Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

download Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

of 41

Transcript of Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    1/41

    JAN 2000 NBR NM 213-2

    Segurana de mquinas - Conceitosfundamentais, princpios gerais deprojeto

    Parte 2: Princpios tcnicos eespecificaes

    Origem: NM 213-2:1999ABNT/CB-04 - Comit Brasileiro de Mquinas e EquipamentosMecnicos

    NBR NM 213-2 - Safety of machinery - Basic concepts, general principlesfor design - Part 2: Technical principles and specificationDescriptors: Safety. MachineVlida a partir de 29.02.2000

    Palavras-chave: Segurana. Mquina 41 pginas

    Sumrio1 Objetivo2 Referncias normativas3 Reduo do risco pelo projeto4 Medidas de proteo5 Informaces para a utilizao6 Medidas adicionaisAnexo A (informativo) Recomendaes de segurana e de sade relativas ao projeto e fabricao de mquinasAnexo B (informativo) Bibliografiandice alfabtico das palavras em portugus, espanhol e ingls

    Prefcio nacional

    A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujocontedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ONS),so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendoparte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    O Projeto de Norma MERCOSUL, elaborado no mbito do CSM-06 - Comit Setorial MERCOSUL de Mquinas eEquipamentos Mecnicos, circulou para Consulta Pblica entre os associados da ABNT e demais interessados, sob onmero 06:03-001-2.

    A ABNT adotou, por solicitao do seu ABNT/CB-04 - Comit Brasileiro de Mquinas e Equipamentos Mecnicos - anorma MERCOSUL NM 213-2:1999.

    A correspondncia entre as normas listadas na seo 2 Referncias normativas e as Normas Brasileiras a seguinte:

    NM 213-1:1999 NBR NM 213-1:2000 - Segurana de mquinas - Conceitos fundamentais, princpios gerais de projeto- Parte 2: Terminologia bsica e metodologia

    Prefcio regional

    O CMN - Comit MERCOSUL de Normalizao - tem por objetivo promover e adotar as aes para a harmonizao e a

    elaborao das Normas no mbito do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, e integrado pelos Organismos Nacionaisde Normalizao dos pases membros.

    O CMN desenvolve sua atividade de normalizao por meio dos CSM - Comits Setoriais MERCOSUL - criados paracampos de ao claramente definidos.

    Os Projetos de Norma MERCOSUL, elaborados no mbito dos CSM, circulam para votao nacional por intermdio dosOrganismos Nacionais de Normalizao dos pases membros.

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28 andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereo eletrnico:www.abnt.org.br

    ABNT - AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Copyright 2000,ABNTAssociao Brasileira deNormas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    2/41

    NBR NM 213-2:20002

    A homologao como Norma MERCOSUL por parte do Comit MERCOSUL de Normalizao requer a aprovao por con-senso de seus membros.

    Esta Norma foi elaborada pelo SCM-06:03 Subcomit Setorial MERCOSUL de Mquinas-Ferramenta para Corte de Metaldo CSM 06 - Comit Setorial de Mquinas e Equipamentos Mecnicos.

    Para o estudo deste projeto de Norma MERCOSUL tomou-se como texto base a norma:

    EN 292-2:1991 - Safety of machinery - Basic concepts, general principles for design - Part 2: Technical principles andspecifications

    ISO/TR 12100-2:1992 - Safety of machinery - Basic concepts, general principles for design - Part 2: Technical principlesand specifications

    Esta Norma MERCOSUL possui dois anexos de carter informativo.

    Introduo

    Esta norma foi elaborada para auxiliar os projetistas, os fabricantes e qualquer pessoa, ou organismos interessados, a in-terpretarem as exigncias essenciais de segurana no mbito do MERCOSUL. A metodologia adotada prev o estabe-lecimento de uma hierarquia no processo de elaborao de normas, dividido em diversas categorias, para evitar a repe-tio de tarefas e para criar uma lgica que permita um trabalho rpido, facilitando a referncia cruzada entre estas.

    A hierarquia das normas a seguinte:

    a) normas tipo A (normas fundamentais de segurana), que definem com rigor conceitos fundamentais, princpios deprojeto e aspectos gerais vlidos para todos os tipos de mquinas;

    b) normas tipo B (normas de segurana relativas a um grupo), que tratam de um aspecto ou de um tipo de dispositivocondicionador da segurana, aplicveis a uma gama extensa de mquinas, sendo:

    - normas tipo B1, sobre aspectos particulares de segurana (por exemplo, distncias de segurana, temperatura desuperfcie, rudo);

    - normas tipo B2, sobre os dispositivos condicionadores de segurana (por exemplo, comandos bimanuais,dispositivos de intertravamento, dispositivos sensveis presso, protees);

    c) normas tipo C (normas de segurana por categoria de mquinas), que do prescries detalhadas de segurana apli-cveis a uma mquina em particular ou a um grupo de mquinas.

    O primeiro objetivo da NM 213-2 o de fornecer aos projetistas, fabricantes etc. uma estrutura e um guia de alcance geralque lhes permitam produzir mquinas que sejam seguras, nas condies normais de utilizao. Em conjunto com as nor-mas ENV 1070 e a EN 414, tambm destinada a definir uma estratgia para os redatores de normas de tipo C. Alm dis-so, esta estratgia tambm um guia til para os projetistas e para os fabricantes de mquinas, caso no exista a normade tipo C; pode tambm auxiliar os projetistas a utilizar da melhor maneira as normas de tipo B e a preparar os dossis defabricao.

    O programa das normas evolui continuamente, e algumas sees da NM 213, Partes 1 e 2, so agora o tema de normas detipo A ou B em preparao.

    Quando existir uma norma de tipo A ou B, ser acrescentada uma referncia a esta norma no ttulo da seo correspon-dente daquela norma. Entenda-se que, sempre que outra norma tipo A ou uma norma tipo B cobrir uma seo especficada NM 213, Partes 1 e 2, tal norma prevalece em relao NM 213, Partes 1 e 2,

    NOTA - Em particular, qualquer definio de um ou mais termos dada em outras normas tipo A ou tipo B1 e B2 prevalece em relao definio correspondente dada pela NM 213, Partes 1 e 2.

    A NM 213 composta por duas partes:

    Parte 1 - "Terminologia bsica e metodologia, que define a metodologia bsica geral a ser seguida na elaborao denormas de segurana para mquinas, e tambm a terminologia bsica relativa filosofia subjacente a este trabalho;

    Parte 2 - "Princpios tcnicos e especificaes, que aconselha quanto ao modo como esta filosofia pode ser aplicadautilizando as tcnicas disponveis.

    O objetivo geral da NM 213, Partes 1 e 2, o de conseguir dar aos projetistas, fabricantes etc. a estratgia ou a estruturaque lhes permitam ficar em conformidade com os critrios do MERCOSUL, da forma mais pragmtica possvel.

    A NM 213-2 juntamente com a Parte 1, deve tambm auxiliar a efetuar uma primeira avaliao da segurana que as m-quinas oferecem, quando no se disponha de uma norma apropriada de tipo C.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    3/41

    NBR NM 213-2:2000 3

    conveniente que as Partes 1 e 2 sejam utilizadas conjuntamente na resoluo de um problema especfico. Podem serutilizadas independentemente de outros documentos ou como documentos de base para a preparao de outras normastipo A, ou tipos B ou C.

    Recomenda-se que esta Norma seja incorporada em cursos deformao e em manuais destinados a transmitir aos pro-jetistas a terminologia bsica e os princpios gerais do projeto.

    1 Objetivo

    Esta Norma MERCOSUL define princpios tcnicos e especificaes destinadas a auxiliar os projetistas e os fabricantes aintegrarem a segurana no projeto de mquinas (ver 3.1 da NM 213-1) de uso profissional e no profissional. Tambmpode ser aplicada a outros produtos tcnicos que provoquem perigos semelhantes.

    2 Referncias normativas

    As seguintes normas contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem requisitos desta NormaMERCOSUL. As edies indicadas estavam em vigncia no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita areviso, se recomenda, queles que realizam acordos com base nesta Norma, que analisem a convenincia de usar asedies mais recentes das normas citadas a seguir. Os organismos membros do MERCOSUL possuem informaes so-bre as normas em vigncia no momento.

    NM 213-1:1999 - Segurana de mquinas - Conceitos fundamentais, princpios gerais de projeto - Parte1: Termi-

    nologia bsica, metodologiaISO 447:1984 - Machines tools - Direction of operation of controls

    ENV 1070 :1993 - Safety of machinery - Terminology

    EN 294:1992 - Safety of machinery - Safety distances to prevent danger zones being reached by the upper limbs

    EN 349:1993 - Safety of machinery - Minimum distances to avoid crushing of parts of the human body

    EN 414:1992 - Safety of machinery - Rules for the drafting and presentation of safety standards

    EN 418:1992 - Safety of machinery - Emergency stop equipment - Funtional aspects

    EN 60204-1:1998 - Electrical equipment of industrial machines - Parte 1: General requirements

    3 Reduo do risco pelo projeto

    A reduo do risco pelo projeto consiste nas seguintes aes, aplicadas separadamente ou combinadas:

    - evitar ou reduzir tantos fenmenos perigosos quanto possvel, pela escolha conveniente de certas caractersticas deprojeto (ver 3.1 a 3.9); e

    - limitar a exposio de pessoas aos fenmenos perigosos, pela reduo da necessidade de interveno do operadorem zonas perigosas (ver 3.10 a 3.12).

    3.1 Evitar as arestas vivas, os ngulos vivos, as peas salientes, etc.

    Na medida em que o fim a que se destinam o permita as partes acessveis da mquina no devem possuir arestas vivas,ngulos vivos, superfcies rugosas, nem peas salientes que possam causar ferimentos nem aberturas susceptveis deconstituir armadilhas para partes do corpo ou do vesturio. Em especial, as bordas de chapas metlicas devem ser que-

    bradas, ou seja, providas de um rebordo ou alisadas, as extremidades abertas dos tubos, que possam constituir uma ar-madilha, devem ser tampadas, etc.

    3.2 Tornar as mquinas seguras pelo projeto, atravs de:

    - forma e posio relativa dos seus componentes mecnicos; por exemplo, os perigos de esmagamento e de cortepor cisalhamento so evitados pelo aumento do espao mnimo que separa as peas em movimento relativo, de modoque a parte do corpo considerada possa entrar sem perigo neste espao, ou por reduo do espao que as separa, demodo que nenhuma parte do corpo a possa penetrar (ver EN 349 e EN 294);

    - limitao da fora atuante para um valor suficientemente baixo, de modo que o elemento considerado no provoquenenhum perigo mecnico1);

    - limitao da massa e/ou da velocidade dos elementos mveis, e consequentemente da sua energia cintica2);

    - limitao por projeto, do rudo e das vibraes.

