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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MODELAGEM PLANA E ELÁSTICA NO ENSINO SUPERIOR
Por: Claudia Quintanilha Fernandes da Silva
Orientador
Profª. Mônica Ferreira de Melo
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MODELAGEM PLANA E ELÁSTICA NO ENSINO SUPERIOR
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência do Ensino
Superior
Por: Claudia Quintanilha Fernandes da Silva
AGRADECIMENTOS
Unicamente a Deus por me conceder
mais um ano de forças para o alcance
de mais essa conquista vitoriosa,
Ebenezer.
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DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho as minhas amadas,
Samara e Tamiris, para que lhe sirvam de
exemplo, de que, o saber é um tesouro
que a traça não consome e ninguém pode
roubar. Queiram tomar posse desse
tesouro enquanto jovens para que o
aproveitamento seja por longo tempo.
RESUMO
Este trabalho apresenta direções para transformar um corte de tecido
plano ou elástico em uma obra de arte para o vestuário feminino, obra esta que
pode percorrer o mundo em forma de uma bela peça de roupa digna de cobrir o
corpo de um plebeu, um nobre e até rainhas. Apresenta o caminho percorrido
por uma peça do vestuário, desde a criação, a escolha do tecido, modelagem e
aprovação até que ela chegue ao seu guarda roupas. Um caminho com
direções fixas com capacidade de contagiar um aluno a ter o desejo de ver sua
própria obra de arte tomando forma, ganhando vida e até sendo desfilada em
uma passarela no mundo da moda. Aprender a modelar é igual a aprender a
construir. Construir sonhos próprios ou alheios é viajar do lápis com papel ao
tecido, do corte a costura, do imaginado ao real.
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METODOLOGIA
Numa turma de trinta pessoas, encontramos alguns alunos ainda
crus e sem base para a matéria/curso que foi escolhida para se aprofundar.
Segundo o site (http://www.mundovestibular.com.br/articles/14953/1/
Dez-dicas-para-escolher-um-curso-superior/Paacutegina1.html), acessado
em 27/01/14, diz que muitos alunos, ao concluírem o ensino médio e mesmo
quando ainda estão cursando passam pela grande dúvida de como escolher
o curso superior. A modelagem é um curso onde mesmo aqueles que têm
poucas informações sobre o assunto é capaz de aprender e produzir uma
peça do vestuário.
Daí daremos inicio a esse trabalho ensinando, mostrando e explicando os
passos de funções básicas necessárias para a construção de uma base para
modelagem onde o primeiro passo são as medidas, que podem ser de uma
tabela já pré existente ou medidas verificadas e anotadas de um corpo,
neste trabalho usaremos os métodos encontrados em (FULCO,Paulo de
Tarso, Rosa Lúcia de Almeida, Modelagem Plana Feminina, Rio de Janeiro,
2010). As medidas básicas para se montar uma base de blusa são as
medidas de altura até a parte da cintura e a medida total da largura que é
verificada na altura do busto, parte mais larga do tronco onde usaremos ¼
para construção. Usa-se também ½ das medidas de cava e degolo também
chamado de decote e largura de ombro, tendo estas medidas podemos dar
inicio a nossa base que após aprovada poderá ser usada para muitas outras
modelagens.
Após fazermos os moldes frente e costas transportaremos os moldes
para o papel acrescentando um centímetro de sobra para costura, feito isso
repassaremos para o tecido onde iremos recortar e costurar para então
vestir em um corpo avaliando e observando se há necessidade de ajustes.
Segundo, Brandão Gil,Aprendendo a costurar-1964 pág 13, é
aconselhável que, em todas as ocasiões, cortem o molde primeiramente no
papel, transportando-o em seguida para o tecido.
A peça base não precisa ter um bom acabamento afinal avaliaremos
somente o molde.
Quando encontramos o bom resultado teremos o tesouro. Daí já
poderemos passar para a parte não menos importante que esta, que é a
leitura e interpretação dos desenhos chamados de croquis.
É de grande importância que a leitura e interpretação do desenho seja exata
pois o contrário pode danificar a construção da peça e até atrapalhar a
coleção. Tem que haver um entrosamento direto com a estilista que criou o
desenho para que o nascimento da peça seja com uma boa vestibilidade e
caimento, trazendo a realidade o que foi idealizado.
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INTRODUÇÃO
Uma bela coleção pode ser sinônimo de um grande fracasso caso
não haja um ponto comum de visão a um alvo entre a estilista, a modelista e
a pilotista. Precisa-se de uma regra básica entre todos os envolvidos
chamado entendimento. Se toda a equipe estiver focando o produto final
com no mínimo um olhar básico necessário para um produto bem-acabado e
com qualidade o caminho fica livre para o sucesso.
È necessário que se tenha conhecimento sobre as curvas e
movimento do corpo para se avaliar onde e quando colocar folgas para que
a peça pronta vista adequadamente e com conforto. Este é o motivo que faz
a função do modelista se tornar o objeto principal na modelagem de uma
coleção.
A esse profissional é dado a competência de ser comparado a um
arquiteto, pois lhe cabe a responsabilidade de transformar a partir do
desenho técnico e plano uma peça tridimensional.
Neste trabalho apresentaremos alguns pontos básicos para
modelagem usando como destaque a modelagem em tecido elástico
descrevendo um pouco das muitas situações que ocorre no processo de
vestibilidade e aprovação quando detectado desvios nos tecidos elásticos,
apresentando também a maquina usada para modelar volume com
profundidade para fabricação de sutiã e o caminho para se planejar uma
coleção.
O sucesso de uma coleção é fruto de uma equipe que trabalha com o
mesmo alvo. É necessário que haja envolvimento e comprometimento em
todas as partes envolvidas, todo o grupo devem andar o mesmo caminho,
tendo os mesmos objetivos. A estilista se inspira nos modelos cores e
estampas para formar uma coleção enquanto a modelista tem a função de
interpretar o desenho observando cada detalhe para transformar esses
desenhos em um objeto palpável e concreto.
Uma equipe unida falando a mesma linguagem, com o mesmo alvo
é fundamental para se obter o melhor resultado. O bom resultado é fruto de
uma equipe em sintonia.
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CAPÍTULO I
MODELAGEM
Modelagem é a transformação de um corte de tecido plano ou elástico
em um produto palpável, para o vestuário, que vai atender a necessidade
pessoal ou de diversos e variados públicos se for o caso de produção em
escala.
Segundo Prof. ª Patrícia Martins Dinís no capítulo III, A Modelagem
também é considerada um fator de competitividade entre os produtos visto que
exerce grande influência sobre o consumidor no momento da aquisição de um
produto do vestuário.(Flavio Sabra,2009, pág. 72)
Diante de uma oferta de moda, o consumidor optará pelo que atender
não só o estilo, pela cor e pela função, mas também o que melhor vesti-lo ou
seja, o que tiver melhor modelagem. Ela pode ser efetuada de três formas
distintas que dependera da habilidade e gosto de cada profissional.
