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7/23/2019 158-397-2-PB http://slidepdf.com/reader/full/158-397-2-pb 1/10 91 Ciência em Movimento |  Ano XV |  Nº 30 |  2013/1 DOI: http://dx.doi.org/10.15602/1983-9480/cmbs.v15n30p91-100  Artigo original Respire bem e cresça melhor: características de um projeto de extensão universitária Breath well and grow better: charactheristics of a university extension project  Maíra Seabra de Assumpção¹ Renata Maba Gonçalves² Letícia Goulart Ferreira²  Yessa do Prado Albuquerque² Tatiana Godoy Bobbio³ Camila Isabel Santos Schivinski 4 RESUMO Objetivo: o presente estudo teve como finalidade descrever as práticas realizadas no projeto de assistên- cia fisioterapêutica ambulatorial “Respire bem e cresça melhor” desenvolvido na Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC em Florianópolis- SC. Metodologia: foram avaliados todos os prontuários das crianças atendidas pelo projeto, a respeito das principais técnicas utilizadas: higiene brônquica, treino muscular respi- ratório, exercícios posturais, manobras de reexpansão pulmonar e exercícios estimuladores da respiração nasal. Todas as técnicas são direcionadas ao tipo de patologia apresentada, ao quadro clínico e sua evolução. Resul- tados: com o início das atividades em 2010, o projeto já efetuou 386 atendimentos à população, cuja faixa etária é de 1 a 16 anos de idade. As disfunções cardiorrespiratórias encontradas em nossos pacientes foram: asma, fibrose cística, síndrome do respirador oral, síndrome de Prader-Willi, atelectasia e bronquite. Conclu- são: o projeto continua em andamento, proporcionando o acesso da comunidade a uma terapêutica especia- lizada, além da possibilidade de integração acadêmica com os problemas relacionados à saúde infantil. PALAVRAS-CHAVE Assistência ambulatorial - Cuidados primários de saúde - Modalidades de fisioterapia - Saúde infantil. 1 Fisioterapeuta, Mestranda em Fisioterapia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), colaboradora do pro-  jeto “Respire bem e cresça melhor. Florianópolis – SC/Brasil. 2 Acadêmicas da oitava fase do curso Bacharelado em Fisioterapia da UDESC e bolsistas integrantes do projeto “Respire bem e cresça melhor. Florianópolis – SC/Brasil. 3 Fisioterapeuta, Pós-Doutorada em Motor Neuroscience pela Texas A&M University- EUA. Fisioterapeuta professora da UDESC e colaboradora do projeto “Respire bem e cresça melhor. Florianópolis – SC/Brasil. 4  Fisioterapeuta, Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pela UNICAMP, Professora efetiva do curso de graduação e pós-graduação em Fisioterapia da UDESC, e coordenadora do projeto “Respire bem e cresça melhor”. Florianópolis-SC/ Brasil.

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DOI: http://dx.doi.org/10.15602/1983-9480/cmbs.v15n30p91-100

 Artigo original

Respire bem e cresça melhor: característicasde um projeto de extensão universitária

Breath well and grow better: charactheristics of a universityextension project 

Maíra Seabra de Assumpção¹

Renata Maba Gonçalves²

Letícia Goulart Ferreira²

 Yessa do Prado Albuquerque²

Tatiana Godoy Bobbio³

Camila Isabel Santos Schivinski4

RESUMO

Objetivo: o presente estudo teve como finalidade descrever as práticas realizadas no projeto de assistên-

cia fisioterapêutica ambulatorial “Respire bem e cresça melhor” desenvolvido na Universidade do Estado de

Santa Catarina- UDESC em Florianópolis- SC. Metodologia: foram avaliados todos os prontuários das crianças

atendidas pelo projeto, a respeito das principais técnicas utilizadas: higiene brônquica, treino muscular respi-

ratório, exercícios posturais, manobras de reexpansão pulmonar e exercícios estimuladores da respiração nasal.

