1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ...

24
1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS BRASILEIRA E O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS SUBPROJETO: MERCADO DE TÍTULOS BRASILEIRO SUBPROJETO: MERCADO DE TÍTULOS BRASILEIRO EQUIPE: IE/UFRJ EQUIPE: IE/UFRJ COORDENAÇÃO: FERNANDO J. CARDIM DE CARVALHO COORDENAÇÃO: FERNANDO J. CARDIM DE CARVALHO (IE/UFRJ). (IE/UFRJ).

Transcript of 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ...

Page 1: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

1

PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJINSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ

PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOSBRASILEIRA E O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS

SUBPROJETO: MERCADO DE TÍTULOS BRASILEIROSUBPROJETO: MERCADO DE TÍTULOS BRASILEIROEQUIPE: IE/UFRJEQUIPE: IE/UFRJ

COORDENAÇÃO: FERNANDO J. CARDIM DE COORDENAÇÃO: FERNANDO J. CARDIM DE CARVALHO (IE/UFRJ).CARVALHO (IE/UFRJ).

Page 2: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

2

SEMINÁRIO / RELATÓRIO FINALSEMINÁRIO / RELATÓRIO FINALCAPÍTULO IIICAPÍTULO III

Mercado de Ações Brasileiro (MAB):Mercado de Ações Brasileiro (MAB):Síntese da Evolução Recente, Perspectivas e Papel Síntese da Evolução Recente, Perspectivas e Papel

dos Bancos Públicosdos Bancos Públicos

EQUIPE:EQUIPE: Jennifer Hermann; Paula Marina Sarno; Jennifer Hermann; Paula Marina Sarno;

Maria Isabel Busato; Mauro Santos Silva;Maria Isabel Busato; Mauro Santos Silva;Norberto Martins; Anna Carolina dos Reis.Norberto Martins; Anna Carolina dos Reis.

Page 3: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

3

1. APRESENTAÇÃO1. APRESENTAÇÃO

Objetivo Geral do Sub-Projeto: Análise da evolução do MAB no período 1990-2008.

Objetivo específico: Análise das implicações da evolução

recente e perspectivas do MAB para a atuação dos Bancos Públicos (BP) no Brasil.

Foco: Segmento primário do MAB e fase de expansão recente (2004-08).

Page 4: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

4

1. APRESENTAÇÃO1. APRESENTAÇÃO

1º Relatório Parcial Descritivo: Principais tendências do MAB no período 1990-2008.

2º Relatório Parcial Analítico: Causas e condicionantes da expansão de 2004-08. Questão central: Caráter conjuntural x estrutural dessa expansão. Condicionantes: Ambiente macro e financeiro doméstico e externo;

ambiente institucional (regulação, política financeira); perfil de risco do MAB em 2004-08 (concentração, liquidez, volatilidade).

Relatório Final Síntese, perspectivas e implicações para os Bancos Públicos.

Page 5: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

5

2. TENDÊNCIAS DO MAB (1990-2008)2. TENDÊNCIAS DO MAB (1990-2008)

1990-94: Previsível estagnação.

Ambiente externo e institucional favoráveis; ambiente macro doméstico muito desfavorável.

1995-98: Forte expansão.

Ambiente externo, institucional e macro favoráveis.

1999-2003: Previsível (e forte) retração.

Avanço institucional (regulação de proteção contra riscos), mas ambiente externo e doméstico muito desfavoráveis;

2004-08: Expansão “espetacular”.

Ambiente externo, doméstico e institucional altamente favoráveis.

Page 6: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

6

2. TENDÊNCIAS / Gerais2. TENDÊNCIAS / Gerais

Títulos

Período Total de Total

Merc.Cap. FBCF PIB Dívida

1995-98 14.181 27,3 3,2 0,5 37.836 52.017

1999-03 2.929 8,7 0,8 0,1 30.779 33.708

2004-08 30.059 30,4 6,1 1,1 68.976 99.035

Fonte: Informativo CVM , Janeiro/ 2009.

