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m BIOGRAFIA CELSO CORRÊA DE FREITAS-CCF CELSO CORRÊA DE FREITAS (CCF), poeta e articulista,nasceu em Itaperuna (RJ), aos 26 de agosto de 1954. Presidente da CASA DO POETA BRASILEIRO DE PRAIA GRANDE (SP) Gestão 2007/2013. Membro da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro-Cadeira nº 38, atuando ativamente em outras entidades literárias sediadas no Brasil. Criador do OVERTRIP, uma nova forma de se fazer um poema. www.overtrip.blogspot.com Colaborador ativo nos jornais e demais meios de comunicação (Blogs e Sites). Participante, Prefaciante e Organizador de Antologias. Contatos: [email protected] - [email protected] E-BOOK Por encomenda Aos 8 anos Aos 60 anos C ELSO C ORRÊA DE F REITAS "Não penso nas vezes que tento ter o meu propósito aceito por todos. Penso sempre nos resultados que as minhas ideias provocam no coração daquele que as absorve e as pratica, a qualquer tempo (CCF)".

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Texto em Cordel, sobre a minha jornada nesta vida.

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BIOGRAFIA

CE L S O CO R R Ê A D E F R EIT AS - C CF CELSO CORRÊA DE FREITAS (CCF), poeta e articulista,nasceu em Itaperuna (RJ), aos 26 de agosto de 1954.

Presidente da CASA DO POETA BRASILEIRO DE PRAIA GRANDE (SP) Gestão 2007/2013.

Membro da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro-Cadeira nº 38, atuando ativamente em outras entidades literárias sediadas no Brasil.

Criador do OVERTRIP, uma nova forma de se fazer um poema. www.overtrip.blogspot.com

Colaborador ativo nos jornais e demais meios de comunicação (Blogs e Sites).

Participante, Prefaciante e Organizador de Antologias.

Contatos:

[email protected]@hotmail.com

E - B O O K P o r e n c o m e n d a

Aos 8 anos Aos 60 anos

CELSO CORRÊA DE FREITAS

"Não penso nas vezes que tento ter o meu propósito aceito por todos. Penso sempre nos resultados que as minhas ideias provocam no coração daquele que as absorve e as pratica, a qualquer tempo (CCF)".

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DADOS TÉCNICOS DA OBRA

Autor do Cordel: 1 para 60 Celso Corrêa de Freitas – CCF Ação Cultural Nº 1185 – 05/2013 Capa/Diagramaçãoo:CCF Revisão: CCF

Arte Final da capa : CCF Arte agregada no Cordel: Fontes Google, Diversas e Particulares Foto Capa: ARQUIVOS PESSOAIS Foto abaixo: Academia Campinense de Letras Visita de CCF aos Poetas locais.

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Eu sempre tive esta imagem na minha cabeça... Ela configura um lugar muito importante na minha vida. Neste fórum eu fui devolvido para a minha mãe, após ter sido levado de Itaperuna por meu pai. Apesar de ainda um bebe, gravei o momento no qual minha mãe descendo essas escadas, entrava em um veiculo e neste tempo eu batia com a minha cabeça no umbral da porta deste carro.

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Minha primeira Escola

Ponte Raul Veiga em Santo Antº de Pádua-RJ

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APRESENTAÇÃO I

“Está na hora, preciso reunir!”

Tudo aquilo que possuo E que fala sobre mim Falta um ano para os meus sessenta O melhor então é me prevenir E encarar assim O futuro que se apresenta Numa estrada cujo fim É o que a vida tem de certo Nascer, crescer e viver Com tantas coisas por perto “E depois naturalmente morrer.”

APRESENTAÇÃO II

Getulio andava apurado Com muitos na sua veia Dois jovens apaixonados Encantam-se e a teia Do destino é tecida Dessa união de enamorados Quando o pai dos pobres na história Já se tornara um suicida Nasce em solo Itaperunense Numa época de pólios e maleitas O filho de Sedec e Dalva Celso Corrêa de Freitas.

