112 - Meu Pet

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94 | VIVA SAÚDE WWW.REVISTAVIVASAUDE.COM.BR E AS PULGAS? Elas são incômodas, causam coceira e irritação e podem, em alguns casos, ser transmitidas para os humanos Não representam um risco maior à saúde, mas devem ser tratadas pois também se instalam pela casa, como por exemplo nos móveis e tecidos. Para os bichinhos que saem muito ou têm contato constante com outros animais, o correto é aplicar o antipulgas uma vez ao mês. Já para aqueles que ficam em casa, a aplicação deve acontecer a cada dois meses. Não são todos os petshops que conseguem resolver os problemas com pulgas. Antes de levar seu pet até lá, consulte-os previamente. Como se trata de um tratamento medicamentoso, se o pet ingerir o remédio pode haver intoxicação. Por isso devem ser aplicados na nuca (onde não conseguem lamber) e separá-los caso tenha outro animal na casa, para que estes também não acabem se intoxicando com o remédio. Meu pet | por Jéssie Panegassi Parasitas no meu bichinho, não! Apesar de serem perigosos para os animais e também para os donos, seguir as recomendações médicas garante a saúde de toda a família FOTOS: SHUTTERSTOCK. “Não é porque seu animal não sai na rua ou não tem contato com outros bichos que ele não corre riscos. Você mesmo pode trazê-los para casa quando sai. Então, é sempre bom zelar para que eles estejam protegidos”, orienta Tatiana. O s pets, assim como os humanos, sofrem muito com a infestação de parasitas. Eles comprometem não apenas a sua qualidade de vida, mas a saúde também. Comuns e transmitidos fa- cilmente, inclusive para as pessoas, cabe ao dono tomar as devidas providências para que ele não fique doente ou atue como ca- nal para a contaminação da família. “Existem dois tipos de parasitas: os ec- toparasitas, que habitam na pele o no pelo, como as pulgas, carrapatos, piolhos e fun- gos. E os endoparasitas, que vivem no intes- tino. Os mais comuns, nesse caso, são a toxa- cara, a giardia, a toxoplasma, o ancylostoma e o dipilidum”, ensina Marcelo Quinzani, médico veterinário e diretor clínico do Hos- pital Veterinário Pet Care. Eles acometem cães e gatos e podem transmitir para os hu- manos desde piolhos e pulgas até o temido “bicho geográfico” que, a partir das fezes do animal contaminado e transformado em larva, penetra na pele do humano, deixando marcas e inflamações por onde passa. Mesmo nas casas que ficam nas cida- des e abrigam apenas um bichinho, os cuidados também devem existir. Visitar um veterinário é primordial para verifi- car a saúde deles e receitar os medica- mentos que também devem fazer parte da sua rotina. Isso, porque, a dosagem de cada um depende do peso e também o histórico clínico do bichinho. “Até os filhotes devem ser vermifugados pois, mesmo tendo a mãe com a saúde em dia, eles nascem com os parasitas”, alerta Ta- tiana Portella Matos, médica veterinária do Pet Hotel Dog Life (SP). Para enten- der melhor os cuidados necessários, con- fira os quadros com as informações sobre os tipos mais comuns.

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94 | VIVA SAÚDE WWW.REVISTAVIVASAUDE.COM.BR

E AS PULGAS?Elas são incômodas, causam coceira e irritação e podem, em alguns casos, ser transmitidas para os humanos

Não representam um risco maior à saúde, mas devem ser tratadas pois também se instalam pela casa, como por exemplo nos móveis e tecidos.

Para os bichinhos que saem muito ou têm contato constante com outros animais, o correto é aplicar o antipulgas uma vez ao mês. Já para aqueles que ficam em casa, a aplicação deve acontecer a cada dois meses.

Não são todos os petshops que conseguem resolver os problemas com pulgas. Antes de levar seu pet até lá, consulte-os previamente.

Como se trata de um tratamento medicamentoso, se o pet ingerir o remédio pode haver intoxicação. Por isso devem ser aplicados na nuca (onde não conseguem lamber) e separá-los caso tenha outro animal na casa, para que estes também não acabem se intoxicando com o remédio.

