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00959 1978 FL-PP-00959 , . 1,130 RDAG:EM SOBRE SISTEM.AS DE PROroÇÃO - O CASO IX) E3T.AJX) IX) PARÁ Eng~ Agrº Alfredo ôyama Homma ( 1 ) 1- INTROroçKOg Os agricultores utilizam na condução de suas lavouras um conjunto de práticesque definem o nível tecnológico de suas explorações. O conjunto de práticas preconizadas o sistema de produção. A utilização pelos agricultores de diferentes, sistemas de produção' para cada cultura ou grupo "de explorações? é eXplicada não só por fatores' econômicos e soci~is. As gariáveis econômicas como o tnrnanhoda propriedade, dotação de re cursos da empresa, relaç~o de preços insumos/produtos o preços relativos dos fotoros? oxercem influência na escolha do sistema de produção e nas con dições necessárias para que elo eeja el.~icaz. Características indiv~duais como, por exemplo, orientação ao risco nível de vida, participação social formal, aiBm de escolaridade G de nIDvel de conhecimento técnico influenciam tGnto as ~erspectivas que os empresari- os rurais tem de seus problemas quanto aos objetivos de seus empreendioen- tos, 8? por conseguinte, ~ escolha da tecnologia a ser utilizada. As características adafe-ecologi cas da propriedade, ou soja, solo ' e clima, sobre as quais é possível exercer pequeno controle concorrem para condicionar o sistema de exploração, as práticas culturais e o uso de deter minados insumos. No universo de agricultores poder-se-ia eJi~ar, portanto que cada' prCbdutor adota U~ sistema de explaraçãoo Define-so também a existência de ' " . sistemas de produção naturais e as artificiais. Verificamos neste universo de agricultoros que durante geraçõos tem plantado, criado? colhido o vivi- do variações de alta e baixa produti\~dadG e aqueles que estão usando efi- cientemente sous recursos. ( 1 ) Pesquisador do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópic o Úmido,Cai xa Postal, 48, Belóm 9 Pará. /

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009591978FL-PP-00959

, .

1,130RDAG:EM SOBRE SISTEM.AS DE PROroÇÃO - O CASO IX) E3T.AJX) IX) PARÁ

Eng~ Agrº Alfredo ôyama Homma ( 1 )

1- INTROroçKOg

Os agricultores utilizam na condução de suas lavouras um conjunto depráticesque definem o nível tecnológico de suas explorações. O conjunto depráticas preconizadas o sistema de produção.

A utilização pelos agricultores de diferentes, sistemas de produção'para cada cultura ou grupo "de explorações? é eXplicada não só por fatores'econômicos e soci~is.

As gariáveis econômicas como o tnrnanho da propriedade, dotação de recursos da empresa, relaç~o de preços insumos/produtos o preços relativosdos fotoros? oxercem influência na escolha do sistema de produção e nas condições necessárias para que elo eeja el.~icaz.

Características indiv~duais como, por exemplo, orientação ao risconível de vida, participação social formal, aiBm de escolaridade G de nIDvelde conhecimento técnico influenciam tGnto as ~erspectivas que os empresari-os rurais tem de seus problemas quanto aos objetivos de seus empreendioen-tos, 8? por conseguinte, ~ escolha da tecnologia a ser utilizada.

As características adafe-ecologi cas da propriedade, ou soja, solo 'e clima, sobre as quais é possível exercer pequeno controle concorrem paracondicionar o sistema de exploração, as práticas culturais e o uso de determinados insumos.

No universo de agricultores poder-se-ia eJi~ar, portanto que cada'prCbdutor adota U~ sistema de explaraçãoo Define-so também a existência de '

" .sistemas de produção naturais e as artificiais. Verificamos neste universode agricultoros que durante geraçõos tem plantado, criado? colhido o vivi-do variações de alta e baixa produti\~dadG e aqueles que estão usando efi-cientemente sous recursos.

( 1 ) Pesquisador do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópic o Úmido,Caixa Postal, 48, Belóm9 Pará.

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disponívois, mas a vordaüo o que estes s],stemaSáe proctuçao ado'nado s po.í.os

produtores' tOm tido condiçõee de adaptar as diversas condições cconomico -sociais o fisícos em transformação dinâmica.

O 'aproveitamento dosses sistemas naturais do produção consisto no

quo chamamos do posquisa natural, oriunda dos próprios agr-í.cul,toros, ondoportanto a idóia.do risco já está impllcita. Pesquisas nosontido dO'iden-tificar sistomas do produção natural adotados polos produtores o separar 'os mais eficientes em termos de renda e risco, tem sido dosenvolvidas porDILLON o AHDERSON ) •

No Brasik talvoz devido a poquena produção do pesqmisa adaptada ascondiçõos de produtor, coljl.oxoeç ào notável para algumas regiões e culturastem propiciado a adaptação do agricultor de críar seus próprios sistemas'de produção naturais,coDO podemos vor no processo histórico da nessa cconomia.

