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Mostra de Cordas DedilhadasHomenagem a Ronoel Simões

16ª edição - 2017

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Clássico ou popular?No Centro Cultural São Paulo, não há fronteira entre o popular e o erudito

O colecionadorComo Ronoel Simões consolidou o maior acervo violonístico do planeta

Top TenNossos discotecários elegem os tesouros do CCSP

Os violonistasQuem vem para a 16ª Mostra de Cordas Dedilhadas

Programação

Legado incalculávelSete décadas de violão

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UMA SÓ MÚSICAA Mostra de Cordas Dedilhadas deixa claro que a divisão entre música popular e erudita é artificial

Alexandre Matias

Em algum momento na virada do século 19 para o 20, a música virou duas. Novas invenções passaram a permitir a gravação e a reprodução de músicas sem que fosse preciso a presença de um músico, mas aquela novidade tecnológica vinha com uma des-vantagem: havia uma limitação de tempo de registro e, nos poucos minutos que a gravação podia ser realizada, não cabiam obras e peças inteiras que foram compostas nas décadas e nos séculos anteriores.

A partir dessa inovação, o foco da história da música deixa de ser estético e passa a ser comercial, fazendo com que os novos empreendedores do incipiente mercado fonográfico deixassem conservatórios e salas de concerto em segundo plano, em busca de músicos que tocassem na rua, em bailes, festas e saraus. Esses novos músicos, que cantavam e tocavam melodias que não exigiam partitura, e muitas vezes abriam espaço para o improviso, a informalidade e até o duplo sentido, aos poucos foram sendo os criadores da canção, esse novo formato musical que se tornou padrão naquela forma de se comercializar música.

Assim aconteceu a separação entre a música popular e a erudita – e enquanto a primeira foi se tornando cada vez mais abran-gente e passou a ditar as regras do jogo, a segunda encolheu-se, vestiu fraque e passou a tocar em locais cada vez mais restritos e isolados.

Com a Mostra de Cordas Dedilhadas, a curadoria de música do Centro Cultural São Paulo quer abolir essa barreira, mostrando que as duas facções, na verdade, fazem parte de uma mesma essência, pura e indivisível – a música em si. Ela pode ser acessível a ouvidos cultos e incultos, composta e executada por virtuoses ou diletantes. A divisão da música em duas categorias reforça uma separação social e econômica, mais do que cultural. Tanto artistas quanto públicos eruditos e populares não apenas podem como devem se misturar e conhecer uns aos outros. Aproveitamos a deixa para, na edição de agosto dos Concertos de Discos, que acontecem sempre aos sábados na Discoteca Oneyda Alvarenga, celebrar um dos principais nomes de nossa música a flertar nesses dois territórios: o violonista Baden Powell, que se estivesse vivo completaria 80 anos neste mês. A homenagem terá duas aulas ministradas pelos instrumentistas e pesquisadores Paulo Belinatti e Alberto Guedes, que falarão, respectivamente, sobre a influência da música africana e do chorinho na obra desse virtuose, nos dias 12 e 19 de agosto. A arte e a cultura devem aproximar, e não afastar. Agregar, e não elitizar. Uma só arte, uma só cultura. Uma só música.

Alexandre Matias é curador de música do Centro Cultural São Paulo

foto: Sosso Parma

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O violão brasileiro tem atravessado uma contínua época de ouro, desde os anos 1920 até a atualidade, de múltiplas linguagens. Mas uma arte como essa não pode florescer sem uma equipe de apoio: professores, produtores, luthiers, diletantes, divulgadores e preservadores da memória. Nessa categoria, Ronoel Simões ocupa uma posição única: em mais de 60 anos de atividade ininterrupta, tornou-se o maior colecionador de material de violão do mundo, sobretudo gravações. Ele atravessou todos os formatos possíveis: discos em 78 rotações, acetatos, vinis, fitas magnéticas, LPs, fitas cassete, fitas de vídeo, CD, DVD, e até o obsoleto vídeo-disc. Faleceu às portas da era do streaming.

Ronoel Simões aumentou sua coleção gradualmente e de forma completa. Seu acervo tem coleções completas de praticamente todos os violonistas importantes do século 20 e também da maioria dos menos importantes, inclusive discos produzidos na antiga União Soviética, no Japão, na Europa, na América Latina, etc. O melhor disco sempre era aquele que ele ainda não tinha. Ao mesmo tempo, produziu do próprio bolso gravações dos bons violonistas que não haviam gravado comercialmente. O maior deles provavelmente foi Garoto, cuja obra não estaria preservada não fossem as gravações que fez para o amigo Ronoel.

Garoto é considerado, hoje, uma das figuras seminais do violão brasileiro, um visionário. Igualmente, Simões preservou uma grande quantidade de programas de rádio e de concertos gravados ao vivo – muitos furtivamente: sua coleção tem concertos meus de cuja gravação nem eu mesmo sabia da existência...

