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O QUE É ESPORTE? Desporto (português europeu) ou Esporte (português brasileiro) é uma atividade física sujeita a determinados regulamentos e que geralmente visa a competição entre praticantes. Para ser esporte tem de haver envolvimento de habilidades e capacidades motoras, regras instituídas por uma confederação regente e competitividade entre opostos. Algumas modalidades desportivas se praticam mediante veículos ou outras máquinas que não requerem realizar esforço, em cujo caso é mais importante a destreza e a concentração do que o exercício físico. Idealmente o esporte diverte e entretém, e constitui uma forma metódica e intensa de um jogo que tende à perfeição e à coordenação do esforço muscular tendo em vista uma melhora física e espiritual do ser humano. As modalidades desportivas podem ser coletivas, duplas ou individuais, mas sempre com um adversário. Também podemos definir esporte como um fenômeno sociocultural, que envolve a prática voluntária de atividade predominantemente física competitiva, com finalidade recreativa ou profissional, ou predominantemente física não competitiva com finalidade de lazer, contribuindo para a formação, desenvolvimento e/ou aprimoramento físico, intelectual e psíquico de seus praticantes e espectadores. Além de ser uma forma de criar uma identidade desportiva para uma inclusão social. A atividade desportiva pode ser aplicada ainda na promoção da saúde em âmbito educacional, pela aplicação de conhecimento especializado em complementação a interesses voluntários de uma comunidade não especializada. Antonelli (1963) apud Tubino (2001), identificar no conceito de esporte os elementos jogo, movimento e competição, observou a existência de quatro aspectos característicos: o éticosocial, o psicopedagógico eo psicoprofilático. SURGIMENTO DO ESPORTE Segundo Stigger existem duas formas de pensamento que tentam explicar a história do surgimento do esporte: a da continuidade e a da descontinuidade. A da continuidade entende que a origem do esporte está ligada à prática de jogos primitivos em diversas culturas, ao longo do tempo. Há registros de jogos que remontam a povos da Antiguidade, como os chineses (em 220 a.C.), os gregos (por volta de 700 a.C.) e os indígenas do Amazonas e da América Central (1500 a.C.). Nessa visão, o esporte, em sua essência, sempre existiu em todas as culturas, sendo atualizado em diferentes contextos. A forma de pensamento que tenta explicar o surgimento do esporte como descontinuidade o trata como um fenômeno que tem uma data de surgimento. Ou seja, ele tem o seu caráter ligado à história das sociedades modernas, à visão que apresenta a cultura como resultado também do modo de produção e distribuição de bens nessas sociedades. Para nós, essas duas formas de pensamento se complementam, enriquecendo nosso entendimento a respeito desse fenômeno que mobiliza milhões e milhões de pessoas em todo o planeta. Desporto Moderno O desporto conhecido como é hoje, ou o Desporto Moderno, toma forma nas escolas da Inglaterra do século XVIII, berço do capitalismo, pode ser considerado um fenômeno da modernidade, uma vez que a sua criação relacionase diretamente com a industrialização, a urbanização e o desenvolvimento da ciência todos os acontecimentos do século XIX, na Europa. Cercados pela ideologia capitalista, a qual prega a ordem, o racionalismo, a competição e a iniciativa individual, os alunos das escolas inglesas desenvolvem um novo formato para os jogos populares de então, dando origem ao Esporte. Surgem os campeonatos entre as escolas, os clubes e depois as 1° Ano Ensino Médio Esportes Unidade: 02 Prof.º Leonardo Delgado Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 12

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Esporte na Educação Física Escolar

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  O QUE É ESPORTE?   Desporto  (português  europeu)  ou Esporte  (português  brasileiro)  é  uma  atividade  física sujeita  a  determinados  regulamentos  e  que geralmente visa a competição entre praticantes. Para ser esporte tem de haver envolvimento de habilidades e  capacidades  motoras,  regras  instituídas  por  uma confederação  regente  e  competitividade  entre opostos. 

   Algumas  modalidades  desportivas  se praticam mediante  veículos  ou  outras máquinas  que não  requerem  realizar  esforço,  em  cujo  caso  é mais importante  a  destreza  e  a  concentração  do  que  o exercício  físico.  Idealmente  o  esporte  diverte  e entretém,  e  constitui uma  forma metódica  e  intensa de um jogo que tende à perfeição e à coordenação do esforço muscular tendo em vista uma melhora física e espiritual do ser humano. As modalidades desportivas podem  ser  coletivas,  duplas  ou  individuais,  mas sempre com um adversário.   Também podemos definir esporte como um  fenômeno  sociocultural,  que  envolve  a  prática voluntária  de  atividade  predominantemente  física competitiva, com finalidade recreativa ou profissional, ou  predominantemente  física  não  competitiva  com finalidade  de  lazer,  contribuindo  para  a  formação, desenvolvimento  e/ou  aprimoramento  físico, intelectual  e  psíquico  de  seus  praticantes  e espectadores.  Além  de  ser  uma  forma  de  criar  uma identidade desportiva para uma inclusão social.   A atividade desportiva pode ser aplicada ainda na promoção da saúde em âmbito educacional, pela  aplicação  de  conhecimento  especializado  em complementação  a  interesses  voluntários  de  uma comunidade não especializada.   Antonelli  (1963)  apud  Tubino  (2001), identificar no conceito de esporte os elementos  jogo, movimento  e  competição,  observou  a  existência  de 

quatro  aspectos  característicos:  o  ético‐social,  o psicopedagógico e o psicoprofilático.  

SURGIMENTO DO ESPORTE   Segundo  Stigger  existem  duas  formas de  pensamento  que  tentam  explicar  a  história  do surgimento  do  esporte:  a  da  continuidade  e  a  da descontinuidade.  A  da  continuidade  entende  que  a origem  do  esporte  está  ligada  à  prática  de  jogos primitivos  em  diversas  culturas,  ao  longo  do  tempo.  Há  registros  de  jogos  que  remontam  a  povos  da Antiguidade,  como  os  chineses  (em  220  a.C.),  os gregos  (por  volta  de  700  a.C.)  e  os  indígenas  do Amazonas  e  da  América  Central  (1500  a.C.).  Nessa visão, o esporte, em sua essência, sempre existiu em todas  as  culturas,  sendo  atualizado  em  diferentes contextos.   A  forma  de  pensamento  que  tenta explicar  o  surgimento  do  esporte  como descontinuidade o trata como um fenômeno que tem uma  data  de  surgimento.  Ou  seja,  ele  tem  o  seu caráter  ligado  à história das  sociedades modernas,  à visão que apresenta a cultura como resultado também do modo de produção  e distribuição de bens nessas sociedades.   Para  nós,  essas  duas  formas  de pensamento  se  complementam,  enriquecendo  nosso entendimento  a  respeito  desse  fenômeno  que mobiliza  milhões  e  milhões  de  pessoas  em  todo  o planeta.  

  

Desporto Moderno   O desporto conhecido como é hoje, ou o Desporto  Moderno,  toma  forma  nas  escolas  da Inglaterra do século XVIII, berço do capitalismo, pode ser considerado um  fenômeno da modernidade, uma vez que a sua criação relaciona‐se diretamente com a industrialização,  a  urbanização  e  o  desenvolvimento da ciência ‐ todos os acontecimentos do século XIX, na Europa.    Cercados  pela  ideologia  capitalista,  a qual prega a ordem, o racionalismo, a competição e a iniciativa  individual,  os  alunos  das  escolas  inglesas desenvolvem  um  novo  formato  para  os  jogos populares de então, dando origem ao Esporte. Surgem os campeonatos entre as escolas, os clubes e depois as 

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confederações,  instrumentos que paulatinamente vão legitimando a prática desportiva.   Após  a  consolidação  do  capitalismo  e sua  dispersão  por  todo  o  mundo,  a  instituição desportiva,  antes  restrita  ao  mundo  europeu,  vai ganhando espaço nos outros continentes. Seguindo a mesma  lógica  da  voracidade  capitalista,  o  Esporte imiscui‐se  às  culturas  e  toma  o  espaço  de  práticas populares,  veiculando  a  ideologia  capitalista mundialmente.   Um exemplo é a história do Futebol, que era muito  jogado  nas  escolas  públicas  inglesas, mas sem  possibilidades  de  intercâmbio  entre  os  alunos porque em cada escola era jogado de uma forma, com regras diferentes.    Uma das características mais marcantes era  a  violência  nesses  jogos.    O  professor  Thomas Arnold, diretor de uma escola pública  inglesa, propôs que  os  jogos  fossem  realizados  de  modo  que  eles tivessem um  caráter mais educativo,  com  regras que eliminariam  as  formas  mais  violentas  de  jogar  e criariam  possibilidades  de  intercâmbio  entre  as diferentes escolas.   Assim, ao definirem as  regras do Futebol, houve um impasse: algumas pessoas queriam que ele pudesse ser jogado com as mãos e com os pés e outras pessoas preferiam que  fosse  jogado  apenas com os pés. Como não houve um consenso, o Futebol primitivo inglês deu origem a dois esportes: o Futebol,  jogado    com   os   pés   e menos  violento, e o Rugby, jogado com pés e mãos e mais violento.   Naquele  tempo,  o  domínio  político  e econômico  da  Inglaterra  contribuiu  para  a  difusão internacional  do  esporte  a  partir  do  comércio,  da indústria, do transporte ferroviário e marítimo.   Esse  jeito novo de  tratar os  jogos  foi o que deu origem ao chamado “esporte moderno”.   O  processo  de  transição  de  jogos  e passatempos  para  esportes  ocorreu  no  mesmo contexto da formação do parlamento inglês, no qual a sociedade  expressava  seu  descontentamento  com  a violência  naqueles  dias,  na  Inglaterra.  O  esporte passou a  ser valorizado como uma alternativa para a população dominar suas emoções.   Apesar  disso,  nem  tudo  passou  a acontecer em harmonia entre as pessoas no esporte.  Sua  prática  gerou  outros  tipos  de  violência,  não somente  a  física, mas  também  a  exclusão  dos mais fracos e os privilégios dos mais habilidosos.   A  capacidade,  creditada  ao  esporte,  de desenvolver  normas  de  comportamento  em  seus praticantes  e  valores  adequados  ao  exercício  da civilidade, própria para a vivência da ordem social que se desenvolvia e consolidava naquele momento, foi o que legitimou socialmente, em um primeiro momento, a sua prática na sociedade inglesa e nos outros países onde se difundiu. 

