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Revista de Imprensa

1. Entrevista Fernando Araújo. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Tecnohospital, 01/09/2017 1

2. Grátis - Medicamentos para doença de Crohn, Jornal de Notícias, 16/11/2017 10

3. Unidades de saúde obrigadas a ter plano de prevenção e controlo de legionela, i, 16/11/2017 11

4. Vale do Sousa. Saúde - Mais rastreios de retinopatia, Correio da Manhã - Correio da Manhã Norte,15/11/2017

13

5. Obras no hospital à espera das Finanças, Jornal de Notícias, 16/11/2017 14

6. Equipamento novo reduz lista de espera, Jornal de Notícias, 16/11/2017 15

7. S. Sebastião é o hospital público com mais elogios, Diário de Aveiro, 16/11/2017 16

8. Hospital de Fafe tem plano de prevenção de Legionella, Notícias de Fafe, 10/11/2017 17

9. DPOC: uma doença silenciosa que afecta 800 mil portugueses, Correio do Minho, 16/11/2017 18

10. Alunos sensibilizados para vencer a diabetes, Correio do Minho, 16/11/2017 19

11. CHMA assinala Dia Mundial da Diabetes com várias atividades, Jornal do Ave, 09/11/2017 20

12. Município promove rastreio à Diabetes, Notícias de Fafe, 10/11/2017 21

13. Dia Mundial da Pessoa com AVC, Progresso de Paredes (O), 10/11/2017 22

14. Centro Oncológico de Vila Real reivindica novos equipamentos..., Viva Douro, 01/11/2017 23

15. Casa da Juventude Promoveu Sessão na Escola de Aver-o-Mar, Voz da Póvoa (A), 15/11/2017 24

16. Centro Hospitalar de São João com cobertura total de rede wi-fi, Tecnohospital, 01/09/2017 25

17. Demissão em bloco nos serviços das dependências, Jornal de Notícias, 16/11/2017 26

18. Saúde - Ministro quer regularizar dívidas, Jornal de Notícias, 16/11/2017 27

19. Rastreio ao cancro da mama vai começar aos 50 anos, Jornal de Notícias, 16/11/2017 28

20. Técnicos diagnóstico mantêm greve, Jornal de Notícias, 16/11/2017 29

21. Quase mil médicos sem vaga de acesso à especialidade, Diário de Notícias, 16/11/2017 30

22. Correio da Saúde, Correio da Manhã, 16/11/2017 32

23. Investigadores encontram a origem do aumento benigno da próstata, Correio do Minho, 16/11/2017 33

24. Hepatite A afeta 505 portugueses, Correio da Manhã, 16/11/2017 34

25. Consumo de antibióticos volta a aumentar em Portugal, Público, 16/11/2017 35

26. Quase duas semanas depois, pouco se sabe sobre a origem do surto, Público, 16/11/2017 36

27. Previsão de abrandamento de casos falhou, Jornal de Notícias, 16/11/2017 37

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28. Hospital 4.0 A influência dos novos conceitos na gestão de ativos na Saúde, Tecnohospital, 01/09/2017 38

29. Tens um voto para a troca?, Visão, 16/11/2017 43

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Âmbito: Saúde e Educação

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Corte: 1 de 9ID: 72225922 01-09-2017entrevista

Tecnohospital (TH): O que nos pode di-

zer sobre a sua passagem pela Ordem

dos Médicos? Foi uma experiência gra-

ta?

Fernando Araújo (FA): Foi muito grata.

Em Portugal temos falta de organizações

da sociedade civil nas várias vertentes,

que possam de alguma forma ajudar a

refletir e a discutir, e ajudar também o

poder político a tomar decisões funda-

mentadas.

Eu revejo sempre com enorme prazer a

minha passagem pela Ordem e tento sem-

pre estimular, onde estou, a constituição

de organizações da sociedade civil que

estimulem a reflexão, a discussão, e que

sejam dinâmicas. Essas entidades devem

exigir-nos trabalho, que de alguma forma

façam aquele escrutínio público que é pre-

ciso para nós melhorarmos a nossa ação.

TH: A sua carreira de médico foi feita

sempre no Hospital de S. João?

FA: Do ponto de vista hospitalar foi sem-

pre no S. João. Foi lá que me formei e tirei a

especialidade, e lá comecei o meu percurso de

especialista de Imuno-hemoterapia.

Geri primeiro uma unidade pequena dentro

do serviço e depois acabei por gerir o serviço.

Geri também o departamento, mas creio que

esse é o percurso normal de quem se dedica

Fernando Araújo

Fernando Araújo elenca as principais prioridades do XXI Governo Constitucional para a área da Saúde, com especial enfoque na rede de cuidados continuados integrados e na promoção de medidas de Saúde Pública. As mais recentes reivindicações de algumas classes profissionais não ficaram de fora da conversa, com o Secretário de Estado a reconhecer também o papel importante dos engenheiros e arquitetos da Saúde (menos numerosos e, portanto, com menos capacidade de reivindicação) no SNS.

Entrevista conduzida por Fernando Barbosa e Cátia Vilaça

Texto e Fotografia por Cátia Vilaça

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com motivação à instituição onde trabalha, e

felizmente temos muitos profissionais assim

no SNS. O que nós fazemos, em funções de

gestão, de atendimento dos doentes ou de

investigação, fazemos sempre com o máximo

empenho, e isso é que é relevante.

TH: Na área da investigação, em que é que

trabalhou particularmente?

FA: Trabalhei muito na área da Genética

ligada ao sangue, que é a minha área de es-

pecialidade, e foi nesse contexto que o grupo

de investigação no qual me inseria publicou

artigos, tendo partido daí a minha base para

o doutoramento. A investigação abrangeu

também os vírus do HIV e Hepatite C.

TH: No Ministério da Saúde, quais são as

áreas que lhe estão delegadas?

FA: Há três áreas que eu considero funda-

mentais: a primeira é a reforma dos cuidados

primários, ou seja, a continuação da reforma

iniciada em 2006.

Os cuidados primários são a base do SNS e

cada vez temos de lhes dar mais força, mais

capacidade de ação, e portanto essa é uma

área à qual dedico boa parte do tempo. A ou-

tra é a reforma dos Cuidados Continuados

Integrados, que é uma área ainda em franco

desenvolvimento.

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Corte: 3 de 9ID: 72225922 01-09-2017Estamos longe de concluir a rede [Nacional

de Cuidados Continuados Integrados], mas

trata-se de um avanço desejado por todos,

quer nas suas componentes mais clássicas,

quer nas novas áreas como a Saúde Mental

ou Pediatria. O meu terceiro foco de atua-

ção são os Programas de Saúde.

Nós trabalhamos muito as questões dos tra-

tamentos, um pouco menos a reabilitação,

mas temos de trabalhar acima de tudo com

a prevenção e com a articulação e integra-

ção de cuidados, de modo a que se consiga,

nessas áreas, por todos os intervenientes

a falar – Cuidados Primários, Continuados,

Hospitalares e Paliativos - todos focados no

utente, de modo a conseguir ganhos de Saú-

de. Poder juntar as peças e obter resultados

no final é o tipo de ação que mais realiza.

TH: Nesse contexto, há medidas em pre-

paração?

FA: Nós temos atuado em todos os progra-

mas considerados prioritários: o da Alimen-

tação Saudável e da Saúde Mental, com uma

aposta cada vez maior na comunidade e na

ligação com os Cuidados Primários e com

os Cuidados Continuados Integrados. Este

ano iniciou-se, aliás, o primeiro projeto-pi-

loto nessa área. Temos tido um conjunto de

iniciativas conducentes à descentralização,

através da realização de exames nos cuida-

dos de saúde primários e da possibilidade

de existir ligação entre as duas áreas para

conseguir mais ganhos para os utentes.

São programas de Saúde para os quais,

para termos uma estratégia, vamos ter de

integrar todas as vertentes do SNS.

TH: Em matéria de Saúde Mental havia

até um défice de camas…

FA: Na Saúde Mental, a lógica é termos

cada vez menos camas. A aposta tem ido

muito no sentido de uma menor lotação

dos hospitais psiquiátricos, que devem

ser muito especializados. Devemos ter

internamento em hospitais centrais para

cuidados agudos, mas a grande aposta é

conseguirmos que os serviços de Saúde

Mental saiam dos hospitais e vão para a

comunidade: para os cuidados primários,

para a área domiciliária. Há seguramente

patologias e ocasiões que requerem inter-

namento, mas a Saúde Mental atualmente

faz-se na sociedade e fora das paredes dos

hospitais.

Continuam a faltar cuidados específicos,

por exemplo em Pedopsiquiatria, e em

Lisboa abriu-se já uma unidade adicional

nesse sentido, bem como criou-se a unida-

de no CHUC que faltava, mas em termos

globais o objetivo é integrar os cidadãos

na família e na sociedade.

TH: E também alguma sensibilização jun-

to do público, atendendo ao estigma?

FA: Sim, pretendemos retirar o estigma

e tornar muitos desses doentes agentes

ativos da sociedade. Se bem contextuali-

zados, podem ter autonomia, não estarem

dependentes, trabalhar e colaborar ativa-

mente na sua integração na sociedade.

TH: Dentro da Saúde Mental, o Hospital

Sobral Cid no qual trabalhei durante qua-

se 35 anos está, em termos físicos, a de-

gradar-se, quando antes da sua integra-

ção no CHUC era uma zona arborizada e

bem tratada onde os doentes circulavam

e tinham condições para serem tratados

com dignidade. Por outro lado, os doen-

tes foram sendo entregues a IPSS e a pri-

vados, e o Hospital só ainda não fechou

porque vão restando os inimputáveis

perigosos, que têm de estar à ordem do

tribunal e aqueles que têm problemas de

adição. Funcionam ainda alguns serviços

de Hospital de Dia, violência familiar, te-

rapia ocupacional. Em contrapartida, o

CHUC tem apenas umas poucas dezenas

de camas para internamento de agudos

em Psiquiatria e um espaço interior e ex-

terior reduzidos. Qual a sua opinião sobre

esta situação?

FA: No conjunto das opções políticas, a

Saúde Mental por vezes é menos valori-

zada porque os utentes não têm muita ca-

pacidade de organização e de pressão, ao

contrário de outras áreas e de outras pa-

tologias, e as próprias famílias têm por ve-

zes alguma vergonha do processo. Daí que

seja responsabilidade do Estado obrigar-

-se a si próprio a colocar a Saúde Mental

como uma das suas prioridades. Eu co-

mungo da questão de que por vezes não

é dada atenção adequada à Saúde Mental,

e penso que podemos atender a esta área

de forma muito mais particular e com mais

empenho.

TH: O plano que referiu prevê uma des-

centralização de recursos e prestação

desses cuidados através de serviços so-

ciais e locais criados nos hospitais gerais.

Que avaliação é que faz da forma como

isso tem sido implementado?

FA: Concordo plenamente com o objetivo

de trabalharmos nesse contexto. No en-

tanto, temos tido velocidades diferentes e

se calhar ritmos também diferentes nessa

pequena revolução, porque é preciso tam-

bém haver meios para podermos ter ser-

viços que possam crescer. No entanto, os

locais onde estive apresentam excelentes

resultados. Em Vila da Feira não havia ser-

viço de Saúde Mental. O serviço foi criado,

aos poucos, e agora é um serviço extre-

mamente ativo, dinâmico e respeitado na

área de Entre Douro e Vouga. As pessoas

antigamente tinham de vir para o Maga-

lhães Lemos [no Porto] para uma consulta

e agora conseguem ter uma resposta local.

TH: Uma das funções da Secretaria de

Estado é licenciar e organizar o funcio-

namento dos estabelecimentos termais.

Para isso tem de ter apoios técnicos que

possam servir de suporte. Esses apoios

existem? Os serviços centrais do Estado

estão hoje muito desprovidos de pessoas

ligadas às instalações e equipamentos de

Saúde.

FA: Neste caso dos estabelecimentos ter-

mais é a DGS, através da Divisão de Saúde

Ambiental, que fornece o apoio técnico.

Para esta área, a experiência que existe é

adequada.

TH: A Reforma dos Cuidados de Saúde

Continuados Integrados começou em

2006. Era um plano a ser gerido em con-

junto pela Saúde e Segurança Social. Qual

é a componente da Saúde nessa reforma?

FA: É paritária. Há áreas em que o papel da

Saúde é preponderante, por exemplo em

unidades de convalescença.

Já nas unidades de longa duração a parte da

Segurança Social tem mais relevo. Olhando

para a rede como um todo eu diria que nós

trabalhamos em conjunto, de forma articu-

lada, para conseguir bons resultados. A ideia

da rede [RNCCI] era orientar muitos destes

doentes dos hospitais e evitar a sua ida para

casa numa fase precoce, onde se pode ter

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entrevista

uma capacidade de recuperação muito ele-

vada.

É o caso das unidades de convalescença mé-

dia e até da longa duração.

Os recursos que lá estão alocados, como fi-

sioterapia, terapia da fala ou terapia ocupa-

cional, com apoio médico e de enfermagem

diferenciado, têm um custo muito mais baixo

do que nos hospitais e conseguem recupera-

ções extremamente efetivas. No passado, os

doentes ficavam mais tempo nos hospitais,

sujeitos a infeções nosocomiais, e quando

saíam acabavam por ir para casa, reduzindo

o ritmo e a intensidade da recuperação.

Esta rede veio trazer essa mais-valia e por-

tanto é uma área em que continuamos a

tentar crescer todos os anos, até atingirmos

o patamar delineado quando a rede foi cons-

truída há 10 anos: cerca das 14 mil camas,

mas acima de tudo equipas no terreno que

cubram todos os concelhos do país, as ECCI.

TH: O Estado está a idealizar algum pro-

grama no sentido de dar resposta à ques-

tão das demências? É uma área muito

entregue às ERPI, que não dispõem da

competência técnica suficiente.

FA: Face ao envelhecimento da população,

prevê-se que esse venha a ser um problema

de Saúde Pública face à sua dimensão futura.

Temos tentado iniciar esse caminho e ultra-

passar algumas etapas, havendo inclusiva-

mente um grupo a trabalhar nesse sentido.

Foi feito um relatório, entretanto colocado

à discussão pública e que se encontra a ser

concluído, para criar um conjunto de respos-

tas, desde o diagnóstico precoce e o acompa-

nhamento em fase inicial nos cuidados primá-

rios, e depois por especialistas hospitalares,

às respostas em sede de Segurança Social,

setor solidário e social e autarquias, que aqui

têm um papel muito relevante.

TH: Voltando ao programa dos Cuidados

de Saúde Primários, já há um plano de ação

para este período de 2016 a 2019, que inclui

um plano de formação para os cuidadores.

Como é que isso vai funcionar?

FA: Temos no nosso país, em termos de rede,

muitos cuidadores informais (familiares, vizi-

nhos, amigos) que acabam por não ter a for-

mação adequada nem o acompanhamento

necessário. Também aqui há um relatório que

está a ser terminado agora e vai ser colocado

em discussão pública, realizado pela Saúde

em conjunto com a Segurança Social, e que

irá elencar um conjunto de medidas no sen-

tido de fortalecer os cuidadores informais.

Essas medidas passam por uma melhor for-

mação, explicando por exemplo de que forma

o doente acamado pode ser mudado e como

pode ser feita a sua higiene. Podem parecer

coisas simples, mas para quem está nes-

sa situação e não tem conhecimentos é um

desafio enorme. Por outro lado, equacionar

benefícios ligados ao trabalho e à parte fiscal

para estimular quem tem essa responsabili-

dade. Não faz muito sentido que quem co-

loca o familiar numa ERPI possa incluir essa

despesa em IRS e quem tem o familiar em

casa, com todo o trabalho associado a isso,

não o possa fazer.

Fernando Araújo é doutorado

em Medicina e especialista em

Imuno-hemoterapia. Exerceu ainda

responsabilidades ao nível da gestão

intermédia e da gestão de topo, como

adjunto da Direção Clínica do Hospital

de São João, gestor dos projetos do

Saúde XXI do Hospital de São João e

Presidente da Comissão de Avaliação

Clínica dos Sistemas de Informação

do Hospital de São João, entre outros

cargos. Presidiu ao Colégio de Imuno-

hemoterapia da Ordem dos Médicos

e ao Conselho Diretivo da ARS-Norte.