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III

No dia 26 de Agosto de 1954 Quando ainda ecoava o tiro fatal Que colocou o Brasil numa encruzilhada E o seu Povo num período crucial Café filho assumia a direção Passando a presidir o Brasil Do outro lado uma oposição Calava-se ante a opinião nacional Enquanto que lá em Itaperuna Ouvia-se o choro da vida Tirada do seu conforto uterino Desconhecendo o que era o bem ou o mal.

IV

O recém-nascido neste tempo Avança enfrentando o perigo Seus pais se perdem no vento E ele vai encontrar abrigo Na casa de dois anciões Que não colocam empecilho Para criarem o seu neto Como se deles fosse filho Com determinação comprovam O fato que pais de verdade Além daqueles que geram São também aqueles que criam.

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V

E quem criou teve a lição Certa e na hora devida Ensinando a forma correta De tratar quem lhe deu a vida “Eu serei sua mãe velha... Lhe disse quem dele cuidava “E quando sua mãe vir aqui Você lhe dirá desse jeito... Sua benção minha mãe nova Eu lhe tenho muito respeito” Por muitos anos passados Assim desse jeito foi feito.

VI

Mas o Ser humano imperfeito Fora do juízo que Deus lhe deu Entende que tem o direito De ter para si de qualquer jeito Aquilo que não é só seu E foge, com a frágil criança Levando-a para longe do leito Que lhe dava conforto e segurança Como foi possível tal maldade? Perguntava quem se pôs a rezar Para que o menino voltasse logo Para o seu devido lugar.

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VII

O mau feito ninguém viu Como pode ocorrer tamanha judiação Quem poderia de verdade explicar O que de fato aconteceu então Seu Antônio não desistia e ficava De olho no vai e vem da estação Até que pode dar o bote Na avó paterna que embarcava “Agora eu te peguei estrupíço!” “ONDE ESTÁ O MEU NETO”? Me fala se não eu te mato. Com medo ela deu o serviço.

VIII

E lá foram em comitiva As autoridades e os pais aflitos Para Campos dos Goytacazes Onde o menino estava escondido Dispostas a por fim naquele conflito Criado por um pai que por certo Não tinha noção do perigo Que a sua ação carregava Num tempo no qual o País Com preocupações desse tipo E destino de suas crianças Pouca ou nenhuma conta se dava.

Nota: Fim das narrativas de: “Apresentação”

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Apresentação “Auto-narrativa”

IX

O trem passava sem pressa Ali! Diante dos olhos meus E eu, um menino feliz à beça Corria para o meio dos trilhos seus Para sentir o continuo pulsar Dos dormentes onde eu de pé Olhava ele indo à frente a apitar Depois caminhava no sentido oposto Muito próximo às águas correntes Do assustador Rio Muriáe Assim chegava a minha 1ª escola O Grupo Escolar Buarque de Nazareth.

Caminho percorrido entre a casa de meus avós, até a minha 1ª Escola. O Rio Muriaé correndo ao lado. No traçado onde o trem passava, Hoje, Uma grande avenida o substituiu!

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X

Neste tempo acontece uma mudança Meus avós perto dos filhos foram morar Era o começo de uma grande andança Um novo tempo em outro lugar Mas que não ia tirar do meu peito Aquilo que por Itaperuna estava a despontar Estado genético perfeito Sentimento fácil de explicar Primeira sina que nos Poetas Não demora a despontar O Ágape por tudo aquilo que faz Em Poesia o coração pulsar.

XI

Eu Já não ouvia mais o rio Nem via o longo trem passar Só uma rua larga de casarios Com muros altos a lhes separar Um bairro onde a esperança Presente no seu nome estava Boa Esperança em Nova Iguaçu-RJ Terra de extintos vulcões Epicentro de futuras aventuras Que iriam determinar o perfil No curso de muitas emoções Do meu coração varonil.