O recorte de sua coleção parece inusitado, mas é exatamente o que a faz tão interessante: ele só gostava de violão de seis cordas, tocadas com os dedos. Nada de palheta. Nada de viola, de guitarra elétrica ou de alaúde (há alguns, mas ele não dava o mesmo valor). Não era o gênero que determinava a escolha; para ele, música brasileira, clássico, jazz, flamenco, desde que fosse tocado com os dedos, tudo era boa música. Esse recorte se mostrou sábio. No violão brasileiro, por exemplo, é não só difícil, mas incoerente definir o que é música clássica e o que é música popular. Essa divisão, na verdade, cada vez faz menos sentido para os historiadores de cultura, e essa coleção se antecipa a essa visão. Nunca aceitou um disco grátis; sempre deu outro em troca, mesmo quando ganhava de presente. Assim, evitava se desentender com outros violonistas, e todo mundo se considerava seu amigo. E quantos amigos. Ele se correspondia com gente do mundo todo, com quem normalmente obtinha discos inalcançáveis – numa economia, à época, bastante fechada – por meio de trocas. Todo violonista que passava por São Paulo tentava visitá-lo. Conheceu de perto Segovia, Yepes, Maria Luísa Anido; uma das últimas visitas, quando sua saúde já estava abalada, foi a do grande Leo Brouwer.

As partituras, apesar de serem um acervo menos abrangente, têm enorme importância. Ele preservou a coleção de Isaías Savio, cuja cultura do repertório antigo e romântico do violão não tinha paralelo 70 ou 80 anos atrás. Há coleções completas das mais importantes revistas internacionais de violão. De muitas, provavelmente não há nenhuma outra cópia no mundo. Uma coleção que dificilmente existirá de novo: define toda uma era no violão no século 20, chamada pelo estudioso Sidney Molina de A Era do Disco. Quem quiser saber alguma coisa do violão solista do século 20 forçosamente encontrará na Coleção Ronoel Simões sua maior fonte.

Fábio Zanon é um dos grandes violonistas da atualidade. Sua atividade como violonista, escritor, regente, professor e comunicador tem contribuído para uma mudança da percepção do violão na música de concerto. Vencedor de dois dos maiores concursos internacionais de violão, em 1996, o Tárrega, na Espanha, e o GFA, nos EUA, agraciado com o Prêmio Moinho Santista, em 1997, Prêmio Carlos Gomes, em 2005, Prêmio Bravo!, em 2010, e indicado ao Grammy Latino, em 2011, é fellow e visiting professor da Royal Academy of Music, em Londres, desde 2008. Já tocou nos maiores teatros e festivais e à frente de importantes orquestras em mais de 40 países

O COLECIONADORComo Ronoel Simões consolidou o maior acervo violonístico do planeta

Fábio Zanon

foto: Dalor Pereira

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LEGADO INCALCULÁVELSete décadas de violão

Tiago Cesquim

O violão estava de luto em todos os lugares naquela quarta-feira. Na noite anterior, 5 de outubro de 2010, Ronoel Simões faleceu, após uma vida inteira dedicada ao instrumento. Reconhecido como o maior colecionador de obras para violão do mundo, desde 1941 vinha sistematicamente juntando itens ao seu monumental acervo, que contém o maior número de gravações de violão solo do século 20. A repercussão de seu trabalho é planetária, reconhecida nos mais diversos âmbitos da produção violonística.

Apenas para dar uma breve dimensão de sua profícua produção: Simões produziu o programa Solos de Violão, na rádio Gazeta, entre 1944 e 1968; fundou a Academia Brasileira de Violão em 1953, trabalhando nela até sua aposentadoria, em 1984; e, entre 1964 e 1968, editou a revista Violão e Mestres. Trabalhos fundamentais tiveram como fonte seu acervo, entre os quais The Guitar Works of Garoto, de Paulo Bellinati, com obras gravadas em acetato pelo amigo Aníbal Augusto Sardinha especialmente para Ronoel e preservadas desde os anos 1950, e parte da série de programas de rádio O Violão Brasileiro, de Fábio Zanon, que contou com obras cedidas por Simões. Muitos violonistas e aficionados irão se lembrar das rodas de violão promovidas na Academia, no bairro paulistano Bixiga. A partir dos anos de 1960, todos os sábados encontravam-se iniciantes, violonistas consagrados, ouvintes e músicos de passagem pela cidade de São Paulo para tocar e conversar sobre o instrumento. Nos outros dias, e era frequente, os interessados em violão encontravam sempre uma porta aberta para conversar, pesquisar e aprender. Além disso, o colecionador mantinha uma intensa correspondência com músicos do mundo inteiro.

