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Fale conosco | Redação: (82) 3033.2189 | Comercial: (82) 3325.2815 | Atendimento ao assinante: (82) 3033.5213 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br e d ição Ano 9 | Edição 468 | Maceió, Alagoas, 4 a 10 de junho, 2012 | R$2,00 PRIMEIRA Contra exploração de menores Preocupado com a exploração sexual de menores, o senador Renan Calheiros vai mobilizar lideranças do Congresso Nacional para aprovação do projeto que amplia a pena para casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. > A-8 Ninguém ganha a Mega-Sena Nenhuma aposta acertou a Mega-Sena deste sábado (2) e o prêmio desta 4ª feira (6), deverá ser de R$ 15 milhões. Foram sorteadas as dezenas 11 - 16 - 24 - 35 - 46 - 50. A Quina teve 32 acertadores e cada um vai levar R$ 45.243. "ALAGOAS É UM ESTADO REFÉM DE ASSALTANTES", AFIRMA DELEGADO "Alagoas está refém dos assaltan- tes". A declaração é do presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Antônio Carlos Lessa. "Nin- guém aqui está a salvo da violên- cia", diz ele. Outro delegado, Ro- bervaldo Davino, traça o roteiro dos bandidos presos por assaltos e arrombamentos. Já o criminalista Welton Roberto assinala que juízes e promotores tendem a ser mais ri- gorosos com o ladrão do que com o homicida. O PE tentou, mas não conseguiu, junto à Polícia Civil, da- dos sobre assaltos. > A-4 e A-5 Central de Polícia, na Av. Assis Chateaubriand, concentra trabalho de recepção e distribuição de bandidos presos em todo o perímetro da capital Luciana Martins Governo reduz, mas Assembleia resiste a ter menos militares Enquanto Teotonio Vilela reduz à metade os policiais à disposição do governo, a Assembleia Legislativa questiona se mandar 'alguns' militares para a rua vai ajudar a diminuir a criminalidade. > A-3 STF modifica 17 ª Vara, mas mantém colegiado de juízes O que mais a Ordem dos Advogados queria, não con- seguiu: tornar a 17ª Vara Criminal de Maceió inconsti- tucional. A decisão do STF manteve a essência: uma vara colegiada, atuando com cinco juízes. > A-7 Prisão apenas, para cor- ruptos, não adianta. Além de prender, tem que bus- car a devolução do dinhei- ro público roubado. É o que defende José Firmino de Oliveira, juiz de Direito aposentado e um dos líde- res da Comissão de Com- bate à Corrupção Eleitoral, da OAB/AL. Em entrevista exclusiva, ele comenta o caso Lula-Gilmar Mendes, defende a integridade dos ministros do STF e afirma que é cultural a tolerância do brasileiro diante da cor- rupção. “Será que Lula foi falar com Gilmar Mendes sobre Corinthians?”. A-6 Firmino diz que corruptos têm que devolver dinheiro público roubado Para líder de combate à corrupção junto à OAB, “prender, apenas, não adianta” Juiz José Firmino: “Corruptos têm que devolver o que roubam do estado” Luciana Martins Neymar some e Brasil perde do México: 2x0 > B-2 Diante do surgimento do ex-presidente Lula tentando 'melar o mensalão', o presi- dente do STF, ministro Car- los Ayres Britto, toma medi- das preventivas para blindar julgamento e evitar que sur- jam ‘imprevistos’'. > A-8 Efeito Lula: Supremo faz 'blindagem ao mensalão' Ministro Carlos Ayres Britto quer evitar que ‘imprevistos’ segurem mensalão Divulgação Após derrota para o Goiás, Galo enfrenta Atlético no próximo sábado 9 Divulgação Time do ASA já entra em campo nesta terça-feira contra o Joinville Divulgação Com a vitória de 3x2 sobre o Boa Esporte, neste sábado (2), o ASA somou 7 pontos e está no G-4 da Série B. Chorado, o gol da vitória saiu aos 43 minutos da etapa final. Nesta ter- ça-feira, o time de Lúcio Maranhão (ausente, por expulsão) enfrenta o Join- ville, em partida difícil fora de casa. > ESPORTES Instável na competição, o CRB vai receber o Atlético Paranaense, no próximo sábado (9), no Estádio Rei Pelé, depois de ter perdido para o Goiás por 1x0, pro- piciando-lhe a 1ª vitória na competição. > ESPORTES CRB ENCARA ATLÉTICO-PR APÓS PERDER PARA GOIÁS ASA ENTRA NO G-4 E PEGA JOINVILLE

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Edição impressa do dia 04 de junho

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Fale conosco | Redação: (82) 3033.2189 | Comercial: (82) 3325.2815 | Atendimento ao assinante: (82) 3033.5213 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br

ediçãoAno 9 | Edição 468 | Maceió, Alagoas, 4 a 10 de junho, 2012 | R$2,00

PRIMEIRAContra exploração de menores

Preocupado com a exploração sexual demenores, o senador Renan Calheiros vai

mobilizar lideranças do CongressoNacional para aprovação do projeto que

amplia a pena para casos de abuso sexualcontra crianças e adolescentes. > A-8

Ninguém ganha a Mega-Sena

Nenhuma aposta acertou a Mega-Senadeste sábado (2) e o prêmio desta 4ª feira (6),deverá ser de R$ 15 milhões. Foram sorteadas

as dezenas 11 - 16 - 24 - 35 - 46 - 50.A Quina teve 32 acertadores e cada

um vai levar R$ 45.243.

"ALAGOAS É UM ESTADO REFÉM DEASSALTANTES", AFIRMA DELEGADO"Alagoas está refém dos assaltan-tes". A declaração é do presidenteda Associação dos Delegados de

Polícia, Antônio Carlos Lessa. "Nin-guém aqui está a salvo da violên-cia", diz ele. Outro delegado, Ro-

bervaldo Davino, traça o roteirodos bandidos presos por assaltos earrombamentos. Já o criminalista

Welton Roberto assinala que juízese promotores tendem a ser mais ri-gorosos com o ladrão do que com

o homicida. O PE tentou, mas nãoconseguiu, junto à Polícia Civil, da-dos sobre assaltos. > A-4 e A-5

Central de Polícia, na Av. Assis Chateaubriand, concentra trabalho de recepção e distribuição de bandidos presos em todo o perímetro da capital

Luciana Martins

Governo reduz, masAssembleia resiste ater menos militares

Enquanto Teotonio Vilelareduz à metade os policiaisà disposição do governo, aAssembleia Legislativa

questiona se mandar'alguns' militares para arua vai ajudar a diminuir acriminalidade. > A-3

STF modifica 17ªVara, mas mantémcolegiado de juízes

O que mais a Ordem dosAdvogados queria, não con-seguiu: tornar a 17ª VaraCriminal de Maceió inconsti-

tucional. A decisão do STFmanteve a essência: umavara colegiada, atuandocom cinco juízes. > A-7

Prisão apenas, para cor-ruptos, não adianta. Alémde prender, tem que bus-car a devolução do dinhei-ro público roubado. É o

que defende José Firminode Oliveira, juiz de Direitoaposentado e um dos líde-res da Comissão de Com-bate à Corrupção Eleitoral,

da OAB/AL. Em entrevistaexclusiva, ele comenta ocaso Lula-Gilmar Mendes,defende a integridade dosministros do STF e afirma

que é cultural a tolerânciado brasileiro diante da cor-rupção. “Será que Lula foifalar com Gilmar Mendessobre Corinthians?”. A-6

Firmino diz que corruptos têm quedevolver dinheiro público roubadoPara líder de combate à corrupção junto à OAB, “prender, apenas, não adianta”

Juiz José Firmino: “Corruptos têm que devolver o que roubam do estado”

Luciana Martins

Neymar some e Brasil perde do México: 2x0 > B-2

Diante do surgimento doex-presidente Lula tentando'melar o mensalão', o presi-dente do STF, ministro Car-

los Ayres Britto, toma medi-das preventivas para blindarjulgamento e evitar que sur-jam ‘imprevistos’'. > A-8

Efeito Lula: Supremo faz'blindagem ao mensalão'

Ministro Carlos Ayres Britto quer evitar que ‘imprevistos’ segurem mensalão

Divulgação

Após derrota para o Goiás, Galo enfrenta Atlético no próximo sábado 9

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Time do ASA já entra em campo nesta terça-feira contra o Joinville

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Com a vitória de 3x2sobre o Boa Esporte, nestesábado (2), o ASA somou7 pontos e está no G-4 daSérie B. Chorado, o gol davitória saiu aos 43 minutos

da etapa final. Nesta ter-ça-feira, o time de LúcioMaranhão (ausente, porexpulsão) enfrenta o Join-ville, em partida difícil forade casa. > ESPORTES

Instável na competição, oCRB vai receber o AtléticoParanaense, no próximosábado (9), no Estádio Rei

Pelé, depois de ter perdidopara o Goiás por 1x0, pro-piciando-lhe a 1ª vitória nacompetição. > ESPORTES

CRB ENCARA ATLÉTICO-PRAPÓS PERDER PARA GOIÁS

ASA ENTRA NO G-4 E PEGA JOINVILLE

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012A2 | Política

CÂMARA

MUNICIPALA seis dias das convenções, partidosnão sabem quantos candidatos terão

Faltando seis dias para o iní-cio das convenções partidárias(prazo vai de 10 a 30 de junho),a Câmara Municipal de Maceiócontinua com seu número deintegrantes indefinido, o queameaça tumultuar o processoconvencional, já que os partidosnão sabem quantos candidatospoderão lançar.

Segundo o artigo 10 da Lein.º 9504/97, que estabelece asnormas gerais para as eleições,cada partido pode registrar can-didatos para a Câmara dosDeputados, Câmara Legislativa,Assembléias Legislativas eCâmaras Municipais, até cento ecinqüenta por cento do númerode lugares a preencher.

Significa dizer que, emMaceió, cada agremiação podelançar até 52 candidatos, caso ocolegiado permaneça com 21integrantes, mas esse universose ampliaria bastante se valessea decisão de aumentar o núme-ro de vagas para 31 - nessa hipó-tese, cada legenda poderia regis-trar até 77 postulantes.

Já em caso de coligação paraas eleições proporcionais, inde-pendentemente do número departidos que a integrem, pode-rão ser registrados candidatosaté o dobro do número de luga-res a preencher, ainda segundoa 'lei das eleições'.

INDEFINIÇÃOPartidos políticos estão reali-

zando consultas aos tribunaiseleitorais, mas até aqui nãohouve resposta oficial que aju-dasse a definir a composição daCâmara maceioense.

Atendendo a um pedido deexplicação do PTN, o TribunalRegional Eleitoral aos TREsdeliberar sobre o número devagas das Câmaras Municipais,cabendo tal definição ao próprioLegislativo através da LeiOrgânica Municipal, observadoo que dispõe a emenda 58.

Segundo a Constituição Fe-deral, a Câmara de Maceió podeter até 31 vereadores, mas paraque ela chegasse a esse número,saindo dos atuais 21, a LeiOrgânica Municipal teria de tersido alterada respeitando oprincípio da anualidade, ou seja,a mudança teria de ter sido ope-rada um ano antes das eleições.

Em 2009, já com a emendaconstitucional 58 em vigor, aCâmara maceioense chegou aaprovar uma mudança na LeiOrgânica do Município, masnão definiu uma nova composi-ção para o colegiado.

Diante da confusão reinan-te, o mais provável é que ospartidos registrem candidatu-ras com base no colegiado de 21vereadores, visto que, assimfazendo, não haverá risco decontestação ou de recursos con-tra o processo eleitoral porcausa do número de vagas naCâmara Municipal.

> SECOM E SEMAS

Podem ter sido as últimas 'mexidas'de Cícero Almeida em seu secretariado,faltando menos de sete meses para o tér-mino de seu segundo mandato, masforam mudanças que, em razão das cir-cunstâncias, não tinham como ser evita-das.

O prefeito nomeou o radialista ToniMelo para a Secretaria de ComunicaçãoSocial, uma semana depois que o jornalistaMarcelo Firmino decidiu pedir exoneração,em caráter irrevogável, encerrando um tra-balho iniciado em 2005.

A nomeação de Toni Melo saiu noDiário Oficial de terça-feira junto de outroato nomeando Francisco Araújo para a

Secretaria de Assistência Social (Semas).Responsável pelas ações que muda-

ram o cenário das políticas sociais nomunicípio nesses últimos dois anos,Araújo havia pedido exoneração dentrodo prazo de desincompatibilização paraconcorrer a uma vaga na Câmara deVereadores de Maceió.

Devido, entretanto, a injunções deordem partidária, surgidas de última hora,Cícero Almeida decidiu cancelar o projetoeleitoral de Araújo e convidá-lo para reas-sumir o comando da Semas.

Novo secretário de Comunicação, oradialista Toni Ramos era assessor de rela-ções públicas integrado ao Cerimonial da

Prefeitura, presença constante nos atos deassinatura de ordens de serviço e inaugu-rações de obras pelo prefeito CíceroAlmeida.

Além de Francisco Araújo, Cícero Al-meida escalou os secretários Cláudia Pes-soa (Turismo) e Thomaz Beltrão (Edu-cação), que também deixaram seus cargospara disputar as eleições.

Outro nome que vinha sendo cogitadopara concorrer a uma vaga de vereador, Jo-sé Pinto de Luna (ex-superintendente daPolícia Federal de Alagoas) preferiu per-manecer na administração municipal, ten-do sido transferido da SMTT para a Secre-taria de Segurança Comunitária.

Cícero Almeida pode ter feitoúltimas mudanças na equipe

> ATÉ AGORA

Anunciado reiteradas vezes (em algunsmomentos, com pompa e circunstância) oconcurso público da Câmara Municipal deMaceió até agora não saiu do discurso.

Antes de assumir a presidência daCasa, o vereador Galba Novais (PRB)garantiu que realizaria a seleção invocandoa necessidade de 'injetar sangue novo' noquadro de efetivos da Câmara.

No dia 21 de novembro de 2011, ele

anunciou que já estava adotando provi-dências para a realização do concurso:"A primeira-secretaria da Câmara estu-da os termos do edital para a realizaçãodo certame, que irá preencher todas asvagas ocupadas por servidores comis-sionados".

Em fevereiro de 2010, ao abrir os traba-lhos legislativos, Galba confirmou a reali-zação do concurso público no "parlamento-

mirim" ainda no primeiro semestre.Embora a Câmara mantenha uma folha

com mais de 500 comissionados (fantasmasque recebem sem trabalhar), o presidenteanunciou concurso para apenas 50 vagas, oque gerou a suspeita de que tudo não pas-sava de manobra política, o que tem se con-firmado, já que Galba está tentando saircandidato de qualquer jeito nas eleiçõesdeste ano.

Concurso da Câmara é só balela

Mais provável é que agremiações formalizem suas listas baseadas na atual composição de 21 vereadores

Cícero Almeida: ajustes na equipe, na reta final de seu egundo mandato O radialista Tony Melo assume Comunicação no lugar de Marcelo Firmino

fotos: Márcio Ândrei

Câmara de Maceió não tem ainda definido seu quantitativo de vereadores

Primeira Edição

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Oposição fará da violência oprincipal tema de campanhaSem adesão dos demais poderes, Teotonio reduz assessoria militar do governo

> ORDEM DO DIA

Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012 Política | A3

Romero Vieira Belo

Enfoque Político

ENTRE A CRUZ...

E o julgamento do mensalão? Se oSupremo afrouxar, será acusadode conluio. Se esticar a corda, seráacusado de cometer excesso parademonstrar independência. Fazero quê?

...E A ESPADA

A situação é mais delicada por-que, dos 11 ministros do STF, seisforam nomeados por Lula. Mais:os pares tendem a acreditar narevelação de Gilmar Mendes ouna negativa do ex-presidente?

E OS RESULTADOS?

A malfadada ideia de convocarpoliciais da reserva para substituirburocratas não mudou em nada ocenário da violência em Alagoas.Talvez, pelo que se vê, tenha atéagravado a situação.