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XII

O que uma criança de fato Pode querer na sua vida Se não mais que gostar De uma brincadeira divertida Ser soldado, Zorro, Polícia E ter um inimigo para derrotar 1962 para mim se revelava Em travessuras no pique esconde Pois sempre que eu podia Lá estava eu de mão dada Com aquela espevitada guria Que eu tinha como minha namorada.

XIII

E como ela também assim se sentia Nós dois vivíamos aprontando A esconder-se pelos cantos Quando a oportunidade surgia Até que num determinado dia Daquele ano de 1964 Uma radical mudança aconteceu O destino dos meus avós Neste ponto da história Agora era a cidade de Niterói Terra do índio Araribóia E com eles lá fui eu.

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XIV

Niterói ainda vivia Sob o impacto da grande tragédia Ocorrida no Gran Circus Americano Quando num ato de vingança Dequinha colocou fogo num pano Encharcado de gasolina E o atirou sobre a lona Dai se fecharam as cortinas E o palhaço em Niterói perdeu a alegria Eu tinha neste tempo 10 anos Mas já estava interessado com tudo Que ao meu redor ocorria.

XV

Naquela noite eu estava sem sono E neste momento que não passava Por entre as frestas da minha janela Viu numa viela próxima de onde eu estava Uma casa com sete mulheres (*) E qual não foi meu espanto Ao ver quatro daquelas que via Completamente nuas num canto. E assim foi que depois daquele dia Quando a noite alta chegava Por entre frestas e corpos nus Eu, ainda um menino me realizava. (*) A bem da verdade o nº de mulheres naquela casa, conhecida como a casa do Dorinha, era bem maior. A redução é uma referência A CASA DAS SETE MULHERES romance escrito pela Escritora Gaúcha Letícia Wierzchowski, pois quando esse foi lançado em 2003, eu lembrei-me da casa da viela, e isto influenciou-me a comprar e ler este romance.

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XVI

“Este menino não dorme?” Ecoou forte na viela A pergunta de um incerto alguém Talvez ela justificasse o fato De na Escola eu não estar indo bem Sem falar que nesta altura Pelos livretos de Carlos Zéfiro Eu conhecia uma literatura Cuja cultura oferecida Só podia dar no que deu Para que eu não perdesse o ano O coro no meu costado comeu.

XVII

Mas o estrago estava feito E naquela terrível situação A Família precisava dar um jeito Em conselho então se reuniram E chegaram a uma pesada decisão Mandar-me para um colégio interno Seria a minha salvação Quem não gostou foi minha avó Quem é que iria leva-la Aos sábados lá no Canto do Rio Para ver o seu ídolo e paladino O Diabo Loiro Ted Boy Marino.

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XVIII

A decisão estava tomada Seria aquilo ou o eminente perigo D’eu então me perder Não se podia correr o risco De uma coisa assim acontecer Meu avô se pôs comigo na estrada Rumo a Santo Antônio de Pádua Onde no colégio pelo conselho escolhido Eu iria com certeza aprender A dar valor aos estudos E através do conhecimento vencer Para ser gente e não bandido.

XIX

Pádua não era assim tão distante Do meu seu berço natural Tinha um rio corrente muito próximo E um trem passando bem em frente Dos antigos casarões escolares E isto para mim era legal Traziam-me boas lembranças Coisas que na minha mente Tinham enorme importância Na minha identidade pessoal Meu avô me deixou naquele colégio Para livrar-me de todo o mau.

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XX

O mau de uma precoce rebeldia De um “Ser” que estava à margem De um corpo considerado Família Que não tinha a presença De um pai a servir de exemplo E o colo de uma mãe todo dia Pois essa tinha suas lutas E levava todo o seu tempo Sem saber o que era alegria E nos encontros e desencontros A separação entre nós dois Cada vez mais, só crescia.

