000787620
-
Upload
ivan-menezes -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
description
Transcript of 000787620
-
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JLIO DE MESQUITA FILHO CAMPUS EXPERIMENTAL DE ITAPEVA
CRISTIANO PRADO ASSIS
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MDF E MDP UTILIZADOS NA INDSTRIA MOVELEIRA
Itapeva SP
2013
-
CRISTIANO PRADO ASSIS
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MDF E MDP UTILIZADOS NA INDSTRIA MOVELEIRA
Trabalho de Graduao apresentado no Campus Experimental de Itapeva - Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho, como requisito para a concluso do curso de Engenharia Industrial Madeireira Orientadora: Prof. Dr. Juliana Cortez Barbosa
Itapeva - SP 2013
.
-
Assis, Cristiano Prado
A848e Estudo comparativo entre MDF e MDP utilizados na indstria moveleira / Cristiano Prado Assis. Itapeva, SP, 2013
41 f. : il. Trabalho de concluso de curso (bacharelado - Engenharia
Industrial Madeireira) - Universidade Estadual Paulista, Cmpus de Itapeva, 2013
Orientador: Prof. Dr. Juliana Cortez Barbosa Banca examinadora: Prof. Dr. Cristiane Incio de Campos, Prof. Elen Aparecida Martines Morales
Bibliografia 1. Painis de madeira - Qualidade. 2. Indstria de mveis. 3.
Mobilirio. I. Ttulo. II. Itapeva - Curso de Engenharia Industrial Madeireira.
CDD 674.83 Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca - UNESP, Cmpus de Itapeva
-
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JLIO DE MESQUITA FILHO CAMPUS EXPERIMENTAL DE ITAPEVA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MDF E MDP, UTILIZADOS NA INDSTRIA MOVELEIRA.
CRISTIANO PRADO ASSIS
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Juliana Cortez Barbosa
Orientador Campus Experimental de Itapeva/UNESP
Prof. Dr. Cristiane Incio de Campos
Banca Examinadora Campus Experimental de Itapeva/UNESP
Prof. Dr. Elen Aparecida Martines Morales
Banca Examinadora Campus Experimental de Itapeva/UNESP
ESTE TRABALHO DE GRADUAO FOI JULGADO ADEQUADO REQUISITO COMO PARTE PARA A OBTENO DO DIPLOMA DE GRADUADO EM
ENGENHARIA INDUSTRIAL MADEIREIRA
APROVADO EM SUA FORMA FINAL PELO CONSELHO DE CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL MADEIREIRA
Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira de Matos Coordenador de Curso
-
Dedicatria: Dedico este trabalho a Deus, por abenoar minha vida todos os dias. Aos meus pais, irmos e minha namorada.
-
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeo a Deus, que me ofereceu a importante misso de viver e
a oportunidade de sonhar.
Agradeo aos meus pais, Sandra e Cludio, por todo amor, dedicao e
educao que fazem de mim o ser que sou. Por todo esforo e apoio para minha
formao pessoal, profissional e meu sucesso. Os quais amo e sou grato por
tudo.
Agradeo meus irmos Matheus e Marcelo por todo apoio e por todos os
momentos de vida. Por fazerem parte de meu crescimento e por me ensinarem
com seus passos.
Agradeo a todos meus parentes, tios e tias, primos e primas, que me apoiaram.
Agradeo minha namorada Aline, por todo amor, dedicao, incentivo e pela
capacidade de despertar em mim a vontade de viver cada dia melhor.
Agradeo a todos os amigos, amigas e colegas de faculdade que tive a
oportunidade de conhecer, conviver e aprender com seus erros e acertos.
Agradeo todos os professores que transmitiram seus ensinamentos, momentos
de pacincia e dedicao para minha formao.
Agradeo minha professora orientadora Prof. Dr. Juliana, pelo ensinamento
durante o curso, pela pacincia no auxlio, desenvolvimento e correo deste
trabalho.
Agradeo minha banca examinadora, Prof. Dr. Cristiane e Prof. Dr. Elen, pelo
apoio, ensinamento e dedicao durante o curso e no aprimoramento de meu
trabalho.
-
Epgrafe
"Ambio o caminho para o sucesso.
Persistncia o veculo no qual se chega l."
Bill Eardley
-
RESUMO
Cada vez mais o mercado moveleiro encontra-se mais competitivo. O setor da construo civil apresenta-se em crescimento, principalmente devido s linhas de crditos existentes e incentivos fiscais estabelecidos pelo governo, auxiliando o impulso para compra de imveis, materiais de construo e mveis. Fatores que favorecem e fortalecem o crescimento do setor. Com alta demanda do mercado mobilirio, maior exigncia por qualidade e crescente avano tecnolgico, pesquisas so desenvolvidas frequentemente, em busca de solues em melhoria de processo e caractersticas do produto, com foco na produo de materiais menos nocivos ao meio ambiente, disposio de matria-prima de menor custo, melhorias no processo produtivo e desenvolvimento de produtos de alto custo-benefcio.
A presente pesquisa aborda o estudo comparativo entre dois materiais largamente utilizados na fabricao de mveis. O MDF (Medium Density Fiberboard) e MDP (Medium Density Particleboard). O assunto estabelece o foco na produo de mveis, apresentando e confrontando dados coletados, de trs empresas produtoras dos painis, entre caractersticas fsicas e mecnicas dos materiais, apresentando tambm alguns dos principais fatores de influncia na qualidade dos painis, suas funcionalidades e aplicaes em mveis.
O estudo apresenta o alto potencial de utilizao do MDP (Medium Density Particleboard) em projetos de mveis, bem como o MDF (Medium Density Particleboard), favorecendo as condies finais do projeto, resultando em melhor aproveitamento de cada material, evitando desperdcio e aumento de custo desnecessrio.
Atualmente, so desenvolvidos diversos projetos de mveis em MDP e MDF, onde no h relevncia sobre suas caractersticas em relao as suas limitaes. Muitos desses mveis so projetados sem que haja um estudo especfico do melhor uso e posicionamento de cada material, com melhor aproveitamento, favorecendo a real garantia do projeto, principalmente os mveis desenvolvidos exclusivamente para cada ambiente. A falta de conhecimento tcnico, por falta de treinamento de profissionais e necessidade em produzir para gerar receita, em muitos casos, juntamente com o desconhecimento por parte dos consumidores em relao aos produtos, favorece para que os mveis no atendam s reais expectativas buscadas pelos clientes, levando em alguns casos, a desqualificar o material, indevidamente, proveniente ao seu mau uso.
O caso presente refere-se desqualificao dada ao MDP em muitos casos, devido falta de informao e profissionais no qualificados a desenvolver projetos de mveis de padro exclusivo.
Palavras-chave: Durabilidade, Qualidade, MDF, MDP, Mveis.
-
ABSTRACT
Increasingly, the furniture market is competitive. The construction industry presents itself in growth, mainly due to the lines of existing incentives and tax credits established by the government, assisting the impulse to purchase real estate, building materials and furniture. Factors that promote and strengthen the sector's growth. With high demand from the furniture market, demand for higher quality and increasing technological advances, research is often undertaken in search of solutions for process improvement and product features, focusing on the production of materials less harmful to the environment, provision of raw press to lower cost, improve the production process and product development of cost-effective.