CONDIÇÃO ESSENCIAL

Bandido não é bobo, sabe quandoo aparato policial está fragilizado.Por isso, convocar concurso públi-co e injetar sangue novo na segu-rança é condição essencial paramudar o que aí está.

LEMAS DA SITUAÇÃO

Os candidatos da situação àPrefeitura de Maceió vão marcharcom o lema 'cada um por si', mas sóno primeiro turno. No segundo, osvencidos empunharão a velha ban-deira do 'todos por um'.

COM OS PÉS NO CHÃO

Aliados do PSOL ainda vão tentarconvencer Heloísa Helena a dispu-tar a sucessão de Cícero Almeida.Esforço em vão. HH quer se reele-ger para tentar um voo mais altonas eleições gerais de 2014.

SUCESSO EM MARECHAL 1

Operando com equipamento ultramoderno (raridade aqui e nomundo), a Joplas se projeta comoexemplo de afirmação e cresci-mento do Polo Multifabril deMarechal Deodoro.

SUCESSO EM MARECHAL 2

No mercado há 10 anos, a Joplasé detentora do ISSO 9001 e ven-cedora de importantes prêmiosconferidos ao setor de compósi-tos, isto é, materiais de altíssimaresistência.

PENDÊNCIA ANTIGA NA ASSEMBLEIA

O Sindicato dos Servidores da Assembleia (STPLAL) vai pedir que a Mesada Casa solucione uma pendência crônica: há exatos 15 anos o Legislativoalagoano não paga o adicional de férias aos seus trabalhadores. Valendoassinalar - como observa o presidente Ernandi Malta - que a gratificaçãolegal (um terço do salário) prescreve a partir do quinto ano, segundo alegislação vigente.

AVISO AOS TIMONEIROS DE RÁDIO E TV

A resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não poderia ser mais clara:10 de junho de 2012 - "Data a partir da qual é vedado (proibido) às emis-soras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comen-tado por candidato escolhido em convenção (Lei nº 9.504/1997, art. 45, §1º)". O resto, portanto, é conversa puxada para encher horário radiofôni-co sem informação.

Lula peitou o ministro?Tantos foram os escândalos, nesses mais de nove anos de poder

central exercido pelo PT, que não escandalizou - mas obteve amplae grave repercussão - a bombástica revelação de que o ex-presidenteLula teria pressionado o ministro Gilmar Mendes, do STF, para'segurar' o julgamento da turma do mensalão.

Não escandalizou porque, escândalo mesmo - chocante e afron-toso - foi o próprio esquema de compra de votos no CongressoNacional, urdido para aprovação dos projetos governistas.

Evidente que, dado o estado de Lula (e mesmo pelo personagemque hoje ele encarna) constrange aos ministros Gilmar Mendes eNelson Jobim, até mesmo abordar assunto tão vexatório. Mas - semprejulgamento - o que levaria o ex-presidente do Supremo TribunalFederal a 'inventar' um relato de tal gravidade?

Chama mais atenção, no entanto, a coincidência da conversarevelada (e até confirmada por Lula, embora negando a tentativa depressão) e o momento de expectativa ante o iminente início do jul-gamento dos 40 réus denunciados no processo do mensalão.

Animal político que é, Lula (que indicou seis dos atuais onzeministros do STF), não peitaria Gilmar Mendes sapecando-lheuma proposta frontal ('me dê isso, que eu lhe dou aquilo'), mas nãoseria excesso de imaginação supor que, num diálogo aberto e priva-do, o ex-presidente tenha, a seu modo, tentando induzir Mendes a,por sua vez, persuadir seus pares a levar a decisão sobre o mensa-lão para, digamos, depois das eleições municipais.

Lula ainda é credor do respeito nacional, mas não seria o fim domundo se a versão do ministro Mendes viesse a ser confirmada nasua íntegra, por mais que isso corroesse a imagem do mito petista.

FRANCISCO ARAÚJO RETOMA AÇÕES DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

O retorno de Francisco Araújo ao coman-do da Secretaria Municipal de AssistênciaSocial evidencia a aprovação do prefeitoCícero Almeida às ações desenvolvidaspela Semas nos últimos anos. A gestão deAraújo (que teve em sua colega ElizaBarbosa uma substituta à altura) deu rumoàs ações sociais do Município. A ponto deprojetá-lo como opção acertada para con-correr à Câmara de Maceió, projeto,entretanto, cancelado na semana passadapor injunções de ordem partidária.

.GRUPO SE UNE A CÍCERO CAVALCANTE NA REGIÃO NORTE

Um grupo político de Porto Calvo procurou o atual prefeito de São Luiz doQuitunde, Cícero Cavalcante, para unir forças e formar uma frente políticapara as eleições municipais deste ano na região. O grupo fará oposição aocandidato Ormínio Huchôa. Já em São Luiz do Quitunde, está certa a can-didatura de Eraldo Pedro para prefeito (atual vice de Cícero Cavalcante)com Gilson Lima, vereador do município.

O brutal assassinato do mé-dico José Alfredo Vasco Tenóriorecolocou a violência na ordemdo dia, no exato momento emque os partidos se articulampara realizar as convenções quehomologarão seus candidatos àseleições municipais de outubro.

Homem pacato, aos 67 anos,José Alfredo Vasco foi mortocom um tiro nas costas por doisbandidos que, na tarde de sába-do passado, tomaram-lhe a bici-cleta enquanto ele passeava peloCorredor Vera Arruda, no StellaMaris (Jatiúca).

O atentado provocou como-ção na sociedade e, já na segun-da-feira, o governador TeotonioVilela anunciava ter pedidouma audiência com a presidenteDilma e o ministro da Justiça,José Eduardo Cardozo, pararelatar a situação da violênciaem Alagoas e, mais uma vez,pedir ajuda do governo federal.

Assassinatos são cometidostodos os dias, em Maceió e nointerior (mormente nas grandescidades), mas o assunto ganhadimensão quando surge umavítima que, mais do que simplesestatística, representa uma partí-cula da sociedade afrontada.

José Alfredo Vasco era umdos médicos mais queridos de

Alagoas, um profissional respei-tado e admirado por colegas epacientes, e foi assassinado sim-plesmente porque passeava comsua bicicleta no Stella Maris,como costumava fazer.

A sucessão estadual e a elei-ção para senador (apenas umavaga estará em disputa) só acon-tecerão em 2014, mas parece ine-vitável que o tema violência nãose transforme numa das bandei-ras dos que fazem oposição aogoverno Teotonio Vilela, duran-te a campanha eleitoral que seaproxima.

A violência que aí está nãopode ser atribuída ao governotucano - que na verdade herdouuma situação já praticamentefora de controle - mas os adver-sários de Vilela sabem que nãoserá fácil para os governistassustentar um discurso convin-cente debitando na conta degovernos passados a onda decrimes que transformou Ala-goas num recordista nacionalem homicídios.

Depois de uma série de ses-sões da Assembleia Legislativadebatendo os rumos da violên-

cia no Estado, a Câmara deMaceió aderiu ao tema e, já naterça-feira (29), os vereadores sereportaram para lamentar oatentado ao médico José Alfredoe para pedir ações mais práticase eficazes por parte do governo.

Os pronunciamentos masenfáticos foram feitos pelo presi-dente Galba Novais e pelo pas-tor João Luiz, que afirmou: "Nãobasta acionar a Polícia para com-putar crimes e apresentar dados;é preciso investigar cada umpara que seus autores sejampunidos".

Polícia na rua: para quem entende (e até para leigos) é o remédio eficaz para conter o avanço da criminalidade

Márcio Ândrei

Teotonio corta assessoria, maspoderes não seguem exemplo

Além de viajar a Brasíliapara pedir socorro a presidenteDilma Rousseff, o governadorTeotonio Vilela determinou quea metade dos militares à disposi-ção da segurança do Palácio doGoverno fosse devolvida àCorporação para se reintegrar àluta contra o crime.

Diante de uma constataçãoindiscutível - a insuficiência doefetivo das Policias Militar eCivil - o governador volta ainsistir na redução do númerode policiais postos à disposiçãodos poderes, isso depois de terdecidido reconvocar policiaisreformados para realizar o tra-balho burocrático, mandandoseus agentes para as ruas.

A questão é que AssembleiaLegislativa, Tribunal de Justiça eTribunal de Contas não aceitamabrir mão de seus contingentesde policiais, sob qualquer argu-mento. O Poder Legislativo, porexemplo, mantém uma assesso-

ria militar com 70 homens, e nãoconcorda em ceder nenhum de-les, tanto que os deputados rejei-taram o projeto de lei do Exe-cutivo que reduzia a quantidadede militares integrantes dessasassessorias.

A proposta encaminhada aoLegislativo foi defendida peloConselho Estadual de Seguran-ça, mas não se sensibilizou osparlamentares, até porque mui-tos deles apadrinham militaresque passam a vê-los como'patronos', porque se livram daluta contra bandidos e aindaganham gratificação da ALE.

As a redução tivesse sidoaprovada, o policiamento osten-sivo e as rondas pela cidade teri-am sido reforçados com a reinte-gração de 337 policiais atuantesnas assessorias militares.

Diante do agravamento dasituação, Teotonio Vilela resol-veu cortar na própria pele redu-zindo à metade o contingente de

160 policiais que fazem a segu-rança do Palácio do Governo ede outros órgãos subordinadosao Poder Executivo.

Em Brasília, durante a reu-nião com a presidente Dilma, ogovernador Téo Vilela defendeu

que o governo federal dispensea Alagoas o mesmo tratamentoconferido ao Rio de Janeiro, emmatéria de ajuda para combatera violência, "guardadas as devi-das proporções", como enfati-zou.

Teotonio Vilela decidiu mandar para às ruas 50% de sua assessoria militar

Divulgação

Téo reduz assessoria militar,mas exemplo não é seguido

Mais uma vez na contra-mão da opinião pública, a pre-sidência da Assembleia Le-gislativa resiste em liberar poli-ciais da burocracia para refor-çar o policiamento ostensivoem Maceió, cidade hoje sitiadapela ação ousada e incessantedos bandidos.

Enquanto o governadorTeotonio Vilela (PSDB) ante-cipou-se na iniciativa de redu-zir à metade a assessoria militardo Executivo, o presidente daALE, deputado Fernando To-ledo (PSDB) diz que "precisarianegociar a situação para evitarfalhas na segurança do Legis-lativo".

Seguindo o exemplo do go-verno, o Ministério Público Es-tadual (MPE) resolveu devol-ver, pelo menos, 14 policiais, deum total de 30 a serviço da ins-tituição. O governo está abrin-do mão de 70 integrantes da

Polícia Militar (metade de seucontingente). Tribunal de Jus-tiça e Tribunal de Contas aindanão se manifestaram sobre oassunto.

Segundo Fernando Toledo,a assessoria militar da Assem-

bleia tem atualmente 70 poli-ciais (ao que se sabe, todos indi-cados por parlamentares) e quetrocaram a atividade fim - com-bate à criminalidade - pela vidatranquila dos gabinetes, e aindaassim com direito à gratificação.

Em vez de devolver partedos policiais, Toledo preferiuquestionar afirmando não sa-ber "se a devolução desses mili-tares da Assembleia Legislativaresolverá a questão da seguran-ça pública".

- Precisamos avaliar - disse -qual o impacto a transferênciadaria nas ruas. A PM tem umefetivo ostensivo de mais decinco mil homens e ainda nãoposso constatar se devolver osque temos no Legislativo darásolução ao problema da violên-cia.

Já o procurador-geral deJustiça, Eduardo Tavares, soli-dário com a batalha contra ocrime, afirmou: "Entendo que émais importante o policial mili-tar estar na rua, embora devareconhecer que, estando à dis-posição do MPE, ele tambémestá prestando um serviço paraa sociedade".

Fernando Toledo questiona: “Liberar alguns militares, resolve o problema?”

Divulgação

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012A4 | Cidades

Outro delegado, Robervaldo Davino, titulardo 4º Distrito Policial da Capital, revela que todosos flagrantes feitos na capital vão para a central depolícia. "Quem faz o flagrante é o delegado deplantão ou os delegados que dão expediente naCentral de Polícia, que são dois. Eles fazem o pro-cedimento, que é o flagrante, e encaminham oinquérito para o Distrito e o preso para a Casa deCustódia, caso o meliante tenha de permanecerpreso".

Roberval Davino garante que ninguém podeficar preso na Central de Polícia. Ele (o marginal)fica ali, na cela, somente enquanto está sendo feitoo procedimento. Se for antes das 18hs é encami-nhado para a Casa de Custódia; se for após as 18hssomente no dia seguinte ele é transferido. "Apósas 18hs a Casa de Custódia não recebe preso, ques-tão de segurança. Na Central não fica ninguémpreso. Hoje só fica preso na Casa de Custódia".

O delegado assegura que na capital e nas dele-gacias da grande Maceió não existem mais celas:

prendeu, encaminha para a Casa de Custódia.Estando na Casa de Custódia, o preso é transferi-do para o sistema prisional antes de ser julgado."Normalmente na Casa de Custódia ele não passanem oito dias, a depender da periculosidade. Nomesmo dia ele já segue para o sistema prisional".

Hoje na capital existe o Sispol - um sistema deinformações policiais criado em 2003, onde é pos-sível acessar a trajetória de vida do indivíduopreso. Então, dependendo do número de entradase procedimentos a que ele responde, e se mantidopreso, sem direito a fiança, ele é encaminhado àCasa de Custódia e imediatamente transferido aosistema prisional, a depender da periculosidade."Até oito dias esse preso é transferido, por isso, aCasa de Custódia nunca está lotada, há sempre e

essa rotatividade".Ao chegar ao sistema prisional, para sobrevi-

ver o preso se 'socializa' e aí começam os proble-mas. "Digo isso com certeza absoluta pelas pes-soas que prendemos na nossa área. Um exemplo é

o Ediano Alves de Brito, conhecido como Diu quefoi preso há três anos por ter feito pequenos furtosFoi encaminhado ao sistema prisional, liberado epreso novamente por assalto a banco. Ou seja, eleaprendeu no sistema prisional ou fez amizadecom bandidos de alto periculosidade e está presohoje por assalto a banco. É assim que acontece,infelizmente a tendência é aumentar".

Questionado sobre como conter a incidênciade assaltos, Robervaldo Davino afirma que écomplicado porque a população cresceu muitogrande e a tendência natural é aumentar mais."Há um índice de desemprego muito grande, osproblemas sociais são enormes, o Estado comoum todo não tem dado a assistência que o cida-dão precisa e aí o próprio Estado é responsávelpor esse caos na estrutura social. É onde se origi-nam os problemas de assaltos, homicídios e oestigma das drogas que levam o usuário a prati-car crimes para adquiri-las ou a morrer se nãopuder pagá-las".

Para o experiente delegado, talvez o que estejasendo divulgado não seja 100% do que está ocor-rendo. "Tem muito mais roubos, muito mais assal-tos e furtos e as pessoas não vêm à Polícia porquesabem que não vão encontrar solução. Infeliz-mente, essa é nossa dramática realidade".

Para Davino, a crucial questão das drogas temoutra implicação: "Se não há um combate efetivoao tráfico de drogas, que não é responsabilidadeda Polícia Civil nem da Militar, se não são impedi-das de entrar pelas fronteiras, pelos portos, aero-portos, as pessoas irão consumir e com o consumoeles irão praticar o furto, o roubo e outros tipos decrime".

Além das drogas há também o tráfico de ar-mas que passam pelas fronteiras que estão aber-tas. "É muito fácil entrar com qualquer coisa queas pessoas queiram porque não existe uma fiscali-zação eficaz; por isso, entram armas, drogas edessa forma aumenta o índice de criminalidadenos estados e no país inteiro".

