Aspectos Ambientais e Impactos Ambientais Apresentao 1207055708234886 3
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1. Núcleo de Estudos Ambientais-Projetos e Naturezas e
Trajetórias do Jaguary
O projeto de Pesquisa Sociedade e Naturezas que vem sendo
desenvolvido pelo Prof. Dr. João Luiz de Moraes Hoeffel e a Profa. Ms. Almerinda
Antonia Barbosa Fadini tem como seu objetivo geral apresentar, dentro de uma
perspectiva histórica:
A evolução da problemática ambiental no compartimento da Região
Bragantina, caracterizando as estrutura básica;
As diferentes concepções sobre o mundo natural existente e seus reflexos nas
propostas de intervenção decorrentes;
Elaborar plano de manejo adequado e cenário prognosticam para o referido
compartimento.
O projeto utiliza como área de estudo o compartimento ambiental denominado
de região Bragantina, banhada pelas Bacias Hidrográficas dos Rios Jaguary e a
Atibaia.Uma das características deste compartimento ambiental é a abundante de
recursos hídricos com a presença de nascentes e pontos de captação de importância
regional que levaram à construção do Sistema Cantareira, a principal fonte de recursos
hídricos para as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Campinas.
O Projeto “Sociedades e Naturezas” envolvem levantamento sobre a realidade
ambiental da área de estudo e a elaboração de um programa ideal de sustentabilidade,
associado a um programa de educação ambiental e propostas de atividades econômicas
ambientalmente adequadas como, por exemplo, de turismo ambiental.
A pesquisa esta centrada na caracterização de dois eixos importantes que estão
relacionados com características sócio-ambientais e culturais da Região Bragantina:
-Eixo da Rodovia D. Pedro I envolvendo como área de trabalho a Bacia do Rio
Atibaia.Os estudos de campo, as atividades de pesquisa e as propostas de planejamento
e educação ambiental para este eixo estão centrados na Bacia Ribeirão do Moinho,
2
afluente do Rio Atibainha, formador do Rio Atibaia, que representa diversos elementos
que refletem a problemática ambiental da Região Bragantina.
A Bacia do Ribeirão do moinho, localizada de Nazaré Paulista –SP é um
contribuinte importante para o Reservatório do Rio Atibainha que compõe o Sistema
Cantareira, que apresenta um núcleo urbano com características culturais importantes
e atualmente em sofrendo intensos processos de urbanização e parcelamento do
solo.Outro ponto significativo é a expansão do uso turístico associado a chácaras e
lazer que também contribui significativamente para diversos problemas ambientais
verificando tanto no entorno do Reservatório do Rio Atibainha quanto em outras áreas
da região Bragantina.
-Eixo da Rodovia Fernão Dias envolvendo como área de trabalho a Bacia do
Rio Jaguary. Os estudos de campo, as atividades de pesquisa e as propostas de
planejamento e educação ambiental para este encontram-se centradas do Distrito de
Monte Verde, município de Camanducaia-MG.A escolha desta área justifica-se em
função do Distrito de Monte verde conter importantes áreas de nascentes da Bacia do
Rio Jaguary e ser um núcleo turístico em expansão que não tem apresentado
preocupações com questões ambientais, situação que vem gerando reflexos diversos
tanto na qualidade quanto na quantidade dos recursos hídricos regionais.
O Projeto Sociedades e Naturezas vêm incentivando a participação de alunos de
graduação do Curso e de outros cursos da Universidade São Francisco, em programas
de Iniciação Científicas. Os alunos bolsistas têm participado ativamente de todas as
etapas da pesquisas, tanto em suas vertentes teóricas quanto práticas, de forma a
familiariza-los com as diversas fases da metodologia científica.
A partir de 2003 com a aprovação do Auxilio a pesquisa pela FAPESP do
Projeto Trajetórias do Jaguary, o grupo de pesquisa consolidou-se como Núcleo de
Estudos Ambientais-Sociedades e Naturezas (NEA-SN).
O NEA-SN, atualmente conta com duas alunas do 5° semestre de turismo, bolsistas de
treinamento técnico I e duas ex-alunas bolsistas de treinamento técnico XIII
FAPESP,além de dois alunos voluntários.
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1.1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS
O território brasileiro é constituído por importantes bacias hidrográficas,
sendo a do Rio Amazonas, do Rio Tocantins e a do Rio São Francisco, além de dois
complexos de Bacias, o do Prata e do Atlântico. O complexo da Bacia Hidrográfica do
Prata é constituído por três outras bacias: Alto Paraguai, Paraná e Uruguai e o
complexo atlântico é subdividido em Atlântico Norte, Atlântico Nordeste, Atlântico
Leste 1, Atlântico Leste 2 e Sudeste (SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS,
1998).
Uma bacia hidrográfica é constituída por um rio principal e seus afluentes, e com
o avanço das tecnologias e do despertar para o desenvolvimento muitas vezes
desenfreado e dos grandes impactos que isso gera na natureza, observa-se cada vez
mais a destruição dos rios e a perda da biodiversidade.
Segundo a Convenção da Diversidade Biológica que ocorreu no Brasil durante a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada na
cidade do Rio de Janeiro, no período de 5 a 14 de junho de 1992, toda interação que a
humanidade provoca na Terra recebe o nome de impactos, sendo eles positivos ou
negativos, e o mais comum dos impactos que ocorrem em relação à natureza são os
diretamente ligados ao solo.
Existem diversos tipos de impactos causados pela degradação e uso indevido
dos solos e das bacias hidrográficas e segundo Araujo, Almeida & Guerra (2005) eles
podem ser classificados em Erosão, Deterioração Química, Deterioração Física,
Desertificação:
1) Erosão: É a perda da camada Superficial do solo pela ação da água e/ou vento,
reduzindo assim a fertilidade dos solos, a capacidade de retenção de água, e os
nutrientes do solo são facilmente perdidos;
2) Deterioração Química: esta pode ser constituída em quatro tipos:
a) Perda dos nutrientes do solo, ou matéria orgânica, por ação da erosão;
b) Salinização ou a concentração de sais na camada superior do solo, que ocorre
pela má irrigação, ou alta concentração de sais na água, invasão da água do
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mar ou águas subterrâneas salinas em reservatórios de água de boa qualidade,
e atividades humanas que elevam a evaporação em solos com material salino;
c) Acidificação, que pode ocorrer pela aplicação excessiva de fertilizantes, ou por
conta da drenagem em determinados tipos de solos;
d) Poluição de diversas origens, que reduz drasticamente o potencial agrícola dos
solos;
3) Deterioração Física, esta é constituída por três tipos:
a) Compactação do solo: ocorre pelo uso de máquinas pesadas ou pisoteamento
do solo pelo gado, ou ainda pelo impacto das gotas de chuvas;
b) Elevação do Lençol Freático, por causa da dificuldade de drenagem do solo;
c) Subsidência (isto é, o rebaixamento da superfície da terra) de solos orgânicos,
causados pela drenagem ou oxidação;
4) Desertificação: é a redução de processos vitais nos ambientes. Tem sido usado para
especificar a expansão de áreas desérticas em países de clima quente e seco. Há fortes
evidências de que resultam, em muitos casos, das formas antibiologizantes
desenvolvidas pelas atividades humanas. Implica, portanto, na redução das condições
agrícolas do planeta. Milhares de hectares de terras produtivas são transformados em
zonas irrecuperáveis anualmente no mundo. Para tanto, contribuem o desmatamento, o
uso de tecnologias agropecuárias inadequadas e as queimadas.
Com base nestes impactos que podem ser causados no meio ambiente, é possível
analisar algumas conseqüências disso na vida dos seres humanos, mas isso só vem em
decorrência da má utilização dos recursos naturais, que tem acompanhado a
civilização desde o surgimento das primeiras cidades.
A maioria das cidades cresceram as margens dos grandes rios, e um dos
exemplos mais importantes que temos da importância dos rios para a vida foi o do
desenvolvimento da civilização egípcia, que desabrochou as margens do Rio Nilo.
Outras civilizações também tiveram seu florescimento em torno dos rios, sempre
dependendo da utilização dos recursos naturais e principalmente no que diz respeito
aos recursos hídricos e a destruição acarreta sempre em sérias conseqüências para
aqueles que dependem desses recursos.
Muitos povos pelo uso indevido pagaram com alto preço chegando à extinção
de sua cultura, ou mesmo escravizados por outras nações, como é o caso de alguns
povos que viviam na América Central, que esgotaram todo o recurso natural a sua
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volta, tornando assim mais difícil a vida, tanto com a destruição das árvores, como
poluição dos rios e lagos que tinham. (FERMINO.,2008)
O uso indevido dos rios e seus afluentes são motivos de preocupação devido à
importância que a água tem para a manutenção da vida na Terra, todavia a
humanidade utiliza-se dos recursos naturais para poder sobreviver assim como toda
a sorte de seres vivos.