XXI

E o que eu mais queria Era que certa ou errada No curso da minha vida Aquela “Mãe nova” para sempre Estivesse a me trazer alegria Não adiantava contra isto Com rebeldia me manifestar E é lá no Colégio interno Que eu começo a reconstrução Do meu pensamento perdido Retrato da minha condição De um jovem em grande conflito.

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XXII

Já não existiam mais frestas E agora a minha cama Tinha que estar bem arrumada De forma muito correta Tão logo tivesse acordado E vestido com o uniforme do dia Descer para o refeitório A fim de tomar café E depois no centro do pátio Ouvir o Diretor no parlatório Aos alunos se dirigir E falar de ordem, disciplina e fé.

XXIII “Educar” era o lema da Escola Estudar a missão dos alunos As alas masculinas e femininas Tinham claros os seus objetivos E quem ali não se dedicasse Passaria por grandes apuros Cada um tinha seus pecados Um ponto falho no seu passado No contexto de sua família Por isso o ensino era puxado Pois ali ninguém era santo E disso o Diretor já sabia.

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XXIV

Da meninice para a mocidade Onde aprendo a fazer versos E escrever coisas bonitas Para as meninas da minha idade Com as quais cruzava os olhos Aos domingos pela manhã na missa E beijos na sala de cinema à tarde Com aquela que aceitava Ser minha acompanhante na sessão Permitida somente aos alunos Que no transcurso da semana Não tinham contra si nenhuma alteração.

XXV

Cruzar a ponte Raul Veiga Que unia os dois lados da cidade Era um ritual de alegria Fosse para a missa ou para o cinema Nós, soltávamos as nossas asas Passando por horas vadias Sentindo no rosto a liberdade Banhando-se nas águas quentes Correndo por toscos gramados E no escurinho da sala de projeção Vivíamos encontros apaixonados Com outros corações adolescentes.

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XXVI

E assim se passaram três anos Onde eu assumi meu personagem Vencendo o desafio imposto e reconhecendo Em mim, o valor daquela passagem Dos momentos que tive de me ajoelhar Ou copiar 3.500 vezes um texto Com a forma certa de me portar Aprender que não era o centro do universo Entender que precisava ser mais profundo E a presença do próximo ao meu lado respeitar E a mais importante lição desse mundo Todo conhecimento adquirido compartilhar.

XXVII

Na volta para o Rio de Janeiro Minha mãe estava a me esperar Ela já não estava sozinha Éramos almas que entre si Teriam que se adaptar O Brasil tornava-se TRI E eu querendo ajudar Sinto interior necessidade De começar a trabalhar O que não demora acontecer Uma nova etapa se iniciava Eu começava a crescer.

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XXVIII

Meus avós estavam morando Muito perto do meu novo endereço E isto me deixou tranquilo Pois estaria sempre os visitando Naquela época o menor Trabalhava, não tinha vadiagem Pois ela quando ocorria dava cadeia Ou se tinha carteira assinada Ou se estava na malandragem A lei não se configurava uma quimera Eu começo a dar duro com Boy Naquele inicio de uma nova era.

XXIX

Levava meu trabalho numa boa E os dias passavam em paz Mas o destino tinha algo preparado Aquilo que na hora que ocorre A cabeça fica totalmente perdida E sem rumo não sabe o que faz A vida então só faz sentido Se for do lado do ser amado E ai esta estranha realidade Apossa-se do meu corpo e alma E eu me descubro apaixonado E pela primeira vez, de verdade!

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XXX

Uma janela em silencio nos unia Pois era sempre que por ela A desconhecida Maria Helena me via O amor pelos Beatles e os Rolling Stones Já não estava mais nos meus cabelos Pois eu até a raiz os havia cortado E ela que me admirava cabeludo Quando me avistou careca se assustou Eu ao flagrar o seu espanto Minha atenção foi despertada No primeiro encontro entre nós dois A nossa paixão foi selada.