VIOLÊNCIA

NO ESTADO"Alagoas está refém dos assaltantes",admite líder dos delegados da PolíciaPara Carlos Lessa, maré de assaltos resultado da falta de estrutura humana e operacional das Polícias Civil e Militar

Luciana MartinsRepórter

"A população está refém dosassaltantes. Estamos diante dafalência da segurança públicaem Alagoas". A declaração, emtom desesperado, não é de nen-hum político de oposição, masdo presidente da Associaçãodos Delegados de Polícia doEstado (ADEPOL-AL), delega-do Antônio Carlos Lessa.

Refém porque os assaltos,arrombamentos e invasões do-miciliares não param e ninguém- nem Polícia nem sociedade -enxergam uma saída, uma luz,tênue que seja, no fim do inter-minável e tenebroso túnel daviolência.

Para o delegado AntônioLessa, a causa precípua da inse-gurança tem diagnóstico defini-tivo: falta de investimento nasegurança pública, o que, aolongo de anos, tem contribuídosobretudo para o aumento nonúmero de assaltos.

Desolado, ele admite que,nos dias atuais, aqui em Maceió,não há um horário específicoque possa ser considerado maisperigoso: "Os assaltos estãoocorrendo a qualquer hora dodia e da noite. Existem gruposde assaltantes que estão invadin-do as residências às seis horas demanhã, praticam o roubo, levamos objetos e muitas vezes che-gam a assassinar as vítimas"

Parece uma ideia fixa, mas éo entendimento de quem conhe-ce o terreno onde pisa: "Se nãohouver investimento na segu-rança pública, ampliando o efe-tivo, equipando e preparandonossos homens da Polícia Mi-litar e Polícia Civil, a tendência épiorar o que já atinge níveis in-toleráveis" - afirma o delegadoLessa, pontuando: "Justamentepor isso, Maceió hoje é a capitalcom maior índice de violênciano país".

Mas, nesse cenário obscuro,há algo que a sociedade nãoconsegue entender: qual a traje-tória dos assaltantes? Presos,vão para onde? Recolhidos a ce-las de delegacias? Trancafiadosem presídios abarrotados? Sãojulgados? Quanto tempo ficampresos?

E a velha máxima de que aPolícia prende e a Justiça solta?

Não há respostas claras paraessas questões. O que se sabe éque todos os dias a Polícia pren-de assaltantes, e eles não saemde circulação. É como se fossemprodutos de uma 'fábrica', comreposição incessante. Eles aindatêm o poder da ubiqüidade -estão em toda parte ao mesmotempo. A situação é de total des-controle. E não existe respostapara a questão mais crucial; Porque os assaltantes são presos e o

número deles em ação não dimi-nui nunca?

A polícia militar, segundoo delegado Antônio Lessa, deforma precária ainda realizaalgumas prisões e e os bandi-dos são encaminhados àPolícia Judiciária para que sejafeito o flagrante, "mas a PolíciaCivil não tem conseguido aten-der essa demanda por falta deestrutura".

Na quinta-feira, ainda sob oclima de comoção pelo assassi-nato brutal do médico José Al-fredo Vasco Tenório, o governa-dor Teotonio Vilela (sem se refe-rir à demora dos processos sub-metidos à Procuradoria Geraldo Estado), garantiu que os con-cursos públicos da Polícia Civile Polícia Militar começam jáneste mês de junho.

Paralelamente, o governoespera receber a ajuda federalsolicitada, em audiência em Bra-sília, ao ministro da Justiça, JoséEduardo Cardozo, que se com-prometeu a agir em parceriacom o Estado para atender aoclamor dos alagoanos por segu-rança.

Poderá ser o começo daquiloque, para Antônio Carlos Lessa,é condição imprescindível à me-lhoria dos resultados da segu-rança pública: investimento,com um projeto para a Secreta-ria de Defesa Social.

Lessa está certo ao afirmarque não adianta culpar a PolíciaMilitar e/ou a Polícia Civil, ou oConselho de Segurança cobraraos delegados de polícia a metade 10 inquéritos por mês, sem oessencial, que é investimentopara que o aparato policial pos-sa trabalhar. "Estamos em deca-dência, caminhamos para a ex-tinção da Polícia Civil em Ala-goas".

Mas Lessa também vê o ou-tro lado da questão e reforça queo investimento tem quer ser feitonão somente na segurança públi-ca, mas também no social, naeducação, na saúde, na geraçãode emprego. "A gente vê muitosmenores, adolescentes sem pers-pectiva de trabalho e as escolassem atividades ocupacionais e oresultado é que esses jovens aca-bam sendo atraídos pelos trafi-cantes que passam a oferecerdinheiro fácil bancado pelo tráfi-co e comércio de drogas".

Mostrando-se impotentediante dos fatos, o líder daAdepol conclui: "A sociedadenão agüenta mais viver refémda violência. Hoje, todo alagoa-no corre o risco de ser vítima daviolência. Então, só resta pedir aDeus que o pior não aconteça,porque, se acontecer, será difícila Polícia Judiciária investigar,apurar e apresentar um resulta-do positivo, por absoluta faltada estrutura de trabalho".

Central de Polícia, na Av. Assis Chateaubriand: bandidos (assaltantes, assassinos) são levados para lá e distribuídos para Casa de Custódia ou presídios

Luciana Martins

Luciana MartinsMiguel Goes

Delegado Antônio Carlos Lessa: “Hoje, nossa segurança depende de Deus” Robervaldo Davino: “É preciso conter o tráfico de armas e de drogas”

Roteiro dos bandidos, depois de presos

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012 Cidades | A5

> SEM SOLUÇÃO

‘A volta dos que não foram’: Sinimbu de novo ocupada

VIOLÊNCIA

EM DEBATECriminalista: "Juiz é mais rigorosocom ladrão do que com homicida""É que o magistrado, o promotor, sempre tem um parente, um amigo que já foi vítima de assaltantes", diz advogado

Luciana MartinsRepórter

Em relação ao destino dosassaltantes, o criminalistaWelton Roberto explica: "A pri-são em flagrante não significaque ele vai ficar preso durantetodo processo, mas, se for crimede roubo ou assalto à mão arma-da há uma possibilidade muitogrande de que ele respondatodo esse processo preso".

Segundo o especialista, exis-te uma pesquisa revelando que émais fácil o juiz libertar umpreso por homicídio do que umpreso por roubo, por incrívelque pareça. É que, geralmente, ojuiz ou promotor sempre temum parente, um amigo vítimade um roubo, e não de homicí-dio.

Na verdade, revela o advo-gado, a certeza de que aqueleindivíduo tenha cometido ocrime de roubo é maior se com-parada àquele que cometeu ohomicídio, porque neste segun-do caso paira uma dúvida, se elecometeu ou não. "Por isso é maisfácil conseguir a liberdadedaquele cometeu o homicídio".

O advogado admite que,nem sempre, a defesa é no sen-tindo de absolvê-lo, mas no sen-tido de retirar uma qualificado-ra ou de mostrar que ele come-teu aquele assalto pelo envolvi-mento com as drogas. "Hoje amaioria dos roubos que estão

acontecendo em Maceió temcerto envolvimento com drogase isso pode dar uma semi-imputabilidade para o supostoinfrator".

De acordo com Welton Ro-berto, a legislação determinahoje que um procedimento cri-minal se encerre em 90 dias.Passados os 90 dias, se o supos-to infrator ainda estiver preso, alei determina que o juiz justifi-que porque extrapolou os 90dias. "Tem uma série de justifi-cativas que podem fazer comque o processo se estenda paraalém dos 90 dias, que a gentesabe que acaba se estendendomesmo".

O crime por roubo tem umapena de quatro a 10 anos. Se osuposto infrator permanecerpreso e for condenado, o tempoalém dos 90 dias será contabili-zado na sua pena. "Acho que umprocesso crime que tramite emseis meses é o tempo ideal, que éo tempo para você trabalhar oprocesso crime em primeirograu e mais seis meses no Tri-bunal".

Welton Roberto faz umaalerta: "A população tem umaideia equivocada de que a polí-cia, de que a Justiça acerta sem-pre, que o Ministério Públicosempre acusa a pessoa correta.Temos exemplos, e muitosexemplos, de erros judiciaisonde a gente precisa começar aexercitar a cidadania da presun-

ção de inocência, da não culpa-bilidade, do açodamento do jul-gamento, basta ter uma prisãotemporária para as pessoas faze-rem um julgamento".

Ele prossegue: "Muitas vezesas pessoas presas estão aliexpostas e são totalmente ino-centes de qualquer conduta cri-minal. No Brasil hoje qualquerum pode ser preso, ainda queinocente por 10 dias no caso deprisão temporária, por 60 dias sefor um crime hediondo".

O importante, para o advo-gado, é encontrar um ponto de

equilíbrio em tudo isso, o que émuito difícil. "As pessoas só vãoacreditar que isso acontecequando for com alguém dele oupróximo dele, um familiar, umparente, um irmão, enfim. Aíelas vão entender como o siste-ma todo funciona".

A equipe do PRIMEIRAEDIÇÃO entrou em contato aolongo de duas semanas com aassessoria de comunicação daPolícia Civil de Alagoas paraobter dados sobre os assaltosocorridos em Maceió, mas nãohouve resposta.

Assaltante é preso tdo dia, mas roubos continuam em escala crescente

Márcio Ândrei

Welton Roberto entende que o sistema é mais rigoroso com os assaltantes

Luciana Martins

Ocupação há quase um ano transformou a histórica Praça Sinimbu num logradouro imundo e devastado

Luciana Martins

Mais do que uma 'triste par-tida', como diz a música de LuizGonzaga, foi um 'triste retorno'.Um dia após a desocupação daPraça Sinimbu, na área centralde Maceió, as famílias ligadas aoMovimento Terra, Trabalho eLiberdade (MTL) retornarampara o logradouro invadido háquase dois anos.

As famílias haviam sidotransferidas para a zona ruraldo município de Branquinha,mas um desentendimento en-tre o Instituto Nacional de Co-lonização e Reforma Agrária(Incra) e a prefeitura acaboupor impedir que elas fossemalojadas na área que lhes haviasido destinada.

Impedidos de ocupar o ter-reno, em cumprimento à ordemde reintegração de posse, ossem-teto simplesmente retorna-ram a Maceió e, sem encontrarqualquer resistência, de novoocuparam a praça Sinimbu, co-

mo antes. Eles ainda invadirama sede do INCRA e anunciaramque a partir de agora vão se or-ganizar para realizar projetos derua.

A desocupação da Praça Si-nimbu se deu por força de umaliminar numa ação de reintegra-ção de posse de lotes do assenta-mento "Flor do Mundaú", nomunicípio de Branquinha.

Ali, quando as famílias che-garam, houve tumulto e troca deacusações entre a prefeita deBranquinha, Ana Renata, e asuperintendente do INCRA, Le-nilda Lima. Durante a confusão,trabalhadores de outros movi-mentos realizaram um bloqueioimpedindo o acesso às famíliasprocedentes de Maceió.

Segundo a prefeita, "o muni-cípio não possui infraestruturapara receber os assentados e osserviços públicos não seriamsuficientes para suprir as neces-sidades das famílias".

DESTRUIÇÃOÁrea onde estão situadas a

sede do Tribunal RegionalEleitoral e o Espaço Culturalda Reitoria da UniversidadeFederal, além da casa deJorge de Lima, a Praça Sinim-bu está completamente de-gradada depois de passarquase dois anos ocupada pordezenas de famílias que atransformaram num aloja-mento improvisado, sem es-trutura, sem condições de hi-giene e de segurança.

O comércio na área foitotalmente prejudicado, houvemuitos protestos de seus mora-dores e de pessoas que ali tra-balham, mas somente agora aJustiça concedeu uma limitarordenando a reintegração deposse de um assentamento emBranquinha, tendo o INCRAdeterminando que o pessoal daSinimbu fosse transferida parao lugar.

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012A6 | Cidades

"Corruptos têm que devolvertodo o dinheiro que roubam"

> ENTREVISTA/ JOSÉ FIRMINO DE OLIVEIRA

Juiz aposentado defende integridade dos ministros do STF e diz que corrupção é cultural

Geraldo Câmara

Segurança é para todas as castas sociais

Ouvidor [email protected]

O destaque da semana vaipara o empresário SérgioCraveiro, expert em gestão, umdos cabeças do Grupo Pré-Vidaque engloba os cemitérios-parquede Maceió. Gente boa e amigo hámuitos anos.

DESTACÔMETRO

Os meus abraços de hoje são duplos: um para a maestrina e cantora FátimaMenezes e outro para o Superintendente Adjunto da Slum, Carlos dos Anjos.Ambos competentes nos seus ramos de atividades.

ABRAÇOS IMPRESSOS

PÍLULAS DO OUVIDOR

Só pra lembrar: Manoel, José, Maria, Amélia, João,Henrique, Madalena, Fábio Acioly, Eric, José Alfredo, tantagente diariamente morrendo nas mãos de bandidos quematam por uma bicicleta ou um por um tênis falsificado.Se para cada crime cometido nas Alagoas a justiça fossefeita não teríamos cadeia suficiente para colocar os crimino-sos. Então há que se pensar que, talvez, construir peniten-ciárias e privatiza-las possa ser um bom caminho.Semana passada vimos mais um crime bárbaro. Uma jovemde 21 anos, viciada, drogada, mata a mãe de 72, asfixiada,só para pegar seu cartão bancário e comprar as drogas quepor aí continuam dando sopa.Dizem que o governo federal vai ajudar por aqui com açõesparecidas com as do Rio de Janeiro tentando invasões epacificações. Seja lá o que for que venham porque os ala-goanos não aguentam mais com tanta violência.Com sete anos de produção e cinco de mercado, hoje, aCachaçaria Brejo dos Bois é referência na produção e comer-cialização do mel de engenho e da aguardente de cana.Parabéns ao médico e ruralista Lenildo Amorim.Vinte e sete famílias vinculadas ao Movimento Terra,Trabalho e Liberdade (MTL) foram transferidas da PraçaSinimbu - onde estavam acampadas há cerca de um ano ecinco meses - para um assentamento no município deBranquinha.Sim, tudo muito bonito, mas a prefeita de Branquinha nãoquis receber os sem terra dizendo que não os poderia rece-ber em condições sub-humanas. Certo! E, agora, José? Comquem fica a bomba?Parando para pensar, a Rainha Elizabeth é uma figura fantás-tica. Comemorando seu Jubileu de Diamante, 60 anos dereinado, continua recebendo cerca de 50 mil pessoas porano. Por força do ofício, claro!Quem está com a razão vamos saber no fim deste jogo quedeverá ir para a prorrogação ou quem sabe, para a disputade pênaltis. O fato é que, agora, Ronaldinho Gaúcho está deum lado e o Flamengo do outro lado do campo.Pense numa cantora que vai dar o que falar nesta cidade eno Brasil. Thainá Oliveira, um show à parte, esteve no"Almoçando com a Notícia" na TV Mar. Para acompanha-la omúsico Dassaiev. (foto)

Vamos logo esclarecer antes que digam que este colunista não aceitaa revolta da população com o assassinato do médico José Alfredo.Movimento justíssimo que já leva a grande vantagem de ter levantado dacadeira as autoridades responsáveis pela segurança em Alagoas. O gover-nador não só se levantou da cadeira como foi a Brasília buscar reforços ereconhecer que a política de segurança de seu governo, definitivamentenão funciona. O que não se pode aceitar é que uma pessoa da sociedadetenha sido assassinada para que providências fossem tomadas em climade quase desespero. Diariamente pessoas estão sendo mortas em Alagoas;os índices já são os maiores do país e sempre ficamos ouvindo que o pro-blema é nacional. Ora, se o problema é nacional lavam-se as mãos eespera-se que o governo federal saia na frente resolvendo situações que sãode cada estado da federação? Não é por aí. Buscar auxílio, tudo bem!Pedir reforços, tudo bem! Mas a situação chegou a tal caos porque os bra-ços foram cruzados no que diz respeito à melhor educação, a uma políti-ca mais bem pensada de saúde ou a melhores projetos sociais. E, também,em função da própria máquina de segurança que continua há dez anoscom o mesmo efetivo. Agora, depois do leite derramado fala-se em concur-so público, por exemplo. E quantas vidas já se foram, incluindo a do médi-co? Muitas! Mas, quantas ainda serão ceifadas? Só espero que não preci-sem que mais médicos, engenheiros, autoridades, etc e tal e coisa sejammortos por aí para que os responsáveis não voltem a dormir em Alagoas.Os anônimos da vida também querem viver.