No local, que também era sua residência, ficava seu acervo, guardado em seis salas lotadas de material, em qualquer suporte que coubesse o violão. As diversas formas de gravação – fitas de rolo, 78rpm, vinis, DVDs, etc. – figuravam em sua coleção, que mantinha desde os primeiros registros do som do instrumento, ainda nos anos 1910, até os mais recentes lançamentos. Livros, tinha até os escritos em russo, mesmo que não conhecesse a língua. Guardava qualquer recorte, cartão, programa, ou o que quer que fosse impresso sobre violão, em pastas, que somaram cerca de 50 volumes. Disse, certa vez, que seu único desejo quanto ao futuro da coleção é que ela não fosse dividida, pois daí perderia seu grande valor.

Herdeira única de seu acervo, dona Rosário, filha do luthier catalão Juan Mateus e ex-aluna de Emílio Pujol, esposa com quem Ronoel dividiu a vida desde 1953, entrou em acordo com a Prefeitura de São Paulo, que, para alívio de todos, reabriu as consultas ao público em 2016, no Centro Cultural São Paulo, deixando esse acervo formidável preservado e, literalmente, ao alcance das mãos de todos nós.

Tiago Cesquim é jornalista e entusiasta do violão, “em corda de nylon e tocado com o dedo”, como diria Ronoel Simões

Quem foi Ronoel SimõesRafael Altro

Nascido em 1919 na cidade de Santa Rita do Passa Quatro (SP), filho de um português e uma austríaca, por volta de um ano de idade Ronoel Simões mudou-se com a família para Araraquara (SP), onde viveu até 1938, quando veio para São Paulo com dois irmãos. Em 1953 conheceu Rosário Mateus, espanhola, com quem se casou. Estudou violão com Atilio Bernardini de 1941 a 1947 e, depois de alguns anos dedicados ao instrumento, realizou concertos solo e em diversas formações – inclusive com Isaias Savio e José Lansac. Começou a lecionar violão em 1953, seguindo como sua principal profissão até 1984. Nesse período fundou a Academia Brasileira do Violão, que funcionou durante 31 anos, sempre em sua residência. Apresentou programas de rádio, participou de entrevistas, escreveu muitos artigos e também foi júri de concursos de violões. Sempre será lembrado como colecionador de gravações e partituras. Faleceu em 2010, deixando um legado inestimável.

Rafael Altro é violonista, compositor, diretor musical, produtor cultural e professor

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TESOUROS NA DISCOTECANossos discotecários elegem dez preciosidades do acervo Ronoel Simões

Aloysio Lazzarini e Jefferson Motta

Acetato Número 30. Vai se surpreender quem achava que a prática musical de Anibal Augusto Sardinha, o Garoto, restringia-se à música popular. Temos gravações suas executando tanto peças populares quanto eruditas. O Acetato Número 30 tem Garoto tocando, no lado 1, The Man I Love, de Gershwin, o Choro Triste n° 2 (Garoto). O lado 2 contém Gracioso, composta por Garoto. Gravada em 1950, é peça exclusiva de nosso acervo, uma vez que nunca houve gravação comercializada posteriormente. Simões anota sobre a qualidade da gravação: “O melhor é a do Disco 39-A; nesta gravação o violão tinha pouco baixo.”

Acetato Número 40. Neste material gravado em 30 de maio de 1950, Garoto executa, no lado 1, o Prelúdio n°4, de Francesco Tárrega, e, no lado 2, um fragmento de Na gruta de Fingal, de Mendelssohn. Tais peças foram gravadas repetidas vezes no mesmo acetato. Simões observa: “Devemos esclarecer que Garoto errava na execução dessas músicas, não por não ter habilidade de tocá-las corretamente, porém há muito tempo ele não tocava estas músicas e elas estavam esquecidas. Foram relembradas e estudadas na hora da gravação”.

Acetato Número 136. O lado 1 traz o trio de violões formado por Isaías Sávio, José Lansac e Ronoel Simões executando peças de Beethoven e Sor. Já no lado 2 ouve-se o quarteto de violões de Isaías Sávio, José Lansac, Nascimento e Ronoel Simões tocando o Allegro da Sonata 22, de Fernando Sor. A raridade desse acetato se dá pela presença do violonista uruguaio Isaías Sávio, icônica figura do cenário violonístico do Brasil, e também pela presença do misterioso gênio José Lansac – que, declarou o próprio Ronoel em documentário, foi o maior violonista dos anos 1930. Como quase nada se conhece da biografia e da trajetória musical de Lansac, esse exemplar nos parece extremamente raro.

Acetato Número 137. No lado A, Isaías Sávio toca sua composição Caixinha de Música e o Prelúdio n°11, de Tárrega. No lado B, Sávio e Ronoel Simões tocam Andante com Moto, de Sávio. Destacam-se a peça Caixinha de música, primeira composição de Isaías Sávio, e o fato de que não há gravações comerciais suas, pois ele recusou convites, alegando não ter tempo para estudar e gravar com a qualidade de que gostaria.

