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Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos

PRODUTO: CIDENTAL LÍQUIDO Data de elaboração: 21/10/2011

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1 – Identificação do Produto e da Empresa

Nome do produto: CIDENTAL LÍQUIDO

Fornecedor/Fabricante Nome da empresa: Bimeda-Mogivet Farmacêutica S/A.

Endereço: Rod. Cônego Cyriaco Scaranello Pires, 421

Distrito Industrial, Monte Mor/SP

Telefone para contato: (19) 3879 7400/ 0800 555 408

2 – Identificação de Perigos

Perigos mais importantes: Produto inflamável. O produto pode causar depressão do sistema nervoso central, irritação do trato respiratório, dos olhos, parestesia e pneumonite por aspiração.

Efeitos do produto

Efeitos adversos à saúde humana: O produto pode causar irritação ocular e parestesia. A ingestão pode causar dores abdominais, confusão mental, diarreia, aumento da frequência respiratória e vômito. A inalação/ingestão do produto pode causar depressão do sistema nervoso central, resultando em tontura, dor de cabeça, tosse, náusea, perda da coordenação, constrição pupilar (miose), cãibras, hipersalivação, vertigem, dificuldade respiratória, convulsões, sudorese e inconsciência. O produto pode causar irritação no trato respiratório. A aspiração do produto pode causar pneumonite química e dano pulmonar. Este produto contém componentes que podem provocar efeitos tóxicos para órgãos do sistema reprodutor e para o feto.

Efeitos ambientais: O produto é altamente tóxico para organismos aquáticos.

Perigos físicos e químicos: Produto inflamável - pode inflamar-se facilmente com calor, fagulhas ou chamas. Os vapores podem formar misturas explosivas com o ar. Os recipientes podem explodir se aquecidos. Incêndios envolvendo este produto podem gerar gases tóxicos e irritantes como óxidos de nitrogênio, fósforo, enxofre, monóxido de carbono e dióxido de carbono.

Classificação de perigo (*):

Classe de perigo Categoria Palavra de advertência Frase de perigo Pictograma

Perigo por aspiração 1 Perigo Pode ser mortal por ingestão e por penetração nas vias respiratórias

Toxicidade sistêmica para órgãos alvos

específicos – exposição única

1 Perigo Causa inibição das colinesterases, afeta

gravemente o sistema nervoso central e o sistema respiratório

Toxicidade sistêmica para órgãos-alvo

específicos - exposição repetida

1 Perigo

Causa inibição das colinesterases, afeta gravemente o sistema nervoso central e

causa danos aos pulmões através da exposição repetida ou prolongada por via

inalatória



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Classe de perigo Categoria Palavra de advertência Frase de perigo Pictograma

Toxicidade à reprodução 2 Atenção

Suspeita-se que prejudique a fertilidade ou o feto

Lesões oculares graves/ irritação

ocular 2B Atenção Provoca irritação ocular Não exigido

Líquidos inflamáveis 3 Cuidado Líquidos e vapores inflamáveis

Toxicidade aguda - Inalação 3 Perigoso Tóxico por inalação

Perigoso ao ambiente aquático – agudo 1 Atenção

Evite a liberação para o meio ambiente. Recolha o material derramado.

Frases de precaução:

Armazene em local bem ventilado. Mantenha o recipiente hermeticamente fechado.

Armazene em local fechado à chave.

Aterre o vaso contentor e o receptor do produto durante transferências.

Caso a irritação ocular persista: consulte um médico.

Contate um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.

EM CASO DE CONTATO COM A PELE (ou o cabelo): Retire imediatamente toda a roupa contaminada. Enxágue a pele com água/tome uma ducha.

EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: Enxágue cuidadosamente com água durante vários minutos. No caso de uso de lentes de contato, remova-as, se for fácil. Continue enxaguando.

EM CASO de exposição ou preocupação: Consulte um médico.

EM CASO DE exposição: Contate um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.

EM CASO DE INALAÇÃO: Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em repouso numa posição que não dificulte a respiração.

