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Estratégias de Gestão do Risco de Incêndio Florestal, 18 de Março, Lisboa
O Risco dos Incêndios Florestais
Paulo FernandesDept. Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Área ardida
(1975-2008)
Recorrência do fogo (1975-2008)
IFN 2005-06Distribuição da carga de combustível fino (t/ha)
Mediana = 7,7 t ha-1
Pinheiro bravo
Pinheiro manso
Outras resinosas Eucalipto
0 10 20 30 40 50
Risco de incêndio e carga de combustível
Sobreiro
Azinheira
Carvalhos
Outras folhosas
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Risco de incêndio e tipo florestal
Capacidade de supressão do fogo em condiçõesmeteorológicas extremas
IFN 2005-06
Risco de incêndio e tipo florestal
Impacto do fogo em tipos florestais adjacentes
2005-06
Pinus pinaster Pinus sylvestris
Mato / Pinus pinaster – Quercus suber / Arbutus unedo Pinus pinaster – Quercus pyrenaica / Castanea
sativa
Pinus pinaster Pinus sylvestris
Caducifólias
Médias ajustadas para
• exposição do terreno• altura do povoamento• padrão de propagação
Risco de incêndio e tipo florestal
Impacto do fogo em tipos florestais adjacentes
Dano relativo na copa
0 20 40 60 80 100
Pinheiro bravo
Sobreiro, medronheiro
Resinosas de agulha curta do fogo
Risco de incêndio e estrutura florestal
Diferenças de combustibilidade entre tipos florestais são praticamente anuláveis pela correcta gestão do combustível e da estrutura do povoamento.
Fernandes (2009)
► Reduzir/modificar os combustíveis de superfíciee de transição
► Elevar a base da copa
Risco de incêndio e estrutura florestal
Pinus pinaster, Massif des Maures, França
► Elevar a base da copa► Diminuir a densidade de copas► Aumentar a proporção de árvores resistentes
ao fogo
Risco de incêndio e estrutura florestal
250 árvores ha-1
Área basal = 11 m2 ha-1
Intervalo de retorno do fogo = 6 anos
Pegarinhos, Murça
Desempenho DFCI (ajustado para as condições meteorológicas)
• Aumentos no perigo meteorológico, área ardida e emissões
• No Mediterrâneo: redução da área ardida e emissões nos cenários mais drásticos de
Os incêndios no clima do futuro
Cenário clima-uso do solo HadCM3-A2
drásticos de alteração climática
Thonicke et al. (2010)
Process-based LPJml-SPITFIRE
ecosystem model
O que é o risco de incêndio ?
Avaliação dos factores (fixos e variáveis) do piro-ambiente que determinam a facilidade de ignição, velocidade de propagação, dificuldade de controlo e o impacto do fogo (fire danger) (FAO)
combustível
Perigosidade (hazard)
Avaliação da componente do risco de incêndio respeitante à vegetação (combustível)
Que risco de incêndio ?
Componente fixa (estrutural): topografia, combustível
Componente variável (temporal): meteorologia
Dimensão espacial:
unidade de gestão, municipal, regional, nacional
Escala de avaliação
unidade de gestão, municipal, regional, nacional
Objectivos, factores e métodos distintos
Dimensão temporal: diária, sazonal
Risco de incêndio e protecção florestal
Componente fixa (estrutural): topografia, combustível
Escala mais local: unidade de gestão
Avaliação do combustível florestal
“É imprescindível ser capaz de avaliar a floresta do ponto de vista doseu potencial de fogo. Em termos figurativos é como vê-la através deuns óculos diferentes …”uns óculos diferentes …”
in Brown & Davies (1973)
combustível
Avaliação do risco de incêndio
Probabilidade de fogo
• Com base no histórico de áreas ardidas
• Factores implícitos: ignições, piro-ambiente, capacidadede supressão
Viabilidade da floresta Viabilidade da floresta
Verde & Zêzere(2007)
Avaliação do risco de incêndio
Perigosidade de incêndio (AFN)