  O  conceito de  civilidade1  acompanha o esporte  desde  o  seu  surgimento.    A  civilidade  no esporte  diz  respeito  à  maneira  como  comportamos frente  às  outras  pessoas  e  à  própria  sociedade,  quando  vivenciamos,    praticamos    ou    assistimos  ao esporte.  Alguns  exemplos  de  falta  de  civilidade  no esporte são a agressão aos atletas e árbitros, a invasão do  campo pela  torcida e a briga entre  torcedores de times diferentes.    Mesmo que o esporte tenha como uma das  suas principais características a adoção de  regras aceitas por  todos, as  formas  como as pessoas  jogam podem  variar  de  lugar  para  lugar  e  de  grupo  para grupo.    Apesar  de  as  regras  definirem  que  as pessoas  têm que  jogar  com as mesmas normas, elas abrem  possibilidades  de  cada  um  escolher  como alcançar os objetivos e enfrentar os  desafios  de  cada  modalidade esportiva. Por exemplo, os brasileiros são conhecidos  por  jogarem  Futebol  com  muita descontração, alegria e arte. Os alemães, por sua vez, são muitas vezes destacados por jogarem esse mesmo esporte  com  sisudez  e  maior  rigidez  nas  regras  e técnicas.  

 Expansão do Esporte Contemporâneo    Podem‐se notar duas ações associadas a expansão do esporte contemporâneo,  a massificação  e a democratização do esporte. Com a massificação, o esporte,  que  tem  origem  nos  jogos  produzidos  pelo povo  e  no  lazer  voluntário,  retorna  ao  povo  como espetáculo para consumo.   O sentido da massificação é  direcionado  ao  crescimento  de  espectadores  e consumidores  num  mercado  de  bens,  serviços  e entretenimento (MARCHI  JR, 2006).    A  democratização  surge  a  partir  da preocupação em disponibilizar a prática esportiva para o maior número de pessoas possível,  seja através de políticas  públicas  ou  de  ações  privadas.  (MARQUES, GUITIERREZ, ALMEIDA, 2008)    Surge  nesse  panorama  o  esporte‐espetáculo comercial, que é o resultado da descoberta de  que  o  esporte  pode  ser  um  produto  rentável,  a partir da relação deste com os meios de comunicação (TUBINO, 1992).    O  esporte‐espetáculo  tem  três  traços mais elementares (PRONI, 1998):  ‐  Competições  esportivas  organizadas  por  ligas  ou federações  que  reúnem  atletas  submetidos  a esquemas  intensivos  de  treinamento  (no  caso  de 

                                                            1  Civilidade  é  o  respeito  pelas  normas  de  convívio entre  os  membros  de  uma  sociedade  organizada. "Normas  de  convívio"  essas  que  se  trata  de  regras interiorizadas  e  maioritariamente  aceites  como requisitos da vida social, integrando não só os valores, princípios  que  orientam  o  comportamento  dos indivíduos, mas  também  as  normas  de  conduta  que disciplinam a atividade desses indivíduos. 

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modalidades  coletivas,  a  disputa  envolve  equipes formalmente constituídas);  ‐ As  competições esportivas  tornaram‐se espetáculos veiculados e  reportados pelos meios de comunicação de  massa  e  são  apreciados  no  tempo  de  lazer  do espectador;  ‐  A  espetacularização  motivou  a  introdução  de relações mercantis  no  campo  esportivo,  seja  porque conduziu ao assalariamento de atletas,  seja  em  razão  dos    eventos  esportivos    apresentados    como  entretenimento    de    massa    passaram    a    ser  financiados    através    da  comercialização  do 

espetáculo.  Amadorismo X Profissionalismo no Esporte   Segundo Sttiger (2005), o AMADORISMO (visto ideário olímpico, tinha como critério a dedicação e empenho dos competidores apenas pelo "prazer da competir",  isto  é,  com  um  fim  em  si  mesmo,  sem interesse  econômico)  contra  o  PROFISSIONALISMO (considerado  o  esporte  das  classes  baixas,  que necessitavam  compensar  o  que  deixavam  de  ganhar quando a ele se dedicavam).   Amadorismo  (classe  alta)  x Profissionalismo (proletariado)   Apesar dessa clara distinção entre atleta profissional  e  amador,  muitas  entidades  diretivas repudiavam  a  prática  do  esporte  de  maneira profissional,  colocando  em  seus  regulamentos  esse impedimento,  como  no  caso  da  Amateur  Athletic Association  (Associação  Amadora  de  Atletismo  ‐A.A.A.), fundada em 1880.  

Obs.:  Recomenda‐se  assistir  o  filme  carruagem  de fogo,  1981,  que  conta  a  história  de  dois  corredores Eric  Liddell  e  Harold  Abrahams.  Liddell  é  um missionário escocês que corre em devoção a Deus. Já Abrahams  é  filho  de  um  judeu  que  enriqueceu recentemente e deseja provar  sua capacidade para a sociedade de Cambridge.  

  Bernett e as suas “5” (cinco) críticas ao esporte   Segundo Bernett  (Bernett,  1982)  citado por Bracht (1997), resumiu em cinco pontos as críticas ao esporte: ‐ Emancipação  do  “esporte  dos  senhores”.  Era 

destaca a necessidade de quebrar a exclusividade do esporte dos senhores (dos dominantes). 

‐ Os princípios da competição, do rendimento e do recorde. A negação do princípio da competição é entendida  como  decisivo  para  uma  cultura corporal  proletária.  O  esporte  competitivo burguês  é  atacado  genericamente  como  um espelho  e  instrumento  da  economia  capitalista. Nesta  visão,  a  racionalização  das  técnicas esportivas  aparece  como  paralela  ao  sistema capitalista taylorizado. 

‐ Mentalidade esportiva capitalista. As organizações ginásticas  e  esportivas  de  trabalhadores buscavam  se  distancia  da mentalidade  esportiva burguesa,  na  medida  em  que  colocavam  como princípio  orientador  a  solidariedade  de  todos  os trabalhadores. 

‐ O esporte como arma dos dominantes. O esporte espetáculo é utilizado  como meio para desviar a atenção  das massas  da  luta  de  classes  e  como fuga da realidade política. Com relação ao esporte nas  fábricas,  alertava‐se  contra  a  introdução  de uma  nova  “arma”  para  disciplinar  os trabalhadores. 

‐ Esporte  “burguês”  a  serviço  do militarismo  e  do fascismo.  O  esporte  burguês  é  dominado  pelo capitalismo  que  fomenta  o  militarismo  e  o fascismo 

 

As  sete  características  básicas  do  esporte segundo Guttmann   Guttmann  (1979)  identificou  sete características básicas ao esporte:  1. Secularização;  2. Igualdade de chances;  3. Especialização dos papéis;  4. Racionalização;  5. Burocratização;  6. Quantificação;  7. Busca do recorde. 

