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1 IAL C'orumhú Circ.Téc.0711 Setembro/81 Número 7 ÍNDICES TËCNICO-ECONÕMICOS DA REGIÃO DO PANTANAL MATO-GROSSENSE PP 121i 1981 ?x. 2 V-PP-2011 ø758 Incices tcn&co-ecoromicos 1981 LV-PP-2011 .øø58 1I 11111 II III IIi II I 110 it; ii ii iii ii' ii flI-SDE-51573-2 usa de Ambito Estadual de Corumbd

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1 IAL C'orumhú Circ.Téc.0711 Setembro/81

Número 7

ÍNDICES TËCNICO-ECONÕMICOS DA REGIÃO DO PANTANAL MATO-GROSSENSE

PP 121i

1981 ?x. 2 V-PP-2011 ø758

Incices tcn&co-ecoromicos 1981 LV-PP-2011 .øø58

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usa de Ambito Estadual de Corumbd

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CIRCULAR TËCNICA N? 7

ÍNDICES TÉCNICO-ECONÓMICOS DA REGIÃO DO PANTANAL MATO-GROSSENSE Eduardo A. Cadavid Garcia, Eng9, AgrÇ M. Sc., D. Sc.

5 EMB RAPA

•••)Unidade d. Execuç8o de Pesquisa de mbito Estadual de Corumbd Corumbd, MS

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tal3 arri& ti •t n!j;t ? :r,.

ISSN N. 0100 - 866 O 7

Comiti de Publicaç5es da UEPAE de Corurnb, EMBRAPA

Rua 21 de Setembro, 1880

Caixa Postal 109

79.300 - Corumb, Mato Grosso do Sul

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - Unidade de Execuçio de Pesquisa de Ambito Estadual de Corumb, Corumb, MS. rndices t€cnico-econ5micos da regido do

Pantanal Mato-grossense, por Eduardo Alfonso Cadavid Garcfa. Corurnb, EMBRAPA - UEPAE de Corumb, 1981

BIp. ilust. (EMBRAPA - UEPAE de Corumb. Circular T&cnica, 7).

1. Economia - Pantana1-Pecuria 2. Gado de Corte-Produção. 1. Cadavid

García, E.A., Colab. II. Trtulo. III. S&rie CDD 338.528

© EMBRAPA

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SUMAR lO

1. INTRODUÇÃO . 5 2. ASPECTOS GERAIS DO PANTANAL MATO-GROSSENSE ........9

2 .1. Area ......................................... 9 2.2. Climatologia ................................ 9

2.3. Características gerais das enchentes .........13 2.4. Alguns índices de declividade ................ 19

2.5. Balanço hídrico .............................. 19 2,6. Classiflcaç3o e uso dos solos ................24

3. ALGUNS ASPECTOS TÉCNICOS DO PANTANAL MATO-

GROSSENSE ..........................................28

3.1. Distribuiço da terra ........................28

3.2. Evo1uço do rebanho bovino nos principais mu-

nicípios que formam a regi5o .................31

3.3. Composiço do rebanho bovino .................37

3.4. índices t&cnicos da pecuiria de corte ........38

3)4.1. Generalidades da aiimentaçao bovina ...39

3.4.2. Alguns coeficientes da função de pra-

duço pecuiria ........................40

4. ALGUNS ÍNDICES ECONÔMICOS DA REGIÃO DO PANTANAL

MATO-GROSSENSE ....................................44

4.1. Escoamento da produço pecuiria ..............46

4.2. Preço do boi ................................. 51

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5. ASPECTOS TECNICOS E ECONÔMICOS DA rECUARIA DO

