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Entre Amor

e poder,

uma rainha

deve surgir...

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Na emocionante conclusão das Crônicas Drake, amor e lealdade serão testados... E comprovados de uma vez por todas.

Solange Drake foi oficialmente coroada Rainha dos Vampiros,

cumprindo a profecia de séculos de idade que predisse a ascensão ao poder de uma filha nascida de uma linha de antigos vampiros. Exceto

que os pensamentos e ações de Solange não são mais os seus - ela está lentamente sendo possuída pelo espírito de Viola, a primeira filha

nascida na linhagem Drake, desde que seu sangue mudou. E, em vez de unir as tribos de vampiros sob o domínio de uma filha como a antiga

profecia previu, Viola prefere destruir todos eles e escravizar os seres humanos em uma vingança pessoal pela devastação provocada há séculos atrás na vida dela. Solange poderá quebrar seu controle a

tempo de salvar a todos que ela ama de uma guerra civil vampírica, ataque dos caçadores, e um dos outros? Nem todo mundo vai

sobreviver à profecia. . . talvez nem mesmo ela.

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Essa é para a minha maravilhosa e incansável agente, Marlene,

e todos da Bloomsbury/Walker & Company! Para Emily, que protege e

estimula os meus filhos com tanto carinho e entusiasmo, para os

publicitários, os editores de texto, diretores de arte, e qualquer outra

pessoa que trabalhou nos Drakes de qualquer forma.

Obrigado, obrigado, obrigado. Você fez um sonho se tornar

realidade.

E como sempre: um grande e gordo agradecimento aos meus

leitores. Vocês são demais!

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Prólogo Solange

Sábado à noite

Eu era uma voz dentro da minha própria cabeça.

Eu não tinha certeza de como isso tinha acontecido. Eu tinha

ouvido um sussurro estranho durante a semana. No começo eu

achava que era meu próprio subconsciente. Ou era porque eu estava

perdendo a paciência, uma vez que parecia acontecer mais quando eu

estava chateada ou irritada, especialmente com a minha mãe ou

Madame Veronique. Mas em algum ponto, eu tinha parado de

reconhecer a voz sussurrante como a minha.

E aí já era tarde demais. Frustração, sede de sangue, e da

necessidade de encontrar Nicholas depois que ele desapareceu me

instigou muito. Isso me fez concordar com Constantine, eu gosto de

planejar que me tornarei rainha no lugar da minha mãe, embora eu

nunca quisesse ser rainha. Eu tinha visto as minhas mãos

alcançando a coroa, arrancando-a de suas mãos desnorteadas. Eu

não estava, eu tinha certeza de que eu estava no controle, mas

quando a tiara de prata tocou em minha cabeça, eu definitivamente

sabia que não era eu que estava mais no controle.

Eu.

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E novamente, já era muito tarde.

Tudo ficou vermelho, depois branco. Não houve alto ou baixo,

sem gravidade, não havia nada para se agarrar. Agarrei e agarrei até

encontrar um apoio irregular aqui, uma posição frágil, mas não foi o

suficiente. Eu estava agarrada a um precipício que poderia muito bem

ter sido feito de vidro. Tudo estava muito brilhante. Vertigo estava

inclinado através de mim, e eu empurrei de volta para o meu corpo,

mas apenas por um breve momento.

Apenas o tempo suficiente para ver Lucy sendo arrastada por

entre as árvores, para ver Nicholas coberto de sangue, para vê-lo

morder Lucy no meu comando.

Lutei, mas a voz veio de novo, me batendo de volta para o

precipício de vidro, onde eu não podia esperar por um momento mais.

Eu me apaixonei por um longo tempo.

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Capítulo 1

Lucy

Sábado à noite

A casa da fazenda Drake era como o recinto dos chimpanzés no

zoológico durante a alimentação à tarde.

Você sabe que, todos os chimpanzés eram mortos-vivos.

E insano.

— Hum, Olá. — eu disse, mas eu tinha certeza que mesmo a

audição sensível dos vampiros não seria capaz de encontrar a minha

voz a partir do caos. — Solange e Nicholas estão em apuros.

Como esperado, ninguém me ouviu. Eles nem sequer notaram

Kieran ereto ao meu lado.

A cozinha estava cheia de Drakes de cabelos escuros,

ferozmente carrancudos. Liam estava bebendo conhaque, e ao lado

dele, Helena parecia com fúria. Tia Hyacinth finalmente levantou o

véu fora o chapéu, e suas bochechas marcadas estavam pálidas. Tio

Geoffrey estava procurando através de computadores portáteis, e seus

irmãos estavam sentados nas cadeiras disponíveis embaixo-da-

escada. Minha prima Christabel, virou-se recentemente, ficando

achatada contra a parede, com os olhos arregalados. Apenas um mês

atrás, ela tinha sido humana e sem saber que os vampiros sequer

existiam. Então, ela tinha sido sequestrada, morta e transformada em

um desses Drakes com este tipo de humor assustador. Eles foram

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indomáveis, como o trovão e o relâmpago em um frasco de vidro. Você

só sabia que, mais cedo ou mais tarde, o vidro iria quebrar em

pedaços.

Agora, a explosão de Drakes não estava no topo da minha lista

de prioridades. Não é um bom sinal. Mas não é exatamente uma

surpresa, já que eu tinha acabado de ser arrastada para a floresta por

minha melhor amiga que, enquanto usava uma coroa, ordenou ao

meu namorado que bebesse o meu sangue. Não importa que ele

estivesse perdido e não tínhamos ideia do que tinha acontecido com

ele.

— Eles estão sempre assim? — Christabel olhou para mim. Ela

estava mais perto da porta e foi a primeira a me notar.

Engoli em seco. — Não, isso é algo diferente.

— O que aconteceu lá atrás?

— Você me diz.

— Solange colocou a coroa. — disse Christabel. —E então todos

ao seu redor voaram de volta para o ar. Parecia... mágica.

—Merda.

—Lucy. — perguntou Christabel.

—Sim?

—Será que você não poderia ficar tão perto?

Eu pisquei dando uma olhada. —Eu não vi você nas últimas

semanas, desde que você não tenha todos os pequenos, você ainda

não vai sair comigo?

Ela se encolheu. —Eu posso sentir o cheiro do sangue sob a

pele.

—Então?

—Então, isto cheira bem. — Seus olhos se abriram mais, até

que eu estava realmente preocupada e pensei que pudesse me jogar

sob sua cabeça e jogá-la no chão. —E isso está me enlouquecendo!

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Eu me afastei enquanto ela lutava para não jogar-se em seus

próprios pés. Pobre Christabel. Ela estava tão despreparada com toda

a coisa de vampiro.

—Hey!— Eu chamei os outros.

—Nós não podemos queimar a floresta. — Liam disse para

Helena, apertando a mandíbula. —Nós nunca chegaremos perto o

suficiente.

—Um par de flechas de fogo deve manter o maldito

Chandramaa ocupado. — sustentou. O Chandramaa era o guarda

que patrulhava secretamente o acampamento onde a rara lua de

sangue estava sendo realizada. Eles basicamente matam qualquer

vampiro ao menor sinal de agressão. Eu achava que a única razão

para Helena não virar uma pilha de cinzas foi porque eles foram

prometidos para servir a rainha.

Mas ela não era mais a rainha. Solange era.

—Vamos apelar para o Plano B. — disse Liam.

—Minha mãe está certa.— Quinn insistiu. —Entramos rápido e

forte agora, antes que eles tenham a chance de se reagrupar.

—É taticamente bom. — Sebastian concordou em silêncio.

—Só que nós teremos que dividir o nosso foco. — Liam

apontou, drenando seu copo. —Nicholas ainda está faltando. Além do

mais, Solange deu uma ordem.— acrescentou friamente. —Ela não é

uma prisioneira.

—Mas essa não é Solange.— eu disse. Eles ainda não tinham

me notado, ou mesmo Kieran ao meu lado, e ele era um caçador de

vampiros, pelo amor de Deus. Os guardas lá fora sabiam que

estávamos já que eles nos deixaram passar, mas Quinn, que ardendo

a um metro de distância, não tinha me visto ainda.

—Temos aliados no campo. — Liam disse sobre os argumentos

de seus filhos. —Melhor começar por aí.

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Helena passou a mão sobre o rosto. Seu cabelo estava saindo

de sua trança apertada. —Concordo. — disse ela, relutantemente,

como seu temperamento frio desgastado. —Por mais que eu odeie

ficar aqui, seu pai está certo. Se forçá-la agora, podemos perdê-la

para sempre.

Quinn gritou seu desacordo. Connor lhe deu uma cotovelada

para calá-lo. Duncan olhou com raiva.

Eu subi na mesa da cozinha com minhas botas enlameadas,

tentando não bater minha cabeça no lustre.

—Eu disse, HEY!— Eu desisti e assobiei estridentemente em

torno de meus dedos, da maneira Duncan me ensinou quando eu

tinha doze anos.

Silêncio vampírico é como nenhum outro silêncio no mundo. É

como quando o poder sai e o barulho de fornos, aquecedores de água,

e tubos de fundo de repente desaparecem. A trilha sonora habitual da

respiração e pequenos movimentos humanos despercebidos tinham

ido embora. Foi só o silêncio palpitante de tantos vampiros de olhos

pálidos, e dentes brilhando. Mesmo eu, que era principalmente imune

aos seus feromônios, senti meu estômago revirar. Adrenalina sendo

liberada através de mim, apenas o suficiente para me fazer sentir

nervosa e trêmula, como se eu tivesse bebido três potes de café.

—Nicholas está de volta. — eu repeti, minha voz de repente

pequena e oscilante como uma mariposa.

Liam estava com as mãos na minha cintura e me tirou da mesa

antes que eu piscasse. —Como você sabe? — Ele perguntou em voz

baixa.

—Ele me mordeu.

Esse silêncio vampiro novamente, só que muito pior neste

momento. Os olhos de Liam brilhavam, e de repente eu estava com

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medo que ele fosse chorar. Eu balancei meus pés, ainda a poucos

centímetros do chão. —Posso começar agora?

Ele me assentou com um cuidado exagerado. —O que quer

dizer ‘Nicholas te mordeu’?

Subi a manga para mostrá-los. As marcas de perfuração eram

pequenas e já tinha parado de sangrar. Ele apenas olhou como se eu

tivesse caído em um garfo de churrasco. Mas eu nunca ia esquecer o

jeito que ele tinha saído da floresta, coberto de hematomas e sangue.

Algo tinha acontecido com ele, algo horrível.

—Ele não disse onde ele estava ou o que tinha acontecido com

ele. — eu disse calmamente. —Mas ele parecia mal.

Mordi o lábio inferior com força para mantê-lo balançando. Eu

não tenho tempo para tremer. Não agora.

—Mas ele é a única peça. — perguntou Helena.

Eu balancei a cabeça. Ela abaixou-se numa cadeira, como se

ela simplesmente não tivesse mais forças para suportar. Olhamos

para ela. Helena nunca caiu. Ela era uma força da natureza, como

uma tempestade espancando as janelas e adagas voando. Liam pegou

a mão dela.

—Solange o fez provar sua lealdade ao me morder. — eu

continuei. Quinn jurou violentamente. —Ela me chamou de escrava

de sangue.

—Oh, Lucy. — disse a tia Hyacinth. —Sabe...

—Isso não é a Solange.

Eu dispensei o resto do seu discurso reconfortante.

—Ela se foi para o lado escuro, Lucy. — disse Connor. —Ela é

uma bebedora de sangue.

Eu balancei minha cabeça. —Olha, eu conheço Solange melhor

do que ninguém.

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Mesmo se eu tivesse passado as últimas semanas me

perguntando o que tinha acontecido com a minha melhor amiga. Ela

tinha mudado, não havia como negar isso. —Isso não era ela. Então

nós temos que ajudá-la!

—Vamos. — Tio Geoffrey assegurou-me, olhando a partir de

seus notebooks. —Eu tenho certeza que há algo aqui que eu estou

sentindo falta. Sua trabalho de sangue foi único.

—O que ela tem é gripe de vampiro ou algo assim? —

perguntou Duncan. Ele esfregou o queixo. Lembrei-me de Nicholas

me dizendo Solange levou-o para fora apenas na semana passada. —

O inferno de uma gripe.

—Eu sei que isso é difícil. — disse o tio Geoffrey. —Mas você

tem que aceitar que Solange mudou, Lucy.

—Ninguém muda tanto assim, tão rápido.

Eu cruzei os braços teimosamente. —E eu sei o que eu sei. Esta

não é ela. Quer dizer, eu pensei que eu peguei um vislumbre da

antiga Solange, mas depois ela foi... sumindo. Ela nem sequer se

moveu como ela mais, você notou? Ela era toda arrogante e

predatória.

Logan se afastou da parede, punhos de renda tremulando. —

Isabeau disse que não havia mágica. — disse ele. —Isso é o que nos

bateu à nossa pele quando ela coroou a si mesma.

—Linguagem.

Tia Hyacinth estalou a língua.

—Sinto muito. É por isso que os Hounds saíram tão

rapidamente. — continuou ele. —Eles estavam todos murmurando e

sussurrando.

—Descubra o que você puder. — Liam ordenou. —Você é a

nossa melhor ligação com a tribo.

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Os Hounds eram decididamente reclusos e ainda não podem

nos ajudar. Mas Logan tinha sido iniciado como um deles, e, mais

importante, Isabeau o amava. E Isabeau chutou todos os tipos de

bundas mágicas. —Como você encontrou Nicholas? — Continuou ele.

—Ele me encontrou. — disse eu. —Bem, nós. Solange tinha me

arrastado para a floresta. —Eu estremeci. —Eu... não é ela. — eu

repeti.

Logan colocou o braço em volta de mim de forma reconfortante.

—Como você escapou?

—Kieran me encontrou.

Eles finalmente o perceberam, tudo de uma vez. A formação

Helios-Ra tinha sua mão pairando sobre a estaca em seu cinto. —

Marcamos a camisa de Nicholas. — explicou. —Provavelmente,

enquanto ele estava mordendo ela. Tínhamos trabalhado por uma

semana, então quando o chip foi ativado, eu segui as coordenadas.

Helena parecia impressionada. —Esse é meu garoto. Ela quase

sorriu. —Ele vai ficar bem. Ela olhou para mim. —Nós fizemos um

plano, Lucy. Nicholas sabia que ao aliar-se com Solange, ele estava

fazendo uma escolha.

—O quê?

—Sabíamos que poderíamos precisar de alguém para ficar de

olho nela. — Liam elaborou. —Embora eu admita, eu nunca poderia

ter imaginado que sairia bem assim. Ele é a nossa melhor chance

embora. Ela acreditou que ele ficaria por ela antes de qualquer outro.

—Exceto para mim. — ressaltei.

—Sim. — ele admitiu suavemente. —Mas o campo não é seguro

para você.

Meus joelhos amoleceram aliviados. —Você acha realmente que

vai dar tudo certo para Nicholas?

—É claro. — Helena respondeu. —Ele é um Drake.

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Ela não o tinha visto. Eu não tinha tanta certeza se até mesmo

o lendário sangue Drake seria suficiente para salvá-lo de tudo o que

aconteceu com ele enquanto ele estava ausente.

—Nós teremos que matá-la. — uma mulher disse friamente. Eu

não podia vê-la com tantas pessoas entre eu e porta. Eu não tinha

que vê-la. Eu podia ouvi-la muito bem. —Não poderemos deixar

Solange desonrando nosso nome. Amanhã à noite, apesar de que

seria melhor hoje. Ela se se tornou um risco para nós.

—Matá-la? — exclamei, empurrando os irmãos Drake para uma

parede. —Que diabos-Whoa.

O vampiro só poderia ser Madame Veronique, atualmente a

mais antiga vampira Drake viva e a matriarca da linha de sucessão.

Eu nunca tinha conhecido ela antes, só tinha ouvido as histórias dos

outros sussurrando sobre como ela era assustadora. Eu tinha

assumido que eles estavam exagerando.

Eles não estavam exagerando.

Apesar de suas palavras, ela não fez nada exteriormente

agressivo. Ainda assim, todos os pelos dos meus braços e a parte de

trás do meu pescoço se arrepiaram. Eu me senti como um porco-

espinho ameaçado, cada pelo eriçado dolorosamente. Seu cabelo

castanho estava em tranças que atingiam seus quadris, com uma

touca bordada. Ouro brilhava de seu diadema e as fitas em seu

vestido longo, de estilo medieval. Seus olhos eram de um cinza tão

claro que eram praticamente brancos. Sem mencionar glacial.

Ela era pálida, pequena e estranha. Ela irradiava austeridade

de uma maneira que os Drakes não o faziam, nem mesmo a tia

Hyacinth e ela tinha quase duzentos anos de idade. Madame

Veronique tinha 800 anos de idade, e tudo nela era mortal. Ela era o

veneno silencioso para a lâmina de Helena. Eu tremi.

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—Os seres humanos? — ela perguntou com leve desdém. Seu

olhar se desviou de mim, despedindo-me como sem importância.

Quinn e Connor ficaram na minha frente, independentemente,

deslocando casualmente para que eu me escondesse. Sebastian

bloqueou Kieran.

—Já não temos problemas suficientes sem seus animais de

estimação indisciplinados? — Madame Veronique perguntou

calmamente, depois de uma pausa aterrorizante.

A mão de Logan prendeu meu braço, e ele me arrastou para

fora das portas deslizantes de vidro, Kieran em nossos calcanhares.

Eu nem sequer tive a chance de dizer adeus a Christabel. —Vamos lá,

antes que Madame Veronique coloque uma de suas servas atrás de

você.

—Ela tem servas?

—Sim, e elas se parecem com os assustadores bibliotecários

mortos-vivos.

—Ela realmente quer matar sua irmã? — Eu perguntei

enquanto corríamos pelos jardins escuros. Eles eram cobertos com

rosas do campo. Os jardins dos meus pais estavam cheios de legumes

para conservas e ervas para tônicos de saúde da mamãe. Sem

mencionar os cristais plantadas em toda parte para ajudar a tudo

crescer. —Ela pode fazer isso?

—Sim. — respondeu Logan severamente.

—Mas... sua mãe pode detê-la, certo?

—Espero que sim. — disse ele, com um charmoso sorriso

desaparecendo. —Eu realmente espero que sim.

—Nós vamos pará-la. — disse Kieran, andando silenciosamente

ao nosso lado. Com sua formação Helios-Ra ele era quase tão

silencioso como Logan. Eu estava aprendendo, mas eu ainda

quebrava galhos com minhas botas. —De alguma forma.

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—Eu vou ver o que Isabeau sabe. — disse Logan, nos guiando

até a entrada do carro de Kieran. —Tenha cuidado.

—Você também, Logan. — Eu o abracei com força. —Eu não

quero perder mais Drakes hoje à noite.

Eu fui para o lado do passageiro. Logan fechou a porta e ficou

ali olhando para mim até que eu tranquei. —Eu deveria chamar

Jenna. — eu disse, pegando minha bolsa no banco de trás. Eu tinha

levado ela e Tyson para uma festa da fogueira com os amigos da

minha antiga escola. Um vampiro mordeu sorrateiramente uma das

meninas, mas, felizmente, ela estava bêbada demais para lembrar-se

de detalhes. Tyson a trouxe para a enfermaria da escola, e Jenna e eu

tentamos acompanhar o vampiro. Foi quando a guarda de Solange me

pegou e deixou Jenna inconsciente na floresta.

—Ela está bem. — Kieran me lembrou. —Recebi uma

mensagem de Spencer e liguei para Chloe para que ela nos ajudasse.

Jenna está em seu dormitório com alguns pontos e uma leve

concussão.

Eu não podia nem argumentar, eu estava muito ocupada

bocejando tão enormemente que meu rosto formigava. Apesar de tudo

o que estava acontecendo, eu adormeci no caminho de volta para a

academia. A adrenalina do acidente me fez sentir como se eu fosse

feita de cimento molhado. Quando Kieran me cutucou para acordar,

eu tentei dar um soco nele.

—Droga-Lucy!— Ele abaixou, batendo com a cabeça na janela.

Pisquei os olhos turvos. —Desculpe, Kier. É o hábito.

Ele esfregou a parte de trás de sua cabeça. —Entre você e

Hunter, é uma maravilha que eu tenha ainda todos os meus membros

intactos.

Eu bufei, esfregando os olhos. —Você me dopou com Hypnos.

—Três meses atrás. Deixa para lá, Hamilton.

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Eu apenas sorri sonolenta. —Você tem muito a aprender.

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Capítulo 2

Solange

Caí em uma escada de pedra em espiral. Eu estava em uma

espécie de castelo, com a poeira sob meus pés descalços, com o cheiro

de flores e feno no ar seco. Eu usava um vestido de estilo medieval cor

de vinho, tipo Madame Veronique favorecida, com um cinto de joias.

Ela foi transformada em 1162, por isso eu e meus irmãos estudamos

o século XII completamente o suficiente para que eu soubesse que a

janela na minha frente era na verdade um buraco, através do quais

flecheiros atiravam flechas contra o avanço de cavaleiros. A luz do sol

entrou através dele, aterrissando na parte de trás da minha mão.

Agarrei-a, como se fosse uma flecha sendo enviada de volta ao

castelo.

Ele não me queimou.

Ou me faz sentir fraca.

Eu coloquei os meus dedos nos meus dentes. Eu ainda tinha o

conjunto triplo de presas, mas nenhum desejo de afundá-los em

nenhum ser vivo mais próximo. Eu não estava com sede de sangue, e,

ultimamente, eu estava sempre com sede. Eu queria aproveitar isso,

mas eu sabia que não podia ficar aqui. Mamãe diria para chegar a um

terreno mais elevado, ou pelo menos, não ficar encurralada. Eu

estava definitivamente conquistando a escada, mas se eu fosse até o

telhado, eu ficaria confinada.

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Eu desci correndo os degraus, ouvindo com atenção os sons

dos habitantes do castelo. Eu podia ouvir o barulho do martelo de um

ferreiro em algum lugar lá fora e o relincho de um cavalo, mas, nada

mais. As paredes eram caiadas e pintadas com uma rosa no centro de

cada pedra. Tapeçarias penduradas nas salas que se abriam para fora

com as portas em forma de arco. Senti o cheiro de fumaça e carne

assada, e lavanda seca sob meus pés.

Eu corri para o grande salão, sem ser descoberta. Olhei em

torno de uma das tapeçarias e vi mesas de madeira e bancos, fogo no

centro da sala, com fumaça subindo até o teto e ficando por lá.

Mulheres se movimentavam para trás e para frente, usando vestidos

semelhantes aos meus. Um menino trouxe uma braçada de lenha. Eu

escorreguei para longe, para o pátio ensolarado.

Isso não fazia sentido. Eu deveria estar no acampamento Blood

Moon. Senti-me insubstancial, como se a preciosa luz do sol estivesse

brilhando através de mim. Eu estava invisível? Louca? Esta era uma

viagem no tempo? Ou uma outra visão como a que Kala tinha me

dado? Não era a mesma coisa, mas foi definitivamente algum tipo de

magia.

Isso não importa.

Eu precisava voltar para casa. Eu precisava ter certeza de

minha família estava a salvo e que Lucy não estava sangrando até a

morte na floresta. E que Kieran não me odiava, antes de sair para a

Escócia e nunca mais o ver.

Lembrei-me do gosto de seu sangue na minha boca. Eu tinha

mordido ele muito antes da voz da garota começar a fundir-se com a

minha. Eu não podia culpa-la, não inteiramente. Ela foi lá, no fundo,

mas eu tinha sido a única a mordê-lo. Não tinha? E ele ainda não

tinha me entregado aos caçadores. Ele chamou Lucy ao invés da

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Helios-Ra. Ele merecia uma explicação. Um pedido de desculpas.

Todo mundo merecia.

Quando eu tinha deixado de ser a menina com argila seca em

suas calças e uma necessidade patológica de solidão?

Culpa e preocupações me esmagaram. Agora, isso não

importava: o porquê ou quem ou o quê. Só me importava voltar para

casa para consertar a bagunça que eu tinha feito.

Eu contornei o pátio, permanecendo nas sombras das árvores e

roseiras lilás. Eu passei pelos estábulos e um pombal. Havia um

pomar à distância, e uma parede de pedra cinzenta depois. Eu pisei

no caminho de terra, desigual com sulcos feitos pelos carrinhos e

ferraduras, em direção a duas torres redondas. Eu me escondi, à

espera de um guarda. Em vez disso, havia apenas o vento e as

bicadas das galinhas perdidas nas sementes. O sol estava quente e

agradável no meu rosto. Fazia apenas alguns meses desde a minha

mudança-de-sangue, mas ainda sentia falta da luz do dia.

Um raio de sol caiu sobre mim, fazendo meu vestido ficar

parecido com o fogo e minha pele brilhar como pérolas. As sombras

ao meu redor escureceram, como se minha pele brilhante estivesse

sugando a luz ao meu redor. Eu era uma lanterna sobre a mais longa,

e mais escura noite sem lua.

Cada cavaleiro parou abruptamente e virou-se para olhar para

mim. E eles não pareciam felizes.

Acho que eu não era invisível, afinal.

Porcaria.

Eu não hesitei, não esperei para ver se eles estavam apenas

curiosos. Eu cobri o caminho para as duas últimas torres e a floresta

além dela.

Eu já sabia que não seria rápida o suficiente.

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O vento rosnou no meu cabelo enquanto eu me empurrava para

continuar adiante. O bater de cascos atrás de mim cada vez mais

perto. Pedras escavadas nas solas dos meus pés, cortando minha

pele. Eu estava correndo rápido, mas não rápido-como-um-vampiro.

Uma seta cortou por mim, batendo no chão. Uma chuva de adagas

afiadas caiu perto o suficiente para pregar a bainha do meu vestido

no chão. Eu tropecei e caí.

A respiração quente de um corcel negro ecoou em meus

ouvidos. O cavalo era enorme, os músculos aglomeravam o suor

ardendo no ar, e pedaços de terra atingiram os meus tornozelos. A luz

de uma espada desembainhada brilhou. Ninguém falou o que tornou

tudo muito mais terrível. Eles não gritavam ou ria, eu estava

aterrorizada como um coelho.

Quando eu arrisquei um olhar sobre o meu ombro, eu

realmente tropecei em uma parede, a dor repentina congelou os meus

músculo com aquele choque.

Não foram apenas os cavaleiros que me perseguiam, mas

também raiva.

Ele também era um dragão.

Eu nunca tinha visto nada parecido. Ele era escuro, de um

índigo profundo, como o azul de uma noite de verão, com garras de

prata onduladas e asas de couro que brilhavam como a aurora boreal.

Suas escamas brilhavam como o petróleo, como um arco-íris escuro.

Quando ele abriu a boca, eu vi os dentes do tamanho do meu braço.

Eu não poderia deixar de lembrar a velha na casa sussurrando a

profecia sobre a próxima filha Drake.

Dragão derrotado pelo dragão.

Chamas assobiaram entre os dentes gigantes. Folhas pegaram

fogo e murcharam transformando-se em cinzas; havia grama

queimada em torno de meus dedos. Cobri minha cabeça e continuei a

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correr. Os cavaleiros ficaram juntos, dispersando apenas quando as

chamas ficaram muito perto deles. Os dois cavaleiros no final da linha

viraram-se para erguer as lanças para o dragão. Seus cavalos lutaram

para fugir. Nenhum treinamento no mundo poderia fazê-los ignorar o

lagarto de fogo gigante-burro no céu.

De repente, ser a rainha dos malditos vampiros parecia ser

uma ótima alternativa.

O guarda na portaria estava muito ocupado dando cobertura

para me parar. Não havia nada entre eu e a floresta com exceção de

uma ponte sobre o fosso em frente.

E os corpos dos mortos.

O fosso estava cheio de cadáveres inchados, com marcas de

mordidas neles e manchas de sangue em suas roupas. Sangue

flutuava em fitas perfeitas na água. Tentei não olhar quando corri

para baixo da ponte, que se abalou e tremeu sob o peso dos cavalos e

cavaleiros ainda me seguindo. O dragão seguiu todos nós, sem

preferência por quem ele preparou para a morte com seu hálito.

O suor se agarrou na parte de trás do meu pescoço. Uma das

fitas em meu vestido queimava e eu tive que arrancar ela fora. A

ponta de uma espada rasgou a manga, perfurando minha pele. O

sopro do dragão era como sobrecarga de trovão, e sua sombra engoliu

a luz quando ela passou por cima de mim. Senti o cheiro de cabelo

queimado e terra queimada. Um dos cavaleiros caiu gritando no fosso,

a túnica sob sua armadura estava queimando.

Chamas corriam através da grama. Eu mantive meus olhos na

floresta. Eu precisava encontrar árvores grossas para impedir a

passagem de cavalos, e que as folhas que me escondessem do dragão.

O bater das asas de couro criava turbilhões sujeira e espinhos de

pinho. Dobrei minha saia longa até os joelhos. Eu tropecei, com o

calor escaldante sob minhas costas.

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E então eu estava finalmente no mato, correndo sobre o chão

desconfortável, sem me importar com meus pés descalços e

sangrando. Era fresco e verde, como a floresta em casa. O dragão

soprou mais fogo, queimando através dos galhos mais altos. Os

pássaros fugiram, gritando. Folhas de fogo caíram em cima de mim,

queimando como papel. Os cavaleiros pararam na beira do campo, de

repente, perdendo todo o interesse. Eles se viraram como um só e

caminharam novamente para o castelo, como se tivessem esquecido

tudo sobre mim. Eu encontrei uma árvore resistente e subi seus

galhos para obter uma visão melhor. Os cavaleiros tinham se afastado

antes mesmo do dragão me perder e concentrar seu hálito de fogo

sobre eles.

Eu claramente não era uma ameaça aqui no bosque verde-

escuro.

O que significava que o castelo era o que valia apena para ser

protegido.

Ou pelo menos algo dentro dele deveria ser protegido.

Não era muito para continuar, mas era mais do que eu sabia

antes. Sabe, quando eu estava na verdade dentro do castelo, onde o

conhecimento teria feito algo de bom.

E então, dragões e cavaleiros de dragão não eram a única coisa

que me preocupava.

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Capítulo 3 Lucy

Domingo à tarde

Passei a maior parte do domingo no telefone celular procurando

Nicholas, embora eu soubesse que ele não me responderia. Não havia

recepção de sinal no acampamento, mas eu esperava secretamente

que ele voltasse para a casa da fazenda. Era o início de novembro e o

sol havia desaparecido do horizonte a cerca de uma hora atrás. Era

cedo demais para ele responder independentemente de onde eu

estivesse. Eu liguei para Bruno, só para sentir como se eu estivesse

fazendo alguma coisa. —Alguma novidade? —, perguntei.

—Ainda não— ele respondeu, parecendo cansado. —Nós

estaremos enviando uma mensagem em poucas horas. E espero obter

informações daqueles ainda leais a nós no acampamento.

—E Nicholas? — Doía só dizer o nome dele. Todo mundo estava

sempre tão preocupado com Solange se machucar porque ela era tão

única, ou porque era humana. Não ocorria pensar que Nicholas

estivesse seriamente ferido. Os irmãos Drake pareciam ter o tipo de

sorte para coisas ruins. Eu nunca imaginei que poderia ficar sem esta

sorte.

Eu não podia pensar assim. Ele não estava desaparecido, ele

não estava morto. Na verdade, ele poderia muito bem ser a única

esperança de Solange. Eu tive que me segurar nisso. —Madame

Veronique não matou ninguém ainda, não é?

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27

— Não. Você conhece os Drakes, são mais difíceis de assassinar

do que isso. Portanto, não fique preocupada.

— Nossa, um pequeno colapso e todo mundo reclama— eu

provoquei. Quando Nicholas desapareceu, eu subi no telhado do

dormitório e gritei até que Theo, a enfermeira da escola, ameaçou me

sedar. Com o tipo de ano que eu tive, eu achei que era permitido um

pouco de terapia primitiva do grito. — Eu te verei em breve, Bruno.

Meu dever de casa era terapêutico: kickboxing, perseguição e

treino de tiro. Minha mãe ficaria horrorizada com o quão relaxante

era para mim assistir aos alvos rodando. Eu estava voltando para o

dormitório quando vi Jenna no campo de arco e flecha com seu arco.

Fiz um desvio. Tiro com arco era minha classe favorita e Jenna era

minha principal rival. Eu assisti suas flechas baterem nos alvos e me

segurei para não pegar um arco pequeno. Jenna virou-se quando

ouviu meus passos.

—Você está bem? — Perguntamos ao mesmo tempo.

Ela abaixou o arco. — Só uma dor de cabeça. Eu estou fora das

aulas por alguns dias, mas eu simplesmente não consegui ficar

sentada sem fazer nada. — Seu cabelo vermelho estava em um rabo

de cavalo como de costume, com uma bandagem na sua cabeça. —

Você me salvou. Se você não tivesse enviado Spencer para me

encontrar, eu provavelmente teria terminado como a próxima refeição

de um vampiro.

— Eu não te salvei — eu disse, encolhendo-me. —É minha

culpa que você estava lá em primeiro lugar.

Ela encolheu os ombros. — Quem diria que as festas civis

podem ser tão perigosas?

Eu bufei. — Agora você sabe. — Uma vez que esta era Violet

Hill, e nem sequer era a festa mais assustadora que eu já estive. — E

eu sinto muito.

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— Ei, você me trouxe de volta para casa. Estamos quites. — Ela

fez uma careta. — É verdade que você viu o acampamento da Lua de

Sangue?

Eu balancei a cabeça. — Sim. Muito legal. Você sabe, se minha

melhor amiga não tivesse me arrastado de volta com a intenção de

drenar o sangue.

— Cara.

— Sim.

Jenna sacudiu a cabeça, em seguida, fez uma careta, sua mão

tocando seu cabeça brevemente. — Eu pensei que Solange era essa

coisinha delicada.

— Ela está doente — eu disse com firmeza. Pensei nos

morcegos que voavam em torno dela. — A raiva faz as pessoas ficarem

loucas?

— Eu não tenho ideia. Você acha que Solange tem raiva?

— Eu não acho. — Eu torci o nariz. — Mas os morcegos são

novos. É estranho. Tudo é estranho. — Kieran parou no

estacionamento de estudante atrás de nós, me distraindo de

quaisquer outras teorias. Havia tantos Hel-Blar vagando pela área,

que a da escola permitiu que os alunos do terceiro ano patrulhassem,

e não apenas os alunos do quarto anos eram Caçadores. Como

terceiro ano eu precisava estar com um aluno do quarto ano, ou um

ex-aluno, e eu só poderia ir a determinados locais. Desde que o

Hunter e eu queríamos manter um olho sobre Kieran, alternávamos

forçando-o a patrulhar com a gente. Além disso, ele me levou para

fora do campus, que foi um bônus. Eu não estava com vontade de

lidar com o preconceito e valentões esta noite. Ambos precisavam da

distração enquanto tentávamos descobrir o que fazer com Solange e

Nicholas.

Nicholas.

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Não, não podia pensar nisso agora.

— Vejo você mais tarde. — Jenna acenou para Kieran e voltou

para o dormitório.

— Você sabe que você e um Caçador não são nem remotamente

sutis— Kieran disse-me através da janela aberta.

Eu apenas sorri para ele. —Acenei para a parte de cima da

janela. Lia tem uma queda por você.

As orelhas de Kieran ficaram vermelhas. — Como ela o sabe

que estou aqui?

— Eu disse a ela que você estava vindo — eu disse, deslizando

em meu lugar. Deixei minha mochila cheia de armas aos meus pés.

— Você é uma ameaça.

— Eu já tive doze anos uma vez. — Eu dei de ombros. — Um

pouco de paixão em um lugar como este pode fazer a diferença. Ela

tem que pensar em outra coisa que não seja vampiros.

— O que, como você? — comentou secamente, olhando para

fora do local de estacionamento.

— Vamos lá, como você é legal — insisti, ignorando seu ponto.

— Estoure um rojão ou algo assim. Vai dar-lhe alguma coisa para

desmaiar de novo.

Ele riu. — Eu não posso estourar um rojão em um SUV, você é

louca.

Saímos da escola por trás, trocando as luzes de segurança para

áreas escuras e blocos de neve. Um gato nos assustou, e um coiote

cortou o outro lado da estrada, mas não havia dentes ou olhos claros.

Eu girava minha estaca ente os dedos como se fosse uma moeda

mágica.

— Vire à esquerda aqui— eu disse cerca de 15 minutos mais

tarde.

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— Eu sei o que você está fazendo— ele me disse, mas ele virou

de qualquer maneira. A estrada possuía arbustos grossos e bosques

de pinheiros vermelhos. A lua estava brilhante o suficiente para

lançar sombras azuis sobre a neve. Mal olhei para fora e vi a luz

através das árvores, perto das montanhas. Passamos os marcos

familiares: o raio atingiu as cinzas, a pedra em forma de um touro, a

colina onde narcisos silvestres cresciam na primavera.

Meu telefone tocou no exato momento que atravessamos as

terras Drake.

— Lucy Hamilton, você continua dirigindo.

Engoli em seco a voz severa de Helena. — Oops. Adeus! — Eu

torci o nariz para Kieran. — Fracassamos. Mantenha a condução.

Fomos para a cidade na única estrada do país em Violet Hill.

Os faróis altos brilhavam na geada e no gelo do pavimento preto

molhado. Luzes da casa começaram a perfurar a escuridão.

— Estou de plantão no campus — disse Kieran quando ele se

virou na direção da faculdade de artes à beira do lago. Fazia sentido,

uma vez que ele olhou a parte, mesmo que ele não estava coberto de

tatuagens ou pintura, como a maioria dos outros estudantes locais.

Violet Hill tinha uma pequena faculdade de artes, principalmente

para a restauração de artes visuais e estudantes de literatura. Você

tem que saber o olhar deles depois de um tempo.

— Ainda vamos para o colégio Helios-Ra, na Escócia? — eu

perguntei.

— Vamos passar esta noite — ele respondeu.

Caminhamos por três partes do dormitório e dois bares, mas

eles estavam impecáveis. Eu olhei em todos os arbustos, procurando

Hel-Blar. Onde quer que eles estejam se alimentando hoje à noite,

não estavam aqui.

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Não foi até um par de horas mais tarde, quando estávamos

voltando para a academia, que vi algo. Um concerto havia terminado

em um dos bares maiores, e as frias ruas estavam cheias de alunos e

táxis. Havia meninas de saias curtas, caras segurando um ao outro, e

casais vagando para casa.

E uma menina esguia alheia ao frio, estava na neve com um

vestido fino. Não, não apenas em pé.

Alimentando.

— Pare! — Eu gritei. — Pare, pare, pare! Essa é Solange.

Kieran praticamente envolveu o SUV em torno de uma caixa de

correio em sua pressa para encostar. Alguém aplaudiu, pensando que

era engraçado. Atirei-me para fora do meu assento antes que as rodas

tinham parado de se mover. Kieran agarrou meu braço enquanto eu

corri atrás dele. Momentum me virou então eu estava de frente para

ele, cuspindo maldições. — O inferno, Black.

— É chamado de discrição — ele retrucou, me empurrando

para baixo e atrás da tampa do SUV. Os gases do motor em

funcionamento uniram-se com névoa no ar frio, obscurecendo-nos.

Kieran me passou uma estaca, mas eu já tinha uma na minha mão.

— E, claramente, nem você devia tê-la.

Ele estava certo.

Solange estava perto de um círculo de luz amarela de uma

lâmpada da rua, segurando uma menina com calça jeans pintadas,

com cabelo curto espetado e um piercing no nariz. Seus dentes

brilhavam quando seus lábios vermelhos levantaram em um grunhido

delicado. Ao vê-la usando batom vermelho e um vestido longo era

quase tão estranho como tudo o resto. Ela odiava vestir-se.

— Shh — Solange ordenou quando a menina lutou brevemente.

A menina ficou em silêncio obediente. Ninguém as notou, mas isso foi

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por pura sorte. A qualquer momento alguém iria olhar em seu

caminho, alguém gritaria. Ou a menina morreria.

Porque Solange ainda estava bebendo.

— Qualquer um podia vê-la— eu sussurrei, horrorizada.

— E ela não se importa— Kieran concordou sombriamente. —

Se qualquer outro Helios-Ra a visse assim eles a matariam, sem

perguntas. E eles estariam dentro dos direitos do tratado para fazê-lo.

Solange agarrou a menina pelo pescoço, inclinando a cabeça

em um ângulo quase quebrável. Seus dentes afundaram mais

profundamente através da pele e da carne, o sangue escorrendo um

pouco como se estivesse mordendo um pêssego maduro. A menina

fechou um punho pouco antes de seu braço ficar mole. Ela lutou

brevemente, então apenas se balançou. Não havia fingindo que era

dois companheiros de quarto bêbados segurando uns aos outros.

Havia muito sangue para isso.

Solange parecia encantada, maníaca. Mortal. Então eu fiz a

única coisa que eu conseguia pensar.

Eu joguei uma bola de neve na cabeça dela.

Isso não ia machucá-la, é claro, mas pelo menos ela fez uma

pausa. Ela olhou para cima, e seus lábios se curvaram. Eu olhei em

torno da terra, até que encontrei uma rocha na borda do canteiro de

flores atrás de mim. Eu joguei tão forte quanto eu podia e ela bateu

na têmpora. Ela assobiou sangue jorrando em sua pele pálida. A

menina nos braços caiu no chão inconsciente, movendo-se de forma

gradual, ela poderia ter sido congelada na água como um pedaço de

gelo.

Solange olhou para mim então, e até mesmo através da névoa

de gases do escape, seu olhar era frio e afiado como uma agulha.

E então ela sorriu.

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— Isso definitivamente não é ela — eu murmurei. — E aquela

vadia está se apropriando da minha melhor amiga.

— Mas não esta noite — Kieran disse, ainda agachado perto de

mim, sua mandíbula apertada em uma linha fina. — Hoje à noite nós

temos que salvar as duas. E rápido.

Ele estava certo.

— Você corre mais rápido do que eu — eu disse, endireitando-

me. — Então, eu vou chamar a sua atenção para que você a tire

daqui.

Eu andei para a frente do carro e fiquei parada no meio da rua.

— Wooo-hoooo! — Eu gritei, como se eu estivesse bêbada e muito,

muito irritante. Olhares piscaram no meu caminho, mas não foi o

suficiente. Olhei para o prédio na direção oposta de Solange, a leitura

do sinal sobre a porta. — Cerveja grátis no salão do Kingsley! — Eu

gritei.

Nem todos desviaram para tirar proveito, mas pelo menos eles

estavam todos olhando para a menina louca na estrada e não para o

cara de calças pretas perseguindo uma criança ensanguentada

abandonada por uma menina que corria como um veado.

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Capítulo 4 Solange

Eu sabia que ela era uma bruxa no momento em que a vi.

Ela olhou para fora de uma caverna afastada distante do

bosque escuro e enfumaçado. Ela não era velha, como a mulher que

tinha falado a Drake sobre a profecia, ou como Kala, ou como as

bruxas que eu tinha lido nos livros de histórias. Ela era apenas um

par de anos mais velha do que eu, no máximo. Mas havia algo em

seus olhos, algo distante, uma misteriosa qualidade que me fez

pensar em Isabeau. Ela tinha uma meia dúzia de bolsas em seu cinto

e pedras furadas penduradas em fios trançado em seu longo cabelo

castanho. Ela cheirava a hortelã e lama, mesmo desta distância.

—Você está segura agora. — ela disse. — Uma vez que o dragão

deixa, o resto deles seguem. Eles só realmente se preocupam com o

castelo. Ela sorriu, dando um passo mais longe na neblina. —Eles

nem sabem que eu estou aqui.

— Onde exatamente é 'aqui', afinal? Eu perguntei, ainda

tentando recuperar o fôlego. — E como diabos eu vou chegar em

casa?

Ela piscou, saindo totalmente da caverna para olhar para mim.

— Você é ela. — ela murmurou. Seu sorriso não era remotamente

reconfortante. Nem foi um sorriso. — Finalmente. Ela virou-se para a

caverna, parando para olhar por cima do ombro. — Você vem?

Fiz uma pausa, mas acabou seguindo ela, pois não tenho

exatamente um monte de opções.

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A caverna era pequena e úmida, com água correndo em

pequenos riachos constantes através de fendas. Não era como as

cavernas de vampiro; esta era áspera e rude, sem uma única

tapeçaria ou tapete para cortar o frio. Havia apenas um pequeno fogo

na parte de parte de trás, uma pilha de peles, um baú de madeira, e

as lanternas de ferro presa nas fendas.

— Sou Solange. Quem é você? — perguntei.

— Gwyneth. Venho me escondendo aqui por séculos.

— Hum. Okay. E você sabe quem eu sou? — Eu acho que

deveria estar acostumada com isso agora, mas eu só queria ser

invisível e imperceptível. A sensação era familiar, como um

desgastado cobertor de lã. E era outro sinal que eu estava finalmente

voltando a ser eu mesma.

— Você é o que ela pensa. — respondeu a menina. — Ela diz

seu nome, às vezes, quando ela dorme. Quando ela não está muito

ocupada gemendo e chorando. — Ela revirou os olhos, claramente

antipáticos.

— Quem? — Eu perguntei, embora eu tivesse certeza que eu

sabia a resposta.

— Viola.

— Você sabe quem é ela? — Eu rastejei para perto do fogo,

tentando aquecer as mãos. A fumaça do fogo fez minha garganta doer.

—Filha de um senhor, não é? — Respondeu Gwyneth. —

Mimada, suave e romântica. Foi esse último pedaço que a matou, e

nos prendeu aqui. Isso e seu sangue de vampiro.

—Como?

—Eu era a pessoa que lhe deu o feitiço. Eu calculei mal. —

admitiu ela, agachando-se junto ao fogo. —Ela queria um feitiço de

amor, as meninas sempre querem. No momento em que se tornavam

mulheres, vinham buscar feitiços para ter bebês ou veneno, mas ela

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ainda era uma menina. E eu não sabia o que sei agora. — Ela

suspirou. —Não gostava do homem que seu pai havia escolhido para

ela, orgulhosamente sobre linhagens e reis. Então ela veio até mim.

—Magia do amor. — eu disse sombriamente. Montmartre tinha

tentado um feitiço de amor para me controlar, logo após meu

aniversário. Eu ainda me lembrava do formigamento alienígena de

energia dentro do meu cérebro e meu corpo. Isso me fez coçar mesmo

agora, que pensava sobre isso.

—Minha avó me avisou para não lidar com a aristocracia e os

assuntos do coração. Ela preferia cataplasmas para cura e obstetrícia,

mas eu achei os negócios desagradáveis. Ela torceu o nariz. —Os

bebês são desorganizados.

Dei um passo para trás cautelosamente enquanto mexia o

conteúdo de um ensopado. —Isto é um feitiço? — Eu perguntei. —

Porque, se esta era uma história, este é o ponto onde eu lhe

perguntaria se você é bruxa boa ou uma bruxa má.

—Este é o carneiro ensopado. — disse ela, como se eu estivesse

sendo ridícula. —Para a ceia. — Ela encolheu os ombros. — Quanto

ao resto, a magia é magia. O que você faz com ela é o seu próprio

negócio.

— Mas se a magia era negra, como você disse, então você tem

alguma responsabilidade, não é? Assim como eu tive que assumir a

responsabilidade por tudo o que fosse em mim que deixou-se seduzir

por Viola.

Supondo que eu nunca saí deste lugar estranho-estúpido.

Quando ela sorriu, era meio selvagem, meio triste. —Magia do

amor é sempre negra.

Pensei em Kieran e o que tínhamos feito um para o outro. Ele

desafiou o Helios-Ra, ele me salvou dos caçadores mesmo depois de

eu ter mordido ele. Ele tinha me dado o seu próprio sangue na noite

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em que completou dezesseis anos, então eu iria sobreviver, e mudar

para a criatura que ele havia jurado matar. Honestamente, eu não

conseguia pensar em nada que eu tinha feito para ele que iria fazer

tudo valer a pena.

A corrida indescritível de quente, vivendo sangue humano

enchendo minhas veias me fez cair para trás contra a parede da

caverna úmida como se eu tivesse sido empurrada. O teto da caverna

girou em cima da minha cabeça. Vertigem, sede, satisfação todos

rondava através de mim como gatos selvagens.

Eu atirei de volta para Violet Hill, as árvores pingando chuva

gelada na minha cabeça e sangue na minha boca.

Uma menina que eu não reconheci caiu no chão.

Eu bati de volta na caverna, cabeça girando. — Não! — Fechei

os olhos, tentando girar e me trazer de volta para casa. Nada

aconteceu. — Não, por favor!

Gwyneth me rodeou lentamente, franzindo os lábios. — Você

não percebeu ainda?

Eu olhei para ela pelo meu cabelo. — Descobri o que? Que eu

estou viajando no tempo?

—Não. Que este lugar não é real.

—Eu tenho certeza que se eu estivesse tendo uma alucinação q

seria Johnny Depp, e não uma garota bruxa tagarela com rebarbas

em seu vestido.

—Você está dentro da mente de Viola. — explicou ela,

impaciente.

O fato de que a luz solar não me caía como uma pedra fazia

mais sentido. —Como você sabe disso? E por que eu deveria confiar

em você?

Ela bufou. —Eu não me importo de qualquer maneira. Mas ela

queria um feitiço que estava além do meu alcance. Eu fui imprudente

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e orgulhosa. E ela era muito mais inteligente do que eu jamais

poderia ter imaginado. Seu espírito sobreviveu, ela só precisava de

um corpo. E ela esperou até que ela encontrou. O seu.

—Por que o meu? — Eu perguntei, frustrada. — Esqueça que

eu perguntei. Ela é um vampiro. Ela queria ser a rainha ou o quê, né?

—Não, Solange. Ela quer muito mais do que isso.

—O que resta que ela pode tirar de mim. — eu perguntei,

desanimada.

Seja o que for ela vai encontrar. —Ela tem esperado por esta

oportunidade. — Gwyneth estreitou os olhos. —Você deve ter

trabalhado magia poderosa para deixá-la entrar.

—Eu ainda não sei como fazer mágica. — eu disse. Com

exceção daquela mágica que Isabeau havia me ensinado. Tive de sair

no meio da noite e fazer xixi em um feitiço de amor de Montmartre.

Não é bonito. E totalmente iria fazê-lo novamente. Mas isso foi há

meses. — Ela não ganhou o controle completo até que a coroa esteve

na minha cabeça. — eu disse, pensando. — Antes disso, eram apenas

sussurros.

—A mágica sempre encontra uma maneira de entrar, e Viola

deveria saber. — Gwyneth balançou a cabeça. — Vampiros e magia.

Eles simplesmente não se misturam.

Eu tinha certeza que Isabeau discordaria, mas, em seguida, os

Hounds conheciam todos os tipos de coisas que o resto de nós não.

Minha família não tinha sequer acreditado em magia antes deste ano.

Madame Veronique tinha encorajado a nossa ignorância para os seus

próprios propósitos misteriosos.

—Então, você não pode usar a magia para nos libertar. — eu

perguntei.

—Não. — ela corrigiu. — De novo, não. E ela não sabe que

estou aqui. Seus cavaleiros não vêm para a floresta.

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— Sempre? — Venho pensando sobre isso, pois cavaleiros

empenhados em me matar, haviam desistido facilmente desde que eu

tinha entrado na floresta. — Nem pra me matar?

—Ela não quer matá-la. Ela precisa da conexão com o seu

corpo. Ela precisa de alguém forte o suficiente para sobreviver à

posse. — Ela balançou a cabeça, agitando a panela que cozinhava

novamente. — E se ela te pegar, ela vai fazer pior do que matá-la.

—Não há pior?!

—Ela precisa de você viva aqui. Ela não precisa de você

confortável. Acredite em mim, você não teria como passar séculos em

uma masmorra. — Eu conhecia essa palavra. Masmorras eram

buracos úmidos situadas nos castelos onde os prisioneiros eram

mantidos no escuro, sem espaço para sequer levantar-se dentro, eu

estremeci. —Depois de um tempo, você estaria perdida. Nada poderia

ser real, nem mesmo este lugar.

—O que, como um fantasma?

—Pior. — Ela riu e foi um som oco.

—Por que você não deixa? Ela não está possuindo você.

—Eu não tenho poder, não desse tipo.

—Mas...

—Deixei-a ir, Solange. Eu não sou sua princesa na torre para

ser resgatada. — Após proferir essas mesmas palavras mais vezes do

que eu poderia contar, eu quase bufei para ela. Mas sua expressão

era estranha, torturada. Fosse o que fosse que ela estava sentindo era

fisicamente doloroso. O sangue escorria pelos braços, embebido na

bainha de seu vestido. A cicatriz em seu pescoço começou a sangrar

também. As maçãs do rosto picadas por seu rosto mutilado.

—Você está ferida! — Dei um passo em direção a ela, mas parei

quando ela rosnou silenciosamente para mim. Olhei para longe, para

dar-lhe um momento de privacidade.

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Obriguei-me a lembrar do treinamento que meus pais me

deram, os pedaços de estratégia que eu tinha testemunhado, as

intrigas políticas longas e chatas que fascinou o meu pai, as artes de

combate vicioso que fez a minha mãe brilhar.

—Ela está protegendo alguma coisa. — eu percebi lentamente.

Quando me virei para Gwyneth ela parecia bem, e até mesmo o

sangue tinha desaparecido de sua saia. — Viola tem algo naquele

castelo. Eu tinha certeza disso. Mamãe gostava de salientar que

ninguém gasta muita energia protegendo algo a menos que fosse

precioso, a menos que ele fizesse uma de duas coisas: faz você fraca

ou faz forte. E no final do dia, era a mesma coisa.

O que significava que Viola era vulnerável.

Se eu pudesse descobrir o que era que ela estava guardando,

eu poderia usá-lo para lutar contra Viola, de maneira livre. Levantei-

me, finalmente, sentindo-me como um Drake novamente:

determinada, imprudente, e apenas um pouco ansiosa para chutar

alguns traseiros.

Gwyneth inclinou a cabeça. — A última menina possuída por

Viola passou dez anos chorando no fundo da minha caverna. Era

irritante.

Fiz uma pausa, momentaneamente distraída. — Havia outras?

— Algumas. Nenhuma delas durou. Elas morreram ou

enlouqueceram. Mesmo os vampiros não poderiam lidar com isso,

seus corpos simplesmente desistiram. Viola teve que recuar de volta

para cá, para este buraco deformado entre as dimensões. —Ela sorriu

como um lobo. — Mas nenhuma delas tinha o olhar que você tem

agora.

— Bom. — Eu fui para a entrada da caverna. —Mas como

posso voltar? — Eu perguntei em voz alta, a triagem através do

caldeirão estranho de inúteis boatos históricos que conheci por volta

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do século XII. Madame Veronique era muito rigorosa em garantir a

seus descendentes que soubessem sobre o início da linhagem. Eu

poderia ser grata por isso, e ainda não confiava nela.

Grã-Bretanha do século XII: as pessoas usavam colheres e

facas para comer, os garfos ainda não haviam sido inventados, os

vestidos foram chamados kirtles, as mulheres usavam toucas em

seus cabelos e gaviões foram mantidos como animais de caça.

Trabucos, amor cortês, Robin Hood.

Inútil.

Espere.

Trabucos.

Eram basicamente estilingues gigantes de madeira usados para

arremessar pedras em chamas nos castelos durante a guerra. Nobres

estavam sempre brigando entre si ou com o rei, em um tipo de

sociedade, como os vampiros agora. Todos tinham rotas de fuga

elaboradas, como túneis que levavam para fora do castelo.

E se eles pudessem sair, então eu poderia entrar.

Uma pequena bolha de esperança quase me fez rir. Limpei a

garganta. — Gwyneth? — Eu olhei para ela. — Onde está o túnel?

Ela inclinou a cabeça, impressionada. — Você pode sobreviver

depois de tudo, menina.

Eu apenas levantei uma sobrancelha. — O túnel.

— Três léguas depois das rochas, pelo carvalho. Cuide-se.

Eu não tinha ideia de quão longe era uma légua, mas eu não

me importei. Eu tinha um plano. — Obrigada.

Ela assentiu com a cabeça. —Oh, Solange?

— Sim?

— Se eles te pegarem, não os traga para cá.

Era bom estar fazendo alguma coisa. Mesmo se isso não

funcionar, eu me senti menos louca só tentando fazê-lo, a menos que

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eu estivesse sufocada sob teias de aranha. As madeiras macias, a luz

verde e o cheiro das folhas e terra ajudaram a me acalmar. Não

demorou muito tempo para chegar ao carvalho, bolotas foram

esmagadas sob os meus pés. Eu tive que desviar para a direita sob os

ramos para ver a cortina espessa de hera do outro lado. Eu não teria

notado se eu não estivesse olhando para ele.

Eu empurrei através do emaranhado de hera até meus dedos

rasparem contra uma porta de madeira. As placas eram suaves e

cobertas de musgo. As dobradiças eram de ferro e rangeram alto

quando eu puxei. Séculos de sujeira e danos causados pela água

tinham deformado a porta. Eu coloquei os meus pés contra uma

rocha e puxei a porta até que meu rosto estava suado e quente. Ela

finalmente descolou apenas o suficiente para que eu pudesse deslizar

através da abertura.

O túnel era tão estreito e escuro como eu esperava e a sujeira

desmoronava dos lados, quando eu empurrei através das teias de

aranha. Eu podia ouvir o tamborilar de ratos e do afundamento de

aranhas e besouros. O cheiro era apenas úmido e escuro o suficiente

para me fazer pensar em Hel-Blar. O instinto fez os pequenos pelos

dos meus braços se levantarem.

Eu continuei andando, seguindo a inclinação sutil como a

passagem conduzia sob o pátio exterior, onde os cavaleiros estavam

treinando. O som de cascos acima foi abafado. Torrões de terra

caíram sobre mim. Eu corri.

E então o túnel estremeceu uma vez, como se um enorme

punho tivesse acabado de descer sobre a terra e as pedras de arco

sobre mim.

—Você tem que estar brincando comigo. — eu murmurei,

entrando em uma corrida desigual com a terra continuando a se

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mover. Rochas desgrudaram e caíram sobre mim. —Dragões e

terremotos? Eu realmente odeio essa menina.

Continuei correndo e o túnel ficava balançando até que,

finalmente, só quando eu podia ver uma linha de luz a partir da

borda de uma porta, começou a desabar por completo. Eu não podia

voltar atrás, havia muitas pedras que caíram juntas. Eu me esforcei

para escalar os montes de sujeira até os joelhos. As paredes

desmoronaram para dentro, terra e pedras e riachos de água todos

correndo para preencher os espaços em torno de mim. Uma pedra

bateu no meu ombro, causando uma contusão profunda. Outra bateu

no meu tornozelo.

Cavei freneticamente, como um animal, recusando-me a

desviar o olhar daquele pedaço de luz fraca. Eu quase podia alcançar

a porta. Quanto mais terra eu empurrava para longe, mais terra

preenchia o seu lugar. Eu cuspi terra para fora da minha boca,

pisquei os meus cílios, sacudi meus ouvidos. Minhas unhas rasgaram

rapidamente, sangrando e ardendo quando finalmente alisaram as

tábuas de madeira da entrada do túnel do castelo. Eu mexia e

deslocava mais terra para o lado, chutando com os meus calcanhares

até que finalmente se abriu. Eu tropecei para dentro do castelo,

trazendo torrões de terra e pedras comigo. Eu empurrei o meu cabelo

emaranhado de sujeira do meu rosto e pulei em meus pés, olhando

para os guardas. Quando eu percebi que estava sozinha, caí contra a

parede, os músculos em meus braços e pernas doendo.

Eu estava lá dentro.

Eu cedi um sorriso cansado antes de endireitar-me novamente

para me orientar. Estava escuro e poeirento até aqui, com fileiras de

portas de ferro. Eu tinha saído direto nas masmorras. Eu pensei ter

ouvido um choro, mas tudo o que eu podia ver era escuridão e mofo.

—Olá. — eu sussurrei.

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44

O choro parou tão abruptamente, alcancei a arma que eu não

tinha.

Que foi quando eu percebi que eu não tinha armas.

Porcaria.

Tarde demais para voltar atrás agora, e nenhum lugar para ir

além.

Arrastei-me para frente, esforçando para ver o interior das celas

úmidas. Tochas apagadas cobriam as paredes de pedra e feno sujo

estava aos montes em um canto. Uma única vela cintilou presa ao

chão por cera derretida. —Tem alguém aí?

Uma menina com longos cabelos loiros até os joelhos e com um

vestido irregular estava agachada perto das grades de uma cela. Ela

tinha cerca de sete anos de idade e havia uma corrente de ferro presa

em seu tornozelo. Sua boca se moveu como se ela estivesse tentando

falar, mas nenhum som saiu. Engoli em seco e olhei para próxima

cela. Um cavaleiro de armadura manchada olhou para mim. Ao lado

dele estava uma mulher velha cacarejando, e ao seu lado, uma

mulher com cicatrizes de mordidas, um vampiro tão pálido que estava

translúcido. Seus dentes foram estendidos, os olhos como violetas

roxas pálidas cobertas de gelo.

—Você é uma idiota. — disse ela.

Eu não discuti com ela.

A última cela guardou uma Hel-Blar, rosnando e cuspindo por

entre as barras. Eu fiquei bem fora do alcance, franzindo o nariz ao

cheiro.

Se Viola queria eles trancados em seu subconsciente, ou onde

quer que fosse então eu os queria livres. E se eu tivesse sorte, ela

estaria tão ocupada lidando com a saída em massa que eu poderia me

esgueirar pelo castelo e descobrir o que mais ela estava escondendo.

Porque era tudo o que eu estava procurando, e não eram esses corpos

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45

tristes. Eles foram importantes o suficiente para que ela os

guardasse, mas não é importante o suficiente para eu guardar. O que

eu precisava estava em outro lugar.

Abaixei para pegar uma das pedras que haviam saído do túnel

junto comigo e esmaguei-a em um dos ferrolhos. O estrondo ecoou

pelo corredor. Olhei por cima do ombro para os degraus de pedra em

espiral, mas quando ninguém veio trovejando para investigar, eu

quebrei o ferrolho novamente. A ferrugem corroendo o ferro

trabalhado em meu favor.

A mulher vampiro foi a primeira a pular para fora da sua cela,

em seguida, a velha senhora. O cavaleiro me olhou com desconfiança,

quando sua porta se abriu. A cela da menina nem sequer estava

bloqueada mas ela não quis sair. Deixei o Hel-Blar onde ela estava.

Eu ainda estava segurando a pedra na defensiva, esperando

para ver quem iria passar em primeiro lugar. A vampiro arriscou

subir as escadas tão depressa que mal vi seu movimento. O cavaleiro

puxou a espada da bainha dele e eu tropecei para trás.

—Eu sou um homem de honra. — ele me informou com frieza.

—Bom, vai matar um dragão ou algo assim. — eu sugeri. —

Como agora.

Ele balançou a cabeça bruscamente. Eu soltei a respiração que

eu não tinha percebido que eu estava segurando. Ele me assustou.

Eu podia respirar aqui, eu poderia ficar na luz do sol, mas eu ainda

tinha presas. A cabeça de Viola não fazia sentido.

Eu esperei até que os outros tivessem saído, todos, exceto o

Hel-Blar e a menina que ainda estava encolhida, com a cabeça

debaixo dos braços, antes de avançar. Fiquei perto da parede,

ouvindo os sons de luta, o barulho das espadas, grito de aviso de uma

mulher. Através de uma das janelas estreitas vi as asas do dragão tão

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46

perto, o ar de suas asas bagunçou meu cabelo. Suas escamas azuis

brilhavam como lápis-lazúli.

Evitei o grande hall, onde a mulher com cicatriz parecia estar

jogando brasas de fogo para todos. As hastes secas de lavanda no

chão ardiam perfumadas. Um falcão descansando em uma vara de

madeira soltou um lancinante grito de alarme. Corri sob as escadas

de madeira antes que alguém pudesse olhar e me ver. Havia dois

cavaleiros no patamar, de pé em frente a uma porta de carvalho com

arco. Mais dois estavam cambaleando sobre os degraus. O falcão

partiu livre e circulou o salão esfumaçado, gritando.

Embaixo da escada onde eu estava escondida, havia outra

porta. Esta era menor e levava para o subterrâneo. Poeira grossa jazia

no chão em frente a ela. Quando eu testei o trinco, vi que estava

destrancada. Eu escorreguei para dentro.

Em um enxame de morcegos.

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47

Capítulo 5 Lucy

Domingo à noite

Eu deslizei para o banco do motorista e fugi através de um

retorno. Kieran e Solange estavam fora de vista agora, há muito

desapareceram na mata ciliar do campus. Cortei através do campo,

seguindo os seus passos. Neve e touceiras de capim batido sob os

pneus. Eu puxei o freio de mão perto das árvores, esquivando para

levantar ainda dentro do carro. Eu equilibrei na ponta do assento,

olhando para a floresta.

—Kieran! — Eu chamei, alcançando uma estaca. Escutei

atentamente, mas eu não conseguia ouvir, correr ou gritar ou até

mesmo distinguir os sons noturnos regulares. A neve abafava tudo,

tornando tudo brilhante e silencioso. Meu coração batia forte em

meus ouvidos. Eu tinha certeza de que os professores da academia

me disseram para não abandonar o carro de fuga. Mas eles não

queriam abandonar um caçador companheiro também.

Uma rápida olhada para trás me mostrou o campo vazio.

Quaisquer que sejam os estudantes e frequentadores, eles não

estavam se escondendo atrás de nós. Isso tem que ser bom o

suficiente por enquanto. Ainda dividida, eu pulei fora.

Eu segui os passos sob o alto pinheiro vermelho, a parte de trás

do meu pescoço picava. Estava assustador aqui, longe de tudo e de

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todos, sem nada, somente as nuvens da minha respiração congelada

como companhia. A ponta do meu nariz estava entorpecida e meus

dedos estavam com câimbras de frio. O gelo crepitava nas árvores

quando o vento mudou. A neve molhada e a chuva gelada caíam em

véus, deslizando para baixo da parte de trás do meu pescoço. Eu

penetrei mais profundamente na floresta, os olhos fixados para

qualquer movimento. O luar deslizou entre galhos nus.

Um galho quebrou na minha frente.

Eu congelei, outra estaca apertou meu punho. —Kieran?

—Solange espere. — eu o ouvi dizer. Sua voz era baixa e

urgente. Eu comecei a correr, de repente, ignorando o estranho

silêncio de uma floresta cheia de vampiros. Eu os encontrei ao passar

por um bosque definhado e com árvores castigadas. Solange não

estava sozinha.

—Saia de perto dela. — Kieran vociferou para o vampiro alto ao

seu lado. Ele tinha cabelos escuros e um sorriso tranquilo, como se

tudo o divertisse. Mas havia algo sob o sorriso, algo mortal.

Um Constantine indescritível.

—Volte comigo. — Kieran deu mais um passo em sua direção.

—Nós vamos descobrir isso.

Solange sorriu. Ainda havia sangue em seu vestido. Seus olhos

eram tão azuis que pareciam contas de safira. — Eu não estou

perdida. — disse ela docemente. — Então não há nada para

descobrir. — Ela se inclinou mais perto, como se ela estivesse prestes

a beijá-lo. Ela parou de respirar pela boca. — Vá embora. — disse ela

em seu lugar.

Kieran se encolheu. Ele não disse nada, mas os músculos de

seu pescoço ficaram tensos como quando ele lutou contra a

compulsão. Ele se virou lentamente pé ante pé, com as costas

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49

expostas. Eu pulei para a clareira, com a estaca preparada.

Constantine mudou de posição.

Eu joguei a estaca.

—Kieran, cuidado! — Eu gritei. Ele caiu no chão, assim ele

assobiou sobre a cabeça. Constantine rosnou, girando. Ele

arremessou a estaca de lado, ao mesmo tempo protegendo Solange. A

fúria retorceu suas feições de boneca de porcelana. Se eu tivesse

tempo, eu teria estremecido.

Constantine puxou-a para longe, e eles se atiraram por entre as

árvores, como estrelas pálidas. Eu tinha certeza de que Constantine

teria ido para a minha garganta. Ainda assim, eu não queria esperar

por ele para mudar sua opinião.

—Temos que ir. — Eu puxei os pés de Kieran. Os feromônios de

Solange fez seus olhos ficarem um pouco vidrados, mas pelo menos a

compulsão estava movendo-o na direção que eu queria que ele fosse.

—Eu perdi ela. — ele disse, quase um sussurro enquanto

corríamos em direção ao carro. Ele era uma silhueta nos faróis

penetrantes. Eu não podia ver a expressão dele. Ele bateu a mão

sobre o capô do SUV. Sua respiração tornou-se suspiros curtos de

nuvens brancas no ar gelado. — Eu a perdi. — ele repetiu, friamente.

—Nós não podemos ficar aqui. — eu disse. Ele apenas ficou lá,

olhando submisso. —Kieran! — Eu tentei soar como um professor de

volta na escola. Ele piscou para mim uma vez. Eu agitei a neve para

ele. — Pare com isso.

Ele balançou a cabeça, de repente, como se ele estivesse

expulsando os pensamentos sombrios que se agarraram a ele como a

água. —Você está certa. Ele deslizou para o banco do motorista antes

que eu pudesse perguntar se ele estava em condições de dirigir. Ele

parecia bem, exceto por sua mandíbula e ombros. Havia sangue em

sua manga. Eu não perguntei de quem era. Eu disquei o celular de

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50

Connor quando Kieran arrancou de volta para a estrada. Era o irmão

mais provável para ser conectado.

— Nós sabemos. — Connor disse imediatamente. — Hart está

no telefone com o pai.

—Você sabe? Sobre Solange?

—Sim, — disse ele severamente. —Chloe acabou de me enviar o

vídeo.

— Merda, Connor. Não há vídeo?

— Câmera de segurança. Eu tenho que ir. — disse ele, antes de

desligar. — Mamãe vai explodir.

Eu esfreguei a ponta do meu nariz. —Seu tio está no telefone

com o pai de Solange. — disse Kieran.

—Há um vídeo. Como diabos eles enviaram tão rápido?

—Há câmeras por toda a cidade de Helios-Ra. — ele respondeu

com força, acertando o acelerador. —Eu tenho que falar com o meu

tio. Agora.

—Eu entendo isso. — eu disse agarrando a porta quando o SUV

deslizou alguns metros. —Você pode não nos matar primeiro?

O carro derrapou lenta e rapidamente. Neve, árvores e a

calçada passaram como um borrão. Eu mantive um olhar

dissimulado para Kieran. Suas mãos estavam brancas em torno do

volante. Eu não poderia processar o fato de que o que aconteceu com

Solange estava acontecendo agora publicamente. Entre os Caçadores,

o Helios-Ra, e a Guarda da Lua de Sangue, ela ia se matar antes que

pudéssemos salvá-la.

Hunter estava nos esperando no estacionamento. —Não há

vídeo. — disse ela.

—Nós sabemos. — Kieran disse a ela secamente, rolando para

baixo de sua janela. —E nós pegamos o show ao vivo.

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—Isso não é tudo. — Ela segurou o SUV antes que ele pudesse

sair. —Eles trouxeram a vítima aqui. Se ela morrer. . .

—Eu sei o que acontece. — disse Kieran. —Eu tenho que ir,

Hunter.

Ele partiu antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa. Ela

observou-o por um longo momento em silêncio, em seguida, virou-se,

suspirando.

—Ele perseguiu-a pela floresta. — eu disse ela. —Mas ela era

mais rápida.

—Se esse estudante que trouxeram morrer, os Drakes vão ter

quebrado o tratado.

Minha respiração congelou, junto com o resto de mim. —Mas

não é culpa dela. — Eu estava mais certa do que nunca. Essa boneca

de porcelana de voz doce com sangue em suas roupas não era

Solange. Ninguém e nada iria me convencer do contrário.

Hunter parecia simpática. — Você sabe que não importa para a

Liga. Agora não. Hart já fez um anúncio de que detém o tratado até

nova ordem, mas ele não será capaz de segurar todo mundo de volta.

Não sobre isso.

Fomos em direção ao dormitório e fui direto para dentro do

quarto de Hunter e Chloe. Chloe virou-se na cadeira. Seu cabelo

escuro encaracolado explodiu fora de uma gominha de cabelo, e

escorregou livre, também havia latas de refrigerante vazias

espalhados ao seu redor. Jenna sentou-se na borda de uma das

camas.

— Boa desorientação com o grito da garota que partiu. — disse

ela.

—Como vocês encontraram o vídeo tão rápido? — Eu perguntei,

tirando o meu casaco.

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—Hunter escutava na mesa de Theo na enfermaria. — disse

Chloe.

Hunter apenas deu de ombros sem se arrepender. —Eu acho

que todos nós já passamos tempo demais lá dentro. E cada vez, um

grande segredo nos morde na bunda. Estou cansada disso.

—Eles vão para fazer figuras de sua ação. — Jenna previu. A

boneca de Hunter, composta por calças cargo rosa, estacas e

microchips.

—Eu ouvi ele receber um telefonema sobre uma vítima fora de

um dos dormitórios da faculdade. A Liga tem escondido câmeras em

toda Violet Hill, perto dos bares universitários, principalmente. —

Chloe explicou-me, enquanto eu enxuguei minhas palmas úmidas

nos meus jeans. —Então, eu entrei...

—Mostre-me. — eu disse calmamente, mesmo que eu tivesse

acabado de ver por mim mesma. Os quatro de nós olhou para a tela

quando Chloe deu play no videoclipe. A luz vinha de um poste e uma

espécie de lente de visão noturna. Ela fez o fluído de sombras, a luz

de um estranho verde ácido. Era como assistir a um filme de terror

quando você não queria ver o que iria acontecer a seguir, mas você

não pode ajudar a si mesmo. Chloe cortou um clipe da vítima sendo

trazida para a enfermaria. Não havia dúvida do cabelo espetado e das

calças jeans paint-salpicado. O clipe cortou abruptamente.

—Eles cortaram minha alimentação. — Chloe admitiu,

descontente. —Eu odeio isso.

Eu afundei na cama de Hunter. —Será que o acesso à Liga é

público?

—Não.

—Há algo muito estranho acontecendo. — eu disse a eles. —Eu

só não consigo entender. Eu nem tenho certeza por onde começar.

Então, qual é o nosso próximo passo? — eu perguntei

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esperançosamente para Hunter. Ela foi direta – Um estudante

caçador de vampiros tinha seis teorias antes que qualquer um de nós

tivéssemos terminado nosso café da manhã. Logan pensou que havia

magia envolvida da última vez que falei com ele.

—E Isabeau. — perguntou Hunter. —O que ela disse?

—Ele está perguntando agora. Mas ela está fora de alcance por

isso pode demorar algum tempo. Além disso, você sabe, um Cão de

caça não é exatamente um tagarela.

—Precisamos de Spencer. — Hunter disse finalmente. —A

magia é a sua especialidade.

Jenna bufou. — Especialidade se você fingir que o feitiço que

ele tentou no ano passado não tinha cheiro de queijo.

—Além disso, ele está impedido de entrar na área. — Chloe

acrescentou. —Algum idiota pode tentar estacar ele.

—Nós vamos ter que encontrá-lo fora do campus. — disse eu.

—Faça a sua coisa de hackers e obtenha a conta dele.

Chloe revirou os olhos. —Isso se chama celular. Sem pirataria

necessária. — Ela piscou para mim quando me levantei. — O que

você vai fazer?

—Eu vou para a biblioteca.

Todos olharam para mim. Chloe balançou a cabeça. —Tudo

bem, eu não estava esperando.

Jenna foi comigo. Deixei-a desde que eu estava cuidando dela

por causa de seus ferimentos, e ela provavelmente pensou que ela

estava cuidando de mim, porque agora eu estava sem moral e

parecendo uma louca. —Você não deveria estar na cama ou algo

assim? —Eu perguntei a ela.

Ela revirou os olhos. —Cale a boca.

—Você é uma paciente encantadora. Eu não posso imaginar por

que Theo não queria mantê-la mais tempo em observação.

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Ela sorriu. —Por favor. Ouvi dizer que ele teve que colocar você

fisicamente para fora.

—Sim, sim.

O campus estava quieto e frio, com milhares de estrelas no céu

em chamas. Era o tipo de noite que Nicholas e eu costumávamos

passar contando estrelas cadentes. Eu me perguntei o que ele estaria

fazendo agora. Ele estava seguro? Ele sabia que Solange tinha

acabado com um tratado duramente conquistado e que estava em

vigor desde antes de termos nascido? Será que ele se importa? Ele

tinha que se cuidar. Porque cada agente Helios-Ra, que não estava a

bordo com a atitude progressista de Hart estaria vindo para os Drakes

agora. Sem mencionar, Caçadores que não tinham filiação para

começar.

E como uma estudante na Academia Helios-Ra, de repente eu

estava no lado errado da cerca.

Chutei uma pedra no lago, assustando acidentalmente o cisne

sonolento. Ele gritou e explodiu em voo, espalhando penas. Jenna e

eu gritamos de volta e jogamos uma estaca nele. Ele mergulhos nos

bombardeando, insultado.

— Oops. — eu disse enquanto respirávamos. —Eu acho que

estamos um pouco tensas.

—Você acha? — Jenna me deslizou um suspeito olhar de

soslaio. —Você não vai começar o ohm-coisa1, não é?

—Minha mãe diz que isso ajuda.

—Deixe-me adivinhar. Sua mãe come um monte de tofu, não é?

—Você não tem ideia.

Atravessamos o gramado em direção aos prédios agrupados no

centro do campus e cercado com luzes de segurança. —Você sabe,

1 meditar

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55

você não parece exatamente com o tipo que fica em bibliotecas. Tyson

estaria tão orgulhoso.

—Eu tenho que começar em algum lugar. — eu resmunguei. —

Por mais que eu desejasse apenas perfurar todos no rosto até que isso

tudo fizesse sentido, ia ser um monte de trabalho.

A biblioteca estava quase vazia. Nos restava apenas uma meia

hora até o toque de recolher e uma vez que não haveria exames ou

ensaios esta semana, todos estavam praticamente em qualquer outro

lugar. A luz era suave e as mesas de madeira para estudo brilhavam.

—Você sabe mesmo o que você está procurando? — Jenna

perguntou enquanto andávamos de costas para as estantes.

—Não realmente. — eu admiti. Peguei livros de magia,

fantasmas e vampiros. Não demorou muito para que a pilha crescesse

ao nível dos olhos. Eu estava tentando descobrir como transportá-los

quando Jenna olhou para o celular. — Chloe finalmente alcançou

Spencer. Ele vai encontrá-lo às 2h00 de amanhã. Hunter diz que sabe

onde. — Eu sabia exatamente onde ela queria dizer. Como os dois

únicos estudantes caçadores atualmente namorando vampiros,

sabíamos as melhores e mais privadas rotas para as fronteiras do

campus. Jenna piscou para a pilha oscilante. — Já chega de livros,

Hamilton?

—Posso garantir, pelo menos, metade destes estão errados. Eu

apontei para um pequeno volume com o Conselho Raktapa: Amrita,

Drakes e Joiik gravada em letras de ouro. —Especialmente aquele.

Jenna me ajudou carrega-los até o bibliotecário, que parecia

momentaneamente impressionado com o enorme peso, e, em seguida,

levamos os livros pela escada que estava no atalho que conduzia aos

dormitórios. Era um atalho melhor quando ele não estava bloqueado

por três idiotas com a extrema necessidade de aulas de controle de

raiva.

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—Onde você pensa que vai? — perguntou Jody, com as luzes de

segurança brilhando fora os grampos de metal que prendem uma

linha de estacas perfeitamente ao seu cinto. Ela estendeu a mão e

empurrou meus braços para que meu casaco e meus livros caíssem

no chão.

—Deus, você poderia parar de ser tão clichê? — Fiz uma careta,

já fora da minha reserva limitada de paciência. —Você é mal-

humorado e machista. Eu já entendi. Agora, saia do meu caminho,

porque eu tenho problemas reais que são mais importantes do que a

sua necessidade de terapia.

—Jenna, você está longe. — disse Jody, me ignorando.

Ela estreitou os olhos. —Desculpe-me?

—Estamos dando a você a chance de se redimir. — explicou

Ben, olhando para mim. —Para ficar com a gente, em vez do seu

amante vampiro. Ele foi construído como um caminhão.

Jenna olhou para o terceiro amigo de Jody, incrédulo. —

Samuel, é sério? Você é mais esperto do que isso.

—Eu pensei que você fosse também. — ele respondeu

suavemente. Ele era magro e de cabelos escuros e parecia possuir a

imagem de um assassino: mortal e silencioso. Ele jogou o jornal local

de Violet Hill aos nossos pés. As manchetes eram escabrosas: Três

casos de pessoas desaparecidas e Drácula matador em série à solta.

—Seus preciosos Drakes quebraram o tratado. — Jody disse

para mim. — Assim como nós sabíamos que seria. Monstros não

sabem o significado da honra. E você precisa pagar, assim como eles.

—Ela não é uma Drake, idiota. — Jenna apontou.

—Sim. — eu disse. —Então vá pegar um deles, se você é tão

forte. Na verdade, pergunte para Helena.

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—Não enquanto você ainda estiver aqui e for capaz de trair

todos os nossos segredos. — Jody argumentou. —Deus sabe o que

você está dizendo aos Drakes.

—Eu sei os planos para a escola. — eu zombava dele. —Porque

este é um filme de James Bond. Eu tenho uma garra.

Ele me empurrou no ombro. Eu assobiei por entre os dentes.

Jenna xingou e se colocou entre nós. —Jody, deixe ela ir.

—Jenna, eu vou encontra-la nos dormitórios. — eu disse. —

Você não precisa dessa merda.

Ela bufou. —Como se fosse.

—Você está escolhendo ela novamente? — Jody estalou. —Um

amante vampiro sobre sua própria unidade? E sobre seu dever de

proteger a cidade?

—Eu estou escolhendo um amigo sobre um bando de

provocadores. — Jenna corrigiu com um sorriso cortante. —Eu não

gosto de valentões.

Jody apenas sorriu enquanto Ben e Samuel passaram ao seu

lado, prontos para lutar. —Então é hora de você perceber que ela não

é bem-vinda aqui. E nem você, se você estado lado dela. Ela só vai

leva-la para baixo.

—Oh, bem, como você vai ajudá-la a ser uma pessoa melhor. —

eu disse. —E ela está se recuperando de um ferimento na cabeça, por

isso não a trate como uma vadia.

—E você ouviu Hart. — Jenna atirou de volta, recusando-se a

reconhecer o curativo que ela ainda usava debaixo do rabo de cavalo.

—O tratado ainda está em vigor.

—Hart não está aqui.

Jenna bloqueou o repentino balanço de Jody e revidou com

uma cotovelada a seu estômago. Quando Ben investiu contra mim, eu

joguei um livro em sua cabeça.

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—Deixe Jenna fora disso. — eu gritei, indo direto para Jody

enquanto Ben agarrou sua cabeça, praguejando. Ela cambaleou para

trás, instintivamente, assustada, agachando. Eu estava entre ele e

Jenna.

Então ele me deu um soco em seu lugar.

Eu dei um soco de volta.

Agora, a minha mãe estava recitando suas orações noturnas

para me purificar de minhas tendências violentas.

Nenhum cântico no mundo será suficiente, mãe.

—Jody, qualquer que seja sua pequena história, agora, eu não

estou interessada. Eu tenho pessoas que precisam da minha ajuda.

Então, se o seu passatempo ou algo assim é torturar, faça isso fora da

minha cara. — Que já estava ferida e começando a inchar. A dor na

minha bochecha fez meus olhos lacrimejarem. Jenna e Samuel

olharam uns aos outros com cautela.

Jody agarrou meu braço, de repente, unhas cavando minha

pele. — São essas marcas de mordida?

Merda.

A luta passou gradualmente para uma pausa sinistra. Todos

olharam para as marcas das presas que Nicholas havia deixado

debaixo da dobra do meu cotovelo. Elas pareciam mais vermelhas nas

lâmpadas fluorescentes, ou eu parecia mais pálida. Eu podia apenas

imaginar o que eles estavam pensando quando eu estava lá com livros

sobre como matar vampiros aos meus pés. Mesmo Jenna arregalou os

olhos. Eu tentei fugir para fora do alcance de Jody. Ele era mais alto,

mais forte e mais fraco do que eu era.

Mas eu estava disfarçando.

Eu puxei para o lado, sabendo que ele iria me acompanhar. Ele

achava que eu estava tentando fugir, mas, na verdade, eu estava

melhorando o ângulo para ficar de frente para a câmera de segurança

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que piscava sua pequena luz vermelha no canto perto da porta. E

então eu zombei dele.

Felizmente, eu tinha muita prática entre Nicholas, Logan e

Quinn.

—Namorado vampiro, lembra? — Eu sorri. — E ele é quente.

Talvez eu vá trazê-lo para o baile.

Suas narinas realmente arderam. Eu dei-lhe o meu sorriso

mais detestável. Foi quase equivalente às contusões. Eu bloqueei seu

soco, mas não muito bem. A força refletiu através do meu braço, e a

dor queimava no meu cotovelo.

— Cuidado. E se a tolerância a vampiro é contagiosa? — Eu

acrescentei, certificando-me de que minhas marcas de presas

estavam perto de sua mão. Ele pegou o braço para fora do caminho.

Revirei os olhos. —Você é um idiota. Também? — Eu apontei para a

câmera. —Pense em mim quando você estiver limpando banheiros

para detenção.

Ela seguiu o meu olhar, apertando os lábios. Ben fez uma

careta. —Merda. Minha mãe vai me matar. — Ele recuou em direção à

porta, deixando entrar o vento gelado. —Vamos sair daqui.

Jody abriu a boca. Eu o cortei. —Sim, sim. Isto não é sobre eu

ser bem-vinda, é sobre eu ser uma marionete de sangue, e você é tão

justo. O que irá cobri-lo? — Eu bati a porta atrás dele.

—Eu não posso acreditar que você está dando voltas em uma

escola para caçadores de vampiros com marcas de mordidas. —

Jenna disse, soando tão impressionada e enojada. Ela abaixou para

me ajudar a pegar os livros.

Eu puxei meu suéter, fazendo careta para os hematomas já

pulsando no meu braço. —É complicado.

—Não é verdade. — Jenna discordou, levantando-se. —Foi de

boa vontade?

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Eu não pisquei. —Sim. — eu menti. Ela apenas balançou a

cabeça. —Jenna, esta é quem eu sou.

—Bem, eu só espero que você esteja certa sobre sua amiga

Solange. — disse ela em voz baixa. —Porque senão você tem que

saber que todos aqui estão no seu direito de atirá-la.