Tabela II.15 (RP1)

Emissões Primárias: Ações x Títulos de Dívida 1995-2008 - Médias Anuais por Período - R$ Milhões1

Mercado de Ações

% Total sobre:

Page 7: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

7

Emissões Primárias de Ações 1995-2008

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

(R$

milh

ões

)

0

10

20

30

40

50

60

70

AÇÕES Volume (R$ milhões)

AÇÕES Número de Emissões

Fonte: CVM. Elaboração: Grupo de Moeda e Sistema Financeiro/IE-UFRJ.

Page 8: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

8

2. TENDÊNCIAS / Perfil da Oferta (1999-2008)2. TENDÊNCIAS / Perfil da Oferta (1999-2008)

Concentração em grandes empresas (100%) e setores (60% em extração mineral, construção civil, energia e bancos).

Destinação dos recursos: produção/investimento (60% em 2004-07, 38% em 1999-03) e reestruturação patrimonial (respectivamente, 30% e 60%).

IPOs: 54% em 2004-08 (21% em 1999-03).

“Novo Mercado”: 66% em 2004-08 (14% em 1999-03).

DRs: perfil anticíclico: % DR/Total = 362% em 2002-03 e 21% em 2006-08.

Page 9: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

9

2. TENDÊNCIAS / Perfil da Demanda (2004-08)2. TENDÊNCIAS / Perfil da Demanda (2004-08)

Tendências preocupantes:

Maiores compradores domésticos (fundos/clubes de investimento e pessoas físicas) reduziram participação no mercado.

Fundos de previdência e instituições financeiras: peso inexpressivo. Crescente participação de investidores estrangeiros.

Page 10: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

10

2. TENDÊNCIAS / Demanda2. TENDÊNCIAS / Demanda

2004 2005 2006 2007 2008

Pessoas Físicas 10,6 7,4 5,5 7,2 5,8

Fundos e Clubes de Investimento 28,4 17,5 16,5 15,9 15,7

Fundos de Previdência 3,7 2,2 1,1 1,1 1,9

Investidores Estrangeiros 48,6 57,7 62,3 71,2 28,2

Instituições Financeiras (IF) 2,5 2,8 3,3 4,9 1,3

Outros 6,2 12,5 11,3 -0,3 47,1

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: CVM: Anúncios de Encerramento de Distribuição Pública de Ações.

% no AnoAdquirentes

Tabela II.24 (RP1)Mercado de Ações Brasileiro: Emissões Primárias e Secundárias

Distribuição % por Adquirentes - 2004-2008

Page 11: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

11

2. (...) TENDÊNCIAS: Demanda2. (...) TENDÊNCIAS: Demanda

2001 2004 2005 2006 2007 2008

Pessoas Físicas 20,5 27,5 25,4 24,6 23,0 26,7

Institucionais 17,3 28,1 27,5 27,2 29,8 27,2

Investidores Estrangeiros 25,1 27,3 32,8 35,5 34,5 35,5

Empresas Públicas e Privadas 3,0 3,0 2,3 2,2 2,2 2,8

Instituições Financeiras 34,0 13,8 11,7 10,4 10,4 7,8

Outros 0,1 0,4 0,3 0,1 0,2 0,1

Total 100,0 100,1 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: Bovespa.

Tipos de Investidores

Tabela II.26 (RP1)

Mercado de Ações: Participação dos Investidores nas Operações da Bovespa

% do Valor Total Negociado

Page 12: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

12

2. TENDÊNCIAS / Perfil de Risco (2004-08)2. TENDÊNCIAS / Perfil de Risco (2004-08)

Indicadores ambíguos:

Liquidez: sinais de melhora (aumento do volume negociado combinado a tendência de alta do Ibovespa).

Volatilidade (Ibovespa, 2001-08): redução modesta até 2007 (de 35% p/ 27%), reversão em 2008 (46%).

Concentração: aumento da concentração em investidores estrangeiros, empresas e setores (especialmente commodities) .

Estrangeiros: aparente impacto desfavorável sobre a volatilidade - fases de saída de capital coincidem com as de aumento da volatilidade.