Dá para acreditar na versãode que o ex-presidente Lulapressionou um ministro doSTF para barrar o mensalão?

Tenho como princípio acre-ditar que no meio político os an-jos são exceções, mínimas exce-ções. Então, talvez não tenhahavido uma pressão à medidaque se está colocando, mas aconversa, já confirmada, houve.Se a conversa houve, certamenteo Lula não foi conversar com oministro sobre o Corinthiansdele. Então, acho que seja maisou menos por aí.

O julgamento do mensalão,prestes a começar no STF, in-fluirá no resultado das eleiçõesdeste ano?

É um questionamento quesomente após as eleições a gentepode comprovar, antes disso émera especulação. Eu, pessoal-mente, não acredito que tenhainfluência porque a sociedadebrasileira, por infelicidade nos-sa, na sua maioria está tão habi-tuada a conviver com a corrup-ção eleitoral e o pior, e dela par-ticipar, que não será um julga-mento que vai mudar essa cultu-ra. Não acredito que venha a terinfluência.

São 40 réus no processo,dentre eles gente famosa comoJosé Dirceu e Roberto Jeffer-son. Os ministros do Supremopodem ceder a pressões paraamenizar algumas sentenças?

Não acredito. Penso que osministros, como todo magistra-do, cederão sim as suas convic-ções técnicas e jurídicas, até por-que o magistrado é dono da suaverdade, da verdade que eleconstrói com base nas provasque ele leu e que teve acesso noprocesso.

O presidente do Supremo,Carlos Ayres Britto, garanteque os ministros são imunes acooptações. Essa imunidade éde todo confiável?

Que os ministros são imunesa corrupção, isso é um fato.Todo magistrado, todo ser hu-mano de um modo geral é imu-ne corrupção. Se isso vai ser de-monstrado, se vai se materiali-zar entre todos, pelo menos é oque se espera.

Ministros nomeados pelopresidente da República nãoficam (eternamente) a deveratenções ao seu patrono?

Não fica. Isto é uma questãode caráter e talvez possa existiralguém que fique grato pelanomeação, mas nenhum minis-tro está lá de graça. Todos osque estão lá têm capacidade téc-nica suficiente para assumir amagistratura nesta instância queassumiram e todos eles têmcaráter formado, firme e nãotem necessidade de eternizar oagradecimento. O presidentenada mais fez que a obrigaçãoconstitucional dele; então, nomomento da nomeação nãoexiste nenhum favor, o presi-dente apenas cumpriu com oseu dever. É a mesma relaçãoque se dá, por exemplo, ao go-verno do Estado que nomeia o

desembargador. Logo, não é poraí, acho que não há essa relação.

É possível afirmar que oCongresso Nacional mudou,desde o escândalo do mensa-lão?

Mudou sim. Agora, o quemudou na verdade foi o com-portamento da imprensa brasi-leira. Acho que a sociedade bra-sileira deve bastante à imprensa,uma imprensa que nós sabemosmuito bem que não é a impren-sa livre que nós brasileiros dese-jamos. No entanto, toda mudan-ça havida no Brasil se deve natu-ralmente a essa abertura, a essaaceitação nacional, que também

não foi vontade política e simvontade do povo de se ver livrepara falar, denunciar e nós te-mos visto algum progresso emrelação aos resultados das de-núncias. Até bem pouco tempoera impossível se imaginar ummetalúrgico na presidência daRepública, uma mulher na pre-sidência da República e além damulher uma revolucionária,uma guerrilheira. Também nãoimaginávamos jamais ver umsenador algemado, um deputa-do federal sendo preso, vendoum milionário atrás das grades,a Polícia Federal o algemando evendo também, é claro, se insti-tuindo norma para não se alge-mar essas figurinhas. Então mu-danças tem havido e mudançasboas. Evidentemente a socieda-de brasileira precisa de maismudanças e mais mudanças fir-mes, principalmente que digam

respeito ao reembolso ao eráriodo dinheiro roubado.

Com prisão de tudo?Não é necessário ou talvez

nem seja preciso prender nin-guém. O necessário é que o erá-rio volte porque não adiantaprender e o erário, subtraído,ficar no prejuízo. Precisamos deum Estado brasileiro com saúdepública, com educação, comassistência social digna, perfeita,que não seja um balcão de esmo-la. É necessária esta mudança eela só acontecerá quando o povomudar o seu hábito de votar,quando o povo mudar a sua vi-são sobre o voto que tem. Quan-

do o povo se conscientizar deque toda e qualquer mudançaque ele deseja passa pela eleição,então é preciso valorizar a elei-ção, o voto e riscar do cadernoesse vocábulo 'compra de voto'.

Por que o PT, enquanto go-verno, se envolve em tantosescândalos, e o eleitor continuapreferindo mantê-lo no poder?

Em relação à história do PTseria bom perguntar aos seusmembros. Já quanto ao envolvi-mento desses escândalos, dessashistorias do PT, principalmente,em nós, pobres mortais, fica ape-nas uma certeza de que todos ospartidos políticos brasileiros sãoiguais. Não há diferença absolu-tamente nenhuma. A diferençaexiste quando se está fora do po-der, quando se consegue o po-der a prática é a mesma, a filoso-fia é a mesma e infelizmente o

povo embarca nessa onda para oseu próprio prejuízo.

Faz sentido a teoria de que obrasileiro é culturalmente in-sensível à corrupção, desde queo governo não atinja o bolsopopular com medidas negati-vas?

A corrupção é cultural, ela sedeve, no meu entendimento, àimpunidade, em relação ao cor-rupto e ao corruptor, aos dois.Acho que todos que temos umavisão em sentido contrário a estaquestão da corrupção, temos aobrigação de alertarmos a co-munidade para isso. Creio que acomunidade quer enxergar.Agora também é fácil demaisvocê combater a corrupçãoquando você está com a barrigacheia; quando você é miserável,quando você é um excluído, aí acoisa pega para você combater acorrupção. O cara chega ofere-cendo dinheiro, você está preci-sando do dinheiro e aí, comofazer?

A compra de voto tem de-formado o processo eleitoralem Alagoas. O que fazer paracombater a relação promíscua ecriminosa entre candidatos cor-ruptos e eleitores corruptíveis?

Eu diria que a compra devotos tem deformado o processono Brasil, Alagoas não é exceção,infelizmente. Bom seria para opaís que Alagoas fosse exceção,mas Alagoas é só mais um dosEstados onde a compra de votose dá. Em relação a esta questãodo eleitor corruptível muitosdeles praticam o ato porque pri-meiro não acreditam nos políti-cos e acham que eles não têmnada a lhe dar e aí vem a incons-ciência política dele, a incons-ciência da importância que apolítica tem para a vida delepróprio.

Trocando em miúdos...Ora, quem é que estabelece

as políticas públicas para saúde,educação, emprego...? O políti-co, e esse tipo de eleitor não temessa consciência. O que fazer? Éo que nós, da Comissão deCombate à Corrupção daOAB/AL estamos fazendo:levando a mensagem, repetindoa mensagem, às vezes atémalhando em ferro frio, enxu-gando gelo como se costumadizer, mas está aí a respostapara aqueles que dizem queestamos enxugando gelo é quese nós não enxugamos essegelo, ele derreterá, formará umapoça e nós nos afogaremos nela.Então, enquanto estamos enxu-gando gelo, se não estamos re-solvendo problema, estamospelo menos minimizando. Oque nós esperamos é que essasalmas se multipliquem, sereproduzam e façam reproduzira ideia de que a eleição limpaelegerá políticos limpos, direi-tos, honestos e de bons propósi-tos. A eleição suja mercantilizao voto, o mandato, o partidopolítico, o sistema eleitoral bra-sileiro e é isso que todos nós nãoqueremos. Aliás, acho até queos próprios corruptos não que-rem isso.

José Firmino quer que sociedade se engaje no combate à corrupção eleitoral

Luciana Martins

O eleitor, a sociedade, precisa reagir contraa corrupção. Essa é a síntese do pensamento deJosé Firmino de Oliveira, juiz de Direito aposen-tado e um dos líderes da Comissão de Combateà Corrupção da OAB/AL. Nesta entrevista àrepórter Luciana Martins, do PRIMEIRA EDI-ÇÃO, Firmino comenta, de forma irônica, aconversa em que Lula teria pressionado oministro Gilmar Mendes a segurar o julgamen-to do mensalão no Supremo: "A conversa, con-

firmada, houve. Agora, será que Lula foi falardo Corinthians dele?". Para ele, os ministros doSupremo não cederão a pressões. "Eles sãonomeados pelo presidente, mas não estão, láde graça, são homens preparados, formados,competentes. Para Firmino, o combate à cor-rupção (um mal cultural aceito pela sociedadebrasileira) requer não apenas prisão, mas que odinheiro público surrupiado seja devolvido aoscofres do Estado, com absoluta prioridade.

“O necessário é queo erário volte,porque não adiantaprender, e o erário,uma vez surrupiado,ficar no prejuízo”

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012 Economia | A7

BATALHA

VITORIOSAContrariando OAB, Supremo mantém17ª Vara com seu 'colegiado de juízes'Estado tem prazo de 90 dias para reestrutur órgão que enfrentou os tentáculos do crime organizado em Alagoas

Temida pelos bandidos ala-goanos desde sua criação em2007, a 17ª Vara Criminal de Ma-ceió sobreviveu à ofensiva daOrdem dos Advogados do Bra-sil (OAB) e apenas terá de serreestruturada para atender pa-râmetros definidos pelo Supre-mo Tribunal Federal.

No embate travado em tornoda ação com a qual pretendia ex-tinguir a Vara criada para com-bater o crime organizado, comdeclaração pura e simples de in-constitucionalidade, a OAB nãoatingiu seu principal objetivo,que era o de acabar com uma'vara colegiada', no caso da 17ª,composta por cinco magistrados.

Enquanto a OAB-AL qualifi-cava a 17ª de inconstitucional,ministros como Luiz Fux (rela-tor do processo), considerou-aum 'modelo' para o País, elo-giando o órgão criado pela leiestadual 6.806, de 22 de marçode 2007, por iniciativa do PoderJudiciário de Alagoas.

A OAB/AL chegou a afir-mar que a 17ª vara, como umacópia da estrutura criada naItália para combater os crimino-sos da máfia, deu origem, noBrasil, ao 'magistrado sem ros-to', porque seus feitos judiciais eas sentenças eram assinadospelo conjunto dos juízes, semautoria e identificação indivi-dualizada.

Num Estado historicamenteviolento - e com tradição deimpunidade da classe política - acriação de uma vara colegiadase fazia necessária para garantira integridade física dos magis-trados, cumprindo ressaltar quemuitos deles, atualmente, estãosob ameaça de morte e vivendo

com proteção policial assegura-da pelo Estado.

Ao considerá-la constitucio-nal, colegiada como concebida,o Supremo Tribunal Federalnegou à OAB-AL a adoção deum composto letal e fulminante,e estipulou prazo de 90 diaspara que, através de nova lei, elaseja reestruturada de acordocom os parâmetros constitucio-nais.

A preservação da 17ª Vara,com o que ela tem de mais fun-damental (o colegiado de juízes)contraria o argumento centralsustentado pela OAB-AL, queproclamava: "A lei, em seusdezenove artigos, é uma anoma-lia ao ordenamento jurídico.Revela-se confusa, de aspectosubjetivo amplo e provenientede um academicismo amador".

Conforme o julgamento doSTF, mudam os critérios de de-signação de magistrados paracompor a 17ª: antes, os juízeseram indicados pelo presidentedo Tribunal de Justiça do Esta-do, mediante aprovação do ple-no, enquanto, a partir de agora,os integrantes serão escolhidossegundo os conhecidos ditamesconstitucionais.

A Ação Direta de Inconstitu-cionalidade contra o funciona-mento da 17ª Vara Criminal foiimpetrada com o endosso dopresidente nacional da Ordemdos Advogados, Ophir Caval-cante.

O STF também entendeuque a 17ª Vara não poderia teratribuição exclusiva para atuarcontra o chamado 'crime organi-zado', uma vez que esse tipo fi-gura jurídica não existe no esta-do de direito brasileiro.

Relator da ADI, o ministro Luiz Fux elogiou o formato da 17ª Vara alagoana Ophir Cavalcante, presidente da OAB, queria a extinção da vara colegiada

fotos: Divulgação

Pleno do Supremo Tribunal: na quinta-feira (31), ministros decidiram que a 17ª Vara Criminal de Maceió é constitucional, mas impôs modificações

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012A8 | Nacional

STF monta blindagem paraevitar atrasos no mensalãoCorte deixará defensor público de prontidão para eventual substituição de advogados

> EFEITO LULA

BRASÍLIA - O surgimentodo ex-presidente Luiz InácioLula da Silva no radar do julga-mento do mensalão alertou paraum movimento subterrâneodetectado pelo Supremo Tribu-nal Federal (STF): manobrasprojetadas para embaraçar oprocesso e jogar a sentença finalpara depois das eleições.

Diante disso, o presidente daCorte, Carlos Ayres Britto, pre-para em conjunto com os cole-gas alguns antídotos para anularestratégias que podem ser usa-das pelos advogados dos réusdo mensalão para retardar o jul-gamento do processo. Com 38réus a serem julgados e númeroainda maior de advogados en-volvidos com o caso, os minis-tros sabem que todos os subter-fúgios legais e chicanas poderãoser usados nas sessões de julga-mento.

Britto pediu à DefensoriaPública que preparasse de cincoa sete defensores para que fi-quem de sobreaviso. Eles serãosacados para atuar no julgamen-to caso algum dos advogadospeça adiamento da sessão porestar doente ou se algum dosréus convenientemente destituirseu advogado e pedir prazopara contratar um novo defen-sor.

Problemas como esses pode-riam provocar o adiamento dasessão por semanas. Esses de-fensores públicos estudam o ca-so desde abril e estarão, de acor-do com integrantes do tribunal,prontos para defender os réusde imediato, sem permitir atra-sos no julgamento do processo,que deve se alongar por doismeses.

Os ministros antecipam tam-bém estratégias para garantir aexecução das penas daquelesque forem condenados. Termi-nado o julgamento, o tribunalprecisa publicar o acórdão - coma íntegra do relatório do caso, osvotos de cada ministro e osdebates travados na sessão, e aementa do julgamento.

Nessa etapa do processo, oSupremo costuma perder me-ses. Cada um dos ministros revêseus votos, lê os apartes que fezaos colegas durante a sessão,retira partes que considerar im-próprias - caso haja, por exem-plo, alguma discussão mais ás-pera em plenário - e só então odocumento é publicado.

Enquanto o acórdão não épublicado, não é aberto o prazopara que os advogados recor-ram da decisão ou peçam escla-recimentos sobre determinados

pontos. Os ministros imaginamque terão de enfrentar umasequência de recursos - espe-cialmente embargos de declara-ções, usados para contestareventuais omissões ou contra-dições.

Todos precisam ser julgadospara que enfim o processo tran-site em julgado e os que foramcondenados comecem a cum-prir as penas. De acordo comassessores, Britto deve discutircom o relator do caso, ministroJoaquim Barbosa, uma formade tornar mais ágil a publicaçãodo acórdão. Uma possibilidadeseria sugerir a Barbosa quedeixe pronto um modelo deementa com base no seu voto.Caso haja mudanças, o relatordo processo iria, ao mesmotempo, adaptando a ementa.Tudo para evitar que essa etapaposterior possa jogar o cumpri-

mento das penas para o fim de2013.