—Ela é a vítima.

—Ou ela é o monstro. — ela voltou como saímos. —E nós

derrubamos monstros, Lucy, para o bem dos seres humanos que não

sabem de nada. — Ela olhou para o meu braço intencionalmente. —

Mesmo aqueles que deveriam saber melhor.

Nós não falamos o resto do caminho para os dormitórios,

porque não havia realmente nada a dizer. Ela era um novo amigo e eu

sabia que tinha as costas uns dos outros, mas nós nunca

concordamos sobre este assunto particular. Pelo menos queríamos a

mesma coisa: parar uma guerra.

E Jenna não estava errada.

Mas ela não estava certa.

A bile estava queimando no fundo da minha garganta. Não

podia salvar Solange a tempo. E, entretanto, ela poderia facilmente

derrubar toda a sua família e o patrimônio dos tratados delicados que

eram a única coisa permanente entre a pacífica Violet Hill e décadas

de banho de sangue. Todo mundo que eu amava lutaria.

E todo mundo iria morrer.

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Capítulo 6 Solange

vampira ou não, os morcegos são simplesmente assustadores

quando eles estão voando em seu rosto.

Eu tropecei para trás, cobrindo minha cabeça quando eles

mergulharam de forma irregular em torno de mim. Havia tantos deles,

o som de suas asas era rouco e forte. Eu controlei mais morcegos em

campo com Lucy e depois novamente no acampamento quando o

guarda Chandramaa havia tentado matar Constantino, para me

salvar das Fúrias. Eu me perguntei brevemente como ela estava

fazendo. E então um dos morcegos guinchou e se enroscou no meu

cabelo. Imaginei como Constantine, Kieran e toda a minha família

teria que esperar até mais tarde, quando não havia dezenas de

roedores pirando em torno de mim.

Porque claramente Viola não me quer neste quarto.

É por isso que eu sabia que era exatamente onde eu deveria

estar.

Os morcegos se congelaram como se tivesse batido numa

parede invisível entre nós. Eu retirei o cabelo dos meus olhos, assim

como o morcego congelado. Eu não poderia ficar aqui para sempre,

mas se eu mudasse a minha mão, os morcegos me atacariam

novamente. E os cavaleiros eram obrigados a vir novamente. Com a

minha sorte ultimamente, seria mais cedo ou mais tarde.

Ótimo.

Eles podem lidar com os morcegos. Agachei-me lentamente,

mantendo a mão e o braço estendido. As asas de couro bateram mais

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fortes. Eu pressionei contra o áspero batente da porta de madeira,

então torci e joguei minha mão em direção ao corredor. Como se eu

tivesse armado um estilingue de morcegos, eles se jogaram sobre,

pegando mechas do meu cabelo, correndo na parede onde eles

estavam amontoados. Depois que eles saíram, eu empurrei a pesada

porta e a destranquei.

Eu não tinha certeza do que eu estava esperando. Uma sala

cheia de ovos de dragão ou garrafas de dispositivos de sangue ou de

tortura, como o calabouço.

Ao contrário, o quarto estava cheio de caixas.

Elas eram pequenas, de estanho, caixas circulares, e havia uma

arca pregada no chão com pregos de ferro gigantes. Elas estavam

empilhadas por toda parte, esculpidas em âmbar e osso, feito de ouro

batido, carvalho e marfim, decorado com esmalte, rubis, pérolas e

embutimento de prata. Elas chegavam ao teto, brilhando à luz das

tochas fixas na parede de pedra. Se elas desabassem, eu poderia ficar

enterrada para sempre.

—Ok, isso está ficando cada vez mais estranho. — eu

murmurei.

Eu não tinha ideia do por que eles eram importantes ou que

porque estavam aqui. Poderia ser sangue ou moedas ou botão de rosa

seca de todos que eu conhecia. Poderia ser qualquer coisa.

Só há uma maneira de descobrir.

Eu estava chegando perto de uma caixa coberta de granada e

pintura descascada dourada quando o alarme soou.

O som estridente de um sino gigante de metal vibrava através

do castelo.

—Prisioneiros escaparam! — Um cavaleiro gritou das muralhas.

Eu não tinha certeza se eles queriam dizer os prisioneiros no

cárcere ou a mim. Eu realmente não queria ficar por perto para

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63

descobrir. Eu tinha que sair daqui, mas eu não podia perder a

pequena vantagem que eu tinha ganhado, encontrando o quarto

escondido cheio de caixas. Então eu só tenho que levá-las comigo.

Bem, talvez não a arca pregada ao chão.

Peguei o fim de uma tapeçaria bordada e a puxei da parede.

Amarrei-a sobre um ombro, como um estilingue e, em seguida, a

recheei de muitas caixas. Homens gritavam nas muralhas e no pátio.

A campainha continuava a tocar, estremecendo os suportes de metal

da tocha, agitando o meu coração como se ele também fosse feito de

ferro.

Caixas escorregaram de minhas palmas úmidas, machucando

minhas pernas e os pés. A bolsa de tapeçaria ficou mais pesada,

cortando minha pele. Diamantes lapidados, dobradiças irregulares,

arabescos decorativo de cortaram os meus dedos, o sangue caindo.

Quando eu tive tantas caixas quantas as que eu poderia levar, eu abri

a porta, olhando através de uma lasca de madeira do salão que eu

podia ver. Ela estava quieta por agora, vazia.

Eu não poderia voltar para o túnel que ficava na entrada, pois

ele havia desabado e eu teria que encontrar outra saída. Corri até a

escada em espiral, parando em cada curva para ouvir passos. Havia

gritos por todos os lugares, por isso foi difícil identificar sons exatos.

Mas eu podia sentir o cheiro de lavanda queimada do grande salão,

onde a senhora de vestido fino e pele cicatrizada ainda estava

arremessando brasas ao redor.

Os cavaleiros a envolveram, aproximando com sua espada

desembainhada. Pequenos fogos queimados, espalhados por toda

parte. A fumaça engrossava o ar. Eu rastejei para perto dela, usando

a fumaça como um escudo. Seus olhos brilharam uma vez, como

pedaços de espelho quebrado. Eu podia jurar que ela olhou para mim,

antes de jogar-se diretamente para o fogo no meio do salão. As

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chamas lamberam a bainha de seu vestido. Ela gritou enquanto

queimava mais e mais, até os pulsos e braços e garganta, tudo

marcado com marcas de mordida.

O cheiro de cabelo e carne queimados me fez vomitar.

Todo mundo parou para olhar para ela.

Ela se sacrificou para que eu pudesse ficar livre.

Então eu tenho que ficar livre.

Eu mantive a minha mão perto da parede de pedra enquanto a

cortina de fumaça subia atrás de mim e meus olhos ardiam. Eu segui

até a porta e corri para fora, onde mais fumaça flutuava para fora das

janelas. Os cavalos nos estábulos vizinhos entraram em pânico,

chutando suas barracas, o som de lascas de madeira e relinchos

frenéticos abafou os gritos que vinham de dentro.

Eu mantive a desorganização das barracas, pombais e os

diversos galpões ao longo do interior da parede. Fiz bom tempo, mas

não foi o suficiente. Um olhar sobre o meu ombro indicou pelo menos

cinco guardas rasgando através do pátio atrás de mim. As caixas

ressoaram juntas, batendo dolorosamente no meu cotovelo e nos

ossos do me quadril a cada passo. Se eu as deixasse poderia correr

mais rápido, mas sem elas eu também estava correndo cegamente,

sem ideia do que fazer uma vez eu encontrasse um lugar seguro para

me esconder.

A parte de trás do meu pescoço arrepiou. Eles estavam se

aproximando.

Corri até que eu fiquei ofegante, até que meus flancos e pernas

estavam doendo. Correr até lá não era nada, mas a adrenalina em

minhas veias, o tapa de minhas botas no chão, a pressa do ar em

meus olhos. Uma caixa cravejada de rubis caiu para fora do pacote,

batendo contra as pedras. A tampa se abriu, uma vez que ela rolou.

Ela estava vazia. Eu continuei correndo.

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65

Corri até que eu estava caindo novamente.

1192

—Papai! — Viola se atirou de seu pônei para os braços de um

gigante barbudo. Sua babá esperou que um cavalariço a ajudasse a

descer de seu palafrém. O linho branco de sua touca brilhava à luz das

tochas.

—Filha, você não deve ser tão informal. Você deve se dirigir a ele

como ‘meu senhor’.

Viola revirou os olhos para o pai, que sorriu de volta, apesar do

fato da babá ter o direito de lhe chamar a atenção.

—Você não deveria estar dormindo? — perguntou ele, girando ao

seu redor de modo que seus pés balançavam. Era a sua coisa favorita

no mundo. Isso a fez se sentir como se estivesse voando, mas sem o

medo de cair, porque ela sabia que seu pai sempre a manteria segura.

—Eu me belisquei para ficar acordada. — respondeu Viola.

Quando ele a colocou no chão, ela mostrou os hematomas no braço

dela com orgulho. —E eu não chorei nenhuma vez.

—Minha pequena guerreira. —Ele riu.

Ela enfiou a mão na dele, esfregando com suavidade a palma da

mão. Ela sabia que outros homens tinham calos por manusear as

espadas e lanças diante de seus inimigos, mas não seu pai. Ele era

invencível. Mãos estáveis levaram os cavalos para longe e os

funcionários saíram das sombras para descarregar a carroça. —Por

que devemos sempre viajar tão tarde da noite? — ela perguntou

curiosamente enquanto atravessavam o pátio para a sala.

—Silêncio agora. — sua babá disse irritada. —Não seja uma

praga.

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Viola fez beicinho, agarrando-se com mais força à mão de seu

pai para que ele não a mandasse embora. Tochas de ouro brilhavam

nas janelas, protegidas com persianas finas. Era como a luz do sol e o

mel. Ela era menor e mais antiga que Bornebow Hall, onde ela morava,

mas era muito mais agradável. Ela preferia o fogo esfumaçado no

centro do salão e as vigas de madeira escura acima, os vales íngremes,

e o lago do outro lado da parede onde o peixe pulava no verão.

—Eu sinto sua falta, Da! Eu não poderia ficar aqui com você? Eu

seria uma boa menina, eu prometo. — Quando a babá bufou, Viola

lançou lhe um olhar estreitado. —Eu sei como.

Seu pai soltou de sua mão. —Você sabe que não pode filha. Você

está noiva de Richard, e eles querem moldá-la para ser uma boa

esposa para ele.

Ela cruzou os braços, sentindo-se cansada e mal-humorada. —

Por que ele não pode morar aqui com a gente e ser elevado para ser um

bom marido?

—Porque esse não é o caminho do mundo. — respondeu ele,

sorrindo para ela.

—Eu corro mais rápido do que ele. — ela confidenciou com um

suspiro alto. Eles passaram por um poste de madeira que dava para o

pátio atrás do corredor da porta lateral. Correntes pendiam de ganchos

fixados no topo. A sujeira toda estava acumulada e polvilhada com

manchas escuras que pareciam sangue seco. Viola fez uma careta. —O

que é isso?

A expressão alegre de seu pai piscou e morreu. Seus olhos azuis

se transformaram em pedra e Viola estremeceu.

—Não questione o seu pai. — a babá retrucou, arrancando a

parte de trás do vestido de Viola.

Viola não sabia o que estava acontecendo, mas ela estava de

repente ciente de quão pouco ela era. Sua babá só estalou como que ela

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67

estava assustada. Ela ficou muito quieta. O pai de Viola poderia ter

sido esculpido em pedra, inflexível e pálido no pátio escuro. Ele não

falou, o que foi um alívio, apenas virou as costas e caminhou em

direção ao salão principal.

Viola seguiu mansamente. A mansidão durou até o fim de um

corredor para o outro, até que ela se deitou em um palhete por trás da

tela de madeira entalhada. Sua babá apagou as velas, deixando Viola

deitado nas sombras, aborrecida e agitada.

Ela ficou lá até que seu coração parou de bater rapidamente, até

que o medo e a confusão houvessem desaparecido e ela ficou inquieta.

Ela ouviu os sons dos criados no corredor, arrastando as mesas do

cavalete de madeira e varrendo o chão substituindo por ervas mais

perfumadas. Em Bornebow Hall ela dormia perto do fogo, mas no

castelo de seu pai, eles ficavam acordados até mais tarde. Ela poderia

apenas escutar a voz de seu pai crescendo no pátio, mas não as suas

palavras exatas.

O sono se recusou a vir. Ela contou suas respirações, contava as

aranhas na parede, até as folhas bordadas na fita de seu turno da

noite. Quando o sono ainda se recusou a chegar ela empurrou seu

ninho quente de cobertores de lã, com pés descalços ondulando sobre

as pedras frias. Ela gostaria de encontrar sua mãe, que sempre disse a

seus contos emocionantes de gigantes e reis antigos. Ela só tinha que

ter cuidado para não perturbar a babá ou o seu pai, uma vez que

ambos estavam tão zangados.

Ela se arrastou para fora de uma pequena janela, balançando

facilmente para dentro da cobertura lilás. Ela escondeu seus

movimentos até que sentiu coragem para alcançar a escada exterior

que conduzia a energia solar para a área privada de sua mãe. A porta

de carvalho estava trancada, como de costume, mas Viola há muito

tempo tinha aprendido o truque de abri-la. Ela usou seus grampos e

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lembrou o tempo que ela perguntou ao pai por que a porta estava

sempre trancada. Ele parecia tão triste, correndo uma mão grande

sobre seu cabelo pálido e dizendo que era para que ninguém roubasse

sua mãe. Viola gostava da ideia de que sua mãe sempre estar segura,

mesmo que ela mesma nunca poderia ter dormido tão trancada assim.

Ela empurrou a porta, abrindo-a apenas o suficiente para dar-lhe

espaço para deslizar para dentro. A sala era quente e iluminada com

velas em lanternas de ferro. Ela sempre tinha um cheiro curioso, como

poeira ardente. Um fogo crepitava na lareira, muito grande e muito

quente para uma boa noite. Mas sua mãe sempre estava fria, tremendo

quando os outros estavam suando. Viola chegou mais perto,

observando o rosto sob a luz piscando sobre a dourada Senhora de

Venetia.

Lady Venetia mudou, abrindo os olhos. Ela sorriu lentamente,

como se ela tivesse se esquecido de como ela era feita. —Viola. — disse

ela com voz rouca. —Você cresceu tanto.

—Eu posso chegar em um cavalo sozinho agora. — Viola se

gabou, subindo em cima da cama. —Mesmo que Richard ainda precisa

de ajuda. — Ela baixou a voz, como se partilhasse um grande e

humilhante segredo. —Eu sou mais alta do que ele.

—Ele vai superá-la em breve. — Venetia murmurou, tocando o

final de uma das tranças de sua filha. —Ele é gentil com você?

—Às vezes. Eu ainda quero incendiar sua túnica. — Ela saltou

sobre a cama até que sua mãe fez uma careta. —Mamãe, você está

doente de novo?

—Temo que sim, querida.

—Você está pálida. — disse Viola. —Mas você tem uma

queimadura em seu nariz.

Venetia apenas sorriu cansada. —Diga-me o que você está

fazendo.

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Viola contou a ela sobre a colmeia que tinha encontrado, sobre os

filhotes de coelhos no buraco do muro do pomar, e a maneira como

Richard achava que ele era melhor do que ela. Sua mãe ouviu

atentamente, e quando suas pálpebras piscaram, Viola não se ofendeu,

embora ela tivesse gritando como sua babá estava se comportando.

Todo mundo sabia que Lady Venetia era delicada e distraída. Viola

aconchegou-se mais quando a mãe estremeceu violentamente.

—Eu vou mantê-la quente. — ela prometeu sonolenta.

Ela puxou os cobertores para cima, franzindo a testa para o que

parecia ser manchas de sangue, com pequenas gotas vermelhas. A luz

do fogo iluminou as cicatrizes estranhas nos braços de sua mãe, outras

em carne viva e rosa, desbotadas e brilhando como seda bordada.

Eram marcas de perfuração, agrupados em pares, como frutas e

espalhadas sobre seus braços, ao longo de sua clavícula e mesmo sob

os cordões de seu decote.

A imagem piscou, deixando-me desorientada. Eu sabia

exatamente o que eram essas marcas. Eram mordidas.

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Capítulo 7 Lucy

Segunda-feira

A única razão porque não perdi a minha primeira aula foi

porque Sarita ficou em cima de mim depois do almoço e pigarreou

irritantemente até eu gemer.

— Você vai se atrasar. — ela me informou em um tom

desaprovador.

— Não me importo.

— O comparecimento é obrigatório.

Rolei, franzindo o cenho para ela através de um olho. — Você

realmente disse isso? Você está com o que, cinquenta? Precisamos

começar com piercings ou tatuagem ou algo assim.

— Lucy. — Ela parecia ansiosa. Saber que estar atrasada e

quebrando as regras a fez suar. Éramos como o pior emparelhamento

de personalidades de sempre. Ela provavelmente teria um colapso por

causa de mim antes das férias de Natal.

— Sim, sim, tudo bem. — Balancei meus pés sobre a cama.

Barro soltou das minhas botas no tapete. Este momento, Sarita

suspirou. Tive que rir. — Pobre Sarita. Acho que Theo vai diagnosticá-

lo com PTSD por ter que lidar comigo?

— Se você acha que vai ajudar. — ela murmurou.

Eu ri novamente. Mais lama caiu das minhas roupas. — É

melhor pular para o chuveiro.

— Ok, mas rápido.

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Peguei meu roupão de banho e fui para o chuveiro. — Não

espere por mim. Você só vai desenvolver uma úlcera. — Estava

tentado pular aulas por completo, mas não podia dar ao luxo de

perder o acesso que eu tinha com as informações do Helios-Ra. Já

para não falar que ninguém ia me deixar ficar com os Drakes agora e

se voltasse para casa, meus pais iriam impor os seus 5 toques de

recolher. Não, obrigado. Então tinha que ir para a aula, manter a

minha rotina e fingir que não estava planejando nada.

Sarita balançando a cabeça e olhou como se eu tivesse chutado

um filhote de cachorro na frente dela. Honestamente, a administração

da escola era diabólica. Eu meio que me senti mal por ela.

Especialmente quando eu vi como suas bochechas estavam

vermelhas quando corri para a aula dez minutos atrasada. O

professor olhou impressionado, Sarita olhou francamente enjoada.

Jody sorriu. Resisti à vontade de jogar um lápis para ele. Mas apenas

um pouco.

Passei a maior parte dos meus momentos de vigília passando os

livros. Escrevi nas margens de um, detenção que se dane. Era tão

flagrantemente errado. Os Drakes não atraem estudantes

universitários bêbados fora dos bares e os obriga a esquecer de que

estão sendo alimento. Bem, talvez Quinn acostumaria, mas eu

poderia garantir que nenhuma dessas meninas precisava ser

compelida.

Às 2h00, eu escapei do meu quarto e encontrei Hunter e Chloe

na sala de fora no térreo na casa de banho dos rapazes.

— É o único por onde podemos entrar. — Hunter explicou

quando entramos as luzes piscavam. Azulejos branco e azul cobriam

as paredes, assim como o banheiro das meninas. — E já empurrei

um galho de pinheiro sobre a câmera do lado de fora. — Ela piscou

para mim. — O que aconteceu com o seu rosto?

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— Jody. — disse, explicando as contusões. — Aparentemente,

incomodo ela tanto quanto me aborrece.

— Por que você está de pijama? — Chloe me perguntou.

Olhei para as minhas calças de flanela listrada. — Porque a

minha companheira de quarto é uma dedo-duro. — eu respondi

secamente. Ela piorou desde que me apavorei depois Nicholas

desapareceu e a diretora a pediu para ficar de olho em mim. — Dessa

forma, se Sarita estiver me esgueirando, posso convencê-la de que

estava apenas no banheiro ou assistindo a TV sala comum ou algo

assim.

— Bom plano. — Chloe concordou. — Ela é um saco.

— Não tem ideia. — eu disse. — Ela continua tentando

organizar minha mesa e passar as minhas tarefas de escola. Quem

faz isso?

— Hunter faz. — Chloe sorriu.

— Não passo as tarefas, me dá um tempo. — ela voltou.

— Mas você organizar seus alteres por tamanho e peso.

— Bem, isso só faz sentido. — Ela ergueu as sobrancelhas para

nós. — Pronto? — Subiu no lado do mictório e mexeu para fora,

fazendo com que pareça fácil e graciosa.

Chloe chamou minha atenção. — É por isso que a odeio um

pouco.

— Se minha bunda ficar presa me dá um empurrão. — Sorri,

tentando não escorregar e cair à direita no mictório. O parapeito

entalou desconfortavelmente na minha barriga quando contorci para

fora, sentindo-me como um verme gigante. Chloe seguiu, empurrando

seu laptop à sua frente.

Estava nevando levemente, não chegava a estar muito frio,

apenas o suficiente para deixar tudo bonito. Corremos de árvore em

árvore, mantendo-nos nas sombras. Hunter usou sinais de mão para

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alertar-nos de câmeras. Agachamos no meio dos arbustos, escalamos

uma cerca de fazenda de madeira e atravessaram os campos para a

floresta. A trilha era estreita e pouco perceptível, mas Hunter e eu

sabíamos exatamente onde levava. Tive meu último encontro com

Nicholas no prado no final do caminho. Não queria pensar sobre o

que Hunter e Quinn fizeram lá.

Desta vez, foi Spencer quem esperou por nós do outro lado dos

cedros, empoleirado em uma árvore. — Pensei que se transformou em

um vampiro. — Chloe brincou, olhando para ele. — Não um macaco.

— Uma árvore é o único lugar que possa esconder de patrulhas

escolares e Caçadores. — ele sorriu, sua tranças loiras e miçangas

turquesa em desacordo com o brilho de seus olhos. — Caras vocês

estão sendo uma má companhia.

— Não, desde que você partiu.

Ele desceu, saltando agilmente de galho em galho. — Mostre. —

Chloe murmurou. Mas o abraçou tão ferozmente como Hunter fez, da

mesma forma que abraço Logan ou Quinn. Ele deu um passo para

trás, tentando esconder suas presas sob os lábios superiores.

Coitado, até recentemente era um estudante da academia e agora era

um dos inimigos.

— Sua escola usa emitir plugues de nariz. — eu sugeri. — Isso

ajuda.

Ele piscou. — Eu nunca pensei nisso.

— Aqui. — Hunter tirou um par do bolso de suas calças e jogou

para ele. Algo moveu por outro lado os cedros. Todos, exceto Hunter

congelaram. — É Kieran. — explicou ela, pouco antes de ele saiu das

sombras. — Liguei para ele.

— Pensei que caçadores de vampiros deveriam ser furtivos. —

Joguei-lhe um sorriso. Ele usava sua habitual calça preta e uma

expressão dolorosamente séria. Ele ia ter que aprender que quando

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sai com os Drakes tinha que manter seu senso de humor. Às vezes

era o único escudo que tinha.

Ele deu um meio sorriso. — Se sou muito furtivo com este

grupo que corro o risco de ficar em jogo.

— É verdade. — Hunter concordou, procurando seu rosto.

Ele cutucou seu ombro. — Estou bem.

— Sim, certo. — Ela bufou.

Ele se virou para Spencer. — Como estão as coisas no campo?

— Sujas. — disse ele. — Prefiro o Bower. Menos controle da

mente.

Eu congelei. — Será que todo mundo descobriu novo pequeno

dom de Solange também?

— É difícil perder.

Kieran e eu trocamos um olhar sombrio. — E Nicholas? —

Perguntei, embora o medo fizesse sentir as palavras como agulhas em

minha garganta. — Ele está bem?

— Está em pedaço. — Spencer respondeu com cuidado. Deixei

escapar um suspiro. — Mas não diz muito, então realmente não sei.

Ele gruda na Solange ou decola sozinho.

— Ela está... — Kieran parou, apertou a mandíbula. — A

mesma coisa?

— Pior.

— Os jornais estão chamando- a de Drácula assassina. — disse

Spencer.

— Isso não é dela. — Kieran e eu dissemos em uníssono.

Esperava que eu parecesse mais confiante do que ele.

Ele só parecia desesperado.

— É por isso que preciso falar com você. — disse Hunter. —

Lucy tem uma teoria.

— Vampiros podem ser possuídos? — Perguntei.

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Spencer olhou rapidamente intrigado. — Realmente nunca

pensei sobre isso, mas acho que sim. Quer dizer, não vejo por que

não. Provavelmente seria muito volátil. Vampiros e mágicos tendem a

colidir. É um delicado balanço no melhor dos tempos.

— Acredite em mim, eu sei. — eu disse. — Mas acho que

Solange está possuída. É mais do que a sede de sangue que está a

tornando assim.

— Ela tem três conjuntos de presas. — Spencer apontou. — É...

única. Fora os Hel-Blar, de qualquer maneira.

— Eu sei que estou certa sobre isso.

Chloe mordeu o lábio. — Não seja louca, Lucy. Mas você não

acha que poderia estar lendo coisas?

— Vendo as coisas que você quer ver? — Balancei a cabeça

teimosamente.

—Possessão poderia explicar sua mudança. — Spencer

concordou lentamente, quando considerava que eu disse. Sua testa

franzida. — Só vi uma vez na Bower com Constantino, mas ela

parecia agradável. Silenciosa.

— Ela estava com Constantine? — Fiz uma careta quando

Kieran jurou sob sua respiração. — O que é esse cara, afinal? Quem é

ele? — O adicionei na minha lista de coisas a pesquisar.

— Não sei. — disse Spencer com um fantasma de um sorriso.

— Sou novo para a coisa toda de vampiro, lembra-se?

— Você pode descobrir? — Kieran perguntou em voz baixa.

— Posso tentar, mas não vou ao campo muito. — Spencer

parecia pensativo. — Houve um o inferno de uma magia quando ela

colocou a coroa. Bateu todos nós fora de nossos pés.

— Você escreveu um ensaio sobre isso ainda. — perguntou

Hunter.

Spencer sorriu. — Apenas algumas notas ásperas.

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Chloe gemeu. — Eu te odeio tanto.

— Não quis ficar por muito tempo para obter dados reais. —

acrescentou Spencer, sério novamente. — Não depois de Lucy me

contar sobre Jenna na floresta. E não posso voltar se não quero ter

uma lavagem cerebral.

— Será que os cães entram? — Perguntei, cruzando os braços

contra o frio. Spencer estava em uma camiseta e jeans rasgados e

parecia perfeitamente confortável. — Eles devem ter algum tipo de

proteção mágica ou algo assim, certo?

— Talvez. Mas mesmo se você entrasse o que você poderia

fazer?

— Eu poderia socá-la no nariz. — eu murmurei. — Eu devo a

ela.

— Vou lhe enviar um e-mail a Kieran com uma lista de livros.

— Spencer prometeu. — Não há recepção em alguns pontos perto do

Bower, se você pesquisar bastante duro para eles. O sinal está longe

apenas o suficiente do bloco da Lua de Sangue.

— Connor provavelmente fez isso uma vez que eles estavam

exilados. — eu disse.

— A explosão mágica poderia ter aberto a porta para os

espíritos. — Spencer continuou. — Não é impossível de qualquer

maneira.

— É um lugar para começar. — eu disse, sentindo-me mais

esperançosa do que eu estive desde antes de Nicholas desaparecer,

desde antes mesmo de ter encontrado Solange com o sangue de

Kieran nos lábios. — Obrigado.

Hunter, Spencer, e Chloe apanhados por alguns minutos,

fazendo referência a piadas e conversando sobre as pessoas que eu

não conhecia. Kieran ficou parado, com as mãos nos bolsos,

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praticamente vibrando com reprimida frustração. Pior ainda, parecia

triste.

— Você está bem? — Perguntei a ele. Sabia como ele se sentia

era como ser engolido pelo inverno, por isso que até mesmo o seu

interior estava muito austero e muito frio.

— Hart é bom no que faz. — disse ele friamente. — Mas não sei

por quanto tempo ele pode segurar a Liga, especialmente com

Caçadores da cidade. Está ficando feio Lucy.

— É por isso que os Drakes tem tanta sorte que eles nos têm

para limpar sua bagunça.

— Espero que você esteja certo.

— Estou sempre certo. — brincou ele.

— Devemos voltar. — Hunter interrompeu, olhando para o

relógio. — Chloe tem a próxima patrulha de segurança cronometrada.

Temos dez minutos. — Spencer desapareceu silenciosamente na

floresta depois de Hunter e Chloe tanto o abraçou em adeus. Quando

voltamos por entre os arbustos, Hunter atirou Kieran um olhar

falando.

— Chame-me.

Kieran acenou com a cabeça e pulou o muro, cortando os

gramados em direção à estrada. Seguimos o caminho de volta para os

dormitórios, meditando sobre os acontecimentos da noite. Hunter deu

um amplo espaço enquanto Chloe riu. Suas botas cortaram

abruptamente quando chegamos ao lado dos dormitórios, em direção

à casa de banho dos rapazes.

A Diretora Bellwood estava esperando por nós do lado de fora

da janela aberta, com os braços cruzados. Mesmo seu casaco de

inverno preto parecia severo e em desaprovação.

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— Boa noite. — disse ela friamente. — Parece que você vai se

juntar a Jody e seus amigos na casa de banho em seu dever para o

resto do mês. Mais dois pontos negativos.

Chloe abriu a boca para protestar, pensou melhor, e fechou

novamente.

— Uma decisão sábia. — A diretora aprovado. — Não estou

interessada em suas desculpas. Você sabe as regras e você deve saber

quão imprudente é esgueirar-se para fora do campus agora entre

todos os tempos. Vão para a cama, todos você.

— Vampiros Droga. — Hunter murmurou irritada quando deu a

volta para a porta da frente. — Eles só me custaram meu recorde

perfeito na escola.

— O que você está reclamando? — Eu suspirei. — Minha mãe

vai me fazer meditar.

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CAPÍTULO 8

Solange

Não tinha ideia de quanto tempo fiquei presa dentro da

memória da Viola, mas quando voltei a mim mesma mais uma vez,

estava de volta na escada em espiral. Desorientada e confusa,

segurando a parede de pedra irregular para não cair. De volta a

espírito na dimensão paralela do subconsciente de Viola, enquanto

ela controlava o meu corpo no mundo real. É de admirar que

estivesse confusa?

Não tinha certeza que tipo de espírito, coisa homem-vampiro

que eu estava neste lugar. Sabia que não tinha me alimentado de

sangue, e não podia sentir meu coração, mas ainda estava ofegante.

Psicossomática. Estava pirando, então ofegante, porque fui uma

garota humana por muito mais tempo do que fui um vampiro,

estranho ou não.

Precisava de mais informações. Teria que abrir outra caixa.

Não gostava exatamente do pensamento. Havia algo muito

desconcertante em ser uma desbotada cópia de si mesmo em seu

corpo, não importa passear sobre as memórias de outra pessoa. Seria

mais fácil levá-la com uma arma na minha mão. Em vez disso, ia ter

que ser sorrateira.

Primeiro, tinha que encontrar um esconderijo melhor antes que

alguém me encontre ali parada como um idiota. A bolsa de tapeçaria

ainda estava pendurada em meu peito e batia fortemente contra o

meu quadril, quando me movia. Olhei para fora do orifício homicida.

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O crepúsculo pintou o céu azul e laranja entre as árvores à distância.

A fumaça subia de uma pequena cabana, assumi que pertencia ao

ferreiro. O brilho do fogo vazando para fora da porta aberta era feroz.

À direita, um freixo alto subiu das rachaduras no chão do pátio.

Folhas verdes vibraram, em parte, obscurecendo a visão dos

estábulos ao longo da parede do interior do pátio. Feno empilhado

flutuava entre as tábuas soltas do andar superior. Poderia balançar-

me na árvore e, em seguida, saltar para o telhado do estábulo,

poderia esconder no palheiro.

Grande.

Subia as escadas para o próximo andar, correndo entre as

tochas para me esconder nas sombras do corredor. A primeira porta

de carvalho que me deparei estava trancada. A segunda se abria para

uma sala sem janelas cheia de som apressado de pés e garras. Fechei

novamente o mais rápido que pude. Não havia tapeçarias neste piso,

apenas uma corrente de ar frio que se virou para as tochas e na

bainha do meu vestido. Fui até o quarto ao lado que encontrei uma

janela grande o suficiente para passar. A câmara em si estava vazia,

exceto pelo cheiro de fumaça. Não havia nada aqui para me ameaçar,

mas ainda assim parecia errado.

Corri para a janela, abri as persianas de madeira. Havia

cavaleiros acima de mim na muralha, mas deveriam estar olhando

para além dos muros, e não diretamente para dentro do coração do

castelo. E estava o suficiente escuro, se alguém olhasse para cima

não deveria ser capaz de me ver. A árvore balançava alegremente de

alguns metros abaixo. Engoli em seco. Estava muito mais longe do

que eu pensava, e a janela era estreita. Quase demasiada estreita.

Tirei a bolsa de tapeçaria e pendurei para fora da janela

novamente. Fiz com cuidado, estremecendo com o tinido de caixas à

medida que deslocava em relação uma a outra. Fiz de novo, e de novo,

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até que tive um bom arco. Deixei e deslizei os galhos exteriores,

pegando na ponta de um galho mais pesado, e balançando

precariamente. Esperei por um grito de alarme. Quando não houve

nada, apenas o constante martelar do ferreiro, montei o parapeito de

pedra.

— Se eu morrer vou chutar o traseiro de Viola. — eu murmurei.

E então me deixei ir. Não pulei, caí.

Agarrei a árvore, as folhas batendo no meu rosto, ramos

arranhando meus braços e puxando meu cabelo.

O ar correu para mim. Finalmente consegui agarrar a um

galho, mas não era forte o suficiente para suportar o meu peso. Ele

quebrou e me deixou ir próximo galho, quase acertando o meu olho.

Agarrei-me lá xingando.

Podia sentir o cheiro de fumaça, cavalos e feno. Estendi a mão,

esticando os músculos que não sabia que tinha, peguei o saco de

tapeçaria. Quando envolto em segurança em volta do meu pulso,

rastejei ao longo do galho como uma lagarta enquanto a árvore rangia

advertência. Quando bati o telhado dos estábulos estava sorrindo.

Toda dolorida e machucada, mas ainda sorrindo. Principalmente

porque ninguém me viu e não estava deitada em pedaços no chão.

Cavei através a palha infestada de insetos e mexi, caindo em um

monte de feno macio que me fez cócega no nariz. Os cavalos abaixo

relincharam e bufaram. Ainda fiquei na escuridão por um longo

momento.

E então fiz a única coisa que poderia fazer, apesar dos nervos

disparando na minha barriga e ao longo da minha espinha. Enfiei a

mão na bolsa e tirei uma caixa de forma aleatória. Era de madeira e

definida com peças de cor de esmalte em um mosaico de uma

senhora com um dragão enrolado.

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1198

Viola esperava por Tristan no topo da colina, o vento soprando

seu manto de lã atrás dela, revelando vislumbres de sua túnica verde.

Gelo brilhava em cada folha de grama, esmagando como vidro

quebrado sob os cascos de seu cavalo. Um falcão circulava acima com

um grito estridente de alerta para ratos, coelhos, e todas as pequenas

criaturas que podem ser caçadas abaixo.

— Você veio. — Viola sorriu, deslizando da sela. Como sempre,

sentiu seu corpo inteiro cantar, apenas por vê-lo.

— É claro. — respondeu Tristan, desmontando. O azul índigo da

túnica combinava com seus olhos. Ele não disse mais nada, apenas

caminhou com ela para trás até que seu corpo pressionado contra o

tronco da árvore e as folhas que os abrigavam de olhos curiosos. Seus

longos cabelos loiros presos com um feche de prata em seu manto.

Quando ele a beijou sentiu como se houvesse relâmpago

estalando fora dela, como se pudesse colocar o mundo inteiro em

chamas e vê-lo queimar com um sorriso apenas enquanto eles estavam

juntos. Não havia nenhum vento frio, sem gelo escorrendo da nuca, não

havia nada mais que ele. Seus lábios estavam provocantes e

desesperados, mas não mais do que os dela. Beijou sua garganta e ela

inclinou a cabeça para trás, inalou o cheiro dele: fumaça, ferro e as

laranjas raras que Senhor Phillip tinha acabado receber para Natal.

Lembrou-se dançando com Tristan no salão, usando uma coroa de

folhas do azevinho. Nenhum deles suspeitou.

Ele se afastou um pouco, mas ficaram presos juntos, respirando

como um só. Quando sorriu, ele sorriu. Quando ele se inclinou, ela se

inclinou, a última das folhas avermelhadas de carvalho batiam como

ossos em torno deles.

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Quando o cavalo se aproximou para comer a grama

descongelada, Tristan finalmente percebeu a mochila na sela e franziu

a testa. — Onde você está indo?

— Estou indo para casa.

— Você está deixando Bornebow Hall? — ele agarrou seus

braços, seus olhos queimaram dentro dela como gelo. Seu sem fôlego,

como se estivesse em um carro de fuga. — Sem mim? Por quê?

— Por que você acha?

— Será que Richard sabe?

— Nem você também. — Viola fez um som de desgosto. Seu

cavalo sacudiu a juba, reconhecendo o som e impaciente para correr

pelos campos e pântanos. — Vou falar com o meu pai. Tenho quinze

anos. Isso é velho o suficiente para conhecer a minha própria mente.

Meu próprio coração.

Tristan era apenas alguns anos mais velho do que ela, e era um

cavaleiro há menos de um ano, mas ele sentia positivamente velho com

o pensamento de perder Viola. Era uma coisa para recitar poesia como

um trovador, e rosas espalhada em seu travesseiro, mas outra coisa

para desafiar seu pai.

Seu noivado com Richard ficou estabelecido no dia em que ela

nasceu. Mas ele sabia no conjunto de sua mandíbula e o que

significava. Não haveria como impedi-la. Ela era como o falcão acima

deles, com fome e selvagem.

— Não quero perder você. — ele disse suavemente, passando

perto o suficiente para sentir o cheiro do âmbar e lavanda de seu

cabelo, escovando a boca sobre sua bochecha.

— Nem eu. — ela sussurrou, fundindo-se com ele. — Então

venha comigo. Lute por nós.

— Viola, morreria por nós. — Ele tocou a testa dela. — Mas você

sabe o que vão dizer.

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— Minha mãe pode ouvir. — ela insistiu teimosamente. — Ela

quer que eu seja feliz. Está sempre perguntando se Richard me trata

bem.

— E ele: — Tristan sentiu obrigado a lembrá-la. Ele considerava

Richard um irmão. Parecia uma má maneira de recompensá-lo por se

apaixonar por sua noiva. Mas havia uma razão pela qual eles estavam

apaixonados, você não pode escolher o seu destino. O destino escolhe

você. — Ele é um bom homem.

— Mas ele não é você.

Ela empurrou para fora de seu alcance e saltou na sela. — Você

tem medo de provar a si mesmo. — ela perguntou, olhando para ele

com suas bochechas vermelhas. — Porque eu não tenho. — Ela chutou

seu cavalo a galope, agitando a sujeira e folhas mortas em seu rastro.

Tristan praguejou e pulou para sua própria montaria, correndo

atrás dela. Mantiveram-se até a borda da floresta até que era hora de

seguir o rio, atravessando os campos. Passaram por aldeias com o

ranger de rodas do moinho e grunhidos de cabra. Os campos

tosquiados brilhavam na luz fraca e estava anoitecendo quando

finalmente deixaram os mouros uivantes vazios para se aproximar do

castelo do pai de Viola. Os muros de pedra do castelo acima deles

estavam recortados contra o céu cor de rosa e laranja.

— Lady Viola. — o guarda na guarita saudou com uma

inclinação de cabeça. Ela acenou com a cabeça para trás e, em

seguida, eles estavam no pátio exterior, os seus cavalos cansados

percorrendo seu caminho até o interior pátio.

Viola deslizou para fora de sua sela, com as pernas doendo por

estar enrolada. Suas bochechas ardiam do ataque constante do vento

frio. O pátio estava quieto, como sempre a esta hora do dia. Ela

escolheu a sua chegada com cuidado. Sabia que seu pai não podia ser

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incomodado com os visitantes até bem depois do jantar. Poderia ter

uma chance de ganhar a sua mãe para o lado dela nesse tempo.

— Minha mãe deve estar em seu solar. — ela disse, enquanto

Tristan entregava as rédeas para um rapaz estável.

Dizer as palavras em voz alta a fez perceber que em todas as

suas visitas ao longo dos anos, sua mãe estava sempre enterrada sob

uma pilha de cobertores. — Ela está doente. — explicou enquanto se

dirigiam até o solar. Melhorias foram feitas desde que era uma menina,

incluindo uma nova torre de pedra que jogou no salão de madeira velha

nas sombras. — Ela nunca sai.

Até agora.

Viola congelou, parando tão abruptamente Tristan teve que

elevar seu ombro para evitar se chocar nela e derrubando os dois.

— Eu não sei... —Ela parou, horrorizada.

Tristan seguiu seu olhar chocado. A mulher esperou na

penumbra fria do pátio. Suas longas tranças foram amarradas com

cordão de ouro e seu belo vestido e túnica bordada, junto com ela cinto

de joias, marcava-a como uma nobre. Ela usava um manto de peles.

Qualquer um teria pensado que fosse a senhora do castelo.

Exceto pelo fato de que ela estava pendurada em um poste pelos

pulsos acorrentados. Havia cicatrizes em seu pescoço que sua touca de

linho não conseguia esconder.

— Você está sob ataque, minha senhora? — Perguntou Tristan,

tirando a sua espada da bainha. Fúria e a bile queimaram no fundo da

garganta. — Quem é essa? — Ele sussurrou para Viola. — Você

conhece?

— Essa é a minha mãe. — Viola respondeu antes de olhar para o

pátio aberto. Palavrões, Tristan seguido, em busca de possíveis

ameaças a partir das muralhas. Buscando fechas ou óleo quente

derramando sobre suas cabeças, ele arriscou um olhar para Viola. Ela

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estava arranhando inutilmente as correntes, as pontas dos dedos

sangrando. Sua mãe se mexeu, piscou para ela, confusa.

— Viola?

— Quem fez isso com você? — Perguntou Viola. — Onde está o

Pai?

— Viola, é realmente você. — Lady Venetia sorriu quando a filha

tentou deslizar um braço sob o seu tentando apoiá-la. Seu sorriso

morreu, tremendo de medo. — Você está realmente aqui. Não. — ela

gemeu. —Não.

— Ajude-me! — Viola gritou Tristan. Olhou para os servos que se

reuniram nas portas, observando-a em silêncio. — Qual é o problema

com você?

Tristan tinha a mesma afiada, sensação de desconforto na

barriga que teve quando um grupo de foras da lei o surpreendera na

floresta. Quase perdeu a cabeça naquela noite. Viu o flash de tochas

brilhando fora das muralhas ao longo delas. Um cachorro latiu no canil.

— Viola, vem.

— Não. — Ela deu um tapa em suas mãos.

Lady Venetia estava com olhos tão selvagens e desesperados

por sua filha, mas por razões diferentes. — Viola você tem que sair.

Você tem que correr! — Ela tentou agarrar o braço de Tristan, mas as

correntes a pararam, sacudindo com um som frio horrível. — Por favor.

Eles não podem saber que ela me viu assim. Não é seguro. Protege-a!

Feche seus olhos, caramba!

O som de saltos das botas nas pedras perto da torre parecia

mais alto do que o martelo ferreiro martelo. Lady Venetia estava mais

pálida do que já esteve, em seguida, atirou-se no final de suas

correntes como um animal selvagem. — Não é a minha filha!

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Viola apenas franziu o cenho para sua avó quando eles se

aproximaram, estranha e pálida como sempre foi. — E quem é esse

que você trouxe com você?

— Tristan Constantino de Bornebow Hall. — ele respondeu com

um arco, embora sua espada ainda estava em sua mão.

— Eu vejo.

Viola cruzou os braços. — Nós queremos casar. — Ela se

aproximou de sua mãe, tentando mantê-la a salvo, embora não estava

inteiramente certo de qual era perigo.

— Você já está prometida a Richard Vale. — Veronique

respondeu rapidamente. — Volte a ele de uma vez.

— Não. — disse Viola. Um dos servos engasgou de onde estava

pressionada contra o canil. Venetia começou a chorar. Tristan se

perguntou como diabos ele deveria lutar contra uma velha mulher.

Viola apenas estreitou os olhos.

— Você vai fazer o que você disse. — A voz de Veronique estava

afiada e estranha. Era como pregos dentro seus crânios.

— Não vou. — insistiu Viola, rangendo os dentes contra a dor

inexplicável. — Eu vou correr pela primeira vez.

— Meu marido não está aqui para mediar. — disse ela

friamente. — E o meu filho tem sido incomodado suficiente. Mas

acredite em mim quando eu digo, não vou deixar você desonrar ainda

mais o nosso nome de família por quebrar um contrato de casamento

perfeitamente bom.

Viola não conseguia entender como o seu avô ou o seu pai

poderia saber sobre isso e não estar cheio de fúria. Sua avó sempre foi

impenetrável e fria, mas o Senhor William tinha uma risada que

poderia abalar um barril de cerveja fora de suas dobradiças. Sua mãe

estava descobrindo seus dentes como um urso protegendo seus

filhotes.

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— Além dessa desonra. — perguntou Viola. — Que você está

falando?

Tristan agarrou a mão dela antes que pudesse obter uma

resposta, e arrastou-a atrás dele. — Corre. — ele gritou. Ela se virou

para olhar para sua mãe, mas a espera de Tristan não iria quebrar,

nem o seu ritmo rápido de modo algum. Ele jogou-a em seu cavalo e

correu atrás dela, protegendo-a de volta para que ela não estivesse

vulnerável em sua fuga. Sua égua já estava nos estábulos sendo

esfregadas. Eles trovejaram fora da primeira portaria e para baixo a

caminho dos portões principais.

— Não importa. — disse Veronique aos guardas esperando por

sua ordem. — Este é o melhor para evitar olhares indiscretos. — Seus

olhos brilhavam quando Venetia começou a chorar. — É hora de livrar o

meu filho deste problema embaraçoso.

Tristan e Viola conseguiram sair dos terrenos do castelo e todo o

campo antes do cavalo tropeçar. Tristan parou, lançou um olhar

maligno para o céu, que estava sem lua e assim escuro que mal podia

ver o brilho do rio no barranco abaixo. Mal conseguia ver o brilho do

dourado cabelo de Viola a centímetros de seu nariz. Deslizou fora da

montaria. — Nós vamos ter que continuar pé. — disse ele severamente.

— Ele poderia quebrar uma perna sobre os mouros.

— Não entendo. — disse Viola, tremendo sob o manto espesso.

Tristan ergueu o queixo até que ela estava olhando para ele. —

Não vou deixar que eles te machuquem.

Ela engoliu em seco, olhando com mais medo em vez de

consolados. Pavor arranhou suas costas como ele se virou, esperando

uma dúzia de cavaleiros, um lobo raivoso, uma chuva de lanças.

Qualquer coisa, mas apenas uma mulher de estranha.

Veronique atravessou o campo, mais rápido do que qualquer

coisa que ele já tinha visto. Seu cabelo preso atrás sob o linho branco

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de sua touca. Seu rosto estava pálido e perfeito, mesmo à distância. E

em seguida, ela estava subitamente de pé na frente deles. Seus dentes

eram muito longos e muito afiados.

— Vovó, por que você está fazendo isso? — Perguntou Viola. — E

o que há de errado com seus dentes?

— Não me chame assim. — Veronique estalou. — Você não é

minha parenta de sangue. Mas seu pai tem um coração mole e ele te

ama como se você fosse sua filha.

—Mas... Eu sou.

— Christophe não pode ter filhos. — Veronique sorriu pela

primeira vez, mas não houve humor nele. — Pela mesma razão que se

mover mais rápido do que você pode imaginar, pela mesma razão que

eu morri mais de trinta anos atrás, e ainda assim, aqui estou.

Viola começou a se perguntar se a idade tivesse confundido

mente de sua avó.

— Vampiro. — Tristan não espantou. Ele viu os dentes, a pele

pálida e reagiu como se reagisse a qualquer outro monstro. Ele

balançou sua espada.

— Não seja absurdo, rapaz. — Ela suspirou, quebrando a sua

espada com um único toque de sua mão. Sua espada caiu na grama.

Sentiu um medo antigo primal, como nunca havia sentido antes.

— Sua mãe bastarda tentou enganar meu filho. — disse

Veronique. — E ainda assim ele não vai matá-la. Por sua causa. —

Antes que Viola pudesse piscar sua avó a pegou pela garganta. Forçou

a cabeça de Viola de volta, mesmo enquanto dirigia Tristan de joelhos

com um golpe descuidado na têmpora. Viola gritou.

E então o pai dela estava de repente, ali pálido em sua fúria,

como sua mãe.

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— Maman, prometeu. — Christophe estalou, quebrando sua

espada. Viola não conseguia dizer uma palavra, apesar de mil

palavras a ser pronunciada.

As presas de Veronique foram totalmente e cruelmente

estendidas. Fome cobriu suas íris cinza com vermelho. Ela tirou a

atenção sobre Tristan que estava empurrando a seus pés,

pressionando a palma da mão contra o sangrento corte na cabeça.

Sangue pingou sobre sua túnica. As presas de Christophe alongaram

támbem e Viola chiou.

— Eu prometi que não iria matar a bastarda de sua esposa. Não

fiz nenhuma promessa sobre seu amante.

Viola esfriou e quebrou. Pode não ter sido capaz de salvar sua

mãe, mas poderia salvar Tristan. Não mudar de posição, sabia que só

iria traí-la. Ela lançou o braço para fora, fechando o cotovelo apertado e

pegou Tristan na garganta com seu punho. Já tonto, ele voou fora de

seus pés e caiu para baixo do barranco do rio.

Veronique virou os olhos cinzentos duros para Viola.

Para mim.

Levei um momento para perceber que esta não era madame

Veronique de Viola de há muito tempo. Estava de volta em meu

próprio corpo, de volta ao mundo real, sem castelos e dragões em

qualquer lugar.

Era Solange novamente.

Mas Madame Veronique ainda estava tentando me matar.

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Capítulo 9 Christabel

Terça à noite

Não tive a oportunidade de ler um romance inteiro nas últimas

semanas.

O que quer que os outros possam dizer sobre política, guerra

civil, e caçadores, o mal real aqui era a falta de tempo de leitura. Se

todos eles lessem mais podiam surtar menos. E se eu fosse viver para

sempre ia ter que começar uma lista de leitura.

Começando com How to Survive Your Boyfriend’s Family.

Bem, não exatamente o namorado. Só o conheço há algumas

semanas. Mas nós estávamos namorando... Quando não estavam

correndo por nossas vidas.

Connor manteve o ritmo ao meu lado, alerta para os sons que

ainda não conseguia catalogar. Afinal de contas, não é como se

tivesse muita experiência com o deslizar de besouros em casca de

árvore ou uma coruja afofando as asas há uma centena de metros

acima da minha cabeça. Era desconcertante, mas pelo menos isso

não me deu mais dores de cabeça. E meio que adorava que estava

vestindo, apenas uma camisa fina e o cinto de conchas de Aidan

debaixo da minha jaqueta do exército, mas não estava nem um pouco

frio. Poderia correr mais rápido do que qualquer outra criatura da

floresta, mesmo em minhas botas de combate pesados. E mesmo

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quando tinha sentimentos mistos quanto ao local onde estava

correndo.

Aidan foi o único que tinha me transformado em um vampiro.

Salvou minha vida ao fazê-lo, mas foi o único a me sequestrar e me

colocou em perigo em primeiro lugar. Tudo porque achava que eu era

Lucy e poderia lhe dar vantagens com os Drakes. Os Drakes, que não

estavam muito incomodados com vantagens no momento, já que sua

filha acabou de ter a mãe de todas as birras. As birras, eu esperava

que não viessem com tiaras.

— Sua família com certeza está com alta proteção. — eu

murmurei, quase tropeçando em uma raiz porque o som de toupeira

cavando por baixo me assustou.

— Não costumava estar. — Connor me deu um muito breve,

pequeno triste sorriso. — Não gosto disso.

Eu era um idiota. Ele, basicamente, viu sua irmã ir para o lado

escuro, como ele dizia, e isso levou a família inteira em uma pirueta.

Parei de correr. — Eu sinto muito. — eu disse suavemente,

entrelaçando os dedos nos dele. — Você está bem?

Ele balançou a cabeça, apertando a minha mão. — Claro.

— Todos os seus irmãos mentirosos são tão ruins mentindo,

como você está? — Eu perguntei, aproximando-me. Podia ver a

ampliação de suas pupilas, e o fogo azul pálido de sua íris. Ele me

disse que meus olhos mudaram também, estava mais claro, até que

parecia âmbar. Não poderia imaginar que seria metade tão bonita

quanto à dele. Ele era suave, autodepreciativo e de modo mais

resistente do que as pessoas lhe deram crédito. E gêmeo ou não, era

ainda mais quente do que Quinn, na minha humilde opinião.

Beijei-o com força, mas rápido. Estando na floresta não iria

fazê-lo se sentir melhor, precisava encontrar uma solução para o

dilema de sua família, mas agora era tudo que eu poderia oferecer.

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— Você vai passar por isso. — eu prometi a ele, da mesma

forma que ele me prometeu que eu iria sobreviver quando estava

lutando contra a mudança de sangue.

— Eu sei. — A borda perigosa ele geralmente mantinha de

modo escondido, o que enviou todo o tipo delicioso de arrepios ao

longo das costas e joelhos, passando para sua expressão tipo

habitual. Ele me colocou de volta contra uma árvore, movendo-se tão

rapidamente que era como uma dança para trás, muito rápida para

os olhos humanos verem. Seu beijo foi consideravelmente mais escuro

do que o meu. Isso me fez recuperar o fôlego, mesmo que não

respirasse mais. Não acho que já me acostumei com isso. Se pensasse

sobre o vazio em meu peito onde deveria haver um batimento

cardíaco, estaria suada e em pânico.

— Nós vamos pegar Solange de volta. — disse ele, contra a

minha boca. Minhas presas enfiaram no meu lábio inferior. — Graças

a você.

— Nós não sabemos se Aidan ainda vai nos ajudar. — eu senti

a necessidade de apontar. — E Saga não é exatamente previsível.

— Você é a nossa melhor esperança.

— Se você me chamar de Obi-Wan vou chutar você.

Ele sorriu. — Quente. Diga Obi-Wan novamente.

Eu ri, empurrando seu ombro. — Cale a boca.

A única razão que eu fosse sua melhor esperança era a mesma

razão pela qual usava cinto de conchas de Aidan: ele me considerava

seu emissário. Não era apenas um vampiro normal, estava Na-foir

como ele. O resto dos vampiros mundo estava apenas descobrir sobre

nós. Aparentemente, eles tinham se escondido por séculos, porque o

intenso rio azul em nossas veias nos faz aparecer levemente azul por

toda parte. Como os Hel-Blar azul. E eu tinha bastante experiência

com o Hel-Blar para entender o medo. Ainda assim, não era Hel-Blar.

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Não estava tão doente e não cheira como um velho pântano. De

acordo com Connor, eu cheirava como a canela. Isso não era

exatamente o suficiente para convencer os outros, pois eles nem

olhou para mim e estava a grandes distâncias para evitar o contato

visual. Exceto Céu, que estava mais interessada em me convencer a

deixa-la ler um dos meus poemas; Tio Geoffrey, que queria me

estudar, e Lucy, que não parece perceber as coisas de outras pessoas

se tudo funcionou bem.

— Para onde vamos agora? — Perguntou Connor, desde que eu

era a única que sabia as instruções para seu esconderijo.

Tecnicamente.

— Será que é um cedro ou um pinheiro. — eu perguntei

irritada. — E o que diabos não estibordo quer dizer?

— Acho que é pirata, para direita. — Connor respondeu. Ele

estava assumindo um risco vir comigo, mas não mudaria sua mente.

Aidan e Saga conheciam muito provavelmente estaria tudo bem.

Mantivemos correndo entre as árvores enquanto tentava lembrar se

essa pedra à direita era o que eu estava procurando.

E pensar que agora, minha mãe provavelmente achava que

estava em casa lendo um livro. Ela ainda não tem ideia do que me

tornei. E não ia dizer até que ela saísse da reabilitação. E estável.

O tronco caído ao lado de nós parecia vagamente familiar.

Assim fez o punhal assobiar pelo ar e bateu no chão na frente

de nós. Joias brilhavam no punho. Connor pulou na minha frente

enquanto eu tropecei.

Saga riu e nós dois olhamos para cima para vê-la parada na

beira de um afloramento de rocha, metade escondida pelo topo de

uma enorme cobertura de cedro. Suas mãos estavam em seus quadris

e seu cabelo vermelho caindo pelas costas. Usava um colete sobre

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uma camisa branca, jeans rasgados e botas de cano alto. — Se não é

o meu favorito piolhento. Gosta de um copo de bebida alcoólica?

— Hum, não, obrigado. — Bebida alcoólica era a coisa mais

nojenta que já bebi, inclusive de sangue. E o tio de Connor, Geoffrey,

ainda me levado para transfusões de sangue a cada anoitecer, porque

eu só não podia suportar a ideia de engolir sangue.

— Christabel. — Aidan disse calmamente, emergindo os ramos

verdes. Nem tinha notado ele ali, nos observando. A julgar pelo início

violento de Connor, ele não gostou. — O que o traz aqui? — Ele olhou

em Connor. — A sua irmã parou de brincar rainha e finalmente

chamou conselho?

— Preciso te perguntar uma coisa. — eu disse. — Se você puder

nos ajudar, pode obter o seu Conselho mais rápido.

— Venha, então. — disse ele, desaparecendo de volta para o

cedro. Nós o seguimos por uma parede escondida de rocha, olhando

para as cavernas onde Saga estava de pé.

— Vamos lá, moça. — ela sorriu. — Suba até o ninho da águia.

Subindo não foi fácil, apesar do fato de que poderia me mover

mais rápido do que nunca. Eu ainda me agarrei as raízes grossas e

rochas desmoronando, balbuciando linhas de —The Highwayman—

sob a minha respiração para o conforto.

Nem sequer percebi que estava fazendo isso até que Connor

estar ao meu lado.

— Não se preocupe. — disse ele. Escalou o restante do

afloramento e estendeu a mão para me ajudar a levantar. As copas

das árvores estavam muito abaixo de nós, como lanças pontiagudas

verdes. Eu me senti melhor com terra firme em minhas botas.

Atrás de nós, a abertura da caverna levava a uma dispersão de

cavernas menores. Cheirava úmida e fria, mesmo com as velas acesas

no chão ao longo das costas. Saga se sentou em uma pilha de peles,

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bebendo odre de um couro. Aidan se agachou ao lado dela, a garra de

urso no pescoço balançando como um pêndulo hipnotizador.

— Precisamos de um desses colares de cobre. — soltei. Tanto

para a negociação política.

— Liam envia crianças para negociar. — perguntou Saga.

— Liam não pediu. — eu disse. — Eu estou. — Ele nem sabia

que estávamos aqui. Nenhum dos irmãos sugeriu lhe dizer. Embora,

aparentemente, Logan tinha certeza de que Sebastian iria falar para

que ninguém lhe disse também.

A namorada de Logan, Isabeau pensou que poderia ser capaze

de desfazer um pouco da magia que Solange tinha desencadeado por

tomar a coroa de Helena. Mas precisávamos de um colar para mantê-

la impotente o suficiente para tentar. Realmente não conheci Solange.

O pouco que vi dela, sinceramente esperava que estivesse doente,

como os Drakes pensavam. Mas no final isso não importa. Estava

fazendo isso por Lucy e Connor. Mas Aidan e Saga não podiam saber

de nada. Ninguém podia. Até eu sabia que se palavra desse tipo de

vulnerabilidade saisse seria desastroso.

— E por que devemos ajudá-la?

Apertei os olhos para os dois. — Eu me lembro de lhe salvar de

levar uma estaca no peito. Não mencionar uma horda de fanáticos

Hel-Blar e furiosos Helios-Ra caçadores. — E então nós teríamos

explodido na cidade, que Saga e Aidan fizeram sua base. Ninguém era

perfeito.

— Ela tem fogo. — Saga aprovou, embora seus olhos estivessem

prateados e frio. — Vou te dar isso.

— Se eu pudesse ter apenas um colar, poderia levá-lo a

Solange. — eu disse. — Nós podemos convencê-la a convocar o

conselho.

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— Você não se preocupa com o conselho. — Aidan ressaltou. —

Então por que realmente quer o colar, Christabel?

— Prova. — Connor interrompeu. Nós já tínhamos decidido

sobre a desorientação adequada quando começaram fazer muitas

perguntas sobre Solange.

— Prova de que, menino?

A mandíbula de Connor apertou. Sabia que ele odiava quando

eles chamavam de — menino como agora. — A prova de que você

ainda tem informações para compartilhar com meu tio. Você mesmo

disse, seu cientista foi comido. E se algo acontece com você também?

— Você está me ameaçando? — Movimentos de Saga eram de

seda com ameaça. Ela poderia estar em um convés do navio, a luz em

seus pés e mais rápida do que o vento em uma vela. Connor mal teve

a chance de reagir. Pelo tempo que eu pisquei, ele estava deitado de

costas no chão com a ponta do punhal da Saga raspando seu Pomo

de Adão.

Eu pulei a frente, mas Aidan me segurou com um braço em

volta da minha cintura. Ele me parou tão abruptamente que ouvi algo

no meu pescoço como estalo. Lutei brevemente, mas teria tido melhor

sorte tirando cabos aço em meia com as minhas próprias mãos,

quando ainda era humana. — Pare com isso. — eu gritei.

Connor engoliu em seco, seus olhos azuis não saindo dela. —

Eu só queria dizer, que se um de seus Hel-Blar se solta? Você não

tem o apito para controlá-los mais. Qualquer coisa pode dar errado.

Ela o deixou tão rapidamente quanto levou para baixo.

Adrenalina cravou através de mim, me fazendo tremer quando Aidan

me liberou. Connor se levantou cautelosamente. Houve uma pequena

gota de sangue em sua garganta.

— Não importa. — disse Aidan. — Nós não temos nenhum de

sobra.

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— Mas...

— Você explodiu nosso armazém, lembra? — Saga apontou. —

Junto com meu apito.

Opa.

— Você tem que ter pelo menos um. Isso é tudo que quero.

Quero dizer, você teve dois dos Hel-Blar com você na coroação. —

Eles tinham esticado em suas coleiras, pelo colarinho e da ameaça de

Saga de fúria. No dia seguinte, sonhei que estava nessa coleira.

— Não tenho nenhuma intenção de nos deixar vulneráveis para

que possa impressionar seu namorado. — Saga disse sombriamente.

— Nós temos alguns suficientes em nosso exército. E ainda

temos necessidade deles, claro. A nova rainha está quase à altura das

expectativas.

Connor cerrou o punho, lutando com o seu temperamento. Eu

pisei parcialmente na frente dele. — Tem ter alguma coisa.

— Max está guardando o último do nosso exército, antes que

você tenha ideias. E ele está sob as ordens para matar quem tenta

passar por ele. Você incluída. — Saga acrescentou. — Mas acho que

você poderia encontrar alguns dos meus animais que escapou perto

dos pântanos a leste daqui. Um conselho tem leão de montanha,

carcaças foram encontradas lá, e uma bagunça feita também. Você

poderia tentar a sua sorte. — ela encolheu os ombros. Aidan lhe

lançou um olhar. Ela apenas sorriu.

— Christabel, vamos lá. — Connor murmurou, me empurrando

de volta para a abertura da caverna. — Eles não vão ajudar.

A descida das rochas foi mais fácil, já que praticamente deslizei

na minha bunda todo o caminho. Connor me pegou antes que meu

cérebro fosse atingido por um pedregulho.

— Christabel? — Aidan disse que do topo do afloramento. Olhei

para cima através das agulhas de cedro. — Tenha cuidado.

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Connor me puxou para fora dos arbustos para o caminho antes

que pudesse responder. Ele olhou por cima algumas vezes antes de se

sentir seguro o suficiente para puxar o seu telefone a mensagem de

seu irmão. — Plano B — disse ele.

Quinn nos encontrou no rio, dez minutos depois. Eu já estava

perdida. Ser um vampiro não nega o fato de que fui uma garota da

cidade por 18 anos. Não sabia o meu caminho de volta a floresta.

Uma árvore era uma árvore.

Quinn afastou uma pedra que tinha sido encostado, jogando o

cabelo da testa. Era tão parecido com seu irmão, e ainda assim era

como olhar para um estranho que roubou o rosto de Connor.

— Então, qual é o plano B, exatamente?

— Você ouviu Saga. — Olhei para Connor. — Os pântanos.

Saga disse que há algum fugitivo Hel-Blar com coleiras que vivem lá.

Então, vou ser a isca. Eles vão me perseguir, pensando que sou fraca.

E então você vai pegar um.

Quinn olhou para Connor, então gemeu. — Oh meu Deus, é

como falar com Lucy.

Connor sacudiu a mão pelo cabelo. — Christa, você não pode

lutar. — Ele deu um passo saudável para variar enquanto Quinn

sorriu. — Você não está treinada.

— Eu posso correr. — argumentei. — Olha, nós precisamos

deste maldito colar ou não? — Ele concordou com relutância. —

Então, vamos já. — Atirei, assumindo que eles pegassem. Quando

não podia ouvi-los, parei, voltando-se por aí com um olhar furioso. —

O quê?

A boca de Connor arqueou. — Os pântanos são por aqui. —

disse ele, apontando em outra direção.

— Bem, merda. — eu murmurei, girando para trás.

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Demorou pouco mais de uma hora para chegar aos pântanos.

Quinn escalou uma das árvores e pulou de galho em galho, mantendo

um olho para fora. Connor agarrou a minha mão.

— Christa, você tem certeza sobre isso?

— Estou profundamente bêbada de alegria, e vou provar nenhum

outro vinho hoje à noite — eu citei Shelley.

— Não tenho certeza do que significa hoje à noite. — ele

retornou secamente. — Mas observa a sua volta.

Beijei-o duro. — Você também.

Esta foi a situação mais desesperadora do que andar no centro

da cidade sozinha no meio da noite. Pelo menos havia postes á e

conhecia o traçado das ruas e estações de metrô. Aqui era só escuro,

lama sob as minhas botas, fazendo um som de sucção a cada passo.

Quanto mais profundo em que eu ia, o mais cheirava a podridão e

mofo. Eu tremi.

Estava tentando lutar contra a minha maneira de sair de uma

moita de juncos grossa quando senti o cheiro de sangue.

Os restos decapitados de um puma, em pedaços sangrentos a

poucos metros de distância. E mais alguns metros, além disso, um

Hel-Blar agachado farejando o ar. Congelei. Não estava usando uma

coleira. Não faria nós qualquer bem se eu fosse pega por ele. Procurei

as taboas e galhos nus por outro flash de azul, ou o brilho de cobre.

Ele cheirou de novo, com um som de ronco cru. — Eu cheiro o

patife do Aidan. — disse ele. A maioria deles não fala, mas os que

fazem são ainda mais aterrorizantes. Outro Hel-Blar arrastou a

frente, curvado, como se estivesse andando sobre quatro patas. Ela

usava um colar de cobre e estava claramente além do discurso. Ela

gritou e rangia os dentes, saliva escorrendo queixo manchado de

sangue. Não sabia se era o colar ou o cativeiro que a fez assim, ou se

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ela sempre foi selvagem. Mais dois Hel-Blar arrastou para fora das

ervas daninhas para se juntar a ela. Recuei um passo.

Previsivelmente, bati um galho sob o meu pé.

Uma vez eu que passei violentamente por cima de um bêbado,

saindo por trás da minha livraria favorita centro da cidade e ele

sequer fez uma pausa em seu ronco. Aqui no campo estava

desesperada.

E prestes a ser comida.

— Merda! — Gritei, abandonando qualquer pretensão de

dignidade e discrição. Lancei em uma corrida, os torcidos galhos

agarrando aos meus pés. Escorreguei e caí, meu joelho bateu em uma

rocha. Dor atirou na minha perna, água encharcando meus jeans.

Corri em frente para fora do pântano. Os galhos picados me

morderam e eu coloquei o meus braços para cima para proteger o

meu rosto para não perder um olho.

O Hel-Blar fechou em cima. A brusca batida de mandíbulas

atrás de mim me fez correr mais rápido e, fez suar.

O primeiro Hel-Blar estava o mais perto atrás de mim. Rosnou

e cuspiu, e também foi o primeiro a cair em pó, por uma das flechas

da besta de Quinn. Ele estava sentado em uma árvore como um

particular esquilo vicioso, rindo. Connor correu para bloquear o

próximo Hel-Blar. Ele jogou um jogo, lançando o Hel-Blar fora de seus

pés e prendendo-o num pinheiro como um inseto. Ele não o matou,

mas pelo menos ele estaria fora da luta temporariamente.

A fêmea enrolou as mãos como garras, batendo os dentes

apontando para mim. Ela uivou incoerentemente quando corri para

fora do caminho. Meu tornozelo bateu na borda de uma pedra grande

e tropecei, caindo no meu cóccix. O Hel-Blar riu, fedendo a escória da

lagoa. A flecha bateu entre nós, atirando lama e pedras. Joguei um

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punhado de sujeira em seu rosto até que ela piscou loucamente,

cobrindo os olhos.

Connor estava lutando contra os outros dois e eles o cercavam

como hienas com carne fresca. Sua escura pele azul e dentes

sangrentos faziam ainda mais assustadores. Eles arregalaram os

maxilares, mostrando suas presas. Minha própria reação

automaticamente prorrogou.

Connor levou o calcanhar para o estômago do mais próximo a

ele e se abaixou do soltou selvagem de seu companheiro uivando. Ele

foi direto contra seu antebraço, do jeito que uma vez me ensinou. A

força levou a arma no peito do Hel-Blar, deslizando-se sob a pele, os

músculos e as costelas para perfurar seu coração. Cinza nublou o ar

frio. Connor chutou o último enquanto a mulher que ainda estava

tentando agarrar aos meus pés. Ambas estateladas no chão com o

estalo de ossos e dentes.

Mas ele tinha lâminas presas à árvore.

Todos nós tínhamos.

Ele empurrou para que houvesse um buraco irregular no

ombro, sangrando lentamente.

— Connor. — gritei, mas era tarde demais.

Connor voou por cima de mim e bateu em um tronco, caindo no

mato. A árvore estremeceu, chovendo agulhas de pinheiro. Quinn

caiu fora de seu galho, uma estaca em cada mão. Enfiou uma das

estacas no ombro do Hel-Blar que feriu Connor. O Hel-Blar gritou,

tentando arrancar a arma para fora. Quinn passou por ele me

protegendo.

Connor balançou a cabeça como se estivesse tonto quando se

empurrou de volta. — Quinn, atrás de você!

Quinn virou, com o braço estendido e saltou. Connor pegou o

Hel-Blar com a estaca jogou na mulher. Mais cinzas e sangue

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espirraram e Quinn capotou fora da sua trajetória. Connor afiado

emperrou sua estaca no peito da mulher quando ela pulou em mim

novamente. Ela rosnou e, em seguida, tornou cinzas.

Connor virou a mão, pegando o colar antes de atingir o chão.

Ele sorriu, como Quinn.

— Entendi.

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Capítulo 10 Lucy

Passei a maior parte das minhas aulas de lendo os livros que

Spencer recomendou que estavam escondidos debaixo da minha

mesa.

Quando Jody me denunciou, senhora Kali pediu para ver o que

eu estava lendo, não tinha certeza de que um deles ficaria muito

surpreso ao descobrir que era tradições mágicas antigas e sociedades

secretas.

— Na verdade, a edição revista é muito melhor. — Ms. Kali

comentou com um sorriso seco, entregando-me a cópia do livro. —

Mas você pode tentar lê-lo durante o período de folga.

Eu li todo o meu período de almoço, o meu período livre, e até

mesmo nos corredores a pé para a aula. Achei todos os tipos de coisas

estranhas.

Espalhando sementes na frente de uma determinada família de

vampiros da Europa Oriental eles eram obrigados a contá-las, em vez

de correr atrás de você.

Caçadores de vampiros usam rosas selvagens para se

protegerem.

Realmente queria ver se poderia convencer Kieran a correr

usando rosas em seu cabelo.

Na China, o vampiro é conhecido como jiang shi.

Estava no meu caminho para o ginásio, com as sombras longas

e roxas sobre os campos, quando li um passagem que fez um clique

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na minha cabeça. Foi tão alto que fiquei surpresa que ninguém mais

ouviu.

Caçadores Lodge Black no século XVI banidos bebiam sangue de

vampiro, acreditando que tornariam imunes ao poder do vampiro. Esta

prática é apenas superstição e não foi adicionada ao arsenal do

caçador moderno.

Lembrei-me de uma noite em meu quintal, quando Solange e eu

tínhamos treze anos. Nós acampado em uma barraca, disse aos meus

pais que queria ver uma chuva de meteoros, quando na verdade nós

só queríamos comer a barras de chocolate sorrateiramente ao longo

do saco de dormir e rir. Vertiginosamente com açúcar, que decidido

tornarmos irmãs de sangue. Fizemos pequenos cortes em nossos

pequenos dedos mindinhos e fizemos um juramento para sermos

amigas para sempre.

Nosso sangue se misturou.

Eu não era mais imune aos feromônios de vampiro só porque

cresci com os Drakes.

Tinha o sangue de Solange no meu sistema.

É por isso que ela não pode me obrigar, mesmo agora que ela

era forte o suficiente para obrigar outros vampiros, até membros de

sua própria família.

E Nicholas estava com ela no momento. Porém com nobres

intenções, ele poderia ficar contra suas compulsões?

Só se ele tivesse o seu sangue em suas veias.

Mas ele estava inacessível ao campo da Lua de Sangue. Os

outros Drakes foram além de exilados, foram condenados ao

fuzilamento se aparecessem. Se eles teriam a menor chance de

desfazer o que foi feito a Solange, eles precisam desta informação.

Precisam saber o que Nicholas estava fazendo dentro do campo.

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Disquei o número de Bruno assim que comecei correr. Deixei-

lhe uma mensagem e, em seguida, por e-mail a Connor, apenas no

caso. Isabeau estava inacessível nas cavernas e Christabel era muito

nova para ser um vampiro capaz de negociar com segurança as atuais

correntes políticas obscuras. Sem falar que ela não estava atendendo

o celular. Mesmo Spencer, que eu considerava recrutar, estava fora

em algum lugar, alimentação.

Não anoiteceu a muito tempo, afinal.

Portanto, não havia mais ninguém.

Exceto eu.

E não podia esperar. Cada momento perdido era mais um

segundo que poderia matar Nicholas.

Tive que encontrar Hunter e sair do campus. Estava tão

distraída que topei com Tyson e nós saímos voando. Ele me ajudou a

recolher os meus livros, escovando neve fora do de capa dura que se

encaixou na palma da minha mão.

Ele leu o título. — Você está fazendo a lição de casa que eu te

dei.

— Sim, e é a melhor lição de casa sempre. — gritei, deixando

que ele me ajude a levantar. — E você é o melhor tutor em todo o

mundo. — Beijei-o com entusiasmo no rosto. Sua pele escura ficou

vermelha. Estava muito ocupado arremessado em direção ao ginásio

para encontrar Hunter para provocá-lo sobre isso. Ela não estava lá.

Mandei uma mensagem para ela, correndo de volta para o dormitório

para pegar minhas coisas. Ela deve ter mandado uma mensagem a

Jenna e Chloe, porque todas as três estavam me esperando na van

escolar, armadas até os dentes.

— Parece como se estivesse na via expressa. — Jenna

comentou. — Seus olhos deveriam ser tão grandes?

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Apenas sorri para ela, provando seu direito. Senti-me um pouco

maníaca, tanto emocionada e triste, como se fosse para a batalha.

Minhas mãos tremiam um pouco enquanto Chloe empurrou algo sob

a parte de trás da minha camisa. Ela voltou para van e começou a

murmurar em seu laptop.

Hunter verificou todas as minhas armas e as de Chloe e o GPS

acabara preso em mim. — Sabe que é mudo, certo? — Perguntou

Hunter. — E assim vou te ajudar. Tem seus Hypnos?

— É claro.

Chloe digitou no teclado e atirou-nos um sorriso de satisfação.

— O GPS está preso e tenho o seu sinal.

— Vocês não têm que fazer isso. — eu disse quando Hunter

fechou a porta e Jenna começou a dirigir.

Havia uma besta em miniatura no painel em frente a ela.

— Acho que Hunter já estabeleceu que somos todas burras.

Então, sim, nós meio que vamos. — Peguei o olhar no espelho

retrovisor. — A última vez que me ajudou fui nocauteada.

Ela realmente mostrou os dentes. — É por isso que vou esperar

na maldita van, ao invés de ir para um pouco vingança.

Chequei minhas estacas penduradas confortavelmente na alça

em meu peito. Sabia que os guardas as levariam. Estava contando

com isso. Se eles se concentrassem sobre as armas óbvias, eles não

podem pensar em verificar as solas das botas especialmente

manipuladas que Hunter me emprestou. Elas estavam apenas um

pouco grande demais. E as estacas retráteis e pontas de metal valiam

as bolhas.

— Tem o seu walkie-talkie? — Hunter perguntou como a van

sacudiu as estradas rurais.

Bati meu bolso. — Sim, mamãe.

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Ela ignorou meu sarcasmo. Quinn provavelmente estava

acostumado com ela para todas as distrações. Se ela pudesse resistir

a seu rosto bonito e sua boca esperta, ela poderia resistir uma bomba

nuclear durante os exames e ainda passar com distinção.

— Tem o seu apito?

— E a minha arma de fogo. — assegurei a ela. — Tudo na

minha bolsa e nenhuma das quais eles vão me deixar ficar.

— Você precisa mostrar mais seios. — Chloe jogou por cima do

ombro.

— Está congelando lá fora. — eu reclamei, desfazendo outro

botão da minha blusa. — Como é pneumonia sexy? — Fiz uma careta

para o meu decote. — Além disso, deveria ter usado um sutiã sem

alça.

— Escravo de sangue deve mostrar um monte de pele. — Chloe

insistiu. — Vi no exame do ano passado.

Suspirei, torcendo meu cabelo em um rabo de galo. Foi apenas

o tempo suficiente, mas Chloe estava certa, precisava mostrar mais

pele se queria ser convincente. E um pescoço nu faria maravilhas

para me defender. Empurrei as mangas da minha blusa, debaixo do

meu colete de pele falsa para exibir as marcas das presas de Nicholas

no interior do meu cotovelo. Estavam quase curadas agora e pouco

visíveis. Esfreguei-as violentamente, até que se irritaram. Teria de ser

suficiente.

— Tem certeza de que não posso falar com você sobre isso. —

perguntou Hunter.

— Se fosse Quinn, você falaria? — Ela murmurou baixinho em

resposta. — Exatamente.

— Sou uma lutadora melhor. — ressaltou, mas eu sabia que

era uma última tentativa.

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— Eu sei. — eu disse. — Mas estou quase imune aos

feromônios de vampiro, mesmo sem plugue de nariz e você não. Qual

é o ponto. Ele precisa de mais do meu sangue, especificamente.

— Não deveríamos, oh, não sei, na verdade provar a sua teoria

antes de sair todos Buffy? Jenna perguntou quando puxou a van para

o bosque e dirigi o mais longe que podia, até que as árvores cresceram

muito juntas.

— Não tenho tempo. — Conheci o olhar de Hunter. — Nós duas

estamos namorando Drakes. — eu disse. — Entre nós podemos lidar

com qualquer coisa. — Sorriu tristemente uma a outra.

— Pronto. — ela perguntou, finalmente, usando o que chamava

de face de caçador de vampiros.

Balancei a cabeça e ela abriu a porta. Ela trocou com Jenna

dentro e subiu ao teto com sua besta. A lua estava cheia o suficiente

para fazer as árvores parecerem prata e solitárias. Levantei o telefone

que Chloe me deu, já está programado com um ponto piscando azul

que era eu e um ponto vermelho piscando que era o Bower. Connor

estaria orgulhoso de todos os gadgets atualmente presos em cada

dobra de vestuário, incluindo a minha roupa interior.

Corri pela floresta, sentindo medo em meus ossos, apesar da

bravata que tendia a usar como uma camisola favorita. Sabia que era

monumentalmente estúpida de fazer isso, mas sinceramente não

tinha nenhuma outra opção. A não ser que deixar meu namorado

ficar ainda mais vulnerável do que já estava, e eu assim não fiz.

Então, faria o que precisasse ser feito.

O que teria sido um pequeno discurso, mais convincente se a

adrenalina e os nervos não estivessem me fazendo sinto como se

estivesse indo vomitar no primeiro vampiro que eu visse.

Não tinha ideia de onde era o acampamento Lua de Sangue. A

única vez que estive perto o suficiente para espionar ele estava de

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volta com Solange quando eles estavam montando-o, e então

rapidamente antes que ela me arrastou para longe e Nicholas me

morder. E, era difícil de encontrar, mesmo para os caminhantes

sobreviventes que viviam nos arredores de Violet Hill.

Mas eu poderia, pelo menos, encontrar meu caminho para o

Bower, onde vi Nicholas pela última vez. Ele ativou o GPS se

esgueirou sob minha gola e enviou as coordenadas para Kieran.

Kieran, que nós muito especificamente deixamos de fora desta

pequena aventura. Ele queria ajudar, mas jogando um ex-namorado

em Solange agora parecia ser uma má ideia. Não que ela tivesse

pareceu tão feliz em me ver pela última vez, mas pelo menos poderia

perfurar as costas.

Escolhi o meu caminho entre as árvores, geada esmagava sob

as minhas botas. Dentro de meia hora estava fechando sobre o

Bower. Coloquei meu celular no bolso antes de sair entre duas

árvores de carvalho.

Era tão bonita quanto me lembrava, desde o breve vislumbre

que tive. Sofás de veludo e cadeiras com pernas esculpidas com leões

e dragões sentados ao redor de uma longa mesa que atravessava um

riacho estreito. Lanternas pendiam dos ramos nus, brilhando com a

luz de velas e gelo. Garrafas de vinho que sabia que de fato não

estavam cheios de vinho, circuladas de mão pálida a mão pálida.

Duas mulheres sussurrava uma para outra, outra bebia em um copo

de madeira. Dois homens discutiam amigavelmente e uma menina

vampira que parecia como se estivesse vestindo um tutu balançou os

pés descalços do ramo em que estava sentada.

— Ah, café da manhã. — alguém ronronou quando deu mais

um passo mais perto. Ele era bonito, esculpido em mogno e marfim.

— Quem mandou você, amor?

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Limpei a garganta enquanto ele empurrou para fora de sua

cadeira para me rodear preguiçosamente. — Estou aqui para Nicholas

Drake.

Disse tão firmemente quanto pude.

— Você vai agora?

A única coisa sobre a adesão à Helios-Ra era que de repente

estava ciente de todas as maneiras horríveis que poderia morrer nas

mãos de um vampiro. Antes, conhecia os Drakes que nunca me

machucaram e foi suficiente. Agora tudo estava confuso e tinha de me

preocupar com os caçadores e os Caçadores, Hel-Blar e vampiros que

nunca sequer ouvido falar. Tentei me lembrar como Penelope agiu

quando a encontrou meio inconsciente aos pés de Solange. Ela

saudou a alimentação, agiu honrada. Viciada. Fiz meu sorriso bobo e

distraído. — Ele mandou me chamar. — sussurrei como se confiasse

nele. Ele arrastou a ponta do dedo ao longo da linha da minha

garganta e lutei contra o meu instinto natural, que era a chutá-lo nas

bolas e cutucá-lo com uma estaca de rosa purpurina. Em vez disso, ri

e tentei parecer arrependida e tentada.

— Ele não gosta de compartilhar. — eu disse. Se eu fosse

capaz, eu teria me batido.

— É uma pena. — Ele sacudiu a cabeça para uma trilha

estreita a oeste, ao longo do córrego. Por ali, o amor.

Fui embora, empurrando as mãos nos bolsos para ninguém ver

que estava tremendo. Senti a parte de trás do meu pescoço gelada.

Fora da frigideira para o fogo, como a minha avó costumava dizer.

Também teria dito para ficar fora da floresta quando estavam

derramando com vampiros. Não até pensar no que meus pais diriam.

A úlcera do pai, provavelmente, explodiria agora mesmo.

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A trilha coberta de folhas me levou a um campo gramado cheio

de motocicletas e bicicletas sujas. Estava prestes para entrar na

clareira quando o som de um passo me assustou.

— Não faria isso se eu fosse você.

Eu me virei, jogando uma estaca. O vampiro dobrou para fora

do caminho tão rápido que nenhum humano poderia ter gerenciado.

A estaca bateu em uma árvore, cuspindo casca. Ela levantou uma

sobrancelha. — Você deve ser Lucy.

Pisquei para ela. — Hum.

Ela sorriu, exibindo dentes. Usava pintura salpicada no

macacão e uma rosa do gérbera em seu cabelo Afro. — Duncan me

mostrou uma foto. Parecia certo que você iria aparecer aqui em algum

momento e precisa ajudar.

Eu sorri timidamente. — Pega. — Fiz uma pausa. — Espere.

Você é a garota que ele estava beijando!

— Costumo atender por Sky. — ela retornou secamente. — É

melhor você deixar todas essas armas aqui. Não só elas vão ser

confiscadas, mas escravos de sangue reais não se armar como se

estivessem indo para a batalha.

Eu a deixei tomar minhas estacas e minha bolsa de armas

sortidas. De repente, senti nua.

— Você realmente não deve ir lá. — disse Sky.

— Eu sei. — concordei. — Mas tenho. Tenho que dar a Nicholas

uma mensagem.

— Diga-me e vou dizer, maldição. — Ela parou de falar como

um vampiro entrou a vista e acenou para nós imperiosamente. —

Tarde demais.

Baixou a voz, apertando a mão em volta do meu pulso e me

puxando em direção ao guarda na entrada. Ela sussurrou tão

baixinho que mal podia ouvi-la. — Não lute.

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Não gosto disso.

— Vou encontrar Nicholas tão rápido que puder. Prometo.

Ela me puxou para a guarda que nos olhava com desconfiança.

Ela usava a crista vampiro real em seu colete. — Quem é esta?

— Enviada para Nicholas Drake.

— Escrava de sangue. — O guarda acenou com a cabeça em

outro vampiro na árvore acima de nós. — Vou levá-la.

Sky não largou do meu pulso. — Ela está ligada à rainha. Não

posso simplesmente levá-la para a tenda Drake?

— Você sabe as regras de Solange. Sem exceção. — Ela olhou

para mim, suas pupilas ampliação e brilhando.

