197058596 Teologia Crista Em Quadros H Wayne House

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    DIGITALIZADO POR:PRESBTERO

    (TELOGO APOLOGISTA)PROJETO SEMEADORES DA PALAVRA

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    Conhea meUior a teologia crist por meio de tabelase diagramas cronolgicos e explicativos r

    H. Wayne HouseJ

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    y

    Teologia Crist

    em QuadrosH. WAYNE HOUSE

    VMlaPrazer, emoo e conhec imento

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    ISBN 85-7367-311-7

    Caregoria: Teologia/Referncia

    Este livro foi publicado em ingls com o ttuloCharts o f Christian Teobgyand Doctnnepor Zondervan Publishing House

    ~ 1986 por The Zondervan Corporation 2 1999 por Editora Vida

    Traduzido por Alderi S. de Matos, Th. D.

    I a impresso, 19997a impresso, 2000

    Todos os direitos reservados na lngua portuguesa porEditora Vida, rua Jlio de Castilho, 28003059-000 So Paulo, SP Telefax: (Oxxll) 6096-6833

    Gerncia editorial: Reginaldo de SouzaPreparao de textos: Jair A. Rechia

    Reviso de provas: Fabiani Medeiros Capa: No uve au C omun icaoDiagramao: Im prensa da F

    Impresso no Brasil, na Imprensa da F

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    A W. Robert Cook,com quem aprendi minha teologia bsica,

    e a EarlD. Radmacher, mestre,

    amigo e pai adotivo espintual, com quemaprendi a viver a minha teologia

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    Sumrio

    Prolegmenos1. Traos Distintivos dos Sistemas Teolgicos 112. Modelos Teolgicos Feministas Con tem porn eos 213. Guia para a Inte rpr eta o de Textos Bblicos 224 Comparao entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo 23

    5. Esquemas Dispensacionais Representativos 25

    Bibliologia6. Modelos de Revelao 267. Concepe s Ace rca da Revelao Geral 298. Mod alidade s da Reve lao Especial 309. Teorias de Inspirao 31

    10. Teorias Evanglicas de Inerrncia 3211. Maneiras de Harmonizar as Discrepncias da Escritura 3312. Respostas a Supostas Discre pncias da Escritura 34

    Teologia P ropriamente Dita

    13. Concep es Rivais Ace rca de Deus 3814 Sete Gran des Cosmovises 4115. Arg ume ntos Clssicos a Favor da Existncia de Deus 4216. Avaliao dos Arg um entos Clssicos a Favor da Existncia de Deus 4417 O Conh ecim ento de Deus 46

    18. Esquemas de Classificao dos Atributos Divinos 4719. Repres entao Grfica dos Atributo s de Deus 4820. Definies dos Atributos de Deus 49

    21. 0 Desenvolvimento Histrico da Doutrina da Trindade 5122. Anti go Diagrama da Trindade Santa 53

    23. Principais Noes Acerca da Trindade 5424 Um a Ap resen tao Bblica da Trindade 56

    25. Concep es Falsas Acer ca da Trindade 5826. Os Nom es de Deus 59

    Cristologia27. Heresias Cristolgicas Histricas 61

    28. Falsas Con cep es Ac erc a da Pessoa de Cristo 63

    29. A Unio da Divindade e da Hu ma nidad e na Pessoa do Filho 6430. Teorias Acer ca da Kenosis 6531. A Pessoa de Cristo 6532. Profecias Messinicas Cum pridas em Cristo 6833. A Pecabilidade versus Impeca bilidade de Cristo 7034 Teorias Acerca da Ressurreio de Jesus Cristo 71

    Pneumatologia35. O Ensino Bblico Ace rca do Esprito Santo 7436. Ttulos do Esprito Santo 76

    37 A Ob ra do Esprito Santo na Salvao 7738. Q uatr o Con juntos de Dons Espirituais 78

    39. Sntese dos Don s Espirituais 79

    40. Pontos de Vista Ac erca das Lnguas 82

    Angelologia41 Com parao entre os Anjos, os Seres Hu ma nos e os Anim ais 83

    42. Os Filhos de Deus em Gnesis 6 84

    43. O Ensino Bblico Ac erca dos Anjos 85

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    44 A Dou trina de Satans e dos Demnios 8645. Nomes de Satans 88

    Antropologia46. Teorias Acerca da Consti tuio do Hom em 8947. As Dimenses da Imago Dei 9148. Con cep es sobre a Natu reza da Imago Dei 9249. Teorias da Justia Origi nal 9350. Teorias do Pecado Original 94

    51. A Imputa o do Pecado de Ado 9552. Teorias sobre a Na turez a do Pecado 98

    Soteriologia53. Definio dos Termos Bsicos da Salvao 9954 Concep es Acerca da Salvao 10055. Co mpa ra o de Termos Soteriolgicos 10156. A Aplica o da Salvao no Tempo 10257. Arg um entos Tradicionais sobre a Eleio 10358. Principais Co ncep es Evanglicas sobre a Eleio 10559. A Ord em dos Decretos 10660. Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo 107

    61. Diferentes Concepes Acerca dos Meios de Gra a 10962. Voca o Ger al versus Voca o Eficaz 11063. Os Sete Sacramen tos Catlico-Roma nos 11164 Concep es Acerca da Expiao 11265. A Exten so da Expiao 11466. A Teoria Penal Substitutiva da Expiao 11567. Os Resultados da Mo rte de Cristo 11668. Variedades do Universalismo 11769. Concep es Acerca da Santificao 11970. Cinco Concep es Acerca da Santificao 120

    Eclesiologia

    71. O Fu nda me nto da Igreja 12272. Um a Comparao Dispensacional entre Israel e aIgreja 12373. A Igreja Local Co ntras tada com a Igreja Universa l 12474 Ana logias en tre Cris to e a Igreja 12575. Os Ofcios de Presbtero e Dic ono - Qualificaes e Deveres 12676. Qualificaes Funcionais dos Presbteros e Dicono s 12777. O Ofcio de Presbtero 12878. O Ofcio de Dic ono 12979. Qu atro Concep es sobre o Batismo com Agua 13080. Qu atro Concepes sobre a Ceia do Senho r 13281. Disciplin a Eclesistica 13482. Fluxogram a de Disciplina Eclesistica 135

    Escatologia83. Termos Bsicos sobre a Segu nda Vinda de Cristo 13684 Concepes Acerca do Arre batam ento 13785. Con cep es Ace rca do Milnio 14186. Qu adr o Cronolgico Dispensacional das ltimasCoisas 14587. Conc epe s Acer ca das Ultimas Coisas 14688. Perspectivas sobre o Extincionism o 14789. Castigo Etern o 148

    149Bibliografia

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    Prefcio

    A preparao deste livro de esboos de teologia e doutrin a foi uma tarefa prolongada, p orm frutfera. Desde

    que com ecei a ensinar teologia na U niversidade L eTourneau e depois no Sem inrio Teolgico de Dallas, senti que

    havia a necessidade de um livro de esboos bsicos sem elhante ao meu O Novo 7estamento em Quadros (Ed. Vida,

    1999). Este volume n o uma ten tativa de oferecer um a anlise ou panora ma exaustivo da teologia. Antes, mi nha

    inteno foi expor de maneira to equitativa quanto possvel as diferentes perspectivas acerca de uma grande

    variedade de temas teolgicos que com freqncia interessam aos estudantes de teologia ou pelo menos so

    encon trados por eles. Essencialmente, segui uma ab ordagem clssica da teologia, o que poder d esapo ntar alguns

    estudiosos. Todavia, creio que, de maneira geral, isto ser mais benfico aos professores, estudantes e leigos que

    sero os principais usurios desta obra. A teologia tem experimentado tempos difceis em alguns crculos, porm,

    pa ra aq ue les qu e verdadeir am ente va lo riza m a Pa lavr a dc Deu s e des ej am sabe r o qu e Deu s es t procura ndo

    revelar ao seu povo, ela uma tareia necessria e gloriosa. Espero que todos aqueles que utilizarem este livro

    obt enh am os benefcios que recebi ao escrev-lo. E inevitvel que oc orram diferentes tipos de erros na prep arao

    de um livro desta natureza, com sua infinidade de detalhes. Terei prazer em corrigidos em futuras edies, medida que os leitores me informarem a respeito deles.

    H. Wayne House

    Soli Deo Gloria!

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    Agradecimentos

    Muitas pessoas influenciaram na produo deste livro. Desejo agradecer aos alunos de minhas diferentes

    turmas d e teologia no Seminrio Teolgico de Dallas, especialmente aos que me ofere ceram um a assistncia especial

    na elaborao destes esboos: Mark Allen, Rod Chaney, Kathie Church, Larry Gilcrease, Alan K. Ginn, Casey

    Jones, Mike Justice, Johann Lai, Randy Knowles, Toni Martin, Doreen Mellott, Steve Pogue, Greg Powell, Brian

    Rosner, David Seider, Brian Smith, Gayle Sumner, Larry Trotter. Agradeo de maneira especial a Richard Greene,

    Greg Trull e Steve Rost, assistentes de pesquisa e amigos que trabalharam comigo neste e em outros projetos,

    presta ndo um serv io de amor a um irmo em Cri sto. Se houver ou tros, pe o perdo por meu esquecim ento .