Page 13: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

13

2. TENDÊNCIAS / Risco2. TENDÊNCIAS / Risco

Gráfico II.17 – Evolução do Ibovespa x Índice de Commodities

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

700

750

2004

.01

2004

.03

2004

.05

2004

.07

2004

.09

2004

.11

2005

.01

2005

.03

2005

.05

2005

.07

2005

.09

2005

.11

2006

.01

2006

.03

2006

.05

2006

.07

2006

.09

2006

.11

2007

.01

2007

.03

2007

.05

2007

.07

2007

.09

2007

.11

2008

.01

2008

.03

2008

.05

2008

.07

2008

.09

2008

.11

Índ

ice

Co

mm

od

itie

s

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

Ibo

vesp

a

Commodities - geral - preço - índice Commodities - minerais - preço - índice Commodities - petróleo e derivados - preço - índice IbovespaFonte: Bovespa, Ipeadata.

Page 14: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

14

2. TENDÊNCIAS / Risco2. TENDÊNCIAS / Risco

Gráfico II.19 – Volatilidade Mensal Anualizada do Ibovespa x Fluxo de Capital Estrangeiro em Bolsa Mensal

Anualizado – 2004-2008

-60.000

-50.000

-40.000

-30.000

-20.000

-10.000

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

jan/ 0

4mar

/ 04

mai/

04jul/04

set/

04no

v/04

jan/ 0

5mar

/ 05

mai/

05jul/05

set/

05no

v/05

jan/ 0

6mar

/ 06

mai/

06jul/06

set/

06no

v/06

jan/ 0

7mar

/ 07

mai/

07jul/07

set/

07no

v/07

jan/ 0

8mar

/ 08

mai/

08jul/08

set/

08no

v/08(F

luxo

K)

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

110%

(Vol

atilid

ade)

Fluxo de Capital Estrangeiro Mensal - Anualizado Volatilidade Mensal AnualizadaFonte: Elaboração própria a partir de dados da Bovespa e da CVM.

Page 15: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

15

3. A EXPANSÃO DE 2004-083. A EXPANSÃO DE 2004-08

Condicionantes:

Condicionante Fatores Estrutural Conjuntural Externo Cresc. econômico X

Juros em queda X Expansão do MAI X “Investment grade” X X

Macro Doméstico Contas externas X X Estab. monetária X X Polít. de juros X Cresc. econômico X

Institucional Proteção invest./ mercado X Tributação X X Abertura financeira X

Riscos Liquidez X Volatilidade X Concentração X

Page 16: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

16

3. 2004-08 / Análise3. 2004-08 / Análise

Mudança estrutural ou apenas conjuntura favorável?

Condições estruturais contribuíram para sustentar, mas não

desencadearam, a expansão: Mudanças estruturais são muito anteriores a 2004. Boom só foi possível sob conjuntura muito favorável.

Fatores conjunturais favoráveis em sinergia: Crescimento e liquidez internacional → melhora das contas

externas no Brasil. Contas externas → estabilidade monetária, corte dos juros,

retomada do crescimento no Brasil. Crescimento → estímulo à oferta e demanda por ações. Juros em queda, porém altos → vantagem comparativa.

Page 17: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

17

4. PERSPECTIVAS DO MAB4. PERSPECTIVAS DO MAB

Herança de 2004-08: Elevado peso de fatores conjunturais reduz probabilidade de

extensão desse cenário.

Maior risco: Elevado peso do ambiente externo:

Ambiente externo extremamente favorável está na raiz da melhora da conjuntura doméstica que permitiu a expansão.

Peso de investidores estrangeiros no MAB é preocupante: dinâmica do mercado é exógena.

Nessas condições, abertura financeira (estrutural) tem efeitos ambíguos: eleva demanda, liquidez e volatilidade no MAB.

Page 18: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

18

4. PERSPECTIVAS / Conclusão4. PERSPECTIVAS / Conclusão

Perspectivas:

Baixa probabilidade de retorno aos níveis de 2004-08, na ausência de (novo) cenário externo tão favorável.