XXXI

Cada minuto vivido Por nós eram intensos E a nossa fama crescia Éramos o casal mais bonito Na Cruz Vermelha onde tudo acontecia Mas eu só tinha 16 anos E ela já estava com 21 Se eu ainda estava me formando Maria Helena estava no seu esplendor Pasmem-se, eu ainda era cabaço O que me trazia muito desconforto Na hora de fazer amor.

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XXXII

Eu precisava operar a fimose Minha mãe me internou para a cirurgia Assim que pronto para a operação eu fiquei Uma das enfermeiras na bancada colocou Um radinho de pilha onde se ouvia “Amada Amante” sucesso naquele ano do Rei Neste momento outra enfermeira falou Até que enfim alguém para nos dar valor! O médico tirou sua atenção do serviço Abraçou aquela que estava a reclamar E só parou quando alguém lhe diz “Doutor, você não vai terminar...”.

XXXIII

Ele então se recompõe E volta para concluir a cirurgia E assim que o seu trabalho termina Ordena: “Quero todas nuas...”. Pois hoje estou a fim de uma orgia Ele nem bem concluíra a ordem dada E já tinha enfermeira pelada Mas para minha decepção Uma chama a atenção do Doutor E ele nem pensou para dar a decisão Mesmo eu pedindo para ficar O meu destino foi o vazio do corredor.

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XXXIV

Dai para frente e por inteiro O amor entre nós dois pegou fogo Porém, tanta brasa na fogueira Trouxe complicações ao jogo Helena precisava ter casa E isso eu não estava lhe dando O que me deixava louco Mas como ainda podia piorar Não bastasse a perda do emprego No ano seguinte ao Exército Eu iria me incorporar Pois a maioridade estava chegando.

XXXV

Veio então o veredicto Dado pelo Psiquiatra consultado E ele foi curto e grosso na sua exposição E de um jeito bem enfático Você quer resolver um problema Para o qual não está preparado Um vai estar sempre atrapalhando o outro Os dois dessa sairão machucados Numa leitura mais correta Como a vida em comum entre nós dois Tinha tudo para dar errado O fim daquele amor estava diagnosticado.

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O que Helena levou consigo Daquela cruel separação Ficou no meu campo imaginativo Nunca houve confirmação Eu entrei no Exército Brasileiro E para esquecer aquela paixão Servi com o maior afinco E ao final do ano era condecorado Com a barreta de melhor soldado Pelo comandante do batalhão E já no ano seguinte Recebia a merecida promoção.

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Pelas novas estradas surgidas Laços são rompidos e novos trançados Tornam-se ações rotineiras e repetidas Multiplicando o número das conquistas Ocorridas no curso de um tempo De relacionamentos promíscuos Um carro facilitando tudo Um apartamento para azaração A diversidade dos meus amigos Mostra a face dos múltiplos pensamentos Praticado por alguns do meu convívio Perdidos na fumaça da ilusão.

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Um desses que era da esquerda Chamava-me sempre de gorila E ora sério ora brincando falava Quando a gente tomar o poder Eu prometo que não vou permitir Que os companheiros te levem Para os Gulags que vão surgir Você não devia ser soldado Tens tudo para comandar E no comunismo evoluir Eu ouvia aquelas besteiras vacinado Sem risco de me contaminar.

XXXIX

Seis anos então passei A serviço da nação Aprendendo duras lições Sem fazer nada de errado A sombra do Auri-verde pendão Sem me valer de bravatas Cumprindo o meu papel de cidadão Até que chegou a hora De acontecer à transformação Troquei a farda pelas gravatas E o meu Destino em Transição Fez-me dar baixa casado.

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Um novo e impactante amor Na minha vida marca presença Pois ela passa feito um pé de vento E se vai numa terrível tragédia Deixando-me como herança A força de uma valente E encantadora criança Somos parte de uma humana comédia Que nos separa sem pedir permissão E nos coloca um longe do outro Ela vai crescer no Maranhão E eu fico a trabalhar na Paulicéia.