— Venha comigo. — Ela estava tentando usar seus feromônios

em mim. Não sabia quem eu era ou que eu era imune. Era a única

arma que eu tinha, além da estava na sola do meu pé esquerdo.

Forcei-me a segui-la docilmente. Sky saiu correndo, correndo tão

rápido que só havia um redemoinho de poeira e neve onde ela estava

de pé.

Do outro lado da linha das árvores do acampamento estava

bastante calmo. Os poucos vampiros fora se viraram para nos ver

como o guarda me levou para o caminho principal. Houve o

sortimento habitual de batas, túnicas brilhantes saris medievais e

jeans rasgados. Vampiro ainda agarrado à década de oitenta com seu

rabo de cavalo lateral e franja, o brincou era infeliz. Também com

presas, rosnado e manchas de sangue no chão.

Passamos a tenda Drake, o galhardete dragão azul e prata

batendo no vento frio sob uma bandeira real. Não vi Solange ou

Nicholas e sinceramente não tinha certeza se isso era um bom sinal

ou não. — Para onde estamos indo? — Perguntei ao guarda. — Estou

aqui para Nicholas Drake. Você sabe? Irmão da rainha. — Referir a

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Solange como a rainha era apenas estranho. — E a rainha? Tipo de

minha melhor amiga.

— Hum. — Ela não pareceu convencida ou mesmo

particularmente impressionada. Droga. — Todo ser humano visitante

tem de esperar aqui por seus anfitriões.

Parei cavando fisicamente meus calcanhares no chão. Poderia

ser a meia-noite, no meio de um floresta sob uma montanha, mas

entre a lua cheia, as tochas e lanternas do acampamento, podia ver

perfeitamente bem.

Muito bem.

As fileiras de barracas de lona pintadas, algumas tão grandes

como tendas de carnaval, chegamos a um lugar de encontro, como a

praça de uma aldeia. No centro da clareira gramada estava uma

árvore despida de seus galhos que estavam pelo menos três metros ao

redor. Ganchos com correntes foram colocados no tronco.

Anexados a eles eram seres humanos.

Alguns usavam correntes de vários metros de comprimento,

estendendo-se a telhados de lona pintados com cristas de vampiros,

decorado com almofadas e pequenas fogueiras de ferro para o calor.

Alguns estavam descalços.

Enquanto outros estavam presos direito contra o posto de

árvore com folga apenas o suficiente em suas correntes para se sentar

abaixo. A maioria deles estava pálida e usavam colares e pulseiras de

sangue seco.

— Oh inferno, não. — eu disse quando o guarda me arrancou a

frente.

— Ordens da rainha. — ela retornou secamente. — Você sabe,

são melhores amigas?

O sarcasmo é muito melhor como uma arma quando sou a

única a jogá-lo.

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— Solange nunca pediria algo assim — eu disse calmamente.

— Essa é rainha Solange com você. — o guarda corrigiu,

tirando uma braçadeira de metal em volta do meu pulso e arrastando-

me.

Puxei selvagemente, mas já sabia que não seria magicamente

fácil de abrir. O metal era frio na minha pele e a corrente curta o

suficiente para que tivesse a inclinação contra a árvore. Não poderia

deixar de me lembrar da última vez que tentei infiltrar em um

encontro de vampiros. Acabei em uma masmorra vestida como um

conjunto do filme Marie-Antoinette, enquanto outra —rainha— louca

comeu um coração de veado cru pensando que pertencia a minha

melhor amiga. Acorrentada a uma árvore com neve caindo levemente,

com os vampiros famintos ao redor, não era exatamente uma

melhoria.

Aparentemente, aprender com meus erros não estava no topo

da minha lista de prioridades.

Quando meus dentes começaram a bater, tentei chegar mais

perto de uma tocha. Consegui mover três polegadas. Puxei a corrente

novamente, franzindo o cenho. Nunca me senti menos como um

simpatizante vampiro ou um caçador de vampiros em toda a minha

vida.

— Você só vai se machucar. — um cara da minha idade estava

sob a proteção de uma capa e uma pilha de cobertores. Ele parecia

confortável e perfeitamente feliz, assistindo a um filme em um laptop.

— Eles só prendem os novos ou os que estão sendo punido.

— Ótimo, — eu murmurei. — E o que você quer dizer ser

punido? Por quê?

Ele deu de ombros, o crepitar do fogo entre nós fez sombras

debaixo de seus olhos. — Traidores, doadores que não pode manter

um segredo. O de sempre. — Ele fez uma careta para suas próprias

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correntes, brilhando a partir da borda de um dos seus cobertores. —

Não posso dizer que amo o novo sistema.

— Sim. — eu concordei com azedume. — É uma espécie rude.

— Aparentemente, a nova rainha é tradicional.

Bufei. — Maluca tradicional?

Ele olhou ao redor cautelosamente. — Você é nova para essa

coisa de vampiro, não é?

Quase soltou uma gargalhada. — Não exatamente.

— Bem, uma pequena dica. Vampiros têm realmente uma boa

audição e a rainha não gosta de ouvir dissensão.

Tive que realmente morder minha língua até as lágrimas vir aos

meus olhos para parar o comentário que estava morrendo de vontade

fazer sobre a nova rainha e o que poderia fazer com suas tradições. A

dor clareou minha cabeça.

— Tradicional como? — Perguntei ao invés. — Porque nunca

ouvi falar disso.

— Do século XII, aparentemente. — respondeu ele, encolhendo

os ombros. — A Idade Média ou algo assim. A família de meu anfitrião

não é tão velha, então não sei muito mais.

Ok, o que aconteceu com Solange estava de alguma forma

ligado ao século XII. Não tinha certeza por que isso era importante,

mas parecia algo que pudesse precisar saber. Senti um pequeno

aumento de emoção que podemos realmente encontrar uma maneira

de salvá-la.

Um vampiro com uma expressão que não confiava, circulou

mais perto de mim, fungando.

— Ei, recua. — Fiz uma carranca, chutando para fora para ele.

Perdi, é claro, mas estava provando um ponto mais do que qualquer

outra coisa. Ele apenas sorriu lentamente, avidamente. Seus caninos

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117

alongados. — Merda. — disse, tardiamente tentando uma respiração

de yoga que minha mãe me ensinou para me acalmar. Salte fora.

— Mas você cheira como o açúcar e a pimenta. Apenas um

gosto.

Levantei meus punhos. — Pertenço a Nicholas Drake. —

Normalmente, teria revirado os olhos para a declaração ridícula como

essa. Agora, parece minha melhor defesa.

Ele não veio mais perto, mas não recuou, no entanto. Só ficou

me olhando com aquele assustador brilho de fome em seus olhos.

Mantenha-se focada, ordenei-me. Este é apenas um pequeno

contratempo.

Alguém sacudiu as correntes de repente, do outro lado e gritou

obscenidades. Ele empurrou a suas correntes tão freneticamente ouvi

o estouro de seu pulso deslocado. Isso não o deteve. Umas das

meninas nas proximidades tentaram calá-lo. Finalmente parou de

lutar quando um guarda usando a insígnia real deu um soco no rosto

e, em seguida, afastou-se, olhando irritado. O cara amassou em

silêncio, balançando de suas correntes curtas.

Inferno de um revés.

E, em seguida, apenas para provar que as coisas podem sempre

piorar, e pioraram.

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118

CAPÍTULO 11 Solange

Agora sabia o porquê Viola odiava Madame Veronique.

Ainda podia sentir a mordida visceral de seu ódio por ela, a

partir daquela noite na tenda quando eu desafiei Veronique. Não

tinha percebi porque estava fazendo no momento. Estava estufada em

frustração por tanto tempo que acabei atacou. Mas agora fazia

sentido. Madame Veronique conhecia Viola e tentou mantê-la além de

seu amado.

Constantino.

Ele estava passando por seu sobrenome, mas agora

reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar. Mesmo para um

humano eles eram um azul estranho. Eles foram violeta ao longo dos

anos, enquanto esperava de alguma forma Viola voltar. Deve ser por

isso que me procurou, por que foi o único que me entendia.

Ele orquestrou todo o meu golpe. Tudo isso enquanto

permaneceu cuidadosamente escondido de Madame Veronique.

Meio que queria esfaqueá-lo.

Mamãe ficaria tão orgulhosa.

E se Viola e Madame Veronique não tivessem conhecido uma a

outra. Eles tinham se casado. Elas eram avó e neta.

Que fez Viola Drake a primeira filha a nascer para a família

Drake. A primeira das duas únicas filhas, da qual eu era a segunda.

Pequenas partes do quebra-cabeça começaram a se encaixar.

Madame Veronique contratou uma velha bruxa para olhar para o

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119

futuro. Ela tinha me definido com que a maldita profecia, centenas de

anos antes mesmo de eu ter nascido.

E a razão pela qual o dragão atacou os cavaleiros de Viola,

assim como era o emblema da nossa família. O pai de Lucy teria

chamado o nosso espírito totem. Viola se incorporou em seu

subconsciente, da mesma maneira que guardou um pedaço de

Gwyneth e eu. Ela ainda temia Madame Veronique.

Com uma boa razão.

Memórias mudaram na minha cabeça até que elas começaram

a fazer algum sentido. Nenhum dos quais realmente tinha tempo para

considerar no momento.

Porque bati de volta para o meu corpo no exato momento em

uma das assustadoras servas de Madame Veronique veio a mim. Eu a

reconheci pelo seu vestido estilo medieval e o pingente pesado na

forma do dragão Drake e hera nas mandíbulas.

Viola apenas me deixou voltar para o meu próprio corpo em

Violet Hill tempo suficiente para ajudá-la. Sabia que meu corpo e eu

poderia fazer melhor do que ela e sabia que morreria sem mim. Não

podia fazer qualquer coisa, mas reagir.

Formação de minha mãe havia me virado para os lados, como

um saca-rolhas. O ar frio assobiou em torno de meus ouvidos e meus

olhos ardiam. Já estava pensando em minhas opções, assim como eu

girei e girei, meu cabelo levantou para o ar como se estivesse debaixo

d'água. Fugir não era imediatamente possível. Teria que lutar. Para

isso precisava de armas.

Estava catalogando o que poderia usar quando pousei

levemente nas pontas dos meus pés. Árvores as alturas, ramos para

estacas, feromônios, velocidade.

Não iam ser suficientes.

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120

Meu pé esquerdo escorregou num pouco de gelo. Ainda estava

me acostumando a ser corpóreo novamente e fez-me desajeitada mais

do que o habitual. O fato de que, por algum motivo que estava usando

um pedaço de seda branca não ajudar. Estava praticamente nua.

A estaca assobiou pela minha cabeça, me banhando com lascas

de madeira, quando atingiu uma próxima árvore. A serva rosnou e

avançou em mim, outra estaca já na mão. Mais três servas, suas

irmãs se espalharam por trás dela. Abaixei de uma outra estaca, mas

apenas um pouco. É cortando através da minha manga e meu braço,

deixando um rastro ardente de sangue para meu cotovelo. Recuei,

arranquei a estaca da árvore. Estava lascada, mas melhor do que

nada.

Outro par assobiou em minha direção. Peguei-a e atirou a

lascada ao mesmo tempo. Ela errou o alvo, mas pelo menos as outras

duas servas tiveram que saltar para fora do caminho. A terceira

saltou para mim, rosnando, dentes arreganhados. Estava pálida e

mortal como frutos do visco. Ela me pegou pelo ombro com a palma

da sua mão, dura o suficiente para que eu ouvisse a moagem e pop

do deslocamento.

Dor queimava através de mim e me jogou para trás, quebrando-

o contra uma árvore. Meu ombro bateu de volta no lugar tão

dolorosamente como estalou.

Ela se aproximou, um punhal em uma mão e uma espada na

outra. A bainha de sua longa bordada vestido arrastando, como as

pétalas de uma flor venenosa.

— Viola amor, onde você está? Nós mal começamos. —

Constantino passeou na clareira vestindo apenas calças de couro e

um preguiçoso, sorriso íntimo. Ele parou tão logo viu as servas. Havia

folhas em seu cabelo desgrenhado e estava descalço.

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De repente sabia exatamente porque estava correndo ao redor

da floresta.

Ele abordou a serva que agora me segurava pelo cabelo. Eles

cambalearam, caindo vários metros de distância em um trecho de

samambaias murchas. Virei-me, preparando para enfrentar as

próximas duas servas. Elas moviam lentamente, pacientemente, como

icebergs à deriva no mar ártico. Eu olhava de uma para a outra.

— Pare. — ordenei, tentando exalar feromônios, reunindo o

poder dentro de mim e empurrando-o fora com explosões de calor.

Elas pararam.

Constantino e a outra serva ainda estavam lutando no mato,

longe demais para ser afetada pela minha compulsão.

— Larguem as armas. — eu pedi as outras duas, que ainda

estavam congeladas no lugar, olhando para mim. Sete estacas, uma

mini besta, três pinças, cinco punhais e um conjunto de algemas de

prata caíram na neve.

Cheguei com cautela para um dos floretes. O peso era familiar e

reconfortante na minha mão. — Agora vá embora e nos deixe em paz.

Elas se viraram e se afastaram, inclinando-se como se

estivessem lutando contra um vento selvagem em suas costas.

Tentaram lutar contra a compulsão, mas não conseguiram. Tive um

pequeno delicioso momento de satisfação presunçosa.

E, em seguida, a serva que lutava com Constantino assobiou

estridentemente através dos dentes sinalizando para as outras,

mesmo quando se esquivou de um golpe cruel na jugular.

As donzelas eram ruins.

Ser possuída era ruim.

Mas isso era muito pior.

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CAPÍTULO 12 Lucy

Era minha experiência que quando os vampiros iniciam se

curvando e olhando tudo formal, é melhor sair o inferno fora do

caminho.

O que teria feito se não estivesse acorrentada a um poste.

Havia mais curvando e murmúrios de —Meu Senhor— e —meu

príncipe. — e duas das doadoras do sexo feminino tensas no final de

suas correntes, sorrindo e mostrando os pescoços. Uma delas, na

verdade, suspirou, quando encontrou alguém que lhe lambeu. Foi

embaraçoso. O que só podia significar uma coisa.

Um irmão Drake.

E uma vez que todos, menos um deles não foi exilado sob pena

de morte, só podia significar uma pessoa especificamente.

Nicholas.

Minhas mãos ficaram úmidas. Não tinha certeza do porque,

mas me senti nervosa e exposta, e não tinha nada para fazer com as

correntes. A multidão se afastou e de repente Nicholas estava lá,

espreitando para mim, o rosto grave, cortes rígidos, linhas inflexíveis.

Seus olhos cinza queimado prata, como pedaços irregulares de

espelho nítido o suficiente para cortar através de sua pele. Meio que

esperava o sangue escorrer em meus braços.

— O que ela está fazendo aqui? — Perguntou ele. Parecia letal e

escuro. Era difícil lembrar que este era o mesmo Nicholas de

dezessete anos que tinha me dado um CD mix apenas na semana

passada. Ele ficou como um homem, não como um irmão ou um filho

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mais novo, ou qualquer uma das outras coisas que o definia. Elas

ainda faziam parte dele, mas as peças agora se encaixam em um

quebra-cabeça mais complicado.

— Ela disse que estava aqui sobre as suas ordens. — um

guarda respondeu, olhando para mim. Levantei meu queixo e olhei de

volta.

— Quero dizer, o que ela está fazendo acorrentada à árvore? —

continuou Nicholas, de modo uniforme para o guarda ingerido.

— Ordens da rainha. — ele respondeu rapidamente,

defensivamente.

Meu namorado deixou um guarda vampiro, pelo menos, o

dobro de sua idade nervoso. Eu estava uma espécie orgulhosa.

Também.

Realmente em pânico nervosa.

Porque a verdade é que ainda não sabia se ele estava quebrado.

— Liberte-a. — Nicholas ordenou enquanto tentava interpretar

sua expressão. Ele parecia mais forte e mais velho.

— Perdão, mas ela não foi certificada. — disse o guarda.

Nicholas levantou uma sobrancelha. — Minha irmã não está

aqui. — disse ele. — Mas eu estou. Solte as correntes dela. — ele

repetiu, devagar e enfaticamente, suas presas alongando para manter

o ponto.

Na verdade, tremi. Meu animal interior, aquele que reage a um

raio e sons estranhos durante a noite, me pediu corra, corra, corra.

Meu animal estava esquecendo a regra fundamental com os vampiros:

não corra.

A braçadeira de ferro em volta do meu pulso dolorido foi

substituída pela braçadeira dos dedos pálidos de Nicholas. Ele não

era menos confinando ou inflexível. Agarrei o braço dele com a minha

mão livre. — Nicholas, o que...

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Ele girou tão rápido, que fiquei tonta.

— Você vai me chamar de ‘Sua Alteza’. — ele ordenou, sua voz

como um chicote cortando o ar, ou a cauda de uma cobra venenosa.

Ele me apoiou de pé até que a corrente deslizou pressionando em

meu lado. Os escravos de sangue se separaram em torno de nós. A

mão de Nicholas deslizou pelo meu pescoço nu, inclinando a cabeça

violentamente para o lado. Ele arrastou seus lábios ao longo da

minha jugular, parando com os lábios sobre a minha orelha. Engoliu

em seco, a garganta tão seca que mal conseguia formar palavras.

— Está com medo. — Sua voz era quase um sopro, fazendo

cócegas no meu ouvido, provocando arrepios na minha pele.

Tinha a esperança de que ele estava me pedindo para tocar

junto.

Que isso não fosse realmente sério.

Ele se afastou ligeiramente, suas pupilas dilatadas e negras

como uma lagoa, à noite, afiadas com a névoa pálida e luar. Eu

poderia quase, quase, ver um vislumbre do Nicholas real.

E então me puxou atrás dele até que estava cambaleando e

tropeçando nos meus próprios pés. Um das meninas escravas de

sangues começou a chorar quando percebeu que Nicholas não foi

pegá-la. Ela me fez uma cara irracionalmente com raiva. — Oh,

cresceu uma espinha. — respondi para ela quando tentou tocar a

bota de Nicholas.

— Você está dando a todas as meninas um nome ruim. — Disse

a garota, que estava atualmente permitindo que meu namorado a

puxasse como se fosse uma boneca de pano.

— Estou indo perfurá-la se isso é uma armadilha. — eu

murmurei.

Nicholas nem sequer olhou para mim e não parou até que se

aproximou da barraca Drake.

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Havia uma mesa em camadas cheia de velas acesas e flores

sobre um tapete na frente. Garrafas de vinho com sangue, romãs, e

cestas de joias de prata, todas ao pé de uma pintura de Solange.

Fiquei boquiaberta para ele.

— Ela gosta da atenção. — Nicholas me puxou pela abertura da

tenda. Exceto para os móveis de madeira, os tapetes e lanternas,

estava vazio.

Estendi a mão e puxei seu cabelo o mais selvagemente que

pude. — Ok, maldito inferno.

Ele colocou o dedo sobre meus lábios, me calando. Balançou a

cabeça uma vez.

Estreitei meus olhos. — É como se você achasse que não vou

morder você. — murmurou, mas balancei a cabeça para deixá-lo

saber que entendi. Ele chutou um tapete persa para revelar uma

porta de madeira que leva para o que assumi fosse um dos túneis.

Segui-o descendo as escadas, na escuridão fria e úmida, esperando

que não estivesse sendo uma daquelas garotas estúpidas em um filme

de terror.

Meus punhos estavam cerrados e estava me preparando para

lutar quando Nicholas girou para me enfrentar.

— Lucky. — disse ele, sua voz quebrando.

Baixei os punhos. — É você? Realmente você?

Puxou-me contra ele. Seu domínio era tão forte como antes,

mas suave, contido, honesto.

Nicholas.

— Senti sua falta. — disse ele com voz rouca.

Passei meus braços em torno dele, não tão gentil. Ele baixou a

cabeça, inclinando sua boca sobre a minha. O beijo não foi suave ou

hesitante, foi direto para o fogo. Eu era um campo de seco e Nicholas

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a faísca. Nossas línguas se tocaram e senti todo o caminho até as

minhas coxas e meus dedos.

Ele me empurrou contra a parede, com uma mão na minha

cintura, a outra achatada nas pedras pela minha bochecha. Não

podia chegar perto o suficiente. Finalmente tive Nicholas de volta, e

não estava perdido ou extraviado ou quebrado. Estava aqui, me

beijando, tão desesperado para me tocar que eu para tocá-lo.

Não tinha ideia de quanto tempo estávamos agarrados um ao

outro, mas finalmente teve que se afastar para recuperar a

respiração. — Oh meu Deus. — exclamei, por fim, batendo-lhe no

peito. — Você assustou o caralho fora de mim Nicholas Drake!

— Eu sei. — respondeu ele, com os lábios ainda pairando sobre

o meu. — Sinto muito. Mas era uma escrava de sangue

obedientemente adorável e apavorada. Precisava que você fosse uma

ou a outra. E uma vez que um vampiro pode sentir o cheiro da

diferença, escolhi a segunda opção. — acrescentou secamente. — Não

acho que você poderia ser obedientemente e adorável, mesmo se sua

vida dependesse disso.

Não me incomodei em responder, só beijei até que ele trocou

contra mim e de repente estávamos deitados em uma das camas. Ele

me pressionou contra o colchão fino, as mãos deslizando

maliciosamente. Eu corri meus dedos sobre suas costas, sob a

camisa, deixando o momento nos levar para fora do mundo, fora da

política vampira, ameaças de morte e o peso irregular que eu estava

transportando desde que ele desapareceu.

Toquei seu rosto. — Eu realmente senti sua falta. — disse,

piscando quando meus olhos começaram a arder.

— Ei. — ele disse suavemente, meio rindo. — Você está

chorando?

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— Cale a boca. — eu respondi, enxugando minhas bochechas.

— Não choro mais menino. Nem mesmo pelos meninos Drake. —

Sentei-me relutantemente, ajeitando minhas roupas. — Devemos

parar. O destino do mundo e tudo isso. — Ele gemeu, ainda beijando

meu pescoço. Corri meus dedos pelo cabelo despenteado, só porque

eu podia. — O que aconteceu com você?

Ele fez uma pausa, fechando os olhos por alguns instantes. —

Isso não é importante.

Virei para olhar para ele. — Você está louco?

Ele esfregou a mão no rosto e empurrou para fora da cama. —

Estou bem agora.

Engoli em seco, tentando dissolver o caroço na minha garganta.

— Mas você não estava bem antes.

Ele encontrou meu olhar. — Não. — ele respondeu calmamente.

— Não estava. Quando você falar com meus pais, e sei que você vai,

diga-lhes que alguém chamado Dawn está por trás dos sequestros e

pelo menos alguns dos crimes de Drácula Assassino. — Ele me

ajudou a me levantar, escovar a palma da mão sobre as marcas de

punção de suas presas na dobra do meu cotovelo. Sua expressão de

acalma foi a gritante. — Não há desculpa para o que fiz.

Revirei os olhos. — Oh, não seja uma rainha do drama. — eu

disse levemente. Sabia que se eu o deixasse, ele ia afogar em culpa.

Ele deu uma risada curta e assustada. — Lucy.

— Bem, vamos lá, circunstâncias atenuantes e tudo. Além do

que, temos pior maneira de lidar com isso.

— Ótimo. — disse ele.

— Estamos seguros aqui. — eu perguntei. Era um sinal de

quão horrenda a situação era que ele não me provocou por soar como

uma Vampire Hunter High.

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— Não seguro o suficiente. — Ele suspirou, pegando a minha

mão. — Então, vamos lá.

Ele me levou pelos túneis, dobrando para trás quando sua

audição vampiro pegou sons que eu não podia ouvir. Tochas

queimadas esporadicamente e umidade infiltrou pelas paredes,

manchando o cimento e o teto. Passamos por algumas portas e

escadas de metal que levavam para a floresta. Ele continuou até a um

buraco na parede que não teria visto com todas as sombras espessas.

Raspei meus cotovelos e joelhos me firmando nele. Do outro lado

havia uma pequena sala circular, grande o suficiente para uma cama

e uma caixa de madeira. A escada de corda levava a um alçapão no

teto.

— É aqui que você está dormindo? — Perguntei. Por alguma

razão, o espaço só com um cobertor e a vela que ele se agachou para

acender me deixou triste.

Ele deu de ombro despreocupado. — É seguro. E Solange

continua tentando me obrigar a ficar mais perto da barraca da

família. — Ele olhou para mim. — Por alguma razão, posso resistir a

ela agora. Bem, está ficando mais difícil, mas por um tempo não me

senti a compulsão. — Ele fez uma pausa, a luz fez seus olhos brilhar.

— Por que você sorrindo?

— Porque pela primeira vez eu realmente sei alguma coisa. —

eu disse, caindo em sua cama. — E isso é uma mudança agradável do

que não saber nada de nada.

— Então derrame, Hamilton.

— Tirei a maioria dos livros na biblioteca da escola. — disse. —

E depois de falar com Spencer e ler várias centenas de textos muito

chatos escritos por um asno de chapéu extremamente tendencioso,

acho que eu percebi alguma coisa.

— O que?

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— Por que eu sou imune a Solange.

Ele ergueu as sobrancelhas com expectativa.

— É, em parte, o que sempre pensei. — eu expliquei, deslizando

para fora da cama para me sentar ao lado dele. Não estava certeza de

quanto tempo passamos juntos e não queria perder um único

segundo. — Cresci com isso em meu corpo por isso não reconhece

feromônios vampiros como algo fora do comum. Mas com Solange,

acho que é mais do que isso. Acho que se você tem o sangue dela em

seu sistema, você pode resistir a ela.

Ele franziu a testa. — Nunca bebi dela.

— Mas você bebeu de mim. — Ele fez uma careta. Acenei de

lado.

— Espere. — Ele fez uma pausa. — Isso não explica isso. Você

nunca bebeu Solange. — Sua mandíbula endureceu. — Certo?

— Nunca bebi seu sangue. — eu lhe garanti. — Não é só isso,

mas bruto... na verdade, é simplesmente nojento.

Fiz uma careta. Era uma coisa para vampiro, beber sangue,

eles precisavam para sobreviver. — Mas quando Solange e eu

tínhamos treze anos, fizemos um juramento para sermos irmãs de

sangue. Fizemos cortes nos nossos dedinhos e mindinhos, e juramos.

Minha teoria é que a mistura está me protegendo.

— Na verdade, você pode estar certa. — disse ele lentamente. —

Solange usou seu sangue para curar London, quando ela foi ferida,

no pressuposto, porque uma vez que Solange tinha vestígios de

sangue de Madame Veronique em seu sistema, isso pode salvar

London da maneira que salvou Solange em seu aniversário. E ele fez.

— Ele pegou minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus. — Já

disse aos meus pais?

Eu balancei a cabeça. — Eu passei um e-mail a Connor antes

de vir para cá. Tenho certeza de verificar seu e-mail não está muito

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longe de seus pais — a lista de coisas a fazer agora, mas ele está

sempre on-line.

Ele levantou as mãos unidas, beijando meus dedos. Sua boca

era suave, tentadora. — Talvez você só salve a todos nós, Lucy.

— Isso pode não significar nada, mas pelo menos é outra arma

possível. — Pensei que eu poderia corar. — E acho que você deve

beber de mim.

Ele recuou tão bruscamente que quase ri. Seus olhos se

arregalaram quando se apertou contra a parede, soltando minha mão

como se estivesse pegando fogo. — Você está louca?

— De acordo com tudo o que li esse tipo de magia do sangue

pode desvanecer-se, às vezes mais rapidamente do que outras,

especialmente quando não é diretamente da fonte. London sararia

mais rápido se Madame Veronique tivesse dado seu sangue

diretamente, e os lotes dele. Você teria uma melhor imunidade, se

você bebesse diretamente de Solange, mas você não pode. E você

quase não bebeu de mim. Além disso, o sangue de Solange deve ser

assim diluído em meu sistema só mágica poderia detectá-lo até agora.

E você mesmo disse, sua resistência está sumindo.

— Não.

Fiz uma careta. — Nicholas, não faz sentido.

— Não me importo.

Cheguei mais perto. Ele contornou a distância, mantendo-se

fora do alcance do braço. Fiz uma pausa. — Nicky.

— De jeito nenhum. — ele voltou com força. — Você acabou, vá.

— Você tem medo de me tocar? Sério?

— Assim, por favor. — Parecia que ele estava com dor.

Mudei de volta contra a cama. — Ok. — eu disse suavemente.

— Ei, está tudo bem.

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Suas presas estavam fora e os brancos de seus olhos estavam

vermelhos. Parecia pior do que o tempo que tínhamos feito no forte da

árvore tanto tempo que tinha nos levado 15 minutos para encontrar a

minha camisa presa a um pinheiro ramo. As veias de rastreamento de

seus pulsos e pescoço pareciam que queimavam e podia ver cicatrizes

leves sob o colarinho da camisa. Demorou um inferno para um

vampiro ter cicatriz.

— O que eles fizeram com você? — Perguntei, sentindo uma

espécie de fúria abrasadora nos ossos que me fez, literalmente, ver

vermelho. Nicholas lambeu os lábios.

— Muda de assunto. — Ele estava praticamente implorando,

embora seus olhos fossem os olhos de um caçador.

Tentei controlar o meu temperamento, tentando não deixar a

raiva e tristeza transformar todo o meu corpo em um granada. — Ok,

mas isso não é tudo.

— É claro que não é.

— Os Drakes são um pouco demasiado bom em multitarefa

quando se trata de desastres. — concordei. Tomei uma respiração

profunda. — Acho que Solange está possuída.

Isso foi o suficiente para distraí-lo de sua sede de sangue. —

Isso é mesmo possível? — Ele parecia desnorteado.

— Spencer diz que é, mas não posso me comunicar com

Isabeau para descobrir com certeza. Independentemente disso, toda a

pesquisa que fiz até agora diz que é possível, mas imprevisível. Magia

e os vampiros são uma mistura volátil. Há a razão pela qual os cães

são assim... Você sabe.

— Sim. — ele concordou. — Eles são. — Ele se sentou sobre

seus calcanhares. — Se ela está possuída, então realmente ela não fez

todas as coisas que tem feito.

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— Explica muito, não é? — Sorri severamente. — E se está

possuída, então isso significa que pode ser despossuída. Ou

exorcizada ou o que for.

— Como?

— Não tenho ideia. — admiti. — Mas, ainda assim. E isso tem

algo a ver com o século XII.

Ele finalmente fechou a distância entre nós. — Você é do tipo

incrível, sabe disso, né? — Ele me disse isso uma vez antes, a última

vez que tentou salvar Solange. Ele me beijou de novo, muito e

profundo até a minha respiração tremeu na minha garganta.

— Jenna acha que estamos enganando a nós mesmos. — senti-

me compelida a acrescentar, quando nós nos sentamos lá, testas

tocando, os olhos cheios de nada, mas o outro. — Que queremos

acreditar que Solange esteja possuída porque é mais fácil.

— Talvez. — ele disse suavemente. — Mas estou supondo que

exorcizar uma rainha vampira com lavagem cerebral feromônios vai

ser mais difícil do que parece.

— Provavelmente.

— Mal posso esperar, não é?

— Não.

— Também não.

Nós sorrimos um para o outro por um momento, até que ele se

levantou, me puxando.

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CAPÍTULO 13 Solange

Nunca vi nada parecido com a mulher vampiro que caiu de um

galho e caiu bem na minha frente. Ela vestia calça de couro branca

tão apertada que parecia tinta óleo úmida. Blusa de mangas que

terminava acima dos seus cotovelos e o resto de seus braços estavam

cobertos de braceletes de couro em conjunto com estacas de prata

finas. Havia mais estacas sobre as tiras que cruzavam entre os seios e

no seu cinto, e uma longa espada delgada em uma bainha em suas

costas.

Ela fez a minha mãe parecer como um membro perfeitamente

normal do PTA.

A parte realmente estranha foi que todo mundo congelou por

um instante, olhando para ela com um tipo medo de que deixou um

gosto de cobre na boca.

— Uma Seki. — Uma das servas engasgou.

Os animais das florestas voltaram para as sombras, sentindo

um predador na área e que eles poderiam ser destruídos. Viola estava

tremendo dentro da minha cabeça. Seki olhou diretamente para mim,

apesar de suas íris fossem de cinza pálida estavam praticamente

translúcida, mas as pupilas estavam completamente e violentamente

vermelhas. Seus dentes estavam fora, brilhando como agulhas de

osso, e usava um par de pratas ornamentado com plugues de nariz.

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Eu nem sequer a vi saltar, não houve sussurro de ar

deslocando, apenas o crack de sua bota no meu joelho e o agarre de

sua mão em minha garganta quando caí no chão. Caí para o lado

como uma boneca de pano em uma máquina de lavar enquanto ela

continuava me atacando. Ela sabia onde eu estava indo antes mesmo

de eu me mover.

Lutei contra porque eu era filha da minha mãe, não porque

pensei por um segundo que pudesse derrotá-la. Mas também era filha

do meu pai, nascida em uma família antiga. Empurrei até os joelhos,

sangue escorrendo de um corte debaixo do meu olho. — Você não

pode me machucar. — disse eu, forçando feromônios tão

intensamente que puxei um músculo na minha pálpebra e meus

dentes rangeram. Eu pude provar o sangue de meu lábio cortado.

Contusões pulsavam ao longo do lado esquerdo do meu corpo,

do pescoço até o quadril. — Você não pode me machucar!

Ela não parecia convencida.

Não podia obrigá-la. Entre a cegueira e os plugues de nariz, ela

era tão imune como a Lucy. Constantino estava do meu lado, mas

ainda não conseguiu vencer. A última vez que esteve em desvantagem

foi quando me salvou da fúria de Lady Natasha e eu tive que salvá-lo

da Chandramaa. Assim que o pensamento entrou na minha mente

que eu ouvi a batida suave de asas de couro e muito débil chiado de

quase uma centena de morcegos. Eles voaram entre os pinheiros

vermelhos, preenchendo o campo com nuvens de tempestade com

dentes. Eles atacaram Madame Veronique, que estava agora de

saindo das sombras. Eles eram pequenos escravos acima de tudo,

que mordiam e arrancava em Seki.

E fiz a única coisa que podia fazer.

Corri.

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Seki lançado estacas de prata como chuva mortal, enquanto os

morcegos roíam as suas mãos. Três estacas me raspou ao mesmo

tempo, sangue e doeu no meu cotovelo esquerdo, quadril direito e

tornozelo. Tentei usar as árvores como escudo, ziguezagueando por

isso fiz um alvo menos previsível. Meu sangue aspergido na neve e

Seki fez uma pausa, como se estivesse sentindo a minha nova posição

mesmo com o enxame de morcegos. Uma das servas jogou a própria

adaga. Olhei por cima do ombro, assim quando Seki a agarrou pelo

pescoço e quebrou seu pescoço. Tropecei em uma raiz. Os morcegos

passaram por mim em um fluxo de asas escuras e dentes afiados.

Mal saí da clareira antes de uma serva me abordou, apesar do

que aconteceu com sua irmã. Nós pousamos duro, galhos estalando

debaixo de nós como tiros. Dei uma cotovelada no olho dela, lutando

para me libertar. Os olhos da serva estavam tão selvagens quanto os

meus. Eu estava machucada e toda arranhada que eu mal sentia a

dor. Havia muita adrenalina chiando através de mim. Um morcego

caiu próximo a nós, asas rasgada por uma estaca de prata. Ela me

deu uma joelhada no estômago e eu batia, caindo de volta para o

chão gelado.

Puxei o cabelo dela, porque era tudo o que podia alcançar.

Arranquei tão duro quanto podia, rolei quando ela voou para cima de

mim. Eu me levantei e chutei a faca da mão dela.

— Onde diabos estão seus guardas? — Minha prima London

caiu por entre os arbustos, incongruente em seu gel de cabelo e

supermoderno, calças pretas apertadas. Ela ainda tinha cruéis

cicatrizes vermelhas sob a alça da sua parte superior do seu encontro

com a Huntsman e água benta. Fiquei boquiaberta para ela. —

Merda, London! Corra!

Empurrou com tanta força que ela tropeçou.

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136

Atrás de nós, Constantino saiu de sua luta o tempo suficiente

para arremessar uma adaga na parte de trás da cabeça de Seki. Ela

inclinou-se casualmente para o lado, evitando-o. O som de tantos

morcegos fez a floresta arrepiar.

Neve e água fria sacudiu os ramos de pinheiro.

— London, o que você está fazendo aqui? — Eu perguntei,

empurrando-a para uma corrida novamente. Estacas perfuraram o ar

entre nós. Um morcego guinchou, preso a uma árvore.

— Quase te matei no último verão, mas você salvou a minha

vida esta semana. Devo-te. — Ela me jogou um sorriso sem humor. —

Além disso, sou uma monarquista, lembra? — Ela tropeçou, e depois

me empurrou de volta. — Empurrando-me, qual é o seu problema?

Eu posso lidar com algumas servas e seus morcegos estranhos.

— E ela? — Perguntei, ainda empurrando-a para correr mais

rápido. — Você pode lidar com essa mulher de bunda arrepiante?

London olhou para trás, Seki era uma mancha entre os

morcegos e os olhos arregalados. — E o que diabos é isso?

E então houve apenas tempo para falar.

Seki tinha sacudido Constantino e as servas, como se fossem

moscas. Seus olhos estavam cegos focados intensamente em mim. Ela

deu um tapa num morcegos longe dela. E nós corremos para um

campo de gelo e grama morta, sem abrigo ou escudo para falar. —

London saia daqui — eu implorei a ela quando me abaixou de outra

saraivada de estacas. Um delas ficou na minha coxa, me empurrando

de volta um passo. O sangue escorria instantaneamente em torno da

arma.

Puxei-o para fora, assim quando Madame Veronique saiu das

árvores com mais três servas, como se ela estivesse de volta nos

tribunais da rainha Eleanor. Ela estava vestida de seda e peles, ouro

brilhando em seu cinto e aro em suas tranças. Ódio e medo de Viola

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137

por ela agitou dentro de mim, causando-me náuseas, mas não tinha

tempo exatamente para suas sensibilidades delicadezas.

Madame Veronique acenou para Seki respeitosamente.

Os morcegos ficaram ainda mais cruéis. Madame Veronique os

olhou malignamente. London e eu viramos para os lados, de frente

para longe uma da outra. Era uma formação de defesa padrão, alvo

menor e poderíamos proteger as costas uma da outra. Constantino

correu para o nosso lado, cinzas de vampiros em seu cabelo. Eu

joguei a estava que puxei da minha perna, ainda com sangue em uma

serva. Bateu em seu peito e ela caiu. Virou cinzas enquanto caia.

Madame Veronique não levantou um dedo para ajudar, não que

Seki precisava da ajuda dela. Ela era perfeitamente capaz de matar-

nos a todos com seu próprio punho. Ainda assim, as outras servas se

espalharam apenas no caso. Os morcegos mantiveram todos

ocupados. Seu número tornava uma arma formidável, até Seki. Mas

estavam morrendo também, girando quando eles caíram como vagens

furadas. London me olhou severamente. — Dispomos...

Uma estaca atingiu sob suas costelas com tanta força que ela

encolheu e gritou. Agarrei-a, mas já estava caindo. Abri minha mão,

desenhando uma coroa de morcegos a pairar em cima. O resto

concentrou-se em Seki bombardeando-a em um mergulho.

— Filho da puta, isso dói. — London chiou, arrancando a

estaca.

Tentei suportar seu peso, assim como mordi através da pele

fina do meu pulso para que ela pudesse beber o meu sangue. Ele

ajudou a curá-la antes. Havia uma estava no mato perto do meu

joelho. Cheguei para baixo para agarrá-la quando Londres levou o

meu pulso a sua boca. Seus olhos se arregalaram.

Esse foi o único aviso.

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138

De repente, ela foi me puxando para frente e para o lado,

usando a linha do meu cotovelo para me guiar. Em ao mesmo tempo

ela virou-se em torno de modo que estava de costas para mim, de

modo que estava enfrentando qualquer perigo era que viu no meu

ombro. Eu não sabia se era uma serva, Seki ou Madame Veronique.

Não sabia se era prego ou estaca ou espada.

Nem sequer tinha tempo para virar antes de ouvir o som.

Mas sabia exatamente o que estava ouvindo, sabia exatamente

o que o som úmido significava.

Um prego de prata perfurou seu peito, deslizando entre suas

costelas e direito através de seu coração. Quando me virei ao redor,

sentindo como se a minha velocidade de vampiro de repente estivesse

em câmera lenta, vi minha prima desintegrar-se em cinzas. Suas

roupas caíram em uma pilha nas folhas secas e o que sobrou de seu

corpo flutuou no frio ar. London foi embora.

Eu estava devagar, erguendo-se como névoa fora de um lago

congelado. Choque me fez sentir oca e frágil. Meu triplo canino

alongado até minha gengiva sentiu primal. Morcegos mergulhados em

torno de mim, mordendo suavemente, como se estivessem tentando

me confortar. Os outros começaram a guinchar, como um estranho

grito de guerra de alta-frequência. Eles se reuniram entre mim e os

outros, bloqueando estacas e pregos.

— Viola. — Constantino agarrou a minha mão, me forçando a

correr. Deixei ele me arrastar ao longo até atravessou o rio e foi em

direção ao acampamento. O tapa de água fria em meus cortes, a neve

caindo e apego aos meus cílios como lágrimas me fez parar.

Constantino voltou-se, reunindo-me em seus braços. — Você

está ferida?

Balancei a cabeça em silêncio. London. London ficou ferida. —

Por que Seki a marcou? — ele perguntou, sua voz feral com raiva.

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— Você conhece?

— Eu conheço uma delas. — disse ele. — Seki é o nome de um

clã assassino. Eles abandonaram todos os laços pessoais, desistindo

seus nomes, e sua linhagem de sangue para se tornarem assassinos

pagos. Elas são extremamente raras e mortais, o mesmo que o

Chandramaa. Todas elas respondem ao nome Seki se incomodou em

responder a tudo.

Engoli em seco, tremendo. — Nunca tinha sequer ouvido falar

delas.

— Você está segura agora. — Ele acariciou minhas costas. Meu

rosto repousava sobre seu peito nu. — Eu te amo, Viola. — ele

murmurou em meu cabelo sangue-e-neve-emaranhados. Ele ainda

não tinha percebido que eu não era Viola. Ela respondeu dentro do

meu corpo, meu coração disparou, minha barriga formigava. Viola

quis enrolar em meu corpo e ronronar. Ela sorriu para ele. Então, eu

dei um soco na cara.

— Não sou Viola, seu idiota.

Sua cabeça para trás, o sangue escorrendo pelo canto da boca.

Suas mãos caíram longe da minha cintura. — Solange. — disse ele.

Havia tantas emoções trançadas em sua voz que não podia

distinguir entre linhas. Eu podia ouvi-la por inteiro, pulsando com

dor.

Eu vou lhe mostrar dor.

— Você a ajudou a me possuir. — eu disse. Viola estava

tentando mastigar através de meu controle. Empurrei para trás

violentamente. Suor eclodiu na parte de trás do meu pescoço

enquanto eu lutava para segurar. — Traidor.

— Perspectiva, amor. — ele disse com tristeza. — Não sou o

vilão aqui. Sou apenas um cara apaixonado por uma menina, mesmo

como ninguém.

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— Não muito. — eu voltei.

— Eu não matei o seu pequeno caçador, fiz? Quando tive a

chance? Ou sua amiga quando ela jogou uma estaca para mim? Eu

diria que você me deve, querida.

Gelo e fogo arrepiaram através de mim e estado vapor meio

surpresa por não exalar para fora dos meus poros. — O que você fez

com eles? — Eu perguntei pouco antes de chutá-lo direto entre as

pernas.

— Você é a heroína de sua história. — insistiu ele, embora sua

voz estava embargada e seus olhos quase cruzados, enquanto ele

pegou para si mesmo. — E eu sou o herói da minha.

Pensei que ele era meu amigo. Ele me beijou. Eu me senti

culpada, mas gostei muito. E era tão traidor quanto Kieran era para

mim. Mais.

— Você não é um herói. — Eu engasguei.

— Não sou eu? Eu não consegui me transformar em vampiro

depois de Viola morreu? Não te procurei na terra para oito séculos,

esperando ela voltar? Consultei bruxas e adivinhos?

— É por isso que você se tornou meu amigo. — eu disse com

raiva.

— Eu sabia que ela ia voltar, eventualmente. Havia rumores de

magia, e uma bruxa morta no castelo.

— E sua voz, sempre a voz dela. Onde melhor do que a preciosa

filha dos Drakes? — Seus olhos eram praticamente índigo. Eles

brilhavam como nuvens de verão nuvens em tempestade com

relâmpagos irregulares. Ele agarrou meu braço. — Havia magia

quando ela morreu. Mas ela sempre foi mais forte do que todo mundo

achou. Sabia que ela ia me encontrar. Juramos para encontrar um ao

outro, não importa o quê. — Ele sorriu para mim com ternura. —

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Pode você me ouve, Viola? Volte para mim, amor. Ninguém pode ficar

entre nós nunca mais.

— Até agora. — Empurrou para fora de seu alcance. Imaginei

os feromônios crepitantes sob a minha pele, senti-os subir de mim

como o vapor. — Fique longe de mim, Constantino.

Ele só olhou para mim calmamente.

— Você está me ouvindo? — Eu bati. Liguei minhas mãos como

se isso fosse aumentar meus feromônios. — Caia fora!

Ele não se mexeu. Primeiro Seki, agora Constantino.

— Esses são os meus malditos feromônios quebrados esta

noite? — Eu murmurei.

Ele sorriu com tristeza. — Sinto muito, Solange. Realmente.

Mas não posso perdê-la novamente. — Ele agarrou meus ombros, me

puxando contra ele. Seu peito pressionado contra a minha fina

camisa manchada de sangue. Tentei o joelho novamente, mas ele

estava preparado para mim neste momento. Perdido uma boa tática,

agindo com raiva. Meu pai não aprovaria. Minha mãe só teria chutado

Constantine tão duro pela primeira vez ele teria desmaiado.

— Você precisa ter o controle de volta, Viola. Agora!

Sua boca cobriu a minha num beijo ardente cheio de saudade e

desespero e do tipo de calor que queimou todo o pensamento longe.

Lutei contra ele, mas eu estava distraída, puxada em duas direções.

Porque o beijo despertou Viola e ela arranhou suas amarras

com grande violência. Eu lutei contra freneticamente. O beijo deslizou

através de mim como uma droga, provocando as arestas afiadas, o

peso da lógica.

Um beijo para dizer a verdade a partir de uma mentira.

— Constantine. — Foi Viola falando, mas eu ainda estava ali. A

justaposição me fez sentir tudo branco de dentro para fora, como os

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ossos de um morto no deserto. Eu era a luz solar e cinzas frágeis. O

vento forte poderia me surpreender completamente.

— Ui! — Constantine ainda estava me beijando. Suas mãos

cravaram em meu cabelo.

— Ela está... Ainda lutando contra mim. — disse Viola. Senti

minha laringe em movimento, sentiu a vibração do som na minha

garganta. Mas não era a única formando as palavras.

Ele se afastou um pouco. — Espera aí! Você precisa de mais

sangue. — Ele inclinou à cabeça, de repente, as narinas queimando.

— E eu cheiro alguém familiar próximo.

Ele inclinou a cabeça para trás, olhando nos meus olhos. —

Solange. Posso cheirar sua amiguinha Lucy. — ele disse

sombriamente. — Se você continuar lutando contra nós, vou fazer

Viola bebê-la até ela ficar seca.

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CAPÍTULO 14 Lucy

— O que está acontecendo? — Eu perguntei, seguindo Nicholas

até a escada de corda. Ele balançou lentamente, me girando ao redor.

Meu estômago tremeu. Ele subiu tão rapidamente a escada só teve

tempo de fazer mais uma lenta, rotação antes que ele me arrastasse

para fora do alçapão e foi se inclinando para me levantar. Neve rangia

sob as botas. Nós estávamos em uma parte da floresta que era

principalmente pinheiro vermelho, alto e solitário. Era como caminhar

sob as pernas dos gigantes.

— Guardas reais. — disse ele. — Eles estão vindo para cá e eles

sentem o cheiro violentamente. — Nicholas acelerou e eu tinha que

me concentrar em me manter. A minha formação escolar e treinos

com Hunter deve estar ajudando porque não morri depois dos

primeiros cinco minutos.

— Temos que tirar você daqui. — disse ele com urgência. —

Quem possui Solange não é exatamente uma pessoa popular e os

guardas reais a obedecem sem dúvida.

— Nós realmente precisamos descobrir quem está fazendo isso

com ela. — Respirei, minha respiração formando pequenas nuvens

brancas no ar gelado. — Assim, podemos lhe arrastar inferno fora ao

Sol.

— Vou ver o que posso fazer. — Nicholas prometeu.

— Não estrague seu disfarce.

Ele me lançou um sorriso por cima do ombro. — Oras. —

acrescentou ele, porque era o que costumo dizer quando ele me disse

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para ter cuidado ou ficar escondida enquanto ele se esquivava de

estacas e outras coisas pontudas que eram ruins para sua saúde.

— Não gosto de deixar você aqui. —Apertei sua mão apertada.

—Madame Veronique quer matar Solange. Você sabe por quê?

Ele parou tão de repente que quase quebrou meu nariz em seu

ombro. Não havia certa beleza carma nisso. — Oh. — Esfreguei meu

nariz, os olhos ardendo. Os olhos de Nicholas queimando como gelo.

Inclinou sua cabeça, como um lobo ouvindo a o passo macio de um

pé de coelho.

— Não há tempo. — ele retrucou. — Temos que ir para cima.

— Merda. — eu disse, meu coração respondendo à escuridão

em seu olhar. Adrenalina cravada por mim como mel cristalizado,

doce, mas afiado. — Chupar e subir em árvores. — acrescentei, caso

ele tenha esquecido.

— Há passarelas perto do topo dos galhos. — ele me assegurou.

Olhei para cima uma árvore imensamente alta, franzi a testa, em

seguida, movi para a próxima.

— O que você está procurando? — Eu perguntei, a parte de trás

do meu pescoço picou. Pulei em cada pequena mudança do vento.

— Uma das cordas. — respondeu ele. Corri por entre as

árvores, ajudando-o a procurar.

— Aqui. — eu chamei baixinho depois de alguns minutos. Ele

estava ao meu lado antes de eu terminar a respiração.

— Estou indo em primeiro lugar. — ele me disse. — E então vou

puxá-la para cima. Apenas segure firme.

— Espere. — Parei quando ele fechou as mãos ao redor da

corda, esticando os músculos do braço. — Eles pegaram todas as

minhas armas no acampamento.

Ele puxou uma estaca na parte de trás do cinto e me entregou,

antes dançando até a corda, despreocupado com pequenas coisas

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como gravidade e cair para a morte bagunçada. Enrolei a corda em

volta do minha cintura, em seguida, agarrei o mais forte que pude.

Ele me puxou e eu cerrei os dentes e tentei não imaginar como soaria

todos os meus ossos quebrando quando eu caísse. Suor picado as

queimaduras de corda nas palmas das minhas mãos. Nicholas me

puxou em cima de uma plataforma circular que correu ao redor do

tronco. Pontes estreitas levavam de árvore em árvore, de plataforma

para plataforma. O cheiro de pinho era grosso e verde.

— Nem sabia que isso existia. — disse, olhando para o trabalho

complexo de nós da ponte.

— Ela foi construída para a Lua de Sangue. — Nicholas disse

quando começamos através da primeira ponte. — Como uma rota de

fuga em caso de caçadores, de guerra civil ou de qualquer outra coisa.

E acho que Chandramaa têm a mesma instalação, só mais perto do

acampamento.

Era mais resistente do que parecia e alças de corda me fez

sentir mais segura. — Esta é a série legal. — eu disse, arriscando um

olhar para baixo. Morcegos mergulharam e se virou abaixo de nós. —

Aterrorizante, mas legal.

Nicholas deslizou por trás de mim para guardar minhas costas

enquanto corremos entre as copas das árvores. — Há uma coisa

chamada gravidade. — eu o lembrei quando a ponte de corda oscilava

muito e eu tentava não vomitar.

— Há também essa coisa que prefiro chamar de asseclas da

minha irmã caçula não comerem a minha namorada. — Ele me deu

um empurrãozinho.

Eu corri mais rápido, o sangue jorrando em minhas mãos se

irritou. O ar passou correndo por meu rosto, e agulhas de pinheiro

agarrando pelo cabelo e arranhando meu rosto. Era como ser

espancada no Natal. Estava muito escuro e muito alto para ver

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quaisquer vampiros lá em baixo, mas Nicholas estava correndo como

se estavam ali com a gente.

— Merda. — disse ele, pouco antes de a voz de Solange deriva

até nós, afiada e arrogante.

— Nicholas, por que estamos brincando de esconde-esconde?

Ele me lançou um olhar de advertência como nós tropeçamos

até parar. — Porque eu não estou com vontade de compartilhar. — ele

chamado de volta, parecendo entediado. Tentei espreitar por entre os

galhos para ela.

— As famílias partem. — ela voltou quando uns vampiros

moveram abaixo de nós, como besouro correndo na vegetação

rasteira. Eles não estavam tentando ser calmo ou furtivo, e não havia

um número suficiente deles que eu mesmo poderia vê-los a partir

desta distância.

— Estou começando a me perguntar sobre você, irmão mais

velho. — Seu tom mudou, parecia pulsar com força. Nicholas se

encolheu. — Então vem aqui trazê-la.

— Lucy. — ele murmurou.

— Sim?

— Nós vamos precisar correr.

Mais fácil dizer do que fazer.

— Talvez eu pudesse falar com ela? — Eu perguntei em dúvida.

Nicholas apenas balançou a cabeça. Sabia que ele estava certo, mas

ainda me sentia mal fugir de Solange.

— Você pode exorcizá-la? — perguntou Nicholas. Havia suor na

testa e sua mandíbula estava apertada.

Ele estava segurando-se como se estivesse no centro de uma

tempestade.

— Bem, não.

— Então, espere até que você possa.

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— Bem, se você vai ser todo lógico sobre isso. — eu murmurei.

Peguei a mão dele, apertando com força, enquanto ele lutava contra a

compulsão insidiosa.

— Lucy. — Nicholas disse com voz rouca. — Saia daqui. —

Mesmo que ele disse as palavras, e apertou em mim e moveu para a

escada mais próxima.

Eu arranquei na parte de trás de sua camisa. — Ei!

— Ela é mais forte do que eu. — disse ele por entre os dentes. A

veia em seu pescoço parecia gritante, azul como tinta.

— Mas ela não é mais forte do que nós. — eu insisti.

— Vá. — Solange virou-se para os seus guardas. — Busque-os.

Enfiei meu braço debaixo do nariz de Nicholas. — Beba.

— Não. — ele disse, indo muito ainda. — Lucy, saia daqui.

— Nicholas, você e eu sabemos que isso não é uma opção

agora, especialmente porque você está atualmente cortando a

circulação no meu braço. — Toquei seu cabelo, empurrando uma

mecha da testa. — E nós não temos tempo para angústia. Então

beba.

Ele finalmente levantou o braço, seu toque frio e suave. Ele não

desviou o olhar quando afundou suas presas em mim, quebrando a

delicada pele do meu pulso. A dor foi rápida e afiada, como me picar

com uma agulha. Não podia deixar de pensar em Bela Adormecida

como letargia suave sussurrou através de mim. A necessidade fechar

os olhos, para descansar, para me armar em torno dele, sem

resistência era sedutor, tentador. Errado.

— Nicholas, pare.

Puxei meu pulso. Seus dedos apertaram em resposta. Seus

músculos da garganta se moveram quando ele ingerido. Seus olhos

brilhavam, sua besta interior rondando perigosamente perto da

superfície. Eu realmente não quero apunhalar o meu namorado. Ele

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não tinha bebido o suficiente para me fazer mal nenhum, mas se ele

tomasse mais nenhuma, eu estaria muito tonta para lutar.

— Nicky. — eu chamei.

Logo antes de eu lhe dar um soco no nariz.

Ele empurrou para trás, com um grunhido silencioso. Seu

cabelo desgrenhado caiu sobre seu olho, obscurecendo a névoa cinza

brilhante de sua íris. Eu arqueei minhas sobrancelhas para ele,

juntas sentindo machucada. Ele lentamente limpou meu sangue fora

o lábio inferior, olhando infeliz, mas como ele mesmo novamente. Eu

o toquei com força no peito, antes que ele pudesse começar a ficar

chocado com isso. — Não. — sussurrei. — Será que isso funciona? —

Murmurei. Ele fez uma pausa, em seguida, assentiu. Nós

compartilhamos um sorriso rápido, sombrio.

—Estou chegando. — Nicholas chamou descontente. — Chame

seus cães. — Isso nos comprou alguns minutos. Os vampiros fez uma

pausa, espalhados por entre as árvores, um deles a meio a uma corda

pendurada do pinheiro atrás de nós. Não acho que ele nos viu ainda.

O vento fez ranger os ramos ameaçadoramente. Foi o suficiente para

cobrir o nosso som agora, mas uma vez que comecei a correr, eles

ouvem a meus passos.

— Vou levá-los fora. — Nicholas sussurrou em meu ouvido. Foi

quase um beijo. — Você corre como o diabo.

Balancei a cabeça, chegando de volta para ativar o cartão do

GPS para Hunter e as outras pudessem me encontrar. Ele enviou-me

um último olhar complicado antes que ele atravessou as pontes que

levam para longe de mim. Corri o mais rápido que pude, as pontes

balançando e rangendo debaixo de mim. Olhei para trás apenas o

suficiente para vê-lo em um agachamento, seu cabelo caindo em seus

olhos cinzentos. A combinação do movimento e da altura fez-me

sentir enjoada e tonta, mas empurrei através até que encontrei uma

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das escadas. Deslizou para baixo o comprimento da mesma, o atrito

em minhas mãos, deixando manchas de sangue na corda. Mantive

execução, evitando galhos e saltando sobre árvores caídas.

Eu não tinha ideia de onde estava ou como voltar para a van

escolar. No início isso não importava, mas agora que esperava estar

longe o suficiente de Solange, não poderia continuar correndo

cegamente. Luar deu um brilho azul para a neve que tinha

conseguido ficar entre os pinheiros. Foi o suficiente para me impedir

a sombra nas árvores, mas não o suficiente para me orientar. Pessoas

morreram nas montanhas Violet Hill.

Caminhantes experientes e alpinistas se perderam e vagaram

por dias, até que sucumbiu à morte.

O ar frio bateu em meus pulmões ardentes. Diminuí o

caminhar mancando.

Puxei o GPS fora da barra da minha camisa, olhando para a

tela. Chloe tinha o MacGyvered especialmente para mim, para que ela

pudesse me encontrar, mas eu poderia encontrá-la também. Segui o

ponto vermelho piscando, tentando não correr em todas as árvores.

Galhos raspando por mim. Neve desalojando e caindo sobre mim,

encharcando minhas roupas.

E então não precisava dos GPS mais, só tinha que seguir os

sons de luta.

Cheguei à beira da floresta para encontrar a van correndo, farol

alto ligado. Jenna estava deslizando para fora do banco do condutor,

uma besta na mão. Chloe passou por cima dos assentos para assumir

o volante.

Hunter estava agarrada ao teto, usando a segunda besta. Havia

pelo menos cinco Hel-Blar que eu podia ver, rosnando como eles

cercaram a van.

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A flecha de Hunter bateu em um entre mim e a van e ele

explodiu em uma nuvem de cinza com cheiro fétido. Saltei sobre os

restos manchados e esfarrapado de suas roupas. — Estou

desarmada. Gritei para Hunter. — E tenho melhor pontaria.

Ela deslizou para fora do telhado sem dizer uma palavra e eu

abobadada para tomar seu lugar. Jenna atirou em outro Hel-Blar

assim como Hunter atraiu o mais próximo longe da porta de Chloe. —

Entre na maldita van! — Chloe gritou. — Está de volta Lucy. Vamos

sair daqui!

— Nós não podemos deixá-los aqui. — argumentou Hunter,

dançando fora do alcance de um braço de sangue incrustado. O Hel-

Blar fixo nela estalou sua mandíbula. Hunter apostou nele, usando

um chute giratório para empurrar a estaca com profundidade

suficiente em seu peito. — Há fazendas próximas.

— Oh meu Deus. — Chloe disparou de volta. — Você está com

razão pela qual vou me matar antes que possa convencer um dos

irmãos Drake namorar comigo.

Um dos Hel-Blar pousou no capô, presas brilhando. O cheiro de

cogumelos viscoso me fez repugnar. Chloe afastou-se reflexivamente

e, em seguida, correu para bater com a porta fechada. Ela tocou a

buzina.

— Oh, como isso vai ajudar. — Jenna murmurou, pulando no

telhado atrás de mim.

Tirei uma flecha nele, pegando-o no olho. Sangue e mau cheiro

espalhado no para-brisa.

Chloe gritou. — Desculpe! Sinto muito! — Eu gritei quando ela

se virou para os limpadores. A seta ao lado pegou no peito e

atravessou seu coração. Sangue e cinzas aglutinaram em estrias,

atirando para trás e nos limpadores. Jenna ajeitou atrás de mim,

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atirando flechas no Hel-Blar cambaleante atrás de nós. Ele

desmoronou ainda rangendo os dentes.

Hunter estava lutando contra o último, uma mulher que estava

gritando e rosnando. O som estava tão agudo e terrível que fez meus

dentes ferir. Apontei minha besta para ela, mas Hunter moveu

caminho.

Ela jogou uma de suas estacas. Foi sob a clavícula em um

ângulo estranho e ficou presa lá. Quando ela rosnou para baixo,

Hunter acionou o jogo amarrado ao seu antebraço. Atirou para frente

e ela cambaleou, virando pó.

Jenna e eu deslizamos na van quando Hunter correu em

direção a nós, seu rabo de cavalo loiro balançando alegremente.

Ela mal estava dentro quando Chloe bateu a van em marcha à

ré. Ela deslizou pela lama gelada, a van cadenciou perigosamente,

uma vez que se inclinou em direção à estrada de terra. O cheiro de

borracha queimada e escape substituiu o cheiro de água e verde.

— Que coisa é essa? — Olhei com inveja na arma no braço de

Hunter quando liberei a minha respiração.

— Porque eu quero totalmente uma no meu aniversário.

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CAPÍTULO 15 Solange

Eu a deixei ir.

Não sabia outra forma de salvar Lucy. Não podia me dar ao

luxo de chamar o blefe de Constantino. Não houve razão para pensar

que não iria bebê-la até secar, como tinha ameaçado.

Acabei nas escadas de pedra novamente. Pelo menos não

estava usando um pedaço de seda mais. A tapeçaria da caixa cheia de

memórias de Viola ainda estava pendurada no meu ombro. Eu me

senti desorientada e entorpecida. Lágrimas fizeram minha visão

vacilar. Tinha que encontrar um lugar seguro para me esconder antes

de desmoronar completamente.

Tropecei descendo as escadas e saí para o primeiro pouso que

me deparei. A Luz das tochas piscou abaixo no corredor. Escorreguei

em um quarto com uma porta destrancada. Parecia relativamente

inócuo, cheio de pesados e talhados mobiliário medieval. Tinha um

enorme armário na parede oposta. Era grande o suficiente para mim

se enroscar na parte inferior do mesmo e ainda fechar completamente

a porta. Uma seleção de vestidos de lã pendia de um lado, com cheiro

forte de cedro e fumaça. Luz filtrava pelo buraco da fechadura. Tentei

respirar profundamente, mas não conseguia parar os soluços altos de

rasgavam através de mim.

London estava morta.

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Ela não estava morta-viva como o resto de nós. Ela estava

morta e realmente se foi. Não havia nem mesmo o suficiente dela para

enterrar.

Chorei até que me sentia vazia e doente. As ripas de madeira do

armário eram ásperas sob minha bochecha e perdi o sentido das

minhas pernas, com exceção da dor aguda em meu joelho esquerdo.

Era tentador desistir e ficar aqui para sempre, escondida em um

armário, onde ninguém estava a tentando me matar ou, pior, me

salva. Poderia desaparecer, tornando-se apenas mais uma sombra no

subconsciente de Viola. Gwyneth fez isso há centenas de anos.

Na verdade, isso não era um pensamento reconfortante.

Gwyneth era meio louca e sozinha. Eu poderia facilmente me

imaginar-me pálida e magra, voando entre os estábulos e castelos,

rastejando sobre o fosso cheio de cadáveres inchados. Escondendo na

floresta e comendo folhas e insetos, me cobrindo de lama quando

sentisse frio. Ia esquecer que este lugar não era real. Ia esquecer meu

próprio nome, Lucy, Kieran. Todos. Tudo.

Não queria isso. Uma faísca acendeu na cova fria do meu

estômago.

Aparentemente, tinha alguma briga em mim, depois de tudo.

Sinto falta da minha família. Sinto falta do jeito que Nicholas

parecia saber o que eu estava pensando antes mesmo de pensar. A

maneira de Quinn sorri, a maneira de Logan me provocar. Minha

mãe, meu pai. Eventualmente, eu mesmo perdendo Tia Ruby.

Eu já perdi Lucy. Perdi quão alegre e corajosa ela era, e a

irreverência para as coisas que faria outras pessoas tremor de medo.

E perdi Kieran. Estava sentindo falta dele antes de Viola me

possuir completamente. Ela nos quebrou no final. E fez isso para que

ela pudesse estar com Constantino. O bastardo. Ele me enganou

desde o início. Fez-me acreditar que eu era especial, que ele me

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entendia da maneira que mais ninguém tinha. Deixei ele me beijar.

Eu até o deixei beber o meu sangue, aquela noite no Bower quando

cortei minha mão na garrafa de vinho. Deixei ele me convencer de que

a única maneira de encontrar Nicholas era levar a coroa e controlar

os guardas.

Ele fez tudo isso para Viola.

Da mesma maneira que ela roubou o meu corpo de mim, para

estar com ele novamente.

Eles tinham um ao outro agora, mas a que custo? Eu não

sacrificaria o mundo para estar com Kieran. E nem ele faria. Essa era

uma das coisas que eu mais amava nele. Ele tinha honra e coragem.

Ele segurou minha mão como se eu fosse apenas uma garota normal.

London morreu para me manter segura. Se eu ficar aqui caindo

aos pedaços, ela teria morrido em vão. Eu seria egoísta e fraca,

permitindo que todos sofressem, porque me machuquei por dentro.

Seria tão ruim quanto Viola. Não me importo o que aconteceu com ela

no passado. Ela ainda não tem o direito de arruinar tantas vidas.

Eu me forcei a sentar e limpar as manchas de sal fora de

minhas bochechas. O colarinho bordado do meu vestido estava

molhado e meu cabelo caindo em emaranhados cobrindo meu rosto.

Viola esperou mais de 800 anos para roubar meu corpo. Não

precisava disso para saber que ela não iria desistir sem lutar.

Bem, ela estava prestes a ter uma.

Porque ela pode ser uma Drake, mas eu sou a filha de Helena

Drake. Aprendi a chutar a bunda enquanto ainda estava no útero.

Enfiei a mão no saco de tapeçaria. Se Constantino era a força

de Viola, então ele também era sua fraqueza.

Procurei través das caixas, tentando decifrar o que estava

dentro das pistas fornecidas no exterior.

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A última caixa que eu abri estava decorada com um cavaleiro,

um dragão e uma senhora e me mostrou Viola e seu próprio cavaleiro,

Tristan Constantino. E seu dragão, Madame Veronique. A família de

Drake.

Havia sete caixas. Havia uma de ouro, uma de prata e uma

coberta de embutimento de bronze em forma de pequenas folhas. Eu

pairava sobre uma pintada com um dragão, mas no final decidi sobre

a menor. Era pequena e robusta e o esmalte vermelho fez parecer

como se fosse um pequeno coração molhado com o sangue.

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Viola pensou que a bruxa fosse mais velha.

No mínimo, mais velha do que ela. Mas era mais ou menos a

mesma idade, com longos cabelos castanhos adornados com contas

estranhas. Viola podia sentir o cheiro de hortelã até poucos metros de

distância.

— Você está com ela? — Ela perguntou.

Viola concordou, apoiada na parede de pedra das ameias do

castelo, mal capaz de manter os olhos abertos. Nunca se sentiu tão

cansada em toda sua vida, e agora, quando precisou de toda a sua

força, apenas a sua própria força de vontade e amor por Tristan a

mantinha de pé. — Será que você trouxe?

— É claro.

Viola tinha tentado de tudo. Seu pai não poderia ser convencido.

Ele aludiu segredos de família, além dos rumores de seu nascimento

ilegítimo, que os Vales já conheciam e era confortável, lembrou que

Tristan foi recentemente condecorado e sem dinheiro, e no final, perdeu

a paciência e jogou a taça na parede, assustando seu falcão de caça

favorito fora de seu poleiro. Ele recusou-se a liberar a mãe ou derrubar

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o poste e cadeias bárbaras, ou mesmo negar as alegações de Madame

Veronique que Viola era na verdade, uma canalha. Ele abrandou o

suficiente para lembrá-la que ele a amava como se fosse realmente sua

filha e que ela nunca iria falar sobre isso novamente. E então ele baniu

a Bornebow Hall.

Então, tinha que ser hoje.

Até amanhã estaria com 16 anos. Teve a sorte de ser concedido

um indulto até o seu décimo sexto aniversário. Sua amiga Anna casou-

se com um homem velho com poucos dentes o dia em que fez quatorze

anos. E nenhuma quantidade de lágrimas e lamentos mudou seu

destino. Nem iria mudar seu futuro. Mas agora as servas se preocupam

sobre suas pálidas bochechas e sua falta de apetite. Ela está dormindo

durante horas e horas, muito tempo depois de o sol se levantar, e ainda

se sentia cansada.

Isso não importa. Nada disso importava.

Apenas Tristan.

Ele foi proibido de estar na presença dela, e ela estava

cuidadosamente guardada por soldados e cavaleiros. Até mesmo o

guardo do portão sabia a cor de seu cabelo dourado e iria reconhecê-la

se tentasse fugir para vê-lo. Foi reduzida a ter que subornar uma das

empregadas da cozinha com um broche para mandar um recado para a

bruxa que segundo rumores vivia na floresta.

— Eu pensei que as bruxas deveriam ser velhas. — disse Viola.

Gwyneth encolheu os ombros. — É poderosa, mas minha avó me

ensinou bem. — Ela examinou desapaixonadamente. — Você seria

Viola, então?

— Lady Viola Drake. — Viola corrigiu, de repente sentindo

vulnerável. As bruxas não eram para ser contesta, afinal. Avisos de

sua velha babá arrepiaram através dela. — Você pode me ajudar? —

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perguntou ela, imaginando Tristan ao lado dela para afastar seus

medos infantis.

— Isso depende. — Gwyneth respondeu.

— Terá o seu pagamento. — Viola gesto cansado de um malote

sobre o topo da ameias. Ela estava cheia de vários de seus anéis mais

valiosos e pulseiras.

— Não é isso. — disse Gwyneth. — Magia pode ser inconstante

e o preço é sempre mais do que qualquer quantidade de ouro que você

pode segurar em sua mão. Está disposta a pagar?

— Sim. — disse Viola imediatamente. — Por amor, estou

disposta a arriscar tudo.

— Você não parece bem.

Viola acenou isso de lado. — Me disseram que você pode fazer

demônios dançar. O que é um período pequeno de amor para isso?

— Muito mais. — Ela sorriu presunçosamente. — Mas eu posso

fazer isso.

— Agora? Aqui?

Ela assentiu com a cabeça. — Sim.

Viola adormeceu como Gwyneth pairando ao seu redor. Quando

acordou novamente, ela estava enrolada na pedra dura dentro de um

círculo de sal e ervas. Gwyneth tinha puxado o capuz por cima seu

cabelo e estava murmurando baixinho. Viola se sentou.

— Não perturbe o sal. — Gwyneth disse rispidamente.

Viola congelou, ajustando a bainha de seu vestido. Levantou-se

devagar, notando que o sal formava mais do que apenas um círculo.

Havia projetos, bem como, marchando em volta da fronteira em

padrões complicados.

O mundo inclinou vertiginosamente por um momento, mas se

forçou a ficar de pé.

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— Você trouxe isso. — perguntou Gwyneth. Ela parecia

diferente, poderosa. — Como eu pedi?

Viola concordou com a cabeça e puxou uma longa cadeia de

debaixo de seu vestido. Gwyneth tinha solicitado uma imagem de Viola

e seu amante, um desenho ou uma pintura. Viola escolheu seu pingente

favorito. Era simples de madeira em uma moldura de ouro. Ela

descobriu um dos rapazes estáveis para talhar atrás das barracas

uma manhã de verão. Ele tinha um talento impressionante e ela lhe

pagou com as maçãs do pomar e carneiro extra no jantar para esculpir

uma imagem dela e Tristan. Ela estava pendurado em torno de seu

pescoço desde então. Ela pintou-o de modo que ele parecia ainda mais

como Tristan, com seu cabelo escuro e olhos azul-violeta.

Gwyneth circulou em torno de Viola. — Você se lembra de que eu

disse a sua serva? Um sacrifício é necessário, um presente para um

presente.

Viola apontou para uma gaiola de ferro coberto de pano. Dentro,

uma pomba moveu suas asas quando a cobertura escorregou e

Gwyneth a transferiu para dentro do círculo. — Quando a lua ficar

vermelha. — disse ela. — Você faz o que deve ser feito. Unge o pingente

com o sangue e fala o seu desejo. Você está pronta?

Viola concordou, embora mal conseguia manter os olhos abertos.

Abaixou de joelhos ao lado da gaiola, sentindo velha. Tudo estava

borrado. A luz das tochas machucava os olhos. O som da bainha de

Gwyneth arrastando no chão sentia como agulhas em seus ouvidos.

Gwyneth falou e soou como uma mistura de saxão e latim, derrubando

um punhado de rosas perfurando com agulhas. Fio vermelho uniu-os

em uma guirlanda.

Viola olhou para a lua, esperando para ficar vermelha. Sentia

como se tivesse muito hidromel, como se fosse flutuante e a lua estava

perto o suficiente para tocar. A magia já deve estar funcionando.

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Ela mordeu o lábio até sangrar, olhando para a lua. Assim como

provou o cobre de seu próprio sangue em sua língua, a lua pálida ficou

levemente vermelha, como se embebido em vinho. Fez uma pausa

enquanto enfiou a mão dentro da gaiola. O pássaro bateu nas barras,

em pânico. Certamente, este sacrifício era demasiado pequeno.

Se quiser garantir Tristan e sua felicidade, tinha que ser mais

ousada. Tinha que ser um cavaleiro no campo de batalha, sem cair.

Levantou-se, mesmo que seus pés estavam tão pesados quanto uma

bigorna de ferreiro.

— Estarei com o meu amor. — disse ela. — Tristan Constantine e

eu estaremos juntos, nada nos manterá afastados, nem familiar, nem

tratados, nem mesmo a morte. Nós vamos sempre encontrar um ao

outro, não importa o obstáculo.

— Não. — Gwyneth estalou quando Viola arrastou os pés,

através da fronteira de sal. — Não é seguro. Fique no círculo.

Se tivesse tido o cuidado de olhar, teria visto a energia girando

em torno das muralhas, ondulando sob o manto de Gwyneth e

apagando as tochas. As sombras pareciam formar em rostos

malévolos, se transformando em espécie de menina chorona, rosnando

como animais. Mas não teve. Tudo o que ela viu foi uma maneira de

estar com Tristan.

Gwyneth fez uma careta para ela. — Você está doente? — Ela

perguntou sobre o uivo dos ventos anormais.

— Eu sinto muito. — Viola sussurrou, antes de desprender o

pequeno punhal pendurado no cinto. As senhoras sempre tinham um,

principalmente para fios de bordar, comer a ceia, ou recolhendo ervas

do jardim.

Viola não tinha nada elegante em mente.

Ela agarrou Gwyneth pelo cabelo, enrolando os dedos

firmemente nos emaranhados. Ela se sentiu lenta e fraca antes, mas

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uma súbita explosão de energia maníaca apoderou-se quando espetou

o punhal. A lâmina presa no pescoço de Gwyneth. Ela borbulhava

sangue jorrando quase que instantaneamente para fora de sua boca.

A lua ficou escura. Os ventos morreram abruptamente, mas o

fraco, fantasmagórico uivando permaneceu. Puxou a faca pela

garganta de Gwyneth, o sangue da bruxa saindo da ferida,

encharcando seu vestido e escorrendo sobre o pingente esculpido de

Tristan e Viola se beijando.

O corpo de Gwyneth desabou no sal e flores. Ela caiu em cima

dela, meio inconsciente.

Sentiu como se houvesse gelo dentro de seus ossos, como se o

fogo queimasse sob a pele, quando foi completamente preenchida com

potência e totalmente desprovida de tudo ao mesmo tempo. Nem sequer

tem a energia para levantar a cabeça quando percebeu que havia

sangue escorrendo pelo lado do pescoço de Gwyneth e sobre sua

própria boca. Tinha um gosto acentuado, metálico.

Bom.

Engoliu em seco, apesar de si mesma, cautelosamente em

primeiro lugar, com os olhos espremidos bem fechados e, em seguida,

avidamente quando sentiu vigor indescritível e força correndo por ela.

Ela era imparável.

Magia alimentou dela. — Tristan. — ela murmurou, limpando o

sangue do rosto com a manga.

Saciada, ela levantou-se lentamente, desabrochando como uma

flor mortal pálida.

Jogou o corpo drenado de Gwyneth sobre o lado da torre e se

afastou, voltando para os habitantes dormindo do Bornebow Hall.

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CAPÍTULO 16 Lucy

Quarta-feira à noite

Na noite seguinte, fui direto para a fazenda Drake.

— Você está sorrindo estranhamente. — disse Kieran, atirando-

me um olhar de soslaio quando nós dirigimos para longe da escola. —

O que há Hamilton?

— Nicholas está bem. — eu respondi alegremente. — Bem, na

maior parte. E finalmente estou autorizada a voltar à fazenda.

— Sim, para ser esfaqueada com agulhas. Qual é a razão para

olhar tão perturbada?

Eu sorri, apoiando meus pés no painel do seu caminhão. —

Não se preocupe. — disse a ele. — Vamos salvar Solange em breve e,

em seguida, você pode ser tão demente como eu.

Ele bufou. — Não acho que alguém pode ser tão demente como

você.

— Ha ha. Isso vai funcionar Kieran. Não se preocupe.

— Você não pode saber disso.

Escolhi ignorá-lo e voltar à atenção para o livro aberto sobre os

meus joelhos. — E sobre o Sanguines?

— Irmãs do Coração Sanguine. — ele perguntou. — Do século

XII, freiras caçadoras de vampiros? Não posso ver o que elas têm a ver

com nada.

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— Eu acho. — Virei à página. — E depois de toda essa

pesquisa, quer apostar que posso usar tudo isso para os vinte e sete

ensaios que ainda tenho de escrever para Tyson? Talvez a minha frase

tese deva ser — Eu fui acorrentada a um poste por causa de algum

costume de merda do século XII. — Meu celular em interrompeu,

vibrando na minha bolsa. Respondi, mas nem sequer tive a chance de

dizer Olá antes de minha mãe gritar no meu ouvido.

— Lucky Hamilton, por que está a faltar à escola?

— Hum. — Como ela sabia disso? Olhei para a tela, esperando

o rosto ficar olhando por trás, me. Adicionei um olhar cauteloso para

fora da janela para as árvores rapidamente borradas.

— Recebi um telefonema de sua diretora. — acrescentou.

— Oh. — disse, cobrindo um suspiro de alívio com uma tosse.

— Certo. Isso. Sinto muito.

— Você escapou para fora do campus? Agora? Com tudo o que

está acontecendo?

— Desculpe mãe. — Estremeci. Kieran fez uma careta em

silêncio em solidariedade. — Mas não é tão ruim quanto soa. Ainda

tecnicamente estou no campus. — Ela não precisa saber que passei a

noite passada em vagando pela floresta e acorrentado a um poste no

campo da Lua de Sangue.

— Você está ativamente tentando dar a seu pai um ataque

cardíaco?

— Não mãe. Desculpe mamãe. — Kieran sorriu. Dei um soco no

ombro. — Sim, mamãe. Eu sei. Eu sei. Não vai sair do carro até que

esteja cercada pelos irmãos Drake. E Helena. Prometo. Eu te amo

também. Tchau. — Nem sequer olhei para Kieran. — Cale a boca.

— Pensei que sua mãe era tudo paz e amor.

— Não se deixe enganar. — eu disse. — Ela ainda pode lhe

entregar sua bunda, assim como Helena, só que ela vai fazer você se

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sentir realmente culpado por isso. E então vai alimentá-lo com tofu.

— Ele fez uma careta em resposta. — Exatamente. Qualquer

pergunta por que vejo meus amigos beber uma xícara de sangue não

me faz náusea? — Deslizou um pouco mais páginas, em seguida, fiz

uma pausa para um desenho de um castelo pintado de vermelho. —

O que é o massacre Bornebow?

Kieran deu de ombros, mantendo os olhos na estrada. — Não é

sobre o exame se não me lembro.

— Algum agente figurão é você.

Ele apenas balançou a cabeça. — Não memorizei massacres

medievais, me desculpe.

Fiz uma careta. — Castelo cheio de cadáveres sem sangue. Isso

não grita vampiro para você?

— Claro.

— Você sabe alguma coisa sobre a família Vale? Como talvez

eles gostavam de acorrentar pessoas para cargos ou alguma coisa?

— Não, por quê?

— Isso estava em seu castelo.

— Acho que eles irritaram alguém.

— Acho que sim. — Fechei o livro, frustrada. Mas observando a

velocidade da estrada por meio da parcialmente janela aberta não era

melhor, assim que chegasse a outro texto. Batia os dedos na capa, o

ar frio deslizando sob o colarinho.

— Pensei que você não estava nervosa. — Kieran disse

suavemente.

— Você está brincando? Se ficar mais ligada vou quebrar em

mil pedaços. — disse eu. — Mas os irmãos precisam de mim para agir

calma. Sabe como eles conseguem.

Ele me lançou um olhar. — Você é mais sábia do que as

pessoas lhe dão crédito, Hamilton.

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— Era tempo de alguém perceber isso. — Bufei quando

dirigimos para baixo da pista para o celeiro. Decidimos que era o

melhor lugar para encontrar desde Madame Veronique não se

dignasse a visitá-lo. Os campos, a floresta, a fazenda Drake e as

cabanas privadas protegidas na floresta, me senti tão bem quanto em

casa, a casa dos meus pais. Perdia-me aqui.

— Ok, agora você realmente olhou perturbada. — disse Kieran

com um sorriso. Pulei para fora do carro e corri até o celeiro.

— Lucy — Quinn correu para fora da porta, seguido por Connor

e Logan. — Sua mãe vai nos matar.

Cercaram-me como guarda-costas. Cotovelos pálidos enfiando

em mim. Nem sequer fez o divertimento deles.

Embora rolei meus olhos até que Helena veio atrás de nós.

— Sua mãe lhe disse para esperar por mim. — disse ela.

Olhei entre dois braços musculosos. — Sinto muito. — Ela

parecia cansada, triste e menor do que me lembrava. Toda a minha

esperança e bom ânimo para que possamos finalmente trazer Solange

e Nicholas de volta hoje à noite fugiram. Não acho que já tinha visto

Helena olhar assim... Frágil. Engoli em seco e segui mansamente para

dentro.

Connor foi se sentar com Christabel, que estava enrolada em

um dos sofás de leitura. Marcus ficou atrás de um dos balcões de

laboratório, ajudando o tio Geoffrey. Podia sentir o cheiro de

desinfetante daqui. Duncan inclinou-se contra uma parede,

carrancudo, e Sebastian estava conversando com Liam e Bruno. Quis

Nicholas ferozmente. Era simplesmente errado ver seus irmãos que

pareciam tanto com ele. Mesmo assim, cercada por meus irmãos

mortos-vivos favoritos e Kieran, me senti melhor do que estive em

muito tempo.

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Christabel dobrou o canto de sua página para baixo e se

sentou. — Lucy.

— Ei. — Joguei-lhe um par de tampões de nariz que peguei no

meu bolso. — Coloque isso para que você me abraçar sem querer meu

sangue.

Ela me abraçou com cautela. — Ei, prima.

Eu a abracei de volta. — Mamãe disse para lhe dizer para

cantar seu mantra ou algo assim. Oh, e fazer a sua lição de casa.

Christabel sorriu. — Eu amo a sua mãe. Mas não é como se

estivesse mais na escola.

— Como isso é uma desculpa. — Olhei em volta. — Onde está a

London?

— Não sei. — respondeu Quinn, jogando o cabelo de seu rosto

bonito. — Ela não está exatamente dentro. Nunca.

Olhei para Logan. Ele estava vestindo uma jaqueta Steampunk

com botões de prata, rendas cutucando através das algemas. — Você

está bem?

— Ah, sim. — ele respondeu com firmeza. — Minha namorada

está prestes a enfrentar minha irmãzinha psicótica. Estou ótimo.

Eu segurei sua mão, apertando-o com força. — Isabeau tem

Magda com ela e a menina é facilmente tão psicótica como a

sequestradora de Solange. — Quando meu telefone tocou, pulei de

susto. Não ajudou que Quinn puxou uma estaca em mim e Logan me

puxou para o chão. Empurrei-o, pegando minha respiração. — Você

pesa uma tonelada. — Cheguei para o meu telefone. — Olá. —

resmunguei.

— Lucky, você está aí ainda? Você está segura? — Era minha

mãe novamente. — Você diz àqueles meninos que estou os

responsabilizando se alguma coisa acontecer com você.

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— Mãe, estou em um celeiro. O único perigo atual é me

engasgar com o punho de renda do Logan. Vai tomar alguns dos Chás

de camomila do meu pai. Mãe? — Pisquei para o meu telefone. — Ela

desligou na minha cara.

Logan me ajudou a levantar-me. Esfreguei meu cotovelo, que

estava formigando dolorosamente.

— Lucy, se você pudesse vir e se sentar aqui. — perguntou o tio

Geoffrey. — Nós não temos muito tempo.

— Nicholas disse ao nosso contato que levaria Solange para as

cachoeiras. — Liam explicou quando me sentei em uma das cadeiras

que tinham em clínicas de doação de sangue e consultórios dentistas.

Ele trocou de lado para deixar o seu irmão por com o equipamento.

Dei de ombros para fora da minha blusa. O rosto de Liam foi

cuidadosamente em branco quando viu as marcas de dentes no meu

braço.