    ______________1) Quando uma tal limitao no entrave a funo requerida.2) Quando uma tal limitao no entrava a funo requerida.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    4/41

    NBR NM 213-2:20004

    3.3 Tomar em considerao as regras da resistncia de materiais, dados sobre as propriedades dos materiais e, de um mo-do mais geral, de todas as regras profissionais relativas ao projeto e a fabricao de mquinas (por exemplo, regras de cl-culo, etc.).

    a) Tenses mecnicas

    Por exemplo:

    - limitao das tenses por meio de um clculo correto das peas, por mtodos de fabricao e de fixao adequados,no que concerne, por exemplo, s unies aparafusadas ou soldadas etc.;

    - limitao das tenses por preveno de sobrecargas (fusveis mecnicos, vlvulas limitadoras de presso, zonasde ruptura predeterminadas, dispositivos limitadores de torque etc.);

    - preveno da fadiga nos elementos submetidos a tenses variveis (em especial a tenses alternadas);

    - balanceamento esttico e dinmico de elementos rotativos.

    b) Materiais

    Por exemplo, tomar em considerao:

    - as propriedades dos materiais;

    - a corroso, o envelhecimento, a abraso, o desgaste;

    - a heterogeneidade dos materiais;

    - a toxicidade dos materiais.

    3.4 Utilizao de tecnologias, de mtodos, de fontes de alimentao de energia intrinsecamente seguros

    Por exemplo nas mquinas destinadas a serem utilizadas em atmosfera explosiva:

    - sistema de comando e acionadores totalmente pneumticos ou hidrulicos;

    - equipamento eltrico intrinsecamente seguro;

    - alimentao eltrica sob muito baixa tenso funcional (ver EN 60 204-1);

    - utilizao de fludos no inflamveis e no txicos no equipamento hidrulico de mquinas.

    3.5 Aplicao do princpio da ao mecnica positiva de um rgo sobre um outro

    Se um rgo mecnico em movimento faz inevitavelmente mover consigo um outro rgo, por contato direto ou atravs deelementos rgidos, diz-se que estes rgos esto ligados segundo o modo positivo (ou que esto ligados positivamente). Omesmo se diz quando um rgo se ope apenas pela sua presena a qualquer movimento de um outro rgo.

    No caso contrrio, quando um rgo mecnico ao se deslocar, deixa um outro rgo com a liberdade de se deslocar (porgravidade, sob a ao de uma mola etc.) no h ao mecnica positiva do primeiro sobre o segundo.

    3.6 Respeitar os princpios da ergonomia

    A aplicao dos princpios ergonmicos durante o projeto das mquinas contribui para o aumento da segurana ao reduzira tenso nervosa e os esforos fsicos do operador, melhorando tambm o desempenho e a confiabilidade das operaes,

    diminuindo por essa razo a probabilidade de erros humanos em todas as fases da utilizao da mquina.Esses princpios devem ser tomados em considerao desde o incio do projeto, quando se atribuem funes mquina eao operador (grau de automatizao).

    Devem ser consideradas as dimenses corporais susceptveis de existir nos pases do MERCOSUL, os esforos e pos-turas, a amplitude dos movimentos, a freqncia das aes cclicas, de modo a evitar incmodos, limitaes, danos fsicose psquicos.

    Todos os elementos da interface operador-mquina, tais como os rgos de comando, os meios de sinalizao ou os devisualizao de dados, devem ser projetados de modo a permitir uma interao clara e sem equvocos entre o operador e amquina.

    Os projetistas devem prestar particular ateno aos seguintes aspectos ergonmicos no projeto das mquinas.

    3.6.1 Evitar as posturas e os movimentos muito fatigantes na utilizao da mquina, na manuteno etc. (por exemplo,equipando a mquina com meios de regulagem que permitam adapt-la a diversos operadores).

    3.6.2 Adaptar as mquinas, e em especial as mquinas portteis, s capacidades humanas em matria de esforos e demovimentos, assim como anatomia da mo, dos braos e das pernas.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    5/41

    NBR NM 213-2:2000 5

    3.6.3 Evitar tanto quanto possvel o rudo, as vibraes, os efeitos trmicos (temperaturas extremas), etc.

    3.6.4 Evitar que o ritmo de trabalho de um operador esteja ligado a uma sucesso automtica de ciclos.

    3.6.5 Equipar a mquina com meios de iluminao localizada das zonas de trabalho, de ajuste, de regulagem e de ma-nuteno, sempre que as caractersticas da mquina e/ou de suas protees tornem insuficiente a iluminao ambientede intensidade normal. Devem ser evitados a cintilao, o ofuscamento, as sombras e os efeitos estroboscpicos quepossam provocar perigo.

    Se a posio da fonte luminosa necessitar de regulagens, esta fonte deve ser colocada de modo que a pessoa queefetuar estas regulagens no fique exposta a um perigo.

    3.6.6 Projetar, dispor e identificar os rgos de comando, de modo que:

    - sejam claramente visveis e identificveis e, se necessrio, marcados de maneira apropriada (ver 5.4);

    - possam ser manobrados sem risco, sem hesitaes nem perda de tempo e sem equvoco (por exemplo, uma dis-posio padronizada dos rgos de comando reduz a possibilidade de um operador cometer um erro quando passarde uma mquina para outra de tipo semelhante que tenha as mesmas seqncias de operao);

    - a sua localizao (no caso de botoeiras) e o seu movimento (no caso de alavancas e de volantes) sejam coerentescom os respectivos efeitos (ver ISO 447); e

    - a sua manobra no possa provocar riscos adicionais.Quando um rgo de comando projetado e fabricado para exercer vrias aes distintas, isto , quando a sua funono unvoca (por exemplo, teclados etc.), a ao comandada deve ser claramente visualizada num monitor de vdeo e,se necessrio, deve ser confirmada.

    Os rgos de comando devem ser projetados e fabricados de modo que a sua disposio, o seu curso e o esforo ne-cessrio para os acionar sejam compatveis com a ao comandada, tendo em considerao os princpios da ergonomia.Devem ser tomados em considerao as limitaes devidos utilizao, necessria ou previsvel, de equipamentos deproteo individual (por exemplo, calado, luvas etc.).

    3.6.7 Projetar e localizar os indicadores, mostradores e interfaces com o monitor de vdeo de modo que:

    - estejam adaptados aos parmetros e caractersticas da percepo humana;

    - as informaes visualizadas possam ser facilmente detectadas, identificadas e interpretadas o que implica umaafixao de durao longa, clara, sem ambigidade e fcil de compreender, tomando em considerao as exignciasdos operadores e o uso previsvel;

    - as suas indicaes possam ser percebidas pelo operador no posto de comando;

    - a partir do posto de comando principal o operador possa assegurar-se da ausncia de pessoas expostas nas zonasperigosas; se tal for impossvel, o sistema de comando deve ser projetado e fabricado de modo que qualquer partidaseja precedida por um sinal de aviso sonoro e/ou visual e que a pessoa exposta tenha o tempo e os meios para seopor partida da mquina.

    3.7 Aplicar princpios de segurana quando do projeto dos sistemas de comando

    A insuficiente ateno prestada ao projeto do sistema de comando de uma mquina pode ter como conseqncia um

    comportamento imprevisto e potencialmente perigoso da mquina.Causas tpicas de comportamento perigoso de uma mquina:

    - m elaborao de projeto ou alterao (acidental ou intencional) da lgica do sistema de comando;

    - defeito temporrio ou permanente ou falha de um ou vrios componentes do sistema de comando;

    - variao ou falha na alimentao de energia do sistema de comando;

    - projeto deficiente ou m localizao dos rgos de comando.

    Exemplos tpicos de comportamento perigoso de uma mquina:

    - partida inesperada/no intencional;

    - variao descontrolada da velocidade;

    - impossibilidade de conseguir parar elementos mveis;

    - queda ou ejeo de um elemento mvel da mquina ou de uma pea em processo fixa na mquina;

    - inibio de dispositivos de segurana.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    6/41

    NBR NM 213-2:20006

    Os sistemas de comando devem ser providos com meios que permitam que as intervenes do operador se faam facil-mente e nas melhores condies de segurana. Para tal necessrio:

    - uma anlise sistemtica das condies de arranque e de parada;

    - que sejam previstos modos de operaes especficos; por exemplo: partida aps uma parada normal, partida apsuma interrupo do ciclo ou aps uma parada de emergncia, remoo das peas em processo contidas na mquina,funcionamento de uma parte da mquina no caso de falha de um dos seus elementos, etc.;

    - indicao clara das avarias, quando se utiliza um sistema de comando eletrnico e uma interface visual;

    - tomar em considerao as exigncias particulares das mquinas ou instalaes complexas.

    Para evitar o comportamento perigoso das mquinas e para realizar as funes de segurana, o projeto dos sistemas decomando deve estar em conformidade com os princpios e/ou os mtodos a seguir indicados, aplicados separadamente ouem conjunto, conforme as circunstncias.

    3.7.1 A ao primria que origina a partida ou a acelerao do movimento de um mecanismo deve efetuar-se pelo es-tabelecimento ou pelo aumento de uma tenso eltrica ou de uma presso de fluido, ou, se se considerarem elementos l-gicos binrios, pela passagem do estado "0" ao estado "1" (se o estado "1" representa o estado energtico mais elevado).

    Pelo contrrio, a ao primria que origina uma parada ou uma desacelerao deve efetuar-se por anulao ou reduo deuma tenso eltrica ou de uma presso de fluido ou, se se considerarem elementos lgicos binrios, pela passagem do es-

    tado "1" ao estado "0" (se o estado "1" representa o estado energtico mais elevado).3.7.2 Deve ser evitada a partida espontnea de uma mquina, quando for realimentada em energia aps uma interrupo,se disto puder resultar um risco (por exemplo, por meio de um aparelho auto-sustentado: rel, contato ou vlvula).

    3.7.3 A confiabilidade dos componentes considerada como a base em que se assenta a integridade das funes de se-gurana. Aplica-se este princpio sempre que, para realizar uma funo cuja m execuo possa comprometer a segurana(funo de segurana), se empregar componentes capazes de suportar todas as perturbaes e limitaes ligadas utili-zao do equipamento nas condies normais de uso, durante o perodo de tempo fixado para esta utilizao, sem falhasque provoquem um mau funcionamento perigoso da mquina.

    NOTA - As limitaes ambientais a serem consideradas so, por exemplo: os choques, as vibraes, o calor, o frio, a umidade, a poeira,as substncias agressivas, a eletricidade esttica e os campos magnticos e eltricos.

    As perturbaes que tais limitaes podem provocar so, por exemplo: defeitos de isolamento, falhas temporrias ou per-manentes que afetam o funcionamento de componentes do sistema de comando. Ver tambm 3.10.

    3.7.4 Utilizao de componentes ou de sistemas de modo de falha orientada, isto , de componentes ou de sistemas cujomodo de falha dominante conhecido antecipadamente e sempre o mesmo.

