1. NOÇÕES DE ECONOMIA....

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Professor: Me Célio dos Santos Vieira 1 1º TEXTO: MATERIAL DE APOIO: Caros educandos, a leitura interpretativa não é apenas desejável é, sobretudo, imperativa e determinante para a compreensão 1 . Leiam eficazmente reflitam sobre o texto. Objetivos da aula: Possibilitar ao aluno o conhecimento dos conceitos básicos da economia, os problemas econômicos fundamentais, objetivos e objeto de estudo da economia, assim como o sistema econômico com suas principais características. 1. NOÇÕES DE ECONOMIA. (Síntese) 1.2- Definição da economia. Teoria econômica 2 Palavra vinda do grego Oikonomia (de Óikos, casa; nómos, (Norma, lei), que significa a administração da casa, ou Estado, e pode assim ser definida: Economia é a CIÊNCIA SOCIAL que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de BENS e SERVIÇOS, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as suas necessidades. Essa definição contém vários conceitos importantes, que são à base do objeto de estudo da Ciência Econômica: Escassez 3 : (Insuficiência Falta - de recursos produtivos, relativamente às necessidades e desejos humanos) Escolha: (Empregar recursos produtivos escassos na produção de BENS e SERVIÇOS) Necessidades: (O que é necessário para a manutenção da vida e do bem estar das pessoas ) Recursos: (Fatores produtivos - mão-de-obra, terra, matérias primas ) Produção: (Processo de produzir bens e serviços) Distribuição: (Logística de fazer com que o resultado da produção bens e serviços - chegue ao destino devido) Em qualquer sociedade RECURSOS PRODUTIVOS ou FATORES DE PRODUÇÃO (Terra, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial) são LIMITADOS. Por outro lado, as necessidades humanas são ILIMITADAS e sempre se renovam, por força do próprio crescimento populacional e do contínuo desejo de elevação do padrão de vida. A escassez é um fenômeno mundial, ou seja, em nenhum lugar do mundo existem recursos suficientes para satisfazer todas as necessidades humanas. [RECURSOS LIMITADOS contrapondo-se a NECESSIDADES ILIMITADAS] O problema central do estudo da Economia está, justamente, como alocar RECURSOS PRODUTIVOS ou FATORES DE PRODUÇÃO LIMITADOS , de forma a atender ao máximo ás NECESSIDADES HUMANAS ILIMITADAS. Da ESCASSEZ dos RECURSOS PRODUTIVOS ou FATORES DE PRODUÇÃO, associada às necessidades ilimitadas do homem origina-se os chamados ROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS: O QUÊ E QUANTO PRODUZIR? COMO PRODUZIR? PARA QUÉM PRODUZIR? 1 Use Dicionário para compreender o significado das palavras que voce não conhece. 2 Marco A. S. Vasconcellos e Manuel E. Garcia. Fundamentos de economia. 3 Escassez = es-cas-sez (escasso+ez) Qualidade do que é escasso; Carência, míngua, falta; Avareza, sovinice, parcimônia

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Professor: Me Célio dos Santos Vieira

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1º TEXTO: MATERIAL DE APOIO:

Caros educandos, a leitura interpretativa não é apenas desejável é, sobretudo, imperativa e determinante para a compreensão 1. Leiam eficazmente reflitam sobre o texto.

Objetivos da aula: Possibilitar ao aluno o conhecimento dos conceitos básicos da economia, os problemas econômicos fundamentais, objetivos e objeto de estudo da

economia, assim como o sistema econômico com suas principais características.

1. NOÇÕES DE ECONOMIA. (Síntese)

1.2- Definição da economia. Teoria econômica2

Palavra vinda do grego Oikonomia (de Óikos, casa; nómos, (Norma, lei), que significa a administração da

casa, ou Estado, e pode assim ser definida:

Economia é a CIÊNCIA SOCIAL que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de BENS e SERVIÇOS, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos

da sociedade, a fim de satisfazer as suas necessidades.

Essa definição contém vários conceitos importantes, que são à base do objeto de estudo da Ciência Econômica:

Escassez3: (Insuficiência – Falta - de recursos produtivos, relativamente às necessidades e desejos humanos)

Escolha: (Empregar recursos produtivos escassos na produção de BENS e SERVIÇOS)

Necessidades: (O que é necessário para a manutenção da vida e do bem estar das pessoas)

Recursos: (Fatores produtivos - mão-de-obra, terra, matérias primas)

Produção: (Processo de produzir bens e serviços)

Distribuição: (Logística de fazer com que o resultado da produção –bens e serviços - chegue ao destino devido)

Em qualquer sociedade RECURSOS PRODUTIVOS ou FATORES DE PRODUÇÃO (Terra, trabalho, capacidade tecnológica

e capacidade empresarial) são LIMITADOS. Por outro lado, as necessidades humanas são ILIMITADAS e sempre se renovam, por força do próprio crescimento populacional e do contínuo desejo de elevação do padrão de vida. A escassez é um

fenômeno mundial, ou seja, em nenhum lugar do mundo existem recursos suficientes para satisfazer todas as necessidades

humanas. [RECURSOS LIMITADOS contrapondo-se a NECESSIDADES ILIMITADAS]

O problema central do estudo da Economia está, justamente, como alocar RECURSOS PRODUTIVOS ou FATORES DE

PRODUÇÃO LIMITADOS, de forma a atender ao máximo ás NECESSIDADES HUMANAS ILIMITADAS. Da ESCASSEZ dos RECURSOS PRODUTIVOS ou FATORES DE PRODUÇÃO, associada às necessidades ilimitadas do homem

origina-se os chamados ROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS: O QUÊ E QUANTO PRODUZIR? COMO PRODUZIR? PARA QUÉM PRODUZIR?

1 Use Dicionário para compreender o significado das palavras que voce não conhece. 2Marco A. S. Vasconcellos e Manuel E. Garcia. Fundamentos de economia. 3 Escassez = es-cas-sez (escasso+ez) Qualidade do que é escasso; Carência, míngua, falta; Avareza, sovinice, parcimônia

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A) O QUÊ E QUANTO PRODUZIR? Já que não se pode produzir a quantidade desejada pela sociedade dos mais diversos tipos de bens e serviços, a sociedade

deve escolher dentro do leque de várias possibilidades de produção quais bens e serviços que serão produzidos, e em que quantidades.

Deve-se produzir mais eletrodomésticos do que alimentos? Mais roupas e menos alimentos? Quanto de cada?

