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    C@DERNO DISCENTEA demncia de Alzheimer e suas teraputicas no

    farmacolgicas: um estudo sobre as estratgias eintervenes em reabilitao neuropsicolgica

    SILVA, Claudemir Bispo da1;

    SOUZA, Edna. Maria. de

    !SU"O

    ! presente trabal"o ob#etiva estudar as terap$uticas no %armacolgicas atualmenteutili&adas no tratamento da dem$ncia de 'l&"eimer ()'*. Como metodologia, adotou+se apesuisa bibliogr-%ica, atravs da an-lise crtica em obras espec%icas sobre o tema noperodo de agosto de /10 a maro de /1. 2ermeia+se a an-lise acerca dos principaiscomprometimentos causados pela )', bem como discute+se algumas estratgias eintervenes em 3eabilitao 4europsicolgica (34* disponveis para tratamento, tendo emvista ue a dem$ncia de 'l&"eimer tem como principal caracterstica o comprometimento damemria em sua %ase inicial na maioria dos casos. 'presentam+se algumas contribuiesue a 5erapia Cognitivo+Comportamental e a 4europsicologia podem o%erecer ao tratamentoda )' e investiga+se como a 34 pode a#udar o paciente e sua %amlia a lidar com os d%icitscausados pela leso cerebral advindas dessa doena. ' busca em sites especiali&adoscomo o B67+2si, 2e278C, 7ciE9! e :oogle 'cad$mico oportuni&ou a captao de artigosespeciali&ados sobre o tema. 2ara tanto se utili&ou descritores de busca tais como'l&"eimer, dem$ncia, 4europsicologia, 5erapia Cognitivo+Comportamental e 3eabilitao4europsicolgica.

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    %& I'(O)U*+O

    ' populao mundial vem envel"ecendo cada ve& mais ao longo dos anos,

    acarretando um maior ndice de doenas crAnico+degenerativas causadoras de

    dem$ncias como a de 'l&"eimer ()'*, ue at o momento no tem cura.

    )escrita pela primeira ve& em 1/ pelo mdico alemo 'lois 'l&"eimer em um congresso

    cient%ico onde apresentou o caso de sua paciente 'uguste )eter, de%inindo ento a )'

    como Duma doena caracteri&ada por not-vel compleidade clnica, com o entrelaamento

    de sintomas psiui-tricos, comportamentais, neurolgicos, de clnica geral e especi%icidade

    biolgica, com alteraes anatAmicas e "istopatolgicas peculiaresF (:8>758; 7>3)!,

    /1/, p. 1*.

    'tualmente a dem$ncia de 'l&"eimer vem recebendo grande ateno das

    autoridades pGblicas no campo da saGde, uma ve& ue o considerado nGmero de pessoas

    portadoras de uadros demenciais tem se tornado cada ve& maior, apontando para uma

    verdadeira epidemia mundial.

    ! Brasil aparece como o oitavo pas ue mais contribui com o crescimento

    populacional no mundo segundo a !rgani&ao das 4aes >nidas (7'HE:, //*, e de

    acordo com o Gltimo censo promovido em /1/ pelo 8nstituto Brasileiro de :eogra%ia e

    Estatstica (8B:E* %oi contabili&ado cerca de 1,I mil"es de brasileiros com idade igual ou

    superior a / anos de idade, representando algo em torno de J,K da populao total,

    nGmero esse bastante consider-vel em relao ao censo de 11 ue apontou um total de

    L,0K de idosos vivendo no pas nauela poca. ' !rgani&ao Mundial da 7aGde (!M7*

    destaca ue no mundo inteiro at /I, Deistiro 1, bil"es de pessoas com mais de /

    anos, sendo ue, os indivduos muito idosos (com J/ anos ou mais* compem o grupo de

    maior crescimentoF (7'HE:, //, p. I*. Estimativas recentes apontam ue eiste um

    crescimento da ordem de uase 0I mil"es de idosos em todo o mundo acometidos pela

    dem$ncia do tipo 'l&"eimer.

    2ode+se entender porue atualmente o mundo, e isso inclui a populao brasileira,

    encontra+se diante de uma verdadeira epidemia de dem$ncia ue est- emergindo e, nesse

    conteto a )' apresenta+se como sendo a %orma mais comum de todas, permanecendo

    incur-vel at o momento e com ndices de preval$ncia e incid$ncia cada ve& mais

    signi%icativos de acordo com o avano da idade populacional.

    ' )' deve ser tratada com terap$utica medicamentosa com a inteno de retardarseu avano e mel"orar as condies de vida do paciente demenciado. 2orm outras

    terap$uticas, de ordem no %armacolgica, vem gan"ando espao e ateno no campo das

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    pesuisas nessa -rea de con"ecimento, com a %inalidade de promover ualidade de vida e

    aliviar o so%rimento de pacientes, %amiliares e cuidadores.

    ! presente trabal"o tem como ob#etivo estudar algumas das principais terap$uticas

    no %armacolgicas atualmente utili&adas no tratamento da dem$ncia de 'l&"eimer,

    adotando+se como metodologia para atingir tal %inalidade, a pesuisa bibliogr-%ica atravs da

    an-lise crtica em obras espec%icas sobre o tema, de acordo com a ideia apresentada por:il (/1/* ao a%irmar ue este tipo de pesuisa D elaborada com base em material #-

    publicado ...N eN inclui material impresso, como livros, revistas, #ornais, teses, dissertaes e

    anais de eventos cient%icosF (p. *, caracteri&ando+se ento como Dum estudo

    particulari&ado ue se %a& sobre um determinado assunto ou tema ...NF, con%orme en%ati&a

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    dem$ncia de 'l&"eimer e dos c"amados 7intomas 2sicolgicos e Comportamentais da

    )em$ncia (72C)s*, uma ve& ue as terap$uticas estudadas nesse trabal"o no substituem

    o uso de medicao, pois esta imprescindvel para o tratamento #unto ao idoso acometido

    pela )'.

    , & -O"#!!')!')O A )!".'-IA )! ALZ/!I"!

    Para que continue humana meu sacrifcio ser o de esquecer? Agora sabereireconhecer na face comum de algumas pessoas que que elas esqueceram.

    E nem sabem mais que esqueceram o que esqueceram. 3

    )erivado do latim demens (de Q %ora; mensQ mente*, o termo Ddem$nciaF, signi%icava

    literalmente, em sua acepo original, Destar %ora da prpria menteF, sendo assim, uma

    denominao genrica para alienao, loucura, doena mental (C'8RE5', //, p. *.

    'tualmente essa nomenclatura tem sido mais utili&ada Dpara descrever v-rias alteraes

    cerebrais ue resultam em uma severa e progressiva perda de memria.F (C'H5!4;

    S'34E3; :3'='4, ///, p. 1*. T- o termo D'l&"eimerF uando associado ao de

    dem$ncia, utili&ado para caracteri&ar Duma a%eco neurodegenerativa progressiva e

    irreversvel de aparecimento insidioso, ue acarreta perda de memria e diversos distGrbios

    cognitivosF (7!>U', /11, p. 10*.

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    estado prvio, pre#u&o de #ulgamento, atos repetidos de etravagPncia, tudo isso numa

    sucesso r-pida ou numa alternPncia ininterrupta de ideias insuladasF (C'8RE5', //, p. +

    I*. W possvel, diante desse cen-rio, perceber ue na idade mdia "avia uma preocupao

    em classi%icar a dem$ncia num vis psiui-trico.