É Secretário de Estado Adjunto e da

Saúde do XXI Governo Constitucional.

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TH: As Unidades de Saúde Familiar (USF)

tiveram início em 2006 e em abril de 2016

já havia 450. Esse número continua a cres-

cer?

FA: O Governo tem o objetivo de criar 100

USF durante esta legislatura. No ano passa-

do foram criadas 30 USF e este ano estamos

a desenvolver esforços para criar outras 30,

de modo a ultrapassar os próprios objetivos

delineados. Consideramos que as USF são

fundamentais, funcionando com profissionais

dedicados, disponíveis para serem avaliados

e abraçarem um projeto comum, para dar

uma resposta integrada às pessoas. Quando

vamos ao terreno nota-se, pelo lado dos pro-

fissionais de saúde, uma enorme satisfação

pelo facto de poderem livremente associar-

-se e gerir toda a sua carteira de serviços.

Mas acima de tudo, a satisfação é grande do

lado dos utentes, que têm uma equipa que

os conhece bem, a cuidar deles. Quando um

médico está de baixa ou de férias, o utente

sabe que um outro da equipa o vai substituir,

o que significa ter uma resposta na mesma

unidade, por quem o conhece.

TH: Mesmo assim ainda há portugueses

que não têm médico de família…

FA: É possível que até ao final da legislatura

consigamos finalmente alcançar a meta que

parecia impossível - dar um médico e um en-

fermeiro de família a todos os portugueses.

Quando começámos, no final de 2015, havia

cerca de 1,2 milhões de pessoas sem médi-

co de família, e terminámos o ano passado

com cerca de 800 mil utentes nessa situa-

ção. Este ano, o concurso de médicos de fa-

mília acabou há pouco tempo, pelo que vão

agora começar a ser alocados. É expectável

que possamos, no final deste ano, ter cerca

de 500 mil utentes sem médico de família,

embora haja também a questão das aposen-

tações a ter em conta.

TH: Em termos económicos, isso é susten-

tável?

FA: Não só é sustentável como desejável.

Nós gastamos muito menos dinheiro se

tivermos uma resposta nos cuidados pri-

mários. Dou o exemplo da diabetes. Se o

doente for seguido com enfermeiro, médico,

nutricionista, psicólogo e até em alguns ca-

sos com podologista, consegue manter a sua

doença muito mais estável e evitar interna-

mentos, urgências, complicações oftalmoló-

gicas, neurológicas e renais, que são muito

mais dispendiosas. A taxa de hemodiálise

em Portugal é muito superior à média eu-

ropeia, fruto da diabetes e da hipertensão,

o que tem custos muito elevados e coloca

muita pressão na questão dos transplantes.

Portugal até é um dos países com uma das

mais elevadas taxas de transplante por mil

habitantes, mas apesar desta resposta te-

mos muitos pedidos, porque não temos con-

trolado as doenças de base. Se não for feita

uma aposta séria nos cuidados primários, o

SNS terá muitas dificuldades no futuro em

conseguir ser sustentável. Eu diria até que

importa começar antes dos cuidados primá-

rios, ou seja, evitar as doenças. Isso passa

por apostar nas políticas de promoção da

alimentação saudável, de exercício físico,

na prevenção tabágica, porque se não fizer-

mos algo para evitar este crescimento de

algumas patologias, dentro de alguns anos

não teremos capacidade de uma resposta

adequada. Voltando à diabetes, o relatório

da OCDE que vai ser publicado em bre-

ve mostra que Portugal é o país da Europa

que tem uma maior prevalência de diabetes

– cerca de 10 por cento dos portugueses

possuem esta patologia. O impacto que isso

tem no SNS a curto, médio e longo prazo é

extremamente pesado. Só em fármacos an-

tidiabéticos gastamos mais de 150 milhões

de euros. Evitar esta situação passa muito

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Acho possível encontrar soluções que sejam sustentáveis.

pela educação, por medidas para impedir o

aparecimento deste tipo de patologias que

depois teremos de seguir, com custos muito

mais elevados. Temos também um em cada

três cidadãos hipertensos e um em cada dois

é obeso ou tem excesso de peso, e isto é uma

tríade que tem de ser alterada.

TH: O portal do SNS permite já marcar

consultas mas tem poucos inscritos. Quais

as melhorias que podem ser introduzidas

nesse serviço, que neste momento abran-

ge cerca de 25 por cento dos utentes?

FA: Essa é uma área inovadora, e apesar

de se pensar que são poucos, eu diria que

são muitos mais do que era previsível. Ve-

jamos o caso da receita desmaterializada.

Se nos dissessem, quando entrámos em

funções, há dois anos, que neste momento

teríamos 100 por cento da prescrição mé-

dica eletrónica e um número muito elevado

de receitas totalmente desmaterializadas,

ninguém acreditaria. A verdade é que em

dois anos foi feita uma pequena revolução.

Os profissionais e os utentes têm tido uma

abertura e uma disponibilidade muito gran-

des para aderir a estas questões. Tem havi-

do um crescimento interessante à medida

que vamos colocando mais serviços e mais

respostas. Quando se compara com outros

países europeus, o ritmo de adesão tem

sido muito favorável, o que nos deixa extre-

mamente orgulhosos. Vamos passar agora

para uma fase de desmaterialização dos

Meios Complementares de Diagnóstico e

Terapêutica, de modo a que o utente não

tenha de ir buscar as análises à instituição

onde os realizou ou marcar uma consulta

no seu médico de família para os entregar.

TH: Em relação aos MCDT, há condições

para ter esta desmaterialização feita até

ao final da legislatura?

FA: Nós estamos com experiências nos

ACES de Barcelos, Gondomar e no Centro

Hospitalar do Porto. Há três ou cinco anos

não havia essa capacidade ou disponibili-

dade, portanto é expectável que, com o fim

destas experiências-piloto, estas questões

tenham um crescimento muito rápido. Se

até ao final da legislatura vamos concluir te-

remos de avaliar, mas teremos seguramente

uma enorme fatia dessa desmaterialização

efetuada. Com estas medidas, reduz-se a

duplicação de exames, repercutindo-se este

aspeto também na redução da despesa ina-

propriada.

TH: Em relação às cirurgias, os utentes em

lista de espera há mais tempo irão ser con-

tactados por um serviço do SNS. Como é

que este serviço vai funcionar e que conse-

quências isto pode trazer para a organiza-

ção interna dos hospitais?

FA: Quando o utente ultrapassa os Tempos

Máximos de Resposta Garantidos recebe

um vale cirurgia para poder ir a unidades

convencionadas realizar a sua cirurgia, de

forma a não prejudicar o utente. Aqui a

questão é podermos gerir mais facilmen-

te este processo. Em vez de o doente re-

ceber o vale, é contactado de forma mais

precoce, podendo falar com alguém que

possa orientá-lo. Nós temos utentes que

recebem o documento em casa e não sa-

bem muito bem o que hão de fazer, têm

receio, outros preferem ficar no hospital

onde estão, mesmo que tenham de espe-

rar mais tempo, porque têm mais confian-

ça na equipa, mas ficam com receio de ir

para o fim da lista. Ter um contacto do lado

do SNS que esclareça dúvidas e ajude a

resolver problemas não traz impacto na

gestão dos processos e trará seguramente

benefícios para as pessoas.

TH: Na opinião pública, aparentemente

houve uma compreensão inicial das reivin-

dicações de alguns grupos, nomeadamen-

te dos enfermeiros, que passaram a ideia

de não serem devidamente compensados

por terem uma especialidade. Depois as

pessoas começaram a achar que um acrés-

cimo de 400 euros era demasiado. De que

forma é possível adequar estas exigências

ao OE2018?

FA: A resposta passa por negociarmos e dis-

cutirmos. Nós reconhecemos a mais-valia

técnica da diferenciação dos recursos hu-

manos em saúde, e temos de ter bom senso

relativamente ao que podemos fazer e ao

ritmo do que podemos fazer. É necessário

encontrar um meio-termo que permita a

regularização das pessoas que ao longo de

vários anos acabaram por não ter essa res-

posta da parte do Estado. Simultaneamen-

te, essa retificação tem de ser feita de uma

forma sustentável para que não ponha em

causa nem o Orçamento da Saúde nem o do

país. Penso que é nesse clima de diálogo e de

compreensão mútua que vamos encontrar

soluções.

TH: Acha possível acomodar os tais 400

euros?

FA: Acho possível encontrar soluções que

sejam sustentáveis. Naturalmente os sindi-

catos tendem sempre a fazer valer as posi-

ções dos profissionais, e nós tentamos fazer

valer as posições do Estado. Pensamos que

encontraremos no meio da discussão solu-

ções que sejam equilibradas e que de algu-

ma forma respondam às ambições dos pro-

fissionais, mas que não coloquem em causa a

sustentabilidade do SNS.

TH: No SNS não há só enfermeiros, médi-

cos e técnicos de diagnóstico e terapêuti-

ca. Isso pode ser uma situação que venha

depois a repercutir-se nos outros profissio-

nais…

FA: Por isso é que essa negociação tem de

ser muito equilibrada e ponderada. Para

além das questões salariais, também temos

de ter recursos no SNS para o investimento,

por exemplo em equipamentos, e portan-

to temos de ter capacidade de apostar na

própria renovação e requalificação, e até na

criação de outros serviços para os utentes.

É uma área complexa mas é possível chegar

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País: Portugal

Period.: Bimestral

Âmbito: Saúde e Educação

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Área: 19,00 x 27,70 cm²

Corte: 7 de 9ID: 72225922 01-09-2017a bom termo. Quando se fala com os profis-

sionais, independentemente de tudo, eles

defendem muito o SNS, defendem muito a

sua profissão e fazem-no com muita paixão, e

quando é assim eu acho que é possível conse-

guir boas respostas para todos.

TH: Não existe uma carreira específica na

área da engenharia e da arquitetura em

Saúde. Há alguns profissionais dessa área

que são técnicos superiores de Saúde, e

portanto sentem-se sempre um pouco de-

sapoiados e segregados, porque os grupos

profissionais com muita gente são ouvidos

porque fazem muito barulho, e aqueles

grupos vão sendo esvaídos de conteúdo, de

locais de trabalho e de remuneração. Não o

preocupa também a situação destes profis-

sionais?

FA: A importância não se mede pelo número

de pessoas mas pelo valor que trazem para o

SNS. Os engenheiros, arquitetos e outras pro-

fissões ligadas às obras e equipamentos são

fundamentais e reúnem uma competência e

um conhecimento que não podemos esque-

cer. Podemos ter excelentes médicos e enfer-

meiros, mas se todo o restante processo não

funcionar não adianta. Tentamos, portanto,

não desproteger esses profissionais, bem pelo

contrário, tentamos ao máximo motivá-los.

TH: A ATEHP fez uma proposta ao atual mi-

nistro no sentido de colaborar na elaboração

de uma carta de equipamentos de saúde,

dado haver muito equipamento já com gran-

de deterioração que precisa de ser substituí-

do. Essa colaboração pode ser útil ao Minis-

tério?

FA: Essa área não está sob a minha alçada mas

sob a do Dr. Manuel Delgado [Secretário de

Estado da Saúde]. No entanto, é uma área que

considero fundamental porque é muito espe-

cífica, muito técnica, e portanto quando se fala

em estudos para avaliar esta área diferencia-

da, necessitamos de técnicos e vocês serão

seguramente um parceiro indispensável nessa

reflexão.

TH: A descentralização é uma intenção do

Governo mas tem vindo a ser adiada. O que

está previsto fazer-se para que o centralis-

mo de Lisboa (e do Porto) seja uma realidade

cada vez menos sentida?

FA: É uma das prioridades do Governo.

A discussão foi iniciada de uma forma mui-

to mais operacional no início deste ano,

depois teve de ser interrompida por causa

das eleições autárquicas, e agora vai ser re-

tomada em força. Há aqui um conjunto de

competências das várias áreas da Governa-

ção, incluindo a Saúde, que nós queremos

muito que sejam transferidas para as au-

tarquias. Na área da Saúde, está em causa

a manutenção dos edifícios dos cuidados

primários, edifícios com menos exigências

do ponto de vista técnico, mas também o

transporte dos doentes. São áreas em que

as autarquias podem ter um papel muito

relevante.

TH: Perante a crescente dívida da Saúde

aos fornecedores e o elevado sub-finan-

ciamento dos hospitais e ARS, com reflexo

na falta de produtos, materiais e consumí-

veis, como pensa o Governo reverter esta

situação?

FA: Eu não me revejo na questão da fal-

ta de recursos, consumíveis e produtos

no SNS. Nós temos situações pontuais

que têm a ver com concursos que ficam

por vezes parados por razões jurídicas

ou outras, e entregas fora de tempo, mas

não tenho essa noção catastrófica de uma

falta generalizada de meios. Reconheço é

a dívida a fornecedores, e temos estado a

trabalhar, com o Ministério das Finanças,

num plano para conseguir reduzi-la. Ao

longo dos anos, tem havido injeções de

capital extraordinárias, e este ano também

irá ser assim, de modo que até ao fim do

ano o objetivo é ficarmos com uma dívida

igual à que tínhamos no final de 2016, sen-

do certo que para 2018 deverá haver um

plano especial de recuperação da dívida

que também está a ser trabalhado com as

Finanças. Não penso que exista essa falta

de consumíveis ou de meios, mas a ideia

é reduzir a dívida para garantir melhores

preços junto dos fornecedores desse tipo

de equipamento e de material.

TH: Quais os próximos objetivos da sua

Secretaria de Estado?

FA: As reformas já referidas irão continuar

e são áreas prioritárias nas quais vamos

continuar a apostar. No entanto, o grande

objetivo é nas áreas da Saúde Pública, em

termos de prevenção. A questão do seden-

tarismo e dos programas da promoção da

atividade física terá, em 2018, um enorme

desenvolvimento. Nós temos maus indi-

cadores a nível internacional e temos de

apostar muito na promoção da Alimenta-

ção Saudável. Nos próximos tempos haverá

atividades e medidas de combate à obesi-

dade, nomeadamente a obesidade infantil.

Estas questões não têm, seguramente, im-

pacto neste ano ou no próximo, mas terão

impacto daqui a 10 ou 15 anos, o que é

fundamental para a qualidade de vida dos

portugueses mas também para assegurar a

sustentabilidade do SNS. Há pouco tempo

o INE mostrou que nós voltámos a aumen-

tar a esperança média de vida. No entanto,

estamos na cauda da Europa em termos de

perda de anos de vida saudáveis. A única

forma de evitar isso é seguramente através

da promoção, ao longo da vida, de compor-

tamentos saudáveis, e cada um de nós tem

de ser um agente ativo nessa mudança de

comportamentos.

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4 FernandoAraújo,SecretáriodeEstadoAdjunto

edaSaúde

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Âmbito: Saúde e Educação

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éd

ia, Lda. 2016

dossier

os desafios de um hospital atual

P.V.P. 6,50 € · Periodicidade Bimestral · n.º 83 · setembro/outubro 2017 · Diretor: Fernando Barbosa

83

PU

B.

entrevista

Fernando AraújoSecretário de Estado Adjunto e da Saúde

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Grátis Medicamentos para doença de Crohn

• Os medicamentos para o tratamento da doença de Crohn ou colite ulcerosa são, a partir de hoje, gratuitos para o doente, segundo uma porta-ria publicada em Diário da República. Os fármacos têm de ser prescritos por gastren-terologistas do Serviço Nacio-nal de Saúde e levantados nas farmácias dos hospitais.

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O Radar //

Surto de legionela no S. Francisco Xavier afetou

54 pessoas. Cinco doentes não resistiram

1,1A I RJ/ KA 1.0

Unidades de saúde obrigadas a ter plano

de prevenção e controlo da legionela

Surto começou no perímetro do Hospital S. Francisco Xavier. Hospitais e centros de saúde com novas regras

MARTA F. REIS nzarta.reis(ajonline.pt

As unidades de saúde vão pas-sar a ter de garantir um plano de prevenção e controlo da legio-nela. Uma norma divulgada ontem pela Direção Geral da Saúde determina que os gesto-res devem definir urna estrutu-ra de coordenação para esta área e assegurar a existência deste plano, que deve determinar não só a avaliação do risco dentro da unidade mas também a vigi-lância e manutenção dos siste-mas geradores de aerossóis.