A opção de, em que método modelar não altera o produto final, talvez apenas
será um caminho que pode levar menos tempo e mais segurança pessoal para
o modelista que ira apresentar o resultado do trabalho executado de
modelagem.
Os caminhos para traçar uma modelagem podem ser:
A modelagem plana,
Por draping ou
AutoCAD (computer aided desing ou desenho auxiliado por computador).
Na Modelagem plana usam-se lápis, papeis e réguas para fazer o traçado da
peça desejada conforme ilustração ou informações. É um desenho de molde
que se faz a partir de uma tabela de medidas e quando pronto envolvera o
corpo em toda a sua circunferência ou também chamado bidimensional altura e
largura. Tomemos como exemplo uma lata de leite em pó, que terá como
modelagem plana para uma capa, dois moldes. Um como retângulo com a
medida de toda circunferência e altura da lata, e outro molde em forma de
circulo, também com suas medidas próprias. Após fechar o retângulo e prende-
lo contornando todo o circulo, teremos uma capa com a forma da lata.
Figura 1 Fonte: (SILVA,2013)
Para modelagem de draping ou moulage, é necessário ter em mãos
tecido, alfinetes, tesoura, sutache para auxiliar no mapeamento do modelo e
um manequim que será mapeado para retratar os recortes, pences e ajustes do
modelo desejado proporcionando a visualização de como ficara a peça quando
pronta.
Figura 2 e Figura 3 Fonte:(SILVA,2012)
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As figuras de numero 2 e 3 representam a modelagem da parte
superior de um vestido para amamentação.Foram feitas aberturas na direção
do mamilo na parte do forro e na parte que sobrepõe o forro ganhou um
drapeado para cobrir a abertura e acomodar o volume dos seios.Depois dessa
visualização, a peça é avaliada e recebe as marcações necessárias para
rebaixamento de decote e cava, altura do drapeado e pences.Após essas
tarefas o tecido é retirado do manequim e transportado para o papel nascendo
assim o molde que será base para se fazer outras peças com outros tamanhos
conforme as necessidades.
Figura 4
Fonte: (SILVA,2012)
Figura 5
Fonte: (SILVA,2012)
A modelagem de Auto CAD, é um método mais moderno, feito através
de um sistema computadorizado que conta com uma enorme variedade de
ferramentas onde se usa medidas exatas de um determinado tamanho,
possibilitando assim 100% de precisão para as costuras. Porém essa
tecnologia não garante que o produto final não precisara de alguns ajustes.
Figura 6
Fonte:(SILVA,2012)
Quando a peça piloto estiver aprovada faz-se a grade no próprio sistema,
conforme a tabela de medida do cliente.
Figura 7
Fonte:(SILVA,2012)
A modelagem é o caminho principal para a construção de uma peça.
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Para qualquer método usado para modelar será essencialmente
necessário uma tabela de medidas para construção da peça base, a não ser
quando o produto for sob medida.Segue a tabela feminina segundo a norma
brasileira ABNT.
Figura 8 Fonte: (www.sindvestsulrj.xpg.com.br/artigos/nt/abnt_nbr_16060.pdf acesso em 25/12/13)
Em um produto sob medida é agregado alguns custos e geralmente esta
peça se encaixa no chamado alfaiataria ou alta-costura, que é o nome dado as
peças confeccionadas por artesões com as medidas do cliente. Peças feitas e
bordadas manualmente com exclusividade tendo assim o seu valor de custo
muito alto.
Segundo a (Historia da Moda: http://modahistoriarica.blogspot.com.br)
um vestido pode custar tranquilamente 300 mil dólares.
A alta-costura tem um processo muito rigoroso de excelência e qualidade, por
isso são poucas as grifes que podem e usam termo Alta costura, devido uma.
determinação do Sindicato da Alta costura que existe em Paris desde 1868. No
Brasil não há alta-costura
O sistema Auto Cad é usado para modelagem de tecidos planos e
elásticos.A modelagem base pode ser introduzida no sistema através de uma
mesa digitalizadora ou por um programa fotográfico, como também pode ser
feito diretamente no sistema de cad.
Estas imagens são de peças feitas por medidas de tabela diretamente
no sistema Gerber, trata-se da construção de um sutiã (figura 9) e construção
de uma calça (figura 10)
Figura 9 Fonte:(SILVA,2013)
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Figura 10 Fonte: (Silva,2013)
No próprio sistema elas são separadas por partes, ganhando um numero
de referência tornando assim um modelo.
CAPÍTULO II
PROPRIEDADES DOS TECIDOS PLANOS E ELÁSTICOS
“ Para que um vestido tenha uma queda perfeita, é preciso que seja todo ele
cortado segundo o mesmo fio da fazenda.BRANDÃO,Gil-1964”
2.1- TECIDO PLANO
É assim chamado o resultado de um entrelaçamento entre dois
conjuntos de fios que no sentido horizontal é chamado fio da trama e no
sentido oposto é chamado de urdume, o trabalho de entrelaçamento de ambos
resulta no tecido.O processo de entrelaçamento pode ser de fibras
naturais(algodão), artificiais(viscose),sintéticas(poliéster) ou de mistura de
fibras.
“De acordo com a DuPont (1991, p.5),”os fios no sentido do
comprimento são conhecidos como fios do urdume, enquanto que os fios na
direção da largura são conhecidos por fios da trama.As bordas do tecido no
comprimento são as ourelas, que são facilmente distinguíveis do resto do
material”.
Figura11
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Fonte:(http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecelage (acesso em 26/12/13)
2.2-TECIDO DE MALHA
È o entrelaçamento de um ou mais fios têxteis em uma única direção,da
trama ou do urdume, podendo resultar num tecido aberto ou circular e a
elasticidade se dá no sentido da largura.Esse trabalho precisa do auxilio de
agulhas e o resultado é um tecido que adere ao corpo e depois retoma sua
origem.
Figura 12 Fonte:( http://pt.wikipedia.org/wiki/Malh em 26/12/13)
Os fios a serem tecidos podem ser: Naturais, Artificiais ou Sintéticos
A) Natural- Extraído do algodão, do linho e da seda.
B) Artificiais - São fibras derivadas de celulose de fibra de algodão como
viscose, nylon, poliéster, acetato e acrílico.
C) Sintéticas- Tem alto brilho, toque quente e agradável, grande variedade de
cores e resistentes.
2.3-OS DIFERENTES SENTIDOS DO TECIDO A SER TRABALHADO
Ter conhecimento do tecido com o qual vai trabalhar é de muita
importância para se evitar surpresas desagradáveis durante a confecção da
roupa. Quando se ouve um alfaiate dizer que “é fácil lidar com essa fazenda”.
Isto significa que o tecido é costurado e passado com facilidade, os tecidos
mais finos, leves e flexíveis como o chiffon, o jérsei, a musselina precisa ser
manuseado com mais atenção para se ter um resultado com excelência.