    Alguns auxiliares de ensino do Western Baptist College tamb m me foram teis qua ndo eu era deo e professor

    de teologia naquela escola: Rob Baddeley, Marie Thompson, Toni Powell e Colleen Schneider Frazier. Meu muito

    obrigado tambm ao Professor Tim Anderson.

    Tambm desejo expressar minha gratido aos colegas do Seminrio de Dallas (Craig Blaising, Lanier Burns,

    N o rm an Geisler, Fr ed Howe, Robert L ig th ner e Ken Sarles) que exam in aram os dif er en te s es bo o s re la ci onados

    com as suas especialidades teolgicas.

    Gregg Harris deu-me grande incentivo na deciso de empreender a produo deste l ivro uti l izando meu

    com putado r Ma cintosh e Aldus PageMaker. Obrigado Gregg.

    Stan Gundry e Len Goss, da Zondervan, foram mais que pacientes em aguardar a concluso desta obra. Eles

    dem onstrara m simpatia e compreenso crist para comigo dura nte os lt imos anos, muito alm do que eu poderia

    ter esperado deles. Agradeo sinceramen te ao S enho r por eles.

    Finalmente, quero agradecer a minha esposa, Leta, e aos meus filhos, Carrie e Nathan, que tm sido uma

    bno de Deus para mim ao lo ng o do s an os . O seu ap oio realm ente te m sido uma da s mara vilhosa s d di vas de

    Deus a mim.

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    1. Traos Distintivos dos Sistemas Teolgicos

    Teologia Catlica Romana Tradicional

    N atu reza daI t /o ' n ia

    A teologia est evoluindo constantemente no seu entendimento da f crist. O princpioinaciano da acomodao e 0 princpio do desenvolvimento, proposto por J. H. Newman,

    refletem a natureza mutvel da teologia catlica romana. O elemento de mudana docatolicismo deve-se primordialmente posio de autoridade conferida ao ensino da igreja.

    Revelao A Bblia, incluindo os apcrifos, reconhecida como a fonte autorizada de revelao,ju n ta m ente com a tr adi o e 0 ensino da igreja. O papa tambm faz pronunciamentosinvestidos de autoridade ex cathedra (da cadeira) sobre questes de doutrina e moral. Esses

    pronuncia m ento s so is en to s de er ro . A igreja a me , guar di e in t rprete do cnon.

    Muitos estudiosos catlicos romanos posteriores ao Concilio Vaticano II afastaram-se doensino tradicional da igreja nessa rea, abraaram as perspectivas da alta crtica acerca dasEscrituras e rejeitar am a infalibilidade papal.

    Salvao A graa salvadora comunicada mediante os sete sacramentos, que so meios de graa. OBatismo, a Confirmao (ou Crisma) e a Eucaristia referem-se iniciao na igreja. APenitncia (ou Confisso) e a Uno esto relacionadas com a cura. O Matrimnio e asOrdens so sacramentos de compromisso e vocao.

    A igreja ministra os sacramentos por meio do sacerdcio orden ado e hierar quicamen teorganizado. Segundo a concepo tradicional, no havia salvao fora da igreja, mas oensino recente tem reconhecido que a graa pode ser recebida fora da igreja.

    N o sacramento da Euc ar is tia, 0 po e 0 vinho tornam-se l i teralmente o corpo e 0 sangue deCristo (transubstanciao).

    igreja Os quatro atributos essenciais da igreja so unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.Fund amen talmente, a igreja a hierarquia ordenada, at ingindo o seu pice no papa.

    A organizao est consti tuda em torno de uma autoridade sacerdotal centralizada, queteve 0 seu incio com Pedro. A autoridade do sacerdcio transmitida por meio dasucesso apostlica na igreja. Os bispos de Roma tm autoridade para avaliar asconcluses acadmicas e fazer pronunciamentos e definies conciliares.

    A igreja a mediadora da presena de Cristo no mund o. Deus usa a igreja como sua agentepar a levar 0 m undo em direo ao seu reino.

    M a n a N o Co nc il io de Efeso (431 d. C. ), Mar ia foi decl ar ada a me de Deu s assim como a me de JesusCristo, no se ntido de que 0 Filho que ela deu luz era ao mesmo tem po Deus e homem .

    So observadas quatro festas marianas (anunciao, purificao, assuno e o nascimentode Maria).

    Maria ficou isenta do pecado original ou de pecado pessoal em virtude da interveno deDeus (a imaculada concepo).

    Maria a misericordiosa mediadora en tre 0 ser huma no e Cristo, 0 Juiz.

    Algum as partes dest e grfico baseiam-se e m materia is extrados de Tensions in Gmtemjxir urs Tfw )logy [Tenses na Teologia Con tem po rn ea] , eds. Stanley

    N. Gund rv e Alan F. Johnson (Chicago: Moody Press, 1976). Usado medi ante permisso.

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia Natural

    D e fi ni o A teolog ia n atu ra l a te nta tiv a de ob te r ( entendim ento de Deus e do seu relacionamentocom o universo por meio da reflexo racional, sem apelar revelao especial tal como a

    auto-revelao de Deus em Cristo e nas Escrituras.

    BaseEpi s t emo-lgica

    Deus 0 Ser eterno, imutvel, soberano, santo, pessoal, criador do universo. Ele tem tudosob seu controle e desde a eternidade planejou o futuro por meio de seus eternos decretos.Isso feito de tal maneira que ele no moralmente responsvel pelo mal.

    Relao coma TeologiaRevelada

    A teologia natural tra ta da existncia e dos atributos de Deus a part ir de fontes com uns atodos os seres humanos (criao, raciocnio lgico, etc.), ao passo que a teologia reveladatrata de verdades especficas discernidas nas Escrituras. A teologia natural requer somente

    a razo, enquanto que a teologia revelada tambm requer f e a iluminao do Esprito.

    Props i toda Teologia

    N a tu ra l

    A teologia natural pode ser usada apologeticamente p ara provar a existncia de Deus. Elatambm fornece apoio teologia revelada. Se as concluses da teologia natural so aceitas,ento tambm razovel aceitar a verdade teolgica revelada. Assim, a teologia naturaltem um propsito evangelstico.

    PossveisObjees

    A teologia natural carece de base bblica.

    A teologia natural tenta isentar a razo dos efeitos da que da e da depravao.

    Teologia Luterana

    Teologia A teologia es tru turase em tomo das trs doutrinas fundamentais da sola scriptura(somente a Escritura), sola gratia (somente a graa) e sola fide (somente a f).

    Cristo Cristo o centro da Escritura. A sua pessoa e obra, especialmente a sua morte vicria,so 0 fund am ento da f crist e da mensagem da salvao.

    Revelao Somente a Escritura a fonte autorizada da teologia e da vida e ensino da igreja. A Escritura a prpria Palavra de Deus, sendo to verdadeira e dotada de autoridade quanto 0 prprioDeus.

    N o centr o da Esc ri tu ra es t o a pe ss oa e a obra de Cri st o. Ass im se nd o, o pri nci pal pro psitoda Escritura soteriolgico - procla mar a mensag em de salvao em Jesus Cristo. APalavra, por meio da obra de Cristo, 0 modo como D eus efetua a salvao.

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    1. Traos Distintivos (continuao)Salvao A salvao somente pela graa mediante a f. A fon te da salvaao a graa de De us manifestada

    pela ob ra de Cristo, 0 funda men to da salvao. O meio de receber a salvao somente a f.

    As pessoas em nada contribuem para a sua salvao. Elas esto inteiramente destitudas delivre arbtrio com respeito salvao, e assim Deus a causa eficiente da salvao.

    O Espri to Santo atua por intermd io da palavra do Evangelho (inclusive 0 batismo e a Ceia

    do Senhor) para trazer salvao.0 Espri to usa 0 batismo das crianas pa ra produzir nelas a f e lev-las salvao.

    A Eucaristia (ou Ceia do Senhor) envolve a presena real de Cristo com o po e o vinho,embora tais elementos permaneam po e vinho (consubstanciao).

    A teologia da cruz deve ser a marca da verdadeira teologia. Em vez de se concentrarem nascoisas referentes natureza invisvel e s obras de Deus, conforme discutidas na teologianatural, que Lutero chama de teologia da glria, os cristos devem concentrar-se nahumildade de Deus revelada na morte de Cristo na cruz. Em uma teologia da cruz, oscrentes passam a ter 0 conhecim ento de Deus e tambm um verdadei ro conhecimentode si mesmos e do seu relacionamento com Deus.

    Teologia Anabatista

    Ieologia Os anabatistas no deram nfase aos estudos teolgicos sistemticos. Antes, as doutrinaseram forjadas medida que se aplicavam vida. Os anabatistas caracterizaram-se por seuzelo missionrio, vida se parada e nfase n a eclesiologia.

    Revelao A Bblia deve ser plenamente obedecida na vida do cnsto. Ela a nica autoridade e guia.O Espri to revela a mensagem da Palavra comu nidade da t. A interpretao dasEscrituras discernida principalmente nas reunies da igreja. Os anabatistas tendem aconcentrar-se mais nos ensinos de Cristo e do Novo Testamento do que no AntigoTestamento.

