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245 Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 29, n. 2, p. 245-251, jan. 2008 Resenha UMA NARRATIVA HISTÓRICA POR MEIO DA BELEZA Título História da beleza: o corpo e a arte de se embelear, do Renascimento aos dias de hoje Autor Georges Vigarello Cidade Rio de Janeiro Editora Ediouro Ano 2006 Não tem sido pequeno o esforço empreendido para desvendar espa- ços, tempos, funções sociais, destinadas – e também exigidas – pelo femi- nino em momentos históricos distintos. Entre os variados caminhos tomados para o delineamento dessa trajetória, um tem sido a análise de fontes que tratam do embelezamento das mulheres, suas práticas, prescrições, inter- ditos e receitas. Tais fontes têm fornecido elementos importantes para com- preender como se tem dado ao longo do tempo a educação do corpo feminino. Apesar de essa certa “história do embelezamento” ser objeto dos in- vestimentos acadêmicos já há alguns anos, ela ainda apresenta lacunas tem- porais, sobretudo de épocas como aquelas que antecedem o século XX. Destaque-se ainda a falta de obras gerais, que abarquem em um só estudo períodos mais amplos 1 . Nesse contexto o recente livro de Georges Vigarello (2000), História da beleza: o corpo e a arte de se embelezar, do Renascimento aos dias de 1. No Brasil os estudos de Sant’Anna (1995) e Priore (1988, 1997, 2000), entre outros, contribuíram nesse sentido. Lypovetsky (2000) tratou, em certa medida, de comen- tar aspectos da história das mulheres na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos, e também trouxe contribuições, na mesma dimensão, para a compreensão do tema. Seu trabalho, porém, tomou os cuidados com o corpo feminino somente como um tema transversal, ao focar permanências e descontinuidades com relação à posição social da mulher desde o início do moderno até os tempos mais atuais.

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    Resenha

    UMA NARRATIVA HISTRICA POR MEIO DA BELEZA

    Ttulo Histria da beleza: o corpo ea arte de se embelear, doRenascimento aos dias de hoje

    Autor Georges VigarelloCidade Rio de JaneiroEditora EdiouroAno 2006

    No tem sido pequeno o esforo empreendido para desvendar espa-os, tempos, funes sociais, destinadas e tambm exigidas pelo femi-nino em momentos histricos distintos. Entre os variados caminhos tomadospara o delineamento dessa trajetria, um tem sido a anlise de fontes quetratam do embelezamento das mulheres, suas prticas, prescries, inter-ditos e receitas. Tais fontes tm fornecido elementos importantes para com-preender como se tem dado ao longo do tempo a educao do corpofeminino.

    Apesar de essa certa histria do embelezamento ser objeto dos in-vestimentos acadmicos j h alguns anos, ela ainda apresenta lacunas tem-porais, sobretudo de pocas como aquelas que antecedem o sculo XX.Destaque-se ainda a falta de obras gerais, que abarquem em um s estudoperodos mais amplos1.

    Nesse contexto o recente livro de Georges Vigarello (2000), Histriada beleza: o corpo e a arte de se embelezar, do Renascimento aos dias de

    1. No Brasil os estudos de SantAnna (1995) e Priore (1988, 1997, 2000), entre outros,contriburam nesse sentido. Lypovetsky (2000) tratou, em certa medida, de comen-tar aspectos da histria das mulheres na Frana, na Inglaterra e nos Estados Unidos, etambm trouxe contribuies, na mesma dimenso, para a compreenso do tema.Seu trabalho, porm, tomou os cuidados com o corpo feminino somente como umtema transversal, ao focar permanncias e descontinuidades com relao posiosocial da mulher desde o incio do moderno at os tempos mais atuais.

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    hoje2, j demonstra sua importncia no prprio ttulo. Trata-se de um tra-balho que abrange aspectos do embelezamento feminino na Europa des-de o sculo XVI at o final do XX. A visada panormica e cronolgica nodeixa de oferecer a possibilidade de perceber o movimento dos cuidadoscom as feies corporais, suas contradies, permanncias e transforma-es a partir do que foi e freqentemente ainda considerado belo.No se trata, portanto, de um trabalho que apresenta resultados propria-mente originais de pesquisa, mas que, ao fazer uma compilao de temas eabordagens que remontam a outras obras do prprio autor e seus con-temporneos, se ocupa com competncia de um mapeamento da moder-na empresa de embelezamento feminino.