Na região amozoniGa este argumento tema bastante força ao eXarJ1i-'narmos a introdução das lavouras d.e juta o pimenta-do-reino, o mais recontononte da cultura de melão e mamão hawai, no qual todas ostas atividadesforam adaptadas de DOSD0 sem nenhum acervo tocnológico proveniente de ê~

instituições do posquisa regional, No cso particular da juta merco dest~quo especial, pois sendo uma cultura totalmente desconhecida dos produto-res e com série de técnicas ospeciQis, passou a ser incorporada como uma'atividade rotinoira aQ lomgo dos rias da Amazõnia, criando sistemas deprodução próprios? mesmo numa ópoca em que 11 difusão dess a nova lavoura'nao tove nehuma participação dE serviços dd oxtonsão e assistôncia tócni-ca ,

. Portanto a idl..ntificaçãodesses sistemas de produção naturais, I

soparando os mais efi.ci.orrt cs , e difundindo-os entre os demais produtores,realocando os fatores com vistas a elevar a produtividade do sistema P2dorá ser utilizado para promover o dosenvolvimonto rogional com uso deinstrumentos oxternos ao sistema como preços, comercialização, créditootc ,

Quanto aos sistemas de produção artificiais, roferem-se àquelesquo sao gerados nos centros de pesquisa o que posteriormente poderão serincorporados polos produtores. A extensão dosse aproveitamento doponde I

'Q~'uma série de variáveis na qual a decisão de risco e de custos estão t

presentes na escolha pelo produtor.Prooura-so neste documento? enfecar algumas aroas do Estado do

Pará? descr.evor a tipologia, do produtor a,algumas respostas quo os sistemas em uso poderiam dar a,incentivos extornos. Naparte final do doc~mento, alguns sist~as em desenvolvimento pela posquisa que poderiamter impactos .a cprto prazo.

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11- S1STHVIA DE PRowçKo NATURAL PAl"1ACULTURAS .I\JI1U1'US

1- lillálisodo sistoma de produção rogional arrozhfeijão/mandioca/milho/mal vai juta.

As produções ou áreas cultivadas de uma rogião ou Estado representamaquelas atividades que podoriam estar sendo dedicadas pelos produtores.

Assim? variáveis? tais cono? proximidades de morcado, preços competitivos, presonça do industrias90tc. 9 podem fazer variar a porporção da combinação dessas possíveis atividadea visando atender os sistemas mais favorá-'vois do ponto do vista do produtor.

Esto tipo do análise tem sido usado frequentemente para avaliar aprodutividade de recurso terra em sentido macro-regional. Mostra também as

possíveis combinações do culturam e/,ou criações e suas proproçõss relativasna composição de sistema de produção.

Em so tratando do Es:ado do pará9 parece ser válido efetuar esta análise para as culturas anuais. Tomamos assim as culturas de arroz9feijão9 mi-lho? mandioca9malva? e juta, considerando como indicador a atividade arroz ,

para as diversas micro-regiões homogeneas e algumas comparações com outrosEstados.

Pela análise do QUADRO 01 e com a ajuda de alguns conhecimentos empíricos do conserciação e rotação adotados pelos produtores? no que se rofore'à área? podemos cocluir:

reduzido aprovoitamento da área potencial para a cultura de feijão nas ,a

reas produtoras do malva9 que em tormo de Estado mostra um aproveitamento de

- a sequência milho/feijão prática eficiente? apresenta poquena utilização I

em ,termos de módica estadual é de 20% 9- para todas as culturas ostudadas, com execeção da mandioca apresentamas ~elativas inferiores à do arroz.

,are

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O,UA.D:;;J 01 - ":1.l12.1icoccrrpar-at.i.va d.e :::-;is"temé'ele pr-oduçáo regional para culturas

<::D.J.U2,ispar-a as micro-regiõos do Es'~o,do do l'ará 'tomando por indica, ;

-.--------. ---,-1-----,---- r--~--·-·I-IlITCRO-l1EGI0:rs ! },ILC~~ . I'I:r:;:"HO I Ii:-~Ij-rO LEluJLI °Ci\. lc MALVft 01

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EMJ3RAPAQU.A:DRO 02- Análise comparativa de sistema de produção regional para cul turas

anuais para as micro-regiões do Estado do ~ará tomando por indi-cador a produção de arroz (1976)

.,

MICRG-RIDIeJES ARROZ MILHO FEIJÃO l'fúilll)IOCA MALVA JUTA\. MÉDIO A]\:lAZONASPARAENSE 1 0,60 0,19 14~51 0,12 0,55

- T~\PAJ6S 1 O~18 0,08 1,67 0,001 .,...