    7egundo 4itrini (/1* Dde%inies so como camisas+de+%ora ue pretendem conter

    o conceito, mas ue geralmente o aprisionam de modo incompleto e imprecisoF (p. 0*.2ara ele, essa terminologia D bastante adeuada para as %ases %inais, mas certamente no

    re%lete o ue ocorre e muito %orte para as %ases iniciais da maioria das doenas ue

    causam dem$nciaF (p. *. W ainda esse mesmo autor uem di& ue Ddem$ncia deve ser

    compreendida como uma sndrome e no como uma doena, pois pode ocorrer em muitas

    doenas ou condies patolgicasF (p. 0*, e arremata concluindo ue,

    >ma de%inio um pouco mais adeuada de dem$ncia a de sndrome

    caracteri&ada pelo declnio da capacidade intelectual, su%icientemente gravepara inter%erir nas atividades sociais ou pro%issionais, ue independe dedistGrbio do estado de consci$ncia (ou da viglia* e causada porcomprometimento do sistema nervoso central (p. 0*.

    Em novembro de 1/, o neuropatologista alemo 'lois 'l&"eimer, membro do grupo

    comandado por Emil Vraepelin, apresentou pela primeira ve&, durante o 0LX Encontro da

    7ociedade 'lem de 'lienistas do 7udoeste, em um congresso psiui-trico ue ocorria na

    'leman"a, o caso de uma mul"er com I1 anos de idade, por nome 'uguste )eter, ue"avia sido acompan"ada em

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    ')3'*. Entretanto, ainda Dso muitas as di%iculdades ue cercam o diagnstico das

    sndromes demenciaisF (C'8RE5', //, p. L*, sendo necess-rio utili&ar v-rias

    modalidades de avaliao diagnstica como as de linguagem, as laboratoriais, as

    neuropsicolgicas e as de neuroimagem. 'o se re%erir sobre o diagnstico da )', 7a@eg

    a%irma ue,

    8n%eli&mente, pelo %ato da dem$ncia de 'l&"eimer ter seu diagnstico %eitopor ecluso de outras condies clnicas ue causam pre#u&os cognitivos,aps a%astarem+se todas as outras causas de dem$ncia, a necropsia ,alm da bipsia cerebral, o Gnico mtodo capa& de condu&ir a umacon%irmao diagnstica de%initiva (//, p.JJ*.

    ' ressonPncia magntica parece apontar para um %uturo promissor do diagnstico da

    )', mtodo ue ainda se encontra em %ase de pesuisa. 2or ser praticamente impossvel

    estabelecer um diagnstico de%initivo, torna+se bastante di%cil para os pesuisadores

    encontrarem um tratamento espec%ico para a doena. Entretanto, "- um consenso entre os

    pro%issionais ue lidam constantemente com pacientes demenciados ue, uanto mais cedo

    se identi%icar a patologia, mais e%ica&es e adeuadas sero as terap$uticas a serem

    adotadas. 4esse sentido, 7a@eg (//* lembra ue Datualmente, a base da estratgia

    terap$utica est- alicerada em tr$s pilares %undamentais retardar a evoluo, tratar os

    sintomas e controlar as alteraes de comportamentoF (p. 1LI*.

    'ps uma leitura na obra de )oidge (/10* possvel concluir ue eistem algumasesperanas no campo da neuroplasticidade, principalmente no ue se re%ere ao tratamento

    das dem$ncias, possibilitando mel"orias signi%icativas no %uncionamento cognitivo de idosos.

    >ma pesuisa bastante sugestiva, condu&ida por brasileiros e americanos, sugere

    ue a )' aparenta ser um tipo de diabetes ue a%eta o crebro. Caso isso se#a comprovado,

    o uso de drogas como a insulina poder- ser a c"ave de conteno das perdas de memria

    ue acometem os portadores de 'l&"eimer (

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    Estimativas recentes apontam ue Dcerca de 0I mil"es de pacientes em todo o

    mundo so%rem com essa doenaF, segundo citam Brandt e =anser (/1/, p. 0*. 4o Gltimo

    recenseamento reali&ado em /1/ pelo 8nstituto Brasileiro e :eogra%ia e Estatstica (8B:E*,

    %oi contabili&ado 1,I mil"es de brasileiros com idade igual ou superior a / anos, ou se#a,

    o euivalente a J,K da populao total, o ue euivale a di&er ue a populao brasileira

    vem envel"ecendo rapidamente (7'HE:, //, p. I*.

    Etiologicamente, segundo 4itrini, 2aula e normalmente

    Drespons-vel pela %ormao e manuteno de processos aionais e dos contatos

    interneuronais, encontra+se modi%icada ...N pela adio anormal de %os%roF (7!>U', /11,

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    p. 0I*. Esse processo con"ecido como %os%ori&ao e, Docasiona o aparecimento dos

    %ilamentos "elicoidais, %undamento de base das neuro%ibrilasF (7!>U', /11, p. 0I*. 4essa

    mesma direo, 4eumann (/1/, p. I0*, en%ati&a ue Da protena 5'>, encontrada dentro

    dos emaran"ados neuro%ibrilares, uimicamente modi%icada e em crebros com 'l&"eimer

    ela %os%orilada.F

    4os casos em ue "- uma "iper%os%orilao da protena 5'>, tem+se emDconseu$ncia desse processo ...N a leso e ruptura do citoesueleto celular ue

    compromete a sua %uno e termina por determinar a morte do neurAnioF (7'HE:, //, p.

    II*. !s neurAnios, uma ve& mortos, %ormam %ragmentos ue se agrupam em novelos,

    con"ecidos como emaran"ados neuro%ibrilares, ue caracteri&am a dem$ncia de 'l&"eimer

    e so respons-veis pelos comprometimentos da memria, to comuns nessa patologia.

    ' de%inio de memria segundo 8&uierdo (/11, p.11* d- conta de ue esta Dsigni%ica

    auisio, %ormao, conservao e evocao de in%ormaesF, e est- intimamente ligada

    Os eperi$ncias aprendidas e vivenciadas pelo su#eito ao longo de sua eist$ncia.

    )algalarrondo (//J* destaca ue Dalguns dos principais pesuisadores atuais em

    neuroci$ncias e comportamento atribuem papel central da memria na prpria de%inio e

    constituio do ser "umanoF (p.10L*.

    ' memria pode ser classi%icada de acordo com seu conteGdo, com sua %uno e

    tambm com seu tempo de durao e Dem relao ao processo temporal de auisio e

    evocao de elementos mn$micos, a neuropsicologia moderna divide a memria em tr$s

    %ases ou tiposF de acordo com 8&uierdo ()'9:'9'33!4)!, //J, p. 10* 1 + Memria

    imediata ou de curtssimo pra&o (de poucos segundos at 1 a 0 minutos*; + Memria

    recente ou de curto pra&o (de poucos minutos at 0 a "oras* e; 0 + Memria remota ou de

    longo pra&o (de meses at muitos anos*.

    !utra classi%icao de memria de grande interesse para a neuropsicologia

    decorrente da estrutura cerebral ue est- envolvida no processo e, de acordo com

    8&uierdo, Budson e 2rice so 1+ Memria de trabal"o; Z Memria episdica; 0 Z Memria

    semPntica; Z Memria de procedimentos ()'9:'9'33!4)!, //J, p. 11*.