    3.7.5 Duplicao (ou redundncia) dos componentes crticos

    Podem ser utilizados componentes no intrinsecamente seguros para a realizao de uma funo de segurana com a con-dio de que, em caso de falha de um componente, um outro (ou outros) possa(m) continuar a assegurar esta funo, ga-rantindo assim o nvel de segurana requerido. ento indispensvel montar um dispositivo de vigilncia automtica dafuno (ver 3.7.6), em combinao com a diversificao de princpios de projeto e/ou de tecnologias para evitar as falhas demodo comum (sob o efeito de uma perturbao eletromagntica, por exemplo). Nesse caso, reduz-se muito o risco de falhaperigosa (aproxima-se da segurana positiva), porque s pode aparecer uma situao perigosa se os dois (ou todos os)

    elementos crticos deixam de assegurar a sua funo no decorrer do mesmo ciclo.3.7.6 Vigilncia automtica

    A vigilncia automtica tem por efeito desencadear uma ao de segurana se diminuir a aptido de um componente ou deum constituinte para desempenhar a sua funo, ou se as condies do processo so modificadas de tal forma que pro-vocam um risco.

    As aes de segurana podem ser:

    - a parada do processo perigoso;

    - evitar novo arranque deste processo aps a primeira parada posterior falha do componente ou constituinte;

    - a ativao de um alarme.

    3.7.7 Salvaguarda das funes de segurana nos sistemas de comando programveisOs sistemas concebidos de forma a poderem ser programados apresentam problemas de segurana suplementares. Essessistemas incluem:

    - dispositivos de discos, de cames ou de tambor que acionem interruptores, distribuidores (vlvulas) ou rgos de li-gao mecnica;

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    7/41

    NBR NM 213-2:2000 7

    - vlvulas ou chaves seletoras atuando sobre sistemas realizados em lgica baseada em "hardware;

    - leitores de cartes;

    - leitores de fita perfurada;

    - fitas e discos magnticos;

    - memrias eletrnicas ou pticas.

    Quando tais dispositivos so utilizados num sistema de comando para assegurar uma funo de segurana crtica, deve-se ter o cuidado de providenciar meios confiveis que impeam a alterao inadvertida ou deliberada do programa inscritoem memria.

    Tais meios podem incluir:

    - cames encavilhados;

    - software embutido (por exemplo, memria ROM);

    - fechaduras restringindo o acesso;

    - cdigo de acesso ao software, tipo password.

    NOTA - conveniente utilizar, sempre que possvel, sistemas de deteco de avarias que permitam detectar os erros resultantes denova programao.

    3.7.8 Princpios relativos ao comando manual

    a) os rgos de comando devem ser concebidos e dispostos em conformidade com os respectivos princpiosergonmicos (ver 3.6.6);

    b) deve ser colocado um comando de parada na proximidade de cada comando de partida. Quando a funo par-tida/parada desempenhada por um comando de ao continuada, deve ser fornecido separadamente um outro co-mando de parada, desde que haja a possibilidade de resultar um risco da interrupo acidental da aptido daquele pa-ra emitir uma ordem de parada assim que acionado;

    c) os rgos de comando devem ser colocados no exterior das zonas perigosas, salvo se alguns deles, tais como os

    comandos de parada de emergncia, comando remoto etc., forem necessrios dentro da zona perigosa;d) os rgos de comando (especialmente os comandos de partida) devem ser colocados, sempre que possvel, demaneira tal que o operador ao acion-los possa ver os elementos comandados;

    e) se for possvel comandar a partida do mesmo elemento perigoso a partir de vrios rgos de comando, o circuito decomando deve ser concebido de tal modo que apenas um nico rgo de comando seja eficaz num dado momento.Este princpio aplica-se em especial s mquinas que podem ser comandadas manualmente por meio, entre outros,de um dispositivo de comando portti l (comando remoto, por exemplo ), com o qual o operador pode entrar emzonas perigosas. No se aplica aos comandos bimanuais (ver 3.23.4 na NM 213-1);

    f) os comandos devem ser concebidos ou protegidos para que o seu efeito, se dele puder resultar um risco, no sepossa produzir sem que sejam acionados intencionalmente.

    3.7.9 Seleo dos modos de comando e dos modos de operao (ou de funcionamento)

    Se a mquina for concebida e fabricada para permitir a sua utilizao segundo vrios modos de comando ou de fun-cionamento que apresentem nveis de segurana diferentes (por exemplo, para permitir a ajustagem, a manuteno, ainspeo, etc.) deve ser munida de um seletor de modo, que possa ser travado em cada posio. Cada posio doseletor deve corresponder a um nico modo de comando ou de funcionamento.

    O seletor pode ser substitudo por um outro meio de seleo que permita limitar a utilizao de determinadas funes damquina a certas categorias de operadores (por exemplo, um cdigo de acesso para certas funes com comando num-rico, etc.).

    3.7.10 Modo de comando previsto para a regulagem, a conduo, a mudana de processo de fabricao, apesquisa de defeitos ou avarias, a limpeza ou a manuteno

    Quando for necessrio retirar uma proteo e/ou neutralizar um dispositivo de segurana, para fazer a regulagem, a con-duo, a mudana de processo de fabricao, a pesquisa de defeitos ou de avarias, a limpeza ou a manuteno da m-quina, e pr a mquina em funcionamento para efetuar essas operaes, deve-se garantir a segurana do operador, namedida do possvel, utilizando um modo de comando manual que simultaneamente:

    - torne inoperante o modo de comando automtico (o que implica, entre outros, que nenhum funcionamento perigosopossa resultar da mudana de estado de nenhum sensor);

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    8/41

    NBR NM 213-2:20008

    - s permita o funcionamento dos elementos perigosos quando se ativa um dispositivo de validao, um comando querequer uma ao continuada ou um comando bimanual (ver 3.23.4 na NM 213-1);

    - s permita o funcionamento dos elementos perigosos em condies de segurana reforada como, por exemplo, emvelocidade reduzida, em potncia/esforo reduzidos, passo a passo por meio de um dispositivo de comando pormovimento limitado passo a passo (ver 3.23.8 na NM 213-1) ou outras medidas adequadas, evitando qualquer riscodecorrente de um encadeamento de seqncias.

    Este modo de comando deve ser associado a algumas das medidas seguintes:

    - restrio, a mais rigorosa possvel do acesso zona perigosa;

    - comando de parada de emergncia ao alcance imediato do operador;

    - dispositivo de comando porttil (comando remoto) e/ou comandos locais que permitam ver os elementos comandados.

    3.7.11 Outras medidas normalizadas aplicveis ao projeto de sistemas de comando eltricos (eletromecnicos eeletrnicos), tendo em vista a preveno dos maus funcionamentos perigosos

    Em cada mquina os equipamentos eletrnicos devem estar em conformidade com as normas relativas compatibilidadeeletromagntica.

    Para as mquinas industriais, a EN 60204-1 trata do projeto de sistemas de comando, em especial em 5.4 a 5.8, 6, 7 e 8.

    3.8 Preveno dos perigos provocados pelos equipamentos pneumticos e hidrulicos

    Os equipamentos pneumticos e os equipamentos hidrulicos das mquinas devem ser concebidos, de tal modo que:

    - a presso mxima admissvel nos circuitos no possa ser excedida (por exemplo, com a aplicao de limitadores depresso);

    - nenhum perigo possa resultar de quedas de presso progressivas ou bruscas, ou de perdas de vcuo;

    - nenhum jato perigoso de fluido possa ser provocado por fugas ou por avarias de componentes;

    - os receptores pneumticos, os reservatrios de ar ou os depsitos anlogos (como os que existem nos acumuladoreshidropneumticos) obedeam s respectivas regras de projeto;

    - todos os elementos do equipamento, e em especial as tubulaes rgidas e flexveis, sejam protegidos contra asagresses externas;

    - os reservatrios e depsitos similares (os acumuladores hidropneumticos, por exemplo) sejam, na medida do pos-svel, levados automaticamente presso atmosfrica quando se isola a mquina da sua fonte de energia (ver 6.2.2) e,se tal no for possvel, sejam integrados na mquina meios que os permitam isolar e/ou despressurizar localmente,assim como indicar a presso;

    - cada elemento que possa ficar sob presso, depois de a mquina ter sido isolada da sua fonte de energia, seja munidode dispositivos para colocao presso atmosfrica claramente identificados, e uma inscrio de aviso que chame aateno para a necessidade de pr cada um desses elementos presso atmosfrica antes de qualquer interveno deregulagem ou de manuteno da mquina.

    3.9 Preveno do perigo eltrico

    Para o projeto do equipamento eltrico das mquinas industriais, a Norma EN 60204-1 indica especificaes tcnicas

    gerais, em particular na:- subseo 5.1, que trata da preveno de choques eltricos;

    - subseo 5.2, que trata da proteo contra curtos-circuitos;

    - subseo 5.3, que trata da proteo contra sobrecargas.

    3.10 Limitao da exposio aos perigos pela confiabilidade do equipamento

    O aumento da confiabilidade de todos os componentes e constituintes de uma mquina reduz a freqncia dos incidentesque necessitem de uma interveno e, portanto, reduz a exposio ao perigo.

    Este princpio aplica-se quer aos elementos de potncia (parte operativa) quer aos sistemas de comando, e s funes desegurana, assim como s demais funes das mquinas.

    Para os componentes condicionadores da segurana (por exemplo, determinados sensores), deve ser utilizado materialque tenha uma confiabilidade conhecida.

    Os elementos da proteo e dos dispositivos de segurana devem ser particularmente confiveis, porque a sua avaria po-deria expor pessoas a fenmenos perigosos. Alm disso, uma confiabilidade insuficiente desses elementos incitaria tentativa de neutralizar os protetores e dispositivos de proteo (ver 3.7.3).

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    9/41

    NBR NM 213-2:2000 9

    3.11 Limitao da exposio aos perigos pela mecanizao ou automatizao das operaes de carga(alimentao)/descarga (remoo)

    A mecanizao e a automatizao das operaes de carga/descarga da mquina, e de modo mais geral as operaes demovimentao (das ferramentas, materiais, substncias etc.), limitam o perigo provocado por essas operaes, pelareduo da exposio de pessoas aos fenmenos perigosos que se produzem nas zonas de trabalho.

    A automatizao pode ser realizada recorrendo a robs, manipuladores, mecanismos de transferncia, impulsores, dis-

    positivos de jato de ar etc. A mecanizao pode ser conseguida por rampas de alimentao, mesas indexveis acionadasmanualmente, etc.

    Embora contribuam muito para a segurana dos operadores de mquinas, os dispositivos automticos de carga/descargapodem provocar riscos quando se remedeiam certos maus funcionamentos. conveniente verificar se a utilizao dessesdispositivos no introduz novos riscos de aprisionamento entre os dispositivos e a mquina ou entre eles e o material aser transformado. Se no for este o caso e houver, portanto, criao de novos riscos, deve-se recorrer a protetores ou adispositivos de proteo adequados (ver seo 4).

