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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
AULA 5
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Na aula de hoje, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da
oração e do período, agora com o foco voltado para a relação existente entre
as orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma oração
e o que é um período. Lembra-se de que na aula anterior iniciei minhas
explicações esclarecendo o que é uma oração e o que é um período? Se você
ainda tem dúvidas de reconhecê-los, deve reler a aula 4. Se precisar, utilize
também outros recursos didáticos (livros, apostilas, resumos etc.).
Os exercícios de provas anteriores e os devidos comentários
serão apresentados ao final da aula, após a exposição da parte teórica. Você
perceberá que as bancas não estão dando ênfase às nomenclaturas das
orações, mas sim ao valor semântico delas em relação ao período.
Tenho notado que muitos alunos sentem dificuldades de
responder às questões de provas sobre orações porque desconhecem suas
conjunções características e classificações. Sou contra aquele tipo de
“decoreba” a que normalmente nos sujeitamos durante os tempos escolares.
Você se deparará – só para dar um exemplo – com casos em que uma
conjunção tipicamente adversativa introduz uma oração de valor semântico
aditivo, e vice-versa.
Admito, porém, que há significativa importância nos estudos
“cartezianos” das orações. Alguns professores tornam esse assunto mais
difícil de ser compreendido porque partem do princípio de que seus alunos já
vão para a sala de aula sabendo classificar cada oração, reconhecendo suas
características e valores semânticos. Não pretendo incorrer em equívoco
semelhante, por isso iniciarei explicando cada uma delas separada e
detalhadamente.
De início, você deve observar que as orações surgem
organizadas em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou
composto. Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou
uma locução verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta.
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Vive-se um momento social delicado.
Os alunos continuam estudando.
Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso
em que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade
(coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas.
Eu vou à escola; você, à praia.
A primeira observação a ser feita sobre o exemplo acima é que o
verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela vírgula, já
que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, perceba,
é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a
coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o
elemento “co”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras
palavras, não há o exercício de uma função sintática (sujeito, objeto,
adjunto adnominal etc.) por qualquer das orações do período.
necessário que vocês estudem. É
A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações:
“É necessário” e “que vocês estudem”. Alguém já deve ter percebido que o a
primeira oração é constituída por um verbo de ligação (SER) e por um termo
(“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde
está o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração
(“que vocês estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque
a frase na ordem direta:
Que vocês estudem é necessário.
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Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom artifício:
substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim:
Isso é necessário.
Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela
oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha
alguma função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de
subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo “sub”,
tradutor da noção de posição abaixo, dependência.
Vezes há em que, em um mesmo período, as orações que o
compõem articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada.
que trabalhoEu disse e estudo.
As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”)
subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o
significado do verbo “disse” (o que?), exercendo a função sintática de objeto
direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações
estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se
à segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto,
ou seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo.
Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações,
precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada
uma delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá
por meio de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos
uma coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre
orações. Caso a resposta seja negativa, estaremos de uma coordenação
assindética (sem conjunção). Averiguemos!
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ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS E SINDÉTICAS
As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem
conjunção são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações
coordenadas sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe
nome semelhante ao da oração.
Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção)
Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética, com conjunção)
Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com
conjunção)
ATENÇÃO! 1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a primeira oração
de um período composto por coordenação.
2 – O mesmo período pode ser composto por orações
coordenadas assindéticas e sindéticas.
“Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” – coordena-se à
primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por meio da
conjunção “e”).
! CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a idéia de soma.
Ela falava, e eu ouvia.
Nossas crianças não fumam nem bebem.
Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro
lugar. (esta é uma estrutura aditiva enfática)
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b) Adversativas – exprimem fatos opostos ao que se declara na
oração coordenada anterior; ideia de contraste.
Apressou-se, contudo não chegou a tempo.
Principais conjunções e locuções: mas, porém, todavia, entretanto, no
entanto, não obstante.
c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem
mutuamente.
Ora respondia, ora ficava mudo.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.
ATENÇÃO! Embora a conjunção apareça na oração coordenada inicial, ela
não é classificada como sindética alternativa.
Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...; já... já...; quer... quer...;
seja... seja...
d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a
partir dos fatos expressos na oração anterior.
Ele estuda; passará, pois.
ATENÇÃO! A conjunção pois tem valor semântico conclusivo quando
aparecer após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela
integrará oração de cunho explicativo.
Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por conseguinte, por
isso, de modo que, em vista disso.
e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem,
suposição ou sugestão.
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Fique calmo, pois ele já vem.
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
ATENÇÃO! Não devemos confundir explicação com causa, isto é, orações
coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas adverbiais
causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; uma causa
é sempre anterior à conseqüência gerada. Além disso, as orações
explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas.
Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo da
oração explicativa)
OBSERVAÇÕES: 1 – “Não se deve classificar uma oração considerando
apenas a conjunção que a introduz.
Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu.
Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva, percebe-se que a segunda
oração é coordenada sindética adversativa; pois, nesse contexto, a
conjunção ‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.” (João Domingues
Maia)
2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no
entanto, vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. (...) felizmente, essa
visão limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido
efetivo.” (Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto)
3 – “Há orações coordenadas assindéticas que possuem
claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo
subentendido.
o possível para previnirFiz -lhes o perigo; ninguém me ouviu.
Fale baixo: não sou surdo.
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A terceira oração do primeiro período (‘ninguém me ouviu’) e a segunda do
segundo período (‘não sou surdo’), apesar de formalmente assindéticas, já
que não apresentam conjunção, têm sentidos bem marcados: a primeira
tem valor semântico adversativo (equivale a ‘mas ninguém me ouviu’); a
segunda, explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’).
Por isso convém insistir em que você se preocupe mais
com o uso efetivo das estruturas linguísticas do que com discussões às
vezes intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.” (Ulisses Infante
e Pasquale Cipro Neto, com adaptçaões)
Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas,
quero exemplificar o que foi dito anteriormente com uma questão de
concurso público.
Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de
adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos deixeis
cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
a) Tem olhos, e não vê.
Tem boca, e não fala.
b) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana.
c) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder!
d) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável.
Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela
conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração
“mas apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato
mencionado anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa
apresenta oração coordenada que traduz a consequência imediata da
realização do fato mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em
que encontramos oração coordenada (“mas principalmente responsável”)
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com a mesma relação de sentido aditivo existente também na oração “mas
livrai-nos do mal”, no comando da questão.
Gabarito – D
Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise
fria e tradicional das conjunções durante o processo de classificação das
orações. É fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre
elas.
A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que
podem exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos.
Antes de estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei
um quadro-resumo delas.
Orações Subordinadas
Substantivas
1 – Subjetiva
2 – Predicativa
3 – Objetiva Direta
4 – Objetiva Indireta
5 – Completiva Nominal
6 - Apositiva
Adverbiais
1 – Causal
2 – Consecutiva
3 – Condicional
4 – Concessiva
5 – Comparativa
6 – Conformativa
7 – Temporal
8 – Proporcional
9 – Final
Adjetivas
1 – Explicativa
2 – Restritiva
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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos
no período simples. Elas podem surgir em duas formas:
1. desenvolvidas ! ligam-se à oração principal por meio das
conjunções subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de
um pronome ou advérbio interrogativo.
É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante)
Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante)
Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo)
Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo)
2. reduzidas ! apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas
por preposição.
É importante estudar com afinco.
Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu.
! Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal)
É fundamental a sua opinião sobre o assunto.
É fundamental que você opine sobre o assunto.
É fundamental você opinar sobre o assunto.
O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há
apenas uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua
opinião sobre o assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais
fácil perceber isso: A sua opinião sobre o assunto é fundamental.
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Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a
expressão inicial foi transformada em duas orações: uma na forma
desenvolvida (com a conjunção integrante que); outra na forma reduzida
(verbo opinar no infinitivo).
ATENÇÃO! Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o
verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular.
Estruturas típicas da oração principal nesse caso são:
1. verbo de ligação + predicativo ! é bom...; é conveniente...; é
claro...; está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc.