EM CASO DE INGESTÃO: Contate imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.

Em caso de mal estar, consulte um médico.

Evite o acúmulo de cargas eletrostáticas.

Lave as mãos cuidadosamente após manuseio.

Mantenha afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. — Não fume.

Mantenha o recipiente hermeticamente fechado.

Não coma, beba ou fume durante a utilização deste produto.

Não inale as poeiras/fumos/gases/névoas/vapores/aerossóis.

Não manuseie o produto antes de ter lido e compreendido todas as precauções de segurança.

NÃO provoque vômito.

Obtenha instruções específicas antes da utilização.

Use luvas de proteção/roupa de proteção/proteção ocular/proteção facial.

Utilize apenas ao ar livre ou em locais bem ventilados.



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Utilize apenas ferramentas anti-faiscantes.

Utilize equipamento elétrico/de ventilação/de iluminação à prova de explosão.

Evite a liberação para o meio ambiente.

Recolha o material derramado.

(*) ABNT NBR 14725-2, Produtos Químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 2: Sistema de classificação de perigo (2009).

3 – Composição e Informações sobre os Ingredientes

MISTURA

Natureza química: Organofosforado (Fenitrotion), hidrocarboneto aromático (Metilbenzeno) e álcoois (Propilenoglicol e Álcool etílico).

Classe: Larvicida e repelente. Uso veterinário.

Ingredientes que contribuem para o perigo:

Nome CAS Concentração

Fenitrotion 122-14-5 6,8 g

Metilbenzeno 108-88-3 7,1 g

Propilenoglicol 57-55-6 8,3 g

Álcool etílico 96% 64-17-5 q.s.p 100 mL

4 – Medidas de Primeiros Socorros

Inalação: Remover a vítima para local arejado. Procurar um serviço de saúde, levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Contato com a pele: Remover roupas e sapatos contaminados imediatamente. Lavar a área atingida com água e sabão em abundância. Se houver irritação, procurar um serviço de saúde levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Contato com os olhos: Retirar lentes de contato, se presentes. Lavar os olhos com água corrente em abundância por 15 minutos, elevando as pálpebras ocasionalmente. Procurar um serviço de saúde levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Ingestão: Não provocar vômito. Lavar a boca com água corrente em abundância. Em caso de vômito espontâneo, manter a cabeça abaixo do nível dos quadris ou em posição lateral, se o indivíduo estiver deitado, para evitar aspiração do conteúdo gástrico. Procurar um serviço de saúde imediatamente, levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Notas para o médico: Tratamento sintomático e de suporte, de acordo com o quadro clínico. Antídoto: Atropina pelas vias intramuscular e/ou intravenosa, até atropinização leve. Nunca administre atropina antes do aparecimento dos sintomas de intoxicação. Podem ser administradas oximas, desde que em associação com a atropina. Realizar terapia tópica em caso de queimaduras.

5 – Medidas de Combate a Incêndio

Meios de extinção apropriados: Pequenos incêndios: Usar pó químico seco, dióxido de carbono (CO2), espuma ou água em forma de neblina. Grandes incêndios: Usar jato ou neblina de água, ou espuma, em todos os casos ficar a favor do vento para evitar intoxicação. Conter o escoamento das águas residuais para evitar contaminação ambiental.

Meios de extinção não recomendados: Não utilizar jato de água de forma direta.

Métodos especiais de combate a incêndio:

Afastar os recipientes da área do fogo se isto puder ser feito sem risco. Combater o fogo de uma distância segura ou utilizar mangueiras com



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suporte ou canhão monitor. Se isto não for possível, abandonar a área e deixar o material queimar. Resfriar lateralmente os recipientes expostos às chamas com água, mesmo após o fogo ter sido extinto.

Proteção das pessoas envolvidas no combate a incêndio:

Utilizar roupas de proteção adequadas no combate ao fogo e equipamento de respiração autônomo.

Perigos específicos da combustão: Produto inflamável. Incêndios envolvendo este produto podem gerar gases tóxicos e irritantes como óxidos de nitrogênio, fósforo, enxofre, monóxido de carbono e dióxido de carbono.

