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    J. von RijckenborghA ARQUIGNOSISEGPCIA4

    ROSACRUZ UREA

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    A Arquignosis Egpciae seu Chamado no Eterno Presente

    de novo proclamada e esclarecidabaseada na

    Tabula Smaragdina e no Corpus Hermeticumde Hermes Trismegisto

    porJAN VAN RIJCKENBORGH

    Tomo IV1 edio - 1991

    Uma publicao doLectorium Roslcrucianum

    Escola Espiritual da Rosacruz ureaSo Paulo - Brasil

    http://www.rosacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzaurea.org.br/
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    Traduzida do alemo:Die Agyptische Urgnosis 1V

    Ttulo do original holands:De Egyptische Oergnosis 4

    Rozekruis PersBakenessergracht 11-15

    Haarlem - Holanda

    C o p y r i g h t ~ J 1991 Todos os direitos, inclusive os de traduo oureproduo do presente livro, por qualquer sistema, total ou parcial,so reservados Rozekruis Pers, Haarlem, Holanda

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    Prefcio

    com profunda alegria e sincera gratido que apresentamos aqui oquarto e ltimo volume da A Arquignosis Egipcia e seu Chamado noEterno Presente.Com esta obra, tencionamos, em concordncia com o trabalho e avocao da jovem Fraternidade gnstica da Rosacruz urea, expore esclarecer novamente a mensagem redentora de todos os tempos,em sua forma universal suprema. humanidade pesquisadora, a fimde conscientiz-la da existncia de um caminho concreto, rumo plenitude do verdadeiro destino humano.Nestes tempos do fim, em que as antigas instituies vacilam esucumbem, surgem inmeros ansiando pela Luz Una, que semprebrilha nas trevas, porm nunca por elas compreendida. "Do Egito"soa de novo o chamado a todos esses buscadores, o chamado doamor-sabedoria, dele que no abandona a obra de suas mos.Todos os que o procuram, na verdade, compreendero o chamadoque dimana da sabedoria hermtica e que se dirige a eles, e saberoigualmente como proceder.Que atendais ainda a tempo esse chamadol Os ceifadores destestempos esto prontos! Que possais juntar-vos o mais breve possvela essa colheita.

    Jan van Rijckenborgh

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    A Mulher do Apocalipse

    Na terra apareceu o drago com sete cabeas e dez chifres. E comsua cauda ele leva aps si uma tera parte das estrelas do cu. Suasasas de morcego so guarnecidas com olhos: ele domina a terra.

    A mulher do apocalipse est vestida com o sol, tendo a lua e aserpente debaixo de seus ps e uma coroa de doze estrelas sobresua cabea.Ela a Fraternidade que com o filho. a JOVem Gnosis, o novo eloda corrente urea de fraternidades, foge para o deserto a fim desalv-lo do drago. Ento, ela entrega o filho s mos do Pai, a coroa,o olho onividente, que o apanha e leva para trs do vu do Universo.direita da mulher: o Pai original, o impulso divino de criao, a

    vertente de foras que segura em sua mo o zodaco em forma deanel, em torno do qual uma serpente, que morde a prpria cauda, seenrola doze vezes. O Pai original aponta para a Me original: eleverte suas foras nela.

    Ela a geratriz, portanto mantm as mos qual um vaso receptor.Ela aquele que resiste, Saturno, o tempo, a limitao; por isso elacarrega uma ampullleta sobre a cabea. As vestes de ambos formamuma cortina que se descerra ante o sol, o princpio central de Cristo:"Ningum vem ao Pai seno por mim". Da que o filho tambm seeleva da esfera solar.

    No Pai Universal, encontramos ainda o smbolo Yang e Yin: aunidade perfeita. o crculo: o sol emite seus raios em todo o Universo.O caminho correto para o aluno da Escola o da coluna central,nosso campo de vida: mediante a alma para Cristo. Ento, o contatocom o Pai Universal existe, pois 'quem viu a mim, viu ao Pai".

    A absoro no Pai Universal significa o fim de toda a materialidade.

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    Dcimo-terceiro LivroDe Hermes Trismegisto para Tat:

    sobre o Naus Universal ou o Esprito Santificador.

    1. Hermes: O Nous, Tat, provm da prpria essncia de Deus, sese pode usar semelhante termo com respeito a Deus, e estasomente ele conhece. Seja como for, apenas o Naus conheceperfeitamente a si prprio.

    2. Por isso, no se distingue o Naus da essncia divina; ele seorigina dessa fonte, assim como a luz dimana do sol.

    3. Nos homens, esse Nous bom; e por isso alguns homensso deuses; seu estado humano muito se assemelha aodivino. Eis por que o bom Demnio designou os deusescomo homens imortais e os homens, deuses mortais. Ondeh alma, existe tambm o Naus, da mesma forma que ondeexiste a verdadeira vida, tambm h alma. Nos seres ir-racionais, o Naus a natureza. Neles, a alma simplesmentevida, destitufda de Naus, pois este o benfeitor das almas

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    humanas: ele as trabalha e forma em vista do Bem.4. Nos seres irracionais, o Naus coopera com a propenso natural

    de cada um; todavia, ope-se a essa tendncia nas almas doshomens.5. Pois, toda a alma atormentada pela dor e pelo prazer assim

    que entra em um corpo. A dor e o prazer propalam-se pelocorpo denso como incndio, onde a alma submerge e sucumbe.

    6. Quando o Naus pode conduzir tais almas, ele verte-lhes sua luze ope-se a suas tendncias. O Naus aflige a alma apartando-ado prazer, que a origem de todo o seu estado doentio, damesma forma que um bom mdico cauteriza ou extirpa a partedoente do corpo.

    7. Contudo, a grande enfermidade da alma sua negao a Deuse o pensamento errneo, de onde se originam todos os males eabsolutamente nada de bom. Por isso, o Naus, ao lutar contraessa doena, confere alma novamente o Bem, do mesmo modoque o mdico restitui a sade ao corpo.

    8. As a/mas humanas que no so conduzidas pelo Naus, encontram-se em estado idntico ao das almas dos animais irracionais. O Naus colabora com e/as, dando livre curso a seusdesejos. Elas, por sua vez, so atradas por esses desejosmediante veemncia de sua concupiscncia, que buscam emseu estado irracional. E, semelhante aos seres irracionais, abandonam-se incondicionalmente a seus instintos e a seus desejos,jamais saciando seus vcios, pois as conseqncias irracionaisdos instintos e dos desejos so um mal ilimitado.

    9. Deus, como preceptor de almas, submeteu-as lei para que se

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    conscientizassem de seu pecado.10. Tat: Parece-me, ento, Pai, que tudo aquilo que me expusestes

    anteriormente sobre o fatum pode ser totalmente refutado. Pois,um homem inteiramente predestinado a tornar-se adltero, sacrlego ou criminoso, por outra razo qualquer, ser punido aindaque tenha cometido o ato estritamente sob a coero do destino?

    11 . Hermes: Meu filho, tudo obra do fatum e sem ele nada podeacontecer no que se refere s coisas corpreas, nada de bomnem le mau. Da me.sma forma, por intermdio do fatum queaquele que realiza a beleza e o bem sofre as conseqncias. por isso que cada um procede segundo seu prprio modo deagir, para acumular experincias.

    12. Porm, deixemos de lado o pecado e o fatum, pois j falamosdeles em outra parte. Agora, estamos discorrendo sobre o Naus,seu poder e sua ao diferenciada sobre os homens, nos quaissuprime as paixes e os desejos, e os seres irracionais, nos quaisno pode exercer seus beneficias. Entre os primeiros ainda sedistinguem os que possuem o Nous e os que no apresentamnenhuma ligao com ele. Todos os homens esto submetidosao fatum, ao nascimento e transformao, pois esses so oprincpio e o fim do fatum.

    13. Todos os homens experimentam as determinaes do destino,todavia, os que seguem a razo e que, como dizemos, soconduzidos pelo Nous, no as sentem como os outros; pois,estando livres do mal, no as sentem como algo malfico.

    14. Tat: Que queres dizer com isto, Pai? O adltero no mau? Oassassino no mau? Nem tampouco todos os outros?

    15. Hermes: Meu filho, um homem conduzido pela razo conhecer

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    a dor do adultrio e do assassnio to bem quanto um adltero eum assassino, embora ele nunca os tenha cometido. mpossvelescapar da transformao, tampouco do nascimento; porm,quem possui p Naus pode livrar-se do mal.

    16. Eis por que, meu filho, sempre dei ouvidos ao que dizia o bomDemnio. Ele teria prestado grande servio humanidade se otivesse escrito, pois somente ele, que filho unignito de Deuse tudo contempla, transmitiu-nos realmente as palavras divinas.Certa vez o ouvi dizer que tudo o que foi criado, em especial, osseres corpreos dotados de inteligncia, nico. Ouvi, tambm,que vivemos da fora potencial por meio da fora ativa e daessncia da eternidade. Por isso, o Naus assim como sua almaso bons.

    17. Por conseguinte, as coisas do Esprito so indivisveis e oNaus, a alma de Deus, que governa todas as coisas, capazde realizar tudo o que deseja. Reflete sobre isto e associa tudoo que disse com a pergunta que me fizestes anteriormentesobre o fatum e o Naus. Se prescindires de jogos de palavrasambguas, descobrirs, meu filho, que o Naus, a alma divina,domina deveras tudo: o fatum, a lei e todo o resto, e que nadalhe impossvel. Ele capaz de sublimar a alma humana,colocando-a alm do fatum, e de submet-la a seu jugo quando ela se mostra negligente. So essas as palavras primorosasdo bom Demnio.

    18. Tat: Essas palavras so divinas, verdadeiras e claras, Pai. Porm,esclarece-me ainda sobre este ponto: disseste que o Naus agenos seres irracionais segundo sua natureza e em concordlinciacom seus instintos. Chego concluso de que o instinto queimpele os seres irracionais apaixo (pathos). Se oNous colaboracom os impulsos e estes so paixes, o Naus tambm paixo,

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    pois esta ltima causada por intermdio de pathos.19. Hermes: Muito bem, meu filho. Tua pergunta inteligente e justo

    que eu a responda. Tudo o que incorpreo e est alojado numcorpo est sujeito a pathos (paixo, sofrimento), e, a rigor, aprpria paixo (pathos). Ora, tudo o que gera movimento incorpreo e tudo o que se movimenta corpreo. Como oincorpreo se movimenta pelo Naus e esse movimento pai-xo (pathos), ambos esto submetidos tambm ao sofrimento(pathos). Tanto aquele que gera o movimento quanto o que mvel; o primeiro por causar o movimento e o segundo porestar sujeito ao impulso do movimento. Todavia, quando oNaus se separa do corpo, ele se liberta tambm do sofrimento(pathos, paixo). Talvez seja melhor dizer, meu filho, que nadaexiste sem pathos (sofrimento), porm que tudo est sujeito aele. Pathos (sofrimento) difere de vivenciar pathos. Com efeito,uma ativa, a outra, passiva. Os corpos tambm so ativos porsi mesmos. So imveis ou mveis. Em ambos os casos, existepathos (sofrimento).