Todas as técnicas são direcionadas ao tipo de patologia apresentada, ao quadro clínico e sua evolução. Resul-

tados: com o início das atividades em 2010, o projeto já efetuou 386 atendimentos à população, cuja faixa

etária é de 1 a 16 anos de idade. As disfunções cardiorrespiratórias encontradas em nossos pacientes foram:asma, fibrose cística, síndrome do respirador oral, síndrome de Prader-Willi, atelectasia e bronquite. Conclu-

são: o projeto continua em andamento, proporcionando o acesso da comunidade a uma terapêutica especia-

lizada, além da possibilidade de integração acadêmica com os problemas relacionados à saúde infantil.

PALAVRAS-CHAVE

Assistência ambulatorial - Cuidados primários de saúde - Modalidades de fisioterapia - Saúde infantil.

1Fisioterapeuta, Mestranda em Fisioterapia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), colaboradora do pro- jeto “Respire bem e cresça melhor. Florianópolis – SC/Brasil.2Acadêmicas da oitava fase do curso Bacharelado em Fisioterapia da UDESC e bolsistas integrantes do projeto “Respire beme cresça melhor. Florianópolis – SC/Brasil.3Fisioterapeuta, Pós-Doutorada em Motor Neuroscience pela Texas A&M University- EUA. Fisioterapeuta professora da UDESCe colaboradora do projeto “Respire bem e cresça melhor. Florianópolis – SC/Brasil.4 Fisioterapeuta, Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pela UNICAMP, Professora efetiva do curso de graduação epós-graduação em Fisioterapia da UDESC, e coordenadora do projeto “Respire bem e cresça melhor”. Florianópolis-SC/ Brasil.

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 ABSTRACT

Objective: this study aimed to describe the practices performed in the outpatient physiotherapy project

“Breathe well and grow better” developed at the University of the State of Santa Catarina, Florianópolis-SC

UDESC. Methodology: we evaluated the medical l records of all children served by the project, regarding the

main techniques used: bronchial hygiene, respiratory muscle training, postural exercises, maneuvers reexpan-sion pulmonary and nasal breathing exercises stimulators. All techniques are directed to the type of patholo-

gy presented, and the clinical evolution. Results: with the start of activities in 2010, the project has made 386

attendances to the population, whose age range is 1-16 years old. The cardiorespiratory disorders found in

our patients were: asthma, cystic fibrosis, mouth breathing syndrome, Prader-Willi syndrome, atelectasis and

bronchitis. Conclusion: the project is still in progress, providing community access to specialized therapy,

besides the possibility of academic integration with the problems related to child health.

KEYWORDS

Ambulatory care - Primary health care - Physical therapy modalities - Child health.

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Introdução

Apesar das políticas públicas visando à saúde da

criança não serem recentes no Brasil e apresentarem

certo avanço, estas ainda encontram-se em níveis

eticamente inaceitáveis e não atingem de forma sa-

tisfatória toda população (MOREIRA, 2010).Em nosso país, as ações de saúde de caráter uni-

versal, até pouco tempo se limitavam à promoção de

saúde e prevenção de doenças, tendo como priorida-

de campanhas de vacinação e controle de endemias.

Atualmente observa-se a formação de políticas públi-

cas de educação da população e de intervenção nas

unidades hospitalares e ambulatoriais (MÉIO et al.,

2005), contudo, essa ainda se faz de forma precária.

Diante desse contexto, programas desenvolvidos

com o objetivo de enfrentamento dessa situaçãotornam-se necessários, especialmente no aspecto da

saúde infantil. Percebe-se um aumento no número

de crianças consideradas de risco que apresentam

alterações no desenvolvimento, em função da inade-

quação de algumas assistências oferecidas, justifi-

cando a implementação de serviços multidisciplina-

res (BARBA et al., 2011).

A fisioterapia ambulatorial, como parte integran-

te desse processo visa estabelecer formas de moni-

torar a criança, viabilizando a avaliação da evolução,

identificação precoce de alterações motoras e postu-

rais, monitorização de agudizações do quadro respi-

ratório e ainda, análise das condições domiciliares.

