0 catolicismo e a Depois àn 20 annos de Republica leigg...
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S. PAUtO (Braziü) Sabbadd, 7 de maio de 1910 Stu*~ ^f^^ tWP+gf*. y I^Z--/^ ANNO IV-NUMERO 3o
Redacção ií Administração
largo da Sé n. 5 (sobrado)mé- m tm- *
Endereço telegraphico: LANTERNAm- mt* • »t* *
Apparece aos sabbados--¦¦•» tm m.
Fundador: BENJAMIM MOTA
Assignaturas para o BrazilAnno io$oooSemestre 6$ooo
FOLHA ANTI-CLÈRÍCAL DE COMBATE
0 catolicismo e aemancipação humana
(Conferência realizada no Rio de Janeiropelo Dr, Caio Monteiro de Barros.)
III
E' então a religião o melhorinstrumento para a dominação do
poder, para o estabelecimento do
principio de autoridade— tornadoentão indiscutível, superhumano,de origem divina--; meio excellente para a fixação dos sentimentos de servilismo e cobccrdiano animo daquelles opprimidos cescravizados.
Ella foi cm todos os tempo,tr ainda o é, empregada nestesentido pelos opprcssores.
interiormente a religião preclis-pfle o homein para a obediência
passiva, a resignação sem dis-crepancia — verdadeira adaptaçãomoral do individuo ,i sujeiçãotemporal, preparo innegayel doespirito á tobardia, na apparenciade saciificio.
Srs.
Jean Jaurés, prefaciando a notavel obra dc Benoit Malon *LnMora/e Sociale» disse com inteiraexactidão que—a resignação, quan-do não é inevitável que a ellase submetia (o homem)- è a co-barãia; e o sacrifício, quandoperpetua a iniqüidade entre oshomens, é o cúmplice dessa ini-quidade !
Belíssimas e verdadeiras pa-lavras !
Exteriormente ainda a religiãof. um instrumento de oppressão,e sempre veio em auxilio dosexploradores da humanidade.
Mais firme esteio do principioda autoridade, consciente ou in-concientemente, age sempre deaccordo com os interesses do po-der, seja qual fôr o pretexto.
Aproveitam-se delia para eli-jninar os jnsubordinados, os re-beldes, os altivos, os emancipa-dos pioneiros da verdade, aquelles que tentaram ou realizaram oestraçoamento do obscurantismoda epocha, desvendando os novoshorizontes humanos.
Xenophanes, Anaxagoras, Pho-cion, Sócrates, Campanella, Gior-dano Bruno, e tantos grandespensadores—íoram as victimas dareligião.
Srs.Temos ainda vivo, palpitante,
recente, um exemplo: o assassi-nato iniquo, infame, inqualificável,de Francisco Ferrer— lúcido es-pirito e generoso coração — pelocontubernio torvo da lei e dopadre, do throno e do altar, doPoder e da Religião !
Depois àn 20 annos de Republica leigg
Como sc preparam as gerações futuras no Brasil.
e ao interprete da palavra divi-na.-
Vede, pois, no protestantismo,o mesmo obscurantismo, a mes-ma intolerância, a mesma malva-dez!
O catholicismo como procedepara com a Liberdade, a Sciencia,a Civilização ?
Di-lo sua historia ; affirmam-nofactos incontestáveis.
de in-
Particularizemossertaçâo.
nossa dis-
O catholicismo é inimigo con-tumaz, adversário visceral da li-berdade, da emancipação humana,antithese flagrante, inconciliávelcom a verdade, com a Luz, coma Sciencia, com a Civilização !
Não supponham os Srs. que merefiro exclusivamente — ao papis-mo ou ultramontanismo ou vati-canismo ou a «Igreja apostólicaromana».
Tambem falo dos seus seismas,principalmente o nascido com aReforma—o protestantismo.
Desse diz o sábio Eliseu Re-chis, cm sua obra — «Evolução,Revolução e Ideal Anarchista» :
«Sabe-se agora que a Reformafoi tambem a constituição de ou-tras igrejas autoritárias em faceda Igreja que até ali gozara omonopólio da escravizaçâo intcl-lectual.
A Reforma deslocou as fortu-nas e as prebendas em proveitodo poder novo e dum e doutrolado nasceram ordens, jesuítas econtrajesuitas, para explorar opovo sob formas novas. Lutheroe Calvino falaram a respeito dosque não partilhavam a sua ma-neira de ver, a mesma linguagemde intolerância feroz que S. Do-mingos e Innocencio III.
Como a Inquisição fizeram espionar, encarcerar, esquartejar,queimar; igualmente fixaram co-mo principio a obediência' ao rei
A Bíblia é um códigotolerância inimaginável.
Massacres, degolamentos, ex-terminios, ódios, fulminações, in-tolerância theologica—eis, o gran-de, o pavoroso, o sinistro quadroque ali se nos apresenta e quepara sempre, indelevelmente, segrava em nossa retina.
A Igreja primitiva segue essamesma orientação, continua nessamesma pratica, intolerante e im-piedosa, para os que não são seusprosélytos, não adoptam suasdoutrinas.
Parece, uma ncvropathia obce-cante e irrcmissivel empolga seuscrentes, os mais humildes comoos mais eminentes.
Paulo (na Epístola dos Gaiatasi, 8) anathematiza todo o queadopta ou prega um evangelhodiverso do seu.
*Tertuliano, no século III, como
que impulsionado por um espiritodemoníaco — exulta só com a idéiadas penas que no Inferno soffre-rão ou espo am os pagãos, seusadversários.
Jeronymo, no século IV, diz:Se vosso pae se atravessar no
limiar da porta, para vos impedirde seguirdes a vossa vocação; sevossa mfti vos mostrar o seioque vos alimento ¦ — calcai aospés o corpo de vosso pai e oseio de vossa mãi, e, com osolhos serenos, fugi fiara o senhorque vos chama.
Como é cruel, impiedoso, des-humano, tudo isso !
Antes do christianismo achar-se no poder, ameaçava os here-ticos com a excommunhão c aspenas eternas, e uma vez alcan-çado aquelle praticou os maiorescrimes, inaugurou, srs. a persegui-ção systematica dos herejes, dosincrédulos, daquelles cuja unicaculpa era desconhecer ou nãoparticipar de suas idéias religio-sas.
Roma, em seu Panthecn, aco-lhia todos os deuses, e foi C ms-tantino, o imperador christao,quem intruduziu na legislação doarande povo, como'lei imperativa,a perseguição religiosa.
J. VV. Foote, citado por Bossi,diz : que o christianismo inaugurouuma nova era de escravidãomental, supprimindo pela força asdissidências, e estabelecendo umauma inquisição para descobrir osheréticos, introduziu a tyrannia nomais secreto da intelligencia.
Drapcr, ainda citado pelo mes-mo autor, diz : que o christianis-mo tomou um caminho que de-terminou toda a sua carreirafutura, transformando-se em umapedra de embaraço contra o pro-gresso intellectual da Europa, pormais de um milhar de annos.
*Srs.
Eis como elle cultuava a liber-dade, como contribuía para aemancipação humana, a despeitodo que assoalham o.s seu phari-saicos propugnadores.
*O christianismo fez da servidão
e da escravidão instituições di-vinas.
Angelo Vacaro, em seu livro«A Luta pela Vida», diz:
Muitos jugam que foi o chris-tianismo quem transformou eaboliu a escravidão. Não ha po-rém opinião menos exacta do queesta, observa Deschanel, e pare-ce-me que tem razão.
O christianismo nunca profes-sou a igualdade de direitos entreos homens. Não proclamou a escravidão como contraria ao direitodivino. S. Paulo não aconselhouao escravo quebrar as cadeias queo prendiam, mas sim obedecertímida! e respeitosamente a seusenhor.
O.s padres da Igreja forammais longe : fizeram da escravi-dão uma instituição divina, e S.Thomas de Aquino, cujas dou-trinas são professadas ainda pelaIgreja — disse que a escravidão ea servidão não são contrarias, an-ts são favoráveis ao christianis-mo.»
NO ALTO DO CALVÁRIO
Magdalena e Jesus. São elles dois apenas
Que sabem da visão que em derredor fluetua.Elle que a supplantou nas mais ardentes scenas,E ella que tanto o amou, ella que foi só sua.
O' Manhãs de arrebol I Madrugadas serenas !Contai ao mar, á flor, ás estrellas, á lua,
Quanta vez me beijou Jesus as mãos pequenas,Quantas me teve aos pés e .nos. seus braços, nua!
Voou para o cypreste o bando dos pardaes , . .E o sinistro final sepultou-me o desejeE as bênçãos deste amor que não nos volta mais.
Vai morrer! Vai partir! Findou-se o nosso idyllio !Sol de minh'alma, adeus ! O' meu primeiro beijoNão terás outro beijo a te beijar no exilio !
IIBaixou a treva, emfim. Cai no chão, de joelhos,Naquelle mais sagrado e mais punjente drama :Loira, fria, a chorai, põe os lábios vermelhosNos pés que estão na cruz . . . E a sua dôr proclama
«—Antes não desse ouvido aos teus falsos conselhos!Carne, não posso mais ! Se inda sentes a chamma
Queimar-te o coração, maldize os EvangelhosPor amor amor deste Deus, da mulher que o mais ama !-
Santo «Sivaircãador
E, ouvindo a sua voz, Christo exhala um lamento.
Il os seus olhos que são dois missaes de tormento
Volve á triste, que chora o escandaloso crime.
E, Magdalena, então, como louca e mais langue,Vendo-o exhausto a morrer, orvalhado de sangue,
Põe- -_e a nr e a cantar, num delírio sublime.
uma alucinada,sangia e a atordoa.
soa
! nunca mais ! O' Montanha sagrada !
III
Desce o Calvário e vai comoMal sustendo a paixão que aSua voz musical, de lagrimas molhada,Tem preces, tem punhaes, musicalmente
«— Nunca maiNão terei mais ninguém que de mim se condòa !
Adeus, tempo ideal ! Hoje sou desgraçada,E diz-me o coração que eu fui pura e fui bôa ! —
E as flores que ella tem murcham sob o seu véo.
E um profundo pesar, por onde passa, arranca.