    20. O incorpreo sempre impelido ao e, por conseguinte, estsujeito ao sofrimento. No te deixes, pois, enganar por palavras:fora ativa e pathos (sofrimento) so uma e a mesma coisa.Entretanto, no h objeo alguma em se servir do termo maisclaro e conveniente.

    21. Tat: Tua explicao foi muito clara, Pai.22. Hermes: Considera ainda, meu filho, que Deus concedeu ao

    homem, nico entre o seres mortais, dois dons: o Nous e o Verbo,to preciosos quanto a imortalidade. Se o homem empregarcorretamente esses dons, no diferir em nada dos imortais. Eainda mais: ele se libertar do corpo e ser conduzido por ambos

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    para o coro dos deuses e dos bem-aventurados.23. Tat: Os outros seres vivos no se utilizam do Verbo, Pai?24. Hermes: Eles dispem apenas de um som, de uma voz. O Verbo,

    a palavra, difere profundamente dessa voz. O Verbo comum atodos os homens. Todavia os outros seres viventes possuem umavoz ou um som totalmente inerentes a eles.

    25. Tat: Contudo, as lfnguas dos homens tambm no se diferenciamsegundo o povo?26. Hermes: Sem dvida, meu filho, porm a humanidade somente

    uma. O Verbo tambm um. Se traduzido de uma lfngua paraoutra, verifica-se que o mesmo tanto no Egito, como na Asia ena Grcia. Percebo, meu filho, que no compreendes ainda osignificado poderoso do Verbo. O Deus bem-aventurado, o bomDemnio, disse que a alma est no corpo, o Nous na alma, oVerbo no Naus, e que Deus , portanto, o Pai de todos. O Verbo, portanto, a imagem e o Nous de Deus; o corpo a imagem daIdia, e esta ltima a imagem da alma.

    27. Assim, o ar (ter) a parte mais sutil da matria; a alma, a partemais sutil do ar; o Nous, a parte mais sutil da alma, e Deus, a partemais sutil do Naus.

    28. Deus envolve e penetra tudo; o Nous envolve a alma; a almaenvolve o ar (ter); o ar envolve a matria.

    29. O !atum, a providncia e a natureza so os instrumentos da ordemcsmica do governo da matria. Tudo o que est guarnecido comesprito essencial, e sua essncia idntica. Todavia, cadacorpo que compe o todo de natureza mltipla: a identidadedos corpos compostos existe na transformao de uma forma

    J(,

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    para outra e se conserva eternamente.30. Alm disso, todos os corpos compostos possuem um nmero

    que lhes prprio. Sem esse nmero, no se realizaria nenhumacomposio nem decomposio. Essas so as unidades quegeram o nmero, que o multiplicam e que absorvem suas partesquando ele se decompe, ao passo que a matria permanecenica (na singularidade).

    31. Ora, todo este mundo, esta grande divmdade, que a imagemdaquele que maior ainda, forma com ele unidade. Esta unidadeque conserva a ordem e a vontade do Pai a plenitude da vida.Nele nada existe que no seja vida, nem em sua universalidadenem em sua particularidade, em todo o seu curso enico deregresso traado pelo Pai. Nunca houve, no h, nem jamaishaver no mundo algo que esteja morto.

    32. O Pai quis que o mundo fosse vivo enquanto se mantivesse suacoeso; por isso ele necessariamente Deus.

    33. Como poderia ser possvel, meu filho, existir em Deus, nele, que a imagem do Universo ea plenitude da vida, algo como a morte?Pois a morte corrupo, e a corrupo aniquilamento. Comose poderia crer que uma parte de algo incorruptvel estivessesubmetida corrupo ou que algo de Deus pudesse ser aniquilado?

    34. Tat: Pai, os seres viventes que esto nele e so partes dele, nomorrem?

    35. Hermes: No digas isso, meu filho, pois assim incorrers no erroao indicar o ocorrido. Os seres viventes no morrem, porm seuscorpos. sendo compostos, dissolvem-se. Essa dissoluo no morte, porm sim a dissoluo de um composto. Essa dissoluo

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    no tenciona aniquilamento, antes uma nova gnese, uma renovao. Pois, qual a fora vital atuante? No movimento? O que imvel neste mundo? Nada, meu filho!36. Tat: Porm ento, a terra no te parece imvel, Pai?37. Hermes: No, meu filho, somente ela efetua vrios movimentos

    e, ao mesmo tempo, perdura. No seria ridculo supor que a nutrizdo Todo, que possibilita o nascimento e o crescimento de todos,seja imvel? Pois sem movimento nada pode ser concebido. muito insensato de tua parte perguntar se a quarta parte domundo pode estar i nativa, pois um corpo imutvel no significanada mais do que i natividade.

    38. Sabe pois, meu filho, que absolutamente tudo o que existe nestemundo est em movimento, seja minguante, seja crescente. Oque est em movimento, tambm est vivo. Uma lei sagradadetermina que nada que esteja vivo permanea idntico e, portanto, imutvel. Embora o mundo seja imutvel, visto em suatotalidade, todas as suas criaturas se modificam, sem contudoperecerem ou serem destrudas. So as palavras, os nomes, queperturbam e desassossegam aos homens.39. Pois a vida no se explica pelo nascimento, mas pela conscincia,e a transformao no uma morte, porm um esquecimento40. Por esse prisma, tudo imortal: a matria, a vida, o alento, a alma,o esprito, o intelecto, o instinto, em conjunto, compem o ser

    vivente.41. Cada ser vivente , nesse sentido, imortal. Todavia, o mais imortal o homem, pois capaz de receber Deus e com ele tornar-seuno. Somente com esse ser vivente, Deus se comunica: noite,atravs de sonhos; durante o dia, por meio de sinais que lhe

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    predizem o futuro de vrias formas: pelos pssaros, pelas entranhas, pelo vento, pelo carvalho, por todos os meios pelos quais ohomem seja capaz de conhecer o passado, o presente e o futuro.

    42. Atenta ainda para isso, meu filho, todos os outros seres vivoshabitam uma nica parte do mundo: os aquticos, a gua; osterrestres, a terra firme; os animais alados, o ar. Somente o homementra em contato com todos os elementos: com a terra, com agua,com o ar e com o fogo e mesmo com os cus. Entra em cantata eos percebe em conhecimento e compreenso crescentes.

    43. Deus compreende e tudo penetra; ele tanto a fora ativa doTodo como a passiva. No nada difcil perceber Deus.

    44. Se desejas aproximar-te de Deus pela reflexo, ento contemplaa ordem mundial e sua beleza. Considera a necessidade de tudoo que perceptvel e tambm a providncia que governa opassado e o futuro. V como a matiia plena de vida, e comoopera o movimento desse Deus indescritvel com todos os seresbons e belos: deuses, demnios e homens.

    45. Tat: Porm, tudo isso, Pai, so atividades de foras!46. Hermes: Se tudo isso so apenas atividades de foras, meu filho,

    quem as provoca? Outro Deus? No vs, que como o cu, a gua,a terra e o ar so partes do mundo, do mesmo modo a vida, aimortalidade, o sangue, o fatum, a providncia, a natureza, a almae o esprito so aspectos de Deus, e permanncia de tudoisso que se denomina Bem? No h nada, nem no passado nemno futuro, em que Deus no esteja presente.

    47. Tat: Deus est, portanto, na matria. Pai?48. Hermes: Se a matria existisse fora de Deus, meu filho, qual o

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    lugar que escolherias para ela? Pois o que seria ela seno umamassa catica, enquanto no tosse levada atividade? E se ofosse, por quem seria? Pois j dissemos que as foras ativas socriaes divinas. Quem vivifica todos os seres vivos? A quemdevem os seres imortais a sua imortalidade? Quem gera mudanas em todos os seres mutveis?

    49. Quando te referes matria, ao corpo ou essncia das coisas,sabe que elas so tambm atividades de foras divinas. Asatividades de toras na matria formam a materialidade; nocorpo, a corporeidade, e na essncia, a substancialidade. Tudoisso Deus, o Todo.

    50. No Todo, nada h que no seja Deus. Por isso, no se podedescrever a Deus com nenhum desses conceitos: grandeza,lugar, qualidade, forma ou tempo, pois ele o Todo, e como talest em tudo e tudo abrange. Adora esse Verbo, meu filho, evenera-o. H somente uma religio, um nico modo de servir evenerar a Deus: no sendo mau.

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    O Corao e o nimoO dcimo-terceiro livro de Hermes Trismegisto dedicado ao mistrio do Naus. e o investiga em profundidade. J nos referimos vriasvezes a esse mistrio em dissertaes anteriores sobre a filosofiahermtica. Agora, devemos estud-lo pormenorizadamente.Sempre que pensamos ou falamos. a respeito do nimo de umapessoa ou de suas emoes, sem querer dirigimos nossa atenopara o estado em que se encontra seu corao. O corao do homem um rgo maravilhoso. Assim como a cabea e o plexo solar, eletambm stuplo. Podemos. portanto, referir-nos aos candelabrosde sete braos do corao e do plexo solar, do mesmo modo quens o fazemos quando falamos sobre as sete cavidades cerebrais.O candelabro de sete braos do corao possui tambm funocentral no sistema de vida. recorrendo invariavelmente inteiraconscincia do candidato durante sua vida. Por um lado, todos osfluidos da conscincia fluem do santurio da cabea atravs damedula para o corao, onde so acolhidos. Por outro, o candelabrodo plexo solar, situado abaixo do estmago. entre o fgado e o bao,envia algumas foras para cima. para o corao. Os estados etricoe astral do homem so assim transmitidos ao santurio do corao

    Ver glossrio no final do livro.

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    atravs do ffgado e do bao.Vede, pois, a situao mais claramente: os trs candelabros, o da

    cabea, o do corao e o do plexo solar trabalham em conjunto,sendo que o papel central desempenhado pelo corao. Os santurios da cabea e plvico o nutrem. O primeiro, com fluidos diretosda conscincia, e o segundo, com influncias astrais e etricas,presentes no microcosmo que foram de capital importncia nopassado do homem. Alm disso, em muitos casos o corao receberadiaes diretas do corao central do microcosmo, o domnio darosa O corao ocupa assim lugar realmente central no sistemahumano. A, muitas influncias, impulsos e radiaes so associadose transmutados num nimo fundamental que, por sua vez, possuitambm poder irradiante.

    O nimo mistura-se com o sangue, o fluido nervoso e o fogo*serpentino, eleva-se ao santurio da cabea e, de l, influencia todosos rgos. A qualidade, a natureza e o estado do nimo so oresultado do reator nuclear humano, o corao. Eles determinam oestado vital, o curso da vida. O homem assim compelido incondicionalmente a seguir a disposio do corao. Quando o nimo, eportanto as radiaes do santurio do corao, efetivar-se em determinado instante, o homem dever seguir as influncias e a direoapontada por essa disposio. Todas as vossas possibilidades, todasas vossas conquistas, tanto intelectual como de qualquer outro tipo,so, portanto, sem exceo, dependentes de e subordinadas a vossonimo, sua qualidade e esfera de ao.