Para que a variabilidade de organismos vivos seja mantida, pode-se contar com
áreas denominadas Unidades de Conservação (UC’s), que são locais de proteção
ambiental estabelecidos legalmente, onde se visa à proteção da natureza, para que
ocorra uma continuidade da biodiversidade. Diversas UC’s estão sendo criadas na
atualidade, e com isso é necessário ter ciência da importância destes locais e tomar
as devidas providências para sua preservação.
No Brasil, as Unidades de Conservação (UC´s) foram criadas com o objetivo de
minimizar os impactos ambientais causados pela ocupação desordenada em áreas com
características naturais e culturais singulares, assim como difundir na sociedade a
importância da preservação e conservação (SÃO PAULO, 2000).
Nesta perspectiva este trabalho tem por objetivo analisar as dinâmicas de uso
do solo e seus impactos sócio-ambientais na Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia
espeficicamente na porção localizada no Município de Itapeva, em Minas Gerais.
1.1.2 Caracterizações da área de estudo
1.1.3 Referências Históricas:
Através dos dados coletados junto ao Acervo Municipal de Itapeva (s/data) este
município teve sua origem na passagem dos bandeirantes que desbravaram a região
à procura de ouro e esmeraldas e que pernoitavam naquele local. A história do
município de Itapeva é bastante recente. Um dos primeiros habitantes foram Heitor
Clemente e Bento dos Santos, que doaram meio alqueire de terra a São Sebastião,
onde foi construída uma igreja, tendo este santo como padroeiro da cidade. Surgem
então em volta da mesma, algumas casas formando uma praça. O primeiro nome de
Itapeva foi Pouso Alegre, dado pelos que por aqui pernoitavam.
Somente em 1948 foi criado o Distrito de Itapeva e a partir de 1962 é que
ocorreu um maior desenvolvimento administrativo, econômico e político ocorreu,
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quando houve seu desligamento de Camanducaia. Este território pertencia ao
município de Camanducaia e com o aumento de casas passou a categoria de vila e,
mais tarde foi levado à condição de distrito pela lei 366 de 27/12/1948, a qual
estabeleceu a divisão administrativa e judiciária do estado de Minas Gerais. Alguns
dados informam a data do dia 30/12/1963 para a emancipação, passando a
categoria de município.
O Governador do Estado, Dr. José de Magalhães Pinto, sancionou a lei 2.764,
na qual continha a divisão administrativa do Estado de Minas Gerais e declarava a
criação do município de Itapeva. Sua emancipação foi oficializada em 10/03/1963.
O nome Itapeva significa “Pedra Chata” em Tupi Guarani. O aniversário da cidade
é comemorado no dia 1º de março.
O município, considerado de pequeno porte, apresenta aproximadamente 7.952
habitantes e tem sua economia baseada na agropecuária. Como atrativos naturais e
culturais, além de outros, o município oferece a Cachoeira do Augusto Caipira, com
várias quedas d'águas; a Fazenda, que produz flores tipo exportação e a Pedra
Chata, onde existem piscinas naturais, formadas pelas pedras do local.
1.1.4 Aspectos econômicos
A estrutura econômica do município baseia-se na agricultura, pecuária e
comércio, sendo que a agricultura baseia-se em produtos agrícolas cultivados a batata,
feijão, milho, morango, mandioquinha, repolho, couve-flor, cenoura, tomate e flores; a
pecuária em sua grande maioria com gado bovino leiteiro e de corte e em menor
quantidade suínos, eqüinos, aves em geral, principalmente galináceos e ranicultura e o
comércio que apresenta algumas empresas como: a DUBAR, Xiboquinha, Plascotec
Indústria de Fios e Cabos LTDA, ACMOS LTDA, Starminas do Brasil S.A., IMPACTO,
UNICOASTING, Supermercado Suriane, Padaria Central, Pizzaria Paradise.
1.1.5 Aspectos sociais
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Grande parte da população se dedica ao transporte de carretas e caminhões,
oferecendo muitos empregos aos carreteiros, destacando-se a importância desta
profissão que há até uma tradicional festa no mês de julho para homenagens à
categoria. A proximidade com o município de Extrema e Camanducaia,
conseqüentemente com seus parques industriais, possibilita o fluxo diário de pessoas
àqueles municípios para que trabalhem nos mais diversos segmentos industriais,
embora o município esteja iniciando seu processo de industrialização, já contando com
as empresas DUBAR, ACMOS, PLASCOTEC, STARMINAS, UNICOASTING,
IMPACTO. A existência em Itapeva de pequenas confecções e comércios abre também
espaço para emprego às mulheres. Destaca-se, também, a FAZENDA TROPICAL
FLORES ,que inclusive cede nome ao bairro que a abriga e que dista da sede da cidade
à 12 km. Esta fazenda cultiva rosas para exportação, sendo os principais Estados
Unidos, Argentina, Holanda, Itália, e Japão.
Foto: Fazenda Tropical Flores (Godoi.R.A)
1.1.6 Localização
O município de Itapeva localizada no extremo sul de Minas Gerais, situa-se às
margens da Rodovia Fernão Dias (BR-381), na encosta da Serra da Mantiqueira, dista-
se 115 km de São Paulo/SP e 469 km de Belo Horizonte/MG, ocupando uma área de
183 km², é banhada pelas águas do Rio Camanducaia e se abriga nas Serra da
Mantiqueira. Os municípios limítrofes são: Camanducaia, Cambuí, Munhoz, Toledo e
Extrema.
1.1.7 Hidrologia
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O município é banhado pelos rios Camanducaia, Rio Sertão Grande e por sub-
bacias hidrográficas localizadas nas zonas rural e urbana do município.
1.1.8 Clima
O município apresenta clima tropical de altitude, proporcionando um clima
temperado com verões e invernos suaves. A temperatura média anual é de 24º C. Em
relação ao período de chuvas o índice pluviométrico anual é de mais ou menos 1.800
mm. No conjunto, Itapeva apresenta um clima agradável e apreciado pelos
munícipes e pelos visitantes.(www.inpe.com.br)
1.1.9 Relevo
O município situa-se no extremo sul do Estado de Minas Gerais, junto à Serra
da Mantiqueira (espigão sul), possuindo conseqüentemente relevo bastante
acidentado.
1.1.10 Vegetação
Há grande área com vegetação rasteira, campos antrópicos, (campos e
cerrados), servindo de pastagens para animais e também, reservas florestais.
1.1.11 Sistemas demográficos
Aproximadamente 7.952 habitantes, dos quais 4.540 aproximadamente são
eleitores. Cerca de 4.000 habitantes moram na cidade e os outros na zona rural.
1.1.12 Saneamento básico
Água canalizada (Copasa), COLETA DE ESGOTO, NÃO SENDO REALIZADO
O TRATAMENTO DO MESMO, coleta de lixo, energia elétrica Bragantina S/A.
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral:
Esse trabalho tem por objetivo realizar o levantamento dos sentimentos
topofilicos das pessoas que vivem no entorno do Ribeirão da Olaria, assim como um
levantamento socioeconômico do mesmo.
2.2 Objetivos específicos:
- Levantar bibliografia sobre diagnóstico sócio-ambiental e gestão e planejamento
de Áreas de Proteção Ambiental;
- Verificar, através de estudos de campo e de material cartográfico, como os
processos de ocupação do entorno da sub-bacia hidrográfica do Rio Camanducaia
contribuem para as transformações ambientais na área de estudo;
- Coletar dados sócio-econômicos, ambientais e culturais do Município de Itapeva,
localizado no extremo sul de Minas Gerais;
- Coletar dados sobre a Área de Proteção Ambiental Fernão Dias e seu processo de
criação e regulamentação e acompanhar o trabalho da mesma no Município em
Estudo;
- Identificar e caracterizar as principais atividades econômicas e os diferentes usos
do solo, rurais e urbanos, na área de estudo;
- Aplicar metodologia sobre percepção ambiental na área de estudo buscando
contribuir em ações de educação ambiental;
- Caracterizar os principais impactos ambientais decorrentes dos diferentes usos do
solo na área de estudo.
- Conhecer como a comunidade e os órgãos competentes utilizam os recursos
naturais disponíveis no município;
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- Analisar a questão da sustentabilidade no município para que possa ser mantida e
melhorada a qualidade de vida.
3. METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos utilizados envolvem levantamento
bibliográfico sobre conservação de bacias hidrográficas, e sobre os impactos causados
por diferentes atividades antrópicas.
