09 - Sede de Sangue

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Quarenta quilômetros a leste de Nova Orleans, cansado e semdinheiro, e aos 19 anos de idade Jax e seu irmão estão em fuga. Elesparam num restaurante para um café e tem um encontro com o líder deuma gangue de motociclistas. Seu nome é Cade D'Allisande, um lobo alfalevando sua matilha para uma nova casa na Carolina do Norte, naesperança de se juntar ao bando Dark Hollow. Cade reconheceinstantaneamente o seu companheiro sede de sangue, um jogo desangue intenso e raro, que forma um casal alfa. O problema é que oCade não está pronto para um companheiro. Incapaz de deixá-lo paratrás, ele convence o jovem a participar do seu grupo e levá-lo com elesem sua jornada para encontrar um novo lar. Mas uma vez lá, um velhoinimigo do bando ameaça sua felicidade, e Jax, Nicky e Gabe devejuntar-se para salvar seus companheiros.

Transcript of 09 - Sede de Sangue

  • Sede de SangueDark Hollow 9

    Quarenta quilmetros a leste de Nova Orleans, cansado e sem

    dinheiro, e aos 19 anos de idade Jax e seu irmo esto em fuga. Eles

    param num restaurante para um caf e tem um encontro com o lder de

    uma gangue de motociclistas. Seu nome Cade D'Allisande, um lobo alfa

    levando sua matilha para uma nova casa na Carolina do Norte, na

    esperana de se juntar ao bando Dark Hollow. Cade reconhece

    instantaneamente o seu companheiro sede de sangue, um jogo de

    sangue intenso e raro, que forma um casal alfa. O problema que o

    Cade no est pronto para um companheiro. Incapaz de deix-lo para

    trs, ele convence o jovem a participar do seu grupo e lev-lo com eles

    em sua jornada para encontrar um novo lar. Mas uma vez l, um velho

    inimigo do bando ameaa sua felicidade, e Jax, Nicky e Gabe deve

    juntar-se para salvar seus companheiros.

  • Capitulo Um

    Parar na lanchonete na estrada para sair do tempo frio e mido

    parecia uma boa ideia na poca. Foi apenas em retrospecto que Jax

    pensou que poderia ter sido uma das piores decises de sua vida inteira.

    Eles ainda estavam algumas 40 milhas a leste de Nova Orleans,

    to cansado e quase sem dinheiro. Mason marchou ao lado dele sem

    reclamar, mas Jax precisava parar logo e deix-lo descansar. Ele

    precisava talvez conseguir alguma comida tambm.

  • Aps o caminhoneiro que eles pegaram uma carona em

    Birmingham no dia anterior o deixarem na beira da estrada do lado de

    fora de St. Louis, ele encontrou uma porta deixada aberta em um

    banheiro em um posto de gasolina fechado na estrada e passou o noite

    no cho, com a cabea de Mason em seu colo. Tudo que Jax sabia com

    certeza, ou pelo menos de acordo com o caminhoneiro, era que se

    continuasse nessa estrada, eles acabariam, eventualmente, em Nova

    Orleans, um pouco mais de 55 milhas de distncia. Se eles pudessem

    fazer isso l, Jax estava esperando que eles pudessem fazer o que o

    caminhoneiro disse a ele, encontrar uma das estaes de servio

    enormes que atendiam aos camionistas de longas trilhas e ficar por

    tempo suficiente para pegar uma carona mais a oeste.

    Jax nunca tinha ido para a parte ocidental dos Estados Unidos.

    Ele nunca foi muito alm de qualquer lugar fora do Piemonte, Alabama, a

    pequena cidade onde nasceu e cresceu. Ele no conhecia ningum no

    oeste tambm, mas ele decidiu ir como uma espcie de destino geral de

    que a ltima, desesperada noite antes de partirem. Ele e Mason tinham

    sacudido a poeira da pequena cidade fora de seus ps, e Jax esperava

    que ele nunca tivesse que v-la novamente. Jax teria deixado Alabama

    anos atrs, se no fosse por seu irmo mais novo.

    Ficar em Alabama, obviamente, no era uma opo, e eles no

    tinham outros parentes prximos para falar. Mason disse que ele sempre

    meio que queria ver alguns cowboys reais, e que poderia ser bom para

    ver alguns dos lugares que Jax s tinha lido ou visto na TV, como o

    Grand Canyon. Talvez ele pudesse conseguir um emprego l fora em

    algum lugar ou at mesmo um par de empregos e colocar Mason de

  • volta na escola. Se qualquer uma das cidades que ele percorresse

    parecia promissor, ele poderia encontr-los um quarto barato para alugar

    depois de um tempo. De qualquer forma, indo para o oeste era um lugar

    para ir, e ele precisava de algum tipo de plano para no enlouquecer. Era

    assustador o suficiente estar por sua prpria conta sem dinheiro e um

    irmo de oito anos de idade, que tinha que ser alimentado e cuidado.

    Sem nenhum lugar para se esconder, e o terror que ele sentiu ameaado

    sufocar a respirao dele.

    Esta manh, os dois estavam com muita fome, mas Jax queria

    tentar esperar at a hora do jantar para comer qualquer coisa e poupar o

    seu dinheiro. Ele precisava encontrar algo para Mason, no entanto. A

    ltima vez que ele havia marcado, ele tinha dezessete dlares deixados,

    alm de algumas moedas no bolso, no o suficiente para fazer um alarde

    sobre um grande caf da manh. Mas quando ele viu a lanchonete na

    beira da estrada, ele pensou que no iria prejudicar ao entrar, usar o

    banheiro e talvez pegar para Mason uma manteiga e geleia de biscoitos

    e um copo de leite, talvez um copo de gua e um caf para si mesmo.

    Pelo menos ele iria dar-lhes uma chance de descansar por um tempo e

    se aquecer.

    Era s outubro, mas ainda no Sul, dias chuvosos no outono

    poderiam ser frio e miservel. Jax encontrou uma cabine perto de uma

    janela na parte de trs e esperou enquanto uma bela senhora idosa

    terminava. Ao redor deles, as pessoas estavam comendo biscoitos,

    molho de carne, ovos e linguias. Mason nunca disse uma palavra, mas

    Jax viu seus olhos desviar em direo a um grande prato de panquecas

    que a garonete transportava e pela centsima vez Jax se perguntou se

  • ele estava fazendo a coisa certa.

    O cheiro encheu sua prpria boca de gua, mas ele manteve-se

    firme e ordenou apenas um biscoito e um copo de leite para Mason e

    caf para si mesmo. Caf realmente no era sua bebida favorita, mas

    era quente, e ele carregou-o com creme de leite e acar. Na mesa ao

    lado dos pacotes de acar tinha uma pequena cesta com biscoitos.

    Quando Jax percebeu que ningum estava olhando, ele comeu um par

    de pacotes e teve como muitos como ele se atreveu a encher-se nos

    bolsos, junto com as pequenas embalagens de geleia enquanto

    permanecia sentado em seu pequeno recipiente de metal. Ele no pde

    deixar de notar que algum tinha deixado garonete uma gorjeta de

    cinco dlares e enfiou-o debaixo do cesto. O tempo todo em que ele

    estava sentado ali, observando Mason devorar o biscoito, seus olhos

    continuavam se desviando de volta para a caixa.

    Foi quando ele estava em sua terceira xcara de caf, e a

    garonete estava comeando a olhar para eles engraado, que ele ouviu

    o som de motocicletas puxando para o estacionamento do lado de fora

    do pequeno caf. Poucos minutos depois, um grupo de cerca de quinze

    pessoas vieram, a maioria deles usando o mesmo tipo de jaqueta de

    couro preta. Nas costas dos coletes era um nome - Filhos das Trevas, e

    uma imagem de um crculo vicioso, de um lobo rosnando. Jax se

    permitiu um pequeno sorriso no nome.

    Aqueles com os casacos eram grandes, caras de olhar severo,

    todos eles parecendo estar em algum lugar na casa dos vinte ou trinta

    anos. Havia talvez trs meninas e um casal de jovens rapazes tambm,

    no usando os casacos, mas que tinha estado montado na parte de trs

  • das motocicletas.

    O homem que parecia ser o lder deles ficou em primeiro lugar e

    andou para uma mesa no meio da sala de jantar para se sentar. Ele era

    alto e musculoso, como o resto, com o cabelo preto desgrenhado

    parcialmente coberto por uma bandana azul. Quando ele chegou na

    porta, ele estava girando a cabea como se estivesse procurando

    algum, e ento seus olhos pararam em Jax com uma expresso de

    surpresa, quase como se ele o reconhecesse, embora Jax tivesse certeza

    que ele nunca tinha visto o cara antes de sua vida, ele iria ter lembrado

    de algum como ele. A nica coisa que fez Jax mais inquieto era como a

    surpresa no rosto do homem logo se transformou em desgosto, quase

    raiva.

    O cara se juntou sua mesa por dois dos outros, enquanto o

    resto se espalhou onde podiam na multido em torno de uma mesa ou

    de uma cabine, e o homem passou jogar o olhar para longe de Jax.

    Nenhum dos motociclistas estavam fazendo nada em particular, no

    causando nenhum problema, mas o lugar parecia menor com todos eles

    no mesmo local, e uma tenso espessa pairava sobre o caf como uma

    nuvem de fumaa. No demorou muito para que os outros clientes

    sentissem isso tambm, terminando as suas refeies e levantando-se

    para sair.

    Jax continuou sentado l, brincando com sua xcara de caf,

    sabendo que precisava sair, mas temendo voltar para fora na chuva.

    Mason comeou a cochilar no ar quente do caf. Jax desejava pela

    centsima vez que ele tivesse pegado um casaco mais quente para ele e

    Mason na noite em que tinham sado. Ele estava em pnico, ele no

  • estava pensando direito. Ele pensava com saudade dos casacos mais

    pesados pendurados em seus armrios em casa. Como estavam, ambos

    tinham apenas as roupas do corpo.

    Sentindo-se desconfortvel, ele olhou para cima e viu um olhar

    intenso dirigido a ele. O grandalho motociclista estava fazendo a porra

    de um buraco nele, e ele estava ficando muito nervoso. A ltima coisa

    que ele precisava fazer era atrair a ateno de algum tipo de gangue de

    motoqueiros. O cara provavelmente no gostava da maneira como Jax

    parecia, com seus piercings, delineador e cabelo desgrenhado. Quando

    ele lavou as mos no banheiro do caf, notou as manchas escuras que

    seu delineador tinha deixado sob seus olhos, e tentou lavar seu rosto. Se

    ele tivesse perdido alguns pontos? Jax sabia que sua aparncia era

    provavelmente uma bandeira vermelha para um cara duro assim.

    Ento, novamente, o que diabos ele se importava com o que algum

    idiota que nunca tinha visto antes e nunca veria novamente pensava

    nele?

    Crescendo pequeno e diferente para o futuro, para no

    mencionar ser gay, em uma pequena cidade do sul cheia de bons

    garotos no tinha sido fcil. Jax tinha parado de crescer quando chegou

    aos 1,68m, e seu corpo era magro, mas no era apenas o seu tamanho.

    Ele normalmente usava algo semelhante ao que ele tinha no momento,

    jeans skinny preto com botas que eram atadas quase at os joelhos,

    com uma pequena, calcanhar empilhados. Eram suas botas favoritas, e

    ele comprou para si mesmo no Walmart trs anos antes.