E a Via-Lactea, de luto, abre o pallio no céo.
Do Jornal do Commercio de 25 :Na lei franceza são numèrosissi-
mos os motivos para divorcio.Appareceu, porem, um novo apre-sentado por um marido que mos-trou no tribunal uma copia deuma oração descoberta entre ospapeis de sua mulher.
A oração é dirigida a um san-to cujo nome não é muito fami-liar, mas que parece bem conhe-cido da ré, Santo Exterminus.Não se pediu ao Santo que ex-terminasse ninguém, mas o queessa mulher lhe rogava que fizes-se, não era coisa muito santa,como se verá da prece seguinte :
«Grande Santo Exterminus, ro-
go-vos que atermenteis a alma e
E vai já sem ardor, já sem aquella vida...
A mulher quando ama é extremamente franca :
Mostia o peito e o punhal que lhe fez a ferida!
A. M. B.
Assignaturas para o exteriorAnnoSkmestkk
15Í5000X$ocx>
Pagamento Adiantado
unais ao homem que eu amo.Amen.»
O Tribanal Civil pedira umasemana para resolver se a oraçãoda mulher a Santo j Exterminusconstitue technicamente uma «in-juria grave», de modo a justificara sentença de diyprcio solicitadapelo marido.
O.s santos servem para isto epara muito mais. Como se sabe,a religião é um frei*.,.
Cataria bíblicaUm leitor nosso escreve-nos:«Já li a Bíblia, e algumas par-
tes mais duma vez ; mas confes-so que me passara despercebidaaquuelia prescripção hygienica, ci-tada pelo vosso collaborador Me-dusa, relativa ao lugar fora doarraial aonde o israelita devia ir,com um pauzinho no cinto, a cha-mado de certa necessidade, co-brindo de terra o resultado. Vê-se que o legislador não previa osadiantados sy temas usados nascidades modernas . . . Hoje, apar-te o pauzinho, ha ainda seres queseguem o preceito bíblico : ' sãoos gatos, que cobrem de terra«aquillo de que se alliviaram».Nunca tinha supposto os gatosleitores da Biblia e tão cumpri-dores dos seus preceitos !»
O nosso leitor graceja, maselle bem sabe que provavelmentefoi o legislador bíblico que imi-tou o gato, não sendo de presu-mir que este se dedique a taesleituras...
Poraograpfaia vatica»escaNo seu numero de 3 de abril,
começou L'As ino, de Roma, a. pu-blicar um estudo sobre o poemaerótico esculpido em bronze queella apresenta.
O famoso jornal anticlericalapresenta aos seus leitores repro-ducções photographicas dc certosmotivos... edificantes, mostrandoo impudor papal gravado em bron-ze á mesma entrada da basílicavaticana — o que é bem signifi-cativo !
Conta tambem picantes aneclo-ctas relativas á vida dos papasda época e dos artistas que tra-balharam por conta da Igreja.
E venham os ascorosos hypo-critas do catholicismo, pomogra-pllicos diplomados e consagrados,falar-nos de decência !
K.jEziiyyyiEEyJ
o espirito dc Madame X... resi-dente em Paris, pelos seus cincosentidos. Que ella se veja ator-mentada e obcecada do desejo deabandonar o marido. Grande San-to Exterminus, imploro vos queatormenteis o espirito do maridode Madame X. pelos seus. cincosentidos naturaes. Atormentai-ode modo que elle não possa viversem mim. Dormindo, que ellesonhe constantemente commigo.
Acordado, que elle só ame a mim.Que elle abandone a mulher etrazei-o a mim, ó Grande SantoExtreminus. Amen.»
"Grande Santo Exterminus, ro-go-vos que atormenteis o espiritode meu marido por meio dos seuscinco sentidos naturaes. Que ellese veja dominado de uma idéiaunica—de me dar uma boa me-sada. Grande e poderoso SantoExterminus, rogo vos que me
Os bispos ajudamUma professora primaria da
Alta-Saboia, França, apesar delivre-pensadora, consentiu em ca-sar-se na igreja, tendo compaixãode sua velha mãi, muito ciente.
O parocho ficou satisfeito como acto de submissão d a incrédula,mas pouco depois recebeu dobispo as seguintes instrucções :
... «Os sacramentos da Igrejaserão recusados a todo professorque tiver empregado na sua es-cola. um dos livros condemnadospela Igreja. Todavia, convirá fa-zer a tal professor as perguntasseguintes :
l,° — Lamentais ter-vos servidodesses livros ?
2." —Se isso estivesse em vossopoder, mudarieis esses livros?
3.0 — Quando chegardes ás pas-sagens condemnadas, passa-las-eisetn silencio ?
— Não 1 respondeu altivamentea tudo a professora em questão.E de consciência tranquilla e sa-tisfeita, dispensou a cerimonia re-ligios,a.
Se a Igreja mostrasse sempree em toda a parte tal intransigen-cia, impedindo debilidades e for-necendo novos motivos de rebel-dia, teríamos que lhe agradecer!
si'1
Um chefe liberai...Do Correio P iano do dia
26 de abril:MADRID, 25— Telcgrapli.-im de Valeu-
cia que ali chegou o rei Affonso XIII,
acompanhado dos srs. José Canalejas e
Ruiz Villarino, presidente i'e conselho e
ministro da Justiça.O soberano e o presidente do galiincle fo-
ram visitar a Capella dos Desamparados,onde beijaram a mão da imagem tia Vir-
gem.O monarcha inaugurou hoje a exposição
daquella cidade.
A quanta hypocrisia não obri-ga a politica ! E dizer-se quehomens destes se pretendem re-formadores 1
Em Hespanha, como em todoo mundo, os reformadores nãoestão no governo, mas entre opovo...
(Ao reverendo padre João Ravaioli)v
& oSIicioDo Estado, noticias de Portu-
galOs padres do concelho de Valença re-
cusaram-se a transportar o esquife do Se-
nhor morto na procissão do Enterro, em
sexta-feira sanla, por não lhes quererem
pagar 1.500 reis a cada um. Outrora fa-
ziam este serviço gratuitamente. Os irmãos
da Santa Casa, em virtude da torpe ga-nancia dos padres, resolveram eoi duzir na
procissão o esquife.
Mas, que diabo ! os padres ti-nham razão ! Pois qual é o offi-cio delles ?
Todos os serviços inherentesao sacerdócio- devem ser pagosao padre, como os de qualqueroutra profissão á pessoa que aexerce.
Os irmães da Santa Casa tra-balharam grátis porque natural-mente tèm outro modo de vida.
E porque são tolos... Bem omostra o facto de quererem con-duzir o cadáver dum senhormorto ha muitos séculos...
Harmonia implica conformida-de, invariabilidade de movimento,symetria de ordem, immutabilida-de de relações nos elementos,fixidez no modo de ser duma da-da coisa. E' o que no sentidoabsoluto não existe. As leis dacontinua transformarão não apre-.sentam a aposülla desta condiçãode harmonia para o universo. Nogrande laboratório da naturezatudo se modifica, tudo se trans-forma, tudo se des'oca, nada con-serva perennemente o seu lugar,o seu estado. O que honlem ap-parecia sob unia forma, já hojenão existe. O que hoje existe, jáamanhã não terá razão dc ser.Nos amplos abysmos dos céus,mundos mysteriosos que tiverambilhões de annos cie vida, cho-cam-se, desfazem-se e voltam aoestado de calor e de força, .sub-stancia imponderável, ao ether in-ttrplanetario do qual sairam ; ou-tros, enviando-nos algum seu pre-cioso fragmento (aerolithos) pare-cem querer legar á Tetra o teste-munho da desordem que imperafora delia nos espaços sideraes;outros ainda, sem existência an-
...___^;.^<.i*s«*:«^«^-"->'™'^'°»:"^
cinza ; e tu, diante delles o co-britas do estéreo que sai dohomem.
13.— E disse o senhor : Assimcomerão os filhos de Israel o seu
pão immundo entre as gentespaia onde eu os lançarei;
14.— Entao disse eu : Ah, ah,ah, Senhor Deus! vede que aminha alma não está manchada,
Jnem eu desde a minha infância
mrnr«riwi,*,"mMMfc™t"-Mtl'—ni11'11'* *
A historia do.s povos fornece-nosciados ainda uris edificantes. Aestructüra politica e econômicadas sociedades humanas, incessan-temente destruída e renovada,nunca foi a mesma no curso dostempos. As nossas mesmas leis,os nossos costumes, a nossa mo-ral mudaram e mudam sem des-canso. A nossa conformação phy-siologiçn, o nosso cérebro, achamse eni continuo estado de evolução. As nossas necessidades, osnossos, sentimentos, as nossasidéias, a nossa vontade, as nossasaspirações variam constantementeno tempo e no espaço, de clima pa-ia clima,de povo para povo,e até navida dum mesmo individuo. O quecra honlem, hoje já não é, e nemsempre é a ordem de coisas maisbella, mais útil e melhor que sub-sdtue a mais immoral e peor. Osexemplos neste sentido não fal-Iam : a maravilhosa cultura <iaantigüidade clássica da Grcciae de Roma suecumbe sob os golpes poderosos do christianismoque a deiruba para instaurar umreino de devassidões, d
até agora tenho comido cousamorta, nem despedaçada pelas graçacía és, ó caríssima, nas
alimarias, nem ainda na minha . licias 1
juntas das tuas coxas são comouns collarcs, que loram fabrica-dos por mão de mestre.
2.—O teu embigo é uma taçafeita ao torno, que nunca estádesprovida de licores. O teu ven-tre é como um monte de trigocercado de açucenas.
3, — O teus dois peitos são co-ino dois cab itinhos gêmeos fi-lhos da cabra monteza.
6.— Ouão formosa e quão en-de-
A.
bocca entrou carne a'guma irn-mun d a ;
15.—E elle me disse : Eis ahi,te dei estéreo de bois em lugarde estéreo humano, e farás cozercom elle o teu pão.»
Isto é peor do que o pão queo diabo amassou !