B) COMO PRODUZIR? Essa mesma sociedade tem que decidir a maneira pela qual o conjunto de bens e serviços escolhidos será produzido.

Normalmente os bens podem ser obtidos mediante diferentes combinações de recursos e técnicas. Nesse sentido, deve-se optar pela técnica que resulte no menor custo por unidade de produto a ser obtido.

C) PARA QUÉM PRODUZIR?

Uma vez decidido que bens e serviços produzir e como produzi-los, a sociedade tem de tomar uma terceira decisão

fundamental: Quem irá receber esses bens e serviços? Esses bens e serviços deverão ser distribuídos entre os diferentes indivíduos que compõem a sociedade. E, de que maneira essa distribuição ocorrerá? Será que todas as pessoas receberão a mesma quantidade de

bens e serviços? Ou será que a distribuição de bens e serviços será feita segundo a contribuição de cada um à produção? Ou cada um

segundo as suas necessidades.

A partir da definição da noção de escassez pode-se entender o objeto da ciência econômica. A escassez implica o

fato de que não podemos concretizar todos os nossos objetivos com os meios à nossa disposição, o que também implica ,

por consequinte, a idéia de escolha.

Neste sentido, pode-se dizer que o objeto básico da economia é:

A produção de bens econômicos capazes de satisfazer as necessidades humanas;

Propiciar condições para o desenvolvimento das nações.

A busca na garantia do bem estar social4 geral e

Em outras palavras: “A promoção simultânea do progresso (desenvolvimento) e da satisfação (satisfazer as necessidades humanas) repartição de seus frutos (garantir o bem estar social) parece consubstanciar o objeto da economia moderna.”

O tratamento do binômio - desenvolvimento-repartição – em nível de objeto central da Economia Contemporânea

– mantém ligado á dicotomia, escassos recursos e necessidades humanas ilimitadas. A preocupação para com o

desenvolvimento está formalmente ligada ao aproveitamento ótimo dos escassos recursos disponíveis. E a maior

eficiência nos domínios da repartição mostra-se relacionada com a extensão dos frutos do desenvolvimento ás diversas

camadas sociais mobilizadas em sua promoção; isto equivale a uma inter-relação formal entre a repartição e as

necessidades ilimitadas, no sentido de que estas últimas possam ser progressivamente atendidas á medida que as

estruturas de repartição da riqueza puderem ser mais igualitárias.

ECONOMIA: Ciência social que busca administrar os recursos escassos frente às

necessidades humanas ilimitadas.

Nessa medida, a economia busca também analisar os processos de produção, distribuição e consumo de bens

econômicos na sociedade.

4 BEM-ESTAR SOCIAL – "É o bem comum, o bem da maioria, expresso sob todas as formas de satisfação das necessidades coletivas. Nele se incluem as exigências

naturais e espirituais dos indivíduos coletivamente considerados; são as necessidades vitais da comunidade, dos grupos e das classes que compõem a sociedade".

(Meireles, 1976). (18) - ¥ (Welfare state - Estado de Bem-Estar Social)

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QUADRO I – PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA SOCIEDADE PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA

Fatores de

Produção ou

Recursos

Produtivos

limitados

X (Versus)

Necessidades

humanas

ilimitadas

Adaptado de Rossetti, J.P. 1987 – Introdução á economia.

QUADRO II – INTER-RELACIONAMENTO DA TRÍADE DOS PROBLEMAS ECONOMICOS CENTRAIS

Adaptado de Rossetti, J.P. 1987 – Introdução á economia

Essas considerações indicam que a constituição de um sistema econômico ideal, capaz de harmonizar com perfeição a

solução dos três problemas econômicos centrais, talvez represente o objetivo-síntese da organização econômica das nações.

Custo da Renúncia por

optar (Decidir) por uma alternativa em detrimento

de outra.

Eficiência distributiva. Pressupõe

que as fronteiras do bem-estar

individual e social sejam

plenamente alcançadas.

B) COMO

PRODUZIR

C) PARA QUÉM

PRODUZIR

ESCASSEZ (Problema Central)

DECISÕES

CUSTO DE

OPORTUNIDADE

Nível de referencia

SOCIAL

Opçoes lógicas de produção de

Bens e serviços, que satisfaçam plenamente as necessidade e

desejos da coletividade (humanos)

Melhor combinação de recursos

produtivos e tecnológicos, tal que

maximize os níveis de produção,

resultando em eficácia.

A) O QUÊ E QUANTO

PRODUZIR

Nível de referencia

TECNOLÓGICO

Nível de referencia

CONOMICO Problemas

Fundamentais

da Economia (Decorrentes)

PARA QUEM PRODUZIR Correta repartição da produção

obtida com vistas à justiça

distributiva

O QUE E QUANTO PRODUZIR Adoção de opções que

satisfaçam plenamente

as necessidades

humanas

COMO PRODUZIR Combinação eficiente e

ótima alocação dos

A constituição de um

sistema econômica ideal

implica a gradativa

ampliação desta área de

intercruzamento. Ou

seja, na medida em que a

área amplia é porque há

maior eficiência

(adequação) no arranjo

dos três grandes

problemas econômicos.

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Um sistema ideal deveria obter elevada eficiência produtiva (corretas opções econômicas e tecnológicas), combinada com

apreciável eficiência distributiva (distribuição da produção elaborada de forma justa e socialmente).

A harmonização dos três problemas fundamentais da economia não é tarefa fácil de ser alcançada. Ela constitui a própria

razão de ser da Análise Econômica.

OBJETIVOS5: O objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar os problemas econômicos e formular soluções para

resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida.

Há um consenso em torno da definição da economia6 como a “Ciência social que busca administrar os recursos escassos frente às

necessidades humanas ilimitadas7”.

A economia, apesar de com freqüência utilizar-se da matemática como ferramenta, é considerada uma ciência social porque busca explicar a forma como os homens se relaciona na sociedade com vistas à produção, consumo e trocas

de bens econômicos.

Divisão da Teoria Econômica A) Análise Microeconômica: Pode ser considerada como um processo teórico elaborado com vistas a determinar as

condições gerais de equilíbrio da economia a partir do comportamento dos agentes econômicos individuais –

produtores e consumidores. Em tal sentido, pode também ser considerada como um ramo tradicionalmente ligado a

ideologia do individualismo e do liberalismo.