    Ele estava vestindo um moletom preto com um logotipo da

    banda alternativa na parte de trs, um de seus favoritos, e ele ainda

  • tinha piercings em suas sobrancelhas e um no nariz. No geral, seu estilo

    no era exatamente a norma para o Piemonte, Alabama. Ele usava para

    tentar encaixar quando era mais jovem, vestindo casacos camo e

    ballcaps, mas nunca realmente funcionou. O ltimo par de anos, ele

    tinha desistido das feias, roupas bregas que seus pares usavam e

    abraou suas diferenas, vestindo as roupas que melhor se adequavam a

    sua personalidade. Ele tinha decidido que quem no gostasse da maneira

    como ele parecia s poderia ir se foder.

    De qualquer forma, ele sabia dos olhares interessados que

    estava recebendo de alguns dos motoqueiros que seu estilo tinha sido

    notado e sem dvida desaprovado. Eles no estavam dando-lhe olhares

    de reprovao exatamente, mas um mais especulativo, interessado. Jax

    debruou sobre o seu caf e tentou ignorar seus estreitos, avaliando

    olhares. A ltima coisa que ele queria fazer agora era atrair o interesse

    de algum. Colocando seu cabelo loiro atrs da orelha, ele mordeu o

    lbio inferior nervosamente. O brilho intenso no olhar do motociclista

    com a bandana que ainda estava dando a ele o deixava inquieto e

    embora ele ainda estava descendo duro fora, Jax pensou que talvez ele e

    Mason fosse melhor irem embora. Terminando seu caf, ele olhou

    ansiosamente para a nota de cinco dlares.

    Jax no era um ladro, mas a tentao de pegar o dinheiro era

    quase insuportvel. Ele tinha que cuidar de Mason, e ele estava quase

    frentico de preocupao. Ele estava cheio de outros sentimentos

    tambm, que ele empurrou num caminho profundo, onde ele no tinha

    que olhar para eles muito duro. Ele precisava se mover, porm, para que

    ele enterrasse um pouco mais para tirar e olhar para isso mais tarde,

  • quando ele no estivesse to cansado e com medo. Neste exato

    momento ele tinha que fazer o que fosse preciso para sobreviver. Ele no

    se importava de passar fome ele mesmo, mas ele no queria que Mason

    sofresse se ele pudesse impedir. Ele negociou com isso, pensando que

    talvez ele pudesse emprestar o dinheiro e, em seguida, quando ele obter

    o seu trabalho no oeste, ele poderia colocar cinco dlares em um

    envelope e envi-lo de volta aqui para o caf com uma pequena nota se

    desculpando.

    Assim que a garonete estava de costas para ele, atendendo em

    uma das mesas dos motoqueiros, ele pegou a nota de cinco dlares

    debaixo da cesta e no bolso. Ento ele rapidamente se levantou, acenou

    para Mason para segui-lo e comeou a fazer o seu caminho at a porta.

    Foi quando ele estava passando na mesa do grande cara motociclista

    que aconteceu. A mo forte parou seu progresso agarrando-lhe o pulso e

    segurando-o l.

    Mas que diabos? Deixe-me ir, Jax gritou, puxando

    freneticamente longe da grande mo que o agarrou. Ao lado dele, Mason

    agarrou o outro brao, o rosto alarmado. O homem manteve Jax

    aparentemente sem muito esforo, e olhou para ele. A garonete, que

    estava tomando seu pedido, parecia nervosa e lanava um olhar sobre a

    caixa em caso de necessidade de chamar algum para ajudar.

    O que isso, Jax? Qual o problema? Mason perguntou

    ao seu lado, seu rostinho cheio de medo.

    Jax estava tremendo, mas ele olhou de volta para o cara,

    recusando-se a deix-lo ver que ele estava com medo. Eu disse,

    deixe-me ir, seu maldito .

  • No, eu no acredito que eu vou deixar voc ir, ele disse,

    e apertou. Pelo menos no at que voc d a esta simptica senhora

    de volta sua gorjeta que voc tirou daquela mesa l atrs.

    Jax sentiu o rosto em chamas enquanto a garonete,

    juntamente com praticamente todo mundo na sala olhou para ele como

    se ele fosse algo que algum teria que raspar a parte inferior do seu

    sapato. Mason se aproximou dele em solidariedade, e puxou de novo em

    seu outro brao.

    Qual o problema? O gato comeu sua lngua? O homem

    brincou. Aqui, deixe-me ajud-lo. Ele enfiou a mo no bolso da

    jaqueta de Jax e tirou no s a nota de cinco dlares, mas a carga de

    biscoitos e pacotes de geleia que tinha colocado l tambm. Bem, o

    que temos aqui? Voc realmente um pequeno esquilo, no ?

    Jax tentou novamente se puxar para longe da mo do homem,

    mas seu aperto se sentia como uma banda de ferro em torno de seu

    pulso.

    O que mais voc tem, homenzinho? , ele disse, e moveu a

    mo para baixo para procurar nos bolsos das calas jeans de Jax. Era

    como se ele estivesse fazendo isso, inclinando-se em direo a ele, que

    Jax trouxe seu outro punho ao redor e deu um soco no homem mais

    velho ao lado de sua cabea to duro quanto podia. O homem caiu para

    trs com uma carranca de surpresa, e Jax se virou, Mason puxou pela

    mo e correu em direo porta. Em desespero, ele viu dois dos caras

    mais prximos da porta saltarem para os ps para recha-los, mas um

    comando ntido atrs deles fez os homens ficarem de lado para que ele e

    Mason pudessem correr para fora.

  • A garoa miseravelmente fria tinha se transformado em uma

    chuva constante, e as poas no estacionamento eram como uma pista de

    obstculos que tiveram de espirrar at chegar a relativa segurana da

    estrada. As pequenas poas de gua inundavam botas de Jax enquanto

    ele corria, agarrando-o e tentando segur-lo. Mason estava se

    mantendo, mas mal, agarrando-se firmemente a mo de Jax. Mason

    uma vez tropeou e caiu de joelhos, mas Jax puxou-o a seus ps, e eles

    continuaram correndo, fora do estacionamento e para a estrada.

    Tropeando ao lado da estrada, Jax ficou olhando por cima do

    ombro. Ele correu at a sua respirao estar ofegante e suas pernas se

    sentindo como borracha. Ele no tinha comido nada desde a manh

    anterior, e estava tornando-se um pouco fraco. Mason estava correndo

    alguns passos frente dele, e parecia no estar tendo tanta dificuldade

    como Jax.

    Jax demorou mais um minuto para perceber o constante

    estrondo que ouviu atrs dele no vinha s da tempestade. O rugido

    tinha comeado como um trovo distante, mas estava ficando cada vez

    mais alto. Lanando um olhar selvagem para trs, ele viu pelo menos

    quatro ou cinco dos motoqueiros vindo atrs deles, espalhados em uma

    formao em V, como um bando de pssaros predatrios, e o pnico caiu

    sobre ele como uma mortalha sufocante. Gritando com Mason, ele

    agarrou seu brao e saiu da estrada. Eles fizeram seu caminho no mato,

    pulando a vala de drenagem e se dirigindo para os pinheiros ao longo da

    estrada em ambos os lados. Ele podia ouvir Mason ofegante ao lado dele

    e sabia que ele estava apavorado.

    Jax ouviu as motocicletas parar na estrada atrs dele, mas

  • continuou correndo cegamente em frente por entre as rvores, puxando

    Mason com ele. Falhando atravs da vegetao rasteira por trs deles, os

    motociclistas vieram atrs deles e meu Deus, como eles poderiam ser

    to incrivelmente rpidos, to implacveis? Pequenos ramos de pinheiro

    lhe bateram no rosto quando Jax se empurrou atravs deles, tentando

    esconder Mason do pior de tudo, tropeando no cho encharcado. Um

    barulho sua frente o fez congelar no lugar e espreitar

    descontroladamente atravs das rvores.

    De alguma forma, dois deles tinham circulado na frente dele e

    Mason. Rpidos, fortes e musculosos, os homens no tentaram peg-los

    quando eles se inclinaram para uma parada, s ficavam se aproximando,

    os rostos cautelosos, como se ele e Mason fossem animais selvagens que

    eles estavam tentando no entrar em pnico. Agarrando Mason em seu

    peito, freneticamente ofegante, Jax lentamente se afastou, com a cabea

    girando em qualquer direo, procurando uma sada, mas os grossos

    pinheiros e cedros bloquearam as rotas de escape em cada lado deles,

    os prendendo dentro um grande homem em frente a ele avanou em

    direo a ele com firmeza, os braos para os lados, como se estivessem

    pastoreio eles, e foi s quando ele voltou para o corpo grande e slido

    atrs dele que ele percebeu o porqu. Jax no foi capaz de parar o grito

    rouco que saa de sua garganta enquanto ele agitava os braos e tentou

    lutar como uma coisa selvagem, apavorada e sem esperana, sabendo

    que ele no tinha a menor chance contra todos eles.

    Acalme-se, caramba, voc vai se machucar , disse a voz

    profunda em seu ouvido, como armas de ferro, quando se fechou ao

    redor de sua cintura, mas ele no o fez, no poderia ouvir. Mason se

  • empurrando para o lado, ele tentou lutar contra o grande motociclista,

    esforando-se em seus braos, mesmo tentando jogar seu corpo leve

    para o cho para escapar. Era intil, claro, e o homem pegou seu corpo

    e segurou-o contra o peito, enquanto ele chutava para fora com as

    pernas e batia a testa contra um peito de ao.

    Desgastado e com fome como estava, no demorou muito

    tempo para se esgotar, e quando ele no podia mais lutar, ele caiu

    desesperadamente nos braos do homem. Baixando Jax para o cho, o

    grande homem pairava sobre ele, ainda segurando-o com um aperto

    implacvel. Jax girou a cabea e gritou para Mason mais e mais para

    correr, incapaz de ouvir o que quer que fosse que o motociclista repetia

    em voz lenta e constante.

    De repente, a floresta caiu e ele estava em seu antigo quarto

    em casa, a respirao quente em sua boca, um corpo pesado segurando-

    o, esmagando seu peito e tornando-se difcil respirar. No, por favor,

    por favor, pare , ele murmurou e um soluo preso na garganta. Jax

    olhou para cima em um par de olhos castanhos assustados e gemeu.

    No faa isso de novo.

    Jax estava respirando to duro e em pnico que ele comeou a

    hiperventilar e pequenos pontos brilhantes comearam a piscar e

    aparecer na parte de trs de seus olhos. Jax se encolheu com um som

    abafado estranho quando ele perdeu a conscincia.

  • Cade D'Alisande olhou para a pequena figura na cama do quarto

    do motel e cruzou os braos sobre o peito. O menino ainda estava

    dormindo, embora sua respirao estivesse igualada. Ele era pequeno e

    magro, mas Cade percebeu a musculatura magra do peito e abdmen

    quando ele tirou as roupas molhadas de mais cedo. Ainda assim, ele

    poderia ter quase contado as costelas de ambos os lados, e ele

    amaldioou novamente sob sua respirao. Ele tambm notou as

    queimaduras de cigarro curadas - mais nos quadris e coxas, para no

    mencionar os longos verges nas costas e ndegas. Eram velhas

    cicatrizes, mas feias e chocantes. O menino tinha sido gravemente

    abusado por um longo perodo de tempo.