É preciso que se adotem providências eficazes..
Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam..
2. verbo na voz passiva sintética ou analítica ! sabe-se...; soube-se...;
comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc.
Sabe-se que a prova está próxima.
Foi dito que a prova será adiada.
3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder,
parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular.
Convém estarmos aqui.
Urge que tomemos uma decisão.
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! Objetiva Direta
Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da
oração principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição
obrigatória.
Ressalte-se que, nas frases interrogativas indiretas, as orações
subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pelas
conjunções subordinativas integrantes se ou que e, ainda, por
pronomes ou advérbios interrogativos.
Tome cuidado porque as bancas examinadoras podem
perguntar, por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos abaixo
possuem a mesma classificação gramatical” e sublinhar, maliciosamente,
dois vocábulos introdutores de orações subordinadas substantivas objetivas
diretas. Partindo da ideia comum de que elas são iniciadas por conjunções
integrantes, é possível que algum candidato mais afoito diga “sim”, sem se
dar conta de que pode estar diante de uma conjunção integrante e um
pronome interrogativo.
Todos sabemos que ele aceitará o convite.
como as coisas funcionam aqui.
onde fica a farmácia.
quanto custa o remédio.
quando acabam as aulas.
qual é a matéria da prova.
ATENÇÃO! Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos), ver, sentir e
ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração subordinada
substantiva objetiva direta:
Ouvi-os bater.
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adjetivo
advérbio
substantivo
Deixe-me entrar.
As orações em destaque são reduzidas de infinitivo. E o mais interessante
é que os pronomes oblíquos átonos os e me são os sujeitos dos verbos no
infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único caso em que tais pronomes
desempenham tal função sintática.
! Objetiva Indireta
Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração
principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser
omitida.
Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato)
Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice
Lispector)
! Completiva Nominal
Liga-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da
oração principal completando seu significado. É introduzida por preposição
(como todo complemento nominal). Aqui, o emprego da preposição não é
facultativo. A omissão dela implica erro de regência e revela falta de coesão.
Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar.
A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro.
Está perto de fazermos a prova.
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! Predicativa
Funciona como um predicativo do sujeito da oração principal;
seu valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se
notar também a presença de um verbo de ligação na oração principal.
Nosso desejo era encontrares o teu caminho.
O triste é que não era uma planta qualquer.
! Apositiva
Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada
pela pontuação (vírgula, dois pontos). Seu significado amplia, explica,
desenvolve, resume o conteúdo da oração principal.
O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se
rapidamente.
Só resta uma alternativa: encontrar o culpado.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
" Características
I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição,
finalidadde etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração
principal;
II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo
e são introduzidas por conjunção;
III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio,
particípio).
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" Classificações
I. Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal.
Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em
português. (Clarice Lispector)
II. Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração
principal.
Fiquei tão alegre com esta idéia que ainda agora me treme a pena
na mão. (Machado de Assis)
III. Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na
oração principal se realize.
Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de
Elpenor. (Augusto Meyer)
IV. Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o
acontecimento do que se declara na oração principal.
(...) descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala.
(Graciliano Ramos)
V. Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação.
Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo)
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Atenção! Muitas vezes, o verbo da oração subordinada adverbial
comparativa está oculto.
As idéias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal
(...). (Machado de Assis)
Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa
pode apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto.
VI. Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é
dita na oração principal.
Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo
outro. (Mário Donato)
VII. Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente
ao que se diz na oração principal.
Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da
natureza. (Graça Aranha)
VIII. Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal.
O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem
os quatro movimentos.
IX. Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração
principal.
Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta (...).
(Lourenço Diaféria)
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Observe que as três orações subordinadas abaixo apresentam
estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos desenvolvidos
(conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções. Agora, os
verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e particípio).
Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo)
Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio)
Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio)
Uma vez estudadas as características e os valores semânticos
das orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais
conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal.
Causais Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado que;
já que; uma vez que; na medida em que etc.
Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc.
ComparativasQue; (do) que; quanto; como; assim como; bem como
etc.
Concessivas
Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais
que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto
etc.
Condicionais Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que; a
menos que; a não ser que; que etc.
Conformativas Conforme; como; segundo; consoante etc.
Finais Para que; a fim de que; que etc.
Proporcionais
À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto
mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior...
maior etc.
TempoQuando; enquanto; antes que; depois que; desde que;
logo que; assim que; até que; que; apenas; mal; sempre
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que; tanto que etc.
Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria, mesmo assim
eu arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida que e na
medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora de valor
semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada que
expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por falta
de atenção a esse detalhe.
Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada
adverbial causal com oração coordenada sindética explicativa! Em alguns
momentos, elas podem apresentar semelhanças que dificultam a análise
correta. Por exemplo, ambas admitem as conjunções pois, que, porque,
porquanto. Porém, um pouco de atenção para os aspectos que vou
assinalar pode ser de grande utilidade:
[Ele pegou a doença] [porque
andava descalço.]
[Não ande descalço,] [porque
você vai pegar uma doença.]
1. Há uma relação de causa
e consequência entre as duas orações.
1. Não há relação de causa e
conseqüência: apenas é dado o
motivo para que não se ande
descalço.
2. A conjunção que introduz
a oração causal não pode ser
eliminada.
2. Pode-se eliminar a conjunção
coordenativa explicativa: Não ande
descalço, você vai pegar uma
doença.
3. A oração adverbial pode
ser transformada em oração reduzida
de infinitivo: Ele pegou a doença
por andar descalço.
3. Não se pode transformar a
oração coordenada em oração
reduzida.
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4. O verbo da oração
principal não expressa dúvida ou
hipótese.
4. A oração anterior à explicativa
geralmente possui verbo no
imperativo ou tem caráter hipotético.
De outro modo, poderíamos dizer: Ele
dever ter andado descalço, pois
pegou uma doença.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se,
semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo,
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem
exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal.
Observem:
Deve-se investir em soluções definitivas.
Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os
problemas.
Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no
segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas”
discrimina o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico.
Além disso, exerce função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro
exemplo: ambas as expressões são adjuntos adnominais do substantivo
“soluções”, que é núcleo do objeto indireto.
! ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS
Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as
orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas:
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Oraç. Subord. Adj. Restritivas
Oraç. Subord.
Adj. Explicativas
restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente explicando,
realçando, amplificando uma informação sobre ele.
O jovem que estuda passa.
O homem que luta vence.
O homem, que é mortal, almeja a vida eterna.
Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós.
No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a
verdadeiros adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não
constituem um atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza):
nem todo jovem passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence
(somente o que luta). Elas funcionam como adjuntos adnominais e não
podem ser separadas do substantivo por vírgulas.
No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico
explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo
a que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não
influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas
da frase ou ficarem separadas do substantivo pela pontuação sem implicar
alteração semântica. Sendo assim, elas funcionam com aposto explicativo.
Note que as conexões entre as orações subordinadas adjetivas
apresentadas até aqui e suas orações principais são feitas pelo pronome
relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou relacionar – daí o nome
relativo) os dois tipos de orações, também desempenha uma função
sintática na oração subordinada que introduz. No desempenho dessa função,
o pronome relativo ocupa o papel que seria exercido pelo termo que ele
substitui (o antecedente).
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sujeito
sujeito
Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver
definitivamente os problemas.
Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os
problemas.]
Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por
um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo
(forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são
introduzidas por um pronome relativo (podem ser introduzidas por
preposição) e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo,
gerúndio e particípio), elas são chamadas de reduzidas.
Essas são as idéias tão valorizadas por ele.
Via-se um cartaz comunicando a falência.
Nosso argumento foi o primeiro a cair.
Uma vez arregimentado, você pode resolver as questões de
provas anteriores. Nesta etapa, você notará que é frequente, como disse
antes, a exploração das relações semânticas estabelecidas entre as orações
que compõem um período. Portanto não se deixe influenciar simplesmente
pela conjunção empregada (ou não). Além dessa análise inicial, observe
ainda o sentido da frase.