    4a dem$ncia de 'l&"eimer, todas essas estruturas de memria se encontraro

    comprometidas em algum momento da evoluo do uadro. 'utores como Brandt e =anser

    (/1/* e 9ent (//J* di&em ue o "ipocampo e uma &ona ad#acente, c"amada de Dcrte

    entorrinalF, duas regies cerebrais situadas no etremo in%erior de ambos os lbulo

    temporais, so as ue so%rem maior dano ainda nas primeiras etapas da )'. Essas duas

    regies so imprescindveis para o processamento das in%ormaes, por isso ue a

    concentrao e a capacidade de %iao tornam+se praticamente impossveis uando o

    "ipocampo e o crte entorrinal esto ausentes.

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    2odemos assim entender porue muitas ve&es os pacientes acometidos pela )' vo

    %icando cada ve& mais incapa&es de reali&ar tare%as rotineiras como vestir+se, ban"ar+se,

    manter um di-logo com um amigo, entre outros aspectos observ-veis. W nessa direo ue

    Tuan Betta ()'9:'9'33!4)!, //J, p. 0L* aponta para o %ato de ue,

    [uando a memria se etingue, a vida psicolgica se torna prec-ria,borram+se as lembranas e se desvanecem os acontecimentos ueacrescentam transcend$ncia O eist$ncia do indivduo. 'o debilitar+se aintegridade da personalidade, esta perde seu euilbrio e comea adesintegra+se.

    W bastante perceptvel nos portadores da )' ue, Dtanto no registro como na

    estocagem e na evocao observamos maior di%iculdade na lembrana de coisas recentes e

    maior %acilidade para lembrar coisas do passadoF (C!33\', /1/, p. J*.

    ,&5 '!UO6I7ILO1.'!S! )A )!".'-IA )! ALZ/!I"!

    4a dem$ncia de 'l&"eimer nota+se ue Das alteraes neuropatolgicas caracteri&am+

    se pela presena de placas senis e emaran"ados neuro%ibrilaresF, segundo 7, [ueiro& e

    Hassuda (/1, p. 1I*. )escritos por 'lois 'l&"eimer uando analisava sua paciente mais

    %amosa, 'uguste )eter, os novelos neuro%ibrilares acabaram por %ornecer Da origem e a base

    neuropatolgica para a doena de 'l&"eimer.F (7'HE:, //, p. 0*.2ara mel"or compreenso do ue so esses novelos neuro%ibrilares, 9ou& 4eto e

    ElYis (/1/* eplicam o processo de %ormao dos mesmos descrevendo ue,

    a decomposio de protena beta+amilide em placas etracelulares ue%ormam emaran"ados neuro%ibrilares dentro dos neurAnios, acarretandoassim a perda dos mesmos no crte cerebral a%etam sobretudo osneurAnios colinrgicos e promovem uma consider-vel diminuio dosmesmos O medida ue a doena progride (p. LI*.

    !s emaran"ados neuro%ibrilares, tambm c"amados de placas senis ou neurticas Dso

    caractersticas da doena de 'l&"eimer, no sendo encontradas em outras doenas

    neurodegenerativasF (7'HE:, //, p. I*. 5ais placas so Ddepsitos etracelulares,

    compactos e es%ricos, rodeados por uma coroa de terminaes nervosas em degenerao

    (compostas por amilides, astrcitos e clulas microgliais*, %ormadas tanto por dendritos

    como por aAniosF (7!>U', /11, p. 0I+0*.

    Esses novelos neuro%ibrilares Dso geralmente encontrados nos neurAnios do crte

    cerebral ...N, sendo muito numerosos e mais comuns nas estruturas do lobo temporal, como

    o "ipocampo e a amgdalaF (7'HE:, //, p. 00*. ] medida ue essas placas atingem

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    essas -reas cerebrais, acarretam o comprometimento das %unes cognitivas essenciais,

    %a&endo com ue o paciente da )' se#a acometido pela perda de "abilidades como

    raciocnio, pensamento, memori&ao. ^reas como linguagem e comportamento tambm

    %icam alteradas, devido O desordem neurodegenerativa ue ocorre nesse processo.

    2ortanto, a )' apresentar- sinais e sintomas vari-veis em cada paciente e, ao longo de

    sua mani%estao, sero percebidos em suas di%erentes %ases cada uma dessas alteraes.

    ,&8 6AS!S )A )!".'-IA )! ALZ/!I"!

    ' classi%icao da dem$ncia de 'l&"eimer em tr$s %ases Z inicial, intermedi-ria e

    avanada ou terminal + com seus respectivos sintomas encontrada no estudo reali&ado por

    7ou&a (/11*. 7egundo a re%erida pesuisadora, Dnem todas as pessoas a%etadas pela

    doena apresentam os mesmos sintomas, na mesma seu$ncia e intensidade, e at mesmo

    o processo de deteriorao tem seu curso individualF (p. 0L*.

    2or essa ra&o, essas %ases variam bastante em cada paciente, sendo tomadas muito

    mais como e%eito did-tico para compreenso do uadro evolutivo da doena. 3essalta+se

    ainda ue Da distino destas %ases importante, pois a partir deste con"ecimento ue o

    pro%issional da saGde poder- adeuar o tratamento, bem como a interveno #unto aos

    %amiliares e cuidadores, considerando as necessidades do portadorF (7!>U', /11, p. 0L*.

    Mesmo com essa classi%icao ainda comum perceber+se Duma grande preocupao...N nos cuidadores no ueN di& respeito ao estadiamento da doena. ' pergunta Dem ue

    %ase est- a doena_F %reuentemente %eitaF (7'HE:, //, p. *.

    6ase inicial+ Considerada Da mais crtica das %asesF (7'HE:, //, p. *, com durao

    aproimada Dde a 1/ anosF (7!>U', /11, p. 0L* costuma apresentar sintomas como

    perda de memria, con%uso e desorientao, ansiedade, agitao, iluso, descon%iana,

    alterao de personalidade, alm de di%iculdades com tare%as de rotina, como alimentar+se

    ou vestir+se, por eemplo, so bem caractersticos no portador dessa doena (C'!6899';

    C'484E>, /10; 7'HE:, //; 7!>U', /11*.

    W muito comum ocorrer problemas de conviv$ncia entre o portador da dem$ncia e as

    pessoas em seu entorno, com comportamentos e atitudes ue muitas ve&es se apresentam

    em %orma de ingamentos ou agresses %sicas.

    Com relao a esse tipo de conduta ue se mani%esta nesse perodo evolutivo da )',

    7a@eg (//, p. 1/1*ressalta ue

    Essa %ase muito di%cil para uem convive com o paciente, pois em virtudedos perodos de bom convvio, bom desempen"o social e intelectual eaparente boa saGde %sica, as eploses de Pnimo ou as mudanas bruscase ineplic-veis de comportamento so angustiantes.

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    Entre outros sintomas, possvel encontrar nessa %ase di%iculdades de comunicao,

    distGrbios do sono, alm de Dsintomas depressivos e de ansiedadeF (C'!6899'; C'484E>,

    /10, p. 0L*.

    6ase intermedi9ria+ Este perodo, com durao aproimada Dde 1 a 0 anosF (7!>U',

    /11, p. 0*, costuma ser um perodo bastante di%cil para os %amiliares do demenciado, pois

    estes so Dacometidos por um estresse muito grandeF (7!>U', /11, p. 0*.