    Cade tinha estado totalmente assustado com o garoto quando

    ele entrou pela porta do caf, e o cheiro bateu to forte que ele pensou

    que poderia vacilar. Ele sabia que era seu jogo sangue dentro e ele

    sentiu-o profundamente dentro de si mesmo. Foi razo pela qual ele

    parou em vez de passar o pequeno caf na estrada e ir para New

    Orleans. Ele virou-se e levou o bando de volta aqui em vez disso, seu

    lobo pulando dentro dele quando ele entrou no estacionamento. No

    segundo que ele abriu a porta, ele traou o cheiro para os meninos

    sentados em uma cabine nos fundos, seu cabelo molhado grudado em

  • suas cabeas. Os belos olhos azuis do rapaz mais velho olharam para ele

    atravs de uma franja de clios grossos. No segundo que Cade viu a

    plena exploso daqueles olhos, ele sabia que era o lugar onde o cheiro

    estava vindo - esta criana bonita, com os olhos de um anjo assustado.

    Ele estava malditamente aterrorizado.

    No, ele no era uma criana, mas com certeza era s um

    menino, jovem demais para ele ter essas imagens sensuais em sua

    cabea, jovem demais para ser to desejvel, to fodidamente sexy que

    fazia suas bolas doerem de olhar para ele. Muito abalado e enojado

    consigo mesmo por sentir tal desejo por um rapaz, Cade sentou-se em

    uma mesa e olhava para o garoto, tentando se acalmar, enquanto todos

    os instintos que ele tinha lhe pediam para ir at a cabine onde ele estava

    sentado , dobra-lo sobre a mesa e transar com ele.

    Maldito jogo de sangue. Ele fez animais de todos eles, e ele iria

    resistir a este. Quanto mais tempo ele ficasse l, no entanto, quanto

    mais ele se convencesse que isso era algo mais do que apenas um jogo

    de sangue, como se isso no fosse ruim o suficiente. Ele estava

    comeando a ter muito medo de que este fosse o Soif de sang, ou a

    sede de sangue, e se fosse, ento Deus ajudasse a ambos.

    Cade viu os outros membros de sua matilha olhando o belo

    rapaz, e isso o encheu de uma raiva irracional. Como eles se atreviam a

    olhar para o que era seu? Ele teria que deixar claro para todos que o

    menino estava fora dos limites.

    A garonete veio para tomar o seu pedido, e ele foi distrado por

    um momento, mas quando ele olhou para trs, o menino estava se

    levantando para sair, escorregando algo de algum tipo de debaixo da

  • cesta de condimentos sobre a mesa. Ele sabia que tinha que ser a

    gorjeta da garonete, e ele estava realmente feliz, porque lhe deu uma

    desculpa para det-lo em seu caminho para fora.

    Quando ele primeiro tocou o menino assustado, a sede de

    sangue, o Soif de sang, bateu nele com tanta fora que sua viso

    realmente enfraqueceu e seu corao comeou a correr fora de controle.

    Ele viu tudo em uma nvoa avermelhada. Ele ouviu os mitos sobre os

    efeitos da sede de sangue toda a sua vida, mas ele nem sequer

    realmente acreditava em sua existncia. Seus avs alegavam ter tido,

    mas Cade tinha pensado que era apenas as histrias de velhos meio

    enlouquecidos de pessoas que estavam antigas pelo tempo que ele se

    encontrou com eles, e nem sequer falava muito mais do tempo.

    Foi apenas uma vez numa reunio de famlia que ouviu seu av

    falar sobre isso, e ele e sua av faleceram poucas semanas depois. Na

    poca, Cade pensou que era muito incomum para eles tanto ir

    exatamente ao mesmo tempo, mas eles eram to velhos e frgil. Ele

    tinha pensado que uma vez que sua av morresse, o corao de seu av

    simplesmente no tinha sido capaz de tirar a tenso. Ele nunca conectou

    ao Soif de sang at que ele ouviu pessoas cochichando sobre ele no

    funeral em conjunto. Ele estava comeando agora a pensar que

    nenhuma das histrias tinha mesmo feito a justia da sede de sangue.

    Ele podia sentir a surpresa de seu beta, Rayce, e seu irmo,

    Connor, quando ele agarrou o pulso do garoto, mas no tinha dvida de

    que eles e o resto do seu bando iriam fazer o seu jogo, o que ele decidiu

    fazer. Ele sabia que estava assustando a outra criana que estava com o

    menino, mas ele no podia se fazer parar.

  • Esta estreita, a primeira coisa que notou Cade sobre o menino

    era que ele poderia ser um pouco mais velho do que ele tinha pensado

    em primeiro lugar, com piercings em suas sobrancelhas e um pequeno

    do lado do nariz, mas ainda assim ele sabia que era dolorosamente

    jovem . Ele tinha uma disperso de sardas em seu nariz que Cade se

    encontrou cativado, e ele afrouxou o controle sobre ele um pouco.

    Quando o menino mostrou a coragem de bater nele e saltando

    para a porta, arrastando o menor com ele, Cade tinha estado quase

    aliviado. Ele podia respirar novamente, agora o rapaz foi embora, sem

    aquele cheiro maldito entupindo seu nariz e fazendo bagunas em seu

    crebro. Ele fez com que os homens mais prximos porta no

    tocassem os rapazes quando eles fizeram sua fuga, e no segundo que a

    porta se fechou atrs deles, Cade foi capaz de pensar com clareza

    novamente. Sua viso lentamente voltou ao normal, e ele virou-se para

    encarar os outros sua mesa.

    Connor e Rayce estavam ambos olhando para ele com

    preocupao assustada. O que voc est fazendo, Cade ? ,

    perguntou Connor. A garonete estava a cerca de dois segundos de

    distncia de chamar a polcia.

    Cade deu de ombros e tomou um grande gole da gua gelada

    na frente dele. Ele balanou a cabea e passou a mo grande sobre seu

    rosto. Ele tentou falar e percebeu que ele j estava em uma mudana

    parcial, a boca de repente cheia de dentes extras, e sua voz um

    grunhido gutural. P, era aquele menino. Fodida sede de sangue.

    Rayce e Connor olharam espantados e Connor caiu para trs em

    sua cadeira. Cade se concentrou em forar seu animal de volta para

  • baixo. A Soif de sang? Connor estava dizendo. Aquele garoto?

    Voc tem certeza?

    Muita certeza. Ah inferno, sim, eu estou certo. Eu podia

    senti-lo quando passamos por este lugar. Eu nunca ouvi falar de algum

    ser capaz de fazer isso antes com um fogo no sangue, no importa o

    quo forte fosse. por isso que eu me virei para voltar aqui. Deus, to

    forte. O cheiro dele me bateu quando eu entrei na porta, e quando eu

    toquei nele eu pensei que no seria capaz de control-lo. Isso me

    assustou.

    Mas Cade, mon frre, se ele seu companheiro, sua sede de

    sangue, por que deix-lo ir embora? Rayce perguntou ansiosamente.

    Se voc perder o controle dele ...

    A respirao de Cade estourou curta e tomou outro gole de

    gua. Voc o viu? Ele apenas um garoto de merda. Como posso ...

    no, eu tenho que deix-lo ir. Eu tenho que descobrir uma maneira de

    resistir a ela.

    Rayce ergueu as sobrancelhas. Resistir? Voc no pode

    resistir a ela, iria mat-lo. Voc saberia disso tambm, se voc estivesse

    pensando em linha reta. Ele balanou a cabea sem parar, e se

    levantou. No, ns temos que ir atrs dele.

    E ento o qu? Sequestr-lo? Pense nisso, Rayce, ele no

    poderia ter mais do que 16 anos de idade, Cade disse amargamente.

    Connor levantou-se tambm, estendendo a mo para Cade.

    Vamos l, no temos escolha. Voc sabe disso. Vamos pensar em

    alguma coisa, mas temos que encontr-lo primeiro. Ele est fugindo .

    Cade balanou a cabea e pegou o copo. Ele est a p, ele

  • no vai chegar muito longe.

    Rayce inclinou a cabea para ele. A menos que ele pegue

    uma carona.

    Batendo o copo em cima da mesa, Cade sentiu um choque de

    puro pnico. Foda-se, eu nunca pensei nisso. Ele se levantou e

    correu para a porta. Ele estava ciente de que tanto Connor e Rayce

    seguiram para as motos, junto com um ou dois dos gamas mais prximo

    da porta, enquanto Rayce falava para a maioria dos outros para ficar

    parado at que voltassem.

    Assim que eles chegaram estrada, Cade poderia ver os

    meninos l na frente. Eles estavam com eles em questo de poucos

    minutos, mas ainda muito tempo para aliviar a ansiedade quase

    esmagadora que tinha apresentado no peito de Cade com a ideia de que

    ele pudesse perder o controle de seu companheiro. Quando o menino o

    viu chegando por trs dele, ele puxou o brao do menino menor e fugiu

    para fora da estrada, em direo de um banco de rvores a poucos

    metros de distncia. Gritando aos seus homens para ter cuidado e no

    assust-lo mais do que j tinham, Cade seguiu, sua velocidade muito

    maior do que a dos meninos. Embora os dois estivessem correndo

    rpido, esquivando-se ao redor de rvores e arbustos e, obviamente,

    com medo de morte, os homens mais velhos conseguiram cerc-los

    rapidamente, e Cade puxou o menino em seus braos.

    O pobre garoto estava to assustado que ele lutou como um

    louco enquanto Cade concentrou-se em subjug-lo enquanto no o

    machucava, no era uma coisa fcil de fazer. A outra criana tentou

    correr, e Cade estava vagamente consciente de Rayce agarrando-o e

  • falando com ele com uma voz suave. Cade teve seu filhote no cho,

    dizendo-lhe repetidamente que no iria prejudic-lo, enquanto o menino

    gritava para a outra criana correr e finalmente tornou-se to exausto

    at que ele desmaiou. Cade foi surpreendido com a enxurrada de

    protecionismo que tomou conta dele, embora, neste caso, a nica

    pessoa com a criana com mais medo era ele.

    A chuva estava batendo em cima deles, realmente batendo com

    fora a essa altura, por isso Cade pegou o menino e levou-o rapidamente

    de volta para sua moto, onde Rayce j estava saindo com a capa de

    chuva e a envolvendo em torno da outra criana. Cade chamou e

    tranquilizou a criana chorando, que o rapaz que carregava estava tudo

    bem, mas sentia-se como um monstro por assust-lo to mal. Ele tirou

    sua capa de chuva e colocou-o sobre o menino em seus braos. Os

    membros do bando do Cade no foram muito incomodados pela chuva,

    no importava o quo dura era, mas os seres humanos que viajaram

    com eles, precisavam ser protegidos, ento todos do bando levavam o

    equipamento em suas motos.

    Cade havia notado um pequeno motel ao lado do caf, ento

    eles se dirigiram em direo a ele, e Rayce entrou para garantir alguns

    quartos. Cade tomou ambos os meninos para um dos quartos que

    estavam prontos, e disse aos outros para voltar para o seu pequeno-

    almoo, enquanto ele decidiu que era para ser feito. Cade sabia que

    Rayce iria suavizar qualquer apreenso tambm. A pequena cena com os

    meninos no caf tinham ido contra a sua regra estrita para no trazer

    qualquer ateno indevida ao bando, mas ele no estava pensando em

    linha reta, uma vez que ele tinha visto seu pequeno companheiro.

  • Connor insistiu em ficar com Cade, e estava sentado em uma mesa na

    sala, conversando calmamente com o menino mais novo. Connor tinha

    comprado criana uma bebida suave e algumas bolachas para ele, e

    com exceo de alguns olhares preocupados sobre o menino na cama, a

    criana parecia estar se acalmando.

    Quando Cade teve o menino, cujo nome o menino mais novo

    disse que era Jax, dentro do quarto, ele tirou a roupa molhada,

    envolveu-o em cobertores, e virou-o para o calor. A criana, que disse

    que seu nome era Mason, estava encharcada tambm, ento Connor o

    embrulhou num cobertor grosso ao redor dele. Ele tirou os sapatos da

    criana, mas nem Cade nem Connor se sentiram confortveis pedindo-

    lhe para tirar as roupas molhadas. Eles iriam esperar at Jax acordar.