E! 11 Isaias, cap. a Y. V ,«4.—Assim levará diante de
si o rei dos Assyrios o capdveirodo Egypto, e a transmigraçãoda Ethiopia, de meços e volhos,nus e descalços, com a.s nádegasá mostra, para ignomínia do
o.»
tenor "\'r.arecetn sob forma de
e ignoran-s„a Egypt
cia de trevas e de horrores. A *>'*¦', ', ,>.,... ,,,,.<_,. ant». Havia de ser edificante esteidade de ouro oos nossos a.a.-1passados, que viviam de pastori- espectaculo, na rua!...
shFecho alegre
Um bispo folgazâo gostava dedivertir-se com os simples e en-contrando, num dia de passeio,um homem do campo, lembrou-sede rir e fazer rir o séquito á custado pobre rústico.
Para começar, perguntou-lhe :Quantos deuses ha ?Um só e ainda assim muito
mal servido, porque os seus ser-vidores são muitos, mas cuidamníaís de si próprios que do amo...
Matéria adiadaAinda neste numero, devido ao
excesso de materia, somos obriga-dos a adiar diversos escriptos, en-tre os quaes: A continuação do"Resumo da Historia das Religiões".0 2.° artigo de César Matheus "A
instrucção religiosa na Hespanha".Uma carta do nosso collaboradorLibertas sobre a inauguração do
busto de Garibaidi. A continuaçãodas listas de subscripção em fa-
vor da Escola Moderna e a noti-cia da íesta realizada em favor da
mesma Escola em Mayrink.
nebulosas á lente do telescópio,verdadeiros mundos em formaçãoconstituídos por enormes massasde ether condensado. A Lua, essecorpo esfriado em que já não haatmospheia, calor, vida, não podeter hoje as mesmas condições deharmonia, as mesmas relações in-trinsecas de movimento, que tinhaha bilhões de annos, quando asua fauna e a sua flora, hoje totalmente extinetas, vibravam á suasuperfície no glorioso palpitar davida.
As condições thermicas e a bar-monia das forças neste nosso mes-mo globo, que do primitivo esta-do de incandescencia passou áactual temperatura de poucosgraus apenas de calor insignifi-cante, não podem ter sido sempreas mesmas através de todas asphases suecessivas da vida. Ca-deias de montes que antes nãoexistiam emergiram pouco a pou-co das águas; nesgas de conti-nentes e archipelagos inteiros, ou-trora luxuriantes de vegetação ede vida, desappareceram tle re-pente nos sorveclour s profundosdos mares. Faunas e íloras querepresentavam um importante phe-nomeno de fecundidade e devida na historia da geologia or-
ganica, espécies animaes e vege-taes, boas, bellas, dignas de admi-ração e Ue estudo, tiveram tam-bem que suecumbir para dar lu-gar a espécies mais resistentes-,mais fortes, que triumpharam naluta pela existência, e que nemsempre foram as mais nobres eas mais perfeitas na accepção mo-ral do termo. Da Terra, não hatalvez a menor zona, o inais es-treito angulo que não tenha sidovarias vezes modificado, decom-posto, recomposto, revolvido pelasforças inorgânicas da natureza vi-va, pelas revoluções geológicas.
cia, de liberdade e de paz, é suo-
plantada por unia época de op-
pn ss.ão c de guerras em que os
povos, reduzidos á escravidão, sãoconstrangidos a banhar com o seusangue a terra, e cm que o res-
peito á vida humana não passaduma ironia atroz. A's lutas pelaexistência que glorificavam no ho-mem primitivo o heróico vencedordas feras, suecederam as lutas
patricidas que elevam á admira-ção publica o canalha ;ue trium-pha sobro o seu próprio irmãoaos seus pés. Os mais débeis, e
quasi sempre os melhores, são a
presa dos mais ferozes, dos mais
prepotentes.Onde está, pois, a ordem mo-
ral do mundo preestabelecida porDeus f Onde esse plano intelligcn-te, sobrenatural da vida, corres
Em Osàas, caps. 1, II, III etc:«2.0— E disse o Senhor a
Oséas : Vai, toma por tua mulher a uma publica meretriz, etem delia filhos, que te nasçamduma mulher que foi meretriz ;porque a terra deixará o Senhor,entregando-se com exesso á for-uicação...
«d.— íi o Senhor me disse:Vai ainda, e ama a mulher ama-da de um amigo e adultera.»Etc. etc.
Neste assumpto dc adultériose incestos faltaremos em artigiespecial, bem como de prostituições c outros vicios congêneres
7.—A tua estatura é asseme-lhada a uma palmeira, e o.s teus
peitos a dois cachos de uvas.8.—Eu disse : Subirei á palmei-
ra e colherei os seus fruetos;e os teus peitos serão como doiscachos de uvas, e o cheiro datua bocca como a dos pomos.
9.—A lua garganta é como omelhor vinho, digno de ser bebido pelo meu amado, e rtimina-do entre os meus lábios e os seusdentes.
11.—Vem, amado meu, saiamosdos campos, moremos nas quin-tas.
12.— Levantemo-nos de manhã
para ir ás vinhas, vejamos si aminha tem lançado flor, si as flores
produzem fruetos, si as romãs es-tãos já em flor; ali te darei o.smeus peitos.»
E, finalmente, no Cap. VIII:I.°—- Quem me fará tão ditosa,
que te tenha a ti por irmão, pen-dente já dos peitos de minh tmãi, para que eu te ache de lórae te dê o suspirado ósculo, e mn-
guem mais me despreze ?2."—Eu te tomarei e te levarei
á casa. de minha mãi ; tu '-á me iensinarás, c eu te darei a beberum vinho de conleição aromaticae um licor novo das minhas ro-mas.
5.—A sua ião esquerda se í
doterno e abre os olhos á luz, X.flor nue desabrocha no prado, a11,1 que ~0 em vasl0S i!0nplanta que cresce viçosa e sub. 1 ¦ 'ba. o doce zephyro que bafeja, oitos, de unia immoralissirna sen-
regato que murmura, o mar quese agita e freme, a Lua que giraem torno da Terra, a Terra quegira. em torno do Sol, o.s mundos
que vogam indefinidamente nosincommensuraveis abysmos do es-
paço, as bellas noites estreitadas,etc, se podem incitar os poetas ja. cantar as harmonias do mundoe as glorias do seu creador, para j
sualidade, um amor carnal muitoforte.
Cite-mos alguns textos.Cap. I. — «i.° Applique elle os
lábios, dando-me o osoulo dasua bocca ; porque <¦ :s teus pei-tos são melhores do que o vi-nho ;
Passemos ao Cântico dos Can
^TXltllÔUrZl UC, tto hlhd°. pn, tacto d» po, jà debaixo da minha cabeçamonia das forças e dos elementos?] apregoada sabedoria de balomão, e a sua mao direita me abraçara
A criatura 4llc Síli do seio, ma j célebre dialogo entre Esposo e depois.aTEsposa, acompanhado de coros, 4."—-Eu vos conjuro, filhas de
Jerusalém, que não perturbeis áminha Amada o seu descanço,nem a façais despertar, até queella se queira erguer.
5.°—Quem é esta qus sobedo deserto inundando delicias, fir-mada sobre o seu Amado ? Eute despertei debaixo dn macieira;ali é que tua mãi foi corrompida,ali é que perdeu a sua pureza e
que te gerou.6."—Põe-me a mim como um
sello sobre o teu coração, como
2.° COORSQ OR LANTERNA% pregai <? s
Os leitores da Lanterna entra-ram em grande numero no nosso
primeiro concurso, respondendo á
pergunta : Para que serve o pa-dre t
Esperamos que recebam como mesmo enthusiasmo o segundoconcurso, que hoje abrimos, co-meçando a publicar desde onumero 31, de 14 de maio, asrespostas que nos forem enviadasaté aquelle data — sendo acceitastambem as que nos vierem dosEslados não vizinhos, se a datada remessa for anterior a junho.
Trata-se de dar uma respostalacônica e acertada á seguinte
pergunta :
(Soai spae se parece o aaiflre?Os nossos leitores deverão pro-
curar, 110 mundo real ou imagi--nario, na natureza viva ou inani-mada, nas creações da poesia eda fábula, 110 dominio das abs-trações, onde quiserem, em sum-na, um objecto, um ser, uni
bicho, nm ente fantástico, seja o
que for, que se pareça com o
padre, e dar em breves palavrasas razões da semelhança.
Trata-se de buscar uma ima-
gem, uma artalogia, um termo decomparação justo e bem achado,sem exclusão, porém, dos con-frontos já conhecidos, des.de quesejam formulados nas condiçõesaqui estabelecidas.
K dessas condições, a principalé a brevidade. Nenhum;! respostaserá publicada, se exceder da:linhas rias nossas columnas.
Terminada a publicação dasrespostas, serão ellas entregues aum jury competente e imparcial,
que escolherá a.s três melhores,as quaes terão direito a premio.
Brevemente diremos quaes sãoesses prêmios, que obedecerão aum intuito de propaganda.
E agora venham as respostase r.ão esqueçam os nossos ami-
gos a nossa rceommendação delaconismo!
] 2."—flagrantes como os mausa sciencia, que não se deixa levainas snas investigações do Univer- preciosos balsamos.»so pelas frágeis azas do sentimen- 8."—A' minha cavallaria nosto ou da fantasia, todos estes l
phenomenos represen!am as con-dições mesmas da vida, inherentes á natuieza das coisas e estãobem longe de obedecer a um pia-no moral preestabelecido e per-feito.
Okf.ste Ristori.
Tr/iwxsítmmMIMORALIDADES DA IGR
11
será vendida, ao preço de 100 réis, nos
seguintes pontos '•
Salão Monteiro — Avenida Rangel
Pestana, 140.NA Lapa—Salão Internaüonal.
VhnTurA Sierra, rua Conselheiro Ra
malho, 105.Acencia de jornaes do sr. Antônio
Scafulo, rua 15 de Novembro, 37.Armazém de Seccos e Molhados —-
Avenida Celso Garcia, 24.
Aos collaboradoresAlguns escriptos esperam ha
algum tempo a sua vez. Os nos-
collaboradores terão ainda um
pouco de paciência.Aproveitamos a oceasião para
agradecer aos amigos dedicados
que nos auxiliam incansavelmente,mandando-nos recortes de jornaese informações.