RAPIDEZParalelamente às estratégias

contra chicanas, parte dos mi-nistros pensa em procedimentosque acelerem a conclusão do jul-gamento. Antes mesmo de oprocesso estar liberado para ir aplenário, o presidente do STF e orelator do caso começaram a dis-cutir com os colegas a formata-ção da sessão.

Joaquim Barbosa, por exem-plo, propôs fazer leitura resumi-da do relatório de 122 páginas, oque foi aprovado pelos colegas.

Os ministros acertaram tam-bém que uma sessão extraordi-nária será feita semanalmentepara acelerar os trabalhos. Masos integrantes do Supremo pre-cisam ainda discutir o calendá-rio exato de sessões.

Presidente do Supremo, ministro Carlos Ayres de Britto adota medidas para garantir julgamento do mensalão

fotos: Divulgação

Renan mobiliza líderes paraampliar pena contra pedófilo

> CONGRESSO

O senador Renan Calheiros,que neste fim de semana cum-priu agenda em Maceió e cida-des do interior, anunciou quevai reforçar, na reunião destaterça-feira (5) com os demais lí-deres partidários do Senado, oapelo que fez em Plenário na se-mana passada para aprovaçãodo Projeto de Lei nº 495/11, quetrata da ampliação do combate àexploração sexual de crianças eadolescentes no Brasil. O líderdo PMDB pede que a matériaseja votada de imediato, em de-cisão terminativa, pela Comis-são de Constituição, Justiça e Ci-dadania (CCJ).

O Projeto de Lei do Senado(PLS) foi aprovado pela Comis-são de Direitos Humanos eLegislação Participativa no dia17 de maio, véspera do DiaMundial de Combate ao AbusoSexual de Crianças e Adoles-centes. Mas o senador alagoano,autor da proposta, tem insistidocom os senadores sobre a neces-sidade da rápida votação damatéria na CCJ, "a fim de evitarque esse crime continue a atingirnossas crianças e adolescentes",pontuou.

Renan voltou a citar um es-tudo da Secretaria Especial dosDireitos Humanos, da Presidên-cia da República, publicado em2005, indicando a existência des-ses delitos em quase 1000 muni-cípios brasileiros, 400 deles con-siderados destinos turísticos. "Aurgência na aprovação da maté-

ria, hoje, é maior porque esta-mos nos aproximando dos even-tos esportivos relacionados àCopa de 2014 e às Olimpíadasde 2016 no Brasil", disse o sena-dor.

A lei que ele propõe amplia 6a 12 anos a pena de reclusão

para todo aquele que submetercrianças e adolescentes à prosti-tuição ou à exploração sexual.Atualmente, a pena vai de 4 a 10anos. "Precisamos combater,também, essa exploração pro-movida através dos meios vir-tuais, prevendo a mesma pena

para os criminosos que estimu-lem ou facilitem essa prática pormeio da Internet", propõe o se-nador no PLS.

A articulação de ações con-juntas e parcerias entre o Mi-nistério do Turismo e órgãos desegurança pública, de acordocom o autor da proposta, tam-bém está prevista no projeto, jáque traz em seu texto a especifi-cação desse crime como um doseixos da Política Nacional deTurismo, de que trata a Lei nº11.771, de 2008.

DIVULGAÇÃODestacando a ação conjunta

entre União, Estados e Municí-pios, Renan lembrou que só ajunção e o interesse dessas trêsesferas promoverão um comba-te mais eficaz à exploração desexual de crianças e adolescen-tes, voltando a sugerir a realiza-ção de campanhas institucionaise educativas para disseminaruma cultura de enfrentamento aessa crise.

Renan também voltou acitar a importância da partici-pação da sociedade civil orga-nizada e da iniciativa privada,com a possibilidade de reco-nhecimento, pelo Poder Públi-co, por meio de selo indicativoque enalteçam a participação deempresas em ações e projetosque ajudem a combater a explo-ração sexual de crianças e ado-lescentes.

Renan pede votação imediata do PLS em decisão terminativa na CCJ do Senado

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012

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Esportes

CRB encara o Furacão obrigado a vencer> EM CASA

A equipe do Galo enfrenta o Atlético-PR neste sábado (09/06), às 16h, no estádio Rei Pelé, pela quinta rodada da Série B

Opinião - Diário Oficial dos Municípios - Social

Marcelo AlvesRepórter

Após a derrota para o Goiáspor 1 a 0, na última sexta-feira,dia 1º de fevereiro, no estádioSerra Dourada, em Goiânia(GO), o CRB tem pela frente oAtlético-PR neste sábado(09/06), às 16h, no Rei Pelé, pelaquinta rodada do CampeonatoBrasileiro da Série B. A partida é

considerada como difícil, umavez que o Furacão é uma dasequipes favoritas a retornar àelite do futebol nacional e tam-bém porque o Galo jogará pres-sionado pela sua própria torcidapor ter a obrigação de fazer odever de casa. O Galo vai teruma semana de preparação parao duelo como Atlético-PR.

Para o duelo contra o Fu-racão, o técnico Roberto Fonseca

não contará com o volanteGercimar, que foi expulso napartida contra o Goiás, por tercuspido o seu companheiro deequipe, Carlos Magno, após sedesentenderem em campo. Parao lugar de Gercimar, RobertoFonseca tem como opções osvolantes Roberto Lopes e DiegoAragão.

Roberto Fonseca acreditaque se o CRB atuar da mesma

forma que jogou no primeirotempo da partida contra oGoiás, o Galo tem a possibilida-de de vencer o Atlético-PR.Roberto Fonseca disse que ape-sar da derrota para o time goia-no, a equipe regatiana disputoua sua melhor partida desde quecomeçou a Série B.

"Mostramos contra o Goiásque o CRB tem nível de Série B,e temos a certeza que vamos

jogar com o Atlético-PR. Seanalisarmos a partida contra oGoiás, o CRB jogou como timegrande. O time do Goiás jogan-do em casa atuou com apenasum atacante e com os outros 10

jogadores marcando a linhaatrás da bola. No primeiro tem-po, mostramos maturidade econseguimos jogar, e isso dáum alento na competição",disse.

CRB voltou a jogar melhor, mas pecou nas finalizações e perdeu para o Goiás

fotos: Divulgação

A diretoria do CRB deveanunciar mais dois reforçospara a Série B nesta terça-feira(04/06). Um dos jogadores é in-dicação do próprio presidente-executivo do Galo, Marcos Bar-bosa. Mas em contrapartida, otime regatiano perde o volanteDaniel que pediu desligamentodo elenco por não estar sendorelacionado nem para o bancode reservas. Desde a semanapassada, informações davamconta que Rodrigo Dantas eAloísio Pereira também esta-riam prestes a deixar o CRB,insatisfeitos com falta de espaçono elenco.

O técnico Roberto Fonsecafez pouco caso em relação àsaída de Daniel e da possibilida-de das saídas de RodrigoDantas, que nem escalado para

o coletivo está sendo, e AloísioPereira. "O atleta tem que estarpreparado para jogar, ou ficarno banco e até mesmo nem via-jar. Agora se o atleta tiver umacláusula no contrato afirmandoque o atleta tem que ser titular...O atleta perdeu o espaço e se eleachar que pode ir para o outrotime que peça desligamento. Eusó consigo escalar onze jogado-res e mais seis, e não posso esca-lar vinte atletas", disse

Roberto Fonseca citou ocaso do meia Paulo Victor quenão era relacionado, conquis-tou espaço e já foi escaladocomo titular e estreou com umgol. "O atleta tem que estarpreparado para quando apare-cer a oportunidade como oPaulo Victor tem que agarrar",disse.

Galo anuncia mais doise Daniel pede para sair

O volante Gercimar deveráser punido pela diretoria doCRB por suposta cospida norosto de Carlos Magno nosminutos finais da partida con-tra o Goiás, na última sexta-feira, dia 1º de junho. O asses-sor de futebol do time regatia-no, Alarcon Pacheco, incrimi-nou a atitude de Gercimar."Para indisciplina, existe puni-ção. Providências cabíveisserão tomadas. A diretoria nãoaceita e não admite. Não podebrigar entre si, tem que brigarcom os adversários. Se a gentebrigar entre si, a gente vaienfraquecendo. O CRB é umafamília e essa união tem que

prevalecer", disse.Alarcon Pacheco descartou a

possibilidade de desligamento."Na minha opinião, não seriamotivo para desligamento, atéporque é muito forte tomar essetipo de providência",

Em relação à partida contrao Atlético-PR, Alarcon Pachecodisse que o CRB tem obrigaçãode vencer o adversário, uma vezque o Galo joga em casa diantede seu torcedor. "Contra oAtlético-PR, nós temos obriga-ção de ganhar os três pontos erecuperar o atrasado. A obriga-ção é vencer, fazendo valer omando de campo com o apoiodo torcedor", afirmou.

Gercimar deve ser punidopor cospir Carlos Magno

CRB espera se reabilitar na Série B na partida contra o Atlético-PR no sábado

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012B2 | Esportes

Seleção perde para o México por 2 a 0> FIM DE INVENCIBILIDADE

Lance de sorte e falha da defesa selam queda de série de dez jogos invicto do Brasil. Sábado, rival será a Argentina, em Nova Jersey

Globoesporte.com

Em um lance de sorte deGiovani dos Santos e numafalha da defesa, o Brasil acabouderrotado pelo México por 2 a 0,no Cowboys Stadium, emDallas. O resultado marcou ofim da invencibilidade de dezjogos da Seleção comandada porMano Menezes. Até o duelodeste domingo, o time canari-nho havia conquistado novevitórias e um empate. Além dogol do atacante do Tottenham,Chicharito Hernández, de pê-nalti, marcou o outro.

A Seleção até tentou furar obloqueio da defesa mexicana,mas as principais peças da equi-pe não funcionaram como nosamistosos anteriores. Neymar,Hulk, Damião... Nenhum delesrepetiu as boas atuações contra

Dinamarca e Estados Unidos.Oscar foi o melhor do quartetoofensivo e quase marcou um golna etapa inicial.

Desde que assumiu a CBF,em março, essa foi a primeirapartida que o presidente JoséMaria Marin assistiu do timecanarinho no estádio. O dirigen-te desembarcou em Dallas nanoite de sábado apenas para vero desempenho da seleção brasi-leira. O mandatário seguirá nosEstados Unidos para assistir àpartida diante da Argentina, emNova Jersey.

A temperatura fora doCowboys Stadium era de 35graus. Porém, com a climatiza-ção da arena, os termômetros naárea interna era de 24 graus.Mas o jogo não começou tãoquente. Nos primeiros minutos,a marcação dos setores defensi-

vos levava vantagem sobre osataques. O Brasil tinha maisposse de bola, e o México busca-va os contra-ataque.

Aos 9 minutos, Hulk encon-trou Leandro Damião livre naárea. O atacante chutou e saiupara comemorar. O árbitro cana-dense Silviu Petrescu assinaloucorretamente o impedimento.Após o lance, o Brasil passou ater dificuldades para penetrarna defesa rival. O time até toca-va a bola na intermediárias, massem assustar o arqueiro Corona.

O México seguia com suatática de tentar roubar a bola epartir no contra-ataque. E foi emum lance rápido que os mexica-nos abriram o marcador. Gio-vani dos Santos foi lançado, pas-sou por Danilo e lançou para aárea. A bola fez uma curva eentrou na meta de Rafael Cabral,

que ficou indeciso após a finali-zação do atacante do Totte-nham.

O Brasil seguiu tentandofurar o bloqueio dos mexicanos,mas foi castigado por duas fal-has individuais. Na primeira,Rômulo deu um passe erradopara dentro da área nos pés deGiovani dos Santos. O atacantedominou e seguiu na direçãocontrária ao gol, mas acabouderrubado por Juan. Pênaltipara o México. Na cobrança, aos32, Chicharito marcou o segun-do.

A partir do segundo gol doMéxico, o Brasil passou a criarchance de diminuir o marcador.Foram três em sequência. Aos34, Neymar cobrou escanteio eDamião cabeceou para fora. Seteminutos depois, Oscar chutoude fora da área e Corona fez

uma bela defesa. Por último, aos46, Juan aproveitou sobra e fina-lizou para outra defesa doarqueiro mexicano

O Brasil voltou em cima doMéxico. E logo aos oito minutos,Oscar foi lançado, invadiu a áreae foi derrubado por Corona. Oárbitro mandou o lance seguirapesar da falta sobre o jogadorbrasileiro. A jogada enervou otime brasileiro. Marcelo foi oprimeiro a dar uma pegada maisdura e foi advertido com cartãoamarelo.

A partir dos 15 minutos,Mano começou a mexer na equi-pe. O treinador sacou LeandroDamião e Sandro e apostou nasentradas de Alexandre Pato eLucas. A equipe passou a jogarapenas com um volante de ofí-cio (Rômulo). Aos 21, ThiagoSilva pediu para ser substituído

por conta de dores no joelhodireito. Bruno Uvini entrou navaga do defensor do Milan.

O jogo seguiu com o Brasiltentando diminuir e o Méxicocozinhando a partida. Aos 29,Chicharito tabelou com DeNigris, recebeu na frente e sol-tou a bomba para defesa deRafael Cabral. Dois minutosdepois, Hulk fez jogada pelaesquerda e cruzou com força.Pato se antecipou ao zagueiro,mas não conseguiu tocar para arede.

No fim da partida, Neymarse desentendeu com Meza, queacertou um tapa no pescoço dobrasileiro. O árbitro deu cartãoamarelos para os dois jogadores.Mesmo buscando o gol, na etapafinal, os mexicanos conseguiramcontrolar a partida e manter oresultado.

Em atuação apagada, atacante Neymar disputa a bola de cabeça com o jogador da Seleção do México

Fotos: Divulgação

Atacante Alexandre Pato observa o jogador da Seleção Mexicana tentando afastar o perigo da grande área

Brasil encara a Argentina neste sábadoApós derrota para o México

por 2 a 0, Brasil enfrentará aseleção da Argentina nestesábado (09/06), às 16h06 (horá-rio de Brasília), em New Jersey.O jogo contra os Hermanos é aúltimo dos quatro amistosos depreparação da seleção brasilei-ra para as Olimpíadas deLondres. No primeiro amisto-so, o Brasil venceu a Dinamarcapor 3 a 1, no dia 26 de maio, emHamburgo. O segundo jogo foicontra os EUA e o Brasil gan-hou por 4 a 1.

O Brasil vai encarar a Argen-tina que vem de goleada emcima do Equador por 4 a 0, empartida disputada no estádioMonumental de Nuñez, emBueno Aires, em jogo válidopelas Eliminatórias da Copa-2014. Com a vitória a seleção

argentina, lidera as Eliminató-rias com dez pontos, em cincojogos.

Após a goleada, Messi disseque nunca foi tão ovacionadopelos argentinos. Ele participoudos quatro gols sobre o Equa-dor. O camisa 10 espera que oclássico sirva para amadurecer aequipe do técnico AlejandroSabella.

"Temos que seguir assim,unidos até o final das eliminató-rias. Agora vem o Brasil, que nosservirá para seguir crescendocomo equipe", analisou.

O treinador Sabella lembraque é preciso ter calma comMessi, sem exigir demais de suacapacidade. Ao contrário, é pre-ciso ter respeito pelo atacante.

"Já sabemos o quanto ele éextraordinário como jogador.

Em vez de pensarmos em exigirdele, devemos agradecê-lo. Esta-mos melhores porque temos ele,que precisa estar acompanhadopara alcançar sua máxima ex-pressão", disse o comandante.

O atacante Lionel Messi vi-veu neste sábado uma de suasmelhores noites denfendendo aseleção da Argentina. Além deter participado dos quatro golsna goleada de 4 a 0 sobre oEquador, o jogador do Barcelo-na disse que nunca havia sidotratado com tanto carinho pelostorcedores argentinos. Com avitória, a equipe passou a lideraras eliminatórias sul-americanaspara a Copa de 2014.