O ministro da Saúde já tinha anunciado que esta quarta-fei-ra seriam anunciadas normas mais exigentes para a preven-ção da doença dos legionários, embora o governo já tenha tam-bém indicado que o futuro pode-rá passar pelo reforço do qua-dro sancionatório às entidades que não cumpram as suas obri-gações mas também pela repo-sição de alguma regularidade nas auditorias, algo revogado na anterior legislatura.

Para já, a norma da DGS diz apenas respeito às unidades pres-tadoras de cuidados de saúde e

não avança nestas matérias, cla-rificando apenas as medidas pre-ventivas a adotar.

A equipa a constituir em cada unidade tem de incluir respon-sáveis dos serviços de instala-ções e equipamentos, do Pro-grama de Prevenção e Contro-lo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, do serviço de Saúde Ocupacional, da Gestão do Risco e de "outros elemen-tos de outros serviços ou pro-gramas considerados pertinen-tes, nomeadamente profissio-nais das Unidades de Saúde Pública dos Agrupamentos de

Centros de Saúde/Unidades Locais de Saúde", lê-se na norma Devem ser abrangidos não só os equi-pamentos integrantes dos siste-mas de ar condicionado como torres de arrefecimento ou humi-dificadores mas também as redes de água quente sanitária e água fria. São abrangidos ainda todos os sistemas que utilizem água climatizada de uso terapêutico c até sistemas dc rega por asper-são e fontes ornamentais.

A norma da DGS exige "cadas-tro completo e atualizado das instalações e equipamentos", a caracterização do risco em cada equipamento e identificação dos pontos críticos e um programa de manutenção e inspeção de cada instalação. Deve também

Norma da DGS exige cadastro

completo e atualizado dos

pontos de risco

Além da climatização e

águas, há que vigiar sistema de rega e

fontes ornamentais

estar definida a periodicidade dos tratamentos de água e desin-feção periódica, sendo que as unidades também passam a estar obrigadas a ter um registo de todas as atividades de operação e manutenção e dos resultados das análises. Quaisquer resul-tados que excedam os valores definidos na lei têm de ser comu-nicados à DGS, diz a norma.

Ontem a DGS apresentou o relatório preliminar sobre os procedimentos durante o surto que vitimou cinco pessoas e que será entregue ao Ministério Públi-co. Para já, refere o documen-to, é possível afirmar que exis-te uma "elevada probabilidade" de que a fonte de infeção tenha ocorrido dentro do perímetro do hospital. A diretora-geral da Saúde não revelou porém a sus-peita em causa, sendo que nos últimos dias chegou a falar-se de uma das torres de arrefeci-mento. O relatório refere ainda que as estirpes detetadas em amostradas respiratórias e ambientais são "indistinguíveis".

As autoridades acreditam que o surto está em fase de resolu-ção, embora continuem a sur-gir novos casos. Ontem subiu para 54 o número de pessoas afetadas por este surto, do qual a DGS teve a primeira notifica-ção às 13h15 do dia 3 de novem-bro, fará esta sexta-feira duas semanas.

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Mais rastreios de retinopatia ri Os centros de saúde dos concelhos de Felgueiras, Pa-ços de Ferreira e Lousada de-verão reiniciar o programa de rastreio da retinopatia aos cidadãos diabéticos identifi-cados (cerca de 11 600) . O programa terá uma duração aproximada de seis meses. e

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Centro Hospitalar deverá ter obras no valor de 3,2 milhões de euros

Obras no hospital à espera das Finanças POVOA DE VARZIM /VILA DO CONDE As obras de reabilitação no Cen-tro Hospitalar Póvoa de Var-zim/Vila do Conde (CHPV/VC) deviam ter começado em junho, mas, seis meses depois, conti-nuam à espera do dinheiro. A em-preitada, orçada em 3.2 milhões de euros, está prevista, mas falta o despacho de autorização do Mi-nistério das Finanças.

Aires Pereira e Elisa Ferraz, au-tarcas da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. foram à Adminis-tração Regional de Saúde (ARS) do Norte perguntar quando come-çam as obras nas duas unidades do CHPV/VC que, conforme pro-

messa do ministro da Saúde. Adal-berto Campos Fernandes, deve-riam ter arrancado em junho. Do presidente da ARS/Norte, Pimen-ta Marinho, trouxeram apenas a certeza de que "estão previstas". num investimento de 3,2 milhões de euros nas duas unidades, que engloba a colocação de uma TAC. a remodelação do Serviço de Ur-gência e a instalação da nova va-lência de psiquiatria e saúde men-tal. Mas falta o "sim" do Ministério das Finanças. que se prevé "para breve", mas sem data.

Num comunicado conjunto, os dois autarcas dizem-se "na expec-tativa" de ver cumprida a promes-

Autarquias

Póvoa de Varzim • Aires Pereira defendia uma remodelação mais profunda com a ampliação das atuais instalações, para as quais a Ca-mara cederia, inclusive, os ter-renos do antigo quartel.

Vila do Conde • Elisa Ferraz defendia obras de manutenção e, a médio prazo, a negociação com os privados Hospitais Senhor do Bonfim para aluguer das Instalações para ali colocar o CHPV/VC.

sa, "feita pessoalmente", pelo mi-nistro da Saúde e há muito reivin-dicada pelos dois municípios.

O CHPV/VC não cumpre os re-quisitos legais mínimos de uma urgência médico-cinftgica, já que não dispõe de uma TAC.

O Ministério não põe de parte a construção de raiz do novo CHPV /VC, prometido há mais de duas décadas, mas, por agora, não há verbas e o hospital vai mesmo continuar nos dois velhinhos edi-fícios alugados às misericórdias. •

• •

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Pág: 24

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Corte: 1 de 1ID: 72241200 16-11-2017

Ministro da Saúde e os autarcas de Gaia e de Espinho visitaram Centro Hospitalar

Equipamento novo reduz lista de espera GAIA Dois novos equipamentos, TAC e angiógrafo. para reduzir as listas de espera. Este é o resultado material da visita do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernan-des, ontem, ao Centro Hospitalar Gaia, 'Espinho. Decisivo para en-curtar tempos é o angiógrafo, já a TAC tem a singularidade de ter sido doada pela família Amorim, no valor de 1,7 milhões de euros. Ambos os aparelhos passam a es-tar ao serviço da Cardiologia.

"Tínhamos mais de 200 doen-tes em lista de espera e agora va-mos ver se diminuímos lenta-mente", relata Vasco Gama, dire-tor do SerViço de Cardiologia, dando conta de que o hospital es-teve privado do angiógrafo "du-rante cerca de sete meses, afe-tando os doentes candidatos a ca-teterismos".

Apesar destas melhorias conti-nuam as necessidades. Vasco Gama cita o caso de "uma sala cujo tempo de vida expirou - seria para 10 anos, mas já é utilizada há 12 -" e para qual o ministro manifestou "abertura" quanto à sua substitui-ção, seja através de "doações ou acordos".

A falta de camas é outro proble-ma. Crónico. "Este é um serviço de fiin de linha, todos os doentes vêm cá parar. os mais graves. Neste momento temos oito doentes na Urgência à espera de camas na Cardiologia, que não existem". confere.

O membro do Governo agrade-ceu à familia doadora, represen-tada por 1.uisa Amorim. e sinali-zou que a TAC é a "mais moderna" do serviço público na Península Ibérica. m A.

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Corte: 1 de 1ID: 72240760 16-11-2017

S. Sebastião é o hospital público “com mais elogios”Santa Maria da Feira O Conselho de Administração do Centro Hospitalarde Entre o Douro e Vouga manifesta a sua satisfação por este resultadoO Hospital de S. Sebastião, emSanta Maria da Feira, ocupa oprimeiro lugar da lista de hos-pitais do sector público commaior número de elogios en-trados na Entidade Regula-dora de Saúde (ERS) no pri-meiro semestre de 2017, se-gundo uma nota recentemen -te enviada pelo Centro Hospi-talar de Entre o Douro e Vouga(CHEDV).

No comunicado, o CHEDVrefere que, de acordo com orelatório da ERS relativo aosistema de gestão de reclama-ções, “nos primeiros seis me-ses de 2017, 54,7 por cento doselogios são dirigidos a unida-des do sector público, sendo

os restantes dirigidos a unida-des do sector privado, do sec-tor social e a parcerias público-privadas”.

Segundo o documento, “oHospital de S. Sebastião obteve83 elogios submetidos à ERS,sendo o hospital público a ní-vel nacional que mais elogiosrecebeu”.

Na avaliação global, incluin -do os hospitais públicos, pri-vados e do sector social, o Hos-pital de S. Sebastião foi apenassuperado pelo Hospital da Luz,em Lisboa.

O Conselho de Administra-ção do CHEDV manifesta a suasatisfação por este resultado,salientando que o mesmo “ser -

ve de estímulo para que osnossos colaboradores conti-nuem a apostar na humaniza-

ção e na qualidade técnica ehumana dos cuidados presta-dos aos pacientes”. |

Hospital de S. Sebastião obteve 83 elogios

D.R.

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Notícias de Fafe Meio: Imprensa

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Corte: 1 de 1ID: 72227691 10-11-2017

Água e sistemas de refrigeração são inspeccionados com regularidade

Hospital de Fafe tem plano de prevenção de Legionellla

O Hospital de S. José de Fafe tornou público esta se-mana que tem implementa-do, desde 2015, um "Plano de Prevenção e Controlo da Do-ença dos Legionários". E que o mesmo contempla a análi-se regular da água nos dife-rentes circuitos hospitalares, feita por um Laboratório cre-

denciado, e planos também regulares de manutenção dos equipamentos e sistemas de refrigeração, nomeadamente para pesquisa de Legionellla.

Medidas que, segundo a comunicação do hospital, pretendem evitar riscos para doentes e profissionais, con-tribuindo para prevenir a in-

cidência da doença. "Preten-de-se uma Melhoria da Qua-lidade e Segurança dos Cui-dados de Saúde prestados, integrando nesse contexto a vigilância regular da Doen-ça dos Legionários", avança o hospital.

Lembre-se que um sur-to de Legionella no Hospital

São Francisco Xavier, em Lis-boa, causou dois mortos e in-fectou pelo menos 38 pesso-as nos últimos dias. Há três anos, um surto da doença dos legionários em Vila Franca de Xira fez 12 mortos e afectou centenas de pessoas.

EL

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Meio: Imprensa

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Period.: Diária

Âmbito: Regional

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Corte: 1 de 1ID: 72242336 16-11-2017

DIA MUNDIAL DA DPOC| Isabel Vilhena |

Tosse, expectoração, cansaço efalta de ar são os principais sin-tomas desta doença, sendo o ta-baco o seu principal ‘inimigo’.

Chama-se Doença PulmonarObstrutiva Crónica (DPOC) quese caracteriza por sintomas res-piratórios crónicos e limitaçãoao fluxo de ar.

“Sintomas que, por vezes, sãodesvalorizados e subdiagnosti-cados porque os doentes apren-dem a viver com a sua falta dear, com a tosse e expectoração enão procuram ajuda médica”,alertou ontem Ana Luísa Vieira,médica pneumologista no Hos-pital de Braga, numa acção dedetecção precoce à saúde pul-monar da população que decor-reu no hospital, no âmbito doDia Mundial da DPOC.

“O objectivo desta acção é di-vulgar as doenças respiratóriasmais comuns, valorizar os sinto-mas respiratórios que, muitasvezes, passam despercebidos.Pretendemos rastrear a DPOCque é uma doença comum, pre-venível e tratável”, explicouAna Luísa Vieira.

A médica realçou a importân-cia do rastreio, do teste de espi-rometria que permite fazer o re-gisto de volumes e dos fluxos de

ar e detectar de forma eficaz osprimeiros sinais de obstruçãodas vias aéreas.

Neste teste à saúde pulmonarda população, os médicos pro-moveram sessões de treino dediferentes inaladores e respecti-vas técnicas inalatórias.“Umatécnica correcta inalatória é es-

sencial para o sucesso terapêuti-co. É preciso avaliar a técnicainalatória e ensinar os doentes autilizar correctamente os inala-dores, caso contrário, o fármaconão vai ser bem depositado emtermos pulmonares e não vai sereficaz”.

A conhecida apoiante do Spor-

ting de Braga, Amelinha, reali-zou a espirometria para “ver co-mo anda a saúde dos seus pul-mões, depois de uma gripe commuita tosse e dores no peito”.

Valter Assis sofre de algunsproblemas pulmonares e resol-veu “ouvir outras opiniões e va-leu a pena pela simpatia e profis-

sionalismo”. Já Luz Silva enten-deu fazer o teste, “apenas porprevenção”.

Actualmente é considerada aquarta causa de morte no mun-do, sendo responsável por 3 mi-lhões de mortes anuais. Em Por-tugal, o Observatório Nacionaldas Doenças Respiratórias esti-ma existirem 800 mil doentescom DPOC, com uma prevalên-cia de 14% na população commais de 40 anos.

Ana Luísa Vieira afirma queque “a doença atinge, principal-mente, os homens, fumadores,ex-fumadores ou pessoas que es-tivera estiveram expostas a am-bientes de fumo e a poluição”.

Em matéria de conselhos, apneumologista adverte que “énecessário valorizar os sintomasrespiratórios, nomeadamentetosse, falta de ar e expectoração,evitar poluição, quer em casa,quer fora de casa, e se fumar,tentar deixar o tabaco”, acrescentando que o hospital e oscentros de saúde disponibilizamconsultas gratuitas para ajudaras pessoas a deixar de fumar. Is-so é o mais importante, tendo emconta qu o tabaco é a principalcausa associada à DPOC”.

DPOC: uma doença silenciosaque afecta 800 mil portuguesesÉ CONSIDERADA a quarta causa de morte no mundo. Em Portugal, o observatório estima existirem800 mil doentes com DPOC, com uma prevalência de 14% da população com mais de 40 anos.

DR

Serviço de Pneumologia do Hospital de Braga promoveu teste à saúde pulmonar da população

lll“Sintomas que, por vezes,são desvalorizados e sub--diagnosticados porque os doentes aprendem aviver com a sua falta de ar,com a tosse e expectoraçãoe não procuram ajudamédica”, alertou ontem Ana Luísa Vieira, médicapneumologista no Hospital de Braga.

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Âmbito: Regional

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CELORICO DE BASTO| Redacção |

Informar, esclarecer, sensibilizare prevenir. Este é o principal ob-jectivo da grande campanha desensibilização da diabetes juntodas escolas promovida pela Uni-dade Móvel de Saúde (UMS),em parceria com o Município deCelorico de Basto e ARS Norteatravés da Unidade de Cuidadosà Comunidade ‘Mãos Amigas’.

“Vivemos numa sociedade de-masiado apressada que, muitasvezes, se esquece do mais im-portante, a sua própria saúde”,disse o presidente da CâmaraMunicipal de Celorico de Basto,Joaquim Mota e Silva.

Destacando o serviço de proxi-midade, o autarca frisou que “aUMS tem vindo a fazer um tra-balho exemplar no que respeita à

sensibilização incutindo na co-munidade hábitos de vida saudá-veis”.

As comemorações do dia Mun-dial da Diabetes iniciaram com

um mega círculo azul ‘vencer adiabetes’ realizado na EB 2,3/Sde Celorico de Basto, pelos alu-nos e professores 12º ano. De-correu ainda uma aula de zumba

e rastreios na UMS para profes-sores e auxiliares.

“É muito importante que a co-munidade escolar esteja infor-mada e esclarecida para uma

doença como a diabetes. A nossamissão enquanto escola é muitomais abrangente do que o queestá estipulado o plano curricu-lar, temos objectivos e missõesmuito específicos e um deles ésensibilizar os nossos alunos pa-ra comportamentos saudáveispor isso, promovemos ao longodo dia acções/palestras direcio-nadas a uma alimentação saudá-vel, diabetes, prevenção e ativi-dade física”, disse o director doAgrupamento de Escolas, Ernes-to Mesquita.

Helena Martinho, coordenado-ra dos Serviços de Acção Sociale Saúde da UMS, disse “que es-tas campanhas têm conseguidochegar às populações. Sabemosque um diagnóstico precoce po-de prevenir situações graves eque reconhecer os sinais é valo-rizar a nossa saúde”.

