12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

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Como escrever teses e monografias

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ISBN 13: 978-85-352-2212-8

ISBN 10: 85-352-2212-X

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A48c Alves, Magda

Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo/

Magda Alves.– Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 – 4a

reimpressão

Inclui bibliografia

ISBN 85-352-2212-X

1. Teses. 2. Redação técnica. 3. Relatório – Redação.

4. Pesquisa – Metodologia. I. Título.

06-2883. CDD 808.066

CDU 001.818

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Agradecimentos

A você Tasso, bem como a Roberto e Heloísa, filhos amados, agradeço o incentivo

que sempre esteve presente no nosso existir.

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Introdução

A produção do conhecimento exige do autor uma certaorganização de seu texto. Quanto mais elevada for a exigên-cia da etapa acadêmica, mais essa disciplina se impõe.

Tanto nos cursos de graduação, quanto nos de pós-gra-duação, mestrado ou mesmo doutorado, torna-se necessá-ria a monografia como requisito essencial para a obtençãodo diploma ou da certificação.

Acresce-se ainda que, para além da obediência a essaobrigatoriedade, há um dado maior que se refere, especifi-camente, à função precípua da universidade, qual seja, a dearticular ensino e pesquisa. Não há como dissociar essesdois eixos caso se anseie que a universidade cumpra com oseu papel político-social de formação de cidadãos reflexivose críticos.

Pensando nesses aspectos e na intenção de oferecer aopúblico acadêmico algo que atenda às dificuldades com asquais o estudante se defronta quando é solicitado a cons-truir ideias acerca de temas relevantes, elaborou-se, em de-talhes, este livro, para que funcione como fonte de consulta

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sobre diferentes tipos de produção científica, delimitandosuas características.

Este livro está dividido em tópicos. No primeiro, trabalha-se o que é ciência e o sentido de neutralidade. No segundo,são detalhados os diferentes tipos de conhecimentos. No ter-ceiro, especifica-se os requisitos necessários para elaborardiversos tipos de trabalhos científicos, a saber: o relatório, oresumo, o informe científico, o artigo científico, a resenha e amonografia. No quarto, aborda-se a pesquisa, apontando anatureza do trabalho científico e a ética na pesquisa. Apre-senta-se, ainda neste tópico, os diferentes tipos de pesquisa ecomo se elabora um projeto. O quinto tópico trata das dife-rentes maneiras de manusear a bibliografia consultada, orien-tando a elaboração do fichamento. Os dois últimos, encerran-do o livro, especificam as questões relacionadas com os as-pectos gráficos e formais do trabalho científico (organizaçãodos originais, paginação) e as referências, apresentando emdetalhes como são registradas as fontes, segundo as normasda ABNT vigentes.

Espera-se conseguir atender às necessidades dos estudan-tes de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado,quando empenhados na produção e apresentação de suasideias.

Para que serve este livro?

Como escrever teses e monografias surgiu da inquietação vivi-da na prática ao se trabalhar com a disciplina de Métodos eTécnicas de Pesquisa, quer com alunos dos cursos de gra-duação, quer com os de pós-graduação, mestrado e em pes-quisas na universidade.

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Como escrever teses e monografias poderá ajudá-lo na medi-da em que você se defrontar com os desafios próprios daestruturação de seu trabalho acadêmico.

Como deve ser usado este livro?

Sempre que você precisar redigir uma etapa de seu traba-lho, recorra à palavra-chave que você procura. Por exemplo:se deseja saber como se deve elaborar um projeto de pesqui-sa, procure a palavra-chave projeto de pesquisa. Da mesmaforma, se deseja saber como elaborar um relatório, procureem relatório. A palavra-chave estará em destaque não só nocorpo do trabalho, como no próprio sumário. Junto a elavirão todas as informações.

A publicação de uma nova edição se justifica pela necessi-dade de atualizar informações, inclusive realizar algumasalterações, para se estar em concordância com as novas publi-cações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNTNBR14 724 e NBR 15 287, emitidas em 30 de dezembro de2005, com validade prevista a partir de 30 de janeiro de 2006).

INTRODUÇÃO 11

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-1

CIÊNCIA: significado, critérios e sentido de neutralidade

CIÊNCIA: SIGNIFICADO

• É um empreendimento preocupado, exclusivamente,com o conhecimento e a compreensão dos fenômenos.Ela se desenvolve, “em parte, pela necessidade de ummétodo de conhecimento e compreensão mais seguro edigno de confiança do que os métodos desprovidos decontrole” (KERLINGER, 1979, p. 12).A preocupação do cientista é a de contribuir para abusca de melhor qualidade de vida da humanidade,tornando o homem mais consciente das consequênciase do valor de seus atos.

A CIÊNCIA EXIGE:

Capacidade de discernir as diferenças e semelhanças,refletindo sobre a singularidade ou não dos fenômenos(fatos) observados.Domínio de técnicas de coleta de dados.Manuseio e uso de dados.Capacidade de manusear fontes bibliográficas.

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Versatilidade na discussão teórica.

Conhecimento de teorias e autores.

CIÊNCIA: CRITÉRIOS

Toda produção científica deve atender aos seguintes critérios:

Coerência: significa argumentação estruturada; ausênciade contradições; corpo sistemático de enunciados bemdeduzidos, permitindo um encadeamento lógico das ideias.

Consistência: significa capacidade de resistir a argu-mentações contrárias; diz respeito à atualidade da ar-gumentação.

Originalidade: significa produção não repetitiva; refe-re-se à pesquisa criativa, inventiva.

Objetivação: significa a tentativa de descobrir a realidadecomo ela é, sem pretender esgotá-la em uma única pesquisa.

CIÊNCIA E NEUTRALIDADE

A neutralidade em ciência não existe. Como assinalamAranha e Martins: "a ciência não é um saber neutro,desinteressado, à margem do questionamento social epolítico acerca dos fins de suas pesquisas " (1986, p. 16).

Embora o ser humano seja o construtor da ciência, é asociedade em que ele vive que lhe fornecerá os instru-mentos e os dados/objetos que darão sentido a sua ati-vidade de apreensão da realidade.

Exemplo: dados acerca da população, ou da realidadesobre o fracasso escolar existente no âmbito educacional,são colhidos no campo pelo pesquisador. O perigo reside nofato de os valores do pesquisador intervirem no que estásendo investigado, " mascarando" os resultados.

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2O CONHECIMENTO

CONCEITO

“Consiste em toda atividade do espírito tendente à apreensãode objetos, bem como um conjunto de teorias e informaçõesque resultam desta atividade ao longo do tempo” (SAAVE-DRA; MONTEIRO, 2001, p. 26).

Assim, o indivíduo é um ser em constante processo dese produzir e produzir seu bem-estar e o faz em ummovimento de apreensão da realidade.

Dependendo da maneira pela qual o ser humano entraem contato com o mundo que o cerca, ele utiliza suarazão para fazer frente a esse mundo.

O ser humano (como também a sociedade, consideradaum conjunto de indivíduos) é um ente cognoscente; uti-liza sua inteligência para aproximar-se do objeto cog-noscível (passível de ser conhecido). A sociedade forne-ce ao indivíduo os instrumentos (como também valo-res, ideias, normas) necessários à sua atividade.

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TIPOS DE CONHECIMENTOS

Conhecimento empírico, espontâneo, vulgar

ou senso comum

A apreensão do objeto de conhecimento é inicialmenterealizada no ato de se relacionar com o mundo; é pró-pria a todo indivíduo. Não é tematizada. É pré-reflexi-va; é constituída do senso comum de agir, de pensar.É o conhecimento que é construído sem uma preocupaçãodeterminada. É a porção maior do conhecimento do homem.Não analisa o testemunho da informação, portanto, émais sujeito a erro.Resulta das normas que as pessoas e os grupos sociaisadotam e que são transmitidas de uma geração para outra.Trata-se de um conhecimento subjetivo, o que implica umposicionamento em relação às coisas a partir de quem asobserva, no qual juízos pessoais e de valor são influenciados.Trata-se, ainda, de um conhecimento fragmentário (ARA-NHA; MIRANDA, 1986), uma vez que o indivíduo nãofaz conexões entre os fatos e o fenômeno que os provo-cou, permanecendo na superficialidade. Não há o apro-fundamento na investigação.Configura-se como um conhecimento desprovido de crité-rios rigorosos de observação, preso a um recorte da realida-de, contaminado de preconceitos e conclusões apressadas.

Exemplo: o conhecimento do lavrador que sabe quando étempo de plantar (modus faciendi), o qual lhe foi transmitidopelas gerações anteriores.

Você já se perguntou por que o açúcar estanca o sangue?

Observa-se que alguns desses conhecimentos produzidossão comprovados pela ciência e outros permanecem noideário popular, sem nenhuma fundamentação científica.

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Exemplos comprovados Exemplos de fruto do ideário cientificamente: popular:– O caso citado sobre – Manga com leite faz mal.

o lavrador – Teia de aranha cura mal - O caso do estancamento de sete dias de umbigo

de sangue de recém-nascido.

Conhecimento filosófico

Trata-se de um conhecimento vinculado ao mundo; éracional, porém não é verificável, visto que consiste na refle-xão crítica sobre os princípios e fundamentos das coisas.

A filosofia trabalha com os avanços da ciência paraexplicar o mundo. Ela é especulativa sobre o homem eas coisas da vida. Suas afirmações mudam de acordocom as verdades da ciência e seus avanços.

Conhecimento teológico

Parte de pressupostos que não são passíveis de verifica-ção. É produto da fé humana. O homem busca respostasnas entidades divinas, nos sacerdotes, nos líderes espiri-tuais de diversas religiões para questões que nem o conhe-cimento vulgar, nem o científico conseguem responder.

Parte da fé, apoiando-se em uma crença religiosa mar-cada por valores absolutos e incontestáveis, relativos àscoisas sagradas.

Conhecimento científico

Pertence ao rol do conhecimento intelectual, porém vaimais além para buscar conhecer e demonstrar as causasdas coisas, dos fatos, seu estágio de evolução até demons-trá-las, concluindo e generalizando a respeito da realidade.

O CONHECIMENTO 17

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Nasce da dúvida e se fixa na certeza; é metódico e sis-temático, procurando encontrar a relação entre os fenô-menos, formulando leis.

Estabelece leis válidas para todos os casos de uma mes-ma espécie, que venham a ocorrer nas mesmas circuns-tâncias.

Procura investigar a relação entre os componentes dofenômeno para enunciar as leis gerais que regem essesfenômenos.Por exemplo: quando se deseja investigar de que maneiraa elaboração de um cardápio poderá intervir na qualidadedo estado nutricional de comensais em uma unidade dealimentação e nutrição, se estará trabalhando com duasvariáveis/dois fenômenos: o planejamento/elaboração docardápio e o estado nutricional dos comensais. Se houver ainterferência da primeira variável/primeiro fenômeno(planejamento do cardápio), certamente a segunda variá-vel (estado nutricional) se alterará. Daí se dizer que o co-nhecimento científico nasce da dúvida, que pode advir deum problema a ser investigado, ou de uma hipótese a serconfirmada ou negada. De qualquer forma, o pesquisadorpoderá se fundamentar em fontes bibliográficas somente erealizar um trabalho de reflexão sobre elas, comparando-as, “dialogando” com os autores para, então, realizar suasinferências. Poderá, contudo, utilizar-se de fontes biblio-gráficas para fundamentar suas ideias, articulando-as aoutros procedimentos de coleta de dados (entrevistas,observações no campo) para buscar respostas às suasinquietações.

O que caracteriza as diversas espécies de conhecimento éo modo de o sujeito lidar com a realidade.

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3TRABALHOS CIENTÍFICOS

USUAIS: caracterização e estrutura

3.1 O RELATÓRIO

O que é

É uma descrição objetiva de fatos, acontecimentos eque vem seguida de uma análise, visando tirar conclu-sões ou ainda tomar decisões acerca de investigaçõesrealizadas na realidade.

No relatório deve-se enumerar os temas discutidos, osproblemas levantados e as soluções apresentadas.

Estrutura do relatório

Compõe-se de três partes: pré-textual, textual e pós-tex-tual.Pré-textual: capa, folha de rosto, resumo, listas de ilus-trações e sumário.

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• A capa deve conter: nome do autor, título, subtítulo(se houver), local, ano da conclusão do relatório.

• A folha de rosto deve conter: nome do autor do rela-tório, título, natureza do trabalho, nome da institui-ção a que se refere o relatório.

• O resumo consiste na apresentação sucinta dos pon-tos relevantes do relatório. Trata-se de um texto con-ciso em que se apresenta um resumo da natureza dotrabalho realizado. Expõe a finalidade (o objetivo), ametodologia, os resultados alcançados e a conclusãoa que se chegou, sempre de modo bem resumido.Deve ser escrito guardando uma sequência lógica,com frases concisas, sem utilizar parágrafos.Nos relatórios de monografias ou teses o resumonão deve ultrapassar uma lauda, contendo aproxi-madamente 500 palavras. Nos artigos científicos,não deve ultrapassar 15 linhas.Todo trabalho monográfico, artigo científico emesmo tese devem conter também um resumoescrito em outra língua. Em inglês, abstract; em fran-cês, résumé, ou, em castelhano, resumen. Este resumoem língua estrangeira vem em seguida ao resumona língua vernácula.

• Todo resumo deve vir seguido de Palavras-chave maisusadas no corpo do trabalho.

• As listas de ilustrações consistem em apresentar,separadamente, em cada folha, uma lista própriaa cada tipo de ilustração. Exemplo: lista de qua-dros; lista de gráficos; lista de desenhos etc. Anumeração obedece à da página onde as ilustra-ções aparecem.

• O sumário consiste na enumeração dos partes quecompõem o relatório, acompanhadas de numeraçãodas páginas.

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Textual: introdução, desenvolvimento, conclusão, recomen-dações e sugestões

A introdução é a parte inicial do texto. Deve ser elabo-rada ao final de todo texto escrito e deve conter:

� A contextualização do tema. Significa dizer que se deveapresentar breve quadro histórico do fato – o quê –a relatar – o ontem e o hoje –, localizando no tempoe no espaço geográfico. Esta parte, também, respon-de à questão do local onde se realizou a atividade equando foi feita.

� Os objetivos da atividade investigada. Esta parte respondeao para que finalidade o relatório foi elaborado. Detalhessobre como formular objetivos, veja na página 51.

� A justificativa do relatório. Esta parte responde aoporquê o relatório foi feito. Detalhes sobre como for-mular a justificativa, veja em Projeto de Pesquisa,página 47.

� A metodologia, ou seja, o caminho usado na investiga-ção. Esta parte do trabalho responde ao como, comquem, com que recursos se trabalhou. Detalhes comoelaborar a metodologia e a coleta de dados, veja emProjeto de Pesquisa, página 61.

� Outras informações. Nesta parte são dadas informa-ções sobre o tema do relatório. Deve-se apresentar asíntese global do estudo realizado, destacando suaimportância e os resultados alcançados, inclusive.

� A composição do documento. É um breve relato de comoestá organizado o documento (em seções? em tópicos?).

Exemplo: este relatório está organizado em seções cujostítulos são: seção 1 Introdução. 2 A caracterização daInstituição. Nesta seção apontaram-se as estruturasque compõem a instituição investigada ..........