    As distintas representaes da beleza e as suas tcnicas devem-se, deacordo com o autor, s dinmicas temporais [que] deslocam as oposiessociais e culturais, desviam os critrios de beleza, seus efeitos diferenciado-res (p. 11). Buscando atentar para as particularidades das experincias deembelezamento em sua radicao histrica, Vigarello, que como em ou-tros trabalhos (VIGARELLO, 1995, 2003, 2005, entre outros) se orienta pelapossibilidade de uma narrativa histrica do corpo, apresenta a histria dabeleza dividida em cinco captulos, cada qual mais ou menos correspon-dente a um perodo de cem anos. Destaque-se que o autor faz uso deimagens, mas, principalmente, das palavras que so utilizadas para descre-ver a beleza em cada longo recorte histrico, uma vez que elas traduzemas tomadas de conscincia, os interesses distintos, as sensibilidades reco-nhecidas e experimentadas (p. 10).

    Vale aqui ressaltar como Vigarello organiza sua exposio. O sculoXVI teria sido aquele em que a beleza revelada; no seguinte expressiva;no XVIII beleza experimentada; no seguinte, torna-se desejada. Nos anosde 1914 a 2000 pergunta-se, como que a corresponder s incertezas dosculo XX, se a beleza [seria] democratizada?3.

    2. Verso original: Histoire de la beaut, corps et embellissement de la renaissance nos jours. Paris: Seuil, 2004. 345 p.

    3. Parece haver aqui uma aluso crtica assertiva de Lypovetsky (2000) sobre umademocratizao da beleza. Esta seria caracterizada como uma disponibilidade detcnicas de embelezamento para distintas classes sociais, tendo como conseqnciauma menor diferenciao entre elas. Havendo mais recursos disposio para fa-zer-se bela, seria oferecida mulher a possibilidade, antes restrita, de individuaopor meio da ao sobre o prprio corpo. Da possibilidade,porm, passa-se facil-mente para o dever e para a responsabilizao feminina, algo que, por um lado,

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    O sculo XVI foi marcado pela emergncia da beleza como uma ca-racterstica feminina e intangvel. O belo seria divino, transcendental, reve-lado. Uma posio que suscitava o desejo por um modelo absoluto, perfeito.Tal idealizao produzia ambigidades com relao ao embelezamento,uma vez que a beleza no deveria ser forjada, mas sim natural, dada. Eracomum certa condenao do uso de artifcios maquiagem, ps, cabelospostios, pastas etc. , o que no impedia que no cotidiano essas relaesde permisso e restrio se mostrassem presentes de modo mais comple-xo e contraditrio. Com o passar do tempo, o embelezamento passa a serpermitido, sobretudo, na medida em que servisse para fins honestos,como a busca pelo casamento, e desde que no fosse procurado de modoabusivo.

    A beleza feminina renascentista, diz Vigarello, a do rosto e do busto,as partes altas sustentadas por meros pedestais como o quadril, pernas ecoxas, sem qualquer importncia esttica. Expresso tambm de oculta-mento, de uma promessa, essa beleza da imobilidade do cio, da lan-guidez e da brancura da pele, atributos da ociosidade aristocrtica,requisitos de distino social como seria, anos mais tarde, o fair-play etodo o movimento que, mesmo exigindo esforo, fosse esportivo, ou seja,sem finalidade prtica.

    O sculo seguinte (XVII) ainda estaria marcado por alguma descon-fiana a pairar sobre o artifcio, o movimento de correo da natureza. Ps,pastas e pomadas, bem como tcnicas de imerso, lavagens e expurgaes,j presentes no perodo anterior, seguem comparecendo nas superfcies e tornando-se marcas da interioridade do feminino. maior a freqnciados cuidados, a diversidade dos detalhes, enfim, experimenta-se um acrs-cimo na ateno dispensada ao corpo. Um novo aspecto desse tempo aconsolidao da prtica de apertar o corpo com o uso do espartilho umadas panplias corretoras, como o prprio Vigarello (1995) chamou emoutro momento. Esse instrumento cotidiano da postura (p. 63) mostra-

    criticado, mesmo que de forma discreta, por Lypovetsky. Para ele, no entanto, tra-ta-se tambm, por outro lado, de um protagonismo da mulher ante seu corpo e,conseqentemente, seu prprio eu. Vigarello, em certa medida, questiona os as-pectos positivos desse processo de individualizao, sublinhando o carter de exi-gncia que este adquire, destacando que o crescimento da disposio de tcnicaspara fazer-se bela no aconteceria exatamente no sentido de democratizao dabeleza para todas as classes, mas sim confirmaria as distncias e hierarquias sociais.

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    va-se importante para a teatralizao que se exigia em uma vida urbana epblica ento efervescentes: uma cultura emerge, com seus locais, seusrituais, diferente daquela da corte, mesmo que inspirada nela. Os olharesse reorientam, a esttica se renova. (p. 48). Nessa nova sensibilidade quese forja a exigir novos gestos e comportamentos, em que esttica e expres-so se interpassam, o corpo vai adquirindo destaque e exposio, emboraveculo de uma beleza que se terrenaliza. No ambiente privado, espao dasinceridade, o uso da maquilagem tinha de ser recusado com mais vee-mncia.