Para que a roupa tenha um caimento perfeito, é preciso que todas as
partes sejam cortadas com a mesma posição de fio, seja ele na trama, na
urdura ou no viés.
Por isso deve-se saber em qualquer pedaço de tecido plano ou elástico, qual é
a posição da urdura e da trama para que as partes que compõe a roupa sejam
cortadas no mesmo fio, abrindo exceção caso o tecido a ser usado tenha um
ponto marcante como as listras e o zig-zag, onde geralmente a estilista faz
composição no próprio tecido,para que sejam usados na horizontal e na vertical
dentro da mesma peça.
Figura13 Fonte:(SILVA,2013)
Ourela
Ourela
Trama
Urdidura
Viés
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FIO RETO- Para se cortar um fio reto deve ser seguido o mesmo fio da
ourela, ou seja, o sentido da urdidura, essa ação permite rigidez no tecido
plano e uma porcentagem de perda de elasticidade no tecido elástico.
VIÉS- Para se obter o viés é preciso dobra o fio reto da urdidura sobre o
fio da trama, essa ação permite que o caimento do tecido na roupa pronta
apresente uma flexibilidade.
2.4-CONHECENDO O DIREITO E AVESSO DO TECIDO
Devemos saber identificar o lado direito e o lado avesso do tecido antes
de cortar a peça. Geralmente os tecidos macios e os estampados são mais
brilhantes do lado direito.
Os tecidos com texturas apresentam sua definição pelo lado direito e no
avesso apresentam irregularidades e linhas soltas as malhas e lycras ao serem
esticadas, enrolam suas bordas para o lado direito. Normalmente os tecidos
apresentam os seus defeitos de trama, pequenos caroços e irregularidades
pelo lado avesso. Existem alguns tecidos que não tem direito e avesso como:
tafetá, musselina, organdis e algodões lisos.
2.5-COMO CALCULAR A METRAGEM
Essa preocupação cabe a modelista que ao trabalhar na modelagem da
peça piloto deverá anotar para informações futuras o gasto de tecido para a
construção da peça em questão para evitar um desperdício.
Tomemos como exemplo a metragem para uma saia básica reta:
Verifica-se a altura desejada da peça desde a cintura até a barra da saia.
Suponhamos que essa altura totalizou sessenta centímetros, vamos incluir
mais dois centímetros para a costura da cintura, e mais seis centímetros para a
bainha, precisaremos de sessenta e oito centímetros de um tecido infestado
(largura dupla) para produzir uma saia.
Para uma saia plissada é necessário calcular o valor do quadril por três.
No caso de uma blusa de manga comprida, será necessária a altura da blusa
mais a altura das mangas, tudo a partir do ombro e acrescentar os valores de
costura. Todos os cálculos são a partir da altura da peça,caso o tamanho da
largura de quadril ultrapassar a largura do tecido(que pode ser informado pelo
vendedor), será necessário adquirir a metragem igual a duas alturas para a
execução da peça desejada. .
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CAPITULO III
COMO CRIAR UMA COLEÇÃO
Em entrevista com Adriana Toci, formada em Bacharel em Artes Cênica-
Habilitação Indumentária na Escola de Belas Artes - UFRJ no ano 1999, e
Técnico Pós-Secundário em Estilismo para Confecção Industrial, Têxtil e
Vestuário pelo SENAI/ CETIQT em 2001.
Que há sete anos atua como estilista exclusiva de uma empresa de grande
porte e que esta no mercado a mais de setenta anos no ramo de lingerie,
relatou como se inspira para desenvolver uma coleção.
Adriana Toci, não tem uma formula para o desenvolvimento de uma
coleção. Ela parte de uma necessidade (como exemplo: uma coleção sexy
para o dia dos namorados) e daí busca referências em fontes variadas que lhe
sirvam de inspiração, como desfiles, filmes, personalidades, etc. a inspiração
também pode surgir de uma imagem, uma estampa ou de uma matéria prima
que a encante e, a partir daí, o exercício é de descobrir a melhor maneira de
aproveitar as referências imaginadas dentro de uma coleção.
3.1-QUAL É A PRIORIDADE?
A prioridade é sempre atender ás demandas do consumidor, e adequá-
las á capacidade produtiva da empresa para a viabilidade do projeto (custos e
execução).
3.2-O QUE SE ESPERA DO RESULTADO FINAL?
O sucesso de uma coleção é medido pelo sucesso das vendas do
produto.Porém, antes de chegarmos as vendas, o produto passa por varias
etapas de avaliação que se não forem bem sucedidas, inviabiliza o
lançamento.Por isso, é preciso dar atenção e importância aos mínimos
detalhes durante o desenvolvimento do produto.
3.3-O RESULTADO FINAL É SEMPRE O QUE FOI IDEALIZADO?
Nem sempre. Por mais que se planeje e se estude o histórico de
modelos e coleções bem sucedidas ou fracassadas, é muito comum nos
surpreendermos com coleções que pareciam ter tudo para ser um grande
sucesso, o que não acontece, ou ainda ao contrario. Também temos surpresas
durante o desenvolvimento em si, e as vezes precisamos modificar o projeto
por ele não funcionar como imaginamos assim como pode acontecer de um
erro de execução virar uma nova idéia.
É muito importante ressaltar que cada produto, seja ele um lingerie, um
sapato ou um móvel, tem uma funcionalidade. É fundamental que a função de
um produto não seja prejudicada pela criatividade ou apelo estético, pelo
contrario, o bom design é aquele que potencializa a funcionalidade de um
produto de forma inovadora e bela, (Adriana Toci).
Nem todas as empresas, seja ela de pequeno, médio ou grande porte tem em
seu cadastro de funcionários o Estilista.
Nesta própria empresa que é base para esse trabalho de conclusão de
curso, já houve um longo período sem a presença desse profissional.
A empresa que já fabricou quase 100% das matérias primas necessárias para
desenvolvimento e montagem de uma peça piloto, que é a primeira peça
confeccionada, dava liberdade e permitia a alguns funcionários específicos a
liberdade e oportunidade de criar e desenvolver novos desenhos para a trama
de rendas e bordados e essa oportunidade também acontecia no setor de
tinturaria e estamparia.
O resultado desse trabalho era apresentado a um grupo seleto de
pessoas que daí pesquisavam e discutiam sobre as peças mais vendidas,
chegando a um acordo de quais velhos modelos receberiam nova roupagem
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para um novo lançamento, mantendo assim o seu padrão de vendas e
qualidade.
Hoje as empresas tem a opção de ter um ou mais funcionários na função de
estilista ou contratar serviços terceirizados( free lance).
Em pleno século XXI, ainda podemos encontrar profissionais exercendo a
função de estilista mesmo sem ter uma formação acadêmica, porém não
encontraremos um estilista que não seja um pesquisador.