Alunos sensibilizados para vencer a diabetesA COMUNIDADE escolar de Celorico de Basto foi alvo de uma acção de sensibilização promovida pela unidade de saúde local emparceria com o Município e com o Agrupamento de Escolas Celoricenses, prevenindo os alunos para estar alerta para a doença.

DR

Comunidade escolar de Celorico de Basto sensibilizada para prevenir a diabetes

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Regional

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 9,56 x 17,67 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72210834 09-11-2017

Entre os dias 14 e 18 de novem-bro, o Centro Hospitalar do Médio Ave assinala o Dia Mundial da Dia-betes (14 de novembro). Entre ou-tras atividades, destaque para os rastreios na ala da consulta exter-na 1 e 2. No dia 15, de manhã, na Unidade de Famalicão e no dia 16, à tarde, na Unidade de Santo Tir-so decorrerá um workshop de psi-cologia e nutrição.

A 17 de novembro, está agen-dada, pelas 15 horas, uma ação de sensibilização na sede da Jun-ta da União de Freguesias de San-to Tirso, Couto (S. Miguel e Santa Cristina) e Burgães. Para fechar o programa de atividades, vai sair à rua, no dia 18, pelas 9.30 horas, uma caminhada pela diabetes, na cidade de Vila Nova de Famalicão.

Já no dia 3 de novembro, a casa

CHMA assinala Dia Mundial da Diabetes com várias atividades

das Artes, em Vila Nova de Fama-licão, foi palco das XI Jornadas de Saúde Materna e Pediátrica do Mé-dio Ave, promovidas pela Associa-ção Pediátrica do Minho em cola-boração com o Serviço de Pedia-tria e Ginecologia/Obstetrícia do Centro Hospitalar do Médio Ave e o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) de Famalicão.

Com participantes de todo o país, as jornadas encerram com a atribuição do Prémio Dr. Car-los Varela, instituído este ano e destinado ao melhor “poster”. O médico Jorge Cunha, que apre-sentou o poster sobre “Qualida-de dos registos de Saúde Mater-na na USF (Unidade de Saúde Fa-miliar) Nós e Vós Saúde”, foi o ven-cedor do galardão.

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Notícias de Fafe Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Regional

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 23,80 x 10,39 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72227805 10-11-2017

Participação de AURORA CUNHA

caminhada pela diabetes

kry, sábado g 18 novembro

10h00 Praça 25 de Abril

junto ao posto do turismo

FAFE UM 111CM MW:19:-^ IA.11..

Município promove rastreio à Diabetes O Município de Fafe vai

assinalar o Dia Mundial da Diabetes, na próxima terça- -feira, 14 de Novembro, com vários pontos de rastreio de risco da Diabetes no conce-lho.

Os interessados em pre-encher o questionário que avaliará o risco de desenvol-ver Diabetes poderão fazê- -lo no edifício da Câmara Mu-nicipal de Fafe ou nas Pisci-nas Municipais. Uma acção de rastreio que vai realizar- -se também na CERCIFAF, na Santa Casa da Misericórdia e em vários centros de convívio.

O CCSDT - Centro Cultu-ral e Social de Trabalhadores da Câmara Municipal - alia- -se também a esta acção, po-dendo todos os seus associa-

dos realizar o rastreio na au-la de Zumba. No dia seguinte, quarta-feira, a acção esten-der-se-á na Loja Interactiva de Turismo e também à ini-c iativa 'Fafe a Correr', onde to-dos os participantes poderão fazer o seu rastreio meia hora antes do início da corrida. Se-gundo o Município, o preen-chimento deste questionário de avaliação á simples e rápi-do. "Serão apenas precisos os dados pessoais, como o no-me, data de nascimento e nú-mero de saúde", adiantam.

O Presidente da Câmara, Raul Cunha, destaca a impor-tância destas iniciativas para a promoção de hábitos sau-dáveis junto da população. "É obrigação do Município em-penhar-se na sensibilização

e consciencialização para os riscos e perigos da Diabetes, uma doença crónica, cujo au-mento da incidência tem sido constante. Se não houver um programa integrado de inter-venção dirigido à mudança dos hábitos devida e à identi-ficação dos indivíduos em ris-co, haverá um aumento con-siderável, colocando em risco um grande número de pesso-as", diz Raul Cunha.

A Federação Internacio-nal da Diabetes calcula que o número de pessoas com dia-betes em todo o mundo e' 387 milhões, o que constitui apro-ximadamente 8,5% da popu-lação adulta. Em 2035, esti-ma-se que este número au-mente para 592 milhões.

O relatório de Saúde da

OCDE de 2014 apontou Por-tugal como o país da Europa com a mais alta taxa de pre-valência de diabetes, 13% da população com idade entre os 20 e os 79 anos.

Mais de 1 milhão de por-tugueses tem diabetes e, destes, um pouco menos de metade desconhece ter a do-ença, que progride silenciosa.

A UCC do Centro de Saúde de Fafe e a Associação Nacio-nal de Farmácias são parcei-ros no projecto.

Lions realiza caminhada da DIABETES

Também o Lions Clube de Fafe agendou para o próximo dia 18 de Novembro uma Ca-

minhada pela Diabetes, em Fafe, que contará com a parti-cipação de Aurora Cunha.

Trata-se de uma cami-nhada de sensibilização para a doença com início na Pra-

ça 25 de Abril (junto ao Posto de Turismo) , percorrendo de-pois a Rua Serpa Pinto; Praça da Liberdade; Av. da Granja; Rua de França; Av. do Brasil; Rua dos Bombeiros Voluntá-rios; Rua José Cardoso Vieira de Casto; Rua Ponte do Ra-nha; Rua António Sérgio; Rua João Crisóstomo; Rua António Cândido; Rua Soares Veloso; Praça Primeiro de Dezembro; Rua Amália Rodrigues; Rua do Retiro; Rua de Sá; Parque da Cidade, Praça Mártires do Fascismo, Av. 5 de Outubro (paragem para fotografia de grupo na escadaria dos Paços do Município); terminando na Praça 25 de Abril.

O início está agendado para as 10h00

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Quinzenal

Âmbito: Regional

Pág: 4

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Corte: 1 de 1ID: 72210090 10-11-2017

No â m b i t o d o Dia Mundial da P e s s o a c o m

Acidente Vascular Cere-bral (AVC), assinalado a 29 de outubro, o Centro Hos-pitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) organizou um en-contro, aberto a toda a co-munidade, sobre o tema.

A organização da inicia-tiva, segundo fonte da or-ganização decorre do fac-to do AVC continuar a ser uma das principais causas de morte em Portugal. É, aliás, a principal causa de morbilidade e de poten-ciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares.

O encontro, organizado pelo Serviço de Medicina Interna - Unidade Funcio-nal 4 que integra a Unida-de de AVC, pretendeu dar a conhecer o trabalho rea-lizado pelo Serviço e aler-tar para fatores de risco e modo de atuação em caso de AVC.

“AVC: guarde (n)a sua memória – ligue a tempo 112”, “Controlo de fatores de risco”, “Viver depois do AVC” e “Coma bem sem sal” foram os tópicos abordados naquela sessão.

O CHTS registou em 2016, 1546 internamentos por AVC e prestou 1591 consultas de Doenças Cere-brovasculares. A maioria dos casos de AVC (85%) são isquémicos sendo os restan-tes 15% do tipo hemorrági-co. O AVC é a principal causa de morte e incapacidade em Portugal, sobretudo na po-pulação com menos de 65 anos de idade, segundo da-dos da Sociedade Portugue-

sa do Acidente Vascular Cerebral.

PROJETO GUARDE (N)A SUA MEMÓRIA – LIGUE A TEMPO 112Os dados do Serviço de

Medicina Interna do Cen-tro Hospitalar do Tâmega e Sousa mostraram que, nos últimos anos, a percenta-gem de doentes submeti-dos a terapêutica de reper-fusão (o nome dado ao re-torno do sangue a todos os órgãos que estiveram pri-vados dele por algum tem-po) foi inferior a 5% em re-lação ao total de doentes que tiveram um Acidente Vascular Cerebral isquémi-co. Esta percentagem é uma percentagem baixa e, nesse contexto, o Serviço criou um projeto, com três fases, que pretende au-mentar o número de doen-tes submetidos à terapêu-tica de reperfusão.

Numa primeira fase, foi feito um inquérito em to-

dos os Centros de Saúde abrangidos pelo Centro Hospitalar. “Concluiu-se que os utentes reconhe-ciam os sinais e sintomas do AVC”, como por exem-plo, boca ao lado, falta de forças no braço, alteração na fala. Mas quando ques-tionados sobre “o que fa-zer perante a suspeita de um AVC”, só 68,7% diziam “Liga 112”.

Tendo em conta estes dados, foi criada a segunda fase do projeto, “Guarde na sua memória, guarde a sua memória, ligue a tem-po 112”, com o objetivo de sensibilizar a população para os sinais de alerta e formas de atuar perante a suspeita de um AVC.

A Unidade de AVC do Centro Hospitalar do Tâ-mega e Sousa (CHTS) ini-ciou a sua atividade a 15 de julho de 2009 e foi cria-da após a implementação da Via Verde AVC no Cen-tro Hospitalar.

SAÚDE. Em 2016 a doença atingiu mais de 1500 pessoas da nossa região. A promoção de uma alimentação e estilo de vida saudável é essencial para a prevenção do AVC.

Dia Mundial da Pessoa com AVC

António Orlando | textoPresidente do CHTS

presidiu à sessão

Auditório do Padre Américo encheu para ver e ouvir falar

sobre a "epidemia" AVC

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Mensal

Âmbito: Regional

Pág: 19

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Área: 14,52 x 8,61 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72230328 01-11-2017

Centro Oncológico de Vila Real reivindica novos equipamentos, especialistas e obras Abriu portas há cerca de uma década reduzindo drástica-mente o número de desloca-ções dos utentes aos hospitais do litoral. Agora a administra-ção vem alertar para a neces-sidade de mais profissionais, um segundo acelerador linear para aumentar os tratamen-tos e obras de ampliação.

Depois de Lisboa, Coimbra e Porto, o Centro Oncológico de Vila Real foi o primeiro a abrir portas no interior do pais dando resposta às necessidades dos utentes desta região. Segundo João Oli-veira, presidente do conselho de admi-nistração do Centro Hospitalar de Trás--os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), só neste último ano aumentou 32% o nú-mero de doentes tratados nesta unidade. O objetivo atual é melhorar o serviço

prestado e aumentar a capacidade de resposta, para isso serão necessários al-guns investimentos, na aquisição de um novo acelerador linear, o "upgrade" do atual que se encontra em funcionamento desde a inauguração, mais especialistas da área e obras de ampliação do atual edificio. Já em Maio, durante uma deslocação a Vila Real, o ministro da Saúde anunciou a aquisição deste novo equipamento para reforçar a unidade de radioterapia do Centro Oncológico do CHTMAD, um investimento que poderá rondar os cinco milhões de euros e vai permitir introduzir novas técnicas de tratamento. O presidente do conselho de administra-ção, João Oliveira, aguarda com "muita expectativa" a autorização para a aqui-sição deste segundo acelerador linear por partidos ministérios da Saúde e das Finanças, esperando que a mesma seja dada ainda até ao final deste ano. "Até agora ainda não aconteceu, mas sei que o senhor ministro está muito em-penhado em fazer casa aprovação, que não depende exclusivamente dele. É um equipamento absolutamente necessário",

salientou. De acordo com o mesmo responsável, o equipamento atual "atingiu o estado de lotação total nos últimos meses", referin-do ainda que este equipamento já está ''no limiar de tratamentos que consegue fazer", mesmo "trabalhando 12 horas por dia': "Os profissionais têm-se desdobrado para a utilização deste equipamento, mas, infelizmente, as condições técnicas não permitem mais, por isso é absolu-tamente necessário termos o segundo acelerador linear e a seguir fazer um 'upgrade ao atual para lhe prolongar o tempo de vida e para tratar mais doentes também", sublinhou. A aguardar autorização está também a possibilidade de contratar mais profis-sionais, como oncologistas e técnicos de radiologia. Já no que diz respeito às obras de am-pliação do edifício, esse é um projeto a médio prazo mas que é considerado es-sencial para o crescimento da unidade e para o melhoramento do serviço presta-do. "Sendo o cancro uma doença tão co-mum, não tem sentido haver um grande

número de doentes a deslocar-se todos os dias centenas de quilómetros para fa-zer o tratamento", afirmou, Miguel Bar-bosa, diretor do serviço de oncologia do CHTMAD, concluindo que é por esta razão que se "pretende é que o doente seja tratado o mais próximo de casa pos-sível". Tendo já evitado centenas de desloca-ções ao litoral para tratamento, o centro oncológico de Vila Real assinou recen-temente uns protocolo com a Unidade Local de Saúde do Nordeste para o trata-mento de pacientes no Hospital de Ma-cedo de Cavaleiros. Em 2016, foram realizados 8.000 mil tra-tamentos no centro oncológico. Até ao final de 2017, prevê-se que sejam atin-gidos os 12.000 tratamentos, juntando os números de Vila Real e de Macedo de Cavaleiros. Nesta região, onde as doenças oncológi-cas são a segunda maior causa de morte a seguir às doenças cardiovasculares, os principais cancros detetados são os re-lacionados com o foro digestivo (intes-tino e gástrico), seguidos dos da mama e próstata. •

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Regional

Pág: 4

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Sessão sobre o Bultying na EB 2.3 de Aver-o-Mar

COMBATE AO BULLYING

Casa da Juventude Promoveu Sessão na Escola de Aver-o-Mar

A Casa da Juventude da Póvoa de Varzim realizou, na sexta-feira, uma sessão informativa subordina-da ao tema "Diz Não ao Bullying". A acção decorreu na EB 2,3 de Aver-o-Mar e foi dinamizada em parceria com a ARS Norte - Centro de Respos-tas Integradas Porto Ocidental/ET Matosinhos.

O bullying é um anglicismo utili-zado para descrever actos de violên-cia física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indi-víduo ou grupo de indivíduos. Causa dor e angústia, e as situações ocor-rem dentro de uma relação desigual de poder.

Nas escolas, a maioria dos actos de bullying acontece fora da visão dos adultos e raramente as vítimas reagem ou falam sobre a agressão sofrida. Conflitos entre crianças e adolescentes são comuns, pois tra-ta-se de uma fase de insegurança e autoafirmação. Porém, quando os desentendimentos são frequentes e partem para as humilhações, é aí que o bullying prolifera. Os ataques podem ocorrer também no espaço virtual. O traço comum destas face-tas é a violência psicológica inerente.

Qualquer que seja o tipo de bullying, o objectivo é causar mal-estar, medo, vergonha e insegurança à vítima.

Ana Paula Ferreira integra a equi-pa de prevenção do Centro de Res-postas Integradas Porto Ocidental/ ET Matosinhos. Habitualmente, de-senvolve as acções de sensibilização na Casa da Juventude, mas destacou a importância de ir às escolas falar sobre esta problemática: "O nosso ob-jectivo é ir ao encontro dos jovens mais inatingíveis, ou seja, os que apresentam maiores factores de ris-co. O bullying é um problema grave e não pode ser escamoteado. Nas últi-mas estatísticas, Portugal ocupa o 13° lugar no ranking europeu em ter-mos de bullying, o que é preocupante".

A técnica referiu que esta proble-mática está muitas vezes associada à falta de acompanhamento familiar e às características socioeconómi-cas das famílias. "Ao desenvolverem-se num contexto familiar mais desfa-vorecido e desestruturado, as com-petências das crianças são menores, o que propicia o surgimento do bul-lying. Há um perfil de criança vítima e da criança agressora que está ine-rentemente relacionado com as ca-

racterísticas da família de origem", referiu.

Segundo Ana Paula Ferreira, o agressor alimenta-se do medo e da fragilidade emocional da vítima. Por isso, o bullying só acaba quando o perfil da vítima se altera: "Por norma, as vítimas têm medo, escondem-se e não falam com ninguém. Muitas ve-zes, culpabilizam-se da própria situa-ção porque acham que fizeram algo de errado para merecer o que estão a passar, daí que os actos de bullying ocorram durante muito tempo, sem que ninguém, pais, professores, cole-gas, se apercebam de nada".