No livro «Numero-;- (tamben tda Biblia), a par das carnificinas |ordenadas por Deus, deparam seestas outras immoralidades, doCapit. XXV :
«1. --Neste tempo estava Is-rae! cm Settim, c o povo caiuem fornicação com a.s filhas deMoah ;
2.— As quaes os chamaram
para os seus sacrifícios; e ellescomeram e adoraram os deusesdellas;
3.— E Israel se consagrou aBeelphegor; e irado o Senhor,
4.—Disse a Moysés; Tomatodos os principes do povo e
pendura-os em forcas contra o sol,
para que o meu furor se apartede Israel.
5.— E Moysés disse aos Juizesde Israel: Mate cada um aosseus mais chegados que se con-sagraram a Beelphegor;
vista de seus irmãos, em c:-sa de
uma prostituta madianita, vendoMoysés e todos os filhos de Is-rael que choravam diante das
portas do tabernaculo.
7 — O que vendo Phinéas, fi-
lho de Eleazar, filho do sacerdote
Aarâo, levantou-se do meio do
povo, e. tomando um punhal,8,—Entrou após o Israelita
naqueile logar infame, c através-
sou de um só golpe a ambos,
pelas suas partes génitaes ; e lo-
go cessou a praga que o.s filhosde Israel padeciam..
q_— \l foram mortos vinte e
quatro mil homens ! »Caramba!... Entretanto, quando
os Hebreus, em sua conquista emarcha á Terra da Promissâo,
penetraram e destruíram Jerichó,o único habitante que ali foirespeitado e ficou com vida foia prostituta Rahab, em casa de
quem sc açoitaram os mensagei-ros (Josué, cap. VI) !...
Outras porcarias nauseantes sãoalgumas ordens dadas pelo Se-nhor a Fzechiel, Isaias e outros
prophetas. Citemos sempre. Ese-chiei, cap. IV:
«12.— E o que tn has do co-
carros de Faraó eu te assemelhei,amiga minha.
I2.°—O meu amado é paramim como um ramalhete de
minha, elle morará entre os meus
peitos.»No Cap. II :«4 o— p-][c mc fez entrar na
adéga, onde mette o seu vinho,ordenou em mim a caridade.
e°—Acudi-me com confortivosdc flores, trazei-me pomos, queme alentem : porque desfalleço deamor.
6?— A sua mão esquerda se
poz já debaixo da minha cabeça,e a sua mão direita me. abraçarádepois.»
No Cap. IV:«5.0-— Os teus dois peitos são
como ityis fuinhos gêmeos decabra monteza, que se apascen-tam entre as açucenas.
TO,—Que lindos são os teusjeitos, irmã minha esposa! osteus peitos são mais formosos do
que o vinho, e o cheiro dos teusbalsamos excede o de todos os
aros. ma
H.—Os teus lábios, ó Esposa,são como um favo, que distilladoçura; o mel e o leite estãodebaixo da tua lingua ; e o chei-ro dos teus vestidos é como o-heiro do incenso.»
No Cap. VII
^¦**ÍÍ&i»_______/8»^
- VjV»J
Alexandre Hercuianosello sobre o teu braço, porqueo amor é valente como a morte,o zelo tio amor é inflexível comoo Inferno ; as suas alampadas sãode fogo e de chammas.» Etc.
E digam, depois os leitores, seisto não é uma das mais eróticas \instigações e perpetraçâo da có-'
pula !Escandalosissima pornographia,
nos Santos evangellos !. . .Medusa.
Aos assignantesEstamos procedendo á cobrança
nesta capital.Contamos com a coadjuvaçim
de nossos assignantes que assimt ivoreceiTio a imprensa liberal, auníca em condições de combater a Jintolerância religiosa e o íanatis-mo deletério e dissolvente.
Pedimoã aos nossos assignantes.o favor de, caso estejam ausentes decasa habitualmente, darem a uma |pessoa da familia ordem de paga-mento quando se apresentar onosso cobrador, evitando-nos assimgrande perda de tempo.
«& I^OTEMA» NO EIO
6. E ao mesmo tempo um j mer será como um pão de ceva-
dos filhos de Israel entrou, a da que se cozeu debaixo da
é encontrada á venda nos seguintes pontos:Na Federação Operaria, rua do Hospi-
cio, 166.CAFÉ CRITERIUM, largo do Rocio;Na rua Visconde de Sapucahy \Na rua da Assembléá, esquina da rua
do Carmo, (engraxate); iTheatro S. Pedro, á praça Tiradentes; iKua do Ouvidor, na agencia do
Como fora annunciada realizou-se em S. Paulo a (.ommemoraçãodo centenário de Alexandre Her-culano. lí, como em quasi todasas com mem orações, teve se maisuma vez oceasião de presenciar afalta de escrúpulos e de critérioem um certo numero de indivi-duos que so julgam figuras obri-gadas om todos os festejos, tenhamelles o caracter que tiverem.
Carolas militantes, conhecidosratos de sacristia, im penitentescleriçaes a cominemorar Hercula-na, que, se hem nilo fosse umlivre-pensador, pois era um crente,desancou vigorosamente em suaspaginas brilhantes a grande pestenegra, que está agora fazendo doBrasil o seu campo de acção cor-ruptora.
Para exemplo ciamos aqui umretalho dum jornal de sacristia :
"E' com effeito justo que sefaça reviver a memória do grandeescriptor luzítano. A obra largalegada por Alexandre Hercuianoahi está e ha de durar.
"0 melhor da sua obra literária,porém, é repassada da uncçíto dacrença. Tem paginas admiráveis,em verso e prosa, em que nSo sómanifesta os seus sentimentos re-ligiosos, mas ainda desfere rudesgolpes no desnorteado livre-pensa-mento e no esphacelado protestan-tismo"
sr.
t .—Que verás tu na Sulumitis, j v,r:'7- Li"'riil
senão coros de musica no campo | „A Lanterna" em Porto Alegre' ~
dos exércitos? Que airosos são!1 riL„ J„ ~-;., I Em Porto Alegre quem desejar assignaros teus oassos, oh nina do prin-1 .. .? fa.ua n.uc peio.. n Lanterna, dinja-se a Pythagoras, La-
cipe, no calçado que trazes ! As deira, 60.
Agora leiam os leitores estetrecho de Hercuiano :
"A reacção é o catholicismoposto ao serviço dos interessesmundanos; é uma parte impor-tante do clero que se deixa assol-dadar pelo absolutismo com a es-perança de que, fazeudo retrocederos povos até o estado social queprecedeu a liberdade poderá umdia recuar ainda mais longe e res-
A LANTERNA
JOSÉ MARTINS (5)
AS IMPIEDADES COS PIOS15
Hs piedades dos ímpios
Definição Sas palavras "pio" e'•3mpio"
O DECALOGOII
Pio V (1565-1572) íez uma loide expulsão contra as prostitutas;mas oa ecclesiasticos oppuzeram-se á execução delia, representandoao santo padre que as 45 mil quehavia era Roma eram necessáriasao serviço do clero ! (1)
Isto apenas não passa dumapequena amostra da moral clerical:qiiailto áS Orgias dos BenedictOSj ae 6, entre ellas unia irmã, afim
é, dasque ac-escravo-
muitasopiniões
queaci-
o cliristia-
IX e ás saturnaos dos ÀlexandresVI, são por demais extensas paraas -relatarmos aqui. (2)
(i) M. Uchalre, Hist. dos Pap., vol.III, pag. 148.
(2) Haviam passado 3 annos depois (pie
Benedicto IX fora eleito papa (i"33-36)-bella noile elle mandou as-
ommandados peloquando nmasaltar, por 4 esbirroscapitüo Zambo, a casa de Crescendoesbirrros cumpriram a sna missão
casa deste e depois disto e,
Contudo, ainda poderíamos re- cujos malditos resultados a humacordar Portugal, onde como diz o.nidade ainda se resente !historiador já citado (vol. XIV, j Em abono disso, istopag, 92), os padres inquisidores j pelavras do Dr. Aranna,faziam de seus braços, "potro e cnsa o christianismo depolé do pudor das mulheres for- crata, poderiamos citarmosas"; e a Hespanha, principal-1 passagens da Biblia e asmento a cidade de Saragoça, onde dalguns padres da Igreja,o inquisidor Juan Lezacta foi confirmam plenamente o queapunhalado por um homem que o ma affirmamos : — queencontrara na sua casa, violando-' nismo não aboliu a escravidão;lhe a mulher ! (1) '' ei-las : — "Vós, servos, sujetai-vos
Ahi fica, pois, bem patente como com todo o temor a vossos se-nhores, não somente aos bons, mastambem aos rigorosos." (1." Epistde S. Pedro, cap. II v. 18.)
"Exhortií os servos a que sejamsubmissos a seus senhores..."
(Epist. de S. Paulo a Tito, cap.II, v. 8.)
"E' certo que todos os chris-tãos (...) são filhos de Deus... Masdahi não se deduz que se devamemancipar os escravos." ( Thomasde Aquino.)"O escravo deve obedecer aoseu senhor com resignação." (Ba-silio) Basta. Cam as poucas cita-ções que acabamos de lazer, fica,poia, bem provado que o christia-nismo não aboliu a escravidão,antes fez-se escravocrata.
E, com effeito, em 924, o bispoAdalberto dá vários servos aosconeiros de S. Vicente; em 955,um commerciante de nome Vasso,
amordaçarem, assim como a seu genro,apoderaram-se da filha e a levaram aoVaticano, onde era esperada- pelo papa.Chegados (pie foram, atiraram-na brutal-mente para cima duma cama completamentenúa e amarraram-na solidamenle de ven-tre para cima, c nessa poniçrío S- S. aviolou á visla de seu marido, que paralá tambem fora conduzido preso, afim deque presenciasse esta infame scena. Pou-cas noites antes, Benedicto IX tinha en-
enenado as suas concubinas, <*m numerode vêr se,
livre para podor copular com sua própriamãi a quem após uma noite de horrívelincesto, mandou apunhalar á saida doVaticano e lançar o cadáver ao Tibre.
(Baldino Fcddernoli, Amores y Orgiasde los Papas, pag. 52 e seguin.)