• Combina probabilidadehistórica com susceptibilidade
• Susceptibilidade resulta da ocupação do solo e decliveocupação do solo e declive
Perigosidadex
Dano Potencial
= Risco
Avaliação do risco de incêndio
CRIF (IGP)
• Modelo empírico (Espanha) baseado em análisemulticritério
• Aplicação expedita
• Variáveis redundantes
• Ponderação subjectiva/arbitrária de variáveis
• Risco não interpretável
Avaliação do risco de incêndio
Métodos baseados no comportamento do fogo: NP 4406
•Objectivo e expedito
•Descrição estrutural do combustível
•Escala da parcela
Norma Portuguesa 4406 “Sistemas de Gestão Florestal Sustentável. Aplicação dos critérios pan-europeus para a gestão florestal sustentável”
Avaliação do risco de incêndio
Métodos baseados no comportamento do fogo
• Objectivos e interpretáveis (quantitativos)
• Avaliação do combustível
• Uso de simuladores
Probabilidade de ignição xComportamento do fogo (capacidade de supressão)
Risco ignição.shp1234
Inf_est.shp13456
N
EW
S
Maraofli.shp<500501 - 20002001 - 4000>4000
Inf_est.shp13456
N
EW
S
RISCO de IGNIÇÃO
COMPORTAMENTO do FOGO
VALORES
Avaliação do risco de incêndio
Métodos baseados no comportamento do fogo
VALORES em RISCO
CAPACIDADE de SUPRESSÃO
AMEAÇA
Avaliação do risco de incêndio
Avaliação do combustível: modelos de combustível
POCI/AGRI/61164/2004
Sardoal, Agosto 2007
Quercus robur
RoS = 0.3688 m/min
Hf = 0.3 m
Eucalyptus globulus
RoS = 0.3846 m/min
Hf = 0.7 m
Pinus pinaster
RoS = 0.3358 m/min
Hf = 0.6 m
Quercus suber
RoS = 0.1844 m/min
Hf = 0.2 m
18 modelos de combustível descrevem os espaços florestais de Portugal Continental
Avaliação do risco de incêndio
Avaliação do combustível: modelos de combustível
• Cartografia da perigosidade de incêndio
• Análise de alternativas de arborização
• Planeamento e análise de efectividade da silvicultura preventiva e gestão de combustíveis
Avaliação do risco de incêndioModelos de combustível: uso no âmbito da análise e mitigação do risco de incêndio
(Eucaliptal)
Sistema FWI (Canadiano) calibrado para pinhal bravo (Palheiro et al. 2006)
Classes de perigo indicam dificuldade de supressão
Avaliação do risco temporal de incêndio
Risco meteorológico de incêndio e área ardida
% área ardida
2003-2006
0,3
86,1
12,3
1,3
0,0
% área ardida (incêndios >500 ha)
-
Distribuição (%) da superfície ardida em Portugal (1998-2008) por classe de idade da vegetação e classe de dimensão do fogo.
0
100
200
300
Mea
n fir
e si
ze (h
a)
0 6 12 18 24 30
Fuel age (yrs.)
0
200
400
600
800
1000
Fire
siz
e C
V (%
)
0 6 12 18 24 30
Fuel age (yrs.)
Mitigação do risco de incêndio: efeitos da gestão?
vegetação e classe de dimensão do fogo.
Classe de dimensão
(ha)
Idade da vegetação (anos)
3-4 5-6 7-8 9-12 13-19 ≥20
10-99 0.4 2.2 4.0 11.0 17.1 65.3
100-499 0.3 2.5 6.5 13.4 21.1 56.2
500-999 0.0 1.3 6.3 19.0 23.1 50.4
1000-4999 0.0 0.3 4.9 8.5 18.1 68.2
≥5000 0.0 0.0 0.0 1.2 8.9 89.9
O efeito do combustível na probabilidade de incêndio é independente das condições meteorológicas
• Severidade e frequência do risco meteorológico
• Risco de ignição
• Taxa de acumulação de combustível
• Potencial comportamento do fogo
• Dificuldade de supressão do fogo
• Capacidade de detecção e 1ª intervenção rápidas
Protecção de povoamentos florestais contra incêndios
Determinantes do piro-ambiente
• Capacidade de detecção e 1ª intervenção rápidas
rede divisionalsilvicultura preventiva
Tratamento do combustível em faixas e(ou) mosaicos localizados estrategicamente e ocupando pelo menos 20% da área
Protecção de povoamentos florestais contra incêndios
“silviculturapreventiva”
silvicultura preventiva
corta-fogo arborizado
Adaptar a gestão florestal aopiro-ambiente