  A CHEGADA DO ESPORTE NO BRASIL   O  Brasil  é  reconhecido  no  mundo, especialmente,  por  sua  paixão  pelo  esporte.  Nosso País  é  sempre  lembrado  no  exterior  por  nosso entusiasmo nas competições esportivas. O jeito de ser brasileiro  está  muito  relacionado  ao  esporte.  Podemos ver  isso em  tempos de Copa do Mundo de Futebol, Olimpíadas,  Jogos Pan‐americanos e grandes vitórias  do  Voleibol,  Basquetebol  e  outras modalidades.    O País, muitas vezes, se esquece de suas dificuldades  para  festejar  grandes  vitórias  ou  chorar derrotas inesperadas.   Os  jornais,  rádios,  revistas e a  televisão reservam  enormes  espaços  para  a  cobertura  dos eventos  esportivos.    Muitas  músicas  tratam  do esporte. Até a nossa língua nos dá um testemunho da importância  do  esporte  para  o  nosso  povo:  quantas palavras  e  expressões  que  usamos  no  dia  a  dia  que foram  trazidas  do  esporte?    Por  exemplo:  “pisar  na bola”, quando  alguém  comete  algum erro,  “bater na 

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trave”,  quando  alguém  quase  atinge  o  seu  objetivo; “passar a bola”, quando alguém  chama outra pessoa para  ajudar  em  alguma  tarefa;  “não  deixar  a  peteca cair”, quando pedimos a alguém para não desistir de seus  objetivos;  “fazer  um  golaço”,  quando  alguém consegue realizar muito bem alguma coisa.   Como o esporte chegou ao Brasil? Como se  deu  essa  paixão  do  brasileiro  por  ele?  Existem registros de  jogos e passatempos dos  índios de antes mesmo da chegada dos portugueses em 1500. Apesar deles,  o  esporte,  como  acabamos  de  ver,  não  foi desenvolvido no Brasil.    Ele entrou no País no século XIX. Nessa época,  o  Brasil  era  considerado  um  País  “atrasado”, em  comparação  com  as  nações  europeias. Um  forte desejo  por  desenvolvimento  e modernidade  tomava conta do nosso povo.   Após  a  independência,  cresceu  a  busca por desenvolvimento a fim de transformar o Brasil em uma  grande  nação.  Nossas  referências  de  países desenvolvidos  eram  especialmente  inglesas  e francesas.    Chegavam  visitantes  de  outros  países. Jornais,  revistas,  novos  hábitos  e  tradições  eram  importados; novas atitudes e ideias surgiam.   Éramos  ainda  império,  quando começaram  as  discussões  sobre  a  necessidade  de sistema público de ensino.    Alguns  fatores  ligados  à  educação favoreceram  a  chegada  e  o  desenvolvimento  do esporte  no  País.  O  movimento  republicano  pelo desenvolvimento  de  uma  escola  pública  afirmou  a necessidade da educação  corporal do brasileiro,  com objetivo de civilizar a população. Para isso, os métodos indicados  tinham  a  referência,  mais  uma  vez,  dos países europeus.   O  envio  dos  filhos  da  elite  brasileira  à países  da  Europa  para  completarem  os  estudos  foi outro  fator  importante.  Nas  escolas  desses  países, tomaram contato com a educação física e, ao voltarem ao  Brasil,  continuavam  a  praticá‐la  aqui.  Na  França estavam  sendo  muito  utilizados  os  métodos  de ginástica e na Inglaterra o esporte.   Um  exemplo  disso  foi  a  experiência  de Charles Miller,  jovem da elite paulista que foi estudar na  Inglaterra  e  que,  quando  voltou,  trouxe  bolas  de futebol  para  ensinar  aos  seus  colegas  dos  clubes sociais de São Paulo. 

   Charles Miller nasceu em São Paulo em 1874  e  morreu  em  1953.  Foi  jogador,  dirigente  e árbitro  de  Futebol,  mas  também  participou  da 

iniciação de outras modalidades esportivas no Brasil, como o Tênis.   Outro  fator  importante  para  a  história do  esporte  entre  nós  foi  a  chegada  de  escolas estrangeiras  em  nosso  País.  As  escolas  europeias  e norte‐americanas  que  aqui  se  instalavam  buscavam oferecer  à  população  opções  de  práticas  educativas modernas,  conforme  acontecia  na  Europa  e  EUA. Entre  elas  encontravam‐se  o  Voleibol,  o  Tênis,  o Ciclismo, a Ginástica e outros esportes que chegaram ao Brasil no final do século XIX e início do século XX.   Outros  dois  fatores  contribuíram  para aumentar  a  influência  cultural  europeia  em  nosso meio,  colaborando  para  que  o  esporte  ganhasse adeptos no País. Por não considerar o povo brasileiro qualificado  para  o  trabalho,  o  governo  passou  a incentivar  o  processo  de  imigração  de  europeus, especialmente  portugueses,  alemães  e  italianos, buscando qualificar a mão de obra que trabalharia no campo  e  nas  indústrias.  Na  época,  eram  dados  os primeiros  passos  mais  seguros  de  nossa industrialização,  especialmente  com  a  chegada  de empresas  e  indústrias  inglesas,  que  se  estabeleciam aqui com seus funcionários vindos da Inglaterra.  Esses ingleses  eram  considerados  pela  população  como pessoas refinadas, educadas, civilizadas.    Os  brasileiros  que  conviviam  com  eles logo  aprenderam  seus  jogos  e  passatempos, especialmente os esportes.   A  influência  das  empresas  inglesas  de transportes  ferroviários  foi  muito  importante  no surgimento dos clubes de  futebol, principalmente em São  Paulo.  Esse  foi  o  caso  da  Ponte  Preta,  de Campinas, que surgiu em 1900 e se destacou por  ter sido  o  primeiro  clube  de  futebol  onde  brancos, mulatos e negros puderam jogar juntos. Outra história interessante,  está  em  Nova  Lima,  cidade  próxima  à Belo Horizonte. Ela se desenvolveu em  torno de uma empresa  de  mineração  inglesa,  que  trouxe  para  o lugar  hábitos  de  práticas  esportivas  vividas  na Inglaterra  do  início  do  século  XX,  surgindo,  assim,  o Vila Nova.   Até  a  segunda  década  de  século  XX,  o esporte  se desenvolvia no País de  forma  livre,  sem a preocupação das autoridades quanto à necessidade de políticas públicas que norteassem o seu percurso. Sua prática estava  ligada ao agrupamento de pessoas em clubes  de  elite  ou  associações  de  empregados  de empresas, especialmente as inglesas.    Nas  escolas,  o  conteúdo  escolhido  por nossas  autoridades  como  responsável  pela  Educação Física  das  novas  gerações  era  a  ginástica, principalmente por ser considerada uma atividade que fazia  com  que  as  pessoas  dominassem  seu  corpo, inclusive emoções e desejos. Nas escolas, o esporte já aparecia nos horários livres e recreios, mas havia uma resistência forte de setores da sociedade contra a sua adoção como conteúdo escolar.   

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VIOLÊNCIA NO ESPORTE   Atualmente  é  comum  ouvir‐se  falar, através dos meios de comunicação social de casos de violência  no  desporto.  Por  inúmeras  razões  o desporto, que deveria ser uma forma de divertimento e competição justa, perde esse estatuto e atinge outro patamar: a violência, a agressividade, a  indignação, a raiva, etc. 

   Mas porque será que o desporto tem de ser  violento?  Será  que  é  pela  falta  de  desportivismo dos  jogadores?  Será  pela  pressão  que  os  fãs,  os adeptos  e  os  treinadores  exercem  sobre  estes?  Será pela  falta  de  controle  que  o  Homem  tem  sobre  si, transformando a ira e a fúria em violência?   A  verdade  é  que  cada  vez  mais  o desporto  é  violento  e  estima‐se  que  há  violência  no desporto  desde  a  Antiguidade  (nomeadamente  nos Jogos Olímpicos originais na Grécia Antiga). Uma das coisas  que,  infelizmente,  é  comum  a  praticamente todas  as  modalidades  é  a  violência.  Desporto  e violência  são  conceitos  totalmente  opostos  que, contudo, estão interligados até de mais.   No  extremo  oposto  da  violência desportiva temos o espírito desportivo, do  inglês fair‐play.  Será  que,  apesar  do  que  foi  referido,  ainda  há desportivismo  entre  os  jogadores?  Ainda  podemos presenciar  jogos  justos? Ainda há espírito desportivo ou será que este foi transformado em violência?   Segundo  Bredemeier  (1983)  violento significa qualquer ofensa  física, verbal ou não verbal, enquanto  “comportamento  para  causar  dano”,  quer dizer, qualquer intenção ou ação prejudicial.   A violência é um  instinto natural do ser humano que causa intencionalmente danos morais ou físicos  noutro  indivíduo.  A  violência  pode  ser  física (agressão  física),  verbal  ou  moral  (insultos),  gestual (gestos  obscenos)  ou  psicológica  (intimidação  e humilhação).   No  esporte  pode  ser  considerada  toda ação  fora  das  regras  esportivas  que  causam  dano físico, psicológico ou social ao atleta.   Existe uma lista infindável das causas da violência  no  desporto.  Esta  pode  ser  causada  pela indignação, pela  frustração, pelas rivalidades entre as equipas, pelos problemas pessoais dos jogadores (que 

“descarregam”  toda  a  sua  raiva  em  campo),  pela pressão dos treinadores, etc.   Muitas  vezes,  são  os  fãs  e  os  adeptos que  começam  a  violência.  São  estes  que,  por  uma paixão cega à sua equipa ou clube ou por ódio puro à equipa  adversária,  cometem  atos  de  violência, perturbando o equilíbrio dos  jogos. Nos piores casos, estes atos de violência podem causar mortes.    De  salientar  os  hooligans,  grupos  com ideias  neo‐nazis  nascidos  nos  anos  70  e  80  na  Grã‐Bretanha  e  que  dedicam‐se  a  sujar  a  reputação  do desporto, nomeadamente do futebol e dos desportos universitários,  de  forma  a  afastar  o  público  dos recintos desportivos.   Embora  muitas  pessoas  associem violência  desportiva  a  futebol,  a  realidade  é  que  há violência  em  todos  os  desportos.  O  futebol  foi frequentemente definido como um desporto violento, especialmente por  ser um desporto muito praticado. Contudo  há  desportos  piores  nesse  aspeto,  como  o hóquei e o Rugby, desportos com número de casos de violência muito maior. 