PANTANAL MATO-QROSSENSE ...........................61

6. ESQUEMA TEÓRICO DE POSSÍVEL AUMENTO NA EFICIENCIA

PRODUTIVA DA PECUARIA DE CORTE DO PANTANAL MATO-

GROSSENSE .........................................64

6.1. Viabilidade econ6mica do esquema tedrico

para aumentar a efici&ncia de uso da terra . . .66

6.2. Programas canplementares .....................69

7. RESUMO ............................................ 73

8. ABSTRACT ..........................................74

9. AGRADECIMENTOS ....................................76

IO.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................77

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1. INTRODUÇÃO

A regi&o do Pantanal Mato-grossense corresponde a

uma extensa planície da região Centro-Oeste do Brasil,

com características muito particulares do ponto de

vista fluviométrico e geomorfolôgico. Sua £rea aproxi-

mada de 17 milh3es de hectares (BRASIL 1974) extravasa a

fronteira política do País, enquadrando-se entre os pa-

ralelos de 160 e 220 de latitude Sul e os meridianos de

550 e 580 de longitude Oeste (IBGE 1977).

O Pantanal no é uma regiio permanentemente alagada,

mesmo durante os períodos de chuva. As ireas sujeitas a

inundaço podero variar quanto à altura da l&nina de

gua, duraço do alagamento e extens5o da £rea inunda-

da.

A extensa planície pantaneira, sujeita a alternância

de períodos de secas e enchentes, faz parte da bacia

hidrogréfica do rio Paraguai, de aproximadamente

500.000 km 2 , drenada por doze rios e caracterizada por

um baixo índice de declividade (BRASIL 1974).

Em geral, os solos da regio do Pantanal Mato-gros-

sense podem ser agrupados de acordo com a natureza dos

sedimentos dos rios que os formam, sendo o material de

origem mais importante na determinaçio da fertilidade

do solo do que os processos de formaçio que atuaram

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ri

nestes solos (CUNHA 1980).

A regio se caracteriza por uma estrutura fundiria

de grandes propriedades, sendo que aproximadamente 56%

da área so unidades produtivas com mais de 10.000 ha,

representando 12% das propriedades, enquanto que 69%

das fazendas, com área entre 1.000 a 10.000 ha, repre-

sentam 43% da regio (ACARMAT 1974). Estas extensas

propriedades so dedicadas à pecuria bovina num siste-

ma de criaço tradicionalmente extensivo, em que o gado

recebe poucos cuidados e é mantido quase que exclusiva-

mente em pastos nativos, os quais apresentam poucas

subdivis6es. A agricultura ocupa uma posição de pouca

importncia econémica, devido a uma série de fatores

que a relegaram a um plano inexpressivo, entre os quais

se podem mencionar: a) aspectos relacionados com a fer-

tilidade dos solos; b) ciclos de inundaço variãveis em

intensidade, duraço e freqUéncia; c) aspectos cultu-

rais e históricos característicos das regióes com pe-

curia tradicionalmente extensiva; d) falsos conceitos

de produtividade da terra; e) inexist&ncia de infra-es-

trutura de comercialização. Certamente os maiores ris-

cos climticos, assim como as exigôncias de maiores in-

vestimentos a serem aplicados à agricultura, podem

constituir entraves à produço vegetal.

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Certos problemas de mercado e preços (do boi e de

insumos), variaç6es estacionais na produço e inadequa-

da Infra-estrutura de comercializaçio parecem contri-

buir para reduzir os incentivos de aplicaçGes (investi-

mentos) na pecuiria, assim como de adoçio de tecnolo-

gia. Por outro lado, os serviços de assistincia t&cnica

para pecuaristas aparentemente sio menos atuantes nesta

irea que na de produçio agrícola, embora a regiio seja

considerada como um dos maiores campos de pecuíria bo-

vina do mundo.

Uma forma de apresentar o estado e a evoluço econô-

mica de uma regiio & mediante figuras, tabelas e índi-

ces, permitindo sintetizar informaç6es, is vezes, sem

continuidade. Para a regiio do Pantanal Mato-grossense

sio relativamente poucas as informaç6es que se tem com

relaçio i pecuria, em razo das grandes dificuldades

para a pesquisa e coleta de dados.