Acetato Número 198. Contém a gravação de um dos primeiros – se não for o primeiro – trio de violões do Brasil: os Três Sustenidos, formado por João Avelino de Camargo, José Martins de Melo e Teotônio Corrêa, executando peças de Corrêa e J. A. de Camargo.

Disco Odeon n° 123071, de João Teixeira Guimarães (João Pernambuco). A gravação (por João Pernambuco e Rogério Guimarães) é de 1926. O violonista Maurício Carrilho afirmou: “Dificilmente se encontra um violonista brasileiro, erudito ou popular, que não tenha em seu repertório alguma música do João”. Para ele, ao lado da obra de Heitor Villa-Lobos, as peças de João Pernambuco forjaram “a mais legítima expressão do jeito brasileiro de tocar o violão”.

Disco 120.595, de Américo Jacomino (Canhoto). Em 1913, já conhecido na capital paulista como bom violonista, Canhoto gravou pela primeira vez, na Odeon, na série 120.000, a valsa Belo Horizonte, a polca Pisando na Mala, o dobrado Campos Sales e a mazurca Devaneio.

ACETATOS

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Concerto de Aranjuez (Joaquín Rodrigo), por Regino Sainz de La Maza. Composto por Joaquín Rodrigo para ser tocado pelo violonista La Maza em 1940, este é considerado o primeiro concerto moderno para violão da Europa e também o mais popular do século 20.

Villa-Lobos executa o Choro n°1. Outro destaque: aqui se ouve o violão do próprio autor.

Siegfried Behrend toca o Prelúdio n°1 de Heitor Villa-Lobos. Com selo em russo, esse disco demonstra que Ronoel Simões recebia discos de violão de pessoas do mundo todo, o que foi determinante para a variedade e riqueza do acervo.

Aloysio Lazzarini de A. Nogueira e Jefferson Motta integram a equipe que cuida da Coleção Ronoel Simões, da Discoteca Oneyda Alvarenga. Aloysio é bibliotecário formado pela USP e trabalha no CCSP desde sua abertura, em 1982. Jefferson é músico violonista formado pela Faculdade Cantareira e funcionário do CCSP desde 2014.

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Reprodução: João Silva e Sosso Parma

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VIOLONISTASESDRAS MADDALON Do barroco ao impressionista, passando pelo romântico

dia 1º/8, às 20h30 - Sala Jardel Filho

Esdras Maddalon nasceu em São José dos Campos (SP). Começou seus estudos de violão aos 13 anos de idade, na Faculdade de Música do Espírito Santo (FAMES), com o professor John Kennedy Ayres de Almeida. Em 2003, transferiu-se para Milão para estudar com Lorenzo Micheli. No mesmo ano ingressou na Scuola Civica di Musica di Milano, onde teve como professores Aldo Minella e Paola Coppi. Formou-se em 2010 no Conservatório Giuseppe Verdi de Milão.

Frequentou como aluno efetivo aulas de Oscar Ghiglia, Sharon Isbin, Pavel Steidl, Zoran Dukic, Aniello Desiderio e Paul Galbraith. Apresentou-se como solista nos mais importantes festivais de violão e de música na Itália, como o Salone D’onore da Casa Giuseppe Verdi e o Incontri con la chitarra na Palazzina Liberty, em Milão, a Stagione Internazionale di Chitarra, em Lodi, o Festival Internazionale Paganini della Chitarra, em Parma, o International Arts Festival, em Capri, e na Sala Palestrina da Embaixada do Brasil, por ocasião da Festa Europeia della Musica, em Roma. Desde 2011 estuda com o violonista Andrea Dieci. Classificou-se em primeiro lugar em vários concursos internacionais, como o Concorso di Interpretazione musicale de Lissone, o Concorso e Festival Internazionale Arte a 6 corde de Modena, o Concorso e Festival Internazionale Paganini della chitarra de Parma e o Concorso Chitarristico Internazionale de Favria.

PROGRAMA

Para este concerto, Esdras escolheu representantes das músicas espanhola e italiana. As sonatas do italiano Domenico Scarlatti, originalmente escritas para cravo durante o período barroco, contrastam com a Sonata op.61, do espanhol Joaquin Turina, composta em 1930 – que foi dedicada ao também espanhol Andrés Segovia e teve sua estreia pelo intérprete, em 1932, na Academia de Santa Cecília, em Roma. Um dos maiores expoentes da música espanhola do século 20, Turina tem linguagem romântica e impressionista, usando elementos rítmicos e melódicos típicos do folclore espanhol.