    Salvao O pecado no tanto uma servido do l ivre-arbtrio humano e sim a capacidade perdidade responder a Deus. 0 l ivre-arbtrio do ser hum ano lhe permite arrepender-se e obedecerao evangelho. Qua nd o algum se arrepende e cr, Deus o regenera para anda r emnovidade de vida. A nfase maior est na ob edincia e no no pecado, na rege nerao eno na justificao.

    Igreja A igreja 0 corpo visvel dos crentes obedientes a Cristo. A igreja existe como uma

    comunidade visvel, e no como um corpo invisvel ou uma igreja estatal.

    Some nte adultos crentes podem participar do batismo. O batismo testifica a separao docrente em relao ao mundo e o seu compromisso de obedincia a Cristo.

    Os sacram entos - batismo e Ceia do Sen hor - so apenas smbolos da obra de Cristo; elesno conferem graa ao part icipante. As caracterst icas da vida do membro da igreja devemser converso pessoal, vida santificada, sofrimento por Cristo, separao, amor pelosirmos, no-resistncia e obedincia Grande Comisso. A igreja o reino de Deus queest em constante conflito com o reino mpio do sistema mundial. A igreja deveevangelizar no mundo, mas no deve participar do seu sistema. Isto afasta a participaoem qualquer ofcio governamental ou servio militar.

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia Reformada

    Teologia A teologia reformada funda men ta-se no tem a central da soberania de Deus. Toda a realidadeest sob o domnio supremo de Deus.

    D eu s Deus soberano. Ele perfeito em todos os aspectos e possui toda justia e poder. Ele crioutodas as coisas e as sustm. Como o Criador, ele em nenhum sentido limitado pelacriao.

    Revelao A teologia reformada baseia-se som ente na Escritura (sola scrptura).A Bblia a Palavra deDeus e como tal permanece isenta de erros em todos os aspectos. A Escritura dirige toda avida e ensino da igreja. A Bblia possui autoridade em todas as reas que aborda.

    Salvao N a ete rnid ade pass ad a, Deu s esc olh eu um certo nm ero de cr ia tu ra s cada s pa ra se remreconciliadas com ele mesmo. No tempo oportuno, Cristo veio para salvar os escolhidos.O Esprito Santo ilumina os eleitos para que possam crer no Evangelho e receber asalvao. A salvao pode ser resumida nos Cinco Pontos do Calvinismo: DepravaoTotal, Eleio Incondicional, Expiao Limitada, Graa Irresistvel e Perseverana dosSantos (as iniciais em ingls formam a palavra TULIP).

    Igreja A igreja composta dos eleitos de Deus que recebem a salvao. Por meio do pacto comDeus, eles esto comprometidos a servi-lo no mundo.

    O batismo simboliza a entrada na comunidade do pacto tanto para as crianas quanto paraos adultos, embora ambos possam renunciar ao seu batismo.

    Quando os crentes participam com f da Ceia do Senhor, 0 Esprito Santo atua neles paratorn-los participantes espirituais.

    Em geral, os presbteros eleitos pela igreja ensinam e governam a comunidade local.

    A unidade da igreja deve basear-se no consenso doutrinrio.

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia Arminiana

    Teologia A teologia arminiana preocupa-se em preservar a justia (equammidade) de Deus. Comopo de um Deu s ju sto consid era r as pessoas re sp on s ve is pe la ob edi ncia a m andam entos

    que so incapazes de obedecer? Esta teologia d nfase prescincia divina, responsabilidade e livre-arbtrio humanos, c graa capacitadora universal (graa comum).

    US\ Deus soberano, mas resolveu conceder livre-arbtrio aos seres humanos.

    Sah aao Deus predestinou para a salvao aqueles que ele viu de antemo que iriam arrepender-se ecrer (eleio condicional). Cristo sofreu pelos pecados de toda a humanidade; assim sendo,a expiao ilimitada. A salvao pode ser perdida pelo crente, e por isso a pessoa deve

    esforar-se para no cair e se perder. Cristo no pagou a penalidade dos nossos pecados,pois se o tivesse fe ito to do s se ri am salvos. Ante s, Cri sto so freu pelos nossos pecado s pa raque o Pai pudesse perdoar aqueles que se arrependem e crem. A morte de Cristo foi umexemplo da penalidade do pecado e do preo do perdo.

    Teologia Wesleyana

    leologia A teologia wesleyana essencialmente arminiana, mas tem um senso mais forte da

    realidade do pecado e da de pendnc ia da graa divina.

    \ \ !,11 H A Bblia a revelao divina, o padro supremo para a f e a prtica. Todavia, existemquat ro meios pelos quais a verdad e med iada - a Escritura, a razo, a tradio e aexperincia ( 0 quadriltero wesleyano). A Escritura possui autoridade suprema. Depoisda Escritura, a experincia continua a ser a melhor evidncia do cristianismo.

    Salvao A salvao um processo de graa com trs passos: g raa p reven ien te, g raa jus ti ficadora egraa santificadora. A graa preveniente a obra universal do Esprito entre 0 nascimentoe a salvao de uma pessoa. A graa preveniente impede que algum se afaste muito deDeus e capacita a pessoa a responder ao evangelho, positiva ou negativamente. Paraaqueles que recebem 0 evangelho, a graa justificadora produz salvao e inicia 0

    process o de sa nt if ica o .

    O crente tem como alvo a obteno da inteira santificao, que produzida pelo EspritoSanto em uma segunda obra da graa. A inteira santificao significa que a pessoa foiaperfeioada em amor. A perfeio no absoluta, porm re lativa e dinmica. Q ua nd oalgum pode amar sem interesse prprio ou motivos impuros, ento ele ou ela alcanou

    a perfeio.

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia Liberal

    Teologia Os telogos liberais procuram articular 0 cristianismo em termos da cultura e dopensamento conte mporneos. Eles busc am pr es er var a es snc ia do cr is ti an is mo emtermos e conceitos modernos.

    Deus Deus imanente. Ele habita no mundo e no est acima ou separado dele. Assim,no existe distino entre o natural e 0 sobrenatural.

    Tr indade O Pai no atua sobrenaturalmente, mas por meio da cultura, filosofia, educao e

    sociedade. A teologia liberal geralmente unitria e no trinitria, reconhecendosomente a divindade do Pai. Jesus estava repleto de Deus, mas no era Deusencarnado. O Esprito no uma pessoa da Divindade, mas simplesmente a atividadede Deus no mundo.

    Cristo Cristo deu huma nidade um exemplo moral. Ele tambm expressou Deus a ns. Cristo nomorreu para pagar a penalidade dos nossos pecados ou para imputar a sua justia aos sereshumanos. Ele no era Deus nem salvador, mas simplesmente o representante de Deus.

    EspritoSanto

    O Esprito a atividade de Deus no mundo, e no uma terceira pessoa da Divindadeigual em essncia ao Pai e ao Filho.

    Revelao A Bblia um registro humano falvel de experincias e pensamentos religiosos. A validadehistrica do registro bblico posta em dvida. As avaliaes cientficas provam que oselementos miraculosos da Bblia so apenas expresses religiosas.

    Salvao O ser humano no pecador por natureza, mas possui um sentimento religioso universal.O alvo da salvao no a converso pessoal, mas 0 aperfeioamento da sociedade. Cristodeu 0 exemplo supremo daquilo que a humanidade se esfora por alcanar e ir tornar-seum dia. De maneira caracterstica, a teologia liberal tem negado uniformemente a queda,o pecado original e a natureza substitutiva da Expiao.

    Fu tu ro Cristo no ir voltar em pessoa. O reino vir terra como conseqncia do progresso moraluniversal.

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia Existencial

    Teologia Os telogos existenciais afirmam que precisamos desmitificar ou desmitologizar a

    Escritura. Desmitologizar a Escritura significa rejeitar no a Escritura ou a mensagemcrist, mas a cosmoviso de uma poca antiga. Isso implica em explicar tudo 0 que sobrenatural como send o um mito. Por conseqncia, a parte impo rtante da f crist

    pa ssa a ser a experi ncia su bj et iva, e no a verd ade ob je ti va (ver Sal va o) . A Bblia ,quando desmitologizada, no fala acerca de Deus, mas acerca do homem.

    D e u s E impossvel u m co nh ec im e nto objetiv o d a e xis t nc ia de D eus. O c on ce ito de Deu s foi u mauxlio para os primeiros cristos entenderem a si prprios, mas em nosso tempo, tendouma cosmoviso diferente, podemos ver o que est por trs do mito. Assim, Deus anossa declarao acerca da vida huma na. Portanto, est claro que, se um hom em vaifalar acerca de Deus, ele evidentemente precisa talar a respeito de si mesmo (Bultmann).Se Deus existe, ele atua no mundo como se no existisse, e ns no podemos conhec-lode nenh um modo objet ivo.

    T r indade A Trindade um mito r el ac ionado com o con tedo sob rena tu ra l da Bb lia ( ve r Deus) .

    Cristo Jesus simplesmente um homem comum. Como 0 Novo Testamento considerado ummito, ns no temos muito conhecimento do Jesus histrico", se que temos algumconhe cimento. Isso nos deixa um q uadro de Jesus desprovido de qualquer interv enodivina. A Cruz nada significa no que se retere a levar os pecados de modo vicrio, e aRessurreio totalmente inconcebvel como evento histrico. Isso tambm se aplica ao

    Nascim ento Vi rg inal e a outr os milagres.