6 – Medidas de Controle para Derramamento ou Vazamento

Precauções pessoais

Remoção de fontes de ignição: Afastar de quaisquer fontes de ignição, chamas e calor.

Controle de poeira: Não aplicável, por se tratar de um produto líquido.

Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosa e olhos:

Produto inflamável. Utilizar equipamento de proteção individual (EPI). Evitar o contato do produto com a pele, olhos e mucosas. Não manusear embalagens rompidas, a menos que esteja devidamente protegido com a utilização do equipamento de proteção individual. Evitar o contato do produto com a pele, olhos e mucosas. Evitar a inalação de vapores deste produto. Não tocar nem caminhar sobre o produto derramado.

Precauções ao meio ambiente: Em caso de derramamento ou vazamento, conter imediatamente o material derramado e remover todas as fontes de ignição. Evitar a contaminação de bueiros, drenos e demais corpos d’água pelo produto derramado.

Métodos para limpeza: Isolar e sinalizar a área contaminada. Eliminar todas as fontes de ignição. Impedir fagulhas ou chamas.

Piso pavimentado: Absorver o produto com areia, terra ou outro material absorvente inerte não combustível. Recolher o material com auxílio de uma pá, evitando a formação de faíscas e colocar em recipiente lacrado e devidamente identificado, para descarte posterior. Lavar o local com água e sabão, tomando medidas preventivas para evitar a contaminação ambiental pelas águas residuais.

Solo: Retirar as camadas de terra contaminada, até atingir o solo não contaminado e proceder conforme indicado acima. Para todos os casos acima citados, o produto derramado não deverá mais ser utilizado. Neste caso, contatar a Bimeda-Mogivet Farmacêutica S/A. para devolução e destinação final.

7 – Manuseio e Armazenamento

MANUSEIO

Medidas técnicas apropriadas

Prevenção da exposição do trabalhador: Produto inflamável. Utilizar EPI. Evitar contato do produto com a pele e mucosas. Seguir as instruções de uso recomendadas na bula. Ao abrir a embalagem, faça-o de modo a evitar respingos.

Prevenção de incêndio e explosão: Manter o produto afastado de fontes de ignição e calor.

Precauções e orientações para manuseio seguro:

Manipular respeitando as regras gerais de segurança e higiene industrial. Utilizar somente as doses recomendadas. Não reutilizar as embalagens vazias. Não lavar embalagens em lagos, fontes, rios e demais corpos d’água. Observar o prazo de validade.

Medidas de higiene apropriadas: Não comer, não beber e não fumar durante o manuseio deste produto. Lavar as mãos e o rosto nos intervalos e após o trabalho. Tomar banho e trocar as roupas ao final do dia de trabalho.



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ARMAZENAMENTO

Condições adequadas: Armazenar as embalagens fechadas e em local fresco, seco e ao abrigo da luz solar. Armazenar o produto sempre em sua embalagem original e afastado de alimentos, bebidas, materiais de higiene pessoal e cosméticos. Manter o produto fora do alcance de crianças e animais domésticos.

Condições a serem evitadas: Temperaturas elevadas e fontes de ignição.

Materiais para embalagem

Recomendados: Frascos plásticos.

8 – Controle de Exposição e Proteção Individual

Parâmetros de controle específicos

Limites de exposição ocupacional: Fenitrotion: Não estabelecido pela ACGIH (2011).

Tolueno (Metilbenzeno): 20 ppm TLV-TWA (ACGIH, 2011).

Propilenoglicol: Não estabelecido pela ACGIH (2011).

Etanol (Álcool etílico): 1000 ppm TLV-STEL (ACGIH, 2011).

Indicadores biológicos: Tolueno (Metilbenzeno): o-Cresol na urina*: 0,3 mg/g creatinina (Final da jornada). Tolueno na urina: 0,03 mg/L (Final da jornada). Tolueno no sangue: 0,02 mg/L (Antes da última jornada da semana),

* Com hidrólise.