Domenico Scarlatti (1685-1757): Sonatas K 32, K 474 e K 175.Giulio Regondi (1822-1872): Revêrie Nocturne op.19.Joaquin Turina (1882-1949): Sonata op.61 (I – Allegro, II – Andante, III - Allegro Vivo).Antonio José (1902-1936): Sonata para Guitarra (I - Allegro moderato, II – Minuetto, III - Pavana triste, IV – Final)

ANGELA MUNER Villa-Lobos vai à Espanha

dia 8/8, às 20h30 - Sala Jardel Filho

Intérprete de destaque no cenário violonístico brasileiro, atua como solista, camerista, professora e produtora cultural. Iniciou seus estudos de música sob a orientação de seus pais, os professores Ilso e Tereza Muner. Seu primeiro recital aconteceu aos dez anos de idade, quando também gravou seu primeiro disco. Posteriormente, recebeu de Isaias Savio, Geraldo Ribeiro e Henrique Pinto orientações sobre técnica e interpretação violonística. Bacharel em instrumento pela Faculdade de Música Carlos Gomes de SP, obteve também a Licentiate in Guitar Performance pelo Trinity College of Music of London nos exames internacionais realizados no Conservatório de Tatuí. O CD Angela Muner Interpreta Música Espanhola é considerado referência, colocando-a numa posição de destaque entre os violonistas de sua geração. Gravou com os violonistas Henrique Pinto e Giácomo Bartoloni o primeiro CD do Violão Câmara Trio, sendo esta considerada uma das melhores gravações de disco instrumental de 1989. Com a cravista Helena Jank, lançou em 2010 o Tocandyra, gravação inédita de cravo e violão no Brasil. Em maio de 2014, recebeu da Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino o Mérito Cultural Carlos Gomes, no grau de Comendadora, a mais elevada condecoração dessa entidade. Hoje é convidada de Encontros e Seminários Nacionais e Internacionais de Violão. No Conservatório de Tatuí (SP) é professora de violão clássico e de música de câmara. Também em Tatuí ministra aulas particulares em seu estúdio e realiza eventos artísticos com a missão de difundir a arte do violão.

PROGRAMA

O concerto se inicia homenageando os 130 de anos de Heitor Villa-Lobos, com o Choro nº 01. Composto em 1924 e dedicado a Ernesto Nazareth, é a primeira obra de uma das séries mais impactantes e importantes do compositor nacionalista brasileiro. Em seguida, ouvimos três dos cinco prelúdios em que o compositor retrata aspectos da cultura brasileira. O Prelúdio nº 01 é uma ode ao sertanejo; o Prelúdio nº 05 homenageia a vida social carioca e o Prelúdio nº 02 vem com uma melodia representando o malandro carioca. Todo o programa nos traz o nacionalismo, primeiramente o brasileiro, com Villa-Lobos, e posteriormente o espanhol, com Torroba, Turina e Albeniz.

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Chôros no. 01, Prelúdios 1, 5 e 2Federico Moreno Torroba ( 1891-1982): Sonatina (I - Allegretto; II - Andante; III – Allegro)Joaquín Turina (1882-1949): Hommage à Tarrega (I – Garrotin; II – Soleares)Isaac Albeniz (1860-1909): Granada, Sevilla

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RÉMY REBER Uma performance dramática e musical

dia 12/8, às 19h - Sala Adoniran Barbosa

Músico e intérprete apaixonado por música contemporânea e teatro, o violonista francês Rémy Reber explora com a mesma curiosidade as músicas atuais e populares, tanto na Europa como no Brasil. Após ter se formado no Conservatório Superior de Paris com o violonista e compositor mundialmente conhecido Roland Dyens, Rémy obtém o diploma de mestre em interpretação em 2014. Pós-graduado em improvisação livre, pedagogia e repertório contemporâneo, Reber colabora com os principais grupos de música contemporânea da cena atual francesa, como Intercontemporain, L’Instant Donné e Warning, e tocando em prestigiados palcos europeus, como o Philharmonie, o Ircam, o Barbican, o KKL Luzern, o Georges Pompidou e o Louvre. Em 2016, Rémy Reber ficou em primeiro lugar no Concurso Internacional de Interpretação de Música do Último Século de Boulogne-Billancourt, Paris). Vive em Paris com sua esposa, a artista brasileira Raísa França, com quem criou a companhia de artes vivas Jabuticaba. Come Heavy Sleep! é um espetáculo de teatro musical em formato de pocket show com composições contemporâneas. O público é introduzido em uma viagem insólita além do noturno, em um universo ora burlesco, ora absurdo, sempre cheio de poesia. O espetáculo foi concebido inspirado em uma das maiores obras do repertório para violão clássico do século 20: Nocturnal, de Benjamin Britten (1964). Esta música foi composta a partir de um tema de John Dowland (1563-1626), Come Heavy Sleep! (Venha, sono profundo), que deu nome ao espetáculo. Britten escreveu oito variações sobre essa melodia, cada uma expressando um aspecto de uma peregrinação noturna, a qual se encerra com a melodia original de Dowland.