This research focuses on the comparative study between two materials widely used in furniture manufacturing. MDF (Medium Density Fiberboard) and MDP (Medium Density Particleboard). The subject provides the focus in furniture production, presenting and comparing data collected from three companies producing panels between physical and mechanical characteristics of the materials, also presenting some of the main factors of influence on the quality of the panels, their features and applications on mobile.
The study shows the high potential of using the MDP (Medium Density Particleboard) in furniture designs, as well as MDF (Medium Density Particleboard), favoring the final terms of the project , resulting in better utilization of each material , avoiding waste and increase unnecessary cost .
Currently, several projects are developed in MDP and MDF furniture, where there is no relevance to their characteristics regarding their limitations. Many of these furnishings are designed without a specific study of the best use and positioning of each material, with better utilization , favoring collateral design , especially furniture designed exclusively for each environment . The lack of technical knowledge, lack of professional training and the need to produce to generate revenue, in many cases , together with the lack of consumers for products , favors for mobile does not meet the real expectations sought by customers leading in some cases to disqualify the material unduly from its misuse .
This case refers to disqualification given to MDP in many cases due to lack of information and unqualified to develop furniture designs unique default .
Keywords: Durability , Quality , MDF , MDP , Furniture.
-
LISTA DE FIGURA
Pgina
Figura 1 Histrico de produo e consumo de painis reconstitudos no Brasil, (2000- 2011) ......................................................................................................... ....15 Figura 2 Capacidade nominal brasileira de MDF (mil/m) (2000-2014) ............. ....16 Figura 3 Capacidade nominal brasileira de MDP (mil/m) (2000-2014) ............. ....17 Figura 4 Importao, exportao e consumo interno de MDF em m (2005 a 2012). ............................................................................................................................. ....17Figura 5 Importao, exportao e consumo interno de MDP em m (2005 a 2012). ............................................................................................................................. ....17 Figura 6 Classificao dos produtos base de madeira. .................................. ....19 Figura 7 Painel de MDP (Medium Density Particleboard) ................................. ....23 Figura 8 Painel de MDF (Medium Density Fiberboard) ..................................... ....24
-
LISTA DE TABELA
TABELA 1 Resistncias fsicas e mecnicas dos painis MDF e
MDP............................................................................................................................34
-
SUMRIO
Pgina
1. INTRODUO ......................................................................................................12
2. OBJETIVO..............................................................................................................13
3. REVISO BIBLIOGRFICA ..................................................................................13
3.1. Mercado Brasileiro de painis de madeira industrializadas ............................13
3.2. Caractersticas dos painis de madeira ..........................................................17
3.3. Painis de madeiras utilizados na produo de mveis..................................17
3.3.1. Painis de madeira reconstituda ..............................................................18
3.3.1.1. MDP (Medium Density Particleboard) .................................................19
3.3.1.2. MDF (Medium Density Fiberboard) .....................................................21
3.4. Fatores de influncia na qualidade dos paineis de madeira............................22
3.5. Propriedades fsicas e mecnicas dos painis.................................................26
3.5.1 Densidade ...............................................................................................27
3.5.2. Inchamento .............................................................................................29
3.5.3. Resistncia ao arrancamento de parafusos ...........................................29
3.5.4. Resistncia trao ...............................................................................30
3.6.5. Resistncia a flexo ...............................................................................30
4. METODOLOGIA ....................................................................................................30
5. RESULTADOS E DISCUSSO .............................................................................31
6. CONCLUSO ........................................................................................................35
-
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................................137
-
12
1. INTRODUO
Em funo da disponibilidade e caractersticas fsico-mecnicas, a madeira
foi um dos primeiros materiais a ser utilizada pela humanidade e mesmo aps o
aparecimento de materiais sintticos, ela continua a ser empregada como matria-
prima para inmeros fins (JUVENAL e MATTOS, 2002).
Segundo Iwakiri (2005), devido a problemas com escassez da madeira de
qualidade para produo de painis compensados, foram desenvolvidos os painis
de madeira particulada, durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha, utilizando-
se das diversas formas de madeira para produo de painis como fonte alternativa.
Com a necessidade de substituio madeira macia, cessar o corte ilegal da
madeira, os painis foram desenvolvidos, com base em suas caractersticas,
aperfeioadas e implantadas em processo industrial.
Com o avano da tecnologia, os materiais foram aperfeioados quanto a
caractersticas fsicas, qumicas e mecnicas, resultando melhores condies em
relao as suas funcionalidades.
Diante a um crescimento do mercado imobilirio o setor industrial de painis
de mdia densidade passou a expandir suas unidades devido ao aumento
expressivo de sua demanda. Os benefcios gerados com incentivos do governo
auxiliaram o desenvolvimento do mercado imobilirio e, juntamente, impulsionou
com mais fora o setor moveleiro.
Atualmente, so diversos os tipos de painis existentes no mercado,
utilizados na produo de mveis, sendo que cada um apresenta suas
caractersticas de uso exclusivo e especfico para determinada funo,
apresentando melhores resultados quando executados de forma correta,
favorecendo seu rendimento e promovendo aumento de seu consumo.
-
13
2. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo confrontar informaes e estabelecer
comparaes entre dois materiais atualmente utilizados na fabricao de mveis, o
MDF (Medium Density Fiberboard) e MDP (Medium Density Particleboard) em
relao s resistncias mecnicas trao perpendicular, flexo esttica, ao
arrancamento de parafusos de topo e resistncia fsica ao inchamento. O contedo
consiste em dados coletados das empresas, Eucatex, Duratex e Masisa. Apresenta
tambm o potencial de utilizao do MDP (Medium Density Particleboard) na
produo de mveis, respeitando suas limitaes em relao a suas caractersticas
e promovendo o benefcio de seu uso no custo final do projeto.
-
14
3. REVISO BIBLIOGRFICA 3.1. MERCADO BRASILEIRO DE PAINIS DE MADEIRA INDUSTRIALIZADAS
Segundo o Anurio Estatstico da ABRAF (2012), os painis de madeira de
MDF, MDP, OSB e chapas de fibras, caracterizados como painis de madeira
industrializados, apresentam aumento crescente de seus consumos, devido ao
aumento de renda dos consumidores e a expanso do setor da construo civil.
Os gneros de madeira mais plantados, no Brasil, para produo desses
painis so principalmente, o Pinus e Eucalyptus, consideradas espcies de
crescimento rpido (SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA - SBS, 2006).
As indstrias de painis de madeira esto diretamente ligadas situao
econmica do pas, favorecendo o aumento do consumo de bens durveis, bem
como a expanso do mercado imobilirio. Com o aumento do consumo de produtos
dos setores envolventes com os painis de madeira industrializadas, h um aumento
tambm na produo desses painis, devido necessidade de fabricao de
produtos, pelas indstrias, resultando em crescimento mtuo (ANURIO
ESTATSTICO DA ABRAF 2012).