 Divisões da Violência ‐ Real  ou  Simbólica:  Apresenta  a  forma  de  uma 

agressão  física  direta  ou  envolve  simplesmente atitudes verbais e/ou atitudes não verbais; 

‐ Ritual  ou Não  Ritual: Quando  o  esporte  possui ou não conteúdo violento; 

‐ Armadas:  Se  uma  arma  ou  mais  armas  são utilizadas, e se utilizadas os atacantes chegam a estabelecer contato; 

‐ Intencional  ou  Consequência  Acidental:  Uma sequência  de  ações  que,  no  inicio,  não  tinha  a intenção de ser violenta; 

‐ Sem Provocação ou Respostas: Retaliação a um ato  intencionalmente  violento,  ou  sem  a intenção de o ser; 

‐ Legitima ou  Ilegítima: De acordo com as regras, normas  e  valores  socialmente  prescritos  ou  se não  é  normativa  no  sentido  de  envolver  uma infração dos padrões sociais aceitos; 

‐ Racional  ou  Afetiva:  quando  ação  premeditada visando  um  objetivo,  ou  subordinada emocionalmente  para  satisfação  pessoal,  ação agradável ao praticante. 

 Possibilidades para diminuir agressões ‐ Diminuir estímulos agressivos; ‐ Reavaliar os estímulos agressivos; ‐ Evitar condutas agressivas; ‐ Aprender  formas  alternativas  de 

comportamento. 

 Fair‐Play/ Espírito Desportivo   Numa tradução  linear para o português, podemos  definir  fair‐play  como  o  termo  inglês  para designar  jogo  limpo.  Em  português  também  temos 

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outros  termos  com  o mesmo  significado,  como  por exemplo espírito desportivo e desportivismo. 

   Espírito  desportivo  é  o  oposto  à violência  desportiva.  Este  termo  abrange  inúmeros significados  e  não  se  limita  apenas  ao  cumprimento das regras ou à aceitação dos resultados.   Espírito  desportivo  é:  cumprir  todas  as regras  do  desporto  em  causa;  respeitar  o  árbitro  ou júri  e  não  contestar  as  suas  decisões;  demonstrar  a vontade de ganhar, mas reconhecendo a derrota com dignidade;  reconhecer  a  vitória modestamente,  sem inferiorizar  o  adversário;  reconhecer  o  bom desempenho  ou  as  boas  estratégias  do  adversário; competir  com  igualdade e  conseguir a vitória apenas com esforço e habilidade; recusar o uso da batota e da violência ou outras práticas desonestas para conseguir a  vitória;  dar  a mostrar  o  lado  positivo  de  um  erro, encorajando os jogadores após uma derrota; esforçar‐se  ao  máximo  em  cada  partida;  demonstrar desportivismo  para  com  os  outros, independentemente  de  serem  da mesma  equipa  ou adversários;   Ter  espírito  desportivo  é  gratificar‐se com  o  esforço  e  com  a  tentativa,  não  apenas  com ganhar ou perder.   Se  todos  os  desportistas  cumprissem estas  simples,  mas  muito  importantes  práticas, melhorava‐se  imenso  o  estatuto  do  desporto  e erradicava‐se  a  violência  e  a  corrupção  desportiva, promovendo  um  ambiente  de  paz  e  divertimento, transformando  o  desporto  no  que  este  deve  ser  de verdade.  

Corrupção Desportiva   A  corrupção  desportiva  não  é  um fenómeno  recente,  o  primeiro  caso  desta,  remonta aos jogos pan‐helénicos da Grécia antiga. 

    Para haver corrupção, existe sempre um comportamento,  verificado  ou  prometido,  ou  a 

ausência  deste,  que,  numa  dada  circunstância, constitui um crime.   Existem  diversas  formas  de  corrupção desportiva,  mas  principalmente  esta  divide‐se  em duas grandes áreas:  ‐ Corrupção  ao  nível  dos  resultados  desportivos, 

manifestando‐se  sob  a  forma  de  suborno  dos intervenientes  diretos  (árbitros,  atletas, treinadores, etc.); 

‐ Corrupção extra‐competições, manifesta‐se  sob a forma de subornos aos intervenientes indiretos do fenômeno  desportivo  (agentes  de  jogadores, desempenham  cargos  em  comissões  que  avaliam desempenhos). 

  Entre os desportos e organizações onde os casos de corrupção se têm manifestado com maior frequência  destacam‐se  as  modalidades  como  o futebol, o boxe, as corridas de cavalos, o basebol e o ciclismo;   Nas organizações desportivas destacam‐se  principalmente  a  entidade  que  tutela  os  Jogos Olímpicos, diversas ligas e clubes de futebol e diversas ligas que organizam competições de boxe.   É  importante  perceber  por  parte  de todos os  intervenientes no  fenômeno desportivo que a  corrupção  só  leva  há  perda  de  credibilidade  do próprio  desporto,  assim  sendo  “passará  a  estar  em jogo” o futuro e sobrevivência do mesmo; 

   Prevenir  a  corrupção  pressupõe  uma cultura de confiança de transparência, mas esta, exige, uma  capacidade  repressiva  eficaz.  Se  cada  um  dos cidadãos  for  capaz  de  denunciar  e  não  tomar  por vulgar  uma  prática  ilegal,  tudo  será mais  fácil.  Se  os responsáveis,  forem  capazes  de  assumir  na  sua plenitude  os  deveres  que  lhes  cabem,  ter‐se‐á  um sociedade e uma Administração Pública mais sensíveis a este fenômeno.  

DIMENSÕES SOCIAIS DO ESPORTE   Tubino  (1993)  propôs  três  dimensões para  o  esporte  a  partir  do  seu  significado  social, conferindo  uma  revolução  conceitual.  As  dimensões do esporte são as seguintes:  

a) o esporte‐educação;  b) o esporte‐participação ou esporte popular;  c) esporte‐performance ou de rendimento. 

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 Esporte – Educação ‐ É um processo educativo ‐ Preparação para a cidadania ‐ Baseado nos princípios educacionais (participação/ 

cooperação/ integração/ responsabilidade) ‐ Oferecido na infância e na adolescência  ‐ Oferecido na escola e fora dela ‐ Não é extensão do esporte‐performance   Para  Teotonio  Lima  (apud  TUBINO 2001), uma orientação educativa no esporte terá que vincular‐se obrigatoriamente  a  três  áreas de  atuação pedagógica:  a  de  integração  social,  a  de desenvolvimento psicomotor e a das atividades físicas educativas.  

Esporte – Participação ‐ Esporte popular ‐ Apoiado nos princípios: ‐ Do prazer lúdico (divertimento) ‐ Do lazer (descanso ativo) ‐ Do tempo livre ‐ Sem regras institucionalizadas ‐ Principais  objetivos:  participação  voluntária  e irrestrita, promoção da saúde, socialização, etc. 

 

Esporte – Performance  ‐ Esporte de rendimento ou esporte de alto‐nível  ‐ Esporte  institucionalizado  (regras  rígidas, 

entidades diretoras)  Aspectos negativos:  

‐ Necessidade de grande preparação ‐ Não democrático ‐ Capitalismo exacerbado ‐ Desonra  ética‐moral:  violência,  doping, 

utilização  dos  atletas  como  produtos  e subornos (dirigentes/atletas/árbitros) 

Aspectos Positivos:  ‐ Gera  turismo,  colabora  na  manutenção 

do  meio‐ambiente,  efeito‐imitação favorece  a  prática  popular,  proporciona uma  indústria  do  esporte  (avanço  da tecnologia). 

   É  no  esporte  rendimento  que  se encontra  a  crítica  aguda  ao  esporte,  principalmente pelos  autores  que  combatem  o  capitalismo,  que consideram  parte  da  competição  e  suas  vinculações 

com  negócios  financeiras  sintomas  evidentes  de  um capitalismo exacerbado.   As paixões e  interesses que envolvem o esporte‐rendimento,  somada  as  aspirações  dos praticantes,  explicam  em  parte  os  desvios  e  as violências  identificadas  nas  disputas.  Pode‐se  citar como  violências  mais  identificadas  do  esporte rendimento:  a  violência  nos  espetáculos  esportivos; doping,  suborno,  limite  biológico  dos  atletas, encerramento  prematuro  da  carreira  e  a  força  de trabalho escravizada nas possibilidades de mobilidade social.   Colocações de Kunz  (1994), que vem ao encontro  ao  pensamento  de  que  há  necessidade  de clarear  várias  problemáticas  no  esporte,  como  por exemplo a especialização precoce e o doping para que se  encontrem maneiras  de  conhecer  e  denunciar  as causas  que  levam  aos  abusos  no  esporte  de rendimento,  bem  como,  o  de  Verenger  (1989),  que aponta  para  não  considerar  o  Esporte  apenas  como fenômeno  motor,  mas,  também,  observá‐lo  como produto das relações sociais atuais aos  diversos níveis de envolvimento. 

