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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O INSS
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
AULA 8
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Olá! Hoje é a última aula deste curso preparatório para o
concurso do INSS. Quero aproveitar para agradecer sua companhia durante
esses “encontros”. Sou grato pelas sugestões, críticas e elogios. Tudo isso
fez com que eu procurasse melhorar progressivamente o conteúdo das
aulas. Tenha a certeza de que o material que você possui reflete a tendência
da Funrio. Com ele, você é capaz de fazer uma ótima prova de Língua
Portuguesa.
Resta-nos ainda tratar de um assunto importante:
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS
Não consta no seu edital o manual de redação que servirá de
base para a elaboração das questões sobre o assunto; mas nos basearemos
no Manual de Redação da Presidência da República, que é observado no
âmbito do Poder Executivo federal.
Nesta aula, partiremos das questões de provas anteriores para a
exposição do conteúdo teórico. Como é pequeno o número de questões da
Funrio sobre a redação, terei que usar questões de outras bancas
examinadora.
1. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) Com base no Manual de
Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. O padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que
não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o
uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada.
II. Não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o
uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. O jargão
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua
compreensão limitada.
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III. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-
se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações
encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes
dirigidos aos cidadãos.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas
Gabarito – C
Comentário – As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse
objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados
grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem
sua compreensão dificultada.
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a
língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma
imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com
outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a
entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por
essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as
transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas
de si mesma para comunicar.
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A língua escrita, como a falada, compreende diferentes
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a
um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que
incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer
jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao
uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e
concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de
que o padrão culto é aquele em que
a) se observam as regras da gramática formal, e
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos
usuários do idioma.
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos
vocabulares, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
compreensão por todos os cidadãos.
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a
simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de
expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de
linguagem próprios da língua literária.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um
“padrão oficial de linguagem” (preste muita atenção!); o que há é o uso
do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá
preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa
tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica,
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necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem
burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois
terá sempre sua compreensão limitada.
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos
rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada
área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles
familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em
comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em
expedientes dirigidos aos cidadãos.
2. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) Com base no Manual de
Redação da Presidência da República, devem constar do cabeçalho ou
do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:
I. nome do órgão ou setor;
II. endereço postal;
III. telefone e endereço de correio eletrônico.
Analise os itens acima e assinale
(A) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
(B) se apenas os itens I e III estiverem corretos
(C) se apenas o item I estiver correto
(D) se nenhum item estiver correto
(E) se todos os itens estiverem corretos
Gabarito – E
Comentário – Está tudo certo; mas quais são as “pegadinhas”? As
informações são do remetente (entendeu?) e elas devem constar no
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cabeçalho ou no rodapé (o mais usual, na prática, é constar no cabeçalho;
mas o manual diz que pode ser em um lugar ou em outro).
3. (FGV/CODESP/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2010) Num diálogo com um
deputado federal, o pronome indicado para se dirigir a ele é
(A) Sua Excelência
(B) Vossa Excelência
(C) Ilustríssimo Senhor
(D) Vossa Eminência
(E) Sua Eminência
Gabarito – B
Comentário – Abaixo consta uma tabela com as designações adequadas
para o tratamento de diversas autoridades. Antes, porém, preciso ressaltar
uma coisinha: o examinador fez questão de dizer que o diálogo se dá
diretamente com a pessoa. Isso faz muita diferença. Quando falamos com
a pessoa, usamos Vossa; quando falamos da pessoa, usamos Sua. É por
isso que a primeira alternativa – creio que ela não está lá por acaso – não
serve como resposta.
AUTORIDADESFORMA DE
TRATAMENTOABREVIATURA VOCATIVO
Presidente da República; Presidente do Congresso Nacional; Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Vossa ou Sua Excelência
V. Ex.ª Excelentíssimo Senhor + cargo
Vice-Presidente; Ministros de Estado; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional;Advogado-Geral da União; Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Chefe da Corregedoria Geral da União; Chefe da Casa Civil da Presidência da
Vossa ou Sua Excelência
V. Ex.ª Senhor + cargo
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República;Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;Secretários de Estado dos Governos Estaduais;Prefeitos Municipais; Deputados Federais e Senadores; Membros de Tribunais; Ministro do Tribunal de Contas da União;Deputados Estaduais e Distritais; Presidentes das Câmaras Legislativas e Municipais;Juízes; Auditores da Justiça Militar; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;Ministros dos Tribunais Superiores.
Demais autoridades e particulares Vossa ou Sua Senhoria
V. S.ª
Senhor + cargo ou para autoridadeque não possuir cargo:Senhor Fulano de Tal
Reitores de Universidades Vossa ou Sua Magnificência
V. M. Magnífico Reitor
PapaVossa ou Sua Santidade
V.S. Santíssimo Padre
Cardeais
Vossa ou Sua Eminência ouVossa ou Sua Eminência Reverendíssima
V. Em.ª ou
V. Em.ª Revm.ª
Eminentíssimo Senhor Cardeal ouEminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal
Arcebispos e Bispos Vossa ou Sua Excelência Reverendíssima
V. Ex.ª Revm.ª
Excelentíssimo ouReverendíssimo Senhor + título
Sacerdotes, Clérigos e demais Vossa ou Sua V. Rev. Reverendo
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religiosos Reverência
ATENÇÃO! Não use o tratamento digníssimo (DD), pois a dignidade é um
pressuposto do cargo.
O superlativo ilustríssimo (Ilmo.) também é dispensado.
Doutor (Dr.) não é forma de tratamento, mas sim título
acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. É admissível
apenas para quem concluiu curso universitário de doutorado.
Por força da tradição, o uso para advogados e médicos é
flexibilizado.
4. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Nas comunicações
oficiais que se destinam a particulares e a autoridades às quais não
couber o tratamento “Vossa Excelência”, o Manual de Redação da
Presidência da República menciona algumas particularidades, entre as
quais se inclui
A) a restrição ao uso do tratamento “digníssimo” (DD), que só cabe nas
correspondências endereçadas ao Presidente da República.
B) a obrigatoriedade de uso do pronome Vossa Magnificência em
comunicações dirigidas a reitores e a diretores de faculdades.
C) a exigência de emprego do pronome Vossa Eminência ou Vossa
Reverência, em comunicações a cardeais, bispos e arcebispos.
D) a permissão do uso do pronome você em ofícios informais ou em
correspondências particulares entre servidores da mesma repartição.
E) a dispensa do emprego do superlativo “ilustríssimo” (Ilmo.) para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares.
Gabarito – E
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Comentário – As formas “digníssimo” e “ilustríssimo” estão abolidas, sem
exceção.
O tratamento Vossa Magnificência é exclusivo para reitores
de universidades. Os diretores fazem jus à forma Vossa Senhoria.
O tratamento para cardeais é Vossa ou Sua Eminência ou
Vossa ou Sua Eminência Reverendíssima; para bispos e arcebispos é Vossa
ou Sua Excelência Reverendíssima.
Não existem “ofícios informais” no serviço público. Ofício e
memorando, por exemplo, são documentos oficiais e, como todos os outros,
estão alcançados pelas normas de redação oficial, que preveem o uso formal
dos pronomes de tratamento.
5. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – ÁREA
S1/2009) Os pronomes e locuções pronominais de tratamento têm larga
tradição na língua portuguesa e são empregados como expediente
linguístico de distinção e de respeito.