Foi realizado o levantamento dos dados da área a ser estudada através de
entrevistas, aplicação de questionários para levantamento da realidade ambiental,
coleta de dados secundários junto aos diversos órgãos governamentais (Prefeituras
Municipais, Secretarias de Meio Ambiente municipal e estadual, IBAMA, IBGE, IEF,
etc.) e não governamentais (Associações representativas da Sociedade Civil,
Universidades Privadas, etc.) atuantes na região, e por pesquisas de campo, de forma a
identificar as características culturais, naturais e sócio-econômicas regionais.
A metodologia para a realização dos estudos e análises de alterações
ambientais na Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia teve como base as pesquisas
desenvolvidas por Fermino (2008), Fadini (1998 e 2005) e Santos (2004), sobre uso e
ocupação do solo através da tecnologia de geoprocessamento. Foi utilizada também, a
Matriz de Leopold apud Tommasi (1994) e, o trabalho de Piva (2003), para a
identificação e interação dos impactos sócio-ambientais, que permitem avaliar os
principais impactos e as suas interdependências com as ações ocorridas no meio
ambiente e no próprio sistema.
Foi analisado o programa que a APA Fernão Dias está desenvolvendo na região,
o qual foi utilizado na obtenção de dados sobre melhoria da qualidade de vida e melhor
utilização do solo.
Com base nesta metodologia, pode assim realizar um eventual programa de
educação ambiental no município.
O projeto envolveu um levantamento da realidade ambiental do município de
Itapeva, e uma caracterização das tendências atuais do uso e ocupação do solo e os
principais impactos decorrentes dos diferentes usos de solo na área de estudo.
11
Os resultados dos levantamentos de dados realizados foram agrupados em
categorias e apresentados em tabelas com base nos trabalhos desenvolvidos por Bardin
(1983). Os valores percentuais utilizados refletem números aproximados.
3.1 Materiais e Métodos
Os procedimentos metodológicos se distribuem em três etapas – planejamento,
processo e produto.
3.2 Planejamento:
Durante o planejamento estão previstas as seguintes atividades:
1. Levantamento geral de dados envolvendo um inventário ambiental da área de
estudo e a identificação de aspectos sócio-econômicos e culturais. As informações
foram obtidas por pesquisas de campo, coleta de relatos da população local e através
de consultas bibliográficas.
2. Sistematização de informações sobre a região, através da avaliação e análise
dos resultados de estudos e pesquisas já existentes.
3.3 Processo:
Esta fase envolveu a coleta de dados e registros fotográficos e foi acompanhada
de avaliações periódicas das ações adotadas.
3.4 Produto e Análise de Resultados:
Os dados foram analisados dentro de uma abordagem sistêmica (NOVO, 2002),
procurando integrar os diferentes aspectos – sociais, econômicos, e culturais. Após
análise, os dados foram sistematizados de forma a permitir os seguintes produtos:
1. Elaborar um diagnóstico sócio-ambiental do entorno do ribeirão da olaria
contribuinte da Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia;
2.Compor uma caracterização da problemática ambiental nos municípios
mineiros da Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia;
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3. Apresentar um quadro da realidade ambiental da área de estudo, incluindo
seus aspectos sócio-econômicos e culturais;
4. RIBEIRÃO DA OLARIA
4.1. A Bacia Hidrográfica do Ribeirão da Olaria e seus principais
impactos ambientais:
A área núcleo de estudos desta pesquisa é o Ribeirão da Olaria, e os usos do
solo no entorno do ribeirão em estudo. Verificou-se que ainda existe uma pequena
estrutura rural, onde se tem como base a criação de gado e um trecho totalmente
urbanizado, onde vem ocorrendo um serie de impactos ambientais no Ribeirão da
Olaria. Outras atividades tradicionais envolvem uma fabrica de farinha.
A área urbana do município de Itapeva vem crescendo muito devido a sua
localização as margens da BR 381 (Rodovia Fernão Dias), a disponibilidade de
recursos naturais e por estar próximo ao pólo industrial de Extrema, atraindo muitas
pessoas em busca de moradia, transformando Itapeva em uma cidade dormitório, além
do êxodo rural, onde a população busca cada vez melhores condições financeiras, nos
centros urbanos.
Para melhor estudar o Ribeirão da Olaria este foi zoneado em cinco áreas
distintas, a saber: área da nascente, área das casas, área da prefeitura, área
canalizada e área da Divinéia.
a) Área da Nascente: área onde estão localizadas as nascentes do Ribeirão em
estudo, e onde encontra-se uma intensa atividade agropecuária, com cultivo de
feijão e milho, e onde estão inseridas pequenas propriedades rurais,
abrangendo uma área onde o Ribeirão passa por várias transformações, onde
antigamente estava situado a caixa d’água municipal, que foi desativada pela
água não ser considerada potável pelos índices da COPASA, ainda hoje pode se
ver a existência de quatro famílias que bebem dessa água, por alegarem não ter
condições de pagar a taxa de manutenção da água, e por acharem que a água é
potável.
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b) Área das Casas: denominada assim por ser a parte do córrego que está em
contato com início da área urbana, onde já se nota uma intensa poluição por
esgotos domésticos e a presença de muitas casas, na Área de Preservação
Permanente (APP), e muitas casas estão em contato direto com o local de cheia
máxima do ribeirão em estudo;
c) Área da Prefeitura: área denominada assim por se ter a presença do
Almoxarifado e da Creche Municipal, onde é encontrado parte da área ao redor
do ribeirão totalmente degradada, com assoreamento, nenhuma presença de
mata ciliar, onde muitas pessoas depositam lixo para que possa ser realizada a
coleta, despejo do esgoto;
d) Área Canalizada: recebeu este nome por ser uma pequena área do ribeirão que
esta canalizada, uma área onde se pode notar a degradação do ribeirão e a
quantidade de água que se é perdida da nascente até onde ele vem a desaguar
no rio Camanducaia;
e) Área da Divinéia: recebe este nome por ser a parte do ribeirão que esta no
Bairro da Divinéia e por ser a parte que ele vem a desaguar no Rio
Camanducaia, ao decorrer deste percurso, muitas casas despejam seus esgotos,
e algumas fábricas entre elas uma fábrica de fermentados de cana-de-açúcar,
onde nota-se uma mudança drástica na coloração da água.
4. Resultados e Discussões :
4.1.1. Levantamento de dados:
Para identificar as diferentes percepções e concepções dos diversos atores
sociais da área de estudo utilizou-se a técnica de entrevista semi-estruturada proposta
por Laville & Dionne (1999) e Gaskell (2002) a qual é composta por uma série de
perguntas abertas feitas verbalmente que têm um papel de roteiro de entrevista ou
tópico guia do entrevistador.
O roteiro de entrevistas ou tópico guia foi composto por 25 questões, que
procuram evidenciar as concepções e percepções ambientais dos atores sociais com
base nos aspectos: percepção, valor e atitude (Tuan, 1980), que acabam por influenciar
direta e indiretamente o modo como a gestão local vem sendo determinada.
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Os resultados das entrevistas realizadas foram agrupados em categorias e
apresentados em tabelas com base nos trabalhos desenvolvidos por Bardin (1983). Os
valores percentuais utilizados refletem números aproximados.
4.1.1. Levantamento de dados:
O levantamento do perfil sócio-econômico foi importante para a caracterização
dos diferentes atores sociais que atuam de formas diversas na área de estudo, sendo
este estudo dividido em: sexo, faixa etária, grau de escolaridade, renda mensal
familiar, ocupação e procedência.
Sexo:
Tabela 4.1 – Sexo
Categorias
População do Ribeirão
da Olaria
Nº %
Masculino 9 45
Feminino 11 55
Total 20 100
Da quantidade dos moradores, a maior parcela foi de pessoas do sexo feminino
(55%), sendo somente 45% a população masculina.
Tabela 4.2 – Faixa etária
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
De 18 a 30 anos 5 25
15
De 31 a 40 anos 8 40
De 41 a 50 anos 3 15
De 51 a 60 anos 2 10
De 61 a 70 anos 2 10
Total 20 100
Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se uma maior
quantidade de pessoas na faixa etária de 31 a 40 anos, representando um total de 40%.
Tabela 4.3– Tempo de Residência no Município de Itapeva
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
De 1 a 5 anos 2 10
De 11 a 20 anos 1 5
De 21 a 30 anos 15 55
De 31 a 50 anos 2 10
Total 20 100
Verificou-se que a maior parte dos moradores residem no município de Itapeva
de 21 a 30 anos, representado 75%.