1 Um lugar sob o comando de gestores, onde os
funcionários são orientados por metas, têm o desempenho
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela
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4 eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo —
menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumas
das práticas implantadas com sucesso em um grupo de
7 escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. A
experiência chama a atenção pelo impressionante progresso
dos estudantes depois que ingressaram ali.
(...)
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
1. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece
uma relação de causa entre as informações anteriores e as do período
em que esse termo se apresenta.
Comentário – Não tenho informações de quantos candidatos erraram este
item, mas creio que foram poucos. Por quê? Porque a conjunção pois é
frequentemente apresentada aos estudantes apenas como explicativa ou
conclusiva. Na maioria das vezes, dizemos que ela será explicativa quando
surgir antes do verbo da oração a que pertence e conclusiva quando surgir
depois dele e separa por vírgula. Não está errado; mas não é tudo, já que –
como anunciei aqui mesmo nesta aula – não devemos analisar uma oração
simplesmente pela conjunção que a introduz. Antes, devemos perceber a
relação semântica estabelecida entre ela e outra.
Perceba que o conectivo “Pois” traz período que expressa noção
de adversidade, ressalva em relação ao enunciado anterior. É como se
dissesse que, apesar da aparente impossibilidade – dadas as circunstâncias
que envolvem a maioria das escolas publicas –, um grupo de escolas
estaduais de ensino médio de Pernambuco logrou êxito em suas práticas
educacionais.
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Configura-se, assim, um caso em que a conjunção pois é
claramente detentora de valor semântico adversativo, equivalendo-se às
conjunções mas, porém, entretanto, no entanto, todavia.
Gabarito – Item errado.
1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem
distante das estatísticas que apontam para uma taxa de
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais,
formais e informais. (...)
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações).
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que”
(l. 2) é adjetiva explicativa.
Comentário – A oração iniciada pelo pronome relativo “que” serve de
adjetivo restritivo ao substantivo “estatísitcas”, restringindo seu alcance
semântico. Além disso, note que ela não está separada do segmento em que
se inclui pela pontuação – característica das orações adjetivas explicativas.
Gabarito – Item errado.
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem
eliminar. (...)
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Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após
“paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa.
Comentário – A oração “que as leis não podem eliminar” expressa uma
característica intrínseca do substantivo “paixões”, funcionando como um
adjetivo explicativo. Sua retirada da frase em nada prejudica o conteúdo do
texto. Ao se optar pela sua manutenção no período em que surge, deve-se
separá-la do termo a que se refere pela pontuação.
Gabarito – Item certo.
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde
Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de
fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação
paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito
oficial.
Opções adaptadas. Internet: <www.tse.gov.br>.
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não
representa continuação coesa e coerente para o trecho acima.
Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições,
o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de
locais em que foram verificados problemas.
Comentário – Notou que estamos diante de período introduzido pela
conjunção “Porquanto”? Pois é, esse conectivo inicia oração coordenada com
valor semântico de explicação ou oração subordinada adverbial que denota a
causa do que aconteceu. Leia atentamente os dois trechos e perceba a
incoerência entre eles.
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Gabarito – Item certo.
1 Uma antiga preocupação dos legisladores do
passado era a de assegurar o direito dos povos de manter
“os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os
4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em
troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão
de seu poder. (...)
Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
5. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após
“províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa.
Comentário – Mais uma vez estamos diante de uma questão que envolve a
natureza semântica da oração adjetiva (o segmento “que se
autogovernavam em troca dos tributos em dinheiro ou soldados para
expansão de seu poder” é iniciado pelo pronome relativo “que”,
representante semântico dos substantivos “municípios” e “províncias”). Aqui,
a oração adjetiva tem valor explicativo, por revelar um atributo essencial
dos termos a que se refere, e deve ficar separada da oração principal pelo
sinal de pontuação.
Note a recorrência de questões que conjugam o emprego de
vírgulas com orações subordinadas adjetivas.
Gabarito – Item certo.
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de
cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão,
4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos.
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Os manuais de gestão definem groupthinking como um
processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são
7 uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas
diferentes das usuais. (...)
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor
semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na
linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de
Whyte; por isso correspondem a porque tomavam decisões
temerárias e causavam grandes fracassos.
Comentário – As relações estabelecidas entre as orações indicam que o
segmento “tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos”
exprime o motivo pelo qual “grupos se tornavam reféns de sua própria
coesão”. Repare que as orações que servem de causa ou motivo estão
reduzidas (sem conjunção que as introduz, verbo na forma nominal
conhecida como gerúndio). O que a banca examinadora propôs foi
simplesmente o desenvolvimento delas por meio da introdução da conjunção
causal “porque” e da conjugação dos verbos em uma forma finita (pretérito
imperfeito do indicativo).
Gabarito – Item certo.
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 6, preservam-se a correção
gramatical e a coerência textual ao se inserir uma vírgula
imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as
informações possam ser tomadas como uma explicação — e não como
uma caracterização — da expressão “processo mental coletivo”.
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Comentário – A introdução da vírgula muda o valor semântico da oração
adjetiva “que ocorre”: de restritivo para explicativo; mas respeita a
correção gramatical. Há, em nossa gramática, previsão para a mudança
proposta.
Cuidado em dobro você deve ter ao analisar a segunda
parte da proposição. Um texto incoerente não é, necessariamente, aquele
que sofreu leve desvio semântico. Repare, por exemplo, as seguintes frases:
Paulo e João serão homenageados durante a solenidade. Paulo ou João será
homenageado na solenidade. Embora a troca de uma conjunção aditiva por
uma alternativa tenha causado alteração de sentido, isso não quer dizer que
necessariamente a frase se tornou incoerente.
A incoerência se caracteriza pela relação ilógica entre ideias,
ações ou fatos; pela incongruência entre eles; pela falta de harmonia com
elementos antecedentes ou referentes; pela desconexão. Veja um simples
exemplo de incoerência textual: João chegou muito cansado do trabalho.
Afinal, trabalhou dez horas no comércio e ainda teve que suportar uma
viagem estressante de ônibus ao voltar para casa. Lá chegando, trocou de
roupa rapidamente e foi correndo à academia. Ora, não faz muito sentido
uma pessoa estar tão cansada e ir correndo à academia, não é mesmo? Isso
não é incoerência? Se ninguém me der uma explicação satisfatória, vou
começar a achar que "João" não estava tão cansado como o texto diz.
Gabarito – Item certo.
(...) Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência
prematura de seus produtos. Segundo especialistas, esse
comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define
10 o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos.
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Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais
quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e
13 queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem
perceber, vamos construindo uma sociedade descartável.
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
8. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do
texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior
por meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo:
(...) profissionais, conquanto priorizamos (...).
Comentário – Estamos novamente às voltas com a conjunção concessiva
conquanto, que exprime ressalva, objeção em relação a um fato, sem
impedir a realização dele: Conquanto estivesse capacitado para exercer o
cargo, não foi admitido. Ocorre que não se verifica entre os períodos
iniciados por “Por sinal” e “Priorizamos” a ideia de objeção ou ressalva.
Antes, a informação contida no período iniciado por “Priorizamos” justifica o
que se declara no período anterior.
Gabarito – Item errado.
(...)
Não se trata de supor que há, de um lado, a coisa
física ou material e, de outro, a coisa como ideia e
13 significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a
coisa-para-nós, mas o entrelaçamento do físico-material e da
significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz
16 com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo
significativo.
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
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9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento
das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o
conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula.
Comentário – A conjunção no entanto exprime adversidade, oposição,
sentido que não se verifica no último período sintático do texto. Este, salvo
melhor interpretação, é a conclusão do que foi dito.
Gabarito – Item errado.
1 O poder político é produto de uma convenção, não
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,
na liberdade e em outros bens. (...)
Destarte, a razão da organização da sociedade, da
16 formação do poder político e da construção do Estado é a
conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de
modo que eles possam gozar os seus direitos naturais.