    3.12 Limitao da exposio aos perigos pela colocao dos pontos de regulagem e de manuteno no exteriordas zonas perigosas

    Sempre que possvel deve-se reduzir a necessidade de acesso s zonas perigosas, colocando os pontos de manuteno,de lubrificao e de regulagem no exterior dessas zonas.

    4 Medidas de proteo

    Devem ser utilizadas as medidas de proteo (protees, dispositivos de segurana) para proteger pessoas de perigosque no podem ser razoavelmente, evitados ou suficientemente limitados (ver seo 5 da NM 213-1) por projetos. Asdiferentes espcies de protetores e de dispositivos de proteo esto definidas em 3.22 e 3.23 na NM 213-1.

    Determinados protetores podem ser utilizados para outras funes, alm de evitar a exposio a um risco (por exemploum protetor fixo, que impede o acesso a uma zona em que existe um risco mecnico, utilizado tambm para reduzir onvel sonoro e recolher substncias txicas emitidas).

    4.1 Escolha dos protetores e dispositivos de proteo

    4.1.1 Generalidades

    Esta seo contm linhas de orientao para a escolha dos protetores e dos dispositivos de proteo, cuja principal fi-nalidade a proteo contra fenmenos perigosos provocados por elementos mveis, em funo da natureza desseselementos (ver tabela 2) e a necessidade de acesso (s) zona(s) perigosa(s) (ver 4.1.2 a 4.1.4).

    A escolha rigorosa de um protetor ou de um dispositivo de proteo para determinada mquina deve basear-se naavaliao dos riscos provocados por tal mquina. A proteo ou dispositivo de segurana escolhido deve estar des-crito de forma detalhada numa norma tipo C.

    Ao selecionar uma proteo ou um dispositivo de segurana apropriado para um tipo especfico de mquina ou de zonaperigosa, deve-se ter em mente que um protetor fixo simples e que se pode utiliz-lo quando no for necessrio oacesso zona perigosa durante o funcionamento normal (na ausncia de mau funcionamento) da mquina.

    Quando aumenta a freqncia de acesso, o incmodo resultante da remoo e de recolocao de um protetor fixo au-

    menta, at que se torne justificado o recurso ou a um protetor mvel com dispositivo de travamento ou a um dispositivosensor.

    NOTAS

    1Por vezes pode ser necessrio empregar vrios meios de proteo associados. Por exemplo, quando se emprega um dispositivomecnico de alimentao juntamente com um protetor fixo, para introduzir uma pea a ser usinada numa mquina (ver 3.11), elimina-sea necessidade de ter acesso zona perigosa primria. No entanto, pode ser necessrio um dispositivo sensor (ver 3.23.5 daNM 213-1) para assegurar a proteo contra o risco secundrio de arrastamento ou de corte por cisalhamento existente entre o protetorfixo e o dispositivo de alimentao, se este ltimo acessvel.

    2Atabela 1 contm orientaes especficas para as zonas perigosas criadas por elementos mveis.

    4.1.2 Caso em que no h necessidade do acesso de um operador zona perigosa durante o funcionamentonormal

    Desde que no seja necessrio o acesso zona perigosa durante o funcionamento normal da mquina, conveniente es-colher os meios de proteo entre os seguintes:

    a) proteo fixa (ver 3.22.1 da NM 213-1), incluindo se for necessrio, dispositivos de carga/descarga (ver 3.11), umamesa falsa, uma barreira de altura apropriada, um tnel de proteo etc. As aberturas feitas na proteo devem estarem conformidade com a EN 294;

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    10/41

    NBR NM 213-2:200010

    b) proteo com intertravamento ou dispositivo de bloqueio (ver 3.22.4 e 3.22.5 da NM 213-1);

    c) proteo de fechamento automtico;

    d) dispositivo sensor (ver 3.23.5 da NM 213-1), incluindo uma cortina sensora ou barreira sensora, por exemplo, um dis-positivo fotoeltrico ou um tapete sensvel presso.

    NOTA - A tabela 1 contm orientaes especficas para as zonas perigosas criadas por elementos mveis.

    4.1.3 Caso em que h necessidade do acesso de um operador zona perigosa durante o funcionamento normal

    Desde que seja necessrio o acesso zona perigosa durante o funcionamento normal da mquina, conveniente escolheros meios de proteo entre os seguintes:

    a) proteo com intertravamento ou dispositivo de bloqueio (ver 3.22.4 e 3.22.5 da NM 213-1);

    b) dispositivo sensor (ver 3.23.5 da NM 213-1);

    c) proteo ajustvel (ver 3.22.3 da NM 213-1);

    d) proteo de fechamento automtico;

    e) dispositivo de comando bimanual (ver 3.23.4 da NM 213-1): quando se escolhe este dispositivo, deve-se ter cinciade que ele apenas protege a pessoa que aciona os rgos de comando, no impedindo o acesso s zonas perigosas de

    outras pessoas situadas nas proximidades;f) proteo com comando de partida (ver 3.22.6 da NM 213-1 e 4.2.2.5 a seguir).

    NOTA - A tabela 1 contm orientaes especficas para as zonas perigosas criadas por elementos mveis.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    11/41

    NBR NM 213-2:2000 11

    Tabela 1 - Orientao para a escolha de protetores contra os perigos provocados por elementos mveis

    no

    - protetores fixos (ver 4.2.2.2);

    - p r o t e t o r e s a s s o c i a d o s a u mdisposit ivo de travamento ou debloqueio (ver 4.2.2.3 a)

    - protetores fixos (ver 4.2.2.2);- protetores associados a umdispositivo de travamento ou debloqueio com vigilncia automtica(ver 4.2.2.3 b);- dispositivo de proteo(ver 4.2.3);escolhidos em funo danecessidade de ter acesso zonaperigosa (ver 4.1.2 e 4.1.3)

    - protetores fixos (ver 4.2.2.2),impedindo o acesso aoselementos mveis, nas zonasafastadas do processo e- protetores regulveis(ver 3.22.3 da NM 213-1),restringindo o acesso aoselementos mveis nas zonasem que necessria apermisso para efetuar otrabalho

    s im

    PERIGOS PROVOCADOS POR

    ELEMENTOS MVEIS DETRANSMISSO

    PERIGOS PROVOCADOS POR ELEMENTOSMVEIS QUE CONCORREM PARA O TRABALHO

    (DIRETAMENTE ENVOLVIDOS NO PROCESSO DETRABALHO, COM AS FERRAMENTAS, POREXEMPLO)

    Podem ficar

    completamenteinacessveisenquanto

    trabalham?

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    12/41

    NBR NM 213-2:200012

    4.1.4 Caso em que h necessidade do acesso zona perigosa para a regulagem, a conduo (programao), asmudanas de processo de fabricao, a deteco de avarias, a limpeza ou a manuteno da mquina

    Na medida do possvel, as mquinas devem ser concebidas de modo que os meios previstos para a proteo dos ope-radores de produo tambm possam assegurar a proteo do pessoal encarregado da regulagem, da aprendizagem etc.,sem estorvar a execuo do seu trabalho.

    Desde que tal no seja possvel (por exemplo, quando necessrio retirar protetores fixos ou neutralizar os dispositivos de

    proteo, continuando a mquina a poder funcionar), deve munir-se a mquina com meios que permitam reduzir ao mximoo risco e com um comando manual, como est inalado em 3.7.10.

    NOTA - A colocao da mquina no estado energtico zero (ver 6.2.2) garante o nvel mais alto de segurana para determinadas tarefas(especialmente para tarefas de reparao e de manuteno) durante as quais no necessrio que a mquina fique ligada s suas fontesde energia.

    4.2 Exigncias para o projeto e a construo de protetores e dispositivos de proteo

    4.2.1 Exigncias gerais

    No projeto de protetores e de dispositivos de proteo, devem ser escolhidos os tipos de protetores e de dispositivos deproteo assim como os respectivos mtodos de fabricao, de modo que sejam tomados em conta o risco mecnico e osoutros riscos provocados pela mquina. Os protetores e os dispositivos de proteo devem ser compatveis com o am-

    biente em que a mquina trabalha e devem ser projetados de modo a que no possam ser neutralizados facilmente. As per-turbaes provocadas durante o funcionamento e durante as outras fases da vida da mquina devem ser mnimas, para re-duzir a importncia de tudo o que possa incitar os usurios (operadores) a neutraliz-los.

    Os protetores e os dispositivos de proteo:

    - devem ser robustos;

    - no devem ocasionar riscos suplementares;

    - no devem ser facilmente neutralizados ou postos fora de servio;

    - devem estar situados a uma distncia adequada da zona perigosa (ver EN 294);

    - no devem limitar a observao do processo de produo mais do que o absolutamente necessrio;

    - devem permitir as intervenes indispensveis colocao e/ou substituio das ferramentas, bem como aos tra-balhos de manuteno, limitando o acesso ao setor onde o trabalho deva ser realizado e, se possvel, sem desmon-tagem do protetor ou do dispositivo de proteo.

    4.2.2 Exigncias relativas aos protetores

    4.2.2.1 Os protetores podem assegurar as seguintes funes:

    - preveno do acesso ao espao situado no interior do protetor (ou delimitado por ele); e/ou

    - reteno/captao dos materiais, das peas que esto em processo de usinagem, das aparas, dos lquidos, das ra-diaes, da poeira, do fumo, dos gases, do rudo etc., que a mquina possa projetar, deixar cair ou emitir.

    Alm disso, podem possuir propriedades especiais relativamente eletricidade, temperatura, ao fogo, s exploses, s vi-

    braes, visibilidade, etc.

    4.2.2.2 Exigncias relativas aos protetores fixos

    Os protetores fixos devem ser mantidos em posio de forma segura:

    - quer de modo permanente (por soldagem, etc.);

    - quer por meio de elementos de fixao (parafusos, porcas etc.) que impossibilitem a sua remoo/abertura sem autilizao de ferramentas; tanto quanto possvel, conveniente que no possam manter-se fechados na ausncia dosseus meios de fixao.