A pesquisa é um fator fundamental para se montar uma coleção, que
pode ser inédita em modelos, cores e estampas, toque do tecido e aviamentos,
como também, pode ser um crtl C ctrl V (copia e cola), juntando parte superior
de um modelo X com a parte inferior de um modelo Y. Um bom pesquisador,
focado nesse tipo de trabalho tem uma grande possibilidade de criar uma
coleção maravilhosa em vendas, beleza e boa vestibilidade.
Existe hoje um mercado que vende e aplica curso de como montar uma
coleção de moda.
Segundo,Robi Spati(2014): primeiramente tem que se ter em
mente as etapas a serem seguidas,independente do seguimento
em que se trabalha é preciso seguir a “tendência”, ela é quem
vai determinar o tempo a ser seguido, a direção das cores,
das formas, das modelagens e dos modelos.
Isso se obtém através de acessos a sites que passam
informações completas a respeito das inspirações,
dos conceitos, além das idéias em formas ilustrativas
de fotos e croquis, desfiles e suas formas de
interpretação em vitrines. (htt://gigiwebribeiro.blogspot.com.br/
2011/03 uma-coleção.htlm / como-montar-) acessado em
18/01/14.
Ainda segundo, Robi Spati (htt://gigiwebribeiro.blogspot.com.br/2011/03/como-
montar-uma-coleção.htlm) acessado em 18/01/14, estas são as etapas a serem
Seguidas em uma coleção:
A- Tendência
B- Inspiração
C-Pesquisa e bases de modelagens
D-Pesquisas de matéria e padronagens (tecidos)
E-Pesquisas de estampa e lavagens (jeans)
F-Pesquisa de acessórios
G-Formatação de coleção (quantidade de modelos e suas divisões, ex:
quantas calças,quantas bermudas...)
H-Criação dos modelos
I-Pilotagens dos modelos
J-Lavagem e aviamentos
L-Customização (no caso de peças mais fashion)
M-Apresentação, correções para aprovação
N-Passar para o desenho técnico os modelos aprovados (para melhor
interpretação e segmentação na linha da produção)
Como resultado desse passo a passo teremos uma ou mais coleções
montadas.
26
CAPÍTULO IV
O CAMINHO PERCORRIDO PELA MODELAGEM ATÉ
A APROVAÇÃO DA VESTIBILIDADE
Baseado em vivência sabe-se que uma empresa de grande porte no
ramo de lingerie para viver e sobreviver nos mercados atuais necessitam ter
um diferencial nos modelos e na qualidade, em sintonia caminhando
paralelamente.
É essencial uma boa e unida equipe responsável pela criação,
desenvolvimento e nascimento de cada modelo, nesta empresa a equipe é
composta pela estilista, a modelista e a pilotista.
O processo tem o seguinte andamento:
A estilista se ocupa em realizar pesquisas dentro e fora do país se
atualizando nas cores, estampas e formas que se encontram em evidencia no
mundo da moda, depois de obter tais informações passa para a fase de criação
dos novos modelos para serem confeccionados dentro da empresa ou por
terceiros de acordo com a necessidade e disponibilidade. Os modelos
desenhados que serão confeccionados na própria empresa e passado para a
modelista que fara toda leitura necessária para o desenvolvimento da peça
com atenção nos materiais e acessórios que serão usados.
Geralmente uma empresa já formada, tem uma base chave para os
desenvolvimentos futuros, e de posse desta base começa o trabalho de
modelagem pela modelista.
Moldes pronto,é a hora da pilotagem. Os modelos são passados acompanhado
do croqui (ou desenho do modelo), com todas as informações para a
montagem como: o tecido, a renda ou bordado que será usado, cor de linha,
aviamentos e acessórios e os tipos de operações de máquinas adequada para
cada parte a ser trabalhada, dependendo do produto também é passado as
medidas que a peça deve apresentar quando prontas.Se produto a ser
confeccionado for uma releitura de uma peça importada com costuras
diferentes das habituais da empresa, também e passado para a pilotista um
passo a passo das operações a serem usadas.
Numa empresa de grande porte, onde o processo é continuo, as
pilotistas experientes tem a liberdade para opinar qual a operação de máquina
pode trazer melhor qualidade e delicadeza ao produto. Após separar todos os
materiais, cortar e fazer todas as partes de costura e arremates, o trabalho
volta para a modelista que em posse do produto pronto, faz as análises de
costuras e anotações de medidas desta peça recebida para que se houver
necessidade de acertos já se tem um ponto de partida.
Após essa avaliação, entra a parte da modelo de prova, que veste a
peça para ser apresentada a estilista. Neste momento o trabalho é de avaliação
onde modelista e estilista observam todas as considerações de vestibilidade,
como a peça está vestindo, se justa ou com folgas, curta ou comprida, alta ou
baixa, se a costura esta apropriada, enfim a avaliação é de acordo com a peça
apresentada, caso a peça precise de ajuste, o trabalho retorna para modelista,
que com bases nas informações visualizada na peça vestida, faz as
modificações atualizando os moldes para uma nova pilotagem.
Há modelos que sofrem vários reajustes até serem aprovados pela estilista.
4.1-MOTIVOS QUE LEVAM A UMA NOVA PILOTAGEM
Este trabalho tem como base o dia a dia em uma empresa de grande
porte em produção de peças do vestuário feminino, especializada em calcinha
e sutiã.
É uma empresa bastante conhecida que atua no mercado há mais de sessenta
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anos. No passado esta empresa produzia 100% de todo material usado para
confeccionar suas peças desde fios para o entrelaçamento de diversos tipos de
lycra até os acessórios como colchetes de diversos tamanhos, elásticos com
vários detalhes de acabamento de bordas, espumas usadas para fazer bojos
de sutiãs, argolas e passadores também de diversos tamanhos e modelos
para confeccionar as alças usadas nos sutiãs, modeladores e tangas e também
produz 95% dos bordados usados, julga-se que uma empresa que produz a
própria matéria prima é uma fabrica muito bem estruturada.
Hoje em pleno século XXI, apesar de toda tecnologia não consegue
mais atender a demanda da casa por motivo da alta produção, recorrendo
assim ao trabalho de outros fornecedores de matéria-prima. Com isso os
tecidos fabricados estão sempre sofrendo alterações no fio, na pigmentação, e
principalmente na gramatura e esse conjunto de fatores atrapalha bastante a
modelagem na vestibilidade desejada.
Inicia-se e finda o trajeto de desenvolvimento e aprovação da peça
piloto e dá-se inicio ao processo de decalagem ou grade que é o
desenvolvimento dos tamanhos que ganhara o modelo, ex: modelo 001 com
tamanhos PP, P, M, G e GG.
O processo de construção é o mesmo que foi dada a peça piloto, porém agora
pode entrar todos os desvios mencionados sobre a construção do tecido e isso
faz que o produto vista de forma diferente.
Quando o produto é corpo a situação é para inferior do resolvida com
mais facilidade, pois as curvas são menos desproporcionais de um tamanho
para o outro. Quando é detectado um defeito de elasticidade, as peças são
vestidas de acordo com cada tamanho, se o defeito influir na altura da peça
vestida basta alterar aumentando na medida de altura e se o defeito de
elasticidade for na largura o procedimento a ser feito é o mesmo porém no
sentido de largura.