O consumo anual de painis de madeiras teve um incremento mdio de 8,7%
a.a. com crescimento de 2,6 milhes, para 6,5 milhes de toneladas no perodo dos
anos de 2000 2011. Da mesma forma a produo anual de painis de madeira
industrializada teve um crescimento mdio, nos ltimos 12 anos (2000-2011), de
8,3% a.a., com aumento que passou de 2,7 milhes para 6,5 milhes de toneladas.
Sendo assim, no ano de 2011, a crise financeira internacional teve grande
participao no impacto nos resultados na exportao de mveis, comparado ao ano
de 2010, no qual, no houve crescimento da produo e consumo nacional do setor
e somente permaneceu esttico em seus resultados. Os dados de produo, de
-
15
2010 a 2011, e consumo de painis de madeira em milhes de m, foram iguais a
6,5 milhes de m e pode ser visualizado na Figura 1. A desvalorizao do dlar
impediu o interesse pela importao de mveis, devido inviabilidade,
comprometendo o crescimento do consumo desse produto no mercado interno,
ocasionado por aes anti-inflacionrias (ANURIO ESTATSTICO DA ABRAF
2012).
Figura 1- Histrico de produo e consumo de painis reconstitudos no
Brasil.
Fonte: Anurio Estatstico da ABRAF (2000; 2012).
Conforme o Anurio Estatstico da ABRAF (2012), o governo movimentou um
estmulo para a indstria de mveis e de painis de madeira, nos anos de 2010 e
2011, aplicando reduo no imposto sobre produto industrializado (IPI), favorecendo
o crescimento do setor. A reduo favoreceu todo setor de mveis de painis de
madeira industrializada, com alquotas de IPI, que passaram de 10% para 5%,
estimulando crescimento, principalmente dos mveis produzidos com painis de
MDF e MDP, os quais so mais comercializados com fins moveleiros.
-
16
Conforme dados do Anurio Estatstico da ABRAF (2012), o setor mobilirio
faturou em 2010 o equivalente a 29,7 bilhes de reais, dados da associao das
indstrias do mobilirio (ABIMVEL), mesmo com os fatores que no favoreceram o
crescimento da produo e consumo dos painis de madeira no pas. O setor
apresentou um crescimento de 13,4% em relao ao ano de 2009. Outro fator
responsvel em agregar ao estmulo de crescimento para o setor foi dado pelo
programa Minha Casa, Minha Vida, do governo, que estimou altas expectativas para
o ano de 2012, com o crescimento da indstria da construo civil ainda maior, dado
pelo aumento de renda mdia da populao e consequentemente, o aumento do
consumo de mveis residenciais.
Segundo ABIPA (2013), a capacidade instalada brasileira, que em 2010, foi
de 9,1 milhes de m passa para 10,9 milhes m em 2013 e conta com investimento
de U$ 1,2 bilho, para o perodo de 2010/2014. O pas possui uma extenso de 800
mil hectares de florestas plantadas, de pinus e eucalipto, com 260 mil hectares de
preservao permanente e geram em mdia 30 mil postos de trabalho diretos e
indiretos.
Conforme dados da Associao Brasileira das Indstrias de Painis de
Madeira (ABIPA), apresentados nas Figuras 2 e 3, referente s capacidades
nominais dos painis de MDF e MDP entre 2000 e 2014 e as Figuras 4 e 5 mostram
os dados de importao, exportao e consumo interno dos painis em m, no
perodo de 2005 a 2012.
Figura 2. Capacidade nominal brasileira de MDF (mil/m) (2000-2014).
Fonte: ABIPA.
-
17
Figura 3. Capacidade nominal brasileira de MDP (mil/m) (2000-2014).
Fonte: ABIPA.
Figura 4. Importao, exportao e consumo interno de MDF em m (2005 a
2012).
Fonte: ABIPA
Figura 5. Importao, exportao e consumo interno de MDF em m (2005 a
2012)
Fonte: ABIPA
-
18
Em reflexo a qualidade dos painis de madeira, da evidente competividade do
setor florestal e da aceitao dos produtos nacionais, o setor brasileiro de painis de
madeira apresenta-se com muita vitalidade. O fator importante para setor refere-se
ao aumento de plantios florestais, a modernizao de processos, dados pelo apoio
financeiro do BNDES nas implantaes, favorecendo o crescimento e maior
entendimento do setor (BIAZUS,DA HORA, LEITE, 2010, p. 50).
Conforme o Anurio Estatstico da ABRAF (2008; 2012), a reduo das taxas
de juros, o aumento da renda dos consumidores e a busca diria por fontes de
recursos renovveis, visando sustentabilidade, direcionam o mercado da construo
civil e setor mobilirio a gerarem altas expectativas de demanda, estando elas em
constantes melhorias em seus processos industriais e qualidade de seus produtos.
O uso de fontes alternativas como forma de desenvolvimento de novas tecnologias
so fatores decisivos para o desenvolvimento do setor.
3.2. CARACTERSTICA DOS PAINIS DE MADEIRA
Os painis so fabricados a partir de madeira em diferentes condies de
desagregao, sendo cada material caracterstico para sua funcionalidade. Em sua
fabricao, alguns desses painis recebem quantidade necessria de resina em sua
composio, sob a ao de presso e temperaturas especficas, para fixao
necessria do material (BIAZUS,DA HORA, LEITE, 2010, p. 49).
Segundo Gonalves (2000), os produtos base de madeira podem ser
classificados em funo do material lenhoso na produo de peas e painis,
diferenciada pelos tipos mais comuns de matrias-primas, sendo elas: lminas,
partculas e fibras de madeira, conforme apresentadas na Figura 6.
-
19
Figura 6. Classificao dos produtos base de madeira.
Fonte: GONALVES (2000).
Conforme o Programa Setorial Da Qualidade De Painis Partculas De
Madeira (Mdp) e Painis De Fibras De Madeira (Mdf) da ABIPA (2013), Os painis MDF, de acordo com a norma ABNT NBR 15316:2009 - Chapas de fibras de mdia
densidade, so classificados por densidade, aplicao e condio de uso.
a) Classificao dos painis MDF por densidade:
HDF: 800 kg/m3 Standard: > 650 kg/m3 e < 800 kg/m3
Light: > 550 kg/m3 e 650 kg/m3 Ultra light: > 450 kg/m3 e 550 kg/m3
b) Classificao dos painis MDF por aplicao:
-
20
Uso geral; Uso estrutural. c) Classificao dos painis MDF por condio de uso:
Condio seca; Condio mida.
Segundo o Programa Setorial Da Qualidade De Painis Partculas De
Madeira (MDP) e Painis De Fibras De Madeira (MDF) da ABIPA (2013), os painis
MDP, de acordo com o Projeto de Norma ABNT 31:000.18 - Painis de partculas de
mdia densidade, so classificados pela aplicao e condio de uso:
P2 Painis para uso interno em condies secas; P3 Painis no estruturais para uso em condies midas; P4 Painis estruturais para uso em condies secas; P5 Painis estruturais para uso em condies midas; P6 Painis estruturais para uso em condies severas de carga, em condies secas;
P7 Painis estruturais para uso em condies severas de carga, em condies midas.