    4.2.2.3 Exigncias relativas aos protetores mveis

    a) Os protetores mveis contra os perigos provocados pelos elementos mveis de transmisso devem:

    - quando estiverem abertos, manter-se tanto quanto possvel solidrios com a mquina (geralmente por meio de do-bradias ou de guias);

    - ser associados a dispositivos de travamento ou de bloqueio (ver 3.22.4 e 3.22.5 da NM 213-1) que impeam que oselementos mveis partam enquanto estiverem ao alcance de pessoas, e produzam uma ordem de parada quandodeixarem de estar na posio de fechamento. Ver tabela 1.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    13/41

    NBR NM 213-2:2000 13

    b) Os protetores mveis contra os perigos provocados pelos outros elementos mveis devem ser projetados e asso-ciados ao sistema de comando da mquina de modo que:

    - no seja possvel pr em movimento tais elementos mveis enquanto o operador tiver a possibilidade de osalcanar; pode obter-se este resultado por meio de protetores com dispositivo de travamento (ver 3.22.4 daNM 213-1) ou com dispositivo de bloqueio (ver 3.22.5 da NM 213-1);

    - a sua regulagem exija uma ao voluntria; por exemplo, utilizao de uma ferramenta, de uma chave, etc.;

    - a ausncia ou falha de um dos seus componentes impea a partida ou provoque a parada dos elementos mveis;pode obter-se este resultado por meio da vigilncia automtica (ver 3.14 da NM 213-1);

    - por meios adequados, seja garantida uma proteo contra o perigo de ejeo. Ver tambm a tabela 1.

    c) Os protetores mveis contra os outros perigos devem estar em conformidade com o item a) e/ou com o item b), emfuno do resultado da avaliao do risco.

    4.2.2.4 Exigncias relativas aos protetores regulveis

    Pode-se utilizar protetores regulveis se a zona perigosa no puder estar completamente fechada. Devem:

    - ser regulados manual ou automaticamente conforme a natureza do trabalho a realizar;

    - ser facilmente regulados sem a utilizao de uma ferramenta;- reduzir tanto quanto possvel o risco de ejeo.

    4.2.2.5 Protetores com comando de partida

    Os protetores com comando de arranque (ver 3.22.6 da NM 213-1) s podem ser utilizados se:

    - for impossvel que um operador, ou uma parte do seu corpo, permanecer na zona perigosa ou entre a zona pe-rigosa e o protetor enquanto o protetor, estiver fechado e

    - puder ter acesso zona perigosa quando abrir o protetor com comando de partida ou um protetor associado a umdispositivo de travamento ou de bloqueioe

    - o dispositivo de travamento ou de bloqueio, que for associado ao protetor com comando de partida, for o maisconfivel possvel (porque uma falha desse dispositivo pode provocar uma partida imprevista/intempestiva).

    NOTA - A zona perigosa acima considerada qualquer zona onde desencadeado o funcionamento de elementos perigosos pelo fe-chamento do protetor com comando de partida.

    4.2.2.6 Perigos que os protetores podem provocar

    Deve haver o cuidado para evitar que os protetores provoquem perigos ligados:

    - sua constituio fsica (arestas vivas, ngulos vivos, material, etc.);

    - aos seus movimentos (zonas de cisalhamento ou de esmagamento criadas pelos protetores movidos por um acio-nador e pelos protetores pesados susceptveis de tombar).

    4.2.3 Caractersticas tcnicas dos dispositivos de proteo (ver 3.23 da NM 213-1)

    Um dispositivo de proteo deve ser projetado de acordo com um (ou vrios) dos princpios enunciados em 3.7.3 a 3.7.6,porque desempenha uma funo de segurana crtica.

    Os dispositivos de proteo devem ser acionados e inseridos no sistema de comando, de modo que no possam ser neu-tralizados com facilidade. O nvel de desempenho dos dispositivos de proteo deve ser coerente com o sistema de co-mando em que esto integrados.

    4.2.4 Providncias tendo em vista o recurso a outros protetores ou dispositivos de proteo

    conveniente tomar as providncias adequadas para facilitar a adaptao a uma mquina de tipos diferentes de pro-tetores ou de dispositivos de proteo, desde que se saiba que tal providncia se torna necessria pela variedade dos tra-balhos a realizar.

    5 Informaes para a utilizao

    As informaes para a utilizao so mensagens que podem consistir em textos, palavras, pictogramas, sinais, smbolosou diagramas, utilizados separadamente ou associados entre si. Destinam-se aos usurios (operadores) profissionaise/ou aos usurios (operadores) no profissionais.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    14/41

    NBR NM 213-2:200014

    As informaes para a utilizao fazem parte integrante do fornecimento da mquina, como indica a definio do projeto deuma mquina (ver 3.11 da NM 213-1).

    5.1 Exigncias gerais

    5.1.1 As informaes para a utilizao devem definir claramente o uso a que se destina a mquina, incluindo todas as ins-trues necessrias para que esta seja utilizada corretamente e com segurana.

    Devem informar e avisar os usurios (operadores) quanto aos riscos residuais, isto , contra os riscos para os quais astcnicas de preveno intrnseca e as tcnicas de proteo no sejam na totalidade eficazes (ver 5.5 da NM 213-1).

    Essas informaes no devem excluir as utilizaes razoavelmente previsveis, tendo em conta a maneira como a mquinaest concebida e descrita. Devem ainda alertar para o risco que poderia resultar de utilizaes diferentes das que nelas sodescritas (ver 3.11 da NM 213-1).

    5.1.2 As informaes para a utilizao no devem compensar deficincias de projeto.

    5.1.3 As informaes para a utilizao devem cobrir separadamente ou em conjunto o transporte, a entrada em servio(montagem, instalao e ajuste), a utilizao (regulagem, aprendizagem ou mudana de processo de fabricao, fun-cionamento, limpeza, pesquisa de defeitos ou de avarias e manuteno da m quina) e, se necessrio, a colocao fora deservio, a desmontagem, desativao ou sucateamento.

    5.2 Localizao e natureza das informaes para a utilizao

    Em funo do:

    - risco;

    - momento em que as informaes sejam necessrias ao usurio (operador);

    - projeto da mquina,

    deve-se determinar quais informaes (ou que parte delas) devero ser colocadas:

    - sobre/dentro da prpria mquina (ver 5.3 e 5.4), e/ou

    - nos documentos de acompanhamento (em especialno manual deinstrues) (ver5.5), e/ou

    - outros meios, tais como sinais eavisos, que devem ser escolhidos.

    A utilizao de expresses normatizadas deve ser ponderada na transmisso de mensagens importantes, tais como os avisos.

    5.3 Sinais ativos e dispositivos de aviso ou de alerta

    Podem ser usados sinais visuais, tais como lmpadas de intermitncia, e sinais sonoros, tais como sirenes que indicam a emi-nncia de um acontecimento perigoso, tal como a partida ou a velocidade excessiva de uma mquina.

    essencial que esses sinais:

    - sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso;

    - no sejam ambguos;

    - sejam claramente compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados;

    - possam ser perfeitamente reconhecidos pelos usurios (operadores).

    Os dispositivos de aviso ou de alerta devem ser projetados e colocados de forma a facilitar a sua verificao. O manual de ins-trues deve prescrever verificaes regulares dos dispositivos de aviso ou de alerta. Chama-se a ateno dos projetistas para orisco de saturao sensorial, que resulta da emisso muito freqente de sinais visuais e/ou sonoros, e que pode tambm con-duzir neutralizao fraudulenta dos dispositivos de aviso ou de alerta.

    NOTA - necessrio consultar freqentemente o usurio (operador) sobre esse assunto.

    5.4 Inscries, pictogramas, avisos escritos

    A mquina deve ostentar todas as indicaes que forem necessrias:

    a) Para que a sua identificao se faa sem ambigidade, devendo conter, pelo menos:- nome e endereo do fabricante;

    - designao da srie ou do tipo;

    - eventualmente, o nmero de srie.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    15/41

    NBR NM 213-2:2000 15

    b) Para indicar a sua conformidade com as disposies regulamentares:

    - marcas3) (para produtos de certificao compulsria);

    - avisos escritos (por exemplo, para as mquinas utilizveis em atmosfera explosiva).

    c) Para a sua segurana de utilizao, mencionar, por exemplo:

    - a velocidade mxima de rotao de determinados elementos rotativos;

    - o dimetro mximo das ferramentas;

    - a massa (das partes desmontveis, etc.);

    - a necessidade de utilizao de um equipamento de proteo individual;

    - os dados para a regulagem dos protetores;

    - a freqncia das inspees.

    As informaes inscritas diretamente sobre a mquina devem-se manter ntegras e legveis durante todo o tempo de vidaesperado da mquina.

    No devem ser utilizados meios de sinalizao ou avisos significando simplesmente perigo.

    As inscries, os pictogramas e os avisos escritos devem ser facilmente compreensveis e no ambguos, em especial noque diz respeito parte da(s) funo (funes) da mquina a que se referem.

    conveniente a utilizao de pictogramas facilmente compreensveis em vez de avisos escritos.

    Os avisos escritos devem ser redigidos na lngua do pas de destino onde a mquina vai ser utilizada e, a pedido, na ln-gua compreendida pelos operadores.

    As inscries devem ser conformes a normas reconhecidas, em especial no que diz respeito a pictogramas, smbolos, co-res, etc.

    Quanto marcao do equipamento eltrico, ver 3.1 da EN 60204-1.

    5.5 Documentos de acompanhamento (em especial, o manual de instrues)

    5.5.1 Contedo conveniente que o manual de instrues ou as outras instrues escritas, tais como as que constam na embalagem, in-cluam entre outras:

    a) Indicaes relativas ao transporte, movimentao e ao armazenamento da mquina. Por exemplo:

    - condies de armazenamento da mquina;

    - dimenses, massas, posio do(s) centro(s) de gravidade;

    - indicaes para a movimentao (por exemplo, desenhos que indiquem os pontos de aplicao do equipamentode elevao).

    b) Indicaes relativas entrada em servio da mquina. Por exemplo:

    - exigncias relativas fixao/amarrao e aos meios para amortecer as vibraes;

    - condies de montagem e de instalao;

    - espao necessrio para a utilizao e para a manuteno;

    - condies ambientais admissveis (temperatura, umidade, vibraes, radiaes eletromagnticas, etc.);

    - instrues para a ligao da mquina s fontes de energia (em especial no que diz respeito proteo contra assobrecargas eltricas);

    - recomendaes relativas ao recolhimento, eliminao dos detritos;

    - se necessrio, recomendaes sobre as medidas de preveno que devem ser tomadas pelo usurio (operador)(dispositivos de proteo especiais, distncias de segurana, pictogramas e sinalizao de segurana, etc.).

    c) Indicaes relativas prpria mquina. Por exemplo:

    - descrio detalhada da mquina, dos seus acessrios, dos seus protetores e/ou dispositivos de proteo;

    ____________3)Incluir o ano de fabricao.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    16/41

    NBR NM 213-2:200016

    - domnio de utilizao prevista para a mquina (eventualmente utilizaes proibidas), e levando em conta eventuaisvariantes da mquina;

    - esquemas (em particular a representao esquemtica das funes de segurana correspondentes s definiesdadas em 3.13 da NM 213-1);

    - dados relativos ao rudo4) e s vibraes produzidos pela mquina, s radiaes, aos gases, aos vapores, spoeiras emitidas pela mquina;

    - dados relativos ao equipamento eltrico (ver EN 60204-1);- documentos atestando que a mquina est em conformidade com as disposies regulamentares.

    d) Indicaes relativas utilizao da mquina. Por exemplo:

    - funes dos rgos de comando;