    EspritoSanto

    Tudo 0 que sabemos sobre 0 Esprito Santo provm de trechos sobrenaturais e no fidedignosda Bblia, que na realidade so apenas mticos.

    Revelao A Bblia no uma fonte de informaes objet ivas a respei to de Deus. Para melhorcompreenderem a si mesmas, as pessoas dos primeiros sculos criaram um mito em tornode Jesus. Ele no operou milagres nem ressurgiu dentre os mortos. Se pudermos eliminaros mitos do Evangelho, descobriremos o propsito original por trs do mito e poderemosenco ntrar orien tao para as nossas vidas na atualidade. Isto cham ado dedesmitologizao. A Bblia to rn ase um livro que tem como objetivo transformar as

    pe ssoas por meio do encontr o.

    Salvao Salvao encontrar o nosso verdadeiro eu. Isso feito por meio da deciso de colocara nossa f em Deus, e essa deciso ir mudar o nosso entendimento de ns mesmos. Assimsendo, a salvao uma mudana de toda a nossa perspectiva e conduta de vida,fund ame ntada em um a experincia de Deus; no uma muda na da natureza human a.Como nada conhecemos objetivamente acerca de Deus, uma questo de ter f na f.

    Mito Bultmann entendia um mito como um modo de falar do Transcendente em termos destemundo: Mitologia uma forma de simbolismo na qual aquilo que no deste mundo,aquilo que divino, representa do co mo se fosse deste m un do e hu ma no; o alm

    representado como 0 aqui e agora.

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia Neo-Ortodoxa

    Teologia A neo-ortodoxia mais uma herm enutica do que um a teologia sistemtica completa.Ela foi uma r eao c ontra o liberalismo do final do sculo dezenove e esforou-se por

    pr es er va r a es s nc ia da te olog ia da Ref orm a ao mes mo te m po que se adapta va aquestes contemporneas. E uma teologia do encontro entre Deus e 0 ser human o.

    Deus Deus totalme nte transcendente, exceto quando decide revelar-se ao ser humano.Deus inteiramente soberano sobre a sua criao e independente dela. Deus no podeser conhecido por meio de provas (Kierkegaard). Deus no pode ser conhecido pordoutrinas objetivas, mas por meio de uma experincia de revelao.

    Cristo Cristo, conforme manifesto na Escritura, 0 Cristo da f, e no necessariamente 0 Jesushistrico. Cristo a revelao de Deus. O Cristo importante aquele experimentado

    pe lo in di vd uo . Cri st o no te ve um nascim ento vi rg inal (Bru nner). Ele o smbo lo donovo ser no qual tudo o que separa as pessoas de Deus eliminado (Tillich).

    Revelao H uma trplice revelao de Deus ao homem por meio da sua Palavra. Jesus o Verbo feitocarne. A Escritura aponta para a Palavra. A pregao proclama o Verbo feito carne.

    A Bblia contm a Palavra de Deus. A Palavra revelada pelo Esprito medida que aBblia e Cristo so proclamados. A Bblia hum ana e falvel, sendo confivel som entena medida em que Deus se revela por meio de encontros com a Escritura. A historicidadeda Escritura no importante. O relato da criao um mito (Niebuhr) ou uma saga(Barth).

    Salvao O hom em totalme nte pecaminoso e som ente pode ser salvo pela graa de Deus.A Palavra produz uma crise de deciso entre a rebeldia do pecado e a graa de Deus.Som ente pela f a pessoa pode escolher a graa de Deus ne ssa crise e receber a salvao.Toda a hum anidade est eleita em Cristo (Barth). N o existe nen hu m pecado h erdadode Ado (Brunne r). O home m peca por opo, e no por causa da sua natureza (Brunne r).Pecado 0 egocentrismo (Brunner). Pecado a injustia social e o medo (Niebuhr).A salvao o compromisso com Deus por intermdio de um salto de f s cegasquando se est em desespero (Kiekegaard).

    Escatologia O inferno e o castigo eterno no so realidades (Brunner).

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia da Libertao

    Teologia A teologia no vista como um sistema de dogmas e sim como um meio de dar incio amudanas sociais. Essa noo tem sido chamada a libertao da teologia (H. Segundo).

    Essa teologia surgiu a partir do Vaticano II e das tentativas de telogos liberais no sentidode enfrentarem as desigualdades sociais, polticas e econmicas em face de um cristianismono mais guiado por um a cosmoviso bblica. Boa parte do con texto da teologia dalibertao tem sido a Am rica Latina e essa teologia to rno u

    se uma resposta opressopo l ti ca dos pobres . Os seus pro ponentes com fr eqncia tm concepes dis tint as ; narealidade, no existe uma teologia da libertao unificada. Antes, trata-se de diversasalternativas estreitamen te relacionadas que derivam de razes comuns. Em vez de um ateologia clssica interessada em questes teolgicas como a natureza de Deus, o serhumano ou 0 futuro, a teologia da libertao est interessada neste mun do e em como

    podem ocorr er m udanas por meio da a o po l ti ca . N a Amrica Lati na em especial ,telogos catlicos romanos procuraram combinar 0 cristianismo e o marxismo.

    D e u s D eu s a tiv o, co lo ca nd o -s e s em pre ao la do dos p ob re s e o prim id os e c on tr a os op ressores,de modo que no atua de maneira igual para com todos. Os telogos da libertaoacentuam a sua imanncia em detrimento da sua transcendncia. Deus mutvel.

    Cristo Jesus visto como um messias do envolvim ento poltico. Ele Deus entra ndo na luta pelaju st i a ao la do dos po br es e dos opr im idos . To davi a, ele no foi um sa lv ad or no se nti dotradicional da palavra. Em vez disso, os telogos da libertao defendem uma idia deinfluncia moral no que diz respeito expiao. Nada se diz acerca de uma satisfao daira de Deus contra 0 ser humano.

    EspritoSanto

    A pneum atologia est virtualmen te au sente da teologia da libertao. Parece difcil enco ntrarum papel para a obra do Esprito Santo nos sistemas polticos centrados no ser humano.

    Revelao A Bblia no um livro de verdades e normas eternas, mas de registros histricos especficos(muitas vezes pouco fidedignos). No entanto, muitas passagens so utilizadas em apoiodessa teologia, especialmente o relato do Exodo. Os telogos da libertao utilizam a novaherm en utica a fim de defenderem as suas posies. Co mo a sua teologia se apia em um aanlise marxista e vista como um modo til de criar aes apropriadas (ver Salvao),eles do nfase primariamente a normas ticas que alca ncem os fins do mov imento.

    Salvao A salvao vista como u ma transformao social em que se estabelece justia para os pobrese oprimidos. O catlico que n o um revolucionrio est vivendo em pecado mo rtal (C.Torres). Qualquer mtodo para alcanar esse fim aceitvel, at mesmo a violncia e arevoluo. Essa concepo tende para o universalismo, e o evangelismo torna-sesimplesmente 0 esforo de gerar conscincia e preparar as pessoas para a ao poltica.

    I gr ej a A ig reja v ista co mo u m i ns tr um e nt o pa ra tr an sf or ma r a s oc ie da de : A a tiv id ad e p as to ra l d aigreja no uma concluso que resulta de premissas teolgicas... [ela] tenta ser parte doprocesso pe lo qual o m undo tr ansformado (G. Guti r re z). A neutra li dade pol t ic a no

    uma opo para a igreja.

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    1. Traos Distintivos (continuao)

    Teologia Negra

    Teologia A teologia negra uma forma de teologia da libertao que tem no seu centro 0 tema da

    opresso dos negros pelos brancos. Ela resultou da necessidade de as pessoas negrasdefinirem 0 propsito e sentido da existncia negra em uma sociedade racista branca(Cone). Essa teologia emergiu nas ltimas duas dcadas na onda dos movimentos delibertao como uma expresso da conscincia negra e procura abordar as questes que osnegros precisam enfrentar no seu diaadia.

    De u s Conceitos complexos ou essencialmente filosficos acerca de Deus so em grande parteignorados por causa da preferncia pelas necessidades dos oprimidos. Assim sendo, osconceitos cristos brancos ensinados ao homem negro devem ser rejeitados ou ignorados.Afirmase que a pessoa de Deus, a Trindade, 0 seu supremo poder e autoridade, bemcomo indcios sutis do carter masculino e branco de Deus no se relacionam com aexperincia negra (e em alguns casos so antagnicos mesma). A perspectiva dominante

    sobre Deus de um Deus em ao, que liberta os oprimidos por causa da sua justia. A suaimanncia mais enfatizada que a sua transcendncia e por isso ele visto como um serinstvel ou que est sempre em mudana.

    Trindade A Trindade no acentuada. Todavia, Jesus Deus, mas no sentido da expresso visvel deinteresse e salvao da parte de Deus.

    Cris to Cristo aquele que liberta quase que exclusivamente num sentido social. Ele um libertadorou Messias Negro cuja obra de emancipao dos pobres e oprimidos da sociedade

    assemelhase busca de libertao por parte dos negros. A mensagem de Cristo podernegro (Henry). A sua natureza intrnseca e atividade espiritual recebem pouca ounenhuma ateno. Alguns at mesmo negam o seu papel de sacrifcio expiatrio pelos

    pec ad os do m undo e de doador da vid a ete rna (S hr in e) .