    Suponhamos que vs, como geralmente se fala, tendes recebidouma educao excelente e freqentado as melhores escolas. Isto algo de que podeis ficar agradecidos, pois, do ponto de vista social,por exemplo, isso vos poder ser t)til. Porm, se vosso nimo notiver correspondido a essa educao, isto , se vossa constituio

    Ver glossrio no final do livro.

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    anfmica no tiver recebido na juventude alguma cultura verdadeira epsicologicamente libertadora, toda a vossa primorosa formao setornar perigosa ao extremo a todos aqueles com quem conviveis.Tudo isto pode ser facilmente demonstrado. Quando a vida de umapessoa se modifica no sentido verdadeiramente libertador, esta mudana inicia-se no corao, com o corao. O santurio do corao, portanto, o primeiro a submeter-se ao processo transfigurfstico.A importncia do estado do corao indicada inmeras vezes nasescrituras sagradas de todos os tempos. O nimo pode levar um homem

    ao assassfnio. possesso ou hipocrisia, infligir -lhe dor incomensurvelou faz-lo precipitar-se num abismo. Porm. "bem-aventurados os purosde corao, pois vero a Deus". jubila o Sermo do Monte. tambmsobre os puros de corao que nos fala o Prlogo do dcimo-terceirolivro de Hermes:Hermes: ONaus, Tat, provm da prpria essncia de Deus, se sepode usar semelhante termo com respeito a Deus, e esta somenteele conhece. Seja como for, apenas o Naus conhece perfeitamentea si prprio. Por isso, no se distingue o Naus da essncia divina;ele se origina dessa fonte, assim como a luz dimana do sol. Noshomens, esse Naus bom; e por isso alguns homens so deuses;seu estado humano muito se assemelha ao divino. Eis porque o bomDemnio designou os deuses como homens imortais e os homens,deuses mortais. Onde h alma, existe tambm o Naus, da mesmaforma que onde existe a verdadeira vida, tambm h alma. Nos seresirracionais, o Naus a natureza. Neles, a alma simplesmente vidadestituda de Naus, pois este o benfeitor das almas humanas: eleas trabalha e forma em vista do Bem.Essa concluso hermtica. quando considerada superficialmente, um tanto espantosa, porm, se a examinarmos luz dos fatos, estes

    Ver glossrio no final do livro.

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    a confirmaro inequivocamente.Coloquemo-nos diante dos trs candelabros que esto em ns: o

    candelabro de sete braos do santurio da cabea, o do plexo solare o do corao. :Verificamos ento que os trs candelabros stuplosse fundem em um nico nimo no santurio do corao. Compreendei, porm, que no se trata aqui de um processo totalmente automtico, de onde o nimo resulta inevitavelmente. No, no assim.

    O subconsciente, a vozdo passado, no o nicofator preponderanteno corao. Vossa conscincia de vigflia, a luz stupla presente emvosso santurio da cabea, e o fluido da conscincia que preencheas sete cavidades cerebrais tambm o influenciam. Podeis compararessas cavidades com espelhos que refletem incondicionalmente parao corao todas as foras que se encontram na conscincia devignia.Portanto, quando falamos de um nimo formado no santurio docorao, devemos tambm, ao mesmo tempo, certificar-nos de quevossa conscincia imediata desempenha a papel importantssimo,isto , de que vs mesmos participais. Encontrais em vosso coraotodas as influncias, todas as radiaes e todos os impulsos queesto, de uma ou outra forma, atlvos em vosso ser. So como muitasvozes que se vos dirigem. Alm disso, encontra-se em vosso corao,se realmente sois um aluno srio da jovem Gnosis o toque fundamental, a voz do corao central, a voz da rosa.

    Assim, a cada segundo encontrais em vosso corao, com vossaconscincia normal de vigOia, todas as influncias que vm a vs detodos os lados. Entre elas, est tambm a voz da rosa. Essa voz podeser balizadora de valores e educadora. Possivelmente podeis julgartudo o que vem a vs mediante a influncia da rosa, que dita regrasem vosso prprio ser. Geralmente, ela chamada de "voz da conscincia".Deveis, assim, considerar o corao como uma oficina, onde podeisexercer conscientemente uma influncia e exercer um trabalho extremamente importante. Esse trabalho deve ser desenvolvido antes queinfluncias, foras e luzes atuantes constituam em vs num nimoinevitvel. Uma vez que ele formado sois compelidos a segui-lo.24

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    J ouvistes alguma vez a respeito do conflito, do combate do corao? Da aflio e da alegria do corao? Tambm da dureza docorao? Sabeis que o combate mais importante, o combate doverdadeiro discipulado, deve ser travado no corao? Sabeis que oproduto alqumico verdadeiramente redentor, necessrio para a realizao das npcias alqumicas de Christian Rosenkreuz, deve serpreparado no corao?

    Nunca houve, na histria mundial. uma escola espiritual gnsticaque se tenha deixado guiar, por exemplo, pela verbosidade burguesacomum. A verdadeira nobreza sempre foi a do corao. Por isso,diz-se que Deus, que Esprito, v o corao. No adianta exprimir-sepor belas palavras ou comportar-se como se fosse o prprio Deus,pois o Esprito v o corao. Isto significa que a natureza do nimoque daf se eleva, e toma conta de todo o vosso ser, decisiva.Enfatizamos esse assunto porque a maioria dos alunos (e vs deveisver essa realidade diante de vossos olhos), na verdade, desconheceainda essa batalha no corao.

    Vedes o corao apenas como um rgo do sentimento, e dizeis:"Sinto isto ou aquilo dessa forma". Porm, j muito tarde, pois oque experimentais o nimo. Conheceis o corao ainda como umrgo totalmente automtico e aceitais o nimo que da se eleva.Poderia ser de outra forma? Quando sentis as conseqncias devosso nimo e lanais-vos luta travada to freqentemente contraelas, atacais vosso nimo que talvez tanta desgraa, dissabores eresistncia j vos causou.

    Todavia, no tendes a mnima chance de vencer essa batalha. Vsrefletis (no santurio da cabea, porm no no do corao): "O quedevo fazer agora?" "E o que devo deixar?" "Como devo defender-mepara alcanar a vitria?" Travais essa batalha na cabea at a completa exausto. No entanto, j muito tarde. Deveis transferir essecombate para a oficina do corao, onde o nimo se ocupa, a cadasegundo, em se formar! Se assim fizerdes e vencerdes, seguireis frente da realidade e dos acontecimentos. Podereis determinar ocurso de vosso destino, pois tudo o que ocorreu em vossa vida foidirigido, impelido, pelo nimo. Se, porm, conseguirdes alterar o

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    nimo, tereis vosso destino nas mos e podereis determinar o cursodos acontecimentos em vossa prpria vida. Podereis verdadeiramente modificar vosso destino.Esse o nascimento da alma. O nascimento da alma, a verdadeiraregenerao anfmica, no nenhuma vaga atividade emocional, algoindeterminado como "sinto isso dessa ou daquela forma", que experimentamos de tempos a tempos. Ela o nimo que a prpria pessoaformou. Por isso, repetimos: deveis aceitar o combate no santuriodo corao, expulsar todas as foras e tenses que, porventura,encontrais no caminho, e deixar afluir as toras edificantes e auxiliadoras. Assim, podeis formar vosso prprio nimo e realizar o nascimento da alma.Esse nimo que vs desenvolveis a cada segundo corresponde avosso estado de alma. Vosso estado anmico no pois nenhum valoresttico que vs simplesmente aceitastes. No, podeis alterar fundamentalmente vossa natureza anfmica. Se, ento, ouvimos algumdizer: ", agora eu sou assim, este meu tipo e meu carter'', entosabemos que tarde demais. Se sois verdadeiramente um aluno srioda Gnosis e tudo corre bem convosco, dia a dia, modificais entovosso tipo e vosso carter.Desde vosso nascimento se faz conhecer, em determinado mo-mento, um processo anmico especfico, uma natureza anmica definida. Descobrireis isto com o decorrer dos anos, porm no precisaisresignar-vos com esse estado. Podeis realizar uma mudana fundamental mediante a rendio. Isto significa que deveis descer aosanturio do corao com vosso eu, com vossa conscincia e comas foras do candelabro do santurio da cabea.Vosso nimo, portanto, vosso estado de alma, est muito sujeitoa todo o tipo de mudanas. Podeis fazer com que ele torne-se maise mais malvolo e funesto. Podeis tambm aceit-lo como algoautomtico. Ou ainda prepar-lo muito conscientemente, de modoque ele seja capaz de receber o prprio Esprito.A maioria das pessoas simplesmente aceita seu estado de almasem questionamentos. Sobre essa base forma-se, rapidamente, como envelhecimento, toda a natureza, todo o carter, enfim todo o tipo.26

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    Todos os processos metablicos a isso se adaptam, e assim se chegaa um estado de cristalizao em que uma mudana absoluta se tornatotalmente impraticvel. Com efeito, pessoas h que desejam aGnosis como uma espcie de lenitivo. Alguns possuem esse pontode vista.

    Sim, a Gnosis vos auxilia durante a vida, porm esse no oobjetivo dela. Ela quer livrar-vos desse estado miservel! Para tanto,necessitais descer ao santurio do corao e travar o combate contravosso nimo.

    Existe tambm um grupo de pessoas, cujos representantes noaceitam o estado de vida da massa. Esses homens procuram o poder,a honra e a fama, isto , autoglorificao. Na natureza da morte, essascoisas so alcanadas apenas por meio de uma acentuada auto-afirmao, possivelmente por intermdio de crueldade ou de astcia ede maldade. O resultado disso sempre um nimo bem abaixo dospadres normais. Quando se ouve um representante desse grupofalar, ele diz: "Sim, antigamente eu talvez me deixasse levar porpensamentos ticos. J paguei por isso, e por esse motivo fechei ocorao para essas coisas". Certamente conheceis tal homem.Possa, desse modo, tornar-se-vos claro que os que no aceitamincondicionalmente seu nimo e nem desejam fechar o corao eendurec-lo, porm aceitam o combate do corao, podem mudarseu estado de alma e com ele seu inteiro curso de vida; estes podemser renovados segundo o Nous. Eles recebem outra disposioanfmica, outro nimo, onde a vida da rosa pode desabrochar totalmente e, em conseqncia disso, o Espfrito, Deus mesmo, podeadentrar o santurio. Dessa forma, pode-se, juntamente com Hermes,deles dizer: O Nous, Tat, provm da prpria essncia de Deus.

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    III

    A Mudana do nimoQuando o homem adentra a oficina do corao com o desejo muitoconsciente de elevar seu nimo a um plano superior, e para tantoaceita o combate da alma, ele deve saber que, de fato, tal mudanaou renascimento anmico fundamental e estruturalmente possvel.Deve tambm compreender em que direo e em que fora essedesenvolvimento dever realizar-se.O objetivo, como sabemos, a regenerao de toda a naturezamicrocsmica, o retorno dessa natureza a sua essncia e seu destinooriginais. Enfim, a unio com Deus, com o Esprito. Desejamos,inicialmente, estudar as foras que se encontram disposio docandidato ou so postas a sua disposio no incio de seu trabalho.A primeira, dever ser a razo, a doutrina racional, a mensagemracional de salvao. Caso a razo deseje falar-vos, ento deverhaver, claro, uma possibilidade de aceitao. Se ainda no existeessa possibilidade, para vs valer o dito: "Tm ouvidos, e noouvem". A possibilidade de compreender um ensinamento racional,a doutrina gnstica, somente existe quando h experincia suficientedo irracional, uma experincia que se adquire com a misria e coma morte, trilhando o caminho de lgrimas e bebendo da taa daamargura. Somente ento a razo pode dirigir-se ao homem, e eleavaliar se nele existe anseio suficiente de libertao para poderaceitar a razo e segui-la.