    - instrues para a regulagem e ajuste;

    - modos e meios de parada (em especial para a parada de emergncia);

    - informaes sobre os riscos que as medidas de proteo tomadas pelo projetista no puderam eliminar;

    - informaes sobre determinados riscos que podem ser provocados por certas utilizaes, pelo emprego de deter-minados acessrios, e sobre os protetores e dispositivos especficos de proteo necessrios para tais utilizaes;

    - informaes sobre os modos de utilizao proibidos;- instrues para a identificao e a localizao; de defeitos ou avarias, para fins de reparo e para a partida apsuma interveno;

    - se necessrio, instrues relativas ao equipamento de proteo individual, assim como relativas formao e aotreinamento para a sua utilizao.

    e) Indicaes para a manuteno. Por exemplo:

    - natureza e periodicidade das inspees;

    - instrues relativas s intervenes de manuteno para as quais so necessrios conhecimentos tcnicos oucompetncias especiais sendo, portanto, conveniente que sua execuo seja feita exclusivamente por pessoascapacitadas (pessoal de manuteno, especialistas)5);

    - instrues relativas s intervenes de manuteno (substituio de peas etc.) cuja execuo no requer com-petncias especficas e que podem, portanto, ser efetuadas pelos usurios (operadores etc.);

    - desenhos e esquemas que permitam o pessoal de manuteno executar racionalmente a sua tarefa (em especial apesquisa de defeitos ou de avarias).

    f) Indicaes relativas colocao fora de servio, desmontagem e, na medida em que afete a segurana, desa-tivao ou ao sucateamento.

    g) Indicaes para as situaes de emergncia. Por exemplo:

    - tipo de equipamento de combate a incndios que pode ser utilizado;

    - aviso quanto a possveis emisses ou fugas de substncia(s) nociva(s) e, se puder, indicao dos meios de com-bate aos efeitos de tais substncias.

    5.5.2 Elaborao do manual de instruesa) O tipo e o tamanho dos caracteres impressos devem possibilitar a melhor legibilidade possvel. Devem ser realadossinais e/ou avisos referentes segurana, utilizando cores, smbolos e/ou caracteres de tamanho grande.

    b) As instrues para a utilizao devem ser escritas na ou nas lnguas oficiais do pas em que a mquina ser utilizada.Em caso de vrias lnguas, cada uma deve ser claramente separada das outras e os textos devem ser agrupados, tra-duzidos para cada lngua, com as correspondentes ilustraes.

    c) Os textos devem ser apoiados por ilustraes, na medida do possvel. As ilustraes devem possuir legendas quepermitam, por exemplo, localizar e identificar os vrios rgos de comando; as ilustraes no devem estar separadasdos textos a que se referem e devem ser apresentadas segundo a ordem ou seqncia das operaes.

    d) As informaes devem ser apresentadas sob a forma de quadros ou tabelas, desde que contribuam para melhorcompreenso. Estes devem ser colocados ao lado dos textos correspondentes.

    ______________4) Com referncia ao mtodo de medio utilizado.5) As instrues de manuteno previstas para o pessoal especializado (segundo pargrafo da alnea e)) devem ser claramente separadas

    das instrues de manuteno previstas para o pessoal no especializado (terceiro pargrafo da alnea e)).

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    17/41

    NBR NM 213-2:2000 17

    e) Devem ser utilizadas cores especiais para a indicao dos componentes que devam ser identificados rapidamente.

    f) Quando as informaes para a utilizao forem extensas, deve ser fornecido um sumrio e/ou um ndice.

    5.5.3 Recomendaes para elaborao e edio das informaes para a utilizao

    a) Correspondncia com um modelo de mquina: as informaes devem corresponder claramente a um modelo demquina bem definido.

    b) Princpios de comunicao: durante o estudo e preparo das informaes para a utilizao, respeitar o processo decomunicao ver - pensar - utilizar para se obter a mxima eficcia, devendo seguir a ordem normal das operaes.As perguntas como? e por qu? devem ser antecipadas e as respostas dadas.

    c) As informaes para a utilizao devem ser to simples e to breves quanto possvel, empregando-se termos eunidades correntes e definindo claramente a terminologia tcnica de uso pouco corrente.

    d) Para uma mquina de uso no profissional, as instrues devem ser escritas de forma que sejam facilmentecompreendidas pelos usurios (operadores) no profissionais.

    Se for exigido um equipamento de proteo individual para a segurana de utilizao da mquina, devem ser dadosconselhos claros e esta informao deve ser posta em evidncia no local de venda, por exemplo, na embalagemassim como sobre a mquina.

    e) Durabilidade e disponibilidade dos documentos.

    Os documentos que trazem instrues de utilizao devem ser produzidos visando sua durabilidade, isto , devemresistir a manipulaes freqentes pelo usurio (operador). Pode mostrar-se til fazer figurar neles a menoconservar para consulta posterior.

    6 Medidas adicionais

    6.1 Medidas previstas para as situaes de emergncia

    6.1.1 Dispositivo de parada de emergncia (ver EN 418)

    Cada mquina deve estar equipada com um ou vrios dispositivos de parada de emergncia, por meio do(s) qual (quais)possam ser evitadas situaes de perigo latentes ou existentes. Esto excludas dessa obrigao:

    - as mquinas em relao s quais um dispositivo de parada de emergncia no permita reduzir o risco, quer por noreduzir o tempo de obteno da parada, quer por no permitir tomar as medidas especficas exigidas pelo risco;

    - as mquinas portteis e as mquinas guiadas mo.

    Este dispositivo deve:

    - conter rgos de comando claramente identificveis, bem visveis e rapidamente acessveis;

    - provocar a parada do processo perigoso num perodo de tempo to reduzido quanto possvel, sem provocar riscossuplementares;

    - se necessrio, desencadear - ou permitir desencadear - determinados movimentos de proteo.

    Depois de acionado o comando de parada de emergncia, o dispositivo deve permanecer bloqueado, devendo seu des-

    bloqueio ser feito por manobra apropriada. Esse desbloqueamento no deve fazer partir a mquina, mas apenas habilitauma nova partida.

    Em 5.6.1 da EN 60204-1 fornece detalhes suplementares para o projeto de dispositivos eltricos de parada de emer-gncia.

    6.1.2 Medidas que permitam a sada e o salvamento das pessoas aprisionadas

    Tais medidas podem consistir, por exemplo, em:

    - passagens ou caminhos de evacuao e abrigos, nas instalaes que provoquem um risco de aprisionamento;

    - medidas que permitam deslocar certos elementos mo, depois de uma parada de emergncia;

    - medidas que permitam comandar a inverso do movimento de determinados elementos.

    6.2 Equipamentos, sistemas e medidas que contribuem para a segurana

    6.2.1 Medidas que melhoram a manutenibilidade da mquina

    Quando do projeto de uma mquina, devem ser considerados os seguintes fatores de manutenibilidade:

    - acesso s partes internas;

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    18/41

    NBR NM 213-2:200018

    - facilidade de movimentao, de acordo com as possibilidades humanas;

    - escolha adequada dos locais de trabalho;

    - limitao do nmero de ferramentas e equipamentos especiais;

    - facilidade de vigilncia.

    6.2.2 Medidas para isolamento e dissipao de energia

    Tendo principalmente em vista a sua manuteno e a sua reparao, cada mquina deve estar equipada com meiostcnicos que permitam isol-la de cada uma das suas fontes de energia e permitam a dissipao da energia nela ar-mazenada, por meio das seguintes aes:

    a) Isolamento da mquina de todas as fontes de energia ou outros auxiliares. O isolamento deve ser visvel (des-continuidade visvel nas canalizaes de alimentao de energia) ou materializado com segurana por uma posio ve-rificvel do rgo de manobra do aparelho de corte de energia, e as zonas da mquina que ficam separadas das suasfontes de energia devem ser claramente indicadas.

    b) Travamento na posio desligado de todos os aparelhos de corte de energia (necessrio, por exemplo, nasmquinas de grandes dimenses ou nas instalaes complexas).

    c) Tomada de medidas que permitam garantir que a jusante dos pontos de corte de energia j no existe:

    - energia potencial (por exemplo, energia eltrica, presso de fluido ou energia mecnica que se possa liberar);

    - energia cintica (por exemplo, componentes em que o movimento se mantm por inrcia).

    d) Verificao do efeito das medidas referidas em b), com um modo de trabalho seguro. Essas medidas levam amquina ao estado energtico zero. O isolamento e a dissipao de energia proporcionam um alto nvel de segurana.

    Os meios para isolar uma mquina da sua fonte de alimentao em energia eltrica esto definidos na EN 60204-1.

    6.2.3 Medidas para a movimentao fcil e segura de mquinas e dos seus elementos pesados

    As mquinas e os seus elementos que no possam ser deslocados ou transportados mo podem ou devem ser equi-pados com acessrios concebidos para permitir o seu transporte com a ajuda de aparelhos de elevao ou de movi-mentao.

    Estas medidas e acessrios podem ser, por exemplo:

    - acessrios normalizados para a elevao por meio de cintas, ganchos, argolas ou furos roscados para a fixaodesses acessrios;

    - acessrios que permitam o engate automtico de um guincho quando o ponto de engate no for acessvel do solo;

    - calhas de guiamento para transportar a mquina por meio de uma empilhadeira;

    - indicaes dos valores das massas expressos em quilograma (kg), inscritos na prpria mquina e em alguns dos seuselementos fixos;

    - aparelhos de elevao e acessrios integrados na mquina.

    Os elementos de uma mquina que possam ser retirados mo no decorrer da utilizao da mquina devem ser munidosdos meios para a sua remoo e recolocao com segurana, devendo neles estar inscrito o valor da respectiva massa.

    6.2.4 Medidas para a segurana do acesso s mquinas

    As mquinas devem ser projetadas de modo que a conduo do seu funcionamento (operao) e todas as tarefas usuaisrelativas regulagem, manuteno etc. possam ser realizadas sempre que possvel por uma pessoa situada no solo.

    Se tal no for possvel, as mquinas devem ser munidas com plataformas, escadas ou outros meios, incorporados na suaestrutura, que permitam acessar com segurana em todos os locais onde se realizam aquelas tarefas. Deve-se zelartambm para que tais plataformas ou escadas no dem acesso a zonas perigosas. Quando forem necessrios acessospouco freqentes, pode-se utilizar escadas de mos fixas equipadas com corrimo.

    As superfcies de circulao devem ser fabricadas com materiais que nas condies normais de utilizao se mantenham

    o menos escorregadios possvel e, em funo da altura a que estejam do solo, devem ser instalados os corrimes, osparapeitos, os pilares e os rodaps necessrios.