Medidas de controle de engenharia: Assegurar ventilação adequada no local de trabalho. Providenciar ventilação local exaustora onde os processos exigirem, chuveiro de emergência e lava-olhos.

Equipamento de proteção individual Apropriado

Proteção dos olhos/face: Óculos de proteção para produtos químicos.

Proteção da pele e do corpo: Roupas de proteção impermeáveis, avental de PVC, botas de borracha e luvas de PVC.

Proteção respiratória: Máscara de proteção com filtro apropriado.

9 – Propriedades Físicas e químicas

Estado físico: Líquido.

Cor: Violeta.

Odor: Característico de citronela.

pH: Não disponível.

Ponto de fusão: Não aplicável, por se tratar de um produto líquido.

Ponto de ebulição: Fenitrotion: 118 ºC a 6,66 Pa (0,05 mmHg) (O’NEIL et al., 2001). Metilbenzeno: 110,6°C (O’NEIL et al., 2001). Propilenoglicol: 188ºC a 1,0 x 105 Pa (760 mmHg) (US EPA, 2006). Álcool etílico: 78,5°C (O’NEIL et al., 2001).

Ponto de fulgor: ≤ 25ºC.

Taxa de evaporação: Não disponível.

Inflamabilidade: Fenitrotion: Material combustível: pode queimar, mas não inflamar facilmente (THE UNIVERSITY OF AKRON, 2010a). Metilbenzeno: Líquido inflamável (O’NEIL et al., 2001). Álcool etílico: Líquido inflamável (O’NEIL et al., 2001).



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Limites de explosividade superior/inferior:

Fenitrotion: Não disponível. Metilbenzeno: Superior: 7,1% / Inferior: 1,1% (HSDB, 2010b). Propilenoglicol: Superior: 12,5% / Inferior: 2,6% (HSDB, 2010c). Álcool etílico: Superior: 19,0% / Inferior: 3,3% (HSDB, 2011).

Pressão de vapor: Fenitrotion: 7,9 x 10-1Pa (6 x 10-6mmHg) a 20ºC (O’NEIL et al., 2001). Metilbenzeno: 3,8 x 103 Pa (28,4 mmHg) a 25°C (HSDB, 2010b). Propilenoglicol: 5,33 – 1,07 x 10 Pa (0,04 – 0,08 mmHg) a 20°C (US EPA, 2006). Álcool etílico: 7,9 x 103 Pa (59,3 mmHg) a 25°C (HSDB, 2011).

Densidade de vapor relativa (ar=1): Fenitrotion: Não disponível. Metilbenzeno: 3,1 (HSDB, 2010b). Propilenoglicol: 2,62 (THE UNIVERSITY OF AKRON, 2010c). Álcool etílico: 1,59 (HSDB, 2011).

Densidade relativa (ar=1): Fenitrotion: 1,3227 a 25ºC (HSDB, 2010a). Metilbenzeno: 0,87 (IPCS, 2004). Propilenoglicol: 1,038 (US EPA, 2006). Álcool etílico: 0,789 (ECB, 2000).

Solubilidade: Fenitrotion: Em água: 0,038 kg/m³ (38,0 mg/L) a 25ºC (HSDB, 2010a); solúvel na maioria dos solventes orgânicos (O’NEIL et al., 2001). Metilbenzeno: Ligeiramente solúvel em água; miscível em álcool, clorofórmio, éter, acetona, ácido acético glacial e dissulfeto de carbono (O’NEIL et al., 2001). Propilenoglicol: Em água: 1 x 10³ kg/m³ (1 x 106 mg/L) a 20ºC. Solúvel em benzeno, acetona, clorofórmio e éter (HSDB, 2010c). Álcool etílico: Miscível em água e em muitos solventes orgânicos (O’NEIL et al., 2001).

Coeficiente de partição n-octanol/água:

Fenitrotion: Log Kow= 3,30 (HSDB, 2010a). Metilbenzeno: Log Kow = 2,65 (OECD, 2001b). Propilenoglicol: Log Kow = -0,92 (HSDB, 2010a). Álcool etílico: Log Kow = -0,31 (HSDB, 2011).