Tabela 4.4 – Grau de escolaridade
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Ensino Fundamental Incompleto 9 45
Ensino Fundamental Completo 3 15
Ensino Médio Incompleto 3 15
Ensino Médio Completo 5 25
Total 20 100
16
Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se uma grande
parte que não concluíram o ensino fundamental, representando um total de 45%.
Tabela 4.5– Renda mensal familiar
Categorias
População do Ribeirão
da Olaria
Nº %
Até 1 salário mínimo 1 5
Até 2 salários mínimos 12 60
De 2 a 5 salários mínimos 5 25
De 5 a 10 salários mínimos 2 10
De 10 a 30 salários mínimos 0 0
Total 20 100
Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, a maior quantidade de
pessoas possui uma renda mensal de até 2 salários mínimos representando 60%.
Tabela 4.6-procedência
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
N° Nº
Região Bragantina* 2 10
São Paulo/Capital e outras cidades
paulistas 4 20
Região Nordeste 3 15
Outras cidades mineiras 11 55
Total 20 100
Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se a maior
quantidade de pessoas que nasceram em outras cidades mineiras, representado 55%.
17
Tabela 4.7 – Usos da Água nas Residências
Categorias
População do Ribeirão
da Olaria
Nº %
Poço/Mina 2 10
Encanada 18 90
Total 20 100
Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, 90% possuem água
encanada, e os outros 10% utilizam a água de poço/mina alegando não possuir renda
para pagar a taxa cobrada pela COPASA para manutenção da água.
Tabela 4.8– Destinação do esgoto
Categorias
População do
Ribeirão da Olaria
Nº %
No rio / “Céu Aberto” 20 100
Total 20 100
Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, todos depositam seus
esgotos a céu aberto.
Tabela 4.9 – Destinação do Lixo
Categorias
População do Ribeirão
da Olaria
Nº %
Coleta pública 20 100
Total 20 100
Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, 100% destinam seus lixos
para coleta publica.
18
Análise geral: infra-estrutura
Dos moradores do Ribeirão da Olaria quase todos utilizam água que é tratada
pela COPASA apenas duas famílias utilizam água do Ribeirão da Olaria devido a falta
de condições financeiras para pagar a taxa que é cobrada para manter a manutenção
da água.
Todo o esgoto gerado pelo município é apenas coletado, não possuindo nenhum
tipo de tratamento, e na maioria das casas ao entorno do Ribeirão da Olaria é lançado
a céu aberto, desaguando posteriormente no Rio Camanducaia.
Figura 4.1 do Ribeirão da Olaria(Godoi.R.A)
É de extrema importância enfatizar que todo o esgoto do município ocorre sem
nenhum tratamento comprometendo a qualidade da água e de vida em seu entorno,
embora não aconteça apenas somente no município de Itapeva, mas sim em varias
cidades brasileiras.
19
Figura 4.2 do Ribeirão Olaria(Godói.R.A)
Segundo os moradores do Ribeirão da Olaria o município faz coleta de lixo,
mas não é feita nenhuma atividade de reciclagem, mas sendo destinado ao aterro
controlado no município localizado no Bairro do Ribeirão Fundo, sendo realizada
coleta do lixo praticamente todos os dias revezando ora no período da tarde e ora no
período da manhã.
No passado o município não tinha aterro controlado, e os resíduos eram
depositados em um lixão situado no Bairro da Capetinga onde todo lixo ficava
armazenado em um relevo de declive e quando chovia grande parte daquele lixo era
lixiviado para um corpo de água a jusante.
Através desses relatos verifica-se que a ausência de infra-estrutura em um
município pode trazer muitos problemas como comprometimento da saúde e renda
familiar de varias pessoas que são afetadas devida a precária infra-estrutura do
município.
20
Estudo da percepção, valor e atitude dos atores sociais
Percepção:
Tabela 4.10 – Problemas Sócio-ambientais na Sub-bacia do Ribeirão
da Olaria
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Deficiência ou ausência de infra-
estrutura 6 30
Acúmulo de lixo 2 10
Poluição da água 1 5
Conflitos políticos 11 55
Total 20 100
A maior parte dos moradores (55%) vê como um dos principais problemas do
Ribeirão da Olaria os conflitos políticos, expressados como os conflitos políticos
devido a falta de organização no município, já que na gestão anterior o município teve
4 prefeitos e segundo os depoimentos houve falta de tempo para aqueles que estavam
no poder.
Tabela 4.11 – Mudanças ocorridas no entorno do Ribeirão da Olaria
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Não mudou 11 55
Aumento da violência 6 30
Aumento de pessoas de fora 3 15
Total 20 100
Verificou-se que 55% dos moradores destacaram que ao redor do Ribeirão não se mudou nada.
21
Tabela 4.12 – Atividade turística envolvendo o Ribeirão da Olaria
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
N° %
Esporte (futebol) 6 30
Não tem 14 70
Total 20 100
Verificou-se que 70% dos moradores disseram que não existem atividades
turísticas no Ribeirão da Olaria.
Tabela 4.13 – Conservação do Município
Categorias
População do Ribeirão
da Olaria
N° %
Sim 6 30
Não 14 70
Total 20 100
Verificou-se que 70% dos moradores do Ribeirão da Olaria, não consideram o
local ambientalmente conservado.
22
Tabela 4.14 – Município conservado/não conservado
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Acúmulo de lixo 8 40
Córrego poluído 5 25
Desmatamento 3 15
Má administração pública 4 20
Total 20 100
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se 40% que não
considera o Ribeirão conservado devido o acúmulo de lixo nas margens.
Tabela 4.15 – Causas dos problemas ambientais
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Não tem problemas 6 30
Falta de consciência
ambiental/educação/informação 3 15
Não respondeu 10 50
Falta de coleta seletiva e reciclagem 1 5
Total 20 100
Verificou-se que 50% dos moradores não souberam as causas dos problemas
ambientais enfrentados ao decorrer do córrego.
23
Tabela 4.16 – Nível de conservação do Ribeirão da Olaria
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Acúmulo de lixo 8 40
Córrego poluído 3 15
Desmatamento 2 10
Má administração pública 7 35
Total 20 100
Verificou-se que 40% não consideram o córrego conservado devido o acumulo
de lixo a suas margens.
Tabela 4.17 – Interpretação do termo qualidade de vida
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Bom relacionamento humano 8 40
Tudo 11 55
Não sei 1 5
Total 20 100
24
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, 55% consideram como
qualidade de vida tudo o que há no meio ambiente.
Tabela 4.18 – Conceito de Educação ambiental
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Respeitar a natureza 9 45
Não sei 2 10
Não poluir a natureza 6 30
Respeito com a natureza e o próximo 3 15
Total 20 100
A maior parte dos moradores compreende como educação ambiental - respeitar
a natureza e tudo o que nos fornece, representado 45%.
Tabela 4.19 – Passado do Ribeirão da Olaria antigamente
Categorias
População do Ribeirão
da Olaria
Nº %
Conservado 5 25
Não sabe 11 55
Não respondeu 4 20
Total 20 100
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se uma grande
maioria que não se sabe como era antigamente o Ribeirão devida a pouca idade que as
pessoas que moram nas margens do Ribeirão possuem,representando 55%.
Análise geral: percepção
No município de Itapeva pode se notar que grande parte dos entrevistados mora
desde o nascimento e uma pequena parte dos entrevistados moram a pouco tempo e não
conhecem o município por inteiro, assim esses entrevistados desconhecem alguns
problemas que vem sendo enfrentados no município.
25
A maioria dos problemas apontados no município estão relacionados a ausência
de infra estrutura e problemas políticos segundo os entrevistados da Bacia do Ribeirão
da Olaria.
Alguns dos problemas enfrentados pelos moradores entrevistados da Sub-bacia
do Ribeirão da Olaria são a falta de tratamento do esgoto do município que é todo
depositado a céu aberto ocasionando mau cheiro e comprometendo a qualidade de vida
dos moradores que estão situados no entorno do Ribeirão. Mas o mau cheiro também
afeta outros locais como a creche e uma escola municipal que estão pertos do Ribeirão.
Valor:
Tabela 4.20– Sentimento local - moradia/trabalho
Categorias
População do
Ribeirão da Olaria
Nº %
Sim 8 40
Não 12 60
Total 20 100
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se a maior parte 60%
que não gosta da onde eles moram,porque o município não oferece oportunidades de
emprego e lazer.
Tabela 4.21 – Sentimento Local - Motivos
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Nascido e criado 7 35
População hospitaleira 3 15
Amizade 6 30
Tranqüilidade do local 4 20
Total Parcial 20 100
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se a maior parte 35%
só vivem no local devido ter nascido e crescido na área de estudo.