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A função da Introdução é a de dar ao leitor uma ideiageral do que ele irá encontrar no corpo do relatório.

O Desenvolvimento

� Compreende a descrição, o relato (observação, parti-cipação e/ou intervenção), organizado segundo cri-térios adequados – semelhança, cronologia etc. –,podendo o texto ser elaborado em tópicos ou emforma contínua.

� É fundamental o registro de dados ou períodos derealização das atividades descritas. Mais detalhessobre como escrever o desenvolvimento, veja emProjeto de Pesquisa, página 25.

A Conclusão

Nesta parte do relatório deve-se registrar os resultadosdas análises das atividades realizadas, bem como omaterial crítico, feitos de forma fundamentada.

� Na conclusão deve-se retomar a visão inicial apre-sentada na Introdução, principalmente em relaçãoaos objetivos traçados.

� Na conclusão apresentam-se, também, os resultadosalcançados, comentando-os e realçando a contribui-ção da atividade à atividade proposta inicial, quedeu origem ao relatório.

� Na conclusão não deve aparecer nenhum dado novo.

Recomendações e sugestões. Nesta parte do trabalho sãoincluídas indicações práticas, resultantes do estudo feito.

� Há quem use escrever as recomendações e sugestõesno final da Conclusão.

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Pós-textual: referências, glossário e anexos.

ReferênciasNelas são registradas as fontes consultadas e referencia-das no corpo do trabalho.

� Devem ser organizadas em ordem alfabética de auto-res ou na ordem numérica em que foram referencia-dos, caso o relator tenha optado pelo sistema numé-rico. Para mais detalhes, consulte o capítulo ComoElaborar Referências.

AnexosNesta parte são incluídos documentos que não foramelaborados pelo autor, mas que servem de fundamen-tação, comprovação ou mesmo ilustram o trabalho.

� São identificados por letras maiúsculas.Exemplo: Anexo A – Histórico Escolar da Instituição.

GlossárioConsiste em uma lista de palavras, escritas em ordemalfabética, utilizadas no texto, acompanhadas dos seussignificados.

3.2 O TEXTO CIENTÍFICO

O que é

A elaboração de um texto científico é uma das etapasdo processo de pesquisa.

É o instrumento pelo qual o pesquisador irá apresentarsuas ideias. Estrutura-se em três partes: introdução, de-senvolvimento e conclusão.

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Estrutura do texto científico

O título e subtítulo, se houver.

O autor do texto, seguido de um indicador numéricopara informar, em rodapé, a sua titulação.

O resumo ou sinopse e abstract: constitui-se em umaapresentação concisa e seletiva do trabalho.

� Nele o autor expõe a finalidade, a metodologia, osresultados e as conclusões. Deve ser explicativo,redigido em uma sequência lógica e em um únicoparágrafo.

� Deve ser escrito em língua vernácula. Em artigos, oresumo não pode ultrapassar 15 linhas .

� Abstract é o resumo escrito em inglês. Na versão es-panhola chama-se resumen e, na francesa, résumé. Oresumo em língua estrangeira vem sempre em se-guida ao resumo em língua vernácula.

Introdução. Tem a finalidade de apresentar o assuntoao leitor e colocá-lo a par da relevância do tema, bemcomo indicar qual o método que foi utilizado para ela-borar as ideias.

� A Introdução deve:

• Definir o assunto/tema que foi tratado.

• Situar o assunto em relação ao tempo, à relevânciado problema, à contribuição que tal assunto trazpara a sociedade e para o ser humano.

• Situar o assunto no espaço geográfico.

• Estabelecer os objetivos do trabalho e as questõesde estudo levantadas.

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• Apresentar a metodologia de busca da solução doproblema.

• Apresentar como está organizado o texto.

Apesar de ser a Introdução, é a última parte do texto aser elaborada, posto que só se pode introduzir algo se essealgo já existe.

A Introdução deve ser coerente com o Desenvolvimentoe a Conclusão do texto. Não deve conter nada que nãotenha sido abordado no trabalho.

Observações

A comunicação científica admite:

� a impessoalidade no texto, ou seja, o uso da 3ª pes-soa do singular na voz ativa.

Exemplo: “Pretende-se, neste estudo, ...”, Pesquisou-se ..."

� Evite usar termos imprecisos, vagos, ambíguos e, seutilizar uma terminologia técnica, deixe claro o sen-tido que está trabalhando.

Desenvolvimento. Trata-se do corpo do trabalho.

� É apresentado de forma descritiva.

� Tem a finalidade de expor e demonstrar logicamen-te o objeto de estudo.

� Deve haver um encadeamento lógico nas proposições.

� No processo de construção de ideias, evite usargeneralizações, tais como: “Todos sabem que...”

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“Geralmente...”; “Comumente...”; “Alguns autoresafirmam...”; “Segundo alguns autores...”

� Evite construir frases muito longas, usar palavrassupérfluas, pedantismos, gírias na argumentação e,ainda, aumentativos e diminutivos, ou mesmo su-perlativos, o que prejudica o estilo.

Como se estrutura: o desenvolvimento pode ser divididoem partes – seções primárias, seções secundárias, variandoconforme a abordagem do tema.

Conclusão

� Constitui a fase final do processo de elaboração dotexto científico, que teve início na Introdução.

� É o clímax do trabalho.

� Deve ter alguns elementos estruturais para que estaculminância se efetive.

� É o momento da recapitulação das conclusões a queo autor chegou em cada parte do desenvolvimento.

� Deve conter a análise das inferências, conclusões aque o autor chegou ao longo de sua busca.

� A comunicação dos resultados é fundamental.

É fundamental que os dados contidos na Conclusão este-jam em relação direta com os objetivos perseguidos e comas questões levantadas. Não deve conter nenhum elemen-to novo, não discutido no corpo do trabalho.

Referências

� Sua inclusão é obrigatória.

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� É a parte final do trabalho científico.

� Tem como finalidade fornecer todas as indicaçõesdetalhadas sobre as fontes e documentos, entre outroselementos utilizados para a elaboração do texto.

Observação: para melhor desenvolver um trabalho cien-tífico é necessário que se domine a técnica de ler e de resu-mir textos.

3.3 O RESUMO

Para resumir precisa-se “ler com inteligência”. Ler com inte-ligência significa percorrer alguns passos. Veja-se, a seguir:

Como resumir 1o passo: identifique-se precisamente com o texto que

deseja resumir. Para isto, é preciso que se leia o texto todo.

2o passo: em seguida, numere os parágrafos do texto.

3o passo: sublinhe em cada parágrafo as ideias princi-pais e os pormenores importantes e faça bre-ves anotações à margem do texto (sublinhe com inteligência! Não polua o texto com mar-cações inúteis).

Lembre-se de que, em geral, cada parágrafo contémuma ideia principal e começa com uma frase importan-te. O que se segue no parágrafo é a explicação, é a ilus-tração da ideia principal.

4o passo: ao término dessa etapa de assinalamento dos dados significativos, confronte o que foi de-tectado com os parágrafos lidos.

TRABALHOS CIENTÍFICOS USUAIS: caracterização e estrutura 27

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5o passo: expresse, então, com suas palavras, o que você entendeu do texto.

6o passo: Lembretes!

� Só se deve sublinhar depois de feita a primeira leitu-ra, porque já se terá a noção do que trata o texto.

� Deve-se reconstruir o parágrafo a partir das pala-vras sublinhadas, num movimento integrador deideias.

� Evite expressões como “O autor descreve...”, ou “Nes-te artigo, o autor descreve que...”

� Deve-se suprimir palavras secundárias do texto(advérbios, conjunções, adjetivos), desde que nãoprejudique a compreensão.

� Elimine as informações secundárias.

� Valha-se de paráfrases e/ou citações literais quandoconsiderar importante manter a ideia do autor con-sultado, porém não abuse desses recursos.

3.3.1 Tipos de resumo

1 – Indicativo: contém um número de informações que sin-tetiza o conteúdo do informe, do artigo ou mesmo dolivro a que se refere o resumo.

2 – Informativo: é aquele em que as ideias principais e osdetalhes do texto são resumidos com fidelidade aooriginal.

3 – Resumo crítico: apresenta uma crítica coerente, com ba-se científica, sobre o texto lido.

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Partes do resumo

Todo resumo deve conter:

�Um título. Esse título deve ser fiel ao título originaldo texto quando se está trabalhando somente sobreum texto. Ao se trabalhar com vários textos, o títulodeverá ser criado pelo autor que está escrevendo oresumo.

�Um desenvolvimento

�Referências

Feito o resumo, registre-se as fontes consultadas, ten-do o cuidado de obedecer à ordem alfabética de auto-res, como também às normas da ABNT (veja a seçãoComo Elaborar Referências).

Aconselha-se consultar o tópico que trabalha o Plano deManuseio de Bibliografia, pois assim se terá condições derealizar os registros das fontes de forma organizada.

3.4 RESENHA CRÍTICA

Aresenha crítica é realizada quando se deseja fazer a apre-sentação do conteúdo de uma obra. Indica-se a forma deabordagem do autor sobre o tema e a teoria utilizada.

Ela envolve um conceito de valor, formulado por quemredige a resenha. Isto significa dizer que houve, ante-riormente, a leitura da obra e, a partir daí, foi realizadauma crítica, redundando, portanto, em uma análise crí-tica, contendo um conceito de valor, emitido pelo rese-nhista sobre a obra lida.

TRABALHOS CIENTÍFICOS USUAIS: caracterização e estrutura 29

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A finalidade da resenha é a de informar sobre as contri-buições do autor da obra avaliada, não cabendo ao re-senhista deturpar o pensamento do autor da obra.

A resenha se constitui em uma síntese das ideias ex-pressas pelo autor, apontando falhas ou erros de infor-mação (quando houver), bem como a contribuição va-liosa do autor, se for o caso.

Descreve-se as propriedades da obra consultada; apre-senta-se as credenciais do autor da obra; resume-se asideias do autor; apresenta-se suas conclusões e a meto-dologia empregada, expondo em que referenciais oautor se fundamentou. Finaliza-se com a avaliação dasinformações contidas na obra e de como foram expos-tas, informando a que público a obra se destina (ME-DEIROS, 1997).

Trata-se de uma leitura analítica da obra e, para tanto,deve conter dados como:

1. Dados do livro: autor, título, local da publicação, edi-tora, ano, como também, o gênero do livro.

2. Nome do resenhista. Exemplo: resenhado por...

3. O que se pôde extrair da obra lida. Sob que perspec-tiva é tratado o assunto?

4. Que questões teórico-práticas se poderia levantar so-bre a obra lida?

5. Que aplicações práticas a leitura da obra poderá pos-sibilitar?

6. Para que público esta leitura seria indicada?

7. A que conclusão o autor da obra chegou?

8. Seguem-se as críticas do resenhista.

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Medeiros (1997) sugere um outro modelo:

1. Referências da obra consultada.

2. Credenciais do autor.

3. Resumo da obra (digesto).

4. Conclusões do autor (caso sejam mencionadas).

5. Metodologia da autoria.

6. Quadro referencial do autor.

7. Crítica do resenhista (apreciação).

8. Indicações do resenhista.

Segundo a NBR 6028 (BRASIL, ABNT, 2003), o resumocrítico é também chamado de resenha.

3.5 O INFORME CIENTÍFICO

É o mais sucinto de todos os trabalhos científicos.

Caracteriza-se por descrever os resultados a que che-gou o pesquisador, quer sejam parciais, quer sejam osresultados finais da pesquisa.

Constitui-se em um relato das atividades desenvolvi-das na pesquisa. Sua finalidade é a de divulgar os resul-tados obtidos.

3.6 O ARTIGO CIENTÍFICO

É um estudo resumido sobre um tema que trata de ques-tões de natureza científica.

Pela sua dimensão e conteúdo representa o resultadode estudos realizados.

São publicados em revistas e periódicos especializados.

TRABALHOS CIENTÍFICOS USUAIS: caracterização e estrutura 31

Page 28: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

São trazidos a público para relatar pesquisas feitas epara dar conhecimento dos resultados alcançados.

Deve conter abordagens atuais, novas e diferentes. De-ve oferecer soluções para questões controversas.

A estrutura do artigo científico

É a mesma exigida para trabalhos científicos. Contém:

Título, subtítulo.

• Autor(es).

Credenciais do(s) autor(es). Essas credenciais costu-mam vir em nota de rodapé. Deve-se indicar a origemde seu credenciamento acadêmico.Exemplo:José Paulo Negretto*. No rodapé vem a credencial: *Dou-tor em Educação – UFF.

Resumo. Este resumo vem logo após o nome do au-tor. O resumo em língua estrangeira vem a seguir aoresumo, em vernáculo, do artigo. Deve ser escrito semparágrafo (parágrafo único) e conter no máximo 250palavras.

� Somente no resumo crítico, pelas características que odeterminam, não há limites de palavras.

� No resumo devem constar o objetivo, a metodolo-gia, os resultados e as conclusões a que o autorchegou.

Palavras-chave : são palavras que indicam o conteúdo deque trata o artigo. Deve-se escrever cerca de quatropalavras, separadas por pontos.

32 Como escrever teses e monografias

Page 29: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Introdução. Nesta parte, o autor do artigo deve preocu-par-se em apresentar o assunto, os objetivos, a metodo-logia, a relevância do tema, as limitações e proposições.

Desenvolvimento. Compreende o texto propriamentedito; apresenta-se como o corpo do artigo. Nele, o autorexpõe, demonstra o estudo, apresenta a avaliação dosresultados e a comparação com outras obras. Pode sersubdividido em seções ou tópicos. Pode-se usar o siste-ma de numeração arábica para separar as seções outópicos.

Conclusão e comentários. Compreende a dedução lógi-ca do autor, fundamentada no texto de forma reduzida.

Referências. Deve-se obedecer às normas da ABNT.

Data da produção do texto.

3.7 A MONOGRAFIA: A DISSERTAÇÃO – A TESE

O trabalho monográfico “consiste no tratamento escri-to de um tema específico” (ASTI VERA, 1976, p. 164).

“Esse tratamento deverá resultar em interpretação cien-tífica com a finalidade de apresentar uma contribuiçãorelevante ou original e pessoal à ciência” (SALOMON,1972, p. 207).

Trata-se de um trabalho sistemático, metódico, feito emprofundidade, no qual se utiliza uma metodologiaespecífica para a investigação científica.

Tem a finalidade de:

� Descobrir e redescobrir verdades.

� Esclarecer fatos ou teorias, utilizando técnicas erecursos.

TRABALHOS CIENTÍFICOS USUAIS: caracterização e estrutura 33

Page 30: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

� Ordenar conhecimentos e experiências.� Comunicar as descobertas, os resultados.

Deve apresentar resultados que permitam a qualqueroutra pessoa que realizar a mesma investigação, nas mes-mas circunstâncias, encontrar os mesmos resultados.É construída com o auxílio de um orientador (mestre e/ou doutor, se o grau pretendido do aluno é a graduação,bacharel ou mesmo o título de pós-graduado e especiali-zação; doutor, se o título pretendido do aluno for de mes-tre ou de doutor).