"Creio que foi a melhor ova-ção que recebi na Argentina eestou muito contente por isso",afirmou após o jogo. Messi tentando passar por Pedro Quiñónez na partida em que a Argentina goleou o Equador por 4 a 0

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012 Esportes |B3

> SÉRIE B

ASA pega JEC para defender invencibilidade

Didira é poupado e nãoenfrenta time do Joinville

Duelo entre o Alvinegro e o JEC será disputado no estádio Arena Joinville, em Joinville (SC), às 21h, desta terça-feira (05/06)

Marcelo AlvesRepórter

Sem tempo para comemorara vitória sobre o Boa Esporte por3 a 2, no último sábado (02/06),no estádio Coaracy da MataFonseca, em Arapiraca, o ASA játem pela frente o time doJoinville nesta terça-feira (05/06),às 21h, na Arena Joinville (SC).Para a partida contra o JEC, o téc-nico Heriberto da Cunha prefe-riu não relacionar o meia Didirae o lateral Sidny. De acordo como treinador do Alvinegro, osjogadores serão poupados, prin-cipalmente Didira por conta dodesgaste físico. Mas em compen-sação, o comandante-técnico do

time arapiraquense contará comos retornos de Lúcio Maranhão eAlexsandro que cumpriram sus-pensão automática e o lateralDudu.

Heriberto da Cunha classifi-ca a partida contra o Joinvillecomo decisiva para se manter noG4 e se distanciar dos times dazona intermediária da tabela declassificação. "O jogo contra oJoinville é decisivo, porque elestêm o mesmo sete pontos que agente, mas nós estamos emquarto colocado e eles (Joinville)estão em quinto", disse.

Contra o JEC, o treinador doASA quer evitar os erros defen-sivos de bola parada que resul-taram nos dois gols do BoaEsporte. "Houve uma bobeira.Os jogadores se desligaram ebobearam nas jogadas de bolaparada. Foram dois lances lentosde bola parada. Nos preocupa-mos com o grandalhão Felipe eesquecemos os demais", disse.

Para Heriberto da Cunha, ojogo que o ASA venceu o BoaEsporte por 3 a 2 foi o mais difí-cil que o Alvinegro disputoudesde o início do CampeonatoBrasileiro da Série B. "O jogocom o Boa foi o mais difícil por-que foi um jogo de cinco gols debola parada. O Boa entroufechado e concentrou uma gran-de quantidade de jogadores nomeio campo, dificultando nossasaída em velocidade", disse.

De acordo com Heriberto daCunha, o Alvinegro só conse-guiu superar o Boa Esporte apósas entradas de Jorginho, Daniloe Gabriel nos lugares de Elvis,Sidny e Didira, respectivamente."Tive que mexer em três forma-ções. Entrei com uma equipe noprimeiro tempo que foi bem notreinamento, mas o Boa adian-tou a marcação e só no segundotempo conseguimos equilibrarcom a entrada de Jorginho,Danilo e Gabriel", disse.

Preocupado com o desgastefísico do meia Didira, o técnicoHeriberto da Cunha optou pordeixá-lo fora da partida contra oJoinville, nesta terça-feira(05/06), às 21h, no estádioArena Joinville (SC). "Didira nãoviaja para enfrentar o Joinvillepor causa do desgaste físico.Didira é um jogador que perdemuito peso durante as partidas enão consegue recuperar", disse.Além de Didira, o lateral Sidnytambém ficou fora da relação doelenco que vai encarar o JEC.

Outro jogador que deveráser poupado nas próximas par-tidas é o meia Valdívia, quesegundo Heriberto da Cunha, oatleta também tem dificuldadede repor o peso perdido duran-te os jogos. "O Valdívia tambémvai receber descanso, porque ojogador vem de uma sequênciade jogos e tem dificuldade de

recuperar os quilos perdidos",adiantou.

Para o jogo contra o JEC, oASA deve começar com o timeque terminou a partida contra oBoa Esporta. No duelo com oJoinville, Heriberto da Cunhadeve escalar um time com a for-mação diferente da que começoua partida contra o Boa Esporte,uma vez que é certeza de LúcioMaranhão voltar ao time titularno lugar de Roberto Jacaré.

Outros jogadores que pode-rão entrar de primeira nas vagasde Didira e Elvis devem ser oDanilo e o Gabriel. Para ocupara lateral no lugar de Sidny, He-riberto pode colocar Jorginho."Sidny e Elvis são bons jogado-res, mas ainda estão fora deritmo. Já Danilo é um jogadorexperiente que sabe cadenciar ecolocar ritmo no jogo e Gabrielidem", disse.

ASA venceu o Boa Esporte por 3 a 2 na última sexta-feira (01/06) e conquistou primeira vitória dentro de casa

Divulgação

Próximos jogos / Série B5/06 - 21h00 São Caetano-SP x América-MG5/06 - 21h00 Joinville-SC x ASA-AL8/06 - 21h00 Ipatinga-MG x Avaí-SC8/06 - 21h00 América-RN x Bragantino-SP8/06 - 21h00 Boa Esporte-MG x Vitória-BA9/06 - 16h00 Paraná-PR x Guaratinguetá-SP9/06 - 16h20 Grêmio Barueri-SP x Guarani-SP9/06 - 16h20 CRB-AL x Atlético-PR9/06 - 16h20 Criciúma-SC x Goiás-GO9/06 - 21h00 Ceará-CE x ABC-RN

Resultados / Série B1/06 Guaratinguetá-SP 0 x 2 América-RN1/06 Atlético-PR 3 x 0 Grêmio Barueri-SP1/06 Goiás-GO 1 x 0 CRB-AL2/06 Vitória-BA 4 x 0 Ipatinga-MG2/06 América-MG 3 x 0 Criciúma-SC2/06 Avaí-SC 1 x 2 Joinville-SC2/06 ASA-AL 3 x 2 Boa Esporte-MG2/06 Guarani-SP 4 x 1 Ceará-CE2/06 ABC-RN 0 x 1 São Caetano-SP2/06 Bragantino-SP 3 x 3 Paraná-PR

América-MGAmérica-RNCriciúma-SCASA-ALJoinville-SCAtlético-PRVitória-BASão Caetano-SPABC-RNGuarani-SPBoa Esporte-MGBragantino-SPAvaí-SCGoiás-GOIpatinga-MGCRB-ALGuaratinguetá-SPParaná-PRCeará-CEGrêmio Barueri-SP

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º12º13º14º15º16º17º18º19º20º

P129977666555444433211

J43444334444443344344

V43322222111111111000

E00011000222111100211

D00111112111221133133

GP108

1055863456845234451

GS1284532224695758

105

108

SG96210541210-1-1-2-3-5-6-1-5-7

Classificação / Série B

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012B4 | Esportes

Brasileiro 2012 inicia com pior média de gols> MORNO

Após duas rodadas, grandes times cariocas mantêm a ponta da tabela e paulistas derrapam; Apenas o São Paulo venceu

Lancenet

Você tem a sensação de queo Brasileiro de 2012 está come-çando devagar, quase parando?Pois não está enganado. Depoisdos poucos gols na primeira ro-dada, míseros 20 (2 por jogo), asegunda rodada foi quase igual.Apenas 21 gols. Neste século, oBrasileiro tinha começado tãopobre em gols. Historicamente,a média da competição fica emtorno de 2,7.

Como já virou tradição emanos anteriores, largou melhorquem se focou mais na disputa.Por isso, o futebol carioca, queestá fora da Libertadores e daCopa do Brasil, está começando

o Brasileiro de 2012 do mesmomodo que encerrou o de 2011:com seus times na frente.

Vasco e Botafogo venceramde novo e estão empatados naponta, ao lado do Atlético-MG,com seis pontos. Botafogo bateuo Coritiba (3 a 2 de virada, emCuritiba). Seu ataque, com setegols, responde por 25% de todoo Brasileiro. Jogando no Canin-dé, o Vasco bateu a Portuguesapor 1 a 0, no sábado. O Flumi-nense, com um a menos namaior parte do jogo, fez 2 a 2com o Figueirense. Quem destoaé o Flamengo. Após o 1 a 1 como Sport na estreia, amargou um3 a 3 com o Inter em casa, numjogo que fez 3 a 1. Dos 21 gols da

rodada, os cariocas fizeram 9 elevaram 7.

Se os cariocas não perde-ram, os quatro grandes paulis-tas quase não venceram. Emoito partidas, só uma vitória,graças ao gol de Luis Fabiano,neste domingo, no Morumbi,contra o Bahia. O Santos saiu decampo contra o Sport com osegundo 0 a 0 seguido. O piorde todos é justamente o cam-peão de 2011. Sem um períodode preparação, o Corinthianscontinua sem ponto e sem fazergol. Foi batido por 1 a 0 peloAtlético-MG, com um gol decabeça de Danilinho, quandoestava de costas para o gol.

Um jogo teve sabor de pré-

estreia. Em Porto Alegre, o Grê-mio perdeu pênalti, mas venceuo Palmeiras por 1 a 0, num jogoque serve também como aperiti-vo para o embate das semifinaisda Copa do Brasil, a partir de 13de junho.

Quem também não andabem das pernas é o Cruzeiro,que, assim como o Santos, empa-tou a segunda partida com placarem branco: 0 x 0 com o Náutico,nos Aflitos. Outro empate, por 1a 1, foi o placar de Atlético-GO ePonte Preta, no Serra Dourada,também no sábado.

O Brasileiro retorna na quar-ta-feira (06/06) com oito jogos eencerra-se na quinta-feira (07/06)com duas outras partidas.Golaço de Alecsandro, do Vasco, é o mais bonito do início deste Brasileiro

Divulgação

CSA pode fazer amistosose a Série D não começar

Enquanto segue indefinido oinício do Campeonato da Série D,a diretoria do CSA não sabe seacerta amistoso para dar ritmo aoelenco azulino ou se aguarda ocomeço da competição nacional.O vice-geral Cícero Eugênio disseque na semana passada entrouem contato com os dirigentes deequipes como Salgueiro, Ipiran-ga, Fortaleza e Campinense paratentar marcar amistoso. "Estamostentando a possibilidade de reali-zar um amistoso, mas estamosesperando a decisão do início daSérie D", disse. Eugênio disse queterça-feira pode definir se agendaou não o amistoso.

O início da Série D dependede uma definição da Confedera-ção Brasileira de Futebol (CBF).Caso a CBF defina nesta segun-da-feira (04/06) ou terça-feira(05/06) o começo da Série D co-mo da C, o Azulão deverá fazersua estreia neste próximo do-mingo (10/06) contra o Vitóriada Conquista (BA). O time azuli-no está no Grupo A4 da Série Djuntamente com o Feirense (BA),Sousa (PB), Vitória da Conquista(BA) e Itabaiana (SE)

PARALISAÇÃOA CBF acatou a decisão do

presidente do Superior Tribunal

de Justiça Desportiva (STJD),Rubens Approbato, e suspen-deu o início das Séries C e D, queiria começar no último sábado(26/05). No dia 23 de maio, aentidade máxima do futebolnacional publicou a informaçãono site oficial. Approbato aten-deu a um mandado de garantia,com pedido de liminar, do SantoAndré, que solicitou a suspen-são da competição.

Além dos times paulistas,Treze-PB, Rio Branco-AC, Brasilde Pelotas-RS e Araguaína-TOtambém brigam por vagas naTerceira Divisão do Campeona-to Brasileiro.

> AVALIANDO

Azulão garante vaga naCopa do Brasil de 2013

Na última quinta-feira(31/05), o CSA foi integrado aCopa do Brasil de 2013. Issoporque a CBF realizou novadistribuição de vagas para osestados O Azulão vai se juntarao ASA e ao CRB na competi-ção.

A Copa do Brasil contavacom 54 times classificados atra-vés da pontuação obtida noranking das competições regio-nais. Na próxima edição dacompetição, a organização quecomanda o futebol brasileiro

disponibilizará 70 vagas nestequesito, somando à lista finalmais dez clubes classificadosatravés do ranking nacional.Com os outros seis classifica-dos para a Libertadores, o tor-neio terá ao todo 86 times dis-putando o título da competi-ção.

Além de Alagoas, mais 15Estados foram beneficiadoscom a abertura das vagaspara a competição como Riode Janeiro, São Paulo, RioGrande do Sul, Minas Gerais,

Paraná, Pernambuco, Bahia,Goiás, Santa Catarina, Ceará,Pará, Rio Grande do Norte eo Distrito Federal. São Pauloe Rio de Janeiro contarãocom mais dois lugares nacompetição, todas as federa-ções terão direito de classifi-car um clube a mais para otorneio.

Além dos 16 novos clubes,a Copa do Brasil contará aindacom as equipes classificadaspara a próxima Copa Liber-tadores.

> AVAL DA CBF

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Salários sobemna crise

Uma comissão de juristas que estuda a reforma do Código Penalaprovou a descriminalização das drogas. O anteprojeto vai parao Congresso Nacional onde, uma vez aprovado, passa a ser lei.O que isso significa? Um estímulo considerável aos que trafi-cam, produzem e comercializam drogas. Ou seja: cheirar cocaí-na pode, vendê-la, não pode.Ora, quem consome é, por óbvios motivos, quem alimenta acadeia do tráfico. Não houvesse usuários, como os produtorese traficantes sobreviveriam? Risível é o argumento em defesa daliberação das drogas: está havendo muitos equívocos, muitosusuários estão sendo presos como traficantes.Chama-se Juliana Belloque e é defensora pública, a autora daproposta, cuja aprovação, dentro da comissão de juristas, sónão obteve a unanimidade porque o relator, e apenas ele, foicontra.São decisões dessa natureza que estão, de forma totalmenteequivocada, conduzindo o Brasil para o abismo. Não se trata,nesse caso, de liberar o consumo de bombons e chicletes, masde drogas ilegais que, aqui em Alagoas e no resto do País, estãona origem e causa da violência que a todos aterrorizam.De equívoco em equivoco, as leis brasileiras vão se tornandopermissivas, sob a égide de novos tempos. Juliana Belloque, porexemplo, disse que foi motivada pela tendência mundial de des-criminalização das drogas. E daí?Daí que, com a liberação e disseminação do crack, da maconhae da cocaína - para citar as principais - o tráfico ganha respaldolegal para se expandir e ampliar seu raio de destruição.

Dentro de um ambiente eco-nômico intranquilizante, oBrasil está fazendo seu deverde casa a fim de manter onível da atividade econômi-ca. O governo brasileiro re-duziu os juros, reformulou apoupança e adotou novasdesonerações tributáriascom o objetivo de estimularo mercado interno, como foifeito na crise no biênio de2008 e 2009.Um bom indicativo de que aeconomia brasileira estáconseguindo manter suavitalidade - e este é o sinalmais confortável e o quemais interessa aos brasileiros- está na taxa de desempre-go no Brasil. A mais recentepesquisa sobre emprego,divulgada pelo InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística mostra que odesemprego voltou a cair. A taxa dedesempregoapurada peloI n s t i t u t oBrasileiro deGeografia eEstatística doPaís ficou em6,0% em abril,contra os6,2% emmarço. Destamaneira, permanecemosdentro do que os economis-tas denominam de plenoemprego. A medição do IBGE, feita nasseis principais regiões metro-politanas do país, apontouque contingente de desem-pregados no Brasil foi esti-mado em 1,5 milhão de pes-soas no total das seis regiõespesquisadas. Já a populaçãoocupada cresceu 0,3% emabril na comparação commarço deste ano e aumen-tou 1,8% comparando-secom o mesmo período doano anterior.A queda no desemprego éde 2,5% sobre março e aredução, tomando-se o mêsde abril do ano passado, foide 4,9%. Os desocupadosincluem temporários dispen-

sados ed e s e m -p r e g a -dos embusca deu m achance no mercado. Este é omenor nível para o mês deabril desde 2002.A melhor notícia, entretanto,está na expansão dos salá-rios. Muito embora tenhahavido uma redução de1,2% tomando abril e marçodeste ano, a renda, numaanálise de longo prazo -apresentou uma expansãode 6,2% sobre abril de 2011,atingindo R$ 1.719 reais. Ouseja, em plena crise os em-pregos estão garantidos e ossalários estão em expansão.O fortalecimento da renda edo emprego tem sido umadas principais ferramentasdo governo para evitar uma

desaceleraçãoda economiabrasileira. Sãoinstrumentosque se revela-ram eficazesna última crisemundial. Elesserão nova-mente úteis.O mercado in-terno salvou o

Brasil na crise de 2008/2009e é o caminho mais seguropara evitarmos sobressaltosmaiores na atual crise mun-dial. As medidas recentes sãoimportantes, mas pontuais.Elas, por serem conjunturais,não substituem as grandesreformas estruturais que oBrasil precisa empreender,principalmente a reforma tri-butária, implicando emredução de custos e produti-vidade mais eficiente. Estessão os sinais que cessariam ahesitação do mercado mun-dial quanto às potencialida-des do Brasil.

