento em infraestrutura/PIB foi de 2% e até 2014, este percentual
poderá atingir de 2,5% a 3,0% do PIB. O país tem realizado investimentos em
infraestrutura da ordem de R$ 20 bilhões/mês, sendo que são necessários investir
R$ 100 bilhões/mês, para suprir o passivo de quase três décadas sem investimento
em infraestrutura.
Ao se analisar o setor da construção civil segundo dados coletados, nota-se
que este ramo de atividade, tem crescimento bastante nos últimos
39
anos,principalmente em Pernambuco, trazendo para as construtoras de pequeno e
médio porte, mais oportunidades de expandir seus negócios, por isso que a função
do administrador financeiro é muito importante neste momento, para que possa
estudar este mercado e verificar através de analise e de planejamento financeiro, se
estas oportunidades de negócios irão trazer lucratividade para empresa.
3.2 Empresa Analisada
Empresa do ramo de Construção Civil, sediada no Recife, foi fundada em
1997, tendo como objeto o ramo de obras de terraplenagem, construção de
barragens, perfuração de poços, construção de edifícios, obras saneamento esgoto
e locação de equipamentos.
No ano de 2003 iniciou construção de edifício com recursos dos sócios, com
visão no mercado imobiliário que cresceu bastante nos muitos 10 (dez) anos, no
entanto não foi bastante para alcançar os objetivos da empresa. Que precisava de
recursos para manter construção do prédio, Desta forma em 2010 os gestores
começaram a estudar ramo de construção civil de modo global, e decidiram em
investir em equipamentos de terraplenagem , (maquinas pesadas), estas aquisição
foram adquiridas através de financiamentos ao longo prazo ,pois surgiu bastante
contratos através de licitações para estes tipo de serviços.
Desde a sua fundação até a presente data não há nenhum tipo de controle
sobre fluxo de caixa da empresa e muitos menos dos contratos de prestação de
serviços. Assim fica muito difícil saber se a empresa gera caixa ou necessita de
recursos para cumprir com suas obrigações no decorrer no mês, o planejamento
financeiro da empresa é muito precário. Essa ausência de controle causa grandes
custos para empresa.
Com celebração destes contratos a empresa poderia amenizar suas dividas
ao longo prazo, mas como os serviços são executados para órgão publico , tem
prazo para execução e como a empresa não tem capital de giro para iniciar estes
serviços, pois os recebimentos dos mesmos serão pagos após 30 (trinta) dias, a
alternativa é recorrer aos empréstimos bancários.
40
3.3 Fluxo de CaixaAtravés do quadro abaixo pode-se afirmar que uma empresa não sobrevive
ao longo prazo sem conseguir gerar caixa com as atividades operacionais, e o
quanto é necessário um administrador financeiro.
Para entender melhor a necessidade de uma boa administração, verificamos
abaixo dados da empresa estudada;
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCJANEIRO 286,03390 157.409,29 128.623,91
Percebe-se pela tabela acima, que empresa neste mês supriu as suas
necessidades financeiras imediata, com utilização do capital próprio, deste modo
não necessitando de capital de terceiros, apresentando assim o ciclo financeiro e
operacional satisfatório.
Pelo faturamento da empresa verifica-se que estas entradas foram
provenientes de valores recebidos no mês anterior, e que apesar de ser positivo não
é suficiente para investir em compromissos ao longo prazo.
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCFEVEREIRO 40643,41 135.436,70 -94.793,29
Com inicio das atividades da obra (edifício) onde as fontes de recursos são
próprios e dos sócios, fica claro a necessidade de capital de giro adequado para
honrar com compromissos de curto prazo. Apesar do fluxo de caixa ser negativo,
este mês a empresa conseguiu honrar com seus compromissos.
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCMARÇO 132.402,90 270.698,29 -138.295,39
Com perspectiva de novos contratos, foi feito através de financiamento
compra de equipamentos, deste modo a empresa aumentou ainda mais seus debito.
A utilização de capital de terceiros para financiar o imobilizado da empresa no
momento é de risco. MÊS
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ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCABRIL 123507,8 263.405,01 -139.897,21
Com alto do passivo a empresa passa além de pagar financiamento e ainda
tem que pagar juros, fazendo com que o ciclo operacional fique negativo, recorrendo
para utilizar empréstimo dos sócios.
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCMAIO 93214,15 199.168,44 -105.954,29
Com o ciclo financeiro totalmente negativo, só existe uma alternativa é
recorrer aos bancos para solicitar empréstimo bancário. Neste mês foi feito um
empréstimo no valor de R$ 350.000,00 para ser pago em 48 (quarenta e oito)
meses, à taxa de juros de 1,58 ao mês.