Nessa linha, foi desenvolvido no ano de 2010, na

Clínica Escola de Fisioterapia do Centro de Ciências da

Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado

de Santa Catarina- UDESC em Florianópolis, o Projeto

de Extensão Universitária “Respire bem e cresça me-

lhor”. Trata-se de uma ação de extensão que tem co-

mo finalidade oferecer instrução e acompanhamento

fisioterapêutico a crianças com disfunções cardiorres-piratórias, provenientes de creches e pré-escolas, bem

como escolares e adolescentes encaminhados da rede

básica de saúde e de serviços médicos da região.

Portanto, esse artigo tem como objetivo apresen-

tar dados referentes a assistência ambulatorial fisiote-

rapêutica oferecida pelo referido projeto de extensão

universitária, descrevendo a intervenção e o segui-

mento fisioterapêutico da população infantil atendi-

da, desde sua criação até o presente momento.

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo sobre a caracte-

rização dos atendimentos fisioterapêuticos, cuja fon-

te de dados foi à pesquisa realizada nos prontuários

dos pacientes assistidos. Os mesmos ficam armaze-

nados na clínica escola de fisioterapia do CEFID/ UDESC, na qual as atividades do projeto são desen-

volvidas. Além dos dados relacionados ao público

alvo, informações referentes à estrutura da ação fo-

ram obtidas através de consulta no sistema de Infor-

mação e Gestão de Projetos (SigProj / site: http://sig-

proj1.mec.gov.br/), bem como entrevistas com a co-

ordenadora e acadêmicos extensionistas atuantes.

Resultados e Discussão

O projeto de extensão “Respire bem e cresça me-lhor” é parte do programa de extensão Brincando de

Respirar, que conta com mais 2 projetos, “RespiLar”

e “InspirAção”, todos criados para promover orien-

tação e assistência fisioterapêutica à crianças e ado-

lescentes com disfunções respiratórias. A atividade é

coordenada por professoras do curso de graduação

e pós-graduação em fisioterapia da UDESC, e conta

com a participação de acadêmicos e fisioterapeutas.

Tem como proposta oferecer atendimento ambu-

latorial em fisioterapia respiratória pediátrica, para

não só beneficiar o sistema de saúde, devido à redu-

ção da sobrecarga nos níveis secundário e terciário,

mas principalmente para viabilizar o acesso desse

grupo etário a uma terapêutica especializada.

Para comunidade, os objetivos principais do pro-

 jeto “Respire bem e cresça melhor” são:

• Garantir assistência fisioterapêutica qualifi-

cada e gratuita a crianças com doenças car-

diorrespiratórias;

• Reduzir o número de consultas médicas, de

hospitalizações e do uso de medicações de-correntes de intercorrências e agudizações

respiratórias pediátricas;

• Melhorar a função pulmonar, a força muscu-

lar e o padrão respiratório de crianças com

pneumopatias e, consequentemente, a qua-

lidade de vida e de crescimento/desenvolvi-

mento das mesmas;

O projeto também visa proporcionar intercâmbio

de conhecimento e tecnologia entre seus participan-

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tes e a comunidade atendida, além de disponibilizar

e capacitar acadêmicos e profissionais para uma atu-

ação qualificada em um campo de trabalho pouco

conhecido do fisioterapeuta. Do ponto de vista do

ensino, o contato discente com esse perfil de pacien-

tes, tipo de assistência e conjunto de patologias, tam-bém facilita o direcionamento pedagógico para de-

senvolver competências e habilidades gerais do fisio-

terapeuta na atenção à saúde infantil, que envolve

ações de prevenção, promoção e proteção da saúde,

e não apenas reabilitação individual e coletiva.

Para isso, o projeto é desenvolvido duas vezes por

semana, com 4 horas de duração, através de ativida-

des que incluem: discussões e estudos de casos, ava-

liação dos pacientes e condução dos atendimentos de

fisioterapia. As sessões são previamente agendadas,de acordo com o diagnóstico e quadro clínico do pa-

ciente, são individuais e com duração de 45 minutos.

