12-MANUAL DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E MANOBRA

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Equipamentos de proteção e manobra

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Equipamentos de proteção e manobra

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Equipamentos de proteção e manobra

Treinamento Operacional – Diretoria de RH Rua dos Lavapés, 463 – Cambuci

01519-000 - São Paulo - SP

Gerência de Treinamento Operacional Sergio Fesneda

Administração Denis Germino

Elisaldo de Melo

Patrícia Saline

Valdir Lopes

Elaboração técnica Ana Rita Ramos

Angela Chagas

Joana Costa

Samuel Braz

Projeto gráfico e editoração Michel de Oliveira

Rodolfo Justino

São Paulo, junho de 2007.

R:\Treinamento Tecnico\SEGMENTOS\AÉREO\CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DA REDE

DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA (CMRDA)\APOSTILAS\ MANUAL DE EQUIPAMENTOS DE

PROTEÇÃO E MANOBRA.doc

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"Ninguém educa ninguém,

ninguém se educa sozinho,

os homens se educam em comunhão."

Paulo Freire

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Sumário

1 Chave faca___________________________________________ 1

1.1 Definição ..................................................................................................................... 1 1.2 Componentes ............................................................................................................. 1 1.3 Tipos............................................................................................................................ 2

2 Chave fusível _________________________________________ 3

2.1 Definição ..................................................................................................................... 3 2.2 Componentes ............................................................................................................. 3 2.3 Tipos............................................................................................................................ 4 2.4 Funcionamento da chave fusível e elo fusível ........................................................ 4

3 Elos fusíveis__________________________________________ 5

3.1 Definição ..................................................................................................................... 5 3.2 Componentes ............................................................................................................. 5

3.2.1 Cabeça com o botão ........................................................................................ 6 3.2.2 Elemento Fusível.............................................................................................. 6 3.2.3 Tubinho............................................................................................................. 7 3.2.4 Rabicho ............................................................................................................ 7

3.3 Tipos de elos fusíveis................................................................................................ 8 3.4 Princípio de Funcionamento..................................................................................... 8 3.5 Escolha de elos fusíveis............................................................................................ 9

3.5.1 Escolha de elos para transformadores de iluminação pública ......................... 9 3.5.2 Escolha de elos para transformadores de distribuição – MONOFÁSICO ........ 9 3.5.3 Escolha de elos para transformadores de distribuição - TRIFÁSICO .............. 9 3.5.4 Escolha de elos para base fusível em circuitos primários 7 - tabela de

conversão de fusível tipo K para tipo T .......................................................... 11 3.5.5 Base Fusível................................................................................................... 12 3.5.6 Transformador de Distribuição Aérea............................................................. 13

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4 Manual de apoio - MPT ________________________________ 14

4.1 Substituir elo fusível em base fusível (BF) MPT-DAE 601 ................................... 14

5 Load Buster (L.B.) ____________________________________ 16

5.1 Definição ................................................................................................................... 16 5.2 Componentes ........................................................................................................... 16 5.3 Modelos..................................................................................................................... 16 5.4 Utilização .................................................................................................................. 17 5.5 Principio de funcionamento.................................................................................... 17 5.6 Inspeção prévia ........................................................................................................ 17 5.7 Aplicação .................................................................................................................. 17 5.8 Cuidados................................................................................................................... 18 5.9 Acondicionamento................................................................................................... 18 5.10 Manutenção .............................................................................................................. 18 5.11 Limpeza e lubrificação............................................................................................. 18

6 Vara de manobra _____________________________________ 19

6.1 Definição ................................................................................................................... 19 6.2 Componentes ........................................................................................................... 19 6.3 Isolação..................................................................................................................... 19 6.4 Ensaio dielétrico ...................................................................................................... 20 6.5 Utilização .................................................................................................................. 20 6.6 Limpeza..................................................................................................................... 20 6.7 Acondicionamento................................................................................................... 20 6.8 Manutenção .............................................................................................................. 20 6.9 EPI´s .......................................................................................................................... 20

7 Vara de manobra telescópica____________________________ 21

7.1 Definição ................................................................................................................... 21

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7.2 Componentes ........................................................................................................... 21 7.2.1 Acessórios ...................................................................................................... 21

7.3 Comprimento............................................................................................................ 22 7.4 Isolação..................................................................................................................... 22 7.5 Ensaio dielétrico ...................................................................................................... 22 7.6 EPI´s .......................................................................................................................... 22 7.7 Utilização .................................................................................................................. 22 7.8 Limpeza..................................................................................................................... 24 7.9 Acondicionamento................................................................................................... 24 7.10 Manutenção .............................................................................................................. 24 7.11 EPI´s .......................................................................................................................... 24 7.12 Importante................................................................................................................. 25

8 Religador automático _________________________________ 26

8.1 Definição ................................................................................................................... 26 8.2 Princípio de Funcionamento................................................................................... 26 8.3 Tipos e características ............................................................................................ 27

8.3.1 Religador automático monofásico - TIPO L.................................................... 27 8.3.1.1 Definição........................................................................................... 28 8.3.1.2 Operação Manual ............................................................................. 28