Os objetivos deste trabalho sio mostrar certos índi-

ces t&cnicos e econ6micos da regiio do Pantanal

Mato-grossense, com os seguintes objetivos gerais:

a) Servir de apoio primírio na identificaçio da re-

giio sob tr&s pontos de vista: geral, técnico e econ3-

m i co.

b) Apresentar, na forma mais simples, alguns resul-

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ri, ai

tados atingidos em pesquisas feitas na regido.

c) Orientar, na fase inicial, estudos visando a

identificaço e anilise dos problemas conjunturais e

estruturais que incidem negativamente sobre a economia

regional.

O estudo & dividido em tr&s partes: aspectos físicos

gerais da regi5o, aspectos técnicos da principal ativi-

dade (pecuria) e aspectos econômicos. Estes diferentes

aspectos sio apresentados na forma de índices, figuras

e tabelas, procurando em certos casos explicar breve-

mente o comportamento da respectiva atividade.

Os dados foram obtidos das seguintes fontes:

a) Pesquisas concluídas e/ou em andamento da EMPRESA

BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÂRIA, especificamente de

sua UNIDADE DE EXECUÇÃO DE PESQUISA DE ÂMBITO ESTADUAL

(UEPAE) de Corumbá.

b) Do Escritório Regional do Departamento de Inspeçio e

Defesa Sanitria (IAGRO/Corumb)

c) Da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado

de Mato Grosso do Sul.

d) Da Exatoria Estadual de Corumbã e da Secretaria da

Fazenda do Estado de Mato Grosso.

e) Do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE)

f) Pesquisas publicadas sobre o Pantanal Mato-grossense.

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2. ASPECTOS GERAIS DO PANTANAL MATO-GROSSENSE

Na Fig. 1 apresenta-se a localizaç&o da regiio do

Pantanal t1ato-grossense e as principais sub-regi6es

(piunicípios) podendo-se observar que na maioria dos ca-

sos a área situada no Pantanal corresponde a uma parte

do muni cfpio.

A Tabela 1 mostra os municípios que integram total

e/ou parcialmente a região do Pantanal Mato-grossense.

2.). Xua

- De acordo com IBGE (1975) ............. 115.198 1cm2

- De acordo com BRASIL (1974) .......... 150.000 km2

- De acordo com BRASIL (1978) ........... 139.111 1cm2

- Outras estimativas .................... 170.000 1cm 2

2.2. Ctzma.to.eogíLa Segundo BRASIL (1974) - Umidade relativa média mensal .........60 a 80%

- Temperatura média mensal nas terras

baixas ao Norte .......................20 a 28 0 C

- Temperatura média mensal nas terras

baixas ao Sul .........................18 a 270 C

- Precipitaçio anual média nas baixadas..800 a 1400mm

- Precipitaçio anual média nas partes

mais altas ..........................lkOO á 1700mm

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'o

M. 1. Locolizoçio do Poal.nul Mqlo-yD.u.nu 010doo do Moto Ooos.a o MOIO Oino do Sul.

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TABELA 1. Municípios que integram total e/ou parciairnente a regio do Panta-

nal Mato-grossense3 .

AREA t DO ESTADO DE MUNICÍPIO

(krn2 ) MATO GROSSOb

Anastklo 5.288 0,4

Aquidauana 16.708 1,4

Baro de Melgaço 11.662 0,9

Ckeres 40.376 3,3

Corumbã 62.561 5.1

Coxini 15.783 1,3

Itiquira 7.694 0,6

Ladrio 329

Miranda 8.795 0.7

N.S. de Livramento 6.315 0.5

Poconé 16.691 1.5

Porto Murtinho 16.580 1.3

Rio Negro 1.528 0,1

Rio Verde 9.488 0,8

St? Ant? Leverger 11.063 0,8

Total 230.861 18.8

Total do Estado de

Mato orossob 1.231.549

a FONTE: ACARMAT (1974)

b Compreende os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

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Na Fig. 2 apresenta-se a distribuiço da precipita-

ço pluviométrica em tras sub-regiSes do Pantanal tia-

to-grossense. Verifica-se que na parte alta (Cáceres)

83,6% de pluviosidade concentra-se no período de outu-

bro a março, enquanto que na parte baixa (Porto Murti-

nho) , para o mesmo período, constata-se uma concentra-

çáo de 64,4%. Na sub-região intermediária (Corumbá),

durante o período de 1912/71 , observou-se que durante

os meses de outubro a março ocorreram 74,4% da pluvio-sidade média anual.