Temperatura de auto-ignição: Fenitrotion: Não disponível. Metilbenzeno: 480°C (HSDB, 2010b). Propilenoglicol: 421,4°C (CETESB, 2003). Álcool etílico: 363°C (HSDB, 2011).

Temperatura de decomposição: Não disponível.

Tensão superficial: Não disponível. Viscosidade: Fenitrotion: Não disponível.

Metilbenzeno: 5,6 x 10-4 Pa.s (0,56 cP) a 25°C (HSDB, 2010b). Propilenoglicol: 5,8 x 10-4 Pa.s (0,581 cP a 20ºC) (HSDB, 2010c). Álcool etílico: Dinâmica: 1,17 x 10-3 Pa.s (1,17 cP) a 20°C; Cinemática (calculada): 1,48 x 10-6 m2/s (1,48 mm2/s) (HSDB, 2011).

Corrosividade: Metilbenzeno: Líquido não corrosivo (HSDB, 2010b). Não foram encontrados dados em literatura para os demais componentes da formulação.

10 – Estabilidade e Reatividade

Estabilidade química: Estável em condições normais.

Reatividade: Fenitrotion: Hidrolisável em meio alcalino (HSDB, 2010a).



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Metilbenzeno: Reage fotoquimicamente com óxidos de nitrogênio ou halogênios formando nitrotolueno, nitrobenzeno, nitrofenol e compostos halogenados (HSDB, 2010b).

Possibilidade de reações perigosas: Fenitrotion: Acima de 100°C, pode decompor-se explosivamente (THE UNIVERSITY OF AKRON, 2010a). Metilbenzeno: Forma uma mistura explosiva com o tetranitrometano. Reage violentamente com o trifluoreto de bromo congelado a -80°C (HSDB, 2010b). Álcool etílico: Agentes oxidantes como cloro, permanganatos, cromatos em solução ácida podem reagir violentamente com álcool e causar oxidação de materiais (HSDB, 2011),

Condições a serem evitadas: Fontes de luz, ignição e calor.

Materiais ou substâncias incompatíveis:

Agentes oxidantes, agentes redutores, cloretos, nitrato de prata, cloroformiato e tetranitrometano.

Produtos perigosos da decomposição: Óxidos de nitrogênio, fósforo, enxofre, monóxido de carbono e dióxido de carbono.

11 – Informações Toxicológicas

Toxicidade aguda: Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: DL50 oral (ratos): 250 mg/kg p.c. (RTECS, 2009a). DL50 dérmica (ratos): 1002 mg/kg p.c. (RTECS, 2009a). CL50 inalatória (ratos): 0,378 mg/L/4h (RTECS, 2009a).

Metilbenzeno: DL50 oral (ratos): 7530 mg/kg p.c. (O’NEIL et al., 2001). DL50 dérmica (coelhos): 12124 mg/kg p.c. (HSDB, 2010b). CL50 inalatória (ratos): 28,1 mg/L/4h (ECB, 2003).

Propilenoglicol: DL50 oral (ratos): 22000 mg/kg p.c. (OECD, 2001a). DL50 dérmica (ratos): 20800 mg/kg p.c. (OECD, 2001a; RTECS, 2009b).

Álcool etílico: DL50 oral (ratos): 7060 mg/kg p.c. (O’NEIL et al., 2001). DL50 dérmica (ratos): > 20000 mg/kg p.c. (EFSA, 2008). CL 50 inalatória (ratos): 124,7 mg/L/4h (ECB, 2000).

Corrosão/irritação da pele: Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: Não irritante dérmico (IPCS, 1991). Metilbenzeno: Provoca irritação dérmica leve em coelhos (ECB, 2003). Propilenoglicol: Não irritante para a pele de coelhos (OECD, 2001a). Álcool etílico: Não irritante dérmico (coelhos) (OECD, 2004).