8.3.2 Religador automático trifásico - Tipo KF ........................................................ 29 8.3.2.1 Definição........................................................................................... 29 8.3.2.2 Operação manual ............................................................................. 29 8.3.2.3 As alavancas são: ............................................................................ 29

8.3.3 Religadores Automáticos Trifásicos - Tipos R e RV....................................... 33 8.3.3.1 Definição........................................................................................... 33 8.3.3.2 Operação manual ............................................................................. 33 8.3.3.3 As alavancas são ............................................................................. 33

8.3.4 Religador Automático Trifásico - Tipo GVR.................................................... 33 8.3.4.1 Definição:.......................................................................................... 33 8.3.4.2 Operação manual: ............................................................................ 34

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9 Seccionalizador automático_____________________________ 35

9.1 Definição ................................................................................................................... 35 9.2 Princípio de Funcionamento................................................................................... 35 9.3 Tipo............................................................................................................................ 35 9.4 Características ......................................................................................................... 35 9.5 Operação manual ..................................................................................................... 35

10 Coordenação da proteção (RA, SA e Elos fusíveis)____________ 37

11 Banco de capacitor e chave a óleo________________________ 39

11.1 Banco de capacitor .................................................................................................. 39 11.1.1 Definição......................................................................................................... 40

11.1.1.1 Capacitância..................................................................................... 40

11.2 Chave a óleo ............................................................................................................. 43 11.2.1 Tipos de chaves a óleo................................................................................... 44

11.2.1.1 Elétrica.............................................................................................. 44 11.2.1.2 Manual.............................................................................................. 44

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1 Chave faca

1.1 Definição Dispositivo destinado para manobras e desligamento de circuitos. As chaves de faca são instaladas em pontos estratégicos visando:

Seccionar a rede para minimizar os efeitos das interrupções programadas ou não programadas;

Estabelecer corte visível em equipamentos como religadores, seccionalizadores, chaves a óleo etc.;

Estabelecer "by pass" em equipamentos como reguladores de tensão e religadores, etc.

1.2 Componentes A chave de faca é constituída dos componentes:

1) Base, 2) Isoladores, 3) Gancho para L.B., 4) Terminal de Linha, 5) Terminal de Carga, 6)Lâmina, 7) Argola com trava de segurança e contato.

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1.3 Tipos 5kV = 600 A a 1200 A 15kV = 400 a 630 A 25kV = 400 A 34,5kV = 400 A

Nota: A chave faca-fusível pode ser utilizada como chave fusível ou como chave de faca, mediante a substituição do cartucho pela lâmina.

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2 Chave fusível

2.1 Definição Dispositivo destinado para a proteção de trechos de rede ou equipamentos contra eventuais sobrecorrentes e para manobras de interrupção energizadas ou isolação de ramais ou equipamentos.

2.2 Componentes 1) Isolador 2) Terminal de Linha 3) Gancho para L.B. 4) Argola 5) Cartucho 6) Terminal de Carga 7) Base de Fusível

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2.3 Tipos = 100 A e 200 A

A= Chapa de aço para colocar e retirar o cartucho

C= Orifício para colocar e retirar o cartucho

2.4 Funcionamento da chave fusível e elo fusível Quando percorrido por uma sobrecorrente o elemento fusível do elo se funde e forma-se um arco entre as pontas partidas do elo. Durante o tempo que este arco se mantém provoca a queima e decomposição parciais do tubo de revestimento interno do cartucho, os gases gerados por esta decomposição constituídos basicamente de monóxido de carbono e hidrogênio, desionizam rapidamente o espaço percorrido pelo arco e quando a corrente de falha, passa pelo valor zero, o arco é então interrompido.

Os gases se acumulam dentro do tubo com pressão que depende da grandeza da corrente de falha. Esses gases comprimidos abafam e resfriam o arco e escapam através de uma ou duas extremidades do cartucho carregando consigo as partículas ionizadas que manteriam o arco. Entretanto o escapamento inicial dos gases é mais lento do que sua formação.

Dispositivo de extração do elo também coopera para a extinção do arco. Quando o fusível se funde, o guia de extração do elo, com a sua ruptura, desengata da articulação do cartucho, expelindo a parte inferior do elo partido de dentro do tubo, faz separar as pontas partidas do fusível, contribuindo assim para a extinção do arco.

Nota: As chaves fusíveis que não apresentarem gancho para L.B. deverão ser operadas com o circuito desenergizado.

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3 Elos fusíveis

3.1 Definição O elo fusível é a parte ativa da proteção do circuito, ou seja, é o elemento sensor que detecta a sobrecorrente e interrompe o circuito.

Os elos fusíveis de distribuição são padronizados pela ABNT de acordo com as especificações de Normas e Métodos de Ensaio. A qualidade e dimensionamento de seus materiais bem como o projeto e construção do elo fusível são itens de primordial importância para a interrupção de uma sobrecorrente de um tempo esperado.

O elo fusível não deve fundir com a corrente do equipamento o qual ele protege e deve obedecer as curvas características de um tempo - corrente.