Segundo a NBR 14810-2/2006, as chapas de aglomerado devem ser
classificadas com referncia sua densidade, geometria de partculas, natureza do
adesivo e outras caractersticas complementares. As partculas do aglomerado
convencional devem ter geometria retangular ou quadrada, devem ser do tipo sliver e obtidas no sentido paralelo s fibras da madeira. As chapas de madeira
aglomerada devem apresentar uma densidade mdia entre 551 Kg/m e 750 Kg/m
(NBR 14810,2006; Dias, 2005).
-
21
3.3. PAINIS DE MADEIRA UTILIZADOS NA PRODUO DE MVEIS
So diversos os tipos de painis utilizados na produo de mveis. Como h
diversidade nos materiais utilizados e mtodos de processo produtivos
diferenciados, os painis so classificados em dois tipos: Os provenientes de
madeira reconstituda e os produzidos com madeira processada mecanicamente.
Os painis de madeira processada mecanicamente so destinados tanto
indstria de mveis, quanto construo civil e so formadas por camadas de
lminas ou sarrafos de madeira macia, com utilizao e aplicao de diversos
materiais, representados principalmente pelos compensados. Utiliza-se no Brasil, no
processo de produo pelas indstrias, tanto madeiras de florestas plantadas, sendo
a maioria de Pnus, situadas na Regio Sul, quanto de florestas nativas,
provenientes principalmente da regio Norte (BNDES, 2002, p.53).
Neste trabalho os painis a serem estudados pertencem ao grupo de painis
de madeira reconstituda e sero abordados especificamente sobre MDF e MDP.
Os painis MDP e MDF, segundo o Programa Setorial Da Qualidade De
Painis Partculas De Madeira (MDP) e Painis De Fibras De Madeira (MDF) da
ABIPA (2013), so ofertados no mercado em diversos padres de acabamento (cru,
revestido ou pintado) e dimenses aproximadas de (2750 x 1850) mm e espessura
varivel, sendo a mais representativa 15 mm.
-
22
3.3.1 PAINIS DE MADEIRA RECONSTITUDA
Os painis de madeira reconstituda so produzidos a partir de utilizao de
fibras e partculas de madeira na forma de cavacos. A fabricao ocorre em
diferentes processos de desagregao e so produzidos com base em processo
qumico, fsico e mecnico da madeira (BIAZUS,DA HORA, LEITE, 2010, p. 49).
Segundo BNDES (2002), os principais tipos de painis de madeira
reconstitudas so: o MDF (Medium Denstity Fiberboard), o MDP (Medium Density
ParticleBoard) e as chapas duras ou chapas de fibra (HardBoard). Usualmente so
utilizados em diversas funes, na fabricao de mveis, como tambm na indstria
da construo civil (pisos, rodaps, divisrias, portas, elementos estruturais de
casas, etc.). Comparados madeira macia, oferecem vantagens e desvantagens,
referentes s suas caractersticas.
3.3.1.1. MDP (MEDIUM DENSITY PARTICLEBOAR)
Conforme Abipa (2012), o MDP, (Medium Density Particleboard), ou painel de
partcula de madeira de mdia densidade, um painel de madeira reconstituda, que
apresenta- se com boa estabilidade dimensional (comprimento, largura e
espessura), cujas partculas so posicionadas de forma diferenciada dos demais
pertencentes aos painis de madeira reconstituda, com formao de trs camadas,
sendo, nas camadas externas provenientes de partculas finas e em seu interior
partculas maiores. A modernizao do processo permite para que haja distribuio
correta das partculas de madeiras em suas respectivas camadas, resultando em um
painel homogneo.
-
23
Figura 7. Painel de MDP.
.
Fonte: Duratex (2013).
Estes painis so produzidos partir do uso de madeiras preferencialmente
reflorestadas de Pinus e Eucalipto, e suas partculas so comprimidas entre si em
presena de resina, atravs de ao conjunta de calor em prensa contnua e
presso em processos com tecnologia de ltima gerao (ABIPA, 2012).
Para ABIPA (2012) a evoluo da tecnologia para produo de painis de
partculas de mdia densidade favorecem ao produto final, melhores condies de
acabamento do painel nos processos de pintura, revestimento e impresso. Diante a
todo processo tecnolgico, as indstrias utilizam os mais modernos e complexos
equipamentos, prensas contnuas, resinas de ltima gerao, classificadores de
partculas e softwares responsveis em controlar todo o processo de melhor forma.
As principais aplicaes do MDP so em laterais de mveis, portas retas,
divisrias, prateleiras, tampos retos, prateleiras, frentes e laterais, base superior e
inferior de gaveta. Indicado especialmente, devido s suas caractersticas, para a
produo de mveis residenciais e comerciais de linhas retas, integrada na indstria
moveleira, bem como em marcenarias. Para melhor aproveitamento, os painis
devem apresentar todas suas faces revestidas, evitando assim, comprometimento
na qualidade do material (ABIPA 2012).
-
24
3.3.1.2. MDF (MEDIUM DENSITY FIBERBOARD)
Para Castro (2000) citado por Campos e Lahr (2004), o MDF utilizado
fortemente pelas indstrias de mveis e gabinetes, pois apresentam garantia dos
resultados no uso de tcnicas convencionais e permitem utilizao at em painis
estruturais. um produto uniforme, homogneo, de superfcie lisa e plana, de alta
usinabilidade para cortar moldurar, entalhar, apresenta economia no consumo de
adesivos, tintas e vernizes e possui tima aceitao para receber revestimentos com
diversidade em acabamentos.
Figura 8. Painel de MDF.
Fonte: Duratex (2013)
Para ABIPA (2012), o MDF um material que apresenta excelente
estabilidade dimensional, pertence ao grupo de painis de madeira reconstituda,
caracterizada pela sigla Medium Density Fiberboard ou Painel de Fibras de Mdia
Densidade, e reconhecido pelas caractersticas de fcil usinabilidade, tanto nas
faces quanto nas bordas, podendo ser entalhado ou torneado facilmente, devido
composio homognea do material.
-
25
Os painis de MDF so produzidos a partir de madeiras reflorestadas,
principalmente as do gnero Pinus e Eucalyptus. So painis produzidos por fibras
de madeira e resina sinttica atravs do processo de prensagem e compactao
desse material, sob calor em prensa contnua. O processo industrial resulta em
painis com tima estabilidade dimensional, com superfcie de acabamento liso, de
mdia densidade (ABIPA 2012).
Para Torquato (2012), o MDF apresenta proximidade em relao madeira
macia, devido compactao de seu material ser composto de fibras similares de
tamanhos de mesma proporo do tamanho de um cabelo humano.
O MDF possui diversas utilizaes, principalmente no setor da construo civil
para fabricao de pisos, batentes, portas usinadas, almofadas de portas, peas
torneadas, embalagens, como tambm na produo de mveis, para peas com
usinagem e trabalho de baixo relevo, como peas para laterais e fundos de mveis,
entre outros (ABIPA 2012).