26
Tabela 4.22– Atitude e Preservação
Categorias
População do
Ribeirão da Olaria
Nº %
Não sei 12 60
Obrigação da
prefeitura 8 40
Total 20 100
Verificou-se que 60% não sabem como o Ribeirão deve ser preservado.
Análise geral: valor
Dos moradores do Ribeirão da Olaria a maioria não gosta de onde mora devido
o município não fornecer empregos e lazer para os finais de semana, assim tendo que
sair pra outro município tanto para trabalhar quanto para se divertirem.
A maioria dos moradores desconhece como o Ribeirão da Olaria pode ser
conservado dentre essa maioria, alguns relatam que o Ribeirão é daquela forma devido
a problemas políticos que o município vem enfrentando.
Atitude
Tabela 4.23 – Participação e questões ambientais
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Sim 0 0
Não 20 100
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria,100% não participam de
instituições relacionadas as questões ambientais, porque não tem-se o interesse nestas
questões.
27
Tabela 4.24- Cuidado Local
Categorias
População do Ribeirão da
Olaria
Nº %
Poder Público 14 70
Todos 2 10
Moradores 4 20
Total 20 100
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, 70% acham que quem deve
cuidar do local é o Poder Público.
Tabela 4.25– Contribuição para a solução dos problemas ambientais
Categoria
População do Ribeirão da
Olaria
N° %
Não contribui 20 100
Contribui 0 0
Total 20 100
Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, todos acham que não
contribui para solução dos problemas ambientais que vem acontecendo no Ribeirão da
Olaria.
Análise geral: atitude
De todos os moradores do Ribeirão da Olaria, nenhum deles disse participar de
alguma instituição ligada ao meio ambiente, e de mesmo modo todos disseram que não
estão contribuindo, para soluções dos problemas ambientais detectados e mencionado
por eles conforme as tabelas: 4.10, 4.11 4.14, 4.15 e 4.16.
28
Podemos perceber pelos depoimentos como no exemplo abaixo, que existe um
sentimento das pessoas com o Ribeirão, demonstrando o que Tuan(1980) diz sobre
topofilia, ou seja, o sentimento de uma pessoa com algum lugar.
Assim neste depoimento pode ser notado que as pessoas não somente
perceberam as mudanças na administração publica, já que durante a realização deste
trabalho ocorreu a cinco vezes a troca de prefeito municipal, prejudicando assim o
desenvolvimento municipal. Durante toda a realização deste trabalho a cada coleta de
dados os moradores esporam seus pontos de vista, em relação a preferência ambiental
das pessoas necessitaríamos compreender a preferência ambiental de cada uma das
pessoas e ainda assim, necessitaríamos examinar sua herança biológica, criação,
educação, trabalhos e arredores físicos (TUAN 1980)
Portanto nem todas as vezes é tão simples trazer industrias para o município,
pois sem um planejamento urbano e industrial pode acorrer uma escassez de recursos
naturais e com isso há um comprometimento maior da qualidade de vida e ambiental
do município.
MATRIZ DE INTERAÇÕES AMBIENTAIS
De acordo com as alterações ambientais detectadas na Sub-bacia Hidrográfica
do Ribeirão da Olaria aplicou-se uma Matriz de Interações baseada nos trabalhos de
Leopold apud Tommasi (1994) e Piva (2003), visando caracterizar os níveis de
impactos ocorridos no decorrer do tempo pela ação antrópica.
Conforme verificado na tabela 4.26, foram analisados os impactos.
29
Tabela 4.26 - Características dos Impactos Ambientais pela Matriz de
Interações Fonte: Leopold apud Tommasi (1994) e Piva (2003).
Características dos Impactos Ambientais pela Matriz de Leopold
Tipo de Impacto Cor Representada Características
Positivo pouco significativo
Verde escuro
Ações que geram impactos positivos
de pequena magnitude e/ou
importância.
Positivo significativo
Verde claro
Ações que geram impactos positivos e
média magnitude e/ou importância.
Positivo muito significativo
Amarelo
Ações que geram impactos positivos
de grande magnitude e/ou
importância.
Negativo pouco significativo
Laranja
Ações que geram impactos negativos
de pequena magnitude e/ou
importância.
Negativo significativo
Vermelho
Ações que geram impactos negativos
de média magnitude e/ou
importância.
Negativo muito significativo
Marrom
Ações que geram impactos negativos
de grande magnitude e/ou
importância.
Não identificado/Não se aplica
Branco
Ações que não são identificadas.
30
Figura 4.3-Matriz de Interações e impactos ambientais.
Avaliado os impactos existentes, os potenciais e a intensidade de cada um deles,
foram somados grupos de impactos da mesma categoria e os resultados da somatória
foram representados no final da Matriz de Interações Quantitativa indicando os que
predominam. Optou-se por este procedimento de quantificação por possibilitar a
valoração e a verificação dos impactos que mais necessitam de práticas adequadas.
Com relação à soma dos impactos positivos ou negativos muito significativos,
optou-se por multiplicar por um peso relativo 2, enquanto que os impactos positivos e
negativos pouco significativos foram multiplicados por 1. A finalidade desse artifício
foi priorizar e enfatizar os impactos mais relevantes na área de estudo.
31
Saúde:
O fator saúde foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Alterações na paisagem podem causar fadiga visual e cansaço
mental, principalmente para os antigos moradores que estavam acostumados com outro
tipo de cenário. Outro fator a considerar são as mudanças na identidade existente entre
os moradores com as configurações paisagísticas locais.
Urbanização: O processo de urbanização pode gerar um stress na comunidade
local, devido à perturbação causada pelos impactos de poluição sonora e visual.
Desmatamento: Pode gerar interferências na identidade em função das
alterações na paisagem, bem como, mudanças no micro-clima local que podem se
refletir no bem-estar e na saúde da população.
Condições das estradas: Melhoria das vias publicas vêm promovendo melhor
acesso aos órgãos de saúde.
Reflorestamento: Além de alterar a paisagem, no momento do corte das árvores
é prática comum na região, limpezas com fogo que podem determinar problemas
respiratórios.
Abertura de novas vias: O tráfico que vem intensificando-se na bacia, pela
vinda de novos moradores pode gerar, se não houver um controle, um stress
psicológico, acidentes de trânsito e poluição do ar.
Usos Agrícolas: O uso de produtos químicos sem adoção de práticas adequadas
de manipulação, pode causar danos à saúde com conseqüências futuras. Vale ressaltar
que estes produtos podem atingir os cursos d´água e o lençol freático comprometendo a
qualidade dos recursos hídricos.
Esgoto/Lixo: Pode causar sérias doenças pelo contato direto, ou por veiculação
hídrica, com o depósito de lixo em áreas abertas e/ou lançamento de esgoto em corpos
d’água.
Canalização: Evita a contaminação por doenças pela canalização do esgoto.
Uso de drogas/Marginalidade: Pode gerar um stress emocional e psicológico
em decorrência do medo e da insegurança, e pela possibilidade de violência física e
patrimonial.
Descaracterização Cultural: Pode causar stress e conflitos entre gerações.
32
Desemprego: Pode provocar um stress emocional, inquietação e
marginalização.
Fábrica de destilados: Gera despejo de resíduos de sua produção diretamente
no Ribeirão do Sertão Grande, podendo gerar problemas de saúde, além da
contaminação do mesmo.
Agropecuária: Pode gerar além de uma alteração visual, além de promover
sérios problemas ambientais.
Educação:
O fator educação foi relacionado com as seguintes ações:
Urbanização: Pode promover o aumento no número de escolas e conseqüente
diminuição no índice de analfabetismo local.
Condições estradas /Abertura de novas vias: Pode promover um aumento na
freqüência dos alunos nas escolas e facilitar a chegada dos mesmos.
Trabalho com a Comunidade: Pode-se buscar parcerias para a adoção de
projetos voltados para uma educação informal que possibilite o acesso a alfabetização
adulta local.
Educação Ambiental: Através da educação informal pode-se despertar atitudes
mais responsáveis da população e valores para com o meio ambiente em que vivem,
orientar quanto à conservação e a disposição adequada do lixo e do esgoto.
Canalização:Proporciona descaracterização da mata ciliar.
Uso de Drogas/Marginalidade/Desemprego: O uso de drogas, a marginalidade
e o desemprego são fatores preocupantes na área da educação, entretanto este fator
sócio-ambiental coloca-se como um importante instrumento de discussão e alerta a
comunidade sobre os malefícios à saúde e como forma de minimizar a violência local.
Migrações: Pode causar o aumento na procura de vagas gerando, se não forem
bem dimensionadas, conflitos na comunidade local.