    2ode+se perceber no paciente demenciado, con%orme citado por Canineu (/10*, a

    presena de Ddi%iculdades nos atos da vida di-ria (especialmente no ban"ar+se, vestir+se,

    alimentar+se*, delrios e alucinaes, agitao noturna, alterao do sono, di%iculdade de

    recon"ecimento de amigos e %amiliaresF (p. 0L*.

    >ma outra caracterstica bastante peculiar dessa %ase o agravamento dos sintomas

    ue se mani%estaram na %ase inicial e uando ocorre tardiamente, observa+se o Dincio das

    di%iculdades motorasF (7'HE:, //, p. 1/*.

    ! paciente passa a viver em um total estado de depend$ncia dos cuidadores e at

    mesmo dos %amiliares, como destaca 7a@eg, Do indivduo pode, em alguns casos, reali&ar

    determinadas tare%as etremamente simples, porm incapa& de sobreviver sem a#udaF

    (//, p. 1/0*.

    6ase a$anada ou terminal+ 5ambm con"ecida como %ase avanada ou terminal, com

    durao aproimada Dde J a 1 anosF (7!>U', /11, p. /*, not-vel ue o demenciado

    apresente Ddiminuio acentuada do vocabul-rio, diminuio do apetite e do peso,

    descontrole urin-rio e %ecal, depend$ncia progressiva do cuidador, mutismo e imobilidadeF

    (C'484E>, /10, p. 0J*, bem como possvel perceber ue nesse perodo Da identidade do

    paciente desapareceu por completoF (7>3)!; :8>758, p. 0*.

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    2&% A '!UO#SI-OLO1IA

    )iante de todo esse panorama em ue se insere a )', preciso recon"ecer ue Dos

    Gltimos 1// anos con"eceram um avano sem precedentes no entendimento da dinPmica

    do crebro e suas possibilidades de reabilitao aps uma leso cerebralF ('B387[>E5'+

    :!MEU; 7'45!7, //, p.1*.

    4esse cen-rio apresentam+se perspectivas %avor-veis e promissoras para o tratamento

    da dem$ncia de 'l&"eimer e, mesmo ue ainda no se#a possvel atingir a cura dessa

    doena, possvel, pelo menos, aliviar e retardar os impactos ue ela causa na vida de

    seus portadores e %amiliares, promovendo uma mel"or ualidade de vida durante o est-gio

    em ue se encontra a evoluo do uadro clnico.

    ' neuropsicologia, um campo da psicologia ue vem se apropriando dessas descobertas

    e cada ve& mais se %irmando no campo do saber cient%ico, pode ser entendida como,

    ...N uma -rea das ci$ncias da saGde ue trata da inter%ace ou aplicao das-reas da psicologia e da neurologia. Essa -rea destina+se a estudar asrelaes entre o crebro e o comportamento "umano, contudo usualmentegrande parte dos especialistas da 4europsicologia dedica+se a investigarcomo di%erentes leses causam d%icits em diversas -reas o crebroa%etando as %unes corporais e o comportamento "umano (7!>U', /11,p.*.

    9ogo, pode+se perceber ue a neuropsicologia tem importante papel no estudo das

    relaes ue se estabelecem entre o comportamento e o crebro, pois ir- envolver

    processos de avaliao, "abilitao e reabilitao em -reas como raciocnio abstrato,

    memria, resoluo de problemas, "abilidades espaciais, bem como analisar os impactos e

    conseu$ncias emocionais e da personalidade no processo de dis%uno cerebral.

    W dentro do campo da neuropsicologia ue se encontra o processo de 3eabilitao

    4europsicolgica. Entretanto, preciso %amiliari&ao com essa terminologia, principalmente

    uando se trata de dem$ncias.

    2&, A !A7ILI(A*+O '!UO#SI-OL41I-A

    ! termo DreabilitaoF deriva+se da palavra D"abilitaoF, ue signi%ica Dtornar+se

    "-bilF. Ento, em contrapartida, possvel in%erir ue a reabilitao implica em Dtornar+se

    "-bil novamenteF. 2orm, como cita Silson, D...N uase impossvel tornar as pessoas com

    de%ici$ncia cerebral Dcapa&es novamenteF Z Dretorn-+las O situao anteriorF.F (apud

    'B387[>E5'+:!MEU; 7'45!7, //, p. *. 2or ser ento praticamente inconcebvel o

    uso do termo DrestaurarF no processo de reabilitao, %ica Dmais adeuado o uso da palavra

    D8nterveno 4europsicolgicaF, porm sabido ue no eiste um consenso sobre um

  • 7/25/2019 157-396-1-PB.pdf

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    termo alternativo ue substitua a palavra D3eabilitaoF.F ('B387[>E5'+:!MEU; 7'45!7,

    //, p. *.

    6-rias tentativas %oram %eitas no sentido de se encontrar uma mel"or de%inio da

    atuao em reabilitao. ' !rgani&ao Mundial da 7aGde (!M7*, colaborando com essa

    discusso na busca por uma mel"or conceituao do termo, estabelece ue,

    ...N a reabilitao implica na recuperao dos pacientes ao maior nvel%sico, psicolgico e de adaptao social possvel. 8sso inclui todas asmedidas ue pretendem redu&ir o impacto da inabilidade e condies dedesvantagem e permitir ue as pessoas de%icientes atin#am uma integraosocial tima('B387[>E5'+:!MEU; 7'45!7, //, p. 0*.

    ' 3eabilitao 4europsicolgica (34* pode ser entendida dentro um processo dinPmico

    em ue esto envolvidas v-rias pessoas, sendo, portanto con%orme destaca Silson

    ...N um processo em ue as pessoas com leso cerebral trabal"am #unto a

    pro%issionais da -rea de saGde, %amiliares e membros da comunidade pararemediar ou aliviar os d%ices cognitivos provenientes de um danoneurolgico (apud'B387[>E5'+:!MEU; 7'45!7, //, p. 0*.

    ' 34 vem gan"ando %ora nesse cen-rio. 2orm, como bem nos lembra 7ou&a (/11, p.

    *, D%alar em reabilitao na doena de 'l&"eimer no parece ue se#a sensato, visto ue

    reabilitao signi%ica regenerao. !ra, este estigma degenerativo por isso impossvel de

    ser reversvel.F 2artindo desse pressuposto, podemos in%erir o termo D"abilitaoF no sentido

    de DpreparoF tanto do paciente como de seus %amiliares, no intuito de se alcanar mel"oriasna ualidade de vida.

    W imprescindvel ue todo o processo tanto terap$utico como o de reabilitao se#am

    pautados no bom senso e dentro das limitaes ue cada situao impe, entendendo+se

    ue a reabilitao no se encerra em si mesma, sendo apenas uma das v-rias etapas ue

    compe o tratamento da dem$ncia.

    8n%eli&mente, como relata 7a@eg (//*, Dmuitas ve&es os %amiliares acabam por internar

    pacientes demenciadosN em asilos e clnicas geri-tricasN, no porue uerem e sim pelatotal impossibilidade de assisti+los convenientemente em suas casasF (p. 0*. 3eabilitar um

    paciente demenciado uma tare%a -rdua, bem como di%cil avaliar uantitativamente os

    progressos conseguidos, no entanto, preciso persist$ncia no alcance de ob#etivos mais

    primos do ideal traado.