- BAIXO ./Ij,iAZONAS -:: XINGÚ 1 0,12 0,02 0~23- FUROS 1 0,03 1,69 0,02- CAIv'IPOSIX) NIlillAJ6 1 9,14 0,36- BAIXO TOC~\NTINS 1 0,76 16,88 0,006- MARAR~ 1 0,70 2,53- .AIlAGUAIA PARAENSE 1 0,46 0,06 10,51- TOMÉ AÇU 1 0,62 28,61 0,04- GUAJARINA 1 0,86 0,11 15,94 2,21- SALGAIX) 1 0,60 0,12 19,23 0,96- BRAG.AJFfl1INA 1 0,96 0,18 19,57 0,96- ITISEU 1 0,30 2,74 1,24- PArW.< 1 0,48 o,C8 9,30 0,36 e,10

- lJ\'i1\.ZONAS 1 1,08 ~,40 80,00·' 11,20- PARi\..N.L\. 1 4~43 0,54 1,52- MINAS GERAIS 1 2~43 0,28 2,20

SEMBRAPA

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- Itrticipação :reJ.ativa. de diversas cultr.Jra.s so~ a P.rod.l!ção~nal. (~)

U J. T U N 1l. C'

ESTAJllOS JIJITCÍl'ICS,j

1!;~;\Dm;9.98- i ",'---~O i J'ffil"A k!SM.'li\f _'.l,~(~~~ .•.•_ .• ._--Santgrem 5~2 6,1 5,9 3~1A1enquror 2,3 8,3 3,4.-S.•D.Capin 4,0 5,9 5~~2C.A:r-a.emria 2,6B1r....,~ça 231 5,4

>u Ab2e-tc~ba 2,0liJ~a

il> s.r .Jl:ro.g\~L'..~n

::o BrevesWü:= 7,8

:>- I t.:ri:tubo.Preinha. 1,8HO!ltc Ale~ 2,1 4,4 0,7Ouroo 2,1 1,8 12,9Óbidos 2,1 5,6Juru-ti 2,2 7,f..c. PGÇO 1,7 10,7

"sJnjr;.QJn.mma 1,7..Acaro. 2,7h-i~vcD?t 3~5U.TirnbotQUil. 3,5C~~.fi'ê~ 2,5\h'i~,;;inifin 2,5Il'i1n.Uã :LO,7r,,:~'l.:itI) .~k!LI tacoatiatm. 0,2 0,3 °33 13,7 2,3

il> lhcdoJi\C±o:- 0,3 0,3 1,6:;s: ParintiJ;fJ 0,2 1,6 13,0 8,2~- .. B-""I'1"0 i:rinba 0,2 O~8 8,4

Autases 0,9 0",.[;t'l Silves 0,4o Canutama 0,6!z: Tllr:OI'~ 0]5il>

Manacap~ 0,4 18,8Nhamundá 0,4 4,8

CIl CacauaI'i 0,3Epi.xuna 0~2Anoei 4,3Codaj(e 4,6UcucUI'ituba 2,0

il> Rio Branco . 4,7 5,3 2,8 12,2Sena MadUI'. 2,1 2,4 0,8 2,5o C.do Sul 1,8' 2,6 1,5 5,.3

::o TaI'auacá 0,8 2,8trl F0ij~ 0,7

Xa;pu:ri 0,3

[.MacaJ: 0,1 0,2

Mazagão 0,3Amará 0,1Oiapoque 0,5

ROIUD1.!\. Boa Vista 0,9 1,0 112TOTAL REGIÃo NORTE 100,0 100,0 100,0 100,0 100JO 100,0

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- ~uando oomparamos oom'o Estado dq'Amazonasj verifioamos ~ alõa uõiliz~y~ude reourso terra para a oultura da juta e mandiooa, superiores 22 e 10 vezes à de arroz, respeotivamente;

se oomparamos 11 utilização' de reourso terra oom os Estado de Minas Geraise paramá9 verificamos a maior utilização de consorciamente milho/feijão, ena redução' da área para a oultura da mandioca.

NO QUADRO 02 podemos ver a análise oomparativa de sistemas regi~'onais, tomando por base a produção físic~, tendo oomo indioador a produção'de arroz g

- a mandioca apresenta-se como a oultura de maior produção relativa para atotalidade das mioro-regiões, sendo que para o Estado é superior 9 vezes à

produção relativa de arroz.- para todas as oulturas 000 exceção da mandiooa, apresentam produções relativas inferiores à de arroz;- para o Estado do Amazonas, a produção relativa da mandioca mostra ser superior 80 vezes ã produçaõ de arroz,denotando o alto indioe deste proQuto'na alimentação regional.