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
10. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2),
a argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político
e outras formas de poder.
Comentário – A comparação é feita entre “produto de uma convenção” e
“da natureza”. Além disso, o vocábulo “como” exprime conformidade (=
conforme postulava Aristóteles).
Gabarito – Item errado.
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11. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A substituição da conjunção
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido
conclusivo do parágrafo e a correção gramatical do texto.
Comentário – Aqui foi exigido simplesmente conhecimento da classificação
da conjunção “Destarte” (= desta forma, deste modo, assim sendo, diante
disso), que é pouco utilizada. Frise-se que, no texto, ela exprime ideia
conclusiva, tal como Assim sendo.
Gabarito – Item certo.
1 Na verdade, o que hoje definimos como democracia
só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não
necessariamente de mercado. De modo geral, a
4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado,
assim como desigualdades sociais em geral não contribuem
para a fixação de uma tradição democrática. (...)
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
12. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do
texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a
expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3).
Comentário – A expressão em negrito, conforme o que foi dito acima, tem
valor semântico conclusivo, exprime a consequência, o desfecho de uma
ideia anterior. Esse sentido é diferente do significado da expressão “De
modo geral”, que denota imprecisão, generalização a respeito do que está
sendo considerado.
Gabarito – Item errado.
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(...) Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à
16 linguagem. (...)
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
13. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e
“mas também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois
argumentos mutuamente excludentes.
Comentário – Esses operadores são utilizados na aproximação de
argumentos coordenados entre si e que se adicionam: “as razões da
desqualificação da concepção gramatical da linguagem” e “a indicação do
estatuto que Rousseau confere à linguagem”.
Gabarito – Item errado.
14. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original
do texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foi
pensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos
pela conjunção coordenativa nem.
Comentário – A conjunção “nem” é coordenativa sindética aditiva e
significa “e não”. Portanto não há prejuízo na substituição indicada.
Gabarito – Item errado.
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez
mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade
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4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável
mudança de comportamento das autoridades municipais, que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão.
(...)
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego de vírgula após
“autoridades municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração
subordinada adjetiva explicativa.
Comentário – Está correto o que se declara. A oração depois da vírgula
constitui uma informação de caráter explicativo em relação ao substantivo
“autoridades municipais”. Frise-se que oração adjetiva de caráter restritivo
não é separada pela vírgula.
Gabarito – Item certo.
(...)
37 Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador.
O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para
sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis
40 exceções: alcançamos o estado da arte na produção de
combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos,
uma revolução na produtividade de nossa agricultura e
43 pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de
investimentos que recebeu.
(...) Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet:
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
16. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Mantém-se a relação
existente entre as orações separadas no texto por dois-pontos (l.40),
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caso esse sinal de pontuação seja substituído por vírgula e, após esta,
seja acrescentado o vocábulo pois.
Comentário – Primeiramente, você precisa entender que a oração iniciada
pela forma verbal “alcançamos” é apositiva, isto é, explica, esclarece,
desenvolve o sentido do substantivo “exceções”. A conjunção pois surgida
antes do verbo da oração a que pertence e separada da oração anterior pela
vírgula (“...é claro que com algumas notáveis exceções, pois
alcançamos...”) também introduz segmento de valor semântico explicativo.
Portanto a relação existente entre as orações é preservada com a alteração
proposta pelo examinador.
Gabarito – Item certo.
(...)
Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em
46 protagonista importante da revolução que vai mudar,
profundamente, os processos de produção industrial e
agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de
49 dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao
desenvolvimento tecnológico.
(...)
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet:
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
17. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na linha 46, o pronome “que”
introduz uma oração de sentido explicativo.
Comentário – Perceba que o Cespe gosta de “brincar” com as orações
adjetivas. As explicativas, repito, vêm separadas da sua principal pelo
competente sinal de pontuação (vírgula, travessão, parênteses). Em “...que
vai mudar...”, o pronome relativo introduz oração de sentido restritivo, pois
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especifica, restringe o sentido do substantivo “revolução”: não é qualquer
revolução, e sim a que vai alterar significativamente os processos.
Gabarito – Item errado.
(...) Sua metodologia é
simples — por meio de conversas frequentes com a família, o
13 voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança
morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene,
a administração do soro caseiro e a adoção da farinha de
16 multimistura na alimentação, que se tornou uma solução
simples e emblemática contra a desnutrição. Mas o seu segredo
é um só: a persistência.
Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações).
18. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O trecho “que se tornou uma
solução simples e emblemática contra a desnutrição” (l.16-17) está
precedido por vírgula porque se trata de um trecho com função
restritiva.
Comentário – A oração iniciada pelo pronome relativo “que” tem valor
semântico explicativo e esclarece a importância da adoção da farinha de
multimistura na alimentação. A essa altura, você já deve ter certeza de que
oração adjetiva explicativa vem separada por vírgula, ao contrário da
adjetiva restritiva.
Gabarito – Item errado.
10 (...) Ocorre que, ao dar vazão ao seu
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar
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em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem
13 depara-se com seus limites. (...)
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.).
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações).
19. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A oração iniciada por “ao
dar vazão” (l.10) apresenta uma causa para o homem deparar-se “com
seus limites” (l.13).
Comentário – Não são apenas as subordinadas adjetivas que podem se
apresentar sob a forma reduzida (sem conjunção inicial e com verbo em
uma das formas nominais: particípio, gerúndio e infinitivo); as substantivas
e as adverbiais também. É isso o que se verifica no segmento “ao dar
vazão”. O problema é que o examinador afirmou que ela “apresenta uma
causa”, o que não corresponde aos fatos. A circunstância expressa pela
oração é de tempo. Ela equivale a: “quando dá vazão”.
Gabarito – Item errado.
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção
à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração
dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados
pelo exercício do trabalho. (...)
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).
20. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A relação de significados
que a oração introduzida por “ao adotar” (l.1) mantém com as demais
orações do mesmo período sintático permite que se substitua essa
oração por se adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a correção
gramatical do texto.
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Comentário – Estamos diante de outra oração adverbial reduzida (de
infinitivo). Ela também expressa circunstância de tempo e equivale a:
“quando adota”. Repare que a declaração indica um fato certo, real, positivo
e habitual. A utilização da forma se adotasse (que caracterizaria uma
oração adverbial condicional) tornaria o fato incerto, possível até, mas
hipotético. Isso prejudicaria a coerência e a correção gramatical.
Gabarito – Item errado.
(...) Inovador é o
7 indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em
situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude
de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica
10 para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação
é um percurso de difícil travessia para a maioria das
instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de
13 um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa.
(...)
21. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O período sintático iniciado
por “Inovar significa” (l.12) estabelece, com o período anterior, relação
semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte,
escrevendo-se: Por conseguinte, inovar significa (...).
Comentário – A expressão Por conseguinte integra segmento de valor
semântico conclusivo. Mas a relação estabelecida é de explicação,
justificativa.
Gabarito – Item errado.
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(...)
O imaginário, acionado pela imaginação individual, é
19 pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a
história museológica. Mesmo que possamos pensar que
estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica,
22 porquanto símbolos e estereótipos são olhados e
ressignificados em determinado instante social.
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São
Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações).
22. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Preservam-se as relações
argumentativas do texto bem como sua correção gramatical, caso se
inicie o último período por Ainda, em lugar de “Mesmo” (l.20).
Comentário – A substituição mantém o valor concessivo presente no último
período e não causa nenhum prejuízo gramatical a ele.
Gabarito – Item certo.
O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança
de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no
10 curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As
razões para esse estancamento encontram-se no comportamento
do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes,
13 cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar —
ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
23. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) No trecho “cujo
desenvolvimento econômico (...) expansão” (L.13-14), identifica-se
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relação de causa e consequência entre a construção sintática destacada
com travessão e a oração que a antecede.
Comentário – O conectivo “ainda que” ressalta o valor semântico
concessivo estabelecido na passagem.