Mas quando se trata de um sutiãn, tudo pode ficar muito complicado.
O sutiã é uma peça pequena, porém a sua função de grande valor, ele
precisa acomodar, dar sustentação e conforto ao seio e por ser uma peça
pequena qualquer desvio faz que perca uma destas funções que lhe foi criada.
Quando se usa lycras do mesmo tipo de fio, porém com gramaturas diferentes
ocasionadas, por exemplo, pelo tingimento podem ocorrer diversos desvios.
A) Em um sutiã com recortes a peça pode ficar bem-vestida na altura da
raiz, nome dado a parte abaixo do volume de seio, e apertado ou largo
no seio onde há o volume ou ao contrário, bem-vestido na parte do
volume e largo ou apertado na altura da raiz. Se a lycra estiver sem
elasticidade na altura vestirá mais baixo ficando mais decotado do que o
programado.
B) Se for um sutiã moldado, a profundidade ira ganhar varias mudanças
para se conseguir chegar ao que foi estabelecido.
C) È chamado de moldar, uma carga de alta e especifica temperatura
introduzida na lycra da parte do bojo, que após sofrer essa alteração
deixa de ter sua aparência lisa ganhando uma ondulação centralizada
. chamada profundidade
O normal dessa operação é manter o valor de profundidade em todas as
peças trabalhadas mas com as alterações de propriedade que a lycra
apresenta o valor de profundidade ganha grandes variações.
Há no mercado máquinas especificas para essa função neste estudo a
máquina em questão é a MACPI de origem Italiana.
4.2-Se for um sutiã de bojo estruturado ou bojo pré moldado, a situação é
bem semelhante, porque a modelagem é feita em função das medidas
apresentadas no contorno de todo o bojo e o moldar é para igualar a
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profundidade, caso haja desvio na lycra o molde que a princípio forra bem o
bojo ira apresentar defeitos de sobra ou falta de tecido. Na sobra o tecido deve
ser retirado e na falta a solução é mais complicada.
Se o tamanho do bojo a ser forrado é 44, e a lycra está em tamanho menor do
que o correto deve-se experimentar tentar usar esta parte de lycra de tamanho
44 para forrar um bojo de tamanho 42.
Não se deve usar uma lycra com desvio de encolhimento na
profundidade para forrar o seu próprio tamanho de bojo, (ex: parte de lycra
tamanho 44 para bojo pré moldado tamanho 44). Pois isso acontecendo à
peça pronta ficara com o bojo virando efeito que será produzido pela força da
parte de lycra em menor tamanho.
É chamado bojo estruturado ou pré moldado, os bojos feitos de
espumas revestidas em tecido de malha ou algodão que são prensados e
cortados em fôrmas que caracteriza o formato do seio. A empresa estudada
trabalha com os seguintes fornecedores que atendem dos tamanhos 38 ao 52
com diversos modelos: Delfa, Conformatec, Bojotex, Confort e Nova Dublagem.
Estas empresas são flexíveis a atender a necessidade do cliente caso
haja necessidade de alguma alteração no formato do bojo, porém infelizmente
elas não têm entre si um padrão de profundidade e por esse motivo em
algumas modelagens é necessário utilizar o bojo pré moldado em um tamanho
menor ou maior do que o que foi projetado.
Seguem imagens da maquina de moldar MACPI de origem Italiana que opera
com duas temperaturas, a superior e a inferior que vai do zero até duzentos
graus. Essas temperaturas são introduzidas manualmente com a maquina
ligada e são necessários alguns minutos até que a máquina esquente e
chegue a temperatura desejada,esse trabalho é atualizado no decorrer do uso
para que se mantenha a temperatura e a profundidade do moldar programado,
pois devido ao longo tempo de uso a maquina vai ficando ainda mais quente
necessitando ser esfriada.
Figura14 Fonte:(SILVA,2014)
Figura15 Fonte: (SILVA,2014)
32
Figura 16 Fonte: (SILVA,2014)
Obs: As figuras de numero 15 e 16, além de apresentar a maquina
MACPI, também ilustram a aparência de uma peça de tecido com elastano
(cotton) moldada.
O próximo processo após o moldar é de verificação de profundidade, pois em
função da alta temperatura que o tecido recebe acaba agredindo a construção
do mesmo causando um retorno que é chamado de encolhimento, fato este
comum para todos os tecidos elásticos.
Este fato gera a necessidade da conferência de profundidade e atualização
constante junto à temperatura da maquina, para que todas as peças de um
determinado tamanho tenha a mesma medida após moldada.
CAPÍTULO V
MODELAGEM NO ENSINO SUPERIOR
Muitos alunos escolhem fazer modelagem sem ter muita noção de que
verdadeiramente se trata. O curso de formação de modelista é muito
confundido com o curso de Design, os alunos aspiram um glamour, uma
passarela, um reconhecimento, e isso não acontece fora dos bastidores.
Muitos alunos, ao concluírem o ensino médio e mesmo
enquanto ainda estão cursando passam pela grande
dúvida de como escolher o curso superior.
Poucos possuem uma idéia formada de carreira,
embora existam aqueles que já demonstrem certa
paixão ou interesse por determinada profissão.
E mesmo aqueles que sabem qual carreira seguir
podem se perguntar se aquela profissão é realmente
a mais indicada, se terá o retorno financeiro
esperado e se trará satisfação profissional.
Nessa fase, são muito comuns as dúvidas sobre como
será sua vida profissional, se seus sonhos anseios
se tornarão realidade após a formatura.
(http://www.mundovestibular.com.br/articles/14953/1/Dez-
dicas- para-escolher-um-curso-superior/Paacutegina
1.html,acessado 03/01/14)
Alguns trabalhos marcantes, como por exemplo uma pintura de Romero
34
Brito, visto nas ruas, em revistas e em telejornais são facilmente reconhecidos.
Uma coleção desfilada e super aplaudida dificilmente terá a assinatura do
modelista. Porém esse é um curso com capacidade de fazer aos alunos
interessados nessa carreira a ficarem apaixonados por esta função que
também pode ser bem remunerada.
Modelar é como esculpir um personagem de qualquer tipo e para todos
os gostos, e o requisito básico é a dedicação.
Como já vimos que apesar de ser um curso de nível superior encontraremos
alunos indecisos e sem certeza, é preciso começar com o básico para qualquer
leigo, as medidas. Apesar de já existir várias tabelas de medidas prontas para o
uso e extremamente necessário que um modelista saiba como e onde se deve
extrair cada medida independente do modelo que for trabalho.
Usa-se uma fita métrica para conferir as medidas do corpo, e em cada parte
conferida a fita deve envolver sem que esteja apertada ou com folgas.
5.1-COMO VERIFICAR AS MADIDAS DE CORPO
Segundo, (PAULO DE TARSO FULCO; ROSA LÚCIA DE ALMEIDA SILVA-
2010)
A) Busto – Mede-se todo o contorno dos seios e costas na altura do mamilo.