— Não é grande coisa. — assegurei a ele. — De qualquer forma,

valeu a pena. Dá-lhe proteção. E isso vai ajudar o resto de vocês

também. — Engoli em seco quando Marcus amarrou um pedaço de

borracha acima do meu cotovelo e disse-me para fazer um punho.

Sabia que era a coisa certa a fazer. Gostaria de lhe dar toda uma

vantagem hoje, pois eles não sucumbiriam aos feromônios de Solange

dessa maneira.

Não significava que eu tinha que gostar do aperto e o deslizar

da agulha sob a minha pele. Estremeci. Os irmãos olharam

educadamente longe do meu sangue e olhei educadamente longe de

suas presas. Kieran apenas parecia que sua cabeça ia explodir de

qualquer luta interna que estava lutando. Era contra toda a sua

formação, o que isso pode significar para ele e Solange. Ele mudou de

posição entre os irmãos e eu, mesmo que não houvesse necessidade.

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— Boa menina. — Tio Geoffrey murmurou, levando os frascos à

distância. Marcus pressionou uma bola de algodão na pequena

picada e colocou um Band-Aid de Mulher Maravilha sobre ele. Tive

que sorrir. Ele piscou e levou o suprimentos médicos distância.

— É o suficiente. — perguntou Helena, sua roupa de couro

preta eriçada com estacas e adagas. Mesmo as trança parecia que

poderia funcionar como uma arma.

— Há o suficiente para nós três, com alguns para Isabeau

quando a vermos. — Tio Geoffrey respondeu, tampando

cuidadosamente os frascos. — Nós precisamos tomá-los na última

hora, para não perder a potência.

Fiz uma careta, sentei. — Se você precisar de mais, terá mais.

Dê a todos.

Ele balançou a cabeça. — Não posso tomar muito de uma vez.

Não é bom para você.

— Não me importo!

— Nós vamos fazer. — Liam me assegurou suavemente. — Foi

mais do que generosa, Lucy.

— Mas me sinto bem. — disse indo me sentando no sofá,

principalmente porque ele me empurrou para lá. Puxei os livros da

minha mochila, fazendo uma pilha sobre a mesa na minha frente. —

Tenho certeza que você pode...

— Aqui. — Marcus me cortou, empurrando um copo de suco de

laranja e uma pilha de biscoitos para mim.

Duncan bufou. — Assim como os bolinhos vão parar na boca.

— Ele não tinha me chamado assim há anos.

— Conheci sua namorada. — eu disse, apenas para incomodá-

lo. Era melhor do que dar nos nervos e a ansiedade ameaçava

queimar um buraco no meu estômago. — Ela é mais agradável do que

você.

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Duncan apenas se inclinou e empurrou um bolinho na minha

boca. Dei migalhas do bolinho para ele.

Christabel deslizou mais perto dos livros. Ela nunca poderia

resistir. Tinha certeza de que ser morto-vivo não mudaria isso. —

Pesquisa. — eu expliquei. — Vampiros do século XII. E também,

qualquer coisa desta cadela Dawn que sequestrou Nicholas. — Foi

difícil se concentrar com Liam, Helena, o tio Geoffrey, e Bruno

limpando as armas nas proximidades.

— Isso não é uma granada, não é? — Christabel sussurrou.

— Provavelmente. — sussurrei de volta. — Eles têm essa

coleção incrível, e cheia de coisas legais como essa.

— Granadas são legais? — Ela parecia duvidosa.

— Mais frio do que poetas mortos. — eu provoquei.

— Ei. — ela e Logan disseram ao mesmo tempo.

Havia uma pilha de jornais locais sobre a mesinha ao meu lado.

A maioria dos títulos ainda gritando avisos sobre o assassino de

Drácula e cultos de sangue. Peguei um, fazendo uma careta. — Quem

no inferno era o gênio por trás de Drácula assassino? E estes estão

piorando.

— Você não tem ideia. — Quinn concordou. — Isso está

deixando as tribos mal-intencionadas. — Ele balançou a cabeça. —

Não é só seguro lá fora com todos os Caçadores e Helios-Ra.

— Não é seguro em qualquer lugar. — Kieran disse

calmamente.

— Está na hora. — Liam confirmou finalmente, verificando o

relógio. Marcus entregou os frascos de sangue, cuidadosamente

acondicionados em uma mala de viagem. — Vocês rapazes ficam

parados.

Eles saíram do celeiro. Helena fez uma pausa. — Lucy?

— Sim?

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Ela passou a mão no meu cabelo e beijou meu rosto, como

beijava o rosto de Solange quando Solange era pequena. — Nós te

amamos muito. Mas sua mãe e eu a trancaremos em um porão para o

resto de sua vida se tentar nos seguir. — Ela espetou Kieran com o

tipo de olhar que nos fez tudo se contorcer ainda que nem sequer foi

destinada a nós. — Nós estamos confiando em você para levá-la de

volta para a escola onde é seguro.

Ele acenou com a cabeça. — Sim, senhora.

— Bajulador. — eu murmurei.

— Claro que sim. — ele murmurou de volta. — Como se você

fosse qualquer corajosa.

Sebastian foi o primeiro a escorregar para fora da porta, logo

que seus pais foram embora. Marcus e Duncan trocaram um olhar,

em seguida, seguiram imediatamente.

— Fique fora da faixa de feromônios. — Quinn gritou atrás

deles.

— Ensinando avó a sugar ovos. — Duncan gritou de volta.

O resto de nós olhou um para o outro. Não havia mais nada

para me distrair. Estava esvaziada, me sentindo oca e fria. Tentei não

olhar tão assustada quanto estava.

— Por que eles não usam plugues de nariz também? —

Perguntou Christabel.

— Seria torná-los vulneráveis lá fora. — respondeu Quinn. —

Cheirar um atacante antes de vermos eles nos dá uma vantagem.

— Oh.

Olhamos uma para a outra um pouco mais.

— Vai funcionar. — soltei, principalmente porque o silêncio me

fazia comichão. — Nicholas e Solange estarão em casa de madrugada.

— Devemos voltar antes do toque de recolher do campus. —

disse Kieran.

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— Como me preocupo com isso. — resmunguei, mas tenho

minhas coisas juntas desde que já estava no banheiro, dever de

detenção para me esgueirar.

— Ok, então deveria levá-la de volta para a escola antes de

Helena puxar meu baço fora pelo meu nariz.

— Ela não faria isso. — Quinn demorou. — Muito confuso. —

Ele fez uma pausa. — Provavelmente.

Os restantes irmãos nos levaram até o carro de Kieran.

Voltamos para a escola em silêncio. Abri a janela e vi as árvores e os

campos passarem. — Esteja seguro. — eu sussurrei. — Esteja seguro.

— Fui interrompida pelo som mais estranho que já ouvi. —Isso foi

uma... Vaca?

— Não, a menos... Merda! — Kieran desviou para evitar a

pessoa que tinha acabado no meio da estrada, o sangue pingando de

suas mandíbulas. Quando Kieran percebeu que era um Hel-Blar,

desviou de volta para ele, os pneus guinchando.

— Eles estão comendo vacas agora? Oh homem, mamãe vai

ficar puta. — disse, tentando agarrar o traço e pegar uma estaca ao

mesmo tempo. Quase espetei meu próprio olho quando Kieran

derrapou em uma mancha de gelo negro. O Hel-Blar bateu na frente

do SUV. Ele voou para trás, caindo na neve em um ângulo estranho.

Kieran estava fora do carro e apontando nele antes de eu destravar o

cinto de segurança. Por quando eu saí, já havia cinzas obstruídas

pela neve. Havia o estalo de um galho atrás de mim, e, em seguida,

algo pior.

O estalido das mandíbulas.

O fedor de cogumelos molhados me bateu quando Kieran gritou

correndo em minha direção. Gritei de volta quando outro Hel-Blar

saiu do mato atrás dele, pele manchada e machucada, procurando.

Ele empurrou Kieran tão forte que ele voou no ar e caiu sobre o capô.

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171

E ficou lá olhando atordoado, um dos seus braços torcidos por trás

dele.

Corri em volta do carro, usando-o como escudo. Deslizei pela

neve, usando o impulso para empurrar a estaca no Hel-Blar,

sentindo-o morder através de algodão e carne antes de alojar contra

uma costela. Praguejou. Ele gritou empurrando de volta. Seu cotovelo

me pegou no esterno. Dor brilhou através do meu peito e tropecei,

caindo na minha bunda. Kieran aproveitou a distração e acrescentou

sua estaca à minha. Ele tinha apenas espaço suficiente agora para

esfaqueá-lo duro em seu coração. Ele rosnou e cuspiu, antes de

desmoronar a cinzas.

Kieran e eu olhamos um para o outro, ofegantes. Esfreguei meu

peito, estremecendo. — Uau.

— Você está ferida? — Ele imediatamente perguntou, me

puxando para os meus pés.

— Estou bem. Você? Seu braço?

— Não está quebrado. — ele respondeu quando viramos para

enfrentar o terceiro Hel-Blar.

Ele nos ignorou completamente.

Fizemos uma pausa, confuso.

— Isso é estranho, né? — Eu sussurrei. Hel-Blar nunca ignora

um morto, especialmente quando havia dois de nós todos suados e

ofegantes de uma luta. Nosso sangue provavelmente cheirava ao

vampiro equivalente a uma fábrica de doces.

Kieran sacudiu a cabeça e o segui cautelosamente, escolhendo

meu caminho em torno das manchas de gelo. O Hel-Blar saiu do

bosque inteiramente, passou pelo mato ao lado da estrada e

continuou andando.

— Ele está rastreando. — murmurei.

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172

Não demorou muito antes de começarmos a ver o sangue na

neve. Seguimos o vampiro que foi seguindo o sangue até Kieran

balançar a cabeça. — Nós estamos muito longe do carro. Podemos

precisar dele.

Ele estava certo. — Vou buscá-lo. — disse, correndo de volta

para baixo do morro por onde ele ainda estava correndo em uma

piscina de luz e de gases de escape. Dei a volta e voltei para Kieran,

que entrou no banco do passageiro. Ele manteve a porta aberta para

que pudesse saltar. O Hel-Blar estava batendo suas mandíbulas

agora, saliva escorrendo. O sangue na neve foi ficando mais espesso.

E agora sabíamos porquê.

Havia três pessoas tropeçando até o centro da estrada. Havia

um fazendeiro de pijama, um mulher em um terno e sapatos de salto

de negócios, e um cara que parecia vagamente familiar. Pensei que

poderia ter sido um aluno na minha antiga escola secundária, uma

nota atrás de mim. Todos olharam drogados, andando sem rumo

durante a noite fria. Só a mulher usava um casaco de inverno. O

sangue escorria de seus pulsos e pescoços quando tropeçaram na

neve, deixando gotículas como sementes de romã espalhadas por uma

mão descuidada.

Uma mão perfeita e pálida.

Eles não estavam sem sentido, afinal.

— É isso... Solange? — Engasguei, batendo o pé no freio. Ela

flutuou graciosamente ao longo como a mortos-vivos Pied Piper. —

São os feromônios. — acrescentei atordoada. — É por isso que eles

estão arrastando atrás dela como isso.

Kieran parecia vagamente verde. — Feromônios. — ele

concordou, com força, atrapalhado por suas fichas no nariz.

Então ele me bateu.

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173

Virei-me para ele, arregalando os olhos até que o ar frio fez

rasgar. — Solange! Está aqui!

Ele franziu a testa. — Sim, acho que sim Lucy.

— Se ela está aqui, então não pode estar lá. Nas cachoeiras.

— Com os outros. — ele percebeu. — Com Isabeau.

— E Nicholas. — Quem eu não poderia ver em qualquer lugar

próximo. Ele poderia estar em qualquer lugar. Qualquer coisa poderia

ter aconteceu com ele. — Merda. — Eu bati o acelerador tão rápido

que Kieran bateu a cabeça no para-brisa. Bati no Hel-Blar. Ele voou

para a árvore mais próxima. Os três seres humanos sangrando

próximos nem sequer olharam para trás.

Solange congelou, parada na neve e luz.

— Saia. — Eu avisei Kieran severamente quando parei na

estrada. — Cuide do Hel-Blar e em seguida, chame Hunter para a

coleta e eu vou chamar a fazenda para o apoio. Nós ainda estamos

muito perto.

— O que você vai fazer? — Ele perguntou, mas deslizou para

fora obediente.

— Vou mantê-la aqui. — eu disse.

— Como?

— Você não quer saber.

Esperei até que ele estivesse fora do caminho antes de pisar

fundo no acelerador. Os pneus vaiaram em protesto, mas não desisti.

Puxei a alavanca para colocá-lo em tração nas quatro rodas. Kieran

amava Solange e eu sabia que ele faria qualquer coisa para salvá-la.

Mas era sua melhor amiga e não tinha suas regras sobre não bater

nas meninas. Então faria o que tinha que fazer.

Incluindo a bater nela com o meu carro.

Desviei em torno dos seres humanos, buzinando. Eles quase

não piscaram. Solange rosnou, seus lábios levantados delicadamente

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as presas selvagens de fora. Procurei a linha das árvores por

Constantine, mas não podia vê-lo em qualquer lugar. Isso não quer

dizer que ele não estivesse lá.

Estava meio ansiosa para acertá-lo com o carro, na verdade.

Disquei o número de Connor, sabendo que ele estaria com seu

telefone. Apertei o botão viva-voz antes de jogá-lo no banco. —

Solange! — Eu gritei, meus dentes chacoalhando enquanto acelerava

sobre o terreno irregular.

— Em Highfield, por Eighth Line! Chame Isabeau enquanto vou

pará-la!

Solange levantou a mão para bloquear os faróis altos que a

cegavam. Seus olhos sensíveis queimando vermelhos.

Eu tinha acabado de tirar uma de suas vantagens. Uma olhada

no espelho retrovisor mostrou Kieran lutando contra o Hel-Blar. O

rapaz caiu no chão ao lado deles. Voltei-me para Solange, que estava

tropeçando na neve, rosnando. As rodas giraram na lama. Segurei o

volante com força, recusando-me a deixar ir. Mantive meus olhos em

Solange. Ela se debateu meio cega.

— Ha! — Estava praticamente de pé sobre o pedal do

acelerador.

Eu a atingi antes que pudesse correr para a segurança da

floresta.

Ela rolou sobre o capô e bateu no para-brisa. Aliviei o pé no

acelerador e o carro saiu loucamente. Meu estômago pressionado

contra minha espinha. Deslizou pela colina para trás, evitando por

pouco o agricultor, Solange ainda agarrada à janela. Seu vestido

branco flutuava contra o vidro, bloqueando minha visão. Bati em um

poste e o som de metal esmagando fez meus dentes ferir. O carro

parou com um tranco violento. Solange voou na neve, rolou para a

beira da estrada, e se deitou ali, imóvel. Durante muito tempo, tudo o

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que podia ouvir era o martelo do meu pulso em meus ouvidos. O cinto

de segurança estava cavando em meu estômago e meu rosto

machucado aonde eu bati quando o carro bateu na cerca.

A porta do motorista se abriu. Kieran agarrou o meu ombro. —

Merda. — gritou na minha cara.

Comecei a rir. Não poderia ajudá-lo. Ele geralmente era tão

calmo e confiante como Hunter.

— Estou bem. — disse a ele. Tentei desatar o cinto de

segurança, mas meus dedos tremiam tanto que teve que fazer isso

por mim. Adrenalina me deixou tonta. — Acabei de acertar minha

melhor amiga com um carro. — Náusea rolou através de mim. — Vou

para o inferno.

Agachou ao lado de Solange com cautela. — Ela está fora. —

Ele estendeu a mão para escovar o cabelo do rosto, mas deteve-se,

recuando.

— Por agora. — Deslizou para fora do assento. O ar frio foi me

ajudando a limpar a minha cabeça. Tomei algumas respirações

profundas. — Não vai durar muito tempo. — Puxei uma besta do

porta-malas e me armei. Estava em cima Solange com os meus dentes

batendo e as minhas mãos trêmulas, uma flecha destinada a seu

peito. — Sou imune, vou ficar com ela. Você procura uma corda ou

algo assim.

Puxei as correntes, cordas, cordões amarelos brilhantes e dois

pares de algemas de um saco no banco traseiro. A última vez que

Kieran a viu teve que alimentá-la com seu próprio sangue para

reanimá-la. Desta vez, ele algemou seus pulsos, em seguida, amarrou

corda grossa em torno de seus braços e torso. Ele usou os cordões em

seus tornozelos.

— Onde ela está? — Quinn e Connor contornado os corpos

caídos esparramado na estrada sem segunda olhada. Eu me virei, a

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besta ainda no pronto. Eles saltaram para fora do caminho. Quinn

capotou para o ar e para a direita sobre a minha cabeça. Connor

pousou em uma árvore, equilibrando-se sobre um ramo menor. Uma

vez.

Eu acidentalmente disparei Marcus uma vez.

— Isabeau está a caminho. — disse Connor, saltando de volta

para o chão. Neve adormeceu sua jaqueta. — Mamãe e papai, estão, é

claro, fora do alcance. Mas a tia Hyacinth foi encontrá-los e

Christabel vai continuar chamando do celeiro.

Os gêmeos circularam sua irmãzinha com cuidado. Perdi os

sentidos em meus dedos. Parecia horas antes de Hunter chegar a

uma das vans escolares. Seu amigo Jason estava com ela.

— Desculpe. — disse Kieran bruscamente. — Se chamamos a

unidade de emergência para os humanos eles pegariam Solange

também.

— Eu sei. — disse Hunter, toda negócio. — Ajude-me a colocá-

los na van.

As vítimas estavam todas respirando normalmente, mas as

bochechas do menino estavam brancas com frio. Não houve como

saber o quão longe ele caminhou ou quanto tempo estava seguindo

Solange. Jason agarrou sob os braços e arrastou-o para a van sem

uma palavra. Kieran ajudou a mulher e Hunter orientou o agricultor

que ele se arrastasse em direção ao banco traseiro. Sentou-se com

um gemido, parecendo confuso.

Eu me agachei na frente dele, sorrindo suavemente e

escondendo a besta nas minhas costas. — Você vai ficar bem. — eu

disse a ele. — Eles vão levá-lo ao médico.

— Peguei alguns vândalos na minha área. — ele arrastou. —

Alguma coisa com minhas vacas.

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— Será que eles te tocaram? — Kieran perguntou abruptamente

do outro lado.

— Alto sobre algo. — ele murmurou. — Cheirava como se não

tivesse tomado banho em semanas.

— Mas eles te tocam? — Hunter repetido.

O lavrador sorriu. — Tinha a minha espingarda. Os assustou

um bocado. — Trocamos um suspiro de aliviados. — Em vez ir para

casa... — ele murmurou. As rugas em seu rosto eram como fendas.

— É uma pena. — disse ela alegremente. — Vamos levá-lo ao

médico primeiro.

— Boca inteligente. Assim como minha neta. — Ele abriu um

olho. — Como sei que você não está de olho em minhas vacas

também?

Tentei amarrá-lo. — Conhece Cass Hamilton? — Perguntei. — A

vegetariana e ativista pelo direito dos animais que distribui panfletos

no mercado dos agricultores? — Ele fez uma careta. Bati a mão dele.

— Ela é minha mãe. As vacas estão seguras.

Ele ainda estava resmungando quando desmaiou. Jason

deslizou para o banco do motorista, Quinn levou a mulher para a

parte traseira da van. Kieran olhou sombriamente na linha da marca

de mordida na parte de trás de seu pescoço.

— Pelo menos não era Hel-Blar. — eu disse a ele. Ela tinha

cicatrizes, porém, tudo o que elas fariam. Aparentemente Solange

tinha abandonado suas maneiras delicadas de cear. Tia Hyacinth

ficaria horrorizada. Pisei de volta no tempo para ver Quinn inclinar-se

para a janela aberta e beijar Hunter rapidamente, mas ferozmente.

Ela tocou seu rosto. Ele se virou e pressionou um beijo na palma da

mão antes de endireitar-se e recuar.

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A van fugiu. Ficamos nos prismas distorcidos de luz do farol

quebrado, três irmãos Drake, um caçador, e minha melhor amiga

amarrada aos nossos pés.

— Hum, caras? — disse olhando para a borda da floresta. —

Nós temos outro problema.

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CAPÍTULO 17 Solange

Não precisava de uma caixa de memória para saber que os

moradores de Bornebow Hall não tinham sobrevivido a Viola em sua

primeira noite como uma vampira.

Foi muito fácil imaginá-los caindo de suas camas encharcadas

de sangue, cheio ao redor do fogo ou descartados no feno, os cavalos

selvagens com o aroma de violência. Ainda assim, não estava

realmente convencida de que foi o suficiente para causar medo em

Madame Veronique. Afinal, ela não parou seu filho do encadeamento

de sua esposa para um cargo ligado e desligado durante anos, tudo

porque eles assumiram que Lady Venetia o traiu. Eles não tinham

ideia ainda que os homens Drake pudessem ter filhos, assim como os

vampiros. Foi horrivelmente injusto. Como foi o que aconteceu com

Gwyneth. Fazia sentido agora, porque se escondia na floresta, com a

garganta cheia de cicatrizes, rosto machucado, e sangue em seu

vestido. E entendi por que queria ficar longe de Viola. Mas ia precisar

de sua ajuda se queria minha vida de volta mortos-vivos.

Deixei a segurança relativa do armário, assustada o mais

silenciosamente que pude. Fiz uma pausa longa o suficiente para

vasculhar as roupas penduradas nos ganchos, a escolha de um

manto cinza simples e puxando um capuz para esconder o rosto. A

sala estava deserta e fria. Tomei a escada de pedra em espiral,

tentando me mover como se pertencesse aqui e tinha um propósito.

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Os guardas estariam à procura de uma menina que estava agarrada

às sombras.

Estava tão nervosa quando passei o primeiro cavaleiro, tinha

certeza que ia vomitar em cima dele, especialmente quando me parou.

Seu braço me bloqueou. — O jantar está atrasado na cozinha. —

disse ele. — Empreste-lhes uma mão, você irá? Estou meio faminto.

Engoli em seco, grata que a tia Hyacinth por ser tão rigorosa

sobre o ensino a reverência adequada. Ela me fez praticar por tantas

horas que poderia agora reverenciar perfeitamente, mesmo quando

aterrorizada e nauseada.

— Sim, meu senhor. — eu sussurrei.

Ele me deixou passar e me esforcei para não quebrar a correr.

Segui as escadas circulares, ouvindo atentamente por gritos de

alarme ou aviso. Não havia nada, mas o murmúrio de vozes do

corredor e a maldição do cozinheiro na cozinha. Ele estava com o

rosto vermelho e suando por sua camisa enquanto lutava com um

porco gigante em um ponto da torra. Contornei a porta, indo ainda

mais baixo para as adegas e as masmorras. Outro guarda esperava

na parte inferior das escadas.

— Você aí. — Ele franziu a testa. — O que você está fazendo

aqui?

Sorri, esperando que não parecesse uma careta. — O cozinheiro

me enviou para nabos. — eu disse. — Ele está de mau humor,

certamente.

O guarda bufou. — Não nabos. Não posso suportar seu purê de

nabos.

— Vou ver se consigo encontrar algum alho-poró em seu lugar.

Ele sorriu. — Boa moça.

Fui para o corredor e virei a esquina de vista. Eu me permiti

um breve momento para cair contra a parede e recuperar o fôlego

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antes de seguir para os túneis. Poeira e detritos vazaram por baixo da

porta. Estava esperando que pudesse abrir espaço apenas o suficiente

para passar, mas a porta estava fechada entalada com a pressão das

pedras desalojadas. Teria que encontrar outra maneira de sair fora.

Por que teria que passar o segundo guarda novamente. Abri todas as

portas, até que encontrei uma adega fria com barris e cestas cheias

de nabos, alho-poró, lentilhas secas e cebolas. Enfiei alho-poró em

uma cesta e voltei, certificando-me que o guarda visse que tinha

deixado os nabos para trás. Ele piscou para mim.

Uma vez que todos estavam atualmente obcecados por comida,

usei isso para minha vantagem. Joguei o alho-poró para fora em uma

mesa alta repleta de cenoura e recheada com uma cesta cheia de pão

e maçãs. Adicionei uma roda de queijo envolto em um pano. — Eh,

aonde vai para com isso? — O cozinheiro latiu quando decepou uma

das pernas do porco com um cutelo gigante.

— Para a portaria. — eu respondi, mantendo meus olhos

baixos. — Eles estão reclamando.

O cozinheiro bufou. — Eles estão sempre reclamando. Não leva

o queijo bom.

Deixei o queijo para trás e saí pela porta antes que ele pudesse

me parar de novo. O pátio estava cheio de cavaleiros movimentando

para trás e para frente e um homem com um casaco manchado

alimentando os cães no canil. Fogo queimava em um suporte de ferro,

expelindo fumaça. O sol estava se pondo lentamente atrás das árvores

do outro lado do pátio inferior. Queria fugir antes que a noite caísse

completamente, apenas no caso de Viola estar mais forte durante a

noite. Ela era um vampiro, depois de tudo.

Passei pelo primeiro portão sem incidentes. Os gramados

estavam vazios de cavaleiros quando eles voltaram para a sala de

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jantar. Corri para o último portão de ferro, contente de ver a grade

levantada. Um obstáculo a menos para lidar com eles.

Parei na porta em arco. — Trouxe o jantar. — Chamei a torre.

Minha voz ecoou. Peguei uma das tochas quando o guarda desceu as

escadas, franzindo o cenho.

— Não era sem tempo. — disse ele.

Apenas sorri e lhe bati na cabeça com a tocha.

Ele bateu no muro, seu capacete tocando contra as pedras. Ele

caiu nas escadas. Enfiei os pés de um lado e, em seguida, coloquei a

cesta ao lado de sua cabeça. — Desculpe. — sussurrei, antes de

substituir a tocha. E então corri sobre a ponte, tentando não olhar

para o fosso de cadáveres boiando. O pôr do sol vazou a luz vermelha

por entre as árvores, refletindo na água escura. Bile queimou no

fundo da minha garganta. Corri mais rápido.

Uma campainha de alarme começou a tocar a partir da

portaria. Meus pulmões e músculos da perna foram se revezando em

esfaquear no momento em que cheguei à beira da floresta. O sol tinha

quase completamente definido. Poderia ver a sombra do dragão

circulando sobre o castelo e as fronteiras da floresta, silhueta contra o

céu lilás e vermelho. Abaixei para as árvores de carvalho, empurrando

o capuz da minha cabeça para que pudesse ver melhor. Não tinha

nenhuma maneira de combatê-lo se me visse e decidisse atacar.

Segui as marcas de queimaduras de meu último encontro com

o dragão até chegar às cavernas.

A fogueira quente brilhava de uma das aberturas. Subi, o suor

encharcando o meu cabelo, que estava frio e úmido sobre meu

pescoço. No momento em que me deparei dentro, estava coberta de

poeira e sujeira. Gwyneth nem sequer olhou para cima do fogo, estava

cutucando com uma vara. — Sabia que você estaria de volta.

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— Preciso falar com você. — eu disse, tão educadamente

quanto pude.

— Claro que você precisa. — Ela finalmente olhou para mim. —

Você já durou mais tempo do que eu esperava. Estou impressionada.

— Ela inclinou a cabeça, como um pássaro. — E você saiu.

— Sim. — eu admiti, cedendo à fadiga e ao me sentar ao lado

dela. — Voltei para Violet Hill. Mas não por muito tempo. — Apenas o

tempo suficiente para ver London morrer. Empurrei para trás na

tristeza sombria e culpa. Lamento que poderia sobreviver e, ao mesmo

tempo. Eles não têm que ser mutuamente exclusivos.

— Ainda assim. — Gwyneth continuou. — Isso é uma

conquista, acredite. Você deve estar orgulhosa.

— Só quero minha vida de volta. — eu disse cansada.

Ela correu os dedos sobre a cicatriz em sua garganta. Deste

ângulo seu rosto era jovem e bonito, o lado arruinado afastou de mim.

— Viola não pede. Ela pega.

— Sei disso. — eu disse. — Mas não vou deixá-la fugir com... —

Virei-me, ouvindo o chinelo de passos atrás de mim. Uma sombra

atravessou a parede da caverna desigual. Peguei um vislumbre de

cabelos loiros e os olhos vermelhos.

— Não se preocupe com ela. — disse Gwyneth, despreocupada.

— Mas... É Viola.

— Apenas um eco. — disse ela.

— O que, como um fantasma? — Viola piscou. Foi

desconcertante. Ela estava coberta de sujeira e sangue, seu cabelo

emaranhado, o vestido rasgado. Os morcegos esvoaçavam ao seu

redor, mergulhando e saindo. Andei para trás e para frente na frente

dela. Seus olhos me seguiram. Foi assustador. — Tem certeza de que

ela não pode nos ver?

— Muita certeza. — respondeu Gwyneth.

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Estendi a mão para tocá-la, só para ter certeza. Ela piscou de

forma irregular e minha mão passou por uma corrente de ar frio. Foi

distintamente desagradável. — Totalmente. — Limpei meus dedos

vigorosamente no meu vestido. A luz do fogo pegou as dobradiças

decorativas. A tampa abriu e tive um vislumbre de caixas, como os

que eu roubei do castelo. — Você as tem também. — disse.

— Nós temos que guardar nossas memórias de alguma forma.

— Gwyneth explicou, levantando-se rapidamente, batendo e fechando

a tampa. Ela apertou o bloqueio de ferro pesado. — Se nos

esquecemos delas esquecemos quem somos.

— Elas estão sempre em caixas? — Perguntei curiosa.

— Só aqui no espírito de Viola. É como ela os mantém. Eu as

mantenho da mesma forma que ela, é menos provável de perceber. —

Ela olhou pensativa. — Se tivesse meu caminho, minhas memórias

seriam pássaros.

Viola passou atrás de nós. Ouvi um som pingando e

sinceramente não queria virar para olhar.

Poderia facilmente ser o sangue como poderia ser a água da

chuva escorrendo para dentro da caverna. Debrucei meus ombros

defensivamente. — É como se ela estivesse olhando para mim. Por

que você iria ficar aqui?

— Ela passou suas primeiras semanas como um vampiro aqui,

depois que fugiu o que restava de Bornebow Hall.

Ela não sabia o que estava acontecendo com ela. Não vai voltar

aqui.

Quase podia sentir pena dela. Quase. — A mudança de sangue

a fez louca. — eu disse.

— Oh, não era só isso. Ela deixou o amor queimá-la até que

queimou tudo o que ela tocou. É como acontece às vezes.

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— Ela não entendeu a sede. Estou surpresa que ela não vire

Hel-Blar. — Eu poderia entender a sede, pelo menos. O minha foi

mais acentuada do que qualquer outra pessoa na minha família.

Toquei meus dentes com a ponta da minha língua. Algo me ocorreu.

— É por isso. — eu percebi. — Meus dentes extras, a minha

necessidade de tanto mais sangue. É a sede de Viola e não apenas a

minha.

— Sim. — Gwyneth assentiu. — Ela lhe agarrou

adequadamente na noite de seu aniversário. A mesma coisa na noite

que ela mudou.

Pensei sobre a profecia novamente. Dragão pelo dragão

derrotado. Achava que se referia a minha mãe e eu na coroação, ou

pelo menos o dragão que tentou assar-me a primeira vez que fugi do

castelo. Mas agora me perguntava se era realmente sobre Viola e eu,

sobre as nossas linhagens, a nossa batalha.

Senti um momento de aborrecimento pela natureza enigmática

das profecias. Então me lembrei desta em particular, uma que foi

falada por uma velha louca no alto de uma moita de cogumelo, e

fiquei espantada como nós ainda tínhamos tanto para trabalhar.

Madame Veronique mantinha em segredo de todo esse tempo. Ela me

ajudou sobreviver para que o resto da profecia não explodisse em seu

rosto.

Destituir o dragão antes de seu tempo e aumentar nove vezes

seus crimes.

Assisti a tora se mover no fogo, levantando faíscas. Ele desceu

para o amor e o poder. Viola queria ambos. Então tenho que usá-los

para atraí-la para fora, para obrigá-la a me enfrentar. Para expulsá-la

completamente. — Se trabalharmos juntas acho que nós podemos

vencê-la. — disse a Gwyneth. — Você pode ser livre.

Ela sorriu sem graça. — Eu não mereço ser livre.

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— Você cometeu um erro. — eu disse. — Isso não é a mesma

coisa que o que Viola fez. Ela assassinou todo castelo cheio de gente!

E você já pagou por isso com a sua vida.

— Isso não é tudo que ela fez. — Gwyneth murmurou, suas

tranças caindo a frente e mudou sua expressão.

Ela puxou pequenas pedras redondas de uma bolsa em seu

cinto e as rolou na palma da mão. — Esse foi apenas o início.

— É por isso que Madame Veronique a teme?

— Ela não era inocente.

Sem brincadeira. Madame Veronique tinha segredos de todos

nós. Já para não falar que ela definiu uma assassina em mim. —

Escondeu tudo isso de mim, da minha família inteira. Fingiu que não

sabia de nada sobre a profecia, nada de magia.

— É claro que ela fez. — disse Gwyneth, as pedras batendo em

sua mão. — Quanto mais você pensar em um espírito como Viola,

quanto mais você fala o nome dela você a alimenta com a magia, e

mais forte ela torna. Então, melhor que ela seja capaz de encontrá-la.

Veronique nunca quis ser pega de surpresa novamente, então

procurou adivinhos em todos os séculos.

— Mesmo se conseguir meu corpo de volta, Viola vai sempre

estar dentro de mim?

— Difícil saber. — Havia pequenas margaridas no cabelo

emaranhado de Gwyneth. Nunca tinha notado antes.

— Será que me deixará louca se estiver presa dentro da minha

cabeça?

Gwyneth encolheu os ombros. — Talvez.

— Isso é o oposto de útil. — eu disse irritada. — Se você se

sente tão culpada por tudo, me ajude. — Tirei para os meus pés,

passando pelos pequenos limites da caverna. —Você pode pelo

menos me dizer por que a coroa a libertou tão completamente?

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— Magia.

— Percebi isso por mim mesma, obrigado. — Continuei

andando, evitando a sombra bruxuleante de Viola, rosnando para

mim, sangue seco no queixo.

— A coroa é apenas um símbolo. Ela trabalha como um

talismã, porque Viola a obrigou, não havia mágica real para começar.

Era apenas a magia já nela e encontrou um gatilho.

Andei por Viola novamente, observando os morcegos perto do

teto. Não poderia dizer se eram reais ou não.

Apenas seus olhos e o pingente no pescoço estavam em foco

nítido e brilhante. — E sobre o pingente. — perguntei. — É

claramente mágico. Ativou o feitiço de Viola e me prendeu aqui.

Então, se destruí-lo, vai destruir Viola também?

— Finalmente, você fez a pergunta certa.

— Oh, meu Deus. — estirei. — O que há com bruxas e

enigmas? Se você soubesse alguma coisa, por que você não acaba e

me diz?

— Isso não é assim que funciona. — Gwyneth disse

arrependida. — Você precisava ver o que viu e fazer o que fez para ter

a força para fazer o que precisa ser feito.

Revirei os olhos. — Ótimo.

Ela sorriu. Foi fugaz e enferrujado, como se tivesse esquecido

como. — Além disso, não sabia que você, fez? Não é verdade. Não

sabia se era forte o suficiente. E cada vez que um de seu hospedeiro

falha, ela vai a um tumulto. — Ela tocou a cicatriz novamente.

— Hospedeiro? Você faz isso soar como um jantar. — eu

murmurei. — Para os mortos-vivos psicóticos. — Eu parei de andar.

— Por que você está me ajudando agora? — Ainda não sei se ela

realmente pode ser confiável. Ela estava certo quando disse que não

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conhecia realmente o outro. Mas o inimigo do meu inimigo é meu

amigo e tudo isso. Foi uma das frases favoritas do meu pai.

— Penitência, suponho. E você tem durado tanto tempo. Talvez

seja o suficiente.

— Puxa, obrigado. — Suspirei. — Não suponho que você sabe

onde o pingente estúpido está escondido?

— Ele não está escondido em tudo. Viola usa-o aqui todo o

momento.

Fiz uma pausa, estreitando os olhos. — Isso é muito fácil.

— Seria sim. Se esse fosse o fim de tudo. Mas você terá que

encontrar uma maneira de atraí-la para fora.

— E depois?

— E então você toma o pingente dela e esmaga-o. — Gwyneth

lança as pedras que estava segurando, lendo o seu padrão e tentando

decifrar o futuro. Eu tinha visto Isabeau fazer algo semelhante, e a

mãe de Lucy lendo as cartas de tarô para mim cada ano no meu

aniversário. Bem, ela não tinha lido este ano, por razões óbvias. Uma

estúpida, profecia vaga de cada vez.

— Posso ganhar? — perguntei, vendo nada, mas linhas

pintadas como varas. A fumaça do fogo fez os meus olhos arderem.

— Você pode. — Não pude deixar de sorrir. Ela não sorriu de

volta. — Eu digo que você pode não que você vai.

— Você realmente tem que trabalhar suas conversas

estimulantes.

Ela recolheu suas pedras pintadas, soltando-os de volta em

uma bolsa de couro. — Você acha que você pode fazê-la encontrá-la?

— Sim. — Sorri tristemente quando os morcegos fantasmas

gritaram no canto. — Eu sei exatamente o que fazer.

Eu estava mal quando outra memória me atingiu.

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189

1199

As cavernas eram escuras e úmidas e cheirava a ferro. A água

escorria pelas paredes, gelada e desconfortável. Mas ela estava

segura. Ninguém pensaria em procurar por ela aqui. Apenas os

morcegos se atreviam a entrar, principalmente porque estava dormindo

aqui às centenas de anos, muito antes de ela tropeçar em Bornebow

coberto de sangue. Pegaram em seu cabelo e pouco em suas mãos, mas

ela mal notou. Tentou ficar acordada, mas não conseguiu. No dia

pesava sobre ela e o levou em seu peito como o carvão quente que eles

utilizaram em ensaios para provar a inocência. Ele queimou porque ela

era culpada.

Isso pouco importava. A culpa não a carregava somente pela dor

de pensar em Tristan. Ele não veio por ela. Ele não sabia que ela

estava aqui. Nunca poderia saber se ela não pudesse encontrar seu

caminho para fora. Então ela alimentou com veados, lobos e os ladrões

que se escondiam na floresta até que ela fosse forte o suficiente.

Vertigem bateu em mim e eu tive que segurar as pedras de

apoio. Felizmente, no portão o guarda estava segurando sua cabeça e

vomitando atrás de um barril. Rastejei por ele, estremecendo com a

sangrenta contusão na têmpora.

— Desculpe. — eu sussurrei, esquivando-me no pátio exterior.

A lua fez as longas extensões de grama prateada e afiada. Fiquei

pressionada contra o interior da parede, considerando minhas

opções. Não precisa acertar dentro do castelo. Só precisava de um

lugar que pudesse defender dos cavaleiros até que Viola estivesse

chateada o suficiente para me procurar.

Que não devia ser um problema.

Uma vez que ela já soubesse que eu estava aqui.

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Viola olhou para seu vestido, a seda molhada com sangue. Ela

ainda podia sentir o gosto em sua língua, deslizando quente em sua

garganta ressecada. Isso deve tê-la feito doente.

Em vez disso, isso a fazia se sentir invencível.

Ela entendeu tudo agora. Hábitos noturnos de seu pai, a

doença da mãe. Sua própria linhagem impossível.

Ela mal conseguia ver os corpos a seus pés, secando. Tudo era

muito afiado, muito brilhante. Muito vermelho.

Apertei minha mandíbula, meus dentes doloridos contra a sede

estrangulando. Ela estava me fazendo acreditar que eu estava

morrendo de fome, que estava me transformando em uma casca fina

como papel. Não tinha alimentado em noites e Viola foi me forçando a

reviver a festa que ela tinha feito de corpos inocentes.

Ela queria que eu sentisse sua loucura, sua confusão, seu

medo.

Mas eu também senti alguma coisa dela.

Amor.

Sabia a chave para atraí-la. Constantino.

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CAPÍTULO 18 Isabeau

Quarta-feira à noite

Correr pela floresta com uma matilha de cães nos meus

calcanhares geralmente me deixava feliz.

Fazia me sentir livre, selvagem e parte dos mistérios, uma

verdadeira serva para os cães. Era revigorante e aterrador.

Necessário. Mas, muito lento. Frustrado, empurrei com mais força. O

ramo do pinheiro bateu em mim. Magda correu ao meu lado, batendo

de volta neles. Neve tremeu no ar atrás de nós. Os cães baixaram a

cabeça achatada e os ouvidos, estrias entre as árvores. Mesmo tão

rapidamente como estávamos nunca faria isso a tempo.

— Odeio o seu namorado. — Magda estalou como mais neve

caiu sobre sua cabeça.

— Você não tem que vir. — eu lembrei a ela, saltando por cima

de uma árvore caída. Carlos Magno passou por cima dela, apertado

ao meu lado. Sua língua pendia para fora num sorriso canino feliz. O

saco em minhas costas saltando contra meus ombros, cheio do

equipamento do ritual.

— Como vou deixá-la sozinha com os Drakes. — Magda atirou

de volta. O luar pegou as adagas em seu cinto e a cota de malha

costurada na minha túnica sobre o meu coração. — Depois do que

aconteceu nos últimos tempos.

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192

E com isso, ela quis dizer o tempo que trouxe um deles para

casa comigo. Logan tinha escapado sob as minhas defesas com sua

cortesia do velho mundo e rápido sorriso, e agora ele era um membro

iniciado da nossa tribo. Algo que nunca deixou de enfurecer Magda,

em princípio, se nada mais. Ela não compartilhava bem. Foram mais

dez minutos antes de nós quebrarmos para fora da floresta e ao longo

de uma estrada deserta.

Faróis brilharam quando um jipe acelerou atrás de nós.

Logan.

Magda chamou algo rude baixinho antes de arrancar para a

porta de trás.

Carlos Magno saltou atrás dela. — Suivez. — Eu pedi os outros

cães que haviam parado e latiam das sombras.

Logan estendeu a mão para abrir a porta e eu saltei dentro. Seu

cabelo caindo sobre a testa pálida e as rendas em seus punhos não

fizeram nada para prejudicar sua expressão sombria. Seu sorriso,

porém, quando me viu, foi gentil. Não tive tempo para sorrir de volta,

ele já tinha pisado no acelerador. Eu segurei com força a maçaneta da

porta quando o veículo acelerou na estrada. Sabia que era mais

rápido do que correr, e mais eficiente do que os carros que eu me

lembrava, mas ainda preferia as carruagens. Eles não me fazem me

sentir presa.

Segurei mais apertado, minhas presas saindo debaixo do meu

lábio superior. Os cães geralmente não incomodam retraindo suas

presas, uma vez que viviam em sigilo e não tinha necessidade ou

desejo de se misturar na sociedade, mesmo sociedade vampírica. Eles

temiam nosso conjunto extra de dentes. Eu peguei mais do que um

vampiro me cheirando no acampamento, para me certificar de que

não eram Hel-Blar.

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Logan olhou para mim pelo canto do olho. Era verde mesmo no

brilho ofuscante de as luzes no painel. Ainda não tinha certeza de

como ele poderia me ler tão bem, mas não disse nada, só apertou um

botão e a janela se abriu. O perfume no ar cedro-e-neve-fria, as

contas de osso em meus cabelos faziam barulho. Podia ver as

sombras dos cães nos perseguindo em ambos os lados. Carlos Magno

empurrou sua cabeça para fora da janela do banco traseiro.

— Você tem certeza disso? — Perguntou Magda, como me

perguntou sobre a hora a cada hora desde que fiz minha oferta. Não

importava que Logan estivesse sentado ao meu lado.

— Oui. — eu respondi. — Bien sur. — Não estava agindo como

a serva de Kala, Shamanka dos Hounds em isso, assim como Magda

não estava agindo como minha guarda ou irmã de ritual, mas minha

amiga.

— Obrigado. — murmurou Logan. — Nós temos que tentar.

Eu estendi a mão, entrelaçando os dedos com os dele. — Houve

muita magia desencadeada o dia que Solange tirou a coroa, e isso não

é coincidência. Senão isso teria acontecido quando sua mãe foi

coroada também.

Estávamos em cima de uma colina e, na parte inferior outro

carro estava fora da estrada, a frente amassada num poste. As luzes

ainda estavam acesas e, além deles, Solange estava deitada no chão

amarrada com corda. Em torno dela estava Kieran, Lucy, Quinn, e

Connor. Um homem alto, com cabelos pretos e um sorriso cruel

eclodiu das árvores, arremessando estacas. Um delas desviou do

rosto de Lucy, só porque Quinn chutou os pés debaixo dela,

deixando-a cair como uma pedra. Empurrou as mãos e os joelhos,

lutando para agarrar um arco antes de ser esmagada sob várias

botas.

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— Constantine. — Logan gritou, batendo com o pé no freio e

gritando a um impasse. Podia ouvir a abordagem dos cães do outro

lado da colina.

— E Hel-Blar. — Magda acrescentou. — À sua esquerda.

Do outro lado da estrada, Hel-Blar emparelhando em nossa

direção, cheirando de cogumelos e bolor. Carlos Magno rosnou,

apesar de sua formação. Ele conhecia o perigo e fez sua polêmica

ascensão.

— Não. — eu lhe disse bruscamente. Era muito arriscado para

qualquer um dos cães atacarem o Hel-Blar e foram todos

cuidadosamente treinados para evitá-los, pelo seu cheiro e o som de

suas mandíbulas estalando. Assobiei para proibi-los de atacar.

Estavam do outro lado da colina, mas eles ainda seriam capazes de

me ouvir.

— Merda. — Logan jurou. — Chegando. — ele gritou para os

outros.

— De novo não. — Lucy disse, girando para enfrentá-los. Sua

primeira flecha pegou o mais próximo do peito, bem no coração. Ele

se desfez em pedaços e se desintegrou. Seus companheiros

afundando através de suas cinzas, rosnando e furiosos. Eles sentiram

cheiro de sangue, batalha e feromônios de Solange.

Eles nunca param de chegar.

— Eu preciso caminhar no sonho. — eu disse apesar do perigo

ao nosso redor.

— O quê, aqui? — Perguntou Magda. — Agora? — Ela pegou

um de seus punhais. — Pouco ocupada.

— Ainda preciso entrar na mente de Solange. E para isso,

preciso tocá-la e ela não vai me deixar fazer isso até colocarmos a

coleira nela. Mas nunca tive sangue de Lucy para ter imunidade. Eu

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195

retirei o colar de cobre que o irmão de Logan e Christabel furtaram do

Hel-Blar.

Feito de cobre batido e brilhando como a luz do fogo preso, era

suave, simples e curvas como uma meia-lua. O colar era poderoso e

mesmo depois de Kala e eu termos examinando bem, ainda não

estávamos inteiramente certo como funcionava. Eu estava assumindo

um risco por meio de um objeto mágico que pode não ser confiável e,

a julgar pelo olhar que Magda atirou em mim, ela percebeu isso

também.

— Você não precisa do meu sangue. — Lucy saltou. — Você me

pegou.

Eu lhe agarrei o pulso. — Então, vamos lá.

Magda deu uma típica brusca torcida de rir e pulou no Hel-

Blar. Logan seguiu claramente menos entusiasmado, mas depois, eu

vi cães raivosos com menos entusiasmo para a violência do que

Magda.

— Gente! — Ele gritou para seus irmãos. — Um pouco de ajuda

aqui?

Mas eles não poderiam ajudá-lo. Eles não poderiam até mesmo

ajudar a si mesmos.

Porque Solange estava acordada agora.

Ela levantou a cabeça, as pupilas queimando, o branco de seus

olhos sangrando em rios vermelhos. Os gêmeos tropeçaram,

maldição. — Deixe-me ir. — ela disse suavemente.

— Não! — Lucy gritou.

Mas já era tarde demais para avisos e eles não teriam feito

nenhum bem de qualquer maneira.

— Deixe-me ir. — Solange exigiu novamente. — Agora.

Logan estava a salvo de feromônios de Solange, mas ele

também estava muito ocupado lutando contra Hel-Blar. Senti a força

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de seu poder também. Carlos Magno atravessou-me, inclinando-se o

seu peso considerável em meus joelhos para me impedir de ficar mais

perto. Felizmente, eu ainda estava longe o suficiente para reter

alguma soberania sobre mim mesma.

— Tome meus tampões de nari... — Lucy parou. — Droga, eu

os dei a Christabel.

Eles poderiam ter ajudado, mas não era um escudo perfeito. Eu

balançava para Solange, mas pelo menos o meu pé ficou enraizado.

Entre Carlos Magno e minha própria magia, poderia me comprar um

pouco mais de tempo. Os gêmeos não tiveram tanta sorte. Quinn já

estava cortando as grossas cordas que a prendiam. O suor umedeceu

o cabelo enquanto ele lutava inutilmente para combater a compulsão.

Connor se ajoelhou ao lado dele e bati as algemas de distância.

Constantino estava tentando chegar até ela e Kieran estava tão

determinado a detê-lo. Os gêmeos pairando ao lado de sua irmã,

esticando em coleiras invisíveis.

O Hel-Blar continuou a avançar.

Solange levantou-se, como algo fora dos contos de fadas que

minha babá me dizia quando eu era uma criança. Seu cabelo era

preto como carvão, seus lábios vermelhos como sangue. Mesmo o

vestido flutuava ao seu redor como se obrigado.

Constantino foi sarcástico com Kieran e o mandou sobre nossas

cabeças. Abaixei antes de sua bota poderia acertar minha têmpora,

mas continuei a correr, arrastando Lucy atrás de mim. Ela fez um

pequeno som estrangulado de surpresa. Quinn e Connor se moveram

para bloquear Solange. Eu teria que passar por eles para chegar até

ela.

— Você pode golpeá-los. — perguntou Lucy. — Sem matá-los?

— Oui.

— Sem matá-lo?

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— Não mato tão facilmente. — Entreguei-lhe o colar de cobre,

que ela enrolou em seu pulso como uma grande pulseira para que

pudesse manter um controle sobre sua besta. Seus olhos se abriram

de repente e sabia que Constantino devia estar atrás de mim. Carlos

Magno já estava pulando para ele. Constantino se esquivou, mas

apenas mal. Ele tinha velocidade de vampiro, do tipo que vem de ser

antigo. Se ele chegasse a Solange antes de nós, não seria capaz de

iniciar o ritual. E os irmãos de Logan poderiam morrer.

Girei sobre os calcanhares para encará-lo. Meus cães correram

pela estrada em nossa direção, pulando as cercas e contornando

árvores. Constantino abaixou e saltou bem alto, evitando a estaca.

Caí com um estaca em cada mão, tranças e contas chocalhando como

ossos.

— Nós só queremos uma passagem segura. — disse

Constantino. Seu sotaque era vagamente britânico, cortado, mas

encantador.

Encantador não funcionava para mim.

Não perdi tempo com conversa fiada, só joguei uma das minhas

estacas. Ele dançou fora do caminho, mas não com rapidez suficiente

para evitar inteiramente. Ela cortou seu lado, debaixo do braço,

quando ele se virou. Seu sangue picou o ar, quente e metálico.

Solange gritou para os gêmeos.

— Matem a bruxa!

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CAPÍTULO 19 Lucy

As coisas não estavam indo exatamente de acordo com o plano.

Grande surpresa.

Logan e Magda começaram a corrida em direção a Isabeau, um

Hel-Blar em seus calcanhares. — Não. — ela disse a eles mesmo

quando Quinn e Connor fizeram a mesma coisa. Suas tatuagens

parecia muito azul contra o luar e neve. — Dans, cerque-o. — ela

ordenou a dezena de cães espalhados na neve. Ela apontou para

Solange e avançou para ela. Quinn caiu sob o peso de um Rottweiler,

levando Connor com ele quando caiu. Os cães andavam num círculo

em torno de Solange. Logan e Magda lutando com Hel-Blar.

Constantino rosnou, limpando o sangue de seu lado. Seus

olhos cor de violeta trancaram-se em mim, tirando o colar de cobre

balançando ao redor do meu braço. Eu tropecei um passo para trás,

tentando descobrir como chegar a Solange sem virar as costas para

ele. Queria fazer uma corrida, mas sabia que nunca ia fazer isso.

— Você. — disse ele sombriamente, espreitando para mim tão

rapidamente seu cabelo achatado para trás de seu rosto.

Ele era lindo, puro e simples. Ele francamente ardia. Mas isso

não era suficiente para Solange.

Havia algo mais acontecendo aqui. — Você fica longe dela. —

Ele ferveu. Solange assobiou atrás de mim. Os cachorros latiam e

virou-se para os joelhos.

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Não tinha para onde ir. Estava prestes a ser espetada dentro de

um sanduíche vampiro morto-vivo com um lado de dentes do cão.

Karma por bater em Solange com um carro. Sem mencionar o choque

só no mês passado.

Os gêmeos estavam atualmente presos pelos cães. Logan e

Magda estavam tentando não obter o fedor sobre eles, e Kieran ainda

estava no chão, uma mão pressionada a um corte ensanguentado na

cabeça. Isabeau jogou um punhado de ervas no chão, um chocalho de

osso de cão na outra mão. Estava cantando algo sob sua respiração.

Constantino estendeu a mão para mim. Joguei o colar para

Isabeau. Constantino desviou em direção a ela. Isabeau nem sequer

olhou para cima de seus preparativos rituais. Ela apenas se virou,

batendo a bota em seu peito. Ele grunhiu de dor, e ouvi um crack de

costelas quando ele voou para longe de mim. Isabeau pegou o colar,

retornando ao seu canto antes que ele caísse. Ele caiu, deslizando

pela neve tão profundamente deixando um sulco no debaixo da

grama.

Constantino pousou ao lado de Kieran, que atirou em seu

braço, liberando os Hypnos presos sob sua manga. — Abaixem-se,

seu filho da puta.

O pó branco flutuou sobre Constantino, e ficou estatelado no

chão, rangendo os dentes com fúria. Isabeau estalou os dedos, e

vários cães andavam ao redor dele, rosnando. As patas gigantes de

Carlos Magno pressionadas em seu lado ferido. Constantino chiou,

manchas de sangue no canto da boca.

Eu me virei de volta para enfrentar Solange. Seu rosto se

contorceu, olhando para mim, para os cães, a Isabeau, que estava

queimando algum tipo de incenso em um longo prato que parecia um

fêmur de cão oco. — Solange, se você pode me ouvir, estamos

tentando ajudá-la.

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Seus lábios se levantaram fora de seus dentes. — Não preciso

da ajuda de um ser humano.

— Sai dela, sua vadia! — Meu pai teria dito que xingamentos

eram um refúgio para os fracos e ignorantes. Não me importava.

Estava prestes a fazer muito pior.

— Não. — Ela sorriu, apesar de seu vestido estar manchado de

sangue, onde os cães foram beliscando suas pernas. Não conseguiria

alcançá-la. Mesmo com os cães, ela seria capaz de bater em minha

mão antes de eu chegar ao redor de seu pescoço. Ela podia até

morder os dedos da minha mão direita.

— Ok, o plano é o seguinte. — eu murmurei. Tentei não me dar

por vencida, afastei com uma careta antes de apontar a besta para ela

e apertar o gatilho. Constantino gritou, mas ele parecia muito

distante. O mundo reduziu a uma flecha, o aço negro duro e a ponta

pontiaguda. Minha respiração presa na minha garganta. Só podia

esperar que o meu objetivo fosse tão bom como todos afirmaram,

inclusive eu.

Porque estava tomando um baita risco. Mesmo se não tivesse

apontado para o seu coração.

Uma polegada muito abaixo ou muito acima ou muito longe

para a esquerda, eu transformaria minha melhor amiga em cinzas.

O momento esticou e esticou, insuportável em sua tensão

irregular. E, finalmente, quebrou quando a flecha acertou Solange,

jogando-a de costas e prendendo-a a uma árvore com uma sacudida

violenta e sangrenta. Ela chiou com a dor. Empurrou e se debateu,

mas não foi capaz de se libertar. Sangue floresceu ao longo de seu

colarinho e escorria pelo braço inútil. Estava sofrendo, ficou furiosa, e

me odiava.

Mas pelo menos não era uma pilha de cinzas.

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— A coleira. — Coloquei meu braço, sem olhar, sabendo

Isabeau iria chutá-la para mim. Eu a peguei, a extremidade de cobre

fria em minha palma. Corri para frente, através dos cães. —Sinto

muito, Sol. Deus, sinto muito. — balbuciei.

— Mate-a. — ela gritou, os feromônios disparando como

dardos. Eles não me afetam como os outros, mas ainda senti um

pouco confusa. E podia sentir o cheiro de rosas mortas e chocolate.

Quinn foi o primeiro a ficar livre e escalonar a seus pés. Ele correu

para mim, indefinição, presas alongando, silvo serpenteando para

fora no frio ar. Kieran lançou uma estaca para ele, mas não acertou.

Quinn ganhou velocidade.

E no último momento, assim quando o ar frio me esbofeteou,

me alertando para a sua descida iminente, Connor de repente estava

lá. Ele estava longe de Solange, uma vez que a flecha foi jogada há

vários metros e não foi afetado por seus feromônios. Ele abordou seu

irmão gêmeo e eles tombaram pela neve, cães beliscando seus

calcanhares.

Empurrei para trás, fisicamente incapaz de conter o tapa

repentino de não estar realmente morta.

Solange piscou, o sangue vazando pelo canto dos seus olhos. —

Lucy? — Sua voz era fraca, hesitante.

Eu congelei. — Sol?

Ela se mexeu, encolhendo-se quando o movimento puxou o

buraco em seu ombro. — O que está acontecendo?

Ela olhou para a flecha. — O que eu fiz? O que eu fiz? — Ela

perguntou freneticamente.

— Solange. — Kieran tropeçou em torno de Isabeau, parecendo

mais jovem. Eu podia quase imaginar o Kieran, aparentemente

enchendo os banhos dos pássaros na escola com vermelho Jell-o. —

Finalmente.

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Ela tentou sorrir para ele por cima do meu ombro. — Então...

Desculpe... — Ela olhou para mim, todos os três conjuntos de presas

perversamente à mostra. Veias azuis latejavam sob a pele pálida. Ela

rangeu os dentes. — Estou tentando segurá-la... Não posso...

— Luta! — Pedi a ela. — Você é um Drake. Drakes lutam,

porra!

— Ela é uma Drake também. — Ela teve que cuspir um bocado

de sangue antes que pudesse falar. — Viola.

— O nome dela é Viola? — Isabeau perguntou suavemente. —

Ben. Vou tentar contê-la te mostrando como vir de volta para casa. —

Ela abaixou para se sentar com as pernas cruzadas no pé da árvore e

apertou a mão inerte de Solange, e o gotejamento de sangue. Ela

enrolou uma fita em torno deles, apertando o nó com os dentes.

Fechou os olhos e começou a cantar.

— Faça isso. — resmungou Solange. — Seja o que for, faça-o

agora!

Enfiei o colar em volta do pescoço, mexendo para ligá-lo

firmemente. Ela gritou de dor, pálpebras voando abertas para revelar

íris vermelhas. Eles queimaram e estalaram como uma linha de

gasolina pegando fogo. Ela tencionou contra a flecha, puxando-a com

lentidão queimando ínfima através de sua carne irregular. Ela tentou

libertar sua mão, mas estava firme contra a Isabeau, manchada de

sangue. Seus dedos se contraíram quando se queimava. Isabeau não

se mexeu, já no fundo de um transe.

— Eu disse, mata a bruxa! — Ela ferveu, voltando a ser

claramente Viola.

Ninguém se mexeu.

Isabel estava lá, banhada em feromônios, e não fez tanto como

piscar de olhos. Quinn e Connor mancando. Ainda sem reação.

Solange caiu confusa e exausta.

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— Não! — Constantine lutou, seus olhos estranhos brilhando

como se estivesse segurando as lágrimas. — O que fizeram com você?

Solange não precisava de feromônios para me dar um soco na

cara.

Então, ela claramente não estava tão exausta.

Ela me acertou com a mão livre e a força dela me fez sair chão.

Eu voei para o lado, a cabeça dando voltas, a mandíbula gritando de

dor. Mordi pelo interior da minha bochecha. Meu pescoço com

espasmos.

Fiquei tensa porque iria ser apresentada a terra, apesar da lição

de Jenna sobre como cair e os conselhos dos meus pais sobre ficar

mole se presa em um protesto. Aconteceu muito rápido. Não tive

tempo para me proteger contra um braço quebrado na minha queda.

O impacto ia quebrar meus dentes ou minha bochecha, por muito

menos eu estava olhando para uma concussão.

Eu nunca caí.

Nicholas me pegou.

Meus olhos estavam tão apertados que me levou um momento

para perceber que não estava quebrada. Estava tão perto que senti a

neve fria na parte de trás das minhas pernas, mas uma mão segurou

a minha cabeça suavemente. Meu coração gaguejou. Nicholas se

inclinou sobre mim, com um joelho no chão, quando ele apoiou o meu

peso. Seu cabelo caiu sobre a testa, sua expressão tão bela e solene

como sempre.

— Eu bati minha cabeça, não foi? — Eu perguntei, grogue. —

Você não é real.

Sua boca se curvou. — Eu sou real, Lucky.

Ele se levantou devagar, me puxando de volta para os meus

pés. Estava um pouco tonta e muito confusa.

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— De onde é que você veio mesmo? — Perguntei,

impressionada, apesar de mim mesma. Não lhe dei uma chance para

resposta, apenas fiquei na ponta dos pés e pressionei a boca para a

dele. Beijei-o como se não estivesse coberta de sangue, com o

congelamento da água em gelo na parte inferior da minha calça jeans

e uma contusão formando em meu rosto. Ele me puxou contra seu

peito, seus beijos escuros, profundo e doce. Queria que durasse para

sempre. Nós não tivemos um para sempre, apesar de tudo. Mal tinha

agora.

— Eu segui Constantine. — ele finalmente explicou quando me

afastei o suficiente para deixá-lo falar. — Eu teria estado aqui mais

cedo, mas fiquei encurralado por um Huntsman. Ele agora está sendo

perseguido por um dos cães de Isabeau.

Seus irmãos convergiram para nós felizes com gritos, batendo

as costas e me empurrando para a direita fora do caminho que eu me

esbarrei em Kieran. Ele teve que me pegar para que eu não caísse.

— Tenho certeza que tudo isso é muito comovente. — Magda

disse acidamente. — Mas nós estamos, tipo, no meio de alguma coisa.

Mais Hel-Blar estavam se aproximando, atraídos pela violência

e sangue na neve. Não seria muito antes de outros vampiros se

juntassem a eles, e, em seguida, os caçadores. Tínhamos que sair

daqui e nós não tínhamos tempo para lutar contra todos eles

individualmente. Sem mencionar que Isabeau ainda estava no fundo

do seu mágico transe.

— Precisamos ganhar tempo. — Connor disse, franzindo a testa

para o Hel-Blar. — E nós estamos ficando sem estacas.

— Nós poderíamos explodir o carro. — sugeri. Kieran nem

sequer olhou surpreso, embora fosse seu carro.

— O que há com você em explodir tudo? — Quinn perguntou,

Magda saltou o capô, esfaqueando com dois punhais e travando dois

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Hel-Blar ao mesmo tempo. Ela era como um gato feroz em uma

tempestade, toda garras e dentes.

— Ei, eu não explodi aquela cidade fantasma. Isso foi a Hunter.

Nicholas ficou atrás de mim perto o suficiente para que eu

pudesse inclinar ligeiramente para trás e tocá-lo. Eu ainda não tinha

me convencido de que ele era real. — Nós poderíamos acender a

gasolina também. — sugeriu. — Em um perímetro em torno nós. Iria

mantê-los longe por um tempo.

— Boa ideia. — aprovado Logan. — Vamos precisar de corda

ou algo para isso. Há muita neve de todo modo.

— Tenho corda no banco. — disse Kieran.

— Vou arrancar o tanque de gasolina. — Nicholas deu um

passo adiante, mas Quinn parou. Ele apenas levantou uma

sobrancelha em resposta.

— Eu sou mais velho. — Quinn insistiu. — E você já teve uma

semana ruim.

Nicholas bufou. — Você sabe mesmo onde o tanque de gasolina

está?

— Bem, uma porcaria.

— Cubra-me. — foi tudo que Nicholas disse antes de saltar

para a briga. Quinn e Connor se espalharam atrás dele. Logan dobrou

para trás para proteger Isabeau e Solange. Os olhos de Solange foram

revertidos em sua cabeça enquanto ela lutava sua própria batalha

interior.

— Espere. — Peguei o casaco de Kieran antes que ele pudesse

reclamar. — Você é o caçador escoteiro. Você tem isqueiro ou algo

assim?

Kieran tirou um isqueiro de um de seus bolsos da calça. —

Questão Padrão, bolso superior esquerdo. — disse ele com um

sorriso. — Nós temos que levá-lo em um uniforme escolar.

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— Assim que eu posso deixar um vampiro feliz quando

enfrentá-lo.

Nicholas já estava deslizando sob a parte de trás do automóvel.

Quinn e Magda estavam rindo como hienas mortos-vivos. Batalhas de

vampiros eram tão rápidas que faziam meu cérebro doer. Eu estava

ofegante e exausta mesmo que mal me movia. Kieran decolou para

agarrar a corda no banco. O carro sacudiu e estremeceu. Houve o

som de metal contra metal, em seguida, os vapores enjoativos nítidos

de gasolina derramando, e misturada com o cheiro de podridão.

Nicholas rastejou de volta para fora coberto de neve e graxa de motor.

O tanque de gasolina estava rasgado, mas ainda chapinhado,

impressionante.

— Entendi! — Ele gritou. — Retroceda. — Nicholas não

costumava dar ordem a seus irmãos e eles não costumavam ouvi-lo.

Mas desta vez, Quinn e Connor tanto obedeceram e até Magda caiu

para trás. Nicholas salpicou um pouco da gasolina, derramando-a

sobre o carro. Os produtos químicos deixados nos motores fariam o

resto do trabalho. Tivemos que nos afastar e nos aglomerar em um

círculo de proteção em torno da árvore. Carlos Magno saltou através

da neve para a terra ao lado de Isabel.

— Vá! — Magda ordenou ao resto dos cães. — Casa!

Eles foram para a floresta quando Nicholas enfiou a corda

dentro do tanque para absorver a gasolina. — Vamos. — Solange

gritou. Ela não parava de gritar até ficar rouca.

Quinn pegou a ponta da corda e estendeu-o para fora em um

círculo em torno de nós. Quando ele estava bem fora do caminho,

Kieran acendeu. O fogo estalou, fumando, e, finalmente, viajou

lentamente a partir da extremidade. Fumaça e gases queimavam no

ar.

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207

Connor pegou o isqueiro de Kieran. — Ei! — Quinn gritou.

Correu para fora através das chamas para configurar o carro em

chamas vulnerável. E eles não poderiam voltar para o círculo se

finalmente queimasse do jeito que queria.

— Você pode ser mais bonito. — Connor sorriu. — Mas eu sou

mais rápido.

— Vocês dois são bons, mas são dois idiotas. — eu disse. —

Fiquem dentro do círculo. — Mergulhei a ponta da minha última

flecha no pouquinho de gasolina no tanque e armei a besta. — Tenho

um presente.

Acendi a flecha, o fogo engoliu a ponta de aço. Iria derreter

através do plástico do arco e fritar o mecanismo se eu esperasse

muito tempo. Mirei cuidadosamente, segurando a minha respiração

para não sufocar. Foi difícil ver através do fogo e da fumaça.

Felizmente, o carro era um alvo brilhante e grande. Eu atirei.

A flecha passou zunindo através do círculo, pegando mais fogo

no caminho.

Não voltei a respirar até que ela bateu no carro com um

chocalho. O fogo se espalhou lentamente no início, pegando o

polvilhado de gasolina. O assento queimou primeiro, fumaça saindo

grosso para fora da janela aberta.

— Belo tiro. — Nicholas murmurou em meu ouvido, lábios

roçando meu cabelo.

O fogo subiu, atirando chicotes de luz e calor. A neve derreteu,

a água brilhava no pavimento e escorrendo na grama.

E, finalmente, em seguida, o carro explodiu.

O som sacudiu as árvores. Pedaços de metal ardente

dispararam, cortando o braço de um Hel-Blar, atingido outro em

chamas. O cheiro de cogumelos carbonizados me fez vomitar. Nós nos

juntamos mais, o calor e fumaça pressionando contra nós.

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208

Os olhos de Isabeau se abriram, mas eles estavam vermelhos,

cegos. Solange perdeu a consciência e ficou com a cabeça pendendo a

frente.

O fogo estalou e continuou queimando com um assobio

constante, lançando luz sobre a neve em torno de nós.

Apenas luz suficiente para ver que Constantino tinha ido

embora.

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209

CAPÍTULO 20 Solange

Eu estava me escondendo atrás de um monte de feno ao longo

da parede, o conteúdo da bolsa de tapeçaria espalhado no chão

quando Isabeau me encontrou. Eu estava enjoada e desorientada,

tentando lembrar por que tinha um buraco sangrento escancarado no

meu ombro. Eu estava presa a uma árvore em Violet Hill? Eu cheirava

fogo?

E como eu estava de repente na parede exterior do castelo, no

pátio, não Colina Violet? Seja o que for o que Lucy e os outros

estavam fazendo, eles teriam que fazê-lo rapidamente.

Porque aqui no castelo, alguém estava de pé em cima de mim.

Fiquei tão surpresa, eu joguei uma das caixas na cabeça de

Isabeau.

Ela abaixou. Eu empurrei de joelhos, esperando o céu estrelado

picado girarem de volta para o seu correto lugar. — Isabeau?

— Oui! — A flor-de-lis, tatuagem azul no pescoço dela parecia

brilhar, como se as peças de malha tivessem costurado em sua túnica

de couro. Ela franziu a testa para mim. — Nós temos que ir. — Ela

olhou em volta com desagrado.

— Este lugar é desagradável. — acrescentou ela, embora o pátio

parecia calmo e idílico.

— Eu não posso ir.

— Você deve. Agora. — Ela parecia agitada, o que

definitivamente não era um bom sinal. Então Isabeau nunca soou

educada e francesa.

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210

— Eu tenho que destruir o talismã primeiro. — eu expliquei,

recolhendo as caixas. — Eu tenho que ter certeza que ela não pode

nunca fazer isso comigo de novo.

— Seu cordão está fraco.

Eu pisquei. — Meu o quê? É que o código para alguma coisa?

Ela apontou para o meu umbigo, onde eu poderia apenas ver

um brilho fraco, se olhasse muito firme.

Não gastava muito tempo olhando para o meu umbigo, nunca

tinha notado antes. Ele estava magro e desgastado, como um

desvanecimento tranço de cinza esfarrapado aqui e ali. Estava tão

esticado que mal podia vê-lo em alguns pontos. Em contraste, cordão

de Isabeau era como o luar congelado e prata. Parecia forte o

suficiente para içar um caminhão.

— Se esse cordão encaixar você fica presa aqui para sempre. —

ela me disse, o tom cortado e sem brincadeira, como uma enfermeira

em um pronto-socorro. — Você precisa seguir para a casa ao seu

corpo.

— Eu ainda preciso chamá-la para fora. — eu expliquei, mesmo

que suas palavras fez o medo azedar minha barriga. Eu quebrei a

caixa com a senhora e seu cavaleiro pintado nele. Isso despertou

quando as peças se desfizeram. Senti um sotaque ir pelo ar, como se

o castelo fosse uma tapeçaria e um dos fios da urdidura tivessem

apenas estalado.

— Isso vai demorar muito tempo. — disse Isabel. — Mas eu

posso ajudar, agora que sei o nome dela. — Ela sorriu e me lembrei

de minha mãe. Lâminas da espada eram mais brandas do que o

sorriso. — Você entende que não pode lutar contra ela? — Ela

perguntou. — Apenas os seus guardas e protetores.

Balancei a cabeça uma vez. — Esta mina de luta.

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211

— Bem. — Ela olhou para a caixa quebrada. Um caco com

metade do rosto de Constantino havia pousado perto de seu pé. —

Eles ainda são queridos um para o outro.

— Sim, é tudo muito romântico. — eu disse secamente.

— São memórias, eu presumo? — Quando balancei a cabeça,

ela parecia satisfeita. — Você fez bem, Solange.

— Eu tive ajuda. — eu disse tão baixinho que não tinha certeza

de que ela me ouviu.

— Existe um lugar próximo que tem algum valor sentimental?

— Ela olhou através das sombras. — Onde eles estavam juntos?

Olhei ao redor, bem como, tentando me lembrar das memórias

que tinha visto acontecer aqui. Eles tinham estado principalmente em

Bornebow Hall. Exceto pelo tempo que ela e Constantino tinham ido

para o castelo Drake para encontrar a mãe de Viola acorrentada a um

poste e Madame Veronique no pátio. Houve a festa de Natal, a dança

com as velas, e o beijo na árvore.

A árvore.

— Lá. — Eu balancei a cabeça para a árvore na base do morro

que levava até o pátio interior. Não estava em sua memória, mas ela

incorporou em um lugar psíquico seguro. Peguei os restantes das

caixas e corri sobre a grama, até que estavam sob seus galhos. Era

uma árvore de vidoeiro pálido, as folhas brilhando como gotas de

esmeraldas e tilintando musicalmente.

Isabel olhou para mim, um machado de repente apareceu na

sua mão.

— Ok, isso é legal. — eu disse. — Não sabia que eu poderia

fazer isso.

— Já fiz esse tipo de coisa antes. — ela me lembrou com um

fantasma de um sorriso. — Você continua quebrando as caixas e vou

ver se não consigo seduzir a nossa pequena amiga.

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212

Eu ainda tinha a pedra na minha mão. Bati sobre as caixas.

— Isso ajuda se você chamar o nome dela. — Isabeau sugeriu.

— Especialmente porque agora estou aqui, uma estranha para ela em

seu Dreamscape2. Ela vai olhar desse jeito. — Ela trouxe o machado

para baixo rapidamente, cortando um galho.

— Viola!

— Viola. — eu acrescentei, pulando para cima e para baixo em

todas as peças da caixa. Eu as pulverizei em pó, se tinha que fazer.

Isabeau cortou a árvore. — Viola. — vibrou. — Viola! — Cortou. —

Viol...

Sangue espesso escorreu dos galhos quebrados e as ranhuras

no tronco branco. Riachos escorriam para baixo, enchendo os espaços

entre as raízes como pequenos poços de sangue.

De repente, eu me senti estranha. Peguei em um galho de

apoio. Podia ouvir o trovão de selas de cavalos fora da porta superior,

o flash de espadas e armaduras.

— Merda. — disse rouca quando a minha visão começou a ficar

preta. — Só mais uma coisa. — Senti meu corpo caindo mas não

podia parar.

Os cavaleiros de Viola ainda estavam avançando, Isabeau ainda

estava cortando a árvore, e eu ainda estava caindo. — Eu vou

desmaiar.

1199

Viola atravessou o campo de torneio, galhardetes tirando do

pavilhão de torres e cavalos relinchando em currais. Os sons

perfuraram seus ouvidos sensíveis e ela teve que parar se

estremecendo. O pôr do sol deu lugar à noite, o céu estava cheio de

estrelas, e os campos cheios de tochas.

2 Paisagem do Sonho

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As luzes ardiam os olhos. Cavaleiros, pajés e as mãos estáveis

aglomeraram ao redor, tendendo os cavalos e armaduras. O cheiro de

tantos corpos pressionados juntos fez água na boca. Ela sabia que eles

estavam olhando para ela, mas não conseguia se importar. Eles

estavam debaixo dela, aviso sem importância.

Sem Tristan.

Nada disso importava sem ele.

Ela continuou andando, descalça, em um vestido esfarrapado

manchado de sangue. Sussurros em sua esteira, armas caindo com um

estrondo. Um homem entrou no seu caminho, franzindo a testa. —

Senhora, você está bem?

Ele cambaleou para trás de seu caminho quando ela levantou os

olhos para ele. Ele empalideceu, confuso, mas foi capaz de voltar para

a segurança de sua tenda. Ela procurou a bandeira da família, os leões

desenfreados, os unicórnios e a barra de sinistro, que era a tarja preta

da ilegítima proclamada. Sentia-se estranhamente apaixonada por

essa marca negra, apesar da evidência de que ela não era uma

bastarda, afinal. Seu pai ainda estava implorando pelo perdão de sua

mãe. Viola, lembrando décadas de lágrimas e sangue, não queria fazer

parte disso.

Ela só queria Tristan.

Lá. O brasão de armas da família Constantino. Era uma pequena

tenda, parte do círculo maior pertencente a um barão. Tristan tinha que

prometer-se a um novo senhor, quando Phillip Vale foi encontrado

assassinado em sua cama.

Ela entrou através da abertura da tela pintada, sentindo-se tão

esperançosa quanto esteve a primeira vez que Tristan tinha dito a ela

que a amava. Ele comprometeu-se a ela, e ela amarrou uma fita à sua

proteção. Esse mesmo escudo estava apoiado contra uma mesa, a fita

desbotada e esfarrapada. Sentou-se em um banco de madeira curvada,

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214

com a cabeça entre as mãos. Seu cabelo negro caiu em seus olhos,

obscurecendo sua visão.

Ele parecia pálido e cansado.

— Deixe-me. — disse ele secamente. — Eu não estou com fome.

—Mas eu estou. — ela sussurrou.

Ele congelou. — Viola? — Sua voz falhou. Ele apertou as mãos

em seu cabelo. — Não. Você deve ser um espírito.

Ela deslizou para frente, fechando a distância pequena que

ainda estava entre eles. — Eu não sou um espírito, meu amor.

Ele olhou para cima, com os olhos vermelhos e anéis com

sombras. Havia barba em seu queixo e suas maçãs do rosto pareciam

mais proeminentes. Ela sorriu suavemente. — Você não vai me beijar?

— Vi... — Pranto entupido em sua voz. — Não é possível. O

massacre... — Ele piscou, finalmente olhando duro para ela. Ela sabia

que seu cabelo estava embaraçado com folhas e que havia manchas

inconfessáveis em seu melhor vestido. E sabia que isso não importa,

não quando eles estavam juntos. — Você está ferida. — Ele Levantou-

se tão rápido que o banco voou para trás, batendo com na palete.

— Não, eu sobrevivi.

Ele a reuniu em seus braços, as lágrimas voltando-se para uma

risada engasgada selvagem. — Eu pensei que você estivesse morta

com todos os outros. Ninguém sabia onde você estava. Tem sido

semanas. Semanas. — Ele a beijou desesperadamente, movendo os

lábios de sua boca para sua têmpora, seu cabelo e de volta para a boca

novamente.

Ela o beijou de volta, rindo com isso. Conteve-se. Alimentou-se de

um grupo de bandidos que tinha pensado surpreendê-la na floresta. E

beijando-a fez se sentir inteira novamente, sã novamente. Quase podia

ignorar o pulso quente de seu sangue debaixo de sua pele, seu cheiro

fazendo-a girar a cabeça.

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215

Ele passou a mão em seus cabelos, retirando-os. — O que

aconteceu com você?

Ela enterrou no círculo de seus braços, o rosto contra seu peito. O

coração dele ecoou em seu peito e reverberou em sua cabeça, como o

sino da igreja. — Homens com cruzes e estacas. — Ela estremeceu. —

Eles acham que eu sou má porque eu sobrevivi.

Ele olhou para ela. — Você é Lady Viola Drake. — disse ele

sombriamente. — E eles não vão tocar você.

— Há caçadores ainda atrás de mim. — disse ela. — Minha

própria família mandou. Eu não sou mais uma Drake.

Seu rosto endurecido. — Eu não vou deixar que eles te

machuquem. Qualquer um deles.

— Eu sei. — ela sussurrou. — Nem eu a você. — Suas presas

cortando suas gengivas como facas, mas Tristan já estava se virando

para pegar a espada. Ele não viu seu rosto mudar, seus olhos

brilhando.

— Nós podemos ficar juntos para sempre agora. — disse ela.

Eu acordei na maldita escada novamente.

O que significava que Isabeau estava sozinha no pátio com a

árvore sangrando e os cavaleiros de Viola. Atirei-me descendo as

escadas, embora não estava firme em meus pés ainda. Bati na parede

e mantive indo, usando as pedras para me segurar. Tropecei no meu

pé e quase bati meus próprios dentes para fora. O salão estava

enfumaçado e quente quando corri para ele. As flores secas sobre o

chão de terra coberto por ossos de frango meio comido e fezes de cães.

O verniz estava começando a descolar do interior do santuário de

Viola.

Sombriamente satisfeita com aquele pequeno triunfo, quase fui

pega por uma espada. O cavaleiro tinha viseira em seu capacete que

eu não conseguia ver o rosto dele. Ele estava rangendo armaduras e

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216

armas. Eu me esquivei, rolando para baixo. Apareci de volta para os

meus pés atrás dele. Eu não fiquei para lutar, apenas continuei

correndo.

Quebrei o topo da porta a tempo de ver os cavaleiros fechando

sobre Isabeau. Ela balançava seu machado em um grande círculo,

mantendo-os à distância. A árvore chorou sangue, a madeira branca

com cicatrizes e irregulares. Isabeau saltou sobre um golpe de espada

e cortou o braço que foi anexado a ela quando ela conseguiu. Estava

segurando ela própria. Mas ela não viu a menina com longos cabelos

loiros chegando atrás dela, chorando pateticamente em seu vestido

bordado, olhar perdido. Inocente e doce.

Ela não estava.

Mas Isabel não podia saber disso. — Atrás de você! — Eu gritei,

meio correndo, meio descendo a colina. — Não é uma menina! Não é

uma menina!

Eu estava deslizando muito rápido.

— Não! — Eu gritei, frustrada quando tudo girava. As estrelas

manchando a tela escura do céu. — Não novamente. — Segurei

firme, cavando os dedos na grama, desejando-me ficar onde estava.

Os guardas cruzaram suas lanças em conjunto, impedindo a

entrada de Viola. Ela nem sequer parou, apenas bateu os dois braços

para fora tão rápido e duro que os cavaleiros voaram contra a parede e

caíram inconscientes. Ela marchou para dentro da câmara, a luz das

velas cintilando no projeto que ela criou.

Tristan estava na cama, seu peito nu, exceto por um curativo

sangrando em torno das costelas. Cortes e contusões o marcavam da

cabeça aos pés. O sangue escorria lentamente de um corte na parte de

trás de sua cabeça.

Ela sufocou um soluço, voando ao seu lado. Ele não se mexeu.

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217

— Um dos meus guardas o encontraram. — disse Veronique,

saindo das sombras. Seu servo se encolheu no canto como um coelho

preso, os olhos arregalados.

Viola se arrastou até a cama, tocando seu rosto, seus braços,

seu peito. Ele não tinha batimentos cardíacos.

— Caçadores fizeram isso. — ela chorou. Eles invadiram a

barraca antes que ela pudesse virar Tristan e o luta durou por muito

tempo. O amanhecer penetrava no horizonte e ela teve que rastejar em

uma sombra e bloqueá-lo. Quando ela acordou, estava sozinha.

E agora estava realmente sozinha.

— E ainda assim você é a única trazendo vergonha para nossa

família. — Veronique estalou. — Nós não podemos continuar limpando

sua bagunça. Você não tem nenhum critério. Mesmo os animais

dispõem de sua morte com mais graça.

— Eu não me importo com isso. — Suas lágrimas embebidas em

suas bandagens.

— Isso é evidente.

— Você ainda tem um coração? — Ela gritou amargamente, o

sangue de seu amante em suas mãos e em seus lábios.

—Sim. — Veronique respondeu friamente. — Mas não sou

egoísta.

Viola assobiou para ela. Veronique rosnou, agarrando-se a seu

poder como o gelo em um lago no inverno.

— Não me empurra menina, — alertou. — Temos regras e os

segredos para manter. Você está nos colocando em risco.

— Ele está morto! — Viola gritou, com os olhos sangrando

vermelho. — E você é o próximo, velha. — ela prometeu malignamente.

— Você é a próxima.

Ela sabia que não poderia levá-la logo em seguida. Então

esperaria. Ela ia fica mais forte e letal. Com um último silvo, ela atirou-

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218

se para fora da janela, aterrando no telhado estável e deslizando sobre

o cavalo. Estava andando para longe quando Tristan empurrou

violentamente em sua cama, trancando na consciência.

Presas cortou o lábio inferior quando lutou contra a guerra

desconhecida dentro de seu corpo. Seus olhos estavam abertos, mas

sem ver. Veronique gesticulou para um servo lhe passar um jarro cheio

de sangue.

Viola rodeou sobre as colinas, um vento frio uivando dentro de

seu corpo. Tristan estava morto.

Morto.

O mundo era um cordeiro para ser levado ao matadouro.

O véu vermelho desceu novamente.

Pelo menos desta vez eu acordei no mesmo lugar.

E com a mesma batalha na parte inferior do morro, mas

Isabeau já tinha despachado o último dos três cavaleiros. Seus

cavalos fugiram para longe. Ela se virou para a menina chorando. —

Não é uma menina. — Eu repeti, pulando freneticamente ao longo dos

cavaleiros caídos.

— Eu sei. — disse Isabel. Ela tinha o fragmento de um espelho

em sua outra mão. Ela inclinou-a para a menina e olhou para ele. O

reflexo da menina brilhara em Viola.

Em seguida, a menina real fez a mesma coisa.

Viola parecia uma donzela medieval de uma pintura, com seus

cabelos de ouro adornado com flores e as mangas borboleta de seu

vestido azul. O pingente esculpido estava em uma longa corrente no

pescoço.

Os cavaleiros agitaram-se a seus pés. Levantaram-se, rangendo

armadura, e colocaram-se entre nós. Eu arranquei a espada do braço

decapitado, sem tirar o olhar de Viola. Brandi, obtendo e sentindo o

peso. Não era uma espada, como eu preferia, mas serviria.

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219

Espetei o primeiro cavaleiro, dirigindo a ponta da espada na

dobra entre o braço e peitoral. Peguei a faca de sua mão quando ele

caiu. De repente estava grato por todo o estudo que tive que fazer do

século XII. Sabia que os pontos fracos da armadura, sabia que eram

lento quando estavam fora de seus cavalos. Esperei até o próximo

cavaleiro pesadamente olhar para seu companheiro, em seguida,

atirei o punhal. Ele perfurou o olho.

O sorriso de Viola morreu quando o segundo cavaleiro

desembarcou de volta a seus pés.

— Merda. — Isabeau jurou quando o machado desapareceu de

sua mão. Ela parecia insignificante. — Estive aqui por muito tempo.

— Ela desapareceu por um momento, como uma chama de vela

apagando. Ela solidificou novamente, mas eu podia ver lhe o custou.