3.2 Componentes Os elos fusíveis são constituídos das seguintes partes:

1. Cabeça com o botão

2. Elemento fusível

3. Fio de reforço opcional

4. Tubinho do elo fusível

5. Rabicho

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3.2.1 Cabeça com o botão O botão é o elemento que fixa o elo fusível na parte superior do cartucho, dando continuidade ao circuito. Os botões são padronizados a fim de permitir a intercambialidade mecânica:

Elos fusíveis de 1 a 50 A nominais - Botão com diâmetro de 12,5mm e arruela facilmente removível de diâmetro externo 19mm;

Elos fusíveis de 65 a 100 A nominais - Botão com diâmetro de 19mm; Elos fusíveis de 140 à 200 A nominais - Botão com diâmetro de 25mm;

Nota: Nos corta circuitos de dupla expulsão o botão é expelido quando os gases atingem uma certa pressão.

3.2.2 Elemento Fusível É a parte ativa do elo fusível que varia conforme a corrente nominal do elo fusível. As dimensões do elemento fusível (comprimento e área de seção) e a resistividade do material irão determinar os valores das correntes de fusão e os respectivos tempos. O elemento fusível deverá ser de material cujas propriedades físicas e químicas não sejam alteradas pela passagem permanente da corrente inferior à mínima de fusão, pelo ambiente (ex: temperaturas) e pelo decorrer do tempo. Para obedecer essa

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especificação utiliza-se estanho ou liga de estanho ou ligas de prata, que trabalham a temperaturas inferiores a 100oC e tem o ponto de fusão em torno de 230o C.

O comprimento do elemento fusível determina a quantidade de calor que pode ser dissipado. Elementos Fusíveis compridos tem uma menor condução de calor. Assim, com uma sobrecorrente moderada, um elemento de grande comprimento apresentará um ponto mais quente no seu centro. Logo que o ponto quente atingir a temperatura de fusão, haverá o rompimento do elo fusível. Com a mesma corrente, o ponto mais quente e um elemento fusível mais curto não alcança a temperatura de fusão pois o calor se dissipa mais rapidamente.

Em grandes correntes o aumento de temperatura é muito elevado e, assim, nem um elemento fusível mais curto tem tempo de conduzir o calor desenvolvido no seu ponto quente. O tempo de fusão dependerá então da área de seção do elemento fusível e do valor da corrente.

Deste modo, o comprimento e a área de seção, convenientemente ajustados, fixam uma características de tempo x corrente de fusão do elo fusível, ou seja, para cada valor de corrente o elemento fundir-se á num tempo diferente.

3.2.3 Tubinho É constituído de fibra isolante e tem por finalidade proteger o elemento fusível contra danos mecânicos, estabilizar o tempo de fusão e produzir gases para a interrupção do arco para pequenas sobrecorrentes.

Nota: O tubinho é utilizado em elos fusíveis até 100A.

3.2.4 Rabicho Consiste de uma cordoalha de cobre estanhado e serve para fixação do elo fusível na parte inferior do cartucho. Os diâmetros dos rabichos são padronizados nas suas dimensões máximas para que não haja interferência no mecanismo de desengate do cartucho.

Nota: As dimensões mínimas dependem da corrente nominal do elo fusível.

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3.3 Tipos de elos fusíveis Os elos fusíveis são classificados de acordo com a "rapidez" de fusão:

Tipo K - rápido Tipo T- Lento Tipo H - Alto surto

Nota: Para corta circuitos de força é especificada o do tipo EF.

Os elos fusíveis tipos K e T da mesma bitola têm pontos idênticos de 300 e/ou 600 segundos nas curvas de tempo- corrente, tendo, portanto, as mesmas características para pequenas sobrecorrentes.

A chave fusível que vai abrigar o elo fusível deve ser compatível com a corrente nominal do elo fusível. As correntes nominais dos corta circuitos são normalizadas com os seguintes valores:

Os elos fusíveis de diferentes tipos e mesma corrente nominal são intercambiáveis eletricamente.

3.4 Princípio de Funcionamento O princípio de funcionamento do elo fusível é relativamente simples e baseia-se na fusão do elemento fusível através do aquecimento devido ao afeito JOULE.

Durante o tempo que o arco se mantém (tempo de arco) a temperatura no interior do cartucho pode atingir 5000o kelvin, causando a queima e decomposição parcial do revestimento interno de fibra do cartucho.

A tensão de restabelecimento poderia formar um novo arco, mas isso não acontece, pois não há mais partículas ionizadas no interior do cartucho.

O dispositivo de extração do elo fusível também ajuda na extinção do arco elétrico através da separação das extremidades do elo fusível.