Alexandre VI tambem estuprou uma fi-lha delle mesmo, chamada Valencia, alémde ter praticado numerosos envenenamen-tos. (Obr. cit. pag. 212 ; Lachatre, Hist.dos Pap., tomo Ul, p. p. no a 127; eCantil Hist. Univ., vol. XIII. pag. 49 )
(1) Torres de Castilha, Hist. de lasPersecucio. Religio., tomo IV, pag. 727.
¦¦rnxagnLtai.-Bivjfc3i*:iiâUJL.»Li»iirii** 1 it vi xwir
cede ao abbade de Santo Ambro-sio, Ampaldo, um servo , em 1018,Godofredo, outro abbade, troca 2escravos, pai e filha, por um ter-reno. (1) Além disso, é sabido quana idade-media os bispos, conver-tidos já em senhores ieudaes,possuíam milhares e milhares deescravos (2).
Mas, para reforçar a nossa ar-gumentação, não é preciso invocaresses remotos tempos, visto queestamos fartos de saber que Ca-tharina II da Rússia gratificava osseus favoritos e amantes com mi-lhares de escravos.
E a medonha guerra dos Esta-doa-Unidos (1860-65) por causada escravidão ? Esquecemos acasoque foi a 13 de maio cie 1888que o Brasil libertou os escravos?não sem grande opposição dos se-nhores ? E não falámos de Porto-Rico, da Ilha de Cuba nem daspossessões portuguezas da África !O christianismo, pois, só teve apropriedade—aliás condermiavel —de reter a humanidade agrilhoadaaos pés dos tyrannos da Terracom os seus conselhos de resigna-ção e paciência, sem os quaes hamuito seria liberta.
(0(2)
236.
Opuscu. cit., pag.Cantii, Hist. Univ.
26.tomo VII, P"**-
é que a gente "piedosa" ou daIgreja cumpria os mandamentosde seu Deus, quando este lhe re-commendava 110 9.° do Decalogoque não desejasse a mulher doseu próximo. Entretanto, resta-nosexaminar como é que essa gentetem observado o 5.° e o 7'.' docitado Decalogo. — onde o mesmoDeus prohibe que matem e rou-bem.
III
Os adeptos do christianismo são:ou ignorantes ou velhacos.— Ochristiiuismo em nada melhorouas condições da humanidade : pro-vas.—A papisa Joanna.—Persegui-ções ferozes da Igreja contra to-dos os herejes.—Assassinatos emmassa dos Judeus em todos ospaizes catholicos. Delírio de matare roubar; cruzadas. A loucura re-ligiosa, a que se associam as idéiasde matar e roubar, continuúa todaa idade-media e parte da moderna.Perseguições e assassinatos emtodos os paizes christãos , inqui-sidores justiçados. —Os protestan-tea.—Assasssinato dos campouezesalemães por ordem de Luthero;assassinato de Miguel Servet porordem de Calvino.— Os 72 milassassinatos de Henrique VIII e asperseguições de Isabel. Crimeshorríveis do protestante Cronwell,
As "piedades" don christãos du-rante 20 séculos seriam suificien-tes para encher muitos volume».
Quem pensa, diz 011 ensina queo christianismo regenerou o mundo,ou é um pobre ignorante, sem ominimo conhecimento histórico, ouum grandíssimo velhaco. De facto,em que foi que o christianismo,ou mais propriamente o catholicis-mo, melhorou as condições da hu-manidade ?
Se, na antigüidade e.xLtia a,escravidão, o christianismo abo-liu-a f De certo que não; o queello tez foi, apenas, como affirmao Dr. Avalia (1), encobrir-lhe "asapparencias com o manto hypocritada humildade e caridade evange-licas: aconselhou aos ricos que,sendo o.s pobres e os escravos aeusirmãos,—não perante os homensmas ante Deus,—deviam trata-lo»com mais consideração, por amora Jesus Christo..."
Que irrisão ! que abominávelhypocrisia denunciam essas ultimaspalavras ! Por certo que os escra-vos, para permanecer sempre es-cravos, não precisavam dessashypocritas exhortações christã*-, de
(1) A Escravidão antiga i: Moderna,pag. 22.
tahelecer a supremacia clerical so-iii-o o podor civil. E, por ontrolado, o absolutismo, que, serviu-do se dessa parte do clero e dapoderosa arma da religião, procurarestaurai- o próprio predomínio,persuadido de (pie, depois de obtj-do o triunpho, conterá o seu peri-goso aluado pelos mesmos meiosque outrora empregou para o do-mar, a resistência enérgica ás suaspretenções, e a participação gene-rosa nos proventos dos abusos, vio-lencias, espoliações, e vexames comque por séculos ílagellou a humani-dade." A reacçao é o abraço refal-sado de dois poderes que se lios-tilizaram, que se perseguiram, quoalternadamente se esmagaram mui-tas vezes durante séculos, e cujapaz nos últimos tempos era ape-nas uma trégua que tacitamenteajustara a corrupção. O direito di-vin o da monarchia absoluta e asupremacia do chefe da igreja so-bro os monarchas são duas idéiasqun repugnam entre si; que aindahoje mutuamente se condemnamna religião das theorias, como du-rante sete séculos os seus repre-sentantes se tinham amaldiçoado,injuriado, despedaçado mutuainen-te em nome de doia principioscontraditórios, que se diziam am-bos emanados do céu.
O absoluttismo e o ultramonta-nismo, dando um abraço fraterno,demitiram a historii. A desgraçaaconselhava-lhes a união. Guarda-ram para tempos mais prósperosos ódios mútuos, filhos de mútuosaggravos, e no vácuo que lhesdeixava nos corações aquelle anti-go sentimento licou mais á largao rancor contra a. liberdade. Naluta gigante que emprehenderampara fazer retroceder a torrenteimpetuosa das gerações e dasidéias, empregam a arte e a dissimulação onde lhes falta a força;a força onde a arte e a dissimn-lação se escusam. Onde e quandocumpre, o absolutismo prostitue t-compromette a monarchia em ser-viço do recente aluado , o ultramontanismo prostitue ecompromettea religião em vantagem do seuimplacável adversário de outrora.Os defensores do throno absolutotomam cuidadosamente debaixo dosdegraus delle, os processos, as sen-tenças, a3 providencias, as leis,com que, unanimes os tribunaescatholicos e os soberanos da Eu-ropa fulminaram e aniquillarain v,sociedade dos jesuitas, como umgrêmio de homens corruptos e cri-minosos: o jesuitismo esconde nosrexcessos mais escusos das casasprofessas as vastas bibliothecas daliteratura do regicidio, os volumespulverulento de Bellarmino, deSuares, de Escobar, de Moíina, deJuvenci, de Busenbáum, de Le-croix, de Mazotta e dos outros es-criptores dos bons tempos da com-panhia de Jesua. A santa alliançapode não ser duradoura, porque asreservas casuisticas estão atrazdelia mas é intima e forte. Abo-nam-na os custosos sacrificios fei-toa pelos dois alliados sobre o al-tar da concórdia.Opusculos, tomo II, pag. 273-276.
IQ &{Q Q <®Ã)f^|8 F. U
•que vivem da Guerra, — Césaresde coroa ou de tiára, mercadores
1 de corpos humanos, detentores dealmas livres.
"Por ter dado combate ás duastyrannias irmãs, inimigas da liber-dade civil o da liberdade da creu-ça, Garibaldi deixou de ser italia-no, para ser "cidadão do mundo"...
kStlk 1 v*^ -*-.- -íxa**- JS-i
Numa aldeia próxima de Thie-ne—noticia o Gazsettino de Vens-za — estava um padre dizendomissa quando uma joven lhe di-rige a seguinte apóstrophe :
— Você não tem vergonha, seucachorro, de dizer missa f Cumprao seu dever, que por sua causasou mãi !
O padre interrompeu a missa.Imagine-se o reboliço do publico,numeroso por ser domingo
annos de reclusão, por actos li-bidinosos contra vários alumnos.
Guerra á Escola Moderna!...
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Três duma vez. Na provinciade Bergamo, Itália, um exactor,muito clerical e devoto, fugiu com80 a 90 mil Ht as. Um ex-sacris-tão, tambem fanático, voou com120 mil liras. E um padre, de-pois de ter praticado actos ver-tronhosos e bestiaes contra crian-ças de ambos os sexos de 8 a11 annos, fugiu pira a Suissa,onde foi preso.
Contra uma menina de 6 annos,deixada no asylo da igreja de S.Clemente eni Velletri, Itália, um
padre cometteu actos infames. Pre-so em Cisterna, foi graças a nu-merosa força de carabineiros quese salvou do furor popular. Otribunal condemnou o a 14 mesesde prisão. Se fosse um desgra-çado qualquer, apanharia 14annos...
.•0*r. .-feiiii-fc."'íi Vlt.ítfciítSít ^i^ltyêl(,jrtV,.»*t*<..ií*r..JÍ>..«0*r. ..-SV. .»6v. -Br,, .«k, «¦",;.. -,•'-.•"^•¦.^¦W^F-iíS-ifK-W-iff"^ w '."r •.&>--.uí
1 Lanterna" em S. Vicente
No tribunal de Cassino um ex-professsor do collegio salesianode Alvito foi condennado á revê-lia—pois fugira para Malta—a 20
Do Comniereio :Rio, 1—Telegramma proceden-
te de Fortaleza, capital do Ceará,noticia que em Crato, cidadeimportante daquelle Estado, reinageral indignação pelo facto dehaver o padre Joaquim de Alen-car Peixoto mandado que um seuirmão de nome Jesus Peixoto,acompanhado de vários capangas,operasse á navalha, pelo tronco,as orelhas de um seu parente,Alfredo de Alencar, residentenaquella cidade.
O padre Joaquim Peixoto re-side em fortaleza, e ha temposque é inimigo de Alfredo deAlencar, pessoa muito estimadapela população ctatense.
Religião de paz e de amor, decaridade e de perdão, etc, etc.
ASSIGNAI! ASSIGNA1!
¦E' a assignatura, paga adiantadamente,
que verdadeiramente sustenta A Lanterna,torneeondo-iLe o molhor combustível...
Nao basta comprar numero por numero:ó preciso assignar A Lanterna !
E, se for possivel, angariar-lhe assi-gnaturas!