Meu pet | por Jéssie Panegassi

Parasitas no meu bichinho, não!Apesar de serem perigosos para os animais e também para os donos, seguir as recomendações médicas garante a saúde de toda a família

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“Não é porque seu animal não sai na rua ou não tem contato com outros bichos que ele não corre

riscos. Você mesmo pode trazê-los para casa quando sai. Então, é sempre bom zelar para que

eles estejam protegidos”, orienta Tatiana.

Os pets, assim como os humanos, sofrem muito com a infestação de parasitas. Eles comprometem

não apenas a sua qualidade de vida, mas a saúde também. Comuns e transmitidos fa-cilmente, inclusive para as pessoas, cabe ao dono tomar as devidas providências para que ele não fi que doente ou atue como ca-nal para a contaminação da família.

“Existem dois tipos de parasitas: os ec-toparasitas, que habitam na pele o no pelo, como as pulgas, carrapatos, piolhos e fun-gos. E os endoparasitas, que vivem no intes-tino. Os mais comuns, nesse caso, são a toxa-cara, a giardia, a toxoplasma, o ancylostoma e o dipilidum”, ensina Marcelo Quinzani, médico veterinário e diretor clínico do Hos-pital Veterinário Pet Care. Eles acometem cães e gatos e podem transmitir para os hu-manos desde piolhos e pulgas até o temido “bicho geográfi co” que, a partir das fezes do animal contaminado e transformado em larva, penetra na pele do humano, deixando marcas e infl amações por onde passa.

Mesmo nas casas que fi cam nas cida-des e abrigam apenas um bichinho, os cuidados também devem existir. Visitar um veterinário é primordial para verifi -car a saúde deles e receitar os medica-mentos que também devem fazer parte da sua rotina. Isso, porque, a dosagem de cada um depende do peso e também o histórico clínico do bichinho. “Até os fi lhotes devem ser vermifugados pois, mesmo tendo a mãe com a saúde em dia, eles nascem com os parasitas”, alerta Ta-tiana Portella Matos, médica veterinária do Pet Hotel Dog Life (SP). Para enten-der melhor os cuidados necessários, con-fi ra os quadros com as informações sobre os tipos mais comuns.

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DICA DA VETERINÁRIA“Tenha muito cuidado quando o bichinho

for tomar banho. Ele deve estar com

algodões nos ouvidos e bem seco, para

que não surjam ácaros. Tomar muito vento

andando de carro, por exemplo, também

facilita o aparecimento de problemas de

ouvido”, explica a veterinária Tatiana.

SAI, CARRApATo!Os cuidados que se deve tomar com as pulgas sobre o tempo de aplicação valem para os carrapatos. Nesse caso, eles também podem transmitir doenças para os animais e os humanos. Os sintomas são febre, diarreia, sangramentos, etc. Já para os donos, o tipo de contágio mais comum é febre mucosa, caracterizada por febre, dores de cabeça e no corpo, calafrios e lesões na pele. Os carrapatos preferem regiões quentes e, na hora de retirá-los, é importante verificar se não ficou nenhum pedaço dele no corpo do hospedeiro, pois pode vir a inflamar. “Os problemas podem ser controlados com o uso de medicamentos disponíveis em forma de spray, gotas na nuca, coleira e via oral”, diz Quinzani. “Normalmente, depois de retirados, o próprio veterinário receita ou aplica o medicamento no animal”, complementa Tatiana.

VERmES INTESTINAISA primeira vermifugação em filhotes deve ser realizada quando estiverem entre os 30 e 45 dias de idade. A dose é repetida após 15 dias. Depois disso, aproximadamente a cada seis meses eles precisam ser vermifugados novamente. Tudo isso sempre deve ser feito sob orientação e acompanhamento do veterinário, uma vez que a dose deve ser ajustada de acordo com o peso do animal. “O dono pode ficar tranquilo, pois com esse período de intervalo a flora intestinal consegue se recuperar plenamente”, reitera a veterinária. Essa precaução deve ser levada muito a sério, pois as doenças que eles transmitem para dono e para o animal são bastante graves, causando desde cólicas e diarreia até má formação fetal e cegueira.

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