Sobre o pronome de tratamento “Vossa Excelência”, é correto afirmar
que é empregado para as seguintes autoridades do Poder Legislativo:
A) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores; Conselheiros dos
Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas
Municipais.
B) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de
Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
C) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores; Conselheiros dos
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Tribunais de Contas Estaduais e Municipais; Presidentes das Câmaras
Legislativas Municipais.
D) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
Estaduais; Representantes Comunitários.
E) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
Estaduais e Municipais.
Gabarito – B
Comentário – Se você teve dúvidas, consulte novamente a tabela anterior,
que esclarece quais são as autoridades que devem ou ser tratadas por Vossa
Excelência e pelos outros pronomes.
6. (FGV/CAERN/ADMINISTRADOR/2010) Com base no Manual de Redação
da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a
exijam, devendo-se evitar o seu uso indiscriminado. Certos
rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a
determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com
eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em
comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em
expedientes dirigidos aos cidadãos.
II. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se
definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão
pelo leitor. No entanto, a clareza não é algo que se atinja por si só: ela
depende estritamente das demais características da redação oficial. Para
ela concorrem a impessoalidade, que evita a duplicidade de
interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista
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dado ao texto; o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação
restrita, como a gíria e o jargão; a formalidade e a padronização, que
possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; a concisão, que
faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe
acrescentam.
III. Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Deve-se
evitar usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, deve-se empregá-
lo apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por
terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar
por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em
Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada
formalidade às comunicações.
Assinale
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta
Gabarito – B
Comentário – Esta questão vem confirmar o que eu já disse até aqui. Vou
aproveitá-la para expandir o comentário sobre as características gerais do
texto administrativo, que incluem aspectos mencionados no item II.
1 – Impessoalidade
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Tem relação com três aspectos:
a) Ausência de impressões individuais de quem
comunica:
:b) Impessoalidade de quem recebe a comunicação
cidadão (público) ou órgão público;
: interesse c) – Caráter impessoal do assunto tratado
público.
Em outras palavras, isso quer dizer que a comunicação,
embora assinada por uma pessoa física competente para essa finalidade,
não deve conter o juízo que, possivelmente, ela faz do assunto tratado. Seja
quem for – o chefe do departamento, o diretor ou superintendente da
instituição, o garçom, o motorista etc. –, estará sempre agindo em nome da
Administração, sendo ele o representante dos interesses dela. Sua opinião
particular deve ser guardada para outra ocasião.
Além disso, a pessoa que recebe a comunicação – seja
pessoa física, seja pessoa jurídica – não deve ser tratada com informalidade,
favorecimento ou discriminação pelo fato de, eventualmente, manter algum
vínculo afetivo com a pessoa responsável pela emissão do documento
(signatário). O tratamento, para quem quer seja, deve ser igual, baseado
nos princípios da impessoalidade e da imparcialidade. Não convém nesse
tipo de redação a utilização de adjetivos, advérbios, diminutivos e outras
expressões que denotem carinho, admiração, submissão, ironia, desprezo.
Por fim, um agente púbico não deve usar a prerrogativa do
cargo nem se valer dos meios públicos para tratar de assuntos de seu
interesse particular. Deve ele sempre agir no interesse da Administração,
que é o bem comum, o bem público.
2 – Linguagem formal
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Os textos oficiais devem permitir a compreensão de todo e
qualquer cidadão brasileiro. Por isso, evitam-se gírias, regionalismos
vocabulares, jargões técnicos e estrangeirismos. No lugar dessas
expressões, usa-se a norma padrão da língua, isto é, a gramática
normativa (aquelas regras ensinadas nas escolas, nos cursinhos...). Além
disso, deve-se preferir um vocabulário simples (imagine o que o leitor do
seu texto sentiria se tivesse que lê-lo com um dicionário ao lado).
Entende-se que a norma padrão da língua está acima das
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos
vocabulares etc. Mas é importante ressaltar que:
a) simplicidade de expressão não é pobreza de
expressão – evita-se a linguagem rebuscada, os contorcionismos sintáticos e
as figuras de linguagem próprios da língua literária;
b) quanto à linguagem técnica, ela deve ser empregada
somente em situações que a exijam; portanto, seu uso indiscriminado deve
ser evitado.
3 – Formalidade e padronização
A formalidade de tratamento diz respeito tanto à polidez, à
civilidade no enfoque dado ao assunto, quanto ao uso adequado dos
pronomes de tratamento.
A padronização alcança ainda o tipo de papel usado para
o texto definitivo, a correta diagramação do texto. (Mais à frente
detalharei esse tópico para você, inclusive com exemplos extraídos do
próprio manual da PR)
4 – Concisão
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Diz respeito à economia linguística. Dispensam-se
palavras inúteis, redundâncias ou repetições desnecessárias, que
servem apenas para “encher linguiça”.
Concisão não se confunde com economia de pensamento.
Passagens importantes do texto não devem ser eliminadas no afã de reduzir
o tamanho do texto. Portanto, atente para a hierarquia de ideias
(fundamentais X secundárias) e dispense as que não forem significativas.
Pelo menos dois fatores contribuem para a concisão:
a) conhecimento do assunto a ser tratado e
b) uma boa revisão do texto escrito.
5 – Clareza
Refere-se à compreensão do texto pelo leitor. Aliás, só é
possível haver comunicação eficaz quando locutor e interlocutor se
entendem. Imagine, por exemplo, dois falantes de línguas distintas
conversando, sem que nenhum deles entenda a língua do outro e sem que
haja algum intérprete. Que confusão!
Se pretendemos ser compreendidos por quem lerá o nosso
texto, é fundamental que nos importemos com o significado das palavras
e expressões empregadas no texto, bem como com as construções
sintáticas elaboradas ao redigirmos.
Existem alguns fatores que comprometem a clareza e, por
isso mesmo, devem ser evitados:
a) ambiguidade;
b) passagens obscuras;
c) erros de ortografia e gramaticais.
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Aqui vai um lembrete importante: esclareça os termos
técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos
que não possam ser dispensados.
A partir da tabela1 abaixo, obtemos vários exemplos de
textos obscuros, os quais devem ser evitados. Combinando-se as
expressões das várias colunas, podem ser feitas várias “frases” com uma
característica comum: nenhuma delas tem sentido!
6 – Coesão
É a relação linear entre as sentenças, ou seja, o perfeito
“ajustamento” entre palavras, expressões, frases, períodos e
1KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever melhor o português. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. p.18 - 19. Segundo o autor, o quadro consta da
obra de Cesare Marchi Impariamo Italiano (“Aprendamos o Italiano”) Milão, Rizzoli Ed., 1984, e teria sido elaborado por dois professores universitários italianos no estudo “Prontuário de frases para todos os usos para preencher o vazio de nada”.
COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D COLUNA E COLUNA F COLUNA G 1. Anecessidadeemergente
secaracterizapor
uma correta relação entre estrutura e superestrutura
no interesse primário da população,
substanciando e vitalizando,
numa ótica preventivae não mais curativa,
atransparênciade cada ato decisional.
2. O quadro normativo
prefigura a superação de cada obstáculo e/ou resistência passiva
semprejudicar o atual nível das contribuições,
não assumindo nunca como implícito,
no contexto de um sistemaintegrado,
umindispensávelsalto de qualidade.
3. O critério metodológico
reconduz a sínteses
a pontual correspondênciaentre objetivos e recursos
com critérios não-dirigísticos,
potenciando e incrementando,
na medida em que isso sejafactível,
oaplanamento dediscrepânciase discrasias existentes.