Giuseppe GaribaldiComo um vigoroso desafio ati-
rado á cara da padralhada nojenta,realizou-se no dia 1.°, com inexce-divel. brilhantismo e com uin en-thusiasmo pouco commum, a inau-gurnção do busto d; Garibaldi.
Nós, iconoclastas iaipententes eadversários de tudo quando possaparecer uma demonstração de ido-latiria, não deixámos de assistircom sympathia á consecução destainiciativa.
Nem sempre os monumentos sãoprodueto de mesquinhos sentimen-tos de idolatria. Valem ás vezes,por beilas demonstrações de pro-testo e de luta.
A figura admirável de GiordanoBruno, em pé, sobre o granito,ás portas do Vaticano, vale porum solemne protesto contra todosos crimes e infâmias do papado, ecomo um estimulo para a lutasem tréguas que todos que sentemum certo amor pela liberdade, de-vem sustentar contra a maior doscancros que affectam a humanida-tle — o clericalismo.
Vcja-so o que dizclerical:
"Inaugura-se amanhã no jardimda Luz o busto de Garibaldi, quenenhum serviço prestou a nossapátria para merecer essa excepcio-nal homenagem posthuma.
"E' bom observar que o povosempre se mostrou completamentealheio a ella; quando menos seesperava, os jornaes noticiaram achegada do busto, importado daItália. Evidentemente nisto tudoha o dedo maçonico."
E, além disto, em S. Paulo nãose mancomunaram todas as hostesnegras, todas as associações cleri-caes para impedir que a figuraestimulante do valeute se levan-tasse em lugar publico? E porque ?Porque Garibaldi foi um decididoinimigo da raça que. para de3gra-ça nossa, ainda domina uma parteda humanidade, impedindo que aevolução siga a sua marcha regu-lar para uma vida mais de accor-do com as necessidades humanas.
Sentimos não dispor do espaçonecessário para transcrever, pelo .-menos em parte, os dois bellosdiscursos pronunciado por Bilac ee A. de Ambris.
Entretanto fechamos esta notacom um trecho da oração de Ola-vo Bilac :
"E', sim, a apotheose das ulti
Está annuneiiulo para o dia li) docorrente, data da abolição da escra-vidão no Brasil, nma grande festanesta cidade, que constará de ceri-moniau religiosas oatholieo-romanaaao ar livre, entre outras missa cam-pai no largo Baptista Peveira e pro-cissão pelas ruas. Ficam, portanto,provenidos os cidadãos de outrascrença-* e seitas que, se tiverem detransitar pelo largo, o façam com ocliapeu na mão sob pena de serem in-sultados e talvez aggredidos por al-gum fanático, na oceasião da celebra-ção da missa; egnal precaução é pre-ciso ter-se esbarrando com a procis-são na vua.
Ha vinte o dois annos quo passouo grando dia e é esta 11 primeira vezque se faz aqui uma commemoraçãodesta ordem. Antes parece que osorganizadores da festa — que sãoquasi todos clericaes e, porisso caro-las —• estejam ordenando preces demfido que. o cometa de Halley esbarrecom a terra e leve tudo pava o in-ferno.
No dia 1 de maio, data da comme-moração dos marfcyres de Chicago,tive-mos oceasião de assistir á passa-gem do grande prestito operário emsignal de protesto contra o massacrede seus valentes companheiros dealem mar. Ao passar o prestito emfrente á igreja matriz do largo doRosário degenerou em comicio auti-clerical não se ouvia mais que «Abaixoo clero !» «Abaixo o clericalismo !•«Viva a Escola Moderna !» «Viva amemória de Francisco Ferrer !•>
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EMULSÃO DE SCO menino LUIZ MESTRE que era desde seus primeiros annos uma criança
doentia o rachitica hoje se aeha forte e robusto.
Pava gozar bôa saude e ser feliz é necessário pre-venir-se contra as enfermidades qne inesperadamentepodem atacar-nos, pois ha cTellas que são per-iminentes e difíiceis de curar. Qualquer simplescatarrho, quando não se attende a tempo, provocaus vezes uma pulmonia ou a tiaica. Tome-se semproa legitima Emulsão de Scott q™ é omelhor remédio até agora conhecido para o peito eos pulmões, e que como preventivo tem condiçõesmagníficas, não existindo medicina alguma de suaespécie que a iguale.
Alguns moços de tendências libe-raes e que freqüentam assiduamentea igreja, dizem que não vão lá pordevoção mas sim por curiosidade eaté para namorar as moças. Não oon-cordatnos com esse modo de pensar:o melhor é não ir lá. Antes desviar
quanto possivel os que lá vão e dei-xar a igreja ás moscas, porque em-quanto a igreja estiver cheia de
gente ao padre pouoo importa saberse estão por curiosidade ou por de-voção.
Lamentamos que alguns livre-pen-sadoros, nossos correligionários, sa-criíiquem suas convicções em atten-çâo a amigos qu e talvez não lhes pa-gariam na mesma moeda se precisofosse.
fPíJfef
Cada frasco da Emulsão de Oleo do Figado do Bacalhauquo tiver um quo comprar deve procurar quo levasse- amarca que mostra esto desenho, pois esta marca signiíieao mesmo que a marca da lei que so encontra nas jóias deprata ou ouro.
Emulsões que não levam esta marca sâo o mesmo queuma prenda falsa, domada ou nickelada, feita de materiaesbaratos.
A venda nas Pharmacias e Drogarias.
§ÉÉ SCOTT & BOWNE, Chimicos•'.ir
lí>2'.v. it,: »'í>. .»'í*<. >'**• .S*>. >'**¦• •*{"-•
NOVA YORK. fê
um jornal maa cruerra-* que foram e ainda'serão"necessárias para combater os
Todas as quantias enviadas defora para esta folha devem serexclusivamente endereçadas ou aonome do jornal, sem indicaçãode pessoa, ou a NENO Vasco,largo da Sé, o.° 5.
Pelas quantias diversamente en-dereçadas não podemos ficar responsaveis.
a. M
CorrespondênciasComo garantia de seriedade e exa-
ctidão nas informações, é necessárioque os nossos correspondentes sejaiapessoas por nós conhecidas ou a nó«apresentadas por amigos nossos.
Não se verificando essas condições,as correspondências ficarão de qua-rentena até que ollas sejam preen-cindas ou averiguada a seriedade do»informes.
0s nossos representantes
Se quereis favorecer A Lanterna
e oontrlbuir para a sua oresoente prós-paridade e tnfluenoia, buscai-lhe assl-gnantea o leitores, promovei a sua dif-fusão.
A assignatura paga adiautadamonto èo melhor a.ixüio.
São nossos agentes, fóra destacidade, com o encargo de anga-riar e cobrar assignaturas, os se-
guintes amigos :
Bibeirão Preto, sr. José Selles, ruaAmador Bueno n. 41.
Uberaba, sr. Josó Delfino PereiraJúnior, rua Saldanha Marinho.
Franca, sr. Innocencio Selles.Santos, sr. Luia Bezzi, rua Martim
Affonso, lü.
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ft LANTERNA
folhetim: 28)
Avelino Fosco!®
0 JUBILEUIX
edifícios de cm torno existiam en-negrecidos e immundos; as mes-quitas, -em quo se reproduz apaixSo de Christo, estavam aban-donadas com o jardim que o sensodos antepassados fez um almejo,quiçá, de belleza artística, invadidopelo capinzal e por hervas dani-nhas. Não, com imparcialidadeninguém pode affirmar que asdiversas administrações do Santua-rio obrem de accordo com areligião que representam.
Calaram-se então. Prudentes, ovelho Sena não queria acordar ne-nhum movimento de protestonaquella multidão. Guiados pelomesmo pensamento, ati avossaramo formigueiro de mascates a apre-goarem mercadorias diversas comuma insistência de autômatos;cortaram a onda de pereçinos emfrente ao Santuário e dirigiram-se,então, á thesouraria. Postados aum lado, como se esperassem al-guem, puzeram se a fitar o desfilardo povo.
O ouro retinia dá dentro numa
"A Lanterna,,.*; Ribeirão Pretoas immoral1dades uos cascas
pretas. — Actos praticados
no interior da sacristia
Eram oito horns da manhã ; oastro-rei expandia os seus scintil-lantes raios de luz sobre a praçaTreze de Maio, onde se acha o
grande mercado, em que os sup-
postos ministros do Christo ven-dem as missas, baplisados, casa-mentos e óbitos. Neste momento
penetrava no mercado o grandemercador monsenhor X*** etncompanhia de um outro rou-
peta amarela, verdadeiro anú bran-co, pertencente á ordem dos car-melitas de Uberaba, que vieramexpulsos da França e fizeram oseu paradeiro nesta infeliz terra,como se ella servisse de esgotoa estes parasitas.
Regulando oito e quinze, che-
gou uma beata de altos pentea-dos, envergando um lindo vestidode seda e penetrou no grandebarracão cathedratico, indo direitoá sacristia, onde se achavam osdois marmanjos. Logo atrás che-
gava um pobre e ingênuo btato,um tal J***, que foi r espectadordos actos que se desenrolaramnesta camara de saltimbancos. Onosso J*** pretendia saber demonsenhor sangue-suga se no pro*ximo domingo haveria cartão deingresso ao preço de 2$ para acerimonia do chrisma; mas ven-do que os dois estavam convet-sando sobre a -sumptos pertencer-" tes ao theatro em que os actoresou cômicos representam os actos
cantilena alegre e constante ; já nãobastavam os tres empregados paraaquelle desaguar immono da mui-tidão. Uns traziam dinhoiro comocomplemento do voto ao Bom-,Jesus, outros esmola para ser dis-tribuida aos pobres, outros queriamtrocar orações e medalhas.
0 Chagas sentia fervilhar-lhe nopeito o protesto contra aquellaoííerenda de um resultado nullopara a humanidade, porque iacair no sorvedouro infecundo. Viupassr lá fora, enorme tacho comcomida.
—E' o jantar dos mendigos:disse o Sena.
—Ah o Santuário pratica, então,esta boa obra ? !