3.7.1 Estrutura da monografia

Obedece ao mesmo esquema de outros trabalhos cien-tíficos, compreendendo a parte pré-textual, textual epós-textual.

3.7.1.1 Parte pré-textual

Compreende capa, folha de rosto, errata (opcional), fo-lha de aprovação, dedicatória (opcional), agradecimen-to (opcional), epígrafe (opcional), resumo na língua ver-nácula, resumo na língua estrangeira, listas de ilustra-ção, sumário.

a) A capa deve conter o nome da instituição (em cima dafolha, centralizado, em caixa-alta e negrito); nome doautor (escrito com letras comuns, sem negrito); o título(centralizado, escrito em caixa-alta e em negrito) e osubtítulo se houver.

• O título deverá ocupar o meio da folha. Abaixo , cen-tralizado, deverá vir o local da instituição e, abaixodeste dado, o ano da entrega do trabalho.

34 Como escrever teses e monografias

Page 31: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Exemplo de capa:

UNIVERSIDADE XXXXXXXXX

Nome do autor

TÍTULO DA MONOGRAFIA : subtítulo (se houver)

Local

Ano

b) A folha de rosto deve conter o nome do autor (central-izado, em caixa-alta e em negrito, escrito na partesuperior da folha). O título da monografia (centraliza-do, em caixa-alta, e negrito, localizado no meio dafolha), a natureza do trabalho, na lateral direita da fo-lha (monografia apresentada como exigência do Cursode ............, da Universidade .............., como exigênciapara obtenção do grau de licenciado em ...........). Noterço inferior da página, à esquerda, se localiza o nomedo Orientador (Orientador Prof.ª Ms. ou Dra. MariaJosé .............). O local e a data são registrados da mes-ma maneira como nas outras folhas. Veja exemplo napágina seguinte.

c) A folha de aprovação deverá conter os mesmos da-dos da folha de rosto: autor, título, subtítulo (se hou-ver), acrescidos de local e data da aprovação. Veja oexemplo a seguir:

TRABALHOS CIENTÍFICOS USUAIS: caracterização e estrutura 35

Page 32: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

NOME DO AUTOR

TÍTULO DO TRABALHO

Monografia apresentada à

Universidade ....................

como requisito parcial para

obtenção do grau de ..........

do curso de .................

Orientador: Ms. Prof. ....

Rio de Janeiro

2006

Page 33: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

AUTOR

TÍTULO: subtítulo

Monografia apresentada ao Curso

de ......................de Universidade

...................................... como

requisito para obtenção do grau de

........................ em ...............

Aprovado(a) em .............. de ...................... de ...........

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

Prof. Ms. ...............................................

Universidade ..................................

.....................................................................................

.....................................................................................

Prof. Dr ........................................................................

Universidade ......................................

Rio de Janeiro

2006

Page 34: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

d) Dedicatória – Elemento opcional. É escrita centrali-zada em caixa-alta, na parte de cima da página.

e) Agradecimento – elemento opcional. É escrito cen-tralizado, em caixa-alta, na parte de cima da página.

f) Epígrafe (opcional). Nela o autor transcreve umacitação relacionada ao tema da pesquisa. A citaçãodeve conter o nome do autor do trecho citado.

g) O resumo é um elemento obrigatório.

• A palavra RESUMO deve vir em caixa-alta, cen-tralizado e em negrito. Segue as mesmas normasdeterminadas para artigos científicos, sendo quena monografia, nas teses e/ou dissertações, o re-sumo não pode ultrapassar de 500 palavras e nãopode ir além de uma lauda. Logo abaixo do textodo resumo deverão vir as palavras-chave, que re-presentam o conteúdo do trabalho (não devem ul-trapassar de quatro palavras).

• O RESUMO em língua estrangeira vem a seguir àlíngua oficial. Segue-se a ele as palavras-chavetambém.

h) Listas de ilustração (opcional).i) O sumário. É elemento obrigatório. Consiste na enu-

meração das principais divisões, seções e outraspartes do trabalho, na mesma ordem em que amatéria nelas ocorrem, acompanhada do respectivonúmero de página, separado por linha pontilhada(NBR 14 724, 2005).

Exemplo:

38 Como escrever teses e monografias

Page 35: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2 CONCEITO DE GESTÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

2.1 TIPOS DE GESTÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

3 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA . . . . . . . . . . . . . 24

Observação: a conclusão também vem numerada na mo-nografia.

3.7.1.2 Parte textual

É a parte na qual se expõe o assunto.

É composta de introdução, desenvolvimento e conclu-são. Segue-se o mesmo caminho de um trabalho cientí-fico.

3.7.1.3 Parte pós-textual

Compreende: referências, apêndice (opcional), glossárioe anexos.

a) Referência. Quanto à referência, consulte a seçãoComo Elaborar Referências.

b) Apêndice. Consiste em um texto elaborado pelo au-tor, que visa complementar a argumentação. É iden-tificado por letras maiúsculas, escritas consecutiva-mente, seguidas de um travessão e pelo título.

TRABALHOS CIENTÍFICOS USUAIS: caracterização e estrutura 39

Page 36: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Exemplo:

APÊNDICE A – Manual de boas maneiras

APÊNDICE B – Manual de higiene das carnes

c) O glossário – é opcional.

Consiste em uma lista, em ordem alfabética, depalavras ou expressões não muito comuns, utiliza-das no texto, com suas respectivas definições.

d) Os Anexos são opcionais.

São documentos que não foram elaborados pelo au-tor, mas que servem de comprovação e ilustração.

São identificados por letras maiúsculas consecuti-vas, seguidas de um travessão.

Exemplo:

ANEXO A – PLANTA BAIXA DA CASA . . . . . . . . 46

Observação: todo trabalho monográfico, tese ou disser-tação segue os procedimentos definidos em um projeto depesquisa. É fundamental para o pesquisador realizar ini-cialmente seu projeto, para, com mais segurança, desen-volver a sua produção científica.

40 Como escrever teses e monografias

Page 37: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

3.7.2 Etapas da elaboração da monografia

• Escolha do assunto

• Formulação do problema

O problema determinará o tipo de pesquisa, se elaserá empírica (utilizando-se o método indutivo: expe-rimento, observação de campo etc.), ou não empírica

(utilizando-se o processo dedutivo, por não compor-tar a verificação empírica, ou seja, adotando-se a de-monstração). Definido o tipo de pesquisa, deve-se pen-sar na metodologia.

• A Metodologia é um capítulo relevante da monografia.Sobre este assunto considerou-se importante abrir umtítulo à parte, dentro do estudo das etapas da monogra-fia. Consulte-o, portanto, no final deste tópico.

• Levantamento bibliográfico: preliminar de fontes exis-tentes sobre o assunto a ser trabalhado.

Para esta etapa da monografia é fundamental que oregistro da pesquisa bibliográfica seja feito através defichas. As fichas bibliográficas reduzem a perda detempo e facilitam ao pesquisador organizar suas ano-tações. O uso da biblioteca é fundamental.

• Documentação do trabalho

Consiste em coligir metodicamente todo material queserá utilizado para se alcançar a solução do problema.Essa documentação deverá sofrer uma crítica, ou seja,o pesquisador deverá apreciar o valor da obra consul-tada, bem como a autoridade do autor consultado.Para melhor organização, aconselha-se o uso de fichas(de resumo, de citação ou bibliográfica).

TRABALHOS CIENTÍFICOS USUAIS: caracterização e estrutura 41

Page 38: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

• A construção da monografia propriamenteCompreende a Introdução, o Desenvolvimento e aConclusão.É na introdução que se apresenta o assunto. É no desenvolvimento que o autor realiza seu movi-mento dialético entre teoria e prática ou entre dife-rentes pontos de vista dos teóricos estudados.É no desenvolvimento que o autor explica, discute edemonstra todos os seus achados.É na conclusão que o autor procede à síntese de todoo trabalho. Recomenda-se observar se na conclusão opesquisador pôde responder às questões formuladasou mesmo aos objetivos específicos traçados.

• Os resultados alcançados vêm sempre no corpo do tra-balho. São frutos das diferentes leituras feitas e das in-ferências construídas, constituindo-se no ápice da pes-quisa. É nesse momento que o pesquisador apresentade forma concisa os seus resultados, com criatividade eoriginalidade.

• O registro das referências. Consulte Como Elaborar Re-ferências neste livro. Lembre-se: escreve-se REFERÊNCIASsomente.

• A redação final deve obedecer às normas da ABNT.

42 Como escrever teses e monografias

Page 39: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

4PESQUISA: natureza do trabalho

científico e ética

O que é

“Pesquisa é o conjunto de atividades intelectuais ten-dentes à descoberta de novos conhecimentos” (SAAVE-DRA; MONTEIRO, 2001, p. 61).

Trata-se de um exame cuidadoso, metódico, sistemáti-co e em profundidade, visando descobrir dados, ouampliar e verificar informações existentes com o objeti-vo de acrescentar algo novo à realidade investigada.

Natureza do trabalho científico

É responsável pelo avanço científico e tecnológico nasdiferentes áreas do conhecimento.

Caracteriza-se por ser uma atividade que exige organi-zação, disciplina e criatividade.

Page 40: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

O pesquisador realiza um recorte da realidade, rompecom o conhecimento vulgar e constrói novas teorias ouconfronta as já existentes, estabelecendo relações signi-ficativas.

A ética na investigação

Há princípios éticos, segundo Dusilek (1982), que per-passam a investigação científica:

a) Honradez no trabalho de produção científica: refere-se àatitude do investigador de identificar as ideias deoutros autores, assinalando a fonte de onde as reti-rou. Caso contrário, configura-se como uma apro-priação indébita de ideias.

b) Amor à verdade: refere-se à atitude, por parte do inves-tigador/pesquisador, de busca da neutralidade aoexpor os fenômenos e suas causas, não deixando quefatores subjetivos encubram a verdade dos fatos.

c) A modéstia: refere-se à atitude do pesquisador emrelação à própria produção ou à alheia. O autoelogioou o menosprezo à produção alheia ferem a ética.

d) A ciência a serviço do homem: toda investigação deve-ria estar relacionada a uma tentativa de melhorar avida do homem, individual ou socialmente.

e) A preservação da identidade dos sujeitos-alvo da pesquisa:

diz respeito ao uso de nomes ou imagens sem as res-pectivas autorizações, o que é antiético.

f) O sigilo profissional: tem a ver com a preservação daidentidade das pessoas-alvo da pesquisa.

44 Como escrever teses e monografias

Page 41: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

4.1 O PROJETO DE PESQUISA

O que é

Constitui-se no plano de trabalho da pesquisa e, aomesmo tempo, tem a finalidade de definir os rumosque o investigador deve tomar segundo suas questõesde estudo, impedindo desperdício de tempo e custoelevado da pesquisa.

Esse plano deve responder às seguintes perguntas: oquê? Por quê? Para quê? Para quem? Onde? Quando?Como? Com quê?

Deve conter o ordenamento metódico daquilo que opesquisador pretende realizar.

Estrutura

Todo projeto é formado de partes:

• Tema ou assunto da pesquisa (que responde o que in-vestigar).

• Revisão de literatura.

• Problema a ser investigado.

• Questões de estudo ou questões norteadoras – quedevem ser respondidas quando o pesquisador desen-volver a pesquisa.

• Justificativa (por quê?).

• Objetivos: geral e específicos (para quê).

• Questões de estudo ou questões norteadoras – que de-vem ser formuladas no Projeto, mas só serão respondi-das quando o pesquisador desenvolver a pesquisa.

• Fundamentação teórica ou marco teórico, ou seja: os au-tores que serviram de referencial teórico na elaboração

PESQUISA: natureza do trabalho científico e ética 45

Page 42: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

do trabalho. Deverá haver uma explicação, por parte dopesquisador, da escolha desses autores e sua relevânciapara a construção da pesquisa.

• Metodologia – que responde ao como, com quem, paraque, onde etc. da pesquisa.

• Referências.

• Cronograma de atividades – o cronograma só apareceno Projeto de pesquisa. Indica a atividade e o períodode tempo necessários para desenvolver a investigação.Ele é elaborado pelo próprio pesquisador.

Tema

Trata-se do momento da seleção do fato, fenômeno ouassunto merecedor da pesquisa.

Leva-se em consideração alguns aspectos, no momentoque se vai decidir sobre um tema:

a) É de interesse científico?

b) É um assunto que se deseja provar ou resolver?

c) É possível de ser investigado?

d) Existe material bibliográfico sobre o assunto escolhido?

e) O pesquisador tem familiaridade com o tema?

f) Que tempo o pesquisador tem disponível e que re-curso possui para realizar a investigação?

A delimitação do tema

• Procure delimitar o tema. Para tanto, associe ao seu te-ma um fenômeno/um fato, uma ideia e decomponha-os em temas específicos.

46 Como escrever teses e monografias

Page 43: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Exemplo: Tema geral Tema específico

Fracasso escolar O fracasso escolar e o processo de avaliação

do docente

A informática A informática educativa

educativa e a alfabetização de jovens

e adultos

Observação: há necessidade de uma revisão da literaturajá existente sobre o tema específico escolhido para verificara relevância (ou seja, a contribuição social e científica), a via-bilidade (ou seja, se há disponibilidade de tempo, materiale recursos humanos) e se o tema é original. As pesquisas jáproduzidas, a Internet, as trocas com pesquisadores ou pro-fessores ligados ao assunto poderão ser de grande valia.

A justificativa

• Visa apresentar as razões por que se pretende realizar apesquisa. Deve conter:a) O estágio de desenvolvimento em que o tema se en-

contra e sua evolução histórica.b) O contexto em que o fenômeno ocorre.c) As contribuições que os resultados da pesquisa

poderão trazer.d) A relevância social do tema.

• É a resposta que o autor do Projeto dá às indagações:Em que o estudo é importante?O que a sociedade necessita acerca desse assunto?

Observação: muitos projetos necessitam de aprovaçãoe/ou apoio financeiro. A justificativa serve para mostrar acontribuição que a pesquisa poderá oferecer no campo so-cial e/ou no âmbito do conhecimento científico.

PESQUISA: natureza do trabalho científico e ética 47

Page 44: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

O problemaO que é

É uma questão não resolvida, que pode referir-se:

� A alguma lacuna do conhecimento ou metodológica.

� A alguma dúvida em relação a uma afirmação que éaceita pelo senso comum.

� À vontade de testar, de pôr à prova uma suposição.

� À vontade de compreender e investigar uma situa-ção do cotidiano.

Formular um problema é dizer de maneira explícita, ope-racional, qual a dificuldade que existe, delimitando seu cam-po de investigação e apresentando suas características.

Cuidados na elaboração do problema – delimitação

� Deve ser redigido apontando a relação entre dois fe-nômenos.

� Deve ser formulado como uma pergunta, expressade maneira clara e precisa, delimitando o campo deinvestigação.

� Representa o que será estudado.

� Delimitar significa restringir o âmbito da investiga-ção a uma fatia significativa do assunto a ser pesqui-sado, guardando estreita relação com os recursos deque se dispõe.

� Deve-se especificar em que situação a pesquisa ocor-rerá, qual é o foco a que está dirigida.

Exemplos:A mediação da informática educativa poderá favorecer a

construção do conhecimento de jovens e adultos em proces-so de alfabetização?