    O menino na cama, no entanto, pertencia a ele, por isso Cade o

    despiu. Sem dvida, ele ficaria chateado e alarmado quando ele

    acordasse, mas ele no podia correr o risco dele ficar doente. Ele ainda

    estava desmaiado, por isso Cade pendurou as roupas para secar em uma

    cadeira ao lado do aquecedor, e foi atravs de seus escassos pertences,

    enquanto Mason assistia TV. Os meninos no tinham mochila ou mala de

    qualquer espcie, nada, alm das roupas que estavam vestindo. Junto

    com alguns dlares e um carto de visita de um oficial de justia, a

    carteira de Jax continha uma carteira de motorista do Alabama que

    proclamou ser Jackson Cody Monroe, com idade de dezenove e foi uma

    grande surpresa e alvio. Ele certamente no parecia ter dezenove anos,

    mas a criana confirmou.

    Cade no queria alarmar o menino mais novo de interrog-lo

    muito de perto, mas quando Connor perguntou-lhe se eles viviam nas

  • proximidades, a criana sacudiu a cabea e pareceu evasiva. Ele lhes

    disse que Jax era seu irmo, mas isso era tudo.

    Ele sabia que Rayce faria perguntas discretas no caf, ento se

    acomodou para esperar Jackson acordar. Nesse meio tempo, ele estudou

    seu rosto.

    Jax era bonito, nenhuma outra palavra para ele. Ele tinha os

    lbios cheios, exuberantes e mas do rosto salientes. Seu rosto era

    quase delicado, mas salvo da aparncia feminina por uma mandbula

    forte, com uma pitada de covinha no queixo. Cade j sabia que seus

    olhos eram de um escuro, azul marcante que tinha brilhado para ele

    como vidro colorido quando ele segurou seu pulso.

    Ele era pequeno, mesmo para um ser humano, no muito maior

    do que uma mulher, embora no houvesse nada feminino sobre o que

    ele tinha visto quando ele tirou a cala jeans e cuecas molhadas. A viso

    de seu lindo, pau grosso, juntamente com o cheiro forte irradiando dele

    no quarto de motel quase fez Cade perder o controle novamente. Ele

    teve que ir ficar na porta e respirar o ar fresco por alguns minutos para

    se acalmar.

    Com um pequeno gemido, Jax se torceu e virou na cama,

    ficando mais desperto, e Cade mudou-se para sentar-se perto dele, caso

    ele tentasse fugir novamente do lado de fora. Mason viu tambm, e

    levantou-se para ir sentar-se ao lado do irmo na cama e segurar

    firmemente a sua mo. Mesmo que ele estivesse preparado para isso, o

    brilho de Jackson fixado em Cade, quando ele de repente abriu os olhos

    o bateu duro. O menino estava surpreendentemente calmo aps a cena

    no bosque e no fez qualquer movimento para se levantar. Ele apenas

  • puxou Mason mais proximo na cama ao lado dele e olhou fixamente para

    Cade, apertando os lbios.

    No tenha medo, Jax. Ningum vai te machucar. Eu

    prometo.

    O olhar do menino passou pelo quarto antes de vir para

    descansar em Cade. Sua voz saiu baixa e rouca. O-onde estamos? O

    que voc vai fazer com a gente?

    Voc est em um quarto de motel , ele levantou-se para

    pegar seus pulsos e empurr-lo de volta para baixo quando o rapaz

    tentou saltar da cama com essas palavras. Cade sustentou Jax enquanto

    ele falava com voz firme para ele. Acalme-se. Era s para levar para

    fora da chuva. Voc estava todo molhado, e voc desmaiou. Eu disse a

    voc, ningum vai machucar nenhum de vocs.

    Jackson franziu a testa, seu rosto furioso. Eu no desmaiei.

    Eu nunca desmaiei na minha vida , disse ele. Voc deve ter me

    nocauteado, voc ou os gorilas que tinha com voc. Ele lutou contra o

    aperto de Cade em seus pulsos. Deixe-me ir, eu lhe digo. Eu vou te

    matar quando eu me levantar.

    Bem, to aterrorizante que parea, voc no est indo a

    lugar algum, ento relaxe ou eu vou ter que amarr-lo cama. Ele

    apertou os pulsos um pouco. Pare com isso. Eu quero dizer, Jackson.

    Meu nome Jax, e eu no tenho medo de voc.

    Mmm-hmm. Bem, bem. Eu no quero que voc tenha medo,

    que o que eu acredito que eu acabei de dizer.

    Jax se acalmou, e Cade o soltou. Imediatamente, ele fugiu de

    volta para a cabeceira da cama, puxando Mason junto com ele.

  • Cade estava sobre ele por um longo momento, olhando para

    ele. Concentre-se, por favor, e responda s minhas perguntas. Essa

    sua real identificao? Voc tem realmente 19 anos de idade?

    O qu? Sim, claro que real, e o que voc quer dizer com se

    eu tenho realmente dezenove? Isso o que diz, no ? O que isso para

    voc, afinal? S porque eu no sou um grande idiota cheio no significa

    que eu no posso cuidar de mim mesmo.

    Sim, voc parece estar fazendo um bom trabalho at agora,

    roubando gorjetas e bolachas para conseguir algo para comer, correr na

    chuva e desmaiando de fome .

    Eu no desmaiei. Eu apenas tomei as bolachas porque eu. ..

    porque eu estava ...

    Planejando ter realmente uma grande salada mais tarde?

    Besteira, menino, no minta para mim. Voc tinha dezessete dlares em

    sua carteira, e voc no queria gast-lo em coisas desnecessrias, como,

    oh, eu no sei, comida, por exemplo. Cade podia ouvir a si mesmo

    sendo sarcstico e idiota, e ele honestamente no sabia de onde ele

    estava vindo. Algo sobre esta situao s estava mexendo com ele.

    Sentindo-se preso e, como estava de costas contra a parede, ele, no

    entanto, respirou fundo e lembrou a si mesmo como assustado o menino

    deveria estar. Ele precisava se acalmar.

    Jax inflou seus lindos lbios em um beicinho, e foi tudo que

    Cade podia fazer para no inclinar-se e prov-los. A compulso repentina

    realmente o horrorizou, e ele retrocedeu um par de passos. Jax ainda

    estava contra a cabeceira da cama, segurando seu irmo perto dele, mas

    quando ele percebeu que estava nu sob os cobertores, seu rosto ficou

  • um tom interessante de vermelho, e ele olhou para Cade.

    Onde esto as minhas roupas?

    Eu os tirei de voc para sec-las. Seu irmo ainda est

    usando a roupa molhada, por isso pode ser uma boa ideia dizer-lhe para

    ir ao banheiro e tir-las. Ele pode envolver-se em cobertores. Eu odiaria

    que ele ficasse doente.

    No se preocupe com isso, eu vou cuidar de meu

    irmozinho. Que tipo de pervertido voc que quer tir-lo de suas

    roupas?

    Cade soltou um suspiro de frustrao. Oh, pelo amor de

    Deus. Ns no molestamos crianas. Eu estava apenas preocupado com

    seu bem-estar. Voc o nico que est arrastando a criana em torno da

    chuva. Voc diz que pode cuidar dele, ento faa.

    Sim, bem, isso no do seu interesse, no ?

    Voc realmente acha que as roupas dele haveria qualquer

    proteo para ele, se qualquer um de ns quisesse machuc-lo? Ele tem

    que estar desconfortvel. Ele pode envolver-se em cobertores e eu

    prometo que ningum vai toc-lo.

    Jax parecia pensar sobre isso por alguns minutos e, finalmente,

    sussurrou algo no ouvido de Mason. Mason saiu da cama e pegou o

    cobertor que Connor estava segurando para ele e foi para o banheiro.

    Eu no vou deixar voc me foder Jax disse firmemente,

    assim quando Mason fechou a porta atrs dele, Cade se surpreendeu.

    Ningum quer transar com voc, Cade disse, no entanto,

    era exatamente o que seu lobo queria fazer, ento ele deu outro passo

    para trs para colocar mais distncia entre eles. Mas voc precisa

  • comear a me dizer a verdade ou eu vou colocar sua bundinha por cima

    do meu joelho e espanc-lo com tanta fora que voc no sentar por

    uma semana.

    Jax corou, e sua boca se abriu em completa surpresa. Um olhar

    estranho passou por seu rosto, mas tinha ido embora to rapidamente

    que Cade no poderia ter certeza sobre o que era. Droga, ele tinha

    acabado de prometer a si mesmo que iria pegar leve com o garoto.

    Jax olhou para ele furiosamente e estufou o peito. Voc me

    toca e eu vou fazer voc se arrepender muito. O que isso? O que voc

    quer saber? Ele estreitou os olhos de repente. Voc algum tipo

    de policial? Ela tem seus cinco dlares de volta. Isso tudo que eu

    tomei, eu juro por Deus.

    Temos um fugitivo?

    Tenho 19 anos de idade, idiota. Eu no estou fugindo de

    nada nem de ningum. Eu posso ir para onde eu quiser.

    Ok, bom saber. Voc pode ir para onde quiser, contanto que

    diga a seu agente de condicional. E o que acontece com o garoto?

    Cade respondeu baixinho, sacudindo a cabea em direo ao banheiro.

    Voc est me dizendo que voc tem a custdia daquele rapaz? Ele

    tirou do bolso o carto de visita que ele tinha encontrado na carteira de

    Jax. Talvez esse cara tenha algumas informaes sobre voc. Posso

    cham-lo e descobrir.

    N-no. Por favor. E-esse um carto antigo. E o que lhe d o

    direito de mexer em minhas coisas, afinal? Droga, por que est fazendo

    isso, seu imbecil? Que diferena faz para voc quem ns somos?

    Pare de mentir para mim. Cade soltou um longo suspiro e

  • deu um passo para Jax, que olhou para ele desafiadoramente. E pare

    de me xingar.

    Ok, ok! Eu vou te dizer. Mas se voc me bater, eu vou bater

    em voc de volta , disse ele, recuando o punho.

    Cade recuou e olhou para ele com surpresa. Eu no tenho

    nenhuma inteno de bater em voc. Mas diga-me por que voc est em

    liberdade condicional e diga-me a verdade, ou eu poderia espancar sua

    bunda.

    A boca de Jax se abriu em surpresa. Ele balbuciou algumas

    vezes, mas no deve ter gostado do olhar que ele viu nos olhos de Cade,

    porque ele levantou a mo num gesto apaziguador. Ok, ok. Eu bati

    em um dos meus parentes, e ele prestou acusaes. Desde que eu tinha

    mais de dezoito anos, e eu no tinha dinheiro para apresentar garantia,

    eles me colocaram na cadeia por alguns dias, e eu sa em liberdade

    condicional. Essa a verdade, eu juro.

    Por que voc bateu nele?

    Foi apenas um mal-entendido familiar. Eu tenho um tipo de

    temperamento ruim.

    No me diga. E o menino?

    Ele meu irmo. Eu sou como seu guardio agora .

    Cade levantou uma sobrancelha. Voc como seu tutor.

    Srio? Voc espera que eu acredite nisso?

    Eu no dou a mnima para o que voc acredita. Nada disso

    da sua maldita conta .

    Cade deu mais um passo rpido em direo a ele, sentou-se na

    beira da cama e puxou Jax sobre seu colo em um movimento suave. Ele

  • puxou o lenol e deixou a mo cair duas vezes bruscamente, observando

    com satisfao como sua impresso da mo rosa fez uma marca em

    cada um dos globos brancos e perfeitos de bunda de seu rapaz.