Agropecuária: Quando relacionada à educação promove o uso adequado do
solo, aumento na renda familiar e qualidade de vida.
Quantidade de emprego: Promove a alfabetização e conseqüente
profissionalização da mão-de-obra local.
33
Empregabilidade:
O fator empregabilidade foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Por ser um atrativo turístico a sua alteração pode refletir na baixa
demanda interferindo na empregabilidade local.
Urbanização: Pode gerar emprego pela presença de comércio, pequenas
indústrias e turismo na região.
Desmatamento: Altera a paisagem refletindo-se no fluxo de turistas.
Reflorestamento: Provoca a homogeneidade e artificialização da paisagem e
pode influenciar na geração de emprego.
Condições das Estradas / Abertura de novas vias: Possibilita um maior acesso
das pessoas ao local aumentando o fluxo turístico.
Uso agrícola: Atualmente vem ocupando uma parte significativa da mão-de-
obra local e é uma atividade que apresenta grande expressão econômica.
Trabalho com a comunidade e Educação Ambiental: Podem promover novas
alternativas de emprego, possibilitando uma renda sustentável.
Descaracterização Cultural: com entrada de novas culturas possibilitou o
surgimento de novos empregos ligados a construção civil e a industrialização do
município.
Migrações: Pode gerar uma competição por vagas de emprego na bacia.
Fábrica de Destilados: Contribui com a geração de empregos para uma
pequena parcela da população local.
Agropecuária: Absorve parte da mão-de-obra local, diminuindo o número de
desempregados.
Cultura local:
O fator cultura local foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem/Desmatamento: Interfere na identidade da população local com o
lugar de vivência.
Condições das estradas: Por ser muito difundido o uso das estradas promove
alteração no modo de vida da comunidade local.
34
Reflorestamento: pode promover o resgate da cultura local.
Abertura de novas vias: Aumenta o número de pessoas trazendo um novo modo
de vida para a área.
Uso agrícola: Conserva os aspectos culturais locais e permite subsídios para a
subsistência da comunidade local.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a
valorização da cultura e do meio ambiente.
Esgoto/Lixo: A presença destes resíduos pode alterar as características sócio-
culturais e ambientais locais.
Canalização: Descaracterização da cultura local devida a perda da cobertura
vegetal original.
Uso de drogas/Marginalidade: Interfere nas tradições, no modo de vida, na
estrutura familiar e na educação.
Descaracterização cultural: A população local deixa as atividades tradicionais
como agropecuária para se ocupar com outras atividades como, turismo.
Migrações: A comunidade local que migra para outros locais e a entrada de
outras pessoas, trazendo novos modos de vida, podem vir a descaracterizar a cultura
local.
Agropecuária: Apesar de ser em baixa escala somente para subsistência,
mantém algumas características da cultural do local.
Quantidade de empregos: A quantidade de empregos disponíveis pode gerar o
fenômeno da migração e promover a descaracterização da cultura local
Economia local:
O fator economia local foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: É um importante atrativo turístico e se alterado pode interferir
negativamente no segmento turístico, refletindo na renda familiar.
Urbanização: Pode promover na localidade uma dinâmica econômica.
Condições das estradas/ Abertura de novas vias: Aumento no fluxo turístico,
tendo uma ação indireta no aumento da renda familiar.
Desmatamento: degradação para criação de lotes urbanos;
35
Reflorestamento: A cultura de eucalipto na região, se adotar locais e práticas de
manejo adequados, pode ser mais uma fonte de renda local.
Uso Agrícola: Embora importante para a região esta atividade econômica, nos
dias atuais, é utilizada basicamente para a subsistência da comunidade local.
Formação de lagos: Promove a criação de empregos
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Atividades junto à
comunidade local como encontros, palestras e cursos de capacitação pode promover
uma sustentabilidade econômica e ambiental.
Esgoto/Lixo: Pode ser extremamente negativo se não houver a implantação de
infra-estrutura básica.
Canalização: Possibilita a venda de novos lotes pela presença da canalização
Uso de drogas/Marginalidade: Gera muita insegurança interferindo
comunidade local.
Descaracterização cultural: A alteração cultural pode se refletir negativamente
sobre a economia local.
Migrações: Pode ser negativa por gerar uma concorrência pela mão de obra,
desvalorizando a local.
Desemprego: Pode gerar diversos problemas sócio-econômicos na região.
Olaria: Apesar dos problemas ambientais associados, esta atividade continua
absorvendo parte da mão de obra local.
Agropecuária: Embora não tenha um alto retorno econômico, promove a renda
familiar e garante a subsistência.
Quantidade de Empregos: A maior disponibilidade de empregos estimula a
economia local.
Qualidade de vida:
O fator qualidade de vida foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: A sua alteração pode gerar efeitos negativos como o desconforto
ambiental, perda de uma memória paisagística e até prejuízo para a saúde.
Urbanização: O aumento populacional e os efeitos negativos deste processo
podem abalar a qualidade de vida rural.
Uso das estradas / Abertura de novas Vias: Altera o modo de vida da
comunidade local, podendo causar problemas como trafego intenso.
36
Desmatamento: Problemas relacionados à perda da qualidade visual e de
microclimas poderão afetar a localidade.
Reflorestamento: O fato desta cultura ser caracterizada como monocultura pode
trazer reflexos negativos na paisagem e na qualidade visual.
Trabalho com a comunidade loca/Educação Ambiental: Pode despertar a
importância de encontros e o espírito de cidadania.
Esgoto/Lixo: Afeta diretamente a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos e
compromete o meio ambiente.
Canalização: Evita a proliferação de doenças.
Uso de drogas/Marginalidade: Afeta diretamente a saúde e a qualidade de vida
dos cidadãos.
Descaracterização cultural: Altera a tradição local e conseqüentemente abala a
identidade local.
Migrações: A comunidade local que migra para outros locais e a entrada de
outras pessoas, trazendo novos modos de vida, podem vir a descaracterizar a cultura
local.
Desemprego: Gera diversos problemas sociais, psicológicos e de saúde física.
Agropecuária: Apesar de seu papel econômico, os dejetos dos animais que são
lançados nos corpos d’água podem gerar doenças por veiculação hídrica e
comprometer a qualidade da água.
Quantidade de empregos: Gera diversos problemas sociais, psicológicos e de
saúde física.
Parcelamento do solo:
O fator parcelamento do solo foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Altera as características paisagísticas e ambientais.
Urbanização: Provoca a impermeabilização do solo e o adensamento
populacional.
Condições das estradas / Abertura de novas vias : Gera maior degradação
paisagística pois aumenta o número populacional.
Desmatamento: Provoca erosão, ravinamentos e assoreamento dos rios.
Uso Agrícola: Embora seja uma atividade economicamente importante, pode
provocar a contaminação do solo e seu empobrecimento.
37
Formação de Lagos: desvio de água dos corpos d’água, diminuindo a
quantidade de água nos mesmos.
Esgoto/Lixo: Intensifica a contaminação do solo e conseqüentemente dos corpos
hídricos, prejudicando novos empreendimentos.
Canalização:Piora pois ocasiona um maior parcelamento do solo,ocasionando
um maior despejo de esgoto.
Descaracterização Cultural: A influência de pessoas externas na comunidade
vem gerando significativos impactos culturais.
Migrações: Provocam um aumento populacional na área e estimulam o
parcelamento do solo.
Agropecuária: Intensifica o parcelamento do solo.
Quantidade de emprego: O aumento populacional e da empregabilidade
determinam a criação de novos loteamentos.
Uso e ocupação:
O fator uso e ocupação foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem/Urbanização: A alteração paisagística pode determinar uma
descaracterização da região onde existia mata secundária outrora.
Condições das estradas / Abertura de novas vias das estradas: Intensifica e
facilita o uso das estradas por novos moradores gerando uma maior alteração
ambiental.
Desmatamento: Provoca erosão, ravinamentos e assoreamento dos rios.
Uso agrícola: Aumento de ravinamentos, erosão e assoreamento dos rios por
conta do desmatamento e do uso de técnicas adequadas para o plantio.
Formação de lagos: Descaracterização da paisagem e má distribuição de água
para a população local.
Trabalhos com a comunidade/Educação ambiental: Promove um processo
educativo para a conservação e preservação do solo com técnicas adequadas de
manejo.
Esgoto/Lixo: Promove a contaminação do solo e conseqüentemente dos corpos
hídricos prejudicando a saúde dos usuários.
38
Canalização:Piora pois ocasiona um maior parcelamento do solo,ocasionando
um maior despejo de esgoto
Marginalidade: prejudica a aquisição / venda de terrenos.
Descaracterização cultural: Perda de valores e dos usos tradicionais do solo.