Gabarito – Item errado.
1 Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e
traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da
cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais
4 criminosos causam são minúsculos quando comparados com os
de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho
branco e trabalham para as organizações mais poderosas.
(...)
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed.,
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações).
24. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Sem prejuízo para a
coerência textual e a correção gramatical, o trecho “Mas os danos (...)
minúsculos”, que inicia o segundo período do texto, poderia ser
substituído por: Embora os danos causados por esses criminosos
sejam ínfimos (...).
Comentário – A transformação prejudicaria o texto; o argumento ficaria
sem conclusão; a estrutura oracional ficaria incompleta (com falta da
competente oração principal).
Gabarito – Item errado.
25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A correção gramatical e a
coerência do texto seriam preservadas se a oração “que possam ser
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encontrados em uma rua escura da cidade” (L.2-3) estivesse entre
vírgulas.
Comentário – A coerência é afetada com o uso das vírgulas, que
transformam a oração restritiva em explicativa.
Gabarito – Item errado.
No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos
inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam
16 a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de
produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa
forma que são criadas boas oportunidades de trabalho,
19 geradoras de renda, de maneira sustentável.
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações).
26. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo
após o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o
autor do texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados
investimentos voltados para a expansão da produção e para o aumento
da produtividade.
Comentário – A ausência de vírgula faz surgir orações (subordinadas
adjetivas restritivas) que limitam e distinguem o alcance semântico do
substantivo “investimentos”. Caso uma vírgula fosse empregada, as orações
teriam natureza semântica explicativa.
Gabarito – Item certo.
27. (FUNRIO/FUNAI/ADMINISTRADOR/2009) Em “Muito pior é ficar
manipulando grosseiramente as informações, fingindo posição neutra,
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uma pretensa defesa da Democracia.”, a oração reduzida de gerúndio
expressa sentido
A) concessivo.
B) modal.
C) consecutivo.
D) condicional.
E) temporal.
Comentário – Se você pensou que a oração aludida é “ficar
manipulando...”, errou. Em uma locução verbal, o auxiliar indica se se trata
de oração reduzida ou não. Na frase: Tendo de ausentar-se, declarou
vacante seu cargo, temos uma oração reduzida de gerúndio, e não de
infinitivo. Logo, é condição para que a oração seja reduzida que o auxiliar se
encontre representado por uma forma nominal.
A oração reduzida de gerúndio é “fingindo posição
neutra...” , a qual traduz o modo como se realiza a manipulação grosseira
das informações.
Gabarito – B
28. (FUNRIO/FUNAI/ADMINISTRADOR/2009) Assinale a alternativa em que
se classifica corretamente a oração sublinhada:
A) Sabe-se que ela tem sido abjeta. (oração subordinada substantiva
subjetiva).
B) ...comparam esse tipo de censura ao que foi feito no caso do Irã ” ...
(oração subordinada substantiva objetiva direta).
...” (oração C) ... jornalistas americanos que vêm ao patropi a convite
subordinada substantiva completiva nominal).
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. (oração subordinada D) ... sob o argumento de que chocariam as pessoas
substantiva objetiva indireta).
. (oração E) ... fim para aqueles que desvendaram o caso Watergate
subordinada substantiva apositiva).
Comentário – Alternativa A: a oração “que ela tem sido abjeta” funciona
como sujeito do verbo “Sabe-se”, que se flexionou na voz passiva sintética.
Para sua melhor compreensão, experimente transformar a voz verbal em
passiva analítica, substituir a oração subjetiva por um pronome
demonstrativo (ISSO) e antecipá-lo à oração principal: ISSO é sabido.
Alternativa B: a oração “que foi feito no caso do Irã” é
introduzida pelo pronome relativo “que”, restringe o significado do
substantivo “tipo [de censura]” e se classifica como subordinada adjetiva
restritiva.
Alternativa C: também é subordinada adjetiva restritiva a
oração “que vêm ao patropi a convite”. Note que ela é introduzida pelo
pronome relativo “que”, restringe o alcance semântico da expressão
“jornalistas americanos” e não se separa dele por meio de pontuação.
Alternativa D: apesar de ser regida por uma preposição
(“de”), a oração “de que chocariam as pessoas” não complementa o sentido
de um verbo, mas sim de um substantivo abstrato (“argumento”). Ela é,
portanto, subordinada substantiva completiva nominal.
Alternativa E: a oração apositiva vem separada do
substantivo a que se refere por meio de pontuação, a qual não foi
empregada; além disso, ela é introduzida por uma conjunção integrante, e
não por um pronome relativo. A oração “que desvendaram o caso
Watergate” é também subordinada adjetiva restritiva e especifica o sentido
do pronome demonstrativo “aqueles”.
Gabarito – A
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29. (FUNRIO/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/ADMINISTRADOR/2007) “Se, em
vez de atender prontamente à solicitação, o negociante começar a
gaguejar, demonstrar impaciência, o cliente, que já não estava muito
inclinado a ceder, termina por não assinar o contrato (...)”.
A classificação da oração em destaque está CORRETA na opção:
A) oração subordinada substantiva predicativa
B) oração subordinada adjetiva restritiva
C) oração subordinada substantiva objetiva direta
D) oração subordinada adjetiva explicativa
E) oração coordenada sindética explicativa
Comentário – Substitua o conectivo “que” pelo pronome relativo o qual
para constatar que ele também é pronome relativo. Oração introduzida por
pronome relativo se classifica como subordinada adjetiva. Como ela está
entre vírgulas, só pode ter caráter explicativo.
Gabarito – D
“Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Programa Nacional de Segurança
Pública com Cidadania (Pronasci) marca uma iniciativa inédita no
enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de
segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas
que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social
e segurança pública”
30. (FUNRIO/MJ/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) A oração “que levam à
violência” pode ser classificada como:
A) subordinada adverbial causal.
B) coordenada sindética explicativa.
C) subordinada adjetiva restritiva.
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D) subordinada adverbial consecutiva.
E) coordenada assindética.
Comentário – A explicação é semelhante à anterior. Substitua o conectivo
“que” pelo pronome relativo as quais (representante semântico do
antecedente “as causas”) e confirme que a oração “que levam à violência” é
subordinada adjetiva. Mas esta não veio separada do termo que especifica
por meio de vírgula, sendo, pois, restritivo seu valor semântico.
Gabarito – C
31. (FUNRIO/PREF. DE MARICÁ-RJ/AGENTE ADMINISTRATIVO/2007 –
adaptada) “Quero apenas que meu assassinato sirva para acabar com a
impunidade dos jagunços...”
No fragmento destacado, há:
A) duas orações coordenadas (Quero apenas)
B) uma oração subordinada (que meu assassinato sirva)
C) uma oração adjetiva (para acabar ...)
D) duas orações adverbiais (Quero apenas/que meu assassinato sirva)
E) duas orações subordinadas cujos verbos são “sirva” e “acabar”
Comentário – Eis a divisão e a classificação correta de cada oração:
1 – “Quero apenas”: oração principal em relação a 2.
2 – “que meu assassinato sirva”: oração subordinada
objetiva direta em relação a 1 e principal em relação a 3.
3 – “para acabar com a impunidade dos jagunços”: oração
subordinada substantiva objetiva indireta.
Gabarito – E
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32. (FUNRIO/MPOG/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) Marque a opção que
expressa a relação existente entre os períodos seguintes:
“Tornou-se consensual que Machado de Assis não se apaixona pela
política. Inegavelmente nunca a ignorou como cronista ou romancista.”
A) adição.
B) adversidade.
C) causa.
D) condição.
E) explicação.
Comentário – A ideia é a de que Machado, embora não sentisse profundo
entusiasmo pela política, não a desprezava totalmente. Assim sendo, a
alternativa que melhor expressa a relação existente entre os dois períodos é
a segunda.
Gabarito – B
33. (FUNRIO/MPOG/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) “A vida é tão curta, e
morte tão incerta, QUE a inauguração pode fazer-se sem mim...”