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3.5 Escolha de elos fusíveis

3.5.1 Escolha de elos para transformadores de iluminação pública

Potência Tensão Nominal do Circuito

kVA 3,8 kV 13,2 kV

7,5 5H 1H

10 5H 2H

15 6T 2H

25 10T 5H

3.5.2 Escolha de elos para transformadores de distribuição – MONOFÁSICO

3.5.3 Escolha de elos para transformadores de distribuição - TRIFÁSICO

Potência Tensão Nominal do Circuito

kVA 3,8 kV 13,2 kV 23 kV 34,5 kV

5 - 1H 1H -

10 6T 2H 1H 1H

15 6T 3H 2H 1H

25 12T 5H 3H 2H

37,5 20T 6T 5H 3H

50 25T 10T 5H 5H

75 30T 10T 6T 5H

100 50T 12T 10T 6T

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Potência Tensão Nominal do Circuito

kVA 3,8 kV 13,2 kV 23 kV

15 3H 1H 1H

30 6T 2H 1H

45 10T 3H 2H

75 12T 5H 3H

112,5 20T 6T 5H

150 25T 6T 5H

225 40T 10T 6T

300 50T 15T 10T

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3.5.4 Escolha de elos para base fusível em circuitos primários 7 - tabela de conversão de fusível tipo K para tipo T

Elos Fusíveis T ou H Correntes Admissíveis

Corrente Nominal (A) Permanentes

1 1

2 2

3 3

5 5

6 9

8 12

10 15

12 18

15 23

20 30

25 38

30 45

40 60

50 75

65 95

80 120

100 150

140 190

200 200

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3.5.5 Base Fusível

DE = TIPO K PARA = TIPO T

6K 6T

8K 6T ou 10T

10K 10T

15K 15T

20K 20T

25K 25T

30K 30T

40K 40T

50K 50T

65K 65T

80K 80T

100K 100T

140K 140T

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3.5.6 Transformador de Distribuição Aérea

DE = TIPO K PARA = TIPO T

6K 6T

8K 6T

10K 8T

12K 10T

15K 12T

20K 15T

25K 20T

30K 25T

40K 30T

50K 40T

65K 50T

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4 Manual de apoio - MPT

4.1 Substituir elo fusível em base fusível (BF) MPT-DAE 601

1. Abrir chave(s) fusível(is) da BF com auxílio da vara de manobra com LB: proceder conforme MPT-DAC-009.

Nota: pode ocorrer do elo fusivel queimar mas o cartucho não ceder. a dica é verificar o rabicho solto pela parte de traz do cartucho.

2. Sinalizar BF com bandeirola.

3. Dirigir-se ao local de trabalho (anomalia): atender ao Código de Trânsito Brasileiro.

4. Estacionar veículo e sinalizar via e local de trabalho: proceder conforme MPT-GRL-002.

5. Planejar tarefa em campo: proceder conforme MPT-GRL-007.

6. Posicionar escada de extensão ou escada metropolitana ou cesta aérea: para escada, proceder conforme MPT-GRL-005; para escada metropolitana e cesta aérea, utilizar técnicas aplicadas em treinamento.

7. Testar e aterrar circuitos (primário, secundário e IP): proceder conforme MPT-DAC-011.

8. Efetuar reparos na rede: utilizar técnicas aplicadas em treinamento.

9. Retirar conjunto de aterramento temporário: proceder conforme MPT-DAC-011.

10. Finalizar tarefa: proceder conforme MPT-GRL-007.

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11. Remover sinalização da via e/ou local de trabalho: proceder conforme a MPT-GRL-002.

12. Retornar ao local da BF para normalizar trecho.

13. Repetir os passos 5, 6 e 7.

14. Retirar sinalização do equipamento (bandeirola).

15. Substituir elo(s) fusível(is): retirar cartucho pelo olhal, descer cartucho com carretilha, retirar elo fusível do cartucho, substituir elo fusível, içar cartucho com carretilha e reinstalar cartucho na chave fusível.

Nota1: quando o cartucho estiver aberto, pode ser utilizada vara telescópica do solo com dispositivo anti-queda.

Nota2: ao executar os serviços com a utilização de varas de manobra e telescópicas em cesta aérea e escadas é obrigatório o uso de luva e manga isolante de borracha devido ao risco de contato acidental, quando envolver serviços com varas telescópicas do solo, não é obrigatório o uso de manga isolante de borracha.

Nota3: substituir elo queimado/danificado por outro de igual capacidade; verificar capacidade do elo fusível, observando placa fixada na cruzeta ou elo retirado.

16. Comunicar COD e solicitar autorização para fechamento das chaves fusíveis da BF.

17. Fechar chave(s) fusível(is) da BF: colocar cartucho na vara telescópica ou de manobra em dispositivo anti-queda e elevá-lo até o suporte da chave fusível da BF, acoplando cartucho na BF. Em seguida, posicionar ponteira da vara de manobra (ou telescópica) no olhal do cartucho e, com movimento firme, fechar chave(s) fusível(is) da BF.

18. Retirar escada, escada metropolitana ou cesta aérea: para escada, proceder conforme MPT-GRL-005; para escada metropolitana e cesta aérea, utilizar técnicas apresentadas em treinamento.

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5 Load Buster (L.B.)

5.1 Definição Recurso utilizado para extinção de arco voltaico na abertura de chaves de faca e fusível que possuam gancho para LOAD-BUSTER. Esta operação pode ser efetuada mesmo em tempo chuvoso, desde que o equipamento esteja completamente limpo.