    Revelao A teologia negra no est presa ao literalismo bblico, mas de natureza mais pragmtica.Somente a experincia da opresso negra 0 padro investido de autoridade.

    Salvao A salvao a liberdade da opresso e pertence aos negros nesta vida. Os proponentes dateologia negra esto interessados mais especificamente nos aspectos polticos e teolgicosda salvao do que nos aspectos espirituais. Em outras palavras, a salvao a libertaofsica da opresso branca em vez da liberdade no tocante natureza e atos pecaminososde cada indivduo. A apresentao do cu como uma recompensa por seguir a Cristo vista como uma tentativa de dissuadir os negros do alvo da verdadeira libertao de sua

    pe ssoa in tegr al .

    Igreja A igreja 0 centro da expresso social da comunidade negra, onde os negros podem expressarliberdade e igualdade (Cone). A ssim sendo, a igreja e a poltica constituem um todo coesoem que se realiza a expresso teolgica do desejo de liberdade social.

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    2. Modelos Teolgicos Feministas Contemporneos

    Razes da Teologia FeministaO surgimento do Movimento de Libertao da Mulher a partir de meados do sculo XX ajudou a criar uma

    conscincia crtica feminista. Essa conscincia, ao interagir com a Bblia e as tradies teolgicas crists,tem buscado uma n ova investigao de paradigmas antigos e um a nov a agend a de estudo. Essa nov ainvestigao e agenda resultou nos seguintes modelos.

    M od elo P rop on entes Ponto de Vista

    Rejecc ionis ta(ps-cristo)

    Entende que a Bblia promove uma estrutura patriarcalopressora e rejeita a sua autoridade.

    Ala da Rejeio B. Friedan, K. Millett, G.Steinem

    Rejeita totalm ente as tradies judaico crists comoirremediavelmente voltadas para o masculino.

    Ala da Restaurao M. Daly, N. GoldenbergRestaura a religio da magia ou aceita um misticismo da

    natureza baseado exclusivamente na conscincia dasmulheres.

    Conservador(evanglico)

    N o v qualq uer sexi sm o radic alm ente opr ess or norelato bblico.

    Ala

    TradicionalJ. Hurley, S. Foh, S. Clark,

    G. Knight, E. Elliot,Concilio pelaMasculinidade eFeminilidade Bblica

    Busca ordem por meio de papis complementares. Opapel da m ulh er na ordem cri ada por Deus de veexpressar

    se pela submisso e dependncia voluntriana igreja e na famlia (e para alguns na sociedade). O

    padro div in o para os hom ens a lid erana am oro sa .Isso no diminui a verdadeira liberdade e dignidadedas mulheres.

    AlaIgualitria

    C. Kroeger, A. Spencer, G.Bilizikian, Cristos pelaIgualdade Bblica

    A Bblia requer m tua submisso, nem o hom em n em amulher sendo relegados a um papel particular na famlia,igreja ou sociedade c om base exclusiva no seu gnero.

    Reformista(libertao)

    Como os rejeccionistas, v um chauvinismo (valorizaoexagerada) patriarcal na Bblia e na histria crist,tendo 0 desejo de super10. Seu compromisso com alibertao como a mensagem central da Bblia impedeque rejeite a tradio crist.

    Ala Moderada L. Scanzoni, V. Mollenkott,

    M. S. van Leeuwen

    Por meio da exegese, tenta trazer luz o papel positivo

    das mulheres na Bblia. Algum as reformistas mode radasbusc am na tr ad i o pro f tica uma hermenuti cautilizvel de libertao. Em textos q ue n o tratamespecificamente de mulheres, elas encontram um apelo criao de uma sociedade justa, livre de todo tipo deopresso social, econmica ou sexista.

    Ala Radical E. Schssler, E. Stanton Apela a uma hermenutica de suspeita feminista maisabrangente. Parte do reconhecimento de que a Bbliafoi escrita, traduzida, canonizada e interpretada porhomens. 0 cno n da f ficou centralizado no homem.Por meio da reconstruo teolgica e exegtica, as

    mulheres novam ente devem assumir 0 lugar dedestaque que ocup aram na histria crist primitiva.

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    3. Guia para a Interpretao de Textos BblicosDescritiva

    O que significa?Racional

    Por que isso foi dito aqui?Conclusiva

    Qual a importncia?

    T e r m o s O que se quer dizer com o termo?

    Como ele funciona nes ta sentena?

    Que palavras -chave carecem de um es tudoaprofundado?

    Por que este termo usado? (de modo geral)

    Por que este term o usado? (de mod o especfico)

    Por que este um termo-chave na passagem?

    Quais so as verdades dominantes ensinadas na, passagem?

    O que essas verdades indicam sobre como Deusage ou quer que os crentes ajam?

    E s t r u t u r a Que tipo de frase esta?

    Qu e leis estruturais so utilizadas?

    contras te causa/efei tocomparao s n tese/expl icao

    repet io pergunta/respos taproporo geral/especfica

    cl max permuta/ in verso

    Quais so as principais palavras de ligao?

    Por que foi usado este estilo de frase?

    Quais so as causas, efeitos ou propsitosrefletidos nas clusulas?

    Por que usada esta ordem de palavras,expresses ou clusulas?

    Por que os relacionamentos declarados socomo so?

    Quais so as verdades permanentes ensinadasnas principais afirmaes?

    Que grandes motivaes ou promessas revelamas clusulas subordinadas?

    Que idias centrais so enfatizadas por meio daordem das palavras ou das expresses?

    Que limitaes s() encontradas?

    F o r m a

    Li t e r r i a

    Qu e forma literria utilizada?

    Quai s so as suas caractersticas?

    Como esta forma literria transmite o

    sentido do autor?A li nguagem literal ou figurada?

    Por que empregada esta forma literria?

    Por que as figuras so usadas como so?

    Qual a importncia desta forma de literaturaem relao verdade transmitida?

    Que luz lanada sobre a verdade pelas figurasde linguagem utilizadas?

    A t m o s f e r a Que aspectos da passagem revelam a

    atmosfera?

    Que palavras que t ransmitem em oo sousadas?

    Como se desenvolve no texto a a t i tude doautor? e a dos leitores?

    Por que esse tipo de atmosfera domina estapassagem especfica?

    Por que essa atmosfera essencial para aapresentao eficaz desta passagem?

    Qual a importncia da atmosfera para a

    argumentao da passagem?

    O teor dominante da passagem deencorajame nto ou repreenso?

    1987 Mark Bailey. Adaptado e usado mediante permisso.

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    4. Comparao entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo

    Po n to de Vista Teologia do Pac to Dispensac iona l i smo

    Descrio A teologia do pacto concentra-se em um grandepa cto geral co nh ec id o co mo 0 pacto da graa.Alguns o tem denominado pacto da redeno.Ele definido por muitos como um pacto eterno

    enrre os membros da Trindade, incluindo osseguintes elementos: (1)0 Pai escolheu umpovo pa ra ser seu; (2) o Filho foi designado ,com seu con sentimento, para pagar o castigodo pecado desse povo; e (3) o Esprito Santofoi designado, com seu consentimento, paraaplicar a ohra do Filho ao seu povo escolhido.

    Esse pacto da graa realizado na terra,historicamente, por meio de pactossubordinados, iniciando com 0 pacto das obrase culminando com a nova aliana, que cumpree completa a obra graciosa de Deus em relaoaos seres humanos, na terra. Esses pactosincluem 0 pacto admico, o pacto noaico, 0

    pa ct o ab ram ico, 0 pacto mosaico, 0 pactodavdico e a nova aliana.

    O pacto da graa tambm usado para explicara unidade da redeno ao longo de todas aseras, comeando com a Queda, quandoterminou o pacto das obras.

    A teologia do pacto no considera cada pactoseparado e distinto. Ao contrrio, cada pactoapoia-se nos anteriores, incluindo aspectosdos mesmos e culminando na nova aliana.

    A teologia dispensacionalista v o mundo e a histria dahumanidade como uma esfera domstica sobre a qualDeus supervisiona a realizao do seu propsito evontade. Essa realizao do seu propsito e vontade

    po de ser vista ao se ob se rv ar em os div ersos perodosou estgios das diferentes economias pelas quais Deuslida com a sua obra e com a humanidade em

    parti cular . Esses diver sos estg ios ou ec on om ia s sochamados dispensaes. O seu nmero pode chegara sete: inocncia, conscincia, governo humano,

    prom essa , lei, graa e rei no.

    O Povo de Deus Deus tem um povo, re pres en tad o pelos s an to ;da era do Antigo Testamento e os santos daera do Novo Testamento.

    Deus tem dois povos - Israel e a igreja. Israel um povoterreno e a igreja o seu povo celestial.

    O Planei de Deuspa ra o seu Povo

    Deus tem 11m povo, a igreja, para 0 qual ele temum plano em todas as eras desde Ado: reuniresse povo em um s corpo, tanto na era doAntigo quanto do Novo Testamento.

    Deus tem dois povos separados, Israel e a igreja, e temtambm dois planos separados para esses dois povosdistintos. Ele planeja um reino terreno para Israel.Esse reino foi adiado at a vinda de Cristo com poder,uma ve: que Israel 0 rejeitou na sua primeira vinda.Durante a era da igreja Deus est reunindo um povocelestial. Os dispensacionalistas discordam se os doispovo s per man ec er o di st in tos no es ta do et er no .