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Onde passa um passa cinco Mas antes passa a terceira Mais uma que me leva ao ato De através do casamento Construirmos uma família verdadeira Mas apesar do tempo que durou Essa união não vingou E eu saio dela como entrei Até que chega o momento De uma quarta tentativa me propiciar A chance de um novo relacionamento Eu não podia deixar de tentar.

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Era o quarto fracasso Brasileiro numa Copa E no meu peito uma puta dor Em razão de tão triste momento eu estava Infeliz no jogo e também no amor A Democracia começa a caminhar É promovida uma grande abertura Como fim do regime militar E eu sigo esta tendência E redijo um novo tratado Que me leva feito vento A um novo estágio familiar Certificado pelo meu quinto casamento.

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Um novo e importante elemento Existente mas de forma ainda discreta Divide meu espaço de tempo Com as coisas do sentimento Eu ressuscito o meu “Ser” Poeta E no tempo certo do processo Vejo meu Poema “Inconstante” Publicado num belo livro Em cujo titulo uma chama que arde E o fulgor de uma jóia rara Apresenta o grito de novos Poetas Por POESIA E LIBERDADE.

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As palavras em mim fluindo E o meu coração navegando Por um oceano lindo A refletir quem estava chegando Meu segundo e maior tesouro Mas algo em meu peito latejava Pois no fundo o meu coração Por outro coração pulsava No curso do meu Destino em Transição E assim em meio a um grande tormento Eu chego a uma nova separação E com ela ao meu sexto casamento.

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E lá estou eu descendo a serra A Grande Praia é a minha opção Deixando São Paulo na esfera De uma eterna recordação De cada bairro habitado De cada lugar trabalhado De cada emoção vivida De cada momento transcrito Numa crônica a ser lida Ou nos verso de uma Poesia Com emoção declamada Neste novo tempo em minha vida.

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Comigo chega a Praia Grande Quem me fez descer do muro E que no meio de uma reta Entre beijos e corporal suadouro Deixa gerar no seu fecundo ventre Em meio aos gols da seleção do tetra O meu terceiro e maior tesouro Este sim! Um belo querubim O meu primeiro menino Mas como ela era boa de parto Não demorou a gerar para mim Mais um filho do sexo masculino.

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Ela tinha duas meninas Que somadas as minhas E os que vieram de nós Totalizavam seis crias Quatro meninas de traço fino Dois meninos, de beleza igual As ultimas flores do lácio Esteios de um relacionamento Que se tornou forte a cada dia De lutas nos quais as agruras Embora a nos causar sofrimentos Não foi capaz de nos tirar a alegria.

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XLVIII

Aquilo que começa em São Paulo Os meus Poemas em Antologias Consolida-se em Peaçabuçu E eu começo a conviver Com Poetas e suas poesias Faço isto de uma forma concreta E no ano de 2004 sou aceito Como membro da Casa do Poeta E tão relevante proximidade Com os artistas locais e da Casa Traz ao meu trabalho o conteúdo Que eleva o meu nome na Entidade.

XLIX

A internet entra na moda E eu embarco nela com meu blog Colocando meus textos na roda O que me deixa mais presente Na vida literária da cidade No ano de 2007 sou eleito O seu sexto Presidente E eu a assumo confiante Ao lado de pessoas marcantes Focados em fazer com seus Poemas Um trabalhe edificante honrando A Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande.

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L

Meu Destino em Transição Senta praça e consolida A estrada que lá em Pádua Teve sua intenção definida Quando minhas primeiras linhas Ganharam um concurso de redação E me deram a partir dai Uma nova direção E os versos começaram a surgir Mas eles sempre acabavam assim Eu fazia-os e os dava-os Para quem os pediam para mim.

LI

Aqueles que eram movidos Por alguém que chamava minha atenção Poucos sobraram até então Para contar esta história Até que um dia eu comecei Numa Remington de carro grande A datilografa-los no papel Hoje beirando a casa dos mil O computador e sua memória Suportam o meu comprometimento De buscar no melhor da minha poesia Semear o meu pensamento.