3.4. FATORES DE INFLUNCIA NA QUALIDADE DOS PAINEIS DE MADEIRA
Diversos so os fatores determinantes da qualidade dos painis de madeira.
Muitos desses fatores so caractersticas das propriedades ligadas madeira, entre
outros relacionados s caractersticas do processo produtivo e de caractersticas dos
elementos utilizados no processo.
Para Campos e Lahr (2004), o comprimento das fibras favorece a estabilidade dimensional do MDF, com o aumento das ligaes entre as fibras
decresce a possibilidade de movimentao das mesmas.
Segundo Iwakiri et al. (2005), dentre as inmeras variveis do processo produtivo, a densidade do painel e o tipo de resina utilizada na sua produo, so de
-
26
grande importncia para adequao das propriedades do aglomerado para
determinadas aplicaes.
Conforme Barros Filho (2006), a casca apresenta- se como segundo fator de
influncia negativa sobre as propriedades dos painis, sendo que 10 a 15% do
volume das toras podem ser representado pela quantidade de cascas, dependendo
da espcie.
Segundo Mendes et al. (2010), a razo de compactao, dada pela relao
de densidade do painel e da madeira, pode variar muito, dependendo do tipo de
madeira a ser utilizada. A quantidade e o tipo de adesivo a ser utilizado no processo
so considerados elementos de extrema importncia para seu custo-benefcio,
sendo esse o elemento de maior impacto no custo final. Indicada para uso externo
utiliza-se na indstria de painis de madeira, dentre os principais, o fenol-
formaldedo (FF), indicado para produo de painis a serem utilizados em
ambientes com alto teor de umidade e a uria-formaldedo (UF), que possui
caractersticas de resistncia umidade limitada.
Para Poblete (2001), o desempenho dos painis de partculas esta
diretamente relacionada com as caractersticas do material, como a forma e o
tamanho da partcula. Um dos fatores responsvel em comprometer as propriedades
dos painis e o processo industrial a geometria das partculas. Conforme alterao
nas dimenses em comprimento, largura e espessura do material a ser processado,
pode haver incompatibilidade com o processo pr-determinado.
Considerado por Poblete (2001), como as relaes mais importantes fatores
da geometria das partculas, o comprimento e razo de esbeltez, esto diretamente
ligados s influncias nos resultados de resistncia trao perpendicular e a
flexo. A geometria das partculas so as grandes responsveis e podem alterar os
valores de resistncia mecnica de um painel, dependendo do tamanho, espessura
e comprimento das partculas compostas, o painel pode sofrer alteraes em suas
resistncias flexo, trao paralela e perpendicular, superfcie do painel e
-
27
resistncia de parafuso e prego. Outro fator importante, responsvel em definir a
rea de contato entre partculas e linha de cola no painel, a rea superficial
especfica da partcula, cujo parmetro encontra- se diretamente ligado a cada
geometria da partcula. A espessura e o comprimento das partculas so
propriedades passivas de mudanas e o coeficiente de esbeltez a medida com
melhores propriedades de relao com essas variaes e parte das propriedades
fsicas e mecnicas dos aglomerados dependem dessas variaes conjuntas em
suas relaes.
De acordo com Barros Filho (2009), o coeficiente de esbeltez, importante fator
das propriedades do painel, definido no momento de formao das partculas. O
coeficiente o fator responsvel em definir as caractersticas de acabamento de
face, usinabilidade, aplicaes e acabamento dos painis de madeira. Fator de
influncia nas propriedades mecnicas e dimensionais.
Segundo Kollmann (1977), citado por Campos e Lahr (2004), algumas das principais caractersticas da madeira que afetam a adeso e colagem esto apresentadas de forma detalhada a seguir. Variabilidade as maiores variaes acontecem entre espcies, sendo que algumas delas apresentam maior facilidade de colagem que outras. A natureza biolgica da madeira causa adicionalmente amplas variaes entre rvores de uma mesma espcie, e mesmo no material de uma mesma rvore. Esta variabilidade atinge uma srie de propriedades (peso especfico, textura, permeabilidade, etc), que por sua vez so definidas no processo de adeso e na performance da colagem. Densidade colagens feitas em madeiras de densidade mais alta degradam-se mais rapidamente do que as efetuadas em madeiras de mais baixa densidade. Madeiras mais densas, normalmente possuem maior resistncia mecnica. A densidade da espcie est diretamente relacionada com a sua porosidade e permeabilidade, influenciando assim o grau de rugosidade e as funes de mobilidade, fatores determinantes na formao da ligao adesivo-substrato. Porosidade e permeabilidade o tamanho, a disposio e a freqncia de cavidades celulares e poros na estrutura da madeira afetam diretamente a penetrao do adesivo. As interaes da porosidade e permeabilidade com a migrao do solvente tambm interferem na viscosidade da resina, afetando suas funes de mobilidade, o que acarreta mudanas na qualidade da colagem, ocorrendo mais ou menos vazios. Capacidade tampo e pH a maior parte das espcies de madeira apresenta pH cido. As variaes de pH e a capacidade tampo afetam diretamente a cura e a solidificao do adesivo, uma vez que estes processos ocorrem somente em faixas relativamente estreitas de pH. Contedo de umidade na colagem com os tradicionais adesivos sintticos base de uria, melamina,
-
28
fenol e resorcinol imprescindvel que a madeira seja previamente seca at teores de umidade normalmente entre 5% e 20%. Teores de umidade mais altos podem ocasionar formao de bolhas.
Segundo Iwakiri et al. (2005), no momento em que os pratos quentes, no
processo produtivo do material, entram em contato direto com os painis de
madeira, ocorre a transferncia de calor ao longo da espessura desse material e
juntamente a evaporao da umidade da camada mais superficial, ocorrendo
penetrao desse vapor ao longo das camadas mais internas. H condensao de
vapor e transferncia de calor, at o momento em que haja elevao da temperatura
ao ponto de cura total da resina.
Conforme Lara Palma (2009), algumas propriedades fsicas e mecnicas dos
painis como flexo esttica, trao perpendicular e resistncia ao arrancamento de
parafusos esto diretamente ligadas composio do perfil de densidade, causado
pela combinao de algumas variveis no processo de prensagem. Essa variao
da distribuio da densidade ao longo da espessura do painel conhecido como perfil
de densidade, intensificada no momento de transferncia de calor das faces dos
pratos para o interior do painel, podem avaliar as caractersticas do painel ao longo
do processo de prensagem.
Segundo Barros Filho (2009), teores de umidade acima do ideal pode
comprometer a qualidade dos painis, gerando bolhas de vapor durante o processo
de prensagem. O teor de umidade das partculas de madeira uma propriedade
importante na caracterstica dos painis, sendo que haver influncia no tempo de
prensagem, na cura da resina e na presso necessria finalizao do processo at
a espessura desejada. Partculas com teores de umidade abaixo do ideal podem
resultar em uma secagem extrema, podendo comprometer o produto e o processo,
apresentando facilidade do material entrar com combusto.
-
29
3.4. PROPRIEDADES FSICAS E MECNICAS DOS PAINIS DE MADEIRA
A seguir sero apresentadas informaes sobre as caractersticas das
propriedades fsicas e mecnicas, referentes aos painis de mdia densidade.
