15.-. Uio de Janeiro, 2S de Setembro de n188!

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Abho 1/' .15.-.

Uio de Janeiro, 2S de Setembro de 188!"n*¦.-¦'. ~v-' -

iMÍenaturas são pagasA adiantadas

ASSIGNATURA.SPor mé-z $300Trimestre $800

Periódico jCitterax-io o Recreativo y

ESCKJTTOTi.IO E T^E^eáCÇÃO—^ua de S. José-47

A. LIM A & B. P R AG A4*^^ ~„^jf-Ã^5Çi

EXP íá t>I E ISí T B

Os illustrissircos senhores que re-

eeberMin o primeiro numero do nossoneriodic) è que tiveram a extremaiíicaiela de nao ò devolver-nos,fioaram considerados seus assig-nantes

Toda a correspondência para a « Au-

ra» deve ser dirigida m escriptorioVredaccão, á rua de S. José n. 47.

Rio 24 de Setembro de 1881.

0 Lyceu de Artes e Oificios é uma das

| mais úteis instituições que o gênio empre-liendedor do homem tem realisado n este

paiz. it

.vDeve a sua fundação ao sr. Commenda-

dor Francisco Joaquim Bittencourt daSilva, distinctissimo brazileiro, cujo nomehade passar a mais remota posteridade, cer-cado das benções de todas as gerações.

Constituído sobre as estreitas bases da

iniciativa individual, foi a pouco e poucoalargando as suas modestas proporções até

chegar ao grau de prosperidade em que p|jacha.

Hoje mais de 2,000 pessoas de ambos osexos se acolhem á sombra d'esse templo à*educação e de trabalho, aberto a todas asclases e vocação pelo poder de um sò ho-mem !

Exemplo digno de ser imitado por quan-tos comprihendam a missão civilisadora doséculo, nao podemos deixar de consagrarum voto de louvor ao benemérito fundadordoLvceu de Artes e Officios,n<5s que somosfilhos do povo e alumnos do estabeleci meu-

to que mais largamente satisfaz as neces-

sidades do povo.Honra ao sr. Commendaclor Bittencourt da

Silva.

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O H O M EOU

AS VIRTUDES DO SSXO FEMININOPOR

- k Duarte uos Santos.•— "

iA.mulher foi formada por Deus pare ser

% companheira do homem, é ornais Dn- |lhante adorno da scciedade.Adon.jJt7 con"

as custosas e mais preciosas galas de uma

boa educação; adornada de talentos, devir .-.-

tudes, de*polidez e maneiras delicadas e

attfenciosas para com todos os seus seme

lhantes; torna-se a mulher na sociedade

inteira, ornais encantador de todos os ob-

jectos que Deus creou; torna-se o -alvo de

todas as attenções, homenagens dos ho-

mensde altos merecimentos è o idolo que-

rido. diante do qual fumega o thuribulo

do perfumado inçenço dos rendidos acata-

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mlilJSIâlii®E r:

\t Publicou-se o primeiro numero doEspectador que segundo aífirma no seu

programam, não deixará léyar-se p^lo*camarins d.*s atrizes para dar completacritica dos theatros.

—Não está má, ao menos o publiconão será es poetado.

xRecebemos o i# numero da Mascotte,

agrdecernos, e dezej amo-lhes longa

(

«a existência.

x» I. L. de Artes e Officios.—• O fim da

ssão do dia 18 do corrente foi pres-tação de contas e a demissão dos srs. :Antônio dos Santos Carvalho e Manoel Soa"res Botelho, aquelle do cargo de vice -pre-sidente este de procurador, ficando a com-missão Permanente composta dos srs, se-guintes :

PRESIDENTE

Manoel Simas da Silveira Júnior.VICE PRESIDENTE

Francisco Hostilio Servantes

\

le SECRETARIOiit'¦:'"

V''<'

João Caetano d' Oliveira Fraga2° SECRETARIO

Oscar MassonTHEZOUREIRO

Antoni© Francisco dos Santos Júnior

PROCURADOR

Manoel Joaquim MartinsORADOR

José Duarte dos Santos

Rio, 21 de Bétêirvbrs de 1881•^¦^t^»—.

POESIASEu pecadpra me confesso agoraQue a negra hora do remorso veio,A Deus confesso-me,a ti Virgom meigaE opadre Veiga, sem nenbm receio.

Í5

mentes; e das attenções que a porfia aoshomens se digna em render-lhes.

Com que anciedade, com que ardor, ca-da um desses homens de merecimento nãoaspira a digna possessão de um tal objecto,de um tão precioso thezouro! Amulher,adornada de tantos merecimentos e de tãoraras virtudas, faz a felicidade de seus paise de sua família; e depois, quando dignaespoza conpleta a felicidade do homem, quelhe deu sen coração, su*> mão e seu nome

?ou moça e linda, tenho gênio brando;De vezemquando só mearrufo ech3ro;Quando me zangam rogo muita praga,Mas fico gagá ea tremer descoro.