    Nas grandes instalaes automatizadas deve ser dada particular ateno aos meios de acesso em segurana, tais como oscaminhos de circulao, os caminhos sobrelevados (passarelas) que permita a passagem dos transportadores e aspassagens superiores.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    19/41

    NBR NM 213-2:2000 19

    6.2.5 Medidas relativas estabilidade das mquinas e dos seus elementos

    As mquinas e seus elementos devem ser projetados de modo a serem estveis, isto , de modo que no basculem eque no possam ser deslocados intempestivamente pelas vibraes, pelos esforos provocados pelo vento, por choquesou outras foras externas previsveis ou, ainda, por foras dinmicas internas (foras de inrcia, esforos eletrodinmicos,etc.).

    Se no puder cumprir essa exigncia por meio de uma medida de preveno intrnseca (com uma distribuio estvel das

    massas, por exemplo), a estabilidade deve ser obtida com medidas de segurana especiais. Por exemplo, pode-se limitaros movimentos de certos elementos da mquina, pode-se evitar que a mquina tombe, recorrendo a indicadores, a alar-mes para avisar que a estabilidade est ameaada, a travamento ou, ainda, chumbar rigidamente a mquina a umafundao. Devem ser consideradas a estabilidade esttica e a estabilidade dinmica. Se forem necessrias medidas es-peciais deve ser posto um aviso na mquina e/ou formular tal aviso no manual de instrues.

    Para certas mquinas portteis, tais como as serras circulares portteis, que contatam com a pea trabalhada por meiode um apoio, a estabilidade durante a utilizao condicionada pela forma e pelas dimenses desse apoio.

    6.2.6 Recurso a sistemas de diagnstico para auxiliar a pesquisa de defeitos e a reparao de avarias

    Sempre que possvel devem ser incorporados nas mquinas, na fase de projeto, sistemas de diagnstico destinados a fa-cilitar a pesquisa de falhas ou de avarias.

    Tais sistemas no s melhoram a disponibilidade e a manutenibilidade das mquinas, como tambm reduzem a expo-sio do pessoal de manuteno aos perigos.

    _______________

    /ANEXO A

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    20/41

    NBR NM 213-2:200020

    Anexo A (informativo)(*)Recomendaes de segurana e de sade relativas ao projeto e fabricao de mquinas

    Observaes preliminares

    1 As obrigaes previstas pelas exigncias de segurana e de sade s se aplicam quando houver risco correspondente adeterminada mquina, se esta for utilizada nas condies previstas pelo fabricante. De qualquer forma, as exigncias deA.1.1.2, A.1.7.3 e A.1.7.4 aplicam-se ao conjunto das mquinas tratadas neste anexo.

    2 As exignciasessenciais de segurana e de sade aque seaplica apresente diretiva so imperenergizadas. No entan-to, tendo em conta o estado da tecnologia, podem no seratingidos os objetivos por elas fixados. Nesse caso, e na medi-da do possvel, amquina deve ser projetada e fabricada de modo a atingir tais objetivos.

    A.1 Exigncias essenciais de segurana e de saude

    A.1.1 Generalidades

    A.1.1.1 Definies

    Para efeitos do disposto neste anexo, entende-se por:

    a) zona perigosa, qualquer zona dentro e/ou em torno de uma mquina na qual a presena de uma pessoa exposta

    submetida aum risco para asua segurana ou sade;b) pessoa exposta, qualquer pessoa que se encontre totalmente ou em parte numa zona perigosa;

    c) operador, a(s)pessoa(s) encarregada(s) de instalar, fazer funcionar, regular, fazer manuteno, limpar, reparar outransportar uma mquina.

    A.1.1.2 Princpios de integrao da segurana

    a) As mquinas devem, de origem, estar aptas a cumprir a funo a que se destinam e a ser objeto de regulagem e ma-nuteno sem expor a riscos as pessoas que com elas trabalham quando tais operaes forem efetuadas de acordocom as condies previstas pelo fabricante.

    As medidas tomadas devem ter por objetivo a eliminao de riscos de acidente durante o tempo previsvel de vida da

    mquina, incluindo as fases de montagem e desmontagem, inclusive nos casos em que tais riscos resultem de situa-es anmalas previsveis.

    b) Ao escolher as solues mais adequadas, o fabricante deve aplicar os seguintes princpios, pela ordem indicada:

    - eliminar ou reduzir os riscos, na medida do possvel (integrao da segurana no projeto e na fabricao damquina);

    - tomar as medidas de proteo necessrias em relao aos riscos que no possam ser eliminados;

    - informar os usurios (operador)es dos riscos residuais devidos eficcia no completa das medidas de proteoadaptadas, indicar se exigida uma formao especfica e assinalar se necessrio prever um equipamento de pro-teo individual.

    c) Quando do projeto e da fabricao da mquina e por ocasio da redao do manual de instrues, o fabricante deveconsiderar no s a utilizao normal da mquina, mas tambm a utilizao que pode ser razoavelmente esperada.

    A mquina deve ser projetada de forma a evitar a sua utilizao anmala nos casos em que esta constitua fonte derisco. Nos demais, as instrues devem alertar o usurio acerca das contra-indicaes de sua utilizao, jcomprovadas pela experincia.

    d) Nas condies de utilizao previstas, o incmodo, a fadiga e os limites psquicos (stress) do operador devem ser re-duzidos ao mnimo possvel, levando em considerao os princpios da ergonomia.

    e) O fabricante deve ter em conta, na elaborao do projeto na fabricao, as limitaes impostas ao operador pela utili-zao necessria ou previsvel de equipamentos de proteo individual (por exemplo: sapatos, luvas, etc.).

    f) A mquina deve ser fornecida com todos os equipamentos e acessrios especiais e essenciais para poder serregulada, utilizada e mantida sem risco.

    _______________

    *)Baseado na diretiva Europia (89/392/CEE)

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    21/41

    NBR NM 213-2:2000 21

    A.1.1.3Materiais e produtos

    Os materiais utilizados para a fabricao da mquina ou os produtos reutilizados e criados quando da sua utilizao nodevem estar na origem de riscos para a segurana e sade das pessoas expostas.

    Em caso de emprego de fluidos, a mquina deve ser projetada e fabricada para poder ser utilizada sem riscos, em razode ao enchimento, uso, recuperao e evacuao.

    A.1.1.4Iluminao

    O fabricante deve fornecer iluminao incorporada, adaptada s operaes, sempre que, apesar da existncia de ilumi-nao ambiente com um valor normal, a falta de um dispositivo desse tipo possa provocar riscos.

    O fabricante deve zelar para que no haja zonas de sombra incmodas, encadeamentos incmodos ou efeitos estrobos-cpicos perigosos devidos iluminao por ele fornecida.

    Se determinados rgos internos devem ser inspecionados freqentemente, devem ser equipados com dispositivos deiluminao apropriados; deve acontecer o mesmo s zonas de regulagem e de manuteno.

    A.1.1.5Projeto da mquina com vista sua movimentao

    A mquina, ou cada um dos seus diferentes elementos, deve:

    - ser idealizada para poder ser colocada no lugar ou desmontada sem riscos;

    - ser embalada ou ser idealizada para poder ser instalada sem deterioraes e riscos (por exemplo: estabilidade sufi-ciente, suportes especiais etc.).

    Se a massa, as dimenses ou a forma da mquina ou dos seus diferentes elementos no permitirem o transporte mo, mquina, ou cada um dos seus diferentes elementos, deve:

    - ser equipada com acessrios que permitam a preenso por um meio de elevao, ou;

    - ser de modo a permitir equip-la com tais acessrios (furos roscados, por exemplo), ou;

    - ter uma forma tal que os meios de elevao normais se lhe possam adaptar facilmente.

    Se a mquina, ou um dos seus elementos, for transportada mo, deve:

    - ser facilmente deslocvel, ou;

    - ter meios de preenso (por exemplo, pegas etc.) que permitam transport-la com toda a segurana.Devem ser previstas disposies especiais para a movimentao das ferramentas e/ou partes de mquinas, ainda que le-ves, que possam ser perigosas (forma, material, etc.).

    A.1.2 Comandos

    A.1.2.1Segurana e confiabilidade dos sistemas de comando

    Os sistemas de comando devem ser projetados e fabricados de modo a serem seguros e confiveis e visando evitar qual-quer situao perigosa. Devem, nomeadamente, ser projetados e fabricados de forma a:

    - resistirem s exigncias normais do servio e s influncias exteriores;

    - no se verificarem situaes perigosas em caso de erro de lgica nas manobras.

    A.1.2.2rgos de comandoOs rgos de comando devem ser:

    - claramente visveis e identificveis e, se for o caso, devem ser objeto de uma marcao apropriada;

    - dispostos de modo a permitirem uma manobra segura, sem hesitaes, perdas de tempo e equvocos;

    - projetados de modo que o movimento do rgo de comando seja coerente com o efeito comandado;

    - dispostos fora das zonas perigosas, exceto, se necessrio, para determinados rgos como o de parada de emer-gncia, de instrues para robs;

    - situados de modo que a sua manobra no provoque riscos adicionais;

    - projetados ou protegidos de modo que o efeito desejado, se puder provocar um risco, no se possa produzir semuma manobra intencional;

    - fabricados de forma a resistirem aos esforos previsveis; deve ser dada particular ateno aos dispositivos de pa-rada de emergncia que possam ser sujeitos a esforos importantes.

    Se um rgo de comando for projetado e fabricado para permitir vrias aes diferentes, ou seja, se a sua ao no forunvoca (por exemplo: utilizao de teclados etc.), a ao comandada deve ser claramente visualizada e, se necessrio,ser objeto de confirmao.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    22/41

    NBR NM 213-2:200022

    Os rgos de comando devem ter uma configurao tal que a sua disposio, curso e esforo resistente sejam compatveiscom a ao comandada, tendo em conta os princpios da ergonomia. As limitaes devidas utilizao, necessria ou pre-visvel, de equipamentos de proteo individual (por exemplo: sapatos, luvas, etc.) devem ser tomadas em considerao.

    A mquina deve estar munida de dispositivos de sinalizao (mostradores, sinais etc.) e de indicaes cujo conhecimentoseja necessrio para poder funcionar com segurana. O operador deve poder, do posto de comando, detectar as in-dicaes dessesdispositivos.

    O operador devepoder, a partir do posto de comando principal, certificar-se da ausncia de pessoas expostas nas zonasperigosas.

    Se for impossvel, o sistema de comando deve serprojetado e fabricado de modo a que todas as operaesde partida se- jam precedidas de um sinal de aviso, sonoro e/ou visual. A pessoa exposta deve ter tempo e meios para se opor rapi-damente ao partida da mquina.

    A.1.2.3 Partida

    A partida de uma mquina s deve ser efetuada por uma ao voluntria sobre um rgo de comando previsto para oefeito.

    O mesmo se deve verificar:

    - para a nova partida aps uma parada, seja qual for a sua origem;- para o comando de uma alterao importante das condies de funcionamento (por exemplo, da velocidade, dapresso, etc.);

    - salvo no caso dessa nova partida ou dessaalterao das condies de funcionamento no apresentarem qualquerrisco para as pessoas expostas.