Renan CalheirosÉ senador e líder da bancada do PMDB

Editorial

Fomento à violênciaFoto da semana

O assassinato do médico José AlfredoVasco Tenório, ferido por um tiro mortalpelas costas quando passeava de bicicle-ta, comoveu e indignou a sociedade ala-goana. Ele tombou no corredor VeraArruda, na Jatiúca, um espaço que deve-ria ser destinado à alegria, ao congraça-mento, á cultura, mas que, infelizmente,transformou-se em território da morte.No sepultamento, seu filho, o empresá-rio André Palmeira, foi categórico:"quem matou meu pai não foi apenasum bandido, foi também o governo doEstado, a Secretaria de Defesa Social, aPolícia Militar, foram todo os políticosque andam dizendo que a segurançapública vai bem, mas que, na verdade,andam em carros blindados e cheios desegurança armados até os dentes.Estamos todos revoltados e queremosque o Estado combata a criminalidade"Em meio à dor, a lucidez. O empresárioafirmou que chegou a procurar as auto-ridades após o registro de assaltos noCorredor. Propôs a reativação do PMBox, abandonado pelo governo semmaiores explicações. A comunidadeassumiria os gastos com alimentação,combustível e o que mais fosse necessá-rio ao trabalho dos policiais. A respostado governo foi um "não". O tal do novomodelo de gestão administrativa para a

área de segurança não contemplavapoliciais fixos.Essa foi uma tragédia anunciada e que,talvez, pudesse ter sido evitada. Ogoverno, desde que assumiu, em 2007,desmantelou o aparelho de segurançamontado. Acabou com as delegaciasespecializadas, com os PM Box, com a

Oplit (Operação Litorânea, criada paraoferecer mais segurança aos transeuntesda orla) e esvaziou o Centro deGerenciamento de Crises da PolíciaMilitar, que chegou a receber prêmionacional pelo bom desempenho. Porque o governo tomou tal atitude? Nãohá explicação. Ao adotar linha diferenteda praticada pelo governo anterior, des-

carrilou o tremda segurançapública e mergu-lhou o Estado notúnel do medo eda incerteza.Diante da reaçãopopular, o go-verno resolveutransferir a responsabilidade para ogoverno federal. Em entrevista a umarádio da capital, o representante dogoverno estadual disse que a presidentaDilma deveria dispensar a Alagoas omesmo tratamento dispensado ao Riode Janeiro, e eximiu-se de responsabili-dade. Afirmou que a violência é proble-ma nacional, mas esqueceu de mencio-nar que, a partir da sua gestão, o Estadotornou-se o mais violento do País, comMaceió figurando entre as três cidadesmais violentas do mundo. São mais de11 mil homicídios desde 2006, semelencar as tentativas de homicídios, aslesões corporais, os roubos, os seques-tros etc. A população foi às ruas e acidadania já alertou: quer justiça e umcombate firme à criminalidade.

Ronaldo LessaÉ engenheiro e ex-governador de Alagoas

Um tiro em todos os alagoanos

Acabo de chegar de Maceió, onde faleisobre "rituais de passagem" na décima edi-ção do Pajuçara Management. Discorrisobre um assunto anormal num encontrode empresários. Falei de coisas velhas parapessoas dedicadas ao novo. Rituais e sím-bolos, porém são os 2% dos tais 2% quenos distinguem dos macacos.

Fiz novos amigos e viajei no tempo,porque quando menino de 8 anos, em ple-nos anos 40, morei em Rio Largo e,depois, em Maceió numa casa que minhasaudosa mãe chamava de "castelinho",localizada na Ponta da Terra. Com ummapa, Sergio Moreira, meu generoso anfi-trião em Alagoas, mostrou como esse bair-ro hoje faz parte de uma ampla malhaurbana. Um conjunto litorâneo que, gra-ças à hospitalidade de Bruno Cavalcanti eRachel Rocha Barros, nós vivenciamos visi-tando seus sítios mais interessantes e rece-bendo vastas doses de história e sociolo-gia do Nordeste - esse berço de Brasil.

Acompanhava tudo isso um meninochamado Roberto que, de quando em vez,surgia para relembrar o sabor do sururucomido pela primeira vez em 1942 e con-firmado nestes 2012 por um homem deespaçosas 75 primaveras. O mesmo ocor-reu naqueles segundos que antecedem aformalidade da palestra. Pois foi numcamarim muito confortável que me veio àmemória a moeda reluzente de um cruzei-ro, a nova unidade monetária nacionalcriada em 1942, a qual usei de imediatopara comprar um "quebra-queixo" ou umatapioca na praia sem calçadão e automó-veis, localizada perto de nossa casa.

Os hospedeiros generosos falavam dosprimeiros anos da República dominada

pelo nepotismo alagoano então (?) nor-mal dos Fonsecas - o marechal Hermes erasobrinho do igualmente marechalDeodoro -, ambos alagoanos; e, dentro demim, surgia nítida, como as águas da Praiado Francês, a imagem de uma superforta-leza voadora americana B-25, sobrevoan-do a antiga Maceió, provavelmente indode Caravelas para Natal, onde os america-nos tinham bases navais e aéreas queforam instrumentais para a conquista doNorte da África e, em seguida, para a inva-são da Sicília pelo seu 4.º Exército. Ao lado

disso, surgiam figuras de marinheiros esoldados americanos risinhos, distribuindochocolates para os meninos e cigarrosChesterfield para os adultos, que admira-vam a sua qualidade e o azul inefável desua fumaça. E seguia a caixa de Pandoradas minhas recordações, trazendo intactoo momento em que esse mesmo pai,Renato, me deu uma primeira Coca-Cola,com as seguintes palavras: "Prove estabebida inventada pelos americanos!"Provei e senti o gosto imprevisto na boca

do menino habi-tuado aos refres-cos caseiros degraviola e cajá.

Essa Maceióde gostos impre-visíveis era bemdiferente da cida-de previsível queeu percorria. E novamente o menino seretornava lembrando os comentários demeu pai ao retornar de uma tarde dançan-te tocada a big band num clube de oficiaisda Marinha americana: "É incrível - dizmeu pai que foi um baiano ciumento mes-clado do horror a ser traído pela mulher,esse terror aprendido numa Manaus, ondetodos os homens andavam armados -como esses americanos deixam suasmulheres dançar com outros homens..."

Durante anos, essa frase rondouminha vida, tendo sido decisiva na cons-trução de minha masculinidade. Masminha mãe Lulita, uma exímia pianista,proibida de dançar com outros homens,vingava-se tocando no seu piano uma belamúsica americana, cujo nome intrigava ocasal. Era a canção Tangerine (de 1941),que falava de uma mulher pela qual todosse apaixonavam, mas ela somente flertavaa si mesma. Meus pais achavam graça queuma música tivesse o nome de uma fruta.Coisas de americanos...

Tempos em que ainda havia ciúme.Tempos em que tudo era grande e omundo imenso.

Roberto da MattaÉ colunista de O Estado de S. Paulo

Tempos em que ainda havia ciúme“O fortalecimento

da renda e doemprego tem sido

uma das princi-pais ferramentas

do governo”

“O empresário afirmouque chegou a procuraras autoridades após oregistro de assaltos noCorredor e propos a

reativação do PM Box”

“Fiz novos amigos eviajei no tempo

porque, quando meni-no de 8 anos, morei

em Rio Largo e, depois,em Maceió”

Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012 Opinião |B5

A semana teve muiutos lances, mas a imagem que ficou foi a do ato popular em Jatiúca, protestando contra a violência que matou o médico José Alfredo Vasco

Luiz Carlos Barreto GoesDiretor-Geral

Romero Vieira BeloDiretor Editorial

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012B6 | Diário Oficial dos Municípios

Novas regras para telefone social vão vigorar > LIGAÇÃO FIXA

A partir da próxima sexta-feira, programa vai beneficiar, no primeiro ano, famílias com renda mensal até um salário mínimo

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDOREAVISO DE LICITAÇÃO

Pregão Presencial nº 006/2012 – Data:19 /06/2012 às 10h00min – Objeto:Aquisição de Material de Expediente,Didático e Informática.Pregão Presencial nº 007/2012 – Data:20 /06/2012 às 10h00min – Objeto:Aquisição de Material Permanente.Pregão Presencial nº 008/2012 – Data:21 /06/2012 às 10h00min – Objeto:Aquisição de Material de Construção.Disponibilização do Edital: Rua NiloPeçanha, 106, Centro Histórico,Penedo/AL. Fagner Lima DantasPregoeiro------------------------------------------------

ESTADO DE ALAGOASPREFEITURA MUNICIPAL

DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPALDE QUEBRANGULO - CNPJ.12.241.675/0001-01.CONTRATADO: Provedora CMA InternetLtda, CNPJ/MF 05.232.786/0001-96.VALOR GLOBAL: R$ 24.500,00 (vinte equatro mil e quinhentos reais). Objeto:Prestação de serviços de comunicação eacesso interrupto via cabo e rádio, parautilização de sistemas online. Vigência:01/06/2012 a 31/12/2012. Fonte deRecurso: 0 4 . 0 0 - 0 4 . 4 0 - 2 . 0 0 4 -3.3.90.39.00.00.00.00.0.1.00100 6 . 0 0 - 0 6 . 6 0 - 2 . 0 0 6 -3.3.90.39.00.00.00.00.0.1.0020 Quebrangulo, 31 de maio de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos LimaPrefeito------------------------------------------------

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DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: Prefeitura Municipal deQuebrangulo - CNPJ. 12.241.675/0001-01CONTRATADO: Aline Maria Correia deHolanda, CPF: 034.427.784-41OBJETO: Prestar serviços como monitorna modalidade EJA (Educação deJovens e Adultos) para atuar nasEscolas da Rede Municipal na EscolaMunicipal Tomaz Tenório de Holanda –

Sec. de Educação.VALOR GLOBAL: 4.424,00 (quatro milquatrocentos e vinte e quatro reais).PRAZO DE EXECUÇÃO: 07 (sete) meses.FONTE DE RECURSO: 06.60/ 2.006/1 2 . 3 6 1 . 0 0 0 43.1.90.04.00.00.00.00.0.1.0020Quebrangulo, 01 de junho de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos Lima –Prefeito------------------------------------------------

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CONTRATANTE: Prefeitura Municipal deQuebrangulo - CNPJ. 12.241.675/0001-01CONTRATADO: Francisca Mota Menezes,CPF: 059.429.544-02OBJETO: Prestar serviços como monitorna modalidade EJA (Educação deJovens e Adultos) para atuar nasEscolas da Rede Municipal na EscolaMunicipal Tomaz Tenório de Holanda –Sec. de Educação.VALOR GLOBAL: 4.424,00 (quatro milquatrocentos e vinte e quatro reais).PRAZO DE EXECUÇÃO: 07 (sete) meses.FONTE DE RECURSO: 06.60/ 2.006/1 2 . 3 6 1 . 0 0 0 43.1.90.04.00.00.00.00.0.1.0020Quebrangulo, 01 de junho de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos Lima –Prefeito------------------------------------------------

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CONTRATANTE: Prefeitura Municipal deQuebrangulo - CNPJ. 12.241.675/0001-01CONTRATADO: Maria Donicelia da SilvaSantos, CPF: 103.519.564-09OBJETO: Prestar serviços como monitormonitor na modalidade EJA (Educaçãode Jovens e Adultos) para atuar nasEscolas da Rede Municipal na EscolaMunicipal Georgina Soares - Extensão –Sec. de Educação.VALOR GLOBAL: 4.704,00 (quatro milsetecentos e quatro reais).PRAZO DE EXECUÇÃO: 07 (sete) meses.FONTE DE RECURSO: 06.60/ 2.006/1 2 . 3 6 1 . 0 0 0 4

3.1.90.04.00.00.00.00.0.1.0020Quebrangulo, 01 de junho de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos Lima –Prefeito------------------------------------------------

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DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: Prefeitura Municipal deQuebrangulo - CNPJ. 12.241.675/0001-01CONTRATADO: Sidevan CarlosCavalcante, CPF: 080.325.154-88OBJETO: Prestar serviços como monitorna modalidade EJA (Educação deJovens e Adultos) para atuar nasEscolas da Rede Municipal na EscolaMunicipal Leandro Ferreira Veiga -Extensão – Sec. de Educação.VALOR GLOBAL: 5.054,00 (cinco mil ecinqüenta e quatro reais).PRAZO DE EXECUÇÃO: 07 (sete) meses.FONTE DE RECURSO: 06.60/ 2.006/1 2 . 3 6 1 . 0 0 0 43.1.90.04.00.00.00.00.0.1.0020Quebrangulo, 01 de junho de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos Lima –Prefeito------------------------------------------------

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DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: Prefeitura Municipal deQuebrangulo - CNPJ. 12.241.675/0001-01CONTRATADO: José Inácio de MouraFilho, CPF: 084.632.704-09OBJETO: Prestar serviços como monitorna modalidade EJA (Educação deJovens e Adultos) para atuar nasEscolas da Rede Municipal na EscolaMunicipal Antônio da Costa Pereira –Sec. de Educação.VALOR GLOBAL: 4.704,00 (quatro milsetecentos e quatro reais).PRAZO DE EXECUÇÃO: 07 (sete) meses.FONTE DE RECURSO: 06.60/ 2.006/1 2 . 3 6 1 . 0 0 0 43.1.90.04.00.00.00.00.0.1.0020Quebrangulo, 01 de junho de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos Lima –Prefeito------------------------------------------------

ESTADO DE ALAGOAS

PREFEITURA MUNICIPALDE QUEBRANGULO

EXTRATO DE CONTRATOCONTRATANTE: Prefeitura Municipal deQuebrangulo - CNPJ. 12.241.675/0001-01CONTRATADO: Larissa Pereira da Silva,CPF: 103.315.534-90OBJETO: Prestar serviços como monitorna modalidade EJA (Educação deJovens e Adultos) para atuar nasEscolas da Rede Municipal na EscolaMunicipal Rodrigo Jacinto Tenório – Sec.de Educação.VALOR GLOBAL: 4.424,00 (quatro milquatrocentos e vinte e quatro reais).PRAZO DE EXECUÇÃO: 07 (sete) meses.FONTE DE RECURSO: 06.60/ 2.006/1 2 . 3 6 1 . 0 0 0 43.1.90.04.00.00.00.00.0.1.0020Quebrangulo, 01 de junho de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos Lima –Prefeito------------------------------------------------

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DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: Prefeitura Municipal deQuebrangulo - CNPJ. 12.241.675/0001-01CONTRATADO: Rita de Cássia da SilvaSantos, CPF: 032.244.254-07OBJETO: Prestar serviços como psicólo-ga no CAPS (Centro de AtençãoPsicossocial) – Sec. de Saúde.VALOR GLOBAL: 7.000,00 (sete milreais).PRAZO DE EXECUÇÃO: 07 (sete) meses.FONTE DE RECURSO: 07.71/ 6.030/1 0 . 3 0 2 . 0 0 0 83.3.90.36.00.00.00.00.0.1.04.02Quebrangulo, 01 de junho de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos Lima –Prefeito------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPALDE QUEBRANGULOAVISO DE LICITAÇÃO