—Não !—respondeu o vel lio. E'ainda o resultado de um votofeito por um fazendeiro que seapegara com o Bom Jesus. Esteparco alimento impede a multidãode mendigos de gastar o escassoobulo com que a beneficia a cari-dade impotente. Ah ! aquello pão!cães não o comeriam, quiçá! Querver?
E lá foram.Em torno dos caldeirões, qual
matilha faminta, os míseros seabalroavain, agglomerados, pedindo,praguejando, insuítatido-se mutuamenti;, nu ma avidez dolorosa ge-mendo e implorando.^LTÉl-3 -fii.OXl-taffifil-M'** ¦*» «MtTOlf wi-w-M-mfJtn—
sujo e mesmo bem digno destestonsurados, tendo o zero comomat ca da fabrica da hypocrisia.
Brigando duas cocottes, umaviuva e a outra criada de mon-ssnhor, dizia a viuva para a criada:
— Eu sirvo monsenhor, é ver-dade, mas naturalmente, ao passoque tu... não posso dizer, vistoestarmos na porta da Igreja.
Grau 12.
Havia delles, porém, um revol-tado contra tudo e contra todos —o Cordeiro. Muito alto, velho já,com as faces e a narinas edema-tosas, as orelhas liypertrophicas,rendilhadas do tuberculos, o dedosda mão anlcilosados, decepados pelalepra, os membros inferiores cor-roidos, tambem, por desmesuradaschagas nas articulações, todo elleenfim uma monstruosa aberraçãoda humanidade deprimida á ultimaescala do soffrimento. Faltava-lhealem de tudo a resignação opiimis-ta julgando sempre hom o pre-sente. Veio, tambem, á ração;estendeu o chapéu de couro quelhe servia de prato :
—Bota aiii essa porqueira! —vociferou e virando-se para oscircunstantes: Vejam isto ! os bagosde feijão dançam na caldariaaguada e nem sombra de gordurana desconsolada lavagem. A' pataque os lambeu, ladrões! Como sepobre fosse cão ou porco ! Ou bom011 nada, com todos os diabos.
-Cordeiro!-gritou-lhe o padivdirector, olha quo prohibimos dete darem esmola.
—Qual esmola e qual nada!Vocês suo todos uns ladrões quevivem á custa dos idiotas e bemtolo é quem acredita nas suas pa*lavras.
—Não blasphemes, desgraçado !—bradou o padre.
—Ora pipocas. Vocês crêem tan-to nas taes curas como eu. — 15virando-se para o Chagas e o Sena.15" como lhes digo; sou daqui, moronum ranchinho perto, venho todosos annos e como eu muitos mise-ros que ahi estão e jamais, apezarda fé viva delles, o Bom Jesusoperou um milagre a nilo ser odos padres não estourarem com odinheiro tirado do povo á torça dementiras. Se o bom Jesus faz curas,que melhor campo do que estepara demonstrar a sua omnipo-tencia?!
E com um gesto elle abrangeuaquelle exercito dc morpheticos,de cancerosos, do estropiados. re-situado e implorante em busca domilagre que não vinha jamais e opadre esgueirou-se entre a multi-dão, fugindo ao argumento vivocom que o mísero destruía asaffirmações em que se baseia oo prodígio.— Que o lambeu ! gritou oCordeiro. E depois num inovime.i-to melancólico, com as lagrimas alhe lavarem as faces :
—Como me doem estas maldi-tas ! — disse fitando as ulceras quelhe corroíam as pernas.
E o Chagas o considerou então...fitou o bando innumero do enfer-
mos, míseros incuráveis oecupandotoda a praça e a mesma perguntalhe perpassou pela mente :
—Se o Bom Jesus faz milagres,porque não cura estes que creera,esperam, imploram e merecem?
XO velho Sena levou ainda o
pintor aos cubículos de em torno,á vasta casa assobradada onde seabrigam os romeiros. Que confusãoimmensa ! Numa só camara remo-viam-se amontoadas duas e maisfamilias, divididas apenas por umlençol, a fazerem a toilleto ali,sem se curarem da dilferença desexo.
—Ainda é peior á noite : venhae verá !—proseguiu o velho. Ho-mens e mulheres se amontoampelo chão e no meio das trevas,naexcitação causa da pelo attrito de-vem-se reproduzir muitas scenascm desaccordo com o mysticismoreligioso. listes ao menos sãomais limpos e têm como peia umarestea de decoro, quiçá. Quer ver
verdadeiro "pandemônio" venha cá.E o sena levou-o aos comparti-
mentos térreos estendendo-se ao ladodo Seminário. São vastos barracõesde paredes immuudas, ennesirecidas
pelo turno, por dejecções de todaa especie, com ura tecto escuro e
(sombrio. Ahi se se agglomeram os
miseráveis, os desprotegidos dasorte, estirados uo solo bumido etetido como alimarias. Não ha ne-nhuma reserva: todas as necessi-dades naturaes são satisfeitas emplena luz quasi e ao fétidos daschagas em putreincção, de corposque não se lavam, allia-se o dasdejecções a fermentarem naquellesolo humedecido por águas servi-das. E por toda a parte nos innu-meros compartimentos surdem fo-gões improvisados a envenenaremmais o viciado ambiente.
E' aqui ao lado deste míserosque se reúnem á noite os leprosos,os tuberculosos, os incuráveis enão é de estranhar, portanto, quede anno em anno se augmente onumero dos morpheticos do jubi-jeo 1 — murmurou o Sena.
Ijj ninguém viu a nda isto ?Ninguém procurou veda-lo! excia-mou o pintor.
A proecupação máxima daromaria é augmentar a renda doSantuário. Que importa a estshomens, para quem o dinheiro <'-um segundo Deu-;, que uma parteda humanidade se contamineaqnif
Mas o bom senso devia in*ter vir.
Que intervenção ! o remédioseria um golpe de morte : prohibir
(Continua).atmntgg^g^ammam
PEQUENOS ÉGOS ¦m
Enfermo — O nosso presado amigoSeipiona Dul Moro, de Salto de Itu,que ainda lia ponco passou pelo gran-de desgosto de perder sua filhinhaAstramnra, acaba de entrar em con-valescença de uma enfermidade queo prostron no leito por diversos dias.
Desejamos-lhe prompto e completorestabelecimento.
Charutaria do Povo — Os proprieta-rios desta charutaria participam-nosa sna mudança para a rua de SãoBento, 21-C.
S. B de S. Simãc — Os srs. J. L.Landim, Benedicto Barros e AgenorMedeiros, participam-nos a fundaçãoem S. Simão, da Sociedade Btfiieficen-tc de S. Simão, da qual são directores,
Fresnwa e viço admiráveisA Emulsão de Scott & não só o
melhor preparado de oleo de ligadode bacalhau até hoje conhecido, sobo ponto de vista medico, mas tambemé preferida por causa da feliz combi-nação pue nella existe dos lvyponhos-
phitos de cal e soda, o que torna-aindefinidamente perfeita e inalterávelem qualquer clima.
A Emulsão de Scott dá frescura eviço admiráveis.
O distineto medico do Rio de Ja-neiro, o dr. João Pires Farinha, numacarta dirigida aos srs. Scott & Bowneem parte diz :
«Sempre que na minha clinica hos-
pitalar e civil tendo necessidade deempregar o oleo de figado de baca-lhau dou preferencia á Emulsão deScott.»
«A Lanterna» no InteriorA Lanterna, além de ser vendida
avulsamente em quasi o todo interiordo Estado, ó encontrada _ tambem ávenda nas seguintes agencias :
Em Ribeirão Preto, na agencia dosr. José Selles, rua Amador Bueno, 4*e 43.
Em Campinas, om casa do sr. An-tonio Albino Jnnior.
Em Santos, na agencia do sr. PaivaMagalhães, vua General Oamara, 14.
EXPEDIENTE
A todos os amigos e correligionário-1que enviem cartas, dinheiro, vales, e tudoquanto concerne á administração, pedimoso favor de endereçirem a correspondênciaá Lanterna a MENO VASCO.
O endereço é : LARGO DA SE', 5(sobrado).
Aos nossos assignantes e leitores roga"mos o favor de, quando fizerem encom-mendas aos nossos annunciantes, citaremA Lanterna como o jornal onde encontraram a reclame.
A todas as pessoas que nos escrevemprevenimos que, devido á numerosa cor-respondencia, nos é inteiramente impossi*vel responder pelo correio. Porisso, devemprocurar ri A Lanterna, na secção Bilhetese recados a resposta que sem inconvenientepuder ser dada por ali.
-*-*•Apesar da praxe jornalística, julgamos
conveniente declarar que os artigos as-signados são de exclusiva responsabilidadedos seus autores, salvo expressa adhesãonossa ás idéias por elles expostas.
Seguindo a orientação moderna da im-prensa independente, queremos que o nossejornal seja uma tribuna de livre discussão,para uma investigação sincera da verdadee como um éco ás aspirações do nossotempo.
periódicas Professor
mais lugubres, esperava oceasiã.opportuna. Neste momento o rou
peta amarela clespediu-.se de mon-senhor com um grande aperto demão e com certas palavras amis-tosas.
— Monsenhor, dou-lhe os pa-rabens por habitar uma cidadecivilizada cumo esta ; têm-se co-
cottes ás ordens, têm-se perusleitoas, bons vinhos, tudo gratui-tamente ; não é como lá no ser- <
tão, onde estive : lá só comemoscarne de capivara, tatu e carnede porco do mato e bebemos al-
guns goles de aguardente. E fina-lizou com uma estridente garga-lhada.
Ficando sós a nossa beata, mon-senhor e o nosso observador J***,que estava oceulto das vistas dosrepresentantes dos actos obscenos,monsenhor, com as mãos sobrecertas partes... diabólicas da Ir-mã de Maria, disse :
— Hoje não se pode, filha;venha amanhã, que nós arranja-remos os nossos negócios.
Estava ainda na postura indi-
cada, quando se apresentou J***,testemunha ocular do que se pas-sou entre a Irmã de Maria e o
sujeito marcado com um zero.