2.3. CwactvIL5tLccz4 ge'utL da enchen-te

O regime de enchentes atua diferentemente nas diver-

sas secções transversais do rio Paraguai, em função de

algumas características, tais como (BRASIL 1974): a) Variabilidade nos diferentes aspectos morfológi-

cos e topográficos do rio Paraguai e seus tributários;

b) Variabilidade no regime de precipitação pluviomé-

trica em relação à intensidade, distribuição e área

abrangida. Na Fig. 2 observam-se algumas diferenças,

para tr&s sub-regiões do Pantanal Mato-grossense, quan-

to à intensidade e distribuição da pluviosidade média

anual num período relativamente grande.

c) As enchentes dos rios tributários do rio Paraguai

não são necessariamente coincidentes quanto à contribui-

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ço de égua e época de ocorrência da enchente no ano.

d) O nível da égua no subsolo da planície e o escoa-

mento superficial de cada sub-regio so muito varié-

veis de um ano para outro. Estima-se que o lençol freé-

tico contribui pouco para a descarga dos cursos que o

drenam, sendo o lençol freético mantido, principalmen-

te, pela pluviosidade local.

e) A diferença de gradiente, em determinadas éreas,

contribui para a variaçéo do regime de enchentes; por

exemplo, no Paraguai-Mirim verifica-se um gradiente mé-

dio de 6,5 cm.km , enquanto que no Porto da Manga e em

Porto Murtinho o gradiente é de 2,0 cm.km .

Desta forma, & difícil de equacionar num modelo de-

sejével de previsêo a integraço das diferentes causas

e/ou fenêmenos que resultam numa enchente.

Na Tabela 3 apresentam-se os períodos de enchentes

do rio Paraguai, entre 1905 e 1980, com as respectivas

características de duraço, altura e freqüência de

ocorrência do fenêmeno.

O DNOS (BRASIL 1974) usa como cota de alerta de en-

chente, em Ladério (MS), a medida de +4,00 m, quando

ocorre extravasamento do rio Paraguai para a esquerda.

As cotas de +5,00 m ou mais tornam-se críticas.

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TABELA 3. Duraço das enchentes do Rio Paraguai, altura

m&dia do rio e frequncia de ocorr&nc i a. a

PERÍODO DURAÇÃO DA ALTURA MÉDIA

DE ENCHENTE DA ÁGUA b OCORRÊNCIA ENCHENTE (ANOS) (m) (ANOS)

1905 a 1906 2 6,12 -

1912 a 1913 2 5,75 6

1917 1 5,13 5 1920 a 1921 2 6,22 4

1923 1 5,50 4

1926 1 5,47 3 1929 a 1933 5 5,+2 3

1935 1 5,74 2

1940 1 5,03 5 1942 a 1943 2 5,14 2

1945 1 5,24 2

1949 a 1950 2 5,20 4

1958 a 1959 2 5,46 8

1974 1 5,46 15

1977 a 1980 4 5,83 3

a Dados obtidos no Comando Naval de Ladino (MS)

A base da regua de observaçao (zero) e de 82,15 iii aci-

ma do rTvel do mar

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16

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Segundo o EDIBAP (BRASIL 1978) há uma probabilidade

de 50* de se ter altura da égua do rio Paraguai supe-

rior à cota de alerta no intervalo de pelo menos dois

meses; a probabilidade de 20* (urna vez a cada cinco

anos) esté associada a uma cota igual ou superior a

5,00 m, com pelo menos quatro meses de persistência. Os

efeitos negativos de cotas superiores a 5,00 m se tra-

duzem em reduçêo da oferta natural de alimentos para o

gado, morte de animais, acréscimo de custos e pioramen-

to da aço administrativa e de manejo da propriedade.