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCJUNHO 124171,23 256.808,99 -132.637,76
No mês de junho a empresa se encontra na mesma situação de maio, e
novamente teve que solicitar um novo empréstimo, desta vez no valor de R$
200.000,00 para ser pago em 36 (trinta e seis), com taxas de juros de 1,42 ao mês
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCJULHO 113368,57 230.438,98 -117.070,41
Observa-se que apesar da utilização de capital de terceiros (empréstimos
bancários), continua fechando o mês com seu fluxo de caixa negativo, isso
acontece, porque as obrigações mensais precisam ser cumpridas, e ainda tem os
financiamentos e os empréstimos feitos nos meses anteriores. A importância precisa
equilibrar suas contas do ativo e passivo, e administrar de forma correta o capital de
giro, pois os tipos de financiamento mais comum nestes casos, já foram utilizados.
MÊS
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ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCAGOSTO 460.484,89 382.669,53 77815,36
Com recebimentos referentes ao aluguel dos equipamentos, neste mês as
obrigações foram cumpridas, no entanto o saldo positivo não foi suficiente para
quitar débito referente ao fluxo caixa negativo do mês anterior.
Novamente recorre ao empréstimo bancário valor solicitado foi de R$
300.000,00, parcelado em 36 vezes, com taxa de juros 1,42, ao mês.
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCSETEMBRO 153400,55 321272,68 -167.872,13
Para cumprir com as obrigações neste mês, foi utilizado o saldo referente ao
empréstimo feito no mês anterior.
Apesar de ter investido em imobilizado com visão no mercado e promessas
de contratos para utilizar os mesmos, as saídas continuam aumentando devido aos
empréstimos feitos e as taxas de juros embutidas nas parcelas, como também a
construção do prédio que esta sendo feito com recursos próprios.
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCOUTUBRO 127608,29 303894,68 -176.286,39
As entradas referentes aos contratos de locação de equipamentos não são
suficiente para honrar com compromissos, sem alternativas de recursos a empresa
recorre aos sócios, uma vez que não tem mais limite no banco para empréstimos,
como a empresa trabalha com único banco e segundo gestor financeiro as taxas são
menores, então a solução foi recorrer aos sócios.
MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCNOVEMBRO 348281,38 687.879,97 -339.598,59
Com pagamento da 1ª parcela do 13° dos funcionários as saídas da empresa
duplicaram se comparar com os meses anteriores. Por opção do sócio da empresa
foram pagas as obrigações com capital do próprio sócio.
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MÊS ANO 2011 ENTRADA SAIDA FCDEZEMBRO 277785,38 712.599,68 -434.814,30
Mês em que a produtividade da empresa diminui por conta das festas e como
trabalhar para órgão público, os recebimentos são efetuados até dia 15 do mês.
Novamente recorre para capital de terceiros, aumentando ainda mais o passivo ao
longo prazo, mas no momento era única opção.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FCJANEIRO 336.700,00 230.597,66 106.102,34
No inicio deste ano percebe-se que as saídas reduziram, em comparação
com mês anterior, este fato ocorre devido diminuição nas despesas com prédio, que
no momento esta parada, que ocasionou demissão de alguns funcionários.
No momento a única fonte de recursos da empresa é a locação dos
equipamentos que por sua vez depende dos órgãos públicos.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FCFEVEREIRO 158.607,45 -158.607,45
Como foi dito anteriormente os recursos decorrentes dos contratos de locação
com órgão do governo, deste modo a empresa fica novamente na mesma situação
dependendo de recursos de terceiros, que neste mês foi feito pelos sócios.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FCMARÇO 139.307,24 -139.307,24
O fluxo de caixa negativo mostra que empresa continua dependendo de
capital de terceiros, uma vez que os contratos de prestação de serviços, o retorno do
investimento não é imediato, a empresa tem que ter capital de giro para executar os
serviços.
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Ocorrendo por conta destes atrasos a inadimplência da empresa perante ao
banco, por não conseguir honrar com os financiamentos obtidos para compra dos
equipamentos.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FCABRIL 105.563,42 -105.563,42
Sem opção de adquirir empréstimos junto ao banco, a empresa utiliza dos
recursos do patrimônio liquido da empresa, para honrar com as obrigações mensais
e inadimplência junto ao banco.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FCMAIO 160.438,02 -160.438,02
Com credito novamente junto ao banco, solicita novamente empréstimo
bancário de R$ 250.000,00, parcelado em 36 meses, com taxas de juros 1,42 ao
mês.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FCJUNHO 235.676,78 -235.676,78
Com saldo do empréstimo feito, foi efetuado pagamento de algumas das
obrigações, ficando em aberto novamente os financiamentos.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FCJULHO 50.000,00 239.126,95 -189.126,95
Com as entradas inferiores, a empresa encerra o mês negativo e sem opção
de empréstimo bancário e nem recursos dos sócios.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FC
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AGOSTO 1.141.657,657,11 292.963,77 848.693,34
Com entradas das faturas referentes à locação de equipamentos que estavam
em atrasos, conseguiu pagar suas obrigações e ainda ficar com capital de giro para
utilizar. Visando mais contratos para utilizar os equipamentos, o gestor decidiu pela
compra de caminhão, utilizando para este fim parte do saldo fluxo de caixa, que
seria para capital de giro da empresa para honrar com compromissos de curto prazo.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FC
SETEMBRO 476.276,60 359.839,82 116.436,78
Com investimento feito no imobilizado as saídas aumentaram, no entanto com
entrada de novas faturas, o mês fechou positivo.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FC
OUTUBRO 376.526,30 396.663,03 -20.136,73
Apesar das entradas de recursos serem inferior as saídas, fluxo de caixa
continua positivo.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FC
NOVEMBRO 497.960,94 -497.960,94
Como não houve entradas de recursos, os compromissos foram pagos com
saldo dos fluxos de caixa anteriores e empréstimo do sócio.