Para uma polí tioa de desemvolvimento regional seri!! interossanteassociar os sistemas de produção regionale:cistentos·oom as oonoentrações depr-oduçáo VÊsando obter a maior roeposta dos sistemas e/eu inoremen;j;arnQ4~Ias áreas de menor partioipação.

No que ,se refere à resposta de sistema de pr~dução regional aos,Lncontavos de preços, BRAl'mT ) em pesquisa oonduzida na região de San-tarém e extrapolando- se para o Estado do Pará e oonsiderando,que pouoas m~dificações teonológicas tem afetaào o sistema de produção vigentes, algumasoonsiderações podem àer feitas para arroz,milho e mandioea.

Assim, para uma variação (','J 1% no preço oorrigido de ar-r-oz , oapo-

ram varmações de 0,3% e 0,5% em produção de arroz, a ourto e a long~ prazo,respeotivamente para o Estado do PéU'::'; enquanto para o mum.c Ip í o de Santa-í

rém, as variações são de 0,3% e 1,5% em produção de arroz a curto e longe'prazo respeotivamente.

A instabilidé',dede preços pode ser oonsiderais uma daâ causas porque os produtores de arroz fazem ajustamentos de produ~ão relati v&rnentequenas a curto prazo. Sendo assim, a incerteza com que se defronta o produ-tor, oom relação a preços, dificulta o pl~Dejamento ra?ional da produção.

° coeficiente de elasticidade oruzada da oferta, relativa a preçode milho, revela a existência de complementariedade entre esses produtos •.1'\,_

orescimos no preço de miího tendem a cauaar acróssim~s na produção de arroz.A longe prazo, a produção estadual de arroz é altamente sensível'

as variaçõos de preços,do arroz, milho e mandioca e que, outras variáveis'~ermanecendo constantes, para uma variação de 1% no praço de arroz esper~

,~o "",..; ""nA'" .rl" 0.210 e 0,5% e 0,9% na produção de arroz no ano seguinte.

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\.

Isto jéÍ rico açorrtoco cora-a,cul turo. elo.nQJ:lclioéo.,~_visto·'.Quo.DS::to. eultuJ:'c,-[lbstr~1 cartrtor- compoti tiVG ccn, o.l)roeluçEoeLO arroz 9 isto aí.grrí.f'Lca '

Que acréscimos nos preços de mandioca em raiz tendem a provocar diminui-ção na produção de arroz. Paro. uma variação de 1% no preço do. mandioca esperam-se ver-í.açoes de 191% e195% na produção de arroz ~ no ano sOé,'Uintoom s8ntido contrário.

No que se refere à domanela9 as informações disponIDveis indico.m urnae1asticidado-preço da procura de arroz a nível atacadista a curto prazo,'da ordem ele 2,1 e a longe prazo 9 esta :beação à compras diante das var-í.a-"

ções de proços é ainda maior9 chegando a 491 aproximadamente para o munm-r ~J 'clpio de Santarom.

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QUADRO - APLICAÇÃO DE INOVAÇÔES TECNOLÓGICAS~'"

--

Proclu~ão FísicaCustos Totais Efeitos sobre

P1Aumonta P Pormanece2 constantG

C1 - P1 CI - P2Custos médiosVBP* Dopendo Aumenta

C1Aumenta Lucros ** Depende ConstantoTocnologiaDepondo Dí.mi.nuc

Dopo...'1.do--- __ U/AcQi távol:W.: ..~ ~- C2 - PI C2 - P2Custos módios

VEP Diminuo ConstantoC2 Permanoce Lucros Depende Constante

Constante Tecnologia Deponde Constanten -vr-, ~rLlB_______ __ Il1.Q..:Lf...9rc:1}Ji.sL __

IC - P C - P

Custos módios 3 1 3 2Diminue Diminue

C3 Diminuo :EBPu Dopond.e Constante

Lucrosl' Depondo klli10nta

Tecnologia..AcoiYovolDo;p or:lCl~_

* Valor Bruto da Produção'JH(- Di.f'or-cnçáa de ~:i? monos Cus tos Totais

P3 Diminue

CI - P3AwnentaDiminue ;1Diminue

-l-~..Qj.. tavól. C ,---,--' ------2 P3

AwncntaDependeDependo

_ N[Acoi tO-'TQ::;;.l _C - P3 3

DepondeDepondeDepende

Dop onde

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VII- REFERÍNCIAS

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