    4esse sentido, o papel do psiclogo ue se envereda no campo da 34, passa no

    apenas pelo entendimento desse processo, ao mesmo tempo compleo e desa%iador, mas

    se aproima ainda de algumas uestes ue podem ser imprescindveis para se alcanar a

    e%ic-cia dos resultados esperados durante o tratamento dos pacientes acometidos pela )'.

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    >ma dessas uestes importantes de serem observadas o cuidado aos %amiliares dos

    demenciados, uma ve& ue toda rotina %amiliar altera+se, acarretando em implicaes muitas

    ve&es da ordem do estresse, da %alta de in%ormao, da angGstia em no saber como lidar

    com o %amiliar acometido pela doena.

    2&2 A (!A#IA -O1'I(IVO

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    consistem em utili&ar eerccios ue permitam DdesenvolverF a linguagem,memria, ateno, concentrao, leitura, escrita, orientao, coordenaomotora, controlar os transtornos de comportamento e conseuentementemel"orar a ualidade de vida dos %amiliares e cuidadores (p. I*.

    Com relao aos resultados promovidos pela terapia cognitivo+comportamental em

    portadores de dem$ncia, autoras como )e 4ardi e !liveira (/11*, apontam ue Da 5CCcom pessoas demenciadas ainda pouco mencionada na literatura, entretanto, resultados

    positivos so relatados, especialmente relacionados a sintomas depressivos ...N e na

    relao do paciente com seu cuidador ...NF (p. I1L*. Elas ainda destacam ue as

    5cnicas cognitivas e comportamentais, especialmente modi%icadas,%ocando o treinamento e a reabilitao cognitiva, so indicadas parapacientes com dem$ncia leve ou inicial. 'consel"a+se ue a terapia se#ainiciada logo uando da descoberta da doena e acompan"ada de

    tratamento %armacolgico(p. I1L*.

    Mesmo diante de um cen-rio promissor ao uso da 5CC no campo das dem$ncias,

    preciso re%orar a necessidade de ue mais pesuisas e estudos se#am %eitos nesse campo,

    buscando compreender uais so Das especi%icidades do processo terap$utico na vel"ice,

    tornando+o mais e%ica& e com resultados ue no apenas redu&am os sintomas, mas ue

    promovam uma longevidade com maior ualidade de vidaF ()E 4'3)8; !986E83', /11, p.

    I1J*.

    5& !S(A(=1IAS ! I'(!V!'*+O !" !A7ILI(A*+O '!UO#SI-OL41I-A

    , Ele e-plicou que elga% $s "e#es% n&o se lembra"a dos nomes. /s"e#es% n&o reconhecia as pessoas mais queridas. /s "e#es% fica"a dias e

    dias sem pronunciar uma pala"ra. 0ontudo% ha"ia algo que ela reconheciasempre1 o carinho.2

    5&% A I"#O(>'-IA )A 6A"3LIA 'O A-O"#A'/A"!'(O )O #O-!SSO )!

    !A7ILI(A*+O '!UO#SI-OL41I-A

    W importante lembrar ue Duando %alamos em dem$ncia, no podemos esuecer ue

    #unto com o portador diretamente a%etado pela doena, eiste uma segunda DvtimaF a

    %amliaF (7!>U', /11, p. L*. ' mesma autora destaca ainda ue Ddevido O doena, o

    nGcleo %amiliar ter- de reestruturar completamente as relaes eistentes entre os seus

    membrosF (7!>U', /11, p. L*.

    5 7^4C=E7+!758U, M.'. Alzheimer ' "istria da doena e a vida do mdico ue a descobriu. 7o

    2aulo 2aulinas, /10. p. 10.

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    4os Gltimos anos, algumas mudanas importantes v$m ocorrendo nos campos ue se

    re%erem aos cuidados com a dem$ncia e isso pode ser um ponto positivo para os cuidados

    necess-rios tanto ao paciente acometido pela doena, uanto aos seus %amiliares, uma ve&

    ue as perspectivas de tratamento antes negligenciadas esto "o#e sendo evidenciadas,

    eploradas e avaliadas sob di%erentes en%oues, incluindo assim a %amlia e os cuidadores

    no processo de interveno neuropsicolgica. Com isso espera+se a promoo de bem+

    estar e ualidade de vida ue impactem signi%icativamente na dade %amlia e portador de

    )'.

    Em %amlias onde eistem crianas convivendo com portadores da )', podem ocorrer

    alguns problemas pelo no entendimento por parte da criana em relao aos

    comportamentos apresentados pelo parente demenciado. Em seu livro escrito

    especialmente para eplicar Os crianas sobre a )', 7c"nurbus" (/1/* c"ama a ateno

    de ue preciso Dentender as uestes psicolgicas com ue as crianas se deparam e

    encontrar maneiras de %alar sobre seus sentimentos e problemas pode a#udar a redu&irsigni%icativamente sua a%lioF (p. 0*.

    2ara os adultos ue %a&em parte da %amlia, esta mesma autora incentiva ue estes

    busuem dividir as responsabilidades de cuidadores, pois Ddividir responsabilidades dar- ...N

    a possibilidade de descansar enuanto a pessoa ue tiver 'l&"eimer %or cuidada por um

    amigo, parente, volunt-rio ou pro%issional de saGdeF (7C=4>3B>7=, /1/, p. 0*. 2orm

    mesmo diante dessas possibilidades, possvel entender ue

    ' %rustrao ue deriva desse not-vel investimento de energia e a decepoao ver ue, apesar de tanto es%oro, o paciente continua piorando podemdesencadear no %amiliar ue presta aulio, estados de ansiedade,depresso e emoes negativas como raiva, ira e "ostilidade em relao aopaciente; a inuietao e a intolerPncia diante de algumas de suas atitudesDesuisitasF podem %a&er eclodir reaes agressivas ou de constrangimento,uando levadas a e%eito na presena de outras pessoas (7!>U', /11, p.L+J*.

    5odas essas situaes ue emergem no nGcleo %amiliar podem tra&er situaes

    embaraosas e nada con%ort-veis para os %amiliares e`ou cuidadores, sendo, portanto

    imprescindvel ue estes busuem aceitar a doena, en%rent-+la, bem como Dprocurando

    a#uda eterna e tentando criar para si espaos prprios, levando uma vida privada e social

    separada da assist$nciaF (7!>U', /11, p. L+J*.

    Embora no eista ainda a cura para a )', um bom plane#amento e um e%etivo mane#o

    mdico e psicossocial podem aliviar os encargos para o doente e sua %amlia.

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    5& , (!A#.U(I-AS '+O 6A"A-OL41I-AS 'A )!".'-IA )! ALZ/!I"!

    Entre as terap$uticas no %armacolgicas disponveis para o tratamento da )', pode+se

    encontrar uma gama de opes disponveis como a estimulao multissensorial, a

    estimulao cognitiva, os eerccios %sicos, a musicoterapia, a recreao, a arteterapia, o

    estmulo O epresso criativa, contao de "istrias, o treinamento cognitivo, a terapia de

    reminisc$ncias (C'8RE5', /1; M'99!H+)848U; E45E7; C!7E4U', /10; 7'HE:,//* entre outras tcnicas, alm claro, de todo um trabal"o multipro%issional ue envolve

    %isioterapeutas, en%ermeiros, nutricionistas, pro%issionais de educao %sica, assistentes

    sociais, entre outros.