    No sculo XVIII, produtividade e funcionalidade do corpo demarcari-am a sensibilidade burguesa que distingue o que belo. Formas corporaismais firmes, e uma especial ateno aos quadris, importantes para a mater-nidade, vo ganhar destaque, estendendo a importncia anatmica paraalm do rosto e do busto, j que o objeto esttico no reside somente naspartes, e sim em suas convergncias (p. 77). Segundo o imaginrio entoem voga, seria possvel apreender, a partir da anlise de apenas uma daspartes, como seria um determinado corpo em seu conjunto, bem comoainda o prprio carter/atitude do indivduo, sua perfeio ou imperfeio demarcadas de acordo com a funcionalidade do corpo.

    Os novos tempos exigem fluidez e leveza, em detrimento da imobili-dade, quando tambm emerge o discurso em favor da sade e o elogio domovimento e da dinamicidade. Beleza passa a ser tambm retrato dos usose costumes corretos em relao ao corpo4, questo que se demarca comoparte de uma pedagogia estatal e formadora de uma sensibilidade indivi-dual. Esse novo iderio, que no cotidiano ainda demora a consolidar-se,traduz o desejo de opor uma sociedade nascente antiga sociedade. Trans-formar a aparncia, reunir foras, recusar a velha etiqueta aristocrticajulgada muito solene, se no entorpecida (p. 84).

    Forjar a prpria beleza, construir a si mesma: no sculo XIX, mais doque nunca, a aparncia tomada como retrato da interioridade, possibili-dade de descoberta e revelao do eu. Une-se a isso uma necessidade defazer-se bela, o que exige conhecimento e uso de produtos de coqueteria maquiagem, cremes, enfeites, entre outros mais acessveis aos diversospblicos.

    4. Vigarello, em outro de seus trabalhos (2005), ocupa-se detalhadamente dos esfor-os modernos de correo do corpo.

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    No que se refere importncia alcanada pelos quadris no sculoXVIII, ela no apenas permanece, mas gradativamente avana. Isso se deve,em grande medida, maior visibilidade dos contornos provenientes dasmudanas no vesturio, bem como expanso dos espelhos que permi-tem multiplicar a possibilidade, tambm posta na vida pblica, de ver e servista. H ainda uma popularizao do nu, com a ascenso de espetculos,concursos, gravuras de roupas ntimas e transparentes, mas, principalmen-te, pela cultura de praia que se instaura e pela confeco de roupas espec-ficas para as novas formas de ocupao desse territrio5. junto a essamaior exposio corporal que surge o modelo de elegncia mundana deperfil mais estendido (p. 125) magro e fluido que ao longo do tempoacaba por se impor ante aquele padro erotizado dos cafs-concertos, decontornos arqueados e coxas acentuadas (p. 125). Enquanto o espartilhovai de modo gradativo caindo em desuso, a ginstica que ganha centrali-dade no discurso, ainda que no seja to praticada quanto prescrita. Haqui uma mudana significativa nos cuidados de si: do uso de uma tcnicaexterna passa-se para a autoconstituio do corpo, uma crena na trans-formao por meio do prprio esforo.

    Esse tambm um momento de expanso do mercado doembelezamento. Novos produtos, e com preos variados, propiciam aformulao da mxima de que a beleza acessvel a todas as mulheres.Destaque-se que um artifcio interessante da indstria de cosmticos aassociao de produtos e marcas s vedetes da poca, cujas imagenscorporais passam a constituir um respeitvel capital.

    O bem-estar associado beleza parece ser a marca do sculo XX,cujo incio, conforme constantemente se admite na historiografia, o pe-rodo da I Guerra Mundial e da Revoluo Russa. Mais importante do quese parecer com as misses e atrizes, ainda referncias de beleza e imagenspreferenciais para a propaganda dos cosmticos, o ideal seria sentir-se bemcom o prprio corpo. O requerido controle sobre este dependeria dafora de vontade, algo que corresponde a uma psicologizao dos com-portamentos que refora o imperativo de responsabilizao dos cuidadosde si. Desenha-se um deslocamento em direo interioridade individuale um incremento da ateno s mensagens que o prprio corpo emitiria.

    5. Sobre a praia e seu lugar nas prticas e no imaginrio modernos, consultar Corbin(1989).

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    A ateno a si vai aparecer mesclada a um discurso que afirma queliberdade sinnimo de descoberta de um eu interior, de uma personali-dade autntica, e buscar uma singularidade transforma-se em dever. pre-ciso descobrir a si mesma para mais bem poder investir em seu corpo, umavez que ele representa o que se interiormente.