MÊS ANO 2012 ENTRADA SAIDA FC
DEZEMBRO 1097.827,40 168.120,54 929.706,86
Com termino de alguns serviços no final do mês de novembro, as saídas da
empresa baixaram muito. Com isso fluxo de caixa do ultimo mês do ano fecha
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positivo, mas isso não significa que empresa tem capital de giro para atender suas
necessidades em curto prazo, pois existe os financiamentos mensais dos
equipamentos que foram feito em 36 meses e 48 meses, bem como os empréstimo
ao banco.
4. Conclusão
No ano de 2011 e 2012, a empresa fez uma serie de aquisições, com objetivo
bastante arrojado, de ser uma das principais em empresa no ramo de locação de
maquinas pesadas para o governo do estado de Pernambuco. Visando alcançar
estes objetivos utilizou de capital de terceiros e empréstimos bancários para poder
atender a demanda dos serviços e também honrar com os financiamentos feitos.
Por esta razão pode-se afirmar que estas decisões afetaram a saúde
financeira da empresa, uma vez que assumiram compromissos superiores aos
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recursos financeiros disponíveis e também aquisições de equipamentos, tudo isso
sem ter capital de giro suficiente para financiar.
Desta forma observa-se que apesar de no final de 2012, as entradas no caixa
da empresa aumentar, não são suficiente para organizar as finanças, uma vez que
nos meses anteriores foram utilizados empréstimos bancários e dinheiro dos sócios,
para suprir as necessidades da empresa.
No ano de 2011 e 2012, percebe-se que a empresa utilizou como fonte de
capital de giro os recursos de terceiros, onde estes recursos têm levado parte do
lucro que a empresa pode ganhar, as principais causas para empresa não obter
lucros são: Investimentos em imobilizados, Falta de planejamento e falta recursos
para executar as obras.
Para administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento
atual, as faltas e sobras de recursos financeiros, e os reflexos gerados por decisões
tomadas na empresa em relação à aquisição de imobilizados e administração de
caixa, percebe-se que nada disso tem sido feito, por esta razão a empresa esta
utilização capital de terceiros como capital de giro.
Pode-se verificar que esta empresa não esta ciente deste tipo de
administração, por este motivo a empresa encontra-se em situação difícil, por
diversos motivos, tais como:
Má administração da empresa em diversas áreas elevando desta
maneira os custos fixos;
Utilização de empréstimos e financiamentos obtidos a custos elevados;
Investimentos em imobilizados.
Esta empresa necessita urgentemente implantar controle de fluxo de caixa que é
uma ferramenta essencial para administração do disponível e o sucesso da
empresa, em termo de planejamento e controle financeiro. Com implantação desta
ferramenta na construtora o gerente financeiro, pode planejar a captação de
recursos para pagamento de despesas com antecedências, sincronizar os
recebimentos dos serviços prestados, com o pagamento dos fornecedores,
estabelecer a melhor data para amortização dos financiamentos.
Com implantação desta nova gestão possibilitará a empresa, adotar
estratégia de aceleração aos recebimentos de contas a receber (entradas), para
desta forma diminui os empréstimos bancários.
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Vale salientar a necessidade de um administrador financeiro, para que seja
feito analise dos resultados financeiros, planejamento das ações necessárias para
obter melhorias na empresa, fazer analise e negociar os recursos financeiros, bem
como suas aplicações , administrar os recebimentos e caixa, fazer acompanhamento
da evolução do patrimônio da empresa, enfim que mantenha um equilíbrio entre o
volume necessário á manutenção da reserva de capital de giro e o valor a ser
aplicado no ativo permanente da empresa. Lembrando que a rentabilidade da
empresa pode esperar por uma recuperação de lucros, mas que o capital de giro
não pode esperar.
Por fim, conclui-se que a empresa necessita de uma reserva de capital de giro
e que este é de fundamental importância para o sucesso da empresa.
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