1-Introdução1
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8/18/2019 1-Introdução1
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1 Introdução
O uso de metais pelo homem começou a afetar seriamente o ambiente
durante a Revolução Industrial. A dispersão de metais, devida quer a
acontecimentos naturais (lixiviação e desagregação de rochas gneas ou
metam!rficas, "guas de drenagem de terrenos marginais aos cursos de "gua#
quer a atividades humanas (descargas de "guas residuais urbanas e
industriais#, ocorre nos diferentes compartimentos terrestres$ "gua , ar e solo.
A presença de metais pesados nas "guas superficiais % na atualidade
um fato incontest"vel. O monitoramento da qualidade das "guas superficiais e
subterr&neas, bem como o controle e a vigil&ncia sanit"ria das "guas de
consumo humano t'm evidenciado a presença de diversos ons met"licos em
concentraçes que são muito vari"veis no tempo e no espaço. Os ons
met"licos são encarados como s%rios poluentes do meio aqu"tico devido ) sua
larga perman'ncia como resultado da sua não degradação, ) sua toxicidade
mesmo em baixas concentraçes e, ainda, ) facilidade com que se incorporam
nas cadeias alimentares e consequente concentração nos organismos. *sta
+ltima caracterstica tornaos particularmente perigosos para o homem, dado
situarse no topo de uma s%rie de cadeias alimentares.
As bri!fitas aqu"ticas, com destaque para os musgos, t'm demonstrado
ser um dos mais aptos bioindicadores no ecossistema aqu"tico. -hillips (/01#
constatou que as bri!fitas cumprem todos os crit%rios de bom indicador$ f"cil
colheita, toler&ncia a elevadas concentraçes de metal, f"cil manipulação em
laborat!rio, acumulação de quantidade de metal suficiente para uma an"lise
sem pr%concentração, exibindo uma correlação simples entre a concentração
de metal acumulado e a concentração no meio circundante (2onçalves et al,//34 5artins e 6oaventura, //04 5artins e 6oaventura, 7117#. -ossuem,
al%m disso, capacidade para concentrar metais pesados at% valores
notavelmente elevados, devido ) aus'ncia de cutcula nos seus tecidos, )
elevada ra8ão entre a "rea superficial e o peso e ) abund&ncia de grupos
carregados negativamente na parede das c%lulas para permuta de c"tions
(Ruhling and 9:ler, /;14 9:ler, //1#.
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pesados em ecossistemas aqu"ticos (9:ler, //14 2onçalves et al, //34 4
=iebert et al, //>#.
?ma vantagem adicional desta metodologia % a possibilidade de ter
conhecimento de descargas poluentes ocorridas, o que por an"lise direta da
"gua seria praticamente impossvel, pois exigiria um complexo programa de
monitoramento em contnuo com elevadssimos custos. 9ratase pois de uma
metodologia eficiente em termos dos resultados que disponibili8a, aliado ao
baixos custos de implementação, o que a torna bastante interessante e
economicamente atrativa.
*ste pro@eto visa determinar os teores de um grupo de contaminantes
met"licos em musgos aqu"ticos colhidos em tr's setores de um determinado
trecho do Rio -ianc!, tomando como refer'ncia o entro de i'ncias e
9ecnologia Agroalimentar.
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2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Avaliar os contaminantes metálicos Cd, Cr, Cu, Fe, Hg, Pb e Zn,
através de suas quantifcações, em musgos (bioindicador) coletados
em setores distintos de um treco determinado do !io Pianc" que
tangencia o CC#$%Pombal& $'licando diversas abordagens e
em'regando uma série de 'rocedimentos e'erimentais, oi dada
*nase aos as'ectos mais es'ec+fcos&
2.2 Objetivos Específcos
ividir o treco selecionado em tr*s setores, tendo como setor
central as etremidades das instalações do entro de i'ncias e
9ecnologia Agroalimentar, antecedido pelo setor I e seguido pelo setor
III.
Reali8ar tr's campanhas de amostragem com intervalo de um m's.• -timi.aç/o de um 'rotocolo 'ara digest/o dos bioindicadores
(musgos)0• $'licar erramentas estat+sticas aos resultados obtidos a fm de
conecer 'oss+veis correlações entre os +ons metálicos
estudados e a sua bioacumulaç/o em 'lantas0
• Promover a com'araç/o dos resultados de cada setor
classifcando%os de acordo com a metodologia citada no item
1&20
• Analisar a influ'ncia do entro de i'ncias e 9ecnologia Agroalimentar
promovendo comparação entr
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3 Justificativa
O presente pro@eto @ustificase pela necessidade de se conhecer a
qualidade das "guas que permeiam nossa região, buscando encontrar
possveis interfer'ncias das atividades antropicas difundidas as margens e no
entorno de um curso de "gua de tal relev&ncia como um rio, principalmente
quando este % utili8ado para abastecimento eBou balneabilidade. Assim esta
pesquisa vem contribuir para avaliar a qualidade da "gua segundo o teor de
metais pesados de um trecho do Rio -ianc!, que tangencia o 9A-ombal e
outras comunidades ribeiras.
Outro aspecto importante % que a depender dos resultados obtidos a
sociedade civil pode passar a cobrar de seus governantes soluçes para
melhor gestão das "guas, al%m de poder revelar a comunidade acad'mica a
possvel interfer'ncias dos efluentes gerados pelas atividades desenvolvidas
no entro, assim podendo fomentar outros pro@etos que visem remediar os
impactos detectados.