4. O modelo de desenvolvimento
incrementa o redirecionamento das linhas de tendências em ato
para além das contradiçõese dificuldades iniciais,
evidenciando e explicitando,
em termos de eficácia e eficiência,
a adoção de umametodologia diferenciada.
5. O novo tema social
propicia o incorporamentodas funções e a descentralizaçãodecisional
numa visão orgânica e nãototalizante,
ativando e implementando,
a cavaleiro da situação contingente,
a redefinição de uma nova figura profissional.
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parágrafos de um texto. Aponta para as relações sintáticas do texto.
Ela é obtida por meio do que chamamos de elementos coesivos:
a) advérbios (lá, aqui etc.);
b) locuções adverbiais (de vez em quando, em cima etc.);
c) conjunções coordenativas e subordinativas (mas, porque
etc.);
d) locuções conjuntivas (mesmo que, par que etc.);
e) preposições (de, para, com etc.);
f) locuções prepositivas (diante de, a partir de etc.);
g) itens continuativos (então, daí etc.)
Imagine um montador que precisa aprontar um móvel – um
armário de parede, por exemplo – de um cliente. Sem dúvidas, ele fará isso
usando parafusos, arruelas, buchas etc. E não podem ser de qualquer
tamanho ou espessura. Cada item desses deve ser escolhido
adequadamente, de acordo com o peso do móvel e do que ele vai guardar.
Tudo para deixar seu armário bem ajustado, para não desmontar em
seguida!
Pois é assim que os elementos coesivos funcionam. Eles
“apertam”, ajustam, unem as partes do texto, dão sustentação a elas.
7 – Coerência
Enquanto a coesão diz respeito às relações sintáticas do
texto, a coerência aponta para a manutenção da sequência lógica
argumentativa. Isso quer dizer que não deve haver contradições e
mudanças bruscas no rumo do pensamento. As relações semânticas
entre as ideias do texto devem estar em perfeita harmonia.
8 – Uniformidade
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É obtida com a padronização, que permite que
comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem
entre si certa uniformidade.
7. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2008) A respeito da
redação oficial, analise as afirmativas a seguir:
I. As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a
certas regras de forma: além das exigências de impessoalidade e uso do
padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de
tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto
emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade
de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à
civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a
comunicação.
II. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-
se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações
encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes
dirigidos aos cidadãos.
III. Não há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita.
Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer
alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros
elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a
entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis
por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as
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transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se
apenas de si mesma para comunicar.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito – A
Comentário – Do que foi visto até agora, constata-se que o item III está
errado, mas apenas em um detalhe: em dizer que “Não há necessariamente
uma distância entre a língua falada e a escrita”. Eu disse ao comentar a
primeira questão que há necessariamente uma distância entre a língua
falada e a escrita. Acho que o examinador testou a atenção dos candidatos e
inseriu o advérbio de negação no primeiro período.
8. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2008) A respeito
dos documentos na redação oficial, analise as afirmativas a seguir:
I. Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais
autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos
oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do
ofício, também com particulares.
II. O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
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hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se,
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode
ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a
exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a serem adotados por
determinado setor do serviço público.
III. Quanto à forma, o memorando não segue o modelo do padrão ofício,
além de ter seu destinatário mencionado pelo cargo que ocupa.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito – A
Comentário – O erro foi ter dito que “o memorando não segue o modelo do
padrão ofício”. Os três documentos que seguem esse tal padrão são
memorando, ofício e aviso. A segunda parte da informação está correta.
O PADRÃO OFÍCIO
Existem três tipos de documentos que se DIFERENCIAM
ANTES PELA FINALIDADE do que pela forma: o ofício, o aviso e o
memorando. Com o fito de uniformizá-los, adota-se uma diagramação única,
que siga o que chamamos de padrão ofício.
! Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos
casos em que estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos (vamos
analisar duas questões!)
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9. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Na organização
das partes de um documento no Padrão Ofício, há uma exceção quanto
à obrigatoriedade de numeração dos parágrafos. É a que ocorre quando
A) o texto contém apenas um parágrafo.
B) algum dos parágrafos contém uma citação ou transcrição.
C) o documento inclui gráficos ou tabelas no corpo do texto.
D) eles estão organizados em itens ou títulos e subtítulos.
E) o redator opta por não fazer afastamento da margem esquerda.
Gabarito – D
Comentário – Muita atenção! Só há uma ressalva quanto à numeração dos
parágrafos: exceto nos casos em que estejam organizados em itens
ou títulos e subtítulos. O Manual não mencionou o caso previsto na
primeira alternativa.
10. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Na
organização das partes de um documento no Padrão Ofício, é
obrigatório que os parágrafos do texto
A) informem o tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão
administrativo que o expede.
B) tenham início junto à margem esquerda da primeira linha, sem nenhum
distanciamento.
C) sejam numerados, exceto nos casos em que eles estejam organizados
em itens ou títulos e subtítulos.
D) incluam os comentários sobre o documento encaminhado para conferir
maior objetividade à exposição.
E) apresentem sob a forma de tópicos roteirizados os assuntos que
motivam a comunicação.
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Gabarito – C
Comentário – Com relação aos parágrafos do texto, é necessário que sejam
numerados, exceto nos casos em que eles estejam organizados em itens ou
títulos e subtítulos. Tudo o que foi dito nas demais alternativas é falso.
! Tipo da fonte: Times New Romam.
! Tamanho da fonte: 12 para o corpo do texto; 11 para as
citações; 10 para as notas de rodapé.
! Espaçamento: simples entre linhas; 6 pontos entre
parágrafos; ou uma linha em branco se o editor de texto utilizado não
possuir tal recurso.
! As páginas devem ser numeradas a partir da segunda.
! Não se deve abusar de negrito, itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, relevo, bordas ou qualquer outra formatação que
afete a sobriedade do documento.
! Impressão: cor preta e em papel branco (colorida somente
para gráficos e ilustrações necessários); tamanho A-4; pode ser feita em
ambos os lados do papel (neste caso as distâncias das margens serão
invertidas: “margem espelho”).
! Documento de texto: preferencialmente, formato de
arquivo Rich Text.
! Dentro do possível, preservar os documentos elaborados
para consulta posterior e aproveitamento de trechos em casos análogos.
! Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem
ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do
documento + palavras-chaves do conteúdo: Ex.: Of. 123 - relatório
produtividade ano 2002.
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11. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Na forma de
apresentação dos documentos do Padrão Ofício, deve-se obedecer à
seguinte recomendação quanto à fonte:
A) utilizar a fonte do tipo Arial de corpo 12 no texto em geral, 11 nas
citações, e 10 nas notas de rodapé.
B) utilizar a fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em
geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.
C) utilizar a fonte do tipo Times New Roman de corpo 11 no texto em
geral, 10 nas citações e nas notas de rodapé.
D) utilizar a fonte do tipo Arial de corpo 11 no texto em geral, 10 nas
citações e nas notas de rodapé.
E) utilizar a fonte do tipo Arial de corpo 11 no texto em geral e Times New
Roman de corpo11 nas citações e 10 nas notas de rodapé.
Gabarito – B
Comentário – Aqui não pode haver variação: a fonte é do tipo Times New
Roman, de tamanho 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
de rodapé.