O conectivo em destaque no fragmento acima apresenta valor
semântico de
A) conseqüência.
B) causa.
C) finalidade.
D) condição.
E) concessão.
Comentário – O conectivo “QUE” introduz oração que, semanticamente, é a
consequência da declaração anterior.
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A conjunção subordinativa adverbial consecutiva que
normalmente sucede os advérbios de intensidade tão e tanto, que surgem
na oração principal.
Gabarito – A
34. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) “Apesar de
a maioria dos profissionais de saúde considerar-se favorável ao
aleitamento materno, muitas mulheres se mostram insatisfeitas com o
tipo de apoio recebido.”
O uso de “apesar de” no fragmento do texto acima reproduzido introduz
A) uma relação de causa ou motivo do que se afirma na outra parte do
enunciado.
B) uma comparação entre as duas partes do enunciado, com valorização
da primeira.
C) uma ideia oposta à expressa na outra parte do enunciado e que
contraria uma provável expectativa.
D) uma hipótese ou uma condição necessária para que se cumpra o vem
em seguida no enunciado.
E) uma consequência daquilo que se afirma na segunda parte do
enunciado.
Comentário – Apesar de, ainda que, por mais que... são locuções que
exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da
oração principal.
Gabarito – C
35. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) “Mas para
isso ele precisa estar preparado, pois, por mais competente que ele seja
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nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de
promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido se
ele não tiver um olhar atento, abrangente, sempre levando em
consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de
apoio à mulher, entre outros.”
No fragmento acima, “MAS”, “POIS” e “SE” podem ser substituídos,
mantendo o mesmo sentido e fazendo as adequações necessárias,
respectivamente por
A) porém, porque, caso.
B) portanto, assim, e.
C) também, conforme, ou.
D) contudo, como, quando.
E) embora, por isso, que.
Comentário – Essas conjunções possuem, respectivamente, valores
semânticos de adversidade, explicação e condição. Você ainda se lembra das
principais conjunções características de cada grupo? Veja:
– conjunções adversativas: mas, porém, todavia,
entretanto, no entanto, não obstante.
– conjunções explicativas: que, porque, porquanto, pois
(antes do verbo da oração explicativa)
– conjunções condicionais: se; caso; sem que; contanto
que; salvo se; desde que; a menos que; a não ser que; que.
Gabarito – A
36. (FUNRIO/INVEST RIO/ANALISTA DE SISTEMAS/2010) Em “Os
habitantes viram-se forçados a dar-lhe todos os dias duas ovelhas, a
fim de apaziguar o seu furor.”, a expressão “a fim de”, no caso em
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questão, introduz uma finalidade. Dentre as alternativas abaixo com
que se poderia completar o enunciado acima, a expressão cuja palavra
destacada também introduz uma finalidade é
A) Como seu patrono determinara a princípio, assim foi feito. (como)
B) Foram instados a cumprir a vontade do colonizador autoritário. (a)
C) Para saciar a sanha assassina dos revoltosos, concedeu-se à exigência.
(para)
D) As donzelas eram as escolhidas no sacrifício em honra aos deuses. (em)
E) O fato que se terá passado há muitos anos ainda assusta o povo. (que)
Comentário – Alternativa A: o conectivo “Como” traduz valor semântico de
causa.
Alternativa B: a preposição “a” introduz o complemento
indireto de “instados”.
Alternativa C: a preposição “Para” integra segmento que se
constitui na finalidade da concessão.
Alternativa D: a preposição “em” introduz o complemento do
nome “sacrifício”.
Alternativa E: “que” é pronome relativo, introduz oração com
valor semântico de adjetivo restritivo.
Gabarito – C
37. (FUNRIO/IDENE-MG/ANALISTA CONTÁBIL/2008) No fragmento “Do que
a terra mais garrida// Teus risonhos, lindos campos têm mais flores”,
ocorre uma construção de natureza
A) causal.
B) comparativa.
C) concessiva.
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D) conformativa.
E) proporcional.
Comentário – A maneira mais segura de resolver a questão é colocar a
oração principal no início do período: “Teus risonhos, lindos campos têm
mais flores // Do que a terra mais garrida”. Dessa forma fica ressaltada a
comparação entre a quantidade de “flores” dos “Teus risonhos, lindos
campos” e a da “terra mais garrida”. Essa relação comparativa foi
estabelecida por meio da locução “Do que”.
Gabarito – B
38. (FUNRIO/IDENE-MG/ANALISTA CONTÁBIL/2008) No trecho “(...) E para
fazer essa mudança só precisamos de duas coisas: trabalho e
honestidade.”, a preposição “para” introduz a idéia de
A) causa.
B) certeza.
C) concessão.
D) modo.
E) finalidade.
Comentário – A ideia introduzida é de finalidade ou objetivo do que se
precisa.
Gabarito – E
39. (FUNRIO/PREFEITURA DE CORONEL FABRICIANO-MG/FISCAL DE
TRIBUTOS/2008) Ao fim do primeiro parágrafo do texto, ocorrem os
seguintes dois períodos: "Minha resposta foi afirmativa. Eu era uma
criança esperta (...)”. A relação do segundo período com o primeiro é
de:
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A) conseqüência.
B) causa.
C) explicação.
D) finalidade.
E) modo.
Comentário – Você prestou atenção no questionamento? É para analisar a
relação do “segundo período com o primeiro”, e não o contrário. Por que isso
tem importância? Porque existe entre eles uma relação de causa e
consequência. Perceba que o examinador incluiu essas duas circunstâncias
entre as alternativas.
O segundo período indica a causa de a resposta ter sido
afirmativa. Portanto, o primeiro é a consequência do segundo. Poderíamos
até unir tudo em um só período, assim: Como eu era uma criança esperta,
minha resposta foi afirmativa.
Gabarito – B
40. (FUNRIO/FURP/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) A mulher que eu
amo enfeita minha vida, meus sonhos realiza, me faz tanto bem...
O período acima está corretamente analisado na seguinte alternativa:
A) todas as orações do período são coordenadas assindéticas.
B) a última oração do período é coordenada sindética conclusiva.
C) a oração “que eu amo” é intercalada e é introduzida por conjunção.
D) a oração “meus sonhos realiza” é absoluta e independente.
E) três orações são coordenadas, uma é principal e uma é subordinada.
COMENTÁRIO – Vamos logo separar e classificar cada oração:
1 – “A mulher (...) enfeita a minha vida”: coordenada
inicial em relação a 3 e 4 e principal em relação a 2;
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2 – “que eu amo”: subordinada adjetiva restritiva
(introduzida pelo pronome relativo) em relação a 1;
3 – “meus sonhos realiza”: coordenada assindética em
relação a 1 e 4;
4 – “me faz tanto bem...”: coordenada assindética em
relação a 1 e 3.
GABARITO – E
41. (FUNRIO/FURP/AUXILIAR DE ALMOXARIFADO/2010)
Quem parte leva saudades de alguém
Que fica chorando de dor.
Por isso, não quero lembrar
Quando partiu meu grande amor.
A primeira estrofe da letra em Português dessa canção mexicana tem
apenas dois períodos. Se compararmos a primeira oração da estrofe
(“quem parte”) com a última oração (“quando partiu meu grande
amor”), poderemos dizer que ambas são subordinadas
A) mas só a primeira é substantiva, pois a última é adverbial temporal.
B) e ambas são adverbiais: a primeira é concessiva e a última é temporal.
C) e que ambas são substantivas: a primeira é subjetiva e a última é
objetiva direta
D) mas, enquanto a primeira é adjetiva, a última é substantiva.
E) e desempenham uma função acumulativa como coordenadas de outras
orações.
Comentário – A primeira oração exerce função sintática de sujeito do verbo
da oração “leva saudades de alguém” e classifica-se como substantiva
subjetiva.
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A última oração funciona como complemento direto do verbo
“lembrar”, que pertence à oração anterior, e funciona com substantiva
objetiva direta.