    Deveis, pois, atentar para o fato de que a razo positiva anseia29

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    sempre por determinada atividade, exige uma ao, uma atitudedevida. H muitos que no entendem isso e aceitam uma mensagemda razo somente segundo o intelecto, pensando que mediante aaceitao intelectual j compreenderam a razo totalmente. Queerro! Aceitao racional significa seguir correspondente atitudedevida que talvez, ao mesmo tempo, oponha-se totalmente a um nimoexistente. O aluno que aceita racionalmente o que recebe, devetambm aceitar incondicionalmente a luta contra um possvel nimoque contrarie a razo. O resultado provar se o que a razo exigiuadquire relevncia realmente demonstrvel e libertadora. Em casocontrrio, ou a razo no passou de uma falcia ou o candidato aindano desceu oficina do corao. Por isso, falamos de aceitaomoral-racionai" da salvao da Gnosis. O termo racionalse refere aoaspecto pensante, enquanto que a aceitao moral se refere atitudede vida que a ela deve corresponder.

    Assim, deveis descer oficina do corao para provar na prticaa razo. Quem no colabora para a realizao de um ensinamentognstico acolhe a razo apenas teoricamente. Ento, apenas quando a necessidade assomar de novo, uma tentativa realmente sriaser empreendida, pois receber uma mensagemda razo , de fato,algo mais do que compreend-la: empreg-la. Geralmente, sonecessrios alguns goles do clice da amargura para aprender essalio.

    Sabeis que geralmente se reclama do sofrimento e que o mundodeseja neutraliz-lo e suprimi-lo. Para a maioria, esse meio realmente o nico mtodo de fazer com que a conscincia natural, controladae matizada por um nimo malvolo ou no emancipado, perceba quealguma coisa no est certa, pois como j tivemos oportunidade dever, o nimo obumbra, domina, toda a personalidade, todo o ser.

    Um homem que passa por essa experincia (e isso acontece comtodos na natureza da morte) torna-se mais cedo ou mais tarde umbuscador. Assim que a vida de buscas inicia, ele deve travar a batalhacontra o nimo no corao. Inmeras vozes se lhe dirigem quando aluta tem incio. Elas so as reaes de todas as radiaes e influnciasque at ento tinham desempenhado um papel no santurio do30

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    corao e, portanto, esto no mesmo plano que o nimo. Primeiramente, essas vozes conduzem o candidato a inmeras experinciassociais, polticas, civis, ticas ou religiosas naturais, das quais omundo est repleto, e fazem-no reconhecer finalmente o absurdo detodas as tentativas e esforos dialticos.

    Assim, aps dez ou mil anos ou, talvez quem sabe, aps todo umano sideral, o homem atinge determinada maturidade para seguiroutra diretriz de vida. Chega conseqentemente o momento em quea razo gnsticade algum modo se lhe dirige e mostra a nicadireoque pode conduzir a uma soluo de todos os problemas. a saber,o nimo, a disposio anmica do corao. Ali, a conscincia naturaldeve agora como que descer. O nimo e seu desenvolvimento nopodem continuar a ser um processo totalmente automtico, pormdevem ser atacados com a conscincia-eu.Possus, como seres nascidos da natureza, um eu to poderoso! Soisto egocntricos e sabeis exatamente o que desejais. Sois muitoautoconscientes e, mesmo na Escola Espiritual gnstica, quasesempre uma personalidade muito forte. Pois bem, utilizai ento esseeu para atacar vosso nimo. Vs realizais tanto com vosso eu emrelao s coisas comuns. Utilizai-o tambm agora em vosso discipulado, e atacai vosso prprio nimo com vossa conscincia-eu.Iniciai esse notvel combate ainda hoje. Vivenciareis incondicionalmente as conseqncias dessa atitude e toda a vossa vida tomarrumo diferente. No nos referimos aqui a um tornar-se mais calmo eharmonioso, porm a algo totalmente diverso. A qu, ento? Bem, otipo de vossa dor, de vossos desgostos e as dificuldades de vossavida se modificaro. Um clice de amargura completamente diferenteser colocado em vossos lbios. J no ser a dor intil e estpidano curso montono das coisas, porm a dor nascida da luta nocorao, causada pelo prprio ser eu-consciente.

    Isto no de forma alguma um ataque a outros, em que, s vezes,sois to magistrais, porm ao prprio ser. Isto traz consigo muitaamargura, que, em todo o caso, instrutiva e purificadora. Talvezessa dor seja bem mais violenta e penosa do que a anterior, porm,

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    como j dissemos, ela purificadora. E a purificao coloca o alunono caminho de lioertao, ela o guia no processo de libertao.

    A dor do fogo purificador pode ser, s vezes, to violenta que oaluno iniciante geralmente recai no antigo estado de ser, para escapardas crescentes oposies. Quando ele ataca o candelabro do corao com o candelabro da conscincia. surgem, conseqentemente,muitos atritos. Sabemos que se encontram no coraco muitas foras,radiaes e influncias que, em conjunto, formam o nimo. Por isso,quem com o prprio ser ataca o nimo. que j conduziu a tantadesgraa, confrontado, no santurio do corao, com as foras einfluncias autodesencadeadas que habitam o campo de respirao. Tendes formado, no decorrer dos anos, em vosso campo derespirao, uma grande quantidade de impiedade. Uma srie deformas-pensamentos e fantasmas-desejos vivem af saudavelmente.Quando atacais agora vosso prprio corao, vosso prprio nimo,encontrais todas essas foras, todas essas influncias e foras crmicas e subconscientes, e ainda as foras naturais dos ees. Quem,portanto, penetra assim o corao, desencadeia verdadeira tempestade. Pensai to-somente nas vrias lendas evanglicas que aludemao fato. Por exemplo, em Mateus, captulo 8, versculos 24 a 27, e emMarcos, capitulo 6, versfculos 48 a 51. A tempestade se torna violentae avana at que Jesus vem a bordo, ou despertado, ento ela seacalma. Isto significa que a "semente-Jesus .. o corao central domicrocosmo, abre-se at mesmo na luta mais renhida, e a fora, a luzda rosa. comea a brilhar e traz paz ao Naus. Dessa hora em diante,inicia-se uma mudana no nimo, uma alterao na natureza anmica.Essa mudana, como j foi explicado, ataca todo o ser, que at entoviveu segundo o antigo curso das coisas, e se estende por conseguinte sobre todo o antigo eu.Em suma, repetimos: atacai vosso nimo com o eu natural quepossus. As conseqncias viro, a princfpio, em forma de uma sriede dificuldades, de desgostos e talvez at mesmo de tenses perigosas, porm a soluo desses problemas ser o desabrochar da rosa,a ativao efetiva da luz, do aroma da rosa. Nessa fora radiante vos32

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    modificareis completamente.Quando esse processo se inicia, falamosdo renascimento da alma

    ou da modificaodo nimo. Ento, "o candelabro que est no meio",o candelabro stuplo do corao modificado inteiramente quantoa seu tipo de luz. Nasce um nimo completamente novo e o candelabro da conscincia que est no santurio da cabea tambm semodifica totalmente segundo seu carter esua essncia.

    Quando o nimo se modifica, ele impele todo o ser para a novadireo indicada. Se conseguirdes alterar. com vosso eu, mediantesua auto-rendio. a disposio do corao, ento o santurio dacabea, isto , a conscincia normal, dever demonstr-lo por intermdio de uma atitude de vida modificada. Refleti no que to freqentemente temos falado1, ou seja, quando o sangue se modifica nosanturio do corao, a pequena circulao sangufnea impele osangue modificado atravsdo santurioda cabea, e faz com que todosos rgos deste santurio sofram mudana de estado. A alteraodonimo provoca, portanto, a mudana de todo o vosso estado vital.

    Logo, podemos afirmar com grande certeza que se esse novoestado no se manifesta, o combate da auto-rendio do eu aindano foi travado por vs. Tendes assim a razo que vem a vs emforma de ensinamentos, de instruo prtica para vosso discipulado,compreendida apenas intelectualmente e sem nenhum valor. Portanto, no se encontra em vs o anseio por vida libertadora. Devereisainda ser abatidos e feridos pela dura vida, at que finalmente tomeisa deciso necessria para a auto-rendio, num processo interno quedeve conduzir a uma modificao total de vosso ser.

    Por que existem alunos que freqentam a Escola h muitos anose permanecem os mesmos que entraram? Eles no travaram ocombate, no o aceitaram. O que j no se desenvolveu em suasvidas em forma de calamidade durante todos esses anos?! Porm,amigos, podereis ter aproveitado muito mais esses anos! Estarfeis j

    1 Ver O Advento do novo Homem, parte I, captulo XV.

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    purificados o suficiente para adentrar o novo estado de vida.Sabemos quemuitos alunos trilharam ou esto trilhando o cami

    nho Indicado ap(lsar das dificuldades, e que portanto a modificaode seu nimo est em via de se realizar num ritmo individual. Eles sedesenvolvem e recebem - como j dissemos - novas qualidadesde alma, que se demonstram de vrias formas mediante aes vitais.A nova ao vital oferece ao candidato, entre outras coisas, perspectivas de vida totalmente novas, e por intermdio delas mais paz econfiana, um elevado grau de benevolncia ao prprio ser, mastambm geralmente - e a isso deveis estar atentos - certo sentimento de superioridade. Esse um dos fenmenos colaterais dabondade. O homem bom tem e conhece esse sentimento de superioridade, por mais que este tambm venha acompanhado de certamodstia. Assim, desenvolve-se a impresso de se ter avanado.Esse fenmeno colateral representa, para todos os que chegaram fronteira, novo e grande perigo. Qual , pois, o objetivo do novonimo. da nova qualidade anmica? Qual o objetivo do processo derenascimento da alma? Conduzir-nos a uma condio tal em quetodo o nosso estado de ser possa encontrar Deus mesmo, o prprioEsprito e receb-lo, e assim tornar-nos verdadeiros homens.

    Vede, pois, a situao diante de vs: Joo, o Precursor, trava ocombate na modificao do nimo e deve submergir totalmentenessa endura*. A vitria da modificao inicial nele a manifestaode Jesus. a nova alma. O candelabro que est no meio muda sua luz.Finalmente o Esprito. qual uma pomba, desce sobre ele. O filho deDeus. o verdadeiro homem, manifesta-se: "Este meu filho bem-amado. em quem eu me comprazo".

    Por isso, a obra apenas se completa quando o Esprito pode penetrar osanturiodo corao eali celebrar o encontro com a alma. Assim, Esprito,alma e personalidade se unificam. Somente ento as palavras de Hermes,ditas no incio do dcimo-terceiro livro, podem ser compreendidas.ONaus, Tat, provm da prpria essncia de Deus.Apenas o Naus conhece perfeitamente a si prprio.