Lesões oculares graves/irritação ocular:

Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: Leve irritante ocular (IPCS, 1991). Metilbenzeno: Provoca irritação ocular em coelhos (ECB, 2003). Propilenoglicol: Não irritante ocular em coelhos (OECD, 2001a). Álcool etílico: Moderado irritante ocular (coelhos) (OECD, 2004).

Sensibilização respiratória ou da pele: Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: Não sensibilizante dérmico (cobaias) (IPCS, 1991). Metilbenzeno: Não sensibilizante dérmico em cobaias (ECB, 2003). Propilenoglicol: Não sensibilizante dérmico para humanos (OECD, 2001a). Álcool etílico: Não sensibilizante dérmico em animais de experimentação



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(OECD, 2004).

Mutagenicidade: Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: Não apresentou potencial mutagênico em estudo in vitro e in vivo (IPCS, 1991; EPA, 1995). Metilbenzeno: Não apresentou potencial mutagênico em ensaios in vitro e in vivo (OECD, 2001b). Propilenoglicol: Testes in vitro e in vivo indicam que a substância não é genotóxica (OECD, 2001a). Álcool etílico: Não é possível avaliar se o etanol apresenta potencial de atividade mutagênica, pois os estudos disponíveis não apresentaram resultados adequados (IARC, 1998).

Carcinogenicidade: Fenitrotion: Não apresentou potencial carcinogênico em humanos (EPA, 1995). Metilbenzeno: Há evidências sugestivas de que não é carcinogênico em animais de experimentação. Não é classificado como carcinogênico para humanos (IARC, 1999; OECD, 2001b). Propilenoglicol: Não há evidências de potencial de carcinogenicidade para o propilenoglicol (OEDC, 2001a). Álcool etílico: Não há evidências suficientes de carcinogenicidade em estudos conduzidos com animais de experimentação. Porém, quando se considera o consumo de bebidas alcoólicas, relata-se que há evidências suficientes de carcinogenicidade para o homem (IARC, 1998).

Toxicidade à reprodução e lactação: Fenitrotion: Não foi teratogênico em estudos conduzidos com coelhos (IPCS, 1991). Metilbenzeno: Em estudos conduzidos com ratos foi observada diminuição na contagem de espermatozoides. Em humanos, o metilbenzeno tem sido relacionado a uma síndrome fetal caracterizada por anormalidades neurológicas quando ocorre exposição excessiva. Dados limitados indicam um risco aumentado de abortos espontâneos em humanos após exposição a esta substância (ECB, 2003). Propilenoglicol: Não há evidência de teratogenicidade ou efeitos reprodutivos em estudos conduzidos com animais de experimentação (OECD, 2001a). Álcool etílico: Estudos de toxicidade por via inalatória, conduzidos com animais de experimentação, demonstraram que o etanol não causou efeitos tóxicos à reprodução e ao desenvolvimento. O potencial de aparecimento de efeitos tóxicos para a reprodução e para o desenvolvimento no homem, pode ocorrer após o consumo excessivo de bebidas alcoólicas (OECD, 2004).

Toxicidade sistêmica para certos órgãos-alvo - exposição única:

Fenitrotion: Causa inibição da atividade da colinesterase no plasma, hemácias, cérebro e fígado e seu metabólito fenitrooxon tem ação aguda ainda maior (IPCS, 1991). Metilbenzeno: Após inalação, pode haver irritação local do trato respiratório. A exposição aguda por inalação de altas concentrações pode causar parestesia, distúrbios visuais, depressão e excitação do sistema nervoso central, narcose, cefaleia, tontura, irritação das vias respiratórias, disritmia cardíaca e inconsciência. Em casos extremos, pode ocorrer insuficiência respiratória (O’NEIL et al., 2001; IPCS, 2004). Propilenoglicol: Não foram encontrados dados em literatura referentes à toxicidade sistêmica para certos órgãos-alvo por exposição única. Álcool etílico: A inalação de vapores ou ingestão em grande quantidade pode causar irritação do trato respiratório e depressão do sistema nervoso central manifestada por sonolência, tontura, ataxia, tremores, falta de coordenação e hipoatividade (HSDB, 2011).