    2ode+se ainda considerar o ue Caieta, C"aves e 2rado (/1* ressaltam com relao

    O importPncia do uso dessas estratgias ao a%irmar ue

    ' car$ncia de resultados consistentes e reprodutveis das terapias no%armacolgicas no signi%ica %alta de e%ic-cia, mas ue mais investigaesde alta ualidade so necess-rias. Contudo, certo ue essas estratgiasconstroem con%iana social em ve& de desvalori&arem a individualidade,assim como so %undamentais para a mel"oria da ualidade de vida e dobem+estar dos pacientes com dem$ncia (p. 1*.

    'lm de todas essas consideraes, %a&+se necess-rio compreender ue a escol"a de

    determinada terapia normalmente baseia+se tanto nas caractersticas, uanto nas

    pre%er$ncias individuais de cada paciente, alm claro da disponibilidade e do custo de

    cada atividade a ser aplicada durante as %ases do tratamento.

    7ero apresentadas algumas destas estratgias, disponveis em diversas literaturas

    especiali&adas e ue podem ser consultadas, entendidas, eploradas e discutidas por todos

    aueles ue se interessam pelo campo das dem$ncias e suas terap$uticas.

    C"ama+se a ateno para o %ato de ue as terap$uticas ue sero apresentadas a partir

    de agora, no se colocam como as Gnicas %ontes disponveis para o tratamento da )', uma

    ve& ue a cada dia surgem novas estratgias e novas pesuisas v$m sendo %eitas nesse

    campo, dada a sua importPncia no cen-rio da saGde pGblica atual, sendo portanto

    necess-ria a constante reviso liter-ria desse tema a %im de se atuali&ar o elenco das

    terap$uticas no %armacolgicas para tratamento da )'.

    (reino cogniti$o + 2ode ser entendido, segundo )iller :ordon como

    procedimentos destinados a %ornecer aos pacientes um repertrio comportamental

    necess-rio para resolver problemas ou para reali&ar tare%as ue parecem di%ceis ou

    impossveisF (apud'B387[>E5'+:!MEU; 7'45!7, //, p. *. >ma de%inio bastanteinteressante apresentada por Caieta (/1*, ao a%irmar ue treinamento cognitivo um

    mtodo ue tem por ob#etivo,

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    a#udar os indivduos com dem$ncia em est-gio inicial a aproveitarem aom-imo sua memria e seu %uncionamento cognitivo, apesar dasdi%iculdades ue esto en%rentando. ! treinamento cognitivo envolve umapr-tica orientada em um con#unto de tare%as ue re%letem determinadas%unes cognitivas, como memria, ateno ou resoluo de problemas, epode ser %eito em variedade de con%iguraes e %ormatos (p. 0L/*.

    Essa tcnica de interveno busca ainda, con%orme citam Monteiro, Covre e

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    2ara ue se atin#am mel"ores ndices de desempen"o e mel"or ualidade de vida ao

    idoso demenciado, necess-rio ue Da estratgia compensatria se#aN associada a outras

    estratgias, como a estratgia cognitivaF ('7787; '7787; C'3)!7!, /10, p. 0L/*,

    respeitando+se para tanto o ritmo de aprendi&agem, o grau de interesse e motivao do

    mesmo.

    (erapia de orientao para a realidade + Com o ob#etivo de Dameni&ar os uadroscon%usionais nos idosos, por meio da eposio contnua e organi&ada dos dados da

    realidade e do conteto em ue eles esto inseridos, a partir de estmulos ambientais ue

    %avoream a orientao temporal e espacialF (M!45E83!; C!63E; E45E7, /10, p.

    0I0*, a terapia de orientao para a realidade (5!3* %oi criada em 1J por

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    Em relao Os pesuisas ue vem sendo atualmente condu&idas #unto a pacientes

    demenciados com o ob#etivo de validar o uso dessa tcnica bem como identi%icar os seus

    e%eitos, Burton destaca ue #- %oram encontrados alguns resultados %avor-veis e en%ati&a

    ue;

    estudos controlados demonstraram ue pacientes submetidos O 5!3apresentavam mel"oria signi%icativa na orientao verbal, na ateno e nointeresse ao ambiente e no desempen"o em escalas de interao social e%uncionamento intelectual, apesar de alguns autores terem sugerido ue"averia mel"ora apenas uanto aos itens de orientao diretamentetreinados (apud 5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0I*.

    W importante destacar ue a 5!3 tem sua aplicao restrita Os duas primeiras %ases da

    dem$ncia de 'l&"eimer, uma ve& ue con%orme a%irmam :iusti e 7urdo, Dos mel"ores

    candidatos so os pacientes com deteriorao cognitiva leve ou moderada, desprovidos de

    d%icits sensoriais e distGrbios comportamentais capa&es de pre#udicar sua participao nas

    sesses reabilitadorasF (/1/, p. J*.

    (?cnicas de ati$idades ludoter9picas + Con"ecida tambm como ludoterapia, as

    tcnicas de atividades ludoter-picas se propem, a partir do uso de brinuedos no processo

    terap$utico, a ser um aliado no tratamento do paciente demenciado.

    Entretanto, este recurso deve ser utili&ado com certa limitao, desde ue se

    substituam os brinuedos por outras ocupaes igualmente agrad-veis, como atividades

    recreativas, pintura em cerPmica, colagem, entre outras atividades. 7a@eg (//*, aponta

    para pol$micas ue podem emergir uando da discusso do uso ou no de brinuedos

    durante o tratamento, como recurso terap$utico, uma ve& ue Dna %ase inicial, o paciente

    pode sentir+se ridiculari&ado, porm O medida ue o grau de dem$ncia se acentua, muitos

    pacientes parecem sentir+se etremamente satis%eitos com uma boneca, um carrin"o, um

    animal de pelGcia, etcF (p. 0/*.

    Esse tipo de abordagem con"ecida como sendo orientada pela estimulao e

    segundo Vverno et al.%D%ornece o tipo de estimulao ambiental ue recon"ecido como

    parte do cuidado "umano e apresenta e%ic-cia modesta com dados ue respaldam a sua

    utili&ao para mel"orar o "umor e redu&ir distGrbios comportamentaisF (apud 5'6E83';

    5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0IL*.

    0.. 'rteterapia

    A arteterapia @ou terapia pela arte+ [uando usada no tratamento de pessoas com )'

    tem como ob#etivo, segundo destaca VillicY e 'llan, D%ornecer estmulo signi%icativo, mel"orar

    as condies de interao social e mel"orar os nveis de autoestimaF (apud 5'6E83';

    5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0IL*.

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    7o propostas atividades como desen"o, pintura, modelagem e outras tcnicas

    artsticas, permitindo assim ue o paciente possa epressar+se e eercer escol"as como,

    por eemplo, as cores, os temas e o material ue dese#a trabal"ar em cada sesso.

    Mello e 3odrigues (/1* corroboram com a ideia de ue a aplicao dessas

    tcnicas no tratamento de dem$ncias Dproporcionam aos indivduos a oportunidade de

    autoepresso e a possibilidade de %a&er escol"asF (p. *, o ue %acilita a estimulao dopaciente demenciado.

    "usicoterapia + 2odemos entender a musicoterapia como Duma interveno ue se

    utili&a de mGsica para promover mel"ora na ualidade de vida do indivduo, bem como seu

    maior desempen"o nos aspectos biopsicossociaisF (C'7C'3'48, /10, p. 11*.