Na Tabela Li apresentam-se os ciclos de enchentes com

suas respectivas duraç6es e intervalos de ocorrência.

Na determinaço dos ciclos de enchente considera-se

significativa a influência do ano precedente, observan-

do-se que os períodos de enchente que sucederam aos pe-

ríodos secos (cotas inferiores a +3,00 m) apresentaram

uma enchente retardada, enquanto que os anos de enchen-

te média que sucederam aos períodos de grandes enchen-

tes apresentaram enchentes adiantadas.

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ir.] Ir,]

TABELA 4. Ciclos, duraço e intervalos das enchentes

do rio Paraguai

CICLOS DE DURAÇÃO DO INTERVALO ENTRE

ENCHENTE CICLO (ANOS) CICLOS (ANOS)

1905 a 1906 2 -

1912 a 1913 2 6

1920 a 1923 4 7

1929 a 1935 7 6

1940 a 1943 4 5

1949 a 1950 2 6

1958 a 1959 2 8

1974 a 1980 7 15

a Dados obtidos do Comando Naval de Ladrio (115)

Na Fig. 3 apresenta-se a altura do nível da 5gua do

rio Paraguai ao longo do pertodo de 1900 a 1980.

Estudos do EDIBAP (BRASIL 1978) mostraram que, em

71 anos de observaçGes da cota do rio Paraguai em La-

drio (MS), as enchentes tiveram uma Gnica fase de

crescimento, começando em dezembro e terminando em ju-

nho. Contudo, a forma do hidrograma, nas fases de su-

bida e descida das enchentes, experimentou algumas va-

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riaç3es de ano para ano. Alni disso, verificou-se que os

meses em que ocorreram os níveis mximos e mínimos da

igua variaram consideravelmente, sendo o nrvel miximo de

14,0%; 7,6°, 16,7%, 41,7%, 31,9% e 0,7% para março,

abril, maio, junho, julho e agosto, respectivamente.

2.4. ÁZ9un4 Zndice-ó de decLtvLdctde

- Segundo o DNOS (BRASIL 1974), de Cíceres à Foz do

Rio Apa existe um gradiente de 2,5 a 3,0 cm.km . Em

termos gerais, constatam-se os seguintes valores na re-

giio:

- Altitude inicial (Ciceres) ..................118 m

- Altitude final (Porto Murtinho) .............90 m

- Diferença ...................................28 m

- Distmncia em linha reta .....................640 km

- Gradiente ..............28 m/640 km ou 4,37 cm.km 1

2.5. BaLanço hZd.'rico

A capacidade de retençio de umidade dos solos das

plancies onduladas do Pantanal Mato-grossense i baixa,

sendo parcialmente compensada por pouca profundidade do

lençol freitico e por mudanças no sistema radicular das

plantas nativas capazes de explorar camadas mais profun-

das do solo durante meses secos (BRASIL 1978).

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21

A égua disponível para o crescimento das plantas &

aquela compreendida entre o ponto de murcha e a capaci-

dade de campo. As deficiências de égua para o crescimen-

to das plantas se definem como o esgotamento da umidade

do solo até o ponto de murcha, sendo o balanço hídrico

um bom índice para definir estas deficiências.

Em termos gerais, o balanço hrdrico pode ser equacio-

nado da seguinte forma: Pluviosidade + irrigaçêo = Mu-

danças de umidade no solo + evapotranspiraço + percola-

ço + defldvio superficial

Negligenciando os fatores de irrigaço, mudanças de

água no solo, percolaço e deflGvio superficial, a equa-

çêo de balanço h?drico se reduz ao inter-relacionamento

de dois fatores: pluviosidade e evapotranspiraço, de-

terminados em funço dos seguintes elementos: chuva,

evapotranspiraçéo potencial, evapotranspiraço real,

égua armazenada no solo, excesso e deficiência de égua.

A Fig. