10 Semana APFH – Congresso Nacional | Centro de Congressos ... · Dr.ª Dina Isabel Pereira...

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2 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

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ÍNDICE

3 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

MensageM de boas-vindas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

coMissões coMissÃo oRganiZadoRa . . . . . . . . . . . . . . 7 coMissÃo cienTÍFica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

cenTRo congRessos do esToRil . . . . . . . . . . . . . 8

sponsoRs sponsoRs de plaTina . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Main sponsoRs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

pRogRaMas QUaRTa, 22 noveMbRo . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 QUinTa, 23 noveMbRo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 seXTa, 24 noveMbRo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

WoRKsHops, 25 noveMbRo WoRKsHop 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 WoRKsHop 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 WoRKsHop 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 WoRKsHop 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 WoRKsHop 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

coMUnicações oRais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

posTeRs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Índice de TRabalHos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

Índice de aUToRes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

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4 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

LIVRO DE RESUMOS

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5 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

LIVRO DE RESUMOS

MensageM de boas vindas

Caros Colegas,

Chegou a 10.ª semana APFH!

Todos os anos temos a semana da APFH, a semana de todos os farmacêuticos hospitalares. É uma história longa, feita de muitas histórias e de tradição que não interrompemos, mesmo nos tempos mais difíceis, porque estamos aqui por vocês, para vocês e com vocês.

O ano de 2017 também vai ficar para a história. Um ano marcado pelo recon-hecimento da necessidade da criação de uma carreira farmacêutica nos hospi-tais e serviços públicos do SNS, pela qual lutávamos há mais de 16 anos.

Este ano a 10.ª Semana APFH, que decorrerá em paralelo com o X Congres-so APFH, tem como tema “FARMACÊUTICO CLÍNICO A CHAVE DO SISTEMA DE SAÚDE”.

Pretendemos evidenciar a importância do farmacêutico, demostrar que é ponto fulcral do Sistema de Saúde. Durante o planeamento desta edição, pro-curámos incentivar os farmacêuticos, dar-lhes ferramentas para que se possam atualizar, especializar e interagir, trabalhando em conjunto com outros profis-sionais de saúde.

Ambicionamos, pois, que os próximos dias de congresso sejam profícuos para o desenvolvimento profissional de todos os participantes e para juntos pro-movermos a construção de um de um futuro risonho e promissor.

Carla Campos

Dr.ª Carla CamposPresidente da Comissão Organizadora

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LIVRO DE RESUMOS

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LIVRO DE RESUMOS

Dr. António Faria VazDr. António Paulo Melo GouveiaDr. Armando AlcobiaDr. Jorge ApertaDr. Jorge FélixDr. Josep Ribas SalaDr.ª Aida BatistaDr.ª Ana Cristina AndradeDr.ª Ana LeãoDr.ª Ana Paula Prata Dr.ª Cláudia FurtadoDr.ª Cláudia NetoDr.ª Helena BaiãoDr.ª Luísa Barros PereiraDr.ª Mª Helena FarinhaDr.ª Mª Helena MartinsDr.ª Mª Lídia CampilhoDr.ª Mª Paula Dias AlmeidaDr.ª Mª Vitória SamúdioDr.ª Olga FreitasDr.ª Rute Varela

Prof. Doutor António José AlmeidaProf. Doutor Carlos Fontes RibeiroProf. Doutor Carlos Maurício BarbosaProf. Doutor João GonçalvesProf. Doutor João Nuno MoreiraProf. Doutor José Guimarães MoraisProf. Doutor José Sousa LoboProf. Doutor Julian PerelmanProf. Doutor Nuno TaveiraProf. Doutor Pedro BorregoProf. Doutor Pedro Pita BarrosProf. Doutor Vítor SeabraProf. Doutora Ana Cristina RamaProf. Doutora Ana Paula MartinsProf. Doutora Isabel RamalhinhoProf. Doutora Ana Luísa PapoilaProf. Doutora Cláudia CavadasProf. Doutora Eugénia PereiraProf. Doutora Fátima FalcãoProf. Doutora Luiza Granadeiro

CoMissão CientífiCa

Prof. Doutor Francisco Batel MarquesPresidente

CoMissão organizadora

Carla CamposPresidente

Catarina Luz OliveiraBruno CostaNuno Vilaça Marques Marisa CaetanoAna Margarida Freitas

Mª Helena CatarinoPaulo Tavares AlmeidaBrenda MadureiraCláudia OliveiraElizabete Gonçalves

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C. CONGRESSOS ESTORIL

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C. CONGRESSOS ESTORIL

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SPONSORS de PLATINA

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MAIN SPONSORS

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PROGRAMA QUARTA, 22 NOVEMBRO (cont.)

08:30 – 09:00 abertura do secretariado

09:00 – 10:00 Comunicações Livres

10:00 – 11:30 Sessão Plenária 1 – Segurança uma Chave do Sistema de Saúde

Comunicar no circuito do medicamento: problemas e propostas Prof. Doutora Maria João Lage – Gabinete de Segurança do Doente do Centro Hospitalar de Lisboa Central

A Gestão da Segurança Mestre Filipa Breia Fonseca – Researcher and PhD in Management at Nova School of Business & Economics,

Visiting Doctoral Research at Oxford University

Prevenir os erros de medicação – nova meta da OMS em 2017 Prof. Doutora Rita Palmeira de Oliveira – Centro Hospitalar Cova da Beira; Faculdade de Ciências da Saúde,

Universidade da Beira Interior

Moderador: Dr.ª Lídia Almeida – Diretora dos Serviços Farmacêuticos, Hospital do SAMS

11:30 – 12:00 Pausa para Café

12:00 – 13:00 Simpósio Satélite – OM Pharma NBCD* E SISTEMAS TERAPÊUTICOS – O Papel do Farmacêutico Hospitalar [*NBCD: non-biological complex drugs]

Inovação farmacêutica e sistemas terapêuticos: do paradigma farmacocinético à individualização terapêutica

Prof. Doutor Rogério Gaspar – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

NBCDs: um paradigma na inovação farmacêutica Prof. Doutor Rogério Gaspar – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

A importância da informação pré-clínica no estabelecimento dos mecanismos de eficácia e segurança e a importância para a translação clínica no caso dos NBCDs

Prof. Doutora Beatriz Silva-Lima– Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

Critérios clínicos e relevância nas opções a realizar no quadro dos NBCDs: o caso concreto das nanopartículas de ferro e os problemas na equivalência terapêutica entre diferentes formulações

Dr. Armando Alcobia – Hospital Garcia de Orta

Debate

Moderador: Prof. Doutor Rogério Gaspar – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

13:00 – 14:00 almoço de trabalho – Merk

13:00 – 14:00 almoço

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PROGRAMA (cont.) QUARTA, 22 NOVEMBRO

14:30 – 15:30 Simpósio Satélite – Gilead Dimensões da cura da Hepatite C

As diferentes faces da efetividade Dr. Jorge Félix – Exigo Consultores

Soluções sustentadas na evidência Prof. Doutora Fátima Serejo – CHLN, Hospital de Santa Maria

Moderador: Dr.ª Helena Farinha – CHLO, Hospital Egas Moniz

15:30 – 16:00 Pausa para Café

16:00 – 16:30 sessão de abertura

16:30 – 17:30 Conferência de Abertura

O farmacêutico clínico à batuta da inovação Maestro Rui Massena

17:30 – 18:30 Simpósio Satélite – Roche Atezolizumab: da investigação à prática clínica

A via do PD-L1: quando a imunologia encontra a oncologia Prof. Doutor José Alves – Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca

Um novo paradigma no tratamento do cancro do urotélio Dr. Rui Dinis – Hospital Espírito Santo, Évora

Avanços e benefícios no tratamento do cancro do pulmão de células não pequenas Prof. Doutor António Araújo – Centro Hospitalar do Porto

Moderador: Dr. José Feio – CHUC, Hospitais da Universidade de Coimbra

18:30 – 19:00 Cocktail de boas vindas

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PROGRAMA QUINTA, 23 NOVEMBRO (cont.)

09:00 – 10:00 Comunicações Livres

10:00 – 11:30 Sessão Plenária 2 – Farmacêutico Clínico que resultados?

O Farmacêutico Clínico nos Programas de Antimicrobial Stewardship – outcomes clínicos e económicos Dr. Jason Pogue – Sinai-Grace Hospital, Detroit; Wayne State University School of Medicine

The role of the clinical pharmacist, demonstration of his importance and the clinical and financial outcomes Prof. Dr. Pierrick Bedouch – Head of the Pharmacy Department, Grenoble Alpes University Hospital; Department

of Clinical Pharmacy, Faculty of Pharmacy, University Grenoble Alpes

Translational Research and Clinical Pharmacy Prof. Doutor Francisco Batel Marques – Associate Professor, School of Pharmacy, University of Coimbra;

Director, Centre for Health Technology Assessment and Drug Research (CHAD); Association for Innovation and Biomedical Research on Light and Image (AIBILI)

Moderador: Dr.ª Márcia Paiva – Centro Hospitalar S. João

11:30 – 12:00 Pausa para Café

12:00 – 13:00 Simpósio Satélite – BMS Nivolumab um fármaco Pan-Tumor

Pulmão Dr.ª Encarnação Teixeira – Hospital Pulido Valente

Melanoma, Rim, Bexiga e Cabeça e Pescoço Dr. Hélder Mansinho – Hospital Garcia de Orta

Moderador: Dr. Armando Alcobia –Hospital Garcia de Orta

13:00 – 14:00 almoço de trabalho – Pfizer

13:00 – 14:00 almoço

14:30 – 15:30 Simpósio Satélite – Biogen Uma nova esperança no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal

Gestão da Atrofia Muscular Espinhal com terapêutica modificadora do curso clínico da doença Dr.ª Isabel Fineza – CHUC, Hospital Pediátrico

Perfil farmacológico do nusinersen e aspetos práticos do tratamento Dr.ª Marta Cardão – CHLC, Hospital D. Estefânia

Viver com a Atrofia Muscular Espinhal Dr. Joaquim Brites – APN – Associação Portuguesa de Neuromusculares

Moderador: Dr.ª Patrocínia Rocha – CH Porto, Hospital de Santo António

15:30 – 16:30 Sessão de Pósteres

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16:30 – 18:00 Sessão Plenária 3 – O Sistema de Saúde, o Farmacêutico e o Medicamento

A Perspectiva do Clínico Dr. José Nunes Marques – CHLO, Hospital de São Francisco Xavier e Hospital das Forças Armadas

Consulta Farmacêutica no CHLO Dr.ª Erica Viegas – CHLO, Hospital de São Francisco Xavier e FFUL

A Perspectiva da Estratégia Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde Prof. Doutor. Henrique Luz Rodrigues – Ministério da Saúde

Moderador: Dr. José Aranda da Silva – Presidente Fundação Saúde SNS; Professor convidado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

18:00 – 19:00 DESAFIOS NA ERA DAS BACTÉRIAS MDR Conferência com o apoio MSD

O papel do Farmacêutico nos programas de Antimicrobial Stewardship e na gestão dos novos Antibióticos Dr. Jason Pogue – Sinai-Grace Hospital, Detroit; Wayne State University School of Medicine

Moderador: Dr.ª Marisa Caetano – CHUC, Hospitais da Universidade de Coimbra

20:00 – 23:00 Jantar do Congresso

PROGRAMA (cont.) QUINTA, 23 NOVEMBRO

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PROGRAMA SEXTA, 24 NOVEMBRO (cont.)

09:00 – 10:00 PharmaTalks

Cuidados farmacêuticos personalizados: impressão tridimensional de medicamentos Mestre Ana Mirco – Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital de Santa Cruz

Medicamentos e perda da Via Oral Dr.ª Ângela Figueirinhas – Hospital do Mar

Modelo do Farmacêutico Residente nos serviços clínicos Dr.ª Rita Oliveira – Hospital Cuf Infante Santo

Projeto de Telefarmácia implementado na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano Dr. Ivo Broncas – Unidade Local de Saúde Litoral Alentejano

Intervenções Farmacêuticas em Pediatria Dr.ª Dina Isabel Pereira Mendes – CHLC, Hospital Dona Estefânia

Moderador: Dr. Nuno Vilaça Marques – CHUC, Hospitais da Universidade de Coimbra

10:00 – 11:30 Sessão Plenária 4 – Os Serviços Farmacêuticos no Sistema de Saúde

O Estado de Arte das Declarações Europeias da Farmácia Hospitalar Dr.ª Carla Campos – Unidade Local de Saúde de Matosinhos

A ótica da Entidade Reguladora Dr. Rui Ivo – Vice-Presidente do Infarmed

Expectativas da Administração Hospitalar Dr. Alexandre Lourenço – Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares

Moderador: Dr.ª Helena Farinha – Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos

11:30 – 12:00 Pausa para Café

12:00 – 13:00 Simpósio Satélite – Janssen “Patient Empowerment” – O doente como parceiro do sistema

Compromisso com o doente para o envolvimento no processo terapêutico: informação, individualização e monitorização

Dr.ª Graça Vilar – Diretora da Direção de Serviços de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Depen-dências (SICAD)

Dr. Vasco Pereira – Presidente do Conselho de Administração do Hospital Lusíadas Cascais Engª Filipa Costa – Diretora Geral da Janssen Portugal Profª Dr.ª Filipa Palha – Assistente na Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa

e Presidente fundadora da ENCONTRAR+SE

Comentador: a confirmar

Moderador: Prof. Doutor Pedro Adragão – Cardiologista do Hospital da Luz, Chefe de Serviço de Cardiologia no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Docente da disciplina de cardiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa

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PROGRAMA (cont.) SEXTA, 24 NOVEMBRO

13:00 – 14:00 almoço de trabalho – amgen

13:00 – 14:00 almoço

14:30 – 15:30 Simpósio Satélite – Infeção VIH: Integração da atividade clínica com o ato farmacêutico

Sessão educativa com o apoio da ViiV Healthcare Dr.ª Isabel Aldir – Infeciologista, CHLO Dr. João Rijo – Farmacêutico, CHLO Dr.ª Helena Farinha – Coordenadora dos Serviços Farmacêuticos, CHLO

Moderador: Dr. Armando Alcobia – Hospital Garcia de Orta

15:30 – 16:00 PRÉMIO PROF. DOUTOR ALUÍSIO MARQUES LEAL

16:00 – 16:30 sessão de encerramento

16:30 – 17:00 Pausa para Café

17:00 – 18:30 Pharma Learning Sessions (Limite de Vagas para cada Pharma Learning Session – 30 lugares)

O Doente Hipocoagulado Prof. Doutora Isabel Vitória Figueiredo – Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

Keep Calm. Parenteral Nutrition is Easy and Safe! Dr.ª Lourdes Tavares – Hospital dos Lusíadas Lisboa

Interpretação de Análises Clínicas Prof. Doutora Cristina Marques – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

Colangite Biliar Primária Prof. Doutora Cecília Rodrigues – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Prof. Doutor Rui Tato Marinho – Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Dr. Jorge Félix – Exigo Consultores

Farmácia Hospitalar um desafio – (para Estudantes) Dr. Paulo Tavares de Almeida – Hospital Garcia de Orta Dr.ª Marisa Caetano – CHUC, Hospitais da Universidade de Coimbra

18:30 – 18:30 final dos trabalhos

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WORKSHOPS

18 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

WORKSHOP 1 | Gestão Lean – Aplicada à Farmácia Hospitalar Coordenação: Dr.ª Ana Margarida Freitas Dr.ª Carla Campos

09:00 recepção dos participantes – apresentação dos objetivos do Workshop

09:30 Introdução aos conceitos Lean Engª Mariana Carneiro – Kaizen Institute

10:30 Kaizen Diário – Apresentação de Caso Prático Dr.ª Ana Margarida Freitas – Hospital CUF Descobertas

11:00 Pausa para café

11:30 Apresentação de Caso Prático Dr. Serafim Carvalho- ULSM Unidade Local de Saúde Matosinhos

13:00 almoço de trabalho

14.30 Apresentação e Resolução de Caso Prático Engª Mariana Carneiro – Kaizen Institute Dr.ª Ana Margarida Freitas – Hospital CUF Descobertas

16:30 Pausa para café

17:00 Resolução – Caso Prático

18:00 encerramento

NOTA: Os participantes deste workshop deverão fazer-se acompanhar de computador.

WORKSHOPS SÁBADO, 25 NOVEMBRO – DIA DOS WORKSHOPS

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WORKSHOPS

19 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

WORKSHOP 2 | Nutrição Parentérica em Neonatologia – parceria APFH / Baxter Coordenação: Dr.ª Catarina Luz Oliveira Dr.ª Elizabete Gonçalves

09:00 receção e apresentação do programa

09:30 Avaliação Nutricional no Recém-Nascido (RN) 1. Implicações fisiológicas e de desenvolvimento associadas ao RN Pré-Termo e de Termo 2. Indicações para suporte nutricional artificial em RN Pré-Termo e de Termo 3. Macronutrientes, Micronutrientes e Electrólitos – Recomendações atuais da ESPEN/ ESPGHAN e Consensos

de Neonatologia 4. Acesso Central vs Acesso Periférico Dr. Israel Macedo – Pediatra Neonatologista, Maternidade Alfredo da Costa

10:30 Pausa para café

11:00 Nutrição Parentérica (NP) no Recém-Nascido 1. Gestão de complicações em Nutrição Parentérica (Sépsis; Colestase; Osteopenia da Prematuridade;

desequilíbrios metabólicos) 2. Situações especiais de NP – Casos Clínicos Dr. Israel Macedo – Pediatra Neonatologista, Maternidade Alfredo da Costa

11:30 Utilização da Bolsa de NP Tri-compartimentada pronta a usar para RN Pré-termo e de termo – Ponto de vista do Neonatologista

Dr. Pedro Vieira da Silva – Pediatra Neonatologista, Hospital dos Lusíadas

12:30 Utilização de bolsas de NP comercialmente disponíveis nos primeiros dias de vida de RN prematuros – Ponto de vista do farmacêutico

Dr.ª Rita Fortunato – Farmacêutica, Hospital de Braga

13:00 Pausa para almoço

14:30 Compounding de soluções de NP no RN Pré-Termo e de Termo vs Soluções Comercialmente disponíveis 1. Manipulação 2. Instalações e equipamentos 3. Recursos Humanos e Know-how 4. Controlo de qualidade 5. Estabilidade com e sem aditivações 6. Segurança/ Complicações 7. Custos Dr.ª Rita Oliveira – Farmacêutica, Hospital Cuf Infante Santo

15:30 Compounding: uma necessidade ou uma realidade quando existe uma solução comercialmente disponível?

Dr.ª Rita Carvalho-Fonseca – Jurista, Escola Nacional de Saúde Pública

16:30 Pausa para café

17:00 Discussão de Caso Prático Dr.ª Rita Fortunato – Farmacêutica, Hospital de Braga

18:00 encerramento aPfH/ baxter

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WORKSHOPS

20 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

WORKSHOPS

WORKSHOP 3 | Da Investigação Clínica à Interpretação dos seus Resultados – parceria APFH / Amgen

Coordenação: Dr. Paulo Tavares de Almeida Dr.ª Brenda Madureira

09:00 receção e apresentação do programa

09:30 Introdução aos Ensaios clínicos Orador a designar – Departamento Médico da AMGEN

10:30 Estudos clínicos – Como defini-los? Como estruturá-los? Dr.ª Ana Macedo – KeyPoint

11:00 intervalo

11:30 Pensar um estudo clínico (exercício de aplicação em grupo) Dr.ª Ana Macedo – KeyPoint

12:30 Principais dificuldades da elaboração e na participação em estudos clínicos Dr.ª Ana Macedo – KeyPoint

13:00 almoço

14:30 Apresentação do Artigo I (exercício de aplicação: leitura individual e trabalho de grupo) Dr.ª Ana Macedo – KeyPoint

15:00 Apresentação e discussão dos trabalhos de grupo Dr.ª Ana Macedo – KeyPoint

15:30 Apresentação do Artigo II (exercício de aplicação: leitura individual e trabalho de grupo) Dr.ª Ana Macedo – KeyPoint

16:15 intervalo

16:45 Apresentação e discussão dos trabalhos de grupo Dr.ª Ana Macedo – KeyPoint

17:30 Comentários

18:00 finalização do curso

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WORKSHOPS

21 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

Workshop 4 | Doenças Raras – conceitos e resposta do SNS – parceria APFH / SHIRE Coordenação: Dr. Francisco Machado Dr. José Feio

09:00 receção dos participantes

09:30 Conceito de doença rara, epidemiologia, tipos, subtipos e desafios à investigação Dr. Patrício Aguiar – CHLN, Hospital Santa Maria

11:00 Pausa para café

11:30 Hereditariedade e Doenças Raras

Conceitos gerais

Caracterização do padrão de transmissão tomando como exemplo as DLSs – Caso específico da doença de Fabry e Hunter

Importância do estudo familiar, risco de transmissão (árvore genealógica)

Aconselhamento genético

Casos clínicos Prof. Doutor Rui Gonçalves – CHLC, Hospital D. Estefânia Dr.ª Ana Afonso – Departamento Médico Shire

13:00 – almoço de trabalho

14:30 O desenvolvimento de terapêuticas enzimáticas de substituição (ERTs): desafios tecnológicos e potencial terapêutico

Prof. Doutor João Gonçalves – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

15:30 Desafios e respostas do SNS ao tratamento de doenças raras Definição de doenças raras Integração dos Centros de Referência no Sistema Nacional de Saúde Importância dos Núcleos de Estudo dedicados a doenças raras: caso do NEDR/SPMI Dinâmica dos Centros de Referência para as Doenças Lisossomais de Sobrecarga Prof. Doutor João Paulo Cruz – ACSS

16:30 Pausa para café

17:00 Caso Prático

18:00 encerramento

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WORKSHOPS

22 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

WORKSHOP 5 | Noções Básicas de Antibioterapia – parceria APFH / MSD Coordenação:

Dr. João Gonçalves Pereira Dr.ª Vera Pires

09:00 Classes de antimicrobianos. Princípios gerais para a sua utilização Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

09:45 Implicações da sépsis na terapêutica farmacológica. PK/PD Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

10:30 Caso prático. Monitorização de aminoglicosidos Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

11:15 Café

11:30 Quando e como iniciar um antibiótico; quando esperar. Biomarcadores Dr.ª Carolina Paulino – Hospital S. Francisco Xavier

12:15 Tempo de antibioterapia; Switch iv-oral. Descalação Dr.ª Carolina Paulino – Hospital S. Francisco Xavier

12:45 almoço

14:30 Impacto ecológico da terapêutica Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

15:15 Microrganismos problema: KPCs, Pseudomonas e MRSA. Indução de resistências. Necessidades de novas terapêuticas

Dr.ª Catarina Chaves – CHUC, Hospitais da Universidade de Coimbra

16:15 Café

16:30 Que esperar dum novo antibiótico? O exemplo do ceftolozano Dr. João Romano – MSD

17:15 final dos trabalhos

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LIVRO DE RESUMOS COMUNICAçõES

ORAIS

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COMUNICAÇÕES ORAIS

24 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Vera Domingos1, Vera Pires1, Sílvia Santos1, Patrícia Trindade1, Ana Inácio1, Elza Candeias1, Susana Simões2, Paulo Paixão3, Nuno Miranda1, António Melo Gouveia1

1Instituto Português de Oncologia de Lisboa de Francisco Gentil, EPE2Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P. – Delegação do Sul3Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

inTRodUçÃo:O Bussulfano (Bu) é um citotóxico utilizado em regimes de condicionamento para transplante de progenitores hematopoiéti-cos. A estreita margem terapêutica aliada à elevada variabilidade intra e inter -individual tem fundamentado a sua monitoriza-ção farmacoterapêutica (TDM).A exposição a elevados valores séricos (expressa pela AUC) tem sido associada a risco aumentado de mucosite, doença aguda do enxerto versus hospedeiro e doença veno -oclusiva. A exposição a baixos níveis tem sido associada a aumento de rejeição e de recaída.

obJecTivos:O objectivo deste trabalho é descrever as etapas da implementação de um procedimento de TDM de Bu e a consequente inte-gração na prática clínica no nosso centro. Analisa -se também a variabilidade dos parâmetros farmacocinéticos (PK) e a eficácia da TDM na obtenção da AUC alvo.

MÉTodos:A implementação deste procedimento envolveu 3 fases:1. Pré -implementação: pesquisa bibliográfica, consulta a centros de referência e a laboratórios com capacidade para executar o doseamento plasmático de Bu e definição de procedimentos.2. Piloto: período de teste e aferição da exequibilidade, validação cruzada de resultados.3. Prática clínica: integração do procedimento na prática clínica, com os ajustes necessários às doses de Bu. Neste processo foi desenvolvido e validado um método por LC -MS/MS pelo Serv. de Química e Toxicologia Forense do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses para doseamento de Bu e foi utilizada uma análise PK individual e um modelo monocompartimental para a estimativa dos parâmetros PK.

ResUlTados:Foram incluídos 21 doentes, a clearance (CL) média foi de 0,19 ± 0,05 L/h*kg e o volume de distribuição (Vd) de 0,65 ± 0,22 L*kg. O peso contribuiu aproximadamente em 30% para a variabilidade observada na CL e 40% no Vd. A CL foi significativamente (p = 0,024) diferente entre o grupo com idade <10 anos e o grupo com idade> 10 anos, entre os diferentes doentes, agrupados por tratamento (p= 0,0000) e entre os diferentes dias de tratamento (p=0,0191). O tipo de regime de condicionamento não mostrou ter relação com a CL (p=0,0514). Nenhum destes parâmetros influenciou significativamente o Vd.Apenas 42% dos doentes estudados teriam uma exposição óptima ao Bu (AUC alvo±10%) sem TDM, sendo que esta permitiu um aumento para 69% no 2º dia, 80% no 3º dia e 83% no 4º dia de tratamento.

conclUsões:Os parâmetros PK obtidos estão de acordo com o descrito na bibliografia. A variabilidade intra e inter -individual observada e a melhoria clara na precisão da obtenção da AUC alvo ao longo do tratamento reforçam a necessidade de recorrer à TDM para optimizar o tratamento com Bu.

bibliogRaFia:RUSSELL, J. A., et al - Therapeutic drug monitoring of busulfan in transplantation. Current Pharmaceutical Design. 14, 20 (2008), p. 1936–1949.

noTas:

Co29 – 22/11 às 09:00iMPLeMentaÇão da MonitorizaÇão farMaCoteraPÊUtiCa de bUssULfano no institUto PortUgUÊs de onCoLogia de Lisboa

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25 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Carolina Tovar Chaves1, Joana Marto2, Filipa Duarte Ramos2, Armando Alcobia3, Luís Antunes4, Rosário Bronze2, Helena Ribeiro2

1Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa2 Research Institute for Medicine and Pharmaceutical Science (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa3Hospital Garcia de Orta, EPE – Serviços Farmacêuticos4Hospital Garcia de Orta, EPE – Serviço de Otorrinolaringologia

inTRodUçÃo:A avaliação da disfunção olfativa (anosmia parcial ou total) é muito importante no diagnóstico precoce das doenças neurode-generativas e pode ser um bom indicador no diagnóstico clínico. Atualmente, não existe nenhum teste para diagnóstico da anosmia parcial ou total, validado para a população Portuguesa nem nenhum teste adaptado, como já ocorre noutras populações europeias. O dispositivo mais utilizado em Portugal, o Barcelona Smell test -24, tem alguns cheiros que a população não reconhece, por não fazerem parte dos hábitos culturais do nosso país. Isto pode levar o clínico a um diagnóstico erróneo e dificulta a aplicabilidade do exame.

obJecTivos:Desenvolvimento e caracterização reológica e sensorial de um manipulado hospitalar adaptado à população Portuguesa, con-tendo odor a laranja para quantificar o olfato e avaliar a disfunção em doentes com anosmia parcial ou total (patologia fre-quente em doentes de Alzheimer e Parkinson).

MÉTodos:Desenvolvimento e seleção de formulações à base de PEG. Estudos de viscoelasticidade foram efetuados no Reómetro, Kinesus (Malvern) usando o método oscilatório e geometria de cone e prato. A avaliação sensorial foi efetuada por um painel de volun-tários devidamente treinado para o efeito e com base nas respostas obtidas uma formulação foi selecionada. Os parâmetros reológicos e a avaliação sensorial foram as metodologias usadas na otimização da formulação final.

ResUlTados:Com base em questionários realizados a portugueses, identificou -se o odor a laranja como o odor de frutos mais frequen-temente identificado por esta população (55,43%; 199/359). Este odor foi selecionado para incorporar formulações de fácil produção/baixo custo em Farmácia Hospitalar. Formulações contendo PEG -400 e PEG -1500 obtiveram resultados G’ inferiores aos G´´ quando comparados com formulações contendo misturas de PEG -400, PEG -1500 e PEG -6000. A avaliação sensorial dos produtos em estudo permitiu identificar a formulação que melhor se adaptava a este manipulado.

conclUsões:Manipulados hospitalares com caraterísticas reológicas e sensoriais adaptadas à população portuguesa permitem ao médico utilizá -las como um método de diagnóstico para a anosmia total ou parcial.

bibliogRaFia:Cardesín A, Alobid I, Benítez P, et al. - Barcelona Smell Test - 24 (BAST -24): Validation and smell characteristics in the healthy Spanish population. Rhinology. ISSN 0300 -0729. Vol. 44, nº 1 (2006), p. 83 -89.

noTas:

Co34 – 22/11 às 09:00ManiPULado HosPitaLar Para MeLHoria do diagnÓstiCo

da disfUnÇão oLfativa

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26 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Susana Franca, Sónia Moreira, Ana Ventura, Sara Rodrigues, Maria Manuela VicenteCHLC – Hospital Santa Marta

inTRodUçÃo:Os serviços farmacêuticos (SF) devem promover o uso racional dos medicamentos.As condições de armazenamento são um dos factores essenciais para a manutenção da qualidade do fármaco.A Organização Mundial de Saúde define estabilidade farmacêutica como, a capacidade do produto farmacêutico manter a suas propriedades químicas, físicas, microbiológicas e farmacêuticas, dentro dos limites especificados durante todo o seu prazo de validade.A perda da estabilidade de um medicamento, pode estar diretamente relacionada com a perda do efeito terapêutico ou com a formação de produtos de degradação tóxicos.Os medicamentos orais líquidos apresentam, pela sua utilização em dose múltipla, um maior risco. A existência de vários pedi-dos de informação sobre esta temática levou, a que os SF Hospitalares desenvolvessem este trabalho.

obJecTivos:Melhorar a utilização de medicamentos orais líquidos nos serviços clínicos; Informar sobre armazenamento e estabilidade de forma sistematizada; Avaliar o grau de satisfação face à medida implementada.

MÉTodos:Pesquisa de Resumo Características de Medicamentos (RCM) e do site INFARMED; Contacto com os laboratórios detentores de Autorização de Introdução no Mercado (AIM); Criação de tabela Excel® com informação compilada; Inquérito de satisfação a enfermeiros chefes dos vários serviços.

ResUlTados:A presente tabela foi preenchida com a seguinte informação:84 Denominação Comum Internacional (DCI) referentes a 223 Medicamento/Marca (med) analisados; Caracterizados dados como Forma farmacêutica, Dosagem, Armazenamento, Estabilidade após abertura e Titular de AIM. Verificou -se que constam do site INFARMED, 211 med. e 12 med. não constam, pois são de importação/manipulados. Dos 211 analisados, 202 tinham RCM disponível no site. Relativamente à informação sobre estabilidade após abertura, 122 med. apresentam esta informação no site e 76 no respectivo RCM.Foi por isso necessário contactar o Titular de AIM para obter esta informação, num total de 41 med., incluindo os 12 med. de importação/manipulados e os 4 med. em que a informação constante no site era diferente da do RCM (situação que foi repor-tada ao INFARMED).O inquérito foi distribuído a 16 enfermeiros chefes e pretendeu avaliar o grau de satisfação da medida implementada. 94% Consideram a medida muito útil; 100% com informação aplicável ao seu trabalho diário; 75% com algum impacto no desempe-nho, 94% divulgaram a informação pelos pares.

conclUsões:A tabela com informação sistematizada permitiu, nos SF, reduzir o tempo de validação farmacêutica e o número de pedidos de informação relativamente a esta temática Nos serviços clínicos a tabela foi considerada muito útil, com informação aplicável à prática diária, e de grande impacto no desempenho dos profissionais. Permite uma maior segurança ao nível do armazenamento, conservação e prazo de utilização. Estas medidas reforçam o papel do Farmacêutico na promoção do uso racional dos medicamentos no Hospital.

bibliogRaFia:

noTas:

Co39 – 22/11 às 09:00MediCaMentos orais LíQUidos – arMazenaMento e estabiLidade aPÓs abertUra

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27 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Armando Alcobia, Gisela Costa, Helena Duarte, Margarida PereiraHGO

inTRodUçÃo:A escolha de um regime de quimioterapia representa um processo complexo que exige o envolvimento dos doentes, cuidado-res e de profissionais de saúde.O protelamento da quimioterapia tem elevado impacto clínico, social e organizacional. Do ponto de vista do doente, estas situações afectam a sua qualidade de vida e expectativas perante o tratamento. Acresce, ao nível organizacional, uma possível sub -utilização dos recursos disponíveis por impossibilidade de remarcação de novos doentes.A análise bibliográfica existente incide principalmente sobre o atraso na terapêutica adjuvante não sendo consensual no impacto dos adiamentos sobre os diversos tipos de tumores[1]

obJecTivos:Estudo dos principais motivos de adiamento dos tratamentos de quimioterapia nos doentes oncológicos do Hospital Garcia de Orta (HGO), EPE e análise do padrão de prescrição de factores crescimento das colónias de granulócitos (G -CSF).

MÉTodos:Análise retrospectiva dos doentes agendados no hospital de dia de oncologia que não cumpriram o esquema de quimioterapia programado entre Junho e Agosto de 2017

ResUlTados:Durante o período em estudo ocorreram 166 adiamentos(8,7%). Quanto à população em estudo, esta era composta por 90 homens e 76 mulheres, a média de idades foi de 66 anos[23 -86 anos]. Dos adiamentos observados, 82,5% eram da oncologia, 8,5% da hematologia e 9% da pneumologia.O tempo médio de adiamento foi de 16 dias[3 -80 dias], 77 doentes tiveram um adiamento entre 3 a 14 dias e 44 um adiamento superior a 14 dias. Não foram contabilizadas situações em que os doentes passaram a ser seguidos pelos cuidados paliati-vos(n=9), recusaram realizar tratamento(n=2) ou que ainda aguardam agendamento(n=14).Os motivos mais comuns de adiamento foram a trombocitopenia(n=42), neutropenia(n=41), reacções adversas não hematoló-gicas(n=26), procedimentos cirúrgicos e exames(n=18), infecções(n=18), agravamento do estado geral(n=16) e não comparên-cia(n=10). Do universo de adiamentos por neutropenia(n=42), foi prescrito G -CSF a 23 doentes.

conclUsões:Após a análise dos resultados obtidos constata -se que o maior motivo para o adiamento da quimioterapia são as reacções adversas hematológicas. Dada a inexistência de normas de orientação clinica (NOC) da Direcção Geral de Saúde pretende -se no futuro, num trabalho de colaboração com os clínicos, comparar os padrões de prescrição de G -CSF com as guidelines interna-cionais e criar protocolos para a abordagem da neutropenia[2]

bibliogRaFia:[1] GAGLIATO,Debora - Clinical impact of delaying initiation of adjuvant chemotherapy in patients with breast cancer. Journal of Clinical Oncology. Vol.32 (2014) p.735 -744.[2] SMITH, Thomas - Recommendations for the use of WBC growth factors: American Society of Clinical Oncology Clinical Practice Guideline Update. Journal of Clinical Oncology. Vol.33 (2015) p.3199 -3212.

noTas:

Co51 – 22/11 às 09:00trataMentos de QUiMioteraPia adiados, PorQUÊ?

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aUToRes: Marta Brito, Helena Duarte, António Cunha MonteiroAlmada Saude

inTRodUçÃo:O Programa para a Saúde do atual Governo prioriza a melhoria da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). A Portaria 50/2017 descreve a dotação de Recursos Humanos das Unidades, não fazendo qualquer referência à integração do farmacêutico.

obJecTivos:Demonstrar através de um estudo de caso que um Serviço de Farmácia Clinica numa unidade de internamento com 60 camas tem impacto não só na gestão orçamental mas também na melhoria dos cuidados.

MÉTodos:Estudo Longitudinal prospetivo.Análise estatística SPSS 24.Critérios de inclusão: doentes internados janeiro a agosto 2017.

ResUlTados:Foi realizado seguimento farmacoterapêutico de 34 dos 132 doentes (26%) com idade média 72,0±15,8 anos, 70,6 % do sexo feminino. Os principais motivos de institucionalização foram doenças neurológicas, gestão de feridas e descanso do cuidador. Quanto à proveniência dos doentes 35,3% vieram de outras unidades, 32,4% do domicilio, 29,4% do hospital e 2,9% de estru-turas residenciais. A média de comorbilidades/doente é 2,8±1,6 sendo a mais frequente alterações cardiovasculares (33,3%). Foram realizadas 129 intervenções num universo de 514 prescrições o que, dada a taxa de aceitação de 85%, viabilizou 110 intervenções (média3,2/doente). Para avaliar a influência do número de intervenções farmacêuticas no total de prescrições foi realizado o teste de Spearman demonstrando -se correlação, apesar de fraca (π=0,078σ=0,663). Consideram -se intervenções farmacêuticas ajustes ao formulário(31,8%), revisão terapêutica na admissão(7,3%), introdução de terapêutica por omissão(8,2%), alterações de medicamento(5,5%), dose(4,5%), posologia(7,3%), via de administração(0,9%) e forma farmacêutica(3,6%), suspensão da terapêutica(19%), Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica(7,3%) e recomenda-ção de monitorização analítica/farmacocinética(4,5%).Quanto ao impacto económico da intervenção farmacêutica, o custo médio global por doente/dia diminuiu de 5,72€ para 1,38€. Pelo teste de Pearson, o número de horas mensais de farmacêutico e o custo médio por doente têm correlação negativa (ρ= -0,186 eσ=0,658).

conclUsões:As intervenções permitiram otimizar a terapêutica, incidindo principalmente sobre doentes com maior número de prescrições, fomentando -se a segurança por diminuição do erro associado à polimedicação. Entendem os autores que para obter resultados estatisticamente significativos será necessário maximizar a carga horária dos farmacêuticos.O farmacêutico clinico, mesmo que a tempo parcial, pode ser uma das chaves para a viabilização do Sistema Nacional de Saúde, pois a sua integração nas Instituições da RNCCI pode tornar viável a transição entre unidades com custos médios/doente infe-riores, assegurando -se a qualidade assistencial.

bibliogRaFia:FIGUEIREDO, I.V., et al. – Resultados de serviços farmacêuticos centrados no doente implementados em Portugal. Acta Farmacêutica Portuguesa. Vol.3, nº1 (2014), p. 15 -22.

noTas:

Co24 – 23/11 às 09:00iMPaCto da iMPLeMentaÇão de UM serviÇo de farMÁCia CLíniCa nUMa Unidade da rede naCionaL de CUidados ContinUados integrados

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29 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Sandra Oliveira, Ana Roque, Susana Sernache, Eva Tiza, Humberto Gonçalves, António GouveiaIPO Lisboa

inTRodUçÃo:A contaminação química e microbiológica durante a preparação de citotóxicos é uma preocupação nas farmácias hospitalares. O treino contínuo dos operadores deve ser regular e a sua eficácia periodicamente avaliada. Dada a natureza do produto, as técnicas de simulação têm ganho um papel preponderante na qualificação e treino dos opera-dores, bem como na validação de processos.

obJecTivos:(Re)qualificação dos profissionais diretamente envolvidos na preparação de citotóxicos, através da simulação de procedimen-tos, utilizando o teste media fill combinado com fluoresceína.

MÉTodos:Após uma sessão teórica prévia foi proposta a execução de um esquema de manipulação com base na USP <797> (media fill – risco médio) [1].Utilizou -se meio TSB (Tryptic soy broth) ao qual se adicionou a solução fluorescente (Fluorescent Solution 27mg/ml). Cada operador (n=11) repetiu a preparação em triplicado. As 33 amostras foram incubadas em estufa 14 dias a 30ºC. Neste período, a deteção do crescimento microbiano foi realizada pela presença/ausência de turvação das amostras face ao controlo positivo (Staphylococcus epidermidis). Para confirmação dos resultados foram realizadas subculturas da 3ª amostra de cada operador, em gelose de sangue, e incubadas 48h a 30ºC. A manipulação foi supervisionada por um farmacêutico que procedeu ao controlo com luz UV das preparações, área de traba-lho e equipamento de proteção individual, antes e após a manipulação.Foi feito o controlo microbiológico ambiental das salas e câmaras de fluxo laminar (CFLV), bem como das luvas do operador utilizando meio de TSA (Tryptic soy agar), em placa.

ResUlTados:Dos 11 operadores avaliados, 2 apresentaram falhas no procedimento (1 gota no campo de trabalho e turvação de 1 das amos-tras após 5 dias de incubação).O controlo ambiental das salas de preparação, CFLV e luvas do operador apresentou resultados dentro das especificações.

conclUsões:Face aos resultados, 9 dos 11 operadores submetidos ao teste demonstraram ter qualificações técnicas para a preparação de citotóxicos. Nestes não foi detetada fluorescência durante a simulação (ausência de contaminação química) nem turvação nas amostras após o período de incubação (ausência de contaminação microbiológica).Foi feita uma revisão dos procedimentos com os restantes elementos com vista à repetição do teste após 1 mês. A qualificação foi considerada condicional até ao resultado do 2º teste. Após repetição sem falhas foram considerados (re)qualificados. Esta técnica de simulação combinada permite a avaliação da contaminação química e microbiológica num único procedimento, que se traduz num ganho de tempo e de recursos.Preconiza -se a implementação desta estratégia no plano anual de (re)qualificação.

bibliogRaFia:[1] U.S. Pharmacopeia, 2012 USP 35 NF 30, USP -NF General Chapter <797>, Pharmaceutical Compounding–Sterile Preparations, 2011.

noTas:

Co40 – 23/11 às 09:00siMULaÇão 2 eM 1 na QUaLifiCaÇão de oPeradores:

teste Media fiLL CoMbinado CoM fLUoresCeína

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aUToRes: Joana RussoIPO de Lisboa

inTRodUçÃo:Ao longo dos anos as tarefas desenvolvidas pelo Farmacêutico Hospitalar (FH) têm vindo a evoluir. Verificando -se uma alteração de foco no medicamento para o foco no doente. Os serviços oferecidos pelo FH tiveram que se adaptar e a resposta surgiu com a implementação da Consulta Farmacêutica (CF).

obJecTivos: - Implementação de uma CF no Ambulatório Hospitalar de um serviço de Hemato -Oncologia. - Avaliar o impacto da implementação da CF.

MÉTodos: - Desenvolvimento de materiais de apoio, procedimentos de sistematização de registo e de intervenção na CF, orientados por uma revisão bibliográfica sobre CF e sobre os fármacos selecionados. - Quantificação do Nº de intervenções/doente, do Nº de pedidos de apoio de doentes/doente e Nº de pedidos de apoio por parte dos médicos/doente, e comparação nos períodos pré -CF e pós -CF.

ResUlTados: - Desenvolveram -se os seguintes materiais: Folheto Informativo (FI), Base de Dados de interacções medicamentosas (BDIM) e estratégias de minimização, Calculadora de Adesão à terapêutica (CAT), Base de Dados para ajustes de dose (por questões de toxicidade ou questões fisiológicas) -BDAD, Formulário de Relatório ao Médico (RM). A forma de entrevistar o doente apresentou várias fases: livre, estruturada e semi -estruturada. O registo da CF também apresentou várias formas, centrando -se actualmente numa adaptação do método SOAP. A sistemati-zação da intervenção foi padronizada. - Pré -CF (29 doentes) Intervenções/doente=0. Solicitações de apoio por parte dos doentes/doente=0,04 (1 solicitação). Solicitações de apoio por parte dos médicos/doente=0. - Pós -CF (37 doentes) Intervenções/doente= 0,7 (26 intervenções), Solicitações de apoio por parte dos doentes/doente= 0,24 (9 solicitações) e Solicitações de apoio por parte dos médicos/doente= 0,16 (6 solicitações).

conclUsões:A implementação da CF tem sido um processo aprendizagem e de melhoria contínua. Verificando -se um período de adaptação, para o qual os materiais desenvolvidos (FI, CAT, BDIM, BDAD, RM) se revelaram extremamente úteis, particularmente na integra-ção de toda a equipa de forma a que o cuidado prestado ao doente seja uniforme e contínuo.Conclui -se que os objetivos foram atingidos (1º Implementar uma CF, para todos os doentes dos fármacos selecionados (ibruti-nib e idelalisib) e 2º Avaliar o impacto da implementação da CF). Tendo -se verificado um aumento tanto na intervenção farma-cêutica, como nos pedidos de colaboração e na confiança que os doentes e os médicos colocam no Farmacêutico Hospitalar. Estes resultados motivam o alargamento futuro desta abordagem a outros medicamentos.

bibliogRaFia:Finnes, H. et al; The Importance of Pharmacovigilance during Ibrutinib Therapy for Chronic Lymphocytic Leukemia (CLL) in Routine Clinical Practice, American Society of Hematology, 2015, vol. 126 no. 23717.

noTas:

Co50 – 23/11 às 09:00iMPLeMentaÇão de UMa ConsULta farMaCÊUtiCa nUM serviÇo de HeMato ‑onCoLogia

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31 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Sónia Domingos Camões, Andreia Fernandes, Armando Alcobia, Laura LourençoHospital Garcia de Orta EPE

inTRodUçÃo:Como instituição prestadora de cuidados de saúde, o nosso hospital tem como objetivo a procura da melhoria contínua dos serviços prestados e a satisfação dos doentes. A garantia de adesão à terapêutica, consultas e meios complementares de diag-nóstico tem sido comprometida por questões económicas, levando a que um número crescente de doentes sinta dificuldade no acesso a estes cuidados de saúde. O Projeto de Acessibilidade (Pharmaccess), a decorrer desde Janeiro de 2016, é um projeto de cariz social que visa assegurar a adesão à terapêutica dos doentes que por carência económica, mobilidade reduzida, isolamento social e/ou falta de transpor-tes não se conseguem deslocar aos Serviços Farmacêuticos do Hospital onde são acompanhados para o levantamento da sua medicação mensal. Para este projeto contámos com o apoio de 26 Farmácias Comunitárias de três concelhos da área de envolvência do Hospital.

obJecTivos:Determinar a adesão e grau de satisfação dos doentes inseridos no projecto.

MÉTodos:Análise retrospectiva da adesão terapêutica dos doentes antes e após o Projeto de Acessibilidade. Determinação do grau de satisfação através de inquérito de satisfação.

ResUlTados:Desde Janeiro de 2016 foram submetidos, ao Serviço Social do nosso hospital, 124 pedidos de envio de medicação para a far-mácia comunitária mais próxima da área de residência do doente. Destes 98% (n =122) foram autorizados. Dos 122 doentes autorizados 94 (77%) continuam a receber a medicação na farmácia comunitária seleccionada, os quais foram considerados para a determinação da satisfação e cálculo da adesão. Os 28 doentes excluídos deixaram de beneficiar do projeto devido a: falecimento, mudança de residência, suspensão terapêutica, entre outros.Os 94 doentes do projecto são acompanhados em diferentes especialidades médicas, sendo a infecciologia (32%, n=30), a oncologia (26%, n=24), a neurologia (17%, n=16) e a nefrologia (12%, n=11) as especialidades com o maior número de doentes.O grau de satisfação dos doentes manteve -se nos diferentes inquéritos de satisfação realizados acima dos 90%. A adesão dos doentes após a inclusão no projecto não foi comprometida e houve um incremento de 5% na adesão (2 doente não aderente antes da inclusão no projecto e 3 doentes com comprovadas dificuldades económicas e sem possibilidade de realizar o levantamento da sua medicação na nossa farmácia de ambulatório).

conclUsões:O Projeto de Acessibilidade decorreu da necessidade de actuar perante todos os doentes que possam ver comprometidos os seus cuidados de saúde por questões de acessibilidade.O grau de satisfação é muito elevado, a adesão é optimizada e alguns doentes admitem que não conseguiriam assumir o encargo de levantamento da medicação no hospital, na ausência deste projecto.

bibliogRaFia:

noTas:

Co56 – 23/11 às 09:00aCessibiLidade: adesão e satisfaÇão

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LIVRO DE RESUMOS POSTERS

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POSTERS

34 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Sara Luisa Fevereiro Marques Laborinho Rodrigues1, Ana Margarida Fadista Ventura1, Sónia Cristina Duarte Moreira1, Susana Cêa Trindade da Franca2, Maria Manuela Mónica Rodrigues Vicente1

1HSM – CHLC2HSM – CHLC

inTRodUçÃo:O Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do CHLC/ HSM é responsável pelo único Programa de Transplante Pulmonar (TP) em Portugal. Dispõe de uma equipa multidisciplinar experiente que já proporcionou a 170 doentes a oportunidade de receber um “pulmão novo”.O TP é uma patologia cuja cedência da terapêutica em regime de ambulatório não está legislada. A cedência é feita mediante autorização do Conselho de Administração.A maioria da terapêutica prescrita ao doente Transplantado Pulmonar é offlabel.

obJecTivos:Revisão de protocolo terapêutico de TP e simplificação do processo de submissão de pedidos de medicação em regime de offlabelDemonstrar as mais -valias da intervenção e seguimento farmacoterapêutico

MÉTodos:Revisão Bibliográfica de vários artigos científicos. Análise de protocolos de TP noutros centros internacionais de transplantação. Revisão das prescrições terapêuticas na área do TP. Revisão do procedimento setorial “utilização de medicamentos offlabel do CHLC.Elaboração de listagem de medicamentos utilizados no TP em offlabel.

ResUlTados:Elaboração de protocolo terapêutico no TP em colaboração com a médica responsável e submissão do mesmo à Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT).Feita proposta à CFT no sentido de que medicamentos utilizados no TP possam dispensar o preenchimento do impresso de uti-lização de medicamentos em regime de offlabel, caso façam parte do protocolo terapêutico aprovado pela CFT, sendo apenas necessário o consentimento informado assinado pelo doente.O Farmacêutico intervém em várias etapas do circuito do medicamento como: validação da prescrição no sistema informático, registo na aplicação informática de várias informações, esclarecimento de dúvidas ao doente e alerta para problemas relacio-nados com medicamentos.

conclUsões:A elaboração e aprovação deste protocolo por parte da CFT permitirá simplificar e otimizar a prescrição e utilização destes medicamentos.Nos últimos anos organizações internacionais formalizaram o papel e as responsabilidades do Farmacêutico na equipe multi-disciplinar de Centros de TransplantaçãoA intervenção do Farmacêutico na altura da alta permite a reconciliação medicamentosa, identificação de problemas na ade-são ao tratamento, orientação em diversos aspetos relacionados com a terapêutica medicamentosa, monitorização de efeitos secundários, reações adversas e interações e otimização dos horários da medicação dos imunossupressores

bibliogRaFia:Chan LN. Drug -nutrient interactions in transplant recipients. J. Parenter Enteral Nutr. 2001; 25: 132 -41.Kuypers DR. Influence of interactions between immunosuppressive drugs on therapeutic drug monitoring. Ann. Transplant 2008;13:11 -8.

noTas:Sem conflito de interesses.

P1CUidados farMaCÊUtiCos ao doente transPLantado PULMonar – intervenÇão, segUiMento farMaCoteraPÊUtiCo e revisão de ProtoCoLo teraPÊUtiCo

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aUToRes: Sónia Moreira, Ana Ventura, Sara Rodrigues, Susana Franca, Maria Manuela VicenteCHLC – HSM

inTRodUçÃo:O Transplante Cardíaco (TC) pediátrico é feito no Hospital de Santa Marta desde 2004, sendo que a média de idades dos doen-tes submetidos a este tipo de transplante é de 4,7 anos. O TC num bebé torna -se por isso um caso clínico único, cujo sucesso depende do envolvimento de uma equipa multidisciplinar e inter -hospitalar. As indicações para o TC são: cardiomiopatias, doença da artéria coronária e doença cardíaca congénita[1].

obJecTivos:Descrição do primeiro caso de TC a um bebé de 2 meses em Portugal e identificação dos problemas associados ao circuito do medicamento, tanto na prescrição, como na validação e preparação.

MÉTodos:Consulta do processo clínico e análises laboratoriais no SClinico®. Verificação da prescrição médica e registo das intervenções farmacêuticas no SGICM®.

ResUlTados:Doente do sexo feminino com 78 dias de vida e 2,92kg, submetida a TC a 23 -09 -2016, com diagnóstico à nascença de miocardio-patia dilatada e insuficiência cardíaca. A doente realizou um esquema triplo de imunossupressão com tacrolímus, micofenolato de mofetilo e corticoterapia. Durante o internamento hospitalar foi necessário recorrer a diversas terapêuticas farmacológi-cas para tratamento das intercorrências verificadas: infeção urinária(meropenem), rejeição do TC(metilprednisolona), profilaxia de contacto de Bordetella pertussis(azitromicina), hipertensão pulmonar(sildenafil), infeção a CMV (Imunoglobulina humana anti -CMV +Ganciclovir/Valganciclovir) e hipotiroidismo secundário(levotiroxina). A doente necessitou ainda de alimentação parentérica durante 5 dias. De um total de 40 medicamentos prescritos, 45% foram offlabel e 20% tiveram de ser preparados noutro hospital do CHLC (HDE/HSAC). Foi ainda necessário um pedido de Autorização para Doente Específico para o tacrolímus granulado.

conclUsões:A validação farmacêutica permitiu detetar erros associados à prescrição, adaptar a prescrição às formulações comerciais exis-tentes e identificar a necessidade de manipulados. A articulação do farmacêutico com os médicos permitiu ainda a identificação dos medicamentos offlabel utilizados quer por não existirem estudos na população pediátrica (ex:Ganciclovir), quer por ter sido utilizada uma via de administração/dose/frequência diferente da definida no Resumo das Características do Medicamento (ex:Furosemida injetável por via oral ou Imunoglobulina anti -CMV semanal). Após a alta foi também necessário assegurar a terapêutica para ambulatório, nomeadamente medicação cuja dispensa não se encontra legislada para o TC e que requer auto-rização pelo Conselho de Administração. Neste âmbito foi necessário contactar os serviços sociais do hospital para a dispensa de manipulados (ex:Captopril solução oral). O sucesso do TC realizado só foi possível com o envolvimento de uma equipa mul-tidisciplinar, da qual o farmacêutico fez parte integrante.

bibliogRaFia:[1]The ISHLT Guidelines For The Care Of Heart Transplant Recipients. J Heart Lung Transplant. 2010;29(8):914 -956

noTas:Não existe qualquer patrocínio, apoio ou conflito de interesses.

P2a intervenÇão do farMaCÊUtiCo

no transPLante CardíaCo PediÁtriCo – Caso CLíniCo

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aUToRes: Ana Moleiro, Vitória SamúdioULSBA – EPE, Beja

inTRodUçÃo:No que diz respeito ao tratamento do doente VIH, o Farmacêutico Hospitalar (FH) continua a enfrentar dois grandes desafios: a retenção de doentes nos cuidados de saúde e a adesão à terapêutica.

obJecTivos:Identificar barreiras que condicionam o êxito do tratamento e estratégias facilitadoras de adesão e retenção de doentes.

MÉTodos:Revisão da literatura, com vista à obtenção de uma linha orientadora das estratégias a adotar.

ResUlTados:Dos obstáculos relacionados com a acessibilidade à terapêutica e com o tratamento, destacam -se: a distância entre os Serviços Farmacêuticos Hospitalares (SFH) e a residência do doente, dificuldades socioeconómicas e a falta de motivação para tomar a medicação.De modo a manter os doentes comprometidos com o tratamento, o FH contribui com as seguintes estratégias:Facilita o acesso à terapêutica - otimizando a disponibilidade da mesma, através do cumprimento do Despacho nº 13447--B/2015 de 20 Novembro de 2015; alargando e compatibilizando o horário de funcionamento dos SFH com os das consul-tas; implementando programas de proximidade que simplifiquem o acesso à terapêutica. Promove a articulação entre os SFH, os Centros de Saúde e/ou Farmácias Comunitárias, no cuidado ao doente VIH, respeitando os seus direitos e privacidade.Integra a Equipa Multidisciplinar do doente VIH – A motivação do doente para tomar a medicação, depende da capacidade que a Equipa tem em transmitir a necessidade de o fazer. De modo a criar vínculo com o doente a estratégia a adotar será manter sempre este FH no atendimento.Fomenta a Adesão à Terapêutica – O FH estimula a participação ativa do doente, orientando -o e informando -o relativamente à sua medicação. Otimiza os esquemas posológicos de acordo com os hábitos e rotinas, discute os potenciais efeitos secundários e estratégias para superá -los. A disponibilidade, a postura ética e sigilosa, a utilização de linguagem ao nível de compreensão do doente, são comportamentos que favorecem a retenção e adesão. Monitoriza de forma contínua todos os doentes, através do fornecimento da medicação e acompanhamento farmacoterapêu-tico, como o objetivo de detetar falhas e identificar oportunidades de melhoria.

conclUsões:As estratégias apresentadas são comparáveis às peças de um jogo de xadrez; os movimentos de cada peça são bem estrutura-dos, têm por base uma tática e uma missão, e acima de tudo, todas afetam o resultado final.O xeque -mate consistirá na implementação destas estratégias e na capacidade do FH utilizar os recursos mais adequados, de modo a proporcionar uma atenção integral e continuidade de cuidados. Pretende -se assim melhorar a qualidade assistencial e garantir os resultados em saúde.

bibliogRaFia:Thompson MA et al. Guidelines for improving entry into and retention in care and antirretroviral adherence for persons with HIV: online edition 2012Despacho nº13447 -B/2015www.aidsmap.com

noTas:

P3estratÉgias de retenÇão do doente viH nos CUidados de saÚde – desafio Para o farMaCÊUtiCo HosPitaLar?

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aUToRes: Sara Azevedo, Vasco Rodrigues, Maria Piedade FerreiraCentro Hospitalar Lisboa Norte, EPE

inTRodUçÃo:O Carcinoma Hepatocelular (CH) é o principal tumor hepático primário, responsável por 90% dos tumores malignos do fígado. Mais frequente no homem, estima -se que surjam mil casos por ano em Portugal.(1) A Quimioembolização (QE) é o tratamento de primeira linha em doentes com CH irressecável de estadio intermédio multinodular. Este procedimento combina a injeção de agentes quimioterapêuticos por via intrarterial no local do tumor, seguida de estagnação vascular com agentes embolizantes. A seletividade deste método diminui a toxicidade sistémica.(2) Habitualmente, é utilizada a doxorrubicina ou cisplatina como quimioterapia. A literatura refere uma sobrevivência média de 19 -20 meses, ainda que a previsão seja difícil, devido à hetero-geneidade dos doentes. Para além da QE tradicional, é também utilizado o método com recurso a microesferas embólicas já carregadas com a quimioterapia, libertando -a de um modo controlado ao longo de uma semana.(2)

obJecTivos:Avaliação da utilização da técnica de QE no CH.Análise do padrão de escolha de procedimento e respetivo agente quimioterapêutico.

MÉTodos:Recolha de dados sobre os doentes que efetuaram QE tradicional e QE com microesferas, entre janeiro de 2015 e março de 2017.

ResUlTados:No período referido, foram realizados 47 procedimentos de QE tradicional em 39 doentes, 33 do sexo masculino. Foi utilizada doxorrubicina como quimioterapia e um agente hemostático à base de colagénio. Quanto à QE com microesferas, estas foram carregadas com doxorrubicina e foram realizados 4 procedimentos em 3 doentes do sexo feminino. Seis doentes repetiram o procedimento de QE tradicional e dois realizaram ambos os procedimentos.

conclUsões:Verificou -se a predominância da patologia no sexo masculino e que a doxorrubicina foi a quimioterapia de eleição para ambos os procedimentos. A QE tradicional é o método mais utilizado, uma vez que a maioria dos doentes apresenta um quadro de doença difusa. A QE com microesferas é utilizada apenas em doentes que apresentam lesões menores e mais localizadas, alcan-çadas apenas por artérias de diâmetro inferior. Qualquer dos procedimentos pode ser repetido, de acordo com a resposta clí-nica, e poderão ser realizados ambos os procedimentos no mesmo doente. A QE, apesar de não ser um método com intenção curativa, apresenta resultados positivos de sobrevivência.

bibliogRaFia:1. GLOBOCAN 2012 v1.0, Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC CancerBase No. 11. In: Lyon, France: International Agency for Research on Cancer; 2013. http://globocan.iarc.fr; 2. EASL -EORTC clinical practice guidelines: management of hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2012 Apr; 56(4):908 -43. doi: 10.1016/j.jhep.2011.12.001

noTas:

P4anÁLise da UtiLizaÇão da tÉCniCa de QUiMioeMboLizaÇão no CarCinoMa

HePatoCeLULar

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aUToRes: Manuel Morgado, Sandra Morgado, Andreia Gaspar, Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Cova da Beira

inTRodUçÃo:O Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento (SGICM) apresenta um módulo destinado a dar apoio informático à preparação de medicamentos não estéreis, o qual pode ser desenvolvido à medida das necessidades de cada laboratório de farmacotecnia e, desta forma, contribuir para melhorar a gestão e a segurança deste tipo de medicamentos.

obJecTivos:Proceder à análise dos desenvolvimentos efectuados no módulo informático dos medicamentos não estéreis do SGICM.

MÉTodos:Pesquisa detalhada, no SGICM, dos desenvolvimentos efectuados, em 2016 e 2017, no módulo que dá apoio à preparação dos medicamentos não estéreis no laboratório de farmacotecnia dos serviços farmacêuticos.

ResUlTados:Foram identificados os seguintes principais desenvolvimentos: 1) registo informático da entrada e armazenamento das matérias--primas, dos respectivos certificados de análise e sinalética de perigosidade e validação pelo farmacêutico; 2) introdução, na ficha técnica de cada manipulado, dos ensaios de verificação que devem ser realizados e as correspondentes especificações; 3) associação dos certificados de análise às matérias -primas a utilizar na preparação de manipulados, no decurso da elaboração da guia de produção; 4) possibilidade de alterar uma guia de produção gerada; 5) parametrização dos materiais de embalagem para a produção de manipulados. Foi elaborado um wallchart com os desenvolvimentos mencionados.

conclUsões:Os desenvolvimentos introduzidos no módulo informático analisado constituem um instrumento de grande utilidade para aumentar a segurança e eficiência de todo o circuito dos medicamentos não estéreis, podendo os mesmos ser facilmente intro-duzidos noutros serviços farmacêuticos hospitalares.

bibliogRaFia:Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento, Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar onde exercem os auto-res do abstract, 2017.

noTas:

P5desenvoLviMento de UM sisteMa inforMÁtiCo de aPoio À PreParaÇão de MediCaMentos não estÉreis

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aUToRes: Andreia Gaspar, Manuel Morgado, Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Cova da Beira

inTRodUçÃo:A criação de alertas nos protocolos do Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento (SGICM), acessível para diver-sos profissionais de saúde, permite aumentar a segurança durante a prescrição, preparação e administração de medicamentos citotóxicos e biológicos.

obJecTivos:Proceder à análise dos alertas criados para os medicamentos citotóxicos e biológicos preparados no setor de farmacotecnia dos Serviços Farmacêuticos e dos profissionais de saúde destinatários deste sistema de alertas.

MÉTodos:Pesquisa detalhada, no SGICM, dos alertas incluídos nos protocolos de quimioterapia e contabilização total do número de aler-tas criados, bem como dos profissionais de saúde com acesso a este sistema de alertas.

ResUlTados:Foram elaborados 67 alertas nos 42 protocolos em vigor, no setor de farmacotecnia, para a preparação de citotóxicos e medica-mentos biológicos. A informação contida nos alertas integra aspetos como cuidados a ter em conta na prescrição, na reconsti-tuição/diluição, na conservação e na administração dos medicamentos. Relativamente aos profissionais de saúde destinatários, os enfermeiros apresentam 33 alertas, os farmacêuticos 29 e os médicos 5. Foi elaborado um wallchart com os alertas mencio-nados.

conclUsões:O sistema de alertas analisado constitui um instrumento de grande utilidade para aumentar a segurança e efetividade de todo o circuito da quimioterapia. Apresenta, ainda, potencial de aplicação a outras classes farmacoterapêuticas e a outros setores farmacêuticos.

bibliogRaFia:Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento, Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar onde exercem os auto-res do abstract, 2017.

noTas:

P6sisteMa de aLertas de aPoio À PresCriÇão,

PreParaÇão e adMinistraÇão de CitotÓXiCos e bioLÓgiCos

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aUToRes: Marta Brito, Armando Alcobia, Carlos OliveiraHospital Garcia de Orta

inTRodUçÃo:A estrongiloidíase é uma infecção parasitária intestinal provocada pelo nemátode Strongyloides stercoralis. Em doentes imu-nodeprimidos pode evoluir para uma síndrome de hiperinfeção multiorgânica com uma taxa de mortalidade de cerca de 70%.

obJecTivos:Apresentar um caso clínico de hiperinfecção a Strongyloides stercolaris e expor as soluções encontradas face à falta de normas de orientação clínica e de opções terapêuticas no mercado nacional.

MÉTodos:Estudo de caso.

ResUlTados:Homem, 55 anos, caucasiano, transplantado renal em Agosto de 2016, sob imunossupressão. Em Dezembro é internado na Unidade de Transplante Renal (UTR) por quadro evolutivo de desconforto abdominal inespecífico, náuseas e anorexia com perda ponderal. Durante o internamento confirma -se a presença de larvas de Strongyloides stercolaris na mucosa gástrica e intestinal. Ajuste imediato da terapêutica imunossupressora e prescrição de albendazol 800 mg/dia e ivermectina 18 mg/dia (até 15 dias após negativação parasitológica das fezes). Os Serviços Farmacêuticos (SF) dispunham de ivermectina para 5 dias de tratamento pelo que proativamente iniciaram testes para produção magistral de cápsulas. Validado o processo, foi produzido o primeiro lote de ivermectina, evitando a interrupção do regime duplo de anti -helmínticos. Contudo, por agravamento do quadro clínico com oclusão intestinal, a absorção oral dos anti -helmíniticos é comprometida; não havendo alternativas por via parentérica aprovadas para uso humano, considera -se a aquisição de ivermectina de uso veterinário para administração sub-cutânea, com base na bibliografia (1). O doente assina Consentimento Informado e a Comissão de Ética emite parecer favorável, tendo os SF disponibilizado a ivermectina 10 mg/ml ainda no próprio dia à UTR. O doente retomou a via oral com melhoria clínica, suspendeu albendazol e posteriormente a ivermectina, aquando da alta.

conclUsões:Em Portugal, a ivermectina apenas está comercialmente disponível para aplicação tópica, sendo os comprimidos sujeitos a Autorização de Utilização Excecional. A produção magistral de cápsulas em farmácia hospitalar constitui uma alternativa viá-vel de acesso à terapêutica, eliminando a morosidade imprevisível do processo de importação. Em situações de hiperinfeção, a administração por via entérica pode representar uma limitação em termos de eficácia. Este caso ilustra resultados promissores com ivermectina por via parentérica, podendo a sua utilização ser determinante nas formas mais graves desta parasitose. A cooperação entre equipas, a rapidez de respostas e a farmacotecnia adaptativa foram essenciais para o sucesso deste caso.

bibliogRaFia:(1) Martin, Francisco et al. - Treatment of Human Disseminated Strongyloidiasis with a Parenteral Veterinary Formulation of Ivermectin. Clinical Infectious Diseases. Vol. 41, nº1 (2005) p. e5 -8.

noTas:

P7HiPerinfeÇão Por strongYLoides sterCoLaris: esforÇo de eQUiPa, UM Caso de sUCesso

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aUToRes: Jesus Cotrina Luque1, Madalena Santos2, Domingas Porfirio da Palma1

1Hospital de Cascais, Dr. Jose de Almeida2Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

inTRodUçÃo:Em Fevereiro de 2017, iniciou -se a implementação do Serviço de Farmácia Clinica (SFC) com a presença física do farmacêutico no Serviço de Medicina Interna num hospital do Grupo I com a finalidade de: identificar, solucionar e prevenir a ocorrência de problemas fármaco -terapêuticos, garantir o uso racional de medicamentos em conjunto com a equipa multidisciplinar, otimi-zação da terapêutica e redução do período de internamento.

obJecTivos:Identificar as ações e resultados obtidos após a implantação do SFC no Serviço de Medicina Interna no hospital em estudo.

MÉTodos:Estudo retrospectivo, descritivo durante 5 meses (Fevereiro – Junho 2017). Os dados foram compilados e tratados. Foram regis-tados a idade, sexo e proveniência (lar/domicilio) dos doentes, as intervenções farmacêuticas realizadas, os principais medica-mentos envolvidos e o grau de aceitação das intervenções por parte da equipa médica.

ResUlTados:Durante o estudo validaram -se 11836 prescrições, tendo sido objeto de intervenção 144 doentes, sendo 79 do género mas-culino (51.3%). A média de idade foi de 76.33 anos. A maior parte dos doentes (116) (75.32%) residia no domicílio. Foram regis-tradas 154 intervenções, sendo que 100 (64.93 %) foram aceites. Os medicamentos mais envolvidos foram paracetamol com 35 intervenções (22.73 %), vancomicina com 20 (12.99 %) e enoxaparina com 19 (12.34 %). A terapia sequencial (switch de via endovenosa para via oral), a farmacocinética clínica (monitorização sérica de antibióticos) e a reconciliação terapêutica de medicamentos do regime de ambulatório foram os tipos de intervenções mais frequentes com 45, 25 e 24 intervenções, (29.22%, 16.23% e 15.58%, respetivamente).

conclUsões:O SFC identificou e interveio num número elevado de prescrições inadequadas no Serviço de Medicina Interna. Prevê -se a extensão para outros Serviços Clínicos que serão beneficiados da presença e atividade do SFC.

bibliogRaFia:Moreira da Costa Josiane , Lima Abelha Lorena , Tanimoto Duque Fernanda Alice. Experience of implementation of clinical phar-macy service in a teaching hospital. Rev. Bras. Farm. 94: 250 – 256, 2013.

noTas:

P8iMPLeMentaÇão do serviÇo de farMÁCia CLiniCa

nUM HosPitaL do grUPo

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42 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Jesus Cotrina Luque, Ana Sofia Santos Valongo, Domingas Porfirio da PalmaHospital de Cascais, Dr. Jose de Almeida

inTRodUçÃo:O tratamento empírico da endoftalmite com Anfotericina B 5 mcg/0,1 mL intavítrea, associada à terapia sistémica com um anti-fúngico, em doentes que apresentem ou não extensão da infecção para o vítreo tem grau de evidência IC (a opinião consensual dos especialistas e/ou pequenos estudos retrospetivos e registos mostraram evidências de que o tratamento é benéfico).

obJecTivos:Avaliar a efectividade de anfotericina B intravítrea no tratamento empírico da endoftalmite.

MÉTodos:Descrição dum caso clínico numa doente internada no Serviço de Cirurgia que apresentou endoftalmite de origem desconhe-cida e que fez duas administrações de Anfotericina B intavítrea 5 mcg nos dias 0 (dia da vitrectomia) e 3 do internamento, ambas preparadas na câmara de fluxo laminar horizontal nos Serviços Farmacêuticos para garantir condições assépticas. Foi iniciada terapêutica sistémica com Voriconazol 200 mg 2x/dia e Valganciclovir 900 mg 2x/dia. A efectividade do tratamento avaliou -se através da medição da acuidade visual (AV) no olho esquerdo (OE) e no olho direito (OD) durante o período de internamento e no mês seguinte nas consultas externas de oftalmologia.

ResUlTados:A AV no dia 1 do internamento foi de 0.01 no OD e de 0.5 no OE; no dia 2 foi de 0.02 e 0.4, respetivamente; no dia 3 foi de 0.02 e 0.5; no dia 4 foi de 0.02 e 0.5; no dia 7 (data de alta) foi de 0.05 e 0.6, respetivamente. No dia 3 após -alta (+3) foi de 0.4 e 0.1; no dia +15 foi de 0.7 e 0.9 e nos dias +19 e +25 foi de 0.8 e de 1, respetivamente.

conclUsões:Anfotericina B intravítrea é efectiva no tratamento empírico da endoftalmite administrada conjuntamente com terapia sisté-mica. Os nossos resultados vêm concordar com os dos estudos já publicados na literatura científica

bibliogRaFia:Tabbara KF, al Jabarti AL. Hospital construction -associated outbreak of ocular aspergillosis after cataract surgery. Ophthalmology. 1998; 105:522.

noTas:

P9efeCtividade do trataMento eMPíriCo CoM anfoteriCina b intravítrea na endoftaLMite

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43 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Sylvie Martins, Betania Abreu, Catarina Gomes, Ana Placido, Daniela Figueiredo, Filipa Sousa, Joao Cerqueira, Jose RibeiroHospital de Braga

inTRodUçÃo:O risco dos doentes tratados com natalizumab desenvolverem leucoencefalopatia multifocal progressiva é um assunto bas-tante estudado devido a sua gravidade.A leucoencefalopatia multifocal progressiva é uma infeção cerebral rara, causada pelo vírus John Cunningham, relacionada com a supressão severa do sistema imunológico.Na maioria dos casos é fatal e os doentes sobreviventes permanecem com sequelas neurológicas severas.1

obJecTivos:Demonstrar as vantagens do acompanhamento multidisciplinar de doentes em tratamento com natalizumab.Evidenciar a importância da detecção precoce da leucoencefalopatia multifocal progressiva.

MÉTodos:Elaboração de um protocolo de monitorização nos doentes tratados com natalizumab.Seleção e acompanhamento multidisciplinar (enfermeiro, farmacêutico e médico) dos doentes em risco de desenvolver leu-coencefalopatia multifocal progressiva.Identificação dos doentes com diagnóstico de leucoencefalopatia multifocal progressiva.Análise retrospetiva do processo clinico dos doentes com diagnóstico de leucoencefalopatia multifocal progressiva, através da aplicação informática Glintt Healthcare®. As informações clínicas recolhidas foram a data de diagnóstico e tipo de esclerose múltipla, resultados dos meios complementares de diagnóstico para confirmação da leucoencefalopatia multifocal progressiva, sintomas, terapêuticas instituídas e evolução do estado clínico geral dos doentes.

ResUlTados:Dos 15 doentes selecionados apenas dois desenvolveram a doença. Ambos apresentam esclerose múltipla recidivante--remitente, o doente 1 diagnosticado em 2001 e o doente 2 em 2014. Efetuaram tratamento com natalizumab durante 5 anos e 4 meses e 1 ano e 2 meses, respetivamente.No doente 1 a suspeita de leucoencefalopatia multifocal progressiva manifestou -se por disartria de evolução progressiva. No doente 2 o diagnóstico foi tardio com suspeita inicial de progressão da esclerose múltipla.O doente 1 apresentou disartria, assimetria facial discreta e diminuição da força muscular. O doente 2 apresentou disartria ligeira, hemiparesia direita espástica, dismetria e hipostesia táctil. O doente 1 apresentou melhoria sintomática e o doente 2 desenvolveu sequelas neurológicas graves, com degradação acen-tuada do estado clinico geral.

conclUsões:O protocolo de monitorização permite um papel mais ativo da equipa multidisciplinar no acompanhamento destes doentes.A deteção precoce da doença minimiza o grau de lesão cerebral e as consequentes lesões neurológicas severas.O baixo número de doentes incluídos e a recolha retrospetiva são duas limitações desta análise.

bibliogRaFia:[1]C, Menge T, Hartung HP, Rack MK, Cravens PD, Bennet JL, Frohan EM, Greenberg BM, Zamvil SS, Gold R, Hemmer B, Kieseier BC, Stuve O. Natalizumab and progressive multifocal leocoencephalopathy. ArchNeurol. 2010; 67 (8):923 -930

noTas:

P10MonitorizaÇão do risCo de LeUCoenCefaLoPatia MULtifoCaL Progressiva nos doentes eM trataMento CoM nataLizUMab

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44 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Sandra Morgado, Manuel Morgado, Marta Mendes, Idalina Freire, João Ribeiro, Rita Oliveira, Andreia Gaspar, Rute Duarte, Inês Eusébio, Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Cova da Beira

inTRodUçÃo:O desenvolvimento e implementação de uma solução eficaz de Reconciliação Terapêutica (RT), em meio hospitalar, é um desa-fio que encontra inúmeras dificuldades e obstáculos, dos quais se destacam a ausência de um sistema estandardizado aplicável a todos os profissionais de saúde e a necessidade de garantir o acesso eficaz à informação da lista de medicação atualizada de cada doente.Em Portugal, o objetivo estratégico número 4 publicado no Despacho nº1400 -A/2015, um dos seus objetivos estratégicos con-siste em aumentar a segurança na utilização da medicação, que indica, no primeiro ponto das ações, que deverá ser desenvol-vido um sistema de informação para a RT nas instituições do Serviço Nacional de Saúde.O CHCB tem implementado um projecto de RT em que é entregue ao doente um Cartão de Medicação (CM).

obJecTivos:Descrever a implementação e avaliar os resultados obtidos do projecto no CHCB desde o seu início 05 Maio de 2010 até 15 de Agosto de 2017.

MÉTodos:A avaliação do projecto foi realizada através dos dados da aplicação informática.

ResUlTados:O projecto foi implementado dentro do hospital em 2010 através do desenvolvimento de uma aplicação informática, disponível por ligação ao Sistema de Apoio ao Médico.A base de dados de medicamentos usada na aplicação informática foi importada do INFARMED e completada com informação específica, dirigida ao doente, sobre o modo de administração e objectivo terapêutico do medicamento, com a finalidade de aumentar o seu conhecimento sobre o medicamento e a literacia em saúde. A lista de medicamentos da base de dados é atua-lizada mensalmente. Durante o período em estudo foram elaborados 2530 CM, e o número de médicos utilizadores foi de 50 revelando uma boa adesão ao projecto. O número médio de medicamentos constantes no CM foi de 8 e a idade média dos doentes a quem foi entregue o CM foi de 71 anos.Existem cerca de 15699 medicamentos ativos na aplicação de RT e cerca de 3160 têm informação específica sobre o medica-mento.Os serviços mais utilizadores do CM são o serviço de medicina interna, neurologia e a pneumologia com percentagem de utili-zação de 47,5%, 21,1% e 19,1% respetivamente.

conclUsões:O CM do CHCB revelou -se útil para a RT no momento da alta e em consulta, com elevada aceitabilidade, contribuindo para a redução de erros de medicação no domicílio e aumento da literacia em saúde. Dado a relevância e benefício para os doentes de um acesso à sua lista de medicação atualizada está a ser desenvolvida em co -parceria com a Glintt HS uma solução informa-tizada, passível de funcionamento desintegrado de qualquer solução clínica, que permita assegurar uma correta comunicação e transmissão da informação entre os profissionais de saúde.

bibliogRaFia:Ministério da Saúde. Despacho n.º 1400 -A/2015. Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015 -2020 Diário da República, 2.ª série — N.º 28 — 10 de fevereiro de 2015.

noTas:

P11aPLiCaÇão inforMÁtiCa de reConCiLiaÇão teraPÊUtiCa no Centro HosPitaLar Cova da beira

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aUToRes: Ana Moleiro, Paula Sadio, Vitória SamúdioULSBA – EPE, Beja

inTRodUçÃo:O Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) tem por objetivo implementar um conjunto de ações destinadas a orientar a prescrição e uso dos Antibióticos (AB). O êxito deste programa depende da intervenção conjunta dos diferentes profissionais.

obJecTivos:Avaliar o impacto da intervenção do Farmacêutico Hospitalar (FH) no PAPA.

MÉTodos:Elaboração de modelo específico para registo das Intervenções Farmacêuticas (IF) realizadas no âmbito do PAPA. Análise dos registos e avaliação do grau de aceitação das IF realizadas, no decorrer da validação das prescrições de antibióticos, entre Junho de 2016 a Agosto de 2017.

ResUlTados:Foram registadas 75 IF correspondentes a 62 doentes, das quais 67 (89,3%) foram aceites e motivaram alterações na prescrição.Os grupos de AB mais envolvidos foram: gentamicina (31%); fluorquinolonas (17%); associações de penicilinas com inibidor das B -lactamases (20%) e vancomicina (9%).As IF mais frequentes visaram o ajuste de dose e/ou frequência de acordo com função renal (68%), sugeriram uma alternativa ao AB prescrito (18,7%) ou solicitaram um pedido de análises para controlo de função renal e/ou toxicidade (12%).A maioria das IF (73,3%) foram realizadas no 1º dia da prescrição.

conclUsões:A criação de um modelo específico permitiu padronizar os registos das IF.A taxa de aceitação demonstra o impacto da atividade do FH na redução de erros e na racionalização da terapêutica.Considerando que 40% das IF tiveram como alvo AB de elevada toxicidade e estreita margem terapêutica (gentamicina e van-comicina) e que, as mais frequentes abordaram ajustes de acordo com a função renal, fica demonstrado o papel fundamental do FH na assessoria à monitorização dos parâmetros necessários à otimização da terapêutica. O facto de 73,3% das IF terem ocorrido no primeiro dia da prescrição sugere que a validação diária dos AB é uma atividade essencial, que permite intervir precocemente na qualidade da prescrição e uso dos mesmos.A sugestão de alternativas terapêuticas mais eficazes ou com menor toxicidade em 19% das IF, demonstra a importância da atividade clínica do FH em programas de qualidade assistencial.A elevada taxa de aceitação das IF, evidencia o reconhecimento das competências do FH. Este constitui uma peça fundamental na equipa do PAPA, que através dos seus conhecimentos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, permite melhorar a qualidade da prescrição antibiótica, otimizar a eficácia e segurança da mesma, e contribuir para a redução de resistências microbianas.

bibliogRaFia:Despacho nº15423/2013, D.R. nº 229, Parte C, Série II de 2013 -11 -26.

noTas:

P12o farMaCÊUtiCo CLíniCo na eQUiPa do PrograMa

de aPoio À PresCriÇão antibiÓtiCa

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aUToRes: Ana PlácidoHospital de Braga

inTRodUçÃo:É um fator determinante no crescimento do recém -nascido prematuro o acesso a nutrição parentérica nas primeiras horas de vida. Para que tal seja possível, muitas unidades têm optado pelo desenvolvimento de bolsas de nutrição parentérica padro-nizadas. Atualmente existe disponível no mercado português uma solução com indicação para recém -nascidos prematuros.

obJecTivos:Analisar as composições da bolsa de nutrição parentérica padronizada utilizada na unidade de neonatologia e da bolsa de nutri-ção parentérica comercializada de forma a verificar a sua aplicabilidade nos primeiros dias de vida.

MÉTodos:Foram analisadas as composições das bolsas de nutrição parentérica (padronizada e comercializada) e as orientações das neces-sidades nutricionais nos primeiros dias de vida.

ResUlTados:A bolsa de nutrição parentérica padronizada é constituída apenas por glucose, aminoácidos e cálcio, enquanto que a apre-sentação disponibilizada pela indústria contem também lípidos, sódio, potássio, magnésio e fósforo. A bolsa padronizada contém 3.8g de aminoácidos/ 100ml contra 3.1g na bolsa comercializada, 11.1g/ 100 ml de glucose, comparativamente com 13.3g apresentadas pela bolsa comercializada e 44.69mg/ 100ml de cálcio contra 52.1mg presentes na solução comercializada. Nos constituintes sobreponíveis a composição é semelhante e permite suprir as necessidades preconizadas para esta fase.

conclUsões:A apresentação comercial disponível parece apresentar algumas vantagens, nomeadamente: possibilidade de adição de lípi-dos; administração de eletrólitos de forma mais segura; não implica preparação; menor probabilidade de contaminação; maior estabilidade; sem condições de conservação especiais; disponibilização de diversos estudos.A bolsa de nutrição parentérica padronizada desenvolvida tem uma composição mais limitada, tendo por base estudos que descrevem a importância de acesso a aminoácidos nas primeiras horas de vida.A bolsa de ntrição parentérica disponibilizada pela indústria permite suprir as necessidades de recém -nascidos prematuros nos primeiros dias de vida, tal como preconizado na 1ª revisão do Consenso Nacional em Nutrição parentérica no recém -nascido, da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

bibliogRaFia:DINERSTEIN, A [et al.] - Early and aggressive nutritional strategy (parenteral and enteral) decreases postnatal growth failure in very low birth weight infants, Journal of Perinatology (2006) 26, 436–442.VALENTINE, CJ [et al.] - Early amino -acid administration improves preterm infant weight, Journal of Perinatology (2009) 29, 428–432.Resumo das Características do Medicamento Numeta G13%E, emulsão para perfusão.Pereira -da -Silva, L. [et al.] – Nutrição parentérica no recém -nascido: 1ª revisão do Consenso Nacional, Acta Pediatr Port 2008;39(3):125 -34.

noTas:

P13UtiLizaÇão de boLsas de nUtriÇão ParentÉriCa disPonibiLizadas PeLa indÚstria nos PriMeiros dias de vida de reCÉM ‑nasCidos PreMatUros

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aUToRes: Ana Plácido, Ana Rita FortunatoHospital de Braga

inTRodUçÃo:Os medicamentos manipulados têm um lugar indiscutível na farmácia hospitalar, por se apresentarem como uma alternativa terapêutica na ausência de resposta da indústria. É necessário garantir a compilação e manutenção atualizada da informação referente à preparação destes medicamentos.Existem soluções eletrónicas disponíveis no mercado que permitem cumprir as boas práticas e colmatar as necessidades dos farmacêuticos neste âmbito. No entanto, nem sempre estas soluções estão acessíveis a todos os hospitais, e cabe ao farmacêu-tico hospitalar promover estratégias adequadas de gestão do medicamento manipulado.

obJecTivos:Os objetivos do desenvolvimento desta solução foram: apresentar num ecrã apenas todas as fichas de preparação validadas; diminuir o tempo necessário ao preenchimento das fichas de preparação e emissão dos respetivos rótulose diminuir o risco de erro garantindo o cumprimento das Boas Práticas a observar na preparação de Medicamentos Manipulados.

MÉTodos:Análise das necessidades da Unidade de Produção e Manipulação Clínica de Medicamentos não Oncológicos quanto à sistema-tização da informação relativa aos medicamentos manipulados.

ResUlTados:Para cada medicamento foi desenvolvido um ficheiro do qual consta ficha de preparação, folheto informativo e informação des-tinada aos farmacêuticos. A informação destinada aos farmacêuticos contém: seleção do veículo adequado, seleção da matéria--prima, seleção da concentração, indicações e seleção da forma farmacêutica. A ficha de preparação permite acesso direto à bibliografia consultada. De forma a facilitar a pesquisa foi criada uma página de rosto, com uma lista de todos os medicamentos manipulados habitualmente preparados no hospital, permitindo um rápido acesso à informação. Para minimizar erros de trans-crição e diminuir o tempo necessário ao preenchimento da ficha de preparação e à emissão de rótulos, foram parametrizados comandos rápidos para as tarefas habituais.

conclUsões:A utilização de apenas um ecrã, com ligações automáticas às informações necessárias, diminui o tempo alocado a cada tarefa e diminui o risco de erros de transcrição. As ligações criadas contribuem para o cumprimento das Boas Práticas por conterem informação relevante, apresentada de forma simples.Nos casos em que não é possível o acesso a soluções comercializadas, o farmacêutico deve desenvolver alternativas, contri-buindo para a segurança do doente e para o cumprimento das Boas Práticas.

bibliogRaFia:Portaria n.º 594/2004, de 2 de Junho, Boas práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em farmácia de oficina e hospitalar.Barbosa, CM., Pinto, S. – Medicamentos Manipulados em Pediatria: Estado Atual e Perspectivas Futuras, ArquiMed, 2008.

noTas:

P14aLternativas aos sisteMas inforMÁtiCos

reLaCionados CoM a ProdUÇão de MediCaMentos ManiPULados

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aUToRes: Ana Parola1, Maria Teresa Sousa1, Sandra Carreira1, Paula Rosa1, Fátima Falcão2

1HEM – CHLO EPE2CHLO EPE

inTRodUçÃo:Em qualquer das etapas da actividade assistencial do farmacêutico hospitalar é desejável utilizar uma metodologia de actua-ção que inclua identificação de doentes de risco, revisão farmacoterapêutica, avaliação dos resultados em saúde e melhoria contínua da prática profissional a partir da análise e difusão dos resultados obtidos. Um dos métodos utilizados designa -se por acompanhamento farmacoterapêutico. Nesta actividade pretende -se procurar, identificar, resolver e prevenir, de modo sistemático e documentado, todos os potenciais Problemas relacionados com medicamentos (PRMs), e evitar ou minimizar resultados negativos dos medicamentos (RNMs), através de intervenções farmacêuticas (IF) adequadas.O desenvolvimento desta actividade implica que o farmacêutico coopere com o médico e outros profissionais de saúde na pres-tação de cuidados ao doente. Importa assim registar a actividade assistencial desenvolvida e qualificá -la, de forma a melhorar continuamente.

obJecTivos:Caracterização dos PRMs identificados e consequentes IFs relativas a prescrições em doentes internados no 1º semestre de 2017 num Hospital Central.

MÉTodos:Estudo observacional retrospectivo recorrendo à análise de registos de IFs no programa CPC Glint, módulo recepção/validação no decurso do acompanhamento farmacoterapêutico realizado em doentes internados.

ResUlTados:No 1º semestre de 2017 foram identificados 1328 PRMs sobre 238 produtos farmacêuticos, em 781 doentes sujeitos a acompa-nhamento farmacoterapêutico, correspondendo a uma média de 1.7 PRMs por doente. Verificou -se uma expressão relevante de PRMs de necessidade (25,8% PRM1 – Problema de saúde não tratado; 26,4% PRM2 - Efeito de um medicamento desnecessário) e de segurança (21,5% PRM6 – Insegurança quantitativa). Com menor expressão, observaram -se 14,4% de PRMs de efectividade.Considerando o tipo de IFs (n=2178) realizadas, apuram -se 22,2% sugestões de alteração posológica, 13,9% para educação dos profissionais de saúde, 13,1% sugestões de substituição de fármaco ou forma farmacêutica, 12% para suspensão de fármaco e 7,9% para a necessidade de adição de fármaco.Actuou -se também sobre efeitos adversos (7,7%), correcta administração de fármacos/selecção de via de administração (6,1%), contra -indicação de fármacos ou precauções de utilização (5,5%), adesão à terapêutica (3,4%), interacções medicamentosas/com alimentos (3,3%) e indicação de utilização (3,3%).

conclUsões:Os resultados do acompanhamento farmacoterapêutico realizado no 1º semestre de 2017, demonstram o cumprimento dos objectivos propostos: garantir a obtenção da máxima efectividade da terapêutica; minimizar os riscos associados ao uso do medicamento; e contribuir para o uso racional dos mesmos.

bibliogRaFia:

noTas:

P15ProbLeMas reLaCionados CoM o MediCaMento e resPeCtiva intervenÇão farMaCÊUtiCa nUM HosPitaL CentraL

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49 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Cristina Ferro, Silvia Guerreiro, Vitória SamudioULSBA

inTRodUçÃo:A monitorização farmacoterapêutica é um processo contínuo, que identifica e resolve problemas relacionados com medica-mentos (PRMs), garantido uma terapêutica mais idónea e co -responsabilizando o farmacêutico com os resultados do doente, envolvendo -o cada vez mais nos processos de tomada de decisão (1). A avaliação dos registos efetuados constitui um indicador de resultados e forma de encontrar oportunidades de melhoria.

obJecTivos:Caracterizar as intervenções realizadas na validação das prescrições médicas. Verificar processos, identificar grupos terapêuti-cos/fármacos de maior risco, encontrar formas de intervenção farmacêutica precoce, otimizar as estratégias de sucesso existen-tes, identificar limitações e procurar oportunidades de melhoria.

MÉTodos:Foi realizado um estudo unicêntrico, retrospetivo, descritivo e transversal na ULSBA. Quantificaram -se e analisaram -se as inter-venções farmacêuticas no período de 1 de Janeiro 2016 a 31 de Julho 2017. Os dados foram recolhidos da plataforma eletrónica de registo de intervenções da ULSBA EpriFarm e caracterizados de acordo com as categorias pré -definidas na instituição.

ResUlTados:Analisaram -se 365 intervenções num universo de 11768 doentes internados com prescrição. Destas, 53 % fizeram -se na cirurgia, 12 % nas Especialidades Médicas e 7% na Medicina e Cardiologia. Os fármacos mais intervencionados foram a Amoxicilina+Ac.Clavulânico IV (20%), Pantoprazol IV (18%) e Paracetamol IV (10 %).Das intervenções 39% realizaram -se em antibióticos e PPI (17%). Do total, 52% das intervenções foram alterações da via de administração correspondendo a 78% das intervenções feitas na cirurgia, e 19% intervenções na dose prescrita representando 48% das intervenções nos serviços da área médica. A taxa de aceitação das intervenções propostas foi de 93%.

conclUsões:O registo das intervenções farmacêuticas constitui um aspeto a melhorar. Nos Serviços em que o farmacêutico participa na reunião clinica verifica -se uma taxa de intervenções superior, sendo importante alargar a presença do farmacêutico nestas reu-niões. A otimização da via de administração, a adequação das doses e as intervenções sobre medicamentos inapropriados tem uma elevada taxa de aceitação e constituem um dos pontos fortes da equipa farmacêutica aparecendo correlacionados com o tipo de Serviço Médico/Cirúrgico. Existem medicamentos/grupos terapêuticos onde devem ser desenvolvidas estratégias de intervenção precoce, sendo um dos próximos objetivos da equipa. O caminho faz -se caminhando, e o farmacêutico hospitalar assume a cada dia um papel mais relevante nas equipas de saúde sendo parte integrante do sistema que garante o uso correto de medicamentos.

bibliogRaFia:1. Farre Riba ,et all; Intervenciones Farmacéuticas: metodologia y evaluacion. FarmHosp 2000;24(3):133 -144. 2. Leandro Cardinal; Carla Fernandes; Intervenção Farmacêutica no Processo de Validação da Prescrição Médica.Rev.Bra.Farm.Hosp.V5n.º2.

noTas:

P17intervenÇÕes farMaCÊUtiCas UM CaMinHo a segUir

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50 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Marta Daniela Rodrigues Mendes, Rita Manuela Palmeira de Oliveira, Sandra Cristina Guardado Antunes Rolo Passos Morgado, Maria Olímpia Cardoso FonsecaCentro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.

inTRodUçÃo:De acordo com a revisão dos medicamentos à base de polimixinas levada a cabo pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) em 2014, o colistimetato de sódio é considerado uma opção terapêutica crucial no contexto de infecções causadas por microor-ganismos gram -negativos multirresistentes. Esta revisão elaborada apresenta indicações quanto às posologias de colistimetato de sódio a adoptar, de acordo com a clearance de creatinina (CrCL): uma dose diária de 9 MUI é sugerida para doentes adultos com CrCL ≥ 50 ml/minuto e doses ajustadas para doentes com CrCL inferior a este valor. Não são indicadas recomendações especiais para doentes idosos, não obstante, é conhecido que a função renal diminui com a idade e a perda de massa muscular influencia este biomarcador.

obJecTivos:Avaliar os padrões de prescrição de colistimetato de sódio e os ajustes de dose de acordo com a função renal no nosso hospital, particularmente nos doentes idosos. Analisar a compliance às indicações da EMA e a necessidade de ajuste de dose de colisti-metato de sódio nos idosos.

MÉTodos:Análise das prescrições de colistimetato de sódio durante um ano, no período de 1 de Agosto de 2015 a 1 de Agosto de 2016. Os critérios de inclusão foram: doentes com idade superior a 65 anos, admitidos no internamento dos serviços de medicina e pneumologia e com prescrição de colistimetato de sódio por via intravenosa em qualquer fase do internamento. Os critérios de exclusão foram: morte ou transferência para outro hospital durante o período de internamento.

ResUlTados:A população em estudo consiste em 27 doentes, tendo 62.96% idade superior a 80 anos. De todos os doentes estudados, 21 apresentam creatinina normal (CrCL > 50ml/minuto). Destes 21 doentes, somente 6 (28.57%) iniciaram o tratamento com uma dose de colistimetato de sódio de 9 MUI (2 tinham idade inferior a 70 anos; os restantes idade superior a 80 anos); 2 destes doentes com idade superior a 80 anos tiveram uma redução de dose durante o tratamento. Os restantes 15 doentes (todos com idade superior a 70 anos) tiveram outros regimes de dose prescritos: a 12 doentes foi prescrita a dose de 6 MUI/dia, 8 dos quais tinham idade superior a 80 anos e 2 doentes necessitaram de posterior redução de dose durante o tratamento. Aos 6 doentes com função renal comprometida antes do início do tratamento, foram prescritas doses reduzidas/ajustadas de colistimetato de sódio. No entanto, somente 2 destes doentes tiveram uma prescrição de acordo com as guidelines emitidas pela EMA.

conclUsões:Estes dados realçam a necessidade de considerar as limitações dos valores de creatinina como um biomarcador isolado da fun-ção renal nos idosos. Outros estudos em grandes populações podem permitir obter dados para enriquecer as guidelines acerca do ajuste de dose de colistimetato de sódio nesta população.

bibliogRaFia:

noTas:

P18PresCriÇão de CoListiMetato de sÓdio nos idosos: UM estUdo retrosPetivo nUM Centro MÉdiCo aCadÉMiCo

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51 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Graça Guerreiro Pereira, Mara Carreira, Andreia Sousa, Ana Maria Santos, Ana Miguel Durães, Ana Alves Ribeiro, Carla Campos, Cecília Mimoso, Joana Osório Martins, João Almeida Cocharra, Maria João Pacheco, Mariana Magalhães, Pedro Campos, Sofia Pinto, Cristina PaivaULSM – Hospital Pedro Hispano

inTRodUçÃo:A infeção crónica por VHC pode ser tratada com diferentes esquemas terapêuticos, dependendo do genótipo, da existência de terapêutica prévia e da existência ou não de cirrose hepática [1].

obJecTivos:O presente estudo tem como objetivo caracterizar uma população de doentes com VHC que terminaram tratamento até Janeiro de 2017 e avaliar a eficácia terapêutica versus diferentes genótipos.

MÉTodos:Seleção dos doentes que terminaram tratamento até 31 de janeiro de 2017. Foram pesquisados os genótipos existentes e avaliada a eficácia da terapêutica instituída às 24 semanas. Os dados foram tratados e sistematizados recorrendo ao Microsoft Office Excel 2010.

ResUlTados:Dos 212 doentes VHC genótipo 1, 209 concluíram tratamento com sofosbuvir/ledispavir (sof/led), 2 com sofosbuvir+ribavirina (rib) e 1 com ombitasvir/paritaprevir/ritonavir+dasabuvir (com ou sem rib) com, respetivamente, 97%, 100% e 100% de eficácia terapêutica.Dos 5 doentes VHC genótipo 2 tratados com sof+rib, 80% alcançaram eficácia terapêutica.Dos 46 doentes VHC genótipo 3, 14 concluiram tratamento com sof/led e 32 com sof+rib, alcançando eficácia terapêutica de, respetivamente 100% e 97%.Os 36 doentes genótipo 4 concluíram tratamento com sof/led com 100% de eficácia terapêutica.O doente genótipo 5 teve 100% de eficácia terapêutica, após tratamento com sof/rib.

conclUsões:As terapêuticas instituídas tiveram uma eficácia superior a 80% em todos os genótipos.

bibliogRaFia:[1] – DGS. Norma nº011/2 012 de 16/12/2012 actualizada a 30/04/2015 -DGS [Consult. 14/09/2017]. Disponível na Internet: URL: http://www.dgs.pt/diretrizes -da -dgs/normas -e -circulares -normativas/norma -n -0112012 -de -16122012.aspx

noTas:Sem conflito de interesses.

P19trataMento de doentes vHC: CaraCterizaÇão de UMa PoPULaÇão

e sUa reLaÇão CoM a efiCÁCia teraPÊUtiCa

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52 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Ana Sofia Santos Valongo, Jesús Cotrina Luque, Patricia Alexandra Catarino Carvalho, Domingas Porfirio da PalmaHospital de Cascais, Dr. Jose de Almeida

inTRodUçÃo:As quedas são a segunda causa mundial de morte por lesões acidentais ou não intencionais [1]. O medicamento assume um fator determinante no risco de queda por potenciar efeitos como hipotensão ortostática, disfunção cognitiva, distúrbios de equilíbrio, sonolência, parkinsonismo, entre outras. A abordagem multidisciplinar desta problemática é essencial em qualquer instituição de saúde.

obJecTivos:Planear a intervenção do Farmacêutico na redução do risco de queda num hospital de Grau I.

MÉTodos:Revisão bibliográfica que incluiu artigos disponíveis nas bases de dados PubMed Central® e Google Scholar®. Os termos «queda», «medicamento», «fatores de risco»,«intervenção», «farmacêutico», foram utilizados em várias combinações. Limitou -se a pesquisa a artigos escritos em língua portuguesa, inglesa e espanhola, sendo incluídos os que se encontravam diretamente relacionados com a intervenção do farmacêutico na redução da ocorrência de quedas. Foi excluída a abordagem do risco de queda em Pediatria. A exequibilidade à realidade hospitalar, da intervenção do Farmacêutico, foi mandatória.

ResUlTados:Dos artigos seleccionados extraíram -se várias evidências. A prescrição de cinco ou mais fármacos e idade superior a 65 anos aumenta o risco de queda, estabelecendo -se assim, a inter-venção farmacêutica a doentes que apresentem cumulativamente estes dois fatores de risco. Neste grupo de doentes, no momento de admissão/transferência/alta do doente, verificar a utilização de medicamentos que potenciam o risco de queda e realizar a reconciliação da terapêutica no prazo máximo de 72 horas. Envolver o doente e o cuidador, otimizar os horários de administração da terapêutica, contribuir para a prescrição racional das benzodiazepinas e validar os sinais vitais para monito-rização de hipotensão ortostática são intervenções efetivas. A elaboração de um protocolo, que contempla as intervenções descritas, constituiu o passo seguinte no planeamento desta atividade.

conclUsões:A intervenção do Farmacêutico no âmbito da farmácia clínica está bem documentada mas a que se foca na prevenção do risco de queda não está ainda muito desenvolvida sendo uma oportunidade ímpar o seu planeamento. A aplicação deste protocolo terá como serviços piloto a Urgência e a Medicina Interna. Com esta implementação pretende -se reduzir o risco desta proble-mática, aumentar a segurança na prestação de cuidados de saúde e potenciar o papel do Farmacêutico na otimização da tera-pêutica. Constitui um desafio futuro a determinação do impacto clínico desta atividade.

bibliogRaFia:World Health Organization, Media Centre. Falls:Fact Sheet. [Em linha]. [Genebra]: WHO Media Centre;[Consult. 1 Set 2017; atua-lizado em Agosto 2017] Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs344/en/.

noTas:

P20intervenÇão do farMaCÊUtiCo na redUÇão do risCo de QUeda

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53 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Marta Daniela Rodrigues Mendes, Maria Idalina Marques Freire, Sandra Cristina Guardado Antunes Rolo Passos Morgado, Rita Manuela Palmeira de Oliveira, Maria Olímpia Cardoso FonsecaCentro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.

inTRodUçÃo:A farmacocinética clínica constitui uma ciência de caráter multidisciplinar e de grande interesse, cujo principal objetivo é a indi-vidualização posológica e otimização do tratamento farmacológico, com a finalidade de alcançar a máxima eficácia terapêutica com a mínima incidência de efeitos adversos. A farmacocinética é uma área na qual o farmacêutico assume uma impreterível importância.No Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. é realizada quotidianamente a monitorização farmacocinética dos seguintes antibió-ticos: vancomicina, gentamicina e amicacina em adultos.

obJecTivos:Analisar o número de monitorizações farmacocinéticas entre o 1º trimestre de 2012 e 2º trimestre 2017, por fármaco, por ano e por serviço. Analisar a evolução no número de monitorizações farmacocinéticas realizadas e a percentagem de monitorizações com subsequente proposta de manutenção/ alteração de posologia ou suspensão da terapêutica aceites pelos médicos.

MÉTodos:Com recurso à base de dados (em excel) dos Serviços Farmacêuticos, onde se realiza o registo de monitorizações farmacociné-ticas realizadas, foram retirados, no período de 2012 a 2017 (até ao 2º trimestre), dados relativos ao número total de monitori-zações farmacocinéticas realizadas por ano e destas quantas foram aceites pelos médicos prescritores. Foram também retirados dados relativos ao número total de monitorizações farmacocinéticas realizadas por fármaco e por serviço de internamento em cada ano.

ResUlTados:Com a análise dos resultados obtidos, é possível observar que o número total de monitorizações farmacocinéticas realizadas no período analisado foi de 853. Verificou -se que o número de monitorizações tem vindo a aumentar ao longo do período em estudo, havendo somente um pequeno decréscimo entre o ano 2014 e 2015 ( -5,6%) – 178 vs. 168, respetivamente. O fármaco com maior número de monitorizações farmacocinéticas realizadas é a vancomicina (72,92%) no total dos anos em estudo, seguindo -se da gentamicina (19,58%), tendo em linha de conta que somente a partir do 2º trimestre do ano 2015, inclusive, é que se iniciou a monitorização farmacocinética de amicacina. A percentagem de monitorizações realizadas e que foram acei-tes pelos médicos prescritores é superior a 98%, sendo de 100% em dois anos do período em estudo. Os serviços de interna-mento nos quais se realizaram um maior número de monitorizações farmacocinéticas no período em estudo são: Medicina (390), Ortopedia (124), Unidade de Cuidados Intensivos (94) e Cirurgia (88).

conclUsões:A monitorização farmacocinética possui uma destacável importância por permitir um incremento da segurança para o doente. Com os resultados obtidos, pudemos verificar que existe, ao longo do tempo, um aumento no número de monitorizações farmacocinéticas realizadas, sendo uma elevada percentagem aceites pelos médicos assistentes, o que é um ressalve da impor-tância do farmacêutico hospitalar neste contexto.

bibliogRaFia:Carrondo, Ana Paula. Boletim do CIM - Monitorização Terapêutica de Fármacos. Centro de Informação do Medicamento. Revista da Ordem dos Farmacêuticos nº 95. Set/Dez 2010.

noTas:

P21MonitorizaÇão farMaCoCinÉtiCa:

a reaLidade do Centro HosPitaLar Cova da beira

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54 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Sofia Homem de Mello, Patricia Alexandra Catarino Carvalho, Cláudia Coutinho, Domingas Porfirio da Palma, Rui Peres, Cristina Valerio, Ana Sofia Santos ValongoHospital de Cascais, Dr. Jose de Almeida

inTRodUçÃo:A Pediatria é uma área desafiante e meticulosa no âmbito da farmacoterapia pelas condicionantes relacionadas com a ausên-cia de investigação clínica, formulas farmacêuticas inadaptadas às necessidades pediátricas, a própria fisiologia nas diferentes etapas do crescimento e desenvolvimento das crianças e a disparidade de fontes bibliográficas disponíveis no apoio à tera-pêutica para este grupo etário. O farmacêutico clínico desempenha um papel importante na redução dos erros de medicação que requerem um conhecimento mais especializado e uma atualização constante. O farmacêutico clínico é fundamental na otimização da terapêutica.

obJecTivos:Análise e caracterização das intervenções do farmacêutico clínico na terapêutica pediátrica.

MÉTodos:Estudo retrospetivo das intervenções do farmacêutico no internamento do serviço de Pediatria, de Agosto de 2016 a Agosto de 2017, com uma amostra de 188 intervenções do farmacêutico clínico em 167 doentes, num total de 4091 prescrições efetuadas em 1070 doentes.

ResUlTados:Durante este período foram efetuadas 188 intervenções farmacêuticas em 167 doentes, dos quais 116 pertencem ao sexo mas-culino e 72 ao sexo feminino. As intervenções incidiram em 35 % na faixa etária (11 anos aos 18 anos), 34% (1 ano aos 4 anos), 18% (5 anos aos 10 anos) e 13 % (1 mês aos 10 meses). Da totalidade de intervenções efetuadas, 59 % foram aceites e permitiram alteração da terapêutica, correspondendo maioritariamente a intervenções relacionadas com a dose 52% e 12% na duração da terapêutica.Relativamente ao grupo fármaco -terapêutico, incidiram 40 % (antibióticos), 30 % (analgésicos antipiréticos e anti -inflamatórios), 5.9% (cloreto de potássio IV) e 4.3% (antieméticos). Caracterizando o diagnóstico, 62% incidiram nos processos infeciosos (apen-dicite, pielonefrite, colite/enterite/gastroenterite, pneumonia, abcessos/celulite e amigdalite).

conclUsões:A análise, caracterização e quantificação das intervenções farmacêuticas efetuadas numa unidade de Pediatria constitui um passo importante para documentar a atividade do farmacêutico hospitalar nesta área. Permite ainda, uma maior integração do farmacêutico clínico na equipa multidisciplinar que diariamente contacta com o doente pediátrico. Os resultados obtidos com-provam a necessidade da validação e monitorização da terapêutica na Pediatria pelo farmacêutico, fundamentando o acompa-nhamento farmacoterapêutico contínuo, sistemático e dinâmico.

bibliogRaFia:

noTas:

P22farMaCÊUtiCo CLíniCo na Pediatria

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55 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Nazaré Betânia Santos Abreu Faria, Ana Paula Beires Plácido, Sara Margarida Vila -Chã Barroso, Catarina Lopes GomesHospital de Braga

inTRodUçÃo:O uso racional do medicamento apresenta benefícios para o doente e para os sistemas de saúde. Dos medicamentos prescritos 30% a 50% não são tomados ou administrados de forma correta, pelo que o papel do farmacêutico junto dos profissionais de saúde e do doente adquire cada vez maior relevância.1

obJecTivos:Evidenciar a importância da integração do Farmacêutico nas equipas multidisciplinares.Descrever as intervenções desenvolvidas no serviço de Medicina Interna.

MÉTodos:Implementação de um sistema de reposição de medicamentos por níveis. Análise das causas de devolução dos medicamentos distribuídos em dose diária unitária.Análise dos consumos dos medicamentos fornecidos em dose diária unitária na valência de Medicina Interna, através do sis-tema informático Glintt Healthcare®. Seleção dos dez medicamentos mais consumidos em quantidade e em valor e cálculo dos consumos em Dose Diária Definida/ 100 camas de internamento.Identificação de fármacos candidatos a switch da via endovenosa a oral.Apresentação da Reconciliação Terapêutica.Participação multidisciplinar na “Reunião de Cuidadores”. Elaboração de um protocolo de apoio à prescrição e administração de medicamentos por sonda de nutrição entérica.

ResUlTados:Operacionalização do circuito de medicamento no serviço de Medicina Interna.Classificação das causas de devolução de medicamentos distribuídos em dose diária unitária e implementação de ações corre-tivas e sensibilização aos profissionais.Comparação dos resultados dos consumos dos dez medicamentos mais consumidos em valor e quantidade em 2014 versus 2015 e disponibilização à direção do serviço de Medicina Interna.Identificação dos medicamentos cujo switch apresenta maior impacto económico: voriconazol, linezolide e levetiracetam.Implementação do Projeto de Reconciliação Terapêutica em 2017.Participação em 81% das “Reuniões de Cuidadores”.Divulgação do Protocolo de administração de fármacos por sonda de nutrição entérica no Portal da Qualidade, acessível a todos os profissionais.

conclUsões:A intervenção farmacêutica, demonstra ser uma atividade de elevada relevância, contribuindo ativamente para o uso seguro, eficaz e racional do medicamento. A participação do farmacêutico com a restante equipa multidisciplinar nas atividades ine-rentes ao serviço clínico, permite o desenvolvimento de projetos com o objetivo comum de proporcionar os melhores e mais seguros cuidados de saúde ao doente internado.2

bibliogRaFia:1. Nice.org.uk. (2017). Medicines optimisation: the safe and effective use of medicines to enable the best possible outcomes | Guidance and guidelines | NICE.[online] Available at: http://nice.org.uk/guidance/ng5 [Accessed 15 Sep. 2017].2. Joint Commission of Pharmacy Practitioners. Pharmacists’ Patient Care Process [online] Available at: https://www.pharmacist.com/sites/default/files/files/PatientCareProcess.pdf [Accessed 15 Sep. 2017].

noTas:

P23intervenÇão farMaCÊUtiCa no serviÇo de MediCina interna

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aUToRes: Marta Brito, Helena Duarte, António Cunha MonteiroAlmada Saude

inTRodUçÃo:O Programa para a Saúde do atual Governo prioriza a melhoria da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). A Portaria 50/2017 descreve a dotação de Recursos Humanos das Unidades, não fazendo qualquer referência à integração do farmacêutico.

obJecTivos:Demonstrar através de um estudo de caso que um Serviço de Farmácia Clinica numa unidade de internamento com 60 camas tem impacto não só na gestão orçamental mas também na melhoria dos cuidados.

MÉTodos:Estudo Longitudinal prospetivo.Análise estatística SPSS 24.Critérios de inclusão: doentes internados janeiro a agosto 2017.

ResUlTados:Foi realizado seguimento farmacoterapêutico de 34 dos 132 doentes (26%) com idade média 72,0±15,8 anos, 70,6 % do sexo feminino. Os principais motivos de institucionalização foram doenças neurológicas, gestão de feridas e descanso do cuidador. Quanto à proveniência dos doentes 35,3% vieram de outras unidades, 32,4% do domicilio, 29,4% do hospital e 2,9% de estru-turas residenciais. A média de comorbilidades/doente é 2,8±1,6 sendo a mais frequente alterações cardiovasculares (33,3%). Foram realizadas 129 intervenções num universo de 514 prescrições o que, dada a taxa de aceitação de 85%, viabilizou 110 intervenções (média3,2/doente). Para avaliar a influência do número de intervenções farmacêuticas no total de prescrições foi realizado o teste de Spearman demonstrando -se correlação, apesar de fraca (π=0,078σ=0,663). Consideram -se intervenções farmacêuticas ajustes ao formulário(31,8%), revisão terapêutica na admissão(7,3%), introdução de terapêutica por omissão(8,2%), alterações de medicamento(5,5%), dose(4,5%), posologia(7,3%), via de administração(0,9%) e forma farmacêutica(3,6%), suspensão da terapêutica(19%), Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica(7,3%) e recomenda-ção de monitorização analítica/farmacocinética(4,5%).Quanto ao impacto económico da intervenção farmacêutica, o custo médio global por doente/dia diminuiu de 5,72€ para 1,38€. Pelo teste de Pearson, o número de horas mensais de farmacêutico e o custo médio por doente têm correlação negativa (ρ= -0,186 eσ=0,658).

conclUsões:As intervenções permitiram otimizar a terapêutica, incidindo principalmente sobre doentes com maior número de prescrições, fomentando -se a segurança por diminuição do erro associado à polimedicação. Entendem os autores que para obter resultados estatisticamente significativos será necessário maximizar a carga horária dos farmacêuticos.O farmacêutico clinico, mesmo que a tempo parcial, pode ser uma das chaves para a viabilização do Sistema Nacional de Saúde, pois a sua integração nas Instituições da RNCCI pode tornar viável a transição entre unidades com custos médios/doente infe-riores, assegurando -se a qualidade assistencial.

bibliogRaFia:FIGUEIREDO, I.V., et al. – Resultados de serviços farmacêuticos centrados no doente implementados em Portugal. Acta Farmacêutica Portuguesa. Vol.3, nº1 (2014), p. 15 -22.

noTas:

P24iMPaCto da iMPLeMentaÇão de UM serviÇo de farMÁCia CLíniCa nUMa Unidade da rede naCionaL de CUidados ContinUados integrados

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57 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Anabela Roque1, Cristina Malho1, Celina Rodrigues1, João Alves2

1Hospital de Santo António dos Capuchos – CHLC2Hospital de S. José – CHLC

inTRodUçÃo:Nas reuniões clínicas mensais do grupo de trabalho das doenças autoimunes (AI) do Hospital de Santo António dos Capuchos (HSAC), detetámos que a falência terapêutica de alguns doentes estava relacionada com a sua fraca adesão à terapêutica.

obJecTivos:Conhecer o perfil de adesão à terapêutica biológica dos doentes em regime de ambulatório seguidos na consulta de doenças AI do HSAC, identificar os doentes com uma baixa adesão à terapêutica(≤70%), perceber as causas e encontrar soluções para inverter a situação.

MÉTodos:O método de determinação da adesão à terapêutica(1) foi feito com base nos registos informáticos da dispensa na farmácia, ao longo do ano de 2016. Esta informação foi complementada com a consulta dos processos clínicos dos doentes. Os doentes com baixa adesão à terapêutica(≤70%) identificados, foram chamados e tiveram uma consulta com o seu médico assistente e com a equipa de enfermagem. Foram colocados alertas na ficha de ambulatório da farmácia dos doentes identificados, para reforçar a importância da adesão à terapêutica no momento da dispensa.

ResUlTados:Dos 114 doentes seguidos na consulta de doenças AI, foi calculada a percentagem de adesão ao longo do ano de 2016. Intervalo da percentagem de adesão ≤50%:8 doentes; de 51 -60%:6; de 61 -70%:7; de 71 -80%: 9; de 81 -90%: 17; de 91 -100%:67. Os doen-tes com baixa adesão à terapêutica correspondem a 18% do total.

conclUsões:A determinação da adesão à terapêutica biológica dos doentes em regime de ambulatório seguidos na consulta de doenças AI do HSAC permitiu concluir que 18% do total têm uma adesão inferior ou igual a 70%. É essencial que exista uma comunicação adequada entre o doente e os profissionais de saúde, que o doente tenha informação do risco de não haver adesão à terapêu-tica e que exista uma abordagem ineterdisciplinar deste tema(1). Será importante reavaliar a adesão destes doentes para tirar conclusões acerca da eficácia das medidas tomadas.

bibliogRaFia:(1) BERMEJO -SAN JOSÉ,F. et al. - Interdisciplinary recommendations document to improve adherence in patients with chronic inflammatory diseases: Adhing recommendations. Farmacia Hospitalaria [em linha].40:5(2016)394 -411.[Consult. 17 Set.2017].Disponível em https//www.sefh.es/fh/155_10180.pdf

noTas:

P25adesão À teraPÊUtiCa bioLÓgiCa dos doentes eM regiMe de aMbULatÓrio

segUidos na ConsULta de doenÇas aUtoiMUnes do HosPitaL de santo antÓnio dos CaPUCHos – Centro HosPitaLar de Lisboa CentraL no ano de 2016

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58 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Miriam Monteiro Capoulas, Andreia Loba, Patrícia Batista Santos, Tiago Lobo, Sara Castro, Débora Baltasar, Mariana Jesus, Eugénia Marques, Claúdia SantosHospital Beatriz Ângelo

inTRodUçÃo:O Hospital Beatriz Ângelo (HBA) é um hospital público que serve uma população de cerca de 278.000 habitantes residen-tes no Concelho de Loures, onde a utilização de Valganciclovir tem sido, na sua grande maioria, destinada ao tratamento da infeção disseminada por Citomegalovíirus (CMV). Como principais efeitos adversos, destacam -se as alterações hematológicas, nomeadamente anemia, neutropenia, trombocitopenia e leucopenia. Durante a terapêutica recomenda -se o controlo regular dos valores analíticos, com hemograma completo e contagem de plaquetas, pois caso os resultados assim o exijam, pode ser necessário o tratamento com fatores de crescimento hematopoiético e/ou a interrupção da dose.

obJecTivos:Avaliar o perfil hematológico dos doentes sob terapêutica Valganciclovir, e verificar a presença das reações adversas medica-mentosas (RAM) frequentes descritas no Resumo das Características do Medicamento (RCM).

MÉTodos:Recolha retrospetiva de dados clínicos e laboratoriais dos doentes submetidos à terapêutica com Valganciclovir em regime de ambulatório, desde a abertura dos serviços farmacêuticos do HBA até Abril 2016.

ResUlTados:De Janeiro 2012 a Abril de 2016, foram tratados com Valganciclovir 28 doentes (11 homens e 17 mulheres), com idade média de 45 anos (0 a 81 anos), sendo que 61% destes doentes são co -infetados com vírus da imunodeficiência humana (VIH). As prescrições foram maioritariamente do serviço de Infeciologia (71%), seguindo -se a Gastroenterologia (14%). Deste grupo 31% apresentava infeção disseminada, 13% esofagite e colite e 10% retinite. A mediana da duração de tratamento foi de 68 dias. Ao avaliar os parâmetros hematológicos e tendo em conta os critérios de gravidade, apenas 4% manteve o valor de hemoglo-bina normal, 39% anemia grau 2,e 14% grau 3 e grau 4, sendo que, no início do tratamento, 13 doentes já apresentavam anemia grau 2, 1 doente grau 3 e 2 doentes grau 4; no que diz respeito às plaquetas, 68% mantiveram o valor normal, 4% evoluiu para trombocitopenia grau 3 e 7% grau 4; relativamente aos leucócitos, 58% manteve o valor normal, 14% evoluiu para grau 3 e 11% para grau 4; e por fim, 50% dos doentes mantiveram o valor normal dos neutrófilos, 18% evoluíram para neutropenia grau 4 e 14% grau 2.

conclUsões:Doentes submetidos ao tratamento com Valganciclovir necessitam de uma monitorização frequente dos parâmetros hemato-lógicos, pois tal como descrito em RCM, verificou -se com frequência o seu agravamento. A reconciliação terapêutica é essencial no controlo da mielossupressão. Perante isto, parece haver evidência da vantagem de implementar um programa de gestão do risco para monitorizar os doentes a quem é dispensado Valganciclovir em regime de ambulatório.

bibliogRaFia:

noTas:

P26evidÊnCia da neCessidade de UM PrograMa de gestão de risCo na UtiLizaÇão de vaLganCiCLovir eM regiMe de aMbULatÓrio

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59 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Joana Marques Marto1, Filipa Cosme Silva2, Helena Margarida Ribeiro1, António José de Almeida1

1Research Institute for Medicines (iMed.ULisboa), Faculty of Pharmacy, Universidade de Lisboa2Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE

inTRodUçÃo:Existem determinadas áreas terapêuticas, como a pediatria, geriatria, dermatologia, oncologia, cujas necessidades são por vezes tão específicas que não são satisfeitas pela oferta de especialidades farmacêuticas produzidas pela indústria. Surge assim a necessidade do medicamento individualizado, por vezes alternativa única para determinados nichos terapêuticos. A evolução da tecnologia farmacêutica no domínio dos medicamentos manipulados exige a introdução de novas tecnologias, capazes de produzir com qualidade e à dimensão hospitalar, diversas formas farmacêuticas [1,2]. Neste contexto, a impressão tridimen-sional (3D printting) é uma tecnologia que permite a produção e a dispensa precisa de fármacos ou conjunto de fármacos em diferentes formas farmacêuticas que podem ser adaptados à idade, género ou estilo de vida de cada doente [2].

obJecTivos:Explorar o potencial da tecnologia de impressão 3D como novo método de produção de medicamentos manipulados em far-mácia hospitalar.

MÉTodos:Dar a conhecer a diversidade dos veículos/matrizes para impressão tridimensional e as diversas tecnologias envolvidas na pro-dução da impressão 3D, assim como as formas farmacêuticas possíveis de serem produzidas, nomeadamente, mini comprimi-dos de enalapril, microcápsulas, entre outras formas.

ResUlTados:A impressão 3D tem atraído interesse como tecnologia emergente para a produção de sistemas de veiculação de fármacos, apresentando como vantagens: incorporação de vários fármacos num único dispositivo; obtenção de multidoses e perfis de libertação complexos através da impressão de várias camadas de fármacos; aptidão para a dispensa de doses precisas de fár-maco, tanto em concentrações baixas, como de margem terapêutica estreita; elevada reprodutibilidade. Estudos demonstram que a impressão 3D é mais flexível para controlar a posição tridimensional, a microestrutura e a composição local, numa forma farmacêutica única e reprodutível, do que qualquer outra técnica convencional, sendo por isso viável a produção de formula-ções complexas. A FDA aprovou em 2015 a primeira especialidade farmacêutica produzida através de impressão 3D (Spiritam®), demonstrando a aplicabilidade clinica da tecnologia e despertando o interesse para sua utilização na produção dos medica-mentos hospitalares manipulados.

conclUsões:Uma vez que os medicamentos manipulados são sub explorados como primeira opção terapêutica, este projeto pretende explorar o potencial da tecnologia 3D printting na produção de medicamentos manipulados. Esta tecnologia constitui uma solução eficaz na melhoria da adesão e efetividade da terapêutica.

bibliogRaFia:1. Marto J, et al. (2011) Rev Port Farm. 3:154 -164. 2. Goyanes A, et al. (2014) Int J Pharm. 476:88 -92.

noTas:

P27iMPressão 3d: MÉtodo inovador de ProdUÇão

de MediCaMentos eM farMÁCia HosPitaLar

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60 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Rita Susana Madeira Moras Alves, Maria Rita Fernandes Morais Martins Gardete, Sara Emanuel Esteves, Maria Carmo Gonçalves, Sandra Isabel Silva QueimadoULSCB

inTRodUçÃo:A RM consiste na comparação, por doente, da sua medicação habitual pré -hospitalar com a prescrição médica hospitalar (na admissão, transferência e na alta), levando à deteção de discrepâncias (omissão do medicamento, dose diferente, dupli-cação terapêutica, via ou frequência). Estas discrepâncias podem ser intencionais ou não intencionais, sendo que as últimas deverão ter a intervenção do farmacêutico junto do médico prescritor de modo a evitar erros de medicação, dos quais podem resultar danos para o doente.

obJecTivos:Realizar RM em doentes internados na ULSCB nos serviços de Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Nefrologia e Ortopedia.

MÉTodos:Foi comparada a medicação que o doente fazia em ambulatório (através de registos informáticos, informação dada pelo doente e/ou cuidadores, lista de medicação, medicação entregue pelo doente, médico) com a medicação prescrita no internamento na admissão hospitalar.Após a recolha e comparação da informação, o farmacêutico detetou as discrepâncias e classificou -as como intencionais ou não intencionais. Estas últimas foram comunicadas pelo farmacêutico ao médico prescritor de modo a que as mesmas fossem resolvidas.

ResUlTados:Os dados obtidos referem -se à RM efetuada entre junho e setembro de 2017, aplicada a 76 doentes com idades entre 25 e 94 anos (78 % ≥ 65 anos). Os dias de internamento até ser efetuada a RM foram de 1 dia (41% dos casos), 2 dias (11%), 3 dias (18%), 4 ou mais dias (30%).A recolha de informação para a RM foi efetuada maioritariamente por registos informáticos (78%). Nos restantes casos utilizou--se a lista de medicação dos doentes (12%), informação dada pelo doente (4%), informação de lares (3%) e informação de cui-dadores, médico e medicamentos entregues pelo doente (3%).Foram identificadas 53 discrepâncias, sendo que 30% foram não intencionais: medicamento errado (6), dose incorreta (5), frequência (2), omissão do medicamento (2), via de administração (1). Todas as discrepâncias não intencionais foram corrigidas aquando da intervenção do farmacêutico à exceção de uma.

conclUsões:A RM é um processo baseado na evidência que envolve não só o doente, mas também o médico, farmacêutico e enfermeiro, que contribui para a melhoria contínua da qualidade de cuidados prestados pela instituição. No entanto, para aumentar a efi-cácia e efetividade da RM é fundamental um aumento de recursos.A intervenção do farmacêutico na RM é reconhecida pelos outros profissionais de saúde na redução dos erros da medicação.

bibliogRaFia:Direção -Geral de Saúde. Reconciliação da medicação. Norma nº018/2016 de 30/12/2016 disponível em https://www.dgs.pt/directrizes -da -dgs/normas -e -circulares -normativas/norma -n -0182016 -de -30122016.aspxSantos, Ana Paula; Domingos, Sónia – Reconciliação da Medicação: um conceito aplicado ao hospital: Boletim do CIM. Revista da Ordem dos Farmacêuticos 106 jan/mar 2013.

noTas:

P28reConCiLiaÇão da MediCaÇão (rM) eM doentes internados na Unidade LoCaL de saÚde de CasteLo branCo (ULsCb)

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61 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Maria José Perna Camba, Carla Madalena Pereira Santos da Ponte, Sandra Isabel da Silva QueimadoUnidade Local de Saúde, E.P.E. Castelo Branco

inTRodUçÃo:A reconciliação terapêutica consiste na recolha e comparação do doente da lista completa e exata da terapêutica pré -hospitalar com a medicação hospitalar, levando à detecção de erros de medicação denominadas de discrepâncias.

obJecTivos:Redução de erros de medicação decorrentes da imprecisão de informações resultantes da transição de níveis de cuidados.

MÉTodos:Elaboração de um inquérito para analisar vários parâmetros relacionados com a medicação dos utentes.O estudo foi conduzido no serviço de ortopedia da ULSCB, no período de 24 -01 -2016 a 07 -08 -2016.Foi feita a confrontação entre a medicação prescrita no internamento, os dados recolhidos pela equipa de enfermagem aquando do internamento do doente e a medicação do domicílio que acompanhou o doente.Mediante os dados recolhidos procedeu -se à avaliação, verificação e identificação das discrepâncias, organizando os fármacos e classe farmacoterapêuticas.As discrepâncias foram definidas como qualquer variação não intencional entre os medicamentos administrados antes da admissão e a lista de medicação prescrita no internamento.

ResUlTados:Durante o período em análise foram avaliados 181 doentes, sendo 115 do sexo feminino e 66 do sexo masculino.A maioria dos doentes provinha do domicílio, estando os restantes institucionalizados.Foram detectadas 9 discrepâncias segundo a Norma da DGS 018/2018 de 30.12.2016, que foram comunicadas aos clínicos.O número de discrepâncias não intencionais detectadas foi de 74.O s tipos de discrepâncias analisadas foram: -omissão de medicação (64), omissão de dose (12), horário (9), dose (34), fármacos sem indicação aparente(5).As discrepâncias corrigidas após comunicação com o médicos ascendeu a 100%.

conclUsões:A estreita colaboração entre os diferentes participantes envolvidos (farmacêuticos, enfermeiros e médicos) permitiu resolver todas as discrepâncias detectadas e consequentemente evitar problemas relacionados com medicamentos.Foi dado um ênfase especial no uso de anticoagulantes orais proveniente do domicílio e possíveis interações com heparinas de baixo peso molecular, tendo sido suspensos os anticoagulantes em 97,5% dos casos

bibliogRaFia:1. Beatriz Calderón (Grupo REDFASTER), Alonso Ramos H1, Altimiras Ruiz J2, Baena Parejo MI3, Calderón Hernanz B4, Calleja Hernández MA5, Chinchilla Fernández M6, Juanes Borrego A7, García -Peláez M8, García Sánchez L9, Oliver Noguera A10, Prats Riera M11, 2012, RedFastER, Guia para la Conciliacion de los medicamentos en los servicios de urgências2. Ramos, Marta Raquel de Oliveira, 2013,Universidade da Beira Interior, Ciências da Saúde, Tese de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Informação de Medicamentos e Reconciliação Terapêutica: Impacto para Doentes e Cuidadores Experiência Profissionalizante na vertente de Farmácia Comunitária, Hospitalar e Investigação3. DGS - Reconciliação da medicação, Norma 018/2016,2016

noTas:

P30reConCiLiaÇão teraPÊUtiCa no serviÇo de ortoPedia da ULsCb

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aUToRes: Filipa Cosme Silva1, Joana Marto2, Vasco Rodrigues3, Maria Piedade Ferreira3, António J. Almeida4

1CHLN- HSM; iMed U lisboa2Research Institute for Medicines (iMed.ULisboa), Faculty of Pharmacy, Universidade de Lisboa 3CHLN- HSM4Research Institute for Medicines (iMed.ULisboa), Faculty of Pharmacy, Universidade de Lisboa

inTRodUçÃo:Doente do sexo masculino, com uma doença renal crónica estadio V, e em diálise peritoneal desde os 2 anos de idade foi trans-plantado aos 5. Iniciou o regime de imunossupressão com tacrolimus (TAC), MMF (300mg/m2) e prednisolona (PRED) (25mg/m2), sofrendo de toxicidade ao MMF três meses após TR. Deste modo, iniciou-se terapêutica com TAC, PRED e azatioprina (AZA) (13mg). Havendo apenas disponível comprimidos d AZA a 25mg, foi necessário colmatar esta necessidade terapêutica através da preparação de uma suspensão oral. Após pesquisa bibliográfica foi preparada uma suspensão oral de AZA a 1%, com pH 6, utilizando como veículo um gel de metilcelulose e como conservante o benzoato de sódio (1). A bibliografia consultada não menciona as especificações do medicamento. Após consulta de alguns artigos é referido que o valor de pH da suspensão deverá ser inferior a 7, de modo a evitar a passagem à substância activa (6- mercaptopurina). Três meses após início da tera-pêutica com esta suspensão os pais reportaram aos serviços farmacêuticos do hospital um crescimento fúngico na tampa do acondicionamento primário.

obJecTivos:Estudar a causa da contaminação fúngica da suspensão oral de AZA a 1% através da alteração do valor de pH da suspensão e recorrendo ao ensaio de eficácia dos conservantes.

MÉTodos:Em câmara de ar fluxo de fluxo laminar vertical foram preparadas duas suspensões orais de AZA a 1% por descondicionamento de uma especialidade farmacêutica (20 comprimidos de Imuran® 50mg), utilizando como veiculo xarope simples e um gel de metilcelulose a 1% e como conservante o benzoato de sódio, diferindo no valor de pH final. A suspensão A tinha um pH de 6 e a suspensão B um pH de 3 (acerto do pH com uma solução oral de ácido cítrico 25%). A capacidade conservante das suspensões foi avaliada, recorrendo ao ensaio de eficácia dos conservantes (Ph.Eur. 5.1.3), utilizando 5 amostras de 20 ml de cada suspensão.

ResUlTados:As suspensões apresentavam cor amarela e aspecto uniforme após agitação. O teste de eficácia dos conservantes revelou que a suspensão A não cumpria os critérios de aceitação da Ph.Eur. para produtos não estéreis, tendo sido iniciado um processo de investigação para averiguar o problema subjacente na formulação. Colocou-se a hipótese do pH da formulação não ser o ideal para a actuação do agente conservante (benzoato de sódio), que é mais efectivo em valores de pH de 2-5 (2). De facto, o ensaio de eficácia dos conservantes para a suspensão B (pH 3) revelou a eficácia desta suspensão contra bactérias, fungos e leveduras.

conclUsões:O conservante utilizado na suspensão oral de AZA revelou ser efectivo para valores de pH entre 2-3. Este estudo realça os potenciais problemas que surgem na prática clínica, nomeadamente, a importância da obtenção de informação fidedigna na preparação de medicamentos manipulados, assim como da contaminação microbiológica em produtos não estéreis uma vez que esta frequentemente não é avaliada.

bibliogRaFia:Azathioprine Oral Suspension. Extemporaneous Oral Liquid Preparations, Pharmacy Department, The Hospital of Sick Children, Canada, 2000. 2 – He X (2017). In: Pharmaceutical Excipients. Available at: www.medicinescomplete.com.

noTas:

P31sUsPensão oraL de azatioPrina 1%: UM Caso CLíniCo CoM ProbLeMas e resoLUÇÕes

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aUToRes: Maria Manuela M. N. V. Rebordão, Fernanda Paula Amoroso Pires, Sandra de Jesus Matos Francisco, Diana Catarina Pinheiro Fernandes, Ilda Maria S. A. Dias, Manuel Ramalho da SilvaHospital Forças Armadas

inTRodUçÃo:A terapêutica antiretroviral combinada (TARc) está indicada nos indivíduos com infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) e consiste na associação de 2 nucleósidos/nucleotido e um 3º fármaco de uma classe diferente, tal como um inibidor da integrase. A integrase do VIH é essencial para a integração do ADN viral no genoma celular dos linfócitos T CD4 do hospedeiro e consequentemente a sua replicação com destruição destas células. Dolutegravir (DTG) é um inibidor da integrase do VIH, recentemente aprovado e introduzido no grupo de fármacos de primeira linha desta infeção.

obJecTivos:Verificar se a alteração do regime terapêutico com a introdução do Dolutegravir nos doentes VIH, tem alguma repercussão no desempenho do sistema imunitário através da recuperação de linfócitos T CD4.

MÉTodos:Estudamos 28 indivíduos infetados pelo VIH, todos homens, com idade média de 56 anos (40 -73) e a fazerem TARc há longa data. O tempo médio do estudo após a alteração da combinação terapêutica com introdução do DTG foi de 13 meses (10 -21). A carga viral foi feita por q -PCR (Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real) e a quantificação dos linfócitos T CD4 (avalia a resposta do sistema imunitário) por citometria de fluxo (FS -500). A análise estatística foi feita em SPSS, considerando -se valores significativos p<0.05.

ResUlTados:O valor médio da contagem de linfócitos T CD4 antes e após a introdução do Dolutegravir foi respectivamente de 29% (672.9mm3) e 30.6% (754.7mm3), verificando -se um aumento significativo de células T CD4, p=0.009 (p=0.013). A carga viral manteve -se indetetável após a alteração da terapêutica. Separando os doentes de acordo com o regime terapêutico instituído temos: Grupo 1 - constituído por 14 doentes a fazerem 2NRTIs ( 2 nucleósido/nucleotido inibidores da transcriptase reversa) e 1NNRTIs (não nucleósido inibidores da transcriptase reversa) e cuja alteração terapêutica passou a ser 2 NRTIs e DTG. Grupo 2 - formado por 10 doentes a fazerem 2NRTIs e 1PI (Inibidor da Protease -potenciado) substituíram este ultimo por DTG. Grupo 3 - 4 doentes a fazerem 2NRTIs e 1INSTI (inibidor da Integrase -Raltegravir) passando este ultimo a ser o DTG. A avaliação separada dos três grupos, permitiu constatar só no grupo 1 um aumento significativo dos linfócitos T CD4, p=0.09.

conclUsões:A modificação da TARc pela introdução do Dolutegravir como 3º fármaco, aponta para uma melhoria da função imunológica, com o aumento relativo e absoluto dos linfócitos T CD4, bem como uma supressão virológica mantida. Apesar da população estudada ser pequena e o tempo em que decorreu o estudo curto, podemos antever que o Dolutegravir teve impacto positivo na resposta do sistema imunitário.

bibliogRaFia:

noTas:

P33avaLiaÇão do efeito teraPÊUtiCo do doLUtegravir eM doentes CoM viH

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aUToRes: Ana Araújo, André Azevedo, Nádia Varela, Patrícia Moura, Ricardo Carvalho, Rita Lima, Rosa Mendes, Sara Silva, Sílvia SilvaTrofa Saúde Hospital

inTRodUçÃo:A pré -mistura protóxido de azoto/ oxigénio 50/50 apresenta propriedades anestésicas, com tempos de início de ação e elimina-ção curtos (quando se pretende uma analgésica de indução e recuperação rápida) [1]. O efeito sedativo é mínimo e, como tal, pode ser utilizado em crianças com mais de três meses, sendo que estas mantêm uma resposta normal a comandos verbais e não apresentam alterações da função cardiovascular e respiratória [1,2]. Está recomendada a sua utilização em procedimentos de curta duração, nomeadamente, punções venosas periféricas, remoção de pontos e drenos, tratamento de feridas, punção lombar e alinhamento e redução de fraturas [1].

obJecTivos:Implementação de um procedimento para a utilização da mistura, por forma a minimizar a dor e ansiedade da criança, limitar a experiência psicológica negativa e reduzir a ansiedade em futuros procedimentos, assim como poupar tempo para a prestação de outros cuidados de saúde.

MÉTodos:Revisão da literatura no que diz respeito à utilização de protóxido de azoto na população pediátrica como forma de analgesia, com particular incidência nas indicações e contra -indicações, por forma a definir uma população alvo, assim como possíveis efeitos adversos e critérios de alta, para garantir uma utilização segura [2].

ResUlTados:Foi desenhado um protocolo de actuação na utilização da mistura gasosa em pediatria, destinado a todos os médicos e enfer-meiros que prestem cuidados de saúde a doentes em idade pediátrica.

conclUsões:O protocolo implementado é claro e sucinto, contemplando os principais pontos a considerar aquando a utilização da mistura gasosa, permitindo a sua administração a crianças com idade superior a 3 anos por parte não só de médicos, mas também de enfermeiros. A mistura gasosa protoxido de azoto/oxigénio apresenta uma mais -valia terapêutica, sendo não invasivo e de utilização simples.

bibliogRaFia:[1] P. S. Myles, K. Leslie, B. Silbert, M. J. Paech, P. Peyton (2004), A Review of the Risks and Benefits of Nitrous Oxide in Current Anaesthetic Practice, Anaesth Intensive Care, 32: 165 -172.[2] S. A. Kanagasundaram, L. J. Lane, B. P. Cavalletto, J. P. Keneally, M. G. Cooper (2001), Efficacy and safety of nitrous oxide in alleviating pain and anxiety during painful procedures, Arch Dis Child, 84:492–495.

noTas:Sem conflito de interesses.

P35UtiLizaÇão da MistUra de ProtÓXido de azoto/oXigÉnio 50/50 v/v eM Pediatria no trofa saÚde HosPitaL

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aUToRes: Cristina Maria Ribeiro Cabeça Santos Lima, Joana Araújo Gonçalves, Ana Resende Oliveira Barbosa LeãoCentro Hospitalar Entre Douro e Vouga

inTRodUçÃo:A intervenção farmacêutica (IF) tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos doentes, evitando erros e promovendo a adesão a uma terapêutica segura. Inicialmente estabelece -se um perfil farmacoterapêutico (PF), com dose, frequência, via de administração e duração da terapêutica de todos os medicamentos atualmente prescritos e dos que já foram suspensos. Seguidamente, procede -se a uma análise crítica e estruturada do PF otimizando o impacto dos fármacos, minimizando o número de problemas relacionados com o medicamento e reduzindo o desperdício. A este processo chamamos revisão tera-pêutica. A revisão do PF e/ou participação na visita médica, originam IF que se classificam em grupos conforme o tipo de inter-venção realizada.

obJecTivos:Quantificar e classificar as IF realizadas, bem como a aceitabilidade e o tempo despendido na tarefa.

MÉTodos:Estudo retrospetivo das IF realizadas de dezembro de 2016 a agosto de 2017. A recolha de dados foi realizada num ficheiro excel, partilhado por todos os farmacêuticos, no qual constavam: data, serviço clínico, processo clínico, medicamento, dose, frequência, via de administração, classificação da IF, descrição da IF, sugestões/alternativas terapêuticas, aceite/não aceite, dura-ção da IF, observações e farmacêutico responsável. A IF foi efetuada através de comunicação direta (visita médica) ou indireta (via telefone) com os serviços clínicos.

ResUlTados:Contabilizaram -se 345 IF, das quais 43,19% foram classificadas como “Invalidação -duplicação da prescrição”, 22,03% “Outros”, 18,84% “Posologia”, 13,04% “Confirmação da prescrição”, 0,87% “Efeitos adversos” e 0,29% “Medicamentos extra -formulário”. Relativamente à aceitação por parte do médico prescritor, 40,00% das IF foram aceites, 4,64% não aceites e 55,36% não apli-cáveis. Quanto ao tempo despendido na tarefa, 83,19% das IF tiveram uma duração inferior a 15 minutos, 9,28% entre 15 e 30 minutos e 7,54% mais de 30 minutos. Na quantificação das IF por serviço clínico, destacam -se o serviço de Ortopedia com 27,54%, Cirurgia Geral com 18,55% e Medicina Interna com 18,26%.

conclUsões:Destacam -se a elevada percentagem de “Invalidação -duplicação da prescrição”, assim como a elevada aceitabilidade por parte do médico prescritor e o reduzido tempo despendido na tarefa. Uma das dificuldades foi a baixa adesão de alguns farmacêu-ticos no registo diário das IF, enviesando os resultados obtidos, uma vez que a maioria das IF foi realizada em especialidades cirúrgicas. A supervisão dos farmacêuticos na prescrição médica é fundamental para detetar erros e melhorar a prescrição da terapêutica. Deste modo, a formação contínua é essencial para o aumento da adesão dos farmacêuticos nesta área bem como a divulgação periódica dos resultados obtidos junto dos serviços clínicos.

bibliogRaFia:VIEGAS, E.; et al–Tópicos em Farmácia Clínica e Intervenção Farmacêutica. 1.ª Ed. VNG:MJGS, 2016. ISBN 978 -980 -8602 -12 -1.

noTas:

P36intervenÇão farMaCÊUtiCa nos serviÇos CLíniCos

do Centro HosPitaLar de entre o doUro e voUga

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aUToRes: Margarida Pereira, Fátima Ribeiro, Humberto Messias, Ana Mirco, Fátima FalcãoHospital de Santa Cruz, CHLO – EPE

inTRodUçÃo:O tratamento da dor aguda e crónica tem por objectivo proporcionar conforto ao doente, favorecer a alta precoce e contribuir para a humanização dos cuidados de saúde. No Serviço de Cirurgia Geral (SCG) do H.S.C, CHLO.EPE, um protocolo de analgesia (PA) aplica -se aos doentes com dor aguda pós cirúrgica, dor crónica não oncológica/ oncológica. A adaptação do PA aprovado, ao serviço cirúrgico, permite uniformizar práticas de prescrição e garantir a escolha da terapêutica adequada ao tipo de dor para todos os doentes.

obJecTivos:Adaptação e monitorização de um PA ao SCG, com o objectivo de facilitar a prescrição da terapêutica analgésica (TA) adequada ao doente internado.

MÉTodos:Estudo retrospectivo,amostra constituída pelos doentes com dor aguda pós cirurgia, dor crónica não oncológica e oncológica. Critérios de inclusão todos doentes com o PA, tendo -se excluído os restantes doentes. O PA foi adaptado ao serviço com a cola-boração de uma equipa multidisciplinar (anestesia, cirurgia geral, enfermagem e serviços farmacêuticos) após revisão bibliográ-fica das recomendações nacionais e internacionais e tipo de analgesia. A TA foi classificada em ligeira, moderada, intensa. Após apresentação em sessão clínica, o PA foi implementado e informatizado sob a forma de prescrição pré -definida padronizada. A análise retrospectiva,com a recolha de informação por consulta do processo clínico de abril a setembro 2017, permitiu a moni-torização da utilização do PA na prática clínica.

ResUlTados:Foram criadas 14 prescrições analgesicas informáticas pré -definidas. Na dor cirúrgica ligeira/moderada incluíram -se: paraceta-mol, metamizol magnésico, tramadol e cetorolac. Na dor cirúrgica intensa e dor não oncológica/oncológica moderada/intensa foram incluídos analgésicos estupefacientes: fentanilo, morfina e buprenorfina. O PA foi prescrito a 108 doentes, 48% do sexo masculino com média de idades 51.2 (±18) anos. Os diagnósticos mais frequentes foram cirurgia gastrointestinal, hepática e de transplante renal, pé diabético e acesso vascular para hemodialise. O protocolo de dor moderada convencional pós -cirúrgica foi o mais prescrito, em 73 doentes (67,6%). Na dor crónica não oncológica o PA foi prescrito em 20 doentes (18,5%) e na oncológica em 15 doentes (13.8%). O consumo destes fármacos aumentou quando comparado com período homólogo do ano anterior: fentanilo +92%; cetorolac +33%; paracetamol +27%; tramadol +13% e metamizol magnésico +11%.

conclUsões:O PA permitiu uniformizar,simplificar e adequar a TA no serviço cirúrgico. O aumento de consumo de analgésicos pode significar um aumento de aplicação do PA com melhoria do controlo da dor. O farmacêutico contribuiu para a adaptação do PA ao serviço, integrando uma equipa multidisciplinar e promovendo o uso racional da terapêutica.

bibliogRaFia:...

noTas:

P37intervenÇão do farMaCÊUtiCo na adaPtaÇão e MonitorizaÇão do ProtoCoLo de anaLgesia ao serviÇo de CirUrgia geraL do HosPitaL de santa CrUz

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aUToRes: Andreia Filipa Loba, Miriam Capoulas, Catarina Faria, Tiago Lobo, Cátia Abrantes, Patricia Santos, Pedro Cardoso, Sara Castro, Eugénia Marques, Cláudia SantosHospital Beatriz Ângelo

inTRodUçÃo:O desenvolvimento dos fármacos antivíricos de ação direta (AADs) representa um avanço importante na terapêutica (TX) da hepatite C crónica, sendo atualmente considerados a terapêutica “gold standard”.A sua introdução ocorreu em 2015, com o acordo financeiro realizado pelo Direção Geral de Saúde (DGS) e foi consolidada, no último ano, com a entrada gradual de novos fármacos no mercado, tornando as opções terapêuticas disponíveis mais per-sonalizadas para cada doente.

obJecTivos:Avaliar a eficácia e o perfil de segurança da TX com AADs na prática clínica, bem como as caraterísticas demográficas da popu-lação de doentes proposta para tratamento no Hospital Beatriz Ângelo (HBA).

MÉTodos:Estudo prospetivo de doentes co -infetados VIH/VHC e monoinfetados com genótipos (G) 1,2,3 e 4 que iniciaram tratamento, de Março/2015 a Junho/2017 no HBA com esquemas terapêuticos que incluem os novos AADs. Considerou -se como endpoint primário a resposta virológica sustentada às 12 semanas pós -tratamento (RVS12) e como efeitos adversos aqueles que foram relatados em consulta farmacêutica. Os regimes terapêuticos foram escolhidos de acordo com as orientações da DGS.

ResUlTados:Foram incluídos 269 doentes, maioritariamente do sexo masculino (75%) com idade média de 50 anos, tendo maior pre-dominância os doentes monoinfectados (85%). Os G1 (64%) e G3 (20%) foram os mais prevalentes, seguido do G4 (13%). Ao contrário dos dados disponibilizados pela DGS que mostram que a maioria (48%) dos doentes a nível nacional apresentava um grau de fibrose avançado, a amostra em estudo é constituida maioritariamente por doentes naïves (91%) com reduzido grau de fibrose (F0 -F1; 45%). Atualmente, existem 14 esquemas terapêuticos sendo os mais prescritos Ledipasvir/Sofosbuvir (LDV/SOF)±Ribavirina (RBV) (67%) e SOF+RBV (17%), seguidos pelos esquemas mais recentes Daclatasvir+SOF±RBV (5%) e Elbasvir/Grazoprevir±SOF (4,1%). Destacam -se, ainda, 2 casos de reativação de hepatite B com necessidade de início de tratamento. Verificou -se que 244 doentes concluíram tratamento, apresentando RVS em 97% dos casos. Após terminarem TX, 8 doentes tiveram recidiva virológica: 2 doentes G1, naïves, cirrose compensada que fizeram TX com LDV/SOF (12 semanas); 1 doente co--infetado, G1, naïve, sem cirrose que fez TX LDV/SOF(12 semanas); 1 doente G4, TX prévia com PegINF+RBV, sem cirrose, que fez tratamento com LDV/SOF (24 semanas); 1 doente G4, naïve, sem cirrose, que fez LDV/SOF (12 semanas); 3 doentes G3, 1 deles experimentado, com cirrose, submetidos a SOF+RBV (24 semanas). Ocorreram 2 óbitos, 1 deles por peritonite bacteriana espontânea e outro por AVC isquémico, ambos com carga viral indetetá-vel.

conclUsões:Os resultados obtidos confirmam a eficácia e tolerabilidade dos AADs no tratamento da hepatite C na prática clínica. A perso-nalização dos esquemas terapêuticos, resultante do da disponibilidade de um maior número de opções terapêucas, poderá contribuir para a diminuição do número de recidivas.

bibliogRaFia:

noTas:

P38trataMento da HePatite C CoM os anti ‑virais de aÇão direta (aads)

– evidÊnCia na PrÁtiCa CLíniCa

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aUToRes: Sandra Oliveira, Ana Roque, Susana Sernache, Eva Tiza, Humberto Gonçalves, António GouveiaIPO Lisboa

inTRodUçÃo:A contaminação química e microbiológica durante a preparação de citotóxicos é uma preocupação nas farmácias hospitalares. O treino contínuo dos operadores deve ser regular e a sua eficácia periodicamente avaliada. Dada a natureza do produto, as técnicas de simulação têm ganho um papel preponderante na qualificação e treino dos opera-dores, bem como na validação de processos.

obJecTivos:(Re)qualificação dos profissionais diretamente envolvidos na preparação de citotóxicos, através da simulação de procedimen-tos, utilizando o teste media fill combinado com fluoresceína.

MÉTodos:Após uma sessão teórica prévia foi proposta a execução de um esquema de manipulação com base na USP <797> (media fill – risco médio) [1].Utilizou -se meio TSB (Tryptic soy broth) ao qual se adicionou a solução fluorescente (Fluorescent Solution 27mg/ml). Cada operador (n=11) repetiu a preparação em triplicado. As 33 amostras foram incubadas em estufa 14 dias a 30ºC. Neste período, a deteção do crescimento microbiano foi realizada pela presença/ausência de turvação das amostras face ao controlo positivo (Staphylococcus epidermidis). Para confirmação dos resultados foram realizadas subculturas da 3ª amostra de cada operador, em gelose de sangue, e incubadas 48h a 30ºC. A manipulação foi supervisionada por um farmacêutico que procedeu ao controlo com luz UV das preparações, área de traba-lho e equipamento de proteção individual, antes e após a manipulação.Foi feito o controlo microbiológico ambiental das salas e câmaras de fluxo laminar (CFLV), bem como das luvas do operador utilizando meio de TSA (Tryptic soy agar), em placa.

ResUlTados:Dos 11 operadores avaliados, 2 apresentaram falhas no procedimento (1 gota no campo de trabalho e turvação de 1 das amos-tras após 5 dias de incubação).O controlo ambiental das salas de preparação, CFLV e luvas do operador apresentou resultados dentro das especificações.

conclUsões:Face aos resultados, 9 dos 11 operadores submetidos ao teste demonstraram ter qualificações técnicas para a preparação de citotóxicos. Nestes não foi detetada fluorescência durante a simulação (ausência de contaminação química) nem turvação nas amostras após o período de incubação (ausência de contaminação microbiológica).Foi feita uma revisão dos procedimentos com os restantes elementos com vista à repetição do teste após 1 mês. A qualificação foi considerada condicional até ao resultado do 2º teste. Após repetição sem falhas foram considerados (re)qualificados. Esta técnica de simulação combinada permite a avaliação da contaminação química e microbiológica num único procedimento, que se traduz num ganho de tempo e de recursos.Preconiza -se a implementação desta estratégia no plano anual de (re)qualificação.

bibliogRaFia:[1] U.S. Pharmacopeia, 2012 USP 35 NF 30, USP -NF General Chapter <797>, Pharmaceutical Compounding–Sterile Preparations, 2011.

noTas:

P40siMULaÇão 2 eM 1 na QUaLifiCaÇão de oPeradores: teste Media fiLL CoMbinado CoM fLUoresCeína

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aUToRes: Patrícia Cavaco1, Brenda Madureira1, Ana Sofia Santos1, Rosana Andrade1, Erica Viegas2, Fátima Falcão2

1Hospital S. Francisco Xavier2Hospital S. Francisco Xavier, Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

inTRodUçÃo:A polimedicação aumenta o risco de desenvolvimento de interacções medicamentosas, sendo este risco tanto maior quanto maior for o número de fármacos utilizado. O objectivo da revisão da terapêutica é melhorar a qualidade, segurança e uso apro-priado dos medicamentos, maximizando a sua efectividade. No centro hospitalar, é efectuada revisão da terapêutica para os doentes submetidos a tratamento com fármacos sujeitos a justificação.

obJecTivos:Caracterizar o perfil de interacções medicamentosas nos doentes oncológicos/ hematológicos propostos para tratamento com medicamentos sujeitos a justificação

MÉTodos:Estudo descritivo, observacional, retrospectivo realizado entre Janeiro e Dezembro de 2016 num hospital geral, central, onde estão sediados os serviços de oncologia e hematologia de um Centro Hospitalar. Foram incluídos doentes oncológicos/ hema-tológicos com prescrição de medicamento sujeito a justificação. A recolha de informação foi efectuada por consulta do pro-cesso clínico e outros registos hospitalares. A avaliação das interacções entre a terapêutica em curso e o medicamento proposto foi efectuada utilizando a base de dados Lexi -Interact. Sempre que foram identificadas interacções com classificação de risco C, D e X o farmacêutico informou o médico assistente. Os dados foram registados e tratados em Microsoft Excel 2010.

ResUlTados:Foram incluídos 174 doentes com pedido de medicamentos sujeitos a justificação. Em 38 destes doentes foram identificadas 57 interacções medicamentosas entre a terapêutica em curso e a terapêutica proposta, com a seguinte classificação de risco, 48 com risco C (monitorização dos efeitos secundários), 5 com risco D (considerar modificação da terapêutica) e 4 com risco X (evitar combinação). O GFT com maior número de interacções identificadas foi o 3 -aparelho cardiovascular, seguido do 2 -SNC e o 8 -hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas. Dos fármacos sujeitos a justificação o que apresentou maior número de interacções medicamentosas/ nº de pedidos foi o everolímus (3 interacções medicamentosas/ 2 pedidos) seguido do bortezomib (28 interacções medicamentosas /23 pedidos).

conclUsões:O presente estudo permitiu identificar a necessidade de intervenção farmacêutica na revisão da terapêutica. Será importante identificar critérios que permitam seleccionar os doentes que possam beneficiar deste tipo de avaliação.

bibliogRaFia:Blenkinsopp A, Bond C, Raynor DK, Medication reviews, Br J Clin Pharmacol. 2012 Oct; 74(4): 573–580.

noTas:

P41revisão da teraPÊUtiCa eM doentes ProPostos

Para trataMento CoM MediCaMentos sUJeitos a JUstifiCaÇão

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70 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Paulo Horta CarinhaCentro Hospitalar São João

inTRodUçÃo:A doença inflamatória intestinal (DII) - doença de Crohn e colite ulcerosa - destaca -se como a patologia com maior número de doentes tratados com anti -TNFs em Portugal, o qual tem vindo a aumentar. É premente conhecer a prática clínica atual e os custos associados.

obJecTivos:Caraterizar o consumo de anti -TNFs na DII através do cálculo da dose média de manutenção, comparação da dose real versus dose de manutenção recomendada por RCM e substituição terapêutica num período de 12 meses.

MÉTodos:Estudo retrospetivo baseado nos registos de prescrição/dispensa de um Hospital Central. Incluíram -se doentes com DII com prescrição de infliximab 100mg, adalimumab 40mg ou golimumab 50mg em tratamento de manutenção, entre Maio 2016 -Abril 2017. Excluíram -se doentes com interrupção de tratamento por mais de 6 meses e tratamentos de indução. A dose média de manutenção foi calculada por dia, considerando um peso médio/doente de 70 kg. Os custos foram calculados com base nos preços médios de aquisição destes medicamentos pelo hospital em 2017. Os dados foram sumarizados através de estatísticas descritivas.

ResUlTados:No período em análise foram dispensados anti -TNFs a um total de 621 doentes com DII: 406 (65,4%) tratados apenas com infliximab (78% remicade;22% remsima), 173 (27,9%) apenas com adalimumab, 16 (2,6%) apenas com golimumab, 8 (1,3%) infliximab/ustecinumab, 5 (0,8%) infliximab/adalimumab, 5 (0,8%) adalimumab/ustecinumab, 3 (0,4%) infliximab/vedoluzimab, 2 (0,3%) adalimumab/infliximab, 2 (0,3%) golimumab/infliximab e 1 (0,2%) golimumab/vedoluzimab. Ocorreu substituição tera-pêutica em 4,2% (n=26) dos doentes num período médio de 269 dias (variação: 22 -362 dias). A dose média com infliximab foi de 8,3 mg/dia (33% acima da dose recomendada) com variação de 3,0 -33,3 mg/dia. Aproximadamente 70% dos doentes apre-sentaram uma dose média superior à recomendada. Nos doentes tratados com adalimumab, a dose média foi de 3,3 mg/dia (16% acima da dose recomendada) com variação 0,8 -13,3 mg/dia; 56% dos doentes com dose média acima da recomendada. A dose média de golimumab foi 2,8 mg/dia (57% acima da dose recomendada) com variação 1,6 -4,5 mg/dia; 94% dos doentes com dose média acima da recomendada. Estima -se um custo/doente/mês em manutenção de 728 € (variação: 260 -2.926€) para infliximab, 1.025 € (variação: 235 -4.115€) para adalimumab e 1.518 € (variação: 875 -2.466€) para golimumab.

conclUsões:As bases de dados dos hospitais constituem uma ferramenta de excelência para obtenção de dados de mundo real. Infliximab surge como o anti -TNF mais comum no tratamento da DII. As doses médias de anti -TNFs mostram -se significativamente acima às recomendadas (66% dos doentes receberam dose média acima da recomendada). Esta prática encontra -se preconizada por RCM, face a resposta inadequada, tendo já sido reportada noutros estudos internacionais. O consumo de anti -TNFs na DII resul-tou num custo anual estimado de 4,5 M€ para o hospital.

bibliogRaFia:

noTas:

P42ConsUMo de anti ‑tnfs na doenÇa infLaMatÓria intestinaL: dados de MUndo reaL de UMa farMÁCia HosPitaLar

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aUToRes: Daniela Brites, Mariana Arêde, Susana Sernache, Humberto Gonçalves, António GouveiaIPO Lisboa

inTRodUçÃo:Os medicamentos citotóxicos devem ser acondicionados, armazenados e transportados a temperatura adequada, num conten-tor fechado, de forma a assegurar a estabilidade físico -química da preparação e minimizar o risco de contaminação do meio e do pessoal envolvido. Neste sentido há a necessidade de controlar o transporte da quimioterapia desde a unidade de preparação de citotóxicos (UPC) até às áreas clínicas de administração.

obJecTivos:Tendo identificado pontos críticos no atual circuito de transporte intra -hospitalar de quimioterapia, estabelecemos como obje-tivo a criação de evidência das condições de temperatura de transporte desde a libertação na UPC até à administração no Hospital de dia (HD).

MÉTodos:Para controlar a temperatura de transporte da quimioterapia, selecionámos os dispositivos Timestrip® Plus. Este dispositivo é de fácil leitura: após ativação, estes dispositivos permitem verificar se a temperatura se eleva acima de 25ºC (quebra), situação que despoleta a progressão de um corante azul durante o período de tempo em que se verifica a quebra. Para avaliação da viabilidade do método, realizou -se um teste (escala piloto) com a colaboração do HD. Foi acordado um período de recolha de dados de cinco horas, entre as 12h e as 17h.Após formação da equipa de enfermagem, foi implementada a seguinte metodologia: os Timestrip® foram ativados e colados num cartão de registo que acompanhou o tratamento após a sua libertação na UPC. No HD, o enfermeiro, no momento da administração, verificou o estado do Timestrip®, registando o resultado e hora de administração. Os cartões foram depois devol-vidos à farmácia para tratamento dos dados.

ResUlTados:No período em estudo foram preparados um total de 70 tratamentos, tendo sido analisados 14 (20%). Foram devolvidos 13 cartões, dos quais apenas 11 tinham a informação completa. Nenhum dos Timestrip® apresentou quebra até ao momento da administração. No momento de verificação dos Timestrip® após devolução à Farmácia, 3 apresentavam quebra posterior à administração. Através de inquéritos, verificou -se a recetividade da equipa do HD.

conclUsões:Numa avaliação preliminar verifica -se que as condições de temperatura no transporte foram adequadas aos medicamentos analisados, e que o dispositivo utilizado é apropriado para esta monitorização.Após validação da metodologia (escala piloto) pretende -se a implementação em escala mais alargada nas rotinas de transporte da UPC. A obtenção sistemática de evidência das condições de temperatura no nosso circuito de transporte intra -hospitalar de quimioterapia permitirá limitar a sua utilização a situações críticas segundo análise de risco (temperatura atmosférica elevada, fármacos com estabilidade reduzida, etc.).No futuro será possível extrapolar este método para o transporte intra -hospitalar de fármacos não citotóxicos e transporte inter--hospitalar.

bibliogRaFia:

noTas:

P43MonitorizaÇão das CondiÇÕes de teMPeratUra

no transPorte de QUiMioteraPia

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aUToRes: Pedro Frade, Sara Gonçalves, Claudia Elias, Renata AfonsoHospital Fernando Fonseca

inTRodUçÃo:A preparação de Antineoplásicos é uma das responsabilidades dos Serviços Farmacêuticos (SF) e deve ser efectuada em Unidades Centralizadas de Preparação (UCP) devidamente concebidas e equipadas para garantir condições de qualidade e segurança 1. Os medicamentos preparados nestas UCP são normalmente manipulados em Câmara de Fluxo Laminar e apresen-tam, no caso dos medicamentos inovadores, custos unitários elevados e com impacto financeiro significativo para o Hospital e para o próprio Sistema Nacional Saúde. Tendo em vista a minimização destes custos foram definidos, entre outras medidas organizacionais, dias específicos para a preparação de alguns fármacos.

obJecTivos:Avaliar o impacto financeiro associado à definição de dias específicos para a preparação de alguns medicamentos antineoplá-sicos e imunomoduladores na UCP dos SF do HFF

MÉTodos:Estudo prospectivo, observacional e descritivo que decorreu no mês de Maio de 2017. Os medicamentos incluídos no estudo foram: Bortezomib, Doxorrubicina Lipossómica (DLP), Bevacizumab, Trastuzumab, Pemetrexed, Nivolumab e Cetuximab. Foram contabilizados os custos reais e previstos para cada preparação efectuada com estes fármacos, assim como os valores poupados por dia e por fármaco, como resultado do reaproveitamento. Foi utilizado o programa Microsoft Excel 7.0 para recolha e análise dos dados

ResUlTados:O Bortezomib foi o fármaco em que se verificou maior impacto em termos de poupança com uma redução de 24% do custo total que seria gasto no mês em análise na ausência de reaproveitamento. Dos 22.330€ previstos, foram gastos 16.970€, repre-sentando uma poupança de 5360€. No caso do Nivolumab a poupança foi de 3.700€ ( -6%). Para o Trastuzumab foi de 2.440€ ( -8%). Para o Bevacizumab foi de 2.194€ ( -25%). Para a DLP foi de 1.600€ ( -14%). Para o Pemetrexed foi de 704€ ( -7%) e para o Cetuximab foi de 165€ ( -2.5%). No mês em que decorreu o estudo obteve -se uma poupança de 16.307€, que representa cerca de 11% do custo total previsto para estes medicamentos. Extrapolando estes dados, estima -se uma poupança anual na ordem dos 195.685€

conclUsões:Conclui -se que a centralização da preparação de citotóxicos de elevado custo unitário em dias específicos é uma estratégia com impacto significativo na redução do desperdício e optimização de recursos físicos e económicos. Uma perspectiva de poupança anual de cerca de 200.000€ a partir de uma medida de planeamento organizacional aplicada a apenas sete dos fármacos utili-zados em oncologia é impactante, sobretudo pela sua potencial aplicabilidade a outros medicamentos e pelo seu impacto na gestão de recursos e sustentabilidade económica

bibliogRaFia:1. Conselho do Colégio da Especialidade da Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos. Manual de Preparação de Citotóxicos; 2013; 1ª edição.

noTas:

P44oPtiMizaÇão de CUstos na PreParaÇão de antineoPLÁsiCos e iMUnoModULadores no HosPitaL Prof. dr. fernando fonseCa ePe

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73 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Ana Soares, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

inTRodUçÃo:A evolução na área dos tumores torácicos, nomeadamente a mais recente inovação terapêutica e o conhecimento da impor-tância da histologia e dos marcadores moleculares na decisão terapêutica no carcinoma do Pulmão de não pequenas células (CPNPC) levaram a um algoritmo de tratamento cada vez mais complexo. Esta complexidade aumenta a necessidade de uma abordagem multidisciplinar da decisão terapêutica, que se pretende individualizada e baseada na melhor informação possível.

obJecTivos:Analisar a participação do farmacêutico na Consulta Multidisciplinar de Pneumologia Oncológica (CMPO) de decisão terapêu-tica, em interacção com as diferentes especialidades presentes: Pneumologia, Cirurgia Torácica, Radioterapia, Imagiologia, Anatomia Patológica e Medicina Nuclear.

MÉTodos:Estudo retrospectivo das situações clínicas analisadas na CMPO de Janeiro/2016 a Agosto/2017.

ResUlTados:A CMPO realiza -se semanalmente, tendo analisado no período considerado 404 situações clínicas diferentes, correspondentes a 256 doentes. Estes doentes eram na sua maioria do sexo masculino (76,2%), com uma média de idades de 67,1 anos [31 -86 anos], sendo que 78,1% foram fumadores. O diagnóstico mais frequente, nas situações analisadas, é o CPNPC (62,9%), carcinoma do pulmão de pequenas células (CPPC) (9,9%) e mesotelioma (2,7%). De entre os CPNPC diagnosticados, o adenocarcinoma é a histologia mais frequente (68,5%). Em 39,4% das situações clínicas analisadas, a decisão foi a terapêutica farmacológica, tendo desencadeado 187 pedidos à Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) e 16 pedidos de autorizações excepcionais ao Infarmed (AUE). Foram integrados 11 doentes em Programa de Acesso Precoce.

conclUsões:A presença de um farmacêutico na CMPO melhora a informação disponível para a decisão terapêutica. Facilita a comunicação com o serviço de Pneumologia Oncológica, optimizando o circuito interno de submissão à CFT, os pedidos de AUE e a análise das opções de tratamento discutidas em consulta multidisciplinar e avaliadas na CFT.

bibliogRaFia:

noTas:Nenhum conflito de interesses a declarar.

P45o farMaCÊUtiCo na ConsULta MULtidisCiPLinar

de PneUMoLogia onCoLÓgiCa

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aUToRes: A. Lima1, P. Soeiro2, H. Martins2, R. Silva2, G. Costa2, José Feio1, J. Pedroso Lima2

1C.H.U.C. Serv. Farmacêuticos2C.H.U.C. Serv. Med. Nuclear

inTRodUçÃo:O carcinoma da próstata (CP) é a neoplasia maligna mais frequente no homem, com grande impacto na qualidade de vida. O Dicloreto de 223Radio (223Ra) é um calciomimético captado pelas metástases ósseas do CP resistente à castração (CPRC). Como emissor de partículas alfa a apoptose celular é provocada pela quebra da dupla cadeia do DNA(1). O PSA é um marcador tumoral do CP e a fosfatase alcalina (FA) é um marcador da atividade osteoblástica, sendo úteis na monitorização de resposta à terapêutica. Como atua no osso, este fármaco têm potencial para toxicidade medular(2)

obJecTivos:Avaliar a evolução do PSA e da FA em doentes com CPRC com múltiplas metástases ósseas submetidos a terapêutica com 223Ra e investigar a toxicidade medular.

MÉTodos:Foram selecionados todos os casos submetidos a 3 ou mais ciclos com 223Ra. Registaram -se a idade, score gleason (Gs), exames de estadiamento, doseamentos séricos de FA, PSA, hemoglobina (Hb), leucócitos (Gb) e plaquetas (Pl) no 1º (1ºC) e último (UºC) ciclos. A análise estatística foi realizada no SPSS 22.

ResUlTados:Foram incluídos 6 dos 9 doentes submetidos a terapêutica com 223Ra. A mediana do Gs foi de 4+3 (1ºQ:3+4; 3ºQ:>4+4). O valor médio do PSA e da FA foi de 213,1±361,7ng/mL (1,4 -941,4) e 432,0±385,4U/L (93 -923) no 1ºC e 264,0±243,7ng/mL (0,5 -613,2) e 184,8±152,5U/L (56 -427) no UºC, respetivamente. Os doentes foram estadiados por cintigrafia óssea (n=7) e por PET/CT com Fluorcolina (18F) (n=2). Todos os doentes apresentavam anemia, com valor médio de Hb de 10,3±1,9g/dL (7,7 -12,8) no 1ºC e 10,6±1,6 g/dL (8,7 -12,3) no UºC. Os valores de Gb e Pl foram de 5,9±2,2x109/L (2,7 -8,6) e 267,2±119,22x109/L (149 -461) no 1ºC, e 5,4±1,22x109/L (4,3 -7,4) de 218,3±87,02x109/L (108 -361) no UºC, respetivamente. Recorrendo a teste não paramétrico de 2 amostras emparelhadas registou -se uma redução estatisticamente significativa nos valores de FA no UºC relativamente ao 1ºC. O mesmo não se verificou com PSA, Hg, Gb ou Pl.

conclUsões:Os dados preliminares do nosso estudo demonstram uma diminuição estatisticamente significativa dos valores da FA do 1ºC para UºC, sem toxicidade hematológica. Contudo, dada a baixa experiência clinica com este fármaco, são necessários mais estu-dos que contribuam ativamente para a sua farmacovigilância.

bibliogRaFia:1. RCM Dicloreto de 223Radio (223Ra) 24/08/2017.2. C. Parker, S. Nilsson, et al. Alpha Emitter Radium -223 and Survival in Metastatic Prostate Cancer. N Engl J Med 18 -07 -2013; 369:213 -223.

noTas:Sugerimos o aumento do número de caracteres permitidos.

P46bioMarCadores de segUranÇa e de efiCÁCia no trataMento CoM diCLoreto de 223radio.

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aUToRes: Ana Rita Rolim, Ana Rita Tinoco, Antonieta Machado, João Alves, Paula Marques, Olga Raquel Martins, Ana Paula PlácidoHospital de Braga

inTRodUçÃo:A União Europeia introduziu um novo estatuto que permite identificar os medicamentos que estão a ser monitorizados de forma mais atenta pelas entidades reguladoras, sendo estes classificados como estando sujeitos a «monitorização adicional». O Farmacêutico Hospitalar (FH) deve garantir a segurança e eficácia na utilização dos medicamentos, funcionando como elo de ligação entre o doente e a equipa clínica. O FH deverá realizar um seguimento individualizado a cada doente, avaliando a adesão à terapêutica e esclarecendo todas as dúvidas do mesmo.

obJecTivos:Implementar um programa de acompanhamento dos doentes sob estas terapêuticas sujeitas a monitorização adicional (TSMA) no Serviço de Oncologia do Hospital de Braga (HB).Promover a sensibilização de toda a equipa e do doente para a notificação de quaisquer suspeitas de efeitos secundários, de forma a poderem ser analisados de modo mais eficiente.Promover a adesão terapêutica e uso racional destas terapêuticas.

MÉTodos:Analisou -se a informação clinica de cada doente (diagnóstico e opções terapêuticas) no momento da prescrição do TSMA e a cada dispensa efectuou -se um questionário ao doente acompanhado de revisão do processo clínico. Com base nas informações recolhidas construiu -se um ficheiro Excel® para realizar a monitorização por fármaco por doente, validado em colaboração com a equipa médica. O programa monitorização adicional foi iniciado no serviço de oncologia em Dezembro de 2016.

ResUlTados:Atualmente existem 43 doentes alvo de monitorização adicional num total de 13 fármacos. A maior percentagem de fármacos sob monitorização encontra -se no grupo do pulmão (37%), seguidos do grupo da mama (33%), hematologia (14%), próstata (9%) e colo retal (7%).12 doentes pararam tratamento por progressão de doença e 2 sofreram ajustes de doses para controlo de efeitos secundários.

conclUsões:O programa reforça a importância da intervenção do FH na monitorização das TSMA contribuindo para a segurança e uma maior proximidade ao doente oncológico e corresponsabilizando - o com o cumprimento do protocolo e monitorização de efei-tos adveros. De futuro o objectivo será estender a monitorização a mais fármacos, permitindo um seguimento individualizado e personalizado de cada doente, assim como uma gestão eficiente da terapêutica.

bibliogRaFia:Agência Europeia do Medicamento. Medicines under additional monitoring.(Consult. 22 -08 -2017) Disponível em: http://www.ema.europa.eu/ema/index.jspcurl=pages/special_topics/document_listing/document_listing_000365.jsp&mid=WC0b01a-c058067bfffComunicado de imprensa da Comissão Europeia. Produtos farmacêuticos: Novo símbolo para identificar medicamentos que necessitam de monitorização adicional. Bruxelas 7 de Março de 2013 (Consult. 01 -09 -2017) Disponível em: http://europa.eu/rapid/press -release_IP -13 -199_pt.htm

noTas:

P47iMPLeMentaÇão de UM sisteMa de MonitorizaÇão adiCionaL

de fÁrMaCos no serviÇo de onCoLogia

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76 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Tiago Costa, Ana Cristina Pimentel, Ana Cristina CastanhaHospital do Divino Espírito Santo, EPER

inTRodUçÃo:A Unidade de Venda ao Público (UVP) do Hospital Y (HY) tem como objetivo a dispensa de medicamentos em unidose, a utentes provenientes de altas de internamento, hospital dia e urgências hospitalares. Com a dispensa em unidose de antibióticos orais, pretende -se promover o seu uso racional, diminuindo assim o n.º de tomas de antibiótico, as resistências aos mesmos, bem como a diminuição dos custos associados.

obJecTivos:Caracterizar a dispensa de antibióticos orais em unidose na UVP do HY e extrapolar para cenários a nível nacional.

MÉTodos:Recolheu -se manualmente dados relativos ao receituário aviado na UVP do HY, respeitantes ao período compreendido entre 1 de julho de 2016 e 30 de junho de 2017. Relativamente aos antibióticos orais, introduziu -se em folha Excel os princípios ativos e suas formulações, as quantidades prescritas e dispensadas, e os valores (€) globais e unitários dos movimentos. Com estes dados procedeu -se ao cálculo e caracterização da poupança ao nível de unidades farmacêuticas dispensadas e respetivo valor económico, como também ao nível de intervenções farmacêuticas. Posteriormente, recorreu -se a dados (INE, 2016a, b) para extrapolar resultados.

ResUlTados:Foram registadas cerca de 663 intervenções farmacêuticas, sendo a principal razão destas, o ajuste do n.º de tomas por trata-mento. Estas intervenções permitiram uma poupança global de 3.939 unidades farmacêuticas, correspondendo a um valor de 1.032,99 €. Ao recorrer aos dados (INE, 2016a, b), verificou -se que a poupança gerada a nível nacional seria de 1.672.699 unida-des farmacêuticas, atingindo um valor de 438.659,81 €.

conclUsões:O sistema de dispensa em unidose ao nível dos antibióticos orais apresenta -se como uma mais -valia, contribuindo positiva-mente para o seu uso racional, para o combate ao flagelo da resistência aos mesmos e consequentemente para uma diminuição de custos. No entanto, os resultados extrapolados são limitados, dado que as realidades locais ou regionais diferem entre si.

bibliogRaFia:INE - Internamentos (N.º) nos hospitais públicos de acesso universal e hospitais em parceria público -privada (2015). [Em linha]. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, atual. 2016. [Consult. 9 Ago. 2017]. Disponível em WWW: URL: https://www.ine.pt/xpor-tal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008113&contexto=bd&selTab=tab2INE - Atendimentos em serviço de urgência (N.º) nos hospitais públicos de acesso universal e hospitais em parceria público--privada (2015). [Em linha]. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, atual. 2016. [Consult. 9 Ago. 2017]. Disponível em WWW: URL: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008119&contexto=bd&selTab=tab2

noTas:N/A.

P48disPensa de antibiÓtiCos orais eM Unidose na Unidade de venda ao PÚbLiCo do HosPitaL Y: CaraCterizaÇão e eXtraPoLaÇão

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77 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Susana Santos, Isabel MonteiroRoche Farmacêutica Química, Lda.

inTRodUçÃo:A crescente pressão no orçamento da saúde/medicamento tem conduzido a programas de partilha de risco (PPR) entre indús-tria farmacêutica e pagador. Em 2015 foi acordado um PPR para pertuzumab no cancro da mama nos hospitais do SNS cuja implementação implica recolha/tratamento de dados de utilização na prática clínica. Os farmacêuticos hospitalares, especialis-tas do medicamento, assumem um papel crucial na sua implementação.

obJecTivos:Analisar, no âmbito da implementação do PPR de pertuzumab nos hospitais do SNS: a)adesão e fontes do reporte; b)dados de utilização de medicamentos (real world data); c)grau de satisfação na perspectiva hospitalar.

MÉTodos:Análise qualitativa/quantitativa do reporte do PPR pelos hospitais do SNS, da adesão ao PPR e utilização de pertuzumab/tras-tuzumab na prática clínica com base em dados anonimizados, agregados, reportados entre agosto 2015 -17 no formulário do PPR. Extrapolação do peso médio dos doentes com base nas doses administradas e posologia recomendada. Análise do grau de satisfação por questionário de resposta múltipla enviado por email aos hospitais para aferir facilidade de obtenção da infor-mação, medidas facilitadoras/tempo despendido no reporte e apreciação global do programa.

ResUlTados:Foram reportados dados de 206 doentes de 28 hospitais. O farmacêutico hospitalar foi responsável pelo reporte em 86% dos hospitais e a CFT em 11%. A dose média de trastuzumab foi 388mg; o peso médio dos doentes foi 64,7kg assumindo a dose de manutenção aprovada. O intervalo médio entre administrações foi 23dias. A taxa de resposta ao questionário de satisfação foi 65%. A maioria dos respondedores (77%) considerou a informação requerida para o reporte de fácil/muito fácil obtenção. O tempo despendido foi <30min para 88% dos respondedores. Nos aspectos a melhorar foi mais valorizada a automatiza-ção do reporte e/ou sistemas de informação (SI) integrados (94%). A apreciação geral do PPR foi satisfatória/muito satisfatória (82%/12%).

conclUsões:A informação obtida no âmbito do PPR é reduzida mas actual e representativa da população tratada na prática. A extrapola-ção do peso tem limitações mas permite obter uma proxy antropomórfica. O intervalo médio entre administrações confirma a adequação da prática clínica ao recomendado. A integração de SI/automatização do reporte revela -se crítica, facilitadora da implementação de PPR. Na maioria dos hospitais, os farmacêuticos assumem um papel fundamental nos PPR, monitorizando e reportando a informação necessária; é expectável que o reporte pela CFT também envolva os farmacêuticos. O sucesso dos PPR advém da colaboração da equipa multidisciplinar na qual os farmacêuticos assumem um papel decisivo, garante a adequada implementação dos PPR contribuindo para aumentar a eficiência do SNS.

bibliogRaFia:

noTas:Autoras colaboradoras Roche que comercializa pertuzumab e trastuzumab.

P49PartiLHa de risCo PertUzUMab no serviÇo naCionaL de saÚde

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78 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Joana RussoIPO de Lisboa

inTRodUçÃo:Ao longo dos anos as tarefas desenvolvidas pelo Farmacêutico Hospitalar (FH) têm vindo a evoluir. Verificando -se uma alteração de foco no medicamento para o foco no doente. Os serviços oferecidos pelo FH tiveram que se adaptar e a resposta surgiu com a implementação da Consulta Farmacêutica (CF).

obJecTivos: - Implementação de uma CF no Ambulatório Hospitalar de um serviço de Hemato -Oncologia. - Avaliar o impacto da implementação da CF.

MÉTodos: - Desenvolvimento de materiais de apoio, procedimentos de sistematização de registo e de intervenção na CF, orientados por uma revisão bibliográfica sobre CF e sobre os fármacos selecionados. - Quantificação do Nº de intervenções/doente, do Nº de pedidos de apoio de doentes/doente e Nº de pedidos de apoio por parte dos médicos/doente, e comparação nos períodos pré -CF e pós -CF.

ResUlTados: - Desenvolveram -se os seguintes materiais: Folheto Informativo (FI), Base de Dados de interacções medicamentosas (BDIM) e estratégias de minimização, Calculadora de Adesão à terapêutica (CAT), Base de Dados para ajustes de dose (por questões de toxicidade ou questões fisiológicas) -BDAD, Formulário de Relatório ao Médico (RM). A forma de entrevistar o doente apresentou várias fases: livre, estruturada e semi -estruturada. O registo da CF também apresentou várias formas, centrando -se actualmente numa adaptação do método SOAP. A sistemati-zação da intervenção foi padronizada. - Pré -CF (29 doentes) Intervenções/doente=0. Solicitações de apoio por parte dos doentes/doente=0,04 (1 solicitação). Solicitações de apoio por parte dos médicos/doente=0. - Pós -CF (37 doentes) Intervenções/doente= 0,7 (26 intervenções), Solicitações de apoio por parte dos doentes/doente= 0,24 (9 solicitações) e Solicitações de apoio por parte dos médicos/doente= 0,16 (6 solicitações).

conclUsões:A implementação da CF tem sido um processo aprendizagem e de melhoria contínua. Verificando -se um período de adaptação, para o qual os materiais desenvolvidos (FI, CAT, BDIM, BDAD, RM) se revelaram extremamente úteis, particularmente na integra-ção de toda a equipa de forma a que o cuidado prestado ao doente seja uniforme e contínuo.Conclui -se que os objetivos foram atingidos (1º Implementar uma CF, para todos os doentes dos fármacos selecionados (ibruti-nib e idelalisib) e 2º Avaliar o impacto da implementação da CF). Tendo -se verificado um aumento tanto na intervenção farma-cêutica, como nos pedidos de colaboração e na confiança que os doentes e os médicos colocam no Farmacêutico Hospitalar. Estes resultados motivam o alargamento futuro desta abordagem a outros medicamentos.

bibliogRaFia:Finnes, H. et al; The Importance of Pharmacovigilance during Ibrutinib Therapy for Chronic Lymphocytic Leukemia (CLL) in Routine Clinical Practice, American Society of Hematology, 2015, vol. 126 no. 23717.

noTas:

P50iMPLeMentaÇão de UMa ConsULta farMaCÊUtiCa nUM serviÇo de HeMato ‑onCoLogia

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79 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Joana Gomes, Ana Lima, Paula Linhares, Juliana Matos, Rita RodriguesHSEIT

inTRodUçÃo:Os novos medicamentos aprovados para o tratamento da Hepatite C permitiram alterar o paradigma desta patologia, alterando o seu curso natural de “doença crónica” a “doença curável”. Os tratamentos com os medicamentos Sofosbuvir e Ledipasvir + Sofosbuvir foram acordados com o SRS em 2015, tendo o HSEIT iniciado o processo em 2016. O elevado encargo com estas terapêuticas tornou imperativa a estreita monitorização dos tratamentos realizados, por forma a garantir o seu sucesso.

obJecTivos:Caracterizar a população submetida aos tratamentos para a hepatite C realizados no HSEIT no ano de 2016, descrever as inter-venções farmacêuticas realizadas e análise estatística do número de casos de sucesso versus insucesso.

MÉTodos:No início de cada tratamento foi solicitado aos doentes que respondessem a um questionário com o objetivo de os enquadrar a nível sociocultural, do estilo de vida, dos hábitos de consumo (álcool e drogas), das patologias e das terapêuticas concomi-tantes. Efetuou -se também uma pesquisa de interações medicamentosas entre a medicação habitual e a nova terapêutica instituída para a hepatite C.De forma a tratar os dados recolhidos no questionário criou -se uma folha de Microsoft Excel. Nesta base de dados, integrou -se também toda a informação utilizada pela Comissão de Farmácia e Terapêutica, para análise e validação dos casos, e a informa-ção respeitante a todas as valências dos Serviços Farmacêuticos, desde aquisição dos fármacos à cedência dos mesmos na far-mácia de ambulatório. O uso da folha de Excel possibilitou a monitorização das intervenções farmacêuticas realizadas durante o tratamento e do número de casos com resposta positiva. Foi efetuada posterior análise dos resultados avaliados na prática clínica através da resposta virológica sustentada (RVS), defi-nida como nível indetetável de ácido ribonucleico do VHC no sangue, e respetivo tratamento estatístico.

ResUlTados:Num universo de 28 doentes tratados, 11 obtiveram cura efetiva no final do tratamento, 3 doentes não responderam à terapêu-tica instituída e dos restantes 17 aguardamos informação acerca da carga viral por parte dos médicos assistentes.

conclUsões:Dos 11 doentes sujeitos à terapêutica com os fármacos inovadores para a hepatite C, e dos quais obtivemos resposta acerca do sucesso do tratamento, obteve -se uma taxa de cura de 72%.Futuramente aguardamos informações acerca dos resultados dos restantes doentes tratados.O aparecimento de novos fármacos com taxas de resposta francamente superiores, com regimes de menor duração e que permitem esquemas terapêuticos sem o uso de medicamentos injetáveis, conduziram a uma melhor adesão à terapêutica por parte dos doentes tratados e a um aumento das taxas de cura. Embora não tenhamos ainda toda a informação disponível acerca do nosso universo de doentes tratados, podemos concluir que uma taxa de cura de 72% é um valor positivo, apesar da relação custo -efetividade ainda não estar completamente esclare-cida.

bibliogRaFia:https://www.infarmed.pt/infomed/inicio.phpNorma da Direção Geral da Saúde: Tratamento da Hepatite C Crónica no Adulto; Número: 011/2012, Atualização a 30/04/2015.

noTas:

P522016: o iníCio do fiM da HePatite C?

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80 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Inês Oliveira, Joana Russo, Humberto Gonçalves, António Melo GouveiaIPO,Lisboa

inTRodUçÃo:A educação do doente relativamente à medicação nova prescrita, é uma das valências do farmacêutico hospitalar, e um dos focos da Consulta Farmacêutica (CF) em desenvolvimento no nosso hospital. Actualmente a educação do doente é feita através de informação verbal e escrita (na forma de um cartão por fármaco), com indicações relativas à toma, o que fazer em caso de esquecimento e alimentos a evitar. A informação contida nestes cartões pode ser complementada com outras informações relevantes e informação sobre a CF.

obJecTivos: - Identificar oportunidades de melhoria na informação dada aos doentes, nomeadamente no que se refere ao tipo de informa-ção disponibilizada. - Desenvolver um Folheto Informativo (FI) que veicule a informação identificada, de forma clara e apelativa para o doente.

MÉTodos: - Revisão bibliográfica de fontes de referência e comparação com o status quo. - Alteração do recurso utilizado para a transmissão de informação escrita, passando de um cartão A6 para FI, incluindo todas as oportunidades de melhoria identificadas, bem como informação sobre os objectivos da CF e a forma como se processa.

ResUlTados: - A pesquisa realizada permitiu identificar informação -tipo complementar à que era até então disponibilizada ao doente, nomeadamente no que se refere a: contacto da farmácia, espaço para personalização do folheto e da posologia, efeitos adver-sos relevantes e estratégias para os minimizar, possíveis interacções com outros fármacos e para os quais deve informar o médico ou farmacêutico, sinais de alerta perante os quais se deve dirigir à urgência do hospital. - O FI obtido consiste numa folha A4, frente e verso, dividido em três partes, num formato desdobrável. O rosto inclui o logótipo do hospital, o nome comercial e a DCI do fármaco, identificação do doente, data de início da terapêutica, data do atendimento farmacêutico, nome do farmacêutico e contacto da farmácia. O interior contém informação sobre como tomar o medicamento em causa, precauções, efeitos secundários e estratégias para os minimizar, possíveis interações medicamentosas e como pro-ceder em caso de efeitos adversos graves. Inclui também uma tabela onde o doente pode apontar o nome de nova medicação que comece a tomar entre CFs. No verso do folheto encontra -se informação relativa ao que o doente deve fazer quando volta à CF, e um pequeno aviso de que o FI desenvolvido não compila toda a informação relativa à medicação em causa.

conclUsões:A criação deste folheto é uma vantagem para o doente e para os profissionais de saúde, tendo -se verificado um aumento do contacto com a farmácia por parte dos doentes no que concerne o esclarecimento de dúvidas relativas ao aparecimento de reações adversas e à possibilidade de toma de outros fármacos.

bibliogRaFia:[1] http://gruposdetrabajo.sefh.es/gedefo/[2] http://www.bccancer.bc.ca/health -info/coping -with -cancer/managing -symptoms -side -effects[3] https://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch

noTas:

P53desenvoLviMento de foLHeto inforMativo PersonaLizado Para o doente eM ConsULta farMaCÊUtiCa

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aUToRes: Joana Paquete, Andrea Borges, Isabel Soares, Ana CastanhaHospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada EPER

inTRodUçÃo:As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crónicas e progressivas que afetam o trato gastrointestinal. Os principais tipos de DII são a Colite Ulcerosa (CU) e a Doença de Crohn (DC).Os medicamentos biológicos vieram revolucionar o tratamento das DII, sendo altamente eficazes no combate à inflamação: diminuem o número de recidivas, de internamentos e melhoram a qualidade de vida dos doentes.

obJecTivos:Rever os diferentes medicamentos biológicos disponíveis para o tratamento de DII, e compilar as suas indicações terapêuticas e posologia.Fazer um levantamento dos doentes com DII em terapêutica com biológicos, no período de 1 ano, até à data de 27/02/2017.

MÉTodos:Revisão do Resumo das Caracteristicas do Medicamento (RCM), dos medicamentos biológicos com indicação para o tratamento das DII, consulta das Normas de Orientação Clínica (NOC’s) e da base de Dados UpToDate.Análise da informação do Sistema de Informação Hospitalar, para identificar e caracterizar os doentes seguidos na Consulta de Doença Inflamatória do Intestino, com CU e DC, e que utilizam medicamentos biológicos.

ResUlTados:Atualmente estão disponíveis em Portugal 2 antagonistas do TNF -α (anti -TNF) com indicação para o tratamento da DC (Infliximab e Adalimumab) e 3 para a CU (Infliximab, Adalimumab e Golimumab). Também já têm Autorização de Introdução no Mercado (AIM) o Vedolizumab, antagonista das moléculas de adesão (anti -α4β7) e o Ustecinumab, antagonista de interleucinas (anti--IL12/23), ambos com indicação na DC e CU, após resposta inadequada ou falência terapêutica de 1 anti -TNF.Nos Estados Unidos da América, o Certolizumab (anti -TNF) e o Natalizumab (antagonista das moléculas de adesão), têm indica-ção e prática clínica no tratamento da CU e DC, mas em Portugal, a AIM não têm estas indicações aprovadas nos RCM.Relativamente aos doentes com DII em tratamento com biológicos, verificou -se que existem 58 em tratamento, sendo 56,90% do sexo feminino e 43,10% do sexo masculino, com uma idade média de 38 anos [20 -76]. No que respeita à patologia, a CU representa 10,34% dos doentes em tratamento, dos quais 3 com Adalimumab e 3 com Infliximab. Relativamente à DC, esta representa 89,66% dos doentes em tratamento, dos quais 27 com Adalimumab, 24 com Infliximab e 1 com Vedolizumab.Verificou -se que 8 dos doentes em tratamento já fizeram switch entre anti -TNF e 1 deste já fez novo switch para anti -α4β7.

conclUsões:Para alguns doentes, especialmente os que já estão em tratamento com um 2º anti -TNF, espera -se que estas novas estratégias de abordagem do doente com DII (anti -α4β7 e anti -IL12/23), possibilitem um atraso na evolução doença, proporcionando uma melhor qualidade de vida, por mais tempo.Apesar dos possíveis efeitos adversos graves já conhecidos, o maior problema associado a estas novas terapêuticas, prende -se com o seu elevado custo.

bibliogRaFia:Neurath, M. F. (2017) Current and emerging therapeutic targets for IBD. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology.

noTas:Sem conflito de interesses.

P54UtiLizaÇão de MediCaMentos bioLÓgiCos no trataMento das doenÇas

infLaMatÓrias intestinais

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82 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Catarina Veiga1, Manuela Rodrigues1, Alexandra Bizarro1, Ana Vital1, Isabel Gomes1, Ana Figueiredo2, José Feio1, Fernando Barata2

1Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – Serviços Farmacêuticos2Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – Serviço de Pneumologia B

inTRodUçÃo:O aparecimento de terapêuticas imunológicas no tratamento dos doentes com Cancro do Pulmão de Células Não Pequenas (CPCNP) veio permitir a possibilidade de induzir uma resposta do sistema imunitário contra as células tumorais, nomeadamente através da utilização de fármacos com atuação nos inibidores dos checkpoints, aumentando a sobrevivência nos doentes com estádios avançados da doença. No entanto, a manipulação da resposta imunitária pode desencadear efeitos secundários imu-nológicos (pneumonite, colite, hepatite, nefrite e endocrinopatias entre outras)1 que podem aparecer semanas ou meses do inicio do fármaco e manter -se mesmo após a sua descontinuação.

obJecTivos:Apresentar a casuística dos doentes do Sector de Pneumologia Oncológica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra--Hospital Geral (CHUC -HG) tratados com nivolumab, com especial relevo para a identificação e manuseamento das reações adversas imunitárias decorrentes do tratamento.

MÉTodos:Análise retrospectiva dos processos clínicos dos doentes tratados com nivolumab, pelo Sector de Pneumologia Oncológica do CHUC -HG, entre os meses de Março a Agosto de 2016, utilizando o sistema informático Sclinico

ResUlTados:Entre Março e Agosto de 2016 foram incluídos 21 doentes, 12 (57,1%) do sexo masculino e 9 (42,9%) do sexo feminino, com idade mediana de 62 anos (mín 36 e máx 76 anos), 17 (81%) com adenocarcinoma e 4 (19%) com carcinoma epidermóide. Em Dezembro de 2016 sete doentes tiveram progressão enquanto catorze se mantinham em tratamento. Neste período identificaram -se 10 reações adversas imunitárias: tiroidite (3 doentes), nefrite (2 doentes), patologia reumatológica (2 doentes), pneumonite (1 doente), rash cutâneo (1 doente), e hepatite (1 doente). Na maioria das situações a resolução passou por cortico-terapia e suspensão temporária do nivolumab. É de salientar que nenhum dos doentes necessitou de descontinuar permanen-temente o tratamento devido às reações adversas imunitárias.

conclUsões:É fundamental que toda a equipa envolvida no tratamento do doente oncológico se familiarize com os efeitos secundários das novas imunoterapias, muito diferentes dos efeitos secundários causados pela quimioterapia clássica ou pelas terapêuticas alvo, uma vez que a maioria destes efeitos é facilmente controlável, permitindo a manutenção da terapêutica, desde que o diagnós-tico seja precoce e o tratamento correto.

bibliogRaFia:1. Resumo das características do medicamento Opdivo® Sgambato A, Casaluce F, Sacco PC et al. Anti Pd -1 and PDL--1 Immunotherapy in the treatment of Advanced Non Small Cell Lung Cancer (NSCLC): A Review on Toxicity Profile and its Management. Current Drug Safety, 2016. 11; 1:1 -7.

noTas:

P55iMUnoteraPia: toXiCidade e seU trataMento

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83 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Rita Oliveira1, Maria Baptista2, Joana Cardoso1, Teresa Cabeças1, Francisco Sá1, Joana Madeira1, Beatriz Pinto1, Maria Teresa Pereira3

1Hospital CUF Infante Santo2Hospital CUF Cascais3CUF Cascais/CUF Infante Santo

inTRodUçÃo:

obJecTivos:Os Serviços Farmacêuticos do Cluster Tejo têm como objectivo dar a conhecer uma nova abordagem no tratamento de situa-ções neoplásicas utilizando oxigenoterapia hiperbárica em associação com quimioterapia.

MÉTodos:Doente do sexo feminino de 57 anos com neoplasia no corpo do pâncreas irressecável e ovário bilateral com carcinomatose peritoneal. Realizou quatro ciclos de FOLFIRINOX (fluorouracilo, oxaliplatina, irinotecano), sendo que no quinto ciclo de quimio-terapia introduziu -se uma abordagem inovadora que consiste na oxigenoterapia hiperbárica. Sendo a hipoxia um dos grandes factores de resistência ao tratamento com quimioterapia, propõe -se a oxigenação das células tumorais, com recurso a esta téc-nica e posterior administração (imediata) da quimioterapia (FOLFIRINOX). Para tal é condição necessária a correcta localização das células tumorais, conseguida através da PET (Tomografia por emissão de positrões).

ResUlTados:No início do tratamento os valores dos marcadores tumorais CA 19.9 (168.3 U/mL) e CA 125 (48256 U/mL) estavam elevados.Após sessão de tratamento, verificou -se uma diminuição no valor do marcador CA 125. Aguardam -se novos resultados e evo-lução clínica.

conclUsões:A abordagem conjunta de oxigenoterapia hiperbárica e quimioterapia, constitui uma inovação terapêutica com resultados promissores. Salienta -se o caráter disruptivo e inovador desta prática, sendo que foi pioneira em Portugal.

bibliogRaFia:

noTas:

P57oXigenoteraPia HiPerbÁriCa no trataMento da CarCinoMatose

PeritoneaL

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84 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Manuela Rodrigues1, Alexandra Bizarro1, Catarina Veiga1, Joana Correia2, Ana Figueiredo2, José Feio1, Fernando Barata2

1Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – Serviços Farmacêuticos2Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – Serviço de Pneumologia B

inTRodUçÃo:O crizotinib é um fármaco inibidor tirosina -cinase aprovado para o Cancro do Pulmão Não Pequenas Células (CPNPC) em doen-tes que apresentem o rearranjo ALK(1). A eficácia deste fármaco aliados à baixa toxicidade, permite um fácil manuseamento e marcou um ponto de viragem no tratamento do cancro do pulmão.

obJecTivos:Avaliação da resposta do crizotinib e da sua toxicidade, utilizado quer em primeira quer em segunda linha, nos doentes com CPNPC e rearranjo ALK seguidos na consulta de Pneumologia Oncológica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra--Hospital Geral (CHUC -HG).

MÉTodos:Análise retrospectiva dos processos clínicos de todos os doentes com CPNPC e rearranjo ALK seguidos na consulta de Pneumologia Oncológica do CHUC -HG que receberam crizotinib em primeira ou segunda linha terapêutica, utilizando o sis-tema informático Sclinico.

ResUlTados:Dos 113 doentes diagnosticados desde Junho de 2014 com adenocarcinoma estadio IV com indicação e material histológico suficiente para serem testados, 17 apresentavam positividade para o rearranjo ALK. Nesta população a idade média foi de 60,76 anos, sendo 76,47% (n=13) dos doentes do sexo feminino. Dezasseis doentes (94,12%) eram não -fumadores. Sete doentes (41,18%) apresentavam um Performance Status de 0 e 10 doentes (58,82%) apresentava um Performance Status de 1. O crizo-tinib foi iniciado como terapêutica de primeira -linha em 35,29% (n=6) dos doentes e como segunda -linha em 64,71% (n=11) (tendo estes efectuado inicialmente quimioterapia, cumprindo 2, 4 ou 6 ciclos de tratamento). Nove doentes demonstraram toxicidade induzida pelo crizotinib (1 apresentou rash cutâneo, 1 onicólise, 6 toxicidade hepática e náuseas e/ou diarreia e 1 toxicidade renal). Foi necessária redução da dose do crizotinib em 6 doentes (4 destes por toxicidade hepática, 1 por toxicidade renal e 1 por rash cutâneo) e noutro doente procedeu -se à alteração da terapêutica para ceritinib (devido a toxicidade hepática). Em Junho de 2017, 10 doentes já tiveram progressão da doença tendo 4 progredido a nível cerebral, 2 a nível ósseo e os restan-tes noutras localizações. O tempo médio de administração do fármaco foi de 14 meses (mínimo 2 meses, máximo 28 meses). A terapêutica já foi alterada em 7 destes doentes para alectinib (n= 5) ou ceritinib (n=2).

conclUsões:A nossa experiência é sobreponível aos dados de outras séries, reforçando a ideia de que se trata de uma classe terapêutica com taxas de resposta muito elevadas, sobrevivência elevada e toxicidade baixa e bem tolerada.

bibliogRaFia:(1) Resumo das características do medicamento Xalkori® - Shaw AT, [et al] - Crizotinib versus chemotherapy in advanced ALK -positive lung cancer. N Engl J Med. 2013 Jun 20;368(25):2385 -94. - Solomon BJ, [et al] - First -line crizotinib versus chemotherapy in ALK -positive lung cancer.N Engl J Med. 2014 Dec 4;371(23):2167 -77.

noTas:

P58trÊs anos de eXPeriÊnCia aLK Positiva

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85 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Maria RibeiroIPO Lisboa

inTRodUçÃo:A vinorelbina oral (VO) é um antineoplásico pertencente à família dos alcalóides da vinca.[1] A formulação oral demonstrou van-tagens em relação à forma intravenosa: fácil administração e custo reduzido. Sendo o doente responsável pela administração do medicamento, é essencial a intervenção farmacêutica para controlo da compliance e gestão de efeitos adversos (EA). A VO é bioequivalente, clinicamente equivalente, bem tolerada[2] e demonstrou um bom índice terapêutico no tratamento do cancro da mama localmente avançado e metastático, em combinação com outros agentes ou em monoterapia.[3] No nosso Hospital, foi criada uma consulta farmacêutica (CF), para um controlo rigoroso na dispensa da VO, face ao aumento de doentes e custos associados.

obJecTivos:Implementar uma CF para a VO e impulsionar a educação do doente.

MÉTodos:Para implementar a CF da VO, procedeu -se a uma revisão bibliográfica e uma reunião com o departamento de oncologia médica (OM) do Hospital. Para impulsionar a educação do doente, desenvolveu -se um manual personalizado e definiu -se que serão avaliados os conhecimentos do doente antes e após a CF.

ResUlTados:Da revisão bibliográfica e da reunião com o departamento de OM, e tendo por base o trabalho de uma equipa multidisciplinar, resultou a criação de um protocolo de dispensa da VO e um manual personalizado para cada doente. Estabeleceu -se também que a CF se centrará na validação da prescrição de VO após a consulta médica, verificação das análises, recolha de informação acerca dos medicamentos, suplementos e produtos de ervanária que o doente consome, para posterior avaliação de EA e inte-racções.

conclUsões:A CF vai possibilitar um controlo rigoroso na dispensa do medicamento (através da implementação da validação da prescrição de VO nomeadamente no que se refere à frequência, sequência, dose, episódios de repetição de análises e valores analíticos); no controlo dos EA (caracterização do número, tipo e grau); interações medicamentosas (sugestão de alternativas e estraté-gias terapêuticas para minimizar o impacto e registo do número e gravidade) e na educação do doente. A implementação do manual personalizado vai permitir uma informação sumarizada da terapêutica acessível os profissionais de saúde. Prevê -se que a educação do doente seja melhorada, sendo o impacto da intervenção posteriormente avaliado.

bibliogRaFia:[1]Oral vinorelbine:Feasibility and safety profile. Annals of Oncology,12(2011).[2]Efficacy and safety of oral vinorelbine in first -line metastatic breast cancer. Eur J Cancer,37(2011).[3]Improving chemotherapy capacity by switching from intravenous to oral vinorelbine:TAMINO, an international time and motion audit. Lung Cancer,67(2010).

noTas:

P59ConsULta farMaCÊUtiCa de vinoreLbina oraL no institUto PortUgUÊs

de onCoLogia de Lisboa, fg, e.P.e.

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86 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Maria Teresa Pereira1, Rita Oliveira1, Maria Baptista2

1Hospital CUF Infante Santo/ CUF Cascais2Hospital CUF Cascais

inTRodUçÃo:O estado nutricional é um parâmetro altamente impactante na evolução clínica do doente e, consequentemente, na realidade económica em ambiente hospitalar. Sendo a nutrição entérica uma condição real para muitos dos doentes internados nos hos-pitais portugueses, torna -se impreterível o farmacêutico hospitalar, nestas situações, debruçar -se sobre esta mesma realidade, nomeadamente no que concerne à administração de fármacos per os. Na maioria dos casos que ocorrem no quotidiano hos-pitalar, a pulverização dos comprimidos aparece como a opção que mais situações soluciona. No entanto, esta mesma técnica conta com diversas desvantagens: ocorrência de incompatibilidades físico -químicas, possível obstrução do tubo da nutrição entérica, a perda de substância activa, entre outras. Também em ambiente hospitalar, diversos são os doentes que surgem e, consequentemente, diferentes são as condições que os mesmos apresentam. O Farmacêutico tem a responsabilidade de asse-gurar a toma segura e adequada do medicamento, garantindo que este, devidamente selecionado, é administrado ao doente certo, no momento certo, na dosagem e forma farmacêutica certas com a via de administração certa. Na população geriátrica, pediátrica ou em doentes com capacidade de deglutição diminuída, temporariamente ou não, o ideal permanece imutável e num hospital que conta já com mais de 70 anos de prática clínica, torna -se premente encontrar soluções inovadoras que se adaptem à realidade de cada doente, ainda que o mercado não disponibilize as formas farmacêuticas para todas as condições suprarreferidas.

obJecTivos:Descrição do modelo inovador de adequação da forma farmacêutica às necessidades específicas do doente.

MÉTodos:Metodologia de implementação:1ª Fase: Compilação de todas as substâncias activas que possam ser submetidas a manipulação através do modelo SUSY® em formato de fácil consulta;2ª Fase: Validação da Prescrição pelo Farmacêutico Clínico com a atenção necessária para situações de aplicação pertinente (infeciologia pediátrica);3ª Fase: Inclusão do projecto no Hospital CUF Infante Santo como parte integrante de uma administração mais completa, correcta e adequada e também de uma maior adesão à terapêutica por parte do doente.

ResUlTados:No âmbito da infeciologia pediátrica, em ambulatório, foi formulada uma suspensão de piridoxina (20mg/mL em 200mL) que garantiu a administração de 40mg (2mL) da substância activa por toma, a um lactente de 6 meses, com diagnóstico de tuber-culose em estado latente. A mesma foi preparada com aroma de banana, sabor selecionado pela família. No serviço de internamento, foi feito um levantamento de todos as situações passíveis de switch, no que respeita à forma far-macêutica do medicamento, através da consulta do material bibliográfico previamente preparado verificando estabilidade da preparação.

conclUsões:A farmácia galénica revela -se num novo formato no modelo SUSY® uma vez que este se apresenta como solução aos constran-gimentos associados à preparação/manipulação de soluções orais não disponíveis no mercado nacional.

bibliogRaFia:

noTas:

P60intervenÇão do farMaCÊUtiCo CLíniCo na adeQUaÇão de forMas farMaCÊUtiCas orais– ModeLo sUsY®

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87 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Humberto Miguel Gonçalves1, Sandra Oliveira2, António Gouveia2

1Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil2IPOLFG EPE

inTRodUçÃo:Visando criar um padrão elevado de qualidade dos medicamentos manipulados (MM), foi aprovado em 2004 um conjunto de normas legais, entre as quais figuram as Boas Práticas a observar na preparação de MM.O ponto “6 Manipulação” atribui ao farmacêutico a responsabilidade das operações de medição e pesagem assim como a sua conferência.A conferência presencial pelo farmacêutico exige que interrompa frequentemente a sua actividade.Para assegurar o cumprimento legal e evitar esta disrupção surgiu a necessidade de encontrar um método alternativo com base nos recursos disponíveis.

obJecTivos:Desenvolver e implementar um método de registo fotográfico das operações de pesagem e medição na preparação de MM.Caracterização do grau de implementação e da sua aceitabilidade.

MÉTodos:Para a concepção deste procedimento analisou -se o fluxo de trabalho e de materiais (matérias -primas e ficha de preparação), o fluxo de informação e a disponibilidade de recursos humanos e de equipamentos.Neste procedimento o operador fotografa com um telemóvel de serviço as medições/pesagens, imprime estas imagens, anexa à ficha de produção e a conferência ocorre na libertação de lote. Tornando a conferência presencial uma alternativa de último recurso. Caracterização do grau de implementação pela % de conferência por fotografia em Janeiro, Junho e Dezembro 2016, Janeiro e Junho de 2017.Avaliação da sua aceitabilidade por Inquérito de satisfação ao operador.

ResUlTados:Método implementado desde Janeiro de 2016. O registo de imagem inclui: o instrumento de medida ou balança, embalagem da matéria -prima (com designação, lote e validade) e cabeçalho da ficha de preparação (identificação do lote em preparação) % de conferência por fotografia: 32% em Janeiro/16 (n=109), 81% em Junho/16 (n=129), 95% em Dezembro/16 (n=102), 92% em Janeiro/17 (n=93) e 83% Junho/17 (n=128).No inquérito 75% dos operadores considerou o método fiável, seguro e que melhorou a flexibilidade da equipa. Todos referiram que a principal limitação é a reduzida qualidade de imagem do telemóvel.Este procedimento permitiu até ao momento identificar 2 situações de erro de pesagem e 1 de erro de medição, sendo que em qualquer um dos casos a matéria prima envolvida era a substância activa.

conclUsões:É um método que gera evidência auditável e da dupla verificação.Revelou -se funcional, o que promoveu a aceitação pela equipa.Verificou -se a maior flexibilidade na gestão de tempo/recursos, uma vez que a conferência não é realizada simultaneamente à preparação, mas no momento da libertação de lote com base na imagem.Pelos aspectos apresentados considera -se que este procedimento é uma mais valia significativa para o cumprimento dos requi-sitos legais, para a segurança do processo de preparação de MM e na gestão de recursos humanos.

bibliogRaFia:Portaria 594/2004, de 2 de Junho.

noTas:

P61MÉtodo de registo fotogrÁfiCo das oPeraÇÕes de PesageM

e MediÇão na PreParaÇão de MediCaMentos ManiPULados

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aUToRes: Ana Mafalda Brito1, Ana Margarida Simões2, Armando Alcobia2, Filipa Alves da Costa1

1ISCSEM2Hospital Garcia de Orta

inTRodUçÃo:A Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) é um modelo de assistência hospitalar ao doente agudo no domicílio. A popu-lação geriátrica e polimedicada é mais vulnerável a prescrições inadequadas. A revisão da medicação é uma das intervenções farmacêuticas que visa prevenir estes erros, assegurando a segurança e efetividade da terapêutica. (1)

obJecTivos:Avaliar a importância da integração de um farmacêutico na equipa da UHD. Analisar a presença de prescrições potencialmente inadequadas (PPI) na terapêutica de alta dos doentes em regime de hospitalização domiciliária.

MÉTodos:Estudo de coorte histórico, realizado no domicílio dos doentes hospitalizados na UHD do Hospital Garcia de Orta, entre agosto de 2016 e 2017. Foram incluídos todos os doentes internados na UHD no período de estudo mencionado; os critérios de exclu-são foram ter idade < 65 anos e agravamento da condição clínica impeditiva de alta com consequente transferência para o hospital. A informação sobre a medicação foi obtida através da observação da mesma no domicílio dos doentes e a partir do processo clínico. A medicação de alta dos doentes foi analisada segundo os critérios GheOP3S, excetuando a secção 5 dirigida a farmácias comunitárias. (1) A análise estatística realizou -se com o programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) Statistics v. 24,0.

ResUlTados:Foram admitidos 40 doentes com idade média 78,1 ± 9,3 anos e 5,8 ± 2,4 comorbilidades por doente. Constatou -se que 63,3% dos doentes eram do sexo masculino. Os doentes tomavam em média 8,75 ± 3,52 medicamentos de ambulatório. Na data de alta foram analisados 350 medicamentos, dos quais 126 foram consideradas PPI, 40,6% independentes do diagnóstico e 28% interações medicamentosas. Em média, foram encontradas 3,1 ± 2,4 PPI por doente. A classe com maior incidência de PPI foram os medicamentos com ação no sistema nervoso central (mais especificamente o uso prolongado destes eg. antidepressivos, antipsicóticos e benzodiazepinas) afetando 65,0% da amostra.

conclUsões:A revisão da medicação revelou uma elevada prevalência de PPI nos doentes idosos polimedicados da UHD. A integração de um farmacêutico na UHD é essencial para detetar e corrigir as PPI antes da alta para evitar efeitos adversos e consequentemente aumento da morbilidade, mortalidade e custos financeiros.

bibliogRaFia:(1) Tommelein, E., Petrovic, M., Somers, A., Mehuys, E., Cammen, T., Boussery, K. Older patients’ prescriptions screening in the community pharmacy: Development of the Ghent Older People’s Prescriptions community Pharmacy Screening (GheOP3S) tool. Journal of Public Health. ISSN 17413850. 38:2 (2016) 158–170.

noTas:

P62revisão da MediCaÇão na Unidade de HosPitaLizaÇão doMiCiLiÁria

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89 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Fábio Borges1, João Aguiar2, Rodrigo Murteira1, António Melo Gouveia3, Érica Viegas4, Armando Alcobia5, Ana Soares5, Celina Rodrigues6, Ana Miranda1, Filipa A. Costa1 1Registo Oncológico Regional Sul (ROR -Sul), Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil (IPOLFG)2 Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa3 Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil (IPOLFG), Serviços Farmacêuticos (SF)4 Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (CHLO), Serviços Farmacêuticos (SF)5 Hospital Garcia de Orta (HGO) , Serviços Farmacêuticos (SF)6 Centro Hospitalar Lisboa central (CHLC), Serviços Farmacêuticos (SF)

inTRodUçÃo:A imunoterapia é hoje uma realidade e uma das esperanças do futuro da oncologia. A monitorização da segurança destas novas moleculas em contexto de mundo real revela -se fundamental para a tomada de decisões mais sustentadas.

obJecTivos:Caracterizar a segurança do medicamento pembrolizumab.

MÉTodos:Foi desenvolvido um coorte de exposição, considerando -se o período de estudo desde a data de introdução no mercado até ao presente. Foram recolhidas variáveis para caracterização demográfica e da doença. O indicador primário considerado foi a ocorrência de reacções adversas a medicamentos (RAMs). A descrição das RAMs foi realizada de acordo com o The Medical Dictionary for Regulatory Activities (MedDRA) e a atribuição dos graus de acordo com o National Cancer Institute Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE). A análise (estatística descritiva) foi realizada em Excel 2010.

ResUlTados:Com a colaboração dos farmacêuticos hospitalares, foram identificados e avaliados 67 doentes de 8 instituições. A idade média ao diagnóstico foi de 62,2 anos (DP=13,5) e 34 doentes eram do sexo feminino (52,3%). A pele foi a topografia do tumor primário mais comum (n=37; 55,2%), seguindo -se o pulmão (n=15; 22,4%) e a bexiga (n=4; 6,0%). O estadio ao início do tratamento era metastático em 57 doentes (89,1%). A duração média do tratamento foi de 78,6 dias (DP=79,4). Todos os doentes fizeram o tratamento de acordo com o resumo das características do medicamento (RCM). Em 36 doentes (59,0%) encontravam -se descritas RAMs nos respectivos processos clínicos, num total de 109 RAMs ocorridas e 67 descrições distintas. As RAMs mais frequentes foram astenia (n=17), anorexia (n=6) e hipotiroidismo (n=4). Foram descritas 77 RAMs de grau I, 21 de grau II, 3 de grau III e 3 de grau IV (hepatotoxicidade, pancitopenia e pancreatite). Foi necessária a instituição de tratamento para resolução da RAM em 27 destas e foram relatadas incapacidades temporárias e a necessidade de hospitalização em 6 e 5 doentes, respectivamente. A duração média das hospi-talizações foi de 12,6 dias (DP=9,9).

conclUsões:Sendo ainda precoce retirar conclusões relativamente à segurança do fármaco pembrolizumab em contexto real, as RAMs identificadas foram na maioria geráveis. A participação activa dos farmacêuticos hospitalares revela -se essencial para a moni-torização destas novas moléculas, sendo fundamental a criação de sinergias com o Registo Oncológico para assegurar uma monitorização efectiva.

bibliogRaFia:

noTas:

P63os farMaCÊUtiCos CoMo ParCeiros na MonitorizaÇão da segUranÇa

das novas teraPÊUtiCas onCoLÓgiCas

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aUToRes: Maria Teresa Aires1, Rita Oliveira1, Maria Baptista2

1CUF Infante Santo/ CUF Cascais2CUF Cascais

inTRodUçÃo:Tem sido reconhecida a importância e a mais -valia do farmacêutico clínico como membro da equipa multidisciplinar nos servi-ços de internamento. A sua residência no serviço, permite uma maior proximidade ao doente e um apoio mais rápido e eficiente aos restantes profissionais de saúde.

obJecTivos:Pretende -se demostrar a mais -valia do farmacêutico clinico residente no serviço de internamento, nomeadamente no segui-mento farmacoterapêutico e no apoio in loco, rápido e assertivo, em todos os temas relacionados com o medicamento.

MÉTodos:Reestruturação logística dos serviços farmacêuticos e transferência do posto de trabalho para o serviço de internamento; Elaboração de um ficheiro excel para registo das intervenções; Registo exaustivo de todas as intervenções realizadas num período de 9 meses (janeiro a setembro) no ano de 2017; Caraterização do tipo de intervenção: dose e posologia; indicações terapêuticas; via de administração e precauções; questões de diluições; interações; compatibilidade e estabilidade; produção e formulação; reações adversas; utilização em populações especiais; farmacovigilância; medicamentos extra -formulário; reconci-liação terapêutica, transcrição de indicações médicas verbais, seguimento farmacoterapêutico entre outros (gestão de stocks, controlo de prazos de validade, rotulagem, questões logísticas); Análise da resposta à intervenção: aceite, não aceite, não apli-cável e a aguardar; Classificação da intervenção: ativa ou passiva.

ResUlTados:Num total de 473 intervenções, 208 referentes a temas farmacoterapêuticos , 73 na categoria outros, 55 relacionados com dose e posologia do medicamento, 27 relativas ao esclarecimento de questões de diluições, 26 sobre reações adversas, 21 referentes a utilização de medicamentos extra -formulário, 20 relacionadas com via de administração, 19 sobre indicações terapêuticas, 15 acerca de contraindicações e precauções, 6 no tópico de farmacovigilância, 2 referentes a populações especiais e 1 sobre produção e formulação.

conclUsões:A residência do farmacêutico clínico no serviço de internamento apresenta -se como uma peça chave no aumento da segurança e eficácia no uso do medicamento. O futuro revela -se desafiante na prática clínica do farmacêutico hospitalar que, sendo parte integrante de uma equipa multidisciplinar, sentirá a necessidade de tornar o registo das suas intervenções ágil e mensurável. Será também imprescindível a avaliação do impacto das suas intervenções na qualidade de vida dos doentes e na dimensão económico -financeira.

bibliogRaFia:

noTas:

P64farMaCÊUtiCo CLíniCo residente no serviÇo de internaMento: ÂMbito e reLevÂnCia

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aUToRes: Maria Teresa Aires1, Rita Oliveira2, Maria Baptista3

1Hospital CUF Infante Santo e Cascais2CUF Infante Santo e Cascais3Hospital CUF Cascais

inTRodUçÃo:A Farmácia Clínica é definida como a atividade desempenhada pelo farmacêutico, centrada no cuidado ao doente, no sen-tido de otimizar a medicação e promover a saúde, o bem -estar e a prevenção da doença. O farmacêutico constitui parte inte-grante da equipa multidisciplinar de saúde, contribuindo na promoção da utilização racional dos medicamentos. No serviço de Oncologia, o papel do farmacêutico pressupõe: a revisão farmacoterapêutica e validação integrada da medicação crónica e antineoplásica do doente; a atenção para a medicação/profilaxia de suporte pós -tratamento; a promoção da informação sobre medicamentos para o doente e para os profissionais de saúde, que inclui aspetos técnicos como a estabilidade e com-patibilidade de medicamentos, dosagens e indicações terapêuticas; o aconselhamento farmacêutico ao nível da dispensa de quimioterapia oral, das co -morbilidades, aspetos nutricionais, controlo da dor, efeitos secundários induzidos pelo tratamento e monitorização da adesão à terapêutica.

obJecTivos:Descrever a metodologia de consulta farmacêutica programada e continuada do doente oncológico com registo de: história clínica, medicação crónica, suplementação alimentar e fitoterapia, avaliação da adesão à terapêutica oncológica oral e terapêu-tica de suporte, registo de reações adversas, estudo de potenciais interações medicamentosas, reportes nutricionais e registo do aconselhamento e intervenções prestadas

MÉTodos:Entrevistas individuais, contagem de comprimidos. O registo do seguimento farmacêutico feito aquando da consulta será sis-tematizado num formulário próprio. A avaliação da adesão à terapêutica será feita recorrendo à escala de Morisky -8 (MMAS -8) adaptada. Os dados de cada consulta serão tratados de forma a ser possível criar um plano terapêutico individualizado.

ResUlTados:Nesta fase piloto estão incluídos 10 doentes em consulta farmacêutica oncológica, com o intuito de validar o método e aperfei-çoar o modelo. Pretende -se avaliar o impacto e a aceitação dos doentes através de um questionário de satisfação.

conclUsões:A alocação do farmacêutico clínico ao serviço de oncologia revela -se importante no acompanhamento presencial da admi-nistração e intercorrências on -time. A integração do farmacêutico na equipa multidisciplinar de saúde existente no serviço de hemato -oncologia do Hospital CUF Infante Santo permitiu a sua intervenção proactiva, o que torna imprescindível a existência de registos, por forma a avaliar em número e qualidade as diversas intervenções e o seu impacto para o doente. A consulta do Farmacêutico aos doentes do Hemato -Oncologia tornar -se -á determinante no aumento da eficácia, segurança, conforto e adesão aos regimes terapêuticos.

bibliogRaFia:

noTas:

P65farMaCÊUtiCo CLíniCo residente no serviÇo de HeMato ‑onCoLogia:

aCoMPanHaMento on ‑tiMe e ConsULta farMaCÊUtiCa

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92 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Maria Alexandra Magalhães, Paulina Aguiar, Maria Teresa CunhaCentro Hospitalar do Porto

inTRodUçÃo:A vulvodinia é descrita como um desconforto vulvar, muitas vezes referido como uma dor em queimadura, que ocorre na ausência de alterações de origem neurológica, visíveis ou relevantes, clinicamente identificáveis. Não é causada por infeções, inflamações, neoplasias ou desordens neurológicas sendo o seu diagnóstico clínico de exclusão. [1,2]Na Unidade de Dor Crónica (UDC) do Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP), são acompanhadas cinco doentes. A classificação da vulvodinia baseia -se no local da dor, que pode ser localizada ou generalizada, podendo ser provocada ou não provocada, ou mista. [1,2]Após vários tratamentos oferecidos às doentes, a UDC propôs estas doentes para tratamento com Gabapentina a 2%, para apli-cação tópica. A forma farmacêutica pretendida não se encontra disponível no mercado, pelo que os Serviços Farmacêuticos do CHUP desenvolveram uma formulação para dar resposta a esta necessidade.

obJecTivos:Descrever a pesquisa e desenvolvimento de uma formulação para aplicação tópica no tratamento da vulvodinia. Apresentar as fases da preparação de um creme de Gabapentina a 2%.Avaliar a eficácia do tratamento nas doentes seguidas na Consulta de Dor Crónica do CHUP.

MÉTodos:Foi realizada uma pesquisa bibliográfica para identificar uma formulação adequada ao pretendido bem como um fornecedor de matéria -prima apropriada para a execução da preparação. Elaboraram -se bisnagas de 30g de creme a partir de cápsulas de gabapentina a 300mg e creme -base apropriado para aplicação tópica vaginal. Foi feita uma análise prospetiva aos resultados obtidos relativamente à eficácia do medicamento.

ResUlTados:Foi possível obter um creme de gabapentina a 2%, nas condições desejadas e com a consistência adequada.Das cinco doentes tratadas com este medicamento constatou -se alguma melhoria em 4 doentes. Uma doente não referiu qual-quer benefício, pelo que abandonou o tratamento.

conclUsões:A execução deste medicamento nos Serviços Farmacêuticos surge como uma alternativa no tratamento da sintomatologia associada a esta patologia, melhorando o bem -estar destas doentes. Por se tratar de uma amostra pequena num curto período de tempo, são necessários mais dados que permitam aferir sobre a eficácia do creme.Este medicamento não se encontra disponível no mercado. A resposta dos Serviços Farmacêuticos é por isso uma mais -valia muito significativa no apoio aos doentes e resposta aos clínicos.

bibliogRaFia:1. Obstet Gynecol. 2008 Sep;112(3):579 -85.10.1097/AOG.0b013e3181827c77. “Topical gabapentin in the treatment of localized and generalized vulvodynia”.Boardman LA1, Cooper AS, Blais LR, Raker CA.2. J Reprod Med. 2007 Feb;52(2):103 -6. “Evaluation of gabapentin in the treatment of generalized vulvodynia, unprovoked. Harris G1, Horowitz B, Borgida A.

noTas:

P66CreMe de gabaPentina 2% na vULvodinia. MetodoLogia de PreParaÇão

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93 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Paulina Aguiar, Luisa AlvaresCentro Hospitalar e Universitário do Porto

inTRodUçÃo:A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), é uma doença genética, de natureza degenerativa progressiva dos nervos periféri-cos, endémica em certas zonas do nosso País1. No entanto, é cada vez maior a distribuição geográfica dos doentes. O Tafamidis é um medicamento que retarda o comprometimento neurológico periférico2 e é dispensado aos doentes apenas pelos Centro Hospitalar Lisboa Norte e Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP)3. Atendendo ao elevado custo do medicamento e à distância da residência dos doentes, o CHUP identificou a necessidade de criar um Programa de Proximidade (PP). Contou com a colaboração dos Conselhos de Administração, e dos Farmacêuticos Hospitalares das Instituições envolvidas. O PP consiste na dispensa do Tafamidis, aos doentes seguidos no CHUP, noutros hospitais de maior proximidade do doente.

obJecTivos:Divulgar o PP do CHUP, na dispensa do Tafamidis em parceria com os hospitais da rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

MÉTodos:Realizou -se um contacto prévio com os Farmacêuticos, para avaliar da sua disponibilidade. Elaborou -se um protocolo e obtiveram -se as respectivas autorizações. Contratou -se, através do Serviço de Aprovisionamento do CHUP, transporte especia-lizado de medicamentos. Mensalmente é contactado o doente e o respectivo Hospital de proximidade. A dispensa ao doente é realizada pelo Farmacêutico do Hospital de proximidade.

ResUlTados:O PP teve início em Abril de 2017 e engloba já os Hospitais de Coimbra, Covilhã, Figueira da Foz, Guarda, Leiria, Seia, Tomar e Viseu, abrangendo até ao momento 57 doentes.Um dos lados visíveis do PP é a satisfação dos doentes e dos prescritores que nos solicitam a expansão a outros hospitais.

conclUsões:Os Cuidados de Saúde de Proximidade contribuem para um Sistema de Saúde humanizado, acessível, sustentável e de qua-lidade. A capacidade de mobilização e articulação de equipas, de utilização prudente dos recursos, da melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados e da transparência, traduz -se em ganhos em saúde, sem incrementar muito os custos e com satisfação dos doentes e dos profissionais.

bibliogRaFia:1. COELHO, T.; MAIA, L.; MARTINS SILVA, A. - Tafamidis and nerve fiber function in transthyretin -type familial amyloid polyneuro-pathy, Clinical Neurophysiology, Vol. 123(6), Jun. 2012, p. e56.2. Relatório de avaliação prévia do medicamento para uso humano em meio hospitalar, em www.infarmed.pt 3. Despacho n.º 4521/2001, de 31 de janeiro.

noTas:O grupo declara não ter conflito de interesses, nem ter recebido qualquer patrocínio ou apoio para a realização do trabalho

P67PrograMa de ProXiMidade na disPensa de MediCaMentos

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94 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Maria Teresa Pereira1, Rita Oliveira1, Maria Baptista2

1CUF Infante Santo / CUF Cascais2CUF Cascais

inTRodUçÃo:O medicamento certo, ao doente certo, na dose certa, à hora certa e pela via certa. São estes os cuidados a ter aquando da administração de medicamentos. Sendo o farmacêutico o especialista do medicamento no sistema de saúde e nomeadamente no hospital, todas as questões farmacotécnicas relacionadas com diluição e modo de administração de medicamentos são apresentadas ao farmacêutico diariamente e cabe ao mesmo dar resposta a todas as dúvidas da enfermagem em tempo útil, de forma a melhorar a prestação de cuidados ao doente.

obJecTivos:Com o intuito de dar resposta a estas situações foi desenvolvido um documento dirigido aos enfermeiros de forma a disponibi-lizar informações claras e de leitura rápida relativas à reconstituição, diluição e administração de alguns dos medicamentos que foram identificados como os que mais dúvidas suscitavam.

MÉTodos:Elaboração de um documento em formato A4 e respectivo formulário de bolso com 5 pontos fundamentais: Reconstituição, diluição, modo de administração, estabilidade e condições de armazenamento e conservação. Foram escolhidos, em projecto--piloto, 4 medicamentos (Ácido Zoledrónico, Vancomicina, Ferro carboximaltose e Ceftriaxone) e de uma forma sucinta e de fácil leitura esquematizou -se em fluxograma os procedimentos a realizar quanto à reconstituição (qual o solvente indicado e o volume correcto), diluição (qual o solvente e volume a diluir), modo de administração (Bólus ou velocidade/tempo de perfusão, etc…) estabilidade (após abertura), e condições de armazenamento e conservação (Frio e protecção da luz). Este documento é actualizado sempre que haja alteração constante do Resumo das Características do Medicamento e/ou do fornecedor do medicamento em questão.

