118926416 472.1. Principios Gerais de Prevencao

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1 18-03-2004 CONTROLO DE RISCOS PROFISSIONAIS Bruno Silva Técnico Superior de SHT Bruno Silva - HSST 2 18-03-2004 CONTEÚDOS 1. * Princípios gerais de prevenção; 2. Medidas de prevenção e de protecção: 2.1. Medidas de engenharia (ex.: modificação de processos e equipamentos, processos por via húmida, manutenção, ventilação, acústica, isolamentos, barreiras, amortecedores); 2.2. Medidas organizacionais (gestão dos tempos de exposição aos factores de risco, procedimentos, rotação e permuta de trabalhadores, sistemas de coordenação, arrumação e limpeza dos locais de trabalho); 2.3. Medidas de informação e de formação; 2.4. Medidas de protecção colectiva: critérios de selecção, manutenção e conservação dos equipamentos de protecção colectiva; 2.5. Equipamentos de protecção individual (tipos, componentes, órgãos a proteger, classes de protecção) e respectivos critérios de selecção; 2.5.1. Critérios de utilização, manutenção e conservação dos EPI’s;

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18-03-2004

CONTROLO DE RISCOS PROFISSIONAIS

Bruno SilvaTécnico

Superior de SHT

Bruno Silva - HSST 218-03-2004

CONTEÚDOS

1. * Princípios gerais de prevenção;

2. Medidas de prevenção e de protecção:

2.1. Medidas de engenharia (ex.: modificação de processos e equipamentos, processos por via húmida, manutenção, ventilação, acústica, isolamentos, barreiras, amortecedores);

2.2. Medidas organizacionais (gestão dos tempos de exposição aos factores de risco, procedimentos, rotação e permuta de trabalhadores, sistemas de coordenação, arrumação e limpeza dos locais de trabalho);

2.3. Medidas de informação e de formação;

2.4. Medidas de protecção colectiva: critérios de selecção, manutenção e conservação dos equipamentos de protecção colectiva;

2.5. Equipamentos de protecção individual (tipos, componentes, órgãos a proteger, classes de protecção) e respectivos critérios de selecção;2.5.1. Critérios de utilização, manutenção e conservação dos EPI’s;

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CONTEÚDOS

3. Sinalização de segurança: critérios de selecção, instalação e manutenção;

4. Medidas de prevenção e protecção adequadas à fase do projecto;

5. Medidas de prevenção e protecção em situação de perigo grave e imediato;

6.* Critérios para a programação da implementação de medidas (ex.: hierarquização das medidas, recursos disponíveis, articulação com os diferentes departamentos da empresa);*(INCLUÍDO EM 1.)

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CONTEÚDOS

7. Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das medidas de prevenção;

8. Metodologias e técnicas para a avaliação do grau de cumprimento de procedimentos;

9. Critérios de avaliação do custo e benefício das medidas de prevenção e de protecção;

10. Técnicas de avaliação da eficácia das medidas (ex.: reavaliação dos riscos, entrevistas, questionários).

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CONTEÚDOS – SUGESTÃO

7. Auditorias em Higiene e Segurança no Trabalho e Controlo dos Riscos Profissionais:7.1 Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das medidas

de prevenção;

7.2. Metodologias e técnicas para a avaliação do grau de cumprimento de procedimentos;

7.3. Técnicas de avaliação da eficácia das medidas (ex.: reavaliação dos riscos, entrevistas, questionários).

8. Critérios de avaliação do custo e benefício das medidas de prevenção e de protecção.

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CONTEÚDOS

1. Princípios gerais de prevenção

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1. Princípios gerais de prevenção

� Conceitos de:� Perigo;� Risco;� Acidente (definição e fórmula);� Incidente;� Prevenção;� Controlo do Risco;� Não conformidade;� Acção preventiva;� Acção correctiva.

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1. Princípios gerais de prevenção

� PERIGO:� Conjunto de factores dos sistema de trabalho (homem,

máquinas e ambiente de trabalho) com propriedades capazes de causar acidentes ou danos.