5.2 Componentes 1) Argola para engate 2) Trava móvel 3) Pino de Travamento 4) Terminal para fixação na vara de manobra 5) Câmara de extinção de arco voltaico 6) Trava de retorno

5.3 Modelos Para abertura de corrente até 200A em tensão nominal de 14,4 a 25 kV Para abertura de corrente até 600A em tensão nominal de 14,4 a 25 kV Para abertura de corrente de 600A em tensão nominal de 25 a 34,5 kV

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5.4 Utilização Abertura em carga de chaves de faca e fusível em circuitos com correntes

nominais superiores a 5A para 13,8kV e 3A para 23kV.

5.5 Principio de funcionamento L.B. fará a abertura dos contatos da chave mantendo a circulação da corrente

pelos seus mecanismos internos. Quando a mola estiver submetida à uma tensão pré- determinada,

(aproximadamente a meio caminho do tubo) irá disparar o mecanismo interno provocando sua abertura e a consequentemente a extinção do arco através de gazes desionizantes produzidos por materiais armazenados no interior da câmara de extinção.

5.6 Inspeção prévia Equipamento deve estar completamente limpo. Tubo deve trabalhar livremente e não apresentar rachaduras. Testar o dispositivo de travamento, puxando a haste para baixo até a abertura do

aparelho; com a haste a meio caminho no tubo, o L.B. deve dar o "trip" e ficar na posição "aberto".

Verificar o número de operações.

5.7 Aplicação Adaptar o L.B. na vara de manobra através do cabeçote universal. Colocar o L.B. na posição "fechado" (engatilhar). Engatar a argola do L.B. no gancho da chave e a trava móvel na argola do

cartucho ou da lâmina ou da argola (chave faca - fusível). Puxar o L.B. com firmeza e continuamente. Remover o L.B. girando a vara de manobra para desengatar a trava móvel da

argola, em seguida desengatar a argola do gancho para L.B. Rearmar o L.B. para a próxima chave estendendo o dispositivo para levantar a

trava de retorno. Fechar o L.B. e testar a resistência da mola. Executar a abertura das demais chaves. Anotar cada operação na etiqueta de controle fixada no corpo do L.B.

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5.8 Cuidados L.B. deve ser posicionando com a câmara de extinção voltada para o lado

contrário do eletricista. Evitar a utilização do L.B. entre fases energizadas Evitar a aproximação da lâmina nos contatos da chave para não ocasionar novo

arco voltáico Não manusear o L.B. com as mãos sujas A abertura deverá ser rápida, firme e precisa. Jamais descansar a vara de manobra acoplada ao L.B. em qualquer ponto da

estrutura Eletricista deve posicionar-se na escada de maneira que visualize o engate do

L.B.

5.9 Acondicionamento Guardar em estojo próprio.

5.10 Manutenção Encaminhar para manutenção no CETEMEQ após 200 operações onde será

trocado seu tubo interno. L.B. reparado terá capacidade variável de acordo com a determinação do

CETEMEQ.

5.11 Limpeza e lubrificação Aplicar MS26 com estopa para a remoção de manchas e demais sujeiras.

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6 Vara de manobra

6.1 Definição Recurso utilizado para operação e manobra de equipamentos a distância em rede

energizada e desenergizada, através da utilização da escada.

6.2 Componentes Elementos intermediários confeccionados em fibra de vidro e impregnados com

resina epóxi e guarnecidos inteiramente com espuma de poliuretano Ponta com cabeçote em bronze Gancho em liga de bronze Punho com proteção plástica

6.3 Isolação 50 kV por 15 centímetros.

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6.4 Ensaio dielétrico Encaminhar a cada 12 meses onde será aplicado 100 kV por 30 centímetros.

6.5 Utilização Operação de chaves de faca e fusível (com Load-Buster); Operação de Religador e Seccionalizador Automáticos (através de suas argolas); Instalação do conjunto de aterramento temporário (primário e secundário); Aplicação do detector de tensão; Operação das chaves de "by - pass".

6.6 Limpeza Lavar com água e sabão neutro para a retirada de sujeiras; álcool ou MS26 com

estopa para eliminar manchas.

6.7 Acondicionamento Guardar em sacolas de lona e condicionar em locais apropriados para evitar

atritos que comprometam sua isolação.

6.8 Manutenção Encaminhar a vara de manobra para o CETEMEQ a cada ano para manutenção

de rotina ou conforme a necessidade de reparos.

6.9 EPI´s Capacete de segurança de aba total; Cinto de segurança com talabarte de corda; Luvas isolantes de borracha classe1; Luvas de proteção das luvas de borracha; Mangas isolantes de borracha classe 2; Óculos de segurança (cinza ou incolor); Protetor auricular (fechamento de chaves fusíveis)

Nota: O eletricista deverá buscar um posicionamento adequado na escada para não ocasionar lesões no corpo. Utilizar no mínimo 3 elementos para evitar acidentes caso ocorra arco - voltaico.