O projeto deste concerto-espetáculo foi ampliar esse universo, selecionando obras compostas em torno dessa mesma temática, ou cujo caráter ilustrasse outros aspectos do universo do noturno e da insônia. O programa musical é radicalmente contemporâneo. As obras-primas do século 20 – Tellur, de Tristan Murail, e Nocturnal, de Benjamin Britten – encontram-se com peças inéditas e experimentais, como (EP)Scra’p, do jovem compositor francês Julien Malaussena. A este repertório se misturam trechos de improvisação livre e alguns arranjos de canções populares de ninar. O público é convidado a descobrir a riqueza surpreendente das sonoridades do violão clássico: harmônicos delicados e sutis, ambientes calorosos e íntimos, mas também a força trágica de acordes rasgados, assim como a energia percussiva do instrumento explorada pelos compositores.

PROGRAMA

« Come, heavy Sleep, the image of true Death,And close up these my weary weeping eyes,Whose spring of tears doth stop my vital breath,And tears my heart with Sorrow’s sigh-swoll’n cries.Come and possess my tired through-worn soul,That living dies till thou on me be stole »

FLÁVIO APRO Da teoria à prática

dia 15/8, às 20h30 - Sala Jardel Filho

Pós-doutor pela California State University Fullerton, professor da Universidade Estadual de Maringá e do Instituto de Artes da Unesp e concertista internacional, Apro é considerado um dos mais conceituados pesquisadores brasileiros na área de performance musical, com livros publicados e diversos artigos nas principais revistas acadêmicas. Em conexão com suas pesquisas, lançou Doce Estudios para Guitarra de Francisco Mignone pela gravadora Tempus Clasico, do México. Apresenta-se nas principais salas de concerto brasileiras e internacionais e dedica-se à música de câmara. É também produtor e representante sul-americano da Hermann Hauser Guitar Foundation,instituição cultural sem fins lucrativos com sede na Alemanha, em que realiza concertos internacionais e concursos. Sua atividade como professor é amplamente respeitada como efetivo da Universidade Estadual de Maringá e convidado do Instituto de Artes da Unesp, além de convidado em diversas instituições brasileiras e estrangeiras. Em 2014, lançou pela gravadora Brilliant Classics da Holanda os CDs Nocturne e The Brazilian Guitar, além de O Violão Brasileiro pela Delira Música. Acaba de lançar, também pela Brilliant Classics, Flavio Apro Plays Napoleon Coste.

PROGRAMA Usando sempre um Sérgio Abreu com cordas Augustine, Flávio Apro apresentará uma das obras mais importantes do século 20 escritas para violão solo: a Homenaje pour Le Tombeau de Claude Debussy, de Manuel de Falla. Com repertório eclético e de estilos variados (incluindo barroco alemão, espanhol e brasileiro), destaca-se também a comemoração de 130 anos do brasileiro Villa-Lobos. O músico incluirá também uma atraente seleção de obras do recém-lançado Flávio Apro Plays Napoleon Coste, que inclui a famosa coleção de 25 Estudos, trabalho altamente criativo e audacioso do compositor francês, uma das melhores coleções do gênero.

Manuel de Falla (1876-1946): Homenaje pour La GuitarreJ.Sebastian Bach (1685-1750): Fuga da Partita BWV 1000Federico Moreno Torroba (1891-1982): Madroños Manuel Ponce (1882-1948): Allegro Sonata MexicanaNapoleon Coste (1805-1883): Seleção de Estudos Op.38Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Prelúdio n. 3, Estudo n. 07 Dory Caymmi (1943): Porto (arranjo de Flávio Apro)Francisco Mignone (1897-1986): Estudo VI Giácomo Bartoloni (1957): Tango MartesRafael Altro (1973): Homenagem

Federico Mompou (1893-1987): CunaJulien Malaussena (1980): Scrap Benjamin Britten (1913-1976): Nocturnal after John Dowland, op.70John Dowland (1563-1626): Come heavy sleepTristan Murail (1947): TellurLeo Brouwer (1939): Canción de Cuna

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ANDREA ROBERTO Garoto prodígio

dia 22/8, às 20h30 - Sala Jardel Filho

Andrea Roberto nasceu em Foggia (Itália), em 1995. Iniciou seus estudos de violão aos quatro anos, com seu pai. Aos nove anos ingressou no Conservatório U. Giordano para ter aulas com Sandro Torlontan, onde se formou aos 14 anos. Estudou com Aniello Desiderio

em Nápoles e na International Academy of Koblenz na Alemanha. Prosseguiu estudos com o professor Carlo Marchione no Conservatório

de Maastricht, na Holanda. Já se apresentou em festivais e ganhou prêmios em concursos em diversos países: Itália, Espanha, Portugal,

Alemanha, Holanda, Finlândia, México, Argentina e Estados Unidos. Em julho de 2016 venceu o Concurso Internacional de Guitarra José Tomás, em Villa de

Petrer, na Espanha. Inclusive seu concerto na Mostra de Cordas Dedilhadas faz parte desse prêmio, pois fez uma turnê pelo Brasil. Entre outros concursos, destacamos Inner Wheel

Italy, em 2006, como melhor aluno do Conservatório de Foggia, o primeiro lugar no 2nd International Competition of the Adriatic, em Pescara, em 2012. O primeiro lugar no 4th International Competition Stefano Strata, de Pisa, em 2013, e o primeiro lugar no International Competition of Twents, na Holanda, em 2016.