    W sempre importante destacar ue os pacientes demenciados ue Due sempre

    gostaram de mGsica continuaro gostando, mesmo doentesF (7'HE:, //, p. 0/L*, e como

    destacam Mello e 3odrigues, v-rios estudos %eitos nesse campo Drevelam bene%cios aospacientesF (/1, p. *.

    Essa tcnica tem sido utili&ada com sucesso enuanto Drecurso terap$utico, em

    pacientes con%usos e agitados e com distGrbios do sonoF (7'HE:, //, p. 0/L*, sendo

    assim mais um instrumento de apoio no processo de tratamento da )', uma ve& ue tem

    timo e%eito relaante.

    Com relao a sua aplicao no cotidiano do idoso demenciado importante destacar

    ue essa terapia pode ser aplicada tanto individualmente como em grupo e Dpode envolver a

    participao em uma atividade musical (p.e., cantar ou tocar um instrumento* ou apenas a

    audio de canes ou mGsicasF (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0IJ*.

    Entre os ob#etivos da musicoterapia no tratamento na )', Cascarani destaca ue;

    a aplicao dessa estratgia buscaN utili&ar, resgatar e ampliar oscomponentes pessoais eistentes nas sensaes , percepes, a%eto,escuta, "abilidades motoras, espaciais, temporais, mobili&ao de energia,ateno, memori&ao, concentrao e epresso. Estes componentespessoais acima citados permanecem adormecidos devido O doena,podendo ser despertados por meio da mGsica, pois, para se relacionar coma mGsica, o indivduo necessita acion-+los (/10, p. 11I*.

    W preciso ainda en%ati&ar ue Das atividades musicais praticadas em casa no substituem

    a terapiaF (C'7C'3'48, /10, p. 11L*, sendo necess-ria a presena de um

    musicoterapeuta para plane#ar, coordenar e avaliar o impacto da aplicao da mGsica e seus

    instrumentos durante o tratamento do paciente demenciado.

    ABordagem emocional

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    Entre as principais terap$uticas envolvidas nesse processo e citadas por esse autor,

    encontram+se a terapia das reminisc$ncias, terapia de validao e a terapia de presena

    simulada (527*.

    (erapia das reminiscncias + Essa terapia tem como ob#etivo Dmel"orar o

    %uncionamento intrapessoal e interpessoal por meio de reviv$ncia, estruturao, integrao

    e trocas de lembranasF (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0IJ*. 2romove adiscusso de eventos, atividades passadas vivenciadas pelos pacientes, com o uso de

    v-rios aulios suplementares como %otos, mGsicas, -lbuns, #ornais antigos, itens de uso

    pessoal, etc.

    Como destaca Mello e 3odrigues (/1*;

    essa tcnicaN basicamente, envolve a discusso de atividades passadas,eventos e eperi$ncias, em geral com a a#uda de %otos, canes antigas,cartas, presentes, -lbum de %amlia, mGsica, %ilmes, #ornais, os uais so

    solicitados ao paciente e`ou %amiliares (p. *.

    'travs do ato de recordar, busca+se mel"orar a autoestima e o senso de identidade,

    promovendo a recordao das memrias de uma %orma no con%litante, criando Dnovos

    sentidos para o passado por meio do resgate da prpria "istria e`ou dos eventos vividos no

    conteto socialF (M!45E83!; C!63E; E45E7, /10, p. 0I0*

    (erapia de $alidao+ 7a@eg descreve a terapia de validao como Duma %orma de

    comunicao desenvolvida como uma abordagem para pessoas com dem$nciaF (//, p.0IJ*. 'presenta vantagens em pacientes com comprometimento cognitivo moderado ou

    grave, e como destaca :on&aga, Dpode ser aplicada tanto de %orma individual uanto em

    grupo, com I ou participantes ue se encontram regularmente em sesses de 0/+/

    minutosF (apud:8>758; 7>3)!, /1/, p. L1*.

    Essa estratgia criada por 4aomi E7, /1, p. *. 2ara ela, pelo

    %ato da realidade vivida pelo paciente demenciado se apresentar de %orma dolorosa, ele

    acaba desenvolvendo uma %orma de retornar a uma realidade em ue se utili&e mais

    sentimentos e menos intelecto.

    4a aplicao da terapia de validao, %undamental ue o cuidador se concentre em

    no discordar do paciente, evitando discutir a realidade, validando assim o conteGdo

    apresentado pelo demenciado. Com isso Dbusca+se acessar a emoo sub#acente Os

    palavras da pessoa, validando esses sentimentos como verdadeiros, independentemente de

    como as palavras se relacionam com a nossa concepo da realidade atualF (ME99!;

    3!)38:>E7, /1, p. 0*.

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    2elo recon"ecimento e con%irmao das emoes possvel mel"orar a autoestima do

    paciente, proporcionar maior con%orto e ainda compreender mel"or o demenciado Dno

    conteto da realidade em ue ele se v$ nauele momentoF (7'HE:, //, p. 0IJ*. 8sso s

    ser- possvel a partir de uma escuta emp-tica e desprovida de #ulgamentos.

    (erapia de presena simulada + ' 5erapia de presena simulada(527* %oi inicialmente

    descrita por Soods e 's"le@ em 1I e est- Dbaseada no princpio de ue a %onte deestabilidade para o paciente da )' muitas ve&es um parente ue cuidou dele antes da

    institucionali&aoF (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0IJ*. 4esse sentido, essa

    tcnica busca promover uma simulao ue se re%orce essa relao, utili&ando como

    recurso na sua aplicao a gravao de vdeos Dem ue uma conversa tele%Anica pessoal

    simuladaF (p. 0I*.

    )urante a produo do material audiovisual, orienta+se ue os %amiliares conversem com

    o paciente criando+se intervalos durante o di-logo de %orma ue paciente sinta+se motivado

    a responder a conversa. ! vdeo gravado deve destacar Deperi$ncias de vida positivas,

    memrias compartil"adas, amigos e %amiliares do pacienteF (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5',

    /1, p. 0I*, com o ob#etivo de criar um ambiente ue permita ao paciente recordar e

    re%letir sobre as suas mel"ores eperi$ncias de vida. )e acordo com esses autores Da

    inteno ue problemas de comportamento possam ser redu&idos dessa maneiraF

    (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0I*.

    Outras ati$idades teraputicas+ Essa categoria terap$utica pode envolver um grupo

    bastante diversi%icado de atividades ue eigem muitas ve&es a presena de uma euipe

    multidisciplinar como terapeutas ocupacionais, pedagogos, pro%issionais de educao %sica,

    entre outros ue promovam estratgias plane#adas como recreaes, esportes, dana e

    dramati&aes, buscando atravs dos eerccios %sicos propostos nestas atividades, a

    reduo no nGmero de uedas, bem como mel"orias signi%icativas na saGde mental e no

    sono, a#udando ainda a redu&ir a agitao diurna e a inuietao noturna.

    Con"ecida tambm pelo nome de terapias alternativas e Dapesar das %altas de evid$ncia

    cient%ica uanto O sua e%ic-cia, por no "aver nGmero signi%icativo de estudos, vemgan"ando aceitao no tratamento de pessoas com dem$nciaF (ME99!; 3!)38:>E7,

    /1, p. *.