As técnicas de fisioterapia respiratória utilizadas

são direcionadas ao tipo de enfermidade pulmonar,

considerando o quadro clínico de cada criança e o

processo de evolução da doença. Sendo as manobras

de higiene brônquica (OBERWALDNER e ZACH, 2000;

POSTIAUX, 2004; CAMPOS et al., 2007; SARMENTOet al., 2007; SANTOS et al., 2009, 2009), o treino

muscular respiratório (HELD, 2008; LIMA, 2008), os

exercícios posturais (MARINS, 2001; PERDIGÃO,

2003), os recursos e técnicas para adequação venti-

latória e reeducação respiratória (CORREA e BÉRZIN,

2007; BARBIEIRO et al., 2007), manejos do Método

Reequilíbrio Tóraco-abdominal (RTA) como os:

apoios íleo-costal, tóraco-abdominal e ginga toráci-

ca (PINHEIRO, 1986) as condutas a serem elencadas.

Com essa proposta, o projeto teve início em 2010e, até o momento (dezembro de 2012), efetuou 386

atendimentos à população (tabela 1).

Tabela 1: Descrição quanto ao diagnóstico, número de sessões e evolução das crianças atendidas pelo projeto “Respire

bem e cresça melhor”.

Pacientes Diagnóstico Clínico Sessões(n) Evolução

A Asma 80 Em atendimento

B Asma 20 Em atendimento

C Síndrome de Prader-Willi 24 Em atendimento

D Bronquite 69 Em atendimentoE Asma 48 Em atendimento

F Atelectasia Lobar 15 Alta

G Síndrome do respirador oral 3 Abandono

H Síndrome do respirador oral + Asma 27 Abandono

I Fibrose cística 42 Transferência

J Fibrose cística 19 Transferência

K Fibrose cística 11 Em atendimento

L Fibrose cística 26 Em atendimento

M Síndrome do respirador oral 8 Em atendimento

TOTAL 386

Tabela 2: Frequência do diagnóstico apresentado pelas crianças atendidas pelo projeto “Respire bem e cresça melhor”.

Diagnóstico Médico n %

Asma 4 30,77

Bronquite 1 7,69

Síndrome Prader-Willi 1 7,69

Atelectasia Lobar 1 7,69

Síndrome do Respirador Oral 3 23,07

Fibrose Cística 4 30,77

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Durante esse período, treze (13) pacientes foram

avaliados e participaram do projeto, sendo sete (7)

do sexo feminino e seis (6) sexo masculino, cuja faixa

etária é de 1 a 16 anos de idade, com média de

7,69+5,43.

Em relação à incidência das patologias, verifica-mos que a asma é a patologia mais frequente no

projeto, seguida da síndrome do respirador oral e da

fibrose cística (tabela 2). Todos os pacientes neces-

sitaram da aplicação de manobras de higiene brôn-

quica, que inclui manobras como vibrocompressão

manual, AFE (aumento do fluxo expiratório), dentre

outras apresentadas na tabela 3, assim como o diag-

nóstico dos pacientes, incidência das patologias e as

técnicas conduzidas em cada situação clínica.

As técnicas descritas na tabela 3 são rotineira-

mente utilizadas em crianças com doença respirató-

rias e retratadas na literatura (GOMIDE, 2007; LIEBA-

NO et al., 2009). Sobre as técnicas fisioterapêuticas,Liebano et al. (2009) consideram como as principais

técnicas cinesioterapêuticas manuais empregadas

nos casos de acúmulo de secreção a percussão e a

vibração, essa última uma conduta frequentemente

adotada nos atendimentos.

Da mesma opinião que Liebano, no estudo de

Gomide et al. (2007), são descritas como as princi-

Tabela 3: Descrição das condutas conforme os grupos de patologia das crianças atendidas pelo projeto “Respire bem e

cresça melhor”.