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    IV

    Nossa Conscincia NaturalO Naus provm da prpria essncia de Deus. J discutimos pormenorizadamente acerca do significado dessas palavras. Elas se relacionam com o retorno do homem ao ponto de origem do verdadeiroestado humano, com o restabelecimento da ligao esprito, alma ecorpo. Dessa forma, o homem pode revelar-se como criao divina,portanto perfeito como filho de Deus, e realizar o plano de Deus, que a base do mundo e da humanidade.Hermes continua: Apenas o Naus conhece perfeitamente a siprprio.

    Investiguemos o significado dessa sentena. Conhecer a si prprioindica naturalmente, em primeiro lugar, um estado de conscincia.Se se deseja conhecer algo, ento para isso necessrio possuirconscincia. Todos ns a possumos, somos seres conscientes. Noentanto, ela , no mximo, uma conscincia natural, uma conscincianascida da natureza. Sabeis que ela uma das formas mais inferioresde conscincia que um ser vivo pode possuir? a mesma conscincia que todos os animais possuem. Ela nos faz reagir a determinadasimpresses captadas por nossos rgos sensoriais, ao passo quens, como sabeis, somos dominados pelo nosso nimo, e portantopelo nosso corao e a partir dele. Por isso. a Doutrina Universal nosdiz que a sede de nossa natureza, o ncleo de nossa conscinciaest no corao.

    Por que, ento, somos to conscientes no santurio da cabea?35

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    Por que possvel afirmar que a conscincia se encontra no santurioda cabea? Porque a sede de todos os nossos sentidos. assim comonosso sistema cerebral, encontram-se no santurio da cabea. Algumas espcies de animais simplesmente no possuem um sistemacerebral, enquanto outras o tem em estado de desenvolvimento. Ohomem natural se enquadra no segundo caso. esse sistemacerebral que o capacita a desenvolver um trabalho racional.O homem natural nada mais do que uma espcie animal, comonos afirma enfaticamente Hermes em vrias passagens. A conscincia natural somente o resultado de um processo atmico, elementar. Por isso. pode-se dizer que todos os animais, inclusive o homemnatural, reproduzem-se e se mantm uns aos outros. Isto significaque determinada espcie de vida animal se conserva automaticamente, mediante vrias manifestaes animalescas de vida. A luta pelaexistncia, por exemplo, consiste na inveno e no emprego demeios e aes a fim de se conseguir um lugar melhor e mais segurona natureza da morte, e assim proteger-se contra seus perigos fatais.Essas formas de vida, que nos so to conhecidas, acarretam odesenvolvimento de certas irradiaes: irradiaes dos rgos vitais,irradiaes de natureza etrica e astral. Por meio dessas irradiaese de suas estruturas elementares surgem novamente outros tipos deanimais, como os diversos microorganismos, os bacilos e os vriostipos de vrus, assim como mirades de insetos em suas inmerasclasses, que, por sua vez, impelem o desenvolvimento de outrasespcies animais.Por isso, dizemos que os animais se reproduzem reciprocamentee se mantm fora do processo normal de conservao. Esse assuntoj foi abordado inmeras vezes na Escola. Voltamos a ele novamentea fim de dirigir vossa ateno para a conscincia de que ns, comoseres naturais, originamo-nos, para o tipo de conscincia a quepertencemos. a conscincia nascida da realidade natural, com que,em dado momento, viemos corporalmente ao mundo. Em nossaconscincia, repetimos, fala unicamente a natureza, inclusive os fatores hereditrios. Isto tambm vlido para outras espcies de animais.Chegamos ao que somos agora mediante seleo, cultura antiqs-31

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    sima e formas inferiores de desenvolvimento animal. Se devido degenerao e queda que sofremos chegamos a este estado, isto, ao estado animal possuidor de conscincia natural e da faculdadeintelectual, e a estagnamos, ento o conhecimento de como tudoisso veio existncia no nos vale para nada. Ento, a nica coisaque podemos afirmar que somos como somos. Por isso, a cinciaconhecida como Biologia no responder jamais s questes eternaspor ela propostas, se permanecer em sua pesquisa com a conscincia natural e seus pontos de vista.

    O homem consciente natural trouxe tambm exlstncia, com odecorrer dos tempos, em sua grande iluso de superioridade, acincia oculta, e muitos exercitam-se de forma oculto-cientfica. Quala nica conseqncia? Na melhor das hipteses, ampliao organosensorial da conscincia natural, que nada extrai ou acrescenta a seucarter natural e, portanto, animal.

    Se a expresso "conscincia animal", que Hermes normalmenteutiliza, perturba-vos, empregamos aqui um termo estrangeiro: a filosofia hindu, por exemplo, fala-nos da conscincia kama-mansica.Ouvi agora o que Madame Blavatsky diz a respeito dessa conscincia: "A conscincia kama-mansica se refere ao grau mais inferior daconscincia instintiva dos animais e de alguns homens. Essa conscincia pertence, portanto, ao mundo de percepes e permaneceencerrada nele. Esse mundo de percepes se tornou mais ou menosracional nos homens". Ela continua dando exemplos. Entre outros,diz: "Um co fechado num quarto possui o mpeto instintivo de selibertar, porm no pode faz-lo, pois seu instinto no racional osuficiente para se utilizar dos meios necessrios para ajud-lo naconsecuo do intento. O homem, no entanto, compreende esseestado, e sai conscientemente do quarto". No final, ela diz: "O homemcomo massa galga o degrau mais alto, o stimo, da conscinciakama-mansica". Em outras palavras. o homem possuidor da conscincia na1ural e permanece um animal.

    Desejamos a isso acrescentar que conhecemos ces que socapazes de abrir a porta, quando querem sair do quarto. Com isso,queremos unicamente dizer que existem. at certo ponto, vrios graus

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    de conscincia animal em desenvolvimento.Mais um exemplo. O treinamento de vossos olhos para que perce

    bam vibraes de 'maior ou menor freqncia, de modo a ver melhordo que outras pessoas, no melhora nem piora o tipo de vossaconscincia. O mesmo raciocfnio vlido para todos os rgossensoriais. Alm disso, pode ser demonstrado que vrios tipos deanimais conhecem uma ampliao semelhante dos rgos sensoriais.Um ocultista prtico bate no peito e diz. "Eu sou clarividente eclariaudiente. Domino o mtodo de desdobramento corpreo, demodo a me movimentar simultaneamente e em plena conscinciatambm na esfera* refletora". Porm, amigos, muitos animais conhecem igualmente o desdobramento corpreo, a diviso da personalidade. Temos em mente aqui, por exemplo, as aranhas. lnsetos dessegnero se manifestam perfeitamente na esfera* material e, ao mesmotempo, na esfera etrica. No h a mnima diferena de resultados. Seum ocultista gabar-se disso, podereis dizer-lhe: "Sim, isso tambm asaranhas fazem".

    Os pssaros tambm vem facilmente o mundo etrico e so guiadospor foras etricas. Os assim chamados "espritos de grupo" dospssaros so formas etricas, manifestaes etricas de vida. Talvez, jvos tenhais perguntado ao ver um bando de pssaros voando: comoeles conseguem voar todos juntos? Eles esto unidos por um espritode grupo, por uma fora etrica, por determinada vibrao, por determinada fora-luz, que podem perceber de forma extraordinria e pelaqual so conduzidos para a regio onde suas vidas podem manifestarse: no vero, nessa regio; no inverno, em outra. Os gatos tambm emgeral possuem viso astral. Todos os ces e a maioria dos animaisselvagens possuem olfato bem pronunciado, como sem dvida o sabeis.

    Assim, verificamos que uma ampliao organo-sensorial, seja qualfor o tipo, no eleva o homem acima do estado de vida animal natural.Por exemplo, a maior sensibilidade adquirida por meio de uma vidasimples ou de outras formas de abstinncia, ou ainda da idade,mediante o processo natural de extino, permitindo a observaoe, portanto, a avaliao de vibraes etricas ou atividades astrais,no indica absolutamente nada a respeito de mudana libertadora

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    em vosso estado de conscincia natural. Tudo o que se afirma sobreisso fraude, engodo, auto-iluso. No h nenhuma relao com onascimento de outro, de um novo estado de conscincia.Quando na Gnosis se fala de uma mudana organo-sensorial (nodesenvolvimento gnstico ocorrem realmente notveis mudanasorgano-sensoriais), esta tem um objetivo totalmente diverso, um fimcompletamente distinto e conduz a um resultado absolutamentediferente de um embelezamento da conscincia natural. Pelo contrrio, vossa conscincia natural diminui de vrias formas, ela comeaa recuar para o ltimo plano, quando o desenvolvimento gnstico setorna realidade.Desejamos, aps ter feito todas essas verificaes, perguntar-nos seo homem alm de sua conscincia natural possui outra conscinciaque poderia elev-lo acima desse estado de ser animal. Pensamos,por exemplo, na subconscincia, sob cuja influncia brilha o candelabro no plexo solar, que nos liga ao total passado de todas asexistncias anteriores no microcosmo.

    Esse passado est gravado no ser aural e tem como tal umainfluncia poderosa no estado natural do homem. Se, todavia, asubconscincia se abrisse totalmente para ns e pudssemos retroceder nesse passado at a primeira causa (vemos isso, a priori, comopossfvel), certamente no alteraria nem um pouco o estado deconscincia natural. Pensai com relao a esse assunto em Corntioscaptulo1, versculo13. Entre outras coisas podemos ler: "Mesmo quetudo soubesse, e mesmo que tudo possufsse, porm no tivesse onico essencial, no teria e no seria nada".

    Vede, pois, amigos, no se modifica a natureza em sondando-a enem mediante experincias com vrias foras naturais. Ou, quandose modifica, se o faz no sentido degenerativo. Com efeito, pode-sedegenerar todo um estado de vida mediante perturbaes das leisnaturais. O fato de que nossa conscincia natural no pode aindaelevar-se acima dos critrios animais naturais, comprova que no sepode nunca retirar do passado uma influncia sublime. Sim, a conscincia natural ser sempre dominada pela subconscincia. Portan-

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    to, falta-nos sondar o estado do corao. Como o santurio docorao governado? Possus conscincia af tambm? No. Somente uma vida de sntimentos. Certamente, nenhuma conscincia naverdadeira acepo da palavra.Voltemos a nosso ponto de partida. Verificamos que apenas possumos uma conscincia-eu natural que se relaciona com o santurioda cabea. impossvel dizer, segundo o sentido constante nodcimo-terceiro livro de Hermes, que "essa conscincia se conheceperfeitamente". Seria loucura fazer tal assero. Nosso santurio dacabea governado totalmente por nosso nimo, o reator nuclearcentral de nosso ser, em que todas as irradiaes e foras, quedesempenham algum papel em nosso ser, so misturadas.Assim verificamos, aps nossa pesquisa, que estamos, comohomens nascidos da natureza, realmente de mos vazias, e que umaconscincia divina deve estar, como nos diz Hermes Trismegistoquando fala sobre o Nous, totalmente ligada com o Nous, com onimo modificado, e portanto com o corao puro. Precisamos maisuma vez verificar que no santurio do corao, totalmente ligado alma, deve nascer um estadode conscincia inteiramente novo. Umaconscincia to claramente manifesta, to absolutamente positiva,que reconhecer perfeitamente Deus e ela prpria, tanto a alma comoo passado longnquo.