 ESPORTE NA ESCOLA X ESPORTE DA ESCOLA   O  Esporte  Escolar  é  ainda  restrito  a crianças  e  adolescentes  consideradas  talentos esportivos,  sendo  dominantemente  compreendido como  base  para  o  esporte  de  rendimento  e desenvolvido a partir desta compreensão. Esta é uma realidade  que  distancia  a  prática  do  Esporte  da perspectiva  educacional,  gerando  exclusão  nas práticas  escolares  e  desigualdade  de  oportunidades, pois  é  um  processo  que  já  se  inicia  sendo  oferecido para  poucos.  Sabendo  que  no  decorrer  dos  anos haverá exclusão e desistência por uma série de fatores chega‐se ao esporte de  rendimento com um número baixo de talentos esportivos.   O esporte educacional e escolar deve ser o  esporte  da  escola  e  não  o  esporte  na  escola.    Da  escola,  por  ser  próprio  de  cada manifestação  individual e coletiva, por ser próprio de cada  localidade  e  principalmente,  por  carregar  a perspectiva da autonomia.   Não deve ser um esporte na escola, isto é,  um  esporte  de  rendimento,  olímpico  e  de treinamento,  injetado na escola por determinação de uma  dada  cultura  dominante,  televisiva  e mercadológica. 

 Relação entre Esporte e Educação ‐ O esporte pode cooperar no desenvolvimento da 

capacidade de ação. ‐ O  esporte  pode  ser  importante  para  a  atividade 

motora cotidiana. ‐ O  esporte  contribui  para  a  dimensão  social  da 

capacidade de ação. ‐ O  esporte  pode  ser  importante  para  a  relação 

com a saúde e o bem estar. 

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‐ O  esporte  pode  oferecer  um  modelo compreensível da realidade social. 

‐ O  esporte  adquire  um  significado  crescente  na configuração da vida dos indivíduos. 

‐ O  esporte  oferece  inúmeras  possibilidades  de movimentos  significativos,  oportunidades  de recreação e realizações estéticas. 

 Objetivos  do  Conteúdo  Esporte  na  Educação Física Escolar ‐ Conhecer a origem cultural e a histórica de cada  

modalidade esportiva;  ‐ Identificar, reconhecer e respeitar uma atividade 

enquanto  memória  e  preservação  de  uma cultura; 

‐ Identificar,  reconhecer  e  diferenciar  as  várias dimensões das práticas esportivas; 

‐ Aprender  as  regras,  os  mecanismos  de organização e administração de cada atividade; 

‐ Identificar,  descrever,  experimentar  e demonstrar suas variadas manifestações; 

‐ Reconhecer  e  compreender  a  relação  que  a sociedade faz entre gênero e práticas esportivas; 

‐ Discutir  as  implicações  sociais  e  culturais  do fenômeno esportivo;  

‐ Discutir  as  implicações  sobre  questões  de segurança e riscos da modalidade esportiva; 

 Mudança necessária na Educação Física   O  estudo  de  doutoramento  de  Elenor Kunz  contribuiu  para  processar  as  mudanças  na Educação  Física  através  do  tema  esporte.  Em  sua concepção,  haveria  uma  transformação  didática  do esporte na prática do professor de Educação Física. 

 “É  uma  irresponsabilidade  pedagógica trabalhar  o  esporte  na  escola  que  tem por consequências provocar vivências de sucesso para uma minoria e vivência de insucesso  ou  de  fracasso  para  a maioria”. 

 Características  negativas  na  prática  do  esporte escolar ‐ Desenvolve  as  modalidades  esportivas  mais 

conhecidas  e  que  desfrutam  de  prestígio  social, como o futebol e o voleibol; 

‐ Privilegia  como  conhecimento  de  determinadas modalidades  esportivas,  exclusivamente  a execução  técnica  e  tática  dos  seus  fundamentos como o passe, o drible, a cortada etc.; 

‐ Reforça  a  ideia  de  ascenção  social  através  do esporte; 

‐ Reforça os valores da competição em detrimento dos valores da cooperação; 

‐ Reforça  o  individualismo  em  detrimento  da solidariedade; 

‐ Privilegia  atividades  repetitivas  e  mecânicas  em detrimento  da  liberdade  de  movimento,  da criatividade e da ludicidade; 

‐ Privilegia  a  ação  exclusivamente  diretiva  do professor  em  detrimento  do  diálogo  e  da liberdade de expressão. 

 O Esporte Escolar Pode ‐ Reforçar  a  cooperação  através  da  educação  da 

sensibilidade,  da  ética,  da  estética  e  dos conhecimentos pertinentes à bagagem dos alunos bem como à criatividade crítica do professor; 

‐ Reforçar  o  coletivismo  ensinando  que dependemos  dos  outros  para  poder  atuar  com mais  inteligência, mais estratégia e superação na atividade desenvolvida; 

‐ Encaminhar  crianças  e  jovens  para  práticas prazerosas  sem  se  furtar  às  competições pedagógicas. O  prazer  pode  se  aliar  à  técnica,  à disciplina e ao estudo rigoroso sobre determinada atividade; 

‐ Desmistificar a ascensão social de alguns atletas e disseminar  um  discurso  democrático de  que  sua existência  deve  ser  baseada  na  possibilidade  de ensino para todos. 

 ESPORTE E SOCIEDADE   O  esporte  como  campo  de  ação  social concreto que  institucionaliza temas  lúdicos da cultura desportiva,  deve  ser  analisado  nos  seus  variados aspectos, para determinar  a  forma  em que deve  ser abordado  pedagogicamente  no  sentido  de  esporte “da” escola e não como o esporte “na” escola. ‐ O esporte como algo socialmente regulamentado. ‐ O esporte como algo a ser aprendido. ‐ O esporte como algo a ser assistido. ‐ O esporte como algo a ser refletido. ‐ O esporte como algo a ser modificado.   

 O  esporte  como  algo  socialmente regulamentado    O  esporte  é  oferecido  aos  alunos  no sistema  de  regras  das modalidades  desportivas,  das diretrizes  institucionalizadas,  de  formas  de  ação  e instrumentos  de  avaliação  que  se  desenvolvem historicamente  no  campo  desportivo  fora  da  escola (corrida,  basquete,  natação  e  outras).  O  esporte  é trazido  às  escolas  como  um  sistema  já  existente  em suas formas de ação e regras,  isto é, cuja existência é partilhada intersubjetivamente por todos. Nesta base, o  esporte  é  encarado na  escola  como um  campo de ação no qual os indivíduos interagem e se comunicam sem problemas e sem obstáculos. 

 O esporte como algo a ser aprendido    Nessa  perspectiva,  o  esporte  aparece como  campo  de  ação  social  regulamentado,  que somente através do saber pode ser vivenciado, isto é, 

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os  alunos  somente  podem  dele  participar  quando conhecem  as  formas  de  ação  institucionalizadas.  Em primeiro  plano,  na  ação  desportiva,  está  sempre  a aprendizagem  do  esporte  (por  exemplo,  jogar basquete),  com  isso  facilitando a  sua participação no esporte fora da escola. 

 O esporte como algo a ser assistido    O esporte  fora do âmbito escolar é um espetáculo  para  ser  assistido.  O  assistir  e  consumir espetáculos desportivos em estádios ou na  televisão, separado da ação desportiva própria, é uma dimensão essencial  para  a  compreensão  do  esporte. Desenvolvimento para a capacidade de ação significa, deste  modo,  também,  possibilitar  aos  alunos  uma participação crítica no esporte passivo. 

 O esporte como algo a ser refletido    Nessa  perspectiva,  o  esporte  aparece como um campo que se revela como produto social e, por  isso, é  constituído de múltiplas  interpretações. A função  das  modalidades  esportivas  em  possibilitar várias ações, mas ao mesmo tempo limitando‐as, deve ser  refletida. A possibilidade de  atender  interesses  e necessidades  contraditórias  dos  indivíduos  e  as diferentes  significações das  ações desportivas devem ser  conscientizadas  pelos  alunos  em  relação  a  ações concretas. Trata‐se aqui de refletir e compreender os pré‐requisitos, dificuldades e consequências das ações práticas. 

 O esporte como algo a ser modificado   Sob essa perspectiva o esporte aparece como  um  campo  de  ação  aberto,  cuja  construção social  não  pode  exigir  validade  absoluta  e  cujas possibilidades não se esgotam com as formas de ação institucionalizadas.  Os  alunos  devem  compreender, através de experiências práticas, o esporte  como um campo  de  ação  aberto.  Aqui,  ele  é  visto  como  um objeto construído socialmente, que não  tem validade absoluta.  O  esporte,  assim,  é  pensado  e  deve  ser considerado, na escola, como algo que pode ser criado com formas de ação não institucionalizadas. 

 A PEDAGOGIA DO ESPORTE   A pedagogia do esporte, enquanto área de  intervenção  investiga  as  práticas  esportivas corporais  e  os  sujeitos  condicionantes  de  sua existencialidade, revela um panorama atual propenso a grandes discussões, por  ser uma disciplina nova na ciência  do  esporte,  que  ainda  detém  significativos problemas advindos da lacuna existente entre a teoria e a prática pedagógica.   Segundo  Jorge  Olimpio  Bento  (1991), para início de nossa reflexão, o esporte é pedagógico e por  consequência  educativo,  quando,  entre  outras coisas: 

‐ Proporciona obstáculos, exigências, desafios para se  experimentar,  observando  regras  e  lidando com o próximo; 

‐ Cada  um  rende mais,  esforçando‐se muito,  sem nunca  sentir  isso  como  uma  obrigação  imposta exteriormente. 