Representamos ella o papel brilhante nasociedade, e collocada em uma altapoziçãojá pelo explendor dos seus talentos, já pelovalor do homem aqum pertença; quantosentes felizes pode ella fazer ! Quantas tor-rentes (Je lagrimas, enxugar, com a mã0benéfica e protectora, e dar felicidade ealegria a immensos homens desvalidoscom indifferença pelo egoismo e dureza deoutros homens, que só conhecem seusin-teresses pessoaes, e nada mais. {Continua^ *=.

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V*-/ —.'

k

%9t0u cozeudo, e se i*e cahe agulha

[alogo bulha, sapateio logo;

<argo 8»0cho os ca

costura, lá se vão novellos,

bellos, fico toda em fogo

M,máfneralha,indaépmoraemendatomos contenda, já fiquei levada;

Vou para o quarto, sobre a cama caio,

Finjo uai desmaio, nfto lhe conto nada.

trazem vinagre, agaa e pannos,iSàotudo enganos, o que tenho e manha

Mama me esfrega na cabeça e pulços,

Solto solusost-ail mama me arranha

(Continua)

m

<-

MOTTE

Plantei era meu coraçãoAquella flor que me destes.

GLOSA

Me destes oh! linda virgem

Uma flor inda em botão,

Por ser tão linda e formosa

Plantei em meu coração,üuardei em meu pobre peitoAs juras que me fisestes,E, conservarei eternamenteAquella flor que me destes.

RODOLPHO. C, DORU.

ACR0ST1C0

gdeceba e guarda em teu coração

O que no meu não posso guardar,

c£e conservares o que dig>

í^mor, constância has-de ochar.

Hhe contarei o segredo

H-inda que esteja a findar,

as&o sabes! tu das-me um....

>h!... já não te posso eontar.

L. J. Vasconcellos .

CHARADAS

1—2 Pincipianaltali e a caba nosjarding

3—2 Prende uma província de portugal

cm qualquer porto.

1—2 Alt© !...vocês são aleijados dos pes.

1—1 Trinta dias a andar sem nunca se

mudar

1—1—2 Sendo a primeira de musica vejo

com attenção que sou homem.

E. M. Rebeiro.

1—2 Assim fiz na escola porque não éra

cega, esta mulher.

A. LIMA.

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I

A MULHER DO JOGADOR -—Aonde estile, e quo importa?í i—Pois não; sabes que te amo com

A escassa luz Je uma lâmpada queIvehemencia, deixando-me entregue áhruxoleava, se deixava ver uma infelizainda nova; a ver pelo rosto que mos-trava devia ter grande padecimentoaquella senhora.

Recostava-se ella a um sofá; a sualigura 0'itr'ora brilhante, transformou-se em um rosto cadaverico. Brilhava osraios da manhã e ella sem poder deitar-se. O que esperava a infeliz ?

Que voltasse seu caro esposo quecom affavel honradez o amava, maselle sem reconhecer esta palavra docoração sincero, se sua esposa deixava-se arrastar para o lugar do seu ignóbilRecreio: O jogo, . ;.-.•. ;::

Ia deixar na pobreza a sua espoza!na noite seguinte Sophia mostrava-

se inquieta com o proceder de seumarido.

Eram 2 horas da mnhfi quando ellentrou para caza, respirando uma ba-orada defumo, a embriaguez-

Sophia, porque não tedeitaste?? per.,.goutou o seu esposo. Não deitei-me,esperava-te como quem quer alcança,,a salvação de Deus; esperava-te paradar-te um conselho de esposa; esperava-te em fim para destruir da tua cabeçaeste mâo vicio que tens do amanhecer

meditação neste sofá, até a tua

chegada, Vietor.Eós tu que ainda me falles em amor?

Sou um louco, ura insensato; indignode ter uma mulher como tu, Sophial

O que te aconteceu? Estamos ami-

nados, de certo amanha passaremos ío-

me; a ultima moeda, perdia no jogoL—Ainda no^ resta uma cousa, para a

salvação da tua e da minha vida vendea nossa mobília. —O que, mobília!!...em breve virão buscal-a,porque jogueiaem breve levarão minha vida h...

(Continua)gHBBHBanHgttH

14a2E-BA©E

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4-*

O Rei Luiz 1 da Baviera foi tão apaixo-nado do bello sexo, que teve o singular ca-pricho de formar uma galeria de retratosde formosas mulheres na capella do pala-cio.

—A propósito da ardente paixão daquollemonarcha pelas mulheres, corre na Bavieraumaanecdota em relação ao que se passavapor occasião da morte delle. O rei chegouás portas do céo e bateu.

—Quem vem lá? perguntou S. Pedro—Sou eu Luiz Ida Baviera.—Espere um pouco, respondeu o bema_

venturdo apóstolo.—E sem abrir aporta,voltou-se para den.

entre os teüspaiiiigos, desses qne ria* tro gritando:olhào para o futurol [ — Encerraeas onze mil virgens, çúe vem

a hi o rei Luiz da Baviera. ..,,•Diz-me; onde estivestes até esta bora? (Extra.)

Typ. —Rua de S. José ri. 47.