GRUPO DESCRIÇÃO DAS CONDUTAS

Asma

MHB: VBM, CAR,TS, AFE, TEF

EP: Alongamentos da musculatura da cervical e da cintura escapular, posturas para

alinhamento associado a exercícios de controle respiratório

MD: inspiração abreviada, freno labial

BronquiteMHB: VBM, VCM, estímulo da tosse, AFE

TRM: Exercícios respiratórios com estímulo diafragmático

Atelectasia Lobar

MHB: VBM,VCM, AFE

EP: posturas para ventilação no lobo afetado

MRP: Inspiração profunda, expiração prolongada, compressão/descompressão abrupta

Síndrome

Prader-Willi

MHB: VBM, VCM, AFE, ET

MRP: compressão/descompressão abrupta

* RTA: apoio íleo-costal

Síndrome do

Respirador Oral

MHB: VM,CAR, TS, AFE, TEF.

TRM: Exercícios respiratórios com estímulo diafragmático

EP: Alongamentos da musculatura da cervical e da cintura escapular posturas para

alinhamento associado à exercícios de controle respiratório

MRP: inspiração profunda, inspiração máxima sustentada, inspiração em tempos

ERN: Exercícios realizados com palito na boca, estimulando a respiração nasal

Fibrose Cística

MHB: VCM, VBM, CAR, TS, AFE, TEF, ET,TS

MRP: Inspiração Profunda, compressão/descompressão abrupta

* RTA: apoio ileo-costal, apoio tóraco-abdominal, ginga torácica

Legenda referente à tabela 3- Descrição das condutas conforme os grupos de patologia das crianças

atendidas pelo projeto “Respire bem e cresça melhor”:

MHB: Manobras de Higiene Brônquica; TMR: Treino Muscular Respiratório; EP: Exercícios Posturais; MD: Ma-nobras Desinsuflativas; MRP: Manobras de Reexpansão Pulmonar; ERN: Estimulação Respiração Nasal; *RTA: Reequilíbrio Tóraco-abdominal. AFE: Aumento do Fluxo Expiratório; TEF: Técnica de Expiração Forçada; VBM:Vibração Manual; VCM: Vibrocompressão Manual; CAR: Ciclo Ativo da Respiração; TS: Tosse Solicitada.

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pais técnicas utilizadas em pacientes com fibrose cís-

tica a tapotagem, percussão cubital, digito-percus-

são ou punho percussão, percussão e vibração me-

cânica. A técnica de expiração forçada (TEF), o “hu-

ffing”, o ciclo ativo da respiração, também tem como

finalidade auxiliar a eliminação de secreções, redu-zindo a obstrução de vias aéreas e suas consequên-

cias, como atelectasias e hiperinsuflação, sendo roti-

neiramente utilizadas em pacientes maiores (SAN-

TOS et al., 2009).

Nos respiradores orais, Held et al. (2008) desta-

cam a importância dos exercícios respiratórios, como

exercícios ativos com o uso de bastão, atividade físi-

ca em esteira ergométrica associada ao padrão res-

piratório abdominal, e permanência do fechamento

da boca durante as atividades.O comprometimento muscular decorrente da

Síndrome de Prader-Willi acarreta na capacidade de

eliminação de secreções e insuficiência ventilatória.

Segundo Segura et al. (2009), nessa patologia, são

indicados exercícios respiratórios (expansão diafrag-

mática de bases e ápices), respiração com lábios se-

miabertos, mudança de ritmo respiratório, inspira-

ção fracionada ou com apneia pós-inspiratória, exer-

cícios de fortalecimento abdominal e o condiciona-

mento cardiorrespiratório.