    A nova partidaou a alterao das condies de funcionamento resultantesda seqncianormal de um ciclo automticono so abrangidas por essaexigncia essencial.

    Se uma mquina tiver vrios rgos de comando da partida e, por esse fato, os operadores se puderem colocar mutua-mente em perigo, devem serprevistos dispositivos complementares (por exemplo, dispositivos de validao ou seletoresque no permitam a operao de mais um rgo de partida de cada vez)de forma a excluir esse risco.

    A nova partida, em regime de funcionamento automtico de uma instalao automatizada aps uma parada, deve poder serefetuada com facilidade, depois de observadas as condies de segurana.

    A.1.2.4Dispositivos de parada

    A.1.2.4.1 Parada normal

    Cada mquina deve estar equipada com um rgo de comando que permita a sua parada total em condies de se-gurana.

    Cada posto de trabalho deve estar equipado com um rgo de comando que permita, em funo dos riscos existentes,parar todos os elementos mveis da mquina ou apenas parte deles, de modo a que a mquina esteja em situao de se-gurana. A ordem de parada da mquina deve ser prioritria sobre as ordens de partida.

    Uma vez obtida a parada da mquina ou dos seus elementos perigosos, deve ser interrompida a alimentao de energiados acionadores.

    A.1.2.4.2 Parada de emergncia

    Cada mquina deve estar equipada com um ou vrios dispositivos de parada de emergncia, por meio do(s) qual(quais)possam ser evitadas situaes de perigo latentes ou existentes. So excludas desta obrigao:

    - as mquinas em relao s quais o dispositivo de parada de emergncia no permita reduzir o risco, quer por no re-duzir o tempo de obteno de parada normal quer por no permitir tomar as medidas especficas exigidas pelo risco;

    - as mquinas portteis e as mquinas de comando manual.

    Este dispositivo deve:

    - conter rgos de comando claramente identificveis, bem visveis e rapidamente acessveis;

    - provocar a parada do processo perigoso num perodo de tempo to reduzido quanto possvel, sem provocar riscos su-plementares;

    - eventualmente desencadear, ou permitir desencadear, determinados movimentos de proteo.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    23/41

    NBR NM 213-2:2000 23

    O comando de parada de emergncia deve permanecer bloqueado, s podendo ser desbloqueado por uma manobraapropriada. Esse desbloqueamento no deve recolocar a mquina em marcha, mas apenas permitir a nova partida. Odisparo da funo de parada no deve ser provocado antes de estar na sua posio de bloqueio.

    A.1.2.4.3 Instalaes complexas

    No caso de mquinas ou de elementos de mquinas para trabalhar associados, o fabricante deve projetar e fabric-las demodo que os dispositivos de parada, incluindo a parada de emergncia, possam parar no s a mquina, mas tambm

    todos os equipamentos a montante e/ou a jusante, se a sua manuteno em marcha puder constituir um perigo.

    A.1.2.5Seletor de modo de marcha

    O modo de comando selecionado deve ter prioridade sobretodos os outros sistemas de comando, com exceo da pa-rada de emergncia.

    Se a mquina tiver sido fabricada para permitir a sua utilizao segundo vrios modos de comando ou de funcionamentoque apresentem nveis de segurana diferentes (por exemplo, para permitir a regulagem, a manuteno, a inspeo etc.),deve ser equipada com um seletor de modo de marcha bloquevel em cada posio. Cada posio do seletor devecorresponder a um nico modo de comando ou de funcionamento.

    O seletor pode ser substitudo por outros meios de seleoque permitam limitar a utilizao de determinadas funes damquina a certas categorias de operadores (por exemplo, cdigos de acesso a determinadas funes de comandos

    digitais, etc.).Se, para certas operaes, a mquina deve poder funcionar com os seus dispositivos de proteo neutralizados, o seletorde modo de marcha deve, simultaneamente:

    - excluir o modo de comando automtico;

    - permitir os movimentos apenas por meio de rgos de comando que exijam uma ao contnua;

    - permitir o funcionamento dos elementos mveis perigosos apenas em condies da maior segurana (por exemplo,velocidade reduzida, esforo reduzido, passo a passo, ou outra disposio adequada), impedindo riscos provenientesde seqncias encadeadas;

    - impedir todos os movimentos susceptveis de apresentar riscos pela atuao voluntria ou involuntria sobre os sen-sores internos da mquina.

    Alm disso, o operador deve ter, no posto de regulagem, a possibilidade de controlar o funcionamento dos elementos so-bre os quais atua.

    A.1.2.6Avaria do circuito de alimentao de energia

    A interrupo, o restabelecimento aps uma interrupo, ou a variao, seja qual for o seu sentido, da alimentao deenergia da mquina no deve criar situaes perigosas.

    Em particular no se deve verificar:

    - a partida intempestiva;

    - a obstruo da parada da mquina, quando a ordem de parada j tiver sido dada;

    - a queda ou projeo de qualquer elemento mvel da mquina ou de qualquer pea mantida em posio pela m-

    quina;

    - a obstruo da parada automtica ou manual de quaisquer elementos mveis;

    - a ineficcia dos dispositivos de proteo.

    A.1.2.7Avaria do circuito de comando

    Um defeito que afete a lgica do circuito de comando, uma avaria ou uma degenerao do circuito de comando no de-vem criar situaes perigosas.

    Em particular no se deve verificar:

    - a partida intempestiva;

    - a obstruo da parada da mquina, quando a ordem da parada j tiver sido dada;

    - a queda ou projeo de qualquer elemento mvel da mquina ou de qualquer pea mantida em posio pela m-quina;

    - a obstruo da parada automtica ou manual de quaisquer elementos mveis;

    - a ineficcia dos dispositivos de proteo.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    24/41

    NBR NM 213-2:200024

    A.1.2.8Suportes lgicos

    Os suportes lgicos do dilogo entre o operador e o sistema de comando ou de controle de uma mquina devem ser orien-tados para o usurio (operador).

    A.1.3 Medidas de proteo contra os perigos mecnicos

    A.1.3.1 Estabilidade

    A mquina, bem como os seus elementos e equipamentos, deve ser projetada e fabricada para que, nas condies de fun-cionamento previstas (tendo eventualmente em conta as condies climticas), a sua estabilidade seja suficiente para per-mitir a sua utilizao sem riscos de derrube, de queda ou de movimentos intempestivos.

    Se a prpria forma da mquina, ou a sua instalao prevista, no permite assegurar uma estabilidade suficiente, devem serprevistos, e indicados no manual de instrues, os meios de fixao apropriados.

    A.1.3.2 Risco de ruptura em servio

    As diferentes partes da mquina, bem como as ligaes entre elas, devem poder resistir s solicitaes a que so sub-metidas durante a utilizao prevista pelo fabricante.

    Os materiais utilizados devemapresentar um resistncia suficiente, adaptada s caractersticasdo meio de utilizao pre-vistopelo fabricante, nomeadamente no que diz respeito aos fenmenos de fadiga, envelhecimento, corroso,abraso.

    No manual de instrues, o fabricante deve indicar os tipos e a freqncia das inspees e das operaes de manutenonecessrias por razes de segurana e, eventualmente, as peas cuja substituio seja necessria, por desgaste, bemcomo os critrios dessa substituio.

    Se houver riscosde ruptura, apesar das precaues tomadas (casodas ms, por exemplo), os elementosmveis em ques-to devem ser montados e dispostos de modo a, em caso de ruptura, os seus fragmentos serem retidos.

    As condutas rgidas ou flexveis que transportam fluidos, em especial a alta presso, devem suportar as solicitaes in-ternas e externas previstas e estar solidamente presas e/ou protegidas contra agresses externas de qualquer natureza; to-mar-se-o precaues para que, em caso de ruptura, no possam ocasionar riscos (movimentos bruscos, jatos a altapresso, etc.).

    No caso do material a usinar ser automaticamente lesado ferramenta, devem-se cumprir as condies a seguir, para evi-tar riscos para as pessoas expostas (por exemplo, ruptura da ferramenta):

    - quando do contato ferramenta/pea, aquela deve ter atingido as suas condies normais de trabalho;

    - quando do partida e/ou parada da ferramenta (voluntria ou acidental), o movimento de transporte do material e o mo-vimento da ferramenta devem ser coordenados.

    A.1.3.3 Riscos devidos as quedas e projees de objetos

    Devem ser tomadas precaues para evitar as quedas ou projees de objetos (peas usinadas, elementos de mquinas,ferramentas, aparas, fragmentos, resduos, etc.) que possam apresentar risco.

    A.1.3.4 Riscos devidos a superfcies, arestas, ngulos

    Os elementos da mquina normalmente acessveis no devem ter, na medida em que a respectiva funo o permita, ares-tas vivas, ngulos vivos ou superfcies rugosas susceptveis de causar ferimentos.

    A.1.3.5 Riscos devidos a mquinas combinadas

    Se a mquina estiver prevista para poder efetuar vrias operaes diferentes com preenso manual de pea entre cadaoperao (mquina combinada), deve ser projetada e fabricada para que cada elemento possa ser utilizado separadamentesem que os outros constituam um perigo ou um incmodo para a pessoa exposta.

    Para esse fim, cada um dos elementos, se no estiver inteiramente protegido, deve poder ser colocado em marcha ou imo-bilizado individualmente.

    A.1.3.6 Riscos devidos s variaes de velocidade de rotao das ferramentas

    Se a mquina for projetada para efetuar operaes em condies de utilizao diferente (por exemplo, em matria de velo-cidade e de alimentao), deve ser projetada e fabricada de modo que a escolha e a regulagem dessas condies possamser efetuadas de maneira segura e confivel.

    Cpia no autorizada

  • 8/2/2019 Nbr Nm 213-2-2000 - Seguranca de Maquinas - Conceitos Fundamentais Principios Gerais de Projeto

    25/41

    NBR NM 213-2:2000 25

    A.1.3.7 Preveno de riscos ligados aos elementos mveis

    Os elementos mveis da mquina devem ser projetados, fabricados e dispostos de modo a evitar riscos ou, quando sub-sistirem riscos, ser munidos de protetores ou de dispositivos de proteo, de modo a prevenir qualquer risco de contatoque possa provocar acidentes.

    Devem ser tomadas todas as disposies necessrias para impedir o bloqueio imprevisto dos elementos de trabalhomveis. Nos casos em que, apesar das precaues tomadas, possa ocorrer um bloqueio, devem ser fornecidos pelo fa-

    bricante meios de proteo especficos, ferramentas especficas, um manual de instrues e eventualmente uma in-dicao na mquina que permitam o desbloqueamento sem riscos.

    A.1.3.8 Escolha da proteo contra os riscos ligados aos elementos mveis

    Os protetores ou dispositivos de proteo utilizados para a proteo contra os riscos ligados aos elementos mveis de-vem ser escolhidos em funo do risco existente. As indicaes