� É a propriedade ou capacidade intrínseca de um componente do trabalho que seja potencialmente causador de danos, podendo, deste modo, relacionar-se quer com os componentes físicos, quer com os componentes humanos (fisiológicos, psicológicos ou psicossociais) do trabalho.

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1. Princípios gerais de prevenção

� RISCO:� Produto da probabilidade de uma ocorrência

(acontecimento perigoso) pela sua severidade:

R = P * S

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1. Princípios gerais de prevenção

A probabilidade e a severidade têm curvas de desenvolvimento inversas…

NA PRÁTICA: P

S

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1. Princípios gerais de prevenção

� ACIDENTE:� O acidente é um acontecimento não planeado que se

verifica no local e tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.

� NUNCA É FRUTO DO ACASO!

EXPOSIÇÃO AO RISCO + ACONTECIMENTO DETONADOR = ACIDENTE + DANO

Bruno Silva - HSST 1218-03-2004

1. Princípios gerais de prevenção

� INCIDENTE:� Acontecimento perigoso que pode dar origem a um

acidente ou ter potencial para conduzir a um acidente, mas do qual não resultam danos.

EXPOSIÇÃO AO RISCO + ACONTECIMENTO DETONADOR = INCIDENTE (S/ DANO)

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1. Princípios gerais de prevenção

� PREVENÇÃO:� Conjunto de métodos e técnicas que em conjunto apresentam

como objectivo central: evitar ou reduzir (quando não é possível eliminar) através de um conjunto de medidas implementadas em todas as fases (concepção/projecto, produção, comercialização, etc.) o nº de acidentes e doenças profissionais da organização.

� Está implícita a prevenção integrada, cuja integração na estrutura da organização inclui a gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST).

� A prevenção Integrada inclui o planeamento, medidas organizativas e medidas de engenharia.

Bruno Silva - HSST 1418-03-2004

1. Princípios gerais de prevenção

� CONTROLO DO RISCO:� Controlar os riscos significa intervir sobre eles, obtendo

a minimização dos seus efeitos até a um nível aceitável.

� A eficácia do controlo depende, assim, em larga medida de tal acção incidir na fonte da sua génese e se direccionar no sentido da adaptação do trabalho ao homem.

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1. Princípios gerais de prevenção

� NÃO CONFORMIDADE:� Qualquer desvio:

� das normas de trabalho,� das práticas,� dos procedimentos, dos regulamentos,� do desempenho do sistema de gestão, etc.,

que possa, directa ou indirectamente conduzir a lesões ou doenças, a danos para a propriedade, a danos para o ambiente do local de trabalho, ou a uma combinação destes.

Bruno Silva - HSST 1618-03-2004

1. Princípios gerais de prevenção

� ACÇÃO PREVENTIVA:� Acção para eliminar a causa de uma potencial não

conformidade ou de uma potencial situação indesejável

� ACÇÃO CORRECTIVA:� Acção para eliminar a causa de uma não conformidade

detectada ou de outra situação indesejável.

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Bruno Silva - HSST 1718-03-2004

CONTEÚDOS

6. Critérios para a programação da implementação de medidas

(ex.: hierarquização das medidas, recursos disponíveis, articulação com os diferentes

departamentos da empresa)

Bruno Silva - HSST 1818-03-2004

FLUXOGRAMA DE AVALIAÇÃO E CONTROLO DE RISCOS

Estabelecer Programa de Avaliação de Riscos

Estruturar a avaliaçãoEscolher a abordagem

(geográfica/funcional/processual)

Reunir informaçãoAmbiente/tarefas/população/

experiências anteriores

Identificar perigosIdentificar quem está

exposto a riscos

Avaliar Riscos(Probabilidade de dano/severidade

nas circunstância reais)(Conformidade das medidas

existentes ou não)

Investigar opções paraeliminar ou controlar

os riscos

Identificar padrões deexposição a riscos

Estabelecerprioridades de acção e

fixar medidas de controlo

Controlar a aplicação Registar a avaliação Verificar a eficáciada medida

Avaliação continuae Revisão

Controlar o programa deAvaliação de Riscos

(necessidade de alteração?)