Suas tatuagens e amuletos eram a coisa mais brilhante sobre ela.

— Você disse que eu tinha que lutar com ela de qualquer

maneira. — disse. — Então vá! Vá agora!

— Venha comigo, Solange!

— Tenho que fazer isso. — eu insisti, apontando a espada em

Viola. Isabeau vacilou novamente. — Vá! — Eu gritei para ela. — Vá

agora!

Isabeau se manteve desaparecendo, mas levou os cavaleiros

com ela, batendo lhes com a última explosão de sua magia. Até

mesmo os guardas das muralhas desmoronaram. Viola empalideceu.

Isabeau teve apenas tempo suficiente para atirar-me um de seus

raros sorrisos antes que explodisse em luz. O brilho pairou ali por um

momento antes de canalizar para o meu cordão de prata esfarrapado.

Eu estava sozinha com Viola. Finalmente.

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220

CAPÍTULO 21 Lucy

O fogo morreu muito cedo.

Ficamos engasgados com a fumaça com um veículo em chamas

e uma meia dúzia de gritos Hel-Blar. Estava sem flechas e havia

apenas algumas estacas entre todos nós. Mesmo dos bolsos de Kieran

não estavam aparecendo nada para nos ajudar agora.

— Kieran, você pode fazer uma corrida com Lucy. — perguntou

Nicholas. — Você pode levar um dos Jeeps. — ele adicionado quando

Logan jogou as chaves.

— Eu não estou deixando vocês. — Eu gaguejava. — Quando

você caiu e bateu a cabeça?

— Lucy, você está fora sem flechas e nós estamos sem opções.

— Ele lançou um rápido olhar para Quinn, que estava atrás de mim.

Peguei um punhado da camisa de Nicholas. — Eu não vou

deixar você, seu grande idiota burro. — Eu chicoteei minha cabeça e

tiro de Quinn um clarão. — Tome mais um passo. Eu te desafio. —

Eu sabia muito bem que ele tinha planejado deslocar-se sobre mim e

me jogar por cima do ombro. Ele fez uma pausa, sabendo tão bem

que me machucaria se ele tentasse.

Fê-lo de qualquer maneira.

De repente eu estava no ar e, em seguida, envolto por cima do

ombro, que cavou dolorosamente sob minhas costelas.

— É mais rápido dessa maneira. — disse ele.

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Movi, praguejando. — Ponha-me no chão, você bundão morto-

vivo.

— Só estou tentando salvar sua vida, ingrata. — ele disparou

de volta com ânimo sombrio. Eu dei um soco bem na bunda desde

que não poderia chegar a qualquer outra parte dele. — Pronto Kieran?

Tudo o que podia ver era a neve derretida aos seus pés. O

estalido das mandíbulas ficou mais alto e o cheiro de metal e

borracha queimada era nocivo. Eu tossi. Quinn correu adiante,

Kieran executou tudo para manter-se. E então Quinn tropeçou em

uma parada tão abrupta que eu balançava desconfortavelmente,

ficando enjoada. Segurei em seu cinto quando todo o sangue correu

para a minha cabeça. — O que está acontecendo? — Eu tentei espiar

ao redor. — Olá?

— Mãe. — Quinn disse assustado.

— Graças a Deus. — eu disse, sentindo-me como se pudesse

ter uma chance, pela primeira vez naquela noite. — Ponha-me no

chão. — Agarrei sua bunda desta vez em vez de esmurrar ele.

Ele empurrou. — Oh.

— Bem, me coloque no chão.

— Eu pensei que disse a vocês, rapazes, para manter a garota

em casa. — disse Helena.

— Pensando bem, é mais seguro aqui. — eu murmurei. Quinn

me liberou tão rápido que a dor deflagrou em minhas pernas quando

bati no chão. Virei-me, engolindo. — Oi.

Helena enviou-nos um olhar de advertência que Quinn

aproximando-se dos outros para autopreservação. Liam estava atrás

dela, os olhos brilhando. — Solange? Nicholas? — Helena girou e

nós estávamos fora de suas miras para o momento. — Isabeau

encontrado você. — Liam disse, sua voz entupida com lágrimas. —

Graças a Deus.

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222

Tia Hyacinth, Sebastian e Marcus estavam lutando contra os

Hel-Blar. O carro de Kieran ainda estava queimando. Duncan

deslizou atrás da roda do jipe de Logan e bateu no acelerador,

apontando para eles como Kieran tinha anteriormente. Era como

assistir a um jogo de Frogger vampiro. Tio Geoffrey já estava

inspecionando a ferida de Solange. Ele estava prestes a puxar a flecha

quando Isabeau estremeceu violentamente. Ela esteve sentada tão

quieta que todos nós saltamos em resposta.

Ela engoliu em seco. — Eu não poderia ficar por mais tempo.

Logan estendeu a mão e cortou a fita ao meio, ajudando-a a

seus pés. Ela parecia exausta, mas energia estalou fora dela ao

mesmo tempo. — Não. — alertou o tio Geoffrey. — Ela ainda está

lutando para controlar.

— Ela está... Bem? — perguntou Helena, como se estivesse com

medo da resposta. Ela tocou o cabelo de Solange. Liam tinha os

braços em torno de Nicholas como se nunca fosse deixá-lo ir. Eu

sabia exatamente como ele se sentia.

— Ela é mais forte do que pensávamos. — Isabeau respondeu

cansada. — Ela vem lutando contra este espírito desde antes da

coroação.

— Nós não tínhamos ideia. — disse Helena. Suas presas

enfiaram debaixo de seu lábio. — Nós pensamos que ela estava

apenas desajustada. Mal.

— Acredito que o espírito de Viola Drake vem tentando ganhar

uma posição desde o aniversário de Solange.

— Viola Drake. — perguntou Liam.

— Pô, como é que nós não sabemos disso? — Helena rebateu.

— E quem diabos é Viola Drake?

— Nós não podemos ficar aqui. — interrompeu o tio Geoffrey.

Page 223: 06 blood prophecy

223

— Nós não saberemos ao certo até que ela acorde amanhã, mas

estou quase certo que ela vai prevalecer. — Isabeau se endireitou.

Mesmo que podia ver que ela estava tão cansada que queria cair

contra Logan, ela não se deixaria. Ela cravou os dedos na pele de

Carlos Magno. — Fiz o que pude para ajudá-la.

— Obrigado. — Liam sussurrou.

— Eu vou ter que sedá-la, se você acha que ela ainda pode ser

perigosa. — disse o tio Geoffrey. — Mas nós temos que levá-la para

casa. Os Hel-Blar não são os únicos perigos aqui fora esta noite.

— Temos Caçadores no nosso rabo. — Helena explicou

sucintamente.

— Bom. — Kieran interrompeu. — Eles podem cuidar do resto

destes Hel-Blar.

— Bem pensado. — Helena assentiu com aprovação. Ela pode

não eviscerá-lo por não me levar de volta na escola, depois de tudo.

Tio Geoffrey tirou uma perversamente longa seringa fora de seu

estojo de couro preto. Estava recheadas com frascos de sangue,

garrafas de Hypnos, estacas e restrições. Aparentemente, eles

estavam preparados para praticamente qualquer coisa com este

exorcismo. Ele injetou o sedativo em Solange e, em seguida, puxou a

flecha com um puxão rápido. Sangue reuniu na ferida. Ela caiu para

frente mole. Helena a pegou, levantando-a como se ela fosse um bebê.

— Nós temos três jipes. — disse Liam. — Deve haver espaço

suficiente para todos.

— Eu vou voltar para as cavernas. — disse Magda.

— Não é seguro lá fora. — argumentou Liam, mas Magda já

havia balançado em uma árvore e estava pulando de galho em galho.

— Ela vai ficar bem. — Isabeau assegurou. — Mas vou voltar

com você, apenas no caso, eu posso ajuda-la mais tarde.

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224

— E eu vou levar Lucy e Kieran de volta. — Nicholas ofereceu.

Kieran atirou-lhe as chaves de Logan.

Liam apertou seu ombro. — Depressa para casa.

Uma sirene de caminhão de bombeiro lamentou à distância. —

Essa é a nossa deixa. Vamos sair daqui e deixar os Caçadores fazer o

seu trabalho.

As narinas de tio Geoffrey queimaram. — Eles estão quase aqui.

Liam olhou para seus filhos. —Prontos? — Eles acenaram. —

Vá!

Helena já havia decolado com Solange, que pendia inerte, o

sangue escorrendo de seu ombro.

Um Hel-Blar gritou, esforçando-se para superar os outros para

chegar até ela. Eles ficaram loucos com feromônios envenenando-os e

sua fome selvagem natural. O cheiro de podridão misturado com

fumaça tóxica. Eu cobri meu nariz e a boca com a gola da minha

camiseta e fiz uma corrida, Nicholas e Kieran mantendo o ritmo.

Em ambos os lados de nós, os Drakes revidaram. O som de

ossos quebrando era audível, mesmo em murmúrio e o silvo do fogo.

Duncan fez 360 graus com o seu veículo, deslizando em posição

perfeita.

Helena jogou Solange no banco de trás, em seguida, saltou para

o teto como os outros empilhando dentro, ela chutava violentamente a

qualquer aproximação de Hel-Blar. Liam acompanhou no segundo

carro com igual ferocidade.

Nicholas galopou em frente e pelo momento em que cheguei ao

Jeep, a porta do passageiro estava aberta e ele estava deslizando

sobre o capô no lugar do condutor. Kieran mergulhou no banco

traseiro atrás de mim e eu bati minha porta. Quando Nicholas

deslocou, eu vi o primeiro de grupo de Caçadores sair da cobertura

das árvores. Eles estavam armados até os dentes e mais do que capaz

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225

de despachar o restante Hel- Blar. Os outros carros dispararam na

direção oposta, em direção à fazenda.

Nicholas acelerou passando o carro queimando de Kieran e

desligou na primeira rua lateral, para evitar a aproximação dos

caminhões de bombeiros. Estavam longe o suficiente que levaria pelo

menos mais cinco minutos para chegarem até aqui. Kieran indicou o

local que nós batemos ao longo da estrada de terra. Os Helios-Ra

estavam equipados para lidar com os Caçadores antes de terminar o

trabalho.

Esfreguei meu lado. — Eu acho que Quinn quebrou meu braço.

— O qual é nada comparado com o que sua mãe vai fazer com o

meu. — disse Kieran, inclinando a cabeça volta.

— Não se preocupe. — assegurei. — Ela vai cansar chutando a

minha bunda desta vez.

Nicholas rolou todas as janelas até que o vento frio criou um

pequeno furacão dentro do carro. Empurrei o cabelo do meu rosto

para olhar o seu caminho. Sua mandíbula estava apertada.

— Você está bem? — Eu murmurei.

— Tudo bem.

— Ah, porque isso é convincente.

— Precisa de meus plugues de nariz? — Kieran perguntou

casualmente, mas podia vê-lo chegar para o último jogo.

Nicholas abriu a claraboia. Ele parou rangendo os dentes

quando o túnel de vento o atingiu. — Estou bem. — ele disse, e desta

vez acreditei nele. Eu temia ligar os aquecedores.

— Você não poderia ter-se sentado em um carro como este, com

tanto de nós, há algumas semanas. — eu apontei.

— Eu já passei por pior desde então. — ele respondeu

calmamente. Estremeci e peguei sua mão. Ele segurou bem, tecendo

seus dedos nos meus.

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226

— Alguém mais acha que o mal deve ter um período de férias,

para que possamos pegar uma soneca? — Eu perguntei levemente,

tentando aliviar a tensão. As luzes de Violet Hill se aproximaram e

Nicholas desacelerou para o limite de velocidade.

Ele parou na calçada em frente da casa de Kieran.

— O inferno de uma noite. — disse Kieran em forma de um

adeus quando ele saiu.

— Ei. — eu disse, inclinando-me para fora da janela enquanto

ele se afastava, mancando ligeiramente. — Você vai amanhã à

fazenda?

Ele fez uma pausa. — Eu não sei se isso é uma boa ideia. —

Ele virou a cabeça. — Chame-me e me diga se ela estiver bem.

Nós assistimos Kieran ir até sua varanda, coberto de fuligem e

lama.

— Acho que eles vão resolver isso. — perguntou Nicholas.

— Os gêmeos emo. — eu perguntei. — Eles se amam, então

sim. Além disso, pretendo bater as suas cabeças juntas.

Saímos da cidade em silêncio, até que Nicholas parou pouco

antes de chegar à escola.

Ele apagou as luzes, mas manteve o carro ligado para não

congelar com as janelas abertas. Eu desapertei o cinto de segurança

para que eu pudesse voltar para encará-lo. Eu me senti

estranhamente tímida. Agora que ele estava seguro, eu poderia

realmente ver as mudanças nele. Seu sorriso era tão grave, mas ele

carregava certa escuridão que não esteve lá antes. Ele foi

pressionado, da forma como soldados na guerra são. E se tudo sobre

ele tinha se alterado, incluindo a forma como se sentia sobre mim?

— Porque é que o seu coração acelerou desse jeito? —

Perguntou ele, esfregando o polegar sobre o pulso do lado de dentro

do meu.

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227

Engoli em seco. — Adrenalina.

Ele inclinou a cabeça. — Você sabe que posso sentir o cheiro

quando você está mentindo.

— Ei. — Eu fiz uma carranca. — Não permito superpoderes

vampiros.

— Eu nunca concordei com isso. — Ele sorriu, seu sorriso torto

carinhoso quase apagou minhas dúvidas. — O que está acontecendo

dentro dessa cabecinha ocupada, Lucy?

— Nada. — Ele só olhou para mim até que eu me contorcia. —

É estúpido. — eu murmurei. — Especialmente considerando a noite

nós tivemos.

— Diga-me, de qualquer maneira.

— Você está diferente.

Eu o senti puxar um pouco para trás. — Diferente como?

— Não de uma maneira ruim, você só passou por tanta coisa.

— E então? — Ele cutucou.

— Eu ainda sou só eu. E se... — Eu dei de ombros, sentindo-

me ainda mais burra agora que tinha colocado em palavras.

— É pouco idiota. — ele disse, meio rindo. — Você é a única

coisa que me salvou. Novamente. Você me mantém salvo e nem sabe

disso.

Suas palavras derreteram o iceberg no meu peito. Olhamos um

para o outro por um longo tempo. Seus os olhos cinzentos eram como

fumaça. Ele ainda tinha cicatrizes no pescoço e nos braços. Mas

estava aqui. Estávamos juntos. Havia tanta coisa para dizer, mas não

havia palavras.

Chegamos a um para o outro, em vez, caindo em um beijo tão

profundo e necessário, apagando todas as coisas horríveis que

acabamos de passar. Sua boca era dura, quase desesperada. Segui os

músculos em seus braços sobre o peito. Não podia chegar perto o

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suficiente. Ele arrastou seus lábios lentamente pela minha garganta e

tremi até meus dedos do pé. Mal conseguia recuperar o fôlego.

— Você se livrou de seus óculos. — disse ele baixinho,

passando a ponta do dedo no meu nariz.

— Você manteve nebuloso. — Eu provoquei, ainda beijando-o.

Seus lábios se curvaram sob o meu, e em seguida, a brincadeira se foi

e ele se inclinou, pressionando-me no banco. Ele beliscou minha

boca, provocando e degustando até a minha cabeça girar, até que

meus lábios formigaram, e meus joelhos derreteram. Nossas línguas

se tocaram, sua mão fechou no meu cabelo. Eu o puxei para mais

perto. Não estava perto o suficiente. Me mexi para dar mais espaço no

assento apertado e bati cotovelo no console. Os alfinetes e agulhas em

meu braço me distraíram. Nicholas se afastou um pouco.

— Uau. — eu disse, com tristeza. — Acho que deveria ir antes

da minha detenção se transformar em uma expulsão.

Havia uma promessa em seus olhos cinzentos. Meu rosto ficou

quente. Seu polegar traçou meu lábio inferior, com o olhar caindo de

volta para minha boca. Ele me beijou mais uma vez, um beijo

demorado e suave que roubou todo o pensamento coerente da minha

cabeça.

Ele se afastou e levou um longo momento antes de eu sentir

que poderia lembrar como funciona a porta. — Eu vou sair daqui.

Você definitivamente não pode estar no campus agora com todos os

caçadores extras. O lado positivo, estarei perfeitamente segura.

— Teste de qualquer maneira, quando você entrar.

— Ok. E vou estar na fazenda ao pôr do sol para quando

Solange finalmente acordar.

— Você não tem aula? — ele perguntou, com os cabelos

desgrenhados do meu toque. — E detenção?

Eu bufei. — Sim, como isso vai me parar?

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CAPÍTULO 22 Solange

— Eu estava apaixonada. — Viola disse, olhando melancólica e

indefesa. — Certamente, tenho o direito de ser feliz. Madame

Veronique roubou isso de mim. — Uma única lágrima tremeu em sua

parte inferior dos cílios antes caindo pelo seu rosto. — Eu nem sabia

que ela tinha feito ao meu amado Tristan até que eu estava já morta,

até que não havia nenhuma esperança para nós em tudo.

Eu sentiria muita pena dela se ela não fosse uma vadia

psicótica.

— E quanto a todas aquelas pessoas no Bornebow Hall? —

Perguntei.

— Isso foi... um acidente. — Seu arrependimento parecia

genuíno, mesmo que pesasse muito menos do que sua necessidade

egoísta por Constantino. Seu lábio inferior tremeu. — Eu não sabia o

que eu era. Acordei coberta no sangue.

Essa parte eu quase podia perdoar. Se não tinha ideia de que

havia mudado, como saberia sobre a cólera de fome? Eu ainda estava

lutando e tinha séculos de prática essencialmente codificados em meu

DNA. Lembre-se, eu estava lidando com ambas as nossas

necessidades, mesmo sem perceber.

— Eu vi o que você fez. — eu respondi com firmeza. — Mesmo

antes de Veronique estar envolvida.

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— Nós poderíamos estar muito bem juntas. — disse ela. — Nós

poderíamos ser a rainha. Nem mesmo a nossa avó conseguiria nos

parar.

— Eu não tenho nenhuma intenção de ficar presa para sempre

com você. — eu disse a ela, a luz queimou através da minha espinha.

Pareciam pequenos choques elétricos através da minha barriga, como

se alguém estivesse puxando a outra extremidade. — E quantas vezes

eu tenho que dizer? Não quero ser a parva rainha dos malditos

vampiros.

— Esqueça a coroa, então. — disse ela, provando que era

secundário para seus planos. Nós tínhamos razão em pensar que a

coroa era apenas um símbolo, algo que incidiu a sua vontade. Isso é

tudo que a magia é, no final.

Focada na vontade. Lembro-me de Isabeau me dizer isso uma

vez. — Eu só quero Tristan. Nós merecemos uma chance de estar

juntos.

— Não mais do que Kieran e eu merecemos estar juntos. Não

mais do que a minha família e os meus amigos merecem a sua

própria felicidade.

Sua máscara de donzela em perigo caiu como o barro amassado

no chão. — Ela o levou de mim. — ela sussurrou.

Morcegos circularam, rangendo. Ela sacudiu os dedos,

enviando-os em mergulho com um bombardeio para mim. Eu levantei

minha palma e eles pararam como se batessem numa parede

invisível. Se eu tivesse que levar os seus pecados, eu ia muito bem

levar a minha compensação com os outros dons. Ela rosnou. — Ela

me matou, ela te disse isso?

— Madame Veronique não me disse nada sobre você. — eu

murmurei, vendo o sangue jorrar na árvore atrás dela. Escorria pela

grama em direção a seus pés, manchando a bainha de sua túnica. Eu

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me lembrei dela andando pelo acampamento do torneio olhando

muito similar. — Ela tinha vergonha de você e apagou seu nome da

nossa árvore genealógica.

Eu sabia que ia enfurecê-la. Passei muito tempo andando por

suas memórias e presa em sua cabeça para saber quais botões

apertar. E o papai sempre diz: se agir com raiva perde a batalha.

— Eu só fiz o que ela me fez fazer.

— Meu pai tem um discurso de responsabilidade, você devia

ouvir. — eu disse. — Só que realmente não quero ficar aqui por um

segundo a mais.

— Concordo. — Suas mãos enroladas como garras enquanto

fechava em torno de um punho da espada que arrancou de um de

seus cavaleiros. A lâmina estava começando a enferrujar, derramando

flocos de cor cobre. Ela virou para mim e saltou para trás, facilmente

evitando o golpe. Ela não era muito boa. Defendi o próximo e girei ao

redor, lhe dando uma cotovelada no rosto. Ela gritou e virou

cegamente.

E então percebi que ela não estava tentando me pegar. Estava

tentando cortar o cordão de prata que me liga ao meu corpo, cortar o

meu único caminho de casa.

Bloqueei outra estocada e empurrei-a pelo braço para que ela

fosse forçada a continuar o movimento, dobrando longe de mim.

Dirigi o punho da espada na parte de trás do pescoço dela e ela

tropeçou, gritando. As flores em seu cabelo foram murchando e os

bordados finos desvanecendo de suas mangas. Apenas o pingente

ficou polido e perfeito, o casal pintado feliz zombando de mim com

cada golpe.

Esperei que ela girasse em torno de volta para me encarar e

quando ele elevou no ar, saltei a ele. A forte lâmina cortou a corrente.

Antes do pingente cair, nossas espadas entraram em confronto mais

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uma vez, violentamente e brutalmente. Pedaços de ferro e ferrugem

explodiram.

O pingente caiu na grama entre nós.

Por um instante, tudo desapareceu em tons de cinza, como se o

pingente tivesse sugado todas as cores do mundo e as manteve para

si mesmo. O vestido pintado, os olhos violetas de Constantino, os

lábios vermelhos de Viola.

Seu olhar saltou para mim, mostrando o medo real pela

primeira vez.

Ambas nos lançamos para ele ao mesmo tempo. Ela parou de

repente, me revestindo quando mergulhei para o pingente. A força de

seu braço na minha garganta me fez engasgar e ver estrelas. Quando

caí, capotei no ar, batendo as solas dos meus pés em seu peito. Nós

caímos no chão com tanta força que tremia sob nós. Pedras

derrubadas das paredes quando musgo e hera começaram a crescer

entre eles, separando a argamassa. Viola mostrou os dentes para mim

enquanto tentava empurrar-se nos cotovelos, olhando em torno por

ajuda que não vinha. Isabeau tinha demolido seu apoio.

Mas ainda estávamos dentro de sua cabeça, e ela vem fazendo

isso há muito mais tempo do que eu.

— Tristan!

Eu ainda não tinha me empurrado até os joelhos antes de

Constantino vir correndo ao redor do outro lado da colina, uma dúzia

de cavaleiros a cavalo atrás dele. Espadas e lanças erguidas ao céu.

Seu grito de batalha reverberou por toda parte.

Tentei um último salto para o pingente antes de ter pisado sob

os cascos. Viola não podia ficar de pé. Ela parecia tão quebrada como

eu me sentia. Em vez disso, ela se contorceu e tentou me chutar na

cara. Esquivei, mas ela pegou meu ombro e tirou faíscas de dor pelo

meu braço. Morcegos emaranharam no meu cabelo.

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Ela estava realmente começando a me dar nos nervos.

O meu cordão de prata queimando, passando de luz das

estrelas à luz solar e me cegando momentaneamente. Isso foi algo,

pelo menos. Mas não o suficiente.

Os cavaleiros nos cercavam, os cavalos arranhavam o chão.

Constantino baixou a lança, a ponta perversamente apontada que

visava minha garganta já machucada. Seus olhos eram da mesma cor

violeta, mas sem a intensidade de vampiro. Seu cabelo preto enrolado

sobre sua rede e havia cicatrizes em suas mãos. Este era o Tristan de

Viola. Não era um vampiro, no entanto, apenas um cavaleiro humano.

Rolei na sujeira para o meu punho da espada, encolhendo-me

do lance. O som das lâminas deixando suas bainhas sussurraram ao

meu redor, como serpentes venenosas. Viola tinha ressuscitado os

cavaleiros e seu verdadeiro amor. Eles morreriam por ela. E eles

alegremente matavam por ela. Eles não eram sequer tecnicamente

reais, apenas invenções de seu passado. Memórias.

Mas neste lugar, as memórias podem matar.

Tinha apenas outra pessoa que ela não podia controlar, que era

tão real quanto eu era.

Gwyneth.

Ela estava no arco da porta, a hera e musgo crescendo

descontroladamente atrás dela, puxando para baixo as pedras e

rachaduras nas paredes. Seus pés descalços enlameados escavados

na grama e a terra fraturou como teia de aranha, rachaduras em um

para-brisa.

— Você! — Viola retrucou, com igual medo e ódio. — Não é

possível. Mate-a. — ela ordenou, e metade dos cavaleiros foram para

Gwyneth, cascos arremessando pedaços de terra em cima de mim. Na

pausa momentânea consegui agarrar a minha espada e bloquear o

ataque de Tristan, empurrando-o de lado. Rolei para além do seu

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alcance e dentro do espaço abandonado pelo cavaleiro atrás de mim.

Caí na ponta dos meus pés, saltei para a espada de prontidão. O

cavalo mais próximo tentou me morder. A lança de Constantino ainda

estava entre mim e o pingente.

— Chame o dragão! — Gwyneth gritou para mim, quando o

chão levantou e cedeu ao seu redor. Os cavaleiros frearam seus

cavalos, andando lado a lado, tentando encontrar um caminho.

— Como? — Eu gritei de volta. — Este não é O Senhor dos

Anéis!

— Sangue para sangue. — disse ela. — Só você pode acabar

com isso agora.

O dragão iria me servir. Continha à memória de Viola de

Madame Veronique e todo o Drake clã e ela o temia que porque temia

sua família.

Eu não. Era a própria fonte da minha força.

Precisava de sangue de Viola, mas não poderia ia até ela, não

com Constantino e seus cavaleiros protegendo-a.

Precisava de algum tipo de distração. Apontei para um dos

morcegos e joguei minha mão, direcionando-o a Constantino. O

morcego mergulhou baixo em sua cabeça. Ele se se abaixou, jurando.

Enviei mais três, como uma música condutora conduzindo uma

sinfonia de morcegos. Seu cavalo recuou nervosamente. Eu guiei os

outros morcegos para os outros cavaleiros, deixando o resto pairar

sobre o pingente em uma nuvem negra frenética quando Viola

arrastou para frente. Ela acenou e eles voaram entre nós, confusos.

O tempo estava se esgotando. Um dos morcegos já estava sendo

espetado por uma lança.

Corri para a árvore, arrastando minha mão ao longo da lâmina

da espada. Sangue saltou para a superfície quando corte abriu o

tronco. Doeu muito mais do que parecia quando faziam isso filmes.

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Bati minha mão sobre um pouco do sangue arrancado do tronco da

árvore e esperei. Viola gritou e correu para mim.

E então o dragão arrancou do céu como se fosse nada mais do

que brilhante tecido índigo de papel.

Era tão grande quanto me lembrava, todas as escalas de azul e

prata, e cumes em sua coluna tão altas como menires. Ele circulou

sobre nós, ameaçador e inspirador. Sua cauda chicoteou para trás e

para frente, formando um vento forte que arrasou a grama. Fumaça e

faíscas saiam de suas narinas.

Viola fez um som de engasgo com medo e subir para a sela por

trás de Constantino. O pingente ainda estava no chão. O dragão abriu

as suas enormes mandíbulas e disparou uma bola de fogo como um

cometa. Ele arrastou suficientes faíscas para chamuscar a grama e

denegrir as pedras. O cavalo empinou, em pânico.

Os cavaleiros dividiram a sua atenção, lutando contra o dragão

e Gwyneth, enquanto ainda tentavam proteger Viola e me afastar do

pingente. O dragão mergulhou baixo, rasgando suas garras sobre as

ameias. Uma das torres menores caiu já enfraquecida pelo fogo e

rastejo de hera. O arrasto de suas asas batendo quase derrubou um

cavalo. O cavaleiro caiu no feno em chamas. Gwyneth ficou sob o

apoio do arco do portão. Ela estava coberta de fuligem e queimaduras,

mas parecia mais feliz que eu já vi. Estava realmente sorrindo.

O dragão circulou de volta, vapor ondulando de suas narinas

do tamanho de cavernas quando ele respirou fundo para atirar mais

fogo. Desta vez, quando os cavalos saltaram, Viola caiu. Constantino

firmou sua montaria antes de deslizar para fora da sela para alcançá-

la.

Esta era a minha única chance.

Sopro do Dragão correu no ar, a minha garganta estava tão

seca como o resto de mim estava encharcado. Meu cordão de prata

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queimava dolorosamente. Tinha certeza de que Isabeau estava na

outra extremidade, puxando-o mais forte que podia. Realmente me

puxando através da grama. Sabia que era um aviso, sabia que estava

correndo contra o tempo. Ainda assim, puxei para trás, cambaleando

nos últimos metros. O pingente estava ao meu alcance. Estava tão

perto agora.

Cortei-o com a espada. A lâmina pingando, deixando um

arranhão, mas não muito mais. Tentei novamente e a força quase o

atirou de volta para Viola. Era mais duro que tinha assumido. A

madeira não quebrou em pedaços como um camafeu ou um pingente

de vidro teria e as filigranas decorativas eram de ferro. Arranhei a

tinta, mas o dano não foi suficiente para me libertar da magia da

fortaleza de Viola.

Peguei-o, procurando freneticamente por outra maneira de

destruí-lo. Havia pequenas fogueiras ardentes em todos os lugares,

mas nenhum deles parecia quente o suficiente para consumir o

pingente com rapidez suficiente para evitar que Viola o alcançasse e

colocasse de volta. A chuva já estava começando a cair, dura como

moedas de prata. A lama tornou tudo escorregadio em poucos

segundos. Trovão retumbou, como um cão com raiva caindo sobre

nós.

Dragão de fogo era a única coisa que iria produzir calor

suficiente, mesmo em um dilúvio.

Deslizei pela grama molhada, piscando a água de meus cílios e

esquivando dos cavalos em pânico e golpes de espadas. O corte na

minha mão sangrava lentamente, fazendo com que o pingente

deslizasse. Tive que me meter numa melhor posição melhor. Corri

para fora do escudo protetor de galhos de árvores e o mais rápido que

possivelmente podia na direção do dragão, enquanto todo mundo

estava fugindo dele.

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Todos, exceto Viola e Constantino, que estavam de volta em

uma sela e atrás de mim, tão perto que podia ouvir o ronco do cavalo.

Os cascos eram impiedosos, um martelo constante caindo em cima de

mim. Acima nós, a tempestade continuou a cair.

Relâmpago rasgou através de uma das asas de couro do

dragão. Ele gritou de dor, fogo em erupção em uma gigante nuvem,

tingida com o odor acre de carne queimada e sangue. Ele espiralou,

perdendo o controle e caindo no telhado. Telhas de ardósia

dispararam em todas as direções. Constantino lançou sua lança para

mim, mas não me atingiu quando ele se concentrou em controlar seu

cavalo do fogo enlouquecido.

O dragão rugiu novamente, espalhando mais fogo. Estava perto

o suficiente para chamuscar as pontas do meu cabelo e deixar

minhas bochechas vermelhas, como se eu tivesse queimado no sol.

Joguei o pingente para o alto para as chamas e saltei para fora do

caminho. O calor do fogo fez vapor secar minhas roupas molhadas.

— Não! — Viola gritou. — Não!

Caí dura, descendo uma colina até a porta onde Gwyneth

estava se escondendo. O meu cordão de prata estava tão brilhante,

era como um caminho de luar através dos bosques escuros.

Agora ou nunca.

— Vá! — Gwyneth gritou. — Agora!

— Venha comigo! — Gritei de volta, tentando lhe agarrar a mão.

Ela apenas balançou a cabeça tristemente. — Eu não posso.

E então ela me empurrou.

Desta vez, eu não caí em uma das memórias armazenadas de

Viola, mas em um flash de prata, como um relâmpago.

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CAPÍTULO 23 Lucy

Quinta-feira

— Você tem que parar de escrever nos livros da biblioteca. —

disse Tyson.

— Vou se você parar de olhar para mim como se eu tivesse

chutado um gatinho. — eu respondi, deslizando o livro ofensivo longe

dele. — Não poderia ajudá-lo. Alguém precisa editar essas coisas.

Sentou-se na cadeira da biblioteca. — Sim, eles são chamados

de editores e já fizeram isso.

Bufei. — Por favor. Poderia dirigir um caminhão através dos

buracos na sua educação.

— Estamos aqui por causa de sua educação, não a minha. —

Na verdade, ele baixou a testa e bateu na mesa. O bibliotecário me

enviou um olhar severo.

— O quê? — Disse. — Não sou a pessoa me dando uma

lobotomia. — Concentrar-me foi ainda mais difícil do que o habitual.

Nós não saberíamos como Solange estava até que o sol se posse e

ainda estava a horas de distância. Estava relegada a tutoria para não

ficar louca. Provocar Tyson era mais divertido. Cutuquei com o

sapato.

— Vamos lá, você o ama. Está aprendendo merda apenas por

uma questão de aprendizado. E os vampiros não comem corações

crus.

— E Lady Natasha?

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— Por favor, ela foi atingida por morcegos loucos. Não pode

julgar todos os vampiros por ela. Isso seria como julgar todos Helios-

Ra pela Hope. — Que, tinha que admitir, eu fiz em primeiro lugar. —

E olá, nunca conheceu um humano louco?

— Estou falando com uma agora. — ele retrucou, com a voz

abafada.

Eu dei um tapinha encorajador no ombro. — Não se preocupe,

vou fazer isso para você, dizendo a Jenna quão inteligente e quente

que você é.

— O quê? — Levantou a cabeça, meio horrorizado, meio

intrigado. — Por quê? O que foi?

Eu ri, folheando o livro seguinte a história sobre a pilha entre

nós. — Ei, saia! Minha avó está aqui. — Eu arregalei os olhos. — Eu

não tinha ideia de que ela estacou muitos Hel-Blar em seus setenta

anos.

— O que você quer dizer com Jenna. — perguntou Tyson,

baixando a voz de modo que não seria ouvido.

— Nós não deveríamos estar estudando? — Eu perguntei a ele

formalmente.

— Lucy.

Comecei a rir. — Oh, Tyson, você realmente é adorável.

— Ótimo. — ele murmurou. — Tenho cachorros e gatinhos.

— Tenho certeza que Jenna não acha isso. — Dei o meu sorriso

mais deslumbrante sobre o ombro. — E lá vem ela agora.

— Não. — Ele engoliu em seco, balançando o pomo-de-adão. —

O que você fez?

— Eu disse a ela para me encontrar aqui. — disse, piscando

inocentemente. — Mas me esqueci de que tenho que encontrar

Hunter.

— Não, você não.

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— Oi, Jenna. — eu disse brilhantemente, enganchando meu pé

em torno do tornozelo de Tyson debaixo da mesa para que ele não

fugisse. Eu me senti mal por quase tê-lo matado e Jenna na festa

campo e queria uni-los. Não tinha certeza dos sentimentos de Jenna,

mas sabia que nunca iria descobrir se eles não ficassem sozinhos por

mais de três minutos.

— Ei. — ela disse. O grande curativo foi substituído por dois

pontos. Ela usava uma camiseta da Academia Helios-Ra com o

logotipo sol nascente e calças de yoga. — Ouvi dizer que vocês tiveram

uma noite e tanto.

— Sim, entre Hel-Blar e os Caçadores, a vida nunca é maçante.

— eu concordei. — Mas eles não têm nada contra Tyson. Ele é a

maneira mais difícil de enganar. — Mostrei-lhe o ensaio que ele tinha

marcado. Foi praticamente mergulhado em tinta vermelha.

Jenna fez uma cara simpática, em seguida, tomou um olhar

mais atento. Ela revirou os olhos. — Bem, não é de admirar. Helios-

Ra não usa calças de lycra e bonés. Nós não somos super-heróis.

— Mas você meio que pensa que é. — Eu pisquei. — Só escrevi

isso para ver se ele estava prestando atenção.

— Você escreveu isso porque você é uma moleca. — ele

murmurou.

Sorri para ele. — Agora você está parecendo um dos irmãos

Drake. — Empurrei minha nova safra de livros na minha mochila. —

Mas, apesar de sua conversa doce, eu tenho que ir. Era para eu

passar uma mensagem para Hunter para Quinn. — eu menti. Não fui

longe. Só me escondi no próximo corredor, espiando-os entre os

livros.

— Como está sua cabeça? — Eu ouvi Tyson perguntar a ela.

— Estou liberada para aula novamente. — Ela esfregou as

mãos alegremente. — Estou indo assistir ao jogo de luta academia e,

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em seguida, fazer uma corrida. — Isso dizia muito quando meus

amigos vampiros não eram meus amigos mais estranhos. Hunter e

Jenna simplesmente amavam correr demais. E Jenna,

aparentemente, amava-a mais do que Tyson. Mentalmente pedi

desculpas a ele. Tinha tanta certeza que, pelo menos, fosse ser bons

amigos.

Então, Jenna fez uma pausa, seu rabo de cavalo vermelho

balançando. — Você vem? — Ela perguntou a ele sobre seu ombro.

Ele praticamente quase se contundiu com sua própria mochila

em sua pressa para segui-la. Acenei a minha mão para os cinco

degraus enquanto passava pelo corredor. Ele obedeceu, tentando não

sorrir, e decolou. Entrei na parte de trás porta, também sorrindo.

Decidi visitar Hunter de qualquer modo, uma vez que tinha uma hora

para matar antes das próximas aulas. Bati na porta.

— Vá embora. — gritou Chloe.

— Sou eu. — eu gritei de volta. Ela era notória por assustar

todos os alunos da nona série que vinham falar com Hunter, desde

que ela era a monitora da turma. Metade deles tinham memorizado a

agenda de Chloe para eles não encontrarem com ela.

— Oh. Venha, Lucy. — Ela estava sentada na beira da cama

comendo chocolate. Hunter estava junto a janela, olhando para o lago

com um olhar estranho em seu rosto. Ela forçou um sorriso antes de

voltar à meditação. Como ela não era geralmente de meditar, senti

medo no mesmo instante. Solange não meditava também.

— Por favor, me diga que você não está possuída também, — eu

disse. Hunter deu um meio sorriso em resposta. Seus olhos estavam

um pouco vermelhos. — O que há de errado?

— Seu avô apenas desligou novamente. — explicou Chloe.

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— Isso é uma merda. — eu disse. Seu avô era um velho caçador

de vampiros da escola e desde que Hunter namorava Quinn, ele se

recusou a reconhecê-la.

— Está tudo bem. Estou acostumada com isso.

— Ainda é uma porcaria. — eu disse.

Ela assentiu com a cabeça. — Realmente é.

— Você não deveria estar comendo chocolate? — Perguntei. —

Chocolate cura-tudo. — Fiz um gesto para Chloe. — Dá alguns.

— Ela não quis. — disse Chloe. — E você não pode tê-lo. — Ela

colocou o resto em sua boca, quase asfixiando-se.

Hunter deu uma risadinha. — Juro que ela vai sufocar até a

morte no chocolate um dia. — disse ela. — Eu sinto pena de quem

tem que escrever o seu epitáfio.

Chloe engoliu em seco. — Por favor, se tivesse um namorado

tão quente como Quinn, não precisava de muito chocolate. — disse

ela. — Fazer fuga seria minha nova terapia preferida para tudo o

tempo todo. Estresse, más notas, lascas. Basicamente, porque você

não está beijando agora?

Hunter sorriu, parecendo mais como ela mesma. — Porque

estarei no jogo treino em dez minutos. — Ela agarrou sua bolsa de

ginástica. — Então eu devo ir.

Chloe olhou desapontada, como se Hunter tivesse pessoalmente

a traído. — Você está desperdiçando um perfeito e quente irmão

Drake.

Ela sorriu maliciosamente. — Vou vê-lo hoje à noite.

Chloe suspirou. — Tira fotos.

Hunter olhou para mim. — Isso acontece com você?

Pensei no meu amigo Nathan e sua paixão por Nicholas. —

Todo o tempo. — confirmei. — Você se acostuma a isso.

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— Acho que deveria ir para o jogo e animá-lo. — Chloe disse

com relutância.

— Cuidado, todo esse entusiasmo vai desgastá-la.

Ela fez uma careta. — Desde que Dailey e suas drogas

esquisitas de merda se foram, e da Mom estão fora do meu sistema,

apenas não me importo tanto. Prefiro atravessar os firewalls pessoais

e códigos de encriptação de Bellwood. Há e-mails secretos que voam

em torno da League. — disse ela. — E eu quero entrar.

Ela agarrou seu laptop. — E quanto a você? Quer assistir

Hunter limpar o chão com um cara duas vezes seu tamanho?

— Na verdade, isso não soa como diversão. — eu concordei

enquanto nos dirigíamos para a porta da frente. — Mas estou indo

para a fazenda Drake.

— O que, toda a detenção que já temos não é o suficiente para

você?

— Tenho permissão desta vez. — disse.

— É ainda luz do dia. — ressaltou.

Olhei para o céu. O sol não estava perto suficiente do horizonte.

— Sei. Vou estudar por lá.

— Diga oi para Connor e não beba café. — Chloe aconselhou

saindo a caminho do ginásio. — O seu sistema nervoso inteiro pode

explodir.

Como não estava chovendo dirigi o meu próprio carro para a

fazenda. Duncan fez uma correção temporária no motor para que ele

só funcionasse em tempo seco, claro, mas era melhor que nada. Com

meu rosto ferido, o meu amplo sorriso forçado não iria ajudar. Estava

dirigindo para a fazenda novamente. Quase podia me lembrar da

sensação de uma visita comum ou uma festa do pijama. Estava

entrando na garagem quando minha mãe ligou.

— Oi, mãe.

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— Oi, Lucky. Não ouvi você sorrir em um longo tempo.

— Eu sei. — Se eu soei mais feliz que a luz do sol e energia saía

da minha bunda. — Estou indo a fazenda.

— Imaginei. Isso é o que queria falar com você.

— O que está acontecendo? — Eu perguntei, pegando minha

bolsa e saindo do carro.

— Estou tão feliz que Nicholas está de volta. Sei que vocês dois

perderam muito um ao outro. — Ela fez uma pausa.

Gemi. Sabia que isso ia acontecer. — Mãe.

— Só quero que você seja cuidadosa.

Revirei os olhos, mesmo que ela não podia me ver. — Não mais

aula de sexo seguro. — disse. — Eu entendo. Vou encontrar todos os

preservativos que você sorrateiramente colocou nas minhas coisas

antes de me mudar para o dormitório.

— Eu não me refiro apenas a isso. — ela disse em voz baixa,

parecendo desconfortável.

Desde que falar repetidamente sobre sexo não a deixa

desconfortável, eu me inclinei contra o capô do meu carro, franzindo

a testa nervosamente. — Ok, então o quê?

— É fácil se deixar levar quando você está tão feliz, quando está

comemorando. Mas você ainda é muito jovem para tomar decisões

que vão afetar todo o seu futuro.

— Tem certeza que isto não é falar de sexo?

— As pessoas falam sobre estar juntos para sempre. — explicou

ela. — Mas, no seu caso, não é só falar.

— Oh. — Esta não era uma conversa sobre sexo. Era pior. Era

uma conversa sobre vampiro.

— Você é jovem demais para arriscar sua vida para viver para

sempre. — continuou ela. — Por favor, não faça nada precipitado.

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— Mamãe, você está me perguntando se eu vou deixar Nicholas

me transformar em um vampiro?

— Estou pedindo para você pensar muito e com cuidado.

Não é como se eu não tivesse pensado nisso. É claro que tinha.

Mas foi sempre algo para se pensar para mais tarde.

— É perigoso. — continuou ela. — Poderia matá-la.

— Mãe. — eu interrompi porque ela parecia que estava prestes

a entrar em pânico. — Você pode relaxar. Não quero ter dezesseis

para sempre.

— Você diz isso agora.

— E eu quero dizer isso. Sendo adolescente para a eternidade

não me apela. — Mordi o lábio. — Não posso prometer que nunca vou

tomar essa decisão, mãe. — acrescentei. — Mas posso prometer que

não estou fazendo isso agora.

Ela exalou com tanta força que parecia que havia um furacão

preso em meu telefone. — Tudo bem. — ela disse. — Ok. Obrigada.

— Ela riu, parecendo ao mesmo tempo aliviada e ansiosa. — Oh

querida, falar de preservativos é muito mais fácil.

Bufei. — Talvez para você.

Saí e fui até o caminho para a casa da fazenda, balançando a

cabeça. Foi tão familiar ao ver Bruno de pé na varanda da frente, com

a cabeça careca, tatuagens, e armas perigosas, que eu só tive que

abraçá-lo.

— Moça. — disse ele em seu sotaque escocês. — Você não

deveria estar na escola?

— Trouxe lição de casa. — disse. — Posso apenas sentar na

sala até que Solange acorde?

— Claro. — ele disse, passando a mão grande sobre o meu

cabelo. Ele abriu a porta e quando os cães Roldão vieram para nós,

agachei para outro abraço. Este era consideravelmente mais peludo.

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— Guarda. — ele ordenou, apontando para mim. Boudicca e Byron

me seguiram até a biblioteca no final da sala de estar e deitaram-se

ao redor da minha cadeira. Eles me seguiram até a cozinha, quando

fui fazer chá e ainda insistiram em ir ao banheiro comigo.

Por um tempo fiquei ali sentada olhando pela janela, os campos

e as linhas de árvores além. Meu chá esfriou e Byron começou a

roncar. Voltei aos meus livros, tentando encontrar referências a

Dawn. Não muito para ir em frente. A maioria dos fanáticos anti-

vampiros se associaram com um motivo. Mesmo o Helios-Ra usava o

sol em suas insígnias e logotipos. Eu verifiquei a coleção Drake, mas

eles tinham ainda menos informação e eram tão chatas. Adormeci e

não acordei até Bruno tocar meu ombro.

— Lucy. — disse ele suavemente.

— Mmm? — Pisquei os olhos turvos, perguntando por que

estava tão escuro na sala de estar. Bruno sorriu e se inclinou para

acender uma das lâmpadas Tiffany. A luz tinha uma tonalidade

arroxeada, pois brilhava através o vidro azul-e-vermelho.

— Solange está acordada. — disse Bruno.

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CAPÍTULO 24 Solange

Quinta-feira à noite

Acordei com a maioria da minha família me olhando

atentamente. Graças a Deus, a tia de Ruby não estava lá ou eu

poderia ter tido um ataque cardíaco. Movi, me perguntando o que

estava diferente. Outro movimento na minha cama e percebi duas

coisas: eu estava no meu próprio quarto e eu não sentia a fome

abrasadora habitual ameaçando me quebrar.

— Calma. — o tio Geoffrey disse quando tentei sentar-me. Eu

estava presa a uma intravenosa cheia de sangue, o que explica a

minha curiosidade sobre a sede de sangue homicida. Ele estava me

dando uma transfusão, a maneira como ele ainda fazia com

Christabel.

Só que eu estava acorrentada.

As cadeias abalaram quando me sentei contra meus

travesseiros rosa bordados.

— Como você se sente? — Perguntou o tio Geoffrey, soando

clínico e individual. Ninguém mais tinha falou ainda, todos eles

estavam muito ocupados olhando para mim. Os olhos de mamãe

estavam suspeitosamente brilhantes. Papai deu um passo à frente

com uma pequena chave.

— Não, não. — eu disse. — Não até que eu tenha certeza.

— Essa é a Solange. Eu sei. — disse a mãe em voz baixa.

Em seguida, ela explodiu em lágrimas.

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Devo dizer que fiquei atordoada é um eufemismo. Francamente,

texugos raivosos poderiam ter rastreado através a janela

correspondente e executado piruetas de balé e teria ficado menos

surpresa. — É realmente você.

— Estou bem, mãe. — Era a mesma coisa que eu venho

dizendo há semanas que antecederam ao meu aniversário, de volta

quando ainda era eu mesma. Ela deve ter reconhecido a ladainha

porque se abaixou para a beira da minha cama e apertou minha mão.

— Eu sinto muito. — disse ela, os lábios trêmulos, enquanto

tentava recuperar a compostura. — Nós deveríamos ter reconhecido.

Papai se inclinou para beijar minha testa. — Bem-vinda de

volta, Sol.

Engoli em seco para não chorar também. — Sinto muito. — eu

disse, minha voz muito baixa do que eu teria gostado. — Por tudo.

— Nós só estamos feliz por você estar de volta. — Logan me

disse. Quinn piscou. Connor, Duncan, e Sebastian todos sorriram,

embora com cuidado, como se eu estivesse prestes a saltar para fora

da cama e atacá-los. Nicholas também estava lá, encostado na

parede.

— Você está bem? — Eu perguntei, riscando sob a borda do

colar de cobre. Minha pele estava na carne viva. — O que aconteceu?

— Dawn, caçadores, médicos psicóticos. É uma longa história,

— ele respondeu.

Eu mordi meu lábio para abafar um soluço. Entre o choro da

minha mãe e meus olhos marejados, todos os meus irmãos tinham

dado um passo para trás, como se fosse detonar. Apenas Marcus foi

corajoso o suficiente para ficar perto, mas isso foi só porque ele estava

desprendendo o saco de sangue do tubo no meu braço. Ele me

observou de perto como se eu fosse um espécime sob seu

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microscópio. Hesitei, examinando cada sentimento e remorso que

passou por mim.

Minhas presas estavam estendidas. Havia ainda três pares

delas; exorcismo de Viola não havia mudado isso. O azul de minhas

veias estava um pouco desbotado, como tinta velha. A sede que

rondava através de mim como um gato faminto da selva estava

preguiçosa agora rolando de barriga para cima no sol. Recostar em

meu próprio corpo foi estranho, a experiência desconfortável. Senti

como se tivesse ido a uma viagem longa e estava voltando para casa

para uma casa vazia empoeirada.

Sondei as minhas memórias de Constantino, mas não havia a

voz estranha na minha cabeça, sem emoções que não fosse a minha

própria culpa e raiva. Estava sozinha.

— É seguro. — disse, finalmente, sorrindo brilhantemente. —

Não me sinto mais como ela.

— Sabia que você era mais forte do que isso. — disse a tia

Hyacinth e notei pela primeira vez que ela não usava véu. Seu rosto

ficou levemente marcado até a têmpora. Marcus retirou a agulha do

meu braço quando o tio Geoffrey lhe deu um aceno de cabeça. Ele

pressionou uma bola de algodão na pequena alfinetada, mas já estava

se curando. Papai abriu as algemas em meus pulsos e tornozelos. Eu

queria rir, chorar e abraçar a todos realmente forte, ao lado de

Sebastian estava Isabeau silenciosa no canto.

— Viola? — eu perguntei.

— Ela se foi. — Isabeau confirmou. — Não há nenhum vestígio

de magia em você ou algo incomum em sua aura.

Papai passou a mão ao longo de sua mandíbula. — Quem vai

nos explicar o que exatamente está acontecendo?

— Viola estava na minha cabeça por semanas antes de

perceber isso. — eu disse. — E quando ela colocou a coroa, ela trocou

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de lugar comigo. — Mamãe pegou um dos punhais de prata finos em

sua bota, mas eu não acho que ela percebeu que estava fazendo isso.

— Ela foi a primeira filha Drake, isso é como ela foi capaz de me

possuir. E Madame Veronique sabia. — Expliquei o resto da história o

melhor que pude. Quando cheguei à parte sobre servas de Madame

Veronique, eu tive que compartilhar a terrível notícia. — London

morreu me protegendo de suas servas. — acrescentei, as lágrimas

queimando na parte de trás da minha garganta. — Ela realmente foi

embora.

Mãe jurou. Os olhos do papai brilharam. — Droga. — ele disse

suavemente.

— Nós temos que fazer um memorial de algum tipo. — eu

insisti.

— É claro. — Pai concordou. Meus irmãos balançaram a

cabeça, parecendo chocados.

— Ela não deveria ter morrido por mim. — Culpa enviou

agulhas de dor através de mim. Tentei empurrá-las de volta.

Acabar com essas batalhas e jogos políticos e me vingar dela, e

não torcer em choro. Mas foi uma luta manter a calma. Minha

gengiva doía nos meus dentes.

— Vou ter que chamar o pai de London. — acrescentou.

Entendi agora por que London sempre foi assim distante e

desconfiada de nós. Nossos pais eram uma espécie de primos e seus

descendentes eram de um braço de Christophe Drake da árvore de

família, enquanto o nosso descendia de seu irmão gêmeo Arnaud

Drake. Madame Veronique sempre os tratava, incluindo London, de

forma diferente e agora eu sabia o porquê. Até eu aparecer ela estava

esperando por eles para dar à luz a próxima Viola.

A chegada de Lucy foi uma interrupção bem-vinda para o

silêncio desolador. Ela entrou na sala com um grito — Bruno disse

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que estava tudo bem! — Ela deu uma cotovelada Logan jogando-o fora

do caminho e saltou na minha cama, sem se importar com os tubos e

o público. O cachorro cão-lobo lhe beliscando os calcanhares, em

êxtase com o novo brinquedo. Ela não estava usando seus óculos,

mas por outro lado ela parecia exatamente a mesma. Ela ainda

cheirava como cerejas e pimenta e o incenso da camisa de sua mãe

deve ter passado a ela. Eu estava saciada o suficiente para que

pudesse sentir o cheiro dela e o sangue sob a pele sem virar

predadora. Tive pontadas, mas foram facilmente ignoradas. Abracei-a

com tanta força que as costas estralaram. Larguei abruptamente.

— Desculpe! Deus me desculpe!

Ela apenas riu e me abraçou novamente. Seus grânulos de

cristal cavaram em mim e seu cabelo fez cócegas em meu nariz.

Eu estava finalmente, verdadeiramente em casa.

— Eu senti sua falta. — dissemos ao mesmo tempo, em

seguida, sorrimos uma para a outra como loucas.

— Já era hora. — acrescentou.

— Eu vou verificar Christabel. — Tio Geoffrey disse, saindo da

sala lotada.

— Diga oi para mim. — Lucy gritou para ele, uma vez que ainda

estava perto demais do sol para ela visitar.

— É bom ter você de volta, garota. — disse Sebastian,

seguindo-o.

— E os seus feromônios? — Marcus perguntou pensativo,

enquanto recolhia o último dos suprimentos de transfusão de sangue

em um saco. — Eles eram, em parte, também da Viola?

— Eu não sei. — eu respondi. — Não posso dizer.

— Devemos tentar uma experiência.

— Faça Duncan latir como um cão. — Quinn sugeriu,

sacudindo a cabeça para Duncan.

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— Ou pode tentar algo mais difícil, como fazer Quinn calar a

boca. — Duncan retornou.

— Algo simples seria melhor. — Papai sugeriu secamente. — E

menos propenso a iniciar um longo século feudal.

Balancei meus pés para o lado da cama. O colar fez coceira em

volta do meu pescoço. Movi tentando ficar confortável. Olhei para

Quinn.

— Quinn, sente-se.

Xingando, ele deslizou pela parede até que estava sentado.

Seu juramento não era nada ao meu. A coceira irritante do

colar contra a minha pele tinha se transformado em uma queimação,

como se eu estivesse usando o fogo. Agarrei a ele, gritando. Meu pai

me pegou antes que eu chutasse Lucy. Mamãe arrancou para fora da

cama.

— O que está acontecendo? — Pai gritou, mexendo para

desbloquear o colar. Quanto mais ele puxava pior ficava o fecho. Eu

gemia, tentando rastejar para longe.

— Pare. — Isabeau empurrou por meus irmãos. — É a magia

do colar. — disse ela. — Não toque. Só a magia pode abri-lo, agora

que o bloqueio foi ativado.

Ela se ajoelhou na cama atrás de mim, tentando me manter

quieta, as mãos nos meus ombros e em nenhum lugar perto da

minha garganta. Carlos Magno se arrastou até ao nosso lado. Cavei

meus dedos em sua pele, ainda choramingando. Eu tinha já me

arranhado com sangue, e minhas veias sentiram como se estivessem

cheias de luz. A dor me fez moer os dentes. O suor escorria na pele

sobre a minha clavícula.

Tentei me concentrar em puxar meus feromônios para trás,

atraindo-os como se estivesse puxando um xale firmemente em torno

de mim. Isso ajudou um pouco.

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Isabeau murmurou alguma coisa, e o calor aumentou. Eu

vacilei. Ela sentou-se. — Saga tinha este feito, sim?

Connor assentiu. — Ela e Aidan.

— E Aidan mudou Christabel? — Ela apertou os lábios. —

Preciso de um pouco de sangue de Christabel.

Connor saiu da sala e voltou com um tubo de ensaio que tio

Geoffrey deve ter lhe dado. Entregou a Isabel, que abriu e colocou

uma gota na fechadura. Frio se infiltrou a partir de palma de Isabeau,

foi através do sangue e se transformou em gelo. O colar abriu.

Esfreguei minha matéria, o pescoço arranhado agradecido. —

Obrigada. — eu resmunguei. Machuquei a garganta gritando.

— Deixe-me tentar uma coisa. — eu respirei, olhando para

Quinn.

Ele balançou a cabeça bruscamente. — Faça isso rápido.

— Lute comigo neste momento. — Engoli em seco, ainda

imaginando os feromônios como um xale puxando para perto. —

Quinn, sente-se. — eu disse de novo, desde que ele pôs-se de pé

quando comecei a gritar.

Sua mandíbula se apertou enquanto ele lutava para ficar de pé.

Puxei meus feromônios mais apertados. Ele finalmente cambaleou

para trás, os olhos arregalados.

— O que você fez diferente? — Perguntou o pai.

— Tentei trilhar os feromônios. — eu expliquei, enxugando o

suor do meu rosto. — Preciso de mais prática.

— É um bom começo. — Ele beijou minha testa. — Não

empurre muito duro esta noite, Sol. Nós temos que ir para o

acampamento em breve. — disse ele. — Sei que você deve estar

cansada, mas as tribos estão inquietas e a paz é frágil.

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— Eu tenho que fazer a limpeza. — eu respondi calmamente. O

pensamento no que Viola poderia ter feito, mas atribuído a mim me

fez mal ao meu estômago. — Eu sei.

— Vamos deixá-la alguns minutos para recuperar o atraso. —

disse ele, antes que ele e minha mãe fossem fazer os preparativos.

Lucy puxou um frasco de pomada da minha cômoda. Sua mãe

tinha feito para mim no ano passado, continha hera venenosa. —

Aqui. — ela disse, pegando o creme branco e espesso em sua mão. —

Isso vai ajudar. — Era frio e calmante sobre os meus arranhões. Ela

me olhou com cuidado. — Você não está indo ficar triste agora, está?

— Talvez mais tarde. Não tenho tempo agora.

— Finalmente! — Ela sorriu. — Você está realmente de volta!

Devemos ter uma festa de desaniversário para comemorar.

— Você pode ser o Chapeleiro Maluco. — disse ela. Ela me

cutucou e forcei o olhar nervoso, melancólico fora do meu rosto.

— O que há de errado com seus irmãos? — Ela sussurrou em

voz alta, recapitulando.

— O de sempre. — Eu voltei, deslizando para trás em nossa

rotina reconfortante. — Complexo de fidalgo branco Drake.

— Ficar de pé aí sendo assustador. — ela disse a eles, como

disse a eles por meses antes meu aniversário. — Vão embora agora.

Eles saíram e Nicholas foi o último a sair, empurrando fora da

parede onde ele estado inclinando-se o tempo todo, seus tornozelos

cruzados. Lucy piscou para ele antes que ele fechasse a porta atrás de

si.

Ela se contorceu na cama comigo, compartilhando meu

travesseiro. — Ok, então a sério, você está bem?

— Eu me sinto um pouco estranha, mas a maior parte está

bem. — Fiz uma pausa. — Não fiz nada para você, não é?

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— Você não fez. — ressaltou. — E vou acabar com Viola. A

cadela.

— Talvez eu só deva pendurar uma placa no pescoço que diz: —

Sinto muito.

Ela bufou quando seu celular vibrou. Para minha audição

sensível parecia que ela tinha um gafanhoto em seu bolso. Ela checou

seus textos e me lançou um olhar de soslaio. — Quer falar com

Kieran?

Um rubor envergonhado se arrastou até meu rosto. — Não.

— Ele enviou sete textos na última meia hora. — Ela clicou

uma mensagem rápida. — Eu tenho que pelo menos dizer ele que está

tudo bem, e então você vai me dizer por que não quer falar com seu

namorado.

— Ele não é mais meu namorado.

— Oh, por favor. — Ela revirou os olhos. — Vende essa linha

para alguém que não conhece você tanto melhor. Ele está pirando,

assim como você. — Ela colocou o telefone longe. — Mas, uma vez que

todos nós já quase morremos horrivelmente várias vezes nos últimos

dias, vou te dar um passe livre apenas para esta noite. Mas você

pode, oh, eu não sei, falar com ele.

— E dizer o quê? — Eu perguntei, arrastando para fora da

cama. Puxei meu jeans favorito do meu armário e procurou para uma

camiseta. — Desculpe, por eu quase ter mastigado sua jugular? Eles

não exatamente fazem um cartão para isso.

— Eu poderia desenhar um para você.

— Eca.

Nós caímos rindo, só porque podíamos. Se meu riso mostrava

histérico, Lucy não comentou. Eu estava puxando meus tênis

Converse, quando tiros foram disparados nos bosques que rodeiam a

casa. Nós saltamos aos nossos pés. Puxei a janela e enfiei a cabeça

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para fora através da decoração das barras de ferro. Flocos de neve

caíram sobre meus cílios. Sebastian já era uma sombra estrias em

toda a neve. Eu não conseguia ver nada.

Abaixei de volta para o quarto e me virei. — Eu não sei. — eu

disse em resposta a Lucy questionando a vista. Ouvi o apito fraco de

uma flecha e por instinto saltei de lado antes do meu cérebro

catalogar totalmente o som. Chutei Lucy levemente enquanto meus

pés deixaram o chão, batendo as costas na cama e fora de perigo. A

flecha bateu na parede, quebrando o gesso.

— Merda. — eu disse, olhando para Lucy.

Ela olhou para trás, igualmente com os olhos arregalados. —

Deus, você faz qualquer coisa para deixar de falar com Kieran. — Ela

sentou-se, esfregando seu quadril onde eu a chutei. — Bons

movimentos, pelo caminho. — Ela balançou a cabeça quando meu

telefone tocou no bolso do vestido que eu tinha acabado de tirar. —

Quem poderia atirar através de suas defesas como isso?

Eu olhei para a tela, minha barriga esfriou. Era como se eu

tivesse engolido pingentes.

— Constantine.

— Mencionei recentemente o quanto eu não gosto dele?

— Viola, espere por mim. Estou indo. — eu li em voz alta. E

então adicionei uma combinação de palavras tão sujas que Lucy

sufocou.

Constantino estava lá fora.

Pior ainda, ele não estava sozinho.

Porque os símbolos na flecha eram o distintivo vermelho a

Chandramaa favorito. E nenhum deles sabia que eu era a verdadeira

Solange novamente, eles só sabiam que sua rainha tinha sido

capturada pelos banidos da família em um momento em que a guerra

civil se aproximava de todos os cantos.

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Eu fiz a única coisa que conseguia pensar.

— Mamãe!

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CAPÍTULO 25 Lucy

Solange já estava no corredor da frente no momento em que eu

estava trovejando descendo as escadas atrás dela.

Nicholas deslizou silenciosamente ao redor do corrimão para

ficar ao meu lado.

— É Constantine. — Solange disse aos seus pais com força. —

E o Chandramaa. — acrescentou, mostrando as flechas que ela

puxou da parede. — Ele não sabe que não sou Viola.

Helena começou a dar ordens em seu telefone celular para os

guardas postados ao redor da fazenda. Bruno já deve ter saído com

Sebastian porque não o vejo não em lugar nenhum. Logan estava

puxando um baú cheio de estacas para fora do armário e Isabeau

ajudou a pegá-los. Marcus e Duncan desceram para pegar mais

armas e Hypnos. Verifiquei o frasco na minha manga e

automaticamente verifiquei minhas outras armas por força do hábito:

quatro estacas de vários tamanhos, Hypnos, dois ovos com pimenta,

uma besta de mão, uma lata de estaca, e uma Taser.

— Aqui, coloque isso. — Liam deslizou uma cesta no chão. Ela

estava cheio com o que pareciam escudos em miniatura. Ele usava

um em uma cinta no peito e cobriu seu coração na frente com um

segundo escudo montado em suas costas. Era somente com o

tamanho de sua palma. — Bruno está trabalhando nestes na última

semana. — explicou enquanto eu puxei para fora e o ajudei a afivelar

em Nicholas.

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Outra flecha foi disparada, tremendo silenciosa em uma noite

de inverno.

— Não vou deixar ninguém morrer por mim. — disse Solange.

Ela disse isso uma centena de vezes desde o verão, só que desta vez

ela não soava frenética, apenas determinada e estranhamente calma.

Houve um som de assobio estranho e, em seguida, algo ardente

atravessou a janela da sala de estar. Um segundo míssil atingiu cima.

O cheiro de fumaça, o frio do inverno entrando pelo vidro quebrado.

Duncan correu para cima, Quinn e Connor pegaram uma manta do

sofá para apagar o fogo antes que chegasse ao tapete. Eu tive que

ficar entre a parede e o Nicholas, onde ele tinha se pressionado contra

mim para me proteger. Provavelmente nunca lhe ocorreu que ela era

inflamável também.

Helena foi para o vidro. — O Bastardo está tentando nos

queimar. — Ela olhou para o telefone. — Eles estão na parte de trás

também.

Uma pedra enorme caiu. A porta da frente tremia. — É uma

parte da varanda. — disse Quinn. Ele piscou para a próxima pedra

que veio. — Será que ele tem um trabuco?

— Ele é medieval. — disse Solange. — Assim, ele pode. No

fundo ele ainda é um cavaleiro. Ele vai nos esperar ou queimar-nos.

— Temos suprimentos. — Connor apontou. — E ao nascer do

sol ele tem que desistir de sua posição.

— Só se ele não tiver os seres humanos que lutam por ele. —

acrescentou quando Duncan e Marcus voltaram às escadas.

— Nós poderíamos levá-los — Quinn zombou. — O inferno,

Lucy poderia levá-los.

Peguei um arco de Marcus e uma aljava de flechas. — Posso

começar agora?

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— Fique longe das janelas, Lucy. — disse Helena,

automaticamente. Outra flecha de Chandramaa veio através do vidro

quebrado, roçando o fundo do lustre e batendo no corrimão da

escada. Havia uma nota enrolada em torno do eixo pintado. Liam

pegou e desenrolou.

— Dá-nos a rainha. — ele leu, enquanto o telefone tocava.

Helena tirou-o do suporte. Eu podia ver o brilho mortal nos

olhos refletidos no espelho que paira sobre a mesa. Cheguei de volta

para segurar a mão de Nicholas. Aquele olhar nunca era um bom

presságio. — Nós não lidamos com covardes e terroristas. — ela

cuspiu no telefone. — Então, você pode ter o seu...

Liam pegou o telefone. Helena sussurrou para ele e tinham um

mini cabo-de-guerra sobre o receptor.

Liam finalmente o arrancou rapidamente, mas só depois que

ela lhe quebrou o dedo mindinho. Colocou com uma atadura e deu

um encolhendo de ombros timidamente.

— Posso parar isso. — Solange disse ao pai dela que falava

calmo e suave ao telefone. Quando ninguém respondeu, ela deu um

passo em direção à porta da frente. De repente, toda a gente saltou a

frente, aglomerando à sua frente. Ela suspirou. — Isso é ridículo.

— O que mais você sugere, mocinha? — Perguntou Helena. —

Que nós a deixemos ir lá fora desprotegida?

— Deixe-me ir lá e acalmar Chandramaa e ordenar que se

retirem. Eles têm que me escutar, eu sou sua rainha, lembra-se? —

Ela fez uma pequena careta quando ela disse a palavra —Rainha. —

como se não se convencesse. Gostaria de saber se ela se lembrava de

relaxar na tenda usando um coroa em sua cabeça.

— Constantine tem outros homens. — Isabeau interrompeu. —

Seria um erro supor que é apenas Chandramaa lá fora.

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262

— Não importa. — Solange argumentou. — Eles não querem

me machucar.

— Não. — disse Helena, mas ela estava franzindo a testa,

pensativa.

— Pelo menos me ouve. — Solange respondeu calmamente. Eu

poderia dizer pelo jeito que ela fechou os dedos que não estava

tentando limpar o nervosismo das mãos em seus jeans. Ocupava-se

com a montar o escudo protetor sobre seu coração. — Eu sei bem o

suficiente de Viola agora que devo ser capaz de enganar Constantine

apenas o tempo suficiente para voltar para dentro do campo,

especialmente se você colocar uma luta simbólica para que ele não

suspeite de nada.

— É um bom plano. — Liam concordou lentamente, depois de

desligar. — Há apenas um problema com isso.

— Qual é?

— Enviar a minha menina sozinha para esse lote sangrento de

degenerados. — ele respondeu com azedume.

— Papai, é a melhor maneira e você sabe disso. Estou tão

segura com eles como eu estou com você. Eles são os únicos outros

que não querem me matar, aparentemente.

— Não exatamente um argumento vencedor. — Liam disse, mas

ele estava meio sorrindo. Isso o fez parecer mais jovem, assim como

Nicholas.

— Você pode nos seguir. Dessa forma, assim que eu chegar lá

para dispensar o regimento, você vai ficar bem já.

— Odeio cada parte deste plano. — Helena disse sombriamente

quando eu tossi com a fumaça pairando na sala.

— Especialmente a parte onde você pode apenas estar certa.

— London morreu por causa desta profecia estúpida e estas

políticas estúpidas. — disse Solange. — Eu posso pará-la, mas ao

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invés disso estou sentada aqui e deixando todos os outros arriscarem

suas vidas, enquanto ela morreu por nada. E um dos vocês pode ser o

próximo. O que isso faz de mim?

Eu pisquei. — London morreu? — Eu poderia não ter gostado

dela, mas ela não merecia estar realmente morta.

Algo que soou como uma pequena bomba explodiu em algum

lugar no final da garagem.

— E quanto mais esperarmos aqui, mais perigos Sebastian e

Bruno terão. — Solange adicionou quando Byron se escondeu debaixo

da mesa da biblioteca. Boudicca foi para o solário e rosnou

violentamente através do vidro. Helena jurou.

— Tudo bem. — disse ela, finalmente, depois que ela e Liam se

entreolharam. — Nós vamos sair primeiro e limpar o caminho.

Solange, você vai junto. Quinn, Connor, Duncan, vocês tomam a

retaguarda no caso de alguém cair completamente. Logan, Marcus,

saiam por trás. Isabeau?

— Vou lutar. — disse ela.

— Obrigado. Geoffrey e Hyacinth ficarão com Christabel.

Nicholas, você leva Lucy para casa. Toma o túnel secreto. — Era o

único reservado para emergências familiares. Não tinha certeza se

minha mãe sabia como chegar a ele.

— Eu posso ir sozinha. — eu disse. — Eles não estão atrás de

mim.

— Não. — Foi um coro Drake, cada voz com o mesmo tom

agudo. Mesmo Isabeau falou. — Nós vamos ter um inferno de uma

festa do pijama quando isso acabar. — eu disse, abraçando apertado

Solange.

— Sem chocolate. — ela concordou, me abraçando de volta.

— Você vai chutar bundas. — eu sussurrei. — E chutar uma

vez por mim também. E me chame quando você puder.

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Ela acrescentou mais algumas estacas para seu cinto e em sua

jaqueta de couro. Ela viu seus pais cruzar o pórtico, permanecendo

abaixado. Uma flecha atingiu um dos carros na garagem.

— Porra. — disse Duncan.

— Pronto? — Solange gritou por cima do ombro. — Não os

matem se você puder, eles pensam estão fazendo o trabalho deles. —

ela lembrou antes de chutar a porta e espreitando lá fora.

— Tristan. — ela gritou, sua voz soando instável e delicada. —

Estou aqui.

Ela correu pela neve como se estivesse sendo perseguida.

Houve um silêncio sepulcral, quebrado apenas pelo som de espadas

colidindo na distância. Peguei o arco e corri para cima quando os

outros saíram pela porta traseira. Nicholas franziu a testa para mim a

partir do degrau. — Aonde você vai? Os túneis são geralmente no

subsolo, Hamilton.

Bufei no topo da escada. — Não estou fugindo.

Ele correu até a escada, gemendo. — Não faça isso comigo de

novo.

— Eu posso ajudar. — eu insisti. — E prometo que você pode

me resgatar em um minuto. Apenas me deixe limpar o caminho um

pouco. — Fui para o quarto de tia Hyacinth porque tinha o melhor

ponto de observação da janela. Seu cão pequeno, Mrs. Brown, tentou

morder meu tornozelo antes de se lembrar que me conhecia. Deslizei

para o passeio do quarto da viúva e uma flecha atingiu a parede, sorri

tristemente. Nicholas tentou entrar no espaço comigo, mas bateu no

meu cotovelo.

— Nicky, não há espaço suficiente para a coisa de namorado

super protetor agora. — eu disse, acotovelando ele de volta. — Mas eu

poderia usar seus olhos. — eu adicionei. O luar e a neve tornavam

mais fáceis, mas era ainda muito escuro para eu ver muito bem e não

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tenho óculos de visão noturna comigo. Não contava com isso para

embalá-los. Esta noite era para ser uma festa de reconciliação

familiar há muito esperada, não outra emboscada.

Você pensaria que eu deveria ter aprendido.

Nicholas subiu no beiral, abrangendo as telhas. Com os olhos

brilhantes e presas para fora parecia uma gárgula particularmente

assustado em uma mansão gótica. — Pronto?

Eu levantei o arco novamente, afundando minha respiração,

achando o centro tranquilo, onde nada importava exceto os dedos ao

redor da corda do arco, a flecha e o caminho que precisava tomar.

Fechei o meu namorado agachado em cima de mim, o vento frio, o

uivo de coiotes na floresta. Era eu e o arco. E a flecha.

— À sua direita, duas horas. — disse Nicholas.

Olhava, pegando a sombra. Soltei uma flecha, apontando-a

ligeiramente para a direita. Não queria matar o vampiro, como

Solange disse, basta incapacita-lo esta noite. Ele voou para fora de

seus pés, segurando a flecha no seu ombro.

— Nove horas, pela cobertura de cedro. Cuidado com Quinn!

Muito levemente, ouvi: — Lucy!

Estremeci. — Oops.

— Ele está bem. Onze horas, abaixo.

Outra seta.

Solange ainda estava correndo, atravessando o campo como um

cervo na temporada de caça.

— Na árvore de carvalho à direita da calçada, em cima de um

galho alto. — disse ele. — Você pode ver?

Se eu olhasse, poderia apenas ver um borrão pálido demasiado,

e só porque sabia exatamente para onde olhar.

Eu mirei novamente e disparei.

Esta flecha disparou de volta.

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A flecha deslizou com um som violento no auge da saliência da

varanda. Uma polegada a mais e teria acertado Nicholas no rosto, um

centímetro menor e teria me escalpelado. A flecha era vermelha, como

a flecha no quarto de Solange. Chandramaa.

Foi um tiro de aviso. Ninguém poderia ter atingido esta flecha

sem ser muito, muito bom. Certamente bom o suficiente para levar

qualquer um de nós para fora. Exalei bruscamente, minha respiração

nublando no frio.

— Ok, não mais ajuda. — disse Nicholas, deslizando de volta

para o chão e me empurrando de volta para dentro, todos em um

movimento fluido. — Vamos lá.

Corremos em torno sobre as mesas decoradas de tia Hyacinth

cheias de bugigangas, Nicholas me arrastou atrás dele como uma

pipa. Se ele fosse mais rápido eu poderia até flutuar. Descemos dois

lances de escadas e passamos a sala de armas e sala de

armazenamento de sangue antes de ele desacelerar. Eu estava

ofegante e nervosa. Adrenalina, minha velha amiga.

Nós atravessamos a porta aos túneis regulares, e pelo corredor

úmido iluminado com luzes azul de emergência. O chão de pedra

estava escorregadio com a umidade. Nicholas estava contando os

passos. Em oitenta e três, ele parou abruptamente e virou-se para a

esquerda. Ele passou a mão ao longo da parede, deslocando a sujeira

e aranhas até que encontrou um pequeno entalhe ou algo assim fora

da terra. Agachou-se e cavou seu polegar nele, girando com

dificuldade. Em vez de uma de porta abrir normal, houve um som

suave no teto.

Eu pisquei para o alçapão. — Legal. Estou surpresa que você

não queira me levar aqui embaixo.

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— Velha Tecnologia, — respondeu ele, endireitando-se.

Empurrou a porta e o ar frio obsoleto derivou sobre nós. —

Normalmente, no pior momento possível.

Poderia simplesmente adivinhar o que Connor teria a dito sobre

isso. Nicholas entrelaçou os meus dedos em suas mãos e deu um

passo para fora. Estabeleci o meu pé nele e ele me lançou para cima.

Agarrei a borda a abertura e me esforcei para me puxar para cima.

Estava avançando através do meu estômago, com o rosto vermelho e

ofegante, quando ele praticamente flutuava ao meu lado. Rolei,

coberta de poeira e teias de aranha.

Não havia luzes em todo este túnel. Estava tão escuro, uma vez

Nicholas fechou o alçapão atrás de nós, eu estava desorientada. Não

conseguia nem ver as minhas próprias mãos, enquanto tentava me

sentar. Se eu fosse inteligente, teria verificado meus apetrechos em

todos os bolsos. Tinha certeza que havia varas de luz na maioria

deles, como parte de um procedimento padrão, para não mencionar

uma lanterna. Realmente precisava me lembrar de que eu era uma

caçadora de vampiros agora. Pelo menos, uma parte do tempo.

Nicholas me ajudou a levantar e agarrei o braço dele com força

enquanto me levava pelo corredor. Não tinha ideia de onde estávamos

e para onde estávamos indo. Tropecei com o terreno um pouco

irregular. Estava tão silencioso que podia ouvir o sangue correndo em

meus ouvidos, minha respiração irregular amplificada e rouca. Raspei

a palma da minha mão na parede. Nós andamos por pelo menos dez

minutos, mas realmente não podia ter certeza. Era tão estranho estar

em completa escuridão. Mesmo o tempo estava escuro demais para

ver. Poderíamos ter estado aqui há uma hora.

Eventualmente, Nicholas parou. Não senti nada diferente no

túnel, ainda estava úmido e áspero, e cheirava a ferro, mas agora ouvi

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o som de um bloqueio abrindo. A porta estreita abriu e nós passamos.

Algo balançou, raspando em meu ombro. Pulei, ganindo.

— Escada de corda. — Nicholas me disse. Podia ouvir o sorriso

em sua voz. — Vou subir primeiro e abrir a porta e me certificar de

que é seguro. Espere até te chamar.

Em menos de um minuto, a porta se abriu. Folhas e luar

caíam. O ar estava frio e limpo, afastando o mofo. — Outra escada de

corda. — eu murmurei. Pelo menos esta tinha realmente corda, não

apenas nós, como a que tinha escalado na copa das árvores.

— Tudo bem, Lucy. — Nicholas falou. — Vamos para cima.

— Faz isso parecer tão fácil. — Resmunguei. Isso me distraiu

do fio, o giro vertiginoso me enjoou. Meus músculos do braço

resmungaram e resmungaram muito, e finalmente cedeu. Estava

suando no momento em que Nicholas agarrou meus pulsos e puxou-

me para fora.

A floresta estava bonita e ainda ao nosso redor, como uma

pintura. Neve agarrada aos ramos nus e as estrelas espiando como o

vento mudava. Gelo brilhava nos troncos cobertos de musgos.

— Nós vamos ter que ir a pé daqui. — disse Nicholas. Nós

começamos a longa caminhada de volta para a escola, movendo

silenciosamente entre as árvores, de mãos dadas. Foi um momento

roubado, doce e rápido. Quando chegou à estrada que levava para a

academia, fiz uma pausa.

— A Escola está invadida por caçadores. — eu murmurei. — E

Caçadores. Então, vou sair daqui por conta própria.

O momento poderia ter sido doce, mas o beijo estalou como

pimenta no chocolate quente. Por direitos, a neve deve ter derretido

em poças aos nossos pés. Eu me virei, relutantemente, em direção

aos edifícios escolares e as luzes de segurança, de uma área para

outra.

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Sabia que ele estava na borda da floresta de inverno, me

observando. Não podia vê-lo, mas podia sentir a sua presença, assim

como o senti galope dele indo quando mandei uma mensagem que eu

estava em segurança no campus.

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CAPÍTULO 26 Solange

Meu instinto me gritou para correr na direção oposta.

Não só que eu tinha que correr direto para os braços de

Constantine em vez disso, mas tinha que fazer sem rosnar. Estava

ganhando velocidade quando Sebastian agarrou meu braço e me

virou do outro lado de uma árvore. — Que diabos, Sol?

— Tudo parte do plano. — disse a ele rapidamente. — Converse

com a mãe. — Seu agarre não abrandou. — Verifique o seu telefone.

Quando leu o texto de aviso tinha certeza que mamãe ou

Connor enviou a todos, ele me soltou.

— Quando, exatamente, a mãe e o pai perderam a cabeça?

— Viola. — Constantine gritou. Podia ver o brilho de sua

espada enquanto ele corria por entre as árvores em nossa direção.

— Precisamos fazer isso direito. — sussurrei com urgência.

Sebastian suspirou e ergueu o queixo.

Eu lhe dei um soco.

Nem sequer quebrei o seu nariz, o que decepcionaria Lucy, mas

ele ainda voou no ar como se um gigante ele tivesse jogado. Aterrissou

na neve, exatamente onde Constantine pudesse vê-lo.

Ele ainda gemia, agarrando uma falsa ferida. Não tinha ideia

que meu irmão sério tinha um lado tão teatral.

— Desculpe. — eu murmurei, pulando sobre ele para encontrar

Constantine, antes que ele nos alcançasse e decidisse terminar o que

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eu tinha começado. Ele me deu um sorriso de menino tão diferente de

seus silêncios normalmente solenes que tropecei.

O luar fez os olhos violeta de Constantine ainda mais

brilhantes. Três homens seguiram atrás dele, espadas também

desenhadas. Saltei de um tronco caído, espalhando neve e gelo.

— Viola. — O alívio em seu sorriso era sincero. Ele me recolheu

em seus braços, olhando ainda mais cavalheiresco.

— Tristan. — eu murmurei. Viola nunca lhe tinha chamado de

Constantine e ele nunca divulgou seu primeiro nome para Solange.

Quando ele inclinou a cabeça para me beijar, quase entrei em pânico.

A última vez que ele fez isso tinha chamado Viola para a superfície.

Ele sabia que sua presença iria fortalecê-la seu poder sobre mim.

Joguei um temeroso olhar sobre o meu ombro e minha boca roçou

sua orelha. — Eles estão vindo. — disse. — Não deixe que me levem

de novo.

Ele se endireitou. — Eu só deixei os ferir, em primeiro lugar,

porque eles nunca machucariam Solange e eu precisava posicionar

minhas defesas.

Eu fiz a minha parte inferior tremendo os lábios. Eu conhecia

Viola, e Viola que Constantine conheceu antes de se transformar era

muito diferente. Não conseguia entender por que ele ia deixar tudo ir

tão mal desde que ela voltou. Tinha que ter algo errado com ele, não

tinha? Ele estava cego? — Podemos apenas ir para casa agora? —

perguntei.

— É claro. — Ele passou a mão nas minhas costas. Olhei para

ele com o que eu esperava que pudesse ser interpretado como amor e

gratidão. A pior parte era que eu realmente gostava dele. Ele me

escutou. Até me entendeu e me empurrou para que me aceitasse.

Mesmo que tivesse libertado Viola, não pude deixar de pensar que

éramos amigos.

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— Chandramaa vem com a gente, mas fiquem aqui para

verificar se os Drakes não nos seguem. — Constantine ordenou aos

seus homens.

— Não vão feri-los! — Eu explodi.

— Esse coração mole, amor. — disse ele, sorrindo para mim.

Sim, certo. Claramente, ele não conhecia essa Viola, assim

corrigi.

— Nós podemos precisar deles mais tarde. — eu acrescentei

apressadamente. Uma vez que estava em casa e conhecia o terreno

intimamente, tive que acreditar que minha família poderia levar os

homens de Constantine. Além disso, tinha minha mãe. Ainda assim,

não ia correr nenhum risco.

Felizmente, não havia necessidade de falar enquanto fizemos

nosso caminho através da floresta para o acampamento. De vez em

quando fazíamos uma pausa em uma clareira para que Constantine

pudesse mapear a nossa localização usando a posição das estrelas.

Não podia ver ou ouvir o guarda Chandramaa ao nosso redor, mas

sabia que estavam lá.

Eventualmente, a neve dava lugar às trilhas de terra, todos

serpenteando ao mesmo centro. Passamos por um guarda, perto do

campo onde Duncan mantinha suas motocicletas, em seguida, entre

duas árvores nos arredores do acampamento. Podia ouvir a bateria

fraca e ver o brilho de tochas e fogueiras. Os guarda nos despojaram

de todas as nossas armas, até a estaca palito fina amarrada ao

tornozelo sob minhas calças.

Esperei até que tivéssemos entrado no campo principal, o vento

tirando as bandeirolas e banners sobre os pavilhões pintados.

Lanternas oscilavam entre as tendas. Os vampiros se viraram para

nós lentamente.

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— Chandramaa! — Eu chamei. Constantine fez uma pausa,

curioso. Eu encontrei seus olhos. — Quero todos oficialmente fora da

Casa de Drake. Você está me ouvindo? — Adicionei, assim em voz

alta.

— Ouvimos. — respondeu alguém da copa das árvores. —

Considere feito.

— Ouvimos você também. — disse uma voz dura atrás de nós.

— O que você está fazendo? — Constantine perguntou-me ao

mesmo tempo. Nós viramos para enfrentar quem falava. Ele era

enorme, com músculos rígidos e cabelo loiro trançado. Ele não

parecia impressionado.

E ele não estava sozinho.

Os Vampiros circularam em torno de nós, pressionando mais

perto. Eles murmuraram tristemente, ameaçadoramente. — A

pequena rainha, finalmente, faz uma aparição. — o vampiro loiro

disse com desdém. — Esteve muito ocupada quebrando todos os

nossos convênios e aterrorizando a cidade para se sentar no

conselho?

Engoli em seco. — Sinto muito.

— O que nos importa a cidade, Lars? — Alguém gritou. — Será

que os seres humanos se preocupam com o gado que eles comem?