E monsenhor vendo J*** re-
tirou apressadamente as mãos
dos lugares alludidos e uma dellas
foi repousar sobre a homoplatada corrupta Irmã de Maria. Esta
mulher veste-se luxuosamente, nã >
tendo o marido delia meios quetal permittam ; é bem lógico, pois,
que este luxo seja frueto das pa-tifarias destes íalsos ministros de
Christo.* =1=
Outra patifaria do mesmo cor-ruptor de familias é um caso bem
Bilhetes e recadosCampinas — Pinho : Recebemos os
10? e o livro. Mandamos o recibo. Alista foi entregue. Saúde ! — J. Porto:Fizemos a alteração. Saudações.
Andradas — A. Leopoldo : Envia-mos' o que nos pediu. Agradecemosantecipadamente o que pelo jornaliiy.er.
E. S. do Pinhal — J. F. da Silvn :Recebemos já tarde para ser publi-cado, Saudiiçõ s.
Salto — S Delmoro : Recebemos os8S. Descjaiii--s-te prompto restabcle-
i cimento. Infelizmente o Vassimoni ain-| da não se acha bom.
Palmoirns — «A Bohu : Recebemoso seu postal com atraso. Se ainda ser-vem ."enviaremos.
Maydnlí — Victima dn. maldição:Agradecemos a lista. Era preciso quetodos dissessem e fi-apfseni assim. —Herético : Que bandidos, ein ? LUc.ssão assim mesmo — não va--illam empraticar as maiores infâmia*: E' porisso que não os devemos poupar.
Cordeiro — Hernamley. : O pagina-dor sabotou o ton biHiftc Mas aindaoentendeste. não? Saudações ao he-remila camponio.
Rio - J. Oomi-jHtuilia : Mnito agra-decemos a tua dedicação. O.-, taes .levem ter soffrido uma decepção ... Oscompanheiros que <•* acompanharampoderão dize-lo. Saúde!
S. Carlos — U. Menop-aHi: Fizemosa transferencia Os jornaes foram en-viados. Desde já agradecemos o quenos promette. Saudações.
Araguavy — L. Garrido : Do movi-mento podes saber pelo jornaes quete enviamos Todos vão indo mais oumenos como deixaste Saúde !
Amparo — A. Andrade : Faremostudo que estiver em 1 ós. Na Lante.r-na não cessaremos d" golpear com onosso latego o sempre infame eleri-oalismo. Os jornaes foram enviados.
Rio Claro — P. Alcântara : Chegoutarde para o n. de sabbado. Conta-mos com o promettido. Saudações.
Bebedouro — A. Rostivo : Chegoutarde para ser publicada. Por estesdia3 receberá uma carta nossa Saúde !
CGiiraiCÃBQS
RIO CLARO
Está autorizado a proceder ácobrança de assignaturas d' A Lan-terna no Rio de Janeiro a sr. JoãoLeuenroth.
Contamos com a boa vontadedos nossos amigos e assignantes
í para o auxiliarem ua tareía.
PROTESTOContra o insólito e baixo proce*
dimento do revmo. sr. padre Botti,vigário desta porochia, protesta oabaixo assignado por estas_ linhas.Não estou acostumado á indeíiea-deza de trato, por parh; de quemquer que seja, e é por isso que aestupipGz, a incivilidade, o boçalis-mo me revoltam ao ponto destesdesaba los.
Contratei para hontem, na ma*triz, uma missa de sétimo mez;lá, ao chegar, depoif. de pago adian-tadnmente o olficio, fui grosseira-.uente insultado pelo vigário daparochia. que não só poz obstáculo árealizarão da alludida missa, masainda a titulo de escrúpulo, de-cencia e hygiene, prohibiu que ocb-ri-rro por mim contratado ceie-brasse o acto. Paguei adiantada-mente. A missa não se celebrouporque estavam apromptando aigivja para as festas anuiversarias(fo padre Botti ! ! ! Edificante tudoisto ! D6pois. quando a increduli-dade toge da igreja detestando hor-rorizada a tonsura do sacerdote,
, ha inda alguém que a critique e'repute má!
Pique o padre Botti sabendo, deuma vez para sempre, que eu não-ou nenhum idiota, e se vou in-commoda-lo, não é por minha cau-sa, mas sim, por escrúpulos reli-giosos de íamilia que preciso guar-dar. Agora, porém, se pensa s. s.que eu seja tambem uma das vi-ctimas da' sua ganância, está muitoenganado.
Protesto, pois, contra o desaloroque soitii; contra o abuso do falsodiscípulo de Christo ; contra a es-candalosa gritaria do sacerdote emplena igreja; e ainda protesto con-tra o espanto e a contusão que setez no templo, nas.familias minhasconvidadas para assistirem á missa.
Ao padre Botti o meu soberanodesprezo.
Rio Claro, 28 de abril de 1910.Roque Amarante.
O CelibatoEste livro, cujo preço marcado
é de 3$000, está á venda em nossaredacção ao preço de 2$000, sen-do ofterecido como premio gratui-to a todos os nossos assignantesannuaes que o escolherem, pagan-do a sua assignatura directamentea esta administração, sem nenhumadespesa de cobrança ou deducçaode gastos de remessa.
Üm dos nossos amigos encarre),"- e dereceber assignaturas, por intermédio 'lestaredacção, para as seguintes publicações :
K-.es Tesiaps HoiaveaHXRevista quinzenal sociológica, com nm
supplem*?nto literário. — Director : Jean(Irave. — Assignatura annual : 3$000.
La Chaerre S-acfialeSemanário revolucionário. — Redactor-
chefe: Gustave Hervé.Assignatura annual: 5S00O.
A SementeiraPublicação semanal illustrada de critica
e sociologia. — Lisboa.Assignatura annual : 2$000.
A VieiaHebdomadário operário. — Porto.
Assignatura semestral: 1$500.
Internaria Sócia RevuoRevista mensal em esperanto, dedicada
ao movimento social. — Paris.Assignatura annual: 2$500.
A venda nesta redacção:O Clarão
Publicação eventual racionalista— Porto.— Cada exemplar : 100 T8ÍS.
Les SSommes du JourInteressantíssima public-,ç3o illustrada sc-
manai de biographias e critica social, lite-raria e artística.
Collaboradores artísticos: A. Delannoy,M. Robin, Hermann-Paul, etc.
Redactor em chefe: Victor Méric.Assignatura annual: 6S00O.
Um engenheiro, com longa pratica deensino, prepara slumnos para as Escolas deCommercio, Normal. Poíytechnica e «Macken/.ie College» e «Iíi aulas praticas e theo"ricas de inglez. cobrando apenas io$Ooopor matéria, mensalmente. — Rua riarSode Iguape, 128.
Horário das aulas nocturnas — das 5 ásfi hs. da noite: segunda feira, portuguez;terça-feira, álgebra; quarta-feira, poituguez;quinta-feira, álgebra; sexta-feira, portuguez;sabbado, álgebra ; das 6 ás 7 : segunda,portuguez ; terça, desenho ; quarta, portu-guez ; quinta, desenho ; sexta, portuguez ,¦sabbado, desenho; das 7 ás 8 : segunda;inglez ; terça, geometria; quarta, inglez;quinta, geometria ; sejçta, inglez ; sabbado,geometria ; das 8 ás 9 '. segunda, !*}$.?¦ ..terça, arithmetica ; quarta, inglez ; tpiintu,arithmetica; sexta, inglez; sabbado, aritumetica ; das 9 ás 10: terça, quinta e sab-bado, arithmetica.
flOTA — Ila tambem aulas diurnas dasmatérias acima e outras.
Bilhetes postaesTemos ;í disposição des leito-
ris novos bilhetes postaes illus-mulos anti-clericaes, oito desenhosdifferentes, edição do nosso colie-<>a O Livre Pensador, aos seguintes preços :
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Gruta ÇriteriumGran Restaurant-Bar
0 melhor estabelecimento no gêneroRavioli-Talharins-Macar-
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finíssimos2, Largo do Rosário, 2
(Subterrâneo do Palacete Briccola).
Mumeros atrasadosDe novo lembramos aos amigos,
que se interessam pela propagandadas nossas idéias e d' A Lanterna,que temos á sua disposição, grati,certa quantidade de números atra-sados—-que podem servir para dis-tribuição gratuita em dias de testa,reuniões, ajuntamentos, comícios,na semana santa, ou mesmo emdias normaes.
Quem desejar receber pacotes de
propaganda, escreva nos um sim-
pies postal.
Viagem de cobrança0 sr. Annibal Pace está percor-
rendo a linha Paulista.Aos nossos assignantes e a to-
ãos is nossos correligionários,¦residentes nessa linha peãimosboa vontade em auxiliarem a ta-refa ão nosso companheiro, guenão poderá demorar-se muito, naturalmente, em cada localidade.
A existência deste jornal deidéias, depende, ãum pequeno esfor-
ço em seu favor por parte, ãe a-ãa um ãos seus leitores e dos queo consideram ulil.
EM PORTUGUEZ
Eliseu Reclus, Evolução eRevolução 1&500
Gorki, Os amassaãores . $200Pinho, Pela Educado e
pelo Trabalho . . . $200Nieuwenhuis, A mulher e
o Militarismo . . . $100J. Most, A Peste reli-giosa $100
Motta ÀssumpçSj, O In-fanticiãio, arama. . $300
EM HESPANHOLM. Rey, Donãe está Diòs? $100lí. Chaughi. Immoraliãaã
ãel Matrimônio. . . %W7>Lu Mujer Esclava. $100
J. Rutgers, Las Guerrasy la Densiãaã de la'Población
$100Frank Sutor, Generacien
consciente $400M. Devaldès, Mathusia-
nismo y Neo-Mathusia-nismo $100
Ch. Drysdale, Dignãad,Libertaã ê Independeu-dencia $100
A. Pellicer Par aire, Elindividuo y la masa . $100
C. S. Darrow, Crimen yCriminales .... $100
8. Faure, El Problema dela Población. . . . $100
L. 13ulll , Huelga de Vi-entres $100
A. Hamon, Compêndio ãela Historia ãel Sócia-lismo $200
P. Robin. La Mujer Pu-blica $100
J. Grave, I terra libre(fantasia) 2$000
OpilaçãoCura-se radicalmente com o
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é assignala e arranjar-lhe assignantes. Aassignatura é mais cara ; mas é um con-curao de amigo.
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dor Bueno, 41 e 43, vende-se ALanterna a 200 réis o numeroavulso.