As normas ABNT, NBR 153162:2006 e NBR 148102:2009, aplicadas as
caractersticas mencionadas nessas propriedades, aos painis de madeira de mdia
densidade, correspondem, em requisitos e contedos, as Normas Europias NP, EN
323:2000, EN 317:1993, EN 319:2002, EN 317:2002 e EN 310:1993, em funo do
atendimento normativo, da estrutura e da organizao, aos pases que fazem
seguem essa exigncia de padronizao para o produto.
3.5.1 DENSIDADE
Representada pela relao entre massa e volume de um corpo, a
determinado teor de umidade, o ensaio de volume especfico realizado, baseado
nos padres da Norma Europia NP, EN 323:2000.
Segundo Kelly (1977) citado por Iwakiri (2005), a estabilidade dimensional dos
painis de maior densidade prejudicada devido ao maior inchamento em
espessura, porm apresentam maior resistncia mecnica. A atribuio dada pelo
autor, devido maior densificao do painel conforme maior quantidade de partculas
no material, relacionando o inchamento higroscpico da madeira e resultando em
liberao das tenses de compresso, geradas durante o processo de prensagem.
Conforme Moslemi (1974), citado por Pierre (2010), painis produzidos com
madeira provenientes de espcies com baixa densidade apresentam maior
resistncia trao perpendicular, trao superficial, flexo e maior mdulo de
elasticidade na flexo esttica. A caracterstica no afeta a absoro de gua, o
inchamento, nem a resistncia ao arrancamento de parafuso. Tanto nas
propriedades, quanto no processo produtivo de painis de madeira, a densidade
-
30
apresenta- se como um fator de grande influncia que pode ser favorvel ou no ao
processo desejado.
A razo para o fato da madeira de baixa densidade produzir painis com maiores resistncias, quando comparados com aqueles que utilizam madeira de maior densidade, que um determinado peso de partculas de uma madeira de baixa densidade gera um maior volume e, consecutivamente, mais partculas que uma mesma quantidade de madeira de alta densidade. Quando estes volumes de madeira (partculas) so comprimidos para produo do painel, ocorre um maior contato relativo entre as partculas de madeira de baixa densidade (devido a maior taxa de compresso ou compactao), pois existem mais ligaes por unidade de volume e maior comprimento de sobreposio entre as partculas, ocorrendo maior adeso entre elas. Em resumo, madeiras menos densas contribuem em um aumento do comprimento de sobreposio entre as partculas (maior rea de contato) o que resulta em foras maiores transmitidas pela linha de cola e, conseqentemente, em maior resistncia do painel. A densidade da madeira, em conjunto com a compactao do colcho de partculas, afeta diretamente a densidade final do painel. Uma variao na densidade da madeira obriga a um ajuste na compactao do colcho para manter constante a densidade final do painel. Isto importante quando so utilizados no processo, por exemplo, duas espcies de diferentes densidades, pois a espcie de menor densidade dever ser comprimida em uma proporo maior que a espcie de densidade mais alta, ou seja, o volume de madeira a ser includa no painel de uma determinada densidade inversamente proporcional densidade da espcie. Por esta razo, ao incluir espcies de menor densidade requerida uma maior compactao para conseguir um maior contato entre as partculas e uma melhoria na eficincia do adesivo (KELLY, 1977, apud PIERRE, 2010).
Conforme Maloney (1993), com o objetivo de obter maior viabilidade e
aproveitamento de espcies de madeira, pode haver mistura de materiais de
diferentes densidades para produo de painis. Segundo os autores, as
densidades mais recomendadas para a produo de painis de partcula so de at
0,55 g/cm e essa mescla de espcies e densidade pode favorecer o produto e a
matria-prima.
Ainda segundo o mesmo autor, a relao da densidade do painel e a
densidade da madeira, denominada de razo de compactao, influenciam
diretamente nas propriedades fsico-mecnicas dos painis. Assim como as
propriedades so influenciadas, as operaes de processamento de gerao de
partculas, secagem e prensagem dos painis e consumo de resina tambm sofrem
-
31
com as variaes da densidade da madeira. Com as variaes de densidade, as
partculas, que so densificadas durante o processo de prensagem, sero
submetidas at que o painel atinja sua espessura desejada, podendo resultar em
comprometimento no processo.
De acordo com Kelly (1977), citado por Pierre (2010), quanto maior a compactao, maior ser o contato entre partculas e entre partculas e adesivo. Dessa forma, podem-se ter painis com a mesma densidade final, porm com taxas de compactao diferentes, em funo da densidade da madeira. Ainda segundo o mesmo autor, um grau de compactao mnimo das partculas de madeira necessrio para a consolidao do painel aglomerado durante o ciclo de prensagem.
3.5.2. INCHAMENTO
Conforme a NP EN 317-1993, os corpos-de-prova devem ser imersos em
gua limpa, com temperatura de 20 1oC, pH 7 1, sendo cobertos por 25 5 mm
de gua em 24 horas.
Conforme Torquato (2008), para sua determinao, o inchamento dado pela
Variao percentual de aumento em espessura que um corpo de prova de uma chapa de fibras de mdia densidade.
3.5.3. RESISTNCIA AO ARRANCAMENTO DE PARAFUSO
Para elaborao de ensaios de arrancamento de parafuso, as fabricantes
brasileiras de painis de madeira seguem como base a Norma Europeia NP EM
319:2002.
Para Nascimento (2008), a verificao do desempenho dos painis
particulados determinada pela resistncia ao arrancamento de parafusos, em
situaes, quando solicitados, usualmente em divisrias, forros e outras aplicaes
que haja necessidade de fixao de parafusos e pregos.
-
32
A avaliao do ensaio pode ser realizada com posicionamento dos parafusos
na superfcie da amostra, quanto no topo da mesma, resultando em dois ensaios
diferentes. Neste trabalho ser avaliando a resistncia ao arrancamento de parafuso
de topo.
3.5.4. RESISTNCIA TRAO PERPENDICULAR
Conforme especificaes da NP EN 317:2002, o ensaio de trao
perpendicular tem o objetivo de definir a adeso interna em um corpo-de-prova, que
apresenta as amostras com dimenses de 50 + 1 mm de aresta. As laterais dos
corpos-de-prova so instaladas em suportes metlicos, que por trao so
colocados em direes opostas, de modo que haja o rompimento do mesmo.
Para Torquato (2008), o teste de anlise define- se como a Resistncia que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de mdia densidade oferece, quando
este submetido a uma fora de trao aplicada perpendicularmente sua
superfcie at a ruptura.
3.5.5. RESISTNCIA FLEXO ESTTICA
A Norma Europia NP EN 310:1993 prescreve a utilizao de corpos-de-
prova com comprimento de vinte vezes a espessura mais 50 mm. A distncia entre
apoios normatizada em vinte vezes a espessura e o incremento de carga ajustado
para atingir a carga mxima em 60 30s.
Para Torquato (2008), a determinao dessa propriedade resume- se na
Resistncia que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de mdia densidade,
apoiado em seus extremos, oferece quando sujeito a uma fora aplicada em seu
centro at a sua ruptura.