B) Análise Macroeconômica: A análise macroeconômica se desdobra em dois conjuntos:

Teorias dos Agregados: São conceituados e calculados os principais indicadores do desempenho da

economia como um todo: O Produto Nacional e a Renda Nacional, bem como cada um de seus principais

componentes (Análise global) Teoria do Equilíbrio e do Crescimento. São enfeixados os estudos sobre a Moeda, as Finanças Públicas, as

Relações Internacionais e o desenvolvimento.

A análise Macroeconômica ocupa-se, basicamente, de garantir a manutenção do pleno emprego dos recursos

disponíveis dos sistemas econômicos, eliminando-se todos os possíveis focos de subemprego generalizado, ocupa-

se com o crescimento e desenvolvimento econômico, com a inflação, taxas de juros, taxa de cambio e manutenção

do nível geral dos preços. Tanto a Teoria microeconômica quanto a Teoria Macroeconômica pertencem a Economia Positiva – que por sua vez divide-se em Economia Descritiva e Teoria Economia. Pode-se dizer que a Economia

Positiva (Economia Descritiva e Teoria Economia) são bases conceituais e instrumentais importante para a

definição da Política Econômica.

Política Econômica: A Política Econômica integra um quadro mais amplo, a que se dá a denominação de Políticas Públicas. Esta

envolve todo um complexo de sistemas de aspirações de determinada sociedade, em dado momento, assim como os meios que se

empregam com o propósito de alcançá-las. Essas aspirações variam de país para país e de época para época. Geralmente subordi9nba ao quadro conjuntural interno e externo, bem como aos principais problemas estruturais enfrentados pelas

economias nacionais ou pela comunidade internacional a que cada país se enco9ntra integrado. Neste sentido, a política pública abrange a política das relações externas, a política de defesa-segurança nacional, a política social e todo um conjunto inter-

relacionado de ações públicas, de que fazem parte as de natureza econômica. (Rossetti, 1987)

5 Naturalmente, esse é o objetivo final, portanto central. 6 Há diversas maneiras de definir economia, mas todas têm em comum a idéia da escassez dos recursos frente às necessidades humanas ilimitadas. 7 Á medida que os recursos produtivos se expandem e se aperfeiçoam, as necessidades e desejos humanos crescem mais que proporcionalmente.

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QUADRO III – TRES PRINCIPAIS COMPARTIMENTOS DA ECONOMIA

Adaptado de Rossetti, J.P. 1987 – Introdução á economia.

ECONOMIA

DESCRITIVA Observação

sistemática da realidade.

ANÁLISE

MICROECONOMICA Cuida,

individualmente, do

comportamento dos

consumidores e

produtores, com vistas á

compreensão do

funcionamento

geral do sistema

econômico.

Teoria do consumidor

Teoria da Empresa

Teoria da Produção

Teoria da Repartição

POLÍTICA

ECONOMICA Aplicações de instrumentos

desenvolvidos pela

Teoria Econômica

com vista á objetivos

preestabelecidos.

Teorias dos

Agregados

Teoria geral do

equilíbrio e do

crescimento

Teoria da Moeda

Teoria das

Finanças Públicas

Teoria das Relações

Internacionais.

Teoria do

Desenvolvimento.

ANÁLISE

MACROECONOMICA

Cuida do dos

agregados econômicos,

ocupando-se de

magnitudes

globais, com vistas

á determinação

das condições de crescimento e

equilíbrio do

sistema

econômico.

TEORIA

ECONOMICA Princípios,

leis, teorias e modelos.

ECONOMIA POSITIVA ECONOMIA NORMATIVA

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A metodologia da Economia:

Na elaboração da Economia, como ocorre em qualquer outra ciência, a metodologia usualmente empregada

assenta-se sobre três princípios legítimos de conhecimento e de raciocínio, mediante os quais pode ser objetivamente

apreendida a realidade.

1. O reconhecimento8; 2. A indução9; 3. A dedução10 O reconhecimento é à base dos sistemas metodológicos de investigação científica. Ele é constituído pelo conjunto

de operações mediante as quais os fatos reais são adequadamente descritos e classificados. É considerado um aspecto da economia positiva, denominado em (Economia Descritiva)

A partir da massa de informações disponíveis sobre os fatos observados, o processo pode encaminhar-se para a indução que consiste no levantamento de hipóteses sobre o comportamento da realidade, no sentido de que possam ser

elaborados princípios, teorias, leis ou modelos explicativos dessa mesma realidade. A indução consiste em observação de

fatos particulares descritos na fase de reconhecimento, para afinal, estabelecer determinada hipótese de validade que se presume geral (generalizações)

De outra forma pode-se também chegar a resultados semelhantes pela dedução que consiste num processo

apriorístico que, partindo do conhecimento de determinados aspectos da realidade, levanta hipóteses sobe o comportamento

de outros aspectos, ou seja, parte de uma premissa geral maior para compreender as partes (particular)

Assim, quer se encaminhe para processos indutivistas ou dedutivistas, a metodologia da economia parte,

inevitavelmente, da observação sistemática da realidade, através da qual são ordenados e classificados os fatos, os

fenômenos e as ocorrências normais da atividade econômica. É também considerado um aspecto da economia positiva,

denominado de (Teoria Econômica)

Assim entendidos, os princípios, as teorias, as leis e os modelos econômicos referem-se, essencialmente, á

representação e á interpretação da realidade. São generalizações ou constatações de regularidades concernentes ás

atividades dos agentes econômicos. A utilização desses princípios, teorias, leis e os modelos explicativos da realidade é

tarefa da Política Econômica. A utilização terá a finalidade de conduzir mais adequadamente a ação econômica, com vistas

a objetivos predeterminados.

Elementos constitutivos dos sistemas econômicos Independentemente, de quais tenham sido os mecanismos de incentivo para o progresso econômico, o avanço

tecnológico e a mudança social, não há nação que tenha alcançado estágios superiores de desenvolvimento que não tenha, em larga escala, praticado a divisão social do trabalho.

Divisão social do trabalho.

A divisão social do trabalho é o modo como se distribui o trabalho nas diferentes sociedades ou estruturas socioeconômicas e que surge quando grupos de produtores realizam atividades específicas em conseqüência do avanço dum

certo grau de desenvolvimento das forças produtivas e de organização interna das comunidades. Com a determinação de funções para as formas variadas e múltiplas do trabalho constituem-se grupos sociais que se diferenciam de acordo com a

8 Ato de reconhecer. Exame minucioso. Operação que visa obter informações sobre um objeto, fenômeno para apreendê-lo e reconhecê-lo.