E complementou: "O bullying só acaba quando o perfil da vítima se alterar, ou seja, é preciso que a cri-ança vítima de bullying perceba que tem que mudar algumas das suas características, concretamente ao ní-vel da auto-estima, postura corporal, e a forma como lida com a ameaça, a crítica ou o insulto. Se não o fizer, se-rá vitima agora e sempre".

A realização desta sessão infor-mativa na EB 2,3 de Aver-o-Mar ali-cerça-se no facto de muitos dos ca-sos de bullying ocorrerem nas pró-prias escolas. "As alterações no cam-

po educativo fazem com que a Póvoa de Varzim seja um concelho compli-cado em matéria de comportamen-tos de risco, concretamente ao nível dos consumos precoces de substân-cias psicoactivas, absentismo e abandono escolar. Sem aproveita-mento escolar, geram-se mais facil-mente comportamentos delinquen-tes, que em muitos casos estão na origem dos actos de bullying", expli-cou Ana Paula Ferreira.

Por outro lado, concluiu a técni-ca, "os professores devem tomar mais consciência da sua importância e dos seus contributos para o desen-volvimento das crianças. Se há famí-lias que têm condições para propor-cionar as melhores condições aos fi-lhos, outras há em que isso não acontece, daí a importância da esco-la e do papel dos professores. Infe-lizmente, muitos docentes estão des-motivados e também não estão pre-parados para lidar com alunos que não querem aprender. Urge repensar o ensino e encontrar métodos que contribuam para acabar com várias das problemáticas sociais que afec-tam as nossas crianças, como é o caso do bullying".

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Tecnohospital Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Bimestral

Âmbito: Saúde e Educação

Pág: 51

Cores: Cor

Área: 19,00 x 14,93 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72224865 01-09-2017

Centro Hospitalar de São João com cobertura total de rede wi-fi O Centro Hospitalar de São João

(CHSJ) passou a dispor de cobertura

total de rede WiFi para os seus

utentes e com uma rede dedicada

aos seus profissionais (BYOD).

- Evolução do Centro Hospitalar, de modo a

garantir uma maior mobilidade dos seus pro-

fissionais na utilização de soluções móveis em

contexto de prestação de cuidados de saúde;

- Disponibilização de acesso a redes BYOD

(Bring Your Own Device) aos profissionais do

Centro Hospitalar, permitindo a possibilidade

de utilização dos seus dispositivos pessoais

(smartphones, tablets, computadores portáteis,

etc.), para acesso à Internet e, ainda, o acesso a

alguns serviços disponibilizados pela área de IT

do CHSJ, permitindo um maior envolvimento

de todos os profissionais no dia-a-dia do Hos-

pital;

- Disponibilização de uma solução de acesso à

internet para os utentes e visitantes. Os utentes

do SNS podem, comodamente, consultar con-

teúdos da Internet, a partir dos seus próprios

dispositivos, aumentando assim o seu conforto.

Para a GONKSYS, S.A., este projeto contribui de

forma importante para o aumento da proximida-

de da comunidade médica e de utentes do SNS.

A empresa acrescenta ainda que a existência

desta infraestrutura garante o fornecimento de

conectividade a novas iniciativas, de forma rápi-

da, segura e eficiente.

www.gonksys.com

com que o CHSJ contacta diariamente, era

imperativo que a solução tecnológica adotada

tivesse como pilares principais a resiliência, per-

formance e segurança informática, permitindo

ao utilizador final uma experiência positiva na

utilização do serviço de rede WiFi e poten-

ciando melhorias na prestação de cuidados

de saúde e na segurança do doente. A solução

técnica implementada consiste numa rede com

mais de 200 pontos de acesso WiFi, instalados

por todo o Centro Hospitalar, geridos de for-

ma centralizada por uma plataforma de alta

disponibilidade, estando esta integrada com

uma outra plataforma de controlo de acesso à

rede (NAC – Network Access Control) e de mo-

nitorização técnica. A solução incluiu, ainda, um

cluster de aplliances UTM (Unified Threat Mana-

gement) para a securização e gestão de todo o

acesso à Internet. Para a gestão da exploração

desta nova infraestrutura WiFi, a GONKSYS,

S.A. implementou uma solução de Gestão de

Serviço, alinhada com as boas práticas do ITIL

(Information Technology Infrastructure Library),

garantindo, assim, a sua qualidade e permitindo

a certificação do serviço prestado. Com o pro-

jeto ‘SaoJoaoWiFi’, o CHSJ, em parceria com a

GONKSYS, S.A., atingiu com sucesso os objeti-

vos a que se propôs inicialmente:

Este projeto do CHSJ liderado pela sua equipa

de Sistemas e Tecnologias de Informação e Co-

municação, em colaboração com a GONKSYS,

S.A, que obteve financiamento EEA GRANTS,

consistiu na implementação de uma rede WiFi

de última geração, com cobertura total. Dada

a dimensão das suas instalações, bem como o

número de profissionais, utentes e visitantes

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Page 29: 16-11-2017portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte...2017/11/16  · Revista de Imprensa 1. Entrevista Fernando Araújo. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde,

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 11,28 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72240853 16-11-2017

Demissão em bloco nos serviços das dependências NORTE Treze coordenadores dos serviços responsáveis pelo trata-mento de dependências da região Norte demitiram-se de funções. Há quase seis anos, desde que foi extinto o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e criado o Serviço de Intervenção em Comportamentos Aditivos e De-pendências (SICAD), que vivem numa "situação de ingovernabili-dade" com uma orgânica desajus-tada das necessidades atuais im-postas pelas novas dependências, nomeadamente o jogo e o cres-cente consumo de álcool e cana-bis entre os jovens. Querem mu-danças na estrutura e não estão a ver, no atual Ministério da Saúde, o empenho que esperavam.

Numa carta enviada à Adminis-tração Regional de Saúde do Nor-te - que absorveu os técnicos do extinto IDT - , avançada pelo jor-nal Público na edição de ontem, os dirigentes apresentaram a demis-são em protesto como protelar de uma situação que tem vindo a de-gradar-se e que já tem reflexos na motivação dos profissionais e na resposta aos utentes (quase 16 mil na região), com o aumento da es-pera para consultas.

Demitiram-se os três coorde-nadores regionais do Norte do DI - CAD, os coordenadores dos sete Centros de Resposta Integradas (CRI, que substituíram os antigos Centros de Atendimento a Toxico-dependentes) da região (três no Porto, um em Braga, um em Viana do Castelo, um em Bragança e ou-tro em Vila Real). bem como os coordenadores das unidades de Desabituação, Alcoologia e da Co-munidade Terapêutica.

As demissões começaram no

Norte, onde há "maior desgaste" pela quantidade de utentes, mas"é natural" que alastrem ao pais, dis-se. ao 1N, Emídio Abrantes, médi-co e porta-voz do chamado Grupo de Aveiro que, no inicio do ano, enviou um abaixo-assinado com 625 assinaturas ao ministro da Saúde, a reivindicar alterações no modelo organizativo do SICAD e o regresso ao modelo do IDT, reco-nhecido internacionalmente pe-los resultados alcançados.

No inicio do ano, o Governo criou um grupo de trabalho para avaliar as consequências da extin-ção do IDT. O primeiro relatório foi inconclusivo sobre o caminho a tomar e o prazo foi prorrogado até ao final deste mês. INES SCHRECK

Tutela Promessa de resposta no "tempo adequado"

O ministro da Saúde, Adal-berto Campos Fernandes, pro-meteu ontem uma resposta "no momento adequado" à demis-são dos 13 coordenadores das estruturas do Norte que dão resposta ao tratamento das de-pendências. As palavras não agradaram a quem esperava uma solução da tutela ainda este ano. No início da semana, numa audição no Parlamento, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, afirmou que espera receber, até ao final do ano, as propostas sobre o novo modelo organiza-cional do SICAD e, só a partir dai, serão tomadas decisões, deixando a ideia de que antes de 2018 não haverá decisões.

Aumento dos consumos entre os jovens é uma das preocupações dos técnicos Página 26

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 5,00 x 5,87 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72240944 16-11-2017

Saúde Ministro quer regularizar dividas

o O ministro da Saúde disse que o Governo pretende, até ao final da legislatura, contra-riar o ciclo de dividas a forne-cedores. "Não é bom para o Estado acumular pagamentos em atraso nem divida, como também não é bom para as empresas entrarem num ciclo de endividamento", disse Adalberto Campos Fernandes.

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

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Área: 5,87 x 24,22 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72240867 16-11-2017

Rastreio ao cancro da mama vai começar aos 50 anos

MAMOGRAFIA O rastreio ao can-cro da mama vai passar a ser ini-ciado mais tarde, em mulheres a partir dos 50 anos, segundo um despacho do Governo.

O presidente da Liga Portugue-sa Contra o Cancro confirmou que atualmente o rastreio ao cancro da mama se inicia aos 45 anos e se destina a mulheres até aos 69 anos de idade. Um despacho do Minis-tério da Saúde, datado de setem-bro, vem "uniformizar critérios" nos programas de rastreio a doen-ças oncológicas a nível nacional. No cancro da mama, estabelece que passe a abranger mulheres dos 50 aos 69 anos, com a realiza-ção de uma mamografia a cada dois anos. Segundo o despacho, "as adaptações necessárias aos novos programas de rastreio" de-vem estar implementadas até fi-nal do próximo ano.

Vítor Veloso considera que, na prática, a implementação dos ras-treios com a nova faixa etária vai depender de cada administração regional de saúde. O responsável da Liga Portuguesa Contra o Can-cro admitiu que há um conjunto de pessoas que tem vindo a defen-der que as mamografias sejam fei-tas a partir dos 50 anos, mas con-siderou que devia ter-se aprovei-tado para abarcar as mulheres mais velhas, até aos 75 anos, pelo menos.

Segundo o despacho do Minis-tério da Saúde, as utentes entre os 45 e os 50 anos que já tenham ini-ciado o programa de rastreio an-tes da introdução das alterações devem ser mantidas no programa.

Todos os anos, há cerca de seis mil novos casos de cancro da mama em Portugal, o que signifi-ca 11 casos novos por dia, que pro-vocam a morte a quatro mulheres diariamente. •

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Técnicos diagnóstico mantêm greve SAÚDE "É um processo sem retor-no", garante o presidente do Sin-dicato Nacional dos Técnicos Su-periores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Alme-rindo Rego, lamentando que não seja possível chegar a acordo com o Governo para se suspender uma greve que já dura 13 dias e afeta cerca de 20 mil utentes por dia.

"Isto já roça a pouca-vergonha!", reforça Almerindo Rego, que tinha prevista para ontem uma reunião no Ministério da Saúde, mas que acabou por não se confirmar. Re-corde-se que os técnicos de dia-gnóstico reclamam que o Governo cumpra um acordo que estabelece uma quota de 30% de lugares de topo de carreira e a equiparàção

salarial com outros licenciados da Função Pública. "Estamos à espe-ra há 18 anos. É muito tempo", aponta Almerindo Rego.

Prejuízos superiores aos custos O sindicato já perdeu a conta aos impactos que a greve - que arran-cou no passado dia 2 e que se pro-longará por tempo indeterminado

- está a ter no Serviço Nacional de Saúde. "Os danos já são inimagi-náveis. Temos a ideia de que o prejuízo já está a ser superior ao custo que o Estado teria com a re-visão da nossa carreira", estima o dirigente sindical.

Almerindo Rego lembra que estão em causa milhares de exa-mes e tratamentos que são adia-

dos ou têm de ser contratualiza - dos com o setor privado. É que apenas estão a ser garantidos os serviços mínimos.

"Ou o Governo cumpre o que acordou ou vai ter que explicar porque deixou o SNS chegar a este ponto", avisa Almerindo Rego, ga-rantindo que a greve é para man-ter o tempo necessário. HERMANA CRUZ

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CYNTHIA VALENTE

Os jovens médicos chamam-lhe "o bicho papão", "a prova do tudo ou nada". A Prova Nacional de Seria-ção - o famoso exame Harrison -realiza-se hoje já com os dias con-tados. No próximo ano vai ser tes-tado um novo modelo de prova, que entrará oficialmente em vigor em 2019. Há 2633 inscritos para o exame de hoje, que dá acesso à es-pecialidade médica, mas apenas 1700 vagas. Serão, assim, quase mil os profissionais que não poderão ingressar na carreira escolhida.

Para conseguirem um lugar na carreira escolhida, os estudantes de Medicina terão de conseguir uma avaliação elevada, numa pro-va de cruzes em que a avaliação vai de O a 100%. Em anos anteriores, em algumas especialidades como a dermatologia, só os candidatos com quase 100% de respostas cor-retas conseguiram vaga.

Em vigor há 40 anos, o exame Harrison, que tem sido duramente criticado ao longo das décadas, vai ser substituído, mas só no próximo ano se sentirão as alterações. Em 2018, haverá um "grupo-piloto" a realizar a prova com um novo mo-delo que "passará de 100 para 150 perguntas, mas tendo por base his-tórias clínicas que porão à prova o raciocínio dos candidatos". "Vai deixar de ser uma prova de cruzes apenas para a memorização, mas vai ter de incluir uma área de racio-cínio em todas as áreas", já tinha ex-plicado o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

Contudo, hoje, às 15.00, os can-didatos a especialistas ainda vão submeter-se a uma prova cuja clas-sificação depende da capacidade de memorização do manual de re-ferência Harrison's Principies ofin-ternal Medicine, um livro em dois volumes e cerca de 3000 páginas.

Joana Justo Gonçalves, médica de medicina interna, fez a prova

em 2006 e conseguiu a nota deseja-da, mas "com muito esforço e dedi-cação". "Estudei um ano para o exa-me. Desse período, seis meses fo-ram em dedicação total, com 8 a 10 horas de estudo diário. Era um bi-cho-de-sete-cabeças e, nessa altu-ra, no final do curso de Medicina e ainda sem experiência, faltava-me maturidade. E um exame que defi-ne o nosso futuro e resume-se à ca-pacidade de memorização, dei-xando de fora a análise de casos cli-

Em 2019, os candidatos a especialistas vão assistir ao nascimento do que esperam ser um sistema "mais Justo"

nicos e diagnóstico, por exemplo", recordou.

Joana Justo Gonçalves conse-guiu "uns suados 78%", ingressan-do assim ria especialidade de pre-ferência, mas "muitos colegas não tiveram a mesma sorte". "A mudan-ça agrada-me e espero que passe a ser um sistema mais justo e mais centrado na capacidade clínica", concluiu.

O percurso de Sónia Fernandes, de medicina interna, foi mais sofri-do. "Fiz o Harrison três vezes até conseguir a especialidade dos meus sonhos", contou. A primeira vez, em 2014, a jovem, de 30 anos, não atingiu anota necessária às suas pretensões (45%) ficando im-pedida de entrarpara a formação específica pretendida (medicina interna). Acabou por desistir e re-petir a prova no ano seguinte. "Vol-tei anão conseguir e fui parar ao Al-garve em medicina geral e familiar. Sabia que não iria conseguir fazer algo que não gostava toda a vida e

decidi voltar a tentar a minha sorte e repetir, de novo, o exame", con-tou.

O ano passado, voltou ao estu-do intensivo e chegava a "colar post-its na cama para adormecer a decorar a matéria". "Foi duro, mas não podia desistir do meu so-nho. O exame é difícil para quem não tem muito poder de memori-zação. É redutor e não faz sentido que todo um percurso académico se resuma a um exame de memó-ria", afirmou. Sónia Fernandes -que se submeteu a exame no ano passado e conseguiu, finalmente, entrar para medicina interna - vai hoje vigiar o exame, em Vila do Conde, onde terá à sua frente "muitos jovens com a mesma an-siedade e medos" que ela enfren-tou há pouco tempo. "Vai custar-me não poder ajudar, pois sei o que vão sentir. É a carreira deles que está em jogo. Trata-se de um momento marcante na vida de um estudante de medicina", con-cluiu.