    No! Jax gritou. Pare, pare, por favor, me desculpe.

    Mais dois golpes caram, no o suficiente para realmente

    machucar, mas o suficiente para picar. Jax se contorceu violentamente

    em seu colo e, para sua surpresa, Cade sentiu uma haste muito dura

    pressionando contra suas coxas. Ento, seu garoto gostava de ser

    espancado. Merda, ele estou to fodido.

    A mo de Cade se moveu sobre seu traseiro, massageando

    suavemente, trabalhando fora o ferro, desejando muito mal coloc-lo

    de volta na cama e enterrar seu pnis entre as bochechas recm

    espancadas. Decidindo que era uma ideia muito ruim, ele o colocou de

    volta na cama e se levantou, afastando-se dele.

    Ok, ento. Nunca me xingue novamente. E eu vou decidir o

    que o meu negcio.

    O-okay. Sinto muito. S ... por favor, deixe-nos ir .

    Mason saiu do banheiro, olhando com alarme sobre Jax, que

    estendeu a mo para ele.

    Voc est bem, Jax? Eu ouvi voc gritar.

    Jax bagunou seu cabelo e puxou um travesseiro sobre sua

    ereo que estava aparecendo no lenol. Eu estou bem, Mace.

    Estamos apenas conversando, isso tudo.

    Connor aproximou-se da cama e estendeu a mo. Mason,

    por que no voltamos a assistir a desenhos animados para o seu irmo

    pode falar com meu irmo, ok?

  • Mason olhou para Jax, que assentiu com a cabea, e ele se

    aproximou de Connor, que o conduziu de volta para a mesa.

    Vamos, Jax disse em um tom baixo. Eu vou deixar a

    cidade imediatamente, eu prometo.

    E ir para onde? O que voc est fazendo em Mississippi, de

    qualquer maneira, se voc do Alabama?

    N-ns conseguimos carona at aqui. Ns estamos indo para

    o oeste, ou esse o plano, de qualquer maneira.

    Onde para o oeste? Quem est l?

    Jax deu de ombros. Ningum realmente, e no temos

    quaisquer planos firmes. Assim, sempre eu posso encontrar um

    emprego. Eu estou ... uh ... procura de trabalho.

    Cade olhou com ceticismo para Jax. Ele estava aliviado quando

    Jax puxou o travesseiro para cobrir sua virilha. Ele estava mantendo os

    olhos afastados da protuberncia por pura fora de vontade.

    O que voc vai fazer para ns? Jax perguntou de novo, os

    olhos faiscando.

    Antes que Cade pudesse responder, a porta se abriu para

    admitir Rayce, que estava carregando vrias caixas e equilibrando a

    transportadora bebida em cima deles.

    Rayce olhou ao redor do quarto, curiosamente, e Jax se

    encolheu ainda mais contra a cabeceira da cama, puxando o travesseiro

    at abraar a ele. Favorecendo Jax com um encantador sorriso

    tranquilizador, Rayce trouxe as caixas sobre a mesa de cabeceira. Eu

    trouxe a todos um pouco de petit djeuner , disse ele. Oh, e eu

    consegui quartos suficientes para todos ns, para esta noite, para que

  • voc possa entender tudo isso. Eles no sabiam nada no restaurante,

    exceto que eles nunca tinham visto nenhum deles por aqui antes.

    Jax assistia a ambos com olhos desconfiados e olhava

    ansiosamente para a porta.

    Bom, Cade disse, balanando a cabea. Obrigado,

    cara. Ento ele olhou por cima de Jax. Nem pense nisso. Voc se

    move um centmetro alm da cama, e eu vou terminar o que comecei

    com essa surra.

    Jax lhe deu um ressentido, olhar furioso, mas ficou onde estava.

    Cade balanou a cabea em aprovao e estendeu a mo para um dos

    recipientes de viagem, entregando a Jax. Dentro havia ovos mexidos,

    bacon crocante e cremoso molho com uma bolha manteiga por cima. O

    cheiro flutuando da comida fez Jax fechar os olhos e tremer, mas ele

    ainda olhou primeiro para Mason para ver se ele tinha um tambm.

    Mason j estava comendo.

    Bem, v em frente e coma , Cade disse com firmeza, um

    pouco comovido com a reao de Jax para a comida e tentando no

    mostr-lo. No deixe esfriar.

    Jax arregalou os olhos e, em seguida, rasgou a comida, apenas

    enfiando-o na boca e no esperando para abrir o pequeno pacote que

    continha um garfo de plstico e uma faca. Cade e Rayce observaram

    fascinados e assustados at Cade estender a mo para pegar o pulso de

    Jax.

    Devagar, caramba. Ningum vai tirar isso de voc, mas voc

    vai passar mal comendo assim. Ele fez Jax olhar para ele e acenar

    com a cabea, antes que ele tirou a mo e assistir fazer um verdadeiro

  • esforo para abrandar. Isso certo. Mais lento, e dane-se, use o

    garfo. Voc no pode comer os ovos e gros com os dedos, ou voc vai

    se queimar.

    Cade abriu o pacote para ele e limpou os dedos com o

    guardanapo antes de colocar o garfo na mo. Devagar, ou eu vou

    aliment-lo eu mesmo.

    Isso teve Jax indo mais devagar e, finalmente, Cade sacudiu a

    cabea em Rayce, e eles passaram a ficar perto da porta. Ele falou-lhe

    baixinho em francs. Seu nome completo Jackson Cody Monroe .

    Jax olhou para o som de seu nome, mas Cade ignorou.

    Ele de Piedmont, Alabama, de acordo com a sua licena, e

    ele tem 19 anos de idade. No olhar de descrena no rosto de Rayce,

    ele sacudiu a cabea. Eu sei, eu sei, ele parece jovem demais, mas

    isso o que est na sua carteira de motorista, e parece ser autntico.

    Vamos precisar verific-la para ter certeza. Ele est fugindo de alguma

    coisa, eu acho, mas desde que ele acabou de sair da priso voltando

    para casa, ele tem que ter mais de dezessete anos, ou eles teriam o

    colocado em um Centro de Deteno Juvenil. Diz que bateu em um

    parente que apresentou queixa, e agora ele est em liberdade

    condicional.

    Rayce levantou uma sobrancelha. Srio?

    Ambos olharam para a pequena figura na cama e Cade suspirou.

    Sim, eu no posso v-lo batendo em algum to pouco quanto ele

    quer, mas isso o que ele disse. Assumindo que ele est dizendo a

    verdade, eu no acho que ningum vai estar procurando por ele, exceto,

    talvez, seu oficial de condicional. Ele foi abusado no passado, e ainda

  • tem as cicatrizes para provar isso, mas eles esto cicatrizados. Poderia

    ser por isso que ele e seu irmo mais novo estejam fugindo. Isso me

    incomoda muito. Onde esto os pais da criana? Precisamos dar uma

    olhada.

    Rayce assentiu. O que voc vai fazer?

    Foda-se, se eu sei. Eu no quero isso, e eu no quero um

    menino que parece ter 15 anos de idade. Ele no meu tipo, caramba. E

    ele muito fodidamente jovem.

    Rayce o olhou com simpatia e acenou com a cabea. Eu sei,

    mon ami, mas no h muito que voc possa fazer sobre isso, no ? Eu

    quis dizer, o que voc vai fazer a respeito de tom-los com a gente?

    Voc est atrado para o menino, no? E ele o seu companheiro, voc

    no pode deix-lo para trs.

    Cade fez uma careta e olhou por cima a Jax. Ele terminou seu

    caf da manh e estava tentando acompanhar a conversa, embora Cade

    tivesse certeza que ele no entendia uma palavra. Quando ele viu Cade

    olhando para ele, ele jogou o cabelo de seus olhos e pegou

    nervosamente o lenol que cobria o peito.

    Claro, eu estou fodidamente atrado por ele, porra! Eu mal

    posso manter minhas mos longe dele. Eu sei que o Soif de sang. Mas

    eu no quero estar to atrado. Eu no quero me sentir assim. Quero

    apenas voltar toda essa porcaria de volta para esta manh. Eu gostaria

    de nunca ter passado por esse restaurante estpido.

    O que devo dizer aos outros? Rayce perguntou em voz

    baixa.

    Diga a eles ... no diga nada at que eu possa saber mais.

  • Talvez seja algum tipo de erro. Talvez eu acorde de manh e esteja de

    volta ao normal.

    No assim que funciona, Cade, e voc sabe disso. Voc vai

    ter que acasalar com ele em breve ou a sede de sangue vai domin-lo.

    Voc pode mudar sem aviso prvio e machuc-lo.

    Cade virou um rosto incrdulo para Rayce. Eu nunca iria

    machuc-lo, mas ele est morrendo de medo de mim. Olhe para ele.

    Os dois homens olharam para o garoto na cama at que ele

    olhou beligerante de volta para eles. O qu? Jax disse com

    veemncia. No tenha ideias, e me devolva minhas roupas malditas.

    Eles devem estar secos o suficiente por agora.

    Ignorando-o, Cade se virou para Rayce, sacudindo a cabea.

    Apesar da personalidade encantadora, ele parece exausto. Acho que ele

    est fugindo em pura adrenalina agora. Eu quero que ele descanse

    algumas horas. Vamos para Gergia, esta tarde.

    Rayce balanou a cabea e deu de ombros. Onde quer que

    voc diga, Cade. Cade olhou por cima de Jax, que ainda estava os

    espionando descaradamente, com a testa enrugada, enquanto tentava

    descobrir o que eles estavam dizendo.

    Ele vai lutar comigo em cada passo do caminho. Voc

    percebe isso, no ? Cade disse miseravelmente.

    Rayce acenou com a cabea e sorriu. Eu vou ficar com

    Connor e Paul e dar-lhe um pouco de privacidade para lidar com ele. Vai

    nos fazer tudo de bom para descansar um pouco.

    Sim, e talvez dar a esta chuva a chance de limpar. Ah, e

    mande Paul ou algum arrumar mais roupas para ambos. Jeans,

  • camisas, roupas ntimas. Dois de tudo por agora e outro par de botas,

    pelo amor de Deus. Ele fez um gesto com desprezo para com os que

    ele tinha puxado para fora de Jax quando ele chegou no quarto. Elas

    eram feitas de vinil barato e tinha um pequeno calcanhar empilhado.

    Cade tinha forte suspeita de que eram botas de meninas. Casacos

    mais pesados tambm , disse ele, gesticulando com desprezo nas

    vestes ofensivas penduradas nas cadeiras para secar.

    Cade tirou um pedao de papel de seu bolso. Eu tenho

    escrito os tamanhos de Jax aqui. Eu peguei de suas roupas velhas. Voc

    deve ser capaz de adivinhar o da criana. Ele tem cerca de oito ou nove

    anos, eu diria. No temos quaisquer capacetes extras?

    Rayce balanou a cabea. Vou acrescentar isso a lista .

    De primeira qualidade. Nada barato, e nada punk que Jax

    estava vestindo. Diga a todos para comer no restaurante o almoo ou,

    melhor ainda, pedir pizzas. Ns no precisamos atrair mais ateno do

    que j temos. Eu acho que os dois vo dormir agora que seus estmagos

    esto cheios. O pequeno est quase dormindo j. Ele olhou para Jax

    especulativamente. Para estar no lado seguro, veja se o companheiro

    de Sean tem qualquer uma dessas plulas que deixou o dentista lhe dar,

    em Atlanta. Eles vo fazer Jax ter sono.