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7 Vara de manobra telescópica

7.1 Definição Recurso utilizado para operação e manobra de equipamentos e isolação de condutores a distância em rede energizada e desenergizada, diretamente do chão, dispensado e uso da escada.

7.2 Componentes Elementos intermediários confeccionados em fibra de vidro e impregnados com

resina epóxi, com botões de travamento. Ponta com cabeçote em bronze. Punho com proteção plástica.

7.2.1 Acessórios Dispositivo de fixação. Calha para isolação. Adaptador com ganchos. Gancho Isolante.

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7.3 Comprimento Atinge 12 metros (modelo HV-240).

7.4 Isolação 50 kV por 15 centímetros.

7.5 Ensaio dielétrico Encaminhar a cada 12 meses onde será aplicado 100 kV por 30 centímetros.

7.6 EPI´s Capacete de segurança de aba total; Luvas isolantes de borracha classe1; Luvas de proteção das luvas de borracha; Óculos de segurança (cinza ou incolor);

7.7 Utilização Abertura de chaves de faca e fusível em circuito desenergizado. Fechamento de chaves faca e fusível (BF ou ET) em circuito desernegizado e

energizado. Operação de Religador e Seccionalizador Automáticos (através de suas argolas). Aplicação do detector de tensão. Operação das chaves de “by pass”. Isolação temporária de condutores que estão em contato com objetos fachadas,

galhos de árvores, ou objetos estranhos, através da “calha para isolação”. (Figura 1).

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Figura 1

Puxamento, elevação e recolocação de condutor através do “adaptador com ganchos” (Figura 2) para posterior colocação da calha isolante.

Figura 2

Afastamento temporário de condutor para armação em pontos da estrutura através do “gancho isolante”.

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Figura 3

Substituição de elos fusíveis.

7.8 Limpeza Lavar com água e sabão neutro para a retirada de sujeiras; aplicar silicone com pano limpo, para facilitar e deslizamento dos elementos.

7.9 Acondicionamento Guardar no tubo de papelão ou tubo apropriado na motocicleta.

7.10 Manutenção Encaminhar a vara telescópica para o CETEMEQ a cada ano para manutenção de rotina ou conforme a necessidade de reparos.

7.11 EPI´s Capacete de segurança que compõe o kit da motocicleta; Luvas isolantes de borracha classe 1; Luvas de proteção das luvas de borracha; Óculos de segurança (cinza ou incolor).

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7.12 Importante O controle da força a ser aplicada no fechamento da chave de faca e fusível é

fator essencial para a correta operação e o total domínio do equipamento. Os elementos intermediários deverão ser estendidos individualmente, conforme a

necessidade. Tenha certeza do travamento dos elementos intermediários antes de sua

aplicação. Mantenha a vara telescópica na posição vertical para extensão e recolhimento dos

elementos Intermediários. O eletricista deverá se posicionar no solo de forma que facilite a visualização da

operação do equipamento. Retirar os últimos elementos que não forem necessários, diminuindo o peso do

conjunto e proporcionando maior estabilidade na operação. Para substituição de elos fusíveis da chave tipo Matheus, utilizar a ponteira da

vara de manobra.

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8 Religador automático

8.1 Definição Equipamento de proteção e manobra utilizado para eliminar interrupções prolongadas no sistema de distribuição de energia elétrica, devido as condições transitórias de sobre-corrente.

8.2 Princípio de Funcionamento Religador interrompe o circuito, religando-o automaticamente após um tempo pré-determinando até 4 vezes consecutivas. Após o 4o disparo o mecanismo de religação fica travado na posição desligado.

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8.3 Tipos e características

8.3.1 Religador automático monofásico - TIPO L

Tipo No de fases

Corrente nominal (a)

Corrente miníma de operação (a)

Corrente máxima de interrupção (a)

Tensão nominal (kv)

Capacidade dos elos fusíveis (a)

BOBINA SÉRIE

BOBINA TERRA

R 3 100 200 70 4000 6.6 e 13.2 140

R 3 160 320 100 4000 6.6 e 13.2 200

R 3 225 450 150 4000 6.6 e 13.2 -

RV 3 100 200 70 4000 23 140

RV 3 140 280 100 4000 23 200

KF 3 100 200 70 6000 13.2 140

KF 3 160 320 100 6000 13.2 200

KF 3 225 450 150 6000 13.2 -

L 1 100 200 6000 13.2 140

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8.3.1.1 Definição Equipamento que apresenta controle hidráulico e seus componentes são imersos em óleo.

8.3.1.2 Operação Manual Existe apenas uma alavanca para ser operada manualmente através da vara de manobra e telescópica.

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8.3.2 Religador automático trifásico - Tipo KF

8.3.2.1 Definição Equipamento hidraulicamente controlado. Seus contatos principais são interrompidos em uma câmara de vácuo, o que lhe dá vantagens adicionais tais como menor tamanho e peso e necessidade de pouca manutenção.

8.3.2.2 Operação manual A operação é efetuada através de dispositivos para energizar ou desenergizar circuitos, com a utilização de vara de manobra e telescópica.