  Bento  (1991)  também  se  preocupa  em salvaguardar os valores educativos do esporte, e para isso acredita na necessidade de se lançar uma ofensiva pedagógica  que  requer  ainda  que  técnicos  e professores  não  se  deixem  cair  no  papel  de  meros animadores ou reprodutores do modelo do esporte de alto rendimento, que os praticantes e os espectadores não  se  sintam  apenas  fregueses  e  consumidores passivos,  que  os  dirigentes  não  vejam  no  desporto uma mercadoria que se compra ou vende a qualquer preço.   Sendo  assim,  a  todo momento  em que uma  prática  pedagógica  estiver  promovendo  o desenvolvimento  esportivo,  que  contemple  a generosidade  e  o  respeito  às  regras  e  adversários, além  da  tomada  de  consciência  sobre  a  prática  do esporte  e  sua  ideologia,  o  esporte  mostrar‐se‐á educativo.  Não  obstante,  uma  prática  excludente  e seletiva,  que  impede  crianças,  adolescentes  e  jovens de  serem  livres  e  de  desenvolver  sua  autonomia  e criticidade,  contradiz  os  atributos  educativos, ressaltados por vários autores.  

Desafios atuais para o esporte no Brasil   O  que  discutimos  até  aqui  aponta  um grande desafio que se impõe à sociedade brasileira, no sentido  de  assegurar  a  possibilidade  de  acesso  do esporte aos cidadãos que se  interessem por vivenciá‐lo.  Desafio que parece ser a ampliação do conceito de esporte  que  norteia  as  políticas  públicas,  ações  do governo  e da  sociedade  civil.  Precisamos  entender o que  está  escrito  na  Constituição  Federal:  o  que significam  o  esporte  educacional,  o  esporte  de participação  e  o  esporte  de  rendimento? Independentemente de a pessoa poder ou não ser um grande atleta no futuro, ela tem o direito de vivenciar o  esporte  enquanto  uma  experiência  de  lazer, educação ou rendimento.    Desafios:  entender  a  prática  esportiva no  cotidiano.  É  muito  importante  que  o  Brasil  seja representado  por  grandes  atletas, mas  que  isso  seja consequência de um grande número de praticantes de esporte  diariamente.  Outro  desafio  importante  é superar  o  entendimento  de  que  apenas  os  jovens merecem  o  esporte.  Ele  pode  ser  fator  de desenvolvimento, formação e cidadania para crianças, jovens,  adultos,  idosos,  pessoas  com  deficiência, mulheres e homens, baixos e altos, gordos e magros.     As  diferenças  entre  elas  devem representar  possibilidades  do  esporte  humanizado. Como  é  emocionante  uma  prova  de  Atletismo  com cadeirantes,  o  Voleibol  assentado  para  pessoas  com dificuldades de locomoção, o Futebol para cegos! 

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  O Brasil caminha para ser, nas próximas décadas, um dos países com maior número de  idosos do  planeta.    Essa  importante  parcela  da  população precisa  ter  acesso  à  prática  de  esportes  garantida também  como  uma  possibilidade  de  realização pessoal, de qualidade de vida, de convivência.   Mais  um  desafio  a  ser  superado  é  o próprio tratamento pedagógico dado ao esporte, onde quer  que  ele  seja  ensinado.    Muitas  pessoas perguntam se as aulas e treinamentos esportivos têm o que ensinar.   Muitas vezes o que acontece é apenas a repetição dos exercícios dados pelo professor, jogando sempre  da mesma  forma.  A  busca  da  eficiência  é  a forma que garante a vitória.   Entretanto,  o  esporte  pode  e  deve  ser mais que  isso. Ele também é momento de construção de  novos  conhecimentos,  de  aprendizagens  de variadas  formas  de  jogar  cada  modalidade,  de aprimorar  e  ir  além  das  técnicas  esportivas. Precisamos  ajudar  as  pessoas  a  saber mais  sobre  o jogo,  a  ponto  de  serem  capazes  de  entendê‐lo  e  de nele intervir.   O  Voleibol,  como  outros  esportes,  foi sendo  (re)inventado  ao  longo do  tempo.  Suas  regras se alteram de acordo com as circunstâncias. Assim, no início de sua história, era jogado de forma muito mais parecida com esse nosso exercício do que como ele é jogado atualmente pelos atletas de alto rendimento.   O esporte também precisa ser estudado, além de ser praticado.   Precisamos conhecer histórias e  contextos  de  surgimento  das  modalidades;  as relações  do  esporte  com  a  própria  sociedade;  as formas  de  organização  de  cada modalidade,  na  sua cidade,  estado,  país  e  no mundo.    Entender  porque uma determinada modalidade é mais praticada do que outra.    Aprender  que  o  esporte  é  direito  de todo  cidadão,  cuja  promoção  deve  ser  cobrada  das autoridades e garantido por toda sociedade.   É importante que as  pessoas  conheçam  os riscos e benefícios da vivência esportiva e o   papel  do  esportista,  espectador  e  outros consumidores do esporte. As questões éticas também se colocam como reflexão  urgente.  Além  de  aprender  a  jogar,  as pessoas  precisam  aprender  a  lidar  com  as  próprias limitações e com a vitória e derrota no jogo. É preciso que discutam sobre o esporte e valores presentes em sua  prática. Qual  a  finalidade  do  esporte?  A  grande meta é a medalha, troféu ou a cidadania, a construção de  uma  sociedade  mais  justa,  fraterna,  plural,  que tenha a paz como um grande valor de todos?   O  ganhar  a  todo  custo  pode  ser encarado como uma derrota, para quem ganha e para quem perde. Até onde  vale  a pena buscar  a  vitória? Ganhar  utilizando‐se  de  substâncias  ilícitas,  drogas  e remédios que alteram o organismo, causando riscos à saúde do atleta, é afirmar que a vitória vale mais que a vida. 

  Temos  vivenciado  também  discussões éticas no esporte relacionadas à corrupção de árbitros, à  violência  dentro  e  fora  dos  campos  e  quadras.  O ensino  do  esporte  precisa  discutir  esses  temas  para que  as  pessoas  se  apropriem  desse  direito.  Apropriação com condições de sugerir, criar, planejar, cobrar dos políticos o apoio necessário.   Às pessoas, enquanto titulares do direito ao  esporte,  deve  ser  garantida  a  possibilidade  da vivência  esportiva  com  autonomia.    Para  isso,  um aspecto  importante é a ação pública para garantia de espaços  de  práticas  do  esporte  e  lazer  nas comunidades.  Quadras,  pistas  de  caminhada  e  corrida,    ginásios    poliesportivos,  ciclovias,    espaços  para  ginástica,  danças,  e lutas. Enfim, a realização do direito  ao  esporte  implica  acesso  a  estruturas  físicas específicas.   Outra questão  importante é a educação para a autonomia, fundamental para a garantia desse direito.    Acesso  a  conhecimentos,  espaços  e equipamentos  esportivos  são  requisitos  para  a realização  da  autonomia  no  contexto  do  esporte. Nesse sentido, é central a discussão sobre o poder de decisão  de  quem  quer  ter  acesso  a  esse  direito. Decidir sobre o que se quer fazer, com quem praticar e como jogar é fundamental.    A autonomia para a vivência do esporte passa  a  ser  uma  finalidade  e  também  um  exercício diário de conhecimento, convivência e negociação.   Na  medida  em    que    esses    desafios  forem  aceitos    e    encarados    pela    sociedade  brasileira,    o    esporte,    como    direito    de    todo  cidadão, passará a fazer parte da vida diária de nossas comunidades  e  cidades.  As  pessoas  passarão    a  vivenciar    os    benefícios    que    ele  pode    realmente  propiciar  às  suas  vidas.  O Brasil será um campeão de cidadania  e  de  paz  e  não  apenas  de  torneios internacionais.  

ESPORTE E SAÚDE   Nos  cursos  de  Educação  Física  está ocorrendo  uma  revolução,  que  vem  provocando questionamentos  sobre  alguns  conceitos:  o  que  se tenta  expor  criticamente  hoje  é  a  relação  entre “Esporte  e  Saúde”. A  luz do que  já  foi  estudado  até agora, no  remete a  frase popular “Esporte é Saúde”, que merece maiores esclarecimentos.  