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Controlo das Situações de Risco –Opções

NormativoLegal

NormativoTécnico

Normativode Gestão

NA PRÁTICA?

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Controlo das Situações de Risco –Opções

NormativoLegal

NormativoTécnico

Normativode Gestão

NA PRÁTICA:

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Bruno Silva - HSST 2118-03-2004

Critérios para Controlo das Situações de Risco

Disposições Legais…

Normas e directrizes constantes de publicações:Normas Técnicas Nacionais, códigos de boas práticas, níveis de exposição profissional, normas de associações industriais, guias de fabricantes…

Princípios da Hierarquia da Prevenção de Riscos…

Bruno Silva - HSST 2218-03-2004

Princípios da Hierarquia doPrevenção/Controlo de Riscos

Desenvolver uma política global e coerente que abranja tecnologia, organização de trabalho, condições laborais, relações sociais e a influência de factores relacionados com o ambiente de trabalho

Eliminar os Riscos

Combater os Riscos na fonte

Reduzir os riscos, substituindo elementos perigosos por outros menos ou não perigosos

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Bruno Silva - HSST 2318-03-2004

Princípios da Hierarquia doPrevenção/Controlo de Riscos

Aplicar medidas de protecção colectiva de preferência a medidas de protecção individual (Circunscrever o Risco e Afastar o homem da fonte emissora)Por exemplo: controlar a exposição a fumos através de uma exaustão de fumos local de preferência a respiradores individuais)

Adaptação ao progresso técnico e às alterações na informação

Procurar sempre o melhor nível de protecção individual

Nunca transferir riscos, nem de uma parte da organização para outra, nem para fora da mesma.

Bruno Silva - HSST 2418-03-2004

Princípios da Hierarquia doPrevenção/Controlo de Riscos

Nas situações de risco, a sequência das interven-ções para o seu controlo deve ser:

na fonte emissora,

sobre o ambiente geral,

no próprio indivíduo.

SÍNTESE:

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Controlo das Situações de Risco –Prevenção

Os processos de controlodo risco devem portanto ser aplicados nesta sequência:

Eliminar/reduzir o riscoCircunscrever o riscoAfastar o homem da fonte emissoraProteger o homem

SÍNTESE:

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Controlo de Risco – Medidas de Protecção e Controlo

Intervenções anteriores não resultarem, ou quando a exposição se limitar a tarefas de curta permanência (por exemplo: casos demanutenção e de limpeza), há o recurso a medidas de prevenção de carácter individual, ou seja, a utilização de equipamento de protecção individual (EPI).

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Processo controlado � o risco de exposição presente, deve intervir-se protegendo o trabalhador, afastando-o da fonte de risco ou reduzindo o tempo de exposição.

Podem ser aplicadas medidas de carácter organizacional, como, por exemplo, a rotação dos trabalhadores nos postos de trabalho de maior risco.

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Implicam medidas de engenharia, que actuam nos processos produtivos, nos equipamentos e nas instalações (Ex: arejamento, aspiração localizada).

Actuação é a mais eficaz e a que deve ser encarada na fase de concepção ou de projecto.

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Bruno Silva - HSST 2718-03-2004

Como estabelecer prioridades?

Possibilidade de um perigo identificado causar sérias lesões ou efeitos prejudiciais para a saúde (Ex: doença prolongada ou efeitos nocivos irreversíveis)…

Número de pessoas que poderão estar afectadas pelo perigo…

Conhecimento dos acidentes ou das doenças que se registam em locais semelhantes…

Conhecimento de acidentes ou doenças decorrentes de perigos específicos identificados…

Bruno Silva - HSST 2818-03-2004

CONTEÚDOS

2. Medidas de prevenção e de protecção