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3 Materiais e Métodos
3.1 Área de Estudo
A bacia do rio -ianc! est" inserida na bacia hidrogr"fica do rio -iranhas
Açu, situada no Cordeste do 6rasil, pertencente ao territ!rio dos estados do Rio
2rande do Corte e da -araba, totalmente inserida no clima semi"rido
nordestino. -ossui uma "rea total de drenagem de 3D.>0,E1 Fm 7 , sendo
7>.0D,11 Fm7 , correspondendo a >1G da "rea no *stado da -araba, e o
restante no *stado do Rio 2rande do Corte.
*ste estudo ser" reali8ado em um trecho de aproximadamente D Hm do
Rio -ianc! inserido no municpio de -ombal-6. Ca igura % possvel
observar nos pontos A e 6 em amarelo que indicam o inicio e final do trecho
respectivamente, com as seguintes coordenadas geogr"ficas (A# lat >.;/D0,
lon D;.0;D00 e (6# lat >.;;700, lon D;.0101>7.
i!ura 1$ Jrea de estudo
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3.2 "#ostra!e#
=er" selecionado tr's setores no trecho estabelecido do Rio -ianc!
como apresentado na figura anterior. Cesta escolha deve ser considerado
como setor central as etremidades das instalações do entro de
i'ncias e 9ecnologia Agroalimentar, antecedido pelo setor I e seguido pelo
setor III, coletandose de cada setor > (seis# amostras de bioindicadores
(musgos# em pontos diferentes, e em seguida preparadas em triplicata.
K importante ressaltar que os pontos de coleta das amostras serão
identificados para que os pr!ximos se@am tamb%m colhidos do mesmo ponto,
afim de melhor garantir a confiabilidade dos resultados.
O con@unto de c"tions de metais pesados selecionados (d, r, u, e,
Lg, -b e Mn# pretende ser representativos da contaminação esperada frente ao
tipo de efluentes oriundos de atividades agrcolas, urbanas e acad'micas no
tocante aos laborat!rios do 9A-ombal.
3.3 Métodos "nal$ticos
-ara a an"lise dos metais, as amostras de musgo devem ser secadas,
modas e digeridas seguindo o procedimento abaixo.
As amostras coletadas devem ser lavadas com "gua destilada e
secadas a ;1N durante 73 horas. *m seguida, modas num moinho de an%is
de açocromo a 311 rpm por /1 segundos. Aproximadamente 11 mg de
musgo devem ser colocados em cadinhos de teflon (7D ml de capacidade#
anteriormente lavadas com 1G de LCOD e, em seguida, digerido com 3 ml de
>EG de LCOD. olocandoas em uma bomba de -arr, que % inserida em umforno de microondas a >11 durante >1 s.
Ap!s a digestão, deixar a bomba em repouso durante 7 h, e depois
transferir a solução para um balão volum%trico de 7E ml e diluir com "gua
destilada e deioni8ada.
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um espectrofotPmetro -Q* ?CIA5 =-/ com gerador de hidretos ?CIA5
-/1.
3.% &eter#inação da 'oluição
om os dados gerados em Sg.g, ou se@a, o teor de metal contaminante
em grama de musgo, ser" calculado a partir da a concentração comum em
Sg.T e a concentração molar em mol.T de cada elemento met"lico, afim de
comparar os novos dados gerados com as seguintes informaçes retiradas da
-ortaria da ?CA=A 3//B1$
Infor#ação 1$ Cveis m"ximos de metais pesados permitidos em "gua pot"vel
(-ortaria ?CA=A 3//B1#.*lemento 9eor 5"ximo (Sg.T#
d Er E1u 7111e D11Lg -b 1Mn E111
Infor#ação 2( *m rios não poludos a concentração de metias pesados %
muito baixa, da ordem de 1/ mol T (n5# ou 17 mol T (p5#.
Ao final com os novos dados gerados ser" ponderado para cada setor,
se o mesmos estão dentro dos valores estabelecidos pela -ortaria. -odendo
se assim inferir se a "gua analisada tem condiçes de consumo ou não, e em
seguida inferindo se o trecho do rio encontrase poludo ou não, al%m de
promover a comparação entre cada setor classificandoos da seguinte forma$
'otabilidade do )rec*o do +io=etor mais pot"vel=etor moderadamente pot"vel=etor menos pot"vel
'oluição do )rec*o do +io=etor menos poludo=etor moderadamente poludo=etor mais poludo
, -onsideraçes finais
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5ediante aos efluentes que tem seu despe@o no trecho em questão,
como de atividades agrcolas e resduos laboratoriais, podese então estipular
que alguns dos metais pesados tomados como par&metro este@am presentes e
possivelmente acima do limite permitido, devido ao fato que aumentos nos
teores naturais de metais pesados podem ocorrer em "reas pr!ximas de
complexos industriais, urbanos e, tamb%m, nas "reas de agricultura. Isso
porque atividades agrcolas costumam tratar os solos com pesticidas,
herbicidas, corretivos e fertili8antes contendo metais pesados, que podem ter
sido transportados para dentro do rio, al%m dos despe@os oriundos dos
laborat!rios do 9A-ombal, que carregam reagentes e outras subst&ncias
qumicas.
Observando a pr!pria "rea de estudo podese perceber que o setor III
apresenta caractersticas de eutrofi8ação, caracteri8ando assim que h"
despe@os de efluentes no trecho, sendo estes passveis de conter teores de
metais pesados.
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/ +efer0ncias