    Rayce olhou de volta para a cama com um sorriso. Eu no

    acho que eles vo ser necessrios. Parece que seus pequenos j esto

    dormindo.

    Com certeza, enquanto conversavam, Mason tinha se voltado

    para a cama com Jax e estava enrolado ao seu lado. Jax tinha cado

    dormindo ao lado dele, sentado, com a cabea pendendo para trs na

  • cabeceira da cama, com a boca aberta, com a caixa de viagem ainda em

    seu colo. Cade soltou um suspiro exasperado e balanou a cabea,

    caminhando para a cama para ficar em cima dele. Ele no queria ter

    esse sentimento maldito para o garoto. Ele no queria se sentir como se

    ele precisasse lev-lo em seus braos e abra-lo enquanto ele dormia.

    Ele inclinou-se para tirar a caixa para longe e puxando Jax para baixo

    para que ele no tivesse um torcicolo no pescoo. Ele no acordou nem

    uma vez, Cade se moveu, apenas enrolado em seu lado ao lado de

    Mason com um suspiro.

    O que eu vou fazer com voc? Cade perguntou baixinho,

    olhando para o rapaz. Seu lobo saltou dentro dele, cheio de sugestes,

    mas ele forou-o de volta. Mesmo que seu lobo fortemente aprovasse o

    rapaz, Jax no era sua escolha, nunca teria sido sua escolha, e Cade se

    sentia atordoado e irritado e preso. Ele sabia que no era culpa do rapaz,

    mas ele no podia deixar o ressentimento borbulhando dentro dele.

    De todas as vezes que a sede de sangue elevasse sua cabea

    feia, isso tinha que ser o pior. Cade estava movendo seu pequeno bando

    para as montanhas ao norte da Gergia para se juntar ao seu primo

    Zack. Zack era um dos alfas do bando Dark Hollow, uma enorme aliana

    de bandos que inclua o norte da Gergia, partes do Tennessee, e todo o

    oeste da Carolina do Norte.

    O pai de Zack, tio do Cade, tinha deixado a Louisiana muitos

    anos antes, quando ele perdeu o desafio para a liderana de seu grupo.

    Quando o velho alfa morreu, seus dois filhos, o pai do Cade e seu tio,

    tiveram de lutar pela liderana da matilha. Uma vez que um bando s

    poderia ter um alfa, os irmos sabiam que acabaria por ter de enfrentar

  • um ao outro no anel ancestral, ou ento sair e comear uma nova

    matilha. Os lobos amavam sua terra do bando, e todos os lobos tinham

    estreitos laos emocionais com ela, assim que comear um novo bando

    no foi s difcil, mas quase impensvel. Eles sabiam que, mesmo antes

    de eles lutaram de que no importa o que aconteceu, um deles teria que

    sair. Incapaz de aceitar a dominao do outro alfa, ainda falta uma

    sequncia, jovens alfas foram muitas vezes deixados literalmente sem-

    teto at que seja deixado a rea para encontrar um novo bando ou

    assimilados de volta em seu bando velho em um ranking menor. Lobos

    nunca foram feliz sozinhos, era quase um conceito estranho para eles.

    Quando chegou o momento, os irmos tinham se defrontado no

    ringue e o pai do Cade havia vencido. Humilhado e com o corao

    partido, o seu irmo deixou o bando, eventualmente se afastando de

    seus parentes distantes na Carolina do Norte. Com o tempo, ele

    construiu a sua prpria matilha na vizinha das montanhas ao norte da

    Gergia, formando uma aliana com o bando Dark Hollow. Quando ele

    foi morto por caadores, alguns anos antes, seu filho, Zack, tinha

    assumido a liderana de sua matilha e o papel de alfa.

    No foi a maior soluo para ir para Zack para ajudar e dois

    alfas no mesmo local nunca foi uma boa ideia, mas era a nica coisa que

    ele poderia vir acima em to curto prazo. Eles deixaram Louisiana com

    pressa, porque ele no iria lutar contra seu prprio pai para a liderana

    da matilha. O fato de que ele sabia que iria ganhar apenas tornou ainda

    mais imperativo que ele sasse. Seu pai amava levar a matilha, e teria

    esmagado ele ser derrotado.

    Cada vez que um jovem alfa atingia a maturidade completa, ele

  • era obrigado pela sua legislao e suas antigas tradies de desafiar a

    autoridade do lder. Uma vez que Cade sabia que seu pai nunca iria

    suportar o seu desafio, o nico curso que ele sentiu tinha aberto para ele

    era sair do bando e cortar por conta prpria, assim como seu tio tinha

    feito anos antes.

    Quando ele disse aos outros que ele estava saindo, seu irmo

    Connor insistiu em ir com ele, e quando saiu, seu melhor amigo, Rayce,

    juntamente com doze outros, alguns pares acasalados, se juntaram a

    eles. Parecia que Cade havia formado seu prprio bando, se ele

    pretendia ou no.

    Cade tinha muito dinheiro, quase todo o seu salrio a partir dos

    anos que ele passou no Exrcito, incluindo o dinheiro do fundo fiducirio

    deixado por seus avs, mas ele no tinha ideia clara do que ele deveria

    fazer em seguida. Quando ele ligou para falar com seu primo, Zack disse

    que havia muita terra que ele poderia construir um bando, tanto no

    norte da Gergia e da Carolina do Norte. Ele j pertencia aos bandos, e

    como a famlia, ele seria bem-vindo para ele.

    Cade tinha realmente planejado tomar o seu tempo a chegar a

    Georgia e talvez ver um pouco do campo, levante um pouco o inferno

    antes ele tivesse que se acalmar e ser responsvel. Tinha sido um tempo

    desde que ele tinha sido capaz de estar na estrada com as motos, e ele

    estava inquieto. Ele e Rayce compraram suas motos quando eles ainda

    eram adolescentes, e outros jovens no bando haviam seguido a sua

    liderana at que formaram um pequeno grupo que gostava de andar

    juntos todas as chances que tinham. Rayce surgiu com o nome de Filhos

    das Trevas, junto com o logotipo do lobo, na maior parte como uma

  • piada.

    Cade estava se divertindo antes de tudo isso comear, trabalhar

    e jogar duro e apreciando a vida. Ele tinha estado longe e pronto para

    sossegar. Agora, confrontados no s com um bando para cuidar, mas

    um jovem companheiro indesejado, tudo era diferente. Agora ele tinha

    outros para cuidar, e uma pessoa em particular. O menino no era

    mesmo algum que normalmente seria mesmo remotamente

    interessado.

    Embora ele tinha estado com homens antes, sua preferncia era

    realmente para as meninas, como as que ele tinha estado em Louisiana.

    Ele gostava de meninas que tinham um pouco de carne em seus ossos,

    com seios grandes e completos, grandes curvas, as meninas que tinham

    estado em torno, que sabiam o que esperar e nunca pediu-lhe para dar-

    lhes mais do que ele era capaz de dar-lhes. Os poucos homens que ele

    tinha estado tinha sido no bando de seu pai, grandes, duros, caras

    musculosos que poderiam tomar uma fodida e ainda voltar para mais.

    Quando ele tinha um desejo de estar com um homem, ele queria um

    homem de verdade, e no um garoto andrgeno. Se ele tinha que ter

    uma sede de sangue com um homem, ento ele queria algum mais

    parecido com ele. Eles poderiam ter formado um casal alfa que seria

    malditamente perto do invencvel contra os seus inimigos.

    Cade era um alfa, e certas coisas que vieram com o territrio.

    Ele gostava de dominar e estar no controle. Em outras palavras, ele

    gostava de uma vida dura, e ele precisava de um parceiro que pudesse

    levar tudo o que ele distribua, e no algum delicado garotinho loiro que

    pesava um dinheirinho, e usava botas femininas e tinha piercings faciais.

  • Um menino cujo cabelo enrolavam em torno de seu rosto bonito, como

    uma boneca, e cujos olhos eram to escuros, num fundo azul que uma

    pessoa poderia cair em suas profundezas e no ser capaz de encontrar

    seu caminho para fora novamente.

    Cade nunca tinha estado com algum que j o fez se sentir

    qualquer coisa profundamente. Ningum que realmente fez seu corao

    bater mais rpido ou o fez sentir que no conseguia respirar sem eles.

    Ele pensou que talvez ele no fosse talhado para sentir amor assim, e

    ele acreditava nisso tambm, at o momento em que ele entrou naquele

    maldito caf.

    Ele alisou o cabelo do rosto de Jax e franziu o cenho para os

    piercings. Eles estavam saindo em breve. Eles no iriam ficar de

    qualquer maneira depois de terem acasalado. Uma vez que ele desse a

    Jax a mordida de acasalamento, nada como as cicatrizes e os buracos

    ficariam em seu corpo, eles se curariam imediatamente, deixando a pele

    lisa, sem mcula. Seu corpo se tornaria forte e ainda mais bonito. Ele

    olhou para o menino e o pensamento surgiu novamente em sua mente.

    Ainda mais bonito?

    Como diabos ele seria capaz de resistir a ele, ento?

    Ele estava to fodido.

  • Captulo Dois

    Jax acordou lentamente, esticando os braos acima da cabea.

    Levou um momento para acordar totalmente e perceber onde estava.

    Mason estava dormindo ao lado dele na cama, enrolado em uma

    pequena bola. Jax sentou rapidamente e, em seguida, olhou em volta. O

    que diabos estava acontecendo? Onde estava o motociclista e apenas

    quem diabos eram essas pessoas, afinal? Ser que eles querem lhes

    fazer qualquer mal? Ele teve de admitir que nada realmente ruim

    aconteceu at este ponto, alm do fato de que tomaram as suas roupas

    e o grandalho golpeou sua bunda como se ele fosse uma criana ou

    algo assim. Ele ainda estava com medo, no entanto, porque era tudo

    muito estranho. Ele s queria fugir.

    Jax no tinha ideia do que alguns motoqueiros da gangue

    queriam com eles, mas ele pensou que no poderia ser alguma coisa

    boa. O quarto parecia estar vazio no momento e suas roupas ainda

    estavam espalhadas ao longo de algumas cadeiras e sobre o aquecedor.

    Ele ouviu algum no banheiro, mas tudo estava quieto. Se tivesse sorte,

    ele poderia tir-los de l antes que algum voltasse para observ-los. Ele

    se perguntou brevemente por que o motociclista no deixou um guarda

    observando eles, mas no parou para questionar a sua boa sorte. Eles

    tinham que se mover e mover rapidamente.

    Balanando Mason para acord-lo, ele colocou um dedo sobre os

    lbios, advertindo para que ficasse quieto e levantou da cama. Ele pegou

    suas roupas midas de onde elas estavam secando, vestindo-as

  • rapidamente enquanto observava Mason se vestir tambm. Suas botas

    ainda estavam encharcadas, mas ele as calou de qualquer maneira e

    amarrou. Movendo-se furtivamente, Jax foi para a porta e olhou pelo

    olho mgico para ver se algum estava l fora.

    O motel era um dos tipos mais antigos ainda vistos na beira da

    estrada no sul, apenas quartos trreos espalhados ao longo da rodovia

    como contas em um colar e ligados por uma longa calada em frente.

    No vendo ningum na frente da porta, ele teve uma chance e abriu a

    porta, olhando em torno dos cantos. No observando nada nem ningum

    em ambas as direes. Ele fez um gesto para Mason segui-lo. A chuva

    diminuiu muito e houve algumas brechas nas nuvens. Jax pensou que

    poderia ser o final da tarde.