PROGRAMA

O jovem Andrea Roberto nos apresenta um repertório maduro com compositores espanhóis e italianos. Um dos grandes intérpretes e compositores do violão romântico foi o espanhol Franscico Tárrega, apreciado aqui por meio de suas variações escritas sobre um tema de Paganini, o célebre Carnaval de Veneza. Também inspirado em Paganini, o compositor italiano Castelnuovo-Tedesco escreveu o Capricho Diabólico op. 85ª, dedicado a Andrés Segovia. No final desta genial composição, podemos identificar o tema La Campanella, do terceiro movimento do Concerto para Violino nº 2, de Paganini.

Giulio Regondi (1823 – 1872): Aria Variata no.1 op 21Mario Castelnuovo-Tedesco (1895 – 1968): Capriccio Diabolico op.85ª, Omaggio a PaganiniJoaquín Rodrigo (1901 – 1999): ToccataFrancisco Tarrega (1852 – 1909): Variaciones sobre el tema de N.Paganini, Carnaval da VeneciaMauro Giuliani (1871 – 1829): Rossiniana no.1 op.119

FABIO MORAESDo chorinho ao flamenco

dia 29/8, às 20h30 - Sala Jardel Filho

Fabio Moraes começou seus estudos aos 12 anos de idade em São Paulo no CLAM, renomado conservatório do grupo de bossa nova Zimbo Trio. Após quatro anos, teve a oportunidade de assistir a uma aula aberta de violão flamenco de Fernando de La Rua no

antigo Centro Flamenco Pepe de Córdoba, um dos centros mais importantes do Brasil na divulgação do gênero. Tal oportunidade

fez com que decidisse iniciar o seu aprendizado da cultura andaluz em aulas particulares de violão com Fernando e em aulas de dança,

acompanhando diversos professores. Paralelamente, desenvolveu sua formação acadêmica de bacharelado em violão popular na Faculdade Santa

Marcelina (SP). No período, aprimorou composição, técnica e improvisação com músicos importantes: Ulisses Rocha, Paulo Tiné e Paola Picherzky. Também nesse

período teve contato com o chorinho. Apesar de nortear estudos entre chorinho, jazz e bossa nova, foi no flamenco que Moraes encontrou identificação. Participou de diversos eventos na Espanha, como o Festival de la Guitarra de Córdoba, com Paco Serrano (1996), o curso Flamenco com Gerardo Núnez em Sanlúcar de Barrameda (1996 a 1999) e esteve na Fundación Cristina Heeren, em Sevilla, com Eduardo Rebollar (2007). Após anos de experiência tocando com diversos grupos de dança flamenca em muitos teatros pelo Brasil (Teatro São Pedro, Municipal de Sorocaba, Municipal de Santos, Memorial da América Latina, Teatro Claudio Santoro), contabilizando mais de 1200 shows, decide juntar ideias e composições no CD Evocación, lançado em agosto de 2013.

PROGRAMA

O show consiste em uma apresentação de música instrumental flamenca, combinando formatos de quarteto, trio (violão, cello e oboé), duo (violão e percussão) e momentos de improvisação. Formação: Fabio Moraes (violão flamenco), Martin Lazarov (oboé e english horn), Jefferson Perez (cello), Lucas Ruedas (percussão). Além de novos temas, todas as músicas foram compostas por Fabio Moraes em seu álbum Evocación (2013): Pasando el Día (Tanguillo), Tinto e Intenso (Farruca), El Regalo (Vals), Encanto, Desencuentro y Esperanza (Alegrías), Arcos y Pasajes (Alegrías), Improvisação, Camino Perdido (Seguiriya), Somatica (Bulerías), Atardecer al Arpoador (Bulerías) e Mi Herencia (Sevillanas).

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Em 2001, percebendo a ausência de espaços e oportunidades para jovens violonistas, a Mostra de Cordas Dedilhadas foi idealizada para valorizar o violão e os instrumentos de cordas dedilhadas, bem como seus intérpretes. Em suas primeiras edições contamos com as participações de amigos e alunos. Foi crescendo anualmente e hoje a Mostra de Cordas Dedilhadas pode ser considerada um dos grandes eventos de violão na cidade de São Paulo, onde se apresentam jovens

Outros eventos da Mostra de Cordas Dedilhadas

São Paulo (SP) - Instituto Cervantes22/7 - 14h Sarau para Ronoel Simões

Salvador (BA) - Museu de Arte da Bahia27/7 - 17h30 Sarau para Ronoel Simões28/7 - 17h30 Rémy Reber