Os mais de 1600 estudantes de Medicina inscritos no temido exa-me Harrison vão realizar a prova um pouco por todo o pais. Braga, Coimbra, Covilhã, Funchal, Lis-boa, Forro, Vila do Conde e Ponta Delgada são as cidades onde co-meça uma nova página na vida dos estudantes e uma das últimas do Harrison. Em 2019 os candidatos a especialistas verão nascer o que esperam ser um sistema "mais jus-to" e mais "centrado na capacida-de clínica".

Quase mil médicos não têm vaga de acesso à especialidade Saúde. Há 2633 inscritos para a Prova Nacional de Seriação de hoje, mas apenas 1700 vagas para especialidades. O temido exame Harrison vai ser substituído, com teste-piloto já em 2018

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Diário he Notícias

CARLOS

DO CARMO

A CANCRO NACIONAL E O HINO, NAU [O FADO' PAGS.J0k 31

( AI I'Ins 1111( ai mo

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LIGA DA JUSTIÇA

NOVO FILME DA

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ACESA A GUERRA

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ESTA SEXTA O QUE FARIA COM

¡ l̀oços

Ano 153., N.^ 54 266 1,20 rume

I Paub Baldeia rarear amo Paulo Tavares Sapatorra Joana Pedz e Lecaüdlo Paulo Ferreira Dtretor de arte Pedro Femandes i)11INR-FE1RA I 16.11.17 4 WWW.DN.PT

Fenprof ameaça voltar a pôr cem mil professores na rua Educação. Sindicatos dos professores querem efeitos do descon-gelamento de carreiras já no próximo ano. Governo diz que eventual acordo só terá impacto em 2020 e Mário Nogueira ameaça: "Se for essa a proposta, convocamos dez vezes mais professores para a ma. Não há contemplações com esse tipo de brincadeiras." PAG5.5E 7

MORTE

CARRO EM

CONFUNDIDO PELA

PSP TEM MARCAS

DE 20 DISPAROS PAGE 4E5

ANGOLA JOÃO LOURENÇO RETIRA PODER A FAMILIA DOS SANTOS PÁGS.25E27

SAÚDE

Quase mil médicos sem vaga de acesso à especialidade Maio

FUNÇÃO PÚBLICA

Salário médio 500 euros acima do setor privado Mais

CASO DOS E-MAIIS

I lorácio Piriquito demite-se depois de queixa da FPF à PI PÁS 35

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CORREIO DA SAÚDE Miguel Guimarães

BASTONÁRIO DA ORDEM DOS M • IBCOS

Opção polít

ãica

Orçamento cio Es-tado (OE) 2018 está a ser discutido. No

OE 2018 temos um valor de 10 401 M € para as despesas em atividades do programa orçamental da Saúde. Este valor de despesa em saúde representa a redução do va - lor da despesa pública em saúde em (1/,, do PIB para 5,2% (em 2016 foi de 5,9%, em 2017 será de 5,2%, e a média dos países da OCDE de 6,5%). Na prática, conti-nuamos a ignorar as impor-tantes insuficiências que existem ao nível da Saúde e, em particular, do SNS.

O nosso ministro da Saúde diz que não ternos dinheiro. O ministro das Finanças

O MINISTRO DA SAÚDE DIZ QUE NÃO TEMOS

DINHEIRO. O DAS FINANÇAS TAMBÉM

também. E muitos deputa-dos do Parlamento afirmam o mesmo.

Mas, quando falamos em orçainentar a Saúde através duma percentagem do PIB, significa isso mesmo. Que do dinheiro disponível para aplicar, uma determinada "/9 vai para a Saúde, outra para a Educação, Justiça... Se o nosso PIB for mais ele-vado teremos mais dinhei-ro. Caso contrário teremos menos.

A média dos países da OCDE tem decidido atribuir 6,5% do PIB à Saúde. O nosso Governo atribui uma % do PIB para a Saúde de apenas 5,2%. Porque a Saú-de está melhor que outras áreas de intervenção políti-ca? Não me parece. É ape-nas uma questão de opção política de quem tem a res-ponsabilidade de decidir.*

o

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SAÚDE| Redacção |

Uma equipa de investigadoresda Universidade do Minho con-cluiu que o aumento benigno dapróstata tem origem na falta doneurotransmissor serotonina,apontando os resultados para"novos alvos terapêuticos" notratamento daquela doença,anunciou hoje a academia.

Em comunicado, a UMinho

realça a importância da desco-berta do grupo de investigado-res do Instituto de Investigaçãoem Ciências da Vida e Saúde(ICVS), em parceria com cien-tistas do Centro Max Delbrückde Medicina Molecular (Alema-nha), explicando que “é a pri-meira vez que se percebe a ori-gem desta doença, chamadahiperplasia benigna da próstata”,que afecta mais de um terço doshomens a partir dos 60 anos.

O estudo, publicado na revista‘Scientific Reports’, do grupoNature, aponta que “o aumentobenigno da próstata deve-se àfalta do neurotransmissor sero-tonina, dificultando o fluxo daurina e o esvaziamento da be-xiga”.

Os investigadores do ICVS,explana o texto, “analisarammodelos animais e linhas celula-res e perceberam que a presençade serotonina inibe o crescimen-

to benigno da próstata” e que“isso sucede porque se diminui aexpressão do recetor de hormo-nas sexuais masculinas, como atestosterona”.

Os resultados, salienta o texto,“apontam para novos alvos tera-pêuticos nesta doença, nomea-damente a aplicação de fárma-cos que ativem o recetor daserotonina, inibindo o cresci-mento benigno da próstata”.

A experiência com ratinhos de-

monstrou que, ao ser-lhes retira-da a serotonina, a próstata au-mentava de tamanho.

O estudo foi realizado porEmanuel Carvalho-Dias, AliceMiranda, Olga Martinho, PauloMota, Ângela Costa, CristinaNogueira-Silva, Rute S. Moura,Riccardo Autorino, Estêvão Li-ma e Jorge Correia-Pinto, todosdo ICVS e Escola de Medicinada UMinho, sendo alguns delestambém do Hospital de Braga.

Universidade do Minho

Investigadores encontram a origem do aumento benigno da próstata

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CASOS CONFIRMADOS

Hepatite A afeta 505 portugueses

Foram confirmados em Por-tugal pelo menos 505 casos de hepatite A desde o inicio deste ano, segundo os dados mais re-centes da Direção-Geral da Saúde, referentes ao final de outubro. São mais 34 diagnósti-cos do que os contabilizados em setembro. Cerca de 85% dos doentes são homens.

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Consumo de antibióticos volta a aumentar em Portugal

Em 2015, tinham sido dispensadas 2,14 embalagens por mil habitantes

O consumo de antibióticos comprados nas farmácias voltou a aumentar em Portugal em 2016 pelo

terceiro ano consecutivo, indicam os dados divulgados ontem, em Bruxelas, pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, sigla em inglês). Os números foram avançados no encontro promovido pelo ECDC em colaboração com a Comissão Europeia para assinalar o décimo aniversário do Dia Europeu dos Antibióticos.

Ainda assim, Portugal continua a meio da tabela de 30 países europeus que reportam dados ao ECDC e mesmo abaixo da média europeia, tanto em número de doses diárias definidas como de embalagens por mil habitantes.

Mas o ECDC ressalva que Portugal comunica só dados sobre medicamentos vendidos em farmácias e comparticipados pelo Estado, ao contrário do que acontece com outros países. Em 2015, tinham sido dispensadas no país 2,14 embalagens por mil habitantes, uma tendência de crescimento que já vinha a notar-se desde 2014. Em 2016, a média cresceu um pouco mais — para 2,16 embalagens por mil habitantes. Nos hospitais, o consumo de antibióticos está a descer há três anos, mas o problema em Portugal é o recurso excessivo a antibióticos de muito largo espectro e fim de linha, como os carbapenemes, que são usados quando outros deixaram de funcionar porque as bactérias

se tornaram multirresistentes. Aqui, continuamos em 2016 num desonroso lugar de vice-campeões, só suplantados pela Grécia. Estes antibióticos são motivo de preocupação porque são fármacos de última linha para o tratamento de infecções com bactérias que se tornaram resistentes a vários medicamentos, como a Klebsiella pneumoniae e a E.col, que em 2015 e 2016 provocaram surtos. Para os doentes, as alternativas que restam são antibióticos antigos, como a colistina, mais tóxicos. Alexandra Campos, em Bruxelas

A jornalista viajou a convite do Centro Europeu de Prevenção de Doenças (ECDC)

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Quase duas semanas depois, pouco se sabe sobre a origem do surto

PEDRO VALDEZ

Fonte de infecção esteve no Hospital de São Francisco Xavier

Quase duas semanas depois de te-

rem sido entregues para análise as

amostras recolhidas no Hospital de

São Francisco Xavier, ainda se des-

conhece se o surto de Legionella teve

origem nas torres de arrefecimento.

Apesar da insistência de transparên-

cia do Presidente do República e do

ministro da Saúde, pouco mais se sa-

be além disto: há “elevada probabili-

dade” que a fonte da infecção tenha

ocorrido no “perímetro do hospital”.

Esta informação, que veio confi r-

mar a convicção revelada na sema-

na passada pelo ministro da Saúde,

consta do relatório preliminar às

amostras de água recolhidas no hos-

pital no dia 3 de Novembro e analisa-

das pelo Instituto Nacional de Saúde

Doutor Ricardo Jorge (Insa). Este do-

cumento foi enviado ao Ministério

Público, ao qual a Direcção-Geral da

Saúde (DGS) remeteu a divulgação do

mesmo, “se assim o entender”, disse

ontem a directora-geral Graça Freitas.

A promessa de transparência veio

da tutela, quando o ministro da Saú-

de, Adalberto Campo Fernandes, dis-

se na sua primeira conferência de im-

prensa sobre este surto que a DGS e

o Insa teriam “um prazo máximo de

duas semanas” para apresentarem

ao Governo o relatório preliminar.

Na sequência deste surto foram con-

fi rmados 54 casos de infecção. Cin-

co pessoas morreram e sete doentes

continuam nos cuidados intensivos.

Segundo o último balanço da DGS, de

ontem, 15 pessoas já tiveram alta.

Também Marcelo Rebelo de Sou-

sa reforçou ontem que tem “uma

memória de elefante” e “não se es-

quece” que as conclusões das inves-

tigações dos casos da Legionella e de

Tancos têm que ser divulgadas quan-

do estiverem concluídas. Já na sexta-

feira tinha lembrado que se aproxi-

mava o prazo dado pelo ministro da

Saúde para a divulgação do relató-

rio. A semana ainda decorre, mas na

conferência de imprensa convocada

ontem pela DGS pouco mais se fi cou

a saber. A directora-geral da Saúde

adiantou esta quarta-feira que as au-

toridades da Saúde têm uma “forte

probabilidade” de saberem com mais

exactidão qual é de facto a origem do

surto (as redes de água quente, de

água fria ou as torres de arrefecimen-

to), sem, no entanto, tornar pública

esta informação, por esta se basear

em resultados preliminares. “Se é da

torre A, B ou C ou se é de outro sí-

tio, é irrelevante do ponto de vista da

saúde pública”, acrescentou.

Para a DGS, “tudo indica que o sur-

to vai entrar em fase de resolução”,

mas ainda podem aparecer novos

casos nos próximos dias.

Até agora é certo que o primeiro ca-

so foi diagnosticado a 31 de Outubro.

A DGS foi notifi cada no dia 3, altura

em que havia três casos confi rmados,

e iniciou a investigação epidemioló-

gica e controlo do surto. Nesse dia

foram enviadas as amostras de água

para análise no Insa, cujos resultados

foram conhecidos na madrugada do

dia seguinte, e iniciaram-se os proce-

dimentos de correcção: encerraram-

se as torres de arrefecimento e foram

feitos choques térmicos e químicos

nas redes de água. “Fizeram-se inter-

venções imediatas em toda a rede”,

garantiu Graça Freitas, acrescentan-

do que a investigação epidemioló-

gica e laboratorial ainda decorre.

Graça Freitas adiantou ainda que

foram identifi cados quatro doentes

que não estiveram em contacto com

o Hospital de São Francisco Xavier e,

por isso, a DGS tem dúvidas que es-

tes casos estejam relacionados com o

mesmo surto. É preciso perceber se a

estirpe da bactéria que infectou estas

quatro pessoas é a mesma das restan-

tes. O Insa tirará a “prova dos nove”,

concluiu. Dos 54 casos de infecção

confi rmados até à data, já foram reco-

lhidas secreções para análise em “cer-

ca de 40 pessoas”. Com esta recolha,

o Insa pode verifi car se a estirpe da

bactéria é ou não compatível com a

que foi encontrada na água dos siste-

mas de refrigeração e redes de água.

Uma vez que os casos foram diagnos-

ticados em momentos diferentes,

desde o dia 31 de Outubro até ontem

(em que foi diagnosticada mais uma

pessoa), ainda há processos de cul-

tura a decorrer, o que impede que os

resultados sejam para já defi nitivos.

[email protected]

DGS confi rmou que a fonte da infecção esteve no “perímetro do Hospital” São Francisco Xavier, sem dizer onde. Marcelo recorda que conclusões da investigação têm que ser divulgadas quando estiverem concluídas

LegionellaMargarida David Cardoso

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Corte: 1 de 1ID: 72240840 16-11-2017

saber mais -

pessoas infetadas desde 31de outubro, das quais cinco mor-reram. Ontem à tarde, sete pessoas estavam em unidades de cuidados intensivos.

Quatro casos a aprofundar • Dos 54 casos confirmados de legionela, há quatro que "care-cem de maior investigação", afirmou ontem a diretora-geral da Saúde, porque não há a cer-teza de fazerem parte do surto do hospital.

Incubaçâo até 10 dias • A legionela é a bactéria res-ponsável pela doença dos legio-nários, uma forma de pneumo-nia grave, mas com tratamento. A incubação da doença pode ir até aos dez dias após a infeção.

O suito da lagionela deverá entrar em fase de resolução, assegurou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas

Legionela Relatório conclui que fonte do surto está "no perímetro do hospital"

Previsão de abrandamento de casos falhou Inês Schreck [email protected]

► Na quinta-feira passada, o mi-nistro da Saúde. Adalberto Cam-pos Fernandes, estimava que o número de novos casos de legio-nela no âmbito do surto do Hospi-tal S. Francisco Xavier, em Lisboa, baixasse para zero no início desta semana. As previsões falharam e, desde então, já morreram mais dois doentes, num total de cinco vitimas mortais, e foram infetadas mais 13 pessoas, perfazendo 54 casos confirmados ao final do dia de ontem.

Numa conferència de impren-sa, ontem à tarde. a diretora-geral da Saúde, explicou que "os doen-tes iniciaram sintomas na mesma data", mas nalguns casos os dia-gnósticos são mais tardios. Graça Freitas assegurou que "tudo indi-ca que o surto vai entrar em fase de resolução", ainda que sejam possíveis mais alguns "casos iso-lados" nos próximos dias.

A responsável anunciou que do relatório conjunto da Direção-Ge-

ral da Saúde e do Instituto Nacio-nal de Saúde Doutor Ricardo Jor-ge, que já foi entregue ao Ministé-rio Público, conclui-se "com ele-vada probabilidade que a fonte da infeção estará no perímetro do hospital". Graça Freitas não quis adiantar se a origem do surto de legionela está numa torre de refri-geração, como foi noticiado on-tem pela SIC, e acrescentou que as "falhas" técnicas, referidas pelo ministro, serão apuradas por quem está a fazer a investigação.

Na segunda-feira, no Parla-mento, o ministro da Saúde pediu desculpas às vítimas e familiares por este surto de legionela, consi-derando que devem ter direito à reparação dos danos causados.