Partes do texto
Quando não se
tratar de mero
encaminhamento
Quando se tratar de mero
encaminhamento
Introdução
Apresentação do
assunto
Evite o uso das
formas: “Tenho a
honra de”; “Tenho
o prazer de”;
Deve ser feita
referência ao
documento que
solicitou a
informação.
“Em resposta ao
Aviso nº
45/2010/SAJ-
PR, de 1º de
abril de 2010,
encaminho em
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“Cumpre-me
informar que”.
Seja objetivo!
anexo cópia do
Ofício nº
34/2010/DGA-
PR, de 10 de
abril de 2010,
do
Departamento
Geral de
Administração,
que trata da
requisição do
servidor Fulano
de Tal.”
Desenvolvimento
Detalhamento do
assunto
Havendo mais de
uma ideia sobre o
assunto, cada uma
delas deverá ficar
em um parágrafo
distinto (clareza).
Havendo
necessidade de se
fazer algum
comentário sobre
o assunto,
poderão ser
acrescentados
parágrafos de
desenvolvimento.
Conclusão
Reafirmação da
posição
recomendada
sobre o assunto.
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12. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Entre as partes
que compõem um documento no Padrão Ofício, inclui-se a indicação do
local e da data em que foi assinado. Tais informações colocam-se
A) por extenso, com alinhamento à direita e posicionadas ao final do texto,
antes da assinatura do autor da comunicação e da identificação do
signatário.
B) por extenso, com alinhamento à direita e posicionadas logo abaixo da
identificação do tipo, número do expediente e da sigla do órgão que o
expede.
C) abreviadamente, com afastamento da margem e posicionadas logo
abaixo da identificação do tipo e número do expediente e sigla do órgão
que o expede.
D) abreviadamente, com afastamento da margem e posicionadas ao final
do texto, antes da assinatura do autor da comunicação e da
identificação do signatário.
E) centralizadas ao final do texto, antes da assinatura do autor da
comunicação e da identificação do signatário e antes da identificação do
nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação.
Gabarito – B
Comentário – A melhor maneira de explicar a resposta certa é exemplificar
como a data é escrita em ofícios, memorandos e avisos:
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Aviso no 45/1991/SCT-PR Brasília, 1º de fevereiro de 1991.
A Sua Excelência o Senhor [Nome e cargo]
Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público.
Senhor Ministro,
1. Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital. 2. O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990.
Atenciosamente,
[NOME DO SIGNATÁRIO] [Cargo do Signatário]
Memorando nº 118/1991/DJEm 12 de abril de 1991
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento. 2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.
Atenciosamente,
[NOME DO SIGNATÁRIO] [Cargo do Signatário]
[Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]
5 cm [Endereço para correspondência]. [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico]
Ofício no 524/1991/SG-PR Brasília, 27 de maio de 1991.
A Sua Excelência o Senhor Deputado [Nome] Câmara dos Deputados 70.160-900 – Brasília – DF
Assunto: Demarcação de terras indígenas
Senhor Deputado, 2,5 cm
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no
154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas regionais. 3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civil. 5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas.
3 cm
1,5cm
3,5 cm
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade.
Atenciosamente,
[NOME DO SIGNATÁRIO] [Cargo do Signatário]
2
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Ofício
Expedido por e para
as demais autoridades
(órgãos distintos)
Expedido também
para particulares.
Quando o ofício for
endereçado a mais de um
destinatário, chama-se
ofício-circular.
Aviso
Expedido
exclusivamente por
ministros de Estado
para autoridade de
mesma hierarquia.
Memorando
Comunicação entre
unidades
administrativas de um
mesmo órgão
(comunicação
interna).
Possui caráter
administrativo.
Empregado para expor
projetos, ideias, diretrizes,
etc. a serem adotados por
determinado setor público.
Marcado pela agilidade
na tramitação e
simplicidade
burocrática. Os
despachos devem se
dados no próprio
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documento ou em folha
de continuação.
Exposição
de Motivos
Expedido por Ministro.
Dirigido ao presidente
ou ao vice-presidente
da República.
Serve para:
a) informar determinado
assunto;
b) propor alguma medida;
c) submeter projeto de ato
normativo.
Se envolver mais de um
Ministério, será assinada
por todos os envolvidos
(interministerial)
Segue o padrão
ofício se for
informativo.
Se for para propor
alguma medida ou
submeter projeto
de ato normativo,
é acompanhado de
anexo em modelo
específico.
Ata
(não
abordado
pelo Manual
Registro sucinto de
fatos, ocorrências,
resoluções e decisões
de uma assembleia,
Devem-se evitar as
abreviaturas, e os números
são escritos por extenso.
Verificando-se qualquer
engano no momento da
redação, deverá ser
imediatamente
Assinam:
presidente,
secretário e
membros (as
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da PR) sessão ou reunião. Escreve-se tudo
seguidamente (não há
divisões de parágrafos),
sem rasuras, emendas ou
entrelinhas.
retificado empregandose
palavras retificadoras:
“digo”
Na hipótese de qualquer
omissão ou erro depois
de lavrada a Ata, farseá
uma ressalva: “em
tempo”.
“Na linha. , onde se
lê......, leia-se. ........”.
assinaturas destes
podem constar em
uma lista ou livro
de presenças)
Mensagem
Instrumento de
comunicação entre os
chefes dos Poderes.
Obs.: minuta de
Mensagens mais usuais
expedidas pelo Executivo
ao Congresso Nacional:
a) encaminhamento de
projeto de lei; b)
A mensagem, como os
demais atos assinados
pelo presidente da
República, não traz
identificação de seu
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mensagem pode ser
encaminha pelos
Ministérios à
Presidência da
República, a cuja
acessorias caberá a
redação final.
encaminhamento de
medida provisória; c)
indicação de autoridades (o
currículo do indicado,
devidamente assinado,
acompanha a mensagem);
d) pedido de autorização
para o Presidente ou o
Vice-Presidente se
ausentarem do País por
mais de 15 dias; e)
encaminhamento de atos
de concessão e renovação
de concessão de emissoras
de rádio e TV; f)
encaminhamento de
signatário.
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prestação de contas de
exercício anterior; g)
mensagem de abertura da
sessão legislativa (o
portador da mensagem é o
Chefe da Casa Civil e vai
encadernada em forma de
livro para todos os
congressistas); h)
comunicação de sansão
(dirigida aos membros do
Congresso, por meio de
Aviso ao primeiro
secretário da Casa); i)
comunicação de veto
(dirigida ao presidente do
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Senado).
Telegrama
Trata-se de forma de
comunicação
dispendiosa aos cofres
públicos e
tecnologicamente
superada.
Seu uso restringe-se aos
casos em que:
a) não seja possível o uso de fax;
b) não seja possível o uso de correio eletrônico; e
c) a urgência justifique.
Não há padrão rígido;
sua forma e estrutura
seguem os formulários
disponíveis nas agências
dos Correios e em seu
sítio na Internet.
Fax
Para transmissão
antecipada de
mensagens e
documentos urgentes,
quando não é possível
o envio deles por
correio eletrônico.
O documento original,
quando necessário, deve
seguir posteriormente pela
via e na forma normal.
O arquivamento, se
necessário, deve ser
feito com cópia do fax,
pois o papel do próprio
fax se deteriora
rapidamente.
Correio Principal forma de Flexibilidade: não interessa A mensagem que Sempre que
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13. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA CONTÁBIL/2008) Com base no
Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas
a seguir:
I. Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento
“digníssimo”. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer
cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
II. Em comunicações oficiais, é correto usar o vocativo “Excelentíssimo
Senhor Senador”.
