Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011
16.governo hermes da fonseca
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GOVERNO HERMES DA FONSECA
Hermes da Fonseca era ridicularizado pela imprensa através de caricaturas
Entretanto, a maior critica era de que não governava. O governo estava nas mãos do senador Pinheiro Machado
PINHEIRO MACHADO
Organizou-se até um movimento para acabar com a influência de Pinheiro
Machado
Considerado o político mais poderoso das duas primeiras décadas do século,
embora nunca tenha ocupado a presidência
“Iaiá, me deixe subir esta ladeiraQue eu sou do grupo do pega na chaleira.
Quem vem de lá,Bela Iaiá,Ó abre alasQue eu quero passar.
Sou Democrata,Águia de Prata,Vem cá mulataQue me faz chorar” No Bico da Chaleira
Juca Storoni
A POLÍTICA DAS SALVAÇÕES
Hermes estabeleceu a estratégia de intervenções
militares em diversos estados.
A finalidade inicial era livrar
o país do domínio
oligárquico e da desmoralização
política
pretendia-se "moralizar o regime", acabar com a violência no campo, provocada por
"guerras" entre coronéis
e "dar expressão verdadeira ao voto", que era dirigido pelas oligarquias através de
seus ''currais eleitorais''
Na realidade, a política das Salvações não passou da “derrubada” das velhas
oligarquias estaduais
Foi o único presidente a casar-
se durante o mandato
presidencial, sua primeira esposa,
Orsina Francioni da Fonseca, com que casou-se em 1878 veio a falecer em
1912.
Sua segunda esposa, Nair de Tefé, caricaturista, seria hoje considerada uma
feminista
Era empolgada pela música popular. O palácio do catete virou ponto de encontro
de escritores, compositores, músicos
Nair de Tefé escolheu um maxixe, o "Gaúcho" ou Corta-Jaca de Chiquinha
Gonzaga, para ser executado ao violão, nos jardins do Palácio do Catete, para
escândalo de todo o país.
Por que executar o
maxixe causava
escândalo?
O MAXIXE
O maxixe foi a primeira dança urbana criada
no Brasil. Surgiu nos forrós da
Cidade Nova e nos cabarés da
Lapa, Rio de Janeiro RJ, por volta de 1875.
Conhecido como a “dança proibida”, era dançado em locais
mal-vistos pela sociedade como as
gafieiras da época que eram freqüentadas
também por homens da sociedade, em
busca de diversão com mulheres de classes
sociais menos favorecidas.
Considerado imoral aos bons costumes da época, além da
forma supostamente
sensual como seus movimentos eram
executados foi perseguido pela
Igreja, pela polícia, pelos educadores e chefes de família
Ai PhilomenaSeu eu fosse como tuTirava a urucubacaDa careca do Dudu
Dudu quando casouQuase que levou a brecaPor causa da urucubacaQue ele tinha na careca
Na careca do DuduJá trepou uma macacaE por isso coitadinhoÉ que tem urucubaca
Dudu tem uma casaE com chave de ouroQuem lhe deu foi o CondeCom os cobres do Tesouro
Se o Dudu sai a cavaloO cavalo logo empaca
Só começa a andarAo ouvir o "corta-jaca“
Dudu tem uma casaQue nada lhe custou
Porque nesse "presente"Foi o povo que "marchou"
Mas o RainhaCavou o seu também
Dizendo no SenadoTão somente "muito bem"
Eu me arrependoDe ter ido ao Caju
E não ter vaiadoA saída do Dudu
O funk é o novo
maxixe!
A REVOLTA DA CHIBATA
Revoltados com os castigos físicos, os marinheiros sequestraram os navios e
ameaçavam bombardear o Rio de Janeiro
Os marinheiros tinham de sujeitar-se a uma disciplina muito rígida
Depois da Proclamação os castigos físicos foram extintos, mas Deodoro tornou-os
legalizados
Em 1910, o marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes, foi condenado à 250 chibatadas
Seus companheiros foram obrigados a assistir o castigo
Não se contiveram e se rebelaram
Mais de 2000 marujos se apoderaram dos navios de guerra
Oficiais foram jogados na água, mortos
O líder era um cabo com
menos de 20 anos, João Cândido
Devia o governo atendê-los
dentro de 12 horas ou
bombardeavam a cidade
O Rio entrou em pânico. Famílias fugiram para o subúrbio e 3000 deixaram a cidade
rumo a Petrópolis
A anistia foi aprovada. O governo foi derrotado.
Entretanto, eclodiu uma 2ª insurreição no Batalhão naval.
O governo , então, descumpriu o acordo de anistia
Os revoltosos do 1º e 2º episódio foram presos, torturados e jogados em
calabouços
João Cândido
ficará com problemas de saúde
devido aos maus-tratos
Pela 1ª vez o governo brasileiro cedera diante de uma ação popular.
O Mestre Sala dos Mares(João Bosco / Aldir Blanc)(letra original sem censura)
Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão do mar reapareceuNa figura de um bravo marinheiro A quem a história não esqueceuConhecido como o almirante negroTinha a dignidade de um mestre salaE ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesasJovens polacas e por batalhões de mulatasRubras cascatas jorravam das costasdos negros pelas pontas das chibatas Inundando o coração de toda tripulação Que a exemplo do marinheiro gritava entãoGlória aos piratas, às mulatas, às sereiasGlória à farofa, à cachaça, às baleiasGlória a todas as lutas inglóriasQue através da nossa históriaNão esquecemos jamaisSalve o almirante negroQue tem por monumentoAs pedras pisadas do caisMas faz muito tempo
O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)(letra após censura durante ditadura militar)
Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negroTinha a dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Foi saudado no porto pelas mocinhas
francesasJovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costasdos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão Que a exemplo do feiticeiro gritava entãoGlória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleiasGlória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa históriaNão esquecemos jamaisSalve o navegante negroQue tem por monumento
As pedras pisadas do caisMas faz muito tempo
AS POLACAS
vieram para o Brasil no início do século XX
Vítimas dos gigolôs franceses e dos traficantes
de judias das aldeias pobres do
Leste Europeu, essas jovens
desembarcavam em terras
brasileiras e eram encaminhadas por
cafetões judeus para os bordéis do
Rio de Janeiro
A máfia de cafetões judeus, a Zwi Migdal, esteve ativa em Varsóvia até a década de 30. Recrutava suas "escravas brancas" em
pobres cidades do Leste europeu
Elas falavam iídiche, a língua dos judeus da
Europa Central. Quando achavam que um
cliente tinha doença venérea, falavam ein
krenke (krank significa "doente" em alemão). Nascia assim a palavra
"encrenca", usada desde então no
português do Brasil para designar uma
situação difícil.
JUDIA RARA
A rosa não se comparaa essa judia rara
criada no meu paísrosa de amor sem espinhosdiz que são meus carinhose eu sou um homem feliz
Os olhos dessa judiacheios de amor e poesia
dorme o mistério da noitebrilha o milagre do diaA sua boca vermelha
é uma flor singulare meu desejo uma abelha
em torno dela a bailar.