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    Vai e no Peques mais

    Esperamos que j tenhamos explanado e verificado claramente quea conscincia, capaz de elevar o homem acima do animal e de transform-lo num verdadeiro filho de Deus, no pode ser alcanada mediantea expanso da conscincia natural. Esta no passa de uma conscinciade percepo, de uma conscincia sensorial. Ela , em realidade, aconcentrao de todo o estado organo-sensorial num nico rgo depercepo. Esse rgo , de uma ou outra forma, inerente a todo o servivo, a todo o animal, a qualquer ser que possua, no mfnimo, umaestrutura orgnica. O homem tambm possui tal rgo de percepo,que, mesmo ligado a um aparelho racional, no o eleva acima do animal.

    Todos os que j estudaram, de alguma forma, a cincia esotricasabem que o ncleodo organismo perceptivo encontra-se na epffise,a glndula pineal. Como sabemos, essa glndula um rgo notvel.Ele se encontra logo abaixo do sincipcio, ou seja, o alto da cabea,e possui um campo de radiao que pode ser descrito como a aurada pineal. Esse campo se ergue, por assim dizer, do alto da cabea,em mdia, alguns decfmetros. Ele se estende em volta da cabea ese intensifica acima do slncipcio.

    Denominamo-lo campo de radiao devido a sua luminosidade,porm ele possui, em realidade, um carter atrativo magntico stuplo. Pode-se perceber claramente sete cores, sete matizes luminososnesse campo. Assim que ele tocado, e isto acontece constantementea cada segundo, desenvolve-se um jogo impressionante de cores e

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    santurio da cabea. No tendes controle algum sobre o que fluisimultaneamente pelo inteiro sistema nervoso. Isso provoca em vsgrandes tenses de tempos a tempos. Para onde vos levaro essastenses? O que acontecer convosco? Podeis avaliar a rapidez dadebilitao de vosso corpo, a velocidade com que, dessa forma, seprocessam todas as dificuldades corpreas, quando no resultarnenhuma reao positiva, quando no conheceis meio algum deirradiar para fora do sistema aquilo que vos tocou, aquilo que provocou a tenso.Inmeras impresses so transmitidas ao corao e ao sistemanervoso por intermdio do campo da pineal, continuamente, a cadasegundo. Se no resultar qualquer reao positiva, qualquer aoautocriadora do sistema nervoso central e da conscincia central,podereis ter certeza de que todo o sistema, que se submeteu a tantastenses, deteriorar-se- muito rapidamente. Por isso, envelhecemos.Por isso, em dado momento, j no conseguimos manter-nos, e claro que sabeis qual o fim na natureza da morte.Com base nesse conhecimento, existe uma terapia antiqssima,que j era aplicada na China, no tempo de Lao-Ts. Ela se baseia nobem conhecido emprego do mtodo magntico de cura, rejeitadopela Escola Espiritual moderna. Consideramos esse mtodo de curamais perigoso para o aluno do que os mtodos ocidentais, porqueele atua diretamente no sistema e, alm disso, , s vezes, acompanhado de hipnose.O mtodo chins antiqssimo foi introduzido em nosso pas, hrelativamente pouco tempo, pela ustria, e praticado agora pormuitos mdicos em sua busca desesperada pelo elo que faltava naconhecida terapia ocidental. A medicina acadmica, a homeopatia etambm a medicina natural tm dado provas suficientes de suaincapacidade em deter de modo razovel o fluxo de enfermidadescorpreas no homem. So comuns revistas e literatura contempornea,onde se pode ver a busca desesperada de muitos homens quegostariam de auxiliar a humanidade enferma. claro. compreensvel,altrusta e humano que se procure ajudar. Todavia, a Escola daRosacruz deve cuidar para que as possibilidades de vivncia prtica

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    do discipulado no sejam consumadas com pesquisas e experincias. Para isso, tornastes-vos alunos da jovem Gnosis. Quando,portanto, surgem em vosso caminho fatores impeditivos a vossodesenvolvimentO, ns, da Direo da Escola, temos o dever de dizer:"Irmo ou irm, isso no certo. No deveis faz-lo".

    Se vos firmais no ponto de vista: "Quero manter minha liberdadetotalmente; eu me guio", ento assumis a responsabilidade. Devemos, nesse caso, romper a ligao convosco como aluno da Escola.Isso lgico. A Escola tem um plano, um mtodo, um caminho. Elavos ilumina na senda, tambm na nova vida e no mtodo que para lconduz. Se no desejais esse mtodo, estais livres, porm vossodiscipulado no tem o menor sentido.Desde 1924, o infcioda Escola Espiritual gnstica, insistimos nesseponto de vista, e, conseqentemente, tivemos de rejeitar inmeraspessoas que tinham muitas possibilidades. Se, porm, permitfssemosque os alunos se deixassem manipular por magnetizadores, quiromantes, charlates, etc., terfamos todo o tipo de foras negativaslivres na Escola, o que poderia prejudicar ou mesmo impossibilitartotalmente nosso trabalho. belo e magnfico que se procure ser til humanidade, pormos caminhos e os meios devem ser admissfvels. Na Sucia, h poucotempo1, comeou-se a empregar um novo mtodo de cura emmilhares de animais. Desses milhares, no resta um nico vivo, foramassassinados, porque se tencionava ajudar o homem por meio deradiaes protnicas, um subproduto do tomo. Essas radiaesatravessariam o corpo humano com grande potncia e, assim acreditavam, livrariam-no de seu mal, de suas dificuldades. No entanto,no se disse pelo que esses ltimos seriam substitudos. geralmente, mais tarde que se descobre.Na Escola Espiritual, temos de zelar para que a possibilidade devivncia prtica do discipulado no se consuma em meio de expe-

    1 Refere-se ao ano de 1965.

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    rincias e meios artificiais. O grupo central da Escola se esfora paraconduzir a bom termo o discipulado de todos os que esto a nossolado. Por isso, devemos ajudar-nos mutuamente e trabalhar emconjunto.Consideramos a acupuntura um perigo grande e ameaador. Essapuno consiste na introduo de uma agulha dourada em diversosgnglios nervosos, especialmente em partes do sistema nervosoonde a dor e outros tormentos aparecem. J dissemos que as doresnervosas se encontram continuamente ligadas ao campo da pineal,pois todas as impresses recebidas pela pineal so transmitidas pelosistema nervoso a cada clula do corpo. Imaginai, por conseguinte,que um de vossos rgos se tornou dolorido, sensvel ou doentedevido impossibilidade de se eliminar de modo direto e positivo astenses produzidas por meio das radiaes.

    Queixais-vos de dores na cabea, no brao, na perna, etc. Algumpega uma longa agulha dourada, segura-a com os dedos e a introduzna parte dolorida de vosso corpo. Assim, o mdico que faz a punotransmite direta e positivamente seu fluido magntico ao corpo. Amaior parte das vezes, o paciente reage como se recebesse umchoque eltrico. A forma de transmisso do fluido magntico para ocorpo por melo de uma agulha bem mais poderosa e direta do queo mtodo ocidental que utiliza passes magnticos. Com essa agulhamagntica, o mdico introduz seu fluido, seu magnetismo pessoal,que irradiado ininterruptamente pelas pontas dos dedos, em vossocorpo e, portanto, em vossa vida. Vosso processo vital j no vospertence, pois o mdico o bloqueia com seu prprio estado de ser.

    Alm disso, vossa dor corprea certamente ser ou poder ser degrande utilidade em todo o vosso processo de desenvolvimento deuma conscincia superior. Por isso, o fator pessoal tanto quantopossvel excludo em uma fidedigna escola espiritual. O fluido magntico de uma pessoa, introduzido diretamente no sistema nervosode outrem, pode e ser, sem dvida alguma, mais tarde, perigosfssimo emmuitos sentidos, tanto para o doador quanto para o receptor.Isto tambm foi percebido na prtica teraputica da China antiga,aps amargas experincias. Por isso, o mdico geralmente no

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    manipulava a agulha. Ele tinha mo uma figura do corpo humanoonde estavam indicados todos os gnglios nervosos. Ento, elearrumava uma jovem para auxili-lo em sua tarefa, como enfermeira.Ele indicava na figura todos os pontos onde se deveria introduzir aagulha, e a enfermeira executava o servio. Em realidade, ela transmitia a orientao mental do mdico para o paciente. Geralmente,isso resultava, como deveis compreender, num tipo de contatohipntico. Com toda essa expli\;ao, desejamos apenas dizer quenem a acupuntura, to propalada por inmeras pessoas, principalmente senhoras. nem o magnetismo so tratamentos em sintoniacom a Escola Espiritual. Colocamo-nos contra todos os mtodos quepossam prejudicar o processo de desenvolvimento de uma novaconscincia em nossos alunos.Essa pequena explicao acima talvez tenha sido muito til para vosesclarecer acerca da atualidade de nosso tema e de como ele se nosapresenta como ponto focal de nosso interesse.

    Suponhamos que, j h muito tempo, diligenciais transmutar totalmente vosso nimo no sentido libertador com vossa conscincianatural. Ento, promovestes com vosso organismo sensorial, e demodo especial com a pineal, o contato magntico entre a pineal e osanturio do corao. Suponhamos ainda que fostes bem-sucedidosnessa luta pessoal e ntima para elevar vossa disposio anfmica, eque a libertadora vida da alma comea a manifestar-se no corao.Ento se desenvolve no santurio do corao uma qualidade anmicatotalmente nova. Um nimo completamente novo comea a manifestar-se em vs. Quando esses fatos reveladores se apresentam, natural que seja atrada imediatamente, por meio de vosso magnetosensorial, a epfise, uma fora sintonizada com vosso novo estado deser. Portanto, dever ser percebido outro fogo. outro jogo de flamassobre o santurio da cabea. Uma fora nova se liga ao santurio docorao. A fora de radiao correspondente a esse novo estado deser possuir sempre essncia, qualidade. espiritual, isto , a fora realdo Esprito Santo Stuplo. Podeis imaginar isso? A conscincia-euinicia o combate no santurio do corao, como j tivemos oportu-

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    nidade de vos dizer. Vs perseverais a despeito de tudo! O santuriodo corao se modifica, assim como vosso nimo, e, ao mesmotempo, a parte cerebral da pineal se abre para o Espfrito Stuplo. NolivroAs Npcias* A/qumicasde Ctrristian Rosenkreuz. esclarecemoscomo o candidato vida superior sobe a escada em espiral at osanturio da cabea e l deve contemplar o rei e a rainha, acompanhados de 60 virgens. A pineal possui 60 aspectos. Esse ltus possuium clice com 60 ptalas. Quando eles recebem os cumprimentos,o cortejo desce para o santurio do corao. Esse relato sucinto dosquatro dias das Npcias A/qumicas, descreve exatamente aquilo quetentamos explicar.