ResUlTados:Na fase de teste, apenas quatro medicamentos foram seleccionados para integrar o projecto (sendo que em breve incluir -se -ão mais seis), dado o retorno muito positivo por parte da equipa de enfermagem.Havendo disponível em cada serviço cópias dos documentos em questão, torna -se muito mais fácil e prático para o enfermeiro esclarecer qualquer dúvida que tenha relativa a todo o processo de preparação e administração do fármaco.

conclUsões:Duas grandes vantagens advieram da implementação deste sistema: diminuição do número de chamadas feitas pelos enfer-meiros aos serviços farmacêuticos com questões repetidas sobre o mesmo tema e, mais importante, garante -se que a admi-nistração dos medicamentos é feita de forma correcta, minimizando os erros na sua preparação, modo de administração e conservação.

bibliogRaFia:

noTas:

P68o farMaCÊUtiCo CLíniCo no aPoio À CorreCta adMinistraÇão de MediCaMentos

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95 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Patrícia Ramalho1, Rita Monteiro Machado1, Idalina Freire2, Manuel Morgado2, Maria Olímpia Fonseca2

1CICS -UBI – Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior2Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE

inTRodUçÃo:O misoprostol é um análogo da prostaglandina E1 recomendado pela Organização Mundial da Saúde para indução de parto numa dose baixa (25 μg) administrada por via vaginal ou oral. A Norma de Orientação Clínica 002/2015 indica que a adminis-tração de 25 μg de misoprostol não deve ser realizada pelo fracionamento manual dos comprimidos sendo assim necessário criar -se uma alternativa a este método, passível de ser preparada como medicamento manipulado em contexto hospitalar (1).

obJecTivos:Desenvolver e caracterizar uma formulação manipulada de cápsulas duras de gelatina de 25 μg de misoprostol para adminis-tração vaginal.

MÉTodos:As cápsulas (nº4) foram preparadas a partir de comprimidos de misoprostol 200 μg (Cytotec) pelo método de enchimento volumétrico (2), usando lactose como diluente. Foi realizado o ensaio de uniformidade de massa e o ensaio de desagregação (de acordo com a Farmacopeia Portuguesa 9.0) (3) usando água e simulante do fluido vaginal como meios. Foi, ainda, realizado um ensaio de desagregação em condições que mimetizam o ambiente fisiológico (volume 0,75 mL; temperatura 37ºC; agitação 120 rpm) para comparar o comportamento das cápsulas e dos comprimidos fracionados em quartos.

ResUlTados:O método de preparação mostrou -se exequível em farmácia hospitalar recorrendo a matérias -primas que já fazem parte do stock habitual destes serviços. O lote apresentou uniformidade de massa (massa média conteúdo= 166mg; nenhuma cápsula difere da média mais do que 10%) e em ambos os ensaios de desagregação, segundo a farmacopeia, as cápsulas iniciaram a libertação do conteúdo aos 2 minutos ocorrendo desagregação completa antes dos 10 minutos. A comparação da desagrega-ção das cápsulas com a desagregação das frações de comprimidos, no método que mimetiza o ambiente fisiológico, revelou que as cápsulas efetivamente desagregam completamente neste reduzido volume e que o fazem mais rapidamente do que as frações do comprimido.

conclUsões:Foi possível desenvolver uma formulação manipulada para dar resposta aos requisitos da Norma da DGS de administração vaginal de misoprostol que apresenta reduzido custo, facilidade de preparação e qualidade

bibliogRaFia:1. Direção -Geral da Saúde– Norma de orientação clínica nº002/2015.20152. Associação Nacional das Farmácias - Formulário Galénico Português.2007.ISBN 978 -989 -8003 -13 -4 - 3 - Infarmed - Farmacopeia Portuguesa 9.0. 9ª ed. Infarmed. 2008.

noTas:

P69desenvoLviMento e CaraCterizaÇão de UMa forMULaÇão ManiPULada

de CÁPsULas vaginais de MisoProstoL

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96 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

aUToRes: Sónia Domingos Camões, Andreia Fernandes, Armando Alcobia, Laura LourençoHGO

inTRodUçÃo:As terapêuticas orais/sc,de uso exclusivo hospitalar nos doentes em ambulatório estão a aumentar de forma exponencial. São fármacos recentes,sujeitos a farmacovigilância ativa e com interações relevantes.O acompanhamento destes doentes pelo farmacêutico clínico é pertinente,pois tradicionalmente,estes doentes são seguidos em hospital de dia por outros profissionais de saúde,menos focados na deteção dos problemas relacionados com o medicamento

obJecTivos:Analisar o acompanhamento efetuado em consulta farmacêutica de doentes em regime de ambulatório

MÉTodos:Análise retrospetiva.Critérios de inclusão:todos doentes que iniciaram tratamento com abiraterona, enzalutamida, ceritinib, osimertinib, pirfenidona, nintendanib, desferrasirox, evolucumab de janeiro a agosto de 2017. Na primeira consulta farmacêu-tica(CF),além do ensino terapêutico é feito um estudo de interações terapêuticas.São também descritos os principais efeitos adversos(EA) associados à medicação e sugeridos alguns cuidados importantes que otimizem. Nas consultas seguintes são analisados parâmetros analíticos, adesão à terapêutica e os EA identificados.Os doentes são acompanhados de forma persona-lizada e privada, registando -se a sua evolução clínica

ResUlTados:Na CF foram acompanhados 24 doentes seguidos nas consultas de urologia, pneumologia, reumatologia e medicina (abirate-rona (16,7%), enzalutamida (37,5%), eritinib (8,3%), osimertinib (4,2%), pirfenidona (4,2%), nintendanib (16,6%), desferrasirox (8,3%), evolucumab (4,2%). A periodicidade da consulta no início do tratamento é quinzenal passando depois a mensal depen-dendo do agendamento da consulta médica. Durante a consulta farmacêutica, foram reportados efeitos secundários (queixas oculares -pirfenidona (n=1), convulsões (n=1), prurido e erupção cutânea (n=1) – enzalutamida, diarreia (n=1) – nintendani-b,problemas gastrointestinais (n =1) – ceritinib,infecção urinária (n=1) – abiraterona). Os EA foram todos posteriormente repor-tados ao médico, por via telefónica/email, e quanto ao prurido, às erupções cutâneas e às queixas oculares foram aconselhadas medidas de conforto para minimizar os EA (hidratação cutânea e ocular) até ser possível o contato com o clínico. A adesão à terapêutica foi monitorizada pela presença nas consultas para levantamento da medicação e foi de 100%. Durante a consulta foram analisadas as análises bioquímicas dando -se particular foco aos parâmetros cujas alterações estão descritas em RCM.

conclUsões:Estes resultados, embora sem significado estatístico, traduzem o esforço de uma equipa de farmacêuticos, que se dedicou a este projeto piloto em articulação com os serviços clínicos, cumprindo com a missão da optiminização da terapêutica.Pretende -se demonstrar que a atividade farmacêutica em ambulatório tem impacto positivo e complementa a atividade clínica. Dever -se -á alargar esta atividade a novos fármacos, de forma a gerar evidência que conduza à implementação formal da consulta farma-cêutica,com código próprio, passível de ser contabilizado na atividade hospitalar

bibliogRaFia:

noTas:

P70ConsULta farMaCÊUtiCa eM trataMentos inovadores

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aUToRes: Catarina Ramos1, Rita Monteiro Machado1, Rafaela Borges1, Maria Olímpia Fonseca2, Susana Pinto3, Rita Palmeira de Oliveira4

1CICS -UBI -Centrod e Investigação em Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior2Centro Hospitalar Cova da Beira3Instituto Português de Oncologia do Porto FG, EPE (IPO -Porto)4Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE

inTRodUçÃo:A prednisolona é um corticosteroide utilizado, por via oral, na população pediátrica, não obstante existir comercializado, no mercado português, apenas sob a forma de comprimidos. Uma vez que a deglutição desta forma farmacêutica está dificul-tada na população pediátrica com menor idade, recorre -se, à escala oficial, à preparação de um manipulado sob a forma de sus-pensão oral (1). Verifica -se que mesmo após suspensão em veículo doce, a preparação mantém o sabor amargo característico deste fármaco, fator que diminui a adesão à terapêutica.

obJecTivos:Desenvolver e caracterizar formulações de gomas orais de prednisolona, perspetivadas como medicamento manipulado pas-sível de ser preparado em farmácias hospitalares e comunitárias, para mascarar as características organoléticas indesejáveis do fármaco, e assim, aumentar a adesão à terapêutica por parte da população pediátrica.

MÉTodos:As gomas orais foram preparadas com excipientes de grau farmacopeico e de baixo custo (incluindo gelatina e goma xantana), por fusão, mistura dos excipientes a quente e por moldagem. Foram preparadas 17 formulações. A caracterização organolética foi efetuada pela avaliação da cor, opacidade, homogeneidade, odor e consistência. A análise texturométrica foi efetuada em texturómetro (TA -XT Plus da Stable Micro Systems) para análise da dureza (numa primeira fase) e do comportamento em ensaio de dupla compressão (Texture Profile Analysis -TPA). A prednisolona foi incorporada nas gomas (5mg/goma) por trituração de comprimidos doseados a 20 mg. Foi realizado um ensaio de desagregação por adaptação da metodologia da Farmacopeia Portuguesa.

ResUlTados:Das 17 formulações preparadas foram selecionadas 4 formulações que se caracterizaram pela sua cor amarela, transparência e odor a banana, apresentando espessura e massa média adequada à administração na população pediátrica. A incorpora-ção de prednisolona nas gomas orais não afetou a sua homogeneidade e características organolépticas em análise nesta fase. A análise texturométrica revelou diferenças entre as formulações de base consoante a sua composição (nomeadamente pela presença de goma xantana). Todas as formulações em teste se desagregaram aos 2 minutos de ensaio.

conclUsões:A goma oral apresenta características que a tornam passível de ser manipulada a uma escala oficinal, podendo ser preparada de forma simples e rápida nos serviços farmacêuticos recorrendo ao material de laboratório e equipamento de uso corrente nestas instalações. A realização de testes de palatibilidade das formulações permitirão avaliar o sucesso desta abordagem na redução da perceção do sabor amargo da prednisolona.

bibliogRaFia:1. Associação Nacional das Farmácias - Formulário Galénico Português. 2007. ISBN 978 -989 -8003 -13 -4 -

noTas:

P71desenvoLviMento de forMULaÇÕes de goMas orais de PrednisoLona

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aUToRes: Maria José Rei, Laura Fernandes, Cátia Pereira, Rui Rodrigues, Rita VilaverdeHospital da Luz

inTRodUçÃo:As sugestões de ajuste posológico de fármacos de acordo com a função renal (FR) são uma parcela significativa da intervenção farmacêutica (IF) nas áreas de apoio à clínica e validação da prescrição. As fórmulas de cálculo da taxa de filtração Glomerular (TFG) em adultos mais usadas são a Cockroft–Gault (CG) e mais recentemente a MDRD e a CKD -EPI . As duas últimas, por serem uma estimativa mais precisa da TFG real, são hoje recomendadas pelas principais referências na área para estadiamento da doença renal crónica. No entanto, no que diz respeito ao ajuste de dose de fármacos todas têm algumas limitações(1).

obJecTivos:Avaliar o impacto das diferenças de cálculo entre as duas fórmulas de estimativa da TFG (CG e CKD -EPI) nas recomendações de ajuste de dose ou suspensão de fármaco e perceber qual o potencial erro associado.

MÉTodos:Selecionaram -se as IF com sugestões de com ajuste de acordo com a FR referentes ao 1º Semestre de 2017 da equipa de farmácia clínica/validação. A esta informação, que inclui a identificação do fármaco e a recomendação feita (redução/aumento de dose ou suspensão) adicionaram -se, idade, peso, altura e creatinina e calculou -se a TFG usando as equações referidas. Finalmente analisou -se e o impacto do resultado na sugestão feita, de acordo com o cut -off recomendado para o ajuste de cada fármaco.

ResUlTados:Foram incluídas 149 intervenções, referentes a 115 doentes com uma mediana de idades de 85 anos. As recomendações de ajuste de dose ou suspensão por contraindicação diziam respeito sobretudo a antibióticos (Meropenem, Piptazo, AmoxiClav), anticoagulantes (Enoxaparina; Rivaroxabano; Dabigatrano) e AINEs.A diferença média no valor de TFG estimado entre as duas fórmulas foi de 8ml/min. As maiores diferenças parecem estar asso-ciadas à idade e aos limites de peso corporal.Encontraram -se 36 (24%) situações de discrepância entre as recomendações a fazer dependendo da fórmula utilizada, com impacto na sugestão de redução de dose de anticoagulantes até à contraindicação para a utilização mas também do ajuste de dose de antibióticos

conclUsões:A escolha da fórmula de estimativa da TFG tem impacto significativo nas recomendações de ajuste de dose ou contraindicação para utilização de fármacos, nomeadamente anticoagulantes e antibióticos, sobretudo em idosos, e nos extremos de peso/superfície corporal. É portanto fundamental conhecer as fórmulas e as suas limitações para poder interpretar o resultado no contexto global e tomar a melhor decisão

bibliogRaFia:1.The National Kidney Disease Education Program (NKDEP). CKD and Drug Dosing: Information for Providers. Abril 2015 Disponível em: https://www.niddk.nih.gov/health -information/health -communication -programs/nkdep/a -z/ckd -drug -dosing/Documents/ckd -drug -dosing -508.pdf

noTas:

P72aJUste PosoLÓgiCo À fUnÇão renaL QUaL É o iMPaCto da seLeÇão da fÓrMULa Usada Para estiMar a tfg ?

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LIVRO DE RESUMOS ÍNDICES

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ÍNDICE DE TRABALHOS

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CO29 IMPLEMENTAÇÃO DA MONITORIZAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA DE BUSSULFANO NO INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA DE LISBOA

CO34 MANIPULADO HOSPITALAR PARA MELHORIA DO DIAGNÓSTICO DA DISFUNÇÃO OLFATIVA

CO39 MEDICAMENTOS ORAIS LÍQUIDOS – ARMAZENAMENTO E ESTABILIDADE APÓS ABERTURA

CO51 TRATAMENTOS DE QUIMIOTERAPIA ADIADOS, PORQUÊ?

CO24 IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE FARMÁCIA CLÍNICA NUMA UNIDADE DA REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

CO40 SIMULAÇÃO 2 EM 1 NA QUALIFICAÇÃO DE OPERADORES: TESTE MEDIA FILL COMBINADO COM FLUORESCEÍNA

CO50 IMPLEMENTAÇÃO DE UMA CONSULTA FARMACÊUTICA NUM SERVIÇO DE HEMATO ‑ONCOLOGIA

CO56 ACESSIBILIDADE: ADESÃO E SATISFAÇÃO

P1 CUIDADOS FARMACÊUTICOS AO DOENTE TRANSPLANTADO PULMONAR – INTERVENÇÃO, SEGUI‑MENTO FARMACOTERAPÊUTICO E REVISÃO DE PROTOCOLO TERAPÊUTICO

P2 A INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO NO TRANSPLANTE CARDÍACO PEDIÁTRICO – CASO CLÍNICO

P3 ESTRATÉGIAS DE RETENÇÃO DO DOENTE VIH NOS CUIDADOS DE SAÚDE – DESAFIO PARA O FARMA‑CÊUTICO HOSPITALAR?

P4 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE QUIMIOEMBOLIZAÇÃO NO CARCINOMA HEPATOCELULAR

P5 DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA INFORMÁTICO DE APOIO À PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO ESTÉREIS

P6 SISTEMA DE ALERTAS DE APOIO À PRESCRIÇÃO, PREPARAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE CITOTÓXICOS E BIOLÓGICOS

P7 HIPERINFEÇÃO POR STRONGYLOIDES STERCOLARIS: ESFORÇO DE EQUIPA, UM CASO DE SUCESSO

P8 IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA CLINICA NUM HOSPITAL DO GRUPO

P9 EFECTIVIDADE DO TRATAMENTO EMPÍRICO COM ANFOTERICINA B INTRAVÍTREA NA ENDOFTALMITE

P10 MONITORIZAÇÃO DO RISCO DE LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA NOS DOENTES EM TRATAMENTO COM NATALIZUMAB

P11 APLICAÇÃO INFORMÁTICA DE RECONCILIAÇÃO TERAPÊUTICA NO CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA

P12 O FARMACÊUTICO CLÍNICO NA EQUIPA DO PROGRAMA DE APOIO À PRESCRIÇÃO ANTIBIÓTICA

P13 UTILIZAÇÃO DE BOLSAS DE NUTRIÇÃO PARENTÉRICA DISPONIBILIZADAS PELA INDÚSTRIA NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA DE RECÉM ‑NASCIDOS PREMATUROS

P14 ALTERNATIVAS AOS SISTEMAS INFORMÁTICOS RELACIONADOS COM A PRODUÇÃO DE MEDICA‑MENTOS MANIPULADOS

P15 PROBLEMAS RELACIONADOS COM O MEDICAMENTO E RESPECTIVA INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NUM HOSPITAL CENTRAL

P17 INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS UM CAMINHO A SEGUIR

P18 PRESCRIÇÃO DE COLISTIMETATO DE SÓDIO NOS IDOSOS: UM ESTUDO RETROSPETIVO NUM CEN‑TRO MÉDICO ACADÉMICO

P19 TRATAMENTO DE DOENTES VHC: CARACTERIZAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A EFICÁCIA TERAPÊUTICA

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ÍNDICE DE TRABALHOS

101 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

P20 INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO NA REDUÇÃO DO RISCO DE QUEDA

P21 MONITORIZAÇÃO FARMACOCINÉTICA: A REALIDADE DO CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA

P22 FARMACÊUTICO CLÍNICO NA PEDIATRIA

P23 INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NO SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA

P24 IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE FARMÁCIA CLÍNICA NUMA UNIDADE DA REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

P25 ADESÃO À TERAPÊUTICA BIOLÓGICA DOS DOENTES EM REGIME DE AMBULATÓRIO SEGUIDOS NA CONSULTA DE DOENÇAS AUTOIMUNES DO HOSPITAL DE SANTO ANTÓNIO DOS CAPUCHOS – CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA CENTRAL NO ANO DE 2016

P26 EVIDÊNCIA DA NECESSIDADE DE UM PROGRAMA DE GESTÃO DE RISCO NA UTILIZAÇÃO DE VAL‑GANCICLOVIR EM REGIME DE AMBULATÓRIO

P27 IMPRESSÃO 3D: MÉTODO INOVADOR DE PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS EM FARMÁCIA HOSPITALAR

P28 RECONCILIAÇÃO DA MEDICAÇÃO (RM) EM DOENTES INTERNADOS NA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE CASTELO BRANCO (ULSCB)

P30 RECONCILIAÇÃO TERAPÊUTICA NO SERVIÇO DE ORTOPEDIA DA ULSCB

P31 SUSPENSÃO ORAL DE AZATIOPRINA 1%: UM CASO CLÍNICO COM PROBLEMAS E RESOLUÇÕES

P33 AVALIAÇÃO DO EFEITO TERAPÊUTICO DO DOLUTEGRAVIR EM DOENTES COM VIH

P35 UTILIZAÇÃO DA MISTURA DE PROTÓXIDO DE AZOTO/OXIGÉNIO 50/50 V/V EM PEDIATRIA NO TROFA SAÚDE HOSPITAL

P36 INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NOS SERVIÇOS CLÍNICOS DO CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA

P37 INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO NA ADAPTAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE ANAL‑GESIA AO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL DE SANTA CRUZ

P38 TRATAMENTO DA HEPATITE C COM OS ANTI ‑VIRAIS DE AÇÃO DIRETA (AADS) – EVIDÊNCIA NA PRÁ‑TICA CLÍNICA

P40 SIMULAÇÃO 2 EM 1 NA QUALIFICAÇÃO DE OPERADORES: TESTE MEDIA FILL COMBINADO COM FLUORESCEÍNA

P41 REVISÃO DA TERAPÊUTICA EM DOENTES PROPOSTOS PARA TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS SUJEITOS A JUSTIFICAÇÃO

P42 CONSUMO DE ANTI ‑TNFS NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL: DADOS DE MUNDO REAL DE UMA FARMÁCIA HOSPITALAR

P43 MONITORIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TEMPERATURA NO TRANSPORTE DE QUIMIOTERAPIA

P44 OPTIMIZAÇÃO DE CUSTOS NA PREPARAÇÃO DE ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOMODULADORES NO HOSPITAL PROF. DR. FERNANDO FONSECA EPE

P45 O FARMACÊUTICO NA CONSULTA MULTIDISCIPLINAR DE PNEUMOLOGIA ONCOLÓGICA

P46 BIOMARCADORES DE SEGURANÇA E DE EFICÁCIA NO TRATAMENTO COM DICLORETO DE 223RADIO

P47 IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO ADICIONAL DE FÁRMACOS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA

P48 DISPENSA DE ANTIBIÓTICOS ORAIS EM UNIDOSE NA UNIDADE DE VENDA AO PÚBLICO DO HOSPI‑TAL Y: CARACTERIZAÇÃO E EXTRAPOLAÇÃO

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ÍNDICE DE TRABALHOS

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P49 PARTILHA DE RISCO PERTUZUMAB NO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

P50 IMPLEMENTAÇÃO DE UMA CONSULTA FARMACÊUTICA NUM SERVIÇO DE HEMATO ‑ONCOLOGIA

P52 2016: O INÍCIO DO FIM DA HEPATITE C?

P53 DESENVOLVIMENTO DE FOLHETO INFORMATIVO PERSONALIZADO PARA O DOENTE EM CONSULTA FARMACÊUTICA

P54 UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

P55 IMUNOTERAPIA: TOXICIDADE E SEU TRATAMENTO

P57 OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DA CARCINOMATOSE PERITONEAL

P58 TRÊS ANOS DE EXPERIÊNCIA ALK POSITIVA

P59 CONSULTA FARMACÊUTICA DE VINORELBINA ORAL NO INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA DE LISBOA, FG, E.P.E.

P60 INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA ADEQUAÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS ORAIS– MODELO SUSY®

P61 MÉTODO DE REGISTO FOTOGRÁFICO DAS OPERAÇÕES DE PESAGEM E MEDIÇÃO NA PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS

P62 REVISÃO DA MEDICAÇÃO NA UNIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA

P63 OS FARMACÊUTICOS COMO PARCEIROS NA MONITORIZAÇÃO DA SEGURANÇA DAS NOVAS TERA‑PÊUTICAS ONCOLÓGICAS

P64 FARMACÊUTICO CLÍNICO RESIDENTE NO SERVIÇO DE INTERNAMENTO: ÂMBITO E RELEVÂNCIA

P65 FARMACÊUTICO CLÍNICO RESIDENTE NO SERVIÇO DE HEMATO ‑ONCOLOGIA: ACOMPANHAMENTO ON ‑TIME E CONSULTA FARMACÊUTICA

P66 CREME DE GABAPENTINA 2% NA VULVODINIA. METODOLOGIA DE PREPARAÇÃO

P67 PROGRAMA DE PROXIMIDADE NA DISPENSA DE MEDICAMENTOS

P68 O FARMACÊUTICO CLÍNICO NO APOIO À CORRECTA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

P69 DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE UMA FORMULAÇÃO MANIPULADA DE CÁPSULAS VA‑GINAIS DE MISOPROSTOL

P70 CONSULTA FARMACÊUTICA EM TRATAMENTOS INOVADORES

P71 DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES DE GOMAS ORAIS DE PREDNISOLONA

P72 AJUSTE POSOLÓGICO À FUNÇÃO RENAL QUAL É O IMPACTO DA SELEÇÃO DA FÓRMULA USADA PARA ESTIMAR A TFG ?

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ÍNDICE DE AUTORES

103 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

A. Lima ........................................................................... 74Alexandra Bizarro ............................................... 82, 84Ana Alves Ribeiro ....................................................... 51Ana Araújo ................................................................... 64Ana Castanha .............................................................. 81Ana Cristina Castanha .............................................. 76Ana Cristina Pimentel............................................... 76Ana Figueiredo .................................................... 82, 84Ana Inácio .................................................................... 24Ana Lima ....................................................................... 79Ana Mafalda Brito ...................................................... 88Ana Margarida Fadista Ventura ............................ 34Ana Margarida Simões ............................................ 88Ana Maria Santos ....................................................... 51Ana Miguel Durães ................................................... 51Ana Miranda ................................................................ 89Ana Mirco ..................................................................... 66Ana Moleiro ................................................................. 36Ana Parola .................................................................... 48Ana Paula Beires Plácido ......................................... 55Ana Paula Plácido ...................................................... 75Ana Placido .................................................................. 43Ana Resende Oliveira Barbosa Leão ................... 65Ana Rita Fortunato .................................................... 47Ana Rita Rolim ............................................................ 75Ana Rita Tinoco .......................................................... 75Ana Roque ............................................................ 29, 68Ana Soares ............................................................ 73, 89Ana Sofia Santos ........................................................ 69Ana Sofia Santos Valongo ......................... 42, 52, 54Ana Ventura .......................................................... 26, 35Ana Vital ........................................................................ 82Anabela Roque ........................................................... 57André Azevedo ........................................................... 64Andrea Borges ............................................................ 81Andreia Fernandes ............................................. 31, 96Andreia Filipa Loba ................................................... 67Andreia Gaspar ............................................. 38, 39, 44Andreia Loba ............................................................... 58Andreia Sousa ............................................................. 51Antonieta Machado .................................................. 75António Cunha Monteiro ................................. 28, 56António Gouveia ....................................29, 68, 71, 87António J. Almeida .................................................... 62António José de Almeida ........................................ 59António Melo Gouveia .............................. 24, 80, 89

Armando Alcobia ......25, 27, 31, 40, 73, 88, 89, 96Beatriz Pinto ................................................................ 83Betania Abreu ............................................................. 43Brenda Madureira ...................................................... 69Carla Campos .............................................................. 51Carla Madalena Pereira Santos da Ponte .......... 61Carlos Oliveira ............................................................. 40Carolina Tovar Chaves .............................................. 25Catarina Faria .............................................................. 67Catarina Gomes .......................................................... 43Catarina Lopes Gomes ............................................. 55Catarina Ramos .......................................................... 97Catarina Veiga ...................................................... 82, 84Cátia Abrantes ............................................................ 67Cátia Pereira ................................................................. 98Cecília Mimoso ........................................................... 51Celina Rodrigues ................................................. 57, 89Cláudia Coutinho ....................................................... 54Claudia Elias................................................................. 72Claúdia Santos ............................................................ 58Cristina Ferro ............................................................... 49Cristina Malho ............................................................. 57Cristina Maria Ribeiro Cabeça Santos Lima ...... 65Cristina Paiva ............................................................... 51Cristina Valerio ............................................................ 54Daniela Brites .............................................................. 71Daniela Figueiredo .................................................... 43Débora Baltasar .......................................................... 58Diana Catarina Pinheiro Fernandes .................... 63Domingas Porfirio da Palma ..............41, 42, 52, 54Elza Candeias .............................................................. 24Erica Viegas .................................................................. 69Eugénia Marques ................................................ 58, 67Eva Tiza ................................................................... 29, 68Fábio Borges ................................................................ 89Fátima Falcão ................................................ 48, 66, 69Fátima Ribeiro ............................................................. 66Fernanda Paula Amoroso Pires ............................. 63Fernando Barata ................................................. 82, 84Filipa A. Costa .............................................................. 89Filipa Alves da Costa ................................................. 88Filipa Cosme Silva ............................................... 59, 62Filipa Duarte Ramos ................................................. 25Filipa Sousa .................................................................. 43Francisco Sá ................................................................. 83G. Costa ......................................................................... 74

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ÍNDICE DE AUTORES

104 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

Gisela Costa ................................................................. 27Graça Guerreiro Pereira ........................................... 51H. Martins ..................................................................... 74Helena Duarte .............................................. 27, 28, 56Helena Margarida Ribeiro....................................... 59Helena Ribeiro ............................................................ 25Humberto Gonçalves ...........................29, 68, 71, 80Humberto Messias .................................................... 66Humberto Miguel Gonçalves ................................ 87Idalina Freire ......................................................... 44, 95Ilda Maria S. A. Dias ................................................... 63Inês Eusébio ................................................................ 44Inês Oliveira ................................................................. 80Isabel Gomes ............................................................... 82Isabel Monteiro .......................................................... 77Isabel Soares ................................................................ 81J. Pedroso Lima ........................................................... 74Jesus Cotrina Luque .......................................... 41, 42Joana Araújo Gonçalves .......................................... 65Joana Cardoso ............................................................ 83Joana Correia .............................................................. 84Joana Gomes ............................................................... 79Joana Madeira ............................................................ 83Joana Marques Marto .............................................. 59Joana Marto .......................................................... 25, 62Joana Osório Martins ............................................... 51Joana Paquete ............................................................ 81Joana Russo ................................................... 30, 78, 80João Aguiar .................................................................. 89João Almeida Cocharra ........................................... 51João Alves ............................................................. 57, 75Joao Cerqueira ............................................................ 43João Ribeiro ................................................................. 44José Feio ......................................................... 74, 82, 84Jose Ribeiro ................................................................. 43Juliana Matos .............................................................. 79Laura Fernandes ........................................................ 98Laura Lourenço ................................................... 31, 96Luís Antunes ................................................................ 25Luisa Alvares ................................................................ 93Madalena Santos ....................................................... 41Manuel Morgado ...................................38, 39, 44, 95Manuel Ramalho da Silva ....................................... 63Manuela Rodrigues ............................................ 82, 84Mara Carreira ............................................................... 51Margarida Pereira ............................................... 27, 66

Maria Alexandra Magalhães .................................. 92Maria Baptista ..................................83, 86, 90, 91, 94Maria Carmo Gonçalves .......................................... 60Maria Idalina Marques Freire ................................. 53Maria João Pacheco .................................................. 51Maria José Perna Camba ......................................... 61Maria José Rei ............................................................. 98Maria Manuela M. N. V. Rebordão ........................ 63Maria Manuela Mónica Rodrigues Vicente ....... 34Maria Manuela Vicente ..................................... 26, 35Maria Olímpia Cardoso Fonseca ................... 50, 53Maria Olímpia Fonseca ..................................... 95, 97Maria Ribeiro ............................................................... 85Maria Rita Fernandes Morais Martins Gardete.....

..................................................................................... 60Maria Teresa Aires ............................................... 90, 91Maria Teresa Cunha ................................................... 92Maria Teresa Pereira .................................... 83, 86, 94Maria Teresa Sousa .................................................... 48Mariana Arêde ............................................................ 71Mariana Jesus.............................................................. 58Mariana Magalhães .................................................. 51Marta Brito ..................................................... 28, 40, 56Marta Daniela Rodrigues Mendes ................ 50, 53Marta Mendes ............................................................. 44Miriam Capoulas ........................................................ 67Miriam Monteiro Capoulas .................................... 58Nádia Varela ................................................................. 64Nazaré Betânia Santos Abreu Faria ..................... 55Nuno Miranda ............................................................. 24Olga Raquel Martins ................................................. 75Olímpia Fonseca .......................................... 38, 39, 44P. Soeiro ......................................................................... 74Patricia Alexandra Catarino Carvalho ......... 52, 54Patrícia Batista Santos .............................................. 58Patrícia Cavaco ........................................................... 69Patrícia Moura ............................................................. 64Patrícia Ramalho ........................................................ 95Patricia Santos ............................................................ 67Patrícia Trindade ........................................................ 24Paula Linhares ............................................................. 79Paula Marques ............................................................ 75Paula Rosa .................................................................... 48Paula Sadio .................................................................. 45Paulina Aguiar...................................................... 92, 93Paulo Horta Carinha ................................................. 70

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ÍNDICE DE AUTORES

105 10.ª Semana APFH – X Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 22 a 25 de novembro 2017

Paulo Paixão ................................................................ 24Pedro Campos ............................................................ 51Pedro Frade ................................................................. 72R. Silva ............................................................................ 74Rafaela Borges ............................................................ 97Renata Afonso ............................................................ 72Ricardo Carvalho ....................................................... 64Rita Lima ....................................................................... 64Rita Manuela Palmeira de Oliveira ............... 50, 53Rita Monteiro Machado ................................... 95, 97Rita Oliveira................................44, 83, 86, 90, 91, 94Rita Palmeira de Oliveira ......................................... 97Rita Rodrigues ............................................................ 79Rita Susana Madeira Moras Alves ........................ 60Rita Vilaverde .............................................................. 98Rodrigo Murteira ....................................................... 89Rosa Mendes ............................................................... 64Rosana Andrade ......................................................... 69Rosário Bronze ............................................................ 25Rui Peres ....................................................................... 54Rui Rodrigues .............................................................. 98Rute Duarte ................................................................. 44Sandra Carreira ........................................................... 48Sandra Cristina Guardado Antunes Rolo Passos

Morgado ............................................................ 50, 53Sandra de Jesus Matos Francisco ........................ 63Sandra Isabel da Silva Queimado ........................ 61Sandra Morgado ................................................. 38, 44Sandra Oliveira ............................................. 28, 68, 87Sara Azevedo .............................................................. 37Sara Castro ............................................................ 58, 67Sara Emanuel Esteves .............................................. 60Sara Gonçalves ........................................................... 72Sara Luisa Fevereiro Marques Laborinho

Rodrigues ................................................................. 34Sara Margarida Vila -Chã Barroso .......................... 55Sara Rodrigues .................................................... 26, 35Sara Silva ....................................................................... 64Silvia Guerreiro ........................................................... 49Sílvia Santos ................................................................. 24Sílvia Silva ..................................................................... 64Sofia Homem de Mello ............................................ 54Sofia Pinto .................................................................... 51Sónia Cristina Duarte Moreira ............................... 34Sónia Domingos Camões ................................ 31, 96Sónia Moreira ....................................................... 26, 35

Susana Cêa Trindade da Franca ............................ 34Susana Franca ...................................................... 26, 35Susana Pinto ................................................................ 97Susana Santos ............................................................. 77Susana Sernache.......................................... 28, 68, 71Susana Simões ............................................................ 24Sylvie Martins .............................................................. 43Teresa Cabeças ........................................................... 83Tiago Costa .................................................................. 76Tiago Lobo ............................................................ 58, 67Vasco Rodrigues.................................................. 37, 62Vera Domingos ........................................................... 24Vera Pires ...................................................................... 24Vitória Samudio .......................................................... 49

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