-
33
4. METODOLOGIA
Este trabalho teve como base trs pilares de conhecimento para a elaborao
de um comparativo entre os painis de madeira MDF e MDP na indstria madeireira,
sendo eles, o conhecimento adquirido durante a graduao, as pesquisas a partir da
bibliografia existente sobre o assunto, experincias prticas adquiridas nos estgios
realizados e visitas tcnicas realizadas em indstrias moveleiras durante a
graduao.
Foram utilizados nesta pesquisa dados coletados de trs empresas
produtoras de painis de madeira reconstituda, encontrados em suas pginas
institucionais na internet, sendo elas, Eucatex, Duratex e Masisa.
Determinou-se necessrio a coleta de quatro dados de cada empresa,
referente s caractersticas de resistncias fsicas e mecnicas de painis de
madeira de espessura de 15mm, devido maior demanda por esse tipo de material
no mercado mobilirio, totalizando em doze coletas realizadas. O comparativo
direciona o estudo s aplicaes dos materiais em mveis, levando-se em conta
quatro fatores considerados mais relevantes para essa aplicao.
Foram avaliadas informaes de cada caracterstica nas diferentes empresas,
comparando- se com os valores das normas ABNT NBR 153162:2009 e ABNT NBR
148102:2006, resultando na apresentao do comparativo e realizando um indicativo
das condies de aplicao e uso dos materiais, nas diversas partes dos mveis.
Nos casos das resistncias fsicas e mecnicas, os ensaios realizado para
determinao dos valores, pelas empresas foram realizados conforme as Normas
Europias NP, EN 323:2000, EN 317:1993, EN 319:2002, EN 317:2002 e EN
310:1993.
-
34
5. RESULTADOS E DISCUSSES
Conforme abordado neste trabalho, ambos os materiais, MDF e MDP
possuem qualidades para uso e aplicao em mveis. Cada material possui sua
caracterstica especfica para ser utilizado de modo parcial ou completo, na
composio em mveis.
Para melhor aproveitamento do uso dos materiais em suas aplicaes, os
projetos devem ser elaborados conforme norma de uso, sendo que cada uma
apresenta suas caractersticas fsico-mecnicas especficas.
Considera-se necessrio definir corretamente todos os fatores relacionados
ao projeto, antes mesmo da escolha do material, como espessura necessria,
comprimento, largura das chapas e todas as condies, com os quais, os mveis
estaro sujeitos (umidade, calor, esforos mecnicos entre outros), pois, sero
essas que, somadas, resultam nos fatores decisivos para o uso correto e garantia de
sucesso da condio aplicada a cada material.
A Tabela 1 apresenta os dados comparativos entre valores das resistncias
fsicas e mecnicas dos painis de madeira de trs empresas produtoras de painis
de MDF e MDP no Brasil. Os dados referem-se a painis sem revestimento, com 15
mm de espessura.
Tabela 1. Resistncias fsicas e mecnicas dos painis de MDF e MDP.
PROPRIEDADES
EUCATEX
DURATEX
MASISA
Norma Brasileira
NBR
MDF MDP MDF MDP MDF MDP 15.316
-2 MDF
14-810-2 MDP
RESISTNCIA TRAO PERPENDICULAR MNIMA
EM N/mm2
0,55
0,35
0,55
0,35
0,70
0,35
0,55
0,35
-
35
RESISTNCIA FLEXO ESTTICA MNIMA EM
N/mm2
20
16
20,1
16
20
16
20
16
INCHAMENTO MXIMO (%)
EM HORAS
12 em 24h
8 em 2h
12 em 24h
8 em 2h
12 em 24h
12 em 24h
12 em 24h
8 em 2h
RESISTNCIA AO ARRANCAMENTO DE
PARAFUSO (mnimo) EM (N)
931.63
N
804.14
N
800N
800N
800N
900N
-
800N
Fonte: Duratex (2013), Eucatex (2013), Masisa (2013), ABNT NBR 15.316-2:2009 e NBR 14810-
2:2006
Conforme os dados da TABELA 1., observa- se que em algumas condies
sobre os dados das resistncias comparadas, o MDP apresenta valores menores
comparados ao MDF na maioria dos casos, como tambm em alguns casos
apresentam valores equivalentes ou at mesmo maiores, sendo em sua maioria, o
MDF apresentando valores maiores comparados ao MDP, nas caractersticas.
Os dados de resistncia flexo esttica do MDP em relao ao MDF
material em todas as empresas citadas comprovam que o painel apresenta menor
resistncia a esse tipo de esforo. Com base nos valores encontrados nas normas
ABNT, NBR 15316-2 e NBR 14810-2, os valores apresentam- se dentro dos padres
e atendem as normas.
Lembrando que o estudo presente relaciona o comparativo em painis com
espessura especfica de 15 mm, sem acabamento, sendo que pode haver
divergncia de dados, quando comparados outras espessuras e presena de
revestimentos.
Sabe-se que o MDF constitudo por fibras de mesmas propores em
relao as suas dimenses em sua composio, tornando o material homogneo,
resultado em uma distribuio de seus esforos proporcional ao longo de todo o
painel. Como abordado neste trabalho, a diferena de tamanho entre fibras e
-
36
partculas, compostas nas camadas dos painis de MDP resultam ao material,
valores de resistncias mais variveis.
Na fabricao do painel MDP utiliza-se menor quantidade de madeira na
produo de uma chapa comparado produo de uma chapa MDF, no entanto,
devido a rea de contato das partculas no painel apresentar-se maior,
principalmente na parte interna, resultando em menor rea superficial de contato
entre as partculas em relao s fibras do painel MDF que encontram-se
completamente unidas, com a superfcie de contato das fibras unidas todas
uniformemente. Os dados de resistncia trao perpendicular, dada Tabela 1,
comprovam melhores condies do painel MDF em relao ao painel MDP em todas
as empresas citadas. Apresentam resultados equivalentes aos das normas ABN,
NBR 15316-2 e NBR 14810-2, indicando que os painis encontram-se dentro das
normas exigidas.
Um dos fatores responsveis por estes resultados pode ser explicado pela
caracterstica do painel, apresentando maior unio de material uniforme colados
entre si. A proximidade dos elementos colados entre si e maior quantidade de
madeira e adesivo, fornecem consequentemente maior resistncia ao painel,
resultando em maiores resistncias de peas submetidas a esse esforo nos
mveis.
Ambos os painis so constitudos por madeira, contudo a relao de
absoro de gua depende de alguns fatores de composio do material, como
densidade, geometria de partculas, presena de resina, entre outros. Conforme os
dados da Tabela 1, a relao de inchamento dos painis no apresenta diferena
significativa entre os valores apresentados dos dois materiais nas diferentes
empresa, nesse caso. Havendo exposio e ou contato direto com a umidade, em
ambos os casos, resultar em problemas similares de inchamento. A
impermeabilidade do painel de madeira, sendo ela MDF ou MDP, pode ser evitado
aplicando ao painel, resinas com caracterstica impermeveis a umidade, evitando
-
37
contato direto da madeira com a gua, resultando em menor absoro dagua por parte das chapas.