— Ela está atraindo muitos olhos sobre nós. — Lars estalou. —

E se nós vamos ter uma figura como rainha, ela deve pelo menos ser

benigna.

— O que, como Natasha era? Você não estava aqui na década

de oitenta.

Eles estavam começando a empurrar um ao outro para se

aproximar de mim. Constantine se colocou para me proteger. Ele não

tem armas, é claro, mas a expressão de sua raiva era nítida e firme.

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— Não a machuque. — Uma mulher algemada a Lars na parte de trás

da cabeça. — Você quer uma seta vermelha através sua cabeça?

— Alva, cale-se. — ele resmungou.

— Você tem todo o direito de estar com raiva. — Tentei gritar

acima das palavras duras e assobios. Constantine empurrou alguém

que chegou muito perto. — Eu estava possuída. — eu disse, tentando

não ceder ao medo sufocando minha garganta como fumaça. Sabia

que eles seriam capazes de sentir o cheiro. — Por favor, ouçam. —

Tentei forçar meu feromônios para a multidão, mas havia muitos

deles.

— Uma provável desculpa. — uma garota zombou.

— É verdade. — insisti, tropeçando quando um cotovelo bateu-

me na espinha.

Constantine me pegou, me virou para encará-lo como se

estivéssemos sozinhos, sob a lua. — O que você está dizendo?

— Eu não sou Viola. — Eu disse-lhe friamente. — Nós a

desterramos. Ela não vai voltar.

Ele cambaleou como se sentisse uma dor física. — Isso não é

possível.

A multidão se moveu e de repente eu podia ver o caminho para

um círculo de tochas. A luz brilhava sobre as correntes de metais e

uma árvore grossa alta, foi cortada para se tornar um poste. As

pessoas estavam amarradas a ela em vários comprimentos, reunidos

em torno de pequena fogueira. Eu congelei. — O que é isso?

— O post que você pediu. — Lars latiu. — Como se você não

soubesse.

Viola tinha criado o mesmo tipo cenário em que sua mãe foi

acorrentada. Não foi só a crueldade, era uma loucura também. —

Tire-os daí! — Eu gritei, mal vendo. Eu podia me lembrar muito bem

de Lady Venetia coberta de marcas de mordida. — Deixe-os ir!

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Alguém me tinha pelos cabelos. Fui arrastada para o poste, a

multidão enfurecida se deslocava com a gente. Não podia fugir. Peguei

um vislumbre de um trio de meninas rindo todas usando vestidos

brancos com brocado e cabelo branco tingido. As Fúrias.

— Um pouco tarde demais, princesa. — disse Lars,

deliberadamente, não se referindo a mim como rainha. Eu não

poderia me importar menos sobre isso, exceto que significava que

estava perdendo o pouco da autoridade que ainda tinha. E realmente

não queria ter minha cabeça cortada ou o que fosse que eles estavam

planejando fazer.

— Chandramaa. — Eu resmunguei. Constantine estava parado

no caminho abandonado, quebrado. Ele cambaleou, parecia pior do

que eu sentia, e eu era a única a ser dilacerada por uma multidão

enfurecida.

— A Tradição vampírica nos permite executar a rainha quando

todas as tribos estão de acordo.

— Mas eu estava possuída! Não posso abdicar? Nomear um

regente ou algo assim? — Estava realmente começando a odiar

tradições vampíricas. Não havia justiça para eles, sem segundas

chances. Apenas uma estaca no coração, se você cometesse um erro,

como a lei medieval. Eu tinha visto a Idade Média, em primeira mão, e

não era tudo muito diferente.

— Isso parece justo. — uma menina apontou, a margarida cor

de rosa em seu cabelo incongruente contra todas as presas e olhos

injetados de sangue.

— Não é bom o suficiente. — Lars argumentou ferozmente. As

Fúrias gritaram o seu acordo. — Ela quase expõe a todos nós. Meu

filho Huntsman caiu para a noite passada por causa de sua

imprudência.

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— O assassinato de uma garota de dezesseis anos de idade, não

vai trazê-lo de volta. — disse sua esposa, cansada.

Ele rosnava como um urso ferido. — Se ele não me conceder

uma execução, então eu exijo dívida de sangue. Sua vida pela vida do

meu filho. — Ele sorriu, e isso me fez dar um passo atrás. —

Julgamento por combate.

— Você está brincando? — Eu soltei. Ele era mais do que o

dobro do meu tamanho. Tudo que eu tinha eram morcegos. Alguns

circularam sobre nós, rangendo.

— Se você insistir na tradição antiquada, — meu pai, de

repente exclamou em voz alta a partir da borda a multidão, seus

olhos brilhando, — então minha filha tem o direito de nomear um

campeão para lutar em seu lugar.

— Tudo bem. Quem será? Você? — Ele riu com

condescendência. — O pacificador?

— Não. — a minha mãe corrigiu, saindo de trás do meu pai, seu

sorriso frio e terrível. — Eu.

Lars empalideceu.

Se eu tivesse cinco anos de idade, ainda assim, eu teria

acrescentado um — nah, nah, nah-boo-boo.

A multidão ficou em silêncio. Ele soltou meu cabelo e saí de seu

alcance, esfregando meu couro cabeludo formigando.

— Você ainda pode retirar com honra. — meu pai disse

suavemente. — E nós podemos reunir o conselho e continuar com o

trabalho real. — Lars cuspiu no chão. — Decida. — papai acrescentou

suavemente.

— Antes de começar, sei que a minha filha foi vítima de

possessão e foi exorcizada. A serva Hounds irá atestar a isso.

— Uma aliada de sua família? — Alguém zombou em voz alta.

— Como o seu próprio filho foi iniciado? O que nos toma?

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— Você está difamando Kala? — Finn perguntou em voz baixa.

Ele era alto e loiro e, geralmente, tão silencioso que era assustador.

Ele poderia ter dado aulas a Sebastian. Ele também tinha milhares de

anos de idade e eu não o conheci desde que Isabeau chegou primeiro

nos tribunais. Esses meses pareciam anos.

Quem parecia estar perdido no meio da multidão.

— Escolha seu próprio xamã — Papai sugeriu. — E terei a

minha filha testada.

— Não, nós vamos decidir agora. — Lars insistiu.

Um guarda Chandramaa avançou, segurando dois cajados com

pontas. Ela era alta, com cabelo preto curto e a insígnia vermelho

costurada na túnica sem mangas. Ela deu à mãe a de ponta preta e

Lars ficou com a de ponta branca. Cada um deles tinha uma pena

vermelha ligada, como a que a guarda usava em seu cabelo.

Alguém que eu não conhecia colocou a coroa no chão, entre a

mãe e o Lars. Mais os guardas Mon ficaram em um círculo, definindo

o espaço da luta. O Clã de Lars ficou atrás de sua esposa, com os

punhos em seus corações solidários. — Pai. — eu disse, segurando

sua mão com força, como se eu ainda fosse uma menina. — Alguém

já percebeu que esse é o século XXI? Isso não é justiça.

— Eu sei. — ele apertou meus dedos. — Não se preocupe. — ele

acrescentou, mas eu podia ver a forma como a sua mandíbula estava

cerrada. Mamãe era a única que não parecia se importar. Ela

realmente parecia satisfeita.

— Até a morte, presumo? — Ela perguntou levemente,

balançando sua lança, experimentando para obter a sensação dela.

— Sim. — respondeu Lars.

— Não. — sua esposa interrompeu com veemência. — Eu perdi

o meu filho, não vou perder o meu marido também.

Lars ergueu as sobrancelhas. — Alva, ela é pequena.

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Alva olhou enojada. Tive a nítida impressão de que se ela

tivesse uma frigideira de ferro nas proximidades teria acertado a

cabeça dele. — Não seja um idiota. — Ela apontou para o guarda com

presas estendidas.

— O primeiro sangue. — Lars resmungou, mas não disse nada

quando sua esposa atirou nele o tipo de olhar que eu só pensava

mamãe poderia fazer.

Mamãe inclinou a cabeça. — O primeiro sangue é aceitável.

Ambos estenderam a mão esquerda, a palma para cima. O

guarda Chandramaa os marcou levemente com a ponta de uma

lâmina de rubi até que o sangue jorrou para a superfície. Eles

atiraram as gotas sobre a coroa e um passo para trás, a luta havia

começado automaticamente.

Lars atacou primeiro, sua lança Mom passou tão rente que eu

gritei. A ponta afiada bateu na sujeira com tanta força que parecia

um casco de cavalo batendo no chão. Ficou ela presa, então ele a

puxou para atacar novamente. Neve e terra atiraram em todas as

direções. Mãe se abaixou e usou sua própria lança para alavancar.

Ela se virou, com as pernas fechadas como um aríete. Suas botas

bateram em seu peito. Lars cambaleou para trás, derrubando vários

espectadores.

Ele abaixou, esperando pegá-la através dos joelhos. Ela pulou

agilmente, batendo com a coronha de sua lança em seu ombro. Ele

uivou, ossos quebrando. Mas ela não tinha cortado através de sua

pele e não havia sangue. A luta continuou.

Suas lanças chocaram uma contra a outra, como os ossos de

crânios quebrando. Mamãe desviou de um golpe baixo, chegando com

a lança em uma posição horizontal. Lars definiu seu próximo ataque

de lado. Ela dançou para trás e, em seguida, estendeu e balançou a

lança em ambas as mãos, como se fosse uma espada. Ela empurrou a

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frente, batendo seu esterno. Ela fintou e quando ele foi para bloquear

ela o pegou na garganta. Ele engasgou, seus músculos contraindo

violentamente. Ele bateu sua lança em sua coxa, pegando-a em um

ângulo tão brutal que a perna cedeu. Ela caiu sobre um joelho.

— Helena. — Pai respirava.

Mamãe voltou a segurar na lança e, em vez de usá-la para

voltar aos seus pés, ela apontou para cima, bateu Lars sob o queixo.

A lança continuou, pela boca e nariz. O sangue espirrou no chão.

— Primeiro sangue! — O guarda Chandramaa anunciou. —

Entreguem suas armas. — Seus compatriotas correram para

desarmar Lars e minha mãe. Mãe mancou até onde ele estava deitado

no chão, sangue escorrendo de seu lábio partido e nariz quebrado.

— Lamento o teu filho ter morrido — disse ela sem rodeios. —

Mas a minha filha foi uma vítima da mesma pessoa. Ela já se foi.

Espero que você encontre algum conforto nisso.

— Chega. — disse Alva, quando Lars jurou, com os punhos

cerrados. Havia lágrimas se misturando com o sangue em seu rosto.

O guarda usou a ponta de uma das lanças para pegar a coroa e

lançá-la para mim. — Está feito. — Ela curvou-se em minha direção.

— Salve a rainha.

Eu me encolhi, segurando a coroa sangrenta em minhas mãos.

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CAPÍTULO 27 Lucy

Quinta-feira / sexta-feira, toque de recolher.

Depois de Nicholas, caminhei para a escola, ainda tinha duas

aulas restantes. Fui a cada uma delas, tendo notas de consciência e

treinamentos até o suor embeber a parte de trás da minha camisa

para compensar ter faltado na semana passada. Connor me enviou

um texto para me deixar saber que todos estavam bem, então fui

capaz de me concentrar.

Estava lavando o rosto no banheiro das meninas minutos antes

do toque de recolher, quando ouvi um —Psiu. Joguei mais água no

meu rosto, pensando que uma das torneiras estivesse vazando.

— Eu disse, psiu.

Desliguei a água. — Hum, Olá? — Eu olhei por cima do meu

ombro. A cabeça de Chloe cutucou para fora de um das cabines, seu

cabelo selvagem impiedosamente em um rabo de cavalo apertado. Ela

usava uma camiseta preta e calças pretas. Eu pisquei para ela. —

Você é ladra agora?

Ela saiu fora, lançando um olhar desconfiado para as outras

portas das cabines. — Nós estamos invadindo O escritório de

Bellwood, — ela sussurrou tão baixo que era quase inaudível.

— O quê, agora?

Ela assentiu com a cabeça. — Cortei um e-mail que disse que

todos os professores estão em uma reunião com Hart agora e a

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281

maioria dos outros caçadores estão fora patrulhando. É agora ou

nunca.

— Há alguma razão especial que estamos invadindo o escritório

do diretor? — Perguntei, curiosa.

— Não posso quebrar sua criptografia — Chloe respondeu

humorado. — Mas não é algo definitivamente que vai diante. E a

última vez que algo assim aconteceu quase cresci um bigode e

estudantes morreram. — Ela parou no corredor. — Então você vem?

— Claro, estou dentro. — eu respondi. — O que mais.

— E sobre... — Ela assentiu com a cabeça a porta do meu

dormitório, onde a cama da minha companheira de quarto estava

perfeitamente feita.

Olhei para o meu relógio. — Luzes apagadas. — eu disse

secamente. — Sarita é nada se não pontual.

— Será que ela não fofocou?

— Ainda tenho a minha permissão para sair para hoje à noite,

— eu disse a ela.

Entramos sorrateiramente abaixo da escada de volta para onde

Hunter e seu amigo Jason esperava. Ele tinha um bondoso, gentil

sorrir. Eu o encontrei algumas vezes no refeitório durante as

refeições. Hunter balançou a cabeça. — Quanto de apoio você acha

que precisa? — ela perguntou a Chloe. — É como esconder uma

manada de elefantes.

— Jason é o melhor em fechaduras. — Chloe lembrou.

— E só estou aqui porque sou curiosa. — eu adicionei

prestativa.

— Só não seja pega. — disse Hunter.

— Eu já tenho detenção suficiente, obrigada.

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— Não estou preocupada com a sua detenção. — Ela bufou. —

Estou preocupada com a minha. Nós estamos falando de expulsão, se

isso der errado.

Sorri para ela, sorrindo largamente. — O que poderia dar

errado?

— Exatamente. — Ela olhou para o relógio. — Jenna já está na

árvore de vigia. Vou levar para a porta traseira do edifício. Lucy, você

mantenha a vigilância no interior do edifício, do lado de fora da porta

do escritório quando Jason e Chloe entrar. Todo mundo tem seu

telefone em modo silencioso?

— Senhor, sim senhor! — Eu dei uma saudação zombeteira. Ela

só mostrou a língua para mim. — Se Sarita pudesse te ver agora, ela

estaria apavorada. — acrescentei com fingida tristeza.

— Vamos. — Hunter sugeriu, revirando os olhos para mim. — E

tome cuidado. As maiorias dos agentes estão nas patrulhas, mas você

nunca sabe.

Parei provocando uma vez que estávamos fora, porque ela

estava certa, poderíamos entrar em um monte de problemas com isto.

A lua estava brilhante sobre a neve, o que torna tudo muito mais

difícil de esconder. Nós corremos de árvore em árvore, evitando a

enfermaria com suas luzes brilhantes iluminando um amplo espaço.

Hunter já estava à nossa frente, correndo pelos jardins. Eu vi os

arbustos balançarem quando ela fez uma volta acrobática estranha.

— O que ela está fazendo?

— Evitando as câmeras. — explicou Chloe. — Desativei

temporariamente as do escritório, mas se desativasse muitas delas

seria uma bandeira vermelha.

— Tenho um pouco de medo de como vocês são eficientes.

— Isso vindo da garota que regularmente soca o nariz de

vampiros e vive para contar a história.

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O edifício estava tranquilo com todas as salas de aula escuras e

vazias. As aulas tinham terminado mais de um par de horas atrás e,

como prometido, o escritório de Bellwood também estava deserto. Nós

escolhemos o nosso caminho passando os armários, os sapatos

arrastando no chão de madeira polida. Jason abriu o caminho pelo

corredor e Chloe e eu apertamos às costas a parede, esperando por

ele abrir a fechadura. Ele tinha um saco cheio de ferramentas

antiquadas e dispositivo de escuta complicado, anéis de chaves e

cartões de plástico. Depois de cerca de dez minutos de mexer

paciente, que eu teria gritado de frustração, a porta abrir sob as

dobradiças lubrificadas.

Chloe beijou suas bochechas com um som mais alto do que as

dobradiças. — Você é brilhante.

— As janelas têm a segurança. — disse ele modestamente. —

Ninguém é burro o suficiente para tentar isso do interior.

— Só nós. — ela disse com orgulho. — Quero as senhas. — Ela

esfregou as mãos como um vilão em um filme ruim.

— Se você ouvir alguma coisa pisca uma luz para nós. — Jason

murmurou, entregando-me a lanterna. — O escritório pode estar sob

escuta.

Era tanto chato e surpreendentemente desesperador ser vigia.

Estava acostumada ser lançada aos eventos sem aviso, mas todo esse

cuidado de ouvir e torturante espera estava fazendo minhas palmas

suar. Saltei duas vezes ao ouvir o som do meu próprio coração,

confundindo-o com passos. Uma meia hora depois, quando os meus

dentes já estava ferindo de tanto apertá-los, Chloe praticamente

pulou fora do escritório. Ela acenou com um bastão de dados para

mim. Seu sorriso era enorme e presunçoso como um gato. — Tenho.

— Ela sorriu para mim.

A viagem de volta aos dormitórios não seria tão fácil

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Por outro lado, uma van dos caçadores voltava quando

estávamos saindo do edifício. Jason não falou só nos empurrou para

dentro. Nós tropeçamos contra o outro, justo quando os faróis

varriam o caminho. A van percorreu todo o gramado, direto para a

enfermaria.

Hunter saiu dos arbustos ao nosso lado, franzindo a testa. —

Isso não é bom.

Chloe grunhiu e me deu uma cotovelada no seio. — Merda,

Chloe! — Eu gritei de volta.

— Psiu. — Hunter acrescentou. — Olá? Furtivo, lembra?

— Diz ao meu seio esquerdo.

Deslizamos ao redor do prédio, tentando encontrar um local

seguro para nos esconder e dar uma olhada melhor na van. Jenna

soltou de uma árvore e Jason fechou a mão sobre a boca de Chloe

para seu grito assustado não nos denunciar. A van parou e os faróis

se apagaram. Hunter acenou para a lagoa, mas não seguiu. Em vez

disso, ela foi se arrastando, e se dirigiu para a van. Corremos a

distância, em seguida, agachamos na escuridão para assistir e

esperar. Ficamos deitados na grama, nossos pés dobrados contra o

banco de água escura. A neve infiltrou em minhas calças, me fazendo

tremer.

Hunter se arrastou ao longo da borda dos jardins, o mais

próximo da porta da frente como pôde. Ela parou até a metade do

caminho, escondendo-se atrás de um zimbro. Jogou alguma coisa no

meio dos arbustos e, em seguida, correu para se juntar nós, como

abriram as portas da frente da van. Ela deslizou na grama como se

estivesse jogando beisebol. O cisne deu um grande grunhido

indignado. — Eu odeio aquela ave. — ela murmurou.

Dois caçadores saíram usando equipamento completo sob a

capa de casacos de inverno. Quando Hunter pescou um pequeno

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dispositivo de vigilância preto do bolso, podíamos ouvir o som de seus

passos enquanto eles iam à volta por trás da van.

— Amplificador de vigilância sem fio. — explicou ela, com um

sorriso igualmente tão presunçoso quanto o de Chloe quando dançou

fora do escritório de Bellwood. — Há apenas uma câmera dentro da

enfermaria. Mantêm fazendo varreduras.

— Onde você conseguiu isso? — Perguntei. — Sério, você estoca

isto?

— Kieran roubou isso para mim na semana passada do porão

da casa de seu tio. É o modelo do ano passado, então ninguém vai

perceber.

— Não tinha ideia que o escoteiro era um delinquente. — eu

disse, impressionada. — Ele continua me surpreendendo.

Nós nos enfiamos mais fundo na grama congelada, quando os

caçadores começaram a falar. Chloe não precisou usar o dispositivo

de vigilância.

— Outro corpo. — disse o homem cansado quando Theo saiu

da enfermaria. — Ela morreu a caminho aqui.

Theo sacudiu a cabeça. — Droga, sinto-me como se estivesse

correndo de um necrotério em vez de uma enfermaria.

— Mantenha-a sob vigilância. — a caçadora fêmea disse

enquanto deslizava a maca para fora da van. — Se ela não virar,

vamos colocá-la de volta onde encontramos e chamar as autoridades.

— E se ela se transforma? — perguntou Theo, embora eu

pudesse dizer pelo olhar em seu rosto que ele já sabia a resposta.

— Nós a estacamos.

— Ela não é imediatamente mal. — eu sussurrei furiosamente.

— Ela seria apenas um vampiro. — Na minha indignação, eu devo ter

sido mais alta do que eu pensava, porque os caçadores pegaram as

estacas.

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— Merda. — Hunter começou a afundar para trás. — entre na

lagoa. — acrescentou ela, deslizando sob a água fria. Seguimos tão

rápida e silenciosamente quanto podíamos. Os caçadores vieram em

nossa direção quando a água gelada roubou o fôlego. Mesmo que eu

quisesse gritar com o choque, não havia ar em meus pulmões. Não

estava tão fria quanto aqui quanto nas montanhas e a neve ainda era

meramente decorativa, mas ainda estava muito malditamente fria

para um mergulho. A cabeça de Chloe apareceu ao meu lado e

enrolada nas ervas daninhas. Os lábios de Jason já estavam azuis.

Os caçadores estavam se aproximando.

Muito perto.

A mulher tinha uma arma em sua cintura e parecia que estava

com vontade de atirar primeiro e perguntar depois. Meus dedos

apertados com o frio enquanto eu segurava a respiração, tentando

não mexer as pernas e criar quaisquer ondulações.

Assim quando eles estavam atravessando o gramado, Hunter

mergulhou e puxou a perna de cisne. Ele gritou e se jogou no ar,

voando de modo irregular em sua surpresa acertou um dos caçadores

na orelha. Tropeçaram, xingando e se agachando.

Nós arrastamos para fora da lagoa tão rápido quanto podíamos.

A água fez minha blusa três vezes mais pesada e encheu as minhas

botas. Meus dentes batiam. Até os meus ossos estavam frios.

— Essa maldita ave ainda vive aqui? — O cara murmurou

enquanto eles se afastaram do lago e foi sacudindo o corpo coberto de

folhas até as portas duplas. As luzes fluorescentes foram cruéis e

intransigentes, caindo brilhantemente sobre manchas de sangue.

Theo olhou debaixo do lençol e franziu a testa quando se amontoaram

perto um dos outros, tentando não nos colocar em exposição. Hunter,

sendo Hunter, teve a clarividência para deixar o transmissor na

grama, por isso, ainda ouvia o que eles falavam. Chloe ainda com o

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bastão dados em sua mão, segurando-o como uma menina em seu

primeiro carnaval com seu primeiro algodão doce.

— Ela estava viva quando a encontrou? — Perguntou Theo.

— Mal, mas sim.

— Essas marcas de mordida são demasiadamente perfeitas

para todo o sangue que perdeu. E esses cortes em seus pulsos são

mais velhos, como se estivesse acorrentada. — Theo sacudiu a

cabeça. — Esses malditos desaparecimentos e os ataques estão

ficando mais estranhos. — A porta se fechou atrás deles e eles não

ouviriam o que nós dizíamos.

— Solange não faz isso. — eu sussurrei, meus joelhos rangendo

quando me empurrei para fora da neve. — Ela é ela mesma

novamente. Além disso, está na fazenda. — Minhas calças jeans

sentiram como se estivessem congelando direto da minha pele.

— Não posso ajudar, mas me pergunto se Dawn teria melhores

resultados. — disse o caçador feminino murmurando, quando ela e

seu parceiro deixaram a enfermaria. — Porque nós somos merda

inútil nos dias de hoje.

Dawn novamente.

Eu assobiei ao invés de falar seu nome. Hunter puxou um jogo

de estaca por hábito antes de perceber que era só eu e não um

vampiro. Os caçadores subiram na van, cortando a conversa. Eles

dirigiram para o menor celeiro, que foi convertido em quartos de

dormir para as famílias de fora da cidade e caçadores Helios-Ra

viajantes. Aparentemente, ele estava cheio, nunca aconteceu antes.

Isso era tudo muito interessante, exceto pelo fato de que eu estava

congelada e meus dedos estavam dormentes.

— Vamos. — Hunter resmungou, parecendo igualmente

miserável.

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Corremos de volta para os dormitórios com muito menos

discrição e graça. Foi apenas pura sorte que entramos no edifício e

tomamos banhos quentes sem ser pegos. O calor voltou às pontas dos

dedos em faíscas quentes, queimando sob a minha pele e meus

braços. Ainda estava tremendo um pouco, mesmo empacotada em

meu pijama de flanela e o roupão de Sarita, que peguei emprestado

do gancho. Escapei as escadas para o quarto de Hunter, onde todos

estavam esperando, também recém-banhadas e vestindo as camisas

que puderam encontrar. Jason estava derramando água quente de

uma chaleira em copos em uma mistura de chocolate. Eu seriamente

considerada beijá-lo por isso. Com a língua.

Chloe já estava no computador, com os cabelos em uma toalha,

seu olhar de soslaio para a tela. — Espero que tenha valido a pena. —

eu disse, enrolando meus dedos em torno da caneca que Jason me

passou. — Definitivamente, vale a pena. — disse Hunter. — Nós já

sabemos mais do que sabíamos há uma hora.

— Sim, como a lagoa está enlouquecendo de frio. — eu disse.

— Melhor do que ser pego e expulso.

— Melhor a hipotermia do que a expulsão? — Perguntei com

outro tremor violento que estremeceu a minha espinha do nada.

Ela acenou para o lado com um sorriso cansado. — Não estava

frio o suficiente para isso e nós não ficamos tempo suficiente.

Eu gemia enrolada como uma bola em sua cama, ainda

segurando minha caneca. — Sinto que todos os meus ossos viraram

macarrão encharcado.

Hunter rastejou para debaixo do cobertor ao meu lado. Jenna

virou-se na cama de Chloe, movendo-se para dar espaço para Jason.

Ele deslizou a seu lado depois de tirar o cobertor extra e jogar nos

ombros de Chloe. — E agora? — Eu bocejei.

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— Agora vamos esperar Chloe ser brilhante. — Jenna bocejou

volta.

— Acordem-me quando o gênio acabar. — eu murmurei. Meus

olhos estavam fechando quando meu celular vibrou no bolso do

roupão. Havia um texto de Solange. —Você está acordada?

Foi tão grande ter um texto dela, assim como melhores amigas

novamente, que sorri para a tela por um momento. — Oh, Deus. —

Chloe murmurou. — Você tem alguma coisa de Nicholas. Conheço um

idiota Drake sorriso quando vejo um.

— Não, não é Nicholas. — eu disse. —Falo em breve. — Mandei

uma mensagem para Solange de volta ao mesmo tempo.

— Empresta-me o seu telefone? — Hunter murmurou. — O

meu é todo o caminho até lá na minha mesa. — Isso parecia gostaria

quilômetros de distância. Passei-lhe o meu telefone. Ela discou

lentamente, como se os dedos formigassem tão dolorosamente como

meu. Descongelar doer mais do que o congelamento real. — Kieran,

eu o acordei? — Ela bocejou tão amplamente como se falasse a si

mesma. — Sabe alguma coisa sobre essa pessoa Dawn? Além do que

Nicholas disse a Lucy? — Ela balançou a cabeça quando todos nós

olhamos para ela, esperando por uma resposta. — Chloe está fazendo

das suas. Se ela pode quebrar o código você pode quebrar alguns dos

arquivos do seu tio? Obrigado.

Peguei o telefone de volta dela antes que ela pudesse desligar.

— Chame Solange, idiota.

Kieran gemeu. — Uma crise não é o suficiente para você,

Hamilton?

— Chama-a. — eu repeti antes de desligar.

— Dawn deve ser um Huntsman. — Jenna disse, com os olhos

fechados. — Ou realmente um da velha Liga da escola.

— E parece que ela está recrutando. — Hunter concordou.

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— Isso é uma coisa ruim? — perguntou Chloe, ainda debruçada

em sua mesa. Ela tinha aberto um saco de jujubas e estava

mastigando mecanicamente. — Quero dizer, não precisamos da ajuda

extra?

— Acho que depende do que ela está recrutando e para que. —

disse Hunter.

— O mal. — eu respondi prontamente.

— Você não pode saber disso.

— Você não viu o que ela fez para Nicholas. — Voltei

sombriamente. Meu tom de voz era forte o suficiente para quebrar

pedras. Lembrei-me de cada cicatriz, cada ferida e cada lágrima em

sua camisa. Acima de tudo, eu me lembrei daquele olhar selvagem

gritante em seus olhos quando tropeçou na clareira onde Solange

tinha me deixado.

Chloe fez uma careta. — Desculpe, eu me esqueci dessa parte.

— Está torturando vampiros e humanos. — lembrei a ela. — E

ela machucou meu namorado. Então, ela merece um grande, grosso,

aço de sua bunda até a garganta.

— Concordo. — Hunter disse calmamente. Sabia que ela estava

pensando em Quinn. Poderia facilmente ter sido ele sequestrado e

torturado.

Mesmo tão irritada como eu estava, o número de vítimas das

últimas noites, o calor finalmente se espalhou por meu corpo

novamente me embalando para dormir antes de terminar de proferir

ameaças de morte. Não tinha certeza de quanto tempo dormi antes de

Chloe dar um tapa teclado. — Coisa estúpida!

Pulei, assustada acordando. Hunter e eu estávamos apertadas

juntas e Jenna estava esparramada confortavelmente na cama de

Chloe. Jason tinha de alguma forma acabado no chão, mas a julgar

pelo seu ronco não parecia incomodá-lo. Até que Chloe rolou para

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longe de sua mesa e sua cadeira puxou seu cabelo. Ele empurrou

para cima, mas seu cabelo estava preso e ele ficou lá xingando. —

Droga, Chloe. Você está tentando decifrar um código ou a minha

cabeça?

Ela fez uma careta para ele. — Sinto muito. — Girou a cadeira

cuidadosamente distância.

Ele se sentou esfregando a cabeça. Ela lhe entregou um saco de

bala de chocolate de sua gaveta como uma oferta de paz. Comeu um

punhado, ainda com os olhos turvos e esfregando sua têmpora.

Hunter pôs a cabeça para cima. — Chloe, vá para cama. É

quase quatro da manhã. Você pode tentar novamente depois.

Chloe pegou mais uma bebida energética.

Jason gemeu. — Ótimo. Assim como você precisa de mais

cafeína. — Ele empurrou a seus pés. — Estou indo para o meu

próprio quarto antes de machucar mais uma coisa que possa

realmente precisar um dia.

Chloe abriu sua bebida e olhou seu computador malignamente

ao mesmo tempo quando ele buzinou para ela. Ela bateu em algumas

teclas e, em seguida, baixou a lata vazia, estremecendo.

— A Gazeta está noticiando outra manchete sobre o assassino

Drácula. — disse ela. — Um cara da faculdade foi encontrado morto

e sem sangue fora da biblioteca.

— Mais um? — Fiz uma careta. — Mas Solange está bem agora.

— eu repeti. — Ela não fez isso.

— Sem contar que os vampiros geralmente limpam seus

rastros. — Hunter apontou.

— Alguma coisa não bate certo com todas essas pessoas

desaparecidas, assim como Theo disse. Não pode ser apenas vampiros

se alimentando.

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— Tem que ser Dawn. — eu disse a ela. — Ela está obviamente

enquadrando vampiros.

— Essa é uma forma bastante brutal de fazê-lo. Se ela é pró-

humano, então por que matar tantos de nós?

— Vampiros são um bode expiatório conveniente. Mas por que

atrair Solange a uma festa do ensino médio de todo os lugares? — Eu

me perguntava.

— Todo mundo está atrás de Solange, você sabe disso. Ela é um

bode expiatório ainda mais conveniente.

— Isso é uma merda. — Eu fiz uma carranca.

Hunter fez uma careta de volta. — E quem diabos é essa Dawn,

afinal?

— Podem reclamar em outro lugar? — Chloe murmurou. — É

uma distração.

Hunter enfiou de volta sob os cobertores, franzindo a testa,

pensativa. Jenna ainda estava dormindo em algum lugar sob uma

pilha de travesseiros de Chloe. Jason e eu fomos para o segundo

andar. Em vez de voltar para o meu quarto, fui ao banheiro e me

escondi em uma das cabines para chamar Solange de volta. Ela

atendeu no primeiro toque. — Acho que vou ser curada com sucesso

de todas as tendências a mártires até o final de a semana. — disse ela

secamente.

— Isso bom, né?

— Mamãe bateu em um guerreiro com músculos do tamanho

da minha cabeça e que tem sido a política e a condescendência desde

então.

— Yawn.

— Sim, ele alterna entre chato e assustador. Passo a maior

parte do meu tempo pedindo desculpas e em seguida não sendo

autorizada a falar como todos os vampiros dentro de um raio de dez

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quilômetros, e ouvindo um longo discurso sobre a honra e tradições e

as pessoas basicamente estúpidas.

— Diversão.

— Você deveria ter visto a cara do meu pai quando o cara

continuou sobre caçadas humanas e alimentação em zoológicos.

— Cara.

— Eu sei, certo?

— Você derrubou esse estúpido. — perguntei, lembrando-me da

sensação das correntes de ferro nos meus pulsos. — Porque eu tenho

que lhe dizer, essa coisa não está ajudando a nossa causa. — Eu

podia apenas imaginar o que Jody faria se descobrisse.

— Foi a primeira coisa que eu fiz. — ela prometeu. — Assim que

parei de tentar me matar. E quanto a você?

—Fiz um mergulho.

— Em novembro?

— Não foi ideia minha. — Fechei a tampa do vaso sanitário e

me sentei encostada na parede. — Nós estávamos olhando em

segredos os League e tentando descobrir mais sobre esta pessoa,

Dawn.

O silêncio do outro lado da linha era mais frio do que a água da

lagoa. — Sim. — Solange, finalmente, disse. — Quero um pedaço

dela.

— Vamos compartilhar. — falei. — E dar o resto a sua mãe.

Meio como as peças remanescentes do Constantine. O que aconteceu

com ele, afinal? Será que sua mãe amarrou suas entranhas em um

arco bonito?

— Ele se retirou durante o julgamento para o combate. —

respondeu ela calmamente. — Até mesmo os guardas não sabem

onde ele está. Eles estão apenas todos nervosos e confusos.

— Perdoe-me se eu não exatamente sinto muito por eles.

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— Eu realmente pensei que ele era meu amigo. — disse ela em

voz baixa.

— Ele deveria ter muita sorte. — eu disse.

— Amanhã vou ser testada por Kala na frente de todos para

provar que eu sou eu de novo.

— Você deve estar grata que não é a minha mãe. Ela faria você

cantar nua no quintal sob a Lua cheia.

— Eu mereço. Não é que a maioria deles acreditam que eu

estava possuída em primeiro lugar. Especialmente desde que

Constantine se foi e não pode admitir qualquer coisa.

— Ele acabou de mentir de qualquer maneira.

— Não se minha mãe estivesse lá.

Ambas ficamos pensando sobre isso por um momento e depois

estremecemos. — Eu devo avisá-la — eu acrescentei. — Os jornais

ainda estão imprimindo histórias sobre os assassinatos e

desaparecimentos. Houve mais dois esta noite.

— Você sabe que eu não tive nada a ver com esses, né? — Eu

poderia dizer que ela estava andando na velocidade de vampiro do

chiado suave ao fundo. — Pô, todo vão pensar que fui eu. Eu tenho

que descobrir quem está fazendo isso.

— Vamos. — eu assegurei a ela. — De alguma forma.

— Você acha... — Ela parou indecisa.

— O quê? — Eu pressionei.

— Não se preocupe.

— Como isso vai acontecer. — Especialmente desde que eu

tinha a sensação de que sabia do que se tratava. — Cuspa fora, Sol.

— Bem, — continuou ela com relutância. — Você acha que

Kieran acha que eu fiz isso?

— Não, claro que não. Mas, falando dele, ele te ligou? — Eu

exigi.

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— Não.

— Você chamou?

— Não.

— Você quer fazer isso de propósito para me deixar louca?

— Ah, certo, assim é nossa culpa. — ela zombou. — Você

nasceu desse jeito. Muito tofu.

Eu sorri. — Senti sua falta.

— Eu também.

— O suficiente para chamar Kieran?

— Você está obcecada.

— Também acontece de você estar certa. — eu apontei. — Você

não pode deixá-lo assim.

— Deixe-me apenas passar amanhã à noite. — Ela fez uma

pausa. — Lucy, eu vou tentar formalmente abdicar.

— Você pode fazer isso?

— Eu não sei. — ela admitiu. — Não acho que alguém já fez.

Mas vou mudar algumas coisas em primeiro lugar.

— Como o quê? — Perguntei. — E, calma.

— Quero criar algum tipo de conselho por isso não há

necessidade de reis e rainhas.

— O desmantelamento da monarquia. — Eu sorri. — É pouco

rebelde. São sempre os mais quietos.

— Só não acho que uma pessoa deve representar todas essas

tribos diferentes, especialmente com os outros, como Na-foir saindo

da clandestinidade. E definitivamente não acho que esse alguém

deveria ser eu. Ela parecia revoltada. — Quer dizer, eu tenho

dezesseis anos. Por que ninguém parece notar isso? Especialmente

desde que todos eles têm mais de trezentos ou qualquer outra coisa.

Todo esse sistema é estúpido.

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— Você realmente quis dizer isso, — eu percebi. Não tinha

ouvido um som tão animado desde que ela tinha começado um novo.

— Tive um monte de tempo para pensar, — disse ela

secamente. Sua voz mudou. — E London morreu por causa disso e a

reação de todos parece que estão de mau humor.

— Pregando para convencê-los. — eu concordei. — Quero dizer,

parece com o sedativo que seu tio costumava aplicar? Por que não

estamos usando isso? Talvez não em Hel-Blar. — Eu alterei. — Mas,

pelo menos quando não sei nada sobre a pessoa que está lutando.

— Exatamente! — Ela quase gritou. — Deus, eu gostaria que

você pudesse vir comigo para este conselho.

— Você vai se sair bem. — eu disse com firmeza. — Você vai

arrebentar vampiros, eu vou chutar a bunda de Helios-Ra e depois

vamos comemorar com sundae de chocolate.

— Tratado.

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CAPÍTULO 28 Solange

Sexta à noite

Teste ritual de Kala não era tão horrível como eu pensei que

seria.

Tudo o que eu tinha a fazer era ficar no centro de quase uma

centena de vampiros, enquanto Kala circulava em volta de mim com

seu chocalho dente de cão e seus amuletos tilintando. Isabeau seguiu

atrás dela, carregando um abalone de conchas e uma pena de falcão,

flutuando fumaça sábia sobre nós. Quatro outros Hounds ficaram em

cada sentido, cada um com um cão em seus pés, e cada um tocando

um tambor.

Os outros vampiros deslocaram inquietos. Eles ficaram

fascinados com os Hounds reclusos, mas não confiaram neles o

suficiente para realmente apreciar o espetáculo de um ritual mágico

raro. Mamãe e papai, meu tio, meu tia, e todos os meus irmãos

estavam juntos em forma de meia-lua. A prima de Lucy, Christabel,

ficou com Saga e Aidan, que tinha um Hel-Blar preso a uma coleira,

seu cheiro de cogumelo acrescentado pelo miasma da raiva e do

medo. Connor ficou com a nossa família, mas seus olhos nunca

deixaram Christabel. Eu mesmo convidei Madame Veronique e as

suas servas para que ela pudesse parar de tentar me matar, supondo

que eu fosse Viola. Eu sabia que Viola tinha cruzado a crueldade e o

mal, me prendido e me usado, mas parte de mim não podia deixar de

sentir um pouco de pena dela. Quão diferente seria a sua vida se

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soubesse quem ela era? Se ela tivesse a minha família, em vez de

Madame Veronique?

Os representantes do Conselho Raktapa sentaram-se em uma

longa mesa. Os outros vampiros que ainda suportaram e apoiaram

Viola, mesmo sem saber quem era ela e tinham conduzidos seus seres

humanos em coleiras como animais de estimação depois que Viola

ordenou, também estavam presentes. Os homens de Constantino

ficaram perto deles, me olhando com ódio. Chandramaa estava dentro

do círculo e estava boqueando o caminho. No centro, à minha

esquerda, havia uma pequena mesa segurando a coroa real.

Havia um tipo nefasto de tensão apegada a tudo e todos. Não

estava aqui no início da Lua de Sangue, mas agora o medo pairava no

ar, azedo e fétido. Muitos tinham perdido entes queridos aos

caçadores, e muitos olhos estavam procurando os assassinos para

beber o sangue. O porto seguro do acampamento não se sentia

particularmente mais seguro.

Ainda assim, o próprio ritual foi mais fácil do que o de cavernas

onde Kala tinha me mostrado a profecia sendo falada.

Até que ela veio para mim com um osso de cão afiado, como um

cruzamento entre uma agulha de tricô gigante e uma estaca.

Tive que me forçar a ficar absolutamente imóvel, mesmo que

cada uma das terminações nervosas gritasse para saltar para trás,

para correr, se esquivar. Como ela não foi transformada

instantaneamente em pó na ponta de fecha de um Chandramaa, o

ritual, obviamente, foi aprovado anteriormente. Eu lhes pedi para

deixar Kala fazer o que ela precisasse, mas isso foi quando pensei que

a pior coisa que eu poderia ter de fazer fosse cantar.

Mamãe deu um passo adiante.

Kala espetou a ponta em cada um dos meus pulsos, e uma vez

mais no meu coração. Os cortes eram superficiais, mas sangraram

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rapidamente e rapidamente. O Hel-Blar estalou as mandíbulas e

uivou tão cruelmente, Aidan teve que lutar para mantê-lo contido.

Kala ignorou todos eles, os guinchos, os murmuros, o assobio. Ela só

se preocupava com o sangue escorrendo atualmente na neve.

Ela tocou o dedo para o riacho escorrendo do meu coração e

espalhou o sangue sobre a testa dela, depois na minha. Isabeau

pegou uma pequena tigela esculpida em pedra sob meus pulsos até o

meu sangue reunir ali como vinho. Ela passou para Kala que bebeu

tomando um gole pequeno no ritual. Ela estava sem fome para isso,

seus dentes estavam sempre estendidos, mas não pareceu mais

nítido, não mais do que o habitual.

Ela estava no fundo do seu transe mágico, via as coisas que o

resto de nós não podia ver. O som ficou mais alto, mais rápido, como

milhares de abelhas zumbindo. Isso me fez sentir um pouco

desorientada.

Quando Kala levantou a cabeça da tigela, o branco dos seus

olhos estava vermelho. O som parou abruptamente, como um.

Ninguém se mexeu, ninguém falou. Até o vento parecia estar

prendendo a respiração. Kala não se mexeu, mas era óbvio que estava

em outro lugar. Menos óbvio para os outros, talvez, que ela estava

rondando pela minha paisagem interior. Podia sentir seus curiosos

abrir de portas e fechaduras enferrujadas, espiando debaixo da cama

para monstros. Foi a sensação mais estranha e não totalmente

agradável. Meus dentes conversavam.

— Espírito. — Kala sussurrou em uma voz cantante assustada.

Estava tudo errado, vestida como uma boneca em um vestido rosa

com babados com uma faca de açougueiro. — Espírito.

As feridas que ainda doíam, pulsavam dentro da minha cabeça.

Estava sendo raspada crua.

— Viola. — Kala estalou. — Mostra-te.

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Tremi toda, joelhos bambearam. Caí na neve sangrenta. Mas

não havia voz, nem sentido de vertigens ou desconexão.

— O último teste. — Kala anunciado.

O olhei para um som de choro.

Constantino.

Pisquei confusa. Levou um momento para perceber o choro não

era dentro da minha cabeça. Um bando de cães Hounds sobre seus

tornozelos, girando e rosnando para levá-lo em movimento. Havia

sangrentas marcas de mordida em suas panturrilhas. Seu cabelo

ficou em pé e seus olhos estavam vermelhos e vermelhos. Ele estava

chorando alto, entrecortado. Parecia em nada com o encantador e

espirituoso vampiro que salvou a minha vida das Fúrias e me beijou

no Bower. Ele parecia, francamente, um louco.

Ele tropeçou, distraído pela visão de Madame Veronique. —

Você. — Ele fervia, fúria e dor contorcendo suas feições normalmente

consideráveis. Suas presas brilharam. — Você fez isso. — gritou,

tropeçando sobre os cães quando tentou chegar até ela.

Madame Veronique não reagiu, nem sequer piscou. Sentou-se

como uma estátua de gelo medieval em um vestido de veludo. Suas

servas se posicionaram protetoramente na frente dela, mas foi

Isabeau que bateu fora de seus pés antes de chegar a ela e antes que

o Chandramaa pudesse atacar.

— Você pode morrer em seu próprio tempo. — disse ela

bruscamente, seu sotaque acentuado. — Após o teste. — Ela o puxou

pela parte de trás do colarinho e os cães correram de volta, polêmica

nascente. Seus dentes pareciam tão perigosos como as presas de um

vampiro.

Encolhi-me quando os cães vieram para perto de mim,

lembrando que foi a sua presença que chamou Viola para fora e

entrando no meu corpo. Constantino caiu de joelhos diante de mim,

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agarrando meus braços. — Viola. — ele perguntou com tanta

esperança, frustação em seus olhos violeta que era doloroso olhar

para ele. — Viola, volte para mim.

E então ele me beijou.

Um beijo, para dizer a verdade a partir de uma mentira.

Fiquei tensa, ouvindo tão atentamente para o sussurro de Viola

que podia ouvir o afundamento na terra abaixo de nós. Mas nada

mais. Caí com alívio, mesmo Constantino me balançando

freneticamente. — Não! — Ele soluçou. — Não!

— Ele não é uma ameaça. — Kala despediu. — Ele está

quebrado por dentro.

Puxei bruscamente para fora do seu domínio e levantei

lentamente para os meus pés. Ele se ajoelhou, chorou e rangeu seus

dentes. Eu nunca tinha visto um vampiro antigo tendo um colapso

antes. Não foi bonito. O sangue escorria de seus olhos e sua boca

mastigava. Eu só olhava para ele, incapaz de sentir qualquer coisa,

senão pena. Não poderia nem mesmo reunir ódio suficiente para

acertá-lo novamente, como tinha feito naquele dia debaixo das pontes

nas árvores, mesmo que ele tentasse segurar meus pés para que eu

não saísse.

O mesmo não pode ser dito para a minha família. Minha mãe

rosnou, mas foi meu pai que arrastou Constantino e deu um soco na

sua garganta. — Chegai-vos à minha filha de novo e vou matar você.

— ele disse calmamente: quase educadamente, quando pairava sobre

ele. — Entendeu?

Kala recuou, piscando o sangue de seus olhos. — O espírito foi

banido, tudo porque esta menina — ela apontou para mim, — foi forte

o suficiente para manter-se firme quando todos ao seu redor estavam

cegos para a batalha. Esse outro espírito não pode fazer nenhum mal

a você. — disse ela ao conselho e os outros. Sua voz não saiu mais

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alta, mas parecia chegar a todos os lugares, serpenteando entre os

presentes para os cantos muito mais distantes do acampamento. — A

profecia foi cumprida. — acrescentou. — E não há mais nenhuma

preocupação de vocês.

Meu pai pareceu desinflar rapidamente com alívio. A postura de

Madame Veronique foi mais aguerrida. Vozes chocaram uma com as

outras. Kala saiu do círculo se sentou em uma pilha de peles, cães

enrolaram em seu pés. Isabeau estava ao lado dela, em atenção.

Constantino se arrastou para longe. Não conseguia nem olhar para

ele.

Todo mundo começou a falar ao mesmo tempo. Minha família

me cercou, mas todos estavam gritando entre si também. Os

delegados de tribos que estavam exigiram um conselho.

— Tenho algo a dizer. —Tentei ser ouvida sobre a cacofonia,

mas era quase impossível. Fui à ponta dos pés e tentei chamar a

atenção de um dos representantes Raktapa, mas eles estavam muito

ocupados conversando entre si.

— Tenho algo a dizer! — Eu tentei de novo, mas sem maior

sucesso. Mãe teria sido confiante e aterrorizante, era apenas seu jeito.

O jeito do meu pai seria encontrar algum tipo de terreno comum a

negociar. Eu só tinha o meu próprio caminho, independentemente do

que possa ser. Teria que contar com a lógica e bom senso, e apelo ao

nosso objetivo unido, que era, essencialmente, o desejo de ser deixada

sozinha.

Isso era algo que entendi em um nível que meus pais não

apreciariam verdadeiramente. Mas se eles fossem me aceitar, teria

que fazê-los me ouvir primeiro.

Minha voz era apenas uma de muitas, não importa o quão alto

eu gritei.

Então parei de gritar.

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Era a única tranquila de qualquer maneira, como Lucy tinha

me provocado pelo telefone. Então, usei para minha vantagem.

Sorrateiramente me aproximei e peguei a coroa. Entre Viola e a

profecia, era um símbolo que todos pareciam estar obcecados. E mais

uma vez, desta vez tinha que fazer isso funcionasse para mim em vez

de contra mim.

Escorreguei no meio da multidão empurrões, facilitando entre

os argumentos e desculpas e escravos de sangues. Parei ao pé do

poste da árvore cortada. Havia ainda correntes enroladas em sua

base, ainda manchas de sangue no chão. Escalei o post, lascas

romperam sob as minhas botas. Quando alcancei o topo, levantei-me.

Não fiz nada, só fiquei ali esperando em silêncio e pacientemente, com

a coroa me circundando em cima de mim.

Foram vários minutos antes que alguém me notasse. Sebastian

foi o primeiro, em seguida, os vampiros ao redor do poste, então

Nicholas, em seguida, Duncan. Lentamente, as conversas em torno de

mim vacilaram o silêncio se espalhou.

Os morcegos mergulharam entre os poucos que ainda

discutiam, assustando-os.

Faces olharam para mim e tive que engolir em uma garganta

seca. — Tenho uma proposta a fazer. — Minha voz tremeu um pouco.

Arrumei meus ombros para compensar.

— Não sou sábia o suficiente para ser sua rainha. — eu disse.

— Mas sou sábia o suficiente para reconhecer. Também sou sábia o

suficiente para saber que este sistema é irremediavelmente

ultrapassado e só nos coloca uns contra os outros. Nós não podemos

matar uns aos outros como se fosse a única maneira de resolver

nossas diferenças. Minha prima morreu por mim, por essa profecia

estúpida, e a guerra sobre a coroa. E não vou deixar que sua morte

seja em vão. Os seres humanos têm ensaios e as leis e prisões, então

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por que não podemos? — Papai estava tão orgulhoso que pensei que

ele ia começar chorar ali mesmo. — Se nós vamos nos reunir a partir

de todo o mundo e sentar em um conselho, então precisamos fazer

alterações. Todos nós precisamos fazer tratados com o Helios-Ra, e

não apenas as famílias locais da Violet Hill. — Alguém cuspiu na

neve. Olhei para ela com calma. — A League está mudando, assim

como nós. Este não é o século XII. — Olhei friamente para Madame

Veronique. — E nós precisamos parar de agir como se fosse.

Levantei a coroa. — Este é apenas um objeto. — eu insisti. —

Não vale a pena morrer por isso. Mas se todos realmente querem tão

desesperadamente, podem levá-la. — Arranquei um dos rubis.

Alguém suspirou. Pulei no poste e caminhei em direção Kala. — Os

cães respondem a si mesmos. — Entreguei-lhe o rubi. Os sussurros

incharam com raiva. Arranquei outro e virei para Saga. — Os Na-foir

respondem a si mesmos. — Ela sorriu arrogantemente arrebatando o

rubi. O último rubi coloquei em cima da mesa na frente do Conselho

Raktapa. — As famílias antigas respondem a si mesmas. — Joguei as

pérolas que pendiam sobre o que restava da coroa, espalhando-as

como pequenas bagas visco brancas.

— E todos nós respondemos um ao outro. — Meu pai tinha dito

essas palavras tantas vezes que elas vieram naturalmente. — Quero

abdicar do trono. — Os assobios e gritos eram tão altos que vacilei.

Papai pegou meus olhos e inclinou a cabeça sutilmente na direção de

mamãe. — Mas, por enquanto, nomeio Helena Drake como minha

regente. — Sorri para o papai. — E Liam Drake como co-regente. —

Mamãe seria capaz de manter ordem no caos, mas o pai era o único

que seria capaz de fazer o trabalho deste plano. Ele poderia resolver

disputas e acalmar os ânimos. Pode-se lidar com mamãe, pode lidar

com vampiros vingativos.

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— E o resto de nós? — Um homem com uma jaqueta xadrez

perguntou. — Quem nos representa?

Não tinha pensado nisso. Mordisquei meu lábio inferior, presas

picando quando elas cutucaram através da minha pele. Eu não era

estritamente Raktapa, porque não era como os outros Drakes. Não

era Hound ou Na-foir. Pensei em Marigold e os outros do Bower.

Estava fora do círculo, assim como os vampiros solitários que

optaram por não se aliar. — Eu vou. — eu ofereci. — Até que você

escolha o seu próprio representante, vou representar os sem tribos.

Vocês terão a mim. — Pai realmente chorou, então, apenas uma

lágrima, que ele escovou às pressas antes que alguém pudesse vê-lo.

— Bem feito. — disse Nicholas horas mais tarde para mim,

quando saí do pavilhão principal. Aparentemente quando derruba a

monarquia, você tinha que se sentar e ouvir discursos durante horas,

até que seu bumbum ficasse dormente.

— Simplesmente não podia deixar London morrer por nada, e

depois ver acontecer tudo de novo na próxima vez que uma mulher

velha e estranha ficar chapada com chá de cogumelo. — Esfreguei

meu rosto cansado. — Mas você acha que isso vai funcionar? —

Perguntei, com ar de dúvida. — Nós não somos exatamente

conhecidos por nossa natureza descontraída. Quero dizer, tia

Hyacinth ainda está segurando um rancor contra aquele rapaz que

acenou com uma pistola no carro da rainha Victoria. E isso foi em

1872.

— Vale a pena tentar. — respondeu ele. — Alguns dos vampiros

já fizeram as malas e deixaram em um chilique. Mas assim como

muitos estão brindando a uma nova era.

— Posso ver isso. — Observei um vampiro brindar com o outro.

Enquanto estávamos conversando, falando e falando, todo mundo

tinha bebido. Viramos e vagamos pelo caminho. Os grupos de

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vampiros se reuniram do lado de fora de uma das tendas,

sussurrando e olhando.

— Uma coisa não mudou. — eu murmurei. — Vou começar o

meu próprio circo e ser a principal atração. — Olhei para Nicholas. —

Quer sair daqui por um tempo? — Nunca estive confortável em

multidões e tudo o que Nicholas sofreu na prisão de Dawn o fez quase

solitário como Duncan. Queria matá-la mais de uma vez. Minhas

presas cutucaram em meu lábio inferior sangrando. Um dos vampiros

da tenda apontou para mim.

Nicholas apenas levantou as sobrancelhas. — Você está com

tanta fome que você está tentando comer o seu próprio rosto?

Eu lhe dei uma cotovelada. — Algumas pessoas têm medo de

mim, você sabe. Como aquele cara ali. — O cara empalideceu quando

olhei em sua direção e tentou se esconder atrás de uma bandeira

metade de seu tamanho.

Nicholas bufou. — Dez pontos se você puder fazê-lo se esconder

por trás dessa menina assustada lá. — E foi uma brincadeira normal,

as lágrimas saltaram aos meus olhos. Nicholas ficou horrorizado

instantaneamente. — O quê? O que eu fiz?

— Você deve me odiar. —Funguei. — Fiz você beber de Lucy.

Sinto muito, Nic.

— Lucy me chamou de ‘a rainha do drama’, quando fui contra

isso também.

Sufoquei uma risada. — Sério?

— Sim. — Ele torceu um sorriso. — Então pare de ser tão

dramática.

Engoli em seco. — Irmãos são tão sentimentais. — O meu

sorriso foi aguado. E, na verdade, eles eram, totalmente.

Eles só pensam que ninguém sabia.

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— Então para onde estamos indo? — ele perguntou quando a

neve começou a cair suavemente em torno de nós, tão suave que mal

sentíamos.

— Não sei. — admiti quando passamos por entre as árvores e

cortamos pelo campo sujo com as bicicletas.

— Só uma caminha aleatória, eu acho. No discurso sobre o

mundo evitar a guerra com caçadores-vampiro e para esses

assassinatos. Então você sabe limpar meu nome, parar alguns

assassinatos, vingar o meu irmão. O habitual.

Nicholas me parou com uma mão no meu braço. Seu rosto

estava sério, os olhos cinzentos tão pálidos que eram como o luar

congelado. — Não vão vingar, Sol. Não estou morto.

— Eles lhe torturaram.

— Quero dizer, Sol. Isso tem que levar em algum lugar. Você

mesmo disse isso.

Dei de ombros fora de seu alcance. — Você poderia ter morrido.

Quase morreu.

— E você. — ele me lembrou levemente. — Quinn diria que a

razão pela qual todo mundo está sempre tentando matar os Drakes é

porque somos muito bonitos. — Ele me passou uma estaca. — Agora

vamos caçar, ou o quê?

Recusei a estaca, mostrando-lhe a arma tranquilizante que

tinha pegado do tio Geoffrey antes de sair da fazenda. — Vamos

tentar algo novo.

— Ok, mas não terei uma conversa com um raivoso Hel-Blar.

— Concordo.

Andar pela floresta tranquila foi me acalmando. As silhuetas

das árvores brilhavam com gelo, as folhas e galhos sob os pés de

cerdas com geada. Havia estampas de coelho e goivas em uma árvore

de onde um cervo tinha esfregado seus chifres. Quando atravessamos

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o rio, parecia como se estivesse preenchido com pedaços de espelhos

quebrados. Encontramos vestígios de sangue velho e pegadas, mas

nada muito útil. Nós vagamos sem rumo até que nos levamos até o

local em que eu me sentia segura, mesmo sem perceber. A árvore

onde Kieran e eu tínhamos escorregado para dentro dos túneis

subterrâneos para escapar da desonesta Hope da unidade Helios-Ra.

Tínhamos passado o dia na casa segura e ele ficou comigo, cuidando

de mim quando eu estava no meu ponto mais fraco.

A árvore estava tão coberta de musgo, espalhando os seus

ramos em um grande círculo, pingando delicado e mortal gelo. Os

pontos pareciam tão acentuados como estacas. As raízes feito um

ninho complicado, como os padrões Celtas do nó de trabalho em

algumas das tatuagens de Bruno. Nicholas procurou por aromas

estranhos ou qualquer outro tipo de pista, da mesma forma que vinha

fazendo durante toda a noite. Eu não poderia ajudar, me agachei para

deslizar minhas mãos nas pequenas cavernas criadas nas raízes. Eu

me senti em torno de algum tipo de nota ou carta, assim como ele

mencionou a noite na varanda da frente. Parecia uma vida atrás.

Cheguei mais profundo nas raízes. O vento sacudiu os ramos

foscos em cima, gelo tilintando como sinos de vento. Senti o cheiro de

neve, pinheiros e frio. Toquei a terra, pedras, um besouro assustado.

Nada.

Estava vazio.

Decepção era uma queimadura palpável na minha barriga.

Sentei-me em meus calcanhares e me repreendi por ser uma idiota. O

que estava esperando? Uma carta de amor? Claro que Kieran não

tinha me deixado uma mensagem.

Eu o tinha mordido no pescoço e bebido seu sangue. Tinha

beijado Constantino. Claramente me comportei como uma idiota. E

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Lucy me perguntou por que eu estava com vergonha de telefonar para

ele.

Empurrei-me de pé, engolindo em seco contra o caroço

crescendo em minha garganta. Ex-rainha vampira provavelmente não

deveria chorar por uma decisão tão perfeitamente razoável de seu ex-

namorado em não te deixar nada. Uma lágrima deslizou de qualquer

maneira, escaldante no meu rosto frio. Corri para limpá-la antes que

Nicholas pudesse ver. O estalo de um galho sob os pés e a mistura

familiar de hortelã e cedro me fez girar. Conhecia o cheiro.

Kieran.

Ele estava ali atrás de mim, à beira das raízes. Não tinha ideia

de quanto tempo ele estava lá. O vento tinha coberto o seu cheiro e a

minha própria miséria havia abafado o som de seus batimentos

cardíacos. Ele estava perfeitamente imóvel, vestindo suéter de

pescador cinza escuro e sua calça habitual preta. Seu cabelo escuro

foi arrepiado pelo vento e não havia o menor arranhão de barba no

queixo. Não conseguia desviar o olhar, mesmo tão assustada quanto

eu estava a ver o que poderia ser refletido em seus olhos negros.

Esperava raiva, nojo, mesmo medo. Mas só parecia tão assustado

quanto eu me sentia, como se ele não tivesse certeza de que fosse

real.

Nicholas veio ao redor da árvore e ainda não tinha se movido.

— Kieran. — Ele foi o primeiro a falar, quebrando o silêncio que

estava começando a se sentir como um feitiço, tecido em torno de

nós. Kieran e eu poderíamos ter ficado ali olhando um para o outro

para o resto da noite. Se ele não falasse, eu não conseguiria ouvir a

recriminação em sua voz. Arrumei minha coluna, querendo ouvir o

que ele tinha a dizer. Devia isso a ele, pelo menos.

— Ei, cara. — Nicholas continuou, como se não estivesse

cercado por mimos congelados. — É bom ver você.

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Kieran desviou o olhar do meu, como se fosse fisicamente

doloroso. — Nicholas. — Eles não apertam as mãos, mas seguraram

os antebraços, como de costume, como companheiros guerreiros.

— Bem, acho que é seguro deixá-lo aqui um pouco. — disse

Nicholas. Ele olhou para os amigos de Kieran, que estavam

igualmente congelados atrás dele. — Eu vou fazer uma caminhada. —

Ele me jogou um sorriso antes de galopar a distância e se tornar

apenas outra sombra na floresta.

O que exatamente você diz ao rapaz que tinha beijado sem

sentido e, em seguida, quase o matado?

Lambi meus lábios. — Oi.

Oh meu deus, eu realmente era uma idiota.

Kieran piscou. Um fantasma de um sorriso quase puxou para o

lado de sua boca. — Oi.

Olhamos um para o outro por um momento interminável, mais

do que qualquer exame de história da tia Hyacinth que nunca tinha

me definido. Eu me contorci. Ele colocou um par de tampões no nariz.

— Estou aprendendo a controlar os feromônios. — eu disse

calmamente. Ele não os tirou.

Mas ele também não desviou o olhar, quando falou para os

amigos. — Vá embora, pessoal.

Podia ouvi-los sair, um deles sussurrando: — Essa é ela? Ela é

tão pequena.

E então era só Kieran e eu sozinhos na floresta.

Literalmente, nunca me senti tão estranha em toda a minha

vida.

— Você está bem? — Nós dois deixamos escapar, ao mesmo

tempo.

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— Eu não matei essas pessoas. — eu adicionei miseravelmente.

— Dos jornais. Prometo. Embora não saiba por que você iria acreditar

em mim.

— Eu acredito em você. — disse ele calmamente. — Você é mais

uma vítima de Viola como o resto de nós. Mais do que isso.

— Mas eu... — Fiz um gesto vago para seu pescoço. Havia uma

cicatriz de onde meus incisivos tinham rasgado através de sua pele,

pouco visíveis acima do pescoço de sua camisa e a gola do casaco. —

Eu só sinto muito.

— Está tudo bem. — disse ele. Poderia dizer que quis dizer isso

e isso quase me desfiz.

— Eu poderia tê-lo matado. Você deve me odiar.

— Eu nunca poderia odiá-la. — disse ele calmamente. — E sei

como se sente. Depois que meu pai morreu fui a uma vingança, fiz

algumas coisas que não me orgulho.

— Será que você joga o seu próprio irmão em um poste e

ameaça quebrar o pescoço da sua melhor amiga?

— Quem você jogou?

— Duncan.

Ele assobiou, olhando brevemente impressionado. — Aposto

que ele amou isso.

Torci o nariz. — Ainda olha para mim como se eu pudesse fazê-

lo novamente.

— Ele vai superar isso.

— Sou má sorte, Kieran. Sem mim e aquela profecia estúpida,

muitas pessoas estariam melhor. London ainda estaria viva.

— Sem você. — Kieran apontou, — Logan não teria conhecido

Isabeau, Hunter não teria encontrado Quinn, e Connor não teria

conhecido Christabel. Você já pensou nisso? — Ele fez uma pausa. —

E nós não teríamos nos encontrado.

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— Mas bebi de você. E você foi atacado muitas vezes por minha

causa. — Não tinha certeza por que estava discutindo isso. Mas tinha

que fazê-lo entender.

— Valeu a pena.

— Como você pode dizer isso? — Eu fiquei boquiaberta, mesmo

quando ele se aproximou, diminuindo a distância entre nós.

— Porque é a verdade. — respondeu ele com voz rouca, seu

polegar arrastando suavemente sobre o meu queixo. — Você vale a

pena, Solange. Tudo isso.

Mordi o interior da minha bochecha para parar meu lábio

inferior de balançar embaraçosamente. De todas as coisas nunca

imaginaria ele dizendo isso para mim, nunca sequer estaria na lista.

O soluço preso no meu peito se transformou em uma gargalhada. Mas

não poderia deixá-la sair. Ainda não. — Como você pode ainda ser tão

bom comigo? — Essa era a parte que eu temia, a razão pela qual

evitava. Ao ouvi-lo dizer o último adeus. Cerrei os punhos. — Seus

amigos e familiares, toda a League, eles vão me odiar ainda mais

agora e você se... Se... Se ficarmos juntos.

— Para o inferno com eles. — disse ele asperamente.

— Sei porque eu quero ficar com você. — eu disse. — Você é

forte, honesto e tolerante. Mas como pode ainda quer ficar comigo? —

Eu sussurrei. — Quando eu estou assim? — Eu levantei meus pulsos

mostrando-lhe as veias azuis sob a pele pálida, conhecendo meu

triplo conjunto de presas estendidas, minha íris vermelha.

Ele tocou meus pulsos, levemente acariciando as veias,

passando meus braços para escavar os dedos no meu cabelo e

inclinei a cabeça para trás assim pude olhar para ele diretamente, em

vez de aos meus pés. — Você foi corajosa e bela quando eu conheci

você como um ser humano. Ainda é corajosa e bonita Solange. Isso

não mudou. — Ele me puxou um pouco mais. — Além disso, Hart

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ainda está negociando com o seu pai. Eles ainda querem a paz e se

alguém pode retirá-la, especialmente agora, são os dois. E nós vamos

ajudar. — acrescentou. — Todos nós.

Queria desesperadamente que ele estivesse certo, já sentindo o

gelo que tinha arranhado meu interior. — Kieran, você já perdeu o

seu pai. Não posso lhe pedir para perder todos os outros que você

ama.

— Então não me peça para perder você também, Solange.

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CAPÍTULO 29 Hunter

Sábado à noite

— Vovô. — eu bati na porta. — Eu sei que você está aí!

Tentei espiar pelo olho mágico, mesmo que soubesse que estava

equipado com várias camadas de mecanismos de segurança. Também

sabia que a casa e gramados foram pulverizados com água benta no

dia a dia. Vovô tinha um barril no quintal, ligado a uma mangueira de

jardim. Ele me fazia lavar meu cabelo com ela antes de eu sair para

academia.

Continuei batendo na porta. As lâmpadas UV nas luzes de

segurança ao longo da varanda eram tão intensas que eu poderia me

bronzear de pé aqui, mesmo que fosse apenas o entardecer. Desisti

antes que meu nariz pudesse começar queimar e empurrei minha

chave na fechadura.

Ela não se encaixava.

Meu avô tinha mudado as fechaduras por mim.

Meu estômago caiu como se de repente eu fosse oca por dentro.

Sabia que ele ainda estava com raiva, mas erámos a única família um

para outro. Ele sempre esteve lá para mim. Foi o único a me mostrar

como usar a minha primeira besta. Deu-me a minha primeira besta,

que ele mesmo fez. Ele até aprendeu a trançar meu cabelo, quando eu

tinha sete anos e fez um escândalo quando sugeri a ele cortá-lo curto.

E agora que ele tinha me bloqueado.

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Podia sentir triste sobre isso e ficar aqui tentando não chorar,

ou podia sentir triste com isso e romper o maldito bloqueio a

princípio.

Não conteste.

— Este não é mais meu velho. — disse para a câmera de

segurança montada para o beiral do telhado da varanda. Fiquei feliz

que trouxe o meu kit de caçadora completo comigo, só no caso. Nunca

seria capaz de quebrar a porta desde que foi equipada com tantos

bloqueios, barras e armadilhas. Perguntei se ele poderia armá-las por

maldade, mas não acho que ele iria tão longe a ponto de chamar um

chaveiro.

Do lado de fora, a casa parecia como qualquer outro bangalô na

rua, um retrocesso contra a borda das madeiras. A entrada era tijolo

encravados, a cerca viva foi aparada ordenadamente, e o lixo retirado

todas as manhãs de quarta-feira às 07:00 em ponto. Ninguém via as

câmeras e os sensores, e ninguém perceberia que as barras

decorativas nas janelas eram realmente de aço de resistência militar.

O maior problema foi ter certeza que os vizinhos não

chamariam a polícia antes de me reconhecer, especialmente a Sra.

Gormley, que tinha uma queda por vovô e espiona-o através de suas

persianas. Usava blusas que pareciam guardanapos, as cortinas

penduradas pareciam guardanapos, e trazia guisado envolto em

guardanapos. Vovô tinha realmente a incorporado em seus planos de

segurança. Tanto assim, que as laterais e portas traseiras tinham

mais formas mecanismos de segurança, uma vez que não estavam

sendo guardados pela Doily do Dragão.

Levei alguns minutos para derrotar a primeira trava, somente

mais três para ir. No momento em que foi feito, os meus dedos e meus

ouvidos doíam pelo esforço para ouvir o som suave das trava.

Endireitei e entrei.

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Eu não tinha estado em casa desde o início das aulas, uma vez

que vovô tinha me pego com Quinn, para ser precisa. Ele havia

apresentado queixas formais contra a academia e Bellwood em

particular, por deixar vampiros entrar no terreno do campus. E se

recusou a falar comigo desde que eu liguei para ele do hospital depois

de ser envenenada pela Sra. Dailey, uma professora, não um vampiro,

algo que eu disse a ele repetidamente.

E, no entanto, ele alegou que eu era a pessoa tão teimosa

quanto seis mulas.

— Vovô. — Ele não estava na sala, observando-me nas telas de

segurança. Quando desci o hall, pressentimento arrastou meus pés

trementes e arrepios percorreram a parte de trás do meu pescoço. A

casa parecia a mesma. Não esperava que ele mudasse, foi apenas que

tudo na minha vida tinha sofrido uma transformação drástica, foi

quase chocante ver os mesmos tapetes, as mesmas fotos na parede, o

mesmo dinossauro de argila irregular que fiz para o vovô no Natal há

um ano. As plantas na janela eram ainda prósperas, eu era a única a

regar para que elas não morressem. Vovô tinha uma horta verde e

plantava seus próprios tomates todos os anos. Eles eram tão grandes

que as crianças do bairro gostavam de escalar a cerca para roubá-los

para as lutas de alimentos.

Congelei na porta da cozinha. — Vovô?

Ele estava caído na mesa de pinho ao lado de uma garrafa meio

vazia de uísque. Fumaças embaçavam o ar.

Havia cinza em seu rosto e seus olhos estavam vermelhos e

turvos quando ele piscou para mim.

— Gatinha?

Nunca o tinha visto assim antes, não depois que meus pais

morreram, e não quando a League o obrigou a aposentar por causa de

sua artrite, nem mesmo quando me pegou beijando um vampiro.

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Engoli em seco, sentindo-me com seis anos. Não sabia o que fazer.

Deveria estar gritando para mim e quebrando as coisas, sem olhar

velho e estranhamente frágil. Agachei-me ao lado dele.

— Vovô, o que você está fazendo?

Ele tocou meu cabelo com uma enorme mão trêmula. Podia ver

as cicatrizes nos braços de suas numerosas batalhas. — Uma menina

tão bonita. — ele murmurou. — E sempre tão inteligente. Estou com

saudades.

— Também sinto sua falta, vovô. — Levantei-me para firmá-lo

quando ele começou a inclinar para o lado, como um gigante boneco

de neve no primeiro dia quente. — Eu vou fazer um café, ok?

— Não tenho sede.

— É uma pena. — eu disse, atravessando a cozinha e enchendo

a cafeteira com café e água. Dobrei de volta para arrebatar a garrafa

de sua mão quando ele estendeu a mão para ela. — Há quanto tempo

você está assim?

Ele encolheu os ombros um ombro com petulância. — Um

tempo.

— Por quê?

— Por que. — Ele esfregou o rosto tão profundamente que

quase tirou o lábio ao longo do seu nariz. — Minha neta profana o

nome da família selvagemente.

Virei-me para lança-lo com um olhar, mesmo que ele

provavelmente não se lembrasse de que eu ainda estava aqui.

— Oh, mas estar bêbado e fumando é uma honra?

— Não seja inteligente.

— Então, não seja estúpido. — Ele se preocupava com sangue,

tanto quanto qualquer vampiro que eu já conheci. Linhagem familiar

era tão vital para ele como alimentação era para Quinn. Eles eram

mais parecidos do que eles sabiam ou teria gostado. Tomei uma

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respiração profunda. — Vovô, que outra coisa acontece? Quinn e eu

estamos juntos há quase dois meses agora, não é exatamente notícia

de nova.

— Não diga o nome dele nesta casa. — ele retrucou. — Ele é um

monstro.

— Ele não é. — eu disse calmamente, pegando o pó de café no

filtro com mais força do que era estritamente necessário.

— Então me deixe ver o seu pescoço, menina.

Andei até ele, meu temperamento desgastado. Mostrei-lhe o

pescoço e os pulsos para uma boa medida.

— Feliz agora? — Eu bati. — Dê-me um pouco de crédito, vovô.

—Como vou fazer isso? Todo mundo está virado de cabeça para

baixo. Kieran saiu para vingar seu pai e acabou namorando uma

princesa vampira, por amor de Cristo. Aquela que matou uma menina

em um campo na semana passada.

Eu balancei minha cabeça. — Você não sabe disso. Sua família

diz que foi uma encenação. — Na verdade, Lucy foi a única a

encontrar tanto a vítima quanto o medalhão real que apontava para

Solange.

— Bem, claro que não. — ele bufou. — Qual é o problema com

você, menina? Você deveria ser minha pequena caçadora. Agora olhe

para você. Você tem lido os livros de romance de vampiros?

— Ainda sou uma caçadora. — eu o lembrei, preferindo ignorar

a dura bronca. — E sei que as coisas estão mudando, vovô. Mas isso

não é uma coisa boa? Não é melhor que não temos que lutar nossas

batalhas em tantas frentes agora?

— Não. — ele arrastou. — Não é.

— Por que não? — Eu estava perigosamente perto de gritar e

nunca tinha gritado com ele em toda a minha vida.

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— Você não vê? — Ele engasgou. — Se eu aceitar que nem

todos os vampiros são monstros, então tenho que admitir que eu

poderia ter matado pessoas inocentes. Alguns deles um pouco mais

velhos do que você. O que isso faz de mim? — Sua voz quebrou. —

Vou te dizer. Um dos monstros. — Ele bebeu o uísque de fundo do

seu copo que me esqueci de remover com a garrafa. — Tudo o que eu

queria era mantê-la segura.

Olhei para ele, atordoada. A última coisa que eu esperava do

meu avô era angústia existencial e uma crise de identidade. — Oh,

vovô.

Ele só descansou a cabeça em seu braço e começou a roncar.

Não sei quanto tempo fiquei ali, sentindo-me triste e

arrependida. Não poderia ter pena dele quando ele estava acordado,

bêbado ou sóbrio. Só podia lamentar agora, quando não faria mal o

que restava de seu orgulho. Peguei uma manta no sofá e coloquei

sobre os ombros e, quando o deixei o mais confortável que pude,

sentei ao seu lado e ligou para Chloe. — Estou dentro.

Foi provavelmente errado tirar proveito de bebedeira do meu

avô, mas ele era exatamente o tipo de caçador Hélios-Ra

desencantado que eu seria alvo se fosse Dawn. Não acho que por um

segundo ele soubesse sobre seu plano e as vítimas humanas, mas ele

não precisa saber. Tudo o que importava para ele era o objetivo

simples e familiar: matar vampiros. Todos eles. E alguém como Dwan

saberia disso.

Sentindo-me um pouco doente, eu me sentei na frente do seu

computador e tentei me concentrar no que Chloe me disse para fazer.

Era simples quebrar seus códigos, todos eles estavam relacionados

com o meu aniversário ou a minha média de pontos. Ele nunca se

preocupou com a segurança do computador do jeito que fez com a

segurança da casa.

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320

Os códigos embutidos seriamente complicados e a criptografia

dentro da informação que roubamos, Chloe poderia lidar. Coloquei os

dados que ela tinha me dado na porta e baixado na caixa de arquivos

do vovô.

Quando terminei, voltei para a cozinha para ver como ele

estava. Se ficasse nessa desconfortável posição muito mais tempo as

costas iriam doer completamente. Passei uma xícara de café forte na

mesa por seu nariz, esperando que o perfume o acordasse. Isso nunca

falhou.

Ele abriu um olho irritado. — Será que você está com aquele

maldito vampiro ainda?

— É considerado de mau gosto matar meu namorado vovô. —

eu respondi tão levemente quanto pude.

— Bah. — Ele franziu o cenho para mim. — Ele veio até a porta.

Pisquei, chocada. — Quinn veio aqui?

— Procurou-me. — ele resmungou. — Como se eu não soubesse

o que é melhor para a minha própria neta.

Quinn estava claramente louco. E doce. Ele me surpreendeu

com seu doce sorriso. — O que fez você? — eu perguntei meio com

medo da resposta.

— Eu não o acertei. — respondeu ele.

— Mas você tentou?

— Bem, é claro que fiz. Sou um caçador, ele é um vampiro. Um

de nós tem que se lembrar das regras.

Desde que Quinn tinha me mandado uma mensagem pouco

antes do amanhecer, sabia que ele estava seguro. Convenientemente

conseguiu se esquecer de me contar sobre sua pequena excursão à

loucura. — Basta beber o seu café. — eu disse, minha mente girando.

— Não quero deixá-lo até que saiba que você não vai cair e quebrar o

quadril.

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Assim como eu tinha planejado, ele se sentou insultado. — Sou

forte como um touro, mocinha.

— E você meio que cheira como um. — retorqui rapidamente. —

Há quanto tempo você estava sentado aqui sentindo pena de si

mesmo? Desde que Quinn saiu? — Eu sabia que se mostrasse o

menor vestígio de preocupação, agora que ele não estava tão bêbado,

ele agiria como um urso ferido com um espinho na pata.

Ele fez uma careta. — O que você está fazendo aqui, afinal?

— Moro aqui. — lembrei. — Apesar de seu pequeno truque com

a fechadura.

Ele teve a graça de corar ligeiramente. — Estava louco. — ele

disse na defensiva. — Eu ainda estou.

— Eu sei. — Inclinei para beijar sua bochecha. — Mas você está

errado, então você vai ter que superar isso.

— Você não é bem-vinda aqui até chegar a seus sentidos.

— Sei disso também. — eu disse, levantando minha mochila

sobre meu ombro e indo para a porta da frente.

— Onde você está indo? — Exigiu, embora basicamente me

disse para sair.

— Tenho aula. — respondi, escondendo um sorriso. — E não

vou limpar sua bagunça. — acrescentei. — Então é melhor você

começar antes que a Sra. Gormley venha e faz isso por você.

— Essa mulher vai cobrir o lugar em guardanapos. — ele

resmungou.

— Exatamente. — eu disse. — E vou incentivá-la.

— Hunter. — disse ele quando cheguei a porta. Ele soou mais

como ele, rude e autoritário.

— Você é uma boa menina. — acrescentou ele em voz baixa. —

Mas você está no lado errado desta guerra.

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— Não estou lutando uma guerra, vovô. — Voltei assim em voz

baixa. — Estou apenas tentando sobreviver à escola. — Olhei por

cima do meu ombro. — Vou verificar o perímetro. — acrescentei,

esperando lembrá-lo de que ainda era a mesma menina que ele criou.

Verificava o perímetro antes de sair de casa desde que tinha doze

anos.

Tive que parar na varanda da frente e tomar uma respiração

profunda. Acenei para a Sra. Gormley quando a vi silhueta atravessar

a janela. Suas persianas se contraíram em resposta. Atravessei o

gramado para a linha de propriedade e fui à cerca. Ela era feito de

espinheiro com todas as estacas tradicionais, e embebida em água

benta.

Havia estacas e adagas escondidas em intervalos regulares para

fácil acesso. Ele acrescentou sacos com pó de Hypnos desde que

deixei. Circulei a volta por trás.

Havia brilho suficiente emitido pelos sensores de luz de fora

para ver a sombra clara na borda da floresta. Tirei a minha besta sem

hesitação. Vovô tinha feito inimigos suficientes entre os vampiros que

nunca teve chances.

Acabou que não havia luz suficiente para perceber, até que

fosse tarde demais, que eu estava mirando o meu próprio namorado.

E eu tinha muito boa pontaria.

Felizmente, ele tinha igualmente bons reflexos, para não

mencionar a velocidade de vampiro. Quando minha flecha cortou o ar

frio em direção ao seu coração, ele deu um passo ordenado e

rapidamente para fora do caminho. Ele se virou para o lado tornando-

se um alvo menor. Após a flecha desembarcar inofensivamente na

floresta, ele correu em direção a mim com aquele louco, encantador

sorriso que sempre me fez sentir como se devesse estar corando.

Ele estava prestes a pular a cerca quando o alertei.

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— Não toque nisso. — eu disse, me movendo para impedi-lo,

caso o meu avô passasse o olho para fora da janela. Mesmo meio

bêbado, ele sairia rugindo. — É embebida em água benta.

As mãos de Quinn recuaram da cerca e ele me deixou levá-lo

para a privacidade da floresta uma vez que pulei sobre ela.

— Você veio ver o meu avô? — Bati em seu braço. — Você tem

um desejo de morte?

Sua expressão se tornou séria. — Hunter, você acha que não

vejo como ele te machuca recusando a te ver?

— E você pensou que ficar sozinho com meu avô iria ajudar. —

eu perguntei incrédula.

— Ele é um homem velho. — ele falou. — Não é exatamente

uma ameaça.

— Ele é um caçador de vampiros condecorado. Você tem

alguma ideia de quantas medalhas ele ganhou?

Quinn olhou rapidamente distraído. — Há medalhas Helios-Ra?

— Sim. — Eu o toquei no peito. — Portanto, tenha cuidado.

Sua mão se fechou sobre a minha, os dedos frios envolvendo

em torno de meu pulso. Sei que ele podia sentir meu pulso vibrando

em reação. Ele sorriu como um lobo.

— O que você está fazendo aqui? — Eu perguntei.

— Solange derrubou a monarquia. — disse ele, soando como se

não pudesse acreditar. — Então, nós temos algumas noites para

patrulhar enquanto falam de tratados e dívidas de sangue. — Ele

balançou a cabeça, o cabelo comprido caindo nos olhos azuis como

um lago no verão. — Não é como eu quero passar minha noite de

folga, especialmente desde que consigo pensar em melhores formas de

passar o tempo.

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Ele me jogou contra uma árvore, um brilho malicioso nos olhos.

— Chloe me disse que estava trocando de aula quando liguei para o

seu quarto. Quente.

Eu ri mesmo quando ele abaixou a cabeça e roubou o fôlego

com um beijo lento e profundo. Eu o beijei de volta, segurando a

camisa e levantando na ponta dos pés. Sua mão espalmada em

minha parte inferior para trás quando o beijo foi de boca aberta e

desesperado. Foi sempre assim entre nós, como duas estrelas

colidindo. Éramos todos calor e luz.

E então ele se afastou bruscamente. Eu imediatamente estendi

a mão para a besta, agora encostada à árvore pela minha perna. — O

quê? — Murmurei silenciosamente.

A capa do predador caiu sobre ele, ou então a humanidade que

ele usava como um traje descascou a distância. Nunca conseguia ter

certeza. Ele virou a cabeça, mas seu corpo permaneceu exatamente

onde estava pressionado contra o meu. Movi, sabendo exatamente o

que ele estava fazendo. Era biologicamente impossível para um Drake

não se fazer em um escudo. Não importa, eu poderia atirar por cima

do ombro, se precisasse.

Suas pupilas dilataram indo de preta para azul gelo misterioso.

Suas maçãs do rosto pareciam poder cortar direto através de sua

pele. — Hel-Blar vindo para cá. — ele murmurou. — Eles estão atrás

alguma coisa. — Suas narinas. Seus lábios mostrando suas presas,

agora saindo de suas gengivas. — Dessa forma. — ele disse

bruscamente, tomando-me pela mão e me puxando para trás.

Nós escalamos cerca do vizinho em vez do meu avô e cortamos

entre as casas para a estrada.

— Ele está bem. — disse Quinn quando parei em uma das

janelas. — Ele está no chuveiro.

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Aliviada, segui-o para a calçada. Os postes de luz brilhavam

com luz âmbar. Um carro nos passou. Olhava, tentando ver o que

Quinn tinha cheirado, além de cogumelos podres. Tive que correr

para acompanha-lo. Várias casas para baixo, perto da esquina,

finalmente vi o que ele viu.

Um corpo esparramado na borda do jardim de alguém, meio

escondido atrás de um carro estacionado.

Minha corrida se transformou em velocidade. Quinn chegou lá

primeiro, e depois recuou. Uma mulher estava semiconsciente,

sangue saindo de sua garganta. Havia arranhões, matérias e

contusões em seus pulsos. Tirei um lenço de meu bolso e apertei

contra sua ferida. Ela engoliu em seco, pálpebras tremulando

fracamente.

— Vamp... ira... — Ela gemeu.

— Um vampiro não fazer isso. — Quinn discordou

imediatamente. — Há demasiados cheiros nela.

— Ela foi deixada na rua de um caçador de vampiros

conhecido. — eu apontei, pensando no que o meu avô teria feito se

tivesse a encontrado. — Isso não é uma coincidência. — Afastamos

mais fundo nas sombras da cobertura. A última coisa que precisava

era de alguém olhando pela janela e chamando os policiais. Ou

virando vigilantes. Graças a Deus, nós estávamos fora do alcance dos

binóculos da Sra. Gormley.

— Você espera por sua unidade. — disse ele sombriamente

quando peguei o meu telefone celular. — E vou lidar com o Hel-Blar

antes de me juntar à festa.

Quando olhei para cima, ele já tinha ido embora.