9 Ato ou efeito de induzir. Método de raciocínio que parte de uma premissa (particular) para compreender o geral 10

Método de raciocínio que parte de uma premissa (geral) para compreender o particular

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sua implantação no processo de produção. Tais grupos correspondem ao estatuto que adquirem dentro da sociedade e ao

trabalho que executam.

Sob o capitalismo, a produção especializa-se e tem como objetivo exclusivo a obtenção de lucro. A divisão social do

trabalho desenvolve-se espontaneamente, com o avanço desigual dos diferentes ramos de produção, acompanhado de uma

luta constante competitiva e de uma desordem e dissipação do trabalho social. Os limites das economias nacionais são

ultrapassados pelo desenvolvimento do comércio internacional, circunstância que dá lugar a uma divisão internacional de trabalho.

Logo, o emprego ótimo dos escassos recursos disponíveis mantém ligações diretas com a divisão do trabalho e com suas decorrências naturais. O uso da moeda, o funcionamento dos mercados, a atuação do sistema de preços e o caráter regulador e estimulador da concorrência.

A compreensão desse conjunto de instrumentos de organização econômica constitui um passo indispensável para o

estudo dos sistemas econômicos contemporâneos, seja baseado na livre concorrência (Base da organização do Sistema

Capitalista), sejam os que fundamentam na planificação centralizada (Base do sistema socialista de Estado)

A estrutura constitutiva dos sistemas econômicos pode ser decomposto em três grandes grupos11de elementos

básicos, quais sejam:

Estoques de recursos produtivos. (Reunião de recursos humanos e patrimoniais)

Complexos de unidades de produção. (Empresas)

Conjuntos de instituições. (Jurídicas, políticas, sociais e econômicas que dão forma ás atividades desenvolvidas

pela sociedade).

Combinando adequadamente esses elementos e os mobilizando busca-se a solução da tríade dos problemas econômicos

fundamentais: O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?

11 Barre e Sombart, Holanda, Castro e Lessa apud Rossetti, J.P. 1987 – Introdução á economia.

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8

Quadro IV: Elementos básicos dos sistemas econômicos

Vieira C.S. Adaptado de Rossetti, J.P. 1987 – Introdução á economia.

Sistemas Políticos Econômicos. Os sistemas econômicos são as formas como a sociedade está organizada de modo a tomar as decisões do que

produzir, para quem produzir e como produzir. Na realidade seria todo o conjunto de regras e regulamentos que permitem a realização das atividades econômicas. Os sistemas econômicos são classificados em:

►Sistema socialista ou economia centralizada, ou ainda, Economia planificada: As

decisões do que, como e para quem produzir são tomadas por um órgão central planificador (Estado ou partido político). As

economias do Leste europeu, até metade da década de oitenta adotavam esse sistema econômico. Hoje, não há nenhum País importante que o adote. Apenas Cuba e Coréia do norte adotam esse modelo, porém há controvérsia de não seriam

economias totalmente planificadas, devido à existência de um incipiente mercado, fora de controle do órgão planificador.

Elementos

básicos dos

sistemas

econômicos

Capacidade tecnológica

O suprimento dos Recursos

Humanos e Patrimoniais é um

dos principais condicionantes do

crescimento econômico.

Empresas: Por outro lado, o

crescimento econômico depende – também em grande parte – da

forma como operam as unidades

de produção.

As instituições sejam elas de

natureza jurídica, política,

econômica ou social encontra-se

também relacionadas ao

crescimento.

População economicamente

mobilizável

Capacidade Empresarial

Estoques de

recursos

produtivos.

Empresas

Complexos de

unidades de

produção.

Patrimoniais

Humanos

Conjuntos

de

instituições.

Jurídicas

Políticas

Econômicas

Sociais

Reservas naturais

Capital

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►Sistema capitalista, ou Economia de Mercado: Nesse modelo teríamos a situação exatamente oposta

à situação de economia planificada. As decisões na economia seriam tomadas pelos indivíduos. Os agentes econômicos

teriam plena liberdade para produzir o que bem entendesse, na quantidade que desejasse e utilizando as tecnologias que

achassem mais adequadas. A produção ocorreria em função da oferta e da procura. Na medida em que ocorresse

aumento na procura por determinado produto, novos fabricantes entrariam nesse mercado para suprir essa nova procura. Quando ocorresse a situação de redução na procura alguns produtores sairiam desse setor e passariam a produzir outros

bens no qual a procura fosse mais elevada. Nesse modelo não ocorreria a interferência do Estado na esfera produtiva.

►Economia Mista: Nesse modelo os indivíduos decidem o que será produzido, no entanto há interferência do Estado

na tomada de decisão. Por exemplo, em alguns momentos uma atividade econômica pode não ser lucrativa para iniciativa privada. Por exemplo, o trigo brasileiro normalmente é mais caro do que o argentino, ou seja, A Argentina tem custos

menores para a produção de trigo. Em condições normais os produtores Brasileiros teriam vantagem se, ao invés de

produzir importassem trigo Argentino e o vendessem no mercado interno. No entanto, o governo na administração de políticas econômicas decide conter as importações. Desse modo ele pode estimular o setor oferecendo incentivos (isenção

ou redução de impostos, garantia de preços mínimos) aos agricultores de modo a reduzir os custos de produção. Assim

esses agricultores tomarão a decisão de voltar a plantar trigo, movidos por uma ação do governo.

Praticamente todas as economias importantes do mundo funcionam desse modo. A única diferença se dá em

função do grau de intervenção do governo na atividade econômica.

QUADRO -

Sistemas Políticos econômicos:

Vieira, C.S.

Sistema

capitalista, ou

economia de

mercado

Sistema socialista

ou economia centralizada, ou

ainda, Economia

planificada: Economia

Mista As decisões do que, como e para quem produzir são tomadas por um órgão central planificador (Estado

ou partido político).

As decisões na economia seriam tomadas pelos indivíduos. (agentes

econômicos).

Nesse modelo os indivíduos decidem o que será produzido, no entanto há interferência do Estado na

tomada de decisão.

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Bens econômicos

Podemos definir Bem como algo capaz de satisfazer as necessidades humanas. Desse modo podemos dividir os

bens em dois grandes grupos, em função de sua disponibilidade:

Bens livres12

: São aqueles que existem na natureza em quantidades limitadas.