III. É recomendável evitar expressões como “Tenho a honra de”.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
Gabarito – A
Comentário – Como já comentei nesta aula o fundamento do item I,
permita-me ressaltar apenas os outros dois.
De acordo com a tabela que se inicia na página 5, o
vocativo Excelentíssimo Senhor + Cargo é privativo dos chefes dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário. Para senador, o vocativo adequado é
apenas: Senhor Senador.
A respeito de algumas expressões que devem ser evitadas,
a tabela constante na página 16 esclarece a questão; mas é bom relacionar
outras que sofrem a mesma restrição, pois também caracterizam falta de
objetividade: “De ordem do(a)...”; “Aproveitamos o ensejo...”; “A presente
tem a finalidade de...”; “O assunto em epigrafe...”; “Vimos por meio
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33
desta...”; “Sem mais nada para o momento...”; “Estamos a sua inteira
disposição...”; e outras semelhantes.
O uso do gerúndio também deve ser comedido,
principalmente quando surge em uma locução verbal. Segmentos como
“estamos informando” pode ser escrito, de maneira concisa, assim:
informamos. E o que dizer, por exemplo, dos famosos “Vou estar
providenciando”, “Vou estar transferindo”, em que surgem a construção
INFIRNITIVO + GERÚNDIO? Melhor nem comentar!
14. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA CONTÁBIL/2008) A respeito do
Padrão Ofício, conforme ensina o Manual de Redação da Presidência da
República, analise as afirmativas a seguir.
I. Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos
em papel ofício.
II. Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados
da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento +
palavras-chave do conteúdo.
III. Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto
em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
Gabarito – D
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Comentário – Aprendemos isso quando tratamos dos documentos que se
conformam com o padrão ofício (páginas 16 a 18). Portanto o único
problema diz respeito ao “papel ofício”. O correto é papel A 4. Parece que o
examinador fez um jogo de palavras com as expressões padrão ofício e
papel ofício.
15. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008 – adaptada)
Contemporaneamente, os fechos para comunicação são:
(A) somente “atenciosamente” e “respeitosamente”.
(B) preferencialmente “atenciosamente” e “cordialmente”.
(C) somente “cordialmente” e “respeitosamente”.
(D) preferencialmente “cordialmente” e “respeitosamente”.
(E) somente “atenciosamente” e “cordialmente”.
Gabarito – A
Comentário – O fecho tem a finalidade de marcar o final do texto e saudar
o destinatário. Ele, o fecho, não é numerado como os demais parágrafos.
Além disso, os fechos utilizados atualmente nos documentos oficiais são os
seguintes:
– “Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive
quando se tratar do presidente da República;
– “Atenciosamente”, para autoridades de mesma hierarquia
ou de hierarquia inferior.
Ficam excluídas as comunicações dirigidas a autoridades
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios.
16. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Para arrematar o
texto e saudar o destinatário, a recomendação do Manual de Redação
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35
da Presidência da República é que se padronizem os fechos de todas as
modalidades de comunicação, empregando-se
1. RESPEITOSAMENTE, para autoridades superiores, inclusive o Presidente
da República.
2. CORDIALMENTE, para autoridades de mesma hierarquia.
3. ATENCIOSAMENTE, para autoridades de hierarquia inferior e para
particulares.
Quanto a essas três possibilidades citadas, deve-se fazer a seguinte
ressalva:
A) A primeira possibilidade só se aplica ao Presidente da República,
devendo-se usar a segunda também para outros superiores.
B) A terceira possibilidade não procede, devendo-se usar a segunda
também para autoridades de hierarquia inferior e para particulares.
C) A segunda possibilidade não procede, devendo-se usar a terceira
também para autoridades de mesma hierarquia.
D) A repartição tem a autonomia de decidir se acrescenta uma quarta
possibilidade, nas correspondências para os contribuintes.
E) A critério da autoridade, é possível substituir quaisquer desses fechos
por expressões mais diretas e neutras como “Sem mais”.
Gabarito – C
Comentário – “Respeitosamente” é para autoridades superiores, inclusive
quando se tratar do presidente da República.
“Cordialmente” está abolido do fecho das comunicações
oficiais.
“Atenciosamente” é para autoridades de mesma hierarquia
ou de hierarquia inferior.
São estes os fechos previstos. Nem a repartição, nem
qualquer autoridade têm competência para estabelecer outro tipo.
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17. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO– ÁREA
S1/2009) O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade
óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos
tradicionais para fecho foram regulados por uma Portaria do Ministério
da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o objetivo de
simplificá-los e uniformizá-los, o Manual de Redação da Presidência da
República, de 2002, estabelece o emprego de apenas
A) dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Atenciosamente e Cordialmente.
B) três fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Respeitosamente, Atenciosamente e Sem mais.
C) três fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Atenciosamente, Cordialmente e Sem mais.
D) um fecho para todas as modalidades de comunicação oficial: Cordiais
saudações.
E) dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Respeitosamente e Atenciosamente.
Gabarito – E
Comentário – Atualmente só dois fechos são usados: Respeitosamente e
Atenciosamente. Ficou fácil responder a esta questão depois dos
comentários acima, não é mesmo? As bancas gostam de formular questões
sobre os fechos das comunicações oficiais,
18. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –
ADMINISTRAÇÃO/2008) Com base no Manual de Redação da
Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto
oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de
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37
informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa
qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do
assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o
texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem
eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.
II. O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de
economia lingüística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de
palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma
entendê-la como Economia de pensamento, isto é, não se devem
eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em
tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis,
redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
III. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se
definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão
pelo leitor. No entanto, a clareza não é algo que se atinja por si só: ela
depende estritamente das demais características da redação oficial.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
Gabarito – B
Comentário – Já expus nesta aula o que devemos compreender por
concisão e clareza. Esta questão reforça o meu comentário.
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19. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –
ADMINISTRAÇÃO/2008) Com base nas regras do Manual de Redação da
Presidência da República acerca da redação de atos normativos, analise
as afirmativas a seguir:
I. O parágrafo é representado pelo sinal gráfico §. Também em relação ao
parágrafo, consagra-se a prática da numeração ordinal até o décimo (§
10º) e cardinal a partir do parágrafo onze (§ 11). No caso de haver
apenas um parágrafo, adota-se a grafia parágrafo único (ou “§ único”).
Os textos dos parágrafos serão iniciados com letra maiúscula e
encerrados com ponto-final.
II. Os incisos são utilizados como elementos discriminativos de artigo se o
assunto nele tratado não puder ser condensado no próprio artigo ou não
se mostrar adequado a constituir parágrafo. Os incisos são indicados por
algarismos romanos e as alíneas por letras.
III. As alíneas ou letras constituem desdobramentos dos incisos e dos
parágrafos. A alínea ou letra será grafada em minúsculo e seguida de
parêntese: a); b); c); etc. O desdobramento das alíneas faz-se com
números cardinais, seguidos do ponto: 1.; 2.; etc.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito – D
Comentário – Muita atenção, prezado(a) aluno(a). Está quase tudo certo,
quase tudo é transcrição fiel do Manual da Presidência (páginas 81 e 82). Os
únicos erros encontram-se na afirmativa I, observe:
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O parágrafo é representado pelo sinal gráfico §.
Também em relação ao parágrafo, consagra-se a prática da
numeração ordinal até o nono (§ 9o) e cardinal a partir do
parágrafo dez (§ 10). No caso de haver apenas um
parágrafo, adota-se a grafia Parágrafo único (e não “§
único”). Os textos dos parágrafos serão iniciados com letra
maiúscula e encerrados com ponto-final.