    O Plant) Divinode Salvao

    Deus tem um plant) de salvao para 0 seu povodesde a poca de Ado. E um plano de graa,sendo a realizao do pacto eterno da graa, evem por intermdio da f em Jesus Cristo.

    Deus tem somente um plano de salvao, embora issomuitas vezes seja mal-compreendido por causa deinexatides em alguns escritos dispensacionais.Alguns tm ensinado ou entendido erroneamenteque os crentes do Antigo Testamento foram salvospo r obra s e sac rif cios . To davia, a ma io r pa rt e crque a salvao sempre toi pela graa mediante a f,mas que o contedo da t pode variar at a plenarevelao de Deus em Cristo.

    Este grtico representa concepes tradicionais e est baseado principalmente no estudo de Richard R Belcher, A Compar ison of Dispa aaa atiJ im andCovenant Theoiapi [Comparao en tre 0 Dispensacio nalismo e a Teologia do Pacto] (Columbia. S.Cl: Richharrv Press, 1980).

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    4. Teologia do Pacto/Dispensacionalismo (continuao)Ponto de Vista Teologia do Pacto Dispensacionalismo

    O Lugar do DestinoEterno do Povo deDeus

    Deus tem somente um lugar para 0 seu povo,uma ve: que ele tem somente um povo, um

    pl an o pa ra esse po vo e 11111 plano de salvao .O seu povo estar na sua presena por toda aeternidade.

    Existem divergncias entre os dispensacionalistasquanto ao futuro estado de Israel e da igreja. Muitoscrem que a igreja ir sentar-se com Cristo no seutrono na Nova Jerusalm durante o milnio quando

    ele governar as naes, ao passo que Israel ser acabea das naes da terra.

    O Nascimento daIgreja

    A igreja existiu antes da era do NovoTestamento, incluindo todos os remidos desdeAdo. O Pentecoste no foi 0 incio da igreja,mas a capacitao do povo de Deus manifestona nova dispensao.

    A igreja nasceu no dia de Pentecoste e no existiu nahistria at aquele tempo. A igreja, 0 corpo de Cristo,no encontrada no Velho Testamento, e os santosdo Velho Testamento no so parte do corpo deCristo.

    0 Propsito daPrimeira Vinda deCristo

    Cristo veio para morrer pelos nossos pecados epara es tabe lece r 0 No vo Israel, a mani fe st aoda igreja do Novo Testamento. Essacontinuao do plano de Deus colocou a

    igreja sob um pacto novo e melhor, que foiuma nova manifestao do mesmo Pacto daGraa. O reino que Jesus ofereceu foi 0 reinopr esen te , espiri tual e invisvel.

    Alguns pactualistas (especialmente psmilenistas) tambm vem um aspecto fsico noreino.

    Cristo veio para estabelecer o reino messinico. Algunsdispensacionalistas crem que ele deveria ser um reinoterreno em cumprimento s promessas do VelhoTestamento feitas a Israel. Se os judeus tivessem aceito

    a oferta de Jesus, esse reino terreno teria sidoestabelecido de imediato. Outros dispensacionalistascrem que Cristo estabeleceu o reino messinico emalguma forma da qual a igreja participa, mas que oreino terreno aguarda a segunda \inda de Cristo terra. Cristo sempre teve em mente a cruz antes dacoroa.

    O Cumprimento daNov a Al ian a

    As promessas da Nova Aliana mencionadasem Jeremias 3 1.3 1 ss so cumpridas no N ovoTestamento.

    Os dispensacionalistas no concordam se somente Israelir participar da Nova Aliana, numa poca posterior,ou se tanto a igreja como Israel participamconjuntamente. Alguns dispensacionalistas acreditamque existe s uma nova aliana com duas aplicaes:

    uma para Israel e outra para a igreja. Outrosacreditam que existem duas novas alianas: uma

    pa ra Israe l e ou tr a pa ra a igreja.

    O Problema doAmilenismo e doPs-Milenismoversus o Pr-Milenismo

    A teologia do pacto tem sido historicamenteamilenista, crendo que o reino presente eespiritual, ou ps-milenista, crendo que 0reino est sendo estabelecido na terra e tera sua culminao na vinda de Cristo. Emanos recentes alguns telogos do pacto tmsido pr-milenistas, crendo que haver umafutura manifestao do reino de Deus naterra. No entanto, a relao de Deus com

    Israel estar em conexo com a igreja. Osps-mi leni st as cre m qu e a igreja estinstaurando 0 reino agora e que Israelfinalmente se tornar uma parte da igreja.

    Todos os dispensacionalistas so pr-milenistas, emborano necessariamente pr-tribulacionistas. Esse tipode pr-milenista cr que Deus ir voltar-senovamente para a nao de Israel, parte de suaobra com a igreja, e que haver um perodo de milanos em que Cristo reinar no trono de Davi, deacordo com as profecias do Velho Testamento e emcumprimento das mesmas.

    A Segunda Vinda deCristo

    A vinda de Cristo ir trazer 0 juzo final e oestado eterno. Os pr-milenistas afirmamque um perodo milenar ir preceder 0 juzoe o estado eterno. Os ps-milenistas cremque 0 reino est sendo estabelecido pelotrabalho do povo de Deus na terra, at 0momento em que Cristo ir consum-lo,na sua vinda.

    De acordo com a maioria, primeiro ir ocorrer oArrebatamento, e ento um perodo de tribulao,seguido do reino de Cristo durante mil anos, aps 0qual haver o juzo e o estado eterno.

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    5. Esquemas Dispensacionais Representativos

    J. N. Darby18004882

    J. H. Brookes18304897

    James M. Gray18514935

    C. I. Scofield18434921

    Estado paradisaco(at o Dilvio)

    den Ednico Inocncia

    A nte-d iluviano A nte-d iluv iano Conscincia

    N o

    Patriarcal Patriarcal

    Governo humanei

    Abrao Promessa

    Israelsob a leisob o sacerdciosob os reis

    Mosaico Mosaico Lei

    Gentios Messinico Igreja Graa

    Esprito Esprito Santo

    Milnio Milenar Milenar Reino

    Plenitude do tempo

    Eterno

    Adaptado de Charles C. Ryrie, Dspensationalism Today[Dispensacionalismo Hoje] (Chicago: Moody Press, 1965), p. 84 Usado mediante permisso.

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    6. Modelos de Revelao

    Modelo Partidrios Definio de Revelao Propsito da Revelao

    Revelao comoDoutrina*

    Pais da igrejaIgreja medievalReformadoresB. B. WarfieldFrancis SchaefferConcilio Internacional

    sobre Inerrncia Bblica

    A revelao dotada de autoridade divina,sendo transmitida de maneira objetiva epr op os ic io na l pe lo me io (palavra s) excl us iv oda Bblia.** As suas proposies em geralassumem (

    carter de doutrina.

    Despertar a f salvadora por meio da aceitao daverdade revelada de maneira suprema em Jesus

    Cristo.

    Revelao comoEvento Histrico

    William TempleG. Ernest WrightOscar CullmanWolfhart Pannenberg

    Revelao a demonstrao da disposio ecapacidade redentora de Deus conformetestificada por seus grandes feitos na histriahumana .

    Instilar esperana e confiana no Deus da histria.

    Revelao comoExperinciaInterior

    Friedrich Schleiermacher . W. R. IngeC. H. DoddKarl Rahner

    Revelao a auto-manifestao de Deus pormeio de sua presena ntima nas profundezasdo esprito e da psique humanos.

    Propiciar uma experincia de unio com Deusque eqivale imortalidade.

    Revelao comoPresenaDialtica

    Karl BarthEmil BrunnerJohn Baillie

    Revelao a mensagem de Deus queles queele confronta com a sua Palavra na Bblia ecom Cristo na proclamao crist.

    Gerar a f como a adequada consumao meta-revelatria de si prpria.

    Revelao como Nova Conscincia

    Teilhard de ChardinM. BlondelGregory BaumLeslie DewartRay L. HartPaul Tillich

    Revelao (

    atingimento de um nvel superiorde conscincia medida que se atrado parauma participao mais frutfera na criatividadedivina.

    Obte r a reestruturao da percepo e daexperincia e uma concomitante auto

    transformao.

    *O mo delo doutrinrio r econhece a revelao natural" (aquilo que pode ser discernido acerca de Deus pela razo ou pela criao) como algo distinto da revelao bblica especial. Todavia, ela considerada de

    pequena importncia em v irtude de no ser salvfica (ela simplesmente fere a conscincia). Este modelo considera os milagres e os sinais apostlicos to m o confirmaes da rcvclaao.

    **Os rclogos catlicos romanos que abraam esse modelo acrescentam a essa definio as palavras ou pelo ensino oficial da Igreja.

    lisle grfico baseia-se em Avery Dulles, Models of Revelation [Modelos de Revelao] (Maryknoll, N.Y.: Orbis Books, 1992). Usado mediante permisso.

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    6. Modelos de Revelao (continuao)

    Modelo Viso Geral da Bblia Relao com a Histria Meio de Apreenso Humana

    Revelao comoDoutrina

    A Bblia a Palavra de Deus (tanto naforma como no contedo).

    A revelao trans-histrica (ela discretae determinativa quan to suacontigidade com a histria).