    Se aceitastes a luta com vosso nimo e fostes bem-sucedidos, aesfera de ao da pineal se modifica num instante e o Esprito desce:sete raios do Esprito. To logo essa fora do Esprito Stuplo se unacom o candelabro purificado do corao, um novo estado de conscincia se desenvolver no santurio do corao. O corao seconverter, instantaneamente, de rgo emocional para rgo consciente. Por isso, dito no Sermo do Monte: "Bem-aventurados ospuros de corao, pois vero a Deus". Eles encontraro o Esprito,eles se tornaro conscientes do Esprito.

    Pode-se dizer assim: O Naus, Tat, provm da prpria essnciade Deus. E como ele ? Ele conhece perfeitamente a si prprio.

    A partir desse momento, no se pode diferenciar o Nous daessncia divina. Pelo contrrio, eles estaro unidos, assim como aluz com o sol. Sim, esse Nous transformou o homem em um deus.Por isso, alguns homens so deuses*; seu estado humano muito seassemelha ao divino. Assim diz Hermes nos primeiros versculos dodcimo-terceiro livro.

    Com base nessa realidade essencial, desenvolve-se e apia-se oservio de cura do Rozenhof, cujas curas, como sabeis, esto disposio de todos os alunos realmente professos, isto , os alunosque atacam verdadeiramente o prprio nimo no sentido descrito.Uma con'scincia verdadeiramente nova somente surge quando oEsprito penetra um homem. Trata-se de um estado indescritvel.Todo o estado de conscincia. inerente vida na natureza da morte,

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    fica reduzido a nada e deve ser comparado a uma tnue chama devela contra a luz ofuscante do sol.O Esprito penetrou o corpo vivo da Escola da Rosacruz urea. Ocorpo vivo, essa nave celeste clssica, um elo da corrente universal gnstica. Tudo o que a corrente universal e possui, permanecee permanecer disposio da jovem Gnosis.A corrente universal , como sabeis, um grande e poderoso grupode entidades humanas deificadas que, mediante a jovem Gnosis, tocaa terra e a humanidade que permanece ainda na natureza da morte.O grande mistrio de salvao toca a humanidade na natureza damorte por meio da jovem Gnosis. Por isso, os homens que seaproximam da Escola Espiritual se encontram literal e verdadeiramente muito prximos divindade.Um campo de radiao poderoso, uma poderosa plenitude deradiao do Naus da Gnosis* Universal toca-nos, irmos e irms, ese encontra a nossa disposio. Podeis comparar qualquer outrafora ou qualquer outra ajuda com essa? Assim que o grupo se tornacada vez mais ciente por meio da aceitao do processo, toda aenfermidade, que no implique o fim da viagem terrestre, pode sersempre curada di reta e completamente. A prtica do Rozenhof possuiinmeras provas que corroboram o que dissemos. Isso poder tornar-se ainda muito melhor, se o grupo trabalhar conosco de formacorreta e nica. No considerais trgico que se procure ajuda portodo o tipo de meios negativos, e geralmente vergonhosos, e senegue o verdadeiro auxfiio?No penseis que desejamos neutralizar nossos irmos mdicos,que se sentem muito bem em seus lugares na Escola. Pelo contrrio!Alm de seus deveres mdicos normais, eles podem e devem aceitarum lugar de importncia fundamental no trabalho grandioso e magnfico do futuro. Devemos aqui deixar claro que agora possvel obterverdadeira recuperao, por meio do Esprito, para a humanidadeabatida e malograda.Sabeis e podeis ler diariamente o que se tem experimentado apsa ltima Guerra Mundial no empenho de se trabalhar com o EspfritoSanto e como ocorre, nesse sentido, a influncia do lado da esfera48

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    refletora. Essa tempestade amainou um pouco agora e a humanidadeest perto do desespero. Agora, por exemplo, nos Estados Unidos,faz-se fila nas drogarias para se comprar narcticos e fazem isso paraescapardas tenses, domedoeda angstia eda influncia do camporadioativo fortemente carregado sobre esse pafs. Devemos esclarecer, nesse caos, nesse sombrio estado demisria, que possfvel umacura verdadeira para a humanidade abatida e malograda. Em todo ocaso, com uma condio, que se encerra na frase: "Vai, e no pequesmais".

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    Esprito Santificador

    No terceiro versculo do poderoso dcimo-terceiro livro de HermesTrismegisto dito:Por isso o bom Demnio denominou os deuses homens imortais eos homens, deuses mortais.Em nossas consideraes anteriores, explicamos pormenorizadamente que a conscincia central do homem se encontra no santuriodo corao e que esta conscincia est em contato ntimo com osanturio plvico, isto , com a subconscincia e com a conscincianascida da natureza, que o eu-consciente no santurio da cabea.

    Essas trs no se encontram, em geral, em estado esttico comounidade cooperativa. Pelo contrrio, existe, na maioria dos homens,agitao contnua e intensa da conscincia, que se faz valer principalmente no corao, sede da conscincia central. Conhecemostodo o jogo de agitao do corao, a inquietao, a separao, aansiedade, o medo e a preocupao que podem da ascender,prejudicando continuamente nossa ateno e colocando todo onosso sistema nervoso sob grande tenso. Se essa luta contnua fosserealmente um nimo esttico, inaltervel, a pessoa se encontraria emum estado de ser que a Bblia descreve como o endurecimento oucristalizao do corao. Esse estado geralmente significa impossibilidade de cura, perdio absoluta.

    Devemos compreender que o desenvolvimento das oscilaes da

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    conscincia, geralmente to violento e to doloroso, essa mudanacontnua em nosso_ nimo, sempre indica objetlvo ainda no alcanado. Enquanto esse objetivo no atingido, o nimo do homempermanece continamente nesse estado de grande agitao . Porisso, Hermes diz no terceiro versculo:O Naus o benfeitordas almas humanas: ele as trabalha e forma emvista do Bem.

    O homem possui uma vocao, mesmo no estado to cristalizado doatual corpo racial. Enquanto ela no se realiza, o homem vive emcontinua agitao. O homem de nosso gnero, de nosso tipo, umdeus mortal! Isso quer dizer que o homem chamado para a realezado Espfrito est preparado e formado para esse fim. Como essarealeza ainda no foi alcanada, no h equilbrio nonimo, no pontofocal do corao. A tranqilidade do povo de Deus apenas alcanaum filho de Deus, quando Deus mesmo, o prprio Esprito, podemanifestar-se nesse filho. Deus significa: Esprito perfeito e infinito.Se esse Esprito ainda no pode manifestar-se, fazer sua morada nohomem, este no pode ainda ser considerado verdadeiro homem.Ele continua sendo perseguido pelo caminho da vida, e assim tudopode acontecer a ele: errar e perder-se, cristalizar e petrificar-secompletamente com todos os fenmenos associados enfermidadee morte. Enfermidade e morte, esclarecemos expressamente, so asnicas conseqncias do objetivo da vida ainda no alcanado, edos incidentes que por conseguinte resultam no estado de vida.J explicamos anteriormente que o nimo e seus efeitos so acesose fomentados pelo fluido nervoso, o assim chamado ter nervoso, epor outros fluidos anmicos em sintonia com ele. O ter nervoso nadamais do que o fogo astral radiante no sistema corpreo, que recebido e absorvido por esse poderoso rgo que a pineal. Essefogo absorvido irradiado para toda a personalidade, tambm pormeio desse rgo, e sintonizado com sua qualidade. Esse rgo, aglndula pineal, e tudo o que relacionado com ela, a parte mais

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    importante do organismo humano. Ela j se encontra, desde onascimento da pessoa, numa condio correspondente a seu estadoracial, hereditrio e ao prprio passado microcsmico*.

    A pineal possui tambm um campo de radiao. Referimo-nos aesse campo como aura da pineal. Essa aura possui dimetro deaproximadamente50 centmetros. Nosso ter nervoso assume determinado estado por meio desse campo de radiao ede sua qualidade(qualidade determinada tambm pelo ncleo da aura). Tudo o queno est em harmonia com o tipo e a qualidade da aura da pinealsimplesmente, no penetra o sistema e no pode ser absorvido pelapineal. A qualidade momentnea do ter nervoso, chamado de "arqueus . por Paracelso, determina entre outras coisas vosso estadode sade, vosso eventual vigor ou abatimento, vossos possveisestados ou tendncias patolgicas e tambm o tipo e a qualidade devosso nimo e de toda a vossa agitao.

    Do ponto de vista da libertao humana, isso to magnifico e oNous, segundo Hermes, um tal benfeitor das almas, que todas asvossas dificuldades, quaisquer que sejam, continuam existindo, enquanto vosso arqueus permanece em determinado grau de qualidade. Enquanto no solucionais o grande enigma de vossa vida, asdificuldades continuam. Por isso, vosso nimo estimulado at quecompreendais todas as causasde vossos sofrimentos e os ataqueispela raiz.O centro da pineal deve ser (e para isso foi formado) o ponto decontato, o ponto de penetrao e a morada do Esprito. As NpciasA/qumicas de Christian Rosenkreuz tratam disso. Impelido e preparado com esse intuito por vosso nimo, deveis trazer a oferendadevosso ser em auto-rendio total e incondicional. Dessa via sacrificialorigina-se um novo nimo e, por conseguinte, o prprio Esprito, oprprio Deus, tocar-vos- e fluir no arqueus.

    Quando esse Esprito encontrar vossa essncia no primeiro toque,ento ele o Esprito Santo, isto , o Esprito Sanador, o prpriomdico divino. A partir do grito do novo estado anmico, o Espritonos toca e encontra a pineal, sua aura e o arqueus em determinado

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    estado de ser. Experimenta-se imediatamente tormento veemente,grande dor, tenso muito forte. O Esprito Santificador queima, comofogo ardente, atravs de nossas articulaes, em conflagrao purificadora. Quem porm recebe esse togo e sabe empregar seusefeitos, encontrar, aps o Esprito Santificador, o Consolador que o toque doEsprito em aspecto mais elevado. Antes que o Consoladorpossa penetrar-vos, o sistema deve ser primeiramente purificado. Poristo, o Esprito Santificador precede a grande graa do Consolador.

    Talvez, assim possamos perceber melhor que, por exemplo, calmantes ou outras terapias especiais para os nervos no podemsolucionar verdadeiramente nossas dificuldades corpreas. A aceitao de tais mtodos totalmente insana para o aluno gnstico. Emrealidade, possvel, por meio de expedientes como os narcticos,acalmar vosso sistema nervoso e influenciar vosso a r q ~ e u s contrasua natureza no sistema nervoso. Compreendei, porm, que se assimo fazeis, apenas transferis vossas dificuldades. Transferis a naturezade vossas tenses, por exemplo, para um dos outros aspet os daveste-de-luz, como o sangue, a secreo interna ou o fogo serpentino, ou, ainda, o que seria pior, para os sete espelhos no santurio dacabea. para os sete "pesos", ou para as sete cavidades cerebrais.