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LII

Poesia e Liberdade, Poesia Amor Poeta, Profissão Homem! São Paulo-450 anos em prosa e verso Eu estou nelas...sim senhor! E outras antologias vieram E novos estilos se incorporaram Ao meu “Ser” Escritor Organizei, colaborei, prefaciei Obras de diletos companheiros Personagens de muitos Universos Grandes Poetas Brasileiros Amigos consagrados pelos versos.

LIII

O Brasil mudou de cara Quando achou que foi preciso Eu mudei por tantas vezes Sem nunca perder o juízo Ou mesmo ter sempre razão Pois sempre dei grande importância A qualquer oportuna opinião Daquele que me lê Daquele que gosta de mim E se o meu lado poético existe O meu lado politico acredita Que o nosso País tem solução.

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LIV

É no site www.catraca-pg.blogspot.com Que o meu “Ser” politico da vazão Ao pensamento multifacetado Que suporta a minha razão Através de crônicas sociais Ai chegou o www.overtrip.blogspot.com Num exercício de criação Na estrutura do Xadrez inspirado Um jeito novo de fazer um poema Que caiu no gosto da galera E hoje os amigos Overtripianos Crescem na Blogosfera.

LV

É muito bom viver em Poesia Gente, eu falei “em” e não “de” No contexto da minha história E a cada vitória conseguida Por menor que tenha sido Dedico aos os grandes autores Que o meu ser deu guarida Salve Baudelaire, Mallarmé, Bulhões, Drumond, Casimiro e Assis Coimbra Cecilia, Cora, Clarice, Naveira, Eliene e Lita E tantos outros Poetas Que me inspiram na vida.

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LVI

E no palco desta vida Surge a oportunidade A qual eu me agarro de fato Descobrindo um novo caminho No templo de se fazer teatro E se na barca fui um cego E em Nelson um homem tirano Me descobri com muita vontade Na Paixão de Cristo com Cáifaz De querer ser um ator de verdade E atuar para o engrandecimento Do Teatro da nossa cidade.

LVII

Falta 1 ano para os meus sessenta E ainda muito tenho para mostrar Mas não vou me exceder E nestas 60 estrofes vou ficar Para depois a cada ano Um novo dodecástico acrescentar Falando sobre meus passos No tempo que está a passar Irei declamando Poesias Para quem quiser me escutar Levarei Praia Grande no peito Aonde pela arte eu venha estar.

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LVIII

Espero que você tenha gostado Desta sessentina narração Que descreve a minha jornada O meu Destino em Transição Todo mundo tem a sua história E eu gosto muito da minha E nela a grande magia É mostrar de forma poética No contexto dos meus versos O meu gosto pelo ato de criar Poesias E o que ela faz na minha cabeça Ao me possuir todos os dias.

LIX A Poesia está no meu sangue E corre viva em minhas veias Sendo para mim de total valia E o meu espirito incendeia Não sei o que seria de mim Se não a houvesse descoberto Mas a vida com seus caprichos Colocou-me neste caminho certo Assim sendo quero lhe convidar Não para você em 2014 ver quem já é Penta Mas para ser presença marcante Na festa dos meus sessenta.

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LX

2014 é um ano importante É tempo de copa do mundo É tempo também de eleição

Vai ter gente torcendo bastante Esquecendo-se até do mensalão Se conseguirmos ganhar o hexa Para muitos pouco irá interessar

Quem será El Comandante dos destinos da nossa nação Mas eu como um “Ser” Poeta

Estarei sempre com a minha arte Provocando nas pessoas, Reflexão!

Ela era uma bela árvore. Ficava no Sítio do Campo. Tornou-se aqui um “I” por culpa de um Invertebrado que mandou alguém

cortá-la. E o Incapaz a cortou. Pura Ignorância! Restou-nos o sol Inclemente sobre nossas cabeças, muitas Indiferentes.

Pag 35 Mmm