48 Como escrever teses e monografias

Page 45: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Aantecipação da responsabilidade criminal para menores de18 anos é a solução para a redução da criminalidade juvenil?

Os fatores socioeconômicos de uma família explicam ascausas da evasão escolar nas primeiras séries do ensino fun-damental?

Como se pode notar, há um jogo de variáveis que permi-te delimitar, numa dimensão viável, a investigação. A par-tir da delimitação, torna-se possível prever os meios queserão utilizados.

Nos exemplos anteriores as variáveis são:a) A mediação da informática educativa e a construção do

conhecimento de jovens e adultos.b)A antecipação da responsabilidade criminal e a solução

na redução da criminalidade juvenil.c) Os fatores socioeconômicos de uma família e a evasão

escolar nas séries iniciais.

A hipóteseO que é

Significa suposição. Supõe-se a relação entre dois fenô-menos (entre duas variáveis), sendo que, quando umainfluencia a outra, o fenômeno se evidencia.

É uma formulação possível de solução de um determi-nado problema.

Deve partir de conhecimentos prévios sobre o tema,sustentada em adequada revisão de literatura a respei-to do tema. Somente assim haverá a possibilidade defundamentar a relação entre as variáveis.

Uma hipótese caracteriza-se por ser “uma verdade provi-sória”, uma afirmação testável que se faz acerca de algodesconhecido, que surge a partir do problema construído.

PESQUISA: natureza do trabalho científico e ética 49

Page 46: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

A hipótese é formulada em uma sentença afirmativa.

Dependendo do tipo de pesquisa, pode-se substituir ahipótese por questões de estudo ou questões norteadoras.

Exemplos: A mediação da informática educativa favorece a constru-

ção do conhecimento de jovens e adultos no processo dealfabetização.

Aantecipação da responsabilidade criminal para menores de18 anos é a solução para a redução da criminalidade juvenil.

Questões de estudo

São questões resultantes do desdobramento de um pro-blema.

São várias as questões que, se respondidas, permitemclarificar o problema.

As questões funcionam como roteiro da pesquisa.

É útil correlacionar as questões de estudo com a meto-dologia (coleta de dados e tratamento dos dados).

Se o pesquisador orientar-se por suas questões de estu-do para formular os tópicos da pesquisa, isto favorece-rá bastante o seu caminhar.

Os objetivos

Uma vez definido o problema, cabe aproveitar as ques-tões de estudo formuladas para redigir os objetivos,sempre buscando responder ao que se quer saber sobreo assunto escolhido. Para que saber? Que dados inves-tigar? Que recursos se irá utilizar para colher os dados?

Esta é a etapa do Projeto na qual se indica o que se pre-

tende com o desenvolvimento da pesquisa e quais os

resultados que se procura alcançar.

50 Como escrever teses e monografias

Page 47: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

A natureza dos objetivos varia conforme seja a nature-za da pesquisa.

Os objetivos ajudam a identificar a natureza da pesqui-sa e a delimitar a investigação.

Nos projetos destinados à resolução de problemas, pro-cede-se à apresentação do objetivo geral e dos objeti-vos específicos.

Função dos objetivos

Esclarecer o desempenho visado.

Guiar a solução e organização dos conteúdos.

Orientar a seleção e a organização dos procedimentos.

Guiar a seleção dos recursos.

Permitir maior precisão na avaliação dos resultados.

Comunicar o que se espera alcançar.

A formulação dos objetivos

Os objetivos são formulados utilizando-se os verbos notempo infinitivo.

Existem verbos que admitem interpretações amplas paraformular a intenção do pesquisador. Estes verbos são uti-lizados para se formular o objetivo geral.

Exemplo desses verbos: adquirir, desenvolver, racioci-nar, saber, aperfeiçoar, entender, apreciar, aprender, jul-gar, compreender, conhecer, melhorar etc.

Exemplo:Entender o processo de construção do conhecimentopor jovens e adultos trabalhadores com a utilização damediação da informática educativa.

PESQUISA: natureza do trabalho científico e ética 51

Page 48: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Existem verbos que admitem poucas interpretações. Uti-liza-se esses verbos para formular os objetivos específicos.

Exemplo de verbos utilizados para formular objetivos es-pecíficos: aplicar; apontar, assinalar, distinguir; numerar;identificar; contextualizar; investigar; marcar; classificar; es-crever; comparar; conceituar; contrastar; demonstrar, rela-cionar; exemplificar; listar; propor, traduzir, entre outros.

Exemplo:Comparar o desempenho de jovens e adultos em pro-cesso de alfabetização que se utilizam da informáticaeducativa com aqueles que não trabalham com a infor-mática educativa.

Deve-se formular somente um objetivo geral que expres-se a natureza da investigação e objetivos específicos quedefinirão os fins da investigação, para nortear os passos.

Aconselha-se a formular o objetivo geral a partir do quese define no problema.

Aconselha-se a formular os objetivos específicos a partirdas questões de estudo (ou questões norteadoras) ou dashipóteses.

Essa prática de formulação de objetivos específicos pode-rá ajudar ao pesquisador, quando for elaborar sua revisão deliteratura. É a partir de cada objetivo específico, ou mesmode cada questão de estudo, que será realizado o movimentoda investigação. Na verdade, esses “subtemas” dos objetivos,futuramente, serão desenvolvidos, em profundidade, nasseções da monografia.

O conjunto desses objetivos específicos deverá atender aoque foi proposto no objetivo geral, e, consequentemente, aoproblema formulado.

52 Como escrever teses e monografias

Page 49: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Os objetivos específicos deverão ser organizados respei-tando-se uma sequência lógica que favoreça o desenvolvi-mento da pesquisa.

Marco teórico de referência (fundamentação teórica)

Deve fornecer a opção teórica que irá balizar a investi-gação, informando os principais teóricos que serão con-sultados.

Deve apresentar estudos realizados por esses teóricossobre o tema escolhido.

É o momento de fazer uma revisão da literatura já exis-tente para dar consistência à investigação.

É o momento de fazer o levantamento do que já foipublicado, fazer o registro das fontes, de seu teor e dedialogar com os autores, utilizando o recurso das cita-ções, apresentando pontos comuns entre eles e pontosque se distanciam.

Permite ao autor do projeto:

a) Realizar seu voo significativo, saindo do conheci-mento empírico para encontrar pressupostos teóri-cos que sustentem as ideias.

b) Realizar a construção de conceitos básicos que favore-çam o caminhar na busca de responder ao problema.

O que fazer?

a) Consultar fontes primárias (quem primeiro teorizousobre o assunto) e fontes secundárias.

b) Registrar seus achados em fichas (bibliográficas, de re-sumo, de citação).

PESQUISA: natureza do trabalho científico e ética 53

Page 50: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

c) Construir o texto, tecendo as ideias de forma crítica, re-flexiva, encadeando-as com coerência e consistêncialógica e fundamentando-as nos teóricos lidos.

Metodologia

Trata-se do momento em que o pesquisador especificao método que irá adotar para alcançar seus objetivos,optando por um tipo de pesquisa.

Além do método, é também o momento de definir comoirá se proceder à coleta dos dados.

Componentes da metodologia

a) Tipos de pesquisa

� Quanto aos objetivos a pesquisa pode ser:

• Exploratória: se o autor tem como objetivo tornarmais explícito o problema, aprofundar as ideiassobre o objeto de estudo. Este tipo de pesquisapermite o levantamento bibliográfico e o uso deentrevistas com pessoas que já tiveram experiên-cia acerca do objeto a ser investigado.

A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso sãoexemplos de pesquisa exploratória.

• Descritiva: descreve as características de umapopulação ou de um fenômeno, ou ainda estabe-lece relações entre fenômenos (variáveis). Adota-se como procedimento a coleta de dados, com usoda entrevista e da observação, e como recursos, osquestionários e/ou formulários, entre outros. Émuito usada nas pesquisas de levantamento.

54 Como escrever teses e monografias

Page 51: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

• Explicativa: “tem como preocupação central iden-tificar os fatores que determinam ou que contri-buem para a ocorrência dos fenômenos. Este é otipo de pesquisa que mais aprofunda o conheci-mento da realidade” (GIL, 1996, p. 46). É o tipo depesquisa de que as ciências naturais mais se utili-zam, posto que se ajusta ao método experimental.

� Tipo de pesquisa segundo o modelo conceitual ope-rativo (ou seja, quanto ao delineamento):

• Pesquisa bibliográfica: é aquela desenvolvida exclu-sivamente a partir de fontes já elaboradas – livros,artigos científicos, publicações periódicas, as cha-madas fontes de “papel”. Tem como vantagem co-brir uma ampla gama de fenômenos que o pesqui-sador não poderia contemplar diretamente. Noentanto, deve-se ter o cuidado de, ao escolher taisfontes, certificar-se de que sejam seguras.

• Pesquisa documental: assemelha-se à pesquisa bi-bliográfica, porém utiliza-se das fontes que não re-ceberam tratamento analítico, como, por exemplo,certidões, atas, laudos, cartas pessoais, fotografiasetc. Nesse casos, incluem-se todos os documentosencontrados em arquivos. Tem como vantagemnão necessitar de contato com pessoas e ser debaixo custo, já que exige somente a disponibilida-de do pesquisador para obter melhor visão doproblema.

• Pesquisa experimental: esse tipo representa umexemplo de pesquisa científica. "Consiste em deter-minar o objeto de estudo, selecionar as variáveisque seriam capazes de influenciá-lo, definir as for-

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mas de controle e de observação dos efeitos que avariável produz"(GIL, 1996, p. 53). Para tanto, sãoconstituídos dois grupos: um grupo experimentale um grupo de controle. Estes grupos devemapresentar características homogêneas que sedeseja controlar, porém só se aplica o estímulo aogrupo experimental. Será possível aferir ainfluência da variável por intermédio da com-paração dos dois grupos, verificando a variaçãosignificativa que o estímulo provocou.

• Pesquisa ex-post-facto: nesta modalidade, o fato jáocorreu. Neste tipo de pesquisa, trabalha-se comfatos já ocorridos naturalmente e trabalha-se sobreeles como se estivessem submetidos a controle. Ésemelhante à pesquisa experimental, porém os fa-tos não têm as mesmas características porque nãohá controle de variáveis.

• Pesquisa de levantamento: caracteriza-se pela inves-tigação direta com pessoas para conhecer-lhes ocomportamento. Baseia-se nas informações colhi-das de um grupo significativo de pessoas acercade um problema. Após a coleta desses dados, sele-ciona-se uma amostra significativa, procede-se àanálise quantitativa, e projeta-se esses dadospara o universo pesquisado. É muito usada nosrecenseamentos. Os levantamentos por amostra-gem são muito utilizados por pesquisadores deopinião.

• Estudo de caso: trata-se de um estudo em profundi-dade, exaustivo, radical, de uns poucos objetos,visando obter o máximo de informações que per-mitam o amplo conhecimento, o que seria impos-

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sível em outras pesquisas. É muito encontrado empesquisas do tipo exploratória. Seu planejamentoé flexível, o que permite ao pesquisador obter no-vas descobertas. Uma das desvantagens do estu-do de caso é a de não permitir a generalização dosdados obtidos.

• Pesquisa ação: caracteriza-se por se realizar em es-treita relação com uma ação ou problema coletivo,sendo que o pesquisador e os representantes dapesquisa estão mutuamente envolvidos de modoparticipativo. Supõe uma investigação planejadaem caráter educacional ou social. O planejamentoda pesquisa ação é flexível, posto que é determina-do pela dinâmica das inter-relações havidas entrepesquisador e pesquisados. Contudo, há de haverum planejamento que compreenda uma fase ex-ploratória, a fim de determinar o campo de ação,as expectativas dos investigados, bem como o tipode auxílio que os investigados poderão prestar. Asfases seguintes seguem o ordenamento de umapesquisa de campo com a formulação do proble-ma, a seleção de amostras, a coleta de dados, a aná-lise e a interpretação dos dados, a elaboração doplano de ação e, finalmente, a divulgação dos re-sultados (LÜDKE; ANDRÉ, 1986).

• Pesquisa participante: assim como a pesquisa ação,esta modalidade exige que pesquisadores e mem-bros da situação investigada estejam em interação.Difere da anterior porque na participante não épossível fazer um planejamento prévio. Tem umcaráter valorativo, visto que está comprometidacom as camadas menos favorecidas, buscando in-

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terpretar a realidade vivida utilizando-se dos re-cursos que a natureza lhes oferece. Para Le Boterf(apud BRANDÃO, 1984), há quatro fases a serempercorridas: montagem institucional e metodolo-gia, que se referem à definição das bases teóricasda pesquisa; a técnica de coleta de dados e a deli-mitação do objeto a ser investigado; a determina-ção do processo de pesquisa; a preparação dospesquisadores e a montagem do cronograma deatividades.

No momento em que se decidir por um tipo de pesquisa,deve-se assinalar se o estudo é de natureza qualitativa, quan-titativa, ou, ainda, quantiqualitativa. Conforme a caracterís-tica que a coleta de dados imprimir ao trabalho, a modalida-de da pesquisa assumirá características diferenciadas.

A pesquisa qualitativa tem como características:

– O pesquisador procura captar a situação ou fenômenoem toda a sua extensão.

– Trata de levantar possíveis variáveis existentes e na suainteração, o verdadeiro significado da questão, daí aexperiência do pesquisador ser fundamental.

– O pesquisador colhe informações, examina cada casoseparadamente e tenta construir um quadro teóricogeral (método indutivo).

A pesquisa quantitativa tem como características:

– Busca estabelecer relação entre causa e efeito entre asvariáveis de tal modo que a pergunta “em que medi-da?” seja respondida com razoável rigor.

58 Como escrever teses e monografias

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– Parte de parâmetros (características mensuráveis depopulações, por exemplo) e examina hipóteses de ca-ráter particular.

– É metrificante; pressupõe a utilização da estatística.

b) A etapa de coleta de dados deve ser explicitada quan-to a:1. Seleção dos sujeitos participantes da pesquisa.

Pode ser uma instituição, uma empresa, pessoas, gru-pos etc.É importante informar o quantitativo com que o pes-quisador vai trabalhar.Exemplo: 10 trabalhadores

5 supervisores

2. Técnica ou técnicas que irá utilizar (Entrevista, obser-vação).

3. Recursos de que irá dispor (questionários, formulá-rios etc.).

4. Análise dos dados.

Custo do projeto

Se o projeto necessitar de suprimento de recursos, de-ve-se criar este item.

Detalha-se, por categorias, os gastos com pessoal e commaterial.

Deve-se indicar as fontes de onde provêm os recursos:de origem interna (da instituição onde atua) e/ou ex-terna (indicar o patrocinador e o crédito).

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O cronograma

É construído visando relacionar as atividades e o tem-po de duração dessas atividades, discriminando-as emfases ou etapas. Há que se detalhar os meses em que asatividades ocorrerão.

Exemplo de cronograma

Atividades previstas

Meses/2002

jan. fev. mar. abr.

Montagem do Projeto ——

Revisão de literatura ————————————

1. Introdução ——

2. Conceito de... ——

3. ------------ ——

4. Conclusão ——

Montagem do relatório ——

Apresentação pública ——

60 Como escrever teses e monografias

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Referências

Neste item são relacionadas as fontes consultadas e re-ferenciadas no Projeto e que sustentarão o marco teóri-co da Pesquisa.

Os registros devem obedecer às normas da ABNT.

São organizados por sobrenomes e em ordem alfabética,ou em ordem numérica, caso se adote o sistema numéri-co de referência.

Anexos

Constam dos Anexos os materiais que não foram cons-truídos pelo autor ou aqueles que o autor julgar quedevam vir em anexo.

Os anexos são identificados por letras, separadas porum traço, seguido do título do anexo. Exemplo: AnexoA – Fotografia da instituição visitada.

4.2 A METODOLOGIA

Considera-se a metodologia um instrumento do pesquisa-dor, uma vez que é através da especificação dos caminhos aserem adotados que se torna possível delimitar a criativida-de e definir o como, onde, com quem, com que, quanto ede que maneira se pretende captar a realidade e seus fenô-menos.

De maneira bem sintética, pode-se apontar os seguintescomponentes da metodologia.

PESQUISA: natureza do trabalho científico e ética 61

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4.2.1 O método de abordagem (indutivo, dedutivo,

hipotético – dedutivo e/ou dialético)

4.2.2 O método de procedimento

Caracteriza-se por um procedimento mais concreto do pes-quisador em face do fenômeno a investigar. Há diferentesprocedimentos que o pesquisador pode adotar, desde aque-les que se voltam para adotar o critério de escolha com baseem seus objetivos gerais, até aqueles critérios que se baseiamnos procedimentos técnicos utilizados (veja em Projeto dePesquisa exemplos de diferentes tipos de pesquisa).

4.2.3 Os sujeitos participantes da pesquisa

Pode-se trabalhar com um ou mais sujeitos como tam-bém, por amostragem, com um número maior. É im-portante declarar quantos sujeitos e as característicasque possuem, para justificar a sua opção por eles.

Quando se trabalha com amostragem é importante sa-ber escolher a parte da população investigada, de mo-do que ela seja a mais representativa possível do todo.Só assim será possível, após trabalhar essa parte, fazerinferências sobre os resultados obtidos e até generalizarpara o todo.

Não só se deve caracterizar o tipo de amostra como,também, cabe descrever as etapas que conduziram àseleção da amostra escolhida.

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4.2.4 As técnicas de coleta de dados

Dizem respeito à parte prática da coleta de dados. Exis-tem duas grandes divisões: a documentação indireta, quecompreende a pesquisa feita em livros, revistas, jornaisetc. e a feita quando se consulta documentos, como cer-tidões, pareceres etc.; e a documentação direta, que se valedas observações e das entrevistas.

Deve-se informar na monografia, no item metodologia,como se irá proceder quanto às técnicas adotadas, des-crevendo a forma de aplicação e de como irão ser codi-ficados e tabulados os resultados dos dados obtidos.

É importante, nesse momento, se detalhar um pouco so-bre como realizar uma observação e como realizar uma en-trevista.

4.2.4.1 A técnica da observação

A observação que cada pessoa faz no cotidiano de suavida é muito influenciada por sua história de vida, seusvalores e, de certa forma, influi na maneira de ler a realida-de, privilegiando certos aspectos e negligenciando outros.

Para que a observação se torne uma técnica científicaela precisa ser planejada e o observador deve estar pre-parado para realizá-la.

Entende-se que o ato de planejar exige que se determineo quê, delimitando o objeto da observação (qual o obje-tivo que se persegue? O que se pretende descobrir/des-velar) e como observar (qual a melhor maneira?).

PESQUISA: natureza do trabalho científico e ética 63

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O treinamento do observador é fundamental e develevar em consideração o “preparo material, físico, inte-lectual e psicológico” (LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p. 26).

O observador deve ter habilidades fundamentais parasaber identificar detalhes relevantes e os desnecessáriosà pesquisa, saber fazer anotações e, além disso, prepa-rar-se mentalmente para se concentrar durante a obser-vação; demonstrar capacidade de comunicação verbale saber perceber a comunicação não verbal, não acei-tando somente o que for verbalizado. É preciso captaro discurso do outro à luz dessas linguagens.

A vantagem que se obtém com a observação, como téc-nica de coleta de dados, se traduz na possibilidade decoletar os dados diretamente, descobrir aspectos novosdo problema. Isso não quer dizer que não se atribua àobservação alguns riscos como, por exemplo, o despre-paro do observador, deixando que suas interpretaçõese seus juízos de valor interfiram no objeto pesquisadoou, ainda, proceder ao registro de anotações de formainadequada.

Há diferentes possibilidades de se efetuar a observaçãoem função do grau de participação do observador e desua imersão na realidade. Assim, tem-se:

a) A participação total – nessa modalidade, o observa-dor não interage no grupo-alvo da observação. Umdos exemplos é quando ele se posiciona atrás deuma parede espelhada, não estabelecendo comuni-cação com os participantes. O grupo desconhece averdadeira identidade do observador e o seu verda-deiro papel.

Um outro exemplo: o observador deseja conhecero clima de sala de aula de uma turma de graduação

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e se matricula como aluno, passando a conviver como grupo foco da pesquisa, sem que ninguém saiba desuas intenções.

b) A participação como observador – neste exemplo, oobservador revela parte de sua intenção fornecendoo objetivo, apontando um foco da observação, mas,na realidade, sua pretensão de leitura da realidade ébem mais ampla. Com isso, ele pretende que hajapouca alteração no comportamento do grupo. Essamodalidade fere a ética.

c) O observador participante – nessa modalidade, aidentidade e os objetivos são clarificados ao grupodesde o início. Dessa forma, torna-se possível para opesquisador ter acesso a um variado número de infor-mações.

4.2.4.2 A técnica da entrevista

A entrevista representa outra técnica de coleta de dados,sendo considerada uma das principais, pelas vantagens quecontempla. A interação que se estabelece entre o entrevista-do e o entrevistador permite colher uma gama de informa-ções, aprofundar os dados fornecidos, e realizar correçõessobre dados levantados, ouvindo direta e imediatamente dafonte informante.

Há dois tipos de entrevistas: a estruturada e a não es-truturada.

O tipo de entrevista que mais favorece a coleta de da-dos é a do tipo não estruturado, uma vez que o entre-vistador, não estando preso a um roteiro, não transfor-ma o momento em um ritual de perguntas e respostas.Ela possibilita uma flexibilidade maior para quem en-

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trevista, permitindo aproveitar as falas do outro para odesenvolvimento da entrevista e o aprofundamento dofoco de estudo.

Deve-se deixar claro que o entrevistador deverá, pre-viamente, ser treinado para melhor desempenhar a téc-nica, sabendo fazer um planejamento dos pontos quedeseja trabalhar na entrevista, para que ele não se percanas trocas de informações.

Há ocasiões, no entanto, em que a entrevista estrutura-da ou padronizada é a mais indicada, como no caso dese desejar obter resultados uniformes com um grupode entrevistados, com o objetivo de comparar pontos devista.

Existe, ainda, a possibilidade de se utilizar a entrevistasemiestruturada, quando, apesar de ser construído umrol de perguntas básicas, há a possibilidade de torná-lamais flexível.

Há uma série de requisitos para que uma entrevista serealize de maneira mais técnica. Dentre eles, pode-secitar: respeito ao entrevistado, bem como à sua cultura eaos seus valores; capacidade de ouvir atentamente e deestimular o entrevistado a falar; garantir um clima deconfiança, para que ele se expresse livremente; e, ainda,garantir o sigilo profissional dos dados colhidos, preser-vando a identidade do entrevistado.

É necessário que o entrevistador disponha de tempopara fazer suas anotações imediatamente após a en-trevista, a fim de não perder os detalhes que pôdecolher.

66 Como escrever teses e monografias

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4.2.5 Os recursos a serem utilizados

Esses recursos variam consideravelmente em função dotipo de pesquisa adotado. Dentre outros, cita-se:

� Questionários: constituídos de um rol de perguntasque devem ser respondidas sem a presença do pesqui-sador.

� Formulários: roteiro de perguntas que podem serenunciadas na presença do pesquisado para serem res-pondidas. Pode conter perguntas abertas, como tam-bém fechadas, ou ainda abertas e fechadas.

� Impressos para registros.

� Manuais de instrução ou de tabulação.

� Gravador, CDs, disquetes, filmes.

4.2.6 A análise dos dados

Compreende o trabalho que o pesquisador irá realizarcom os dados colhidos durante a pesquisa – o relato dasobservações, as transcrições das entrevistas e todas as infor-mações disponíveis. Neste momento, o pesquisador partepara trabalhar esse material colhido.

Esta fase exige do pesquisador alguns procedimentos:classificar as informações, organizar as informações einterpretar as informações. Tais procedimentos pode-rão sofrer algumas modificações, dependendo do tipode pesquisa adotado.

Quando uma pesquisa é do tipo qualitativa, é comumadotar-se na análise dos dados a construção de um con-junto de categorias de análise do tipo descritiva. Para

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tanto, deverá retomar o referencial teórico do estudo eo que pode coletar para levantar os dados, para entãocompor as categorias. Assim, é fundamental que o pes-quisador se impregne do conteúdo de seu texto/estudopara retirar dele as categorias e, em seguida, buscar noregistro das falas dos entrevistados os momentos emque essas categorias aparecem. As categorias levanta-das e localizadas no discurso dos entrevistados serãoorganizadas e se tornarão foco de reflexão, o que possi-bilitará dar o “salto” para o novo, para a descoberta,favorecendo o advento de uma contribuição científicano campo do assunto estudado.

68 Como escrever teses e monografias

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5PLANO DE MANUSEIO

DE MATERIAIS

É importante dispor de variado material de consulta. Comoé inviável tê-los todos em casa (livros, artigos, revistas etc.),deve-se ordenar, por etapas, todo o trabalho de consulta.

Etapas:1o – Procede-se ao levantamento completo da bibliografia

existente. Consulta-se catálogos, anuários bibliográficose resenhas bibliográficas em bibliotecas e até mesmo naInternet.Se encontrar dificuldade, solicite a ajuda dos profissio-nais das bibliotecas de sua cidade.

2o – Após se obter nas fontes a bibliografia relacionada àpesquisa, deve-se proceder ao fichamento, conforme ointeresse despertado.

– Deve-se ter o maior cuidado ao se realizar o ficha-mento, para se preservar a exatidão das ideias doautor consultado.

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3o – Toda vez que se fizer uso de uma fonte, imediatamen-te deve-se registrar os dados essenciais nas fichas. Nocaso de um livro consultado anote: sobrenome doautor (em letras maiúsculas), seguido do nome, títuloda obra, o número da edição, o local da publicação, onome da editora e o ano da publicação, conforme asnormas da ABNT (NBR 6023 e 10 520, ago. 2002).

– No caso de revistas, artigos de jornais, Internet e ou-tros materiais consultados, veja em Como ElaborarReferências.

4o – O procedimento do registro pode ser feito em fichas,ou informatizado, utilizando-se do programa do bancode dados do computador.

5o – As obras consultadas vão sendo organizadas à medidaque o pesquisador vai tendo contato com o materialconsultado.

Ficha de documentação bibliográfica

Pode ser organizada pelo título, pelo tema ou, ainda, peloautor.

Exemplo: pelo tema

PEDAGOGIA/inclusão-exclusão

GENTILI, Pablo (Org.). Pedagogia da exclusão: críti-

ca ao noeliberalismo em educação. 8. ed. Petrópolis:

Vozes,1995 (Coleção estudos culturais em educação).

70 Como escrever teses e monografias

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Ficha de transcrição de citação

– Trata-se de cópias textuais que se faz de trechos signifi-cativos, dentre os que foram lidos.

– Deve ser colocada entre aspas duplas no início e no tér-mino da cópia. Pode-se escrever em itálico e, neste caso,suprime-se as aspas.

– Deverá ser a transcrição fiel do texto do autor (cópialiteral).

– Se no trecho houver uma palavra ou expressão aspea-da, transforma-se essas aspas em aspas simples (‘ ’).

– Se houver necessidade de supressão de um trecho dotexto transcrito, pode-se fazê-lo, desde que não prejudi-que a compreensão. Para se indicar a supressão, utiliza-se três pontos entre colchetes [...] no lugar onde houvea supressão. Da mesma forma, se se desejar incluir nacitação literal alguma palavra, esta deverá vir entre col-chetes.

– Se houver no trecho erros de grafia, copia-se como estáno original e, em seguida, escreve-se o termo latino sic

entre colchetes [sic].*

– Quando se desejar suprimir parágrafos do texto copia-do, utiliza-se linhas pontilhadas.

– É importante que se registre o ano e a página da obrade onde se retirou a citação.

* sic: significa segundo informações colhidas

PLANO DE MANUSEIO DE MATERIAIS 71

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Exemplo: ficha de citação

GENTILI, Pablo. Pedagogia da exclusão: crítica ao neo-

liberalismo em educação. 8. ed. Petrópolis: Vozes,1995.

(Coleção estudos culturais em educação). Cap. 8.

Vamos sustentar que a ofensiva neoliberal contra a

escola pública se veicula através de um conjunto

medianamente regular e estável de medidas políticas

de caráter dualizante e, ao mesmo tempo, através de

uma série de estratégias culturais dirigidas a quebrar a

lógica do sentido sobre a qual esta escola (de ou este

processo de escola) adquire legalidade para as maio-

rias (1995, p. 229-230).

ou

"O neoliberalismo só consegue impor suas políticas

antidemocráticas na medida em que consegue desin-

tegrar culturalmente a possibilidade mesma de exis-

tência do direito à educação (como direito social) e de

um aparato institucional que tenha a garantia e con-

cretização de tal direito: a escola pública." (1995, p.

230)

72 Como escrever teses e monografias

Page 69: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Ficha de resumo

– É a mais utilizada na vida acadêmica.

– O resumo se constitui em uma síntese do material lidosobre o autor.

– Assume três diferentes formas:

a) Resumo indicativo: contém um mínimo de informa-ções que sintetizam o conteúdo do informe, do arti-go ou mesmo do livro a que se refere (os principaiselementos que compõem o livro). Não apresentadados qualitativos e nem quantitativos.

b) Resumo informativo: são os que antecedem artigos,monografias, teses e dissertações. Reproduz-se, comfidelidade ao original, as ideias principais e os deta-lhes importantes.

Observação: para trabalhos de mestrado, doutorado,pós-graduação e especialização, e até mesmo gradua-ção, utilizam-se 500 palavras e é escrito em uma laudasomente, sem uso de parágrafo.Existem regras para se fazer a ficha resumo:

– Supressão: é quando se elimina palavras secundá-rias do texto (advérbios, adjetivos sem prejudicar acompreensão do texto).

– Generalização: permite substituir elementos espe-cíficos por outros mais genéricos.

– Seleção: elimina-se as informações secundárias.

– Construção: trata-se de usar paráfrases, respeitan-do-se as ideias que deram sentido ao texto.

c) Resumo crítico: apresenta-se uma crítica coerente,com base científica sobre o texto lido. É construídono mesmo formato de uma resenha.

PLANO DE MANUSEIO DE MATERIAIS 73

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6O TRABALHO CIENTÍFICO:

aspectos gráficos e materiais

Para todo trabalho científico existe uma norma de apresen-tação, quer se trate de dissertação, de monografia de final decurso de graduação ou pós-graduação e especialização, ou detese. Utiliza-se sempre o que determinam as normas da ABNT.

6.1 QUANTO À FORMA DE APRESENTAÇÃO DA FOLHA

E DISPOSIÇÃO DO TEXTO

Usa-se o papel branco, formato A4 ou formulário con-tínuo.

Fonte: corpo 12 (Arial ou Times New Roman) e 10 paraas citações em destaque (com mais de 3 linhas), em for-ma de um parágrafo ou em notas de rodapé.

Espacejamento: 1,5 entrelinha, exceto nas citações demais de três linhas, nas notas de rodapé, nas legendasde ilustrações, quando se usa espaço simples (ABNTNBR 15287,validade a partir de 2005);

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Os resumos em língua estrangeira devem ser digitadosem espaço simples e se localizam em seguida ao resu-mo escrito em língua original.

Usa-se escrever em uma só face da folha.

Os títulos dos textos, bem como os títulos das seçõesdevem ser separados do texto por dois espaços 1,5.

O parágrafo é iniciado no 8o toque a partir da margemesquerda.

O indicativo das seções, se forem numeradas, deverá seralinhado à esquerda, precedendo o título da seção, sepa-rado por um espaço. Os grandes títulos – resumo,sumário, anexos, lista de ilustração e referências – deve-rão vir centralizados sem numeração (ABNT NBR 15287, 2005).

O texto deve obedecer ao seguinte espaçamento:

� Margem inferior e margem direita: 2 cm de afasta-mento da borda para dentro.

� Margem superior e margem esquerda: 3 cm de afas-tamento da borda para dentro.

6.2 A NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS

A partir da folha de rosto conta-se as páginas sequen-cialmente, mas não se numera. Passa-se a numerá-las apartir da primeira folha da parte textual, que corres-ponde à Introdução (inclusive).

Coloca-se a numeração à direita, no canto superior dapágina, em algarismos arábicos (2 cm da borda superior).

Havendo Anexos, deve-se numerar as folhas de manei-ra contínua.

76 Como escrever teses e monografias

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6.3 A NUMERAÇÃO DAS SEÇÕES (NBR 15 287, 2005)

Todos as seções primárias devem ser iniciadas em umanova folha. A numeração das seções é contínua e de-vem se localizar à margem esquerda da folha.Os títulos das seções primárias devem ser digitados emcaixa alta, em negrito (Exemplo: 1 INTRODUÇÃO. 2CONCEITO DE GESTÃO).Os títulos das seções secundárias são digitados somenteem caixa alta, vindo também junto à margem esquerdanumerados com dois dígitos (exemplo: 1.1 TIPOS DECONHECIMENTOS). Os das seções terciárias, são digi-tados em letra comum (caixa baixa), sem grifo, junto àmargem esquerda. (Exemplo: 1.1.1 Modalidades de jogosinfantis). O espaçamento é de dois espaços 1,5 entre otexto escrito que sucede a seção e a que o precede.

6.3.1 A organização dos originais

O trabalho acadêmico pode ser dividido em seções pri-márias e secundárias e ainda em terciárias.As seções primárias referem-se às partes principais dotrabalho. São numeradas consecutivamente, a partir donúmero 1, e identificadas por um único algarismo, sepa-rado do título da seção por um espaço de um caractere.As seções secundárias, ou mesmo as terciárias, são cons-tituídas pelo indicativo da seção primária a que perten-cem, seguidas do número que lhe for atribuído nasequência, por um ponto de separação.

Exemplo: Seção Primária 1. 1. CONCEITO DE

AVALIAÇÃOSeção Secundária 1.1 1.1 Tipos de AvaliaçãoSeção Terciária 1.1.1 1.1.1. A avaliação

emancipatória

O TRABALHO CIENTÍFICO: aspectos gráficos e materiais 77

Page 73: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

6.4 AS CITAÇÕES

São menções inseridas no texto do trabalho, extraídasde outras fontes de informação para esclarecimento deum assunto em questão, ou para corroborar a ideia deum autor.

As citações podem aparecer no texto ou em nota derodapé.

Elas podem ser apresentadas quer em forma de trans-crição literal, quer sob a forma de paráfrase.Na transcrição literal existem duas modalidades:a) Aquelas que não ultrapassam as três linhas digitadas/

datilografadas devem ser escritas entre aspas duplas,dentro da frase. As aspas simples só serão utilizadasse no texto citado ocorrer no seu interior uma citação.Esta citação localizada no interior passará a ter asaspas simples.

b) As citações com mais de três linhas. Neste caso, deve-rão constituir um parágrafo independente, a 4 cm damargem esquerda da página, digitadas em espaçosimples e com letra em corpo 10. Desta forma, dis-pensa-se as aspas.

Observação: sempre que houver uma citação literal, énecessário indicar o autor, o ano da obra e a página de ondese extraiu o trecho. Essa indicação poderá ser feita pelo sis-tema numérico (com o registro da fonte no rodapé) ou emforma de autor-data.

Exemplo:

Como nos ensina Paulo Freire (1997, p. 25), “numa pers-pectiva realmente progressista, não se muda a ‘cara’ da es-

78 Como escrever teses e monografias

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cola por portarias. Não se decreta que, de hoje em diante, aescola será competente, séria e alegre”.

Outro exemplo:

Partilha-se das ideias de Paulo Freire, quando ele apontaa sua visão de escola:

Uma escola democrática em que se pra-tique uma pedagogia da pergunta, em quese ensine e se aprenda com seriedade, masem que a seriedade jamais vire sisudez.Uma escola em que, ao se ensinarem nec-essariamente os conteúdos, se ensine tam-bém a pensar certo (FREIRE, 1997, p. 24).

� Observe que para as citações com mais de 3 linhas,faz-se necessário uma entrada da margem esquerdade 4 cm. Utiliza-se letra corpo 10 e espaço simplespara essa transcrição.

� Observe, ainda, que se pode suprimir uma ou maispalavras em uma citação, desde que o pensamentodo autor não fique truncado. Pode-se também supri-mir um trecho da citação. Se for para suprimir umpequeno trecho ou uma palavra, usa-se reticênciasdentro de dois colchetes [...] no intervalo onde ocor-reu a supressão. Se, no entanto, for necessário supri-mir períodos ou parágrafos, pontua-se uma linhainteira.

Exemplo:

Freire (1997, p. 24) assinala que a escola democráticaé aquela "[...] em que se pratica a pedagogia da per-

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gunta, em que se ensine e se aprenda com seriedade,mas em que a seriedade jamais vire sisudez."

� Da mesma forma quando se desejar inserir pala-vra(s) na citação. Utiliza-se [ ].

� Pode-se transcrever dados obtidos em entrevistas ouqualquer discurso oral, como palestras, discursos,debates, entre outros. Nesse caso, escreve-se entreparênteses (informação verbal), ao final da sentença.Deve-se, no entanto, ter o cuidado de mencionar norodapé os dados disponíveis.

Exemplo:

A entrevistada X disse que “hoje a tecnologia estáinvadindo as salas de aula e se constitui em valiosoinstrumento de mediação da aprendizagem” (infor-mação verbal).

� Na citação, poderá acontecer de o autor ter grifadouma palavra ou expressão. Ao se proceder à citaçãoliteral, deve-se conservar o grifo, assinalando, contu-do, ao final da sentença: (grifo do autor) usando osparênteses.

Exemplo:

Segundo Saviani (apud FERREIRA; AGUIAR, 2000,p. 92), “existe muita imprecisão no emprego dotermo sistema de ensino” (grifo do autor).

� Da mesma forma, ao se desejar grifar um termo ou ter-mos na transcrição de um autor, emprega-se, ao finalda frase, entre parênteses, a expressão: (grifo nosso).

80 Como escrever teses e monografias

Page 76: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

As citações não literais, ou seja, as paráfrases, podemsubstituir as citações literais.

a) São citações não literais aquelas nas quais o redatorutiliza suas palavras, calcado, porém, nas ideias doautor (sua fonte). Nesse caso, as citações não literais(paráfrases) vêm acompanhadas somente do sobreno-me do autor, seguido do ano da obra, separados porvírgula e entre parênteses. Estas anotações são redigi-das ao final do parágrafo respectivo, na mesma linha.

Exemplo de paráfrase:

Os estudantes que estão se iniciando na vida intelec-tual precisam ser orientados pelos seus professores, afim de adquirirem familiaridade com os livros e habi-lidades na seleção das obras a serem consultadas.(LAKATOS; MARCONI, 1992).

b) Nas paráfrases, também pode-se adotar o sistemanumérico ordinal de citação, grafando o númerode chamada logo após a citação, tendo, no entanto,o cuidado de colocar no rodapé da respectiva pági-na o número correspondente, acompanhado da re-ferência.

c) Um cuidado que o redator deve ter é o de, todas asvezes que um autor for citado, numerá-lo, mesmoque ele já tenha sido numerado anteriormente notexto. Essa numeração também obedece à ordem se-quencial.

d) A numeração das notas de rodapé deve ser única eprogressiva ao longo do trabalho. Uma vez adotadoo sistema de citação numérica. Ele deve ser seguidoaté ao final do trabalho.

O TRABALHO CIENTÍFICO: aspectos gráficos e materiais 81

Page 77: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

e) Deve-se ter cuidado ao elaborar a relação das obrasconsultadas nas referências. Se foi adotado o sistemanumérico, as obras não virão em ordem alfabética e simna ordem numérica em que aparecem no texto.

6.4.1 Notas de rodapé

Segundo Lakatos e Marconi (1994), as notas de rodapépossuem algumas finalidades:

a) A indicação numérica da fonte de uma citação – querseja literal ou paráfrase – aparece no rodapé na mesmapágina onde se encontra o texto citado. Esta numera-ção obedece à ordem crescente sempre que indicar afonte de uma citação.

b) Definir conceitos e termos.

c) Inserir alguma consideração que se julga relevante e

d) Indicar a versão original de um texto traduzido.

Quando se utiliza a nota de rodapé no texto, insere-seum número de chamada. Esta numeração obedece ànumeração sequencialmente lançada, toda vez que umautor for citado.

Exemplo:Ler significa conhecer, interpretar, deci-frar. A maior parte dos conhecimentos éobtida através de leitura, que possibilitanão só a ampliação, como também oaprofundamento do saber em determi-nado campo cultural ou científico.1

1 LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina. Metodologia do trabalho científico.

4. ed. São Paulo; Atlas, 1994, p. 17.

82 Como escrever teses e monografias

Page 78: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

6.5 A ESTRUTURA DO TRABALHO

Compreende elementos pré-textuais, textuais e pós-tex-tuais.

Os elementos pré-textuais são capa, folha de rosto, erra-ta (opcional), folha de aprovação, dedicatória (opcio-nal), agradecimento (opcional), epígrafe (opcional), re-sumo na língua vernácula (obrigatório), resumo na lín-gua estrangeira (obrigatório), lista de ilustrações, listade tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbo-los (opcionais), sumário.

Observação: estas páginas a partir da folha de rosto (in-clusive) são contadas, porém não numeradas.

Os elementos textuais são introdução, desenvolvimen-to e conclusão.

Os elementos pós-textuais são as referências (obriga-tório), o glossário (opcional), o apêndice (opcional), osanexos (se houver).

Conforme já se disse quanto à Estrutura do Relatório,cada elemento da estrutura do trabalho tem uma fina-lidade. Acredita-se que nunca é demais repetir, porémdessa vez em detalhes.

a) A capa do trabalho contém os seguintes dados (se-gundo a NBR 14724, 2005): no alto da página, deve-rá vir o nome da instituição (em caixa alta, em negri-to, centralizado). Guardando espaço duplo para bai-xo, vem o nome do autor Ao centro da página, otítulo do trabalho todo em caixa alta e negrito, segui-do do subtítulo (se houver) em letras simples. Nabase da página, centralizado, o local (cidade) da ins-tituição e o ano da entrega do trabalho.

O TRABALHO CIENTÍFICO: aspectos gráficos e materiais 83

Page 79: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

b) A folha de rosto deve conter os seguintes elementos;no alto, ao centro, em negrito e caixa alta, o nome doautor do trabalho. Ao centro, o título em caixa alta,negrito e centralizado, seguido de subtítulo (se hou-ver), escrito em letra comum (sem negrito e sem cai-xa alta). Mais abaixo, à direita, coloca-se uma refe-rência sobre a natureza do trabalho, a instituição aque se destina e o objetivo acadêmico. À esquerda,abaixo do título, no terço inferior, (entre a naturezado trabalho e o local) escreve-se Orientador (apenasse se tratar de monografia, tese, dissertação) colocan-do-se o nome do Orientador. Mais abaixo, registra-sea cidade, onde ocorreu a apresentação do trabalho,seguida da data da entrega do trabalho.

c) No verso da folha de rosto deve vir a ficha catalográ-fica que deve respeitar o Código de Catalogação An-glo-americano (CCAA2).

d) A errata é um elemento opcional e só é incluída quan-do se deseja retificar algo redigido por engano no tex-to. Procede-se da seguinte forma:

ERRATAFolha linha onde se lê leia-se7 3 ecola escola

e) A folha de aprovação é um elemento obrigatório emtrabalhos monográficos de final de graduação, pós-graduação e especialização, teses e dissertações. De-ve conter o nome do autor do trabalho (acima, cen-tralizado, caixa-alta e negrito), o título e subtítulo dotrabalho, a natureza do trabalho e a instituição a quese destina, a data da aprovação, a banca examinado-ra, com os nomes e as instituições dos membroscomponentes da banca. Embaixo deverá vir o local(cidade) e o ano da aprovação. Exemplo:

84 Como escrever teses e monografias

Page 80: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

MARIA EUGÊNIA MAGALHÃES PEREIRA SIMOU

O PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA E O ALUNO COM

SÍNDROME DE DOWN

Trabalho monográfico apresentado ao Curso

de Pedagogia, da Universidade X, como

requisito para obtenção do grau de

licenciado em Pedagogia.

Aprovada em ................. de ................... de ................

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________

Prof. Dr.

Universidade XXXX

________________________________________________

Prof. Ms ........

Universidade

Rio de Janeiro

2006

Page 81: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

f) A dedicatória é um elemento opcional. É o momen-to em que o autor do trabalho oferece a determina-da(s) pessoa(s) o trabalho.

g) O agradecimento também é um elemento opcional.Deve ser redigido de forma simples e sóbria a pes-soas (instituições ou mesmo ao orientador do traba-lho) que contribuíram de forma significativa para aelaboração do trabalho.

h) A epígrafe é outro elemento opcional. O autor escre-ve uma citação que se relaciona com a ideia centraldo tema do trabalho. Neste caso, deverá registrar aautoria da citação. A epígrafe também pode ser uti-lizada para se iniciar um capítulo do trabalho.

i) O resumo na língua vernácula é obrigatório. Ele apre-senta de forma clara, concisa, os pontos principais dotodo escrito, informando os dados trabalhados e osresultados alcançados, dando uma visão rápida e bemabrangente do trabalho. Deve ser escrito em um únicoparágrafo, em uma única lauda e não pode ultrapassar500 palavras. Deve conter ao final as palavras-chaverepresentativas do conteúdo.O resumo na língua estrangeira (abstract – inglês;résumé – francês e resumen – em espanhol) é elemen-to obrigatório. Deve conter as palavras-chave e vemno trabalho, após o escrito em língua original.

j) As ilustrações complementam o texto e devem serincluídas tão próximo quanto for possível do lugaronde forem mencionadas.

No caso de extensas demais, é aconselhável viremem forma de Anexos. Devem conter um título que asidentifique das demais ilustrações como, por exemplo,a palavra FIGURA, (acompanhada do no da figura),em caixa alta e o título em caixa baixa e letra corpo 10.

86 Como escrever teses e monografias

Page 82: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

k) O sumário é também outro elemento obrigatório. Nelesão enumeradas as principais partes do trabalho,acompanhadas das respectivas páginas. Essa enume-ração aparece na mesma ordem e grafia em que ostemas se sucedem. Apalavra SUMÁRIO deve ser cen-tralizada e usada a mesma tipologia adotada no corpodo texto (NBR 6027, 2003).

l) Somente depois do sumário é que vem o corpo dotrabalho, composto de introdução, desenvolvimen-to e a conclusão.

m)Após a conclusão, deverão vir as referências das obrasconsultadas e registradas em ordem alfabética por au-tor, obedecendo às normas da ABNT-NBR 6023 (ago.2002). Caso o autor tenha optado pelo sistema numé-rico, as obras serão organizadas obedecendo à nume-ração, na ordem que aparecem no texto.

Observação: a diferença entre bibliografia e referênciaconsiste no seguinte: nas referências, deverão ser registra-dos todos os autores citados no corpo do trabalho. Na bi-bliografia, constarão todos os que foram lidos, embora nãotenham sido citados no corpo do trabalho. Assim, na apre-sentação do trabalho, vêm em primeiro lugar as referênciase, em seguida, a bibliografia.

n) O glossário vem depois da referência. O glossário tema finalidade de explicitar os termos especiais contidosno trabalho. Esses termos devem ser escritos em or-dem alfabética.

o) Logo após o glossário são inseridos os anexos. As fo-lhas anexadas deverão conter um título e serão iden-tificadas por uma letra do alfabeto. EXEMPLO

ANEXO A. A estrutura da sala ambiente .................... 45ANEXO B. Trabalhos realizados com os alunos ....... 53

O TRABALHO CIENTÍFICO: aspectos gráficos e materiais 87

Page 83: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

7COMO ELABORAR REFERÊNCIAS

7.1 INDICAÇÃO DAS FONTES NO TEXTO

O que é

As referências dizem respeito às indicações de fontesconsultadas e que são referenciadas no texto, nas cita-ções, tanto literais como nas paráfrases, nas notas derodapé, e que permitem identificar documentos, auto-res de livros, de artigos, periódicos, ou mesmo fontes(primárias ou secundárias, depoimentos inclusive) e,ainda, qualquer documento impresso em outros meios,como disquetes, Internet, vídeos etc.

No caso de se usar citações no corpo do texto, toda vezque um autor for citado deve-se identificá-lo (sobreno-me), bem como o ano e a página da obra consultada,separados por vírgulas e entre parênteses, caso sejauma citação literal. Em se tratando de paráfrase, usa-sesomente o sobrenome do autor e o ano, separados por

Page 84: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

vírgula, entre parênteses. Com isto, está-se adotando osistema autor-data.

Exemplo de citação literal:

“O importante é que a criança perceba que o ato de estudar

é difícil, é exigente mas é gostoso desde o começo” (FREIRE, 2000,p. 95, grifo do autor).

Outro exemplo:

Segundo Freire (2000, p. 95), “o importante é que a crian-ça perceba que o ato de estudar é difícil, é exigente mas é gosto-

so desde o começo” (grifo do autor).

Como se percebe, na citação literal coloca-se aspas duplaspara iniciar e terminar a transcrição da cópia. Quando,porém, dentro do texto transcrito já existem aspas, estas as-pas são substituídas por aspas simples, indicando-se, assim,a citação dentro do texto copiado.

Exemplo de paráfrase:

É importante dizer-se aos jovens que devem entregar-se àaventura da aprendizagem de uma forma séria, porque oato de estudar é um ato sério, e não enganá-los dizendo quenesse ato só se encontra a alegria, quando, na verdade, sevive o sofrimento do saber (FREIRE, 2000).

Você observou que quando o autor está fora dos parên-teses ele não é escrito em caixa-alta, o que só ocorre quan-do vem dentro dos parênteses?

Pode-se, contudo, utilizar o sistema de numeração con-tínua para indicar a procedência da citação ou da pará-

90 Como escrever teses e monografias

Page 85: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

frase. Neste caso, coloca-se, pouco acima da linha quefecha a citação, após a pontuação, um expoente ou en-tre parênteses alinhado ao texto. Essa numeração teráseu equivalente na nota de rodapé.

Nas notas de rodapé, quando o autor aparece pela pri-meira vez na referência, são registrados o sobrenomedo autor, seguido do nome. Coloca-se, em seguida, onome da obra consultada (com grifo), seguido de pon-to. O local da publicação da obra vem a seguir, separa-do do nome da editora por dois-pontos. O ano da obrasegue-se ao nome da editora, separado por vírgula eterminando com um ponto. Registra-se, finalmente, apágina (p. 4, por exemplo).

Nas informações que se seguem do mesmo autor,quando se está trabalhando com citação literal, bastaque se registre no rodapé o sobrenome do autor, o ano ea página, separados por vírgula e finalizando com umponto, seguindo, porém, a numeração contínua das notasde rodapé.

Deve-se lembrar que não se inicia a numeração cadavez que se começa uma página.

7.2 APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES EM DOCUMENTOS

A primeira citação de uma obra deve ter anotada nocorpo do trabalho sua referência completa. As citaçõessubsequentes, porém, poderão vir substituídas porexpressões latinas.Exemplo:Apud – citado – significando conforme, segundo

ibidem ou ibid – na mesma obra

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 91

Page 86: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

et al. – e outros

opus citatum ou op. cit. – obra citada

Cf. – confira, confronte

Sequentia ou et seq. – seguinte ou que se segue

Exemplos:

Segundo Gadotti (apud FREIRE, 2000)

Para Freire (2000, p. 15 et seq.)

ALVES (2000, p. 6) � ALVES (op. cit., p. 6).

Observação:

Segundo a ABNT, as expressões latinas mencionadasanteriormente devem ser utilizadas somente em notas.A expressão apud é a única que também pode ser usadano texto (NBR 10520, agosto de 2002, grifo nosso).

Caso a fonte não contenha um dos elementos essen-ciais ao registro da referência, serão utilizados colche-tes com as seguintes informações:

a) Sem data [s.d.].

b) Sem editora [s.ed.].

c) Sem local [s.l.] (sine loco).

92 Como escrever teses e monografias

Page 87: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

7.3 AS REFERÊNCIAS FINAIS

7.3.1 Quando houver autores que tenham o mesmo

sobrenome e as datas das obras forem as mesmas,

deve-se acrescentar o nome do autor (ou mesmo abre-

viado), seguido do ano da obra.

Veja os exemplos:(ALVES, Rubem, 2000) e (ALVES, Nilda, 2000)

7.3.2 Se a obra for de dois ou mais autores, seus nomes

devem ser registrados separados por ponto-e-vírgula.

Se, no entanto, forem mais de três autores, registra-se

somente o primeiro autor, seguido da expressão et al.

Exemplo:

MENEZES, J.G. de C. et al. Estrutura e funcionamento daeducação: leituras. São Paulo: Pioneiras, 1998.

7.3.3 Quando um autor vier nas referências citado mais de

uma vez, usa-se um travessão equivalente a seis espaços,

substituindo o nome do autor. O mesmo procedimento é

adotado em relação a títulos e autores repetidos.

Exemplo:

PICHON-RIVIÈRE, E. Teoria do vínculo. São Paulo:Martins Fontes, 1998.

______ . O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 93

Page 88: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Outro exemplo:

KAPLAN, A. A conduta na pesquisa: metodologia dasciências do comportamento. 2. ed. São Paulo: EPU, 1975.

______.______. São Paulo: EPU, 1969.

Observe que a obra mais recente do autor vem citada emprimeiro lugar.

7.3.4 Se de um mesmo autor forem citadas duas obras

editadas no mesmo ano, deve-se acrescentar, após o ano

de publicação, a letra “a” ou “b” para identificar qual a

publicação mais antiga (b) e qual a mais recente (a).

Veja o exemplo:

PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. São Paulo: Mar-tins Fontes, 1989a.

______ . Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 1989b.

7.3.5 Somente a primeira palavra do título de uma obra

é iniciada por letra maiúscula; as demais virão com

letras minúsculas, com exceção dos nomes próprios.

Exemplo:

KLEIN, Melanie; HEIMANN, Paula; MONEY-KYRLE, R. E.(Org.). Novas tendências da psicanálise. 2. ed. Rio de Janei-ro: Guanabara Koogan, 1980.

94 Como escrever teses e monografias

Page 89: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Outro exemplo:

KLEIN, Melanie et al. Os progressos da psicanálise. 2. ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982.

7.3.6 As referências finais são essenciais em todo traba-

lho científico. Elas fornecem as indicações das obras

consultadas, permitindo ao leitor identificar todas as

fontes utilizadas na elaboração da obra. Elas são sem-

pre registradas no final do trabalho.

A forma de registrar as referências vem determinadanas normas expedidas pela Associação Brasileira deNormas Técnicas (ABNT NBR 6023, 2002).

Veja-se a seguir como se procede ao registro das refe-rências.

7.3.7 Livros

Elementos essenciais

a) Sobrenome do autor da publicação (todo em maiúscu-la, seguido de vírgula) e depois o nome do autor (se-guido de ponto).

b) Título da publicação (grifado, seguido de ponto). Sehouver subtítulo, não é grifado (separado do título pordois-pontos, seguido de ponto).

c) Número da edição (a indicação do numeral ordinal ésubstituída por um ponto, colocado imediatamente

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 95

Page 90: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

após o número seguido da abreviação de edição – ed.Exemplo: 4. ed.

d) Local da publicação (seguido de dois-pontos).

e) Nome da editora (seguida de vírgula).

f) Ano da publicação (seguido de ponto).

Exemplo:

PICHON-RIVIÈRE, Enrique. Teoria do vínculo. 4. ed. SãoPaulo: Martins Fontes, 1995.

Como se pode observar, não aparecem nem as palavraseditora, nem o numeral ordinal indicador da edição e osobrenome do autor vem todo com letra em caixa-alta.

Pode-se, também, observar que quando se registra aobra, utilizando a segunda linha, as informações situam-se logo abaixo da primeira letra do sobrenome do autor.Neste caso, mantém-se espaço simples no registro dosdados da obra, embora entre uma obra e outra o espaçoseja duplo.

Elementos complementares

a) O tradutor – vem entre o título e o número da edição,separados por pontos.

b) Se o autor for o organizador da obra, ou mesmo seucoordenador, aparecerá (Org.) ou (Coord.), entre pa-rênteses, após o registro do nome do autor.

c) O número do volume – vem logo após o ano da publi-cação, seguido de v.

d) O título da série (Coleção; Cadernos; Série etc.) e onúmero da publicação na série aparecem entre parên-teses, após o ano, separado por ponto.

96 Como escrever teses e monografias

Page 91: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Exemplo:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessá-rios à prática educativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1997. (Coleção Leitura).

D’ ANTOLA, Arlete. (Org.). Disciplina na escola: autorida-de versus autoritarismo. São Paulo: EPU, 1989. (Temas bási-cos de educação e ensino).

7.3.8 Referência de parte de um livro

No caso de se fazer a referência de um capítulo do livro enão de toda a obra, deve-se seguir a seguinte norma:

a) O autor da parte referenciada (o sobrenome em maiús-cula, seguido de vírgula), seguido do nome (seguidode ponto).

b) O título da parte referenciada, sem grifo (seguido deponto).

c) O autor da publicação (ou o organizador). Precedidode In, seguido de dois-pontos.

d) Título da publicação, em destaque (seguido de ponto).

e) Número da edição (seguido de ponto – Exemplo: 4. ed.).

f) Local da edição (seguido de dois-pontos).

g) Nome da editora (seguida de vírgula).

h) Ano da publicação (seguido de ponto).

i) Indicação do volume que contém a parte referenciada,precedido de v. (se houver uma obra de mais de umvolume).

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 97

Page 92: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

j) Indicação da parte, seção, capítulo (cap.), em que cons-te a referência (separados por vírgula).

k) Indicação da página inicial e final da parte referencia-da (separadas por hífen, precedidas de p. e terminan-do com ponto).

Exemplo:

VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. A disciplina participativana escola: um desafio a todos os brasileiros. In: D’ANTOLA,Arlete. (Org.). Disciplina na escola: autoridade versus autori-tarismo. São Paulo: EPU, 1989. Cap. 1, p. 13-28. (Temas básicosde educação e ensino).

7.3.9 Teses e monografias

Quando se usa, como material de consulta, teses ou traba-lhos monográficos mimeografados ou mesmo digitados,deve-se seguir os seguintes passos:

Elementos essenciais

a) Sobrenome do autor (todo em maiúscula, seguido devírgula), seguido do nome do autor (seguido de ponto).

b) Título da monografia grifado, seguido de ponto.

c) Ano da monografia seguido de ponto.

d) Número de folhas da monografia (exemplo: 203 f).

e) Segue-se a natureza do trabalho – Monografia (Mes-trado em Educação) seguido de um traço.

98 Como escrever teses e monografias

Page 93: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

f) Nome da instituição.

g) Local da instituição.

Exemplo:

ANACHORETA ALVES, Magda. Inscrições murais: um no-vo grafismo. 1985. 123f. Monografia (Mestrado em Educação)– Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense,Rio de Janeiro.

7.3.10 Artigos e/ou matérias de periódicos

Elementos essenciais

a) Autor do artigo, seguido do ponto (sobrenome todoem maiúscula, seguido do nome, terminando com umponto).

b) Título do artigo (e subtítulo se houver) sem grifo, se-guido de ponto.

c) Título do periódico, grifado, seguido de vírgula.

d) Local da publicação, seguido de vírgula.

e) Número do volume, seguido de vírgula (exemplo: v. 2).

f) Número do fascículo, seguido de vírgula (exemplo: n. 3).

g) Número das páginas inicial e final do artigo referencia-do, precedido de p. (exemplo: p. 12-17) separados porhífen e seguido de vírgula.

h) Data do volume ou fascículo (seguido de ponto).

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 99

Page 94: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Exemplo:

MATTOS, Mauro R. Gomes de; AZULAY NETO, Messod;CRISTSINELIS, Marcos F. Anistia – Lei 8.878/94 – contagemdo tempo de afastamento para fins de aposentadoria.Síntese Trabalhista, Porto Alegre, v. 87, ano VII, p. 21-26,set. 1996.

7.3.11 Artigos de jornais

Elementos essenciais

a) Autor do artigo (sobrenome em caixa alta, seguido denome, separado por vírgula, terminando com umponto).

b) Título do artigo sem grifo (seguido de ponto).

c) Título do jornal, em destaque (seguido de vírgula).

d) Local da publicação (seguido de vírgula).

e) Data da publicação – dia, mês e ano (os meses sãoabreviados. Usar somente as três primeiras letras, emminúscula, seguido de ponto. Não usar a partícula de).

f) Número ou título do caderno, ou ainda seção ou suple-mento de onde foi retirado o artigo (seguido de vírgula).

g) Página do artigo referenciado (primeira e última pági-nas, separadas por hífen e precedidas de p., seguido deponto).

Exemplo:

LINS, Leticia. Icapuí, um paraíso onde o sertão termina nomar. O Globo, Rio de Janeiro, 5 mar. 1998. Boa Viagem, p. 8.

100 Como escrever teses e monografias

Page 95: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

7.3.11.1 Quando não houver caderno ou seção, a paginação do

artigo vem antes da data.

Exemplo:

CARVALHO, Olavo. Gansos que falam. O Globo, Rio deJaneiro, p. 7, 25 ago. 2002.

7.3.11.2 Observação: se houver títulos de obras sem autoria conhe-

cida (não assinada) deve-se iniciar a referência apresentando a pri-

meira palavra do título do artigo em maiúscula.

Exemplo:

VARIG e Embratel investem 1,8 milhões para divulgar oBrasil. O Globo, Rio de Janeiro, 2 jul. 1998. Economia, Ca-derno 2, p. 34.

7.3.12 Dicionários e enciclopédias

Elementos essenciais

a) Autor(es), seguido de ponto.

b) Editor entre parênteses (Ed.), seguido de ponto.

c) Título da obra grifado, seguido de ponto.

d) Coeditor (se houver).

e) Local da edição, seguido de dois-pontos.

f) Nome da editora, seguida de vírgula.

g) Ano, seguido de ponto.

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 101

Page 96: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Exemplo:

KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicioná-rio digital 98. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.Produzida por Videolar Multimídia.

7.3.13 Publicação periódica como um todo

– número especial de Revista

Elementos essenciais

a) Título da revista todo em maiúscula, seguido do sub-título em minúscula, seguido de ponto.

b) Local, seguido de dois-pontos.

c) Nome da Editora, seguida de vírgula.

d) Ano da publicação, seguido de vírgula.

e) Número da publicação, seguido de vírgula.

f) Data da publicação, seguida de ponto.

Exemplo:

VIAGEM E TURISMO: Maceió – terra do sol. São Paulo:Abril, ano 6, n. 3, fev. 2001. 65 p.

7.3.14 Folhetos

ANACHORETA-ALVES, Magda. Normas para elaboraçãode trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro: Universidade Es-tácio de Sá, 1997.

102 Como escrever teses e monografias

Page 97: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

7.3.15 Guias

GUIA QUATRO RODAS: Brasil 2002. São Paulo: Abril, 2002.711p. Inclui mapa rodoviário, roteiro de viagem e guia derestaurantes.

7.3.16 Documentos apresentados em eventos (anais, atas,

resultados entre outras denominações)

7.3.16.1 Eventos

Elementos essenciais

a) Título do evento (congresso, anais etc.) em maiúsculas(seguido de vírgula).

b) Número do evento (seguido do ponto e depois de vír-gula. Exemplo 5.,).

c) Ano do evento (seguido de vírgula).

d) Local de realização do evento (seguido de ponto).

e) Título dos anais grifado (seguido de ponto).

f) Local da publicação (seguido de dois-pontos).

g) Nome da editora da publicação (seguida de vírgula).

h) Ano da publicação (seguido de ponto).

i) Número de páginas (seguido de ponto).

Exemplo:

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA NA EDUCA-ÇÃO, 5., 1994, Porto Alegre. Anais do V Simpósio Brasilei-ro de Informática na Educação. Porto Alegre: Instituto deInformática, PUCRS, 1994. 290 p.

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 103

Page 98: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

7.3.16.2 Em meio eletrônico (elementos essenciais)

a) Copia-se todo o título disponível do evento (todo emmaiúsculas).

b) Título (grifado) e subtítulo do evento.

c) Local (seguido de dois-pontos).

d) Nome da editora (seguido de vírgula).

e) Ano do evento (seguido de ponto).

f) Acrescenta-se: Disponível em, acrescentando-se o sím-bolo <.

g) Copia-se o endereço eletrônico disponível no vídeo,acrescentando o símbolo > (seguido de ponto).

h) Acrescenta-se Acesso em (seguido de dois-pontos).

i) Data (dia, mês abreviado e ano), seguido de ponto.

Exemplo:

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4,1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Dis-ponível em: < http://www.proposeq.ufpe.br/anaishtm>.Acesso em: 21 jun. 1997.

7.3.17 Documentos jurídicos

7.3.17.1 Constituição Federal

Elementos essenciais

a) Jurisdição (seguido de ponto).

b) Título grifado (seguido de ponto).

104 Como escrever teses e monografias

Page 99: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

c) Local da publicação (seguido de dois-pontos).

d) Gráfica onde a obra foi impressa (seguida de vírgula) e

e) Ano da publicação.

Exemplo:

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

7.3.17.2 Emenda constitucional

BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional no 9, de9 de novembro de 1995. Dá nova redação ao art. 177 daConstituição Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex– Coletânea de Legislação e Jurisprudência: legislação fede-ral e marginália, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995.

Outro exemplo:

BRASIL. Lei no 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Dispõesobre o Fundo de Manutenção do Ensino Fundamental e daValorização do Magistério, na forma prevista no art. 60, § 7o,do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e dáoutras providências. In: MENEZES, J.G. de C. (Org.). Estru-tura e funcionamento da educação: leituras. São Paulo:Pioneiras, 2000. p. 329-335.

7.3.17.3 Lei complementar

SÃO PAULO (Estado): Lei complementar no 444, de 27 dedezembro de 1985. Dispõe sobre o Estatuto do MagistérioPaulista e dá outras providências correlatas. In: MENEZES,J. G. de C. (Org.). Estrutura e funcionamento da educaçãobásica: leituras. São Paulo: Pioneira, 1998.

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 105

Page 100: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

7.3.17.4 Consolidação de lei

BRASIL. Código Civil. Organização de textos, notas remis-sivas e índices por Juarez de Oliveira. 46. ed. São Paulo:Saraiva, 1995.

7.3.17.5 Habeas corpus

BRASIL. Tribunal Regional Federal. (5. Região). Adminis-trativo. Escola Técnica Federal. Pagamento de diferençasreferentes a enquadramento de servidor decorrente da im-plantação de Plano Único de Classificação e Distribuição deCargos e Empregos, instituído pela Lei no 8.270/91. Pre-dominância da lei sobre a portaria. Apelação cível no 42.441– PE (94. 05.01629-6). Apelante: Edilemos Mamede dos San-tos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de Pernam-buco. Relator: Juiz Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997.Lex-jurisprudência do STJ e Tribunais Federais, São Paulo,v. 10, n. 103, p. 558 – 561, mar. 1998.1

7.3.17.6 Documentos jurídicos em meio eletrônico

Elementos essenciais

a) Registra-se os dados, conforme explicitado nos exem-plos anteriores, acrescentando o endereço eletrônico ea data de acesso.

o endereço eletrônico deverá vir entre os sinais <...>,precedido de Disponível em:

106 Como escrever teses e monografias

1 Cf. ABNT, NBR 6023, ago. 2002. p. 9.

Page 101: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Após registrar o endereço eletrônico, pontua-se e acres-centa-se: Acesso em: (inclui-se a data que se acessou nocomputador).

7.3.18 Imagens em movimento

(filme, vídeo, DVD, entre outros)

Elementos essenciais

a) O título (somente a primeira palavra vem em maiúscu-la) e subtítulo (se houver), seguido de ponto.

b) Os créditos (diretor, produtor, roteirista e outros)seguidos de ponto.

c) Elenco relevante – intérpretes (seguido de ponto).

d) Local (seguido de dois-pontos).

e) Nome da produtora (seguida de vírgula).

f) O ano (seguido de ponto).

g) Indicadores de som e cor e ainda outras informaçõesrelevantes.

Exemplo de vídeo:

SEMPRE SINATRA. Rio de Janeiro: Laboratório VideolarMultimídia/Globo Especial, 1999. 1 fita de vídeo (60 min)VHS, son., color.

7.3.19 Documento sonoro musical

Elementos essenciais

a) Compositor(es) em maiúscula.

b) Título (em maiúscula e grifado) e subtítulo (se houver).

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 107

Page 102: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

c) Outras indicações como entrevistadores, entrevistado,diretor artístico, produtor e outros (seguido de ponto).

d) Local (seguido de dois-pontos).

e) Gravadora (seguida de vírgula).

f) Ano (seguido de ponto).

g) Especificar as características e a duração.

Exemplo:

O ESSENCIAL DE MARIA BETÂNIA. São Paulo: BMG Bra-sil/FOCUS, 1999. (60 min).

7.3.20 Partitura

Elementos essenciais

a) Autor da obra (em maiúscula), seguido de ponto.

b) Título da obra grifado seguido de ponto.

c) Local, seguido de dois-pontos.

d) Data seguida de ponto.

e) As características da partitura.

Exemplo:

VILLA-LOBOS, H. Coleções de quartetos modernos: cor-das. Rio de Janeiro:, 1916. 1 partitura (23 p.). Violoncelo.

7.3.21 Entrevista gravada

Elementos essenciais

a) Nome do entrevistado (grifado) seguido de dois-pontos.

108 Como escrever teses e monografias

Page 103: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

b) Acrescenta-se a palavra depoimento após os dois-pontos.

c) Data da entrevista entre colchetes (seguida de ponto).

d) Entrevistadores (nomes redigidos literalmente), segui-dos de dois-pontos.

e) Local (nome do estado ou capital do Brasil, seguido dedois-pontos).

f) Local onde se realizou a entrevista (seguido de vírgula).

g) Ano (seguido de ponto).

h) Número de fitas utilizadas e a duração das fitas (segui-do de vírgula).

i) Tipo das fitas (seguido de ponto).

j) Outras informações.

Exemplo:

FREIRE, Paulo: depoimentos [ago. 1989]. Entrevistadora:Ana Maria Saul. São Paulo: PUC SP, 1989. 1 fita cassete (90min).

7.3.22 Documentos de acesso por meios eletrônicos

(disquetes, mensagens eletrônicas, programas, entre

outros).

Elementos essenciais:

a) Autor (se houver) ou denominação.

b) Título e subtítulo do produto.

c) Indicação do endereço eletrônico e data de acesso.

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 109

Page 104: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Observação: é fundamental que o registro contenha o má-ximo de informações, inclusive a indicação da data e pági-na ou páginas acessadas.

7.3.22.1 Exemplo de e-mail

PAULA, B. A vida na Antártica [mensagem pessoal]. Men-sagem recebida por: <[email protected]> em 29 ago.2002.

Outro exemplo:

RIBEIRO, F. Adoção à brasileira: uma análise geopolítica.Datavênia. São Paulo, n. 18, ago. 1998. Disponível em: <http://wwwdatavenia.Inf.br/frameartig.htm>. Acessoem: 22 ago. 2002.

7.3.23 Documentos iconográficos

Elementos essenciais em jornal

a) Sobrenome do autor da fotografia (em maiúscula),seguido do nome (separado por vírgula).

b) Título da fotografia (seguido de ponto).

c) Fonte onde está a foto (em grifo), seguida de vírgula.

d) Local da publicação da fonte (seguido de vírgula).

e) Data (seguida de ponto).

f) Página (seguida de ponto).

g) Número de fotos (seguido de vírgula).

h) Cor da foto (seguida de ponto).

110 Como escrever teses e monografias

Page 105: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Exemplo:

PEIXOTO. D . PMs do BOPE se protegem atrás de um carronum dos acessos ao Complexo do Alemão: eles têm a mis-são de encontrar um depósito de fuzis. O Globo, São Paulo,14 fev. 2001. P. 1. 1 fot., color.

7.3.23.1 Elementos essenciais em fotografia em papel

RIBAS, L. As meninas do bairro, 1995. 1 fot., color. 15 cm x45 cm.

7.3.24. Autor entidade

As obras sob a responsabilidade de entidades, tais comouniversidade, empresas, associações, órgãos governamen-tais, têm seu nome identificado, logo no início, por extenso.

Exemplo:

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ. Catálogo de monogra-fias do Curso de Graduação em Pedagogia. Rio de Janeiro,2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 14724 – Informação e documentação – trabalhos aca-dêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, ago., 2002.

7.4 OUTRAS OBSERVAÇÕES SOBRE REGISTRO DAS OBRAS

CONSULTADAS E INDICADAS NO FINAL DO TRABALHO

Quando se termina um trabalho científico, as obras consul-tadas poderão ser referenciadas de diferentes maneiras:

COMO ELABORAR REFERÊNCIAS 111

Page 106: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

� Em uma lista de referências, organizadas em ordemalfabética de sobrenomes, alinhadas à margem esquer-da da folha, colocadas na última página da obra.

� Organizadas segundo a numeração adotada no corpodo trabalho, seguindo o sistema numérico.

112 Como escrever teses e monografias

Page 107: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

Referências

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.Filosofando. São Paulo: Moderna, 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14 724:

informação e documentação. Trabalhos acadêmicos, apresentação.Rio de Janeiro: ABNT, dez. 2005.

______ . NBR 6028. Informação e documentação – Resumo – Apresen-tação. Rio de Janeiro: ABNT, nov. 2003.

______ . NBR 6 023. Informação e documentação – referências – elabo-ração. Rio de Janeiro: ABNT, ago. 6023.

______. NBR 6027. Informação e documentação – Sumário-Apresen-tação. Rio de Janeiro: ABNT, mai. 2003.

______. NBR 10 520. Informação e documentação – citações em docu-mentos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, ago. 2002.

______ .NBR 6028. Resumos. Rio de Janeiro: ABNT, maio 1990.ASTI VERA, Armando. Metodologia da pesquisa científica. 7. ed. PortoAlegre: Globo, 1983.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. (Org.). Repensando a pesquisa partici-

pante. São Paulo: Brasiliense, 1984.

Page 108: 12-Como Escrever Teses e Monografias [Plano de Organização]

DEMO, Pedro. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1989.

DUSILEK, Darci. A arte da investigação criadora: introdução à metodo-logia da pesquisa. 3. ed. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosae Publicações, 1982.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 3. ed. SãoPaulo: Atlas, 1996.

KERLINGER, F. N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais: um tra-tamento conceitual. São Paulo: EPU/ Edusp, 1979.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho cien-

tífico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1992.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abor-

dagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. (Temas básicos de educa-ção e ensino).

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática do fichamento,resenha. São Paulo: Atlas, 1997.

MONTEIRO, Geraldo T.M.; SAVEDRA, Mônica M. G. Metologia da

pesquisa jurídica. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.

SALOMON, D. V. Como fazer monografia. São Paulo: Martins Fontes,1996.

SANTOS, Antônio R. Metodologia científica: a construção do conheci-mento. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

SAAVEDRA, Mônica M. G.; MONTEIRO, Geraldo T. M. Metodologia

da pesquisa jurídica. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.

114 Como escrever teses e monografias