Bens econômicos: São bens escassos e capazes de satisfazer as necessidades humanas. São obtidos através do

processo de produção através dos recursos produtivos existentes na sociedade.

Com relação aos bens econômicos podemos definir como:

Materiais ou tangíveis- bens produzidos na economia (roupas, alimentos, etc.)

Imateriais ou intangíveis - serviços, utilização de marcas etc.

Ainda quanto ao destino podemos definir os bens econômicos como:

Bens de consumo - destinados a satisfazer as necessidades do usuário final, ou seja, está pronto para ser utilizado.

Pode ser durável ou não durável.

Bens de Capital - são aqueles que possibilitam a produção de outros bens Ex: máquinas e equipamentos.

Recursos produtivos ou forças produtivas e suas devidas remunerações:

São os fatores que permitem a produção e fabricação de todas as mercadorias utilizadas na economia:

FATORES PRODUTIVOS REMUNERAÇÃO DOS FATORES

TRABALHO SALÁRIOS

CAPITAL JUROS

CAPACIDADE EMPRESARIAL LUCROS

CAPACIDADE TECNOLOGIA ROYALTY

TERRA RENDA

12 Todos os recursos ofertados pela natureza são ditos bens livre, tem sues fundamentos na teoria de que todos tem direitos iguais e acesso aos recursos naturais.

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EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA ECONÔMICA (Síntese)

Objetivos da aula:

Inserção do aluno num breve contato com as principais Escolas do pensamento econômico e seus principais precursores.

Escolas do pensamento econômico (Leitura Complementar)

ESCOLA CLÁSSICA:

Adam Smith e David Ricardo são os principais representantes da escola clássica.

Smith: enfatiza a importância da divisão do trabalho e desenvolve a teoria do valor trabalho. Ricardo: desenvolve a teoria das vantagens comparativas.

Adam Smith

A publicação da obra A Riqueza das Nações de Adam Smith em 1776, tem sido descrita como o “efetivo nascimento da economia como uma disciplina

separada.” O livro identificava o trabalho, a terra e o capital13 como os três fatores de produção e maiores contribuidores para a riqueza de uma

nação. Para Smith, a economia ideal seria um sistema de mercado auto-regulador que automaticamente satisfaria as necessidades econômicas da

população. Ele descreveu o mecanismo de mercado como uma “mão invisível” que leva todos os indivíduos, na busca de seus próprios interesses, a

produzir o maior benefício para a sociedade como um todo. Smith incorporou algumas das idéias dos fisiocratas, inclusive o laissez-faire, nas suas

próprias teorias econômicas, mas rejeitou a idéia de que somente a agricultura era produtiva.

Na sua famosa analogia da mão invisível, Smith argumentou em favor da noção, aparentemente paradoxal de que os mercados competitivos tendem a

satisfazer às necessidades sociais mais amplas, apesar de ser guiado por interesses-próprios. A abordagem geral que Smith ajudou a formular foi

chamada de economia política e mais tarde de economia clássica e incluiu nomes notáveis como Thomas Malthus, David Ricardo e John Stuart Mill,

que escreveram de 1770 a 1870, aproximadamente.

A teoria do valor foi importante na teoria clássica. Smith escreveu que “o preço real de qualquer coisa… é o esforço e o trabalho de adquiri-la” o que é influenciado pela sua escassez. Smith dizia que os aluguéis e os salários também entravam na composição do preço de uma mercadoria.

Outros economistas clássicos apresentaram variações das idéias de Smith, chamada „Teoria do valor-trabalho’. Economistas clássicos se focaram

na tendência do mercado de atingir o equilíbrio no longo prazo.

Adam Smith, (1723-1790) filósofo de formação, é o pai da Economia Política. É com ele que a Economia nasce enquanto ciência. A sua obra principal

chama-se Inquérito sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, publicada em 1776 e é considerada a obra fundadora da Economia

Política.

Adam Smith escreveu numa época em que a industria conhecia um crescimento sem precedentes, configurando-se como a verdadeira fonte da

riqueza das nações. Adam Smith opunha-se à intervenção do Estado na economia. Ficou célebre o seu conceito de mão invisível, segundo o qual se

os homens atuassem livremente em busca do seu próprio benefício existiria uma "mão invisível" que transformaria os seus esforços em benefícios

para todos.

Hoje sabemos que o conceito de mão invisível de Adam Smith é muito semelhante ao conceito de mercado.

David Ricardo

Enquanto Adam Smith enfatizou a produção de renda, David Ricardo na sua distribuição entre proprietários de terras, trabalhadores e capitalistas.

Ricardo enxergou um conflito inerente entre proprietários de terras e capitalistas. Ele propôs que o crescimento da população e do capital, ao

pressionar um suprimento fixo de terras, eleva os aluguéis e deprime os salários e os lucros. David Ricardo desenvolve a teoria das vantagens comparativas.

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Hoje se fala em Terra, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial.

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David Ricardo (1772-1823), homem de negócios de sucesso, é outro grande vulto na história do pensamento económico. A sua principal obra chama-

se "Princípios da Economia Política e da Tributação" e foi escrita em 1817.

Ricardo focou a sua atenção na tendência para a baixa dos lucros que ameaçaria a economia inglesa. Essa tendência poderia ser neutralizada com

o desenvolvimento do comércio externo.

É muito conhecida a sua teoria das vantagens comparativas no comercio internacional em que comparava as vantagens de Portugal e da Inglaterra

no comércio entre si.

De acordo com os estudos de Ricardo, Portugal retiraria vantagens no comércio com a Inglaterra se se especializasse na produção e exportação

de vinhos enquanto que a Inglaterra se deveria especializar na produção e exportação de trigo.

John Stuart Mill

No final da tradição clássica, John Stuart Mill divergiu dos autores anteriores quanto a inevitabilidade da distribuição de renda pelos mecanismos de

mercado. Mill apontou uma diferença dois papéis do mercado: alocação de recursos e distribuição de renda. O mercado pode ser eficiente na

alocação de recursos mas não na distribuição de renda, ele escreveu, de forma que seria necessário que a sociedade intervenha.

Thomas Robert Malthus

Usou a idéia dos retornos decrescentes para explicar as baixa condições de vida na Inglaterra. De acordo com ele, a população tendia a crescer

geometricamente sobrecarregando a produção de alimentos, que cresceria aritmeticamente. A pressão que uma população crescente exerceria

sobre um estoque fixo de terras significa produtividade decrescente do trabalho, uma vez que terras cada vez menos produtivas seriam incorporadas

à atividade agrícola para suprir a demanda. O resultado seria salários cronicamente baixos, que impediriam que o padrão de vida da maioria da

população se elevasse acima do nível de subsistência. Malthus também questionou a automaticidade da economia de mercado para produzir o pleno

emprego. Ele culpou a tendência da economia de limitar o gasto por causa do excesso de poupança pelo desemprego, um tema que ficou esquecido

por muitos anos até que John Maynard Keynes a reviveu nos anos 1930.

Importante lembrar que para os economistas clássicos são considerados apenas três fatores (terra, capital e trabalho)

ESCOLA MARXISTA. (Economia marxiana)

A economia marxista, mais tarde chamada marxiana, descende da economia clássica, em particular da obra de Karl Marx. O primeiro volume da obra-

prima de Marx, O Capital, foi publicada em alemão em 1867. Nela, Marx foca na teoria do valor-trabalho e o que ele considera a exploração do trabalho

pelo capital. Assim, a teoria do valor-trabalho, além de ser uma simples teoria dos preços, se transformou em um método para medir a exploração do

trabalho num sistema capitalista, apesar de disfarçadas pela economia política “vulgar”.

Escola baseada nos estudos de Marx e Engels, cujo principal trabalho é O capital. A partir da teoria do valor trabalho da escola clássica,

Marx desenvolve o conceito de mais valia.

NOTA

Mais Valia: Seria o excedente produzido não pago ao trabalhador. O Indivíduo trabalharia 8 horas, no entanto o valor de duas horas seria

necessário para a manutenção de sua sobrevivência. Assim ele recebe o valor dessas duas horas e o restante seria o excedente não

pago ou MAIS-VALIA.

Karl Marx é um vulto importante da história do pensamento econômico. A sua obra econômica principal chama-se "O Capital".

Marx viveu as primeiras grandes crises do capitalismo industrial e procurou dar uma explicação para essas profundas convulsões.

Na teoria que elabora, prevê a evolução do sistema socioeconômico e a substituição do capitalismo por outro sistema social a que chama

socialismo que, por sua vez, dará lugar a outro, chamado comunismo.

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ESCOLA NEOCLÁSSICA.

Economia neoclássica

Um corpo teórico mais tarde chamado de „economia neoclássica‟ ou „economia marginalista‟ se formou entre 1870 e 1910. A expressão economics foi

popularizada na língua inglesa por economistas neoclássicos como Alfred Marshall, como substituto para „economia política‟. A economia neoclássica

sistematizou a oferta e demanda como determinantes conjuntos do preço e da quantidade transacionada em um equilíbrio de mercado, afetando tanto

a alocação da produção quanto a distribuição de renda. Ela dispensou a teoria do valor-trabalho em favor da teoria do valor-utilidade marginal no lado

da demanda e uma teoria mais geral de custos no lado da oferta.

Na microeconomia, a economia neoclássica diz que os incentivos e os custos têm um papel importante no processo de tomada de decisão. Um

exemplo imediato disso é a teoria do consumidor da demanda individual, que isola como os preços (enquanto custos) e a renda afetam a quantidade

demandada. Na macroeconomia é refletida numa antiga e duradoura síntese neoclássica com a macroeconomia keynesiana.

A economia neoclássica é a base do que hoje é chamada economia ortodoxa, tanto pelos críticos quanto pelos simpatizantes, mas com muitos

refinamentos que ou complementam ou generalizam as análises anteriores, como a econometria, a teoria dos jogos, a análise das falhas de mercado

e da competição imperfeita, assim como o modelo neoclássico do crescimento econômico para a análise das variáveis de longo-prazo que afetam a

renda nacional.

Logo, esse conjunto de economistas cujas idéias predominaram entre o final do século XIX até a crise de 1929. Negam a teoria do valor trabalho,

afirmando que o valor das mercadorias seria determinado em função de sua utilidade marginal. Segundo essa escola, na economia prevalece a lei da

oferta e da procura.

NOTA

Exemplo de Utilidade Marginal

Se você estivesse assistindo a um jogo de futebol, com o estádio lotado, e sentisse sede. Dentro do estádio você pagaria pelo primeiro copo

de água a R$ 5,00, pois seria grande sua utilidade. Até o segundo ou terceiro copo você pagaria este valor, no entanto os copos

subseqüentes teriam menor utilidade, consequentemente menor valor. Ao sair do estádio, tendo sua sede saciada, mesmo que o vendedor

lhe oferecesse o produto a R$ 0,20 centavos, não lhe despertaria interesse.

Alfred Marshall (1842-1924 ), matemático que se tornou economista, neoclássico da escola de Cambridge, é um vulto importante da história do

pensamento econômico. A sua obra principal chama-se "Princípios de Economia" e foi escrita em 1890. É esta a obra que tem servido de base à

formação em economia.

Alfred Marshall é considerado o percussor da Economia do Bem-Estar já que o seu objetivo explicita na análise econômica era encontrar solução

para os problemas sociais.

Para Marshall a Economia Política estuda a atividade individual e social para atingir o bem-estar. Para ele o processo econômico visa atender às

aspirações humanas e à satisfação das suas necessidades materiais. Marshall tem a preocupação de mostrar como o funcionamento dos mercados

pode garantir a boa utilização dos recursos disponíveis.

ESCOLA KEYNESIANA

John Maynard Keynes grandemente considerado um dos maiores nomes da economia. A economia keynesiana deriva de John Maynard Keynes, em

particular do seu livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936), que deu início à macroeconomia como um campo de estudo distinto. O

livro foca nos determinantes da renda nacional no curto prazo, em que os preços são relativamente inflexíveis. Keynes tentou explicar com riqueza de

detalhes teóricos por que o alto desemprego poderia não ser auto-corrigido devido a baixa “demanda efetiva” e por que mesmo a flexibilidade dos

preços e a política monetária pode não ser suficientes para corrigir a situação. Expressão como “revolucionário” foram aplicadas ao livro devido ao

seu impacto na análise econômica.