B) Cintura – Mede-se todo contorno da cintura acima do umbigo.
C) Quadril – Geralmente essa medida é encontrada 20cm abaixo da cintura,
envolvendo a parte mais saliente da região glútea.
D) Pescoço – Contorna-se todo o pescoço para se obter essa medida.
E) Tórax ou Frente menor -Mede -se da extremidade da cava direita a
esquerda acima do busto.
F) Braço – Mede – se contornando todo braço abaixo da axila.
G) Punho – Mede -se contornando todo o punho.
H) Altura das Costas – Mede-se no meio das costas, da parte onde se inicia o
pescoço, até cintura.
I) Largura das Costas ou Costas Menor- Mede -se da extremidade da cava
direita a esquerda na metade da altura entre o ombro e a axila.
J) Distância do Busto – È igual a distância entre os mamilos.
L) Altura do Busto – Encontra-se entre a linha do mamilo até a linha da
cintura.
M) Comprimento da Manga – Mede-se a distância entre o ombro e o punho
com o cotovelo flexionado.
N) Altura do Quadril – Mede-se pela lateral a distância entre a cintura e o
quadril.
O) Comprimento da Saia – Mede-se da cintura até o joelho pela lateral.
P) Comprimento da Calça – Mede-se da cintura até o chão, sem sapatos.
Q) Altura da Entrepernas - Mede-se da altura da virilha até o chão, sem
sapatos.
R) Altura do Gancho – È a diferença da soma entre a medida de comprimento
da calça com a medida de entrepernas.
36
Figura 17 Fonte: (SILVA,2014)
38
Figura 18 Fonte: (SILVA,2014) Agora que já sabemos como verificar cada medida, tomemos com base essa tabela que usaremos para desenhar nossa base de tamanho 40, usando todas as medidas referentes a esse tamanho.
Fig. 19 Fonte: (Modelagem Plana Feminina, 2010)
5.2-CONSTRUINDO UMA BASE DE SAIA
O primeiro passo é traçar um retângulo com a metade da medida de quadril
(48,0 cm) e a altura até o joelho (58,0cm).
Quadril = 96,0 cm
Cintura = 68,0 cm
Altura do quadril = 22,0 cm
Comprimento da saia = 58,0 cm
Obs: As medidas entre parênteses utilizadas no traçado
correspondem ao manequim 40. As demais medidas
que não estão entre parênteses servem para todos
os manequins da tabela.
As setas ( → ) indicam o caminho do próximo passo a ser seguido na sequência da construção das bases.
40
A – C ↓ ¼ altura do quadril (20,0 cm)
A1 – C1 ↓ = A – C (20,0 cm)
A – A2 ← ½ A – A1 (24,0 cm)
B – B2 ← = A – A2 (24,0 cm)
Figura 20
Fonte:(Modelagem Plana Feminina,2010)
SEGUNDO PASSO
Figura 21 Fonte:( Modelagem Plana Feminina, 2010) A – A3 ← ¼ da cintura + 3,0 cm (profundidade da
das costas) (20,0 cm)
A – A4 ↓ 2,0 cm
A – P ← ½ A – A3 (10,0 cm)
P – P1 ↓ 13,0 cm (altura da pence das costas)
P1 – P2 → 1,5 cm
P – P3 ← 1,5 cm
42
A1 – A5 → ¼ da cintura + 2,0 cm (profundidade da
frente) (19,0 cm)
A1 – A6 ↓ 1,0 cm
A1 – P4 → ½ A1 – A5 (9,5 cm)
P4 – P5 ↓ 9,0 cm (altura da pence da frente)
P4 – P6 → 1,0 cm
P4 – P7 ← 1,0 cm
TERCEIRO PASSO
Figura 22 Fonte:( Modelagem Plana Feminina,2010)
Ligar os pontos do traçado conforme a fig. 3,
definindo o contorno.
Recortar separando frente e costas.
Antes de recortar a linha da cintura, fechar as pence
da frente e das costas, dobrando o papel e refazendo
a curva conforme as figs. 4 e 5.
Figura 23 Fonte:( Modelagem Plana Feminina, 2010)
44
5.3-CONSTRUINDO A BASE PARA BLUSA (MANEQUIM 40) Busto = 88,0
Cintura = 68,0
Pescoço = 35,0
Altura das costas = 42,0
Altura do busto = 18,0
Distância do Busto = 19,0
OBS.: As medidas entre parênteses utilizadas no traçado
correspondem ao manequim 40. As demais medidas,
que não estão entre parênteses, servem para todos
os outros tamanhos da tabela.
PRIMEIRO PASSO.
Traçar um retângulo usando à metade da medida de largura do busto + 2cm
(46,0) e
a altura das costas + 2,5 cm (44,5).
Figura 24 Fonte:( Modelagem Plana Feminina,2010)
A – C ↓ ¼ da medida A – A1 + 12,5 cm (24,0)
A1 – C1 ↓ = medida A – C (24,0)
C – C2 ← ¼ do BUSTO – 1,o cm (21,0)
46
C1 – C 3 → ¼ do BUSTO + 1,0 cm (23,0)
SEGUNDO PASSO.
Figura 25 Fonte:( Modelagem Plana Feminina,2010)
C – C4 ← ½ C – C2 + 7,5 cm (18,0)
A – A2 ← = medida C – C4 (18,0)
C1 – C5 → = medida C – C4 (18,0)
A1 – A4 → = medida C1 – C5 (18,0)
TERCEIRO PASSO.
Figura 26 Fonte:( Modelagem Plana Feminina,2010)
TRAÇADO DAS COSTAS
A – A3 ← ¼ do PESCOÇO – 1,5 cm (7,25)
A – D ↓ 2,5 cm
A2 – E ↓ 4,5 cm
E – E1 ↓ 1,0 cm
C4 – F ↑ +/- 3,0 cm
F – F1 ↑ ½ da medida F – E (8,25)
B – B2 ←1/4 da CINTURA + 3,0 cm (profundidade
da pence das costas) (20,0)
B2 – B3 ↑ 0,5 cm
B – P ← ½ da medida B – B2 (9,5)
C – P1 ← = medida B – B2 (9,5)
48
P – P2 → 1,5 cm
P – P3 ← 1,5 cm
TRAÇADO DA FRENTE
A1 – A5 ↓ 1,5 cm
A4 – A6 ↓ 1,5 cm
A5 – A7 → medida A – A3 – 1,0 cm (6,25)
G1 – G2 ↑ +/- 3,0 cm
A6 – H ↓ 4,5 cm
B1 – B4 → ¼ do BUSTO (22,0)
B1 – J ↑ ALTURA DO BUSTO (18,0)
B4 – J1 ↑ = medida B1 – J (18,0)
J – O → ½ da DISTÂNCIA DO BUSTO (9,5)
B1 – B5 → medida J – O – 1,o cm (8,5)
B5 – B6 → ½ do BUSTO – ½ da CINTURA (5,0)
J1 – J2 ↑ 1,5 cm
J1 – J3 ↓ 1,5 cm
C3 – C6 ↑ 3,0 cm (mesma medida J3 – J2)
C5 – C7 ↑ = medida C3 – C6 (3,0)
C7 – K ↑ ½ da medida C7 – H (7,5)
K – K1 ← 1,5 cm
C7 – K2 ↑ +/- 2,0 cm
C7 – K3 → ½ da medida C7 – C6
B4 – B7 ↑ 0,5 cm
QUARTO PASSO.