   Os  novos  conceitos  trabalhados relacionam  Esporte,  Saúde  e  Qualidade  de  Vida,  de 

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maneira a levantar o debate para refletirmos sobre os mesmos.   Como  já  vimos,  o  conceito  de  esporte está  relacionado  a  três  dimensões  sociais  a educacional, popular e de alto rendimento.    Já a Saúde, enquanto conceito, é sentir‐se bem  em  todos os  seus  aspectos:  físicos, motores, sociais, mentais e afetivos. Isto acaba tornando muito difícil  ter  uma  saúde  perfeita  e  praticamente impossível  um  conjunto  de  profissionais completamente saudáveis.   Associado  à  Saúde  está  o  conceito  de Qualidade de Vida, definido como a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio‐ambientais  (modificáveis  ou  não)  que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Para  se definir  como boa qualidade de  vida, deve‐se levar  em  consideração  a  satisfação  das  necessidades básicas  de  sobrevivência:  alimentação,  vestuário, trabalho,  moradia  e  relações  sociais  e  afetivas  (as quais,  no  mundo  capitalista  de  hoje,  sempre  se subordinam à outra: a econômica).   Analisando  agora  a  relação  do conhecimento  popular  “Esporte  é  Saúde”,  esta  se difunde  como  contrapartida  ao  mundo  atual,  que promove  em  suas  práticas  o  sedentarismo,  como consequente,  a  obesidade  –  tida  como  o  mal  do século.  Assim,  em  combate  à  obesidade,  o  Esporte promove  Saúde.  O  Esporte  também  é  promotor  de Saúde  por  ser  um  incentivo  às  relações  sociais,  tais como coleguismo, amizade e paixões.   Outras  inverdades  são  disseminadas pelo  conhecimento  popular.  Algumas  pessoas  dizem que ao caminhar uma hora por dia mantêm seu nível de  colesterol  reduzido,  com  chances  reduzidas  de obter  problemas  cárdio‐respiratórios,  ou  ainda possibilidades  de  emagrecimento. Mas,  em  seguida, comem  chocolate,  "churrasquinho",  "leitão  à pururuca", "torresminho", doces,  refrigerantes, etc. – alimentos que  invalidam qualquer atividade saudável. Além disto, caminham em  locais  inadequados e usam calçados impróprios para a atividade exercida. Logo, o corpo  não  descansa  como  ainda  pode  sofrer  lesões por exercícios praticados de maneira errada. Também existem aqueles que caminham em excesso, acima de quatro horas ao dia, todos os dias da semana, sem um descanso  mínimo.  As  estruturas  corpóreas  e  seus respectivos  ligamentos  não  aguentam  e  acabam  por “inchar”,  inflamar  ou  até  romper.  Está  comprovado que qualquer treinamento físico, principalmente os de altíssimo  nível,  deve  ser  praticado  com  o  necessário descanso para que o organismo possa se recuperar da atividade  e  da  perda  de  líquidos  e  sais  minerais. Outros praticam esforços aos  finais de  semana  como maneira  de  compensar  uma  vida  sedentária  de segunda  à  sexta‐feira,  sem  qualquer  sistemática apropriada.  Deve‐se  praticar  atividades  periódica  e cotidianamente, com pausas corretas de descanso. 

  Tudo  que  é  feito  ininterruptamente cansa,  desgasta  e  não  promove  os  benefícios almejados. O Esporte é uma  atividade  física e,  como tal,  promove  desgaste  energético,  emagrecendo  o organismo. Mas,  sem  respeitar os parâmetros  físicos limitantes  de  cada  indivíduo,  ou  ainda,  um  controle alimentar  adequado,  ao  invés  de  benefícios,  a atividade  pode  promover  malefícios.  O  controle alimentar  é  muito  importante  no  que  se  refere  à relação entre  ingestão e gasto de energia, ou  seja, o quanto (e o que) se come e o quanto se trabalha.    Neste  parâmetro,  podemos  entender que  é  perigoso  pessoas  obesas  e  despreparadas praticarem Esportes como  triathlon, uma competição onde  se  nada,  pedala  e  corre  longas  distâncias exaustivamente.  Até  que  ponto  é  saudável  praticar triathlon,  ou  ainda  malhar  de  duas  a  quatro  horas numa  academia?  São  associações  equivocadas relacionar  alto  rendimento  e  esforço  excessivo.  Para que o Esporte fazer bem, tem que suar muito e deixar o indivíduo cansado.   Esporte não é Saúde. Pode vir a ser um promotor  de  Saúde,  mas  nem  sempre  irá  produzir Saúde,  como  uma  regra.  Inclusive  temos recentemente dois casos de  jogadores de futebol que faleceram  enquanto  praticavam  a  atividade  física. Percebemos também, que existem vários desportistas que  fazem uso de substâncias – questionáveis – para obter melhores  desempenhos  nas  atividades,  o  que corrompe a noção de que Esporte faz bem. Esporte só faz  bem  dentro  de  seus  fatores  limitantes:  bem empregado,  bem  trabalhado  e  sob  uma  perspectiva que esteja além do alto rendimento.   Isso  não  quer  dizer  que  muitos  que praticam Esportes de alto rendimento não são pessoas saudáveis.  Serão  na medida  em  que  o  treinamento lhes provocar bem‐estar físico e uma boa relação para com  os  outros.  Mas  ao  exagerar  na  atividade  (em nome  da  relação  “Esporte  é  Saúde),  acaba‐se promovendo um malefício ao corpo”.   

REFERENCIAL ASSIS  DE  OLIVEIRA,  Sávio.  Reinventando  o  esporte: possibilidades  da  prática  pedagógica.  Campinas: Autores Associados, chancela editorial CBCE, 2001 BETTI, Mauro.  Educação física,  esporte  e cidadania. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 1999, 20 (2 e 3), p.84‐92. DAOLIO,  Jocimar.  Cultura,  educação  física  e  futebol. 3.ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2006. GIULIANOTTI,    Richard.  Sociologia    do    futebol: dimensões  históricas  e  socioculturais  do  esporte  das multidões. São Paulo: Nova Alexandria, 2002. GONDRA,  José  Gonçalves  (Org.) História, infância  e  escolarização. Rio  de  Janeiro:  7 Letras, 2002. GONÇALVES,  M.  A.  S.  Sentir,  pensar,  agir: corporeidade e educação. Campinas: Papirus, 1994. KUNZ,  Elenor.  A  transformação  didático‐pedagógica do esporte. Ijuí: Editora Unijuí, 1994. 

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Questionário 01. De acordo com Antonelli  (apud Tubino, 2001), os elementos constitutivos do esporte são: a) o fair‐play, a competição e o movimento; b) o bem‐estar, a ludicidade e o fair‐play; c) o jogo, a inércia e o bem‐estar; d) o movimento, o jogo e a competição;  02.  Stigger  apresenta  duas  teses  que  pretendem explicar  a  origem  do  que  hoje  conhecemos  por esporte.  Essas  teses  são  divergentes  nos  seguintes aspectos: a) ruptura X continuidade b) modernidade X tradição c) competição X cooperação d) similaridade X especialização  03.  Alguns  autores  afirmam  que  o  esporte  pode  ser assim  denominado  desde  as  remotas  e  diversas manifestações  e  práticas,  em  diferentes  momentos históricos  e  em  distantes  locais.  Tal  posição  tem sustentação  nas  semelhanças  que  essas  práticas apresentam entre si. As semelhanças se caracterizam por: a) competição acirrada e lazer ativo b) alcance de objetivos e ludicidade c) estrutura da atividade e esforço físico d) jogo de regras e desenvolvimento motor  04.  Assegurar  a  igualdade  de  acesso  à  prática esportiva  para  todas  às  pessoas  é  uma  meta conceitual do (a): a) do associativismo no esporte. b)  da  interdependência  do  bem‐estar  social  com relação ao estado sociedade‐esporte. 

c) do envolvimento social do esporte. d) do esporte como meio de democratização.  05.  De maneira  geral,  os  esportes  acompanharam  o processo de globalização econômica vivido no mundo contemporâneo  e  passaram  a  se  constituir  também em  importante  negócio,  que  envolve  volumosos recursos financeiros. a) Certo        b) Errado  06.  Ao  contrário  do  previsto  com  o  advento  da globalização,  ainda  não  há  um  idioma  que  sirva  de referência para múltiplas atividades, desde as relativas ao  mundo  dos  negócios  até  as  que  envolvam,  por exemplo, a música, o cinema e os esportes. a) Certo        b) Errado  07. Nos  dias  atuais,  os  esportes  de massa  ‐  como  o futebol  ‐  ainda  conseguem  ficar  à  margem  do consumismo  e  do  mundo  dos  negócios, provavelmente graças à paixão genuína que suscitam. a) Certo        b) Errado  08.  O  esporte  na  escola  tem  como  base  aqueles esportes que  já são  institucionalizados e o esporte da escola  é  aquele  que  se  aproxima  dos  valores  e interesses desse espaço educativo. a) Certo        b) Errado  09. Orientados pelo professor, os adolescentes devem escolher  esportes  nos  quais  ainda  não  tiveram experiências  anteriores,  a  fim  de  aumentar  seu repertório esportivo e de sociabilização. a) Certo        b) Errado  10. Um  pesquisador  da  área  de medicina  desportiva tem  defendido  mudanças  radicais  nas  regras  do futebol, por considerá‐lo o mais violento dentre todos os esportes. Ele afirma que esportes como o rugby ou o hóquei sobre o gelo impressionam o público, pois os choques que ocorrem durante os jogos aparentam ser muito  violentos. Mas,  em  geral,  eles  não  provocam lesões tão graves. No caso do futebol, as lesões típicas levam meses para serem curadas e, muitas vezes, são responsáveis por encerrar prematuramente a carreira dos atletas. Seu principal argumento é uma estatística que,  realmente,  assusta:  35%  das  lesões  graves  de atletas  profissionais  em  todo  o mundo  ocorrem  em partidas  de  futebol.  O  pesquisador  afirma  que  em nenhum outro esporte essa porcentagem é tão alta.  O  argumento  do  pesquisador  a  respeito  do  risco  de lesões em jogadores de futebol  a) é incontestável, já que os jogadores de futebol não utilizam  equipamentos  de  proteção  tão  sofisticados quanto os dos atletas de rugby ou de hóquei sobre o gelo, tornando o futebol muito mais arriscado que os demais esportes. 