A empresa Veolia Portugal as-segurou ontem que as "rotinas de monitorização" dos sistemas de climatização efetuadas a edifícios como o Hospital S. Francisco Xa-vier "estão ao nível das melhores práticas", pelo que recorreu a uma "equipa interna de técnicos inter-nacionais" para "auxiliar no cabal esclarecimento desta situação". •

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Tecnohospital Meio: Imprensa

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Period.: Bimestral

Âmbito: Saúde e Educação

Pág: 14

Cores: Cor

Área: 19,00 x 27,70 cm²

Corte: 1 de 5ID: 72224735 01-09-2017Na essência, a Indústria 4.0 apresenta um

grande impacto na relação entre pessoas,

máquinas e sistemas, gerando uma nova di-

nâmica e otimização em tempo real. Promo-

ve aumentos de flexibilidade, produtividade,

especificidade, bem como o incremento da

eficiência, quando comparado com o atual

panorama industrial. Assenta na digitalização

acima dos 70% dos processos das empre-

sas / instituições, em sistemas cyber-físicos

inteligentes, capacidade de decisão, perso-

nalização, etc. A IoT aparece como uma das

tecnologias de suporte, dando a capacidade

de integração de sensores de forma flexível,

rápida e massiva. Na área da saúde, a sua

aplicabilidade é uma realidade que virá trazer

benefícios aos utentes, bem como aos pro-

fissionais da saúde. Um dos aspetos impor-

tantes neste novo conceito é a capacidade

que as redes informáticas devem evidenciar,

bem como a necessidade de processar um

volume elevado de dados de forma a obter

resultados em tempo útil para o processo.

O clima positivo leva a uma receita adicional

esperada em Portugal até 30%, para 94% das

empresas, bem como à disponibilização de

incentivos financeiros por parte dos fundos

europeus para ajudar a esta transformação.

O período expectável para a introdução em

pleno do conceito nos estados membros da

UE é de 20 anos, havendo já diferentes anda-

mentos entre as várias economias.

Introdução

O conceito de Hospital 4.0 é uma extensão

do conceito de Indústria 4.0 [1], que significa

a quarta revolução industrial que inclui os sis-

temas ciberfísicos, a Internet das Coisas (IoT)

e a computação em nuvem.

Sobre a Internet das Coisas, os sistemas ci-

berfísicos comunicam e cooperam entre si

e com humanos em tempo real e através da

Internet dos Serviços (IoS). Estes aspetos são

cada vez mais uma realidade em hospitais

modernos que, geralmente, estão atualizados

tecnologicamente, o que enfatiza o conceito

de Hospital 4.0 de forma mais forte quando

comparado com o conceito de Indústria 4.0.

Como uma extensão do conceito original,

pode dizer-se que existem quatro princípios

subjacentes ao conceito de Hospital 4.0:

1) Interoperabilidade - a capacidade de equi-

pamentos, dispositivos, sensores e pessoas

Hospital 4.0 A influência dos novos conceitos na gestão de ativos na Saúde

A 4ª revolução industrial iniciou-se como consequência de um projeto do governo alemão, tendo sido apresentado em 8 de abril de 2013 em Hannover pelos vários grupos de trabalho. Este novo conceito alicerçou o aparecimento de um clima positivo na economia, tendo-se estendido a várias áreas do saber. O Hospital 4.0 é, portanto, uma extensão do conceito da Indústria 4.0.

por Inácio Fonseca , José Torres Farinha

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Corte: 2 de 5ID: 72224735 01-09-2017para se ligarem e comunicar através da IoT ou da IoS;

2) Hospital Virtual - a capacidade dos sistemas de informação para criar uma imagem virtual dos

modelos hospitalares reais através de sensores de dados;

3) Manutenção - a capacidade de suportar a disponibilidade dos sistemas e ajudar as pessoas

a mantê-los, incluindo o uso das ferramentas mais recentes, tais como Realidade Aumentada e

Holografia;

4) Decisões descentralizadas – a Capacidade de, através de sistemas cibernéticos, executar as

tarefas, em cada nível, de forma tão autónoma quanto possível.

No seu conceito original, a indústria 4.0 baseia-se em diversas tecnologias e conceitos, sendo os

principais: IoT; Cloud Computing (Computação na rede); Cyber-Physical Systems (mecanismos

controlados ou monitorizados por algoritmos baseados em computador, e fortemente integra-

dos com a Internet). A Figura 1 ilustra a evolução histórica das quatro revoluções industriais.

Figura 1 Evolução histórica dos avanços a nível industrial (Adaptado de [2])

Os princípios mais importantes são:

–Interoperabilidade: a capacidade de máquinas, dispositivos, sensores e pessoas se ligarem e

comunicarem entre si através da IoT ou da IoS;

– Transparência da informação: a capacidade dos sistemas de informação para criar uma cópia

virtual do mundo físico, enriquecendo os modelos digitais dos sistemas reais com dados de

sensores. Isto requer a agregação de dados de sensores para obter informação de contexto

de muito alto valor;

– Assistência técnica: auto capacidade de os sistemas apoiarem os humanos através da agrega-

ção e visualização de informações compreensíveis para tomar decisões informadas e resolver

problemas urgentes num curto espaço de tempo; sistemas físicos cibernéticos para apoiarem

fisicamente os seres humanos através da realização de uma série de tarefas que são desagradá-

veis, cansativas ou inseguras para os humanos;

– Decisões descentralizadas: a capacidade de os sistemas físicos cibernéticos tomarem deci-

sões por conta própria e desempenharem tarefas de forma tão autónoma quanto possível. Só

em situações de exceção, interferências ou objetivos conflituantes, as tarefas são delegadas para

um nível superior.

A Tabela 1 apresenta as alterações que são

expectáveis entre uma unidade empresarial,

tal como a conhecemos nos dias de hoje, e

uma unidade homóloga baseada no conceito

Indústria 4.0. Para uma efetiva implementa-

ção dos conceitos da Indústria 4.0 é necessá-

rio focar os seguintes aspetos:

1. Redes:

a. Comunicação de forma adaptada às neces-

sidades e descentralizada. Recurso a Cyber-

-Physical Systems (CPS), sistemas usados

para controlar o fluxo de materiais e a pro-

dução, que permite a interação independente

entre máquinas (M2M) e a interação das má-

quinas com as pessoas (M2H);

b. Multiagent Systems (MAS) é outra ferra-

menta de software usada para monitorizar a

produção. Permite simular e tomar decisões

baseando-se em restrições previamente de-

finidas, de forma a verificar o que acontece-

ria na realidade caso determinada alteração

fosse implementada. Faculta ainda o conheci-

mento prévio das consequências e possíveis

correções, antes de proceder a alterações

num ambiente real.

2. Ferramentas informáticas:

a. Utilizar as ferramentas mais adequadas,

que se adaptam às particularidades da em-

presa e do processo, que tenham uma boa ca-

pacidade de processamento, que permitam a

leitura dos dados dos sensores e que comuni-

quem com toda a rede estabelecida;

b. Para tratar grandes quantidades de dados

é necessário recorrer a sistemas baseados no

conhecimento e Big Data, ou seja, softwares

de apoio à tomada de decisão baseados em

modelos e simulações.

3. Inovações Tecnológicas:

a. Recurso a inovações tecnológicas que se-

jam adaptáveis, portáveis e com boa perfor-

mance. Que consigam funcionar de forma

independente, mas que comuniquem entre

si e com os humanos, para a transmissão de

Tabela 1 Fábrica atual versus Fábrica 4.0 (Adaptado de [3])

Fábrica Atual

Origem dos Dados

Sensores PrecisãoSensores inteligentes e detetores de falhas

Auto-ConscienteAuto-Preditivo

Monitorização de Desgaste e Previsão de Vida Útil Restante

ControladorProdutividade e Per-

formance (qualidade e rendimento)

Monitorização baseada em condi-ções e diagnóstico

Auto-ConscienteAuto-PreditivoAuto-Comparativo

Up-Time com Monitorização Preditiva de Saúde

Sistema de produção em rede

ProdutividadeOperações Efi-cientes: Redução de Desperdícios

Auto-ConfigurávelAuto-SustentávelAuto-Organizável

Produtividade livre de preocupações

Componentes

Máquina

Sistemas de

Produção

Atributos ChaveAtributos Chave Tecnologia ChaveTecnologia Chave

Fábrica 4.0

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Corte: 3 de 5ID: 72224735 01-09-2017dados relevantes;

b. A sua utilização é essencial para a produção, mas também para a logística no que diz respeito

a determinar a localização dos produtos em armazém ou, no caso do processo produtivo, saber

que etapas faltam para ter o produto ou serviço final, e dentro de quanto tempo se prevê que

esteja terminado.

4. Recursos Humanos:

a. Cativar as pessoas que forneçam mais-valias à cadeia de valor da empresa; para tal é neces-

sário manter as pessoas satisfeitas e permitir a otimização das suas capacidades; é fundamental

que estas tenham ao seu dispor postos de trabalho ergonómicos e adaptados às características

de cada indivíduo. Ter interfaces com o software simples e de fácil compreensão para que a inter-

pretação da informação seja inequívoca.

Numa breve análise de pontos positivos e ameaças, pode concluir-se sobre os seguintes pontos

positivos:

– Clima positivo na economia;

–Reorganização social - Liberta pessoas para outras tarefas;

– Sistemas automatizados, inteligentes e flexíveis;

– Aumento da competitividade;

– Informação em tempo real na Organização - Económica, Operacional (Produção flexível – au-

sência de stocks);

– Controlo de Qualidade;

– Controlo da Manutenção (previsão);

– Relação com fornecedores e clientes);

– Estados Europeus, através do programa H2020 ou outros, preveem injetar fundos nesta área

para aumentarem a competitividade das empresas; Portugal injetará 4,5 mil milhões de euros na

economia, 50% através de fundos comunitários (próximos 4 anos).

Como ameaças tem-se:

– Reorganização social - Perda de postos de trabalho de baixo teor intelectual mas, futuramente,

com penetração em postos de trabalho “inteligentes”;

– Segurança dos dados / estabilidade dos serviços IT;

– Monopólio das empresas com serviços de cloud;

– Facilita a espionagem industrial e ataques “industriais” dos países onde esteja sediado o “co-

nhecimento” a países cujas empresas se tornem demasiado competitivas;

– Perda de conhecimento das áreas de engenharia, face à facilidade de utilização da tecnologia,

ficando o conhecimento complexo (baixo nível) detido por poucos!

Em termos de legislação e fiscalidade:

– A UE estuda vir a criar a “pessoa eletrónica”, e introduzir o “Robot tax” para tributar os sistemas

ciberfísicos, sistemas autónomos de robôs autónomos inteligentes e das suas subcategorias.

De momento foi recusado pelo Parlamento Europeu;

– Bill Gates referiu que os robôs que substituam pessoas num determinado posto de trabalho

devem pagar impostos; Outros, como na indústria robótica, sustentam que isso pode recriar

obstáculos à inovação e tornar as empresas menos competitivas.

A tabela 2 resume os conceitos associados à Indústria 4.0.

Alguns conceitos associados

O conceito 4.0 tem diversos pilares (concei-

tos) associados (Figura 2), tal como referido

na secção anterior, dos quais se destacam os

seguintes:

– Sistemas de Integração Horizontal e Ver-

tical

– Atualmente verifica-se que a maioria dos

sistemas de tecnologia da informação não es-

tão totalmente integrados;

– Cada vez existe uma maior necessidade in-

terna e externa de gestão integrada, de forma

a fornecer uma plataforma única na qual os

colaboradores possam ter acesso a todos os

sistemas de que necessitam;

– Todos os sistemas podem ser independen-

tes, mas devem estar interligados, permitin-

do uma automação de tarefas e a garantia da

gestão integral da experiência do utilizador;

– Com o conceito 4.0, as organizações e os

seus parceiros serão muito mais coesos, pos-

suindo redes de integração de dados univer-

sais que permitem que a cadeia de valor seja

verdadeiramente automatizada.

– A Cibersegurança é um pilar fundamental

para proteger todos os processos e prevenir

o acesso a qualquer intruso;

- Na era 4.0, com o aumento da conectivi-

dade e o recurso a protocolos de comunica-

ção padronizados, existe a necessidade de

proteger os sistemas críticos e as vertentes

produtivas de ameaças cibernéticas, que se

preveem aumentar significativamente. As

organizações têm que ter comunicações

essenciais, seguras e fiáveis, fazendo uma

gestão segura do seu sistema com acesso

restrito aos seus ativos e utilizadores.

– Cópia Virtual do comportamento do “sis-

Tabela 2 Conceitos associados à indústria 4.0 (Adaptado de [4]).

Materiais avançados

Geração distribuída

Operadores Modulares

Impressão 3D

Robôs Autónomos

Sensores avançados

Operações por controlo remoto

Máquinas Inteligentes

Advanced analytics

Inteligência artificial

Realidade aumentada

Infraestrutura Digital

Cloud Computing

Tecnologias Inteligentes de

materiais e indústria

Tecnologias inteligentes de

conectividade

Tecnologia informática

e Big Data

Figura 2 Os nove pilares da Indústria 4.0 (Adaptado

de [5]).

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Cores: Cor

Área: 19,00 x 15,32 cm²

Corte: 4 de 5ID: 72224735 01-09-2017tema real”:

– Dentro dos pilares tecnológicos do concei-

to 4.0, este é considerado como sendo o mais

difícil devido à sua complexidade. Não basta

apenas criar simulações sobre os produtos, é

também necessário simular o comportamen-

to das máquinas, processos e até mesmo co-

laboradores em tempo real;

– Estas simulações irão permitir aos opera-

dores testar e otimizar as configurações dos

equipamentos para a próxima atividade, de

forma virtual, antes de fazer qualquer mu-

dança no mundo físico, de forma a estabele-

cer as suas configurações ideais;

– Os tempos de preparação dos equipamen-

tos serão, assim, reduzidos, e irá haver um au-

mento significativo da qualidade.

– Fabrico Aditivo (Impressão 3D):

– Com o conceito 4.0, o fabrico aditivo passa

a ser amplamente utilizado de forma a produ-

zir pequenos lotes de produtos personaliza-

dos que oferecem vantagens de construção

e desenhos complexos – esta vertente possui

um potencial revolucionário na área protési-

ca;

– Passa a haver sistemas de fabrico aditivo

descentralizados, de alto desempenho, per-

mitindo reduzir as distâncias de transporte

e a quantidade de stocks necessários.

– Robôs Autónomos:

– Os robôs autónomos incorporaram novas

capacidades de trabalho sem a necessidade

de um supervisor humano, e são capazes de

trabalhar de forma a automatizar e coorde-

nar uma série de tarefas logísticas e de pro-

dução, incluindo intervenções cirúrgicas;

– A produção torna-se mais autónoma e

flexível, uma vez que os robôs estarão ap-

tos para trabalhar lado a lado com os seres

humanos, com segurança e aprendendo com

eles.

Hospital 4.0

Com a transposição, ao longo do tempo, do

conceito Indústria 4.0 para Hospital 4.0, é

expectável que os utentes experienciem me-

lhorias na interação com os serviços de saú-

de. Assim, e tendo como foco central que o

utente é o elemento mais importante, do seu

ponto de vista esperam-se melhorias signifi-

cativas. Por exemplo, na consulta em tempo

real de informação, tal como:

– Consulta do estado de “saúde dos equi-

pamentos”:

– As intervenções de manutenção;

– As calibrações;

– Os testes de segurança elétrica;

– Consulta do resultado de exames médi-

cos;

– Consulta do tempo médio de espera para

a realização de atos médicos;

- Profissionais:

– Tempos de descanso;

– Escalas;

– Lista de doentes.

Outro aspeto expectável será uma interação

em tempo real:

– “Quiosque” da saúde (urgência);

– Rápida indicação dos sintomas de que o

doente padece (inserção por voz, ou por in-

teração tecnológica);

– Alertas para realizar exames de preven-

ção:

– Análises ao sangue;

– Análises à urina;

– Alertas podem depender da idade e ou

classificação da saúde do utente;

– Por informação de sensores associados

ao utente.

– Estado de “saúde dos medicamentos”:

– Quem fabricou, onde e quando;

– Processo de fabrico;

– Transporte;

– Armazenagem;

– Validação inequívoca da veracidade da

informação anterior;

– Preços.

– Confeção da comida:

– Idem (idêntico ao Estado de “saúde dos

medicamentos”).

Para os profissionais do setor, será expec-

tável uma interação em tempo real com os

equipamentos, nomeadamente:

– Equipamentos:

– Sistema de autodiagnóstico e comunica-

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Cores: Cor

Área: 19,00 x 27,70 cm²

Corte: 5 de 5ID: 72224735 01-09-2017ção em tempo real dependente de altera-

ções do estado;

– Registo automático na aplicação da manu-

tenção:

– Criação automática do equipamento

(dados);

– Criação automática dos planos de

manutenção em função das normas a que

obedece;

– Criação automática das calibrações

e verificações.