8.3.2.3 As alavancas são: Alavanca de operação manual: permite energizar e desenergizar circuitos. Possui

duas posições que são sinalizadas pelo indicador de OPEN (aberto) e CLOSED Alavanca de Bloqueio do religamento: Permite bloquear o religador após sua

primeira operação, independemente do número de religamentos.

Alavanca de Operação Manual

Conector de aterramento

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Alavanca de disparo para terra: possibilita a proteção dos componentes

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BLOQUEIO DO DISPARO DE TERRA

Nota: O sensor de disparo para terra é acondicionado em uma caixa externa instalada no mesmo poste.

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8.3.3 Religadores Automáticos Trifásicos - Tipos R e RV

8.3.3.1 Definição Equipamento que apresenta controle hidráulico e seus componentes são imersos

em óleo.

8.3.3.2 Operação manual A operação é efetuada através de dispositivos com a utilização da vara de

manobra e telescópica, cujo procedimento é idêntico ao religador tipo KF (Item 3.2).

8.3.3.3 As alavancas são Alavanca de operação manual na cor amarela Alavanca de bloqueio do religamento na cor cinza Contador de operações Indicador de estado na cor vermelha

Notas:

O religador tipo R difere do tipo RV no tamanho das buchas pois é instalados em locais com tensões menores.

A alavanca de disparo para terra é encontrado em apenas algumas unidades do religador RV.

8.3.4 Religador Automático Trifásico - Tipo GVR

8.3.4.1 Definição: Equipamento que apresenta interruptores de circuito à vácuo e mecanismo

atuador isolado em gás SF6 controlado e operado através de caixa de controle eletrônica.

Nota: O gás SF6 apresenta alta rigidez.

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8.3.4.2 Operação manual: A operação é efetuada através da alavanca amarela, com a utilização de vara de

manobra ou telescópica, e caixa de comando, manualmente, localizada abaixo do Religador.

A turma de Manutenção de Emergência terá como rotina acessar a caixa de comando para operação do Religador. O eletricista motociclista irá operar o equipamento através da alavanca amarela, somente em casos excepcionais.

Nota: os procedimentos de operação serão divulgados através de treinamento específico.

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9 Seccionalizador automático

9.1 Definição Dispositivo utilizado para operar em conjunto com o religador automático, sendo

ligado em série no lado da carga do religador. Seccionalizador não é construído para interromper corrente de falhas, no entanto,

tem capacidade para interromper correntes de carga de até 220 por cento do valor da capacidade nominal da bobina no mecanismo de contagem. O seccionalizador conta os desligamentos do religador, podendo ser ajustado para contar de 1 a 3 desligamentos.

9.2 Princípio de Funcionamento O mecanismo de contagem é acionado sempre que a corrente na linha atinja ou ultrapasse 160% o valor nominal da bobina de mecanismo de contagem. De acordo com a graduação estabelecida, ao completar o número de operações, o seccionalizador automático isola o ramal no qual está instalado. O seu religamento só pode ser feito manualmente com o auxílio de uma vara de manobra ou telescópica.

9.3 Tipo GH de fabricação MC GRAW - EDISON

9.4 Características Tensão de operação: 13,2 kV Tensão Máxima nominal: 14,4 kV Corrente nominal de 70A utilizar elo fusível de 80A Corrente nominal de 100A utilizar elo fusível de 100A

9.5 Operação manual Alavanca de Operação Manual: Possui duas posições aberto (OPEN) e fechado

(CLOSED).

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ALAVANCA DE OPERAÇÃO MANUAL

ALAVANCA DE OPERAÇÃO MANUAL

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10 Coordenação da proteção (RA, SA e Elos fusíveis) Dois ou mais elementos de proteção estão coordenados entre si para uma determinada condição de defeito, o elemento de proteção que está mais próximo da zona defeituosa opera antes que os outros. Isto se explica mais claramente com o seguinte esquema:

Os elementos de proteção da figura acima, religador, seccionalizador e fusível, estão coordenados entre si. Qualquer defeito que ocorrer depois do elo fusível (por exemplo no ponto F) faz com que em primeiro lugar queime o fusível e isole a zona defeituosa antes que o seccionalizador ou o religador abra definitivamente seus contatos.

Para melhor entendimento, vejamos que acontece com os 3 elementos da figura acima quando ocorreu o defeito (curto-circuito) no ponto F.

Tanto o religador como o seccionalizador sentirá a corrente de curto-circuito. Ao ocorrer isso o religador abre seus contatos e o seccionalizador conta então esta primeira operação instantânea de abertura do religador.

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Após decorrer um tempo, o religador torna a fechar sua contatos (curtoscircuitos permanentes). Nesta 2a operação de fechamento, o religador permanece com seus contatos fechados durante um tempo maior, ou seja, sua 2a operação é de natureza retardada.

Isto é feito a fim de que o elo fusível queime durante esta operação retardada do religador, pois o tempo para a queima do elo fusível é menor do que o religador leva para abrir seus contatos na operação retardada.