Crise financeira internacional recente (2008-09) sugere baixa probabilidade de repetição de tal cenário externo.

Avanço anterior da regulamentação, bons resultados recentes do MAB e crescimento com estabilidade monetária podem sustentar nova fase expansiva, porém, menos espetacular.

Page 19: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

19

5. IMPLICAÇÕES PARA OS BP FEDERAIS5. IMPLICAÇÕES PARA OS BP FEDERAIS

Relações BP-MAB:

Influência dos BP sobre o MAB, via: atuação dos BP no MAB; atuação dos BP no mercado de crédito (concorrência ou

complementaridade).

Influência do MAB sobre os BP, via: perda de market share pelos BP no mercado de crédito.

Page 20: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

20

5. IMPLICAÇÕES / Análise5. IMPLICAÇÕES / Análise

Atuação dos BP no MAB (RP1): Nula participação como ofertantes e intermediários (1999-2008). Fraca atuação como demandantes, exceto BNDES (ações = 60% do

ativo do BNDESPAR em 2004-08). Baixo peso relativo do BNDESPAR no mercado enfraquece sua

influência no MAB.

Relações BP- MAB via mercado de crédito (RP2): BB + CEF + BNDES: crédito pró-cíclico em relação ao MAB. BB: trajetória semelhante à dos canais privados de financiamento. CEF: contínua perda de market share, por razões alheias ao MAB. BNDES: atuação anticíclica frente ao MAB e ao mercado de crédito:

expansão em 1999-03 e crescimento menor em 2004-08.

Page 21: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

21

5. IMPLICAÇÕES / Análise5. IMPLICAÇÕES / Análise

MAB

Período Emissões

Emprést. Total2 Emprést. Total2 Emprést. Total2 Emprést. Total2 Primárias

1995-98 90.787 164.231 149.238 231.880 45.106 117.231 285.131 707.685 50.935

1999-03 81.121 154.802 70.292 148.204 67.750 177.040 219.163 618.088 33.708

2004-08 144.103 225.554 55.094 114.256 84.684 192.843 283.881 672.431 99.035 Fonte: Banco Central do Brasil - Sistema Financeiro Dados Cadastrais e Contábeis - 50 Maiores Bancos.1. Valores ajustados para 2008 pelo IGP-DI centrado.2. Inclui, além das oper. de créd. e arrend. mercantil (empréstimos), relações Interfinanc.(créd. junto a outrasinstit. financ.) e outros créd..

BB CEF BNDES Total

Tabela II.23BB, CEF e BNDES: Operações de Crédito - R$ Milhões de 20081

Médias Anuais por Período - 1995-2008

Operações de Crédito

Page 22: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

22

5. IMPLICAÇÕES / Conclusão ...5. IMPLICAÇÕES / Conclusão ...

Expansão do crédito público (BB e BNDES) não “roubou” mercado ou impediu a expansão do MAB.

Se alguma influência houve, esta se deu na direção oposta, do MAB para os BP – mais especificamente, para o BNDES.

Perda de market share de BP para agentes privados não é, em si, um problema; pode ser uma solução.

Mas mercado de capitais e de crédito privado são “incompletos” frente às necessidades de financiamento do desenvolvimento econômico.

Desenvolvimento financeiro não é ameaça letal para BP, apenas exige que se “reinventem” periodicamente.

Page 23: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

23

5. IMPLICAÇÕES / Conclusão5. IMPLICAÇÕES / Conclusão

Espaços para “reinvenção” dos BP no Brasil:

No MAB: Como ofertantes: só BB tem condições objetivas para isso (Cia.

Aberta do Novo Mercado), mas requer cautela: função de BP pode conflitar com interesses de acionistas.

Como demandantes: risco de mercado e funções de BP desaconselham, inclusive como market maker.

Como intermediários: atuação mais indicada, dado o baixo risco.

No mercado de crédito: Foco nos “novos” grupos racionados ou excluídos: reduz

incompletude do mercado e evita concorrência com segmento privado.

Page 24: 1 PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS.

24

OBRIGADAOBRIGADA