– Integração automática do Modelo Virtual,

para utilização com Realidade Aumentada;

– Sistema automático de localização.

Do ponto de vista técnico, incluindo para fa-

bricantes de equipamentos hospitalares, as

melhorias serão as seguintes:

– Definição de padrões para o efeito, que

os fabricantes de equipamentos eletromé-

dicos adotem de forma generalizada para a

vertente hospitalar;

– Integração total das aplicações:

– Definição de protocolos de interoperação

de dados entre os vários sistemas de infor-

mação;

– Adoção dos padrões OSA-CBM/Mimosa:

– Aquisição de dados;

– Processamento de dados;

– Monitorização da condição ou do

estado;

– Avaliação do estado operacional /

deteção e isolamento de falhas;

– Previsão de disfunção;

– Apoio à decisão / ações recomenda-

das para corrigir a disfunção;

– Apresentação - Interface com o uti-

lizador.

Em geral, a integração de novas tecnologias,

tais como a Realidade Aumentada, os Mo-

delos 3D e os Sistemas Periciais, serão uma

realidade que, no futuro, poderá trazer reali-

dades inimagináveis, tal como ter-se equipa-

mentos em casa que façam todos os testes,

exames e diagnósticos que um utente ne-

cessita durante o seu período de vida ativa.

Porém, ainda o Conceito 4.0 não se encontra

completamente interiorizado na sociedade,

outro conceito se impõe, o de Economia Cir-

cular, o qual promete ser estruturante para

as próximas décadas.

A Economia Circular (EC) [6] baseia-se no

conceito de Ecologia Industrial na análise

da operação dos sistemas industriais (me-

tabolismo industrial) e na sua otimização,

ampliando-os para um novo modelo de de-

senvolvimento económico, de produção, de

distribuição e de recuperação de produtos.

Na EC os produtos e os processos são rede-

senhados para maximizar o valor dos recur-

sos através da economia, com a ambição de

desacoplar o crescimento económico do uso

de recursos. Os conceitos precedentes terão,

numa perspetiva de sustentabilidade, de ser

integrados com o de 4.0, o que representa

um novo paradigma, para os agentes econó-

micos, academias, e para a sociedade em ge-

ral: estamos a escrever uma nova página da

história na qual todos somos agentes ativos.

Conclusões

Este artigo apresentou de forma sucinta o

conceito de Indústria 4.0 e a sua extensão de

Hospital 4.0, que se têm tornado num motor

para as várias áreas de atividade. A influência

do conceito 4.0 já se faz sentir no setor da

saúde e em concreto nos hospitais. O artigo

descreve resumidamente algumas das me-

lhorias que podem vir a ser uma realidade

num futuro não muito longínquo, com espe-

cial atenção para a melhoria de qualidade de

serviço para os utentes, dado serem estes a

principal razão da existência do setor.

O conceito 4.0 está a movimentar pessoas

e empresas, e utiliza diversas tecnologias e

áreas de conhecimento. O facto de ser pos-

sível, nos dias de hoje, falar neste conceito

deve-se ao avanço significativo nos sistemas

embebidos e nos protocolos wireless que

permitiu(irá) esta realidade. Para a integra-

ção em pleno deste conceito, a Inteligência

Artificial e a Business Intelligence serão áreas

estratégicas.

Referências

1. Burgbacher, Ernst (2013); “Recommendations for

implementing the strategic initiative Industry 4.0”, Final

report of the Industry 4.0 Working Group. Disponível

em http://www.acatech.de/fileadmin/user_upload/

Baumstruktur_nach_Website/Acatech/root/de/

Material_fuer_Sonderseiten/Industrie_4.0/Final_report__

Industrie_4.0_accessible.pdf

2. Hoof, Dr. Philipp; Siemens F&B Day Greece (2016);

“Industry 4.0 – Challenge for the F&B industry in Greece,

advantage or competitive disadvantage”. Disponível

José Torres Farinha

ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coim-

bra, Instituto Politécnico de Coimbra)

[email protected]

Inácio Fonseca

CEMMPRE (Centro de Engenharia Mecânica,

Materiais e Processos, Universidade de Coimbra)

[email protected]

em: https://w3.siemens.com/topics/global/de/partner-

programm/branchenveranstaltungen/Documents/end-

customer-forum-fub/1_Roland%20Berger_KS_%20

Industrie%204%200%20in%20FaB.pdf

3. Lee, Jay; Kao An (2016); “Industrias Integradas –

Orquestração de serviços; Boletim de Tecnologias da

HARTING”. Disponível em: http://www.harting.com/

fileadmin/harting/documents/lg/hartingtechnologygroup/

news/tec-news/tec-news26/BR_tecNews26.pdf

4. Deloitte (2016); “Roadshow Portugal Global

Indústria 4.0 – O futuro da Indústria Portuguesa”.

Disponível em: http://www.portugalglobal.pt/PT/

RoadShow/Documents/2016/1_AveiroIndustry4_0_

EventoPortugalGlobal_VF_Deloitte.pdf

5. Saad Solutions (2016); “Os pilares tecnológicos da

Indústria 4.0”. Disponível em: https://www.saadsolutions.

c o m . b r /s i n g l e - p o s t / 2 0 1 6 / 0 8 / 2 3 / O s - p i l a r e s -

tecnol%C3%B3gicos-da-Ind%C3%BAstria-40 e http://

roboterin.com.br/industria-4-0-nova-revolucao-industrial/

6. WEF (2014), “Towards the Circular Economy:

Accelerating the scale-up across global supply chains”.

Disponível em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_

ENV_TowardsCircularEconomy_Report_2014.pdf

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País: Portugal

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Corte: 1 de 4ID: 72241594 16-11-2017

F O C A R

Tens um voto para a troca?

A candidatura do Porto à Agência Europeia do

Medicamento passou nas questões técnicas, mas as ligações aéreas da cidade

são um ponto fraco. Agora, joga-se na diplomacia

e na troca de votos

C E S A L T I N A P I N T O

A G Ê N C I A E U R O P E I A

“A ciência moderna ainda

não produziu um medicamento

tranquilizador tão eficaz como umas poucas palavras

bondosas”Sigmund Freud

Neurologista e ‘pai’ da psicanálise

(1856-1939)

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Cores: Cor

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Corte: 2 de 4ID: 72241594 16-11-2017

Calma. Portugal ainda não perdeu.” Com esta frase, Augusto Santos Silva, mi-nistro dos Negócios Es-trangeiros (MNE), elimi-na qualquer conjetura ou jornal internacional que ponha o Porto fora da cor-rida para receber, em abril de 2019, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa). E prova disso

é que, na contagem decrescente, tanto o telefone do seu gabinete como o seu telemóvel não têm parado de tocar. Do outro lado “estão colegas a fazer cam-panha pelas suas cidades”. Ora, explica o ministro, “eu também estou a fazer a minha”.

Nesta última semana antes da decisão que anunciará a cidade escolhida – a votação dos 27 Estados-membros da União Europeia decorrerá segunda-feira, 20 – tudo se resume a uma questão de contabilidade. Tendo sido cumpridas as questões técnicas e condições impostas pelo exigente caderno de encargos, é a política que entra em jogo. E aqui “há um trabalho de formiguinha a fazer, em que a discrição é o mais importante”, avança o ministro. “Tenho de conquistar 26 paí-ses para votar em Portugal, quando todos estão a tentar conquistar uns aos outros.”

Neste jogo de charme ou poder, as re-lações diplomáticas contam para reunir e trocar votos. E há cálculos a fazer. Há 27 países a votar em 19 candidaturas. Cada país tem seis votos, os três primeiros são para si próprio, dois para a segunda esco-lha e um para a terceira. “Se na primeira votação um país tiver 14 votos, ou seja, for a primeira escolha para 14 países, auto-maticamente ganha. Se isso não aconte-cer, haverá voltas sucessivas com os dois melhores classificados até encontrar o vencedor. O importante seria passarmos à segunda volta”, confessa à VISÃO Ricardo Valente, membro da comissão nacional de candidatura em representação da Câmara Municipal do Porto.

O MNE está ainda a “usar os contactos ao mais alto nível do Governo” e ele pró-prio a “realizar diligências”, usando tam-bém os embaixadores, para “negociações de trocas de apoios, pois ainda há portas a que é preciso bater”. E assegura fazer todos os esforços a pensar numa primeira volta. “Portugal guarda três votos para si e tem três para a troca. Se há oito países que não se candidatam [Chipre, Eslové-nia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia,

Medicamento Ao todo são 19 as cidades que se candidataram a receber a agência europeia, responsável pela saúde pública e pela avaliação e supervisão de medicamentos. Decisão será tomada dia 20 de novembro

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Corte: 3 de 4ID: 72241594 16-11-2017

A agência em númerosCom um dos maiores orçamentos anuais, a EMA terá um forte impacto económico na cidade em que se instale

350900036

MILHÕES DE EUROSOrçamento anualA consultora Deloitte calcula que o impacto direto na economia nacional será na ordem dos 1 130 milhões até 2030

FUNCIONÁRIOS.. .... mais famíliasNo total, chegariam ao Porto cerca de 2000 pessoas, 640 das quais em idade escolar

M I Lvisitantes anuaisUma agência deste tipo cria um fluxo contínuo de relações profissionais na área científica

Luxemburgo e República Checa], cada um tem seis votos para a troca. Portugal também tem seis votos para dar na can-didatura da Agência Bancária Europeia”, explica Santos Silva, sem querer levantar mais o véu.

Transponha-se este calculismo conta-bilístico para 27 países, 19 dos quais can-didatos à EMA e oito candidatos à Agência Bancária Europeia (alguns países candi-datam-se às duas, mas só podem ganhar uma, e a votação decorre no mesmo dia), imagine-se a complexidade e a dificulda-de dos equilíbrios, nos quais a Aicep e o Turismo de Portugal também tiveram um papel. “Houve contactos parceiro a par-ceiro. Esta não é uma campanha dirigida à opinião pública”, remata Santos Silva.

OS PONTOS FRACOSO processo de candidatura de Portugal à EMA começou torto. A primeira escolha foi Lisboa e depois a troca desta pelo Porto fez com que a campanha arrancasse tarde. A partir de então, Ricardo Valente e Eurico Castro Alves foram os homens do Porto na comissão nacional de candi-datura, muito acompanhada no terreno pelas secretarias de Estado dos Assuntos Europeus – primeiro Margarida Marques e, depois, Ana Paula Zacarias – e pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

As primeiras ações foram para apre-sentar a candidatura junto dos cerca de 900 funcionários da EMA, dar a conhecer a cidade, eliminar uma possível opinião negativa e uma recusa de se transferi-rem de Londres para o Porto. A equipa dirigente levantou uma série de questões relacionadas com um dos três edifícios propostos para a nova sede, as escolas

3 e os seis anos. “Mas isto já foi corrigido”, explica Ricardo Valente. “O Porto assumiu o compromisso de criar dois estabeleci-mentos de ensino pré-escolar. Uma por construção própria e outra em parceria com uma entidade privada, o CLIP, para acolher as crianças da EMA.”

Quanto à falta de ligações diretas no aeroporto do Porto, o ministro é taxati-vo: “É a lei da oferta e da procura. Se os funcionários vierem, as ligações aéreas também”. Ricardo Valente foi mais preciso: “Temos um aeroporto top a nível europeu, em termos de qualidade de capacidade de expansão. Vai terminar o ano com 11 mi-lhões de passageiros, tem capacidade para 15 milhões e vai agora expandir para rece-ber 20 milhões de passageiros em 2020.” E, neste ponto, é difícil passar em branco o abandono da TAP. “A nossa companhia de bandeira passou a ser a Ryannair, que vai montar um hub europeu no Porto. A Iberia também está a criar ligações diretas. O que vendemos é que com a instalação da agência o aeroporto tem capacidade de expansão e, se houver flu-xo, as companhias irão acompanhar essas necessidades”, realça Ricardo Valente.

VANTAGENS COMPETITIVAS O Porto é a única candidatura a disponi-bilizar três edifícios para acolher a EMA, um dos quais a construir de raiz e dois a necessitar de extensões. Os projetos estão prontos a avançar e garante-se que tudo estará pronto no início de 2019. “A 17 de outubro, o Porto apresentou as três loca-lizações com conceitos prévios. E passou a única candidatura com os três locais na zona verde”, conta o vereador da econo-mia e turismo da autarquia portuense. “É relevante porque mostra o potencial de crescimento e a capacidade de receber grandes equipamentos. E os três estão em áreas centrais da cidade.”

De resto, vende-se qualidade de vida. O sol, uma cidade à escala, a praia, o rio, a mobilidade, as escolas dos filhos, tudo perto e sem perder muito tempo no cami-nho casa-trabalho. Algo importante para quem vem de uma megacidade.

Também é preciso ter casas para ar-rendamento. “Estamos a falar de 600 a 700 casas e este é um desafio para todas as cidades.” À semelhança da grande Lon-dres, pensou-se no Grande Porto (Porto, Matosinhos, Gaia e Maia). Se a agência se instala por 25 anos, não é difícil con-vencer os promotores imobiliários e até alguns agentes a disponibilizar casas para arrendar. Ricardo Valente conta como

Votação “O Porto tem uma candidatura forte mas, no final, a decisão é política”, diz Ricardo Valente, representante da Câmara do Porto na candidatura

para os filhos e as acessibilidades e liga-ções diretas do aeroporto do Porto, uma vez que muitas delas usam ponte aérea com Lisboa.

A questão dos edifícios estará ultra-passada. Quanto às escolas internacio-nais, foi detetada uma incapacidade de acolher cerca de 300 crianças entre os Página 45

Page 49: 16-11-2017portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte...2017/11/16  · Revista de Imprensa 1. Entrevista Fernando Araújo. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde,

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

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Cores: Cor

Área: 6,05 x 24,27 cm²

Corte: 4 de 4ID: 72241594 16-11-2017mostraram as estatísticas: “Nos próximos dois anos vão ser construídos à volta de 19 empreendimentos, cerca de 4 500 apar-tamentos. Ficaram sossegados quanto a este ponto.” E os preços aparecem como outra vantagem competitiva: “Uma renda no Porto é cerca de 30% de uma renda em Milão e 10% em Londres. Somos a cidade melhor posicionada na qualidade de vida versus custo de vida, o que é importante”.

O CENTRO, O LESTE E O NORTEO Porto defendeu a sua candidatura com garras e dentes, mas afinal quais são as hipóteses de vencer? Para Ricardo Va-lente, o receio vem de Milão, Itália. “Está a jogar fortíssimo e tem a indústria far-macêutica mais forte da Europa. Estão ali para ganhar. Sentimos que estávamos perante um candidato completamente distinto de outros. Disse mal de outras candidaturas, o que não é normal. Milão quer mesmo a EMA.” Mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros também está atento ao norte da Europa, como Copenhaga ou Estocolmo. A Eslováquia, com Bratislava, aparece como a mais bem posicionada entre as candidaturas de leste. Mas especula-se acerca da sua proximidade com a Rússia e a segurança de dados de uma das maiores agências europeias.

“Em termos absolutos diremos que Milão é mais forte que o Porto e o Porto mais forte do que Bratislava. Mas onde é que a EMA estaria melhor em termos de qualidade e custo de vida, de segurança, estabilidade social, de bem receber uma comunidade estrangeira?”, questiona Ri-cardo Valente. “O Porto oferece um valor fundamental, mas os outros têm de votar em nós e, no fim, a decisão é política”.

Uma coisa é certa: “Haverá apenas um vencedor, mas serão 18 os derrotados”, diz Santos Silva. E, caso “a candidatura nacional seja derrotada”, será o ministro “o primeiro a dar a cara”. Até porque “o Porto foi uma candidatura forte” que, no final, será sempre vencedora, “porque ganhou notoriedade”. Ou seja, está pre-parado para futuras candidaturas, até pelo “reconhecimento internacional” alcançado junto de grandes empresas.

Ricardo Valente reconhece. “Houve um efeito muito positivo de arrasto, de divulgação da cidade, das suas capaci-dades. A partir do momento em que o Porto entra numa liga de cidades que têm capacidade para receber a EMA, com um caderno de encargos muitís-simo exigente, as empresas começam a olhar para o Porto com outros olhos.” [email protected]

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