Fazendo um paralelo com as técnicas utilizadas

no projeto de extensão e o que a literatura traz a

respeito do tema, a revisão de Abreu et al. (2007)

cita diversos autores que destacam que a fisioterapia

respiratória pode atuar tanto na prevenção quanto

no tratamento das doenças respiratórias e, para isso,

se utiliza de diversas técnicas e procedimentos tera-

pêuticos, tanto em nível ambulatorial quanto hospi-

talar.Os autores destacam as técnicas voltadas para

a desobstrução brônquica como: vibração torácica,

compressão torácica, percussão, tapotagem, tosse,AFE. Também mencionam os padrões ventilatórios

desobstrutivos, pois estes proporcionam o aumento

de fluxo expiratório, como o uso do freno labial, ins-

piração abreviada, expiração prolongada.

Outro método utilizado durante os atendimentos

das crianças é o Reequilíbrio tóraco-abdominal (RTA),

cujos apoios apresentam como principal objetivo

oferecer um bom padrão de respiração, evitando si-

tuações de desconforto respiratório intenso, como a

fadiga muscular respiratória, além de trabalharem o

aumento no fluxo aéreo e, consequentemente, a de-

sobstrução brônquica (LIMA, 2007).

As principais afecções clínicas que envolvem a

faixa pediátrica foi analisada por Oliveira et al. (2010).

Os autores pesquisaram os dados disponibilizadosno Sistema de Internações Hospitalares (SIH-SUS) e

verificaram as principais causas de hospita lização de

crianças brasileiras, de zero a quatro anos, no perío-

do de 1998 a 2007. Na comparação da média entre

as regiões do Brasil, o Sul configurou como a região

na qual as doenças do aparelho respiratório são as

mais frequentes (44.2±3.7). Isso justifica a demanda

crescente de crianças para o projeto, além de sua

importância na região.

Conforme dados ainda do DATASUS, as principaisdoenças do aparelho respiratório são pneumonias,

bronquite aguda, bronquiolite aguda, asma e infec-

ções das vias aéreas superiores. Apesar de cada uma

das afecções (broncopatias, pneumopatias, transtor-

nos respiratórios e infecções) ter sintomas específi-

cos, todas elas acarretam em quadros comuns de

tosse, obstrução nasal, dores no peito e de garganta,

garganta irritada, dificuldade respiratória ao repou-

so e dispnéia (FONSECA e VASCONCELOS, 2011).

Além da aplicação das técnicas propriamente di-

ta, outra estratégias devem fazer parte de um acom-

panhamento fisioterapêutico diante dessas enfermi-

dades respiratórias. Nesse sentido, importante rela-

tar que a atividade de orientação e treinamento de-

senvolvida pelo projeto “InspirAção”, ocorreu conco-

mitante a ação aqui. O “InspirAção” proporcionou

palestras e discussões com os pais e pacientes do

projeto “Respire bem e cresça melhor”, sobre temas

relacionados aos cuidados respiratórios, manejo e

prevenção de crises, prática de atividade física e exer-

cícios terapêuticos, dentre outros temas (figura 1).Essa estratégia educativa, direcionada aos pais/ 

responsáveis, cuidadores, escolares e adolescentes

pneumopatas, tem o intuito de informar e conscien-

tizar essa comunidade sobre diferentes aspectos do

quadro respiratório das crianças, assim contribuindo

no processo de recuperação.

Considerando que a clínica escola de fisioterapia

do CEFID/UDESC configura hoje como um centro de

ensino, pesquisa e extensão que atende a população

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de todo estado de Santa Catarina, sua importância

no cenário assistencial da região é grande. A maioria

dos pacientes assistidos pela clínica é proveniente da

grande Florianópolis, em função de sua localização

e da parceria formada entre o departamento de fi-

sioterapia e a secretaria municipal de saúde de Flo-rianópolis (RELATÓRIO UDESC, 2011). Sendo assim,

a oferta desse tipo de terapêutica para comunidade

aspira contribuir com o sistema de saúde da cidade,

especificamente na área de saúde da criança. Além

disso, esta é uma proposta pioneira de assistência

fisioterapêutica direcionada à população pediátrica

na atenção primária, promovida por uma universida-

de pública do estado de Santa Catarina.