Migrações: Aumento populacional com conseqüente parcelamento do solo.
Fábrica de destilados: promove o escoamento dos resíduos no próprio Ribeirão
do Sertão Grande.
Agropecuária: Quando não há adoção de práticas adequadas, promove o
empobrecimento do solo.
Quantidade de emprego: A maior oferta de empregos favorece a população
local e estimula os usos turísticos.
Erosão e ravinamentos:
Os fatores erosão e ravinamentos foram relacionados com as seguintes ações:
Paisagem: promove alterações na paisagem, podendo provocar fadiga visual
nos antigos moradores.
Urbanização: Se a ocupação do solo for mal planejada pode gerar processos
erosivos intensos.
Uso das estradas: Quando o fluxo é intensivo promove pequenos ravinamentos
com futuros processos erosivos.
Desmatamento: Pode intensificar a erosão e conseqüente assoreamento dos
recursos hídricos.
Reflorestamento (eucalipto): Este cultivo se mal manejado pode intensificar
processos erosivos
Abertura de novas vias: Devido à elevada declividade e sinuosidade local estes
processos se intensificam afetando o solo e acelerando o escoamento para água.
Uso agrícola: A ausência de manejo adequado vem acelerando os processos
erosivos locais.
Formação de lagos: Provoca alterações na paisagem natural podendo refletir
diretamente em erosões e ravinamentos.
Canalização: Evita erosões e ravinamentos nas áreas marginais do Ribeirão.
39
Agropecuária: A retirada de mata nativa ou ciliar para a pastagem gera
grandes erosões seguidas de assoreamento dos rios.
Pastagens:
O fator pastagens foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Há um empobrecimento da paisagem e do uso turístico se for
estimulado o crescimento da área de pasto.
Urbanização: Ocupa áreas de pastagens descaracterizando a cultura local
Reflorestamento (eucalipto): Quando o processo é mal planejado promove o
empobrecimento do solo e danos aos corpos d’água.
Uso agrícola: Pode afetar a qualidade dos solos, das nascentes e da água, no
caso do uso de produtos químicos.
Formação de lagos: locais para dessedentação de animais.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode alertar e educar a
comunidade sobre práticas adequados do uso do solo.
Agropecuária: Intensifica o processo de desmatamento de mata nativa ou ciliar,
contamina o solo e o corpo hídrico.
Assoreamento:
O fator assoreamento foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Alterações na paisagem podem, a depender de suas características,
acelerar o processo de assoreamento.
Urbanização: Se não forem bem planejados os loteamentos podem acelerar o
assoreamento devido às construções em declividade.
Desmatamento: Acelera os processos de erosão e conseqüentemente os
assoreamentos.
Reflorestamento (eucalipto): O reflorestamento com eucalipto pode ser maléfico
para os recursos naturais,secando corpos d’água e acabando com as
40
propriedades do solo.(Existe uma polêmica que o eucalipto possa a vir
contribuir para a minimização do assoreamento após ter mais de 10 anos que
foi plantado).
Abertura de novas vias: Devido às declividades e o desrespeito aos cursos
d’água pode acelerar o assoreamento.
Uso agrícola: Se mal planejados aumenta os processos de ravinamentos, de
erosão e conseqüentemente o assoreamento dos rios.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode alertar, prever e
educar a comunidade sobre práticas adequados do uso do solo.
Lixo / Esgoto: Pode assorear e contaminar o recurso hídrico devido ao
depósito de sedimentos nos cursos d’água.
Canalização; Melhora devida a contenção de impactos ambientais
Agropecuária: A retirada da mata ciliar para pastagens intensifica os processos de
assoreamento.
População local:
O fator população local foi relacionado com as seguintes ações:
Urbanização: O contato intensivo com diferentes culturas modifica o modo de
vida da população local, podendo interferir na cultura local.
Uso das estradas/Abertura de novas vias: O uso intensivo das estradas provoca
alteração no modo de vida da comunidade local.
Desmatamento: Problemas relacionados à perda da qualidade visual e de
microclimas poderão afetar a localidade.
Reflorestamento: O fato de esta cultura ser caracterizada como monocultura
pode trazer reflexos negativos na paisagem e na qualidade visual.
Uso agrícola: Conserva os aspectos culturais locais e permite subsídios para a
subsistência da comunidade local, embora exija um manejo ambiental adequado.
Uso do reservatório como balneário: Pode ocorrer uma intervenção na cultura
local devido à presença de diferentes turistas nesta localidade.
41
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a
valorização da cultura e do meio ambiente.
Esgoto/Lixo: Afeta a qualidade de vida da população local e o desenvolvimento
turístico.
Canalização:Pode proporcionar atividades físicas entorno do Ribeirão.
Uso de drogas/Marginalidade: Interfere nas tradições, no modo de vida, na
estrutura familiar e na educação.
Migrações: A população autóctone que migra para outros locais e a entrada de
outras pessoas, trazendo novos modos de vida, podem vir a interferir na cultura local.
Descaracterização Cultural: Afeta diretamente o modo de vida e as tradições da
comunidade local.
Quantidade de empregos: Com a presença de turistas e excursionistas no local,
a quantidade de empregos aumenta gerando uma nova fonte de renda familiar, ligado a
construção civil.
Nascentes:
Os fatores nascentes foram relacionados com as seguintes ações:
Paisagem: Qualquer alteração na paisagem pode provocar o desaparecimento
das nascentes, olhos d’água e brejos.
Urbanização: Altamente impactante podendo provocar o desaparecimento das
nascentes e brejos.
Desmatamento: Promove erosão, assoreamento e grande dano aos brejos e
nascentes.
Reflorestamento: Estudos apontam o cultivo de eucalipto como danoso aos
olhos e corpos d’água.
Abertura de novas vias: Afeta o recurso hídrico, brejos e suas nascentes.
Uso agrícola: Contaminação do solo e das águas em conseqüência do uso de
produtos químicos.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover o interesse
da comunidade pela preservação e conservação dos recursos naturais da área.
42
Esgoto/Lixo: Prejuízo intensivo na qualidade da água e contaminação dos
brejos e cursos d’água.
Agropecuária: O lançamento inadequado de dejetos dos animais gera poluição no
curso d’água.
Córregos:
O fator córregos foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Qualquer alteração pode provocar assoreamento e prejuízo a
qualidade da água.
Urbanização: Pode provocar a impermeabilização do solo provocando
voçorocas e assoreamento nos córregos.
Desmatamento: Provoca erosão e conseqüente assoreamento.
Reflorestamento: Pode ser extremamente danoso quando cultivado nas margens
dos córregos, substituindo a mata ciliar.
Abertura de novas vias: Escoamento superficial de grande velocidade
provocando assoreamento.
Uso agrícola: Provoca a degradação da camada fértil do solo devido ausência
de manejo adequado afetando a qualidade dos córregos.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover o interesse
da comunidade pela preservação e conservação dos recursos naturais da área.
Esgoto/Lixo: Prejuízo a qualidade da água e contaminação dos cursos d’água.
Canalização: Ocasiona impermeabilização de nascentes.
Agropecuária: Contaminação de córregos e recursos hídricos em geral.
Brejos:
O fator brejos foi relacionado com as seguintes ações:
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Paisagem: Alteração na paisagem pode provocar o desaparecimento dos brejos,
nascentes e olhos d’água.
Urbanização: Altamente impactante podendo provocar o desaparecimento das
nascentes e brejos.
Desmatamento: Provoca erosão, assoreamento e grande dano aos brejos e
nascentes.
Reflorestamento: O reflorestamento com eucalipto não prevê a compensação do
plantio de essências nativas, sendo impactante aos corpos d’água.
Abertura de novas vias: Afeta o recurso hídrico, brejos e suas nascentes.
Uso agrícola: Contaminação do solo e das águas em conseqüência do uso de
produtos químicos.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover o interesse
da comunidade pela preservação e conservação dos recursos naturais da área.
Esgoto/Lixo: Prejuízo intensivo na qualidade da água e contaminação dos
brejos e cursos d’água.
Canalização:Permite a drenagem dos brejos que estão ao seu decorer.
Agropecuária: Contaminação da água devido à pastagem dos animais ser
próximo ao curso d’água.
Lagos:
O fator lagos foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem/Urbanização: A alteração da paisagem afeta diretamente os cursos
d’água.
Desmatamento: Provoca sérios danos aos lagos, como por exemplo o
assoreamento.
Reflorestamento: Estudos apontam o cultivo de eucalipto como danoso aos
cursos d’água.
Abertura de novas vias: Provoca alterações nos cursos d’água devido à retirada
de mata nativa.