— A ajuda está chegando. — Eu apertei tão duro quanto podia

em seu pescoço. — Tente ficar comigo. Pode me dizer o que

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aconteceu? — Suas mãos tremeram. — Você disse que um vampiro

fez isso com você?

Ela moveu a cabeça, como se estivesse tentando se livrar dele.

— Vampiros. Humanos também. — ela ofegou, pálida como a neve ao

seu redor. Ela estremeceu com o choque — Antro. — Ela estremeceu

mais violentamente. Tentei estancar o sangue escorrendo mais

rapidamente através da bandagem. — Tatuagem de Sol.

Tatuagem de Sol.

Agentes Helios-Ra tinha tatuagens de sol.

Senti-me quente e fria ao mesmo tempo, essa sensação de

formigamento gerando pavor sob a minha pele novamente.

— Foi Dawn? — Perguntei. — Alguém chamado Dawn?

A mulher não me respondeu. Já tinha desmaiado. Não tive

tempo para tentar reanimá-la e pressioná-la por mais detalhes antes

de uma minivan escura com um bebê a bordo na etiqueta estacionar

no meio-fio.

Essa etiqueta funcionava melhor como subterfúgio que

qualquer outra coisa que a League já tinha implementado.

Ninguém olhava duas vezes quando passava por ali. Os agentes

deixaram a porta aberta para nos bloquear. — Estado? — perguntou

o homem, com a cabeça careca brilhando sob as luzes da rua.

— Ferida no pescoço. — disse eu, saindo do caminho. — Não foi

Hel-Blar. — Eu não podia cheirar nada sobre ela e mais importante

ainda, não pode o Quinn.

Não mencionei a tatuagem sol.

Não sabia a quem mais confiar.

O outro agente tirou as luvas hospitalares antes de olhar para a

ferida confusa sob o sangue escorrendo na bandagem. — Precisamos

nos apressar. — disse ele. Eles a levaram para a van e fizeram uma

inversão de marcha sem dizer uma palavra.

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Observei o carro e não me movi até a risada selvagem de Quinn

ecoar da floresta, surpreendendo-me dos meus pensamentos. Corri

entre as casas de volta para a floresta, e segui os sons de luta. Parti

de uma espessa moita de árvores para a beira do rio, calculando rotas

de fuga e ângulos de trajetória. Alguém tinha que fazer. Quinn

claramente nunca ouviu falar do procedimento. Ia a luta como sempre

fazia, tudo instinto e caos.

Havia dois Hel-Blar o fechando, no topo de uma colina atrás

dele, o zumbido constante da cachoeira mascarando seus

movimentos. Ficou mais fácil de tirar da minha atual posição. Uma

flecha simples o transformou em cinzas. Eu só tinha duas depois de

ter desperdiçado um tiro no Quinn. Também tinha uma meia dúzia de

estacas, vários punhais, e Hypnos garantidos no meu punho.

Quinn os levou para o rio, salpicos de água fria ao redor de

seus joelhos. Sabia por que ele fez isso, para cobrir os aromas de

batalha por isso não iria atrair todos os visitantes mortos-vivos.

Preparei minha volta contra uma árvore onde não poderia ser

surpreendida por trás e levantei a minha besta, atirei outra flecha

imediatamente.

Quinn acertou o Hel-Blar tão forte no estômago, ele voou para

trás, para a cachoeira. Outro o arranhou, saliva escorrendo de suas

presas afiadas. A fêmea subiu de volta a seus pés e eu mirei, mas foi

impossível obter uma imagem clara. Quinn e o outro Hel-Blar

estavam brigando de uma forma muito rápida e imprevisível. Teria

que ficar mais perto.

— Não se atreva! — Quinn gritou quando me empurrei para

longe da árvore.

Ignorei, claro. Era a única maneira de lidar com a absoluta

loucura dos Drake de mártires. Lucy me ensinou isso. Arrastei-me

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mais perto, mantendo meu pé firme na neve gelada. — Deixe de

monopolizar os monstros.

Gritei de volta. — Estou pronta!

Ele girou bruscamente, jurando, e deu uma cotovelada no Hel-

Blar mais próximo de mim na jugular, então a testa e, por fim, o

esterno. Fez isso em tal sucessão rápida que não havia defesa. O Hel

Blar navegou para trás, aterrissando com um respingo gelado aos

meus pés. Apostei nele rapidamente, não querendo desperdiçar uma

flecha. Usei o meu calcanhar para dirigir o arco através de sua caixa

torácica e em seu coração. Ele desmoronou a cinzas, afastando

lentamente. Quinn despachou o último vampiro com uma velha

estaca, tive a certeza que ele tinha roubado de um agente Helios-Ra

em algum lugar ao longo do caminho.

O silêncio voltou para a floresta polvilhada de neve. Quinn

lavou as mãos no rio, passando os dedos molhados pelo cabelo. —

Bem, isso foi divertido. — disse ele, lançando seu cabelo, agora úmido

de seu rosto.

Adrenalina fez o seu sorriso ainda mais perigoso do que o

habitual. Eu realmente senti que queimava por ele, até mesmo vários

metros de distância. Ele chamou minha atenção.

— Quer fazer de novo?

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CAPÍTULO 30 Lucy

Domingo à noite

Quando disse a Solange que ia chutar a bunda de Helios-Ra,

esfregar banheiros não era exatamente o que tinha em mente.

Hunter não parecia mais feliz do que eu, ajoelhada sobre os

azulejos frios com esponjas e detergente. Apenas Chloe parecia alegre,

mas principalmente porque estava empoleirada no balcão, teclando

em seu laptop.

— Ei, esta é a sua detenção, também. — Hunter resmungou.

Estava usando luvas de borracha amarelas brilhantes e uma

expressão descontente.

— Estou trabalhando. — Chloe mascando seu chiclete. —

Estou quebrando códigos para que você possa quebrar cabeças.

— Esta detenção é arcaica. — murmurei do Box de onde eu

estava esfregando o mofo da argamassa. Era apenas meia-noite e

tínhamos meia hora para terminar este último banheiro antes do

toque de recolher e as luzes apagassem. Finalmente chegamos ao

último, depois de uma hora de inalação de odores horríveis. — Não

mencionar nojenta.

— Os caçadores tendem a bater uns aos outros, sem

impedimentos criativos e poderosos. — disse Hunter, empurrando seu

cabelo fora de seu rosto, com os cotovelos.

— Tudo o que fiz foi fugir.

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— Sim, mas ela se chateou. Esta é a sua arma favorita.

Bellwood diz que é tanto sobre nos ensinar a não matar uns aos

outros como nos ensinar como matar vampiros.

— Eu não sei. — eu disse, movendo para o próximo Box. — Isso

meio que me coloca em um estado de espírito assassino. Falando

disso... — eu adicionei, quando a porta abriu e Jody entrou pela

terceira vez naquela noite. Lá vinham vários quilos de sujeira e

derretimento da neve em suas botas. Ela sorriu.

— Você não pode, eventualmente, ter de fazer xixi de novo. —

disse Chloe. — E isso não é mesmo sobre chão.

— Então? — Ela encolheu os ombros. — De qualquer forma,

estou procurando um brinco que caiu.

— Você não está. — resmunguei.

Ela abriu todas as portas dos Boxes, certificando-se de bater

tanta água barrenta fora de seus passos quando entrava em cada

uma delas, fingindo olhar. — Eu acho que não está aqui. — disse ela,

pouco antes de derrubar o balde. — Oops. — disse ela com um

sorriso sincero frio como a água suja que escoou por todo o chão.

— Tudo bem, é isso aí. — Hunter retrucou, pulando para cima,

para que ela não ficasse encharcada. — Eu disse Jody, sou sua

monitora nesta seção e você não está permitida a vir aqui. — Ela

estreitou olhos, enquanto eu sorri por trás dela. Chloe chamou minha

atenção e também sorriu. Era tão raro que Hunter perdesse seu

temperamento. Eu meio que gostaria de ter tido pipoca para o show.

— Você está sendo infantil e uma valentona, duas coisas que sei que

Bellwood desaprova. E você é uma traidora, Wild. Estou ficando

cansada dessa acusação. — disse ela suavemente. — Especialmente

partindo de uma trapaceira.

Jody fez uma careta. — O que você está falando?

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— Sei que trapaceou a sua demonstração de kickboxer na

semana passada.

Jody empalideceu. — Você não pode provar isso.

— Não tenho. — disse Hunter. — Só tenho a sugerir a classe a

lutar novamente para que possamos aprender com você. Só que desta

vez você não vai ter a chance de intimidar seu adversário de antemão,

porque vou ser voluntária. E prometo que não vou desistir no exato

momento.

Jody murmurou algo em voz baixa, mas desde que fez isso

enquanto fugia, nenhum de nós se importou.

— É totalmente chantagem. — Sorri para Hunter.

— Ela está me dando nos nervos. Precisa aprender a poupar

seu bullying para Hel-Blar em vez de todos por aqui. — Ela enfiou o

batente de madeira sob a porta para mantê-la fechada.

— Foi simplesmente lindo. — eu insisti, alcançando o esfregão.

— Vou lavar o chão, já que ela apenas fez isso.

Hunter encostou-se ao balcão. — Nós não deveríamos estar

lutando entre nós. — disse ela, quando eu rapei a poça no chão.

— Não se preocupe, nós podemos. — Chloe parou de balançar

os pés, sua expressão tão grave como Hunter fazendo exercícios. —

Tem alguma coisa.

Nós duas congelamos, então corremos para amontoar ao lado

dela, tentando ler a tela de seu computador. — O que você descobriu?

— perguntou Hunter.

— Que sou tão impressionante como a gente sempre suspeitou.

— respondeu ela, estalando os nós dos dedos. — Finalmente decifrei o

código criptografado. Sou capaz de baixar e ler todos os e-mails agora.

— Ela rolou lendo rapidamente. — Bellwood tem alguns enviados

para ela. — Chloe assobiou. — Sua resposta foi... Assustadora. Eu

nem sabia que ela sabia como jurar. — Ela leu por mais alguns

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minutos, franzindo a testa quando não carregava rapidamente o

suficiente para ela. — Acho que vamos precisar de Black Lodge. —

disse ela em voz baixa.

— Por que? — perguntou Hunter.

— Porque acho que acabei de encontrar uma lista de alvos.

— Alvos. — eu repeti. — O que, como, assassinato? — Chloe

assentiu. — Deixe-me adivinhar, Drakes?

— Pior.

Hunter e eu piscamos para ela. — Pior?

— Eles estão pelo menos acostumados com isso... Esta lista é

de alvos humanos.

Hunter parecia vagamente nauseada. — A lista para abater?

— Dawn colocou recompensas em um monte de pessoas

importantes. — disse Chloe. — Hart. Kieran.

Hunter chegou imediatamente para o telefone e iniciou o texto.

Chloe mordeu o lábio inferior. — Oh.

— O quê? — Hunter e eu dizemos ao mesmo tempo.

— Seu avô. — Chloe explicou, fazendo uma careta.

— Ele está em uma lista? — Hunter ficou boquiaberta. —

Tenho que avisá-lo...

— Não. — Chloe interrompeu suavemente. — Hunter, você não

entende. Ele é a pessoa que enviou o e-mail.

Hunter olhou para ela. — Isso não é possível.

— É o seu endereço de IP. — Chloe disse miseravelmente.

— Verifica novamente.

— Eu já verifiquei.

— Verifica novamente.

Chloe verificou mais três vezes. — Sinto muito, Hunter.

— Você não pode pensar que ele é Dawn. — ela disse,

nitidamente. — Isso não faz muito sentido. E ele nunca feriria Kieran.

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— Ele não escreveu o e-mail. — Chloe concordou. — Ele passou

adiante. Há um IP que aparece com mais frequência, mas saltou fora

um monte de outros lugares. Esse tem que ser Dawn. Vai me levar

um tempo enquanto tento localizá-la, mesmo com a ajuda de Connor.

— Ela apertou sua mandíbula. — Nós vamos descobrir isso.

Promessa.

As luzes piscaram de repente e, em seguida, acendeu com tanta

intensidade que ardeu como fosse um tapa. A dor explodia atrás de

minhas pálpebras cada vez que eu piscava, como se estivesse olhando

para o flash de uma câmera. As luzes se apagaram novamente. Cada

um dos nossos celulares tocaram e barras de aço baixaram sobre o

janela. — E agora? — Eu perguntei quando uma luz de emergência

vermelha piscou por cima da porta.

Hunter e Chloe trocaram um olhar sombrio. — Bloqueio. —

disse Hunter.

— Que diabos é bloqueio? — eu perguntei.

— Normalmente temos treinos de velocidade, para testar nossos

tempos de resposta de fuga. A luz vermelha significa que este é outra

coisa. — explicou Hunter, indo para a pequena janela e olhando para

fora. — Tudo o que posso ver é o telhado daqui. — ela disse, soando

tão formal e austera como Kieran tinha soado a primeira vez que eu

conheci. Formação escolar foi tomando conta. — Mas as luzes UV não

estão ligadas de modo que este não é um ataque de vampiros.

As batidas no teclado de Chloe se tornaram violentas. — O sinal

é baixo demais.

Hunter começou a sair do caminho e abriu a porta. Senti meu

caminho ao longo do balcão, menos segura nas sombras. Chloe

agarrou seu laptop fechado e atirou o casaco sobre o ombro.

— Estar no banheiro é assustador para treinamentos fascistas

à meia-noite. Murmurei, seguindo-as pelo corredor. Luzes vermelhas

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piscaram em todas as janelas e ao longo das paredes. — Como se a

escola normal regular não fosse ruim o suficiente.

Portas se abriram alunos do nono espiando com medo. Hunter

fez uma pausa. — Você sabe o que fazer. — ela gritou. — Peguem

seus kits e reúnam-se em suas saídas atribuídas.

— Não acho que este é um teste. — Chloe sussurrou.

— Eu sei. — Hunter sussurrou de volta. — Mas eles só vão

entrar em pânico se dizer isso a eles.

Uma menina da nossa idade saiu de seu quarto, envolta em um

roupão roxo. — Nem mais uma broca. — Ela suspirou.

— Não é bem assim. — Hunter respondeu entre os dentes. —

Fique de olho neles enquanto descubro o que está acontecendo,

Courtney.

— Ei, eu sou a monitora aqui, você é apenas minha assistente.

Nós apenas continuamos andando. A porta se fechou. Uma

menina guinchou e subiu de volta para o seu próprio quarto, também

batendo a porta. O resto de nós apenas naturalmente seguiu a

liderança de Hunter, mesmo quando ela repetia que não sabia o que

estava acontecendo de qualquer maneira.

— Mantenham-se juntos. — Jason disse a seu grupo. Sua

lanterna oscilou ao longo dos rostos de muito jovens rapazes de

aparência nervosa.

Os alunos circulavam em cada quarto comum quando fizemos o

nosso caminho para baixo.

— Pensei que Chloe tinha todos os treinos mapeados. — Jenna

perguntou quando ela chegou ao nosso lado.

— Isso não está na lista oficial. — Chloe explicou em voz baixa.

Jenna imediatamente pegou sua estaca.

— O que fazemos agora? — Perguntei.

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— Exercícios de velocidade nos leva por meio de uma pista de

obstáculos no porão. Evacuação apenas leva direto para o gramado

da frente. — Jenna respondeu. — Este parece ser o que nos leva a

lugar nenhum.

— Posso ter sua atenção, por favor. — E não era um pedido.

Uma voz de homem cortou a conversa. Ele entrou pela porta da

frente, usando dentes de vampiro cotado em ouro em uma corrente.

Huntsman.

— Isso é estranho. — Jenna sussurrou. — Eles estão fora de

sua jurisdição.

— Ativamos os bloqueios para sua própria proteção. —

continuou ele. — Por favor, voltem para seus quartos imediatamente e

aguardem novas instruções.

— Onde está York? — Hunter perguntou confusa. — Ele está

sempre no comando dos treinos e evacuações.

— Ele está ocupado, senhorita Wild. — alguém respondeu,

descendo o corredor da sala comum.

Desde que ela usava o padrão Helios-Ra de campo, Hunter

recuou. Embora eu pudesse dizer que ela ainda estava

desesperadamente tentando descobrir o que estava acontecendo.

— De volta para seus quartos. — o agente repetiu bruscamente.

— Agora!

— Não poderia ter anunciado em primeiro lugar? — Jason

murmurou enquanto tentava reunir seus alunos de apoio na escada

lotada. Todos nós movemos rapidamente e com uma surpreendente

falta de conversa.

Mesmo Jody não se incomodou em fazer um comentário

sarcástico para mim quando ela esbarrou em mim.

Sarita já estava em nosso quarto, é claro, e sentada na beira de

sua cama arrumada. Suas mãos estavam cerradas com força em

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torno de uma estaca e ela saltou nervosamente quando eu entrei com

um movimento era irregular o suficiente para ver, mesmo sob a luz

vermelha muito tênue de cima da porta. Liguei o interruptor de luz,

mas nada aconteceu. Suspirei e caí sobre a borda de minha cama,

consideravelmente mais desarrumada. Eu arrastei o meu kit de

caçador debaixo.

— Este ainda é mais divertido do que a detenção. — disse eu.

Sarita ficou ali sentada olhando tensa.

— Tenho certeza de que está tudo bem. — ofereci

desajeitadamente, tentando tranquilizá-la. Na escala de coisas

assustadoras que aconteceram comigo só na semana passada este

ranking é muito baixo.

— Odeio treinos. — Sarita admitiu suavemente. — Eles me dão

ataques de pânico. Sou muito melhor com exames normais.

— Você vai se sair bem. — eu assegurei a ela, optando por não

compartilhar a opinião de Hunter e Chloe que isso não era um

treinamento comum. Ela poderia afundar em um ataque de

ansiedade. Melhor sorrir encorajadora. — Só respira profundamente.

Após cerca de cinco minutos sentada no escuro, ouvimos uma

batida na porta, assustando a nós duas. Ele parecia excessivamente

alto no silêncio. Sarita chiou. Aporta abriu para revelar o agente de lá

embaixo. Sarita visivelmente relaxou quando viu as calças de carga

regulamentadas.

— Lucy Hamilton.

Levantei-me lentamente. — Sim?

— Venha comigo.

Fiz uma careta. — Onde? — Estava tentando lembrar o que eu

poderia ter feito neste momento a ser apontados como isto. Parecia

uma reação excessiva a esgueirando-se ao toque de recolher.

— Venha comigo, por favor.

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— Vá. — Sarita me empurrou. — Ela é um agente.

Não fui criada um caçadora Helios-Ra, então não achava a

visão de calças cargos pretas particularmente reconfortantes.

— Tem alguma coisa errada? — Perguntei quando estávamos

no corredor vazio.

— Solange é sua amiga. — ela respondeu. Quando desceu a

escada de volta, eu segui em uma salão vazio.

— O que aconteceu? Ela está bem? — Eu tropecei fora do

campus deserto. O Huntsman estacionado na frente acenou para nós,

indo até a van em marcha lenta no gramado. Mais dois agentes e

outros Huntsman abriram a porta. Fiz uma careta ao seu colar troféu,

sentindo um fio de desconforto sob o pânico instintivo com o

pensamento de Solange estar em apuros.

— Espere. — disse. Porque Hunter estava certa. Algo estava

seriamente fora.

Por um lado, porque é que um bando de caçadores iria saber de

uma maneira ou outra sobre Solange?

Muito tarde.

O Huntsman me puxou para dentro. Ouvi um grito distante

pela janela e vi o Sr. YorK correndo pela neve. Lutei e tentei gritar de

volta. Consegui chutar um dos caçadores no rim, mas a Huntsman

era mais forte do que eu e não afrouxou seu abraço nem por um

segundo. O pano embebido em algum tipo de líquido adocicado cobriu

minha boca e nariz. Prendi a respiração durante até eu podia, não foi

o suficiente. Eventualmente, tive de inalar.

O interior da van girou e ficou escuro.

Quando abri os olhos novamente, não tinha ideia de quanto

tempo eu fiquei inconsciente. Só sabia que ainda estava escuro lá fora

e eu estava na floresta com as mãos amarradas. Minha visão estava

embaçada e estava desorientada, tentando fazer com que meus

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pensamentos fizessem sentido. Podia ver os caçadores Helios-Ra,

Caçadores, até mesmo uma vampiro na túnica de couro marrom do

exército de Montmartre. Encolhi para trás, fazendo-me menor. E

então a lanterna do acampamento acima da minha cabeça balançou

em uma súbita rajada de vento, lançando um conjunto amplo de luz.

— Mas — eu soltei. — Você deveria estar morta.

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CAPÍTULO 31 Solange

Quando retornei do tempo sendo uma revolucionária foi

realmente muito chato.

Até o assassino voltou o que era.

Antes disso, na maior parte tive que me sentar calmamente e

me conter, revirando os olhos quando os vampiros dez vezes a minha

idade agia como crianças que precisam de uma soneca. Havia um

monte de gritos e bater de punhos na mesa do conselho. Papai disse

que a pressão foi construída há tanto tempo que precisava de uma

saída saudável antes de nós descermos para o trabalho real. Se não

começasse a ser mais produtivo até o final da noite, eu tinha certeza

todos iriam ouvir uma das famosas palestras Liam.

Nesse meio tempo, eu tinha que sobreviver.

Estava vagando pelo campo com bicicletas e motos, agora

coberto por uma fina poeira de neve. Duncan estava consertando uma

moto antiga, principalmente para fugir da multidão. Marcus se

sentou em um banco com uma pilha de livros. Os poderes da

imunidade do meu sangue, a magia do colar de cobre, e o modo que

sobrevivi a Viola, tudo tinha gerado mais perguntas do que tinha

respostas. E não havia nada que ele tanto amava como um enigma.

Estava à beira do campo me perguntando se eu teria finalmente

a chance de passar uma hora com a minha roda de cerâmica quando

chegarmos em casa, quando o primeiro corpo caiu da copa.

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A menina caiu na minha frente com um baque que gelo

disperso e folhas mortas. Três pregos de prata preso em seu peito, em

torno do coração e a flecha Chandramaa presa em seu colete. Ela

arquejou, o sangue salpicando seus lábios. Abaixei-me para puxar os

pregos e os olhos me rastreado, largos e aterrorizados.

O que quer que possa assustar um guarda Lua de Sangue não

era algo que eu queria me envolver. Ela revirou mais, tossiu mais

sangue na neve. O próximo corpo transformou em cinzas. Flechas

vermelhas com pontas e um conjunto de armadura de couro preso

nos galhos de árvores. Saltei para trás, depois de um movimento

brusco com uma dos pregos sangrentos que eu tinha puxado da

guarda. Não tinha flechas chovendo para me parar. Elas estavam

claramente muito ocupadas.

O prego de prata que assobiou para mim não era Chandramaa.

Ele mordeu minha mão antes que eu pudesse desviar, dor me fez

grito. Eu tinha visto um prego como este antes, tinha arrancado um

de meu próprio braço. Sabia quem estava atirando em Chandramaa.

Seki.

E sabia por que ela estava fazendo isso.

Consegui esquecê-la em todo o caos, supondo que ela tivesse se

esquecido de me muito desde que eu não era mais Viola. Considerei

brevemente correr do acampamento, para atraí-la longe da minha

família, mas Duncan e Marcus já estavam correndo em minha

direção. Então eu fiz a próxima melhor coisa.

— Mamãe!

Alguém gritou da copa das árvores. Duncan e Marcus pegaram

os outros dois pregos e ficaram ao meu lado quando uma nuvem de

morcegos invadiu, chamado pelo meu medo. Eles lançaram-se sobre

mim grunhindo e sendo geralmente inúteis. Tentei mobilizá-los em

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presas, mísseis alados, mas nem sabia onde estava Seki. Poderia

estar atrás de nós, acima de nós, em qualquer lugar.

— Que diabos é isso? — Perguntou Duncan, observando os

galhos.

— É Seki. — eu respondi. Não era tecnicamente o nome dela,

mas perto o suficiente. — Assassino vampiro.

Marcus franziu a testa. — Pensei que eles fossem um mito.

— Não mais. — respondi quando outra guarda caiu de uma das

pontes das árvores.

Mamãe e papai romperam por entre as árvores atrás de nós. —

O que está acontecendo? — Mamãe exigiu. Ela olhou para os pregos

de prata. — Onde você conseguiu isso?

Seki caiu em uma nuvem de cinzas antes que eu pudesse

responder. Ela usava o mesmo couro branco, com as mesmas tranças

brancas e olhos como conchas de haloides.

— Enviada de Madame Veronique, — disse o pai. Marcus foi o

mais rápido, embora antes Duncan e eu tivéssemos tempo para

reagir, deixando sua mãe com o prego.

Esse foi o tempo que tínhamos antes pregos de prata voarem

pelo ar como pássaros. Um morcego voando muito baixo pego foi

atingido e caiu no chão. Mamãe começou a se mover fora de sua

trajetória quando papai me puxou para o chão. Ele chamou a mamãe

quando um prego passou de lado antes que batesse em uma árvore

atrás de nós. Ele e Duncan estavam em cima de mim, lado a lado.

Eles não me deixaram me mover. Eu me arrastei para longe entre os

seus pés.

Mãe atacou Seki, sem se importar com o perigo. Se a

Chandramaa não era páreo para Seki, não estava certeza de que

minha mãe se sairia muito melhor. Seki não era como o resto de nós.

Mesmo com plugue no nariz bloqueando meus feromônios, ela podia

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rastrear a minha localização. Eu tinha que fazer alguma coisa.

Rápido. Mais morcegos foram caindo, caindo como chuva negra.

Posso também tornar mais fácil para ela.

— Estou aqui! — Eu desviei após o prego de Seki perfurar o

ombro da mamãe. Pulei para os meus pés, agitando os braços mesmo

sabendo que ela não podia me ver, no sentido usual.

— Solange, não. — disse a mamãe entre os dentes quando ela

arrancou o prego de sua carne. Sangue escorria. Ela pegou o prego

acertando a mão de Seki quando ela levantou a faca para meu pai.

Papai se esquivou durante esse breve momento de distração e bateu

com o pé em seus joelhos, caindo de costas. Ela caiu para trás, ainda

atirando pregos. Um deles cortou ao longo do rosto de Duncan.

Nós mal começamos e já não conseguimos segurá-la por muito

mais tempo.

— Pare. — Madame Veronique disse calmamente, como se sua

família não estivessem sendo espancada até a uma polpa sangrenta

ao seu redor. Ela usou um pequeno punhal pérola incrustada para

cortar seu dedo, e lançou seu próprio sangue na neve quando ela se

aproximou de nós.

Seki parou de pé extraordinariamente. Ela apenas moveu a

cabeça, virando para olhar Madame Véronique com seus olhos

fantasmas ao luar.

— Você fez isso! — Mamãe cuspiu em Madame Veronique.

— Sim, e só o meu sangue a faz parar. — disse Madame

Veronique. Ela lançou um olhar frio em meu pai. — Realmente, Liam,

você pode tentar controlar sua esposa.

— Ei. — eu respondi plenamente consciente dos esforços que

Madame Veronique fez para coibir a esposa de um de seus filhos

gêmeos. — Você deixa a minha mãe fora disso.

— Solange. — o pai disse calmamente.

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— Ela é a razão de London morreu! — Exclamei. — E ela sabia

sobre o início da profecia.

— Silêncio. — ele murmurou. Marcus colocou uma mão no meu

braço. O olho de Duncan já estava manchado e machucado. Uma das

pontes de árvores acima de nós parecia estar em chamas, jogando

faíscas e brasas. Pai ajudou mamãe se levantar quando Madame

Veronique fez um gesto para mim imperiosamente. Eu só estreitei os

olhos para ela.

— Se você deseja que esta assassina deixe você e os seus, você

vai vir aqui, menina.

Andando calmamente em direção a ela foi mais difícil do que

evitar os pregos de Seki. Ainda assim, dei-lhe um amplo espaço. As

servas de Madame Veronique estavam em um semicírculo atrás dela,

expressões ilegíveis.

Ela apertou o dedo de modo que mais sangue jorrou para a

superfície e, em seguida, manchou a minha testa.

O que há com todos pintando o seu sangue em cima de mim?

Mesmo para um vampiro estava ficando grosseiro.

Seki curvou-se em nossa direção e, em seguida, afastou-se, em

seu couro branco sujo de neve.

Alívio me fez exalar mesmo que eu não tivesse que respirar.

Madame Veronique embainhou a adaga em seu cinto de joias.

— Obrigado. — disse papai, quando um pedaço de corda

ardendo em fogo caiu à nossa volta. — E eu não penso — ele

continuou em uma voz sedosa, ameaçadora eu nunca tinha ouvido

antes, — que estarei recebendo ordens de você.

Ela cheirou. — Eu sou a mais velha de sua linhagem, rapaz.

— Considere o nosso ramo da árvore genealógica cortado. —

disse ele calmamente.

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— E se você chegar perto de nossa filha de novo, não vai ser

tudo o que vai ser cortado. — Mamãe prometeu.

Eles olharam um para o outro por um momento mortal, muito

antes, movi minha mão casualmente, trazendo uma cortina de

morcegos.

— Vamos discutir isso mais tarde. — Madame Veronique disse

antes de se afastar.

— Lembra quando a coisa mais excitante que você fez foi fazer

potes tortos em sua roda? — Duncan perguntou, limpando o sangue

de seu rosto. — Bons tempos.

Eu sorri um pouco. — Prometo te fazer uma dúzia de potes

tortos para o Natal.

Ele só gemeu e moveu seu ombro até que caiu de volta no

lugar.

— Alguns doces dezesseis... — disse a mãe, deslizando seu

prego de prata em sua bota, quando as Chandramaas estavam

ocupadas demais para detê-la. — Eu não me lembro de dezesseis ser

tão traiçoeiro.

— Estava lá. — lembrou o pai secamente. — Diria que é um

traço de família.

Ela apenas riu, enrolando o braço. Foi a sua primeira risada

verdadeira desde minha mudança de sangue.

Duncan, Marcus, e eu sorrimos um para o outro. Em seguida, o

pai a beijou e nós olhamos apressadamente longe, fazendo uma

careta.

— Já não sofremos o suficiente? — Duncan murmurou

enquanto nós os deixamos ainda se beijando. Eles não pareciam

incomodados que as guardas Chandramaa estavam agora correndo

para cima e para baixo nas escadas de corda com baldes de água e

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recusando-se a deixar todos os outros vampiros saíssem do

acampamento até que tivessem o fogo sob controle.

Segui os rastros de Seki, apenas para me tranquilizar que ela

tinha realmente desaparecido. Eu me senti melhor quando seus

rastros desapareceram e ninguém tentou me matar por cinco minutos

inteiros. O macio silencioso e beleza da floresta no inverno ajudou.

Isso me deixou esperançosa. Pude finalmente me ouvir pensar

novamente.

E nesse momento de silêncio macio, não pude deixar de pensar

em Kieran.

Queria chamá-lo, mas ainda estava fora do alcance do sinal.

Escrevi um texto e, em seguida, decidi caminhar para o Bower para

encontrar um sinal forte o suficiente para enviá-la. Perguntava-me o

que ele estava fazendo agora.

Se ele estava pensado em mim em tudo, desde a nossa

conversa na árvore? Não havido nenhuma menção de retomarmos o

beijo. Mas ele me disse que eu valia a pena. Certamente isso significa

alguma coisa. Era cedo demais para lhe pedir um encontro? Será que

em algum momento seremos capazes de recuperar e voltar à

normalidade depois de tudo que passamos?

Não iria descobrir sendo uma covarde.

Eu bati —enviar— no meu texto antes de sequer chegar ao

Bower. A conexão estava fraca, mas eventualmente enviou. Agora

poderia voltar me concentrar na história, política e as tradições tribais

de vampiros de todo o mundo.

Estava virando a cabeça para trás quando vi Nicholas mover

furtivamente por entre as árvores. Ele estava segurando a parte de

trás do seu pescoço.

— Nic. — gritei, correndo para alcançá-lo. Ele não me ouviu.

Ele estava cambaleando, como se estivesse sentindo dor.

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— Nicholas! — Eu estava para correndo o lado dele agora e

ainda não conseguia me ouvir. Ele continuou arranhando seu

pescoço, mas não havia nada ali. Não havia ferimentos, sem sangue.

Mas ele estava agindo como se nem soubesse que eu estava lá. — Ei.

— eu disse. — Pare.

Até os meus feromônios não funcionaram. Ele continuou

cambaleando, mas também já estava segurando em sua cabeça,

gemendo. Deixei para trás, não querendo lhe causar mais dor.

Franzindo a testa, fiquei atrás fora de vista, acompanhando o

meu irmão quando ele foi mais para o interior da floresta.

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CAPÍTULO 32 Lucy

— Eu pensei que ela estava morta.

Mudei desajeitadamente em direção à voz familiar, a corda

raspou meus pulsos. — Kieran? O que você está fazendo aqui? — Eu

fiz uma careta. — E o que eu estou fazendo aqui? E, por falar nisso?

Onde está aqui?

Estávamos dentro da entrada para uma série de cavernas

úmidas e iluminadas com lanternas de acampamento. Podia ver

reluzentes mesas de aço, algemas e instrumentos estranhos, cujo

propósito não tinha vontade de descobrir. O homem em um avental

de couro manchado estava investigando o conteúdo de uma panela de

aço com um sorriso que me fez tremer. Havia arsenais de armas e

opostos, várias aberturas gradeadas em uma fileira. Um rosto pálido

com presas esvoaçou brevemente à vista, então rastejou de volta para

a escuridão. Os seres humanos estavam enrolados atrás da porta

mais próximas, sujos e assustados. A visão deles azedou minha

barriga. Entre eles e nós, e entre nós e a floresta, tinham Caçadores,

agentes Helios-Ra, e os vampiros de host.

Nada disso fazia sentido.

— Somos reféns. — explicou Kieran, mantendo a voz baixa.

Havia hematomas no rosto e lágrimas irregulares em sua jaqueta. —

Eles me pegaram quando eu estava no meu caminho para a sede

Helios-Ra depois que meu tio enviou um sinal de socorro quando eles

me pegaram. Pensei que eles estavam lá para ajudar.

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— Nós pensamos assim também. — eu disse, pensando no

bloqueio na escola. — E por falar em sinais de angústia...

— Não grite. — ele interrompeu apressadamente quando abri

minha boca para fazer exatamente isso. — Eles usarão clorofórmio

novamente.

— É esse o material. — eu perguntei, cerrando os meus dentes.

— Foi desagradável. — Eu ainda podia sentir o gosto no fundo da

minha garganta. Estava com tanta sede, dói para engolir. Fica difícil

se concentrar. Inclinei meu rosto contra a pedra úmida por um

momento. O frio ajudou a limpar a nebulosidade da minha cabeça.

— Não entendo. — eu disse finalmente. — Isso é realmente

Hope?

Porque lá estava ela, de pé em uma mesa, com o cabelo loiro

balançando alegremente atrás dela. Ela era tão pequena, tão bonita...

Tão viva. — Hunter me disse que ela se suicidou no mês passado,

quando estava em custódia na League.

— Acho que ela ficou melhor. — Kieran disse sombriamente.

Raiva enviou um resplendor vermelho escuro subindo seu pescoço.

Hope era a única que tinha assassinado seu pai, depois de tudo.

— Kieran, não se desespere ainda. — eu disse, meus dentes

batendo de frio e adrenalina. — Se você pirar, vou surtar demais.

Seus lábios se curvaram, mas ele conseguiu tirar o brilho

homicida de seus olhos. Senti apenas marginalmente melhor. Fuga

parecia impossível, não escapar, ainda pior.

— Saia daqui. — alguém gemia em um canto escuro. — Eles

vão matar-te. — O aviso terminou em uma tosse quebrando a

sonoridade. Correntes sacudiu algum lugar abaixo da linha de

cavernas. Kieran e eu olhamos um para cada outro, impotente.

Quanto tempo antes que alguém vir a nós? Será que Sarita disse a

alguém que fui levada? Se ela percebeu ainda que o bloqueio não foi a

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escola? Será que York sabe o que fazer? E eles poderiam até mesmo

nos encontrar? Minha cabeça nadou enquanto observava Hope falar

em um radiotransmissor, em seguida, ordenando dois vampiros para

fora da caverna.

Ela pensava que o pai de Kieran era muito liberal e o

assassinou.

Tentou matar Solange.

Aliou-se com Lady Natasha, a fim de assumir o controle da

League completamente.

Não aprovava tratados com vampiros.

— Ela é Dawn. — eu disse lentamente. — Tem que ser.

O que significava que ela também era a única que tinha

sequestrado Nicholas e lhe torturado.

Agora eu tinha um único sentimento: a raiva homicida.

— E aquela é Ms. Dailey ao lado dela. — Kieran disse, olhando

para a mulher ao seu lado. Ambos olharam para o nosso caminho. —

Eu deveria ter conhecido.

— A professora que dosou Hunter com veneno?

— Sim.

— Pensei que ela estava à espera de julgamento. — disse com o

canto da minha boca enquanto caminhava em nossa direção.

— Aparentemente, há graves lacunas no sistema de segurança

Helios-Ra.

— Aparentemente. — Não é à toa que seu apelido caiu tão bem.

Ela estava claramente fora em qualquer dos nossos radares. —

Espero que seja a pessoa por trás de todos os desaparecimentos

também.

— Menina inteligente. — disse Hope, de repente em cima de

mim. Estava mais magra do que era antes. — Esperava que você se

juntasse a League e nossa causa.

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— Eu não poderia me juntar à sua causa. — eu disse. — Você

está matando pessoas.

— Dano colateral. — Ela acenou de lado. — Nós tivemos que

fazer com que todos vissem a verdade. Um vampiro morando aqui e

League olhando para o outro lado. — Ela balançou a cabeça

tristemente. — Isso não está certo. E não sou a única que pensa

assim.

— Você matou pessoas. — eu repeti. — Você está mantendo as

pessoas trancadas! E você enquadrou Solange, não é?

— Eu tive que mostrar a League o verme na rosa.

— Você é o verme na rosa. — eu respondi.

Ela me deu um tapa no rosto. Kieran se levantou, ficando na

minha frente quando eu cambaleei para trás contra as pedras. Hope

olhou para o meu nariz. — Pequeno Kieran Black. — ela disse. —

Você sempre foi mais problemas do que você vale a pena. Melhor

esperar que o seu tio não pense assim.

— Por quê? — Perguntou ele enquanto limpava o sangue do

meu lábio.

— Porque se ele tentar sair da sede, você morre. Não poderia tê-

lo ou seus agentes iludidos interferindo agora, eu poderia? Não hoje,

não depois de todo esse planejamento cuidadoso.

— O que acontece hoje à noite? — Perguntei.

Hope e Ms. Dailey trocaram um olhar significativo. — Acho que

podemos dizer. — Hope consentiu, orgulho fluiu em suas palavras. —

Afinal de contas, é tarde demais para você ficar no meu caminho. — O

homem de avental parou de cortar, pedaços grandes do que parecia

ser um coração meio calcificado. Partes dele transformando em cinzas

sob as pontas dos dedos. Engasguei e tentei não olhar. — Hoje à

noite, nós finalmente derrubaremos a Lua de Sangue.

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Kieran e eu ficamos boquiabertos para ela. — Eu não sei como

chegar lá. — eu disse.

Hope apenas riu, lendo a minha pausa súbita. — Não preciso

de você, menina boba. Eu finalmente tenho o GPS.

— Onde você conseguiu isso? — Perguntou Kieran.

— Dele. — Hope respondeu, sorrindo, quando dois caçadores

arrastaram um vampiro entre eles. — Ele está limpo de armas. —

disse um deles. O vampiro expôs suas presas, sibilando fracamente.

Seus olhos cinzentos eram praticamente todo pupila. Ele estava tão

pálido que estava com cor das cinzas velhas.

Nicholas.

— Saia de cima dele! — Eu gritei, lutando violentamente contra

as cordas. Eu mal senti a queimadura dos fios deixando feridas em

meus pulsos. Eles o derrubaram assim que ele caiu de joelhos,

forçando sua cabeça para frente. A parte de trás do seu pescoço

estava nua e vulnerável e atado com arranhões sangrentos. — Pare.

— eu implorei, ainda tentando me contorcer livre das minhas

limitações quando o homem de avental de couro se aproximou.

— O que você está fazendo com ele?

— Recuperando o meu GPS com as coordenadas: — Hope

respondeu presunçosamente. — Vá em frente doutor.

Kieran estava tentando me segurar, e ele estava cerrando os

dentes com tanta força que podia ouvi-los ranger.

A luz brilhou fora do gancho na mão do médico. Fiz um som

parecido com um animal com dor, por Nicholas. Ele estava muito

quieto, muito silencioso. Tentei roer minhas cordas, se eu tive

pensado, havia alguma chance de sucesso. Nicholas ficou de joelhos

no chão sujo, a água e o sangue escorrendo por ele em sulcos

profundos. O Huntsman manteve a cabeça baixa em um aperto

vicioso.

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— Nicholas lute. — eu implorei.

Ele lutou fracamente, mas estava indiferente na melhor das

hipóteses. Ele tremia como se houvesse algo gritando em seu ouvido.

O médico estava em cima dele.

Isso não poderia estar acontecendo.

Os menores detalhes pareciam curiosamente importantes: o

cheiro de pedra molhada, a lama na minha manga, a neve deriva de

fora. Camisa cinza escura de Nicholas, rasgada na gola. O chiado da

bota de Kieran quando ele moveu. E então o deslize das minhas

próprias botas na lama escorregadia quando lancei à frente.

O Huntsman me agarrou pelos cabelos por trás quando o

médico lentamente introduziu a ponta do gancho no pescoço de

Nicholas. Ele cavou ao redor, ampliando a ferida, até que encontrou

um quadrado de metal minúsculo, do tipo que imaginei alimentaria o

interior de computadores e máquinas. Connor saberia exatamente o

que isso chamava.

— Parece que o seu chip funcionou. — Hope aprovou.

— Sim, eu tinha ouvido falar dos sinais de sinais que foram

bloqueados. — disse o médico, examinando o chip sujo de sangue.

— Dessa forma, quando as coordenadas foram finalmente

alimentadas e ainda não havia maneira de enviar as informações para

nós, a dor o trouxe aqui. Ela o obrigou a nos encontrar. Se ele fosse à

direção errada só piorava.

Os punhos de Nicholas apertaram no chão sujo. — Seu filho da

puta.

— Prenda-o com os outros por agora. — disse Hope. — E

mobilize as unidades. — acrescentou a Sra. Dailey. — Nós estamos

prontos.

Eles colocaram algemas de metal em torno dos pulsos de

Nicholas, sabendo que ele poderia se livrar das cordas eventualmente.

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Eles empurraram com força suficiente para que ele se chocasse

contra a parede. Ele caiu aos meus pés, piscando. — Lucy? Pensei

que fosse uma alucinação.

Eu me deixei cair ao seu lado, sorrindo através das minhas

lágrimas. — Pensei que eles iam matá-lo.

Quando me inclinei contra ele, minhas mãos sujaram de

sangue.

— Ainda não. — disse ele, sentando-se corretamente. — Dr.

Frankenstein lá gosta de ter sua diversão em primeiro lugar. — Ele

notou Kieran finalmente. — Merda, Black. Você também não.

— Temo que sim.

— E foi realmente Hope?

— Sim. — eu reclamei. — Pensei em chutar a bunda dela

também.

— Ela vai emboscar o campo. — explicou Kieran.

— Onde todos os vampiros incluindo minha família estão. —

Nicholas terminou tristemente. Tentei segurar sua mão, mas entre as

cordas e os punhos, era mais de um emaranhado de dedos.

— Esses guardas da lua de sangue podem protegê-los, não

podem? — Perguntei.

— Depende de quanto eles são excedidos em número. —

Nicholas apontou como dezenas de caçadores de vampiros armados

olhando por nós e indo para fora das cavernas. Vários vampiros host

permaneceram, estacionados nos portões. Olharam Nicholas com

particular desgosto, vendo que sua mãe e sua irmã mais nova tinham

matado seu líder Montmartre. Com uma tiara. Ele mereceu

totalmente.

— Como eles poderiam estar trabalhando com Hope de todas as

pessoas? — eu perguntei.

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— A mesma coisa que ela fez com Lady Natasha, eu espero. —

disse Kieran, pensativo. — Eles lidam apenas com Hope, ela lida

apenas com eles, todos embaralham mais. Para não mencionar, se as

coisas correrem da maneira que Hope quer, é o mesmo que eles

também, o Host pode ser muito pequeno. Potência instantânea.

— Quanto tempo antes que alguém perceber que está sumido?

— Eu perguntei a Nicholas.

Ele balançou a cabeça. — Poderia ser horas. Depende de quão

paranoico é o sentimento da mãe.

— Hunter pode ver que eu não estou lá — acrescentou, — mas

apenas se Sarita disser a ela que fui raptada. Tudo pareceu muito

oficial. Lembre-se, um dos professores pode estar com eles. Acho que

sei quem, mas é difícil dizer. — Os momentos antes do clorofórmio

foram alucinantes. — Chloe estava tentando conectar aos e-mails. Ela

já encontrou a lista negra. — Deslizei um olhar para Kieran. — O que

tem você.

— Eu imaginei. — disse Kieran. — Hart sabe que há um golpe

de Estado em obras. Especialmente se Hope está me usando para

comprar o seu silêncio.

— Será que ele vai ficar quieto. — perguntou Nicholas.

— Com certeza espero que não. — Ele agachou-se ao lado de

nós, mantendo-se de costas para a parede da caverna. — Nós

precisamos de um plano. — disse ele calmamente. Ele olhou para

Nicholas. — O que você pode nos dizer sobre este lugar? Como você

saiu daqui pela primeira vez?

— Eles me deixaram sair. — Nicholas lembrou amargamente. —

Então, eu poderia levá-los direto para o acampamento como um

idiota.

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— Diga-me de qualquer maneira. — insistiu ele, seu escoteiro

interior transformando em militar. — Os pontos de acesso, armas,

fraquezas. Tudo.

Nicholas descansou a cabeça contra a parede atrás dele, com

as pernas esticadas. Fez a sua postura retrair, fez tão ameaçador

quanto possível. Eu fiz o mesmo, acrescentando que o tremor

ocasional para parecer ainda mais ameaçadora. Não era exatamente

difícil, já que estava com frio e ainda me sentia um pouco drogada do

clorofórmio.

— Eu tive ajuda. — Nicholas disse suavemente. Movi para

cobrir o som de sua voz, caso os outros vampiros estivessem ouvindo.

— Um bom homem morreu me ajudando a sair. Tudo para nada.

— Não é por nada. — eu disse rapidamente. — Ainda não.

Ele balançou a cabeça, engolindo. — Lee criou um desvio, mas

lhe custou a vida. Tentei voltar para os outros, mas não conseguia

encontrar as cavernas, mesmo com todas as marcas que deixei para

trás. Estive fora todos as noites, procurando. Mas havia apenas muita

neve. — Ele esfregou o rosto com as mãos atadas.

Depois de uma batida forte, o silêncio carregado, ele continuou.

— Há uma lagoa de água benta atrás dos guardas lá. Cada cela é

barrada e bloqueada, alguns têm fendas entre os dois. — Os

músculos de sua mandíbula apertaram. —Você já descobriu até

agora que eles estão mantendo os humanos para despejar seus

corpos na cidade e culpar vampiros? — Nós dois assentiu. — E eles

estão levando os vampiros pela mesma razão, secar os seres

humanos.

— Guerra total. — Kieran exalou bruscamente. — Droga. —

Olhei em volta disfarçadamente. — Eu conto cinco vampiros, três

caçadores.

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356

— Mais dois vampiros na parte de trás. — acrescentou

Nicholas. — E um fora, mais dois caçadores. E Dr. Frankenstein ali.

— Ele mal olhou para o de avental de couro. Medo e fúria fizeram

seus olhos brilharem como pérolas quebradas. — Ele só gosta de

torturar. Ele acha que é um cientista. — Ele apertou suas costas e

dentes. — Mas ele é apenas um fanático comum.

— Isso é conversa o bastante. — um dos Host latiu para nós. —

Isto não é uma festa, crianças.

Nós paramos de falar, esperando que eles se cansassem e

voltassem sua atenção para outro lugar.

— Armas? — Kieran perguntou baixinho, os lábios mal se

movendo.

Balancei minha cabeça. — Eles pegaram minhas estacas. — eu

disse. Alcancei casualmente para ajustar minhas calças. — Merda.

Meu telefone também.

Ambos moveram para verificar os seus próprios bolsos, depois

assentiu. — Então, nós estamos com o elemento surpresa. — Kieran

murmurou. — Ótimo.

— E os meus dentes. — Nicholas murmurou de volta. Os olhos

de Kieran se arregalaram. Aproximou-se mais, protegendo-nos.

Levantei meus punhos e as presas de Nicholas alongaram. Ele cortou

as minhas cordas. Mantive minhas mãos seguras juntas de modo que

não ficasse óbvio.

— Não somos só nós. — disse Nicholas. — Eles também. — Ele

olhou para os rostos sujos assistindo-nos das celas. — Eles vão lutar

se puder libertá-los. Independentemente disso, uma vez que tivermos

Lucy fora, nós teremos todos fora também. Antes ou depois da luta.

— Concordo.

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Olhei para os dois. — Vou fingir que você não acabou de dizer

isso. — eu disse tão calmamente quanto pude. — Nós todos vamos

sair dessa juntos.

— Lucy.

— Nicholas. — Eu levantei minhas sobrancelhas. — Sabe que

você precisa de mim. Nós já estamos irremediavelmente em

desvantagem. E atiro melhor do que você. Assim, é razoável.

— Você primeiro.

— Oh Deus. — Kieran gemeu. — Estamos condenados.

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CAPÍTULO 33 Solange

Estava longe demais para parar os Caçadores que agarraram

Nicholas, e então tive que me esconder do vampiro Host a sua direita,

tomando a retaguarda. Segui-o mais silenciosamente que pude.

Nunca estive tão longe nas montanhas antes, então não tinha

certeza do terreno. Finalmente peguei o brilho distinto das luzes da

lanterna e fogo na boca de uma caverna há alguns metros dentro da

rocha.

Ouvi o som de botas, em seguida, o som inconfundível de correr

e ofegar. Lanternas balançavam entre as árvores. Escalei um pinheiro

desgrenhado, evitando ser detectada. Fiquei onde estava olhando para

baixo quando dezenas de caçadores desfilaram sob mim. Peguei

vislumbres de cargas militares, armas, estacas. Radiotransmissores

borbulhavam. Ouvi — base segura — e — Operação Dawn em

andamento — seguido por — aguardar o sinal. Fiquei ainda até que

eu tive certeza de que todos tinham passado por mim.

— Ok, isso foi estranho. — eu murmurei.

Subi mais alto até que pude inclinar para fora e obter um

melhor olhar para a caverna. O cheiro de resina de pinheiro era

interrompido por sangue, ferro, suor. Minhas presas machucaram

minhas gengivas. Não podia ver o interior, mas não havia vampiros e

caçadores humanos de guarda. E quando o vento cessou, podia ouvir

muito bem.

Kieran.

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Segurei o galho tão duro, pedaços do musgo e casca romperam.

Eu me forcei a não saltar para baixo e no ataque, em vez disso, ouvi

atentamente até que soube o que estava acontecendo. Ele não soava

como se estivesse em dor, apenas raiva.

E não estava sozinho.

Nicholas lhe respondeu, em seguida, Lucy.

Eu tinha que libertá-los.

Esperei o que parecia ser uma centena de anos, tão inútil como

Branca de Neve depois de sua mordida da maçã. Esforcei-me para

ouvir mais, mas alguém gritou com eles para ficarem quietos e

silêncio depois disso. Podia só ouvir o raspar de metal contra metal, e

alguém chorando.

Não tenho tempo para ir buscar ajuda, eu ia ter que fazer isso

por conta própria. Tinha o treinamento da mamãe, o pensamento

criativo do papai, os meus próprios feromônios.

E tinha mais do que o nome de Drake.

Tinha-me.

Sorri pela primeira vez. Porque havia uma coisa que os Hosts

queriam mais do que matar cães e vingar Montmartre.

Eu.

E se todo mundo insistia em me ver como uma garotinha

indefesa, então isso é exatamente o que eu seria.

Primeiro eu tinha que atrair alguns dos caçadores à distância,

para equilibrar as chances, tanto quanto possível. Desci os galhos e

observei a área, a escolhi um pedaço de cedro cercado por pedras

para uma avalanche. Escondi-me com cuidado e, em seguida, quebrei

um galho entre os meus dedos. Ele estalou como um tiro.

— O que foi isso? — Um dos caçadores perguntou ao seu

companheiro.

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— Leão da montanha, talvez? — Respondeu ele, amargamente.

— O que importa? Estamos perdendo toda a ação.

— Então, nós podemos também fazer o nosso trabalho direito.

— o primeiro caçador atirou de volta. Quebrei outro galho. — Eu

estou indo. — disse ele. — Cubra-me.

— Estou dizendo que não há nada lá fora.

Esperei até que ele desceu o suficiente para estar fora da vista

dos outros antes de estender a mão e dar um soco. Ele cambaleou.

Lucy ficaria orgulhosa. Eu o peguei antes que ele atravessasse os

galhos. Seu lábio estava dividido e ele estava inconsciente.

Depois de um longo momento, seu companheiro chegou à beira

da saliência. — Ei, Jordan, você está bem?

Uma pausa curta.

— Você está mijando cara? — Ele parecia nervoso agora. Podia

sentir o cheiro do suor dele e ouvi o aumento repentino no seu

batimento cardíaco. — Jordan?

Jordan gemeu. Inclinei-me. — Shh. — eu disse. Seus olhos

arregalaram em sua cabeça. Agachei-me, esperando ver o amigo de

Jordan. A ponta de seu rifle apontado, deslizando através dos galhos

de pinheiro, praticamente raspando a minha bochecha. Esperei,

desejando que meus músculos não se movessem. Ele deu um passo

mais longe na vegetação rasteira, tropeçou em Jordan. Quando ele

tropeçou, eu trouxe o calcanhar de minha mão para baixo no parte de

trás do seu pescoço. Ele caiu como uma árvore. Virei-o, arrastando-o

para deitá-lo ao lado de seu amigo.

— Fique aqui e quieto. — eu pedi, concentrando-me em meus

feromônios envolvendo em torno deles.

— E não lute a menos que estejam em perigo mortal.

Virei-me para trás, vendo o vampiro Host estacionado dentro da

boca da caverna se mover ligeiramente. Fui atingida por uma pedra, a

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pedra quebrou se dividindo. Arrastei a borda irregular sobre o meu

antebraço para que o sangue escorresse pelo meu braço. Estava

quente, grosso perfumado. Espalhei as gotas sobre a terra e sobre as

árvores.

— O que vocês dois estão fazendo? — O vampiro finalmente

chamou, saindo da boca da caverna. Escondi-me sob o beiral. Ouvi-o

cheirar a sujeira desalojada por suas botas. — Roman, saia daqui. —

ele gritou. Podia ouvir a sede de sangue em sua voz. Assim, poderiam

os outros, a julgar pela forma como muitos deles apareceram atrás

dele. Contei quatro, talvez cinco.

— Eu cheiro um Drake. — disse um deles. — Não é o menino?

— Não é apenas um Drake. — o primeiro vampiro corrigiu. —

Solange Drake.

O ódio no assobio que acompanhou essa declaração levantou os

cabelos finos na parte de trás do meu pescoço. O som de uma espada

longa serrilhada deixando sua bainha não ajudou.

Empurrei para longe da saliência protetora e me arrastei pela

neve, certificando-me de deixar um rastro tentador de sangue atrás

de mim. Parei na pista onde eles pudessem me ver e fingir cair

fracamente.

— Ela é minha. — disse um deles, saltando para fora da

saliência. Ele chegou um pouco perto demais para o meu conforto. Eu

afundei de volta.

Outro vampiro pousou ao lado do primeiro.

— Ela pertence a todo o exército. — disse ele.

— Vamos matá-la.

Movi fracamente, lentamente. Gostaria de saber se a adição de

um gemido seria demais.

— Não, prenda e a drenaremos lentamente.

— Por Montmartre!

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Finalmente me permiti lutar enquanto eles discutiam.

— Meninos, meninos, não há necessidade de lutar por mim. —

gritei com falsa confiança. Eles pararam, olhando para mim. — Me

querem? — Eu insultei, sacudindo sangue para eles. — Venha me

pegar!

E então corri pra caramba.

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CAPÍTULO 34 Lucy

Nicholas ficou de pé tão rapidamente que o meu cabelo achatou

na minha testa.

— Solange está aqui. — disse ele.

Kieran pulou também. — O quê?

Nicholas sorriu lentamente, surpreendendo a nós dois. — Ela

não é um refém. Ele cortou as amarras de Kieran. — No entanto.

Eu tropecei em um dos Host quando ele se atirou para nós. Ele

foi extremamente deselegante quando tropeçou. Puxei minhas pernas

de volta antes que ele pudesse alcançar e agarrar uma delas em

retaliação. Ele era um dos poucos que ainda restavamm na caverna.

Dr. Frankenstein franziu a testa. — O que diabos está acontecendo lá

fora? Não é possível, você não vê que eu estou trabalhando?

— Ele tem as chaves. — disse Nicholas, tilintando suas

algemas.

Kieran usou na borda de uma das mesas, aproveitou para

saltar e pousar em um host usando seu cotovelo como uma arma. A

mesa caiu distante, rolando sobre as rodas rangentes até que colidiu

com Dr. Frankenstein. Ele derramou um copo de líquido verde sobre

si mesmo, então caiu no chão e quebrou. Ele caiu gemendo, mas

ainda consciente. Pulei em cima dele, procurando através do estranho

implemento nos bolsos do avental, tentando encontrar as chaves.

— Abaixem-se. — Nicholas me avisou, pegando uma das barras

de ferro fixa sobre as masmorras. Ele pulou, usando todo o seu corpo

como um aríete, batendo um Host no outro.

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Kieran conseguiu pegar uma longa barra enferrujada e usou-ao

para acertar o Host que tinha acabado de cair no chão. Cinzas

revestiram o terreno já escorregadio. Um a menos, falta três. Agora, se

eu pudesse encontrar as malditas chaves. Meus dedos ainda

formigavam de ser amarrados com tanta força e me senti tão ágil

como salsichas congeladas. Tirei três frascos, um saca-rolhas, uma

moeda de ouro, um emaranhado de anzóis, um medalhão Helios-Ra,

duas estacas, e algo macio que me fez querer vomitar. Encostei-me à

parede com um estremecimento. Os olhos do Dr. Frankenstein

abertos. — Não. — ele gemeu. — É importante.

— Você machucou meu namorado. — disse antes de bater a

cabeça dele no chão.

E, finalmente, finalmente, meus dedos se fecharam sobre um

anel de chave. — Consegui!

Nicholas ficou livre das barras, com as mãos estendidas quando

saltou na minha frente. Coloquei chave após chave na pequena

fechadura. Ele chutou para trás uma vez, pegando um Host que

chegou muito perto.

Mais deles vieram correndo de fora. As algemas finalmente

desbloquearam e Nicholas estalou. — Vá. — ele gritou com Kieran. —

Ajuda Solange.

Kieran decolou, pegando armas quando saiu. Havia uma caixa

de estacas e adagas em ganchos na parede, bestas e varapaus e

várias outras coisas.

Nicholas girou de volta ao redor, de frente para as outras, meio

sorrindo. — Eu acho que vou gostar disso.

Ele se tornou um borrão de pele pálida e presas. Três Hosts

circulavam ao seu redor. Ele não tinha armas, nem meios de fuga.

Mas ele tinha a mim.

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Enchi minhas mãos com estacas e, em seguida, agachei sob o

abrigo de uma das mesas, esperando. O primeiro golpe derrubou

Nicholas que fez um pouso forçado. Rolei uma estaca para ele. Ele

agarrou e virou de volta a seus pés. Um dos Hosts se desfez em pó

grosso.

Nicholas abaixou, rolou em uma cambalhota, a palma da mão

para fora. Joguei outra estaca. Seus dedos enrolaram em torno dela

quando saltou de volta. Ele tinha conseguido romper com o cerco e

com cada estaca jogada e eu lhe passei outra.

Uma das prisioneiras enfiou o braço para fora, puxando a

roupa de um caçador que passava. Nicholas estava certo, nós

tínhamos um exército atrás das grades. Sorri para ela. Ela segurou

com o braço quebrado agora, sorrindo de volta através da dor.

Desde que Nicholas parecia estar concentrado em um vampiro

ninja e eu estava sem estacas, corri para o portão de ferro mais

próximo. Peguei os anéis de chaves de novo, até que encontrei a chave

certa que se encaixava ao cadeado. O primeiro prisioneiro cambaleou

para fora, piscando na luz artificial. Feridas e cicatrizes de

queimaduras cobriam seus braços nus. Ele deve ter estado aqui

durante semanas. Abri portão após portão e os seres humanos e

vampiros surgiram piscando meio moles, meio cegos.

Os vampiros foram direto para um frigorífico alimentado por

um gerador, rasgando as bolsas de sangue.

Uma mulher rasgou um saco de acampamento cheio de barras

de proteína e charque.

Quando mais vampiros e caçadores saíram de uma passagem

do outro lado do pequeno lago sombrio subterrâneo, os prisioneiros

os cercaram. Eles não estavam particularmente fortes, passaram

fome e ficaram acorrentados por tanto tempo, mas estavam furiosos.

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Isso deixa até mesmo vampiros mais furiosos. Havia uma espécie de

frenesi no ar que deixou minha boca seca.

Nicholas lutava com um Host, quebrando-lhe o fêmur, e eu o

empurrei quando ele caiu, mandando-o em uma das celas úmidas.

Fechei a porta, trancando-o. — Nós não podemos ficar aqui. — disse a

Nicholas. — Vamos trancá-los todos e parar Hope. — Pensei, antes

que isso se transformasse em um banho de sangue. Tive que

empurrar um velho homem longe de um caçador antes que as coisas

ficassem muito feias e o Huntsman se engasgou com seu próprio

colar de presas.

Nicholas se deteve sobre o Dr. Frankenstein, bota pressionando

levemente na garganta do outro homem. O médico amordaçado, com

os olhos esbugalhados de medo. — Nic, pare. — Agarrei o braço dele.

— Você não sabe as coisas que ele fez. Ele é um monstro. — Ele

pressionou um pouco mais duro. As veias rsaltaram na testa do

médico. Ele agarrou o tornozelo de Nicholas.

— Não vamos transformá-lo em um assassino por causa de

seus muitos crimes. — Eu apertei em seu braço, segurando tão

apertado quanto pude. — Não deixe ele te quebrar, Nicky. — Sacudi-

o. — Prenda-o, para que possamos ir salvar o resto de sua família.

Ele moveu a bota exatamente quando eu estava me

perguntando onde meu Nicholas tinha ido. Encostou-se à parede,

enxugando o rosto com a mão trêmula. — Merda. — disse ele. —

Merda, Lucy.

— Vamos sair daqui. — eu disse suavemente. — Pegue minha

mão.

Tudo foi ficando muito feio, muito rápido. Nicholas não era o

único que tinha reagido ao miasma do medo e da memória de tortura.

Os vampiros que se alimentaram estavam rondando o perímetro da

caverna, rosnando. Caçadores estavam em poças de sangue. A

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violência tinha um cheiro de cobre, como queima de fogos. — Preciso

de uma arma tranquilizante. — eu murmurei. Havia uma caixa delas

ao lado das outras caixas de armas, mas o caminho estava

bloqueado.

— Eu vou buscá-la. — disse Nicholas, apostando entre um

vampiro Host e um Huntsman, e derrubando ambos como se fossem

soldados de brinquedo. Pegou uma das armas para fora da pilha,

verificado que estava carregada e, em seguida, jogou-a para mim.

Parecia uma pistola e se encaixava facilmente na minha mão. Meu

primeiro tiro saiu forte até que me acostumei com a nova arma.

Infelizmente, isso não foi tão fácil como bater na parede, um dardo

atingiu um dos presos na bunda. Ela caiu, pronunciando maldições

enquanto adormecia. — Oops. — Olhei para Nicholas, estremecendo.

Ele apenas balançou a cabeça para mim.

Meu próximo tiro foi muito mais preciso, após dois dardos,

acertei um vampiro Host. — Eu preciso de material para vampiro. —

eu disse quando o vampiro agitou depois de apenas alguns segundos

caindo inconsciente.

Nicholas se agachou sobre Dr. Frankenstein. — Onde estão os

sedativos de vampiro? — ele perguntou sombriamente. — Eu sei que

tem algum. — Dr. Frankenstein começou a balbuciar, tentando

proteger seu pescoço com o braço.

Nicholas se inclinou mais perto, pupilas dilatadas. — Diga-me.

— No pequeno frigorífico. — ele finalmente disse quando os

feromônios deslizaram sob suas defesas. — A garrafa com os rótulos

de azul.

— E então?

Ele engoliu em seco. — E há uma caixa de dardos carregados

lá... em m-minha mesa de trabalho...

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Nicholas não desviou o olhar quando pegou a caixa e entregou

para mim. Então puxou toda a mesa para baixo, derrubando provetas

e tubos de ensaio e microscópios no chão. Vidros quebrados e

equipamentos amassados derraparam em todas as direções. — Oops.

— disse ele, me repetindo.

Um dos prisioneiros mais novos, a julgar por sua falta de cortes

e contusões, arrastou agora o choroso Dr. Frankenstein para uma

cela. Ela quebrou o pulso dele fazendo isso, mas nenhum de nós teve

muito cuidado, especialmente quando ele continuou lamentando

sobre seu “trabalho”.

— Ele costumava ser um de nós. — disse ela, desgostosa. —

Havia um sol, a tatuagem Helios-Ra em seu braço.

Eu recarreguei a arma quando um dos prisioneiros veio para

mim. Nicholas a pegou antes que ela caísse sobre o vidro quebrado.

Atirei em mais três vampiros. Caíram no chão como se fossem

de repente feitos de água. Quando havia, finalmente, apenas três

Caçadores restantes, peguei uma das sirene de emergência de uma

prateleira de metal abarrotada de dispositivos de sinalização. Apertei

o botão e o som ricocheteou nas pedras.

Todo mundo parou, tapando seus ouvidos. Um vampiro tentou

esconder a cabeça debaixo da camisa e rangeu seus dentes. Nicholas

virou a cabeça para olhar para mim. Adicionei outra explosão para

uma boa medida.

— Tranque-os! — Usar o tom militar-escolar Hunter foi tão

bom. — Agora.

Houve alguns resmungos e alguém me chamou por um nome

bastante lisonjeiro, mas a maioria pareceu aliviado em cessar a

violência e ter algum tipo de direção. Nós arrastamos os corpos para

as masmorras apertadas. Nicholas deu um soco em um dos caçadores

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que se recusaram a se mover, mesmo com um sedativo de vampiro

apontado em sua cabeça.

— Temos que ir. — eu disse para a mulher Helios-Ra antes que

o eco dos portões tinindo houvesse desaparecido.

Ela parecia a mais capaz e definitivamente a mais estável. O

velho estava rindo para si mesmo e mijando ao longo da linha de

portões. Estremeci.

— Você pode mantê-los calmos até de manhã? — Eu perguntei

a ela enquanto Nicholas selecionava as caixas de armas.

— Vamos acender um fogo. — disse ela. — E manter aquecido.

Isso vai evitar que a maioria deles pire ainda mais.

— Só quero ir para casa. — disse um estudante universitário

murmurando.

— Se for agora só vai ficar perdido na floresta e será ainda pior.

— disse a ele.

— Ela está certa. — a agente concordou. — Vamos manter

guarda, pedir ajuda em uma das máquinas e esperar até a primeira

luz.

— Quartel-general da League está sob cerco. — eu avisei a ela,

pendurando uma besta em miniatura do meu cinto. — Você pode não

obter uma resposta de imediato. — Pendurei um arco regular ao longo

de um ombro e acrescentei duas aljavas de flechas. Elas eram muito

mais rápidas de recarregar do que uma besta. Levei mais três armas

de tranquilizantes enquanto Nicholas jogou o estoque de sedativos

vampiros em um pacote. Adicionei pelo menos uma dúzia de estacas,

todas no bolso de calça manguito. Se tropeçasse e caísse estaria em

grande perigo de perfurar um órgão vital.

Nicholas e eu estávamos finalmente prontos para sair das

cavernas. Nicholas empurrou o último Huntsman na cela a direita, ao

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lado. Ele amaldiçoou até o fim, mesmo que fossem apenas poucos

metros.

Caçadores realmente eram rainhas do drama. Nicholas saltou

para baixo e, em seguida, virou para me firmar quando escalei depois

dele, com muito menos graça. Eu me agarrei a ervas daninhas e

pedras.

— Você teve uma ideia? — Eu perguntei quando ele me deixou

arrastar para baixo ao longo do seu corpo. Seu sorriso foi tão rápido

que quase perdi.

Corremos pela trilha, passando por dois caçadores

inconscientes e uma pilha de cinzas, e vários galhos quebrados. Nós

encontramos Solange e Kieran para trás, lutando contra os vampiros

Host. Só neste verão, ele foi ameaçado de morte por ela, e agora ele

estava tentando protegê-la e toda a sua família. Se Solange poderia

inflamar a mudança na sociedade de vampiros, talvez Kieran pudesse

fazer o mesmo com a League.

Solange desarmou um dos Hosts e bloqueou sua espada.

Bloqueava principalmente golpes selvagens. Ela manteve inclinando-

se para sussurrar baixinho.

— O que ela está dizendo? — Eu perguntei a Nicholas.

— Ela está lhes dizendo para se renderem.

Os vampiros atenderam a ordem, literalmente, sob a influência

de seus feromônios, vagaram embora atordoados. Quando Kieran foi

derrubado por um golpe particularmente cruel e quase sendo cortado,

caiu sobre uma árvore, Solange chutou para trás. Ela era forte e

confiante, a Solange que eu conhecia tão bem, mas poucos já tiveram

a oportunidade de vislumbrar.

Ela estendeu o braço, quebrando o vampiro através da

mandíbula, em seguida, girou sobre o pé e enfiou o punho da sua

espada em seu rosto. Fustigado por golpes, ele cambaleou. Ela

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terminou com ele com uma sugestão encharcada de feromônios para

ele desistir de uma vida de crime e sobreviver como rato.

— Nós controlamos as cavernas. — soltei fora. — E enviei a

bunda do mal para as masmorras.

Ela ordenou o próximo vampiro a se entregar pacificamente e se

permitir ser preso. Os últimos dois vampiros decidiram que era mais

prudente abandonar a luta e arrancar para a floresta escura.

Solange empurrou seus longos cabelos negros do rosto. — Todo

mundo está bem?

Abracei-a com força. — Você nos salvou. A todos nós. —

Afastei-me franzindo o nariz. — Será que Kieran a capturou?

— O destino do mundo. — disse ela. — A traição, batalhas, blá,

blá, blá.

— Assim como nos velhos tempos.

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CAPÍTULO 35 Solange

Corremos por um longo tempo.

Lucy e Kieran foram desacelerando, pressionando seus lados.

Não muito tempo atrás, eu teria sentido o mesmo ponto doloroso sob

minhas costelas, o mesmo queimar em meus pulmões e pernas.

Agora, podia correr a noite toda. Bem, até o amanhecer de qualquer

maneira.

— Estou fora. — Kieran ofegante falou ao seu tio no meu

celular. — Tudo o que você for fazer, faça agora. — Ele fez uma

pausa, bufando, incrédulo. — Vou lhe dizer, mas você está louco se

acha que ela vai escutar. — Ele desligou e olhou para nós. — Ele vai

chamar a polícia para se dirigir a Hope. — ele explicou como se eu

não tivesse ouvido cada palavra enquanto falava bem no meu ouvido.

Lucy, provavelmente, não podia ouvir sobre seu próprio coração

agora. Estava alto o suficiente para soar como se tivesse

contrabandeando um fogo-rápido de espingarda sob sua camisa.

— Os policiais. — Lucy ecoou. — Podemos fazer isso?

— A alternativa é lutar contra o cerco ao quartel-general, e

então as pessoas vão morrer.

Eles não podem mesmo fugir pela passagem secreta uma vez

que todos os agentes Helios-Ra já sabe sobre elas. — Mas — ele disse,

sorrindo sombriamente, — pendurar em torno de uma casa cheia de

armas altamente suspeitas ainda é totalmente ilegal. E absolutamente

louco se você começar a falar de vampiros. — Ele ligou o telefonar

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novamente quando Lucy inclinou-se levemente contra a árvore mais

próxima.

— Vá em frente. — disse ela, respirando lenta e profundamente.

— Não. — Nicholas e eu dissemos.

— Vamos alcançá-los.

— Não. — Nicholas repetiu calmamente, entregando-lhe uma

garrafa de água tirada de um enorme saco que tinha tirado das

cavernas. Estava abastecido com suprimentos para um caminhante

médio e assassino vampiro.

— Hunter. — Kieran disse ao telefone. Ela começou a

bombardeá-lo com perguntas, pedidos e ameaças quase antes que ele

terminasse de dizer o nome dela. — Estou com Lucy. — ele cortou. —

Nós estamos bem. Hart está bem também. Ele diz que, sob nenhuma

circunstância os estudantes do ensino médio são permitidos

combater nesta batalha. — Ele revirou os olhos, parecendo mais

jovem do que o sangue em sua manga e os hematomas em seu rosto

poderiam sugerir. — Eu já disse isso a ele. Onde está você agora? —

Ele verificou o GPS no meu celular rapidamente. — Nós não estamos

longe. Vejo vocês em breve.

— Você sabe, um dia vamos a um encontro duplo, sem espadas

ou estacas de qualquer espécie. — disse Lucy alegremente, jogando

seu braço no meu.

— Oh, bem, tão logo o meu namorado e eu pararmos de salvar

vida um do outro.

Minha voz levou mais longe do que eu tinha planejado.

A cabeça de Kieran virou bruscamente na minha direção. Lucy

sorriu para mim com simpatia, quando percebi como eu tinha falado

em voz alta.

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374

Minhas palavras pairavam no ar como balões de néon gigantes.

Engoli em seco, sentindo um rubor nas minhas bochechas. — Eu

quero dizer... — Desviei o olhar, mortificada. — Nós deveríamos ir.

Corri tão rápido que não tiveram chances de aproximarem de

mim. Parei e esperei por eles, uma vez que parei de me sentir como se

pudesse engasgar com meu próprio embaraço estúpido. Felizmente,

no momento em que fizemos, tivemos problemas mais prementes.

Nada como um pouco de guerra para distraí-los.

Não podia sequer olhar para Kieran enquanto esperávamos por

Hunter e os outros. Quando eles apareceram, lá estava um pequeno

grupo deles, incluindo Quinn. Hunter recitou nomes de seus amigos:

Chloe, Jason, Jenna, Drew, Griffin, Kelly, Regan, e Tyson, entre

outros. Eles trocaram olhares desconfiados, furando juntos. Além de

Hunter, apenas Chloe e Jason não pareciam particularmente

perturbados.

— É verdade que você derrubou a monarquia? — Chloe me

perguntou. Ela pareceu desapontada quando eu assenti. Apesar de

não ser capaz de olhar para Kieran, eu também não conseguia parar

de me espantar olhando um pouco para ele. Ele estava perto o

suficiente para que a manga roçasse a minha quando ele andava.

Eu me forcei a parar de ser uma idiota.

— Entre Chloe e Connor que interceptaram e informaram da

emboscada no acampamento... — Hunter foi explicando. — Todos os

telefones fixos para a sede estão desligados. Eu consegui um apoio de

Spencer e ele vai mobilizar os vampiros Bower que estão dispostos a ir

com a gente.

— Sebastian, Marcus, e Duncan ainda estão dentro do campo

com os nossos pais e tios. — Quinn acrescentou. — Logan foi para ver

se ele e Isabeau podem reunir quaisquer uns dos cães para nos

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375

ajudar, e Connor, com Christabel, está tentando obter o Na-foir para

lutar também. Não está convencido sobre isso, eu tenho que dizer.

— Bem, Saga gosta de uma boa luta. — Lucy colocou. — Talvez

possa ajudar.

— Então nós temos um secreto Black Lodge de estudantes, um

punhado de vampiros, e algumas armas? — Hunter ponderou. — Não

estou amando as chances ainda.

— E algumas armas tranquilizantes. — disse Lucy. — Roubei

três.

— E escondi um monte delas em uma árvore perto da Bower. —

acrescentei.

— Você fez? — perguntou Quinn. — Quando? Por quê?

— Lucy e eu estávamos conversando e ela me deu algumas

ideias. Tenho alguns sedativos do tio Geoffrey e um monte de armas

de dardos carregados, apenas no acaso.

— Por causa de London. — Nicholas adivinhou calmamente.

— Em parte.

— Há o Chandramaa também. — acrescentou Quinn momento

antes de se parecer estranho e triste. — Eles têm a ferocidade da mãe

e o objetivo de Lucy.

— Ah, obrigado. — Lucy sorriu para ele.

— Mas eles foram dizimados mais cedo hoje à noite. — parei. —

Seus números estão definitivamente baixos.

Quando olhou para mim, eu apenas acenei. — Vampiro

assassino. É uma longa história.

— Então, talvez precisamos de um novo inimigo. — Kieran

sugeriu lentamente. — Um de ambos os lados, teremos de parar de

lutar com o outro para derrotar.

— Como quem? — perguntou Hunter.

— Os Hel-Blar de Saga.

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Nicholas ficou boquiaberto. — Por que não joga uma granada e

exploda todos nós em vez disso? Seria mais rápido.

— Aqueles Hel-Blar não são tão selvagens como os outros. — eu

apontei, concordando com Kieran. — Pelo menos não enquanto eles

estão usando os colares. — Eu esfreguei meu pescoço. — É como os

meus feromônios. O colar faz o mesmo para eles, de alguma forma

estranha.

— Nós ainda não sabemos como funcionam? — Perguntou

Hunter.

— Magia. — eu disse. — Pelo menos em parte. Então,

basicamente, não. Não faço ideia.

Nós espalhamos entre as árvores, movendo-nos tão

silenciosamente como podíamos. Os alunos todos tinham bússolas

com as coordenadas que Connor tinha enviado a Chloe. Meus irmãos

e eu apenas seguimos o cheiro da noite, que já estava contaminado.

Era fraco, mas errado, e muito difícil de descrever, algo entre queima

de pétalas e de ferro enferrujado molhado.

Eu fiquei para trás, mantendo o ritmo com Kieran. — Posso

falar com você?

Ele parou, virando-se para me encarar. Seus olhos eram tão

escuros, como uma noite de luar. Tentei não olhar para a cicatriz em

sua garganta. — Eu estava esperando...

Parei, mordendo meu lábio inferior. — É, eu sei, está indo para

a faculdade, na Escócia. Mas eu me perguntava...

— Solange, o que você está tentando dizer?

Bebi na visão dele, de pé, tão alto e paciente com a neve e as

árvores negras nuas tudo em torno dele. — Estou dizendo que eu

ainda te amo. — eu respondi, me forçando a ser corajosa. Se pudesse

enfrentar o tipo de luta que estavam prestes a entrar, eu poderia

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377

enfrentar isso. Ele merecia algo melhor do que o meu tímido, medo

estranho.

Especialmente agora. Eu queria que ele se lembrasse de mim,

não de Viola. —E eu sei que te machuquei, mas estou esperando que

talvez você pudesse me dar uma chance de fazer as pazes com você.

— Você lutou todo o caminho para voltar para mim. — ele

respondeu, assim como em silêncio, mas o seu sorriso era como uma

brasa, pegando fogo a todo o frio dentro do meu peito. — Isso é tudo o

que me interessa.

E então ele finalmente me beijou.

Era como um primeiro beijo, hesitante, suave, procurando. Eu

poderia me lembrar de quem costumávamos ser, poderia seguir a

trilha de todas as noites que passava falando, andando na praia,

dirigindo ao redor. Poderia segui-los como vaga-lumes, como estrelas

cadentes, como faíscas.

Tudo derreteu por um breve e belo momento. O beijo queimou

através de mim quando ele inclinou sua boca sobre a minha. Nossas

línguas se encontraram, nossos dedos se enredaram, nossos corpos

se tocaram. Poderia continuar a beijá-lo durante horas se tivéssemos

tempo.

Nós nos separamos, relutantemente, e continuamos andando

pela neve silenciosa, sorridentes. Os outros eram silhuetas em torno

de nós, mas ainda podia ouvi-los. Peguei o brilho ocasional de luz fora

de um zíper de metal, uma estaca sendo passada ansiosamente de

mão em mão. — Então você mudou de ideia sobre Solange? — Lucy

estava perguntando a menina com o cabelo vermelho. — De jeito

nenhum. — Ela bufou. — Vou fazer isso por League e por você e

Hunter, porque vocês são minhas irmãs, mas ela é um vampiro.

— Ela é uma menina.

— Que bebe sangue.

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— Por favor. — Lucy zombou. — Eu vi você comer maçapão. De

propósito. Esse material é nojento. — Ela pausou. Podia ouvi-la

sorrindo. — Então Tyson te convidou para sair?

— Digo-lhe. — Jenna atirou de volta. — Se eu não morrer

horrivelmente hoje à noite, vou me preocupar com minha vida

amorosa. Ele pode esperar.

— Tire isso de mim. — Lucy disse secamente. — Se você está

esperando para todo esse drama a mais antes de fazer seu

movimento, vai ficar esperando para sempre.

E então a conversa nervosa, os olhares de soslaio, a verificação

de todas as armas caíram. Não havia espaço para nada, mas o que

estávamos prestes a fazer.

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CAPÍTULO 36 Lucy

Uma coisa é treinar na academia, praticar kickboxer e tiro com

arco, ler sobre guerras e estratégia tática e ouvir Helena ameaçar

retirar os órgãos pelos narizes de várias pessoas. Outra coisa

completamente diferente era andar direto para uma guerra.

Objetivamente falando, sabíamos que os vampiros em lua de

sangue estavam dentro do círculo, com um cerco dos seguidores de

Hope ao seu redor, e o resto de nós no anel exterior. No papel, isso

teria estado ótimo, se os vampiros no centro estivessem armados.

Porque mesmo super velocidade e força não poderia ir tão longe

contra riscos e flechas. E Hope não estava disposta a lhes dar a

chance, de qualquer maneira.

Ela estava à espera do nascer do sol, quando eles estariam

mais fracos.

Então nós teríamos o elemento surpresa.

Jenna já estava subindo uma escada coberta de fuligem para

obter um melhor ponto de observação. Ela não tinha apenas uma

besta de mão, ela tinha três. Chloe seguiu atrás dela, mas Hunter

permaneceu no terreno com Quinn desde que ela era melhor em

corpo a corpo. Kieran saiu com Solange e o resto de Black Lorges

dispersou em torno do perímetro. Nicholas estava bem ao meu lado,

ou eu estava ao lado dele, isso pouco importava. Aonde um de nós ia

o outro seguia.

Nós ainda não tínhamos chegado aos Chandramaa, estávamos

tecnicamente na periferia do acampamento oficial. E ainda não tinha

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380

ideia se ou quando os Hel-Blar seriam liberados. E se eles iriam

tornar as coisas melhores ou consideravelmente piores.

Já me senti como se estivesse movendo em câmera lenta, mas

tudo ao meu redor estava acelerado. Mesmo o brilho da neve parecia

diferente. A realidade de um ataque não era apenas sobre a lógica por

trás do plano, também era o tamborilar do meu sangue nas minhas

veias, meu coração fraquejando, minha boca secando. Hunter parecia

perfeitamente calma, mas quando Spencer apareceu ao lado dela, ela

quase o estacou. Ele abaixou quando Quinn agarrou seu cotovelo

para detê-la.

— Você tem que parar de se esconder em mim. — ela

resmungou para ele.

— Desculpe. — disse ele. — Minha unidade é muito pequena,

mas vou configurar algumas magias para compensar. E não, antes

que você pergunte ninguém vai cheirar como queijo. — Ele lhe deu

uma cotovelada amigável com o ombro. Nenhum deles era páreo para

a sua força de vampiro, ainda assim Quinn teve que apoiá-la quando

ela quase caiu. — Não morra. — Spencer ordenou. — Um de nós é o

suficiente.

— Eu vou cuidar dela. — Quinn prometeu.

— E eu vou apostar nisso agora, se vocês dois não a cortarem.

— Hunter acrescentou secamente.

Nas árvores acima de nós, Jenna atirou flechas contra o

acampamento, os eixos envolvidos com notas dirigidas a Helena

Drake e Liam Drake. Eu ajeitei um pouco mais a minha posição.

Esperávamos que pelo menos, uma das setas atravessasse as fileiras

comprometidas das Chandramaa.

Oficialmente esta era nossa última chance de informa-los para

sair dessa.

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381

— Você tem certeza disso? — Quinn inclinou a cabeça para

sussurrar no ouvido de Hunter. Ela se inclinou para ele brevemente,

mas a resposta não se mudou.

— Tenho que tentar. — Quando tentou segui-la, feroz e

encantador como só um irmão Drake poderia ser, ela o impediu. —

Eu tenho que fazer isso sozinha.

— Não é seguro.

— Nenhum lugar é mais seguro. — ela lembrou. — Mas eles

não vão me ouvir se o meu namorado vampiro estiver de pé ao meu

lado. Eles são da velha escola. — Um músculo em sua mandíbula

saltou. — Jenna vai me cobrir de lá de cima. — Ela o beijou

rapidamente, apesar de sua afirmação anterior de que ela não podia

ser vista em pé com ele agora, não importou em beijá-lo. Quando ela

se afastou, ele puxou bruscamente para trás, alongando o beijo até

que parecia que poderia facilmente ter queimado através de todos os

nossos medos.

— Chute alguns traseiros, Buffy. — ele murmurou.

— Eu vou com você. — eu disse indo até Hunter. — Sou

tecnicamente um de vocês e um deles. Talvez ajude.

Nicholas não parecia feliz. — Talvez você devesse ficar aqui.

Olhei para ele.

Ele suspirou. — Então eu vou com você.

— De jeito nenhum. Você não ouviu o que Hunter apenas disse

a Quinn. E de qualquer forma, lembra-se do nosso último encontro?

Quando os alunos e Caçadores Helios-Ra tentaram matá-lo? Como é

que isso vai me ajudar? — Fiquei nas pontas dos pés e o beijei

rapidamente. — Eu vou ficar bem.

Hunter e eu seguimos o caminho para onde ele determinou,

sabendo muito bem que tanto Quinn e quanto Nicholas estavam nos

seguindo. Nós teríamos feito a mesma coisa. Havia dezenas de outros

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382

olhos observando quando nós entramos na clareira estreita, a neve

esmagando sob as minhas botas da escola. Hunter ficou ereta e

orgulhosa como qualquer novo recruta. Só coloquei uma flecha no

arco, sentindo-me encurralada.