    Um par de portas frente, um homem mais velho estava

    colocando sua mala no porta-malas para entrar em seu carro. Num

    impulso, Jax correu para ele, certificando-se de que Mason o seguiu.

    Senhor, voc poderia nos ajudar, por favor? Fomos pegando

    carona e esse cara nos pegou e trouxe at aqui, mas agora estamos

    muito assustados e precisamos ir embora. Ele foi at a loja, mas estar

    de volta em breve. Por favor?

    O homem ficou assustado e olhou em volta. Devo chamar a

    polcia? Vocs meninos esto bem?

    No, no a polcia, ele no nos machucou ou qualquer coisa,

    mas ns precisamos ir. Voc pode nos dar uma carona? S at a parada

    de caminhes mais prxima? Talvez possamos pegar uma carona de l.

    Bem, e-eu acho que eu poderia lhes dar uma carona at Nova

    Orleans, se isso ajudar. Eu estou no meu caminho para um casamento

  • de famlia l, mas onde esto seus pais? Tem certeza de que eu no

    deveria apenas chamar a polcia?

    Ah no, est tudo bem. Eu, realmente, tenho mais de dezoito

    anos. Estou cuidando do meu irmo mais novo, enquanto nossos pais

    esto fora da cidade. Se voc pudesse nos dar uma carona seria

    fantstico. Jax abriu a porta do carro, deslizou para dentro e sentou no

    banco da frente antes que o cara pudesse mudar de ideia. Mason se

    esforava para entrar no banco de trs, e o homem ficou ao lado dele,

    ligou o motor e arrancou, muito lentamente para a paz de esprito de

    Jax. Apenas no caso de algum que sasse de um dos quartos de forma

    inesperada e os visse sair, ele inclinou, fingindo mexer com os laos em

    suas botas observando at que perdeu de vista o estacionamento do

    motel. Sentando, em seguida, ele olhou sobre o ombro, com medo que

    fosse ver Cade ou um dos outros vindo atrs deles. A estrada ficou vazia,

    porm, em breve o trfego aumentou quando eles fizeram o seu

    caminho para Memphis. Ele fez isso; deixou o grande e bonito

    motociclista para trs. Ento, por que ele sentia como se tivesse feito

    algo errado?

    Quantos anos vocs tem, meu filho? O homem lhe

    perguntou com uma expresso preocupada vincando seu rosto e Jax

    virou e deu o seu sorriso vencedor.

    Oh, eu tenho vinte e um senhor, sou apenas pequeno para a

    minha idade. Meu irmo e eu estamos indo para o Texas para visitar a

    minha irm, enquanto nossos pais esto fora da cidade.

    O homem acenou com a cabea. Texas muito longe. Tem

    certeza de que seus pais sabem que voc est fazendo isso? Seria

  • melhor viajar de nibus.

    Ns no temos o dinheiro para o nibus, mas... Estvamos

    pensando que talvez voc pudesse nos deixar em uma dessas grandes

    paradas de caminhes? Talvez pudssemos encontrar um caminhoneiro

    que nos daria uma carona.

    Eu posso fazer isso, eu acho. Mas voc ainda tem que ser

    cuidadoso. Tem certeza de que voc tem mais de dezoito anos? Voc

    parece muito jovem para essa idade. Voc no estaria fugindo de casa

    agora, no ? Vocs dois?

    Oh, no senhor. Eu juro. Estou indo visitar minha irm. Ela

    est se preparando para ter um beb e ns vamos ajud-la, isso tudo.

    O homem lhe deu um olhar de soslaio e desconfiado, mas no

    disse mais nada sobre sua jornada por um longo tempo. Jax conversou

    futilmente sobre o clima e a paisagem, ou qualquer outra maldita coisa

    que pudesse pensar para impedir o homem de fazer mais perguntas.

    Eles estavam viajando ao longo da velha autoestrada 90, que costumava

    ser uma bela rota panormica para New Orleans a partir de baa de Saint

    Louis, de acordo com o seu motorista. Mas isso foi antes do furaco

    Katrina. O Katrina arrancou a ponte da baa de Saint Louis, apesar de ter

    sido quase restaurada totalmente. A estrada agora passava ao lado da

    Interestadual 10. A interestadual ia para Baton Rouge, mas a

    autoestrada 90 deu uma guinada mais para o sul, passando por New

    Iberia, Franklin, Morgan City e a rea de Houma-Thibodaux antes de

    chegar a New Orleans. Depois de quase uma hora de estrada, Jax viu

    uma parada de caminhes na estrada frente e quase bateu em seu

    assento pela excitao. Talvez ele pudesse encontrar um caminhoneiro

  • que os levasse mais a oeste.

    Bem aqui senhor. Ns vamos saltar nesta grande parada de

    caminhes ali, se estiver tudo bem.

    Entrando no estacionamento da parada, o homem mais velho

    parou o carro e os deixou sair. Jax agradeceu, mas antes que pudessem

    sair o homem enfiou a mo no bolso e tirou uma nota de vinte. Aqui,

    meu filho. No muito, mas talvez voc possa comprar duas refeies.

    Odeio deix-los do lado de uma estrada como esta; no me sinto bem

    com isso.

    Jax pegou o dinheiro com gratido, seus olhos realmente

    ficaram um pouco nebulosos. Ele no estava acostumado com pessoas

    dando uma maldita ateno a eles e sempre surpreendeu quando as

    pessoas eram aleatoriamente boas com ele. s vezes, ele esqueceu de

    que pessoas legais que no queriam nada de voc ainda existiam no

    mundo.

    Exceto por aquele motociclista, claro... Ele parecia estar

    preocupado com eles tambm e ele era realmente bom o suficiente,

    menos por aquela coisa de espancamento estpida. Mas Jax percebeu

    que ele tinha outra coisa em mente, embora ainda no conseguisse

    descobrir exatamente o qu.

    Obrigado, senhor. E ns vamos ficar bem, realmente. Isso vai

    nos ajudar muito. Ele saiu do carro, abriu a porta para Mason e deu ao

    homem um pequeno aceno antes de caminhar para a parada atrs deles.

    Jax ouviu o carro se afastar atrs dele e ficou surpreso com o quo

    sozinho ele se sentiu de repente. Enquadrando seus ombros, ele colocou

    um brao em volta de Mason e eles caminharam at a parada.

  • O estacionamento enorme estava cheio. Um de seus lados era

    tomado por bombas de diesel com alguns grandes caminhes

    estacionados na frente deles, enquanto a frente funcionava como um

    posto de combustvel regular para outros veculos.

    Jax e Mason entraram encontrando uma grande loja de

    convenincia, bem como um restaurante. Este tipo de parada atendia a

    caminhoneiros de longa distncia e tentou no s abastec-los, mas que

    ficassem para uma refeio ou at mesmo pela chance de se limpar nos

    grandes banheiros.

    Ainda com fome, Jax decidiu comprar para si mesmo e Mason

    um pequeno hambrguer e um copo de gua para cada um no

    restaurante. Dirigindo Mason para uma cabine vazia, sentaram e fizeram

    seu pedido para a garonete. Ela deu a Mason alguns lpis de cor e umas

    folhas para colorir, enquanto Mason cuidadosamente coloriu uma

    imagem de personagens de desenhos animados, Jax sentou calmamente

    brincando com os talheres e tentou descobrir sua prxima jogada.

    Esse grande homem motociclista ficou com a sua carteira, ento

    ele no s perdeu o seu dinheiro, mas agora no tinha nenhum

    documento de identificao e de segurana social, caramba. Jax sabia

    que eles deviam ter descoberto seu desaparecimento agora, e sorriu

    pensado em como seria irritar o grandalho. Ele ficou surpreso ao sentir

    uma pontada quando pensou sobre ele. Claramente, ele era o homem

    mais bonito que Jax j viu, mas havia algo mais sobre ele que Jax no

    podia colocar seu dedo. Mesmo sabendo que ele deveria ter ficado com

    medo de acordar em um quarto de motel sozinho com um motociclista

    valento, ele no teve medo dele, no realmente. Instintivamente, ele

  • sabia que o homem no iria prejudic-los.

    Ainda assim, Cade fez muitas perguntas e foi estranha a forma

    intensa que ele olhou para Jax. Quase como se ele o quisesse, mas ficou

    bravo e puto por isso. Estranho o jeito que ele fez Jax se sentir seguro

    demais, como se estivesse cuidando dele. Deveria ser exatamente o

    oposto, com ele correndo atrs de Jax e Mason na beira da estrada e

    praticamente os sequestrando, mas era a verdade. O homem o fez sentir

    como se ele estivesse entre Jax e Mason e o resto do mundo, mesmo

    que isso o irritasse ao ter que faz-lo.

    Jax se sacudiu. No, era melhor tir-los o inferno fora do quarto

    de motel. Ele poderia cuidar de si mesmo e de Mason; em outras

    pessoas no se podia confiar. A garonete trouxe o seu hambrguer e ele

    o devorou, comendo cada mordida e lambendo os dedos. Sentindo o

    olhar de algum sobre ele e olhando para cima para ver o olhar divertido

    de um homem na cabine ao lado. Ele parecia estar em seus cinquenta

    anos e tinha cabelos grisalhos, um pouco gorduroso. Ele usava roupas

    casuais que pareciam sujas, mas seu sorriso era amigvel e ele acenou

    para Jax quando o pegou olhando para ele.

    Vocs rapazes devem estar com muita fome. Ele olhou ao

    redor do restaurante e de volta para a loja de convenincia anexa.

    Talvez o seu pai compre outro para vocs. Ele um dos caminhoneiros?

    Ele perguntou, olhando em direo a um grupo na fila do caixa.

    No, disse Jax. Ns estamos por conta prpria, sou velho

    o suficiente para que eu no precise de ningum para comprar um

    hambrguer por ns.

    Desculpe, disse o homem, segurando uma mo na falsa

  • defesa. No quis ofender. Voc parece muito jovem para estar

    viajando sozinho, s voc e seu irmo mais novo.

    Irritado com as referncias contnuas sua aparncia jovem,

    Jax comeou a observar o homem, ento decidiu que se ele quisesse

    uma carona era melhor parar de agir to espinhosamente. No, na

    verdade ns estamos pedindo carona para a casa da nossa irm, disse

    ele, decidindo ficar com a histria. Ela vai ter um beb em breve,

    ento vamos ajud-la.

    O homem levantou, pegou o prato e a bebida e veio para a

    cabine de Jax, de p ao lado dele. Voc no se importa, no ? Odeio

    comer sozinho.

    Jax deu o que esperava ser um sorriso agradvel. Algo sobre

    esse cara lhe deu arrepios, mas se ele estivesse indo na direo certa...

    O homem estendeu a mo gordurosa para ele. Gus Bellamy o meu

    nome. Fico feliz em conhec-los meninos.

    Prazer em conhec-lo tambm. Jax disse, apertando a mo.

    Ele deslizou para dar ao homem o seu lugar, enquanto ele se instalou ao

    lado de Mason. Qual o caminho que voc est percorrendo?

    Arizona, eventualmente, o Texas, Bellamy respondeu com

    uma risada. Eu tenho paradas durante o caminho. E vocs dois? Onde

    que esta irm vive afinal?

    Uhm, na verdade, ela vive no Texas. Que coincidncia. Voc

    acha que poderamos pegar uma carona com voc? A sua empresa

    permite isso?

    Hm? Oh, eu estou por conta prpria... Um caminhoneiro

    independente. Eu fao minhas prprias regras e eu no me importaria

  • com uma pequena companhia no caminho. Ele terminou sua refeio e

    recostou para olhar Jax novamente. Especialmente com rapazes legais

    como voc.