Veja este exemplo extraído do art. 5º da Constituição:
Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
(...)
LXXX – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII – conceder-se-á habeas-data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos
de dados de entidades governamentais ou de caráter
público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
(...)
§ 1o As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.
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§ 2o Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte.
20. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) Com base no Manual de Redação da
Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo
com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo,
podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore
expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer
jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que
atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a
empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e
concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua.
II. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as
regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao
conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a
obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do
fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou
sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias
lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
compreensão por todos os cidadãos.
III. O padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que
não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o
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uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua
literária.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
Gabarito – D
Comentário – Voltamos às características gerais do texto administrativo.
Elas já foram objeto do nosso comentário. Levando-se em consideração
ainda que todas as afirmativas aqui apresentadas estão corretas, é
desnecessário acrescentar mais alguma coisa.
21. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) Em relação ao que ensina o Manual de Redação
da Presidência da República acerca do uso dos pronomes de
tratamento, analise as afirmativas a seguir:
I. Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a
arcebispos e bispos.
II. Vossa Reverendíssima é usado para monsenhores, cônegos e superiores
religiosos.
III. Vossa Senhoria Reverendíssima é empregado para sacerdotes, clérigos
e demais religiosos.
Assinale:
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(A) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
Gabarito – E
Comentário – O problema está no que se afirma no item III. Vossa
Senhoria Reverendíssima ou simplesmente Vossa Reverendíssima, como na
segunda sentença, servem para tratar monsenhores, cônegos e superiores
religiosos. Já sacerdotes, clérigos e demais religiosos são tratados por Vossa
Reverência. Consulte, se preferir, a tabela que se inicia na página 5.
A propósito do uso dos pronomes de tratamento, importa
ainda comentar as seguintes orientações:
e os demais pronomes– levam o verbo para a terceira
pessoa: Vossa Senhoria deve indicar seu substituto.
– quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, a
concordância deve coincidir com o sexo da pessoa: Vossa Excelência deve
estar satisfeita – se for mulher.
22. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) De acordo com o Manual de Redação da
Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo. As demais
autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo
respectivo.
II. Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
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particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. No
entanto, é possível substituir excelentíssimo, nos casos em que se
aplicar, por digníssimo.
III. Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Deve-se
evitar usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, deve-se
empregá-lo apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham
tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É
costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis
em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor
confere a desejada formalidade às comunicações.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
Gabarito – A
Comentário – Já tratamos destes assuntos aqui na aula. Frise-se que:
– somente para os chefes de Poder o vocativo é
Excelentíssimo Senhor + Cargo;
– tanto ilustríssimo quanto digníssimo estão abolidos pelo
Manual da Presidência, sem distinção.
– Doutor não é pronome de tratamento, e sim título
acadêmico, o qual pode ser usado para designar quem possui doutorado,
salvo raras exceções consagradas pelo uso, como acontece em relação aos
bacharéis em Medicina e Direito.
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23. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) Com base no que rege o Manual de Redação da
Presidência da República acerca da exposição de motivos, analise as
afirmativas a seguir:
I. Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão
ofício.
II. A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter
exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma
medida ou submeta projeto de ato normativo.
III. No caso da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto
ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura segue o
modelo do padrão ofício, acompanhado da indicação de que medida
adotar.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Gabarito – D
Comentário – Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do
padrão ofício. O item I é verdadeiro.
A exposição de motivo que tem caráter exclusivamente
informativo segue o modelo referido para o padrão ofício. A que propõe
alguma medida ou submeta projeto de ato normativo segue modelo
apropriado, que contém, inclusive, “formulário de anexo à exposição de
motivos, devidamente preenchido”. O item II também é verdadeiro.
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A indicação de que medida adotar consta na exposição de
motivos que submeta à consideração do Presidente da República a sugestão
de alguma medida ou que lhe apresente projeto de ato normativo. Na
introdução do texto, é apresentado o problema que está a reclamar a
adoção da medida ou do ato normativo proposto. No desenvolvimento, é
apontado o porquê de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal
para se solucionar o problema, e eventuais alternativas existentes pra
equacioná-lo. Na conclusão, reforça-se qual medida deve ser tomada, ou
qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema. O item III
é falso.
24. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Suponha que o
primeiro parágrafo de um memorando tenha sido redigido da seguinte
maneira:
“Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito que Vossa
Senhoria possa estar verificando a possibilidade de que instale-se três
microcomputadores neste Departamento.”
Se corrigirmos os problemas lingüísticos encontrados no texto acima,
teremos a seguinte redação:
A) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria
verificar a possibilidade de que sejam instalados três
microcomputadores neste Departamento.
B) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito que Vossa
Senhoria venha a verificar a possibilidade de que se instale três
microcomputadores em nosso Departamento.
C) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicitamos a V. Sa que
verifique a possibilidade de ser instalado três microcomputadores nesse
Departamento.
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D) Nos termos do Plano Geral Informatizacional, solicito à V. Sa a
verificação da possibilidade de que sejam instalados três computadores
de pequeno porte no Departamento signatário.
E) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria
verificar a possibilidade de que se instale três microcomputadores nesse
Departamento.
Gabarito – A
Comentário – O texto oficial obedece também às regras da gramática
normativa. Com exceção da alternativa A, todas as outras contém erro
gramatical.
Na letra B, a preposição “a” em “venha a verificar” é
inadequada, melhor mesmo é ser objetivo e escrever apenas verifique. O
verbo instalar – que está flexionado na voz passiva sintética – não concorda
com o sujeito “três microcomputadores”. Além disso, não há necessidade de
substituir a expressão “neste Departamento”, pois ela está correta.
Na letra C, o correto é a flexão do verbo auxiliar “ser” e a
pluralização do particípio “instalado”: serem instalados, para haver
concordância com o sujeito “três microcomputadores”. Além disso, o
pronome demonstrativo “nesse” deve ser substituído por neste, para
designar o local onde o emissor se encontra e de onde parte a solicitação.
Na letra D, a banca extrapolou o léxico da Língua ao
escrever “Informatizacional”. Transgrediu as regras de emprego do acento
indicativo de crase ao usá-lo antes de pronome de tratamento. Além disso,
não há necessidade de substituir a expressão “neste Departamento”, pois
ela está correta.
Na letra E, o verbo instalar – que está flexionado na voz
passiva sintética – não concorda com o sujeito “três microcomputadores”.
Além disso, o pronome demonstrativo “nesse” deve ser substituído por
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neste, para designar o local onde o emissor se encontra e de onde parte a
solicitação.
25. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009)
Todas as comunicações oficiais, exceto aquelas que são assinadas pelo
Presidente da República, devem conter as seguintes identificações:
A) o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua
assinatura.
B) o nome, o cargo e a titulação, se for o caso, da autoridade que as
expede, à esquerda de sua rubrica.
C) o nome e o cargo da autoridade que as expede, à esquerda do local de
sua assinatura.
D) o nome, o cargo e a titulação, se for o caso, da autoridade que as
expede, abaixo de sua assinatura.
E) o nome e o cargo da autoridade que as expede, à esquerda do local de
sua rubrica.