Rio Branco (AC) - Universidade Federal do Acre (UFAC)1º/8 - 19h Sarau para Ronoel Simões

São José do Rio Pardo (SP) - Pólo Avançado do Conservatório de Tatuí7/8 - 20h Sarau para Ronoel Simões

Campinas (SP) - Espaço Cultural Casa do Lago18/8 - 14h Sarau para Ronoel Simões

CONCERTOS E SHOwSterça, às 20h30 - Sala Jardel Filhodia 1º/8 Esdras Maddalondia 8/8 Angela Munerdia 15/8 Flávio Aprodia 22/8 Andrea Robertodia 29/8 Fabio Moraes

PERFORMANCE TEATRO-MUSICALdia 12/8, sábado, às 19h - Sala Adoniran BarbosaRémy Reber - Uma performance dramática e musical

DOCUMENTÁRIOdia 24/8, às 20h - Sala Paulo EmílioViolões do Bixiga, de Silvio Santisteban e Nilson Evangelista (1991)Um tributo a Ronoel Simões. Documentário gravado na academia fundada por Ronoel Simões no Bairro Bixiga, que abrange performances de grandes mitos da história do violão brasileiro reunidos nesta produção de 59 minutos de pura emoção e nostalgia.

PROGRAMAçãOSARAU PARA RONOEL SIMõESdia 26/8, das 15h às 17h - Sala Jardel FilhoParticipação de vários violonistas – entre eles Fábio Zanon. A ideia é resgatar os saraus que o colecionador realizava em sua residência, por muitos anos o reduto de intérpretes e compositores para violão em São Paulo. Jovens estudantes ou concertistas renomados internacionalmente frequentavam a chamada Academia do Violão.

Todos os eventos são gratuitos

violonistas vencedores de concursos internacionais, artistas experientes com carreiras internacionais e instrumentistas brasileiros de todos os gêneros e estilos musicais. O intuito dessa iniciativa é apresentar os instrumentos de cordas dedilhadas dentro de suas possibilidades harmônicas e melódicas, no ponto de vista das composições e da execução. Nas edições anteriores já contamos com concertos de harpa, viola caipira, cítara, violão fingerstyle, teorba e guitarra barroca.

Abrimos sempre oportunidade para o violão como solista e em formações camerísticas. Desde sua primeira edição procuramos dar espaços a jovens que estão iniciando sua carreira violonística, promovendo encontros, master classes e saraus. Já passaram pelos palcos da Mostra de Cordas Dedilhadas grandes nomes do violão brasileiro. Este ano, em parceria com o Centro Cultural São Paulo, vamos homenagear Ronoel Simões (1919-2010), grande personalidade do violão, que ficou conhecido como um dos principais colecionadores de gravações e partituras de violão. (Rafael Altro, curador da mostra)

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Prefeitura de São Paulo João DoriaSecretaria de Cultura André Sturm Centro Cultural São Paulo | Direção Geral e Coordenação de Curadoria Cadão Volpato Supervisão de Ação Cultural Adriane Bertini e equipe Supervisão de Acervo Eduardo Navarro Niero Filho e equipe Supervisão de Bibliotecas Juliana Lazarim e equipe Supervisão de Informação Juliene Codognotto e equipe Supervisão de Produção Luciana Mantovani e equipe Coordenação Administrativa Everton Alves de Souza e equipe Coordenação de Projetos Kelly Santiago e Walter Tadeu Hardt de Siqueira

Discoteca Oneyda Alvarenga | Coordenadora Jéssica Barreto Equipe Aloysio Lazzarini de Almeida Nogueira, Alvaro de Souza, Antonio Dantas Teixeira, Bruno Renato Lacerda, Edson Marçal de Assis, Eliana Alcoba de Carvalho Rodrigues, Ivamilto Couto Farias, Jackson Costa de Oliveira, Jefferson Luis Gonçalves da Motta, May Kahtouni, Osvaldo Vanderlei Ascânio, Pergy Nely Grassi Ramoska, Vivian Tavares da Costa Estagiário Bruno Esslinger de Britto Costa

Mostra de Cordas Dedilhadas

Programação | Coordenação Cadão Volpato Música Alexandre Matias Idealização, curadoria e produção Rafael Altro

Comunicação | Coordenação Juliene Codognotto Projeto gráfico Yzadora Takano Catálogo | Edição Ronaldo Bressane Revisão Paulo Vinício de Brito

Outros eventos da Mostra de Cordas Dedilhadas | Apoio

São Paulo (SP) - Instituto Cervantes Salvador (BA) - Museu de Arte da Bahia

Rio Branco (AC) - Universidade Federal do Acre (UFAC)

São José do Rio Pardo (SP) - Pólo Avançado do Conservatório de Tatuí

Campinas (SP) - Espaço Cultural Casa do Lago

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