    Olha Jax, Mason disse, puxando-o pela manga da camiseta

    e Jax virou para ver para o que ele estava apontando.

    Fora do restaurante, um solitrio motociclista estava desligando

    o motor de sua grande motocicleta rebaixada e tirando o capacete. Ele

    era um homem grande, como os outros eram, mas Jax viu para seu

    alvio que ele no estava usando uma jaqueta de couro preta como Cade

    e os outros, e no parece familiar para Jax. No que ele prestou muita

    ateno, realmente, todos os homens da gangue eram que os tinha

    raptado. O motociclista estava olhando atentamente atravs do vidro

    para eles e Jax se virou rapidamente. No olhe para as pessoas,

    Mason. rude, ele sussurrou e colocou seu foco de volta para o

    homem sua frente.

    Bem, disse Jax. Se voc no se importar de nos dar uma

    carona, eu realmente fico grato. Jax furtivamente deu outro olhar para

    o motociclista e viu que ele estava em um telefone celular, ainda olhando

    para ele. Inquieto, Jax olhou ao redor do estacionamento, mas no viu

    nenhum sinal de outros motociclistas e decidiu que estava sendo

    paranoico. Era apenas um motociclista em seu telefone. No h razo

    para o seu corao disparar em seu peito e sua respirao comear a

    acelerar to rpido. Ele ficou de p de qualquer jeito, puxando a mo de

    Mason e olhou de volta para o seu companheiro. Ento voc vai nos

    dar uma carona?

    Sim claro, Bellamy respondeu, olhando para Jax. Eu

  • preciso terminar meu sanduche e pagar minha conta, rapaz. Est com

    muita pressa, no ?

    Hum no, no realmente. Na verdade, eu preciso pagar

    tambm, disse Jax. Ns vamos fazer isso enquanto voc termina,

    ok? Ele correu para o caixa, olhando por cima do ombro para o

    motociclista, que ainda parecia estar em uma conversa profunda em seu

    telefone. Jax entregou o registro do pedido e os vinte dlares e a menina

    atrs do caixa fez a cobrana. Ele colocou o troco no seu bolso e no

    conseguia parar de se virar. Embora a motocicleta ainda estivesse l, o

    motociclista no estava e Jax deu um suspiro de alvio sincero.

    Gus Bellamy surgiu ao lado dos meninos. Eu vou pagar, mas

    eu preciso ver um homem sobre um cavalo de corrida, meu filho. Jax

    olhou-o fixamente, confuso no incio, mas depois se lembrou de ouvir

    seu av dizer algo como isso anos atrs quando ele teve que ir para o

    banheiro.

    Balanando a cabea, ele disse ah, com certeza. Mason voc

    precisa usar o banheiro? Mason assentiu e Jax o levou at a porta.

    Eu vou esperar aqui.

    Com os nervos agitados, Jax o viu entrar e viu Bellamy pagar a

    conta e ir para os banheiros tambm. Jax estava perto da porta e

    esperou, examinando a loja de convenincia por qualquer sinal do

    motociclista ou qualquer pessoa que parecesse familiar. No vendo ele

    ou qualquer outra pessoa que reconhecesse, ele notou um rack cheio de

    mapas nas proximidades e passou a olhar para eles. Mason saiu e se

    juntou a ele e eles ficaram perto de um rack de mapas e revistas

    esperando. Jax olhou um atlas do Texas para ver se poderia encontrar

  • um nome de cidade, no caso do motorista lhe perguntar onde estava

    indo, em seguida, o caminhoneiro estava em p ao lado deles

    novamente.

    Prontos rapazes?

    Cheio de alvio por ver o retorno do caminhoneiro, Jax assentiu

    rapidamente e seguiu pela porta fora para seu caminho. Eles

    atravessaram o estacionamento e pararam na frente de um modelo mais

    antigo de dezoito rodas, estacionado entre dois outros. O caminhoneiro

    levou os meninos para a porta do passageiro e a abriu, chamando para

    dentro. Ei Randy, venha e veja o que eu encontrei.

    A cabea saiu de uma cortina atrs do banco e um cara um

    pouco mais jovem que precisava urgentemente fazer a barba olhou para

    fora, meio se levantando da cama atrs dos bancos. Jax podia ver que

    ele era um pouco careca por cima. Bem, traga-os at aqui. Eu tenho

    uma coceira que preciso coar...

    Jax afastou-se alguns passos, empurrando Mason atrs dele,

    segurando suas mos. No. Acho que voc est com a ideia errada.

    Ns s precisamos de uma carona.

    Bellamy voltou-se para ele. Seu sorriso amigvel se transformou

    de alguma forma em selvagem e cheio de ameaa. E isso

    exatamente o que vou dar a voc, rapaz. Agora vocs garotinhos subam

    at aqui antes de eu ter que faz-lo.

    Jax se virou, puxando o brao de Mason e gritando. Corra!

    Jax conseguiu dar apenas alguns passos antes de ser agarrado e

    arrastado para trs, uma grande mo apertou o cerco sobre sua boca.

    Sua mo cheirava a cebola e o estmago de Jax revirou. Mason parou,

  • olhando para trs at Jax, quando percebeu que seu irmo foi preso. Seu

    rosto contorceu em lgrimas e ele deu um passo hesitante para trs.

    Jax...

    melhor vir aqui menino, se voc no quer que seu irmo se

    machuque. Mason deu um passo hesitante para frente.

    Esforando-se loucamente contra a mo de ferro do homem, Jax

    ficou surpreso ao ouvir uma motocicleta rugindo ao lado deles. Ele abriu

    os olhos em surpresa e suspirou aliviado. Era o motociclista, Cade, e ele

    estava olhando para Bellamy com o assassinato em seus olhos.

    Cade dirigiu-se primeiro a Mason. Vem c, menino, disse

    ele com firmeza. Mason lanou um olhar preocupado para trs at Jax,

    mas fez o que Cade disse a ele e foi at Cade, que o puxou para cima na

    parte de trs de sua motocicleta. Cade voltou sua ateno para o

    caminhoneiro. Deixe-o ir, disse ele, a voz quase irreconhecvel, um

    duro rosnado ameaador.

    O caminhoneiro segurando ele empurrou Jax contra o caminho

    ao lado deles, segurando-o l com uma mo em torno de sua garganta.

    Agora, voc s precisa ter o seu prprio menino, imbecil. Esse o

    meu.

    Cade saiu lentamente da moto e deu um passo em direo a

    eles. Um sorriso feral surgiu em seu rosto. ltima oportunidade,

    disse ele em uma cantante voz zombeteira. Foi realmente a coisa mais

    arrepiante que Jax j ouviu falar. Ele deve ter assustado o caminhoneiro

    um pouco tambm, porque ele tirou a mo e deu um passo atrs. Jax se

    libertou e correu em direo a Cade, que o puxou para trs, virando a

    cabea o suficiente para dizer, v para l.

  • Jax pegou Mason em seus braos quando ele pulou da moto e

    correu para ele. Mason jogou os braos ao redor do pescoo de Jax,

    tremendo. Quando Jax virou para olhar, os dois caminhoneiros estavam

    do lado de fora, avanando para Cade e o mais novo tinha uma barra de

    ferro na mo. Cade manteve sua posio e, em seguida, fez alguns

    poucos movimentos com a cabea. Ele estava de costas para Jax, ento

    ele no podia ver, mas o que os dois caminhoneiros de frente para ele

    viram os assustou to mal que empalideceram, ao mesmo tempo, gritou

    com voz rouca e eles correram tentando fugir de Cade. Ele parou por um

    momento, depois com outra voltinha de sua cabea, voltou para a moto.

    Suba na garupa com Mason, disse a Jax. Ele balanou a

    perna por cima da frente com Jax e Mason estabelecidos atrs dele, com

    Mason envolvendo seu pequeno corpo tremendo em torno de Jax.

    Acelerando o motor, Cade olhou de volta para os caminhoneiros e

    arrancou, com Jax agarrado a sua cintura com uma mo. Ele parou na

    beira do monte, passou a perna fora da motocicleta e comeou a andar

    agitadamente para cima e para baixo ao lado da moto.

    Droga, ele gritou. Observando Jax, ele disse, seria uma

    boa ideia voltar l e dar o que eles merecem. Estou certo?

    Jax engoliu em seco ao ver o olhar feroz no rosto, feliz que a

    fria no foi dirigida a ele. Sim. Quero dizer, no, provavelmente no.

    Esses filhos da puta... Fazer isso na minha cara. Filhos da

    puta!

    Sim, Jax disse com um aceno de cabea. Eles eram, mas

    est tudo bem. Acabou.

    Cade esfregou a mo no rosto. Eu deveria ir l e rasg-los

  • membro a membro.

    Uh, no, voc realmente no deveria.

    Mesmo que eles fodidamente meream isso?

    Sim, mesmo assim.

    Cade parou de andar e tomou um par de respiraes profundas.

    Ele olhou de volta para Jax e Mason, que ainda estava agarrado a Jax,

    com o rosto enterrado em seu peito. Cade franziu a testa. E voc no

    est ferido? Mason est bem?

    No, no, ns dois estamos bem. Voc chegou a tempo.

    O que no seria necessrio em primeiro lugar caralho, se voc

    no tivesse fugido de mim! Sa do quarto por uns cinco minutos!

    Sim, bem, provavelmente um pouco mais do que isso, na

    verdade.

    Jax se encolheu quando Cade virou um olhar furioso de volta

    para ele, e ento seguiu o olhar de Jax para algumas pessoas do lado de

    fora da parada de caminhes, olhando para eles com curiosidade.

    Xingando sob outra respirao furiosa, Cade continuou a andar para

    cima e para baixo ao lado da moto, olhando para trs na estrada, como

    se estivesse esperando algum.

    Ele se voltou para Jax. Olha, eu no vou fodidamente for-lo

    a ir conosco. Se voc quiser sair, eu vou lev-lo em algum lugar seguro.

    Jax negou com a cabea. N-no. Eu quero ir com voc.

    Cade deu um olhar desconfiado para ele. Por que a sbita

    mudana de corao? Voc fugiu de mim antes, no motel.

    Eu-eu no sei. Porque voc nos salvou, eu acho.

    Sim, bem, e se um caso de fora da frigideira para o fogo?

  • Jax negou com a cabea. Eu no acho que voc quer nos

    prejudicar. No ?

    No, Jax. Eu no quero te machucar. Isso no significa que eu

    no vou.

    Surpreso, Jax olhou para ele com a boca aberta. Ele realmente

    no sabia o que dizer sobre isso. Finalmente, Cade cedeu. Ok, no,

    ele xingou sob longo suspiro. Eu no vou te machucar.

    Ento nos leve com voc. Voc no nos machucou at agora,

    e eu estou... Eu estou cansado de estar sozinho, com fome o tempo

    todo. Sem lugar para dormir noite, a menos que eu possa encontrar

    algum cho de banheiro sujo. Inferno, ns vamos tomar as nossas

    chances com voc, se voc nos der uma carona.

    Cade se aproximou o suficiente para toc-lo, mas simplesmente

    olhou para o rosto dele. Voc no est sozinho mais Jax. Eu posso

    prometer isso, mas eu no vou te dizer que no h qualquer perigo. Eu

    no sou a porra de um grande hipcrita.

    Jax assentiu com a cabea, sem saber o que fazer com o que

    ele disse, mas sinceramente cansado demais para se importar muito. Ele

    tinha encontrado algum para ajud-los, pelo menos temporariamente, e

    se houvesse perigo neste homem, ele descobriria em breve. No era

    como se ele no estivesse acostumado a dormir com um olho aberto.