Toxicidade sistêmica para órgão-alvo Fenitrotion: Causa inibição da atividade da colinesterase (IPCS, 1991;



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específico - exposições repetidas: EPA, 1995).

Metilbenzeno: A exposição repetida pode causar efeitos tóxicos no fígado e rins. A exposição crônica a esta substância pode causar fraqueza muscular, arritmias cardíacas, distúrbios gastrintesinais, além de afetar o sistema auditivo. Em animais de experimentação, o sistema nervoso central sofreu perda neuronal e, em humanos, em concentrações muito altas, foram observados atrofia e efeitos neurofisiológicos (O’NEIL et al., 2001; ECB, 2003). Propilenoglicol: Não foram encontrados dados em literatura referentes à toxicidade sistêmica para certos órgãos-alvo por exposição repetida. Álcool etílico: Após exposições prolongadas ou repetidas, se ingerido pode promover danos ao fígado e, se ingerido ou inalado, efeitos ao sistema nervoso central, resultando em irritação, dor de cabeça, fadiga e falta de concentração (HSDB, 2011).

Perigo por aspiração: Metilbenzeno: A aspiração pode causar pneumonite química (IPCS, 2004; O’NEIL et al., 2001). Álcool etílico: Com base nos dados de viscosidade cinemática e por se tratar de um hidrocarboneto, esta substância pode apresentar perigo por aspiração e causar pneumonite química (HSDB, 2011). Não foram encontrados dados em literatura referentes ao perigo por aspiração dos demais componentes do produto.

12 – Informações Ecológicas

Efeitos ambientais, comportamentos e impactos do produto:

Ecotoxicidade:

Toxicidade para algas: Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: CE50 (72h): 1,3 mg/L (Raphidocelis subcapitata) (PPDB, 2010). Metilbenzeno: CE50 (96h): 400 mg/L (Selenastrum capricornutum) (ECB, 2000b). Propilenoglicol: CE50 (96h): 19000 mg/L (Selenastrum capricornutum) (OECD, 2001a). Álcool etílico: CE50 (96h): 10000 mg/L (Selenastrum capricornutum) (OECD, 2004).

Toxicidade para microcrustáceos: Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: CE50 (48h): 0,0086 mg/L (Daphnia magna) (PPDB, 2010). Metilbenzeno: CE50 (48h): 11,5 mg/L (Daphnia magna) (ECB, 2000b). Propilenoglicol: CL50 (48h): 43500 mg/L (Daphnia magna) (ECB 2000c; OECD, 2001a). Álcool etílico: CE50 (48h): 12340 mg/L (Daphnia magna) (EFSA, 2008).

Toxicidade para peixes: Não há dados para o produto formulado. Fenitrotion: CL50 (96h): 2,4 mg/L (Oncorhynchus mykiss) (HSDB, 2010a). Metilbenzeno: CL50 (96h): 13 mg/L (Lepomis macrochirus) (ECB, 2000b). Propilenoglicol: CL50 (96h): 46500 mg/L (Pimephales promelas) (OECD, 2001a). Álcool etílico: CL50 (96h): 12900 mg/L (Pimephales promelas) (HSDB, 2011).

Persistência e degradabilidade: Fenitrotion: É esperado que seja pouco persistente no solo (EPA, 1995). Metilbenzeno: É esperado que seja rapidamente biodegradado na



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superfície do solo e em ambientes aquáticos (HSDB, 2010b). Propilenoglicol: Rapidamente biodegradado no solo e na água (OECD, 2001a). Álcool etílico: Não é persistente no meio ambiente e é rapidamente biodegradado (OECD, 2004).

Potencial bioacumulativo: Fenitrothion: É esperado baixo a alto potencial de bioconcentração em organismos aquáticos (HSDB, 2010a). Metilbenzeno: É sugerido baixo a moderado potencial de bioconcentração em organismos aquáticos (HSDB, 2010b). Propilenoglicol: Sugere-se que não haja bioacumulação em organismos aquáticos (US EPA, 2006). Álcool etílico: Não é esperado que seja bioacumulativo (OECD, 2004).

