16 - Auto da Barca do Inferno - exercícios

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Auto da Barca do Inferno (revisões)

Exercícios

1. Preenche os quadros:

A maioria das personagens que

chegam ao cais efectua o mesmo percurso

– inicialmente dirigem-se à Barca do

Inferno, depois à Barca da Glória e, por

fim, novamente à Barca do Inferno.

Que personagens são a excepção a

este percurso cénico?

A alegoria é um recurso estilístico

que consiste na representação de uma

realidade abstracta através de uma

realidade concreta. Trata-se, portanto, de

uma representação simbólica.

Quais são as personagens

alegóricas do Auto?

(Anjo, Sapateiro, Alcoviteira, Frade, Judeu, Enforcado, Parvo, Fidalgo, Diabo, Quatro

Cavaleiros)

Gil Vicente denuncia “os podres” da sociedade da sua época de forma cómica – a

rir se castigam os costumes. Neste Auto, as designadas personagens tipo representam

determinadas classes, comportamentos, vícios que são criticados pelo autor.

Que personagens são utilizadas para criticar estes vícios?

Vaidade e

presunção da

nobreza

Salvação da

alma através

do

enforcamento

Profissão

artesã e falsa

moral

religiosa

Depravação

do clero

Lenocínio e

devassidão dos

bons costumes

(Anjo, Sapateiro, Alcoviteira, Frade, Judeu, Enforcado, Parvo, Fidalgo, Diabo, Quatro

Cavaleiros)

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2. As personagens trazem alguns elementos na chegada ao cais.

Associa a cada personagem os seus elementos cénicos e a respectiva simbologia.

Personagens

Fidalgo

Onzeneiro

Sapateiro

Elementos cénicos Elementos cénicos Elementos cénicos

simbologia simbologia simbologia

Personagens

Frade

Brízida Vaz

Corregedor e Procurador

Elementos cénicos Elementos cénicos Elementos cénicos

simbologia simbologia simbologia

Page 3: 16 - Auto da Barca do Inferno - exercícios

Personagens

Judeu

Enforcado

Quatro Cavaleiros

Elementos cénicos Elementos cénicos Elementos cénicos

simbologia simbologia simbologia

Elementos cénicos

simbologia

Seiscentos virgos postiços, três arcas de

feitiços, três almários de mentir, etc. e

moças

Símbolo da apologia da Reconquista e

Expansão da Fé Cristã

Feitos e livros

Símbolos de feitiçaria, mentira, roubo e

prostituição

Baraço Símbolo do dinheiro ganho a juros altos

Cruz de Cristo, espada e escudo Símbolos de tirania, poder e vaidade

bolsão

Símbolos do amancebamento, do gosto

por coisas mundanas e da condição

sacerdotal

Avental e formas Símbolos de corrupção e injustiça

Pajem, cadeira e manto Símbolo do enforcamento

Moça, broquel, espada, casco e capelo Símbolo do apego à religião judaica

Bode Símbolos da classe artesã e dos pecados

4) O cómico é algo que faz rir. Como Gil Vicente trabalhava para corte,

procurava diverti-la, utilizando vários tipos de cómico. Liga os

exemplos que se seguem aos respectivos tipos de cómico.

a) O Frade a chegar ao cais com Florença. Cómico de situação

b) A pose de nobre do Fidalgo.

c) O dialogo do Diabo com o Corregedor. Cómico de linguagem

d) O Corregedor ao encontrar Brízida Vaz na Barca do Inferno.

e) As falas do Parvo. Cómico de carácter

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4. Ao longo do Auto, as personagens vão usando diversos registos de língua.

Atenta nos exemplos e associa-os ao registo e, depois, à respectiva definição.

4.1.

a) “Vós ires mais espaçoso Registo corrente

Com fumosa senhoria.”

b) “Faze aquela poja lesta Registo cuidado

E alija aquela driça.”

c) “Porém a que terra passais

Pêra o inferno Senhor. Registo popular

Terra é bem sem sabor.”

d) “Que giricocins salvanor!” Gíria

4.2.

Registo corrente Caracteriza-se pelo emprego de um

vocabulário mais rebuscado e de

construções mais complexas e elaboradas.

Registo cuidado Corresponde à norma, à língua-padrão,

utilizado e compreendido pela maioria dos

falantes.

Registo popular Trata-se do conjunto de palavras e

expressões próprias e adoptadas por certas

profissões e actividades.

Gíria Caracteriza-se por frequentes desvios da

norma, tanto ao nível do vocabulário como

da sintaxe. O vocabulário inclui muitas

vezes provérbios e regionalismos.

Prof. Maria Filomena Ruivo Ferreira