    Essa nova sensibilidade assiste a imposio dos cuidados estticos per-der fora ante a exposio e o seu oferecimento como uma opo entreoutras. Isso acontece na mesma ampla escala que a disponibilidade do acessoaos produtos de embelezamento. No incitamento ao consumo, investe-semenos em uma recomendao rigorosa do que em uma insistncia nasescolhas individuais. Nesse novo modo de pensar e viver a beleza, osmodelos so fugazes, transformando-se de acordo com o que se supeser a vontade e o estado de esprito das musas. At mesmo o imperativoda magreza se desenha, de acordo com Vigarello, como um modo deindividualizar e personalizar, pois apesar de ser um modelo coletivo, paraalcan-lo possvel optar por diversos caminhos. A mulher deve escolheraquele que esteja mais de acordo com o seu desejo, com o seu modo deser. O autor no deixa de atentar, porm, que todo esse discurso de valo-rizao de si mesma e de escolhas mascara e potencializa a exigncia dotransformar-se, das presses sociais de adequar-se s normas e do dom-nio e controle do corpo.

    Vigarello ocupa-se ainda de detalhar certa inveno da beleza e, con-seqentemente, da relao com o corpo adiante das mudanas no modode enunci-la em cada momento histrico especfico. Com isso, e semdesconsiderar a dinmica contextual, faz protagonizar o prprio objeto deestudo, evitando dilu-lo em temporalidades (que em seu texto so merosrecursos didticos) esquemticas que o explicariam desde um ponto devista externo.

    A Histria da beleza oferece ao leitor e leitora a possibilidade depercorrer o caminho de um crescente reconhecimento do corpo, queresultou em uma ampliao dos investimentos sobre sua superfcie, nasmltiplas singularizaes da beleza, na produo de uma interioridade que,paradoxalmente, se produz pela aparncia. Junto a essa histria possvelver outras sugeridas, como a das formas de subjetivao feminina e suamaterializao em relaes de gnero traadas nos cuidados com o corpo,das mudanas com relao silhueta e das aparncias consideradas desej-veis. Como isso Vigarello permite-nos acompanhar e mesmo lanar novosolhares sobre os processos de produo e educao do corpo feminino.

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    REFERNCIAS

    CORBIN, A. O territrio do vazio: a praia e o imaginrio ocidental. Trad. PauloNeves. So Paulo: Companhia das Letras, 1989. 385 p.LYPOVETSKY, G. A terceira mulher: permanncia e revoluo do feminino.Trad. Maria Lucia Machado. So Paulo: Companhia das Letras, 2000. 339 p.PRIORE, M. D. A mulher na histria do Brasil. So Paulo: Contexto, 1988. 64 p.

    . Histria das mulheres no Brasil. 2. ed. So Paulo: Contexto/Unesp,1997. 678 p.

    . Corpo a corpo com a mulher: pequena histria das transformaesdo corpo feminino no Brasil. So Paulo: Senac, 2000. 103 p.SANTANNA, D. B. Cuidados de si e embelezamento feminino. In: (Org.). Polticas do corpo. So Paulo: Estao Liberdade, 1995. p. 121-139.VIGARELLO, G. Panplias corretoras: balizas para uma histria. In: SANTANNA,D. B. (Org.). Polticas do corpo. So Paulo: Estao Liberdade, 1995. p. 21-38.

    . A histria e os modelos do corpo. Pr-posies, Campinas, v. 14,n. 2 (41), p. 21-29, maio/ago. 2003.

    . Corregir el cuerpo: historia de un poder pedaggico. Buenos Aires:Nueva Visin, 2005. 252 p.

    . Histria da beleza: o corpo e a arte de se embelezar, do Renasci-mento aos dias de hoje. Trad. Lo Schlafman. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.247 p.

    Beatriz Staimbach AlbinoMestranda em educao fsica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Membro do Ncleo de Estudos e Pesquisas Educao e Sociedade Contempornea Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CED/UFSC/CNPq)

    E-mail: [email protected]

    Alexandre Fernandez VazDoutor pela Universidade de Hannover

    Professor do Programas de Ps-Graduao em educao eeducao fsica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Coordenador do Ncleo de Estudos e Pesquisas Educao e Sociedade Contempornea Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CED/UFSC/CNPq)Pesquisador CNPq (Nvel 2 cincias humanas, educao, fundamentos da educao)

    Apoio: CNPq (auxlio pesquisa, bolsa de produtividade em pesquisa, bolsa de apoio tcnico,bolsas de iniciao cientfica).

    E-mail: [email protected]