11.30 - As traças
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7/30/2019 11.30 - As traas
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ram duas traas. Tinham ido parar ao meusobretudo, guardado no Vero, para voltar a servir noInverno.
As duas traas no me conheciam de parte alguma. Porisso no podiam pedir-me autorizao para se servirem, maneira delas, do meu sobretudo. Naquele guarda-vestidoshavia mais roupa pendurada, mas o sobretudo azul-escuro,
de l macia, era o que mais lhes convinha.Quando, chegado o Inverno, dei com dois buracos na
lapela do meu sobretudo, barafustei: Malditas traas! No h naftalina que as detenha.Talvez estas traas estivessem constipadas ou a naftalina
que eu tinha espalhado pelos bolsos do sobretudo fosse dem qualidade Talvez estas traas no respeitassem nada
1 APENA - APDD Cofinanciado pelo POSI e pela Presidncia do Conselho de Ministros
AS TRAAS
Antnio Torradoescreveu eCristina Malaquias ilustrou
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7/30/2019 11.30 - As traas
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nem ningum, nem sequer senhores de sobretudo ousobretudos sem senhores
Logo na lapela, to vista de toda a gente. Podiam
antes ter traado o forro ou as abas, atrs. Assim,inutilizaram-me o sobretudo. No tem remdio.
Devia haver uma maneira de avisar as traas a noroerem lapelas, golas e peitilhos de casacos e sobretudos.Talvez mudassem de hbitos.
Eu, neste Inverno, particularmente frio, tenho andado desobretudo, o azul-escuro de l macia, o traado Mas com
uma particularidade: sempre com uma flor na lapela. para tapar os buracos feitos pelas traas. Os meusamigos no sabem e dizem-me que ando com um arfestivo.
Andas to alegre, neste Inverno comentam.Se eles soubessem
FIM
2 APENA - APDD Cofinanciado pelo POSI e pela Presidncia do Conselho de Ministros