    Iluminao (pelo Esprito Santo)

    Revelao comoEvento Histrico

    A Bblia um evento. Est ligada autorevelao de Deus manifestaindiretamente na totalidade de suaatividade na histria. Ela nunca extrnseca seja continuidade ou pa rt ic ul ar id ad e de ssa hi str ia .

    A revelao intra-histrica (a Bbliarevela a histria dentroda histria).

    Razo

    Revelao comoExperinciaInterior

    A Bblia contm a palavra de Deus(misturada com os elementos humano sde erro e mito: a Bblia uma cascaque envolve o cerne da verdade). Essaverdade somente pode ser apreendida(experimentada) por meio da i luminao

    pesso al.

    A revelao psico-his tric a (ela relacionase com a histria como uma imagemmental da continuidade humana).

    Intuio

    Revelao comoPresenaDialtica

    A Bblia limut'Se a palavra de Deus a ns(a revelao no esttica, masdinmica, e tem que ver com acontingncia da resposta humana) namedida em que dinamizada peloEsprito S anto.

    A revelao supra-histrica (a Bbliarevela a histria almda histria).

    Razo transacional (interao com a fintrnseca revelao)

    Revelao comoNovaConscincia

    A Bblia um paradigma - um mediadorpe lo qu al se po de ob te r a u to

    t ransformao e transcendncia (masela somente um esforo huma no queutil iza uma l inguagem hum anaclaudicante com vistas a esse objetivo).

    A revelao a-histrica (a histria torna

    se virtualmente irrelevante ao sersubmetida a co ntnuas reinterpretaesde transcendncia pessoal).

    Meditao racional/mstica

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    6. Modelos de Revelao (continuao)Modelo H e rm e n u tic a Bsica Pontos Fortes Alegados Pontos Fracos Alegados

    Reve laoc o m o D o u t r i n a

    Induo (objetiva) Deriva do prprio testemunho da Bblia sobre si

    ^mesma.E a concepo tradicional, desde os pais da igreja

    at o presente.E distintivo em virtude da sua coerncia interna.Prov o fundamento para uma teologia consistente.

    A Bblia no reivindica a sua prpria infalibilidadeprop os ic io na l.Os exegetas antigos e medievais eram abertos ainterpretaes alegricas/espirituais. A diversidade determos e convenes literrias milita contra esse nuxielo.

    A cincia mo derna refuta o literalismo bblico eoutras noes ligadas a esse modelo.

    Sua hermenutica ignora o poder sugestivo docontexto bblico.

    Revelaocomo EventoHis tr ico

    Deduo (objetiva/subjetiva)

    Tem valor religioso pragmtico por causa de seucarter concreto.

    Identifica certos temas bblicos subestimados ou ignorados

    pelo m odelo proposicional - (Revela o co mo Do utr ina ).E mais orgnico em sua abordagem e aponta para um

    modelo de histria.E no-autoritrio , send o assim mais plausvel para a

    mentalidade contempornea.

    Relega a Bblia a uma posio de fenmeno. Evirtualmente desprovido de sustentao teolgica.Apesar de sua alegada plausibilidade, no promoveo dilogo ecumnico.

    Reve laoc o m oExper inc iaIn te r io r

    Ec le t ismo ( subje tiva) Oferece defesa cont ra uma c r ti ca raciona l is ta daBblia.

    Promove a vida devocional.A sua flexibilidade incentiv a o dilogo inter-religioso.

    Faz uma seleo arbitrria de dados bblicos.Substitui o c onceito bblico da eleio pelo elitismo

    natural. Por sua nfase na experincia, faz umdivrcio entre revelao e doutrina.

    Sua orientao experimental tambm apresenta o risco

    de uma excessiva introspeco na prtica devocional.

    Reve laocomo PresenaDialt ica

    Induo (subjetiva) Procura apoiar

    se sobre um fundamento bblico.Evidencia um claro enfoque cristolgico, porm no

    ortodoxo. A sua nfase ao paradoxo afasta muitasobjees quanto implausibilidade da mensagemcrist. Oferece a oportunidade de encontro comum Deus transcendente.

    Embora fundamentado na Bblia, carece de coernciainterna.

    Sua linguagem paradoxal confusa.Sua obscuridade ao relacionar (Cristo da f com o

    Jesus histrico enfraquece a sua validade.

    Reve laoc o m o N o v aConsc inc ia

    Ultra-ecletismo(extremamentesubjetiva)

    Evita a inflexibilidade e o autoritarismo. Respeita o papelativo da pessoa no processo revelatrio. Harmoniza-secom o pensamen to evolucionista ou transfonnacionista.

    Sua filosofia satisfaz a necessidade de um viverfrutfero no mundo.

    Faz violncia Escritura por meio de suasinterpretaes no-ortodoxas.

    E um neo-gnosticismo inadequado para umaexperincia crist significativa.

    Em sua totalidade, neg a o valor cognitivo/objetivo da Bblia.

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    7. Concepes Acerca da Revelao GeralDefinio Revelao geral a comunicao de Deus acerca de si mesmo a todas as pessoas, em todos os

    tempos e lugares. Ela referese auto-manifestao de Deus por meio da natureza, da histriae do ser interior (conscincia) da pessoa humana.

    Toms deAquino

    Aquino um defensor da teologia natural, que afirma ser possvel obter um conhecimento verdadeirode Deus a partir da natureza, da histria e da personalidade humana, parte da Bblia.

    Toda verdade per tence aos dois reinos. 0 reino inferior o reino da naturez a e conhe cido por meioda razo; 0 reino superior 0 reino da graa e aceito com base na autoridade, pela f. Aquinoinsistiu que podia demonstrar pela razo a existncia de Deus e a imortalidade da alma.

    TeologiaCatlicaRomana

    A revelao geral fornece 0 fundamento para a formulao da teologia natural. A teologia catlicaromana tem dois nveis:

    Primeiro Nvel: A teologia natural construda com blocos de revelao geral cimentados pela razo.Inclui as evidncias da existncia de Deus e da imortalidade da alma. E insuficiente para umconhecimento salvador de Deus. A maior parte das pessoas no atinge este primeiro nvel pelarazo, mas pela f.

    Segundo Nvel: Uma teologia revelada construda com blocos de revelao especial cimentadospela f. Inclui a expiao vicria, a tr indade etc. Nes te nvel a pessoa chega salvao.

    JooCalvino

    Deus oferece uma revelao objetiva, vlida e racional acerca de si mesmo na natureza, na histria e napersonalidade humana. Ela pode ser observada por qua lquer pessoa. Calvino tira essa concluso deSalmos 19.1-2 e de Romanos 1.19-20. O pecado deturpou as evidncias da revelao geral e 0testemunho de Deus ficou obscurecido. A revelao geral no capacita 0 descrente a obter umconhecimento verdadeiro de Deus. Existe a necessidade dos culos da t. Quando algum exposto eregenerado por meio da revelao especial, ele capacitado a ver claramente o que est na revelaogeral. Mas 0 que se v sempre esteve l de maneira genuna e objetiva.

    Seria possvel encontrar uma teologia natural em Romanos 1.20, mas Paulo passa a demonstrar que o serhumano cado empenha-se na supresso e substituio da verdade. A meno da natureza no Salmo 19foi feita por um homem piedoso que \ia essa natureza da perspectiva da revelao especial.

    KarlBar th

    Barth rejeita a teologia natural e a revelao geral. A revelao redentora por natureza. Conhecera Deus e ter informaes correntes sobre ele estar relacionado com ele na experincia salvfica.

    Os seres humanos so incapazes de conhecer a Deus parte da revelao em Cristo. Se as pessoaspudessem ob te r algum co nh ec im en to de Deus fora da sua revelao em Jesus Cristo , elas teri amcontribudo de algum modo para a sua salvao. No existe revelao fora da Encarnao.Romanos 1.18-32 indica que as pessoas de fato encontram a Deus no cosmos, mas somente

    po rque j 0 conhecem por meio da revelao especial comunicada pelo Esprito Santo quandose l a Palavra de Deus.

    A Bblia apenas um registro da revelao, um indicador da revelao, dotado de autoridade.

    PassagensBblicas

    O Salmo 19 pode ser interpretado no sentido de que no h linguagem ou palavras cuja voz no sejaouvida. Os versculos 7 a 14 mostram como a lei vai alm da revelao do cosmos.

    Romanos 1.18-32 enfatiza a revelao de Deus na natureza. Romanos 2.14-16 enfatiza a revelaogeral na personalidade humana. Paulo argumenta em 1.18 que as pessoas tm a verdade mas asuprimem por causa da sua injustia. Os mpios ficam sem desculpa porque Deus mostrou por meioda criao 0 que pode ser conhecido sobre ele. Romanos 2 observa que o judeu deixa de fazer 0 quea lei requer e que 0 gentio tambm sabe o suficiente para ficar responsabilizado diante de Deus.

    Atos 14.15-17 observa que as pessoas devem voltar-se para 0 Deus vivo, que fez os cus e a terra.Embora Deus tenha permitido que as naes andem nos seus prprios caminhos, ele deixou umtestemunho na histria e na natureza.

    Atos 17.22-31 registra a proclamao de Paulo aos atenienses sobre 0 Deus desconhecido comosendo o mesmo Deus que ele conhecia pela revelao especial. Eles haviam discernido esse Deusdesconhecido sem nenhuma revelao especial. O versculo 28 admite que at mesmo um poeta

    pago, sem revelao especial, pde alca nar a ve rdade espiri tual, ainda que n o a salvao.