A economia keynesiana teve dois sucessores. A economia pós-keynesiana também se concentra na rigidez e nos processos de ajustes

macroeconômicos. Pesquisa a respeito dos micros fundamentos para os seus modelos é tida como baseada em práticas da vida real e não

simplesmente em modelos otimizadores. É geralmente associada à Universidade de Cambridge e à obra de Joan Robinson. A nova economia

keynesiana também está associada com desenvolvimentos à maneira keynesiana. Nessa escola os pesquisadores tendem a compartilhar com outros

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economistas a ênfase nos modelos que aplicam os micro fundamentos e comportamento maximizador, mas com um foco mais restrito, nos temas

keynesianos padrão, como preço e rigidez dos salários.

Outras escolas. .

Outras escolas reconhecidas ou linhas de pensamento relacionadas a um estilo próprio de fazer economia, disseminadas por um grupo bem

conhecido de acadêmicos incluem a escola austríaca, Escola de Chicago, a escola de Freiburg, a escola de Lausanne e a escola de Estocolmo.

Dentro da macroeconomia há, em ordem geral de aparecimento na literatura: economia clássica, economia keynesiana, a síntese neoclássica,

economia pós keynesiana, monetarismo, nova economia clássica e economia do lado da oferta. Novos desenvolvimentos alternativos incluem

economia ecológica, economia evolucionária, teoria da dependência, economia estruturalista, teoria dos juros da abstinência e teoria dos sistemas

mundiais.

O principal trabalho de J.M. Keynes, intitulado Teoria Geral do emprego do juro e da moeda refuta algumas teses da escola clássica e dos

neoclássicos, principalmente a idéia de que o pleno emprego é uma situação pouco comum na economia, desse modo podem ocorrer crises de

demanda. Além disso, Keynes também irá afirmar que o equilíbrio na economia pode ocorrer abaixo do nível de pleno emprego.

John Maynard Keynes é um vulto importante da história do pensamento econômico. A sua obra principal chama-se "A Teoria Geral do Emprego, do

Juro e da Moeda" e foi escrita em 1936. Este livro foi, sem dúvida alguma, o que mais influência teve na vida das sociedades industrializadas após a

segunda guerra mundial.

A obra de Keynes foi a resposta à crise em que mergulhou a Economia Política de então, dominada pelas correntes marginalistas, incapaz de

explicar a grande depressão que assolou o mundo ocidental nos anos trinta do século passado.

De acordo com keynes o Estado pode ter um papel muito importante no evitar das crises econômicas se aumentar as despesas públicas impedindo

assim a quebra da procura agregada no momento em que esta se contrai motivada pelas expectativas desfavoráveis dos agentes privados.

Na opinião de Keynes "As ideias dos economistas, certas ou erradas, têm mais importância do que geralmente se pensa. Na realidade, o mundo é

quase exclusivamente governado por eles.

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ATIVIDADES P/ REFLEXÃO. (Ler o texto com eficácia e resolva s questão abaixo). 1. Assinale a alternativa correta:

As escolas do pensamento econômico que acreditam no equilíbrio de mercado, a partir da lei da oferta e procura são: a) Clássica e marxista;

b) Neoclássica e Marxista;

c) Clássica e Neoclássica;

d) Marxista e Keynesiana;

e) Nenhuma das escolas.

2. Conceitue economia e defina qual é seu principal objeto de estudo.

3. Qual é o principal objetivo do estudo econômico?

4. O que se pode designar como sendo os problemas econômicos fundamentais? Explique-os.

5. Por que se diz que a economia é uma ciência social?

6. Defina “Fatores de Produção”.

7. Qual a relação entre “fatores produtivos” e “necessidades humanas”?

8. No que se constitui economia Planificada‟?

9. Explique o sistema capitalista (sumariamente)

10. Quem toma as decisões no sistema socialista? E no capitalista?

11. O que significa sistema de economia mista?

12. Em que modelo de economia se faz presente a livre concorrência?

13. Explique os conceitos de bens livres e bens econômicos?

14. Explique o conceito de mais-valia.

15. Explique o que são bens de consumo e bens de capital.

16. Faça uma correlação entre fatores produtivos e suas remunerações:

1. Terra Lucros

2. Capital Salário

3. Capacidade empresarial Renda

4. Trabalho Juros

17. Identifique a alternativa correta:

a) Mão-de-obra, terra, matérias primas são bens econômicos.

b) O objeto da economia é o patrimônio das entidades.

c) O objetivo da economia é fornecer informações para tomadas de decisões. d) Fatores de produção são limitados e as necessidades humanas ilimitadas originam-se os problemas econômicos fundamentais.

e) Fatores econômicos constituem-se em bens tangíveis e intangíveis.

18. Identifique a alternativa incorreta:

a) Escolha; Escassez; Necessidades; Recursos; Produção; Distribuição constitui-se a base e o objeto do estudo da Ciência Econômica: b) O problema central do estudo da economia está, justamente, como alocar recursos produtivos ou fatores de produção limitados, de forma a atender ao

máximo ás necessidades humanas ilimitadas.

c) Da escassez dos recursos produtivos ou fatores de produção, associada às necessidades ilimitadas do homem origina-se os chamados problemas

econômicos fundamentais

d) Os problemas econômicos fundamentais: O quê e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?

e) A economia é uma ciência que se utiliza da matemática e da estatística, por isso, mesmo, é uma ciência exata.

19. Identifique as alternativas Verdadeiras e Falsas:

a) Bens livres são os bens oferecidos a sociedade pelas empresas que os produzem para satisfazer suas necessidades. b) Bens econômicos são obtidos através do processo de produção através dos recursos produtivos existentes na sociedade.

c) Bens de consumo são bens para serem ingerido para garantia da sobrevivência.

d) Bens de capital são aqueles que possibilitam a produção de outros bens.

e) Bens vitais são os bens constituídos de vitaminas e sais minerais, oriundos da natureza.

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20. O que constitui „Mais valia‟?

a) Corresponde ao conceito do bem que tem mais valor.

b) Corresponde ao conceito do bem que valia mais, mas sofreu desvalorização com o passar do tempo.

c) É o excedente produzido não pago ao trabalhador por fazer hora extra.

d) É o excedente produzido não pago ao trabalhador. e) É o excedente produzido não pago ao trabalhador pela questão relativa a produtividade.

21. Defina Custo de Oportunidade:

a) É o Custo da Renúncia por optar (Decidir) por uma alternativa em detrimento de outra.

b) É o Custo da referente a produção de bens e serviços para atender as necessidades da sociedade.

c) É o Custo da referente a produção de bens escassos para atender as necessidades humanas.

d) É o Custo da referente aos recursos escassos diante das necessidades humanas ilimitadas.

e) É o Custo da renuncia dos recursos limitados diante das necessidades humanas ilimitadas.