Gabarito – C
Por hoje é só, prezado(a) aluno(a). Sugiro que intensifique os
estudos. Não esmoreça por causa dessa ou daquela disciplina. Sempre
haverá dificuldades a serem superadas em qualquer área de nossas vidas,
principalmente quando estivermos diante de grandes conquistas. Meu
conselho é que você esteja realmente decidido(a) a se tornar servidor(a) do
INSS e, por isso mesmo, faça por onde. O que muda a nossa história é o
que decidimos e fazemos, e não o que pensamos e falamos. Se você quer
mesmo trabalhar no Instituto, vá em frente!
Bons estudos e que Deus o(a) abençoe!
Professor Albert Iglésia
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
1 Um lugar sob o comando de gestores, onde os
funcionários são orientados por metas, têm o desempenho
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela
4 eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo —
menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumas
das práticas implantadas com sucesso em um grupo de
7 escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. A
experiência chama a atenção pelo impressionante progresso
dos estudantes depois que ingressaram ali.
(...)
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
1. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece
uma relação de causa entre as informações anteriores e as do período
em que esse termo se apresenta.
1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem
distante das estatísticas que apontam para uma taxa de
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais,
formais e informais. (...)
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações).
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que”
(l. 2) é adjetiva explicativa.
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1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem
eliminar. (...)
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após
“paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa.
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde
Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de
fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação
paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito
oficial.
Opções adaptadas. Internet: <www.tse.gov.br>.
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não
representa continuação coesa e coerente para o trecho acima.
Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições,
o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de
locais em que foram verificados problemas.
1 Uma antiga preocupação dos legisladores do
passado era a de assegurar o direito dos povos de manter
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“os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os
4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em
troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão
de seu poder. (...)
Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
5. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após
“províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa.
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de
cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão,
4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos.
Os manuais de gestão definem groupthinking como um
processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são
7 uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas
diferentes das usuais. (...)
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor
semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na
linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de
Whyte; por isso correspondem a porque tomavam decisões
temerárias e causavam grandes fracassos.
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 6, preservam-se a correção
gramatical e a coerência textual ao se inserir uma vírgula
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imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as
informações possam ser tomadas como uma explicação — e não como
uma caracterização — da expressão “processo mental coletivo”.
(...) Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência
prematura de seus produtos. Segundo especialistas, esse
comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define
10 o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos.
Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais
quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e
13 queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem
perceber, vamos construindo uma sociedade descartável.
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
8. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do
texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior
por meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo:
(...) profissionais, conquanto priorizamos (...).
(...)
Não se trata de supor que há, de um lado, a coisa
física ou material e, de outro, a coisa como ideia e
13 significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a
coisa-para-nós, mas o entrelaçamento do físico-material e da
significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz
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16 com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo
significativo.
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento
das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o
conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula.
1 O poder político é produto de uma convenção, não
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,
na liberdade e em outros bens. (...)
Destarte, a razão da organização da sociedade, da
16 formação do poder político e da construção do Estado é a
conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de
modo que eles possam gozar os seus direitos naturais.
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
10. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2),
a argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político
e outras formas de poder.
11. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A substituição da conjunção
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido
conclusivo do parágrafo e a correção gramatical do texto.
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1 Na verdade, o que hoje definimos como democracia
só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não
necessariamente de mercado. De modo geral, a
4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado,
assim como desigualdades sociais em geral não contribuem
para a fixação de uma tradição democrática. (...)
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
12. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do
texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a
expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3).
(...) Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à
16 linguagem. (...)
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
13. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e
“mas também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois
argumentos mutuamente excludentes.
14. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original
do texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foi
pensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos
pela conjunção coordenativa nem.
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1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez
mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável
mudança de comportamento das autoridades municipais, que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão.
(...)
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego de vírgula após
“autoridades municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração
subordinada adjetiva explicativa.
(...)
37 Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador.
O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para
sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis
40 exceções: alcançamos o estado da arte na produção de
combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos,
uma revolução na produtividade de nossa agricultura e
43 pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de
investimentos que recebeu.
(...) Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet:
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
16. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Mantém-se a relação
existente entre as orações separadas no texto por dois-pontos (l.40),
caso esse sinal de pontuação seja substituído por vírgula e, após esta,
seja acrescentado o vocábulo pois.
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(...)
Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em
46 protagonista importante da revolução que vai mudar,
profundamente, os processos de produção industrial e
agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de
49 dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao
desenvolvimento tecnológico.
(...)
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet:
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
17. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na linha 46, o pronome “que”
introduz uma oração de sentido explicativo.
(...) Sua metodologia é
simples — por meio de conversas frequentes com a família, o
13 voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança
morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene,
a administração do soro caseiro e a adoção da farinha de
16 multimistura na alimentação, que se tornou uma solução
simples e emblemática contra a desnutrição. Mas o seu segredo
é um só: a persistência.
Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações).
18. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O trecho “que se tornou uma
solução simples e emblemática contra a desnutrição” (l.16-17) está
precedido por vírgula porque se trata de um trecho com função
restritiva.
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10 (...) Ocorre que, ao dar vazão ao seu
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem
13 depara-se com seus limites. (...)
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.).
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações).
19. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A oração iniciada por “ao
dar vazão” (l.10) apresenta uma causa para o homem deparar-se “com
seus limites” (l.13).
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção
à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração
dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados
pelo exercício do trabalho. (...)
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).
20. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A relação de significados
que a oração introduzida por “ao adotar” (l.1) mantém com as demais
orações do mesmo período sintático permite que se substitua essa
oração por se adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a correção
gramatical do texto.
(...) Inovador é o
7 indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em
situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude
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de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica
10 para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação
é um percurso de difícil travessia para a maioria das
instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de
13 um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa.
(...)
21. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O período sintático iniciado
por “Inovar significa” (l.12) estabelece, com o período anterior, relação
semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte,
escrevendo-se: Por conseguinte, inovar significa (...).
(...)
O imaginário, acionado pela imaginação individual, é
19 pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a
história museológica. Mesmo que possamos pensar que
estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica,
22 porquanto símbolos e estereótipos são olhados e
ressignificados em determinado instante social.
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São
Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações).
22. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Preservam-se as relações
argumentativas do texto bem como sua correção gramatical, caso se
inicie o último período por Ainda, em lugar de “Mesmo” (l.20).
O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança
de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no
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10 curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As
razões para esse estancamento encontram-se no comportamento
do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes,
13 cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar —
ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
23. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) No trecho “cujo
desenvolvimento econômico (...) expansão” (L.13-14), identifica-se
relação de causa e consequência entre a construção sintática destacada
com travessão e a oração que a antecede.
1 Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e
traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da
cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais
4 criminosos causam são minúsculos quando comparados com os
de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho
branco e trabalham para as organizações mais poderosas.
(...)
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed.,
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações).
24. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Sem prejuízo para a
coerência textual e a correção gramatical, o trecho “Mas os danos (...)
minúsculos”, que inicia o segundo período do texto, poderia ser
substituído por: Embora os danos causados por esses criminosos
sejam ínfimos (...).
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25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A correção gramatical e a
coerência do texto seriam preservadas se a oração “que possam ser
encontrados em uma rua escura da cidade” (L.2-3) estivesse entre
vírgulas.
No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos
inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam
16 a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de
produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa
forma que são criadas boas oportunidades de trabalho,
19 geradoras de renda, de maneira sustentável.
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações).
26. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo
após o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o
autor do texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados
investimentos voltados para a expansão da produção e para o aumento
da produtividade.
27. (FUNRIO/FUNAI/ADMINISTRADOR/2009) Em “Muito pior é ficar
manipulando grosseiramente as informações, fingindo posição neutra,
uma pretensa defesa da Democracia.”, a oração reduzida de gerúndio
expressa sentido
A) concessivo.
B) modal.
C) consecutivo.
D) condicional.
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E) temporal.