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    8. Modalidades da Revelao Especial

    Eventos Miraculosos: Deus atuando no mundo de maneiras histricasconcretas, afetando o que ocorre

    Exemplos:Chamado de Abrao (Gn 12)

    Nascimento de Isaque (Gn 21)

    Pscoa (x 12) .

    Travessia do Mar Vermelho (Ex 14)

    Com unicaes Divinas: A revelao de Deus por meio da linguagem humana

    Exemplos:Linguagem audvel (Deus falando a Ado no jardim, Gn 2.16, e a

    Samuel no templo, 1 Sm 3.4)O ofcio proftico (Dt 18.15-18)

    Sonhos (Daniel, Jos)

    Vises (Ezequiel, Zacarias, Joo no Apocalipse)A Escritura (2 Tm 3.16)

    Manifestaes Visveis: Deus manifestando se em forma visvel

    Exemplos:

    Teofanias do Velho Testamento antes da encarnao de Jesus Cristo(geralmente descrito como o Anjo do Senhor, Gn 16.7-14, ou comoum homem, como no caso de Jac, Gn 32)

    A glria do shekinah (x 3.2-4; 24-15-18; 40.34-35)Jesus Cristo (a inigualvel manifestao de Deus como um verdadeiro ser

    humano, com todos os processos e experincias humanas tais como o

    nascimento, a dor e a morte, Jo 1.14; 14.9; Hb 1.1-2)

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    9. Teorias da Inspirao

    Teorias daInspirao

    Formulao do Conceito Objees ao Conceito

    Mecnica ou

    do Ditado

    0 autor bblico um instrum ento passivo

    na transmisso da revelao de Deus.A personalidade do autor posta de lado

    para preservar o texto de aspectoshumanos falveis.

    Se Deus houvesse ditado a Escritura, 0

    estilo, o vocabulrio e a redao seriamuniformes. Mas a Bblia indica diferentes

    personalidades e modos de expresso nosseus escritores.

    Parcial A inspirao diz respeito apenas sdoutrinas da Escritura que no podiamser conhecidas pelos autores humanos.

    Deus proporcionou as idias e tendnciasgerais da revelao, mas deu ao autor

    humano liberdade na maneira deexpress-la.

    No possvel inspirar idias gerais de modoinfalvel sem inspirar as palavras daEscritura.

    A maneira como as palavras de revelaoforam dadas aos profetas e 0 grau de

    conformidade s prprias palavras daEscritura por parte de Jesus e dos escritoresapostlicos indicam a inspirao de todo 0texto bblico, at mesmo das palavras.

    Graus deInspirao

    Certas partes da Bblia so mais inspiradasque outras ou inspiradas de mododiferente.

    Essa concepo admite erros de diferentestipos na Escritura.

    No se en con tr a no texto nenhuma sugestode graus de inspirao (2 Tm 3.16).

    Toda a Escritura incorruptvel e no podefalha r (Jo 10.35; 1 Pe 1.23).

    Intuio ouNatural

    Indivduos talentosos dotados deexcepcional percepo foram escolhidospor Deus pa ra escreverem a Bblia.

    A inspirao semelhante a umahabilidade artstica ou ao talentonatural.

    Esta concepo torna a Bblia no muitodiferente de outras obras literrias religiosasou filosficas inspiradoras.

    O texto bblico afirma que a Escritura vem deDeus por meio de homens (2 Pe 1.20-21).

    Iluminao ou Mstica

    Os autores humanos foram capacitadospor Deus a redigir em a Escritura.

    O Esprito Santo intensificou as suascapacidades normais.

    O ensino bblico indica que a revelao veiopor meio de comu nicaes divinas especiais,e no por meio de capacidades humanas

    intensificadas.

    Os autores humanos expressam as prpriaspalavras de Deus, e no simp lesmente assuas prprias palavras.

    Verbal,Plenria

    Elementos tanto divinos quanto humanosesto presentes na produo da Escritura.

    Todo 0 texto da Escritura, inclusive asprprias palavras, um pr od uto da men tede Deus expresso em termos e condies

    humanos.

    Se toda palavra da Escritura fosse umapalavra de Deus, en t o no exist iria oelemento humano que se observa naBblia.

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    10. Teorias Evanglicas de Inerrncia

    Posio Proponente Formulao do Conceito

    I ne rr n cia P l en a H aro ld Lindsell

    Roger Nicole

    Millard Erickson

    A Bblia plenamente veraz em tudo o que ensina e afirma.

    Isso se estende tanto rea da histria quanto da cincia.N o signif ica qu e a Bblia te m o pr op si to pr im r io deapresentar informaes exatas acerca de histria e cincia.Portanto, 0 uso de expresses populares, aproximaes elinguagem fenomnica reconhecido e entendido nosentido de cumprir com 0 requisito da veracidade. Assimsendo, as aparentes discrepncias podem e devem serharmonizadas.

    Ine r r nc i aLimitada

    Daniel Fuller

    Stephen Davis

    William LaSor

    A Bblia inerrante somente em seus ensinos doutrinriossalvficos. A Bblia no foi concebida para ensinar cinciaou histria, nem Deus revelou questes de histria oucincia aos escritores. Nessas reas, a Bblia reflete acompreenso da sua cultura e, portanto, pode contererros.

    Iner rnc ia deProps i to

    Jack Rogers

    James Orr

    A Bblia isenta de erros no sentido de concretizar o seupro psi to primr io de leva r as pessoas a uma com unhope ssoa l com Cr is to . Port anto , a Esc ri tu ra verd adeir a(inerrante) somente na medida em que realiza o seu

    pro psi to fu ndamenta l, e no po r ser fa ctu al ou prec isanaquilo que assevera. (Esta concepo semelhantequela da Irrelevncia da Inerrncia.)

    Irrelevncia daIner rnc ia

    David Hubbard A inerrncia substancialmente irrelevante por vrias razes:(1) A inerrncia um conceito negativo. A nossaconcepo da Escritura deve ser positiva. (2) A inerrnciano um conceito bblico. (3) Na Escritura, erro umaquesto espiritual ou moral, e no intelectual. (4) Ainerrncia concentra a nossa ateno nos detalhes, e nonas questes essenciais da Escritura. (5) A inerrnciaimpede uma avaliao honesta das Escrituras. (6) Ainerrncia produz desunio na igreja. (Este conceito semelhante ao da Inerrncia de Propsito.)

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    11. Maneiras de Harmonizar as Discrepncias da EscrituraEstratgia/Defensor Explanao

    Abordagem AbstrataB. B. Warfield

    Aqueles que seguem esta abordagem esto cientes de que existem dificuldades na Escritura,mas eles tendem a sentir que essas dificuldades no precisam ser todas elas explicadas porqueo peso da evidncia a favor da inspirao e da conseqente inerrncia da Bblia to grandeque nenhuma quantidade de dificuldades poderia derrub-la. Eles tendem a usar comoargumento final principalmente a considerao doutrinria da inspirao da Bblia.

    Abordagem Harmonsticah d w a r d J . Y o u n g

    Loui.s ( Janssen

    Os partidrios desta abordagem sustentam que a crena na inerrncia baseia-se no ensinodoutrinrio da inspirao. Eles afirmam que as dificuldades apresentadas podem ser resolvidas,e procuram faz-lo - s vezes usando de conjecturas.

    Abordagem HarmonsticaModeradaEverett Harrison

    Esta abordagem at certo ponto segue o estilo da abordagem harmonstica. Os problemas soencarados com seriedade, havendo um esforo em resolv-los ou atenuar as dificuldades atonde isso razoavelmente possvel com os dados atualmente disponveis. As tentativas noso feitas prematuramente.

    Abordagem da Fonte Errante*h d w a r d J . C a r n e l l

    A inspirao somente assegura a rep roduo precisa das fontes utilizadas pelo escritor bblico,e no a retificao das mesmas. Assim, se a fonte continha uma referncia errnea, o escritorbbl ico registr ou aq ue le er ro ex at am en te co mo es tava na fo nt e. Por ex em pl o, o Cro ni st a po diaestar apelando a uma fonte falvel e errnea ao elaborar a sua relao dos nmeros de carros e

    cavaleiros.

    Abordagem da Errncia Bblica*P e w e y B e e g l e

    A Bblia contm erros - problemas reais e insolveis. Eles devem ser aceitos e noracionalizados. A natureza da inspirao deve ser inferida daquilo que a Bblia produziu.Qualquer que seja a inspirao, ela no verbal. No se pode considerar que a inspiraoestende-se prpria escolha das palavras do texto. Portanto, no possvel ou necessrioreconciliar todas as discrepncias.

    *Estes nomes foram escolhidos somente para distinguir as concepes. Nem Carnell nem Beetle identificam as suas posies com os nomes aqui mencionados.A tabela foi adaptada de Gleason L. Archer, Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible [Supostos Erros e Discrepncias nos Manuscritos Originais da Bblia),

    em Norman L. Gcisler, ed., Iner rancy ]Inerrncia] (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J. Erickson, Chr is t ian Theo logy [Teologia Crist] (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984,1985), pp. 230-32. Estas obras foram usadas mediante permisso.

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