Gabarito – A
Comentário – Tratou-se aqui da identificação do signatário, que deve
trazer o nome e o cargo da autoridade responsável pela expedição do
documento, abaixo do local de sua assinatura, exceto quando se tratar do
presidente da república. Na prática, é o seguinte:
(espaço para assinatura)
NOME
Ministro de Estado da Justiça
Atenção! Recomenda-se não deixar a assinatura em página
isolada e transferir para essa página pelo menos a última frase anterior ao
fecho.
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Assim finalizamos este curso.
Desejo que Deus o(a) abençoe e que você obtenha o êxito que
almeja.
Professor Albert Iglésia
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
1. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) Com base no Manual de
Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. O padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que
não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o
uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada.
II. Não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o
uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. O jargão
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua
compreensão limitada.
III. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-
se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações
encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes
dirigidos aos cidadãos.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas
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2. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) Com base no Manual de
Redação da Presidência da República, devem constar do cabeçalho ou
do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:
I. nome do órgão ou setor;
II. endereço postal;
III. telefone e endereço de correio eletrônico.
Analise os itens acima e assinale
(A) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
(B) se apenas os itens I e III estiverem corretos
(C) se apenas o item I estiver correto
(D) se nenhum item estiver correto
(E) se todos os itens estiverem corretos
3. (FGV/CODESP/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2010) Num diálogo com um
deputado federal, o pronome indicado para se dirigir a ele é
(A) Sua Excelência
(B) Vossa Excelência
(C) Ilustríssimo Senhor
(D) Vossa Eminência
(E) Sua Eminência
4. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Nas comunicações
oficiais que se destinam a particulares e a autoridades às quais não
couber o tratamento “Vossa Excelência”, o Manual de Redação da
Presidência da República menciona algumas particularidades, entre as
quais se inclui
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A) a restrição ao uso do tratamento “digníssimo” (DD), que só cabe nas
correspondências endereçadas ao Presidente da República.
B) a obrigatoriedade de uso do pronome Vossa Magnificência em
comunicações dirigidas a reitores e a diretores de faculdades.
C) a exigência de emprego do pronome Vossa Eminência ou Vossa
Reverência, em comunicações a cardeais, bispos e arcebispos.
D) a permissão do uso do pronome você em ofícios informais ou em
correspondências particulares entre servidores da mesma repartição.
E) a dispensa do emprego do superlativo “ilustríssimo” (Ilmo.) para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares.
5. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – ÁREA
S1/2009) Os pronomes e locuções pronominais de tratamento têm larga
tradição na língua portuguesa e são empregados como expediente
linguístico de distinção e de respeito.
Sobre o pronome de tratamento “Vossa Excelência”, é correto afirmar
que é empregado para as seguintes autoridades do Poder Legislativo:
A) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores; Conselheiros dos
Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas
Municipais.
B) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de
Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
C) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores; Conselheiros dos
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Tribunais de Contas Estaduais e Municipais; Presidentes das Câmaras
Legislativas Municipais.
D) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
Estaduais; Representantes Comunitários.
E) Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Deputados Estaduais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
Estaduais e Municipais.
6. (FGV/CAERN/ADMINISTRADOR/2010) Com base no Manual de Redação
da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a
exijam, devendo-se evitar o seu uso indiscriminado. Certos
rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a
determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com
eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em
comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em
expedientes dirigidos aos cidadãos.
II. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se
definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão
pelo leitor. No entanto, a clareza não é algo que se atinja por si só: ela
depende estritamente das demais características da redação oficial. Para
ela concorrem a impessoalidade, que evita a duplicidade de
interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista
dado ao texto; o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação
restrita, como a gíria e o jargão; a formalidade e a padronização, que
possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; a concisão, que
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faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe
acrescentam.
III. Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Deve-se
evitar usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, deve-se empregá-
lo apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por
terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar
por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em
Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada
formalidade às comunicações.
Assinale
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta
7. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2008) A respeito da
redação oficial, analise as afirmativas a seguir:
I. As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a
certas regras de forma: além das exigências de impessoalidade e uso do
padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de
tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto
emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade
de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à
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civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a
comunicação.
II. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-
se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações
encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes
dirigidos aos cidadãos.
III. Não há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita.
Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer
alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros
elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a
entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis
por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as
transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se
apenas de si mesma para comunicar.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
8. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2008) A respeito
dos documentos na redação oficial, analise as afirmativas a seguir:
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I. Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais
autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos
oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do
ofício, também com particulares.
II. O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se,
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode
ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a
exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a serem adotados por
determinado setor do serviço público.
III. Quanto à forma, o memorando não segue o modelo do padrão ofício,
além de ter seu destinatário mencionado pelo cargo que ocupa.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
9. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Na organização
das partes de um documento no Padrão Ofício, há uma exceção quanto
à obrigatoriedade de numeração dos parágrafos. É a que ocorre quando
A) o texto contém apenas um parágrafo.
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B) algum dos parágrafos contém uma citação ou transcrição.
C) o documento inclui gráficos ou tabelas no corpo do texto.
D) eles estão organizados em itens ou títulos e subtítulos.
E) o redator opta por não fazer afastamento da margem esquerda.
10. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Na
organização das partes de um documento no Padrão Ofício, é
obrigatório que os parágrafos do texto
A) informem o tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão
administrativo que o expede.
B) tenham início junto à margem esquerda da primeira linha, sem nenhum
distanciamento.
C) sejam numerados, exceto nos casos em que eles estejam organizados
em itens ou títulos e subtítulos.
D) incluam os comentários sobre o documento encaminhado para conferir
maior objetividade à exposição.
E) apresentem sob a forma de tópicos roteirizados os assuntos que
motivam a comunicação.
11. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Na forma de
apresentação dos documentos do Padrão Ofício, deve-se obedecer à
seguinte recomendação quanto à fonte:
A) utilizar a fonte do tipo Arial de corpo 12 no texto em geral, 11 nas
citações, e 10 nas notas de rodapé.
B) utilizar a fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em
geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.
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57
C) utilizar a fonte do tipo Times New Roman de corpo 11 no texto em
geral, 10 nas citações e nas notas de rodapé.
D) utilizar a fonte do tipo Arial de corpo 11 no texto em geral, 10 nas
citações e nas notas de rodapé.
E) utilizar a fonte do tipo Arial de corpo 11 no texto em geral e Times New
Roman de corpo11 nas citações e 10 nas notas de rodapé.
12. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Entre as partes
que compõem um documento no Padrão Ofício, inclui-se a indicação do
local e da data em que foi assinado. Tais informações colocam-se
A) por extenso, com alinhamento à direita e posicionadas ao final do texto,
antes da assinatura do autor da comunicação e da identificação do
signatário.
B) por extenso, com alinhamento à direita e posicionadas logo abaixo da
identificação do tipo, número do expediente e da sigla do órgão que o
expede.
C) abreviadamente, com afastamento da margem e posicionadas logo
abaixo da identificação do tipo e número do expediente e sigla do órgão
que o expede.
D) abreviadamente, com afastamento da margem e posicionadas ao final
do texto, antes da assinatura do autor da comunicação e da
identificação do signatário.
E) centralizadas ao final do texto, antes da assinatura do autor da
comunicação e da identificação do signatário e antes da identificação do
nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação.
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13. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA CONTÁBIL/2008) Com base no
Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas
a seguir:
I. Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento
“digníssimo”. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer
cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
II. Em comunicações oficiais, é correto usar o vocativo “Excelentíssimo
Senhor Senador”.