28. (FUNRIO/FUNAI/ADMINISTRADOR/2009) Assinale a alternativa em que
se classifica corretamente a oração sublinhada:
A) Sabe-se que ela tem sido abjeta. (oração subordinada substantiva
subjetiva).
” ... B) ...comparam esse tipo de censura ao que foi feito no caso do Irã
(oração subordinada substantiva objetiva direta).
...” (oração C) ... jornalistas americanos que vêm ao patropi a convite
subordinada substantiva completiva nominal).
. (oração subordinada D) ... sob o argumento de que chocariam as pessoas
substantiva objetiva indireta).
. (oração E) ... fim para aqueles que desvendaram o caso Watergate
subordinada substantiva apositiva).
29. (FUNRIO/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/ADMINISTRADOR/2007) “Se, em
vez de atender prontamente à solicitação, o negociante começar a
gaguejar, demonstrar impaciência, o cliente, que já não estava muito
inclinado a ceder, termina por não assinar o contrato (...)”.
A classificação da oração em destaque está CORRETA na opção:
A) oração subordinada substantiva predicativa
B) oração subordinada adjetiva restritiva
C) oração subordinada substantiva objetiva direta
D) oração subordinada adjetiva explicativa
E) oração coordenada sindética explicativa
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“Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Programa Nacional de Segurança
Pública com Cidadania (Pronasci) marca uma iniciativa inédita no
enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de
segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas
que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social
e segurança pública”
30. (FUNRIO/MJ/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) A oração “que levam à
violência” pode ser classificada como:
A) subordinada adverbial causal.
B) coordenada sindética explicativa.
C) subordinada adjetiva restritiva.
D) subordinada adverbial consecutiva.
E) coordenada assindética.
31. (FUNRIO/PREF. DE MARICÁ-RJ/AGENTE ADMINISTRATIVO/2007 –
adaptada) “Quero apenas que meu assassinato sirva para acabar com a
impunidade dos jagunços...”
No fragmento destacado, há:
A) duas orações coordenadas (Quero apenas)
B) uma oração subordinada (que meu assassinato sirva)
C) uma oração adjetiva (para acabar ...)
D) duas orações adverbiais (Quero apenas/que meu assassinato sirva)
E) duas orações subordinadas cujos verbos são “sirva” e “acabar”
32. (FUNRIO/MPOG/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) Marque a opção que
expressa a relação existente entre os períodos seguintes:
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“Tornou-se consensual que Machado de Assis não se apaixona pela
política. Inegavelmente nunca a ignorou como cronista ou romancista.”
A) adição.
B) adversidade.
C) causa.
D) condição.
E) explicação.
33. (FUNRIO/MPOG/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) “A vida é tão curta, e
morte tão incerta, QUE a inauguração pode fazer-se sem mim...”
O conectivo em destaque no fragmento acima apresenta valor
semântico de
A) conseqüência.
B) causa.
C) finalidade.
D) condição.
E) concessão.
34. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) “Apesar de
a maioria dos profissionais de saúde considerar-se favorável ao
aleitamento materno, muitas mulheres se mostram insatisfeitas com o
tipo de apoio recebido.”
O uso de “apesar de” no fragmento do texto acima reproduzido introduz
A) uma relação de causa ou motivo do que se afirma na outra parte do
enunciado.
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B) uma comparação entre as duas partes do enunciado, com valorização
da primeira.
C) uma ideia oposta à expressa na outra parte do enunciado e que
contraria uma provável expectativa.
D) uma hipótese ou uma condição necessária para que se cumpra o vem
em seguida no enunciado.
E) uma consequência daquilo que se afirma na segunda parte do
enunciado.
35. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) “Mas para
isso ele precisa estar preparado, pois, por mais competente que ele seja
nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de
promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido se
ele não tiver um olhar atento, abrangente, sempre levando em
consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de
apoio à mulher, entre outros.”
No fragmento acima, “MAS”, “POIS” e “SE” podem ser substituídos,
mantendo o mesmo sentido e fazendo as adequações necessárias,
respectivamente por
A) porém, porque, caso.
B) portanto, assim, e.
C) também, conforme, ou.
D) contudo, como, quando.
E) embora, por isso, que.
36. (FUNRIO/INVEST RIO/ANALISTA DE SISTEMAS/2010) Em “Os
habitantes viram-se forçados a dar-lhe todos os dias duas ovelhas, a
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fim de apaziguar o seu furor.”, a expressão “a fim de”, no caso em
questão, introduz uma finalidade. Dentre as alternativas abaixo com
que se poderia completar o enunciado acima, a expressão cuja palavra
destacada também introduz uma finalidade é
A) Como seu patrono determinara a princípio, assim foi feito. (como)
B) Foram instados a cumprir a vontade do colonizador autoritário. (a)
C) Para saciar a sanha assassina dos revoltosos, concedeu-se à exigência.
(para)
D) As donzelas eram as escolhidas no sacrifício em honra aos deuses. (em)
E) O fato que se terá passado há muitos anos ainda assusta o povo. (que)
37. (FUNRIO/IDENE-MG/ANALISTA CONTÁBIL/2008) No fragmento “Do que
a terra mais garrida// Teus risonhos, lindos campos têm mais flores”,
ocorre uma construção de natureza
A) causal.
B) comparativa.
C) concessiva.
D) conformativa.
E) proporcional.
38. (FUNRIO/IDENE-MG/ANALISTA CONTÁBIL/2008) No trecho “(...) E para
fazer essa mudança só precisamos de duas coisas: trabalho e
honestidade.”, a preposição “para” introduz a idéia de
A) causa.
B) certeza.
C) concessão.
D) modo.
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E) finalidade.
39. (FUNRIO/PREFEITURA DE CORONEL FABRICIANO-MG/FISCAL DE
TRIBUTOS/2008) Ao fim do primeiro parágrafo do texto, ocorrem os
seguintes dois períodos: "Minha resposta foi afirmativa. Eu era uma
criança esperta (...)”. A relação do segundo período com o primeiro é
de:
A) conseqüência.
B) causa.
C) explicação.
D) finalidade.
E) modo.
40. (FUNRIO/FURP/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) A mulher que eu
amo enfeita minha vida, meus sonhos realiza, me faz tanto bem...
O período acima está corretamente analisado na seguinte alternativa:
A) todas as orações do período são coordenadas assindéticas.
B) a última oração do período é coordenada sindética conclusiva.
C) a oração “que eu amo” é intercalada e é introduzida por conjunção.
D) a oração “meus sonhos realiza” é absoluta e independente.
E) três orações são coordenadas, uma é principal e uma é subordinada.
41. (FUNRIO/FURP/AUXILIAR DE ALMOXARIFADO/2010)
Quem parte leva saudades de alguém
Que fica chorando de dor.
Por isso, não quero lembrar
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Quando partiu meu grande amor.
A primeira estrofe da letra em Português dessa canção mexicana tem
apenas dois períodos. Se compararmos a primeira oração da estrofe
(“quem parte”) com a última oração (“quando partiu meu grande
amor”), poderemos dizer que ambas são subordinadas
A) mas só a primeira é substantiva, pois a última é adverbial temporal.
B) e ambas são adverbiais: a primeira é concessiva e a última é temporal.
C) e que ambas são substantivas: a primeira é subjetiva e a última é
objetiva direta
D) mas, enquanto a primeira é adjetiva, a última é substantiva.
E) e desempenham uma função acumulativa como coordenadas de outras
orações.
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GABARITO
1. Item errado
2. Item errado
3. Item certo
4. Item certo
5. Item certo
6. Item certo
7. Item certo
8. Item errado
9. Item errado
10. Item errado
11. Item certo
12. Item errado
13. Item errado
14. Item errado
15. Item certo
16. Item certo
17. Item errado
18. Item errado
19. Item errado
20. Item errado
21. Item errado
22. Item certo
23. Item errado
24. Item errado
25. Item errado
26. Item certo
27. B
28. A
29. D
30. C
31. E
32. B
33. A
34. C
35. A
36. C
37. B
38. E
39. B
40. E
41. C