Importante mencionar o cenário da saúde hoje,

no qual a atenção à saúde da criança é alvo de pre-ocupação de profissionais, gestores e políticos, e re-

presenta um campo prioritário de investimentos

dentro dos cuidados à saúde da população. Isso tem

provocado inúmeras transformações nas diretrizes

das políticas de saúde voltadas à população infantil

(NOVACZYK et al., 2008), mas apesar desse contexto,

garantir assistência fisioterapêutica não tem sido fo-

co das discussões. Isso fica evidente no estudo de

Rizzetti e Trevisan (2008), no qual foram listadas as

políticas para a atenção à criança, que foram implan-

tadas a nível federal. Não há registro de nenhuma

ação promotora de saúde destinada ao tratamento

ou assistência fisioterapêutica.

Dessa forma, se faz cada vez mais necessário e

importante que as universidades também se envol-vam com essas questões. Não assumindo a respon-

sabilidade de gerar soluções, mas realizando ações

de extensão para amenizar os problemas referentes

a essa esfera.

Nesse ponto, Neuwald et al. (2005) relatam que

a difusão científica vem sendo apontada como fer-

ramenta, e até mesmo como um movimento social,

com a capacidade de estimular e fortalecer o exercí-

cio da cidadania e da melhoria da saúde das popu-

lações. Nessa linha, os programas de extensão, aquino caso envolvendo a fisioterapia pediátrica, quando

expandidos também para atividades voltadas à aten-

ção primária contribuem com esse processo.

Alguns autores têm demonstrado que esforço

conjunto e uma visão integrada da saúde, não só nos

seus aspectos orgânicos, mas também psicoafetivos

e sociais proporcionam a todas as crianças, particu-

larmente àquelas com necessidades especiais, subsí-

dios necessários para alcançarem seu potencial de

Figura 1: Material ilustrativo distribuído para divulgação de palestras realizadas no projeto InspirAção, em parceria com o

projeto Respire bem e cresça melhor, ambos oferecidos pelo curso de fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Ca-

tarina, através do Programa Brincando de Respirar.

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crescimento e desenvolvimento de maneira satisfa-

tória (FIGUEIRA et al., 2003). Considerando que a

inserção do atendimento fisioterapêutico em progra-

mas de extensão é tida como um procedimento de

melhoria do serviço de saúde, ações como essa po-

dem interferir, positivamente, na qualidade de vidada criança, conforme rege o estatuto da criança e do

adolescente (BRASIL, LEIS e DECRETOS, 1990). E por

isso, devem ser divulgadas e estimuladas.

Reforçando o exposto, Marães et al. (2010) des-

tacam que projetos pedagógicos em universidades

tem como foco o sujeito aprendiz, buscando assegu-

rar ao graduando uma formação integral, que man-

tenha uma relação orgânica entre ensino, pesquisa

e extensão. As universidades não devem se restringir

apenas a transmissão de informações e valores indi-viduais, mas sim coletivos, assim como os espaços

destinados aos projetos não devem servir apenas pa-

ra a aquisição de habilidades profissionais, mas que

sejam vistos como um meio de integração com a

comunidade (QUIMELLI, 2006).

Diante do exposto, fica evidente que o ofereci-

mento de projetos de assistência fisioterapêutica de

caráter primário, como o “Respire bem e cresça me-

lhor” aqui caracterizado, corrobora com a necessida-de de saúde preventiva e terapêutica que pacientes

pediátricos com disfunções cardiorrespiratórias de-

manda, além de facilitar o acesso da comunidade e

da população infantil a esse tipo de procedimento.

Conclusões

O presente artigo apresentou as ações realizadas

pelo projeto de extensão “Respire bem e cresça me-

lhor”, desenvolvido na UDESC, desde sua implantação

até o presente momento. O projeto continua em an-

damento, prestando assistência ao público infantil,garantindo o acesso da comunidade a esse tipo de

terapêutica e, ainda, viabilizando a relação acadêmica

com facetas das políticas de saúde da criança.

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