Uso agrícola: Prejudica a qualidade da água devido à utilização de produtos
químicos.
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Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a
minimização de impactos do atual e futuro cenário cultural e ambiental.
Esgoto/Lixo: Prejuízo intensivo na qualidade da água quando não há adoção de
práticas adequadas como depósito e lançamento de resíduos em locais específicos.
Agropecuária: Prejuízo na qualidade da água devido à pastagem de animais em
locais próximo aos lagos.
Piscinas:
O fator piscinas foi relacionado com as seguintes ações:
Desmatamento: Pode reduzir o volume de água disponível.
Uso agrícola: Pode reduzir o volume e alterar a qualidade de água disponível.
Esgoto: Quando lançado sem adequações provoca a contaminação da água e
pode alterar a qualidade de água disponível.
Descaracterização cultural: O processo de descaracterização cultural pode ser
intensificado com a instalação de piscinas, gerando conflitos na cultura da população
local.
Quantidade de empregos: Apesar de incipiente, absorve parte da mão-de-obra
local para a construção e manutenção de piscinas.
Edificações:
O fator edificações foi relacionado com as seguintes ações:
Uso das estradas: Estimula a construção de novas edificações devido ao acesso
facilitado.
Desmatamento: O desmatamento de mata nativa para construção de edificações
gera intensivos danos ao solo e ao recurso hídrico.
Abertura de novas vias: Estimula o deslocamento favorecendo a construção de
novas edificações.
Uso agrícola: Utiliza o solo que possibilita a construção das edificações.
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Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a
valorização da caracterização cultural e do meio ambiente local.
Esgoto/Lixo: Afeta a qualidade ambiental se não tiver uma infra-estrutura
adequada.
Descaracterização cultural: Pode influenciar no desenvolvimento turístico.
Migrações/Quantidade de empregos: Pode estimular a construção civil e
ocupação de mão de obra.
Mata Nativa:
O fator mata nativa foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Qualquer alteração na paisagem reflete diretamente nas matas
locais.
Urbanização: Provoca a degradação da floresta e perda da fauna local.
Uso das estradas: Pode provocar o aumento dos desmatamentos da mata nativa
com conseqüentes erosões e ravinamentos.
Desmatamento: Gera diversos impactos ambientais refletindo-se na perda da
flora e fauna local.
Reflorestamento: Provoca uma homogeneidade da flora, prejudicando a
diversidade da vegetação e o equilíbrio ecológico.
Abertura de novas vias: Pode provocar desmatamentos.
Uso agrícola: Uso do solo em áreas florestadas geram sérios impactos na
cobertura vegetal nativa.
Formação de lagos: Inunda áreas de florestas e altera a paisagem natural.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a
conscientização e preservação das matas nativas e ciliares, e a substituição do
eucalipto por outras formas mais sustentáveis de cultivos.
Lixo: Interferência direta na qualidade vegetal.
Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.
Fabrica de destilados: Retirada do solo afetando diretamente na qualidade da
vegetação local.
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Agropecuária: Provoca a degradação da floresta para áreas de pastagens.
Mata ciliar:
O fator mata ciliar foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagem: Qualquer alteração na paisagem reflete diretamente nas matas
locais.
Urbanização: Provoca a degradação da floresta e perda da fauna local.
Uso das estradas: Pode provocar o desmatamento da mata nativa com
conseqüentes erosões e ravinamentos.
Desmatamento: Qualquer alteração na paisagem reflete diretamente nas matas
locais.
Reflorestamento: Provoca uma homogeneidade da flora, prejudicando a
diversidade da vegetação e o equilíbrio ecológico.
Abertura de novas vias: Pode provocar desmatamentos.
Uso agrícola: Ocupação de áreas florestadas e uso inadequado do solo.
Formação de lagos: Alteração na paisagem natural.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a
conscientização e preservação das matas nativas e ciliares, e a substituição do
eucalipto por outras formas mais sustentáveis de cultivos.
Lixo: Interferência direta na qualidade vegetal.
Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.
Fábrica de Destilados: promove o empobrecimento do solo, e descaracterizando
a mata ciliar.
Agropecuária: Provoca a degradação da floresta para áreas de pastagens,
quando este processo de degradação ocorre próximo ao recurso hídrico provoca
erosão e assoreamento do mesmo.
Reflorestamento de eucalipto:
O fator reflorestamento de eucalipto foi relacionado com as seguintes ações:
Urbanização: Embora o eucalipto seja impactantes, se bem manejado, o seu
impacto é inferior ao processo de urbanização local.
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Desmatamento: O desmatamento da mata nativa para o cultivo de eucalipto
gera grandes impactos no solo em algumas vezes o torna inutilizável.
Formação de lagos: Pode ser impactante reflorestar com eucalipto uma área
que tem lago uma vez que vários estudos apontam o cultivo de eucalipto como danoso
ao recurso hídrico.
Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover uma maior
compreensão dos processos impactantes do cultivo intensivo do eucalipto e apontar
novas formas sustentáveis de subsistência econômica.
Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.
Quantidade de empregos: Pode gerar emprego ocupando mão de obra local.
Área de Preservação Permanente – APP’s:
O fator Área de Preservação Permanente foi relacionado com as seguintes ações:
Paisagens: Pode gerar alteração da fauna e flora local e provocar
assoreamentos nos rios.
Urbanização/Uso das estradas/Abertura de novas vias: Se houver ocupação
imobiliária e intensificação do trânsito nas áreas de APP’s pode vir a gerar
degradação do ecossistema local.
Desmatamento: Perda da fauna e flora local, gerando desequilíbrio ambiental.
Reflorestamento: Substituição da flora nativa por cobertura exótica e possíveis
reflexos nos recursos hídricos.
Uso agrícola/Agropecuária: Substituição da flora nativa por culturas
temporárias afetando o ecossistema local.
Formação de lagos: Alteração na paisagem e intervenção no regime hídrico.
Trabalhos com a comunidade/Educação ambiental: Demonstra a importância
da preservação das APP’s e promover ações de recuperação de áreas já degradadas.
Esgoto/Lixo: Poluição e contaminação do recurso hídrico e impacto na
vegetação, fauna e em seu entorno.
Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.
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Fabrica de destilados: está presente na área de APP, nas margens do Ribeirão
do Sertão Grande.
Agropecuária: Poluição e contaminação do recurso hídrico e impacto na
vegetação, fauna e em seu entorno.
Através da Matriz pode ser notado diversos impacto positivos, tendo como um
deles o trabalho junto as escolas de educação ambiental que pode vir ocasionar uma
mudança de atitude não só dos docentes mas também dos discentes. No entanto tem-se
a maior porcentagem dos impactos negativos na Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão
da Olaria, ligados especialmente ao uso e ocupação inadequados do solo.
5. Conclusão: Com a elaboração deste trabalho foi possível adquirir um bom entendimento
dos problemas que vem acontecendo na Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão da Olaria
relacionados a ação antrópica que vem prejudicando os aspectos naturais na área de
estudo.
Para implementação desse trabalho ocorreram várias visitas a campo para um
inventário e diagnóstico da problemática na área de estudo e aplicar o que foi
aprendido em sala de aula e os conhecimentos adquiridos através dos livros.
Outro aspecto a considerar foi o contato direto com a área de estudo,
demonstrando a importância da percepção ambiental, da interpretação e
caracterização dos problemas que vem agravando a escassez dos recursos naturais na
Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão em estudo.
A área de estudo está localizada na APA Fernão Dias, que está em processo de
regulamentação, para que no futuro possa vir a oficializar uma lei para melhoria na
utilização do solo e todos os seus recursos naturais disponíveis no local, evitando o
comprometimento às gerações futuras.
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O município de Itapeva apresenta uma economia ligada à atividades agrícolas,
pecuária e silvicultura sem adequado planejamento, o que vem gerando a degradação
da mata nativa remanescente.
Pode ser observado que para a melhoria da qualidade de vida dos moradores
que estão no entorno da Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão da Olaria ocorre um
incipiente entendimento dos problemas que vem acontecendo na sub-bacia,
comprometendo a busca para resolução destes, assim como a cobrança de seus direitos
que estão na lei orgânica.
A coleta de dados junto a comunidade ressaltou a importância de uma
participação de diversos atores sociais no planejamento e nas ações, contribuindo
assim para uma melhor gestão dos recursos naturais e culturais da localidade.
Acredita-se que este trabalho possa ser utilizado em planos voltados a
sustentabilidade dos recursos naturais e das características sócio-culturais existentes
na sub-bacia em estudo, assim como contribuir para aprofundamento de estudos
ambientais que contemplem a realidade do município de Itapeva-MG
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Atlas das Unidades
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