Figura 27
Fonte:( Modelagem Plana Feminina)
Ligar os pontos conforme a figura 4, definindo o contorno
das costas e frente.
Obs: Para traçar as linhas da cintura e da lateral da
Frente é necessário dobrar o papel fechando as
pences. Fechar a pence da cintura e unir os pontos
B1, B6 e B7, em curva. Em seguida fechar a pence da
lateral e unir os pontos B6 e C7, em linha reta.
O resultado obtido pode ser observado no contorno
final na fig. 4.
50
5.4-CONSTRUINDO A BASE PARA MANGA (MANEQUIM 40)
Medir o contorno total da curva na base do corpo.
No traçado do
corpo, com pence para o manequim 40 apresentand
anterior-
mente, essa medida fica em torno de 40,0 cm.
Contorno da cava = medir na base do corpo (40,0)
Comprimento da manga = 60,0
Punho = 20,0
Traçar o retângulo base com largura igual a ¾ do contorno
da cava (30,0) e altura igual ao comprimento manga (60,0).
PRIMEIRO PASSO.
Figura 28
Fonte:(Modelagem Plana Feminina,2010)
A – C ↓ ¼ do contorno da cava + 2,5 cm (12,5)
A1 – C1 ↓ = A – C (12,5)
A _ D ↓ ½ do comprimento + 5,0 cm altura do
cotovelo (3l5,0)
A1 – D1 ↓ = A – D (35,0)
52
A – A2 ← ½ A – A1 (15,0)
B – B2 ← = A – A2
SEGUNDO PASSO.
A – A3 ← ½ A – A2 (7,5)
C – C3 ← = A – A3 (7,5)
A1 – A4 → ½ A1 – A2
C1 – C4 → = A1 – A4 (7,5)
COSTAS
E – E1 ↓ 2,0 cm
E1 – E2 ↓ ½ E1 – C
E2 – E3 ↓ 1,0 cm
A2 – E4 ↓ ½ A2 – E
E4 – E5 ↑ 1,25 cm
Ligar E1 – E2 em linha
F – F1 ↓ ½ F – C1
F1 – F2 ↓ 1,5 cm
A2 – F3 ↓ ½ A2 – F
F3 – F4 ↑ 2,0 cm
PUNHO
Figura 29 B2 – B3 → ½ punho (10,0)
Fonte: (Modelagem Plana B2 – B4 ← ½ punho (10,0)
Feminina, 2010 ) B2 – B5 → ½ → B2 – B3
B5 – B6 ↓ 1,0 cm
B2 – B7 ← ½ B2 – B4 (5,0)
B7 – B8 ↑ 1,0 cm
TERCEIRO PASSO.
Ligar os pontos conforme a fig. 3 definindo o contorno da manga.
Figura 30
Fonte:( Modelagem Plana Feminina, 2010)
54
6-CONSTRUINDO A BASE PARA CALÇA (MANEQUIM 40)
Quadril = 96,0
Cintura = 68,0
Altura do quadril = 20,0
Altura do gancho = 26,0
Joelho = 44,0
Boca = 40,0
Obs: As medidas entre parênteses utilizadas nos
traçados correspondem ao manequim 40.
As demais medidas, que não estão entre parênteses,
servem para todos os manequins da
6.1 – O primeiro passo é traçar um retângulo usando ¼ da medida do quadril
(24,0) e a altura do comprimento para calça (100,0).
Figura 31
Fonte: (Modelagem Plana Feminina,2010)
A – C ↓ da medida A – A1 + 8,0 cm da altura do
gancho (26,0)
A1 – C1 ↓ = A – C (26,0)
A – D ↓ ½ do comprimento + 8,0 cm altura do
56
joelho (58,0)
A1 – D1 ↓ = A – D (58,0)
SEGUNDO PASSO
TRAÇADO FRENTE
C – E ↑ ¼ A – A1 (6,0)
C1 – E1 ↑ = C – E (6,0)
A1 – A2 → 2,0 cm
A2 – A3 → 1,0 cm
C1 – C2 ← ¼ A – A1- 2,0 cm (4,0)
C – F ← ½ C – C2 (14,0)
D – F1 ← =C – F (14,0))
B – F2 ← = C – F (14,0)
A2 – A4 ¼ da cintura (17,0)
E – E2 ← 0,5 cm
C – C3 ←0,5 cm
F1 – D2 → ¼ do joelho – 1,0 cm
(10,0)
F1 – D3 ← = F1 – F2 (10,0)
F2 – B2 →1/4 da boca – 1,0 cm
(9,0)
F2 – B3 ← = F2 – B2 (9,0)
Figura 32
Fonte:( Modelagem Plana Feminina,2010)
4.3- O terceiro passo é ligar os pontos com as curvas conforme a fig. 3 e definir
o contorno da frente.
Figura 33
Fonte: (Modelagem Plana Feminina,2010)
58
QUARTO PASSO
TRAÇADO DAS COSTAS
B2 – B4 → 2,0 cm
B3 – B5 ← 2,0 cm
D2 – D4 → 2,0 cm
D3 – D5 ← 2,0 cm
C3 – C4 → 2,0 cm
E2 – E3 → 2,5 cm
C2 – C5 ← 1,5 x medida C1 – C2 (6,0)
C5 – C6 ↓ 1,0 cm
A2 – A5 → 2,5 cm
A5 – A6 ↑ 2,0 cm
A6 – A7↓ ¼ da cintura + 3,0 cm (20,0)
A6 – P ↓ ½ A6 – A7
P – P2 ↓ 12,0 cm
P – P4 ↓ 1,5 cm
P – P3 ↑ 1,5 cm
Figura 34
Fonte: (Modelagem Plana Feminina, 2010)
QUINTO PASSO
Ligar os pontos com curvas conforme a fig. 5 e definir o
contorno das costas.
Na linha da cintura fechar a pence e unir A6 e A7
com a curva de alfaiate conforme o desenho.
Figura 35
Fonte: (Modelagem Plana Feminina,2010)
60
7- COMO MODELAR TECIDO ELASTICO
O primeiro passo para fazer uma base para tecidos elásticos é verificar
a porcentagem de elasticidade de uma lycra .
Para tal informação usaremos um pedaço de lycra de 18 cm, desses 18 cm
vamos fazer uma marcação de 16 cm deixando duas extremidades para apoio.