Com base na Tabela 1, observa-se que os valores das resistncias ao
arrancamento de parafuso do painel MDF so menores que a do painel MDP
referentes aos dados da empresa MASISA. Porm os dados da empresa Eucatex
apresentam-se maiores no painel MDF em relao ao MDP. Baseado nos valores de
resistncia ao arrancamento de parafuso da norma ABNT, NBR 14810-2 o MDP
apresentado pela MASISA encontra-se superior.
-
38
6. CONCLUSO
A propriedade do painel de madeira, com base nos dados deste trabalho,
mostra- se diretamente ligada ao tipo de produto a ser utilizado.
Comprova- se o potencial de qualidade do painel de MDP para produo de
mveis, bem como o painel de MDF, sendo que o MDP deve ser utilizado em
prateleiras, divisrias, laterais, portas retas, fundo de mveis, frente de gavetas,
laterais de gavetas, tampos retos, tampos ps-formados e bases de gavetas. As
principais aplicaes dos painis MDF, alm de apresentar condies favorveis a
ser aplicado nas partes apresentadas no MDP, tambm podem ser aplicadas em
portas usinadas e portas com baixo relevo. Com base nos dados de suas
caractersticas fsico-mecnicas, obtendo- se melhores resultados e melhor
aproveitamento do material em seu uso.
Como sugesto para continuao deste trabalho, sugere-se realizao de
analise em laboratrio e realizar a comparao de dados de diferentes espessuras
de painis, sendo eles com e sem revestimentos. Os painis usualmente so
comercializados com revestimentos melamnicos, BP (Baixa Presso) ou FF (Finish
Foil).
Em muitos casos o MDP referenciado como material de baixa qualidade a
ser utilizado em mveis, porm ele apresenta caractersticas favorveis para essa
utilizao em diversas partes dos mveis, conforme citado acima, devidamente
projetado levando em conta a utilizao do mvel.
-
39
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ABIPA. Painis de Fibra de Mdia Densidade. Disponvel em: . Acesso em: 01 nov. 2013. ABIPA (Org.). Programa setorial da qualidade de painis de madeira. Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2013.
ABRAF (Brasil). Anurio estatstico da ABRAF 2012 ano base 2011. Braslia, 2012. 150 p. ABRAFLOR, Associao Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas. Anurio Estatstico da ABRAF 2013 - Ano Base 2012. Disponvel em: . Acesso em: 9 out. 2013. ABNT - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-14810/2006: Chapas de madeira aglomerada. Rio de Janeiro, 2006. 38p. ABNT - ASSOCIAO BRASILERIA DE NORMAS TCNICAS. NBR 15316-2: Chapas de fibras de mdia densidade. Parte 2: Requisitos. Rio de janeiro, 2006. CAMPOS, C. I.; LAHR, F. A. R.. Estudo Comparativo dos Resultados de Ensaio de Trao Perpendicular para MDF Produzido em Laboratrio com Fibras de Pinus e de Eucalipto Utilizando Uria-Formaldedo. Matria, So Paulo, v. 1, n. 9, p.32-42, 2004. DIAS, F.M. Aplicao de resina poliuretana base de mamona na fabricao de painis de madeira aglomerada. In: LAHR, F. A. R. Produtos derivados da madeira. So Carlos: EESC/USP, 2008. p. 37-160. EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. European Standard EN 310- Particleboards and Fiberboards Determination of modulus of elasticity in bending and bending strength. Bruxelas, 1993. EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. European Standard EN 317- Particleboards and Fiberboards Determination of swelling in thickness after immersion in water. Bruxelas, 1993. EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. European Standard EN 319 particleboards and Fiberboards determination of tensile strength perpendicular to
-
40
the plane of the board. Bruxelas, 1993. EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. European Standard EN 323 wood based panels determination of density. Bruxelas, 1993. BARROS FILHO, R. M. Painis aglomerados a base de bagao de cana-de-acar e resinas uria-formaldedo e melamina-formaldedo. 2009. 99 p. Dissertao (Mestrado em Engenharia de Materiais)-Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2009. BIAZUS, A.; HORA, A. B.; LEITE, Bruno Gomes Pereira. Panorama de mercado: painis de madeira. BNDES. Disponvel em: . Acesso em: 30 out. 2013. GONALVES, M.T.T. (2000). Processamento da Madeira. Editora Xerox Center - USC Bauru, 2000. IWAKIRI, Setsuo. Painis de madeira reconstituda. Curitiba: Fupef - Fundao de Pesquisas Florestais do Paran, 2005. 254 p. IWAKIRI, S.; STINGHEN, A. B. M.; SILVEIRA, E. L.; ZAMARIAN, E. H. C.; PRATA, J. G.; BRONOSKI, M.. Influncia da massa especfica sobre as propriedades mecnicas de painis aglomerados. Revista Floresta, Curitiba, v.38, n.3, p. 487 - 493, 2008. IWAKIRI, Setsuo et al. Produo de painis de madeira aglomerada de alta densificao com diferentes tipos de resinas. Scientia Forestalis, Curitiba, Pr, n. 68, p.40, 13 ago. 2005. Disponvel em: . Acesso em: 15 out. 2013.
JUVENAL, T. L.; MATTOS, L. L. G. O setor florestal no Brasil e a importncia do reflorestamento. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 16, p. 3 - 30, 2002. JUVENAL, TAS LINHARES; MATTOS, REN LUIZ GRIGON. Painis de Madeira Reconstituda. Disponvel em: . Acesso em: 15 set. 2013. LARA PALMA, H. A. Painis de madeira. Botucatu: UNESP, Faculdade de Cincias Agronmicas, 2009. 2009. 40 f. Apostila de aula. MATTOS, Ren Luiz Grion; GONALVES, Roberta Mendes; CHAGAS, Flvia Barros das. PAINIS DE MADEIRA NO BRASIL: PANORAMA E PERSPECTIVAS. 27. ed. Rio de Janeiro: Bndes, 2008.
-
41
MALONEY, T. M. Modern particleboard and dry-process fiberboard manufacturing. 2nd ed. San Francisco: Miller Freeman, 1993. 689 p. MENDES, R. F. Painis aglomerados produzidos com bagao de cana em associao com madeira de eucalipto. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 38, n. 86, p. 285-295, jun. 2010. NASCIMENTO, M. F. . Chapas de Partculas Homogneas - Madeiras do Nordeste do Brasil. In: Francisco Antonio Rocco Lahr. (Org.). Derivados da Madeira - Produtos. So Carlos: USP/EESC, 2008, v. 01, p. 93-116. PANORAMA de mercado: painis de madeira. Disponvel em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set32102.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2013. POBLETE, H. W. Tableros de partculas. Valdivia: El Kultrn, 2001. 177 p. SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA. Fatos e Nmeros do Brasil Florestal. So Paulo: 2006. 107p. TORQUATO, Luciane Paes. Caracterizao dos painis MDF comerciais produzidos no Brasil. 2008. 94 f. Dissertao (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paran, Curitiba, 2008.