    >ma das terapias complementares ue vem se destacando com grande velocidade de

    epanso e crescimento a aromaterapia. Ela Dtem uma imagem positiva, e seu uso

    proporciona interao somada O eperi$ncia sensorialF (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5',

    /1, p. 0IL*. 7ua aplicao pode ser %eita de variadas maneiras Z inalao, ban"os,

    massagens Z porm a atividade terap$utica de uso deve ser pautada em con%ormidade com

    o comportamento ue o paciente demenciado apresente.

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    Ballard, !Brien e Tames, re%oram ue D%oram encontrados resultados positivos em

    recentes estudos controlados ue mostraram reduo signi%icativa na agitao, com

    ecelente adeso e tolerPnciaF (apudME99!; 3!)38:>E7, /1, p. *. >m outro estudo

    publicado por =olmes e colaboradores em // utili&ando leos de lavanda e melissa,

    tambm apresentou resultados %avor-veis ao uso da aromaterapia com pacientes

    demenciados redu&indo signi%icativamente os uadros de agitao, con%orme apresentado

    por 5aveira, 5aveira e Caieta (/1, p. 0IL*.

    Como atividade terap$utica os ban"os vem gan"ando espao e ateno de estudiosos e

    pesuisadores, pois sabido ue os "abituais ban"os de rotina Dso potentes

    desencadeadores de agitao e agresso presumivelmente devido ao descon%orto %sico,

    medo e vergon"aF (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0IL*. >m estudo comparativo

    entre uatro ban"os reali&ados de %orma convencional com uatro ban"os no leito de

    pacientes demenciados %oi proposto por )unn, 5"iru+C"elram e BecY em // e resultados

    positivos %oram encontrados em relao O reduo do grau de agitao Dem mdia I/Kmenor durante os ban"os no leito uando comparado O dos ban"os convencionaisF

    (5'6E83'; 5'6E83'; C'8RE5', /1, p. 0IL*.

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    7a@eg (//* a%irma ue Da terapia colinrgica ainda a mais utili&ada nos portadores

    de 'l&"eimer, apresentando e%etivas mel"oras na cognio e %uncionalidade nesses

    pacientesF (p. 1LI*. !s inibidores da acetilcolinesterase (embora de e%ic-cia limitada, mas

    necess-rio em todas as %ases do tratamento* e os antagonistas dos receptores de glutamato

    (4M)'*, como a memantina, tambm so importantes agentes %armacolgicos no

    tratamento da )', desde ue a doena se#a diagnosticada o mais precocemente possvel

    (7'HE:, //;

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    's terap$uticas %armacolgicas tornam+se imprescindveis durante o tratamento ao

    paciente demenciado e muitos %-rmacos esto disponveis atualmente no mercado para o

    tratamento da )', sendo muitas ve&es esse, e apenas esse, o tratamento dedicado aos

    pacientes.

    Entretanto preciso acol"er a demanda "umana, em contraste com a orgPnica ue

    segue amparada pela %armacologia em geral. E a ue se situa a importPncia do psiclogono processo de mel"oria da ualidade de vida tanto do paciente como de seus %amiliares e

    cuidadores, atravs do uso de terap$uticas no %armacolgicas, ue aliadas O medicao

    podem produ&ir e%eitos satis%atrios durante a progresso da doena.

    Embora ainda "a#a muito a ser %eito e se#a preciso validar muitas das pesuisas

    sobre os tratamentos no %armacolgicos, de real importPncia destacar ue cada ve& mais

    esses tratamentos esto gan"ando espao e ateno, no apenas na literatura cient%ica

    como nas pr-ticas di-rias de uem lida com paciente demenciados, uma ve& ue estas

    promovem alvio ao so%rimento ue se instaura nos envolvidos, se#am eles %amiliares,

    cuidadores, e o prprio paciente.

    7e por um lado o campo da neuroplasticidade vem pontuado esperanas no

    tratamento de v-rias patologias neurodegenerativas, por outro preciso esclarecer ue no

    caso da dem$ncia de 'l&"eimer, onde ocorrem perdas signi%icativas de neurAnios cerebrais,

    a discusso do uso do termo DreabilitaoF durante o tratamento, deve dar espao para o

    uso da epresso DintervenoF, uma ve& ue no se pode reabilitar algo ue se perdeu. 4o

    entanto, se %a& necess-rio ue ocorram intervenes pontuais, plane#adas e testadas

    cienti%icamente atravs das tcnicas disponveis atualmente para tratamento.

    Essa pesuisa no pretendeu esgotar o tema eposto e carece inclusive de

    alargamentos. Espera+se ue estes se#am %eitos to logo a mesma este#a disponvel para

    consulta por pro%issionais no apenas de psicologia, mas de outras -reas da saGde ue se

    interessem por esse tema.

    2or %im, re%erenciando =ipcrates, o pai da medicina, ao citar ue Daliviar a dor um

    ato divinoF, preciso pontuar ue mesmo no tendo sido encontrada a cura de%initiva para a

    dem$ncia de 'l&"eimer, misso dos pro%issionais de saGde, e isso inclui a psicologia,

    aliviar a dor de uem convive com essa doena em seu dia a dia, independente de ue isto

    se#a um ato divino ou no, pois para alm das divindades, somos antes de tudo seres

    "umanos com o propsito de prestar cuidado e ateno para outros seres, to "umanos

    uanto ns.

    D& !6!.'-IAS

    'B387[>E5'+:!MEU, T.; 7'45!7,

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    '7787, M. :.; '7787, 9. !.; C'3)!7!, '. 2. ' terapia cognitivo+comportamental e oenvel"ecimento. 8n '4)3E55', 8.; !986E83', M. 7. (!rgs*. "anual pr9tico de terapiacogniti$o, 2. ' doena de 'l&"eimer. 8n C'!6899', 6. 2.; (!rgs*. Voc no est9sozinho&&& ns continuamos com $oc. 7o 2aulo 4ovo 7culo, /10.

    C'7C'3'48, '. 2. ' ao da musicoterapia no tratamento da pessoa com doena de'l&"eimer. 8n C'!6899', 6. 2.; C'484E>, 2. (!rgs*. Voc no est9 sozinho&&& nscontinuamos com $oc. 7o 2aulo 4ovo 7culo, /10.

    C'H5!4, =.; S'34E3, T.; :3'='M, 4. (udo soBre doena de Alzheimer. 7o 2aulo'ndrei, ///.

    C!33\', '. C. !. "emriaE aprendizagem e esFuecimento a memria atravs dasneuroci$ncias cognitivas. 7o 2aulo 't"eneu, /1/.

    )'9:'9'33!4)!, 2. #sicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. . ed.2orto 'legre 'rtmed, //J.

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    )E 4'3)8, 5. C.; !986E83', 3. :. ' terapia cognitivo+comportamental e o envel"ecimento.8n '4)3E55', 8.; !986E83', M. 7. (!rgs*. "anual pr9tico de terapia cogniti$oC8', M. C. 7.; 7C'C8', M. C. 7.; 7C')', M. 7. (!rgs.*. Velhice Bem sucedida 'spectos a%etivos ecognitivos. .ed. 7o 2aulo 2apirus, /1.

    7'7!>U', E. M. uem est9 com elaJ O enigma silencioso do milnio uma viso

    panorPmica sobre a dem$ncia na doena de 'l&"eimer. /11. %. Monogra%ia (2s+

    graduao*. )', 3eci%e, /11.