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b)  é  incontestável,  uma  vez  que  a  imprensa  tem noticiado um número cada vez maior de jogadores de futebol que sofreram infartos durante uma partida ou treinamento,  fruto  do  aumento  do número  de  jogos realizados ao longo de um ano. c)  é  incontestável,  uma  vez  que  o  futebol  lidera  o ranking de atletas  lesionados em todo o mundo, com 35%,  número  bem  mais  elevado  do  que  aqueles observados em esportes tidos como violentos, como o rugby ou o hóquei sobre o gelo. d) deve  ser  contestado, uma  vez que,  caso as  regras do futebol fossem alteradas radicalmente, as partidas perderiam  muito  em  emoção,  fazendo  com  que  o futebol  deixasse  de  ser  o  esporte  mais  popular  do planeta. e)  deve  ser  contestado,  uma  vez  que  não  foi apresentada  a  porcentagem  de  ocorrência  de  lesões graves  por  esporte,  havendo  a  possibilidade  de  o percentual  35%  ser  o mais  alto  devido  ao  fato  de  o futebol ser o esporte mais praticado no mundo.  11. O processo de  “esportivização” dos passatempos populares  teve  origem  na  Inglaterra  do  século  XVIII. Esse  processo  atendeu  à  necessidade  de  uma mudança no padrão de comportamento da sociedade presente  nessas  atividades.  Essa  necessidade  era decorrente do seguinte fator: a) uso de improviso b) ausência de regras c) exagero no esforço d) excesso de violência  12.  Tubino  (1992)  propôs  três  dimensões  para  o esporte  a partir do  seu  significado  social,  conferindo uma  revolução  conceitual.  As  dimensões  do  esporte são as seguintes: a) esporte higienista, esporte competitivista, e esporte popular; b) esporte‐educação, esporte‐ participação e esporte –performance; c)  esporte‐lazer,  esporte‐educativo  e  esporte‐  auto rendimento;  d)  esporte‐coletivo,  esporte‐individual  ,e  esporte‐popular;  13.  Ao  tratar  do  esporte‐educação,  Tubino  (2001) lembra que as competições escolares deveriam ter um sentido educativo e, não, simplesmente reproduzirem o  esporte  de  rendimento  com  seus  vícios.  Citando Teotônio  Lima,  Tubino  diz  que  uma  orientação educativa do esporte vincular‐se‐ia obrigatoriamente a três áreas de atuação pedagógica. São elas: a) desenvolvimento das capacidades físicas, integração social laissez faire. b)  integração  social,  desenvolvimento  psicomotor  e atividades físicas educativas. c)  laissez  faire,  atividades  físicas  educativas  e desenvolvimento social. 

d)  desenvolvimento  social,  capacidades  físicas  e performance esportiva.  14.   O esporte, como conquista cultural e patrimônio da humanidade, deve ser transmitido, na escola, como conteúdo  nas  aulas  de  Educação  Física,  numa perspectiva a)  Transformadora  fundamentada  em  valores educativos.  b) Afetiva, fundada em valores midiáticos.  c) Participativa e reprodutiva dos valores técnicos.  d) Privilegiada nos princípios e valores de sobrepujar.  15.    O  Esporte  é  considerado  pedagógico  e,  por consequência,  educativo.    Sobre  isso,  assinale  a alternativa que justifica essa afirmação. a) Não proporciona obstáculos, exigências, desafios  a  serem    experimentados,    observando‐se    regras    e  lidando  corretamente com os outros. b)  Socializa,  apenas,  as  crianças  num  modelo  de pensamento e vida. c) Ensina que o sucesso é o objetivo e não apenas, um meio de visar além. d)  Cada  um  rende  mais,  esforçando‐se  muito,  sem nunca  sentir  isso  como  obrigação  imposta exteriormente. e) Consideramos o esporte como um fenômeno motor que permite ao aluno vivenciar o sucesso.  16. Assis,  Sávio  (2001) discute  em  seus  estudos uma possibilidade  concreta  do  esporte  ser  olhado, percebido  e  vivido  na  escola.  Nessa  perspectiva  o autor afirma que: a)  para  o  esporte  ser  desenvolvido  na  escola,  e  ser uma  possibilidade  de  ascensão  social,  o  professor deverá deixar  claro para os alunos que  todos podem alcançar o topo do sucesso, basta treinar. b)  O  esporte  não  precisa  ser  analisado  criticamente pela  escola,  basta  reproduzi‐lo  que  o  resultado  será benéfico para todos, pois o esporte é algo maior que a escola. c) O esporte apresenta uma característica própria do ser humano, que é a competição, por isso, não deverá ser  modificado  em  sua  estrutura  para  atender  a objetivos alheios ao seu propósito. d)  para  o  esporte  ser  modificado,  é  necessário enxergá‐lo  como  instituição  social  que  produz  um sistema de valores, mas é imprescindível afirmar a sua condição  de  produção  humana,  algo  passível  de transformação, inclusive pela prática pedagógica.  17.  Analisando a relação pedagógica, na Escola, entre esporte  e  educação,  ressalta‐se  a  possibilidade  de desenvolvimento  do  esporte  e  para  o  esporte.  Na capacidade de ação por meio do esporte, destacam se as possibilidades de: a)  Atividade  motora,  saúde,  dimensão  social,  compreensão    da    realidade    e    experiência    da corporalidade.  

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b) Superar a pobreza, significado crescente,  dimensão  social,  repressão  do  movimento  e  corporalidade. c)  Instalações  de  aparelhos,  competição,  dimensão subjetiva,  representação  do  movimento  e  ambiente natural. d)  Companhia  do  outro,  corporalidade,  competição, supera  a  pobreza,  vivências  e  movimentos  na sociedade.  18. De  acordo  com  a  publicação  do  Instituto  Ayrton Senna (2004), o esporte, em sua vertente educacional, deve valorizar: a) a sistematização b) a competição c) a comunicação d) a cooperação  19.  No  que  diz  respeito  à  educação  para  o desenvolvimento humano pelo  esporte,  a publicação do  Instituto Ayrton  Senna  (2004)  aponta para o  fato de a relação entre Educador Mediador e Educando ser uma relação de poder e de que o grande desafio seria não fazer dela uma relação de poder‐dominação, mas, sim, uma relação de poder‐serviço. Essa afirmativa se relaciona com o mito da: a) suavidade b) naturalidade c) horizontalidade d) dominação  20.  De  acordo  com  Gonçalves  (1994),  a  Educação Física  tem  servido  à  sociedade  como  um  veículo  de transmissão  ideológica  do  sistema  dominante, impondo a produtividade como objetivo prioritário. A autora faz essa afirmativa baseada nas seguintes ações da Educação Física no cotidiano escolar: a) a valorização excessiva do rendimento e o privilégio aos  alunos  que  possuem melhor  aptidão  desportiva, incentivando a formação de elites nas turmas. b)  a  ação  crítica  da  utilização  do  corpo  através  da mídia, sobre a padronização corporal e a consequente comparação no processo de avaliação. c)  o  descaso  com  o  planejamento  participativo, elegendo os seus próprios conteúdos e metodologias, sem a participação dos alunos. d) a organização de  jogos escolares, com objetivo de integração  entre  as  séries  e  de  descaracterização  de equipes por turmas.  21. Segundo Betti(1998), os meios de comunicação de massa são responsáveis por significativas mudanças no âmbito da Educação Física. Partindo dessa perspectiva, assinale  a  alternativa  abaixo  que  NÃO  representa  o pensamento do autor. 

a)  As  crianças  acabam  por  estabelecer  um  contato precoce com práticas esportivas e culturais do mundo adulto. b)  Acabamos  nos  tornando  consumidores  em potencial  do  esporte‐espetáculo  como telespectadores ou torcedores nos estádios e quadras. c) Diante  do  evidente poder  de  sedução da mídia,  a Educação  Física  deve  assumir  uma  postura  de neutralidade  diante  das  novas  possibilidades  de vivência da cultura corporal. d)  Os  elementos  da  cultura  corporal  tornaram‐se produtos  de  consumo  e  objetos  de  conhecimento  e informação divulgados para o grande publico, porém nem sempre com o rigor técnico‐cientifico desejável.  22.  A  Educação  Física  poderá  utilizar  os  recursos proporcionados pelos meios de comunicação no fazer pedagógico desta área de conhecimento a) utilizando os produtos de multimídia na divulgação dos  resultados  esportivos  da  escola;  utilizando  os produtos da mídia como fonte de interpretação crítica do  esporte  espetáculo;  no  conhecimento  de  novas vivências  corporais,  como material  de  pesquisa  para questionamento das matérias vinculadas pela mídia. b)  utilizando  os  produtos  da  mídia  como  fonte  de interpretação  crítica  do  esporte  espetáculo;  no conhecimento  de  novas  vivências  corporais,  como material  de  pesquisa  para  questionamento  das matérias  vinculadas  pela  mídia  e  como  ferramenta pedagógica. c)  entendendo  os  meios  de  comunicação  de  massa como  elemento  de  neutralidade  político  ideológica, como  ferramenta  pedagógica,  vislumbrando,  através das  experiências  dos  grandes  atletas,  a  possibilidade de  ascensão  social  e  utilizando  os  produtos  de multimídia na divulgação dos resultados esportivos da escola. d) Vislumbrando, através das experiências dos grandes atletas,  a  possibilidade  de  ascensão  social,  no conhecimento  de  novas  vivências  corporais,  como material  de  pesquisa  para  questionamento  das matérias  vinculadas  pela  mídia  e  como  ferramenta pedagógica.             

   

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