Mobilidade no solo: Fenitrotion: É esperado que apresente baixa a moderada mobilidade no solo (HSDB, 2010a). Metilbenzeno: É esperada moderada a alta mobilidade no solo (HSDB, 2010b). Álcool etílico: É esperado que tenha alta mobilidade no solo (HSDB, 2011).

13 – Considerações sobre Tratamento e Disposição

Métodos recomendados para tratamento e disposição

Produto e restos de produtos: Não descartar o produto ou restos de produto em sistemas de esgotos e cursos d’água. Manter as eventuais sobras dos produtos em suas embalagens originais adequadamente fechadas. Métodos preconizados pela empresa para disposição de embalagens e restos de produtos: co-processamento e/ou incineração.

Embalagens usadas: Não reutilizar embalagens vazias. A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos no meio ambiente causa contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das pessoas. Observar a legislação local.

14 – Informações sobre transporte

Regulamentações nacionais e internacionais:

Transporte terrestre (*) Número ONU: 1993

Nome apropriado para o embarque:

LÍQUIDO INFLAMÁVEL, N.E. (Fenitrotion, Metilbenzeno, Propilenoglicol e Álcool etílico)

Classe ou subclasse de risco: 3

Número de risco: 30

Grupo de embalagem: III

*Decreto n°. 96.044 de 18 de maio de 1988. Resolução n° 420 de 12 de fevereiro de 2004.

Transporte marítimo (*) Número ONU: 1993


FLAMMABLE LIQUID, N.O.S (Fenitrothion, Methylbenzene, Propylene glycol and Ethyl alcohol)



Poluente marinho: No

Ems: F-E, S-E

*IMDG Code 2010 Edition (IMO – International Maritime Organization).



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Transporte aéreo (*) Número ONU: UN 1993


Flammable liquid, n.o.s (Fenitrothion, Methylbenzene, Propylene glycol and Ethyl alcohol)



*DGR IATA 52nd Edition, 2011 (Dangerous Goods Regulations – International Air Transport Association).

15 – Regulamentações

Nacionais: Esta Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) foi preparada de acordo com ABNT NBR 14725-4: 2009, versão corrigida 2: 2010. (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

16 – Outras Informações

Limitações e Garantias: As informações contidas nessa ficha correspondem ao estado atual do conhecimento técnico-científico Nacional e Internacional deste produto. As informações são fornecidas de boa fé, apenas como orientação, cabendo ao usuário a sua utilização de acordo com as leis e regulamentos federais, estaduais e locais pertinentes.

Referências bibliográficas:

AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH). Threshold Limit Values (TLVs®) and Biological Exposure Indices (BEIs®). Cincinnati, OH, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-1: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 1: Terminologia. Rio de Janeiro, Brasil, 2010. Versão corrigida.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-2: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 2: Sistema de classificação de perigo. Rio de Janeiro, Brasil, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-3: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 3: Rotulagem. Rio de Janeiro, Brasil, 2010. Versão corrigida.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-4: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 4: Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ). Rio de Janeiro, Brasil, 2010. Versão corrigida.

Banco de dados PLANITOX – The Science-based Toxicology Company.

BRASIL. Decreto n° 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 19 maio 1988.

BRASIL. Ministério dos Transportes. Resolução n° 420, de 12 de fevereiro de 2004. Aprova as instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 maio 2004.

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Abreviações: CAS - Chemical Abstract Service.

CE50 - Concentração efetiva do agente químico que causa inibição de 50% da biomassa em relação ao controle, nas condições de teste.

CL50 - Concentração que resulta em morte de 50% dos animais de experimentação.

DL50 - Dose administrada que resulta em morte de 50% dos animais de experimentação.

EPI - Equipamento de proteção individual. TLV-TWA - Limite de exposição – média ponderada pelo tempo (Exposure Limit -

Time Weighted Average).

TLV-STEL - Limite de exposição – exposição de curta duração (Short-Term Exposure Limit).

013021_CID_FISPQ

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