— Os vampiros sabem que vocês estão aqui. — Hunter falou.

Ela nem sequer lhes chamou pelos nomes. Eu teria. — Vocês

perderam o elemento surpresa e a arma da aurora. — Eu sabia que

teria especificamente usado "amanhecer" em vez de nascer do sol. —

A qualquer momento eles irão se defender. Podemos acabar com isso

antes que comece.

— Por que nós queremos? — Alguém disse com um suspiro. —

Agora saia do caminho, amante de vampiro.

— Sim, nós não somos os monstros aqui. — outro caçador

interrompeu: — Ou você se esqueceu de que lado você está?

— Oh, não me esqueci. — ela respondeu severamente, me

cutucando quando eu abri minha boca para disparar de volta a

réplica. — Isto não é defender um inocente de uma alimentação de

vampiro ou mesmo uma Hel-Blar. E não estou sugerindo que alguns

vampiros não devam ser levados para a segurança de todos. Acho que

podemos concordar que Lady Natasha e Montmartre não foram

desperdiçados.

Havia um som macio, um silvo ameaçador de algum lugar atrás

de mim. Fiquei tensa, mas me recusei a ceder ao medo. Hunter não

mostrou mesmo uma vibração de nervos. — Jenna tem a nossa volta.

— ela murmurou para mim. E o vampiro, sem dúvida, uma vez que

um Host de Montmartre, não teria incomodado em perder o seu

tempo assobiando, eles realmente queriam nos matar onde

estivéssemos.

— Temos o direito de proteger a nossa cidade. — disse alguém.

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— Mas isso aqui não é isso. — argumentou Kieran, pisando ao

nosso lado. Ele e Hunter estavam ombro a ombro, como eu imaginava

que era desde que eram pequenos. Era da mesma maneira que eu

teria ficado com Solange ou qualquer um dos seus irmãos. — Este é

um genocídio e assassinato. Não é o que somos. Nós merecemos

melhor do que Dawn está nos tornando.

— Eles são vampiros e nós somos caçadores de vampiros. Faça

as contas. Eles foram matar em Violet Hill, deixando corpos para trás

todas as noites. A rainha deles é insana, pior do que os dois últimos.

— A maioria dos corpos foram Dawn. — argumentei, olhando

entorno esperando ver um caçador que eu reconhecesse, alguém que

pudesse realmente ouvir. — Ela matou os seres humanos para

manipular todos a este ataque. Ela manipulou os vampiros também.

Ela enquadrou Solange. — Pensei sobre os vampiros que tínhamos

encontrado na casa de Kieran naquela noite. — E ela contratou

vampiros para matar Kieran, para acusar Solange, para acusar todos.

— Tinha certeza disso. — Ela está jogando com vocês.

— Filha da puta. — Kieran murmurou, percebendo que eu

estava certa.

— Nós não nos importamos. — um caçador latiu, embora ainda

não conseguia ver o rosto dele.

— Você tem que ouvir! — Hunter insistiu.

— Nós estamos fazendo o certo. Quem diabos é você para nos

dizer de forma diferente?

— Ela é minha melhor aluna. — Bellwood gritou de volta, de

repente, emergindo das sombras. Eu nunca vi em seu equipamento

de campo fora dos antigos anuários na biblioteca. — Se eu não

expulsá-la por isso, de é claro.

— Hum...

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Não tinha certeza que eu já vi Hunter nervosa. Claro, o que

mais você pode dizer à diretora de sua escola em pé no meio da

floresta à noite, durante uma operação secreta, cercada por caçadores

hostis e vampiros?

Ela nos lançou um olhar. — Vocês realmente não acham que

vocês poderiam fazer isso sozinhas e sem serem detectadas, não é?

Seu olhar severo mudou, passando os rostos agora espiando

nos arbustos e árvores. Eu estaria disposta a apostar que mais da

metade dos caçadores ao nosso redor havia estudado na academia

com Bellwood.

— E a Sra. Dailey está nisso também. — Kieran chamou. — Eu

a vi nas cavernas. Ela tentou envenenar Hunter, um dos nossos.

Como isso é honroso?

Bellwood acenou com a aprovação. — Eu já te ensinei melhor

do que isto.

— A escola ficou fora por um longo tempo, senhora. — um

Huntsman zombou. — Agora, se mexa!

Ele não foi o único a gritar para nós.

— Hunter Wild, você volte para a escola agora.

Hunter virou. — Vovô?

Ele saiu de um matagal, usando tiras de couro sobre o peito,

cravejado com estacas, Hypnos, plugues de nariz e medo selvagem em

seus olhos azuis. — Saia daqui. — disse ele. — Isso é uma ordem,

mocinha.

— Nada como ser repreendida por seu avô para realmente fazer

você olhar como uma força a ser reconhecida. — Hunter murmurou.

— Você sabe que não posso fazer isso. — ela acrescentou mais alto,

embora a veia na sua têmpora estava pulsando de forma alarmante.

— Vovô, isso é errado. E vai ser um massacre.

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— Essa emboscada foi uma perfeitamente boa jogada tática que

acabou de gravar o inferno. — ele rosnou. Ele olhou para Kieran. —

Eu esperava mais de você.

Os olhos de Kieran brilharam, seu temperamento raro

queimou. — Aquela mulher com quem você está trabalhando matou

meu pai. E sua cúmplice tentou matar Hunter. De nós dois você é o

único que deve ter vergonha.

— Que diabos você está falando? — Vovô fez uma careta. Dawn

não matou o seu pai.

— Dawn é Hope. — Kieran disse a ele. Ele fez com que sua voz

carregasse. — A mesma Hope que matou meu pai, o líder da Helios-

Ra, e fez parecer que fossem vampiros. Soa familiar?

— E ela está trabalhando com os Hosts. — acrescentei. —

Assim como ela trabalhou com Lady Natasha.

— Não é verdade. — Vovô parecia chocado. — Você foi

envenenado por feromônios. Você é apenas criança. Torna isso mais

difícil para você.

— Vovô, eu vi a lista de alvos. — disse Hunter, enojada. —

Como você pôde?

Ele ficou cinza sob o rubor de seu temperamento. — Escolhas

duras, gatinha.

— Kieran está nessa lista. — ela retrucou. — Será que você

ainda olha por ele?

Ele balançou a cabeça. — Eu era apenas um mensageiro. —

disse ele, parecendo velho.

Um Huntsman saiu de seu esconderijo, furioso. — Não dou a

mínima para a sua política. Tudo o que importa é tirar aquele ninho

de monstros de lá. — Ele se inclinou para Hunter agressivo. — Agora

calem a boca ou vou fazer isso por você.

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Vovô virou para ele, empurrando-o com força. — Você não a

ameace.

E então não havia mais tempo para falar.

Não havia nenhum aviso.

A compensação foi de um campo de neve a um campo de

batalha. Setas e estacas cortadas à noite em fria, perigosas. Vampiros

correram para fora do acampamento e caçadores invadiram a frente.

E fomos apanhados no meio, porque não queríamos matar um

ou outro.

Isso não ia acabar bem.

O som do ar fervia. Deixava-me nauseada e tonta quando

vibrava em meus tímpanos. O cheiro de raiva de vampiro, a

velocidade sinistra era como uma centena de cobras deslizando em

torno de mim. Eu estava em uma luta antes que meu cérebro

despertasse, meus reflexos reconhecendo o que meu corpo precisava

fazer.

Hunter usou um punho martelo para bater um Huntsman fora

de seus pés quando ela disparou por mim. Nós duas passamos uns

bons cinco minutos tropeçando e empurrando caçadores que

tentavam se juntar à batalha. Senti como se estivesse em um parque

infantil. Peguei um longo ramo, usando-o como um bastão acertando

o joelho de um Host para derrubá-lo fora do curso também. Nicholas

estava de volta ao meu lado, calado e sério.

Ele já estava tomando toda a nossa força combinada para ficar

juntos. O mundo era uma massa confusa de armas, silvos, membros

agitados. Eu não podia sequer ver Quinn no corpo a corpo, mas sabia

que tinha que estar próximo uma vez que podia ver o brilho dos

cabelos loiros de Hunter.

Bati uma estaca no vampiro que corria para mim, rosnando.

Não foi o suficiente para pará-lo. Ela gritou, arrancando a estaca de

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madeira de sua carne. Acertei o alvo dessa vez, mas não passou por

suas costelas com força suficiente para furar o coração. Ele agarrou

sua camisa e a puxou completamente livre antes arremessa-la de

volta para mim. Abaixei quando Nicholas tirou a estaca de sua

trajetória com o lado da mão. Eu ainda evitei perder um olho.

O vampiro vaiou, sede de sangue em seus olhos vermelhos. Ele

se virou para o ser humano mais próximo.

Hunter.

— Hunter, cuidado! — Eu gritei, mesmo quando o vampiro se

virou para ela. Hunter chutou para fora, batendo no estômago do

vampiro. Isso teria lhe comprado poucos segundos se Hunter não

tivesse escorregado em um pedaço de gelo e caído sobre o cóccix.

Quando o vampiro riu, Hunter apostou seu pé para o chão,

imobilizando-o tempo suficiente para Jody, de todas as pessoas, fazer

valer. Eu pisquei para ela, perplexa. Toda a escola perderia crédito

extracurricular? Ela correu antes de nós podermos agradecê-la. Ou

saber de que lado ela estava lutando.

A risada louca de Quinn cortou com um grunhido

estrangulado. Ele foi jogado fora de seus pés, aterrissando de costas e

derrapando na neve ao lado de Hunter. A julgar pelas contusões e

cortes sangrando por todo o peito e braços, ele estava tentando lutar

para chegar a Hunter. Hunter se virou, atirando no peito do Host

antes que ele pudesse se inclinar para baixo e encaixe no pescoço de

Quinn. Ele se desfez em cinzas.

Quinn sorriu para Hunter, seus olhos azuis em chamas. Eles

mantiveram seus olhares se encontrando, pois ambos saltaram, as

armas levantadas. Outro vampiro estava sobre ela, punhal na mão.

Quinn o empurrou para fora do caminho.

— Ela não, Elijah. — Spencer acrescentou, batendo a adaga de

sua mão ao mesmo tempo. Ele pegou antes que ela espetasse. — Ela

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está do nosso lado. — Ele ajudou Hunter. — Eu pensei que tivesse

dito que não morra.

— Este fogo amigo é uma cadela. — Quinn acrescentou,

lançando seu cabelo de seu rosto antes de saltar de volta para na

briga.

— Precisamos chegar ao alto. — eu disse a Nicholas.

Ele assentiu secamente. — Quinn, cubra-nos.

Hunter veio com a gente, usando uma pequena besta que ela

arrancou de uma pilha de cinzas e armadura medieval de cota de

malha. Um caçador caiu sobre nosso caminho, borbulhando sangue.

Uma flecha de ponta vermelha presa em seu estômago. Eu não tinha

ideia de quem estava ganhando ou se haveria mesmo um vencedor.

Era difícil pensar, difícil fazer qualquer coisa, apenas sobreviver. Se

não resolver isso antes do sol nascer, eu não poderia imaginar o

resultante massacre. Já havia sangue na neve e queima de fogos na

copa das árvores. Uma tenda no outro lado da linha das árvores subia

fumaça e cinza espessa, sufocando-nos. Precisava ficar em cima de

uma plataforma onde eu poderia usar o meu arco.

Um Huntsman caiu, os olhos rolando para trás em sua cabeça.

O vampiro ao lado dele também cambaleou, um dardo no lado de seu

pescoço. Não podia ver Kieran mais, ou até mesmo de Solange. Havia

muito acontecendo, muitos grunhidos de dor, muitos ossos estalando

e espadas colidindo. Uma mortal chuva de estacas ameaçando todos,

não importa quem ou o que estavam defendendo.

Três caçadores estavam indefesos na neve. Tyson se arrastou a

frente, mantendo a cabeça fora da linha de fogo, e os arrastaram para

um bosque de cedros, para protegê-los. Tranquilizantes foram uma

boa ideia, em teoria, mas tinham suas próprias armadilhas. Chloe e

Jason correram para ajudá-los. Eu vi Duncan e Marcus fazendo o

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mesmo com os vampiros caídos, trazendo-os para o mesmo abrigo.

Sebastian ajudou Jason com um particularmente grande caçador.

Enquanto Quinn e Nicholas tomaram três Hosts entre nós e as

plataformas, eu virei a tempo de ver um Huntsman sendo lançado por

um vampiro com raiva, ido direto em Hunter atrás de mim. Ela caiu

duro de joelho, arfando de dor. Agarrou sua besta, que deslizou fora

de seu alcance. Eu não tinha espaço para colocar uma flecha. Saltei a

frente, chutando a besta de volta para ela.

Quando tentou se levantar a perna dela fraquejou. Ela quase

caiu para frente. Tentei chegar até ela, mas havia um vampiro e um

Huntsman em meu caminho, cada um tentando rasgar a garganta

um do outro. Tentei passar por eles e fui derrubada.

Hunter se levantou segurando um galho para se firmar.

Levantou recuperando a besta, apoiando-a sobre o galho e fixando o

alvo, mas não havia nenhuma esperança para um tiro certeiro. Eu

afundei em direção a ela, permanecendo nas minhas costas que tinha

espaço suficiente para usar minha própria besta. Acertei dois Hosts

com estacas comuns, transformando-os em cinzas.

— Você de novo. — Sra. Dailey que reconheci das cavernas,

escolheu seu caminho até o monte de cinzas e os corpos de seus

companheiros caçadores. Ela parecia tão furiosa quando abaixou com

uma calma assustadora.

E ela estava apontando uma arma para Hunter.

Hunter congelou. Eu me atrapalhei para carregar minha besta

com outra flecha. Uma bota pisou ao meu lado, quase a tirando para

fora da minha mão.

— A culpa é sua. — Sra. Dailey cuspiu. — Se você tivesse

morrido como você deveria, Hope e eu poderíamos ter tomado conta

disso sob o radar. Você tinha me arruinar.

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— Você me deu sedativo de vampiros. — Hunter replicou, sua

voz tremendo ligeiramente.

— Você realmente poderia ter sido outra. — Ela balançou a

cabeça. Sua arma constantemente no alvo. — Você escolheu o lado

errado, Hunter.

Tentei arrastar mais e obter o alvo propriamente dito, mas

havia muitos punhos e estacas entre nós. A nuvem de cinzas não

ajudava. Quinn jurou, tentando lutar fazendo o seu caminho até

Hunter, mas ele e Nicholas estavam cercados por mais Host.

Sra. Dailey puxou o gatilho.

Hunter caiu para trás antes que eu percebesse que a bala não a

havia tocado. Acertou seu avô em seu lugar.

— Vovô. — Ela se arrastou até onde ele caiu, esparramado em

suas costas. — Está tudo bem. — ela disse.

— Você está bem. — Ela pressionou um lenço na ferida no

peito. Sangue o encharcou dentro de segundos. — Não. — ela

implorou. — Vovô, não vá.

Ele tossiu. — Não se aflija gatinha.

E então ele atirou na Sra. Dailey por cima do ombro de Hunter,

antes que ela pudesse disparar novamente. Ela bateu em uma árvore

e caiu em um matagal espigado.

— Vou pedir ajuda. — balbuciei, embora não tivesse ideia de

como poderia fazer isso. Não havia uma maneira que eu fosse capaz

de encontrar o tio Geoffrey neste caos. Hunter continuou aplicando

pressão no peito de seu avô. Seu rabo de cavalo caiu sobre um ombro,

arrastando a ponta em seu sangue.

— Não há necessidade para isso. — Ele tentou sorrir, o sangue

espumando no canto da boca. — Você é uma boa menina, Hunter.

E então ele morreu, sorrindo e acariciando sua mão.

Quinn deslizou para o lado dela na neve.

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391

Foi quando a primeira onda de Hel-Blar atingiu.

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392

CAPÍTULO 37 Solange

Eu estava flutuando sobre a batalha, claro e transparente como

a névoa.

Por um repugnante, horrível momento, por muito tempo, pensei

que estava de volta no castelo do espírito de Viola.

— Não. — eu disse, freneticamente. — Absolutamente não.

Tinha que sair daqui. Não poderia ser presa assim novamente,

não agora, quando podia ver minha família seguir lutando por suas

vidas. Eles brilharam fracamente azul. Balancei minha cabeça, como

se isso fosse fazer tudo voltar ao normal novamente.

— Realmente não posso ser louca agora. — eu gemia alto.

— Merde, Solange, o que você está fazendo aqui?

A voz de Isabeau me assustou tão completamente que gritei, e

empurrei violentamente para trás, girando como algodão doce em

uma barraca de carnaval. Fiz uma parada vertiginosa enquanto

Isabeau flutuava ao meu lado franzindo a testa delicadamente.

Eu batia as mãos para ela. — Ajude-me!

Seus olhos eram ferozes como os olhos de lobo. — Onde está o

seu corpo, Solange?

— Kieran e eu estávamos em uma das plataformas. — disse eu,

tentando lembrar. Eu olhava para uma estranha fotografia preto-e-

branco, superexposta do acampamento abaixo de nós. As pessoas e

os vampiros brilhavam como sobrepostos pirilampos coloridos. —

Não! — Apontei, tentando ver através das folhas. Poderia apenas ver o

brilho dourado da aura de Kieran delineando seu corpo enquanto ele

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393

estava em cima de mim, onde eu estava esparramada inconsciente a

seus pés.

— Tenho que parar de fazer isso. — eu murmurei.

— Bem. — Isabeau pareceu aliviada. — Mas isso ainda é muito

incomum. A energia que eu coloquei em seu espírito quando estava

presa no castelo ainda deve estar nos ligando. — Ela olhou

rapidamente curiosa. — Você e Logan são ambos naturais

Dreamwalking.

— Isso é ótimo. — eu disse calmamente, tentando não entrar

em pânico. “Que diabos é Dreamwalking? E como eu paro?”

— Só reclina em seu corpo como se fosse uma cama.

Eu não conseguia pegar o jeito. Afastei-me mais alguns metros

antes de Isabeau me dizer para olhar para o meu corpo e pensar em

coisas pesadas como âncoras de navios e montanhas. Então, ela me

empurrou. A sensação de sua mão fantasmagórica tocando meu

ombro fantasmagórico frio desagradável e estranhamente gelatinoso.

Cheguei ao topo dos galhos da árvore, quando ela me puxou de

volta. Eu tremia de frio até os ossos.

— Não. — disse ela bruscamente, retirou sua mente. — Estou

sentindo uma magia muito estranha nos rodeando. Fique perto. —

Ela levantou um dos amuletos no pescoço. Era redondo e metálico, as

pessoas gentis mantinham perfume dentro do mesmo tipo que eu

tinha guardado o sangue de Madame Veronique em uma corrente em

volta do meu pescoço antes do meu aniversário. Ela puxou um longo

fio fino de uma luz branca brilhante e enrolada ao redor dos nossos

pulsos, onde amarrou a fita enquanto ela me exorcizava. — Não

posso esperar. O feitiço deve ser feito agora. Você vai ter que vir

comigo.

— Você está chamando a névoa mística que usou a noite que

mamãe matou Montmartre e Magda matou Greyhaven?

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Ela balançou a cabeça. — É só colocar os seres humanos em

desvantagem.

Prata derretida pingava de galhos de árvores em torno de nós,

reunindo-se em poças na neve. — O que é isso? — Perguntei.

— Sangue. — Isabeau respondeu.

De repente, era fácil sentir a violência abaixo escoar para o ar,

fazendo minha visão do espírito sombria. Eu estremeci.

— Isabeau.

Ouvi a voz de Logan claramente, embora ele estivesse

sussurrando no ouvido de Isabeau. — A Hope está se escondendo em

uma pilha de pedras a sudoeste da entrada do acampamento.

Nós olhamos mais longe da segurança do meu corpo,

procurando através das auras. Os pedregulhos brilhavam com uma

luz verde-amarela.

— Hope. — Isabeau disse parecendo satisfeita. Havia seis ou

sete guardas ao redor em sua posição, mas eles não podiam nos ver.

Alguém fez.

Algo mágico focou em Isabeau. A sensação saiu dela para mim,

como envenenado melaço, pegajoso e tóxico.

— O Host. — disse ela sombriamente, apertando o queixo

enquanto ela trabalhava para repeli-lo. A magia arrepiante lutava

desconfortavelmente através de mim, mas não estava tendo o mesmo

efeito em mim, mas claramente tinha sobre ela. Ela ficou

particularmente pálida como se ela fosse feita inteiramente de prata e

sombras. Ela sentia dor.

Montmartre usou magia contra mim no passado, e,

aparentemente, os seus homens ainda estavam usando. Eles me

odiavam por ter ajudado a matar Montmartre. E eles odiavam os

Hounds, quase tanto como os cães os odiavam. Eles odiavam Isabeau,

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acima de tudo, especialmente por ajudar a derrotar tanto Montmartre

e seu primeiro tenente Greyhaven.

Eles sabiam que ela estaria aqui.

Porque essa magia claramente tinha apenas um alvo.

E não era a minha família.

Não era mesmo eu.

Era Isabeau.

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CAPÍTULO 38 Lucy

— Nicholas! – Connor agarrou seu braço e quase foi decapitado

antes do Nicholas perceber quem era. — Nós precisamos de apoio.

Agora. Porque se isso funcionar, nós não estaremos a salvo em lugar

nenhum. — Ele pausou, franzindo a testa para o Quinn, que olhou

para o seu gêmeo com suas presas estendidas. Hunter se agachou

sobre o seu avô, em choque.

Connor deu um passo para frente, mas Quinn balançou a

cabeça. – Vá. — ele balbuciou.

—Espere por mim! – Eu fui tropeçando atrás do Nicholas e do

Connor enquanto eles se transformaram em um. Nicholas nem

mesmo olhou para trás, ele apenas colocou seu braço atrás dele para

que eu pudesse pegar a sua mão. Ele me guiou em torno de conflitos

sangrentos, seu aperto firme, uma âncora reconfortante. Eu tentei

não notar o cheiro de sangue, os gemidos de dor, e o vermelho que

manchava a neve.

Nós corremos entre as árvores, circulando ao redor da beirada

do acampamento e então subindo as montanhas. Quando o Connor

conseguiu nos levar para uma das cavernas, os meus pulmões

estavam queimando e os músculos da minha panturrilha estavam

tensos como cordas de arco. Dentro da caverna úmida, Christabel

estava discutindo com a Saga e o Aidan.

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E claramente chegando a lugar nenhum.

—Nós não devemos nada a você. —Saga esbravejou. – Aidan te

salvou, sua ingrata.

—Se ele não tivesse me seqüestrado, ele não teria de me salvar!

– Christabel gritou de volta.

Saga nem mesmo olhou para onde estávamos, mas a adaga que

ela jogou teria me pego bem na barriga se o Connor não tivesse

estendido a mão para pega-la, na mesma hora que o Nicholas me

derrubava no chão frio. Eu caí com força, minha respiração

escapando dos meus pulmões já cansados. Nicholas virou sua cabeça

para olhar feio, seus olhos um prata mortal.

—Essa é minha prima! – Christabel gritou.

Eu tossi dolorosamente enquanto o Nicholas saía de cima de

mim com cuidado.

—Ah, Lucy, eu sinto muito. —ela disse, estendendo uma mão

para ajudar a me levantar. O aperto dela quase quebrou os meus

dedos.

Quando eu chiei, ela fez uma careta. – Desculpa! Eu continuo

me esquecendo que eu sou como o Incrível Hulk.

Nicholas ficou entre eu e Saga. Ela não parecia particularmente

contrita, e sim entretida. Aidan apenas parecia cansado.

—Você trouxe uma humana para a nossa casa sem ser

convidada? – Saga perguntou, seu cabelo vermelho como fogo em

suas costas.

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—Você deve saber as consequências.

—Minha família. —Christabel vociferou.

—Nós somos a sua família agora. – Saga deu de ombros.

—Então aja como uma. —ela atirou de volta pretensiosamente.

—Eu pensei que nós já havíamos passado por isso. —Aidan

interferiu, tentando soar razoável. As duas mostraram as presas para

ele.

—Se você quer tanto fazer parte da sociedade vampiresca —

Connor disse, —então seja parte dela. Especialmente agora que ela

precisa da sua ajuda.

—E onde vocês todos estavam quando nós precisávamos de

ajuda? – Saga zombou.

Agora que as adagas não estavam sendo jogadas em mim, eu

não consegui evitar dar uma olhada ao redor com curiosidade. A

caverna estava de cheia de peles e armas e os refrigeradores habituais

das bolsas de sangue. Saga e Aidan eram ambos tão pálidos, até mais

do que a Christabel. Os dois eram quase translúcidos, o azul de suas

veias como trilhas de gasolina. Saga estava usando jeans e um

peitoral prateado. Aidan tinha um amuleto com um dente de urso ao

redor de seu pescoço que o meu pai teria amado. O cabelo dele era

liso e negro, e ele era distraidamente bonito.

O meu coração deve ter acelerado porque o Nicholas me

cutucou com seu cotovelo. Eu tentei parecer inocente.

Christabel estreitou seus olhos. – Tudo bem. —ela disse

suavemente. – Então deixe-me citar a sua preciosa Ann Bonny. –

Saga não era nada mais do que uma pirata em seu coração. – Se você

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tivesse lutado como um homem, você não precisaria morrer como um

cachorro.

—Bom, —Connor aprovou baixinho.

—Eu dei uma procurada. —ela admitiu. Isso era a cara da

Christabel. Ela estaria falando em rimas dísticas a qualquer segundo.

—Eu não vou morrer pelo seu precioso acampamento. —Saga

disse. – Nós temos muito a realizar quando isso acabar. Mas eu gosto

da sua irmã o suficiente.

—Você gosta? – Connor parecia surpreso. Francamente, eu

também. Depois da Viola, Solange não era exatamente ganhando

nenhum concurso de popularidade.

—Ela quebrou a coroa em pedaços e nos deu o nosso direito. —

Saga explicou, como se nós fôssemos burros. – Claro que eu gosto

dela. Então por essa razão, nós te daremos alguns de nossos

mascotes. —ela ofereceu finalmente. – E os selvagens te encontrarão

logo, se eles já não encontraram. – Ela balançou a cabeça para nós. –

Você estão totalmente loucos, isso sim.

Aidan escapuliu para dar a ordem de libertar alguns dos Hel-

Blar. Eles gritaram e uivaram, provocando arrepios na minha

espinha. Havia algo profundamente perturbador sobre vê-los correndo

e se arrastando pela montanha.

—E agora? – Christabel perguntou. – Eu não sou exatamente

treinada para batalha.

—Você tem um poema para isso? – Connor a provocou. – Não ‘O

Lampião’, —ele acrescentou. – Eu finalmente o li até o final. Ela se

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mata para avisar seu amante sobre uma armadilha. – Ela enrugou o

nariz. – É romântico.

Ele riu. Ela o cutucou, mas ela estava sorrindo também.

Ninguém via a garota delicada debaixo da garota durona do jeito que

o Connor fazia. E ninguém via o cara durão debaixo do nerd como ela

fazia. Eu estava feliz pelos dois, apesar das circunstâncias.

—Eu odeio quando eu sou um peso para vocês. —ela disse. –

Eu deveria ficar aqui em cima, não deveria? Eu apenas atrapalharei

vocês.

—Para ser honesto, eu me sentiria melhor se você estivesse

segura aqui em cima. —ele admitiu. – Mas entre a mamãe e a Lucy eu

ficaria horrorizado em sugerir isso.

—Ei, —eu disse. Então eu olhei para o Nicholas. – E nem tenha

ideias.

Christabel suspirou. – Eu não vejo como eu posso ajudar lá

embaixo. – Ela deslizou um olhar para ele. — Você poderia ficar

comigo.

—Que tal eu encontrar para nós um dos melhores satélites

escondidos. — ele sugeriu. – Nós todos podemos ir juntos e se nós

tivermos sorte, ninguém irá nos notar.

Eu tenho mesmo que dizer?

Nós totalmente fomos notados.

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CAPÍTULO 39 Solange

Os escudos de Isabeau brilhavam intensamente, desviando o

limo de magia sinistra enquanto ela tentava escapar ao nosso redor

como cordas.

—Isabeau! – Logan gritou. De volta à terra nossos corpos devem

estar reagindo da mesma forma que os nossos espíritos estavam.

Isabeau fechou seus olhos e eu a imaginei puxando energia da

terra e das árvores e até mesmo da neve que caía lentamente. Ela a

usou para formar uma espada, mais afiada e mais letal do que

qualquer uma forjada no mundo físico. Ela brilhava como fogo. Ela

cortou as cordas lamacentas enquanto elas tentavam nos drenar.

Elas eram insidiosas e inteligentes. Eu estava exausta antes mesmo

de eu perceber o que elas estavam fazendo.

Tudo parecia mais escuro.

Enquanto eu e a Isabeau as cortávamos, elas se

desmanchavam em uma fumaça preta, e se reformavam na forma do

rosto do Greyhaven. Ele sorriu para ela. Eu sibilei para ele, sabendo

que fora ele que transformou a Isabeau em um vampiro, deixando-a

enterrada em um caixão por centenas de anos.

—Non, —ela disse enquanto a mágica deslizava através das

nossas barreiras. Por um momento eu vi o que ela via e senti o que

ela sentia: o peso da terra em cima da cabeça dela, raízes claras

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passando lentamente pelas ripas de madeira do caixão. Os passos dos

enlutados passando pelo cemitério. O aroma das flores que eles

deixaram para apodrecer sob as lápides. A luta para evitar a loucura

que a lambia, a fome queimando e transformando-a em uma casca

oca e fina. A escuridão quando ela desmaiava dentro do caixão,

abençoadamente fria e dormente.

Seu corpo espiritual brilhou como uma vela em uma rajada de

vento.

—Isabeau. —Logan chamou novamente, mais freneticamente.

—Non. —ela gemeu novamente. A espada em sua mão

queimando.

Eu sabia que ela não quebraria o feitiço, não ainda. Apesar do

fato de eu me sentir tão abatida e cinza quanto ela, ela ainda

precisava fazer o feitiço. Ela não deixaria o Hospedeiro ganhar.

E ela certamente não deixaria Greyhaven ganhar.

Ela empurrou de volta, até a luz sair pelas suas tatuagens,

pelos seus amuletos, e finalmente, pela sua aura.

Ela me tocou como chuva, lavando a magia negra como se ela

fosse lama grudada na minha pele.

—Logan uma vez me disse para sobreviver ao Greyhaven. — ela

disse, repentinamente soando como a minha mãe, feroz e mortal. Ela

trouxe a sua espada para baixo através do rosto de Greyhaven e a

fumaça se dissipou, sibilando como se estivesse sentindo dor. Os

últimos tentáculos lamacentos sumiram completamente. A corda do

meu espírito brilhou brevemente, dolorosamente.

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Isabeau ergueu o osso da perna do que deveria ter sido um cão

verdadeiramente enorme. Ele estava pintado com runas e

redemoinhos e decorado com cristais. Ele era um eco de um talismã

verdadeiro, um reservado para os Shamankas e as suas servas; eu

havia visto algo similar quando a Kala usou sua magia para me

ajudar a ver a profecia. Ele era tão profundamente imbuído com

magia que no momento que a Isabeau o quebrou no meio, a medula

seca explodiu em uma nuvem de purpurina.

— Vérité. —ela sussurrou em sua língua nativa francesa. –

Vérité. — ela disse de novo, balançando o osso mágico sobre a cabeça

de Hope até ele ter coberto ela como o pólen do dente-de-leão. –

Vérité. — ela repetiu pela última vez.

Hope franziu a testa de repente, balançando a cabeça como se

um inseto tivesse se arrastado para dentro de seu ouvido.

— C’est fini. – Isabeau sorriu e se afastou, levando-me com ela.

— Ok, o que acabou de acontecer? – eu perguntei. – Eu

suponho que você não acabou de fazer tudo isso só para deixá-la com

coceira?

Isabeau não respondeu. Ela estava muito ocupada olhando de

cara feio os Hel-Blar correndo pelo acampamento, batendo suas

mandíbulas. Um deles parou para lamber o sangue seco de ruínas

estilhaçadas do poste e as correntes enroladas como cobras mortas.

Eu também conseguia ver o afloramento saliente sobre a longe mesa

de festa onde o Logan estava parado por cima do corpo da Isabeau

com a espada dele, pálido. Charlemagne estava sentado atrás de sua

cabeça.

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— Está na hora. —disse ela, arrancando a fita de luz que

prendia nossos pulsos. – Você deve retornar para o seu corpo. Não

perca tempo.

Eu estremeci, me sentindo estranha. – Não se preocupe. – A

força do cordão prateado estava me deixando enjoada enquanto ele

puxava o meu espírito de volta para casa. Eu segui a trilha, passando

por ramos de pinheiro e galhos, até a plataforma onde o Kieran estava

agachado ao meu lado, com uma aparência frenética. Eu me reclinei

para dentro do meu corpo, da mesma forma que a Isabeau havia me

dito. Meus olhos se abriram.

Kieran recuou, escorregou, e caiu de bunda. Eu pisquei

novamente, sentindo as tábuas geladas nas minhas costas, a neve

entrando nas minhas roupas, o calor emanando do corpo do Keiran.

— Você me assustou pra caramba. — ele disse roucamente,

enquanto ele se colocava de pé. – De novo. – Ele me ofereceu sua mão

para me ajudar a levantar e eu pulei tão rapidamente que eu terminei

pressionada contra o peito dele. O som da batalha sangrenta embaixo

de nós diminuiu por um momento. E então um dos colegas de classe

da Lucy passou correndo, empurrando-nos.

— Que diabos aconteceu? – Kieran perguntou, recuando, mas

não me soltando completamente.

— Magia. — eu respondi. – Isabeau desta vez, então eu estou

bem. E ela fez um feitiço na Hope, então valeu a pena. – Eu

finalmente me afastei dele, sentindo o vento frio serpentear entre nós.

Seu aroma de cedro e hortelã agarrou-se a mim. – Mas há Hel-Blar lá

embaixo agora. Então eu deveria ir.

— Nós deveríamos ir. — ele me corrigiu.

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Capítulo 40 Lucy

Corremos ao longo do terreno rochoso, indo ao redor da

extremidade do acampamento Blood Moon em um bosque de

pinheiros vermelhos. Não havia nada além de agulhas mortas e neve

no chão, sem arbustos ou vegetação rasteira para nos esconder

quando corremos contra o vento e para direita em um ninho de Hel-

Blar. Qual era o plural para Hel-Blar afinal? Ninho? Assassinos.

Definitivamente assassinos.

Estes não eram os mesmos que Aidan tinha acabado de lançar.

Eles não usavam colares, nem coleiras. Eles foram atraídos pelo

cheiro de sangue derramado.

— Suba na árvore. — Connor lançou Christabel em um galho

baixo e virou de volta ao redor, uma estaca em cada mão. O Hel-Blar

estalou sua mandíbula, saliva escorrendo de suas presas. — Quando

você chegar ao satélite dá um grito.

— Eu vou dar um grito quando bater desta árvore e em sua

cabeça a partir de 50ª pés — ela murmurou.

Eu sabia por que ela estava murmurando, eu estava fazendo a

mesma coisa, subi atrás dela para me distrair da altura, a adrenalina

nadando através de mim, os sons de mandíbulas estalando em

Nicholas e Connor, e as pessoas morrendo a distância próxima.

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— Ser um vampiro parecia muito mais divertido naqueles livros

que você usou para ler. — disse ela para mim quando me levantei em

um grande galho resistente abaixo dela. — E provavelmente não é um

bom sinal de que tudo o que eu posso pensar é Tennyson — Carga da

Brigada Ligeira. — Eles não estavam a questionar o porquê, mas

havia o fazer e morrer.

Eu balancei a cabeça. — Connor, certo, seu gosto pela poesia

ficou francamente deprimente.

No chão, Connor desviou de uma garra arranhando,

balançando-se em um galho apenas o tempo suficiente para balançar

para trás e para baixo, pisando duro. Sua bota esmagou o ombro de

um Hel-Blar, quebrando seus ossos. Ele uivou, tropeçando. Connor o

chutou para uma estaca que tinha deixado fora no chão.

— Quem poderia ter adivinhado que meninos nerds eram tão

quentes? — Christabel me deu um sorriso cúmplice. Ela torceu o

nariz. — Ser um vampiro e sair com você de novo é claramente uma

má influência. Estou pensando em quão quente Connor é quando

podemos todos morrer horrivelmente antes do nascer do sol.

— Mantenha a calma e siga em frente — eu disse alegremente.

— Não foi a partir da Segunda Guerra Mundial, quando as

bombas estavam caindo?

— Eu estou em comparação.

Olhei para os monstros azuis selvagens atualmente atacando

nossos namorados

— Boa pergunta. — Ela subiu mais rápido, até que ela chegou

ao pequeno satélite.

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— Entendi. — Ela gritou pra baixo.

— Ok, passe rapidamente sobre os interruptores por trás do

prato, à esquerda. — Connor falou, depois resmungou quando ele

tentou evitar uma mordida e bateu na árvore com força suficiente que

quase perdemos nossos poleiros. Agarramo-nos ao tronco, xingando.

— Você está bem? — Christa perguntou.

— Tudo bem — ele respondeu em tom irritado. O Hel-Blar foi a

poeira em seus pés.

— Vai demorar alguns minutos para arrancar antes que

possamos recalibrar ele. Aguente firme.

Uma vez que o satélite tinha luzinhas vermelhas aparecendo,

ele tinha que conectar seu laptop, que estava na minha mochila.

Considerando que ele tinha consertado meu laptop na primeira vez

que o conheci, porque eu acidentalmente apertei um botão que eu

nem sabia que existia, eu pensei que ele estava sendo bastante

otimista. Ele me deu um monte de letras e barras invertidas para

digitar dentro. A tela ilegível para mim, mas quando eu li o que eu vi,

ele parecia satisfeito. Até que eu peguei a tela azul da morte. Até eu

sabia o que aquilo significava.

— Ele está congelado. — Gritei para baixo.

— Desligue e ligue novamente.

— Eu já tentei isso.

Ele subiu no meu galho. — Vigie. — ele disse para mim quando

anexou o plug em nossas narinas. Eu comecei a descer de volta para

estar mais perto de Nicholas. Ele não podia lutar contra todos aqueles

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Hel-Blar por si mesmo, não importa quantos traseiros ele chutou

recentemente.

Connor abriu seu laptop e colocou em linha reta o modo nerd

de computador. Ele murmurou palavras que não faziam sentido para

mim da mesma forma quando Christabel murmurou poesia do século

XIX.

Do meu ponto de vista eu podia ver uma nova onda de Hel-Blar

chegar. Mesmo em uma lua pura e noite sem estrelas eu teria visto.

Que muitos Hel-Blar eram difíceis de perder. — Cuidado!

Eles invadiram a nossa volta, correndo para a batalha. Alguns

passaram logo abaixo de nós e eu tinha uma esperança fugaz que iam

continuar correndo assim Nicholas poderia se apressar para a árvore

em segurança. Os últimos poucos encontraram-se em cinzas no chão

e seus irmãos gritaram em fúria. Meia dúzia cercou nossa árvore e

começaram a subir. Nicholas fez o seu melhor para detê-los,

agarrando suas roupas e puxando-os, mesmo quando ele se defendia

de dentes e hálito fétido.

Christabel franziu a testa para mim quando eu comecei a me

mexer. — Onde você está indo?

— Eu tenho que ajudar Nicholas.

Ela tirou de sua bolsa um punhado de ovos Hypnos-Pimenta

que o tio Geoffrey duplicou a partir de uma mistura que eu tinha

roubado da escola. Estacas e espadas não eram de muita utilidade

para ela, mas ela poderia jogar esses ovos podres como na noite de

Halloween, se ela tivesse que fazer.

Ela tinha que fazer.

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Ela baixou a mochila com o resto do seu estoque para mim.

Coloquei meus braços através das alças e a usei sobre meu peito para

fácil acesso. — Nic, levanta a cabeça! — Joguei o meu primeiro ovo.

Eu estava feliz, só foi até a metade da árvore. Qualquer tanto mais

alto e eu teria ficado tonta com vertigens até agora. — Você pode

querer se apressar.

Ele olhou para baixo, praguejou e começou a digitar mais

rápido. — Eu só tenho que esperar isso saltar para Chloe e seus

arquivos. Chloe está tentando ativar a marcação GPS do telefone

celular de Hope. Agora só temos que combinar os códigos e IPs com o

sistema GPS.

Eu não estava realmente ouvindo, estava muito ocupada

tentando atirar ovos nos Hel-Blar sem ter que me jogar sozinha.

Enrolei meu tornozelo em torno de um galho e me inclinei mais à

frente que pude. Pimenta Cayene e hypnos explodiu. Acima de mim,

Christabel fez o mesmo.

— Vá dormir! — Eu gritei quando o pó adentrou seus poros e

flutuou narinas e goela abaixo. Dois Hel-Blar caíram da árvore, os

braços e pernas ainda enrolados como se estivessem subindo. Galhos

estilhaçaram quando eles caíram. Eu continuei jogando, tão forte

quanto eu podia. Eu os mantive longe de Nicholas enquanto ele os

chutava para dentro do mato.

No momento em que Connor deu um grito triunfante os Hel-

Blar estavam espalhados pelo chão como baratas mortas, as mãos e

os pés apontando para cima.

— Te peguei — Connor disse sombriamente satisfeito. Ele

pegou o telefone, discando rapidamente quando ele subiu para o nível

médio da arvore, atrás de Christabel. — Bruno — disse ele. — Fase

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dois está completa, e Logan mandou dizer que Fase Três também está

feita. — Eu não podia ouvir as palavras exatas de Bruno, mas o

triunfo presunçoso era claramente audível. Connor foi igualmente

presunçoso quando ele acrescentou. — E agora tenho a localização

exata de Hope.

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Capítulo 41 Solange

Eu não conseguia encontrar meus irmãos.

Havia muitos corpos, muitas batalhas e muito sangue. Eu não

podia nem ouvir a louca risada de Quinn sobre o ruído, o Hel-Blar

finalmente nos encontrou. E embora nós tivéssemos razão sobre eles

obrigando os caçadores e os vampiros a dividir seu foco, os resultados

foram caóticos.

De alguma forma, mamãe manchou Kieran e no momento em

que desceu as escadas que levam abaixo das plataformas. Havia um

corte em seu braço, onde alguma coisa afiada cortou a manga e, em

seguida sua pele. Seus olhos brilhavam pálidos, eles eram como água

congelada. Eu não sabia onde o resto da família estava, exceto por tia

Ruby que estava debruçada sobre um dos caçadores mortos,

coletando tesouros de seus bolsos. Ela considerou tudo brilhante um

tesouro, moedas, faca, alfinete de segurança. Ela mudou-se para a

espingarda através da roupa descartada de um vampiro estacado.

Mamãe beijou minha testa e, em seguida girou arrastando a

adaga pela garganta de um Hel-Blar. Ele borbulhava quando ela

acabou com ele com a estaca em sua outra mão.

— Cubra-se — ela me ordenou, girando para longe de novo, a

trança levantando atrás de si.

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Ela deixou um rastro de cinzas que terminaram em um

Huntsman inconsciente. Ele tentou estaca-la e ela o desajeitou em

uma árvore. Os Caçadores tinham descoberto que nós estávamos

tentando não mata-los. Eles não tinham tais escrúpulos.

E, em seguida, o Host viu minha mãe e eu lutando juntas e eles

foram tão loucos com sede de sangue como qualquer Hel-Blar que eu

já vi.

A visão de tantas túnicas marrons familiares, todos pintados

com crista de Montmartre me fez congelar por um momento.

Um momento muito longo.

Eu sabia melhor. Eu tinha treinado durante horas quando a

maioria das meninas passavam horas lendo livros ou compras no

shopping ou aprendem a tocar piano. Eu sabia como replicar e aparar

com uma folha de esgrima, como jogar punhais e machados, como

executar um chute adequado. Mas, nesse segundo, tudo o que eu

podia ver era Montmartre quando ele agarrou a tiara que enfiei em

seu peito.

O resto de seus guerreiros anda fiel à sua memória e a tocha da

vingança de sangue, fechou em torno de nós como um punho. Eles se

mudaram com precisão militar.

Felizmente, assim como Kieran.

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Capítulo 42 Lucy

Fizemos todo o caminho até as plataformas, arrastando os

estalidos de queixo Hel-Blar.

Havia tanta adrenalina correndo através de mim que me senti

doente. — Esta foi uma ideia melhor na teoria — Eu ofegava, embora

entre Nicholas de um lado e Christabel do outro, meus pés mal

tocavam o chão.

Nicholas conseguiu encontrar uma escada de corda real, e não

apenas uma corda com nós para pegar. Connor subiu primeiro para

que ele pudesse ficar para baixo e nos levantar quando chegamos ao

nosso alcance. Segui Christabel.

Nicholas ficou no chão, um longo punhal em uma mão e uma

estaca na outra.

Ele começou a correr quando estávamos muito longe até a

árvore para detê-lo, chamando ao Hel-Blar do nosso cheiro.

— Droga — Connor disse praticamente me jogando em cima da

plataforma. — Porque ele continua fazendo isso?

Corri em todas as plataformas, mantendo meu olho em

Nicholas, desejando que ele pare de correr para que eu pudesse cobri-

lo corretamente com meu arco. Connor caiu de volta para o chão.

Correndo atrás de seu irmão.

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Christabel e eu continuamos, saltando sobre as tábuas

quebradas e contornando pequenos incêndios. Engasguei com

fumaça, olhos lacrimejando.

Não demorou muito para que estivéssemos à beira da batalha e

dos Hel-Blar que nos abandonou em favor dos caídos feridos que

estavam sangrando na neve. Nicholas e Connor foram para a escada

mais próxima, puxando-a para trás, uma vez que tinha alcançado

uma plataforma. Corremos até encontrarmos Chloe sentada nas

tábuas ásperas, esfregando a parte de trás do seu pescoço. Ela estava

debruçada sobre seu laptop. Jenna tinha se amarrado a um galho por

sua cintura. Ela o montou com os pés pendurados de cada lado. Eu

tive que abaixar sob suas botas. Essas plataformas devem ter sido

usadas pelo Moon Guard, porque havia trilhas e telhados

improvisados, cestas de alimentos e um jarro de água. Eu tomei um

longo gole dele, só agora percebendo como eu estava com sede.

— Como vai? — Perguntei.

Jenna apenas resmungou e soltou outra flecha. Chloe estava

um pouco com os olhos arregalados. — Eu prefiro muito mais um

hacker de computador a pirataria real. — disse ela. — Estou enviando

as coordenadas de Hope para Hart — acrescentou a Connor.

— E Hunter? — Eu perguntei, olhando para o lado.

Hunter ainda não tinha se movido para longe do corpo do avô.

Ela estava defendendo-o com precisão cruel, seu rabo de cavalo loiro

balançando atrás dela. Quinn ficou ao seu lado, despachando Hel-

Blar e batendo de lado um caçador com o mesmo golpe. Jenna

disparou outra flecha, tirando um Hel-Blar que desviou muito perto

deles. Peguei minhas próprias flechas, colocando uma na corda assim

que ampliei a minha postura para melhor equilíbrio.

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415

Eu procurei por Solange, finalmente a avistei na beira da

clareira com Kieran e Helena, tudo rodeado por vampiros Host.

Nicholas os viu também.

— Fique aqui — ele ordenou quando eu atirei uma flecha

através de dois Hosts, transformando ambos em pó. — Por favor —

acrescentou desesperadamente. Desde que eu era mais capaz de

ajudar daqui de cima, eu não discuti. Ele me beijou rapidamente,

ferozmente, e então ele se foi por cima do corrimão. Ele aterrissou

com agilidade e o cobri quando atravessou o campo de batalha para

Solange.

Ter um Drake como namorado e um como melhor amigo era

um emprego em tempo integral.

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416

Capítulo 43 Solange

Kieran ficou na frente de ambas, minha mãe e eu e tirou uma

das armas fora do seu cinto. Elas não disparavam balas ou água

benta. Ao invés disso, chamas explodiram com trilhas de fogo,

cegando a Host que estava vindo para nós. Flashes vermelhos

cauterizavam a escuridão para um cego, esfaqueou meu olho no

momento.

Mamãe já estava virando a cabeça de Kieran, desembarcar em

frente uma vez que as chamas haviam queimado. Trilhas de luz

queimando em minhas pálpebras como cometas cada vez que eu

piscava. Os Hosts mais próximos de nós gritaram, cobrindo seus

rostos. Houve uma pausa nos combates quando todos viram em

silhuetas na impossível luz vermelha.

Saí do meu pânico momentâneo e equilibrei a aleta da minha

mãe, deslizando baixo em meio à neve, estaca na mão. Eu fui deixada

quando ela foi para a direita e fizemos o nosso próprio punho,

fechando os dedos mortais ao redor dos Hosts. Eles não notaram de

imediato, admitindo que tivesse a mão superior, porque havia mais

deles.

Você acha que eles descobriram que não devem subestimar

minha mãe agora.

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417

Quanto a mim, eu estava feliz por ser subestimada. Eu

finalmente percebi que estar sendo subestimada poderia ser uma

arma poderosa. Fiquei parada, fingindo estar paralisada de medo

novamente.

Eles se viraram para mim, os olhos queimando e presas a

piscar.

A espada da minha mãe virou punho sobre a ponta acima de

suas cabeças e cheguei até a agarra-lo fora do ar. O peso familiar de

uma espada em minha mão me fez sorrir. Usei-a para bater uma

estaca da mão de um vampiro, lançando-o para Kieran. Ele pegou-a,

entrando imediatamente em uma postura de luta. O mundo estreitou

a minha espada, a crise de neve sob as botas se aproximaram dos

Hosts, o silvo de raiva à medida que se aproximou de mim, e o som de

asas de morcego.

E, em seguida, Kieran caiu.

Ele desapareceu de vista quando o Host fechou em torno dele.

Uma flecha voou das árvores atrás de nós. Ele bateu um dos Hosts e

cambaleou para trás, agarrando no eixo incorporado em seu

estomago. O sangue jorrou entre os dedos.

Hel-Blar uivou na borda do círculo, tentando entrar na briga,

quando cheirou sangue fresco.

Eu ainda não conseguia ver o que acontecia com Kieran.

Saltei para frente, decapitando o Hel-Blar e esfaquear a Host

mais próxima. Quando ele dobrou de dor, eu o chutei para fora do

caminho. O próximo Host desintegrou em cinzas quando eu deslizei a

ponta da minha lâmina em seu peito. Eu estava puxando a espada

livre quando um golpe me pegou na parte de trás do pescoço. Eu

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418

tropecei e caí duro de joelhos. Morcegos desceram como uma cortina

blindada, eu me arrastei para frente na neve revirada.

Kieran estava sangrando de um corte sobre a sobrancelha e

havia um corte em seu joelho através de um rasgo em sua calça

jeans, mas ele estava vivo. Alívio fez meus olhos lacrimejarem.

Andamos pé sobre pé, de costas contra o resto dos Hosts. Nicholas

estava lá de repente também. Morcegos e flechas disparadas entre

nós, como se o próprio ar quisesse revidar.

Mas havia uma arma deixada no arsenal de Hope e foi muito

mais perigosa que as unidades desonestas, estacas e Hypnos em pó.

Nenhum de nós poderia derrota-lo, nem mesmo minha mãe.

Real amanhecer.

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419

Capítulo 44 Lucy

Havia corpos por toda parte.

Jenna e eu tínhamos acabado com as flechas e ficamos

encostadas na árvore, sacudindo os braços exaustos quando o sol

disparou seus primeiros raios entre as árvores nuas.

Incêndios expeliram fumaça e calor. Os morcegos finalmente

tinham voado para longe em uma caverna nas proximidades. A neve

estava vermelho sangue.

Eu procurei rostos familiares nos corpos. Caçadores

inconscientes estavam do lado de vampiros sedados. Hunter ainda se

recusou a deixar qualquer um perto do corpo do seu avô. A perna de

Bellwoood estava quebrada. Jenna fez um som estranho. Olhei para

ela. — O que?

Ela me empurrou me passando, deslizando para baixo da corda

tão rápido que as mãos devem ter irritado. Eu corri para o outro lado

da ponte e a vi agarrar Tyson e tentar levanta-lo. Ele não respondeu.

Quando ela olhou para Chloe, Nicholas e para mim, ela balançou a

cabeça, com lágrimas correndo pela fuligem e sujeira no seu rosto.

Senti meus próprios olhos queimarem ardentemente em resposta.

A noite desapareceu lentamente, aliviando do preto ao cinza,

até que finalmente um brilho quente infiltrou entre as árvores.

Solange foi a primeira a cair.

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Kieran a pegou em seus braços e correu sobre os corpos e

cinzas para leva-la à segurança do abrigo sob a tenda Drake. Helena

seguiu atrás, puxando o capuz sobre a cabeça para proteger-se. Seus

passos arrastados e eu sabia que era estritamente força de vontade

que a fez capaz de correr tão rápido. Ela ficaria bem sob a cobertura

da tenda, mas a luz do sol refletindo a neve era demais para ela. Era

demais para a maioria dos vampiros. Liam e tio Geoffrey procuraram

os irmãos, encontrando Quinn, Logan e Isabeau. Connor tropeçou

fora do perigo, levando Christabel desmaiada antes de cair sobre si

mesmo. Marcus e Duncan estavam ajudando um ao outro,

tropeçando como estudantes universitários bêbados quando eu

deslizei para baixo da corda.

Eu nem sequer sei como me senti até Nicholas entrar em

colapso.

Logicamente eu sabia que ele não estava ferido. Era apenas o

amanhecer levando-o para longe. Mas eu reagi como se ele fosse

Tyson ou o avô de Hunter ou qualquer um dos montes de cinzas na

identificados soprando sobre a neve revirada.

Saltei os corpos sobre a terra e me agachei ao lado dele, arco na

mão, rosnando protetora. Tia Hyacinth foi à única que veio para leva-

lo embora, sendo a mais velha era capaz de suportar o sol. Havia

cortes em seu colete e sua agitação há muito tempo esvaziada. Ela

colocou Nicholas por cima do ombro e se afastou enquanto eu

observava com o pânico se afastando um pouco.

Jason estava ao lado de Sebastian, olhando preocupado.

Sebastian foi balbuciando palavras, tentando ficar em pé. Tia

Hyacinth parou momentaneamente e franziu o cenho para Jason. —

Bem? Traga-o garoto!

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Jason apressou-se a cumprir, pondo um braço sob o ombro de

Sebastian e apoiando seu peso.

Chloe se juntou a Kieran, que agora estava com o braço em

torno de Hunter. Seus olhos estavam vermelhos, mas secos, como

brasas.

— Bruno encontrou Spencer — Hunter nos disse. — Ele está

bem. Eles o levaram para a tenda Drake. — Entorpecidos, vimos

novos caçadores chegando ao caminho. Jenna estava ao nosso lado

em estado de choque. Hart estava na liderança, tirando seu olhar

diretamente para Kieran, que tinha acabado de voltar das tendas.

— Você está bem?

Kieran apenas balançou a cabeça, exausto. Hart fez um

balanço da área, jurando cansado. Ele enviou os agentes Hélios-Ra,

que tinham vindo da cidade com ele para ajudar os outros. Houve

sons de lutas e palavrões atrás de nós. Os caçadores que não tinham

sido sedados e começaram a sair da mata para acabar com todos os

vampiros vulneráveis foram bloqueados pela unidade de Hart. Eu

tinha certeza que qualquer um que tentasse invadir a tenda Drake

teria uma luta com Helena.

Paramédicos fizeram seu caminho através da confusão. Theo já

estava estabilizando a perna de Bellwoood. Ms. Dayley não tinha

sobrevivido ao tiro em sua barriga. Mais professores vieram para

ajudar. Mr. York chegou para aliviar o resto do Black Lodge, ainda

guardando os caçadores drogados, alguns dos quais estavam se

mexendo acordando.

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Tomei conhecimento de tudo, mas nada fazia sentido. Eu

estava correndo nos últimos borrões ácidos de adrenalina e choque.

Havia sangue na minha calça jeans e eu nem sabia de quem era.

Liam virou de volta para se juntar a nós, coberto por um casaco

grosso com um capuz. O sangue escorria de várias feridas e a manga

do casaco estava rasgada, mas devido a dentes ou uma faca, eu não

poderia dizer. Ele estava pálido como vidro, mas perfeitamente na

vertical e coerente. — Todo mundo está responsável. — disse ele,

depois de beijar o topo da minha cabeça. — Você está de castigo. —

disse ele como uma reflexão tardia, antes de virar para Hart.

— Será feito? — perguntou Hart.

Liam assentiu. — Estamos prontos para você.

— Você tem certeza que ele vai trabalhar?

— Com certeza — ele respondeu.

— E quanto tempo isso vai durar?

— Até a Lua Nova — disse Liam — Isso deve dar às autoridades

tempo de sobra.

— Alguém sabe o que está acontecendo? — perguntei a Hunter,

Kieran e Chloe. Todos eles balançaram a cabeça, tão confusos quanto

eu. Quando Liam e Hart foram embora, nós seguimos. Eles nos

levaram a uma pilha de pedras na beira do campo de batalhas. Hart

fez um sinal para uma mulher com uma pequena câmera. Ela ligou

para gravar e apontou para Hope.

— Ok, isso é estranho — eu sussurrei. — Eu quero dizer

mais estranho do que o habitual. Certo?

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— Hope — Liam disse, suas pupilas dilataram perigosamente.

Hope recuou do elenco de compulsão por seus feromonios, mas ela

não tinha para onde ir. Bruno segurou-a no lugar. — Você tem

alguma coisa para confessar?

Ela abriu a boca, então a fechou. Ela abriu de novo, como se

não pudesse evita-lo. Seus olhos rolaram em sua cabeça como um

cavalo selvagem em pânico. — Eu Hope MacAllister confesso ter

matado Roarke Black. Eu também organizei o sequestro de Kieran

Black e Lucy Hamilton. Confesso a outros sequestros e confinamentos

forçados e a drenagem de sangue de várias vítimas retiradas de Violet

Hill, atribuindo ao Drácula Assassino. — O suor escorria em seu lábio

superior. Ela balançou a cabeça desesperadamente. — Não — ela

gemeu.

A mulher ligou a câmera. Liam se aproximou de Hope, puxando

papel e caneta do bolso interno do paletó. Nós piscamos para ele. Eu,

por exemplo, esperava uma espada ou, no mínimo uma Taser. Eu

empresto o meu. — Assine aqui. — Ele apontou para o documento.

Ela lutou, suor agora saindo da lateral do seu pescoço. — O

que é isso?

— Confissão assinada.

— Não — ela gemeu novamente. — o que você fez para mim?

Liam se inclinou muito perto. Eu não vi a mudança em sua

expressão, mas eu vi o medo de repente disparando Hope. — Assine

aqui ou eu vou lembrar em muito grande detalhe como se sente ao

saber que tive meu filho sequestrado e torturado durante a tentativa

de moldar minha filha. Sem mencionar os seres humanos inocentes

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424

que você matou, e seu tratamento com Lucy Hamilton, que está sob

nossa proteção.

— Você não vai me matar. — Hope ingeriu. — Não é o pacifico

Liam Drake.

— Não — ele admitiu com um sorriso repentino que a fez

estremecer. — Mas eu vou transforma-la em um vampiro.

Ela ficou cinza, depois verde. Ela pegou a caneta, sem jeito de

assinar a confissão com as mãos atadas.

— Lembre-se do que eu disse Hope — Liam acrescentou

suavemente, antes de se afastar. — Você vai ser marcada, assim

como meu filho estava. Eu sempre serei capaz de encontrá-la. Você

vai estar segura na prisão. Estou sendo claro?

O medo fez-lhe a mordaça sobre qualquer outra coisa que ela

estava prestes a dizer.

Hart fez um gesto para seus homens leva-la embora.

— Isabeau trabalhou um feitiço de verdade sobre ela — Liam

nos disse com um breve sorriso. — Agora todos vocês vão para casa.

Hart tem uma van à espera na estrada, se vocês acham que podem

andar tão longe. Ou podemos encontrar uma tenda para vocês por

algumas horas.

— Eu só quero ir para casa. — Chloe estremeceu.

Olhei para o campo devastado e as cordas queimando

balançando nas árvores.

— Eu também.

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Capítulo 45 Solange

Segunda à noite.

A neve em todo o acampamento foi dizimada e entupida com

cinzas e sangue. Mal tive tempo para registrar o resultado de postes

quebrados, árvores chamuscadas e roupas de vampiros descartadas

quando meus irmãos e eu estávamos correndo para longe. Alguns dos

vampiros sobreviventes estavam vagando fora das barracas ao longo

dos abrigos subterrâneos e o restante acompanhou-os para os túneis

em um terreno mais seguro. As cavernas estariam completas com o

excesso à noite.

O silêncio atordoado tinha uma textura, como cortinas de

renda abafando todos os sons. Hart tinha conseguido manter a Liga

ocupada ao longo do dia, mas apenas um pouco. Nós tivemos um par

de horas, no máximo, para abandonar o Blood Moon antes que outros

caçadores e caçadoras viessem terminar o trabalho. Sem mencionar o

Hel-Blar que iria voltar para a festa da carniça.

Foram dois dias antes que eu tive a chance de deixar a fazenda.

Passei a primeira noite ouvindo meus pais planejando em torno da

mesa da cozinha enquanto os cães roncavam a seus pés, só

acordando o tempo suficiente para latir para a mãe Vampiro confiável

o suficiente para permitir na fazenda. Hart cairia mais tarde quando

ele tivesse lidado com suas próprias consequências da Liga. Pai

sugeriu reuniões de conselho semestrais, até descobrir a melhor

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maneira de executar o novo sistema político. Mesmo após a infiltração

de Hope, a maioria de nós queria tentar fazer o trabalho do conselho.

Ou talvez, por causa do seu ataque. Ele lembrou ainda aos vampiros

solitários que não poderiam mais estar sozinhos. Não o tempo todo.

As famílias do Conselho Raktapa e alguns outros armaram

temporariamente suas tendas sobre uma das entradas do túnel na

extremidade da propriedade, sob a sombra das montanhas. Os Host

foram trancados nas masmorras que Hope havia criado. Nicholas

removeu todos os instrumentos de tortura de si mesmo na primeira

noite após a batalha. Ele os incinerou e depois se recusou a falar

sobre isso novamente. Hart teria os caçadores que tinham trabalhado

com Hope na criação dos sequestros em cumplicidade de acusações.

Liguei para Lucy novamente, mas sua colega de quarto disse

que ela ainda estava dormindo. Entrei na sala de estar.

A lua minguante derramando luz tênue sobre a neve e brilhante

sobre a geada mordiscando as janelas. Lalita, uma das filhas de

Amrita, estava encolhida no sofá de veludo, enquanto nossos pais

conversavam. Ela olhou por cima do seu telefone enquanto mexia e

sorriu para mim, suas presas cavando o lábio inferior. Seus olhos

eram do verde chá de menta que a tia Hyacinth me disse que bebia de

vez em quando em Marrakesh.

— Oi — eu disse educadamente. Eu tinha sido relegada para as

funções de anfitriã, o que eu considerava penitência. E vagamente

irônico, já que as pessoas ainda estavam com muito medo de serem

rudes comigo na casa dos meus pais. — Posso arranjar-lhe alguma

coisa? — Eu não conseguia me lembrar se a família Amrita bebia

sangue humano ou sangue animal.

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— Estou apenas me escondendo das minhas irmãzinhas. Elas

dão risadinhas. — Ela inclinou a cabeça. — Onde estão todos os

seus irmãos famosos?

— Por aí.

Ela revirou os olhos. — Eles são tão insuportáveis quanto o

meu?

Revirei os olhos. — Pior.

Ela não pareceu convencida. — Eu só tenho um — ressaltou.

— Minha família tem filhas à maneira que vocês têm filhos. Sua

raridade tem feito a cabeça de Haridas aproximadamente o tamanho

de um balão quente de ar.

Eu tive que sorrir. — Eu tenho sete desses.

— Sete o que? — Quinn interrompeu, encostando-se à porta. —

Sete heroicamente pacientes irmãos mais velhos do qual eu sou

obviamente o favorito?

— Algo parecido com isso — eu permiti. — Você sabe, se você

substituir o —irmão— por —babuínos—?

Foi tão maravilhoso ter as brincadeiras com Quinn que meus

olhos arderam. A floresta estava manchada de sangue, o cheiro de

madeira queimada e fumaça permaneceram sobre o vento, e muitos

ainda estavam desaparecidos, mas esses pequenos momentos foram à

cura simples.

Eles eram preciosos, emblemático do que tínhamos vindo a

proteger a família.

E conversando com Lalita, mesmo assim por pouco tempo,

também foi emblemático de como eu sempre estive protegida.

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428

Por causa do nosso exílio, os segredos de Madame Veronique e

a profecia que tinha mantido a nós mesmos. Havia tanta coisa sobre o

mundo dos vampiros fora de Violet Hill que eu não sabia. Uma hora

no Blood Moon tinha sido suficiente para me mostrar isso.

Outros ainda podem dizer que eu tinha apenas 16 anos de

idade, mas não havia como negar que eu não era como as outras

garotas. Eu sabia como usar uma espada e um forno de cerâmica,

como planejar uma guerra e um cerco medieval. E eu sabia que a

minha família me amava.

Agora eu precisava saber muito mais.

Eu precisava saber tudo, ver tudo, entender o mundo para

mim, não apenas sob o prisma da profecia ou medo. — Eu não gosto

da sua cara — Quinn gemeu.

— Acabei de ter uma ideia.

Ele gemeu mais alto. — Eu vou pegar capacetes de proteção

para todos.

Lalita riu, piscando para mim com simpatia. — Você está certa,

sete irmãos devem ser piores — ela disse enquanto desenrolou a

partir do sofá. — Mas este é muito mais bonito do que o meu.

Quinn sorriu. — Eu sou o mais bonito — ele concordou com

modéstia.

Eu fui para o galpão descobrir como obter os meus pais

concordando com o meu plano. O galpão era mais bagunçado, então

ele nunca tinha sido. Eu mal lembrava a birra que devo ter armado

para deixar tanta louça quebrada para trás. Peguei a vassoura e varri

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o chão e arrumei as prateleiras. Era suave, rítmico, o tipo de trabalho

que a mãe de Lucy teria chamado de meditação.

Eu não podia fingir que não tinha experimentado nos últimos

meses. Eu não poderia voltar a ser a garota lutando contra o peso de

uma profecia, um espírito e seu próprio eu.

Eu tinha um monte de planejamento para fazer.

As primeiras coisas primeiro.

Eu mandei uma mensagem para Kieran, sentindo um friozinho

na barriga. Então eu fui até o quarto de Connor, e acuando Sebastian

tarde na biblioteca, quando o último dos membros do conselho

saíram da casa. Eu tenho que falar com meus pais agora, antes de

partirem para uma nova rodada de negociações em um local secreto.

O fim sangrento para os conselhos do acampamento tinha cortados

muitas discussões importantes e complicado curtas.

— Eu gostaria de encontrar Kieran — eu disse calmamente. —

Eu já ativei o GPS no meu celular, enviei a Connor as coordenadas e

perguntei a Sebastian para vir comigo. E vou levar Boudicca. — Ela

levantou a cabeça ao ouvir o som de seu nome e trotou para fuçar o

nariz úmido na palma da minha mão. — Eu estou indo tão longe

quanto a árvore do abrigo do outro lado do riacho.

Meus pais me olharam por um longo momento, se contorcendo.

Mamãe finalmente se levantou e me abraçou.

— Obrigada — disse ela simplesmente. — Não se esqueça da

sua espada.

Outra mãe poderia ter dito: —Não se esqueça das suas luvas.

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Não demorou muito tempo para chegar a árvore com suas

raízes cobertas de musgo sob a neve. Sebastian deslizou

educadamente para a noite, tranquilo como apenas mais uma

sombra. Boudicca foi farejar cheiros interessantes. A noite estava

fresca e limpa, a neve quebrada apenas pelas pegadas da última vez

que eu encontrei Kieran aqui. Eu tive que me esforçar para não

lembrar Viola e a arvore especial de Constantine, aquele que sangrou

como uma ferida superficial. Eles se amavam e que iria deixa-lo virar

trágico e terrível. Bem, Viola mais do que Constantine.

Eu não ia deixar isso acontecer com Kieran e eu.

Mesmo que ele ainda não tinha chegado. E mesmo que ele

mudou de ideia.

As orelhas de Boudicca se animaram, assim como eu ouvi o

piso macio de botas se aproximando. O vento jogou os galhos nus

para cima, mostrando milhares de estrelas. Kieran estava sob um

pinheiro, vestindo jeans ao invés de calças cargo e casaco ervilha

regular. Ele esperou pacientemente, meio sorrindo. Engoli em seco e

caminhei em direção a ele, sentindo-me tão nervosa como se fosse um

primeiro encontro.

— Você veio — eu disse suavemente, parando sem jeito na

frente dele. Ele estendeu a mão e pegou a minha mão, os dedos frios

emaranhados. Neve caiu levemente.

— É claro — disse ele, como se fosse um dado adquirido. —

Desculpe, estou atrasado. Eu tinha que fugir. A Liga é uma bagunça.

— Como está Hunter?

— Acidentada — ele respondeu. — Como esperado. Eu a fiz

morar comigo por uns dias. Mamãe vai alimentar com seu chá e

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Quinn pode visitar. O campus está longe de ser um lugar seguro —

acrescentou. — No caso de você ou Nicholas estarem planejando para

ver Lucy.

— Ela ainda está dormindo.

— Eu não estou surpreso.

Ele estava perto o suficiente para que eu tivesse que inclinar

meu queixo para cima para encontrar seus olhos. Havia pontos

borboletas sobre sua sobrancelha esquerda e contusões em sua

bochecha. — Quem teria pensado o dia que eu entrei furtivamente no

seu quintal da frente para reivindicar a recompensa que ia acabar

aqui — ele murmurou.

— Você se arrepende?

Ele balançou a cabeça, puxando-me para mais perto. — Você

acha?

— Não — eu respondi. — Só que eu te machuquei.

— Isso foi há cem anos atrás.

Ele ergueu um sorriso. — Não foi até uma semana atrás. Eu

fiz uma decisão — deixei escapar antes que eu pudesse me perder em

sua proximidade. Ele esperou pacientemente para eu dar mais

detalhes. — Eu estou indo convencer meus pais a me deixar viajar.

Ele levantou a sobrancelha sem o curativo. — Acha que vão

deixar você?

— Se eu planejar com cuidado suficiente. Talvez um dos meus

irmãos possa vir, ou tia Hyacinth. Além disso, não pode ser menos

seguro lá fora do que aqui. Nós não estamos exatamente escondidos e

reclusos mais. — Eu levantei na ponta dos pés um pouco, em

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seguida, de volta para baixo. Eu estava cheia de energia, com um

sentimento de emoção que eu não podia conter. — Eu sinto que é o

certo. Parte da razão pela qual a batalha foi tão longe como fez é

porque nenhum de nós realmente nos conhecemos.

Ele traçou o dedo sobre o canto da minha boca que estava

curvada em um sorriso esperançoso. — Eu acho que é brilhante.

— Eu vou ser a primeira vampira antropóloga — eu disse

levemente.

— Quando você vai partir? — ele perguntou, puxando-me

para mais perto.

— Não por um par de meses, pelo menos — eu respondi. —

Meus pais vão levar algum tempo para se convencerem. Você?

— O mesmo — Ele tirou a neve do meu rosto. — As aulas

começam na faculdade em janeiro.

— Então nós temos um pouco de tempo — disse eu, em pé na

ponta dos meus dedos dos pés para beija-lo. Seus braços foram ao

redor de mim e ele me levantou acima dos meus pés me beijando de

volta. — Se você ainda está disposto a me dar outra chance.

— É apenas distância. — ele murmurou em meu ouvido. — Isso

não significa nada.

Beijei-o novamente, demorando-me e nadando no momento

roubado. Aconteceu escuro e doce, me afastei um pouco. Pisquei,

sentindo meus olhos ficarem vermelhos. Eu abaixei minha cabeça.

— Não se esconda de mim Solange — disse ele com a voz rouca.

— Agora não.

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Foi preciso coragem para levantar meu queixo e encontrar o seu

olhar calmo. Tentei não imaginar como as veias devem ser azuis como

tinta sob minha pele, como todos os três conjuntos de presas estavam

saindo das minhas gengivas.

Ele sorriu. — Onde você está indo em primeiro lugar?

Eu sorri de volta lentamente para ele. — Ouvi dizer que a

Escócia é linda nessa época do ano.

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Capítulo 46 Lucy

Terça à noite.

Eu dormi por 27 horas diretas.

E então a única razão pela qual acordei era porque meus pais

não podiam esperar mais um segundo. Meu pai e minha mãe tinham

vindo conhecer a escola depois que Hart teve de nos trazer para a

enfermaria para sermos checados após a batalha. Eu estava cansada

demais para sequer chegar ao carro, então eles me deixaram cair na

minha cama no dormitório e depois ficaram ali, com lagrimas nos

olhos e olhando assustados até que eu murmurei para eles irem

embora. Mamãe ligou três vezes segunda-feira e papai apenas dirigiu

de primeira na terça de manhã e esperou no estacionamento. Eles

não estavam me puxando para fora da escola, principalmente porque

eu não iria deixá-los, mas eles me queriam em casa para recuperação.

Bellwoood tinha cancelado as aulas para a semana de qualquer

maneira, enquanto conselheiros extras foram trazidos para os alunos

e agentes extras foram incentivados a deixar o campus o mais

rapidamente possível. Haveria um memorial para os caídos, incluindo

Tyson, e um tradicional funeral Hélios-Ra para o avô de Hunter.

Nesse meio tempo, meu pai estava me dobrando com chá de

camomila e minha mãe me manteve assando biscoitos de mel e trigo

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integral. Era uma espécie de bom passar o dia na cama com Gandhi e

Van Helsing, depois que meus pais tinham ido dormir, Solange

apareceu na janela do meu quarto.

Ela sorriu, puxando o vidro para cima. — Ei, quer ter uma

festa do pijama?

— Ainda podemos fazer isso? Desde que você não dorme a

noite? — Eu perguntei quando ela subiu no interior.

— Então nós vamos ter um wake-over.

Peguei a mochila que ela jogou na minha cama. — Por favor,

me diga que você trouxe chocolate.

— E alcaçuz, gummy worms verde, e os biscoitos brutais de

marshmallow que você ama tanto.

— E eu nem sequer tenho que compartilhar. — Brinquei,

vasculhando suas coisas até que eu encontrei as barras de chocolate

e worms revestidos de açúcar. — Já vantagens concretas para o seu

ser vampiro.

Nós nos mexemos debaixo do meu cobertor, tentando espremer

no pouco espaço que os cães não tivessem deixado. Troquei a música

e deitei-me olhando para o teto, a forma como vínhamos fazendo

desde que éramos pequenas.

— Então — Enviei-lhe um olhar de soslaio. — Você estava

beijando Kieran.

Ela se virou piscando para mim. Mesmo com seus olhos claros

e suas pupilas rodeadas de sangue e presas afiadas, ela ainda era

apenas Solange para mim.

— Como você sabe disso? — Ela perguntou.

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— Eu sou a sua melhor amiga — Eu virei mordendo a cabeça

de um verme gummy. — Eu sei estas coisas. — Mordi o doce

pegajoso e depois engoli. — Além disso, você parece sonhadora, com

esse olhar de pateta em seu rosto sempre que esteve com Kieran.

— Você quer dizer, como a que você tem em torno de Nicholas?

— Eu não olho sonhadora!

Ela apenas sorriu. — Claro que não Hamilton.

Eu bati na cara dela com o meu travesseiro. Ela devolveu o

favor até que eu estava ofegante e nós duas rindo histericamente. Os

cães arrastaram-se para fora da cama com suspiros caninos. Nós

rimos mais. Eu estava corada e esgotada no momento que entrou em

colapso ainda rindo.

— Eu tenho uma surpresa para você — disse Solange, depois

de olhar para o relógio. — É no quintal, onde tudo de hortelã da sua

mãe cresce.

Sentei-me. — Você me deixou um presente na neve?

— Yup. Vá ver.

Confusa, eu enfiei meus pés nos mocassins e puxei um suéter

sobre meu pijama de flanela. Eu saio pela porta dos fundos ao invés

de me contorcer para fora da minha janela. Eu ainda doía toda,

coberta de hematomas, arranhões e dores musculares. E agora meu

estômago estava dolorido de tanto rir.

De pé na neve, com as mãos nos bolsos estava Nicholas. Seus

olhos eram como a luz das estrelas, seu sorriso torto e tranquilo. —

Vocês duas soavam como hienas.

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Eu só me joguei para ele. Ele passou os braços em volta de mim

e se deixou cair na neve, me protegendo da força da pancada.

— Oi — eu disse sorrindo.

— Oi — ele respondeu. — Eu senti sua falta.

Em seguida as palavras eram apenas um exercício inútil, um

desperdício de duas boas e perfeitas bocas. O beijo dele era perigoso e

lento, a construção de calor pelo meu corpo até que a neve parecia

que estava derretendo em torno de nós. Era tudo o que tinha estado

lutando, necessário e silencioso.

Perfeito.

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EPÍLOGO

Solange

21 de Dezembro

Todos os anos, os pais de Lucy faziam uma fogueira alguns dias

antes do Natal, no solstício de inverno. Ela queimava a noite inteira, e

tinha como significado encorajar o sol a retornar depois da noite mais

longa do ano. Quando minha mãe começou a ter filhos que se

transformariam um dia em vampiros, a mãe da Lucy transformou

parte da celebração em uma festa da Noite Mais Longa para nós. Ela

estava tentando encontrar alegria nas coisas que nós poderíamos

achar assustadoras, tentando encontrar a beleza na noite que nós

teríamos que um dia clamar quase exclusivamente. Da mesma forma

como ela estava fazendo novamente essa noite, com a maior fogueira

que eu já tinha visto. A minha família inteira estava aqui e estavam

também os amigos da Lucy da escola. Bruno pegou no sono no sofá

depois do jantar e nenhum de nós teve coragem de acordá-lo.

Nós estávamos sentados no muro do jardim, balançando

nossos pés sobre uma plantação de abóboras. Lucy me entregou uma

garrafa de algo alarmantemente rosa e espumante. – O que é isso? –

eu perguntei duvidosamente.

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—Um negócio de framboesa que a Tia Hyacinth disse para

minha mãe que seria festivo. Minha mãe acrescentou as ervas

curativas.

Ela enrugou o nariz. – Parece desagradável.

—Você não tem idéia. A Tia Hyacinth tem estado tão doméstica

desde a batalha.

—Isso nunca termina bem, —Lucy simpatizou. – Pessoalmente,

eu continuo com chocolate como minha terapia. – Ela mergulhou sua

mão em um saco gigante de biscoito de amêndoa em seu colo. – Isso e

visitas obrigatórias duas vezes por semana ao conselho escolar. – Elas

estavam ajudando. O pulso dela havia voltar a bater normalmente,

sem aquela rapidez induzida pelo estresse.

—Você ainda tem que avisar a cada duas horas quando você

não está em casa? – eu perguntei a ela.

—Sim, sem contar que eu tenho que meditar com a mamãe

todo domingo de manhã e mostrar a ela algum tipo de expressão

artística toda semana. Mas a conselheira diz que se eles ainda estão

me fazendo entrar em contato durante o novo termo, ela irá

recomendar um psicólogo para eles também. Então haha! – Lucy

comeu mais alguns biscoitos. – O colégio me deu um novo tutor.

—E? – Eu conhecia aquele olhar.

—Eu não gosto dela.

—Por que não?

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—Principalmente porque ela não é o Tyson, —ela admitiu,

observando Isabeau e Logan jogando gravetos para os cachorros

recuperar. – Eu sinto falta dele.

—Eu sinto falta da London também, —eu disse. – Mesmo que

nós nem sequer nos dávamos bem. – Nós olhamos para a reunião de

pessoal ao redor da fogueira, a luz quente e alegre em seus rostos.

Cidra quente de maçã e chocolate quente circulava nas novas canecas

de barro feitas à mão que eu havia feito para os pais da Lucy.

—A sua mãe está certa, —eu disse. – Nós precisávamos disso.

Lucy inclinou a cabeça. – O Jason e o Sebastian estão

flertando?

Eu segui o olhar dela, minhas sobrancelhas indo até o meu

cabelo. – Ainda mais chocante, o Sebastian está realmente sendo

tagarela?

—Eu não tinha idéia, —Lucy sorriu. – O Nathan vai ficar puto,

mas eles são tão bonitinhos.

—Nós realmente somos. —Quinn disse com voz arrastada,

tendo apenas ouvido o nosso último comentário. Connor parado ao

lado dele, revirou os olhos.

—Como você conseguiu enfiar essa cabeça enorme sua no carro

no caminho para cá? – Lucy provocou.

—Ele teve que deixá-la para fora igual a um cachorro, —

Nicholas acrescentou com um sorriso enquanto ele vinha por trás de

Lucy. Ele sentou-se ao lado dela enquanto Quinn fingiu parecer

ofendido.

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—Não é minha culpa que eu sou bem mais bonito que o resto

de vocês, —ele disse com uma tristeza fingida. – É um fardo. Agora eu

terei que ser um herói e salvar a minha namorada.

Quinn piscou para Lucy antes de caminhar até onde Hunter e

Chloe estavam educadamente ouvindo o pai da Lucy explicar como

um monumento antigo de pedra na Irlanda foi construído para se

alinhar com o sol nascente no dia do solstício de inverno. Connor foi

se juntar a Christabel embaixo de uma coberta, deixando-a ler algum

longo poema rimado para ele. Ele não pareceu se importar nem um

pouco.

—Como a Hunter está? – eu perguntei baixinho enquanto Lucy

se inclinava contra o Nicholas.

—Melhor. O Kieran aparece quase sempre para ficar com ela. —

Lucy disse. Ele logo estaria indo embora para a faculdade na Escócia.

Eu tentei não pensar sobre isso. Nós finalmente havíamos nos

encontrado novamente. Lucy fez uma careta, mexendo em um

biscoito, mas sem comê-lo. – Eu ainda não consigo acreditar que você

vai embora. —ela disse, como se ela estivesse lendo a minha mente.

—Eu também não. – Eu finalmente havia convencido mamãe e

papai a me deixar viajar. Eu queria visitar outras comunidades de

vampiros, aprender novas tradições, e forjar novas conexões para

compensar aquelas todas que eu acidentalmente havia cortado. Eu

precisava encontrar alguém para me ajudar a controlar ainda mais os

meus feromônios e minha fome. E eu queria fazer as pazes. Os meus

pais somente concordaram quando a Tia Hyacinth se ofereceu a vir

junto comigo. Meus irmãos iriam se revezar ao se juntar a nós.

Marcus foi o primeiro a ser voluntário, sempre ansioso para reunir

novos conhecimentos. Ele já havia me ajudado a transformar o colar

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de cobre em um bracelete. Eu podia usá-lo se eu sentisse que os

meus feromônios estavam exagerados.

—Você tem que me mandar e-mail todos os dias, —Lucy exigiu.

Ela jogou um biscoito na minha cabeça para ilustrar a seriedade de

seu pedido.

Eu desviei dele facilmente. – Você também. – Eu joguei um de

volta nela, errei, e atingi a têmpora do Nicholas.

—Ai, —ele disse suavemente. Ele estava usando um colar de

contas de madeira com uma borla vermelha ao redor do pescoço dele.

Kieran estava ao lado dele, usando o mesmo tipo de colar.

Lucy riu. – Mamãe te deu as contas de oração.

—Sim, —Nicholas respondeu, sentando no muro ao lado de

Lucy. O cabelo dele estava bagunçado, o que significava que a mãe da

Lucy havia também abraçado-o e bagunçado seu cabelo, como ela

sempre fazia.

—E você está usando-o porque você é incrível. —Lucy disse,

aprovando.

—Isso também.

—Alguém tem uma câmera? – ela perguntou enquanto Kieran

veio ficar ao meu lado em pé contra a parede. O meu joelho

pressionado contra o braço dele. – Porque ela fez um conjunto para

todo mundo e eu quero uma foto do Bruno usando a dele.

Nós ficamos sentados por um longo tempo, nós quatro no

muro, silenciosamente curtindo a festa. – Essa foi a melhor Noite

Mais Longa até agora, —Lucy disse feliz, se acomodando contra o

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Nicholas e assistindo todo mundo em volta da fogueira, rindo e

comendo bolo caseiro.

—Vamos fazer um pacto, —eu sugeri, querendo segurar aquele

momento na minha mão como um passarinho. Eu não estava pronta

ainda para deixá-lo ir embora. – Não importa onde nós estivermos ou

o que nós estivermos fazendo, todo ano nós vamos nos encontrar para

uma celebração da Noite Mais Longa.

Kieran segurou minha mão erguida, nossos dedos entrelaçados.

Ele beijou minhas juntas. – Combinado.

—Combinado. —Nicholas ecoou.

Lucy ergueu seu dedo mindinho, entortando-o. – Jura com o

dedinho?

Eu entrelacei meu dedo no dela. – Juro.

Porque era isso que os melhores amigos faziam... eles ficavam

um ao lado do outro.

E como ninguém mencionou o que aconteceu com a Branca de

Neve, a Bela Adormecida, ou todas aquelas outras princesas

dormindo por todas as suas vidas. No final, a Noite Mais Longa deu

lugar à manhã.

No final, elas acordaram.

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Tradutores

Jose, Criz, Kelly, Serena

Revisora

Leidy

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Solange:

Another Mystery by Dar Williams

Shake the Disease by Depeche Mode

The Wolf by The Miniature Tigers

Lucy:

I Kicked a Boy by The Sundays

Trouble is a Friend by Lenka

Bohemian Like You by The Dandy

Warhols

Nicholas:

Vampire by The Blakes

Lucy and Nicholas:

No Sleep Tonight by The Faders

Solange and Kieran:

Samson by Regina Spektor

Fell in Love with a Girl by The White

Stripes

Hunter Wild:

One of the Boys by Katy Perry

THE DRAKE CHRONICLES (the series

in general):

The Killing Moon by Echo and the

Bunnymen

Not Dying Today by Tori Amos

This is War by 30 Seconds to Mars

Dog Days are Over by Florence and

the Machine

This is the Last Day of Our

Aquaintance by Sinead OConnor

Bad Moon Rising by Rasputina

My Mama Taught me Better than

That by The Black Rebel Motorcycle

Club

Evil Night Together by Jill Tracy

My Sweet Prince by Placebo

Playlist

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