III. É recomendável evitar expressões como “Tenho a honra de”.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
14. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA CONTÁBIL/2008) A respeito do
Padrão Ofício, conforme ensina o Manual de Redação da Presidência da
República, analise as afirmativas a seguir.
I. Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos
em papel ofício.
II. Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados
da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento +
palavras-chave do conteúdo.
III. Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto
em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.
Assinale:
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(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
15. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008 – adaptada)
Contemporaneamente, os fechos para comunicação são:
(A) somente “atenciosamente” e “respeitosamente”.
(B) preferencialmente “atenciosamente” e “cordialmente”.
(C) somente “cordialmente” e “respeitosamente”.
(D) preferencialmente “cordialmente” e “respeitosamente”.
(E) somente “atenciosamente” e “cordialmente”.
16. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Para arrematar o
texto e saudar o destinatário, a recomendação do Manual de Redação
da Presidência da República é que se padronizem os fechos de todas as
modalidades de comunicação, empregando-se
1. RESPEITOSAMENTE, para autoridades superiores, inclusive o Presidente
da República.
2. CORDIALMENTE, para autoridades de mesma hierarquia.
3. ATENCIOSAMENTE, para autoridades de hierarquia inferior e para
particulares.
Quanto a essas três possibilidades citadas, deve-se fazer a seguinte
ressalva:
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A) A primeira possibilidade só se aplica ao Presidente da República,
devendo-se usar a segunda também para outros superiores.
B) A terceira possibilidade não procede, devendo-se usar a segunda
também para autoridades de hierarquia inferior e para particulares.
C) A segunda possibilidade não procede, devendo-se usar a terceira
também para autoridades de mesma hierarquia.
D) A repartição tem a autonomia de decidir se acrescenta uma quarta
possibilidade, nas correspondências para os contribuintes.
E) A critério da autoridade, é possível substituir quaisquer desses fechos
por expressões mais diretas e neutras como “Sem mais”.
17. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – ÁREA
S1/2009) O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade
óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos
tradicionais para fecho foram regulados por uma Portaria do Ministério
da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o objetivo de
simplificá-los e uniformizá-los, o Manual de Redação da Presidência da
República, de 2002, estabelece o emprego de apenas
A) dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Atenciosamente e Cordialmente.
B) três fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Respeitosamente, Atenciosamente e Sem mais.
C) três fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Atenciosamente, Cordialmente e Sem mais.
D) um fecho para todas as modalidades de comunicação oficial: Cordiais
saudações.
E) dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial: Respeitosamente e Atenciosamente.
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18. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –
ADMINISTRAÇÃO/2008) Com base no Manual de Redação da
Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto
oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de
informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa
qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do
assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o
texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem
eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.
II. O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de
economia lingüística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de
palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma
entendê-la como Economia de pensamento, isto é, não se devem
eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em
tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis,
redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
III. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se
definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão
pelo leitor. No entanto, a clareza não é algo que se atinja por si só: ela
depende estritamente das demais características da redação oficial.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
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19. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –
ADMINISTRAÇÃO/2008) Com base nas regras do Manual de Redação da
Presidência da República acerca da redação de atos normativos, analise
as afirmativas a seguir:
I. O parágrafo é representado pelo sinal gráfico §. Também em relação ao
parágrafo, consagra-se a prática da numeração ordinal até o décimo (§
10º) e cardinal a partir do parágrafo onze (§ 11). No caso de haver
apenas um parágrafo, adota-se a grafia parágrafo único (ou “§ único”).
Os textos dos parágrafos serão iniciados com letra maiúscula e
encerrados com ponto-final.
II. Os incisos são utilizados como elementos discriminativos de artigo se o
assunto nele tratado não puder ser condensado no próprio artigo ou não
se mostrar adequado a constituir parágrafo. Os incisos são indicados por
algarismos romanos e as alíneas por letras.
III. As alíneas ou letras constituem desdobramentos dos incisos e dos
parágrafos. A alínea ou letra será grafada em minúsculo e seguida de
parêntese: a); b); c); etc. O desdobramento das alíneas faz-se com
números cardinais, seguidos do ponto: 1.; 2.; etc.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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20. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) Com base no Manual de Redação da
Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
I. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo
com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo,
podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore
expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer
jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que
atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a
empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e
concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua.
II. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as
regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao
conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a
obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do
fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou
sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias
lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
compreensão por todos os cidadãos.
III. O padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que
não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o
uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua
literária.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
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(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
21. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) Em relação ao que ensina o Manual de Redação
da Presidência da República acerca do uso dos pronomes de
tratamento, analise as afirmativas a seguir:
I. Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a
arcebispos e bispos.
II. Vossa Reverendíssima é usado para monsenhores, cônegos e superiores
religiosos.
III. Vossa Senhoria Reverendíssima é empregado para sacerdotes, clérigos
e demais religiosos.
Assinale:
(A) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
22. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) De acordo com o Manual de Redação da
Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:
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I. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo. As demais
autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo
respectivo.
II. Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. No
entanto, é possível substituir excelentíssimo, nos casos em que se
aplicar, por digníssimo.
III. Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Deve-se
evitar usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, deve-se
empregá-lo apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham
tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É
costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis
em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor
confere a desejada formalidade às comunicações.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.
23. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO/2008) Com base no que rege o Manual de Redação da
Presidência da República acerca da exposição de motivos, analise as
afirmativas a seguir:
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I. Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão
ofício.
II. A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter
exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma
medida ou submeta projeto de ato normativo.
III. No caso da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto
ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura segue o
modelo do padrão ofício, acompanhado da indicação de que medida
adotar.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
24. (FUNRIO/FIOTEC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2010) Suponha que o
primeiro parágrafo de um memorando tenha sido redigido da seguinte
maneira:
“Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito que Vossa
Senhoria possa estar verificando a possibilidade de que instale-se três
microcomputadores neste Departamento.”
Se corrigirmos os problemas lingüísticos encontrados no texto acima,
teremos a seguinte redação:
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A) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria
verificar a possibilidade de que sejam instalados três
microcomputadores neste Departamento.
B) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito que Vossa
Senhoria venha a verificar a possibilidade de que se instale três
microcomputadores em nosso Departamento.
C) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicitamos a V. Sa que
verifique a possibilidade de ser instalado três microcomputadores nesse
Departamento.
D) Nos termos do Plano Geral Informatizacional, solicito à V. Sa a
verificação da possibilidade de que sejam instalados três computadores
de pequeno porte no Departamento signatário.
E) Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria
verificar a possibilidade de que se instale três microcomputadores nesse
Departamento.
25. (FUNRIO/MPOG/ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009)
Todas as comunicações oficiais, exceto aquelas que são assinadas pelo
Presidente da República, devem conter as seguintes identificações:
A) o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua
assinatura.
B) o nome, o cargo e a titulação, se for o caso, da autoridade que as
expede, à esquerda de sua rubrica.
C) o nome e o cargo da autoridade que as expede, à esquerda do local de
sua assinatura.
D) o nome, o cargo e a titulação, se for o caso, da autoridade que as
expede, abaixo de sua assinatura.
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68
E) o nome e o cargo da autoridade que as expede, à esquerda do local de
sua rubrica.
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69
GABARITO
1. C
2. E
3. B
4. E
5. B
6. B
7. A
8. A
9. D
10. C
11. B
12. B
13. A
14. D
15. A
16. C
17. E
18. B
19. D
20. D
21. E
22. A
23. D
24. A
25. A