Em posse de uma régua vamos verificar com a lycra relaxada se a marcação
de 16 cm esta correta e então esticar suavemente a lycra observando o quanto
conseguimos esticar sem que a lycra se deforme, teremos assim a
porcentagem que deveremos utilizar para diminuir a base para tecido plano.
Figuras 36, 37 Fonte: (SILVA, 2014)
Por exemplo, se um pedaço de 16 cm de lycra chegou a 25 cm sem
deformar a porcentagem encontrada é de 90%. Esse é o valor que deveremos
diminuir da base plana.
A segunda maneira de se fazer uma base elástica é usando um manequim.
Vamos envolver um manequim com a lycra esticada até o ponto que não
apresente deformidade, prendendo com alfinetes e marcando com uma caneta
o degolo, a cava, a linha do ombro e linha do centro da lateral, e altura da
cintura.
Feito isso, retira-se a lycra do manequim, recorta e passa para um papel
cartão. A base esta pronta para ser usada para interpretação dos modelos, pois
com esse processo já se tem a porcentagem da elasticidade.
Figura: 38 Fonte: (SILVA, 2014)
62
Figura 39 Fonte: (SILVA, 2014) Com essa seqüência de processos encontraremos o nosso tesouro.
Bases para serem usadas na interpretação de modelos de tecidos planos ou
elásticos.
CONCLUSÃO É grande o numero de alunos indecisos no que se especializar após a
conclusão do ensino médio. Essa indecisão faz com que muitos alunos travem
o caminho dos estudos por um tempo indeterminado e muitos nem retornam,
independente da idade.
Quando um aluno se determina a fazer um curso de modelagem, nem sempre
essa escolha é pelo mérito do dom, pois a parte financeira tem um grande peso
para essa decisão, permitindo que muitos alunos visualize a moda,as
passarelas, o glamour, o brilho das estrelas.
É impossível separar os alunos por seus dons ou suas motivações,
então pode ser essencial que o docente tenha conhecimento em dinâmicas
para alcançar e contagiar toda uma turma, levando-os a terem uma visão em
comum: a transformação e construção de um tecido plano ou elástico em uma
boa obra ou seja um bom produto acabado..
Faz-se necessário um nivelamento para que todos os alunos tenham uma
base de entendimento bem próxima para que todos caminhem na mesma
direção e buscando a mesma velocidade no entendimento.
O primeiro passo é a apresentação da direção que iremos percorrer para que a
peça idealizada se transforme em uma bela obra de arte desejada por muitas
usuárias.
Este trabalho de conclusão sobre A modelagem de Tecidos Planos e elásticos,
disponibiliza informações que permite a qualquer leigo interessado, o
entendimento de como construir uma peça .
Essa construção começa na interpretação do croqui ou desenho técnico
enviado pela estilista. A peça é modelada e repassada para a pilotista. Com a
peça pronta se avalia a qualidade da construção e a vestibilidade da peça.
È um caminho com muitas informações, porém com capacidade de
desenvolver, envolver e criar novos talentos.
64
Hoje a modelagem abre um leque de caminhos a serem seguidos:
roupas para vestir da classe média a alta sociedade, roupas para o dia a dia
até festas sofisticadas, uniformes para empresas governamentais ou privadas,
roupas com ergonomia para pessoas com qualquer tipo de deficiência, bolsas
acessórios e objetos.
Enfim, é longo, largo e abundante o caminho que se pode percorrer num curso
de modelagem;
‘
BIBLIOGRAFIA
FOCHA, Dina Lúcia Chaves,Brincando com a CRIATIVIDADE, EDITIRA Wak,
Rio de Janeiro, 2009.
SABRA, Flávio,Modelagem, 1ª edição,São Paulo,editora Estação das Letras e
Cores BRANDÃO, Gil. Aprendendo A costurar, Edições do Jornal do Brasil,2ª
edição revista e aumentada,1964.
DUARTE, Sônia, Sylvia Saggesy.Modelagem Industrial Brasileira, 5ª edição,
Rio de Janeiro,2010.
, 2009.
FULCO,Paulo de Tarso, Rosa Lúcia de Almeida, Modelagem Plana Feminina,
Rio de Janeiro, 2010.
SILVA,Claudia Quintanilha F. da,Figuras nº 2, 3,4,5,6 e 7 (20012)_1,9,10,13
(2013)_ 14,15,16,17,18,36,37,38 e 39(2014)
66
WEBGRAFIA https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+tecelagem&rlz
(acesso em 25/12/13)
www.sindvestsulrj.xpg.com.br/artigos/nt/abnt_nbr_16060 pdf (acesso em 25/12/13) http://www.blogtextil.xpg.com.br/Art_Tecel_01.html (acesso em 26/12/13) http://informamais.no.comunidades.net/index.php?pagina=1329212737 (acesso em 26/12/13) panosparaofuturo.blogspot.com/.../construcao-de-um-tecido-plano.html (acesso em 26/12/13) http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecelagem(acesso em 26/12/13) http://www.jovensdecristo.com/index.php/canais/fashion-space/item/176-diferen%C3%A7a-entre-tecido-plano-e-malha (acesso em 26/12/13) http://pt.wikipedia.org/wiki/Malharia (acesso em 18/01/14 http://gigiwebribeiro.blogspot.com.br/2011/03/como-montar-colecao.html (acesso em 18/01/14) http://www.mundovestibular.com.br/articles/14953/1/Dez-dicas-para-escolher-um-curso-superior/Paacutegina1.html(acesso em 27/12/13)
ÍNDICE FOLHA DE ROSTO........................................................................2
DICATÓRIA....................................................................................3
AGRADECIMENTO...................................................................... 4
RESUMO........................................................................................5 METODOLOGIA ........................................................................... 6 INTRODUÇÃO.............................................................................. 8 CAPÍTULO I Modeladem....................................................................................10 CAPÍTULO II Propriedades de tecidos planos e elásticos ..................................17 2.1Tecido plano............................................................................17 2.2 Tecido de malha.....................................................................17 2.3 Diferentes sentidos dos fios a ser trabalhado........................19 2.4 Conhecendo o direito e avesso do tecido..............................20 2.5 Como calcular a metragem....................................................20 CAPÍTULO III Como criar uma coleção................................................................22 3.1 Qual a prioridade...................................................................22 3.2 O que se espera do resultado final........................................23 CAPÍTULO IV O caminho percorrido pela modelagem até a aprovação da Vestibilidade..................................................................................26 4.1 Motivos que levam a uma nova pilotagem............................27 CAPÍTULO V Modelagem no ensino superior.....................................................34 5.1 Como verificar as medidas do corpo....................................36 5.2 Construindo base de saia.....................................................40 5.3 Construindo base de blusa...................................................45 5.4 Construindo base de manga.................................................51 5.5 Construindo base de calça....................................................55 5.6 Como modelar tecido elástico...............................................61 CONCLUSÃO...............................................................................64
68
BIBLIOGRAFIA.............................................................................66 WEBIGRAFIA................................................................................67