A CPL do município de Quebranguloinforma aos interessados que estarárealizando a seguinte licitação abaixo:CONVITE 07/2012. Órgão: SecretariaMunicipal de Educação, Esporte eCultura. Objeto: Aquisição deBrinquedos Pedagógicos. Data/Hora: 05

de junho de 2012, as 09h00min. O edital do processo encontra-se a dis-posição dos interessados na sala daCPL, no horário de 08h00min as12h00min. Sito: Praça Getúlio Vargas,50 – Centro - Quebrangulo – AL. (82)3288 1159 [email protected], 28 de maio de 2012.LUCIVAN ALEXANDRINO DE BARROSPresidente CPL------------------------------------------------

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DE QUEBRANGULOTERMO DE HOMOLOGAÇÃOO Prefeito do Município deQuebrangulo, Estado de Alagoas no usode suas atribuições e em conformidadecom a lei 8.666-93, resolve HOMOLOG-AR o Pregão Presencial 19/2012 – 2ªChamada, Processo Administrativo Nº330008/2012. Objeto: Locação deCarros com Motoristas – TransporteEscolar. Quebrangulo, 24 de maio de 2012.Marcelo Ricardo Vasconcelos LimaPrefeito------------------------------------------------

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DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPALDE QUEBRANGULO - CNPJ.12.241.675/0001-01CONTRATADOS: Allisson EmanuelHolanda da Silva, CPF 091.847.124-90,Valor Global: R$ 9.101,40 (nove milcento e um reais e quarenta centavos);Antonio Dantas Tavares, CPF758.236.834-72, Valor Global: R$14.322,00 (quatorze mil trezentos evinte e dois reais); Carlos André Veiga eSilva, CPF 023.580.114-36, Valor GlobalR$ 18.168,92 (dezoito mil cento esessenta e oito reais e noventa e doiscentavos); Geraldo Tenório deAlbuquerque, CPF 497.423.534-68,Valor Global: R$ 16.362,50 (dezesseismil trezentos e sessenta e dois reais ecinqüenta centavos); José Anísio dePaula, CPF 514.871.014-49, ValorGlobal: R$ 19.334,70 (dezenove miltrezentos e trinta e quatro reais esetenta centavos); José Cícero

Mendonça Lopes, CPF 010.384.614-05,Valor Global: R$ 9.817,50 (nove miloitocentos e dezessete reais e cinqüen-ta centavos); José Cristino Vieira daSilva, CPF 061.357.754-05, ValorGlobal: R$ 13.482,70 (treze mil quatro-centos e oitenta e dois reais e setentacentavos); José Jailson da Silva, CPF088.653.134-98, Valor Global: R$7.854,00 (sete mil oitocentos ecinqüenta e quatro reais); JoselitoNunes de Araujo, CPF 636.454.594-72,Valor Global: R$ 15.915,90 (quinze milnovecentos e quinze reais e noventacentavos); Josenilda Mendonça deLima, CPF 047.995.454-06, ValorGlobal: R$ 11.550,00 (onze mil quin-hentos e cinqüenta reais); Neilton deSouza Silva, CPF 086.457.994-21, ValorGlobal: R$ 8.061,90 (oito mil sessenta eum reais e noventa centavos); PauloCésar Bezerra da Silva, CPF033.584.814-17, Valor Global: R$14.372,82 (quatorze mil trezentos esetenta e dois reais e oitenta e doiscentavos); Rildo de Assis Barros, CPF649.919.894-34, Valor Global: R$8.061,90 (oito mil sessenta e um reais enoventa centavos); Antonio Alves daSilva, CPF 485.700.874-20, ValorGlobal: R$ 7.854,00 (sete mil oitocen-tos e cinqüenta e quatro reais); JoséAntonio de Barros Cavalcante, CPF089.251.214-84, Valor Global: R$8.316,00 (oito mil trezentos e dezesseisreais); Ivanildo Justino de Melo, CPF051.115.884-00, Valor Global: R$16.362,50 (dezesseis mil trezentos esessenta e dois reais e cinqüenta cen-tavos); Jussara Freitas Cavalcante, CPF095.900.704-00, Valor Global: R$10.510,50 (dez mil quinhentos e dezreais e cinqüenta centavos). Objeto:Locação de Carros com motoristas –Transporte Escolar. Vigência:01/06/2012 a 31/12/2012. Fonte deRecurso: 0 6 . 0 0 - 0 6 . 6 0 - 2 . 0 1 2 -3.3.90.36.00.00.00.00.0.1.0204.00000 0 6 . 0 0 - 0 6 . 6 1 - 2 . 0 2 0 -3.3.90.36.00.00.00.00.0.1.0030.00000 0 6 . 0 0 - 0 6 . 6 0 - 2 . 0 2 9 -3.3.90.36.00.00.00.00.0.1.0200.00000

A partir da próxima sexta-feira (8), as famílias inscritas noCadastro Único para ProgramasSociais do governo federal(CadÚnico) poderão solicitar ainclusão no Acesso IndividualClasse Especial (Aice), modali-dade de telefonia fixa destinadaà população pobre. Pelo Aice, opreço da assinatura básica men-sal, sem impostos, é R$ 9,50,com uma franquia de 90 minu-tos para ligações fixas locais.Com impostos, o valor chega aR$ 13,30.

O programa vai beneficiar,no primeiro ano, famílias comrenda mensal até um saláriomínimo. A partir de junho de2013, serão atendidas famíliascom renda de até dois saláriosmínimos e, a partir de junho de2014, com até três salários míni-mos, contemplando todas asfamílias do CadÚnico. Os usuá-rios integrantes do cadastro quejá têm telefone em casa e quise-rem mudar para o Aice tambémpodem fazer a transferência.

As novas regras do Aiceforam publicadas no DiárioOficial da União do dia 9 deabril, estipulando prazo de 60dias para a entrada em vigor. OAice existe desde 2005 e tematualmente cerca de 142 milusuários. A intenção da Anatelcom a mudanças nas regras écontemplar as 22 milhões defamílias inscritas atualmente no

CadÚnico.O prazo para ativação do

Aice é sete dias, mas a Anatelvai dar um prazo de 120 diaspara as concessionárias se adap-tarem, nos casos da instalaçãode novas linhas. Quem tem oAice hoje e não está noCadÚnico terá 90 dias paraescolher um novo plano, mas asempresas terão que ofereceruma proposta igual ou maisvantajosa para esses clientes.

Segundo as diretrizes esta-belecidas pela agência, as con-cessionárias de telefonia fixalocal (Oi/Brasil Telecom,Telefônica, Sercomtel eCTBCTelecom) terão que divul-gar as informações sobre o tele-fone social nas suas páginas nainternet, nos setores de atendi-mento presenciais, por maladireta e pelas centrais de aten-dimento.

"Isso significa, na prática,um barateamento muitoexpressivo da assinatura básicapara um segmento da popula-ção. Para não fazer uma redu-ção gradativa e universal, resol-vemos fazer esse programa seg-mentado", disse o ministro dasComunicações, Paulo Ber-nardo, na última quarta-feira(30), em audiência na Câmarados Deputados. Atualmente, aassinatura básica residencialconvencional custa em torno deR$ 40.

Banda de forró alagoana estaráno Brazilian Day in New York

O Brazilian Day in NewYork 2012, que acontece nosdias 1 e 2 de setembro, terá aparticipação de uma banda deforró alagoana. O empresárioda Xoteados, George Firmo,conversou com o Primeira Edi-ção e contou um pouco da his-tória da banda.

"A banda Xoteados está háquatro anos no mercado. Te-mos três CDs gravados, um emestúdio e dois ao vivo, um delesgravado em São Miguel dosCampos e outro em Poço dasTrincheiras. Agora estamos nospreparando para gravar o nos-so quarto CD em estúdio", con-ta o empresário.

Firmo contou ainda que oconvite para participar do Bra-zilian Day surgiu depois queuma TV estatal de Nova Iorqueesteve fazendo gravações naFeira dos Municípios, que acon-tece todos os anos no Centro deConvenções de Maceió, levan-do o nome de Alagoas para os

Estados Unidos. "Marcamos de gravar os

shows da banda Xoteadosdurante as festas de São Joãopara exibição nesta TV, awww.mnn.org. Já temos trêsshows marcados na cidade emNova Iorque, um na Casa

Brasil e outro em um bailepara brasileiros. Eu tenho cer-teza que agora teremos umaprojeção mundial", disseempolgado.

A Banda Xoteados vai tocarno Palco B do Brazilian Day,que este ano comemora o cente-

nário de Luiz Gonzaga. É a pri-meira vez que uma banda deAlagoas se apresenta no even-to.

Quem quiser entrar em con-tato com a banda, pode ligarpara os telefones 3231-1500 e9975-8136.

> SUCESSO

Segundo George Firmo, grupo de forró foi visto por TV estatal americana durante Feira dos Municípios em Maceió

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012 Especial |B7

Equipamento da Joplas é raridade no mundo> INDÚSTRIA

Há 10 anos no mercado, empresa simboliza afirmação do Polo Industrial José Aprígio Vilela,em Marechal Deodoro

Empresa alagoana, referên-cia nacional por sua qualidadee pioneirismo na fabricação detubos e conexões em PVC refor-çado com fibra de vidro, aJoplas está no mercado há 10anos produzindo materiaisamplamente utilizados nossetores de mineração e siderur-gia, químico, petroquímico,sucroenergético, de construçãoe saneamento.

Localizada no Polo Indus-trial de Marechal Deodoro, aJoplas é vencedora de importan-tes prêmios voltados para osetor de compósitos, ou seja,materiais de alta resistência.

Detentora do ISO 9001, seloconcedido a empresas que tra-balham com um modelo de ges-tão que preza pela qualidadedos produtos e serviços presta-dos, possui também o Certifi-cado de Registro de Classifi-cação Cadastral (CRCC) emiti-do pela Petrobras.

Em 2008, foi eleita a vence-dora do Prêmio Petrobras UN-RNCE, um dos mais importan-tes do ramo, na categoria

Médios Contratos de Bens eServiços, graças ao seu compro-misso com o processo de fabri-cação e entrega de materiais.

A Joplas está entre as maio-res empresas arrecadadoras deICMS do Estado de Alagoas e éresponsável por mais de 50 em-pregos diretos.

Em sua área industrial, aempresa trabalha com duas li-nhas de produção, sendo uma

semiautomática e a outra total-mente automatizada, esta inicia-da em 2011.

Foi nesse ano que a Joplasrealizou um investimento de 12milhões de reais e adquiriu, naItália, uma máquina de alta tec-nologia, capaz de fabricar até 30metros de tubos de PRFV (plás-tico reforçado com fibra devidro) por hora, em diâmetrosde 100mm a 800mm, comumen-

te utilizados na irrigação, fertir-rigação e saneamento.

O equipamento é o único noBrasil e um dos três existentesno mundo. Um diferencial quecoloca não apenas Alagoas emdestaque no mercado de compó-sitos, mas o País. Para prezarpela satisfação de seus clientes, aJoplas ainda realiza testeshidrostáticos em 100% dos tubosque produz.

Operando com tecnologia de ponta, a Joplas é exemplo de afirmação no Polo Multifabril de Marechal Deodoro

Divulgação

Apesar do dinheiro da Universal,Record terá preju de R$ 100 mi

> SANTO RALO

Edir Macedo, líder da IgrejaUniversal e principal acionistada TV Record foi informado deque sua emissora fechará o anode 2012 com um prejuízo esti-mado em R$ 100 milhões. Trata-se de um prejuízo 66% maiorque o do ano passado, quando aemissora fechou com R$ 60 mil-hões negativos, segundo infor-mação da coluna Radar, deLauro Jardim ("Veja").

Estima-se que, por ano, aIgreja Universal pague em tornode R$ 480 milhões para a Re-cord, em troca das madrugadasda emissora.

O anúncio de mais um milio-nário prejuízo em 2012 deveesquentar novamente os ânimosdas duas correntes em tensãodentro da Universal.

De um lado, há os bisposque acham que a emissoradeve ser um veículo da Igreja,e não o contrário, e que exigemmais espaço para a pregaçãona grade de programação; do

outro lado, a corrente encabe-çada por Honorilton Gonçal-ves, vice-presidente artístico,que defende uma programaçãocomercial laica, a manutençãoda "guerra" contra a Globo e apermanência da programaçãoda Igreja Universal nas madru-gadas.

Boa parte dos gastos desteano se devem à cobertura dasOlimpíadas de Londres, àsquais a Record já havia desem-bolsado US$ 60 milhões para terexclusividade, e agora terá deenviar cerca de 300 profissionaispara a cobertura.

Além dos gastos e do prejuí-

zo iminente, a Record amargauma das piores fases em termosde audiência em horário nobre.Atualmente em cartaz, novelascomo "Rebelde" e "Máscaras"estão afundando a média deaudiência. Em abril, na compa-ração com abril de 2011, a quedade ibope foi de 12%.

REAÇÃOO governo federal prepara

um pacote de medidas parafechar brechas da legislação derádio e TV que permitiram osurgimento de um "mercadoparalelo" ligado às concessõesno país.

Uma das mudanças demaior impacto é a proibiçãoexpressa do aluguel de canais ede horários da programação derádio e TV.

O Ministério das Comunica-ções não quis comentar asmudanças e informou que o"novo marco" ainda será coloca-do em consulta pública.

Casos de câncer vão crescer 75%até 2030, revela estudo científico

> ALERTA

O número de casos de câncervai crescer em 75% até 2030,conduzido por fatores demográ-ficos e de estilos de vida. Essa éa afirmação feita em um estudopublicado nesta sexta (01), nojornal "The Lancet Oncology".

Um grupo de cientistas daIARC (Agência Internacional dePesquisa sobre o Câncer) disseque, em 2008, o número de casosnovos era de 12,7 milhões. Essenúmero pode chegar a 22,2 mil-

hões até 2030, com 90% doaumento ocorrendo em paísesmais pobres, de acordo com apesquisa.

Em 2008, casos de câncer demama, pulmão, colorretal e depróstata somaram metade dosdiagnósticos em países ricos. Empaíses em desenvolvimento,cânceres no esôfago, estômago eno fígado eram mais comuns.Recentemente, houve umaqueda em casos de câncer cervi-

cal e de estômago em ambos osgrupos de países.

Em países pobres, diagnósti-cos de câncer cervival eram par-ticularmente numerosos, e ultra-passavam os de mama e fígado.

Em diversos locais do globo,uma diminuição nas taxas decâncer ligadas a infecções têmsido compensadas pelo aumen-to de diagnósticos de câncer docolo do útero, no reto, na mamae na próstata, casos associados a

uma dieta "ocidentalizada", afir-mam os pesquisadores.

"Intervenções específicas,tais como diagnóstico da doençanos estágios iniciais, além deimplementação de vacinação eprogramas de tratamento efeti-vos, podem levar a uma quedano aumento projetado", suge-rem os pesquisadores.

A pesquisa usou as informa-ções da Globocan, um banco dedados que abrange 184 países.

Edir Macedo é informado do prejuízo milionário da Rede Record este ano

Divulgação

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Primeira Edição | 4 a 10 de junho, 2012B8 | Social

ALANA COMEMORA SUCESSO DA LECLAT> ACONTECENDO

A empresária Alana Tenório,proprietária da Leclat Accessoires -

loja de acessórios femininos -comemora nesta segunda-feira (4)

um ano de muito sucesso.

Com especial aceitação, a loja é umdestaque nesse primeiro ano de

funcionamento: conquistou o públicofeminino alagoano e de todas as partesdo Brasil, pois a Leclat também atende

pedidos através das redes sociais, ee-mail: [email protected],

sempre acompanhando as tendênciasmundiais no segmento.

Tem mais: em breve, Alana Tenóriopromete um ateliê com criações

próprias... Aguardem!!!