    Quando o sistema nervoso acalmado dessa forma, ento podeacontecer que o corao tambm o seja. E vs vos sentis aliviados.Ah, quem no invejaria semelhante alvio? Porm, amigos, trata-sede falsa tranqilidade. Uma calma muito falsa que, s vezes, demonstra que os sete espelhos, os sete candelabros so, por alguns instantes,"removidos de seu lugar", como atesta o livro do Apocalipse. Pois todasas foras que penetram o centro da pineal so projetadas em vossosistema mediante as sete cavidades cerebrais, mediante o espelhostuplo. Pode acontecer que esses sete espelhos suspendam seutrabalho, suas atividades, por curto perodo, que se tenham tornadoembaados e portanto no possam refletir. Nesse momento, experimentais falsa tranqilidade. Em todo o caso podeis experiment-la. Oscandelabros so momentaneamente removidos de seu lugar.Suponhamos que esse no seja o caso, e que o Esprito Santificador

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    no se retire do sistema, porm permanea ativo; ento esse EspritoSanto e Sanador efetuar seu trabalho de purificao de outra formaem vosso sistema. Vossas dificuldades continuam a existir ou, o quetambm muitas vezes o caso, so ainda mais aguadas. Quem,todavia, em alegria e pleno de compreenso aceita sobre a base donovo estado de alma, o prprio sofrimento to necessrio, o fogo dapurificao, livra-se do sofrimento no perodo mais curto possvel ede forma mais positiva.

    Alm disso, um mdico que esteja no processo pode dar conselhos muito bons, por exemplo, com relao alimentao e a outrasnecessidades fisiolgicas. Alegra-nos muito a existncia de mdicosque auxiliam no restabelecimento de rgos incapacitados, e assimpodem ser de grande valia. Somos agradecidos, como no poderamos deixar de s-lo, aos mdicos nacionais e estrangeiros que sedirigem a nossa Escola, pois o processo seguido por ns tambm osatraiu.

    Porm agora temos o deverde indicar-vos o meio pelo qual podeis.como alunos da Escola, franquear o u x ~ i o do Esprito Santo. Desseauxnio, todos os homens necessitam; sem ele nada somos e nadapodemos, e o sofrimento continua existindo. No seria extremamentelamentvel se o Esprito Santificador aluasse em vs e, dessa maneira, se tornasse evidente que a espada do Esprito se vos fosseintroduzida (o que, graas a Deus, o caso entre muitos ou ser muitoem breve) e que vs, impulsionados pela ansiedade, medo e preocupao, resistsseis ao processo?

    A tranqilidade em vosso arqueus e, com isso, um estado harmonioso do nimo, somente podero tomar forma em um homem,quando o Esprito Santo o tiver santificado ou estiver em viade realizaresse trabalho pleno de graa. Experimentai vosso nimo como ogrande benfeitor da alma humana, mesmo que isso vos seja aindamuito difcil. Pois o bom Demnio, isto , a total natureza criadoraoriginal, assim como esta se manifesta na verdadeira alma humana,est orientado para imortalizar e transfigurar os homens, isto , paratorn-los homens divinos.

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    A Cura pelo Esprito Santo Stuplo

    Como introduo para continuar nossa exposio do dcimo-terceirolivro doCorpus Hermeticum, sigamos os versculos de quatro a oito:Nos seres irracionais, o Naus coopera com a propenso natural decada um; todavia, ope-se a essa tendncia nas a/mas dos homens.Pois toda a alma atormentada pela dor e pelo prazer assim queentra em um corpo. A dor e o prazer propalam-se pelo corpo densocomo incndio onde a alma submerge e sucumbe.Quando o Naus pode conduzir tais almas, ele verte-lhes sua luz eope-se a suas tendncias. O Naus aflige a alma apartando-a doprazer, que a origem de todo o seu estado doentio, da mesmaforma que um bom mdico cauteriza ou extirpa a parte doente docorpo.Contudo, a grande enfermidade da alma sua negao a Deus e opensamento errneo, de onde se originam todos os males e absolutamente nada de bom. Por isso o Nous, ao lutar contra essadoena, confere alma novamente o Bem do mesmo modo que omdico restitui a sade ao corpo. As a/mas humanas que no soconduzidas pelo Naus, encontram-se em estado idntico ao dasalmas dos animais irracionais.O terceiro versfculo (devemos acrescentar mais uma vez) diz enfati-

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    camente: Nos seres irracionais, o Nous a natureza. A criaturairracional possui um nimo que perfeitamente explicvel pela natureza. Por isso, essa criatura animal no pode fazer outra coisa senqser totalmente una e estar completamente em harmonia com estanatureza. Ela est inteiramente contente com isso, pois sua determinao de vida. A natureza encontra-se em completo equilbrio comseu tipo. Quantos homens so assim! Homens inteiramente absorvidos pela natureza, que se sintonizam totalmente com ela, e ainda segabam disso, escolhendo tal atitude de vida como um tipo de religio.Pensai nos vrios tipos de adoradores da natureza. chamados tofreqentemente na Escola de naturalistas. Pensai tambm nos incontveis tipos grosseiros das massas, que se fartam de comer. queesto orientados somente para a matria e para a satisfao dossentidos.

    A natureza, segundo esclarece a Doutrina Universal, desfaz-secontinuamente. Ela no nenhuma realidade, pois assim que procuramos agarr-la, segue-se o jogo dos opostos. A natureza, assimcomo a conhecemos, , portanto, irreal, dialtica. Tudo o que estligado natureza e depende dela tambm inteiramente irreal.

    A natureza , pelo menos deveria ser, um espelho puro da imaginao; ela nos oferece as representaes vrias de bondade. belezae amor. No entanto, a imagem se dilui e se transforma em seu oposto,de acordo com a lei da natureza. Vossa ateno foi dirigida para essefato incontveis vezes na Escola. No para desviar de sua orientaoo homem que totalmente uno com a natureza, pois isso seriatentativa intil, porquanto "nos seres irracionais o Nous encontra-setotalmente em sintonia com a natureza". Contudo, na natureza real,original e portanto fundamental do homem, pelo menos em muitoshomens, encontra-se um elemento poderoso que se desvia totalmente da natureza. Para despertar esse elemento e fortalec-lo, a FilosofiaUniversal fala repetidamente da inconstncia do universo, da dialtica, e prova a falta de inteligncia em se agarrar a ela. Quando oshomens tambm perseguem a iluso e descobrem que no podemagarrar-se a ela, ento a Escola lhes fala sobre a dialtica.

    Ora, totalmente impossvel negar a natureza, negar sua iluso,

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    pois o homem corpreo, nossa personalidade nascida da natureza, parte da natureza dos opostos. Nossa personalidade nasce dela,nutre-se por ela e dela, e em seu devido tempo por ela sacrificada.Todavia, o homem, pelo menos parte da humanidade, possui umaalma que no pode ser explicada pela natureza. O microcosmodessas entidades possui um ncleo. Referimo-nos ao corao centraldo microcosmo. Esse ncleo, esse boto-de-rosa est, de algumaforma, ligado ao corao nascido da natureza e nele se expressa.Quando esse corao central do microcosmo fala para ns e em ns,o nimo se defende contra a inconstncia de tudo. um estado docorao que eventualmente se volta em desespero contra a irrealidade e que tambm impulsiona o homem a todo o tipo de coisas eatividades estranhas.Muitos homens tm-se admirado, ao longo dos anos, de que ohomem possa possuir, por um lado, uma alma livre da natureza, aalma que denominamos boto-de-rosa ou tomo primordial, e poroutro, que esse mesmo homem se manifeste to fortemente ligado natureza. A causa nos esclarecida por Hermes.Toda a alma que penetra um corpo e que, portanto, encontra-seencerrada na personalidade nascida da natureza, momentanea-mente atormentada pela dor e pelo prazer, pois estes se propagamcomo incndio no corpo denso, nele a alma submerge e sucumbe.Alguns mistrios esto ligados a tudo isso. A forma corprea dohomem deve, a princpio, ser o instrumento perfeito da alma intrinsicamente vivente. No entanto, a forma corprea cristalizada, assimcomo a conhecemos, no adequada para isso, pois, do ponto devista da alma, recebemos esta forma natural de nosso pai e de nossame. Por isso, essa forma corprea possui fortes qualidades aniquiladoras da alma. De qualquer maneira, a alma por ela aprisionadapor esse motivo.

    As qualidades aniquiladoras da alma so encontradas, entreoutros lugares, nas correntes de vida que se ligam forma corprea,o ter nervoso, o arqueus, ou - como o denomina Jacob Bhme -59

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    salniter1 corrompido. Nessa essncia vital, nessa corrente de vida,a alma tragada.- A influncia desse arqueus no pode ser neutralizada com medica_mentos. Ah, se assim fosse! No se pode tornar oshumores vitais inoperantes ou afast-los de outra forma. No, oarqueus ou o salniter corrompido deve ser neutralizado do imo. Nessesentido, deveis iniciar uma luta de vida.

    Para realizar esse processo, naturalmente necessrio, em primeiro lugar, possuir uma alma, alma que se oponha a suas tribulaes,a suas experincias. No em oposio negativa contra o mundo, ahumanidade e a sociedade ou a seus companheiros. Deveis resistircontra a maldade em vosso prprio sistema. isto , a dor e o prazerque so da mesma essncia que o salniter em vs.

    Conheceis as dores. Todo o homem as experimenta em seusaspectos mltiplos. Deveis considerar que a palavra "prazer" no erautilizada no sentido to desfavorvel como hoje em dia. Podemosdescrever melhor o significado que o hermetismo d a ela como umestado em que a atividade de todos os rgos sensitivos est dirigida natureza e a todas as suas correspondentes conseqncias.

    Quando a alma resiste a tudo isso, por estar plena de experincias,ento se torna patente que o tomo primordial, o corao central domicrocosmo, exerce forte influncia na conscinva central que seencontra no santurio do corao. Isso acontece sobretudo quandose deve passar por uma ou outra experincia dolorosa. Ento, onimo reage violentamente a essa situao. E mediante tal inflamaoanmica nasce, segundo Hermes, um brilho, uma luz, uma radiao.Claro que essa radiao da alma totalmente contranatural; e, semdvida, no explicvel pelo estado natural comum. Com efeito, elaprovm do corao central do microcosmo. Assim, segundo Hermes,esse brilho, essa radiao, essa influncia, defronta-se com a maldade em ns. Dizemos: a alma adentra, assim (pelo menos pode

    1 Nome dado por Jacob Bbhme matria deste mundo, cheia de mculas epecados.

    hll

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    adentrar), um novo estado de ser, estado de ser que pode condu:lirpara total transformao, para total renascimento da alma. Essebrilho da alma ataca diretamente. sem rodeios, o salniter corrompido,o ter nervoso. Ele atua como um cirurgio poderoso que cauterizaou extirpa tudo o que se encontra doente no corpo. Por qu? Devido sade da alma e, ao mesmo tempo, do corpo. No devido sadedialtica, porm, devido verdadeira sade no sentido da GnosisUniversal, sade que um prosseguir na senda da consecuo doobjetivo da vida.Por que tendes forma corprea? Para vos atolardes aqui durantealguns anos em todas as misrias possveis e exercerdes uma ououtra vocao burguesa, a fim de manterdes a cabea fora da guae ento morrer? Para vos afogar no ter nervoso todos esses anos?Na maldade? Sempre discutindo e lutando? esse o objetivo devossa vida?Por que tendes forma corprea? A forma corprea, diz Hermes, um instrumento, um atributo da alma para se poder apresentar a seuservio, como se