22. VERDADEIRO ( ) ou FALSO ( ) Um sistema ideal deveria obter elevada eficiência produtiva (corretas opções econômicas e tecnológicas), combinada com apreciável eficiência distributiva (distribuição da produção elaborada de forma justa e socialmente).

23. VERDADEIRO ( ) ou FALSO ( ) Há um consenso em torno da definição da economia como a “Ciência social que busca administrar os recursos escassos

frente às necessidades humanas ilimitadas”.

24. Defina sucintamente o conceito de microeconomia:

25. CORRETO ( ) ou INCORRETO ( ) Análise Macroeconômica: A análise macroeconômica se desdobra em dois conjuntos:

Teoria do Equilíbrio e do Crescimento: São conceituados e calculados os principais indicadores do desempenho da economia como um todo: O Produto

Nacional e a Renda Nacional, bem como cada um de seus principais componentes (Análise global)

Teorias dos Agregados: São enfeixados os estudos sobre a Moeda, as Finanças Públicas, as Relações Internacionais e o desenvolvimento.

26. CORRETO ( ) ou INCORRETO ( ) Análise Macroeconômica: A análise macroeconômica se desdobra em dois conjuntos:

Teorias dos Agregados: São conceituados e calculados os principais indicadores do desempenho da economia como um todo: O Produto Nacional e a Renda Nacional, bem como cada um de seus principais componentes (Análise global)

Teoria do Equilíbrio e do Crescimento. São enfeixados os estudos sobre a Moeda, as Finanças Públicas, as Relações Internacionais e o desenvolvimento.

27. A afirmação abaixo é POSITIVA ( ) ou NEGATIVA ( ):

Tanto a Teoria microeconômica quanto a Teoria Macroeconômica pertencem a Economia Positiva – que por sua vez divide-se em Economia Descritiva e Teoria

Econômica. Pode-se dizer que a Economia Positiva (Economia Descritiva e Teoria Economia) são bases conceituais e instrumentais importante para a definição

da Política Econômica.

28. Verdadeiro ( ) ou FALSO ( ) A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação chega a zero dizemos que houve uma

estabilidade nos preços.

29. Identifique a alternativa correta:

a) Política Econômica: Ocupa-se definir os instrumentos para operar a teoria econômica com vista á objetivos estabelecidos.

b) Política Econômica: Ocupa-se de instrumentar a política econômica com vista á objetivos preestabelecidos.

c) Política Econômica: Ocupa-se aplicações de instrumentos desenvolvidos pela teoria econômica com vista á objetivos preestabelecidos.

d) Cuida, individualmente, do comportamento dos consumidores e produtores, com vistas á compreensão do funcionamento geral do sistema econômico. e) Cuida do dos agregados econômicos, ocupando-se de magnitudes globais, com vistas á determinação das condições de crescimento e equilíbrio do

sistema econômico.

30. CORRETO ( ) ou INCORRETO ( ) Sistema capitalista, ou Economia de Mercado: Nesse modelo teríamos a situação exatamente oposta à situação de economia

planificada. As decisões na economia seriam tomadas pelo Governo Central. Os agentes econômicos teriam plena liberdade para produzir o que bem entendesse, na quantidade que desejasse e utilizando as tecnologias que achassem mais adequadas. A produção ocorreria em função da oferta e da procura.

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31. CORRETO ( ) ou INCORRETO ( ) Sistema capitalista, ou Economia de Mercado: Nesse modelo teríamos a situação exatamente oposta à situação de economia

planificada. As decisões na economia seriam tomadas pelos indivíduos. Os agentes econômicos teriam plena liberdade para produzir o que bem entendesse,

na quantidade que desejasse e utilizando as tecnologias que achassem mais adequadas. A produção ocorreria em função da oferta e da procura.

32. O que se entende por ECONOMIA NORMATIVA: a) È a economia descritiva e teoria econômica propriamente dito.

b) É constituído pela análise microeconômica.

c) Trata-se da analise macroeconômica.

d) Teoria geral do equilíbrio e do crescimento.

e) É constituído pela Política Econômica.

33. A estrutura constitutiva dos sistemas econômicos pode ser decomposto em três grandes grupos de elementos básicos, quais sejam:

a) Estoques de Recurso Humanos, capital social e lucro.

b) Complexos de unidades de produção, recursos naturais e equipamentos.

c) Instituições, recursos humanos mobilizáveis e empresas produtoras. d) Estoques de Recurso Humanos, capital social, empresas produtoras e lucros.

e) Estoques de recursos produtivos, complexos de unidades de produção e conjuntos de instituições.

34. Identifique a alternativa certa:

a) Economia composta: Nesse modelo os indivíduos decidem o que será produzido, no entanto, há interferência do Estado na tomada de decisão. b) Economia política: Nesse modelo os indivíduos decidem o que será produzido, no entanto há interferência do Estado é muito forte.

c) Economia Mista: Nesse modelo os indivíduos decidem o que será produzido, no entanto, há interferência do Estado é muito presente.

d) Economia socialista: Nesse modelo os indivíduos decidem o que será produzido, no entanto, há interferência do Estado na tomada de decisão.

e) Economia Mista: Nesse modelo os indivíduos decidem o que será produzido, no entanto, há interferência do Estado na tomada de decisão.

35. De acordo com as escolas do pensamento econômico que temos conhecimento, quais idéias mais se aproximam da economia contemporânea?

36. Estabeleça relações dos conceitos utilizando-se as letras de A a E

FATORES PRODUTIVOS REMUNERAÇÃO DOS FATORES

A. TRABALHO LUCROS

B. CAPITAL SALÁRIOS

C. CAPACIDADE EMPRESARIAL JUROS

D. CAPACIDADE TECNOLOGIA RENDA

E. TERRA ROYALTY

37. Explica cuidadosamente o que constitui os „Elementos Básicos do Sistema Econômico‟ denominado de 1estoques de recursos produtivos:

38. Dentro dos “Elementos Básicos do Sistema Econômico‟, quais são o conjunto de instituições?

39. Defina sistema Político Econômico e quais são esses sistemas?

40. A partir do texto estudado elabore três problematizações (perguntas) coerentes e coesas.

Estudar é tornar o

desconhecido conhecido

Sabedoria é saber que sabe o que se sabe e saber que não sabe o não se sabe.