Após a zona defeituosa ter sido isolada por esta ação de queima do fusível, tanto o religador como o seccionalizador voltará a sua posição inicial, pois nem o religador e nem o seccionalizador completaram o número de operações para abertura definitiva de seus contatos.

O religador é um dispositivo de proteção que, quando ocorre qualquer defeito no circuito em que se encontra, abre automaticamente seus contatos e torna a fechá-los após um determinado tempo. Ele repete essa operação por 4 vezes (normalmente 2 instantâneas e 2 retardadas na companhia) antes de desligar definitivamente seus contatos.

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11 Banco de capacitor e chave a óleo

11.1 Banco de capacitor Atualmente as concessionárias de distribuição de energia elétrica são avaliadas constantemente pelo seu desempenho técnico através de diversos indicadores de qualidade.

A instalação das estações banco de capacitores confere a estas concessionárias uma maior confiabilidade em suas redes de distribuição garantindo assim a qualidade técnica desejada no fornecimento de energia elétrica, uma vez que estas estações garantem a diminuição do fator de potência o que garante o maior desempenho de tensão e corrente nos circuitos.

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11.1.1 Definição

11.1.1.1 Capacitância Duas placas condutoras separadas por um material dielétrico formam um capacitor.

Quando se aplica uma tensão elétrica nos bornes do capacitor existe um armanezamento de eletricidade.

A propriedade dos capacitores de armazenar a eletricidade chama-se capacitância e a sua unidade de medida é o farad “f” (Michael Farad, Físico e químico inglês).

É importante salientar que o capacitor irá armazenar exatamente o valor de tensão fornecido pela fonte, ou seja, se aplicarmos 100 V no capacitor ele irá armazenar 100V.

No exemplo seguinte podemos perceber isto muito claramente. Temos um reservatório de água, o qual pode comparar à fonte de eletricidade e temos um tanque, que neste caso será o capacitor, a válvula terá a função de interruptor no circuito.

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No momento em que abrirmos a válvula o tanque será cheio com a mesma pressão hidráulica do reservatório.

Se fecharmos e abrirmos a válvula rapidamente nada acontecerá, pois o tanque já possui a mesma pressão do reservatório.

Isto acontece com os capacitores. Se ligarmos um amperímetro em série ao circuito que alimenta o capacitor perceberá que só existirá fluxo de elétrons (corrente elétrica) enquanto o capacitor estiver sendo carregado, quando ele estiver totalmente carregado e sua tensão for igual a da fonte o fluxo de elétrons cessará.

Voltando ao exemplo do tanque, quando o nível de água no reservatório baixar esta perda será compensado pela água armazenada no tanque.

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Este é exatamente o comportamento dos capacitores nos circuitos de distribuição, sempre que se precisa compensar uma perda o capacitor descarrega a sua energia armazenada.

Os bancos de capacitores usados na distribuição aéreos são ligados em estrela aterrada, conforme desenho abaixo:

Risco de choque elétrico

Antes de inspecionar ou manusear os capacitores, a alimentação deve ser desligada (removida BF), conforme descrito nos passos A2 para banco de capacitor do tipo direto e A3 para banco de capacitor dos tipos semi-automático e automático.

Depois de desligada a alimentação, os capacitores geralmente mantêm uma carga que precisa ser removida antes do seu manuseio. Essa carga pode ser removida da seguinte maneira:

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Os capacitores de potência possuem resistores em série de descarga, que reduzirá a tensão após o capacitor ser desligado para 50 V em 5 minutos;

Após o desligamento do banco de capacitor deve-se aguardar 10 (dez) minutos pelo menos e então aterrar, para o escoamento da energia armazenada.

Advertências Antes de qualquer manutenção deve-se: Desligar o capacitor da rede primária; Aguardar pelo menos 5 minutos;

Efetuar curto-circuito temporário nas três fases dos capacitores para que a tensão residual seja reduzida a zero, durante 10 (dez) minutos.

11.2 Chave a óleo A chave a óleo é um equipamento monofásico de manobra que destina a extinguir o arco voltaico na abertura da estação de banco de capacitor semi-automático ou automático.

A capacidade de abertura e fechamento da chave a óleo (CHC) é de no máximo 200 A e possui classe de isolação de 14,4 kV e, é comandada pela baixa tensão (115V).

As chaves a óleo devem possuir corrente nominal 35% superior à corrente nominal por fase do banco de capacitor.

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11.2.1 Tipos de chaves a óleo As chaves a óleo utilizados nos bancos de capacitores semi-automáticos e automáticos são do tipo bobina e motor, conforme relação abaixo:

Chave tipo Fabricante Tipo de acionamento

CSL Westinghouse Bobina

CSO Westinghouse Bobina

NR Hitachi Line Bobina

CSO-1 Westinghouse Bobina

NR Line Material Motor

FKC-2 General Electric Motor

A operação de acionamento das chaves a óleo é efetuada de duas maneiras:

11.2.1.1 Elétrica Comandada através do relé; Comandada através de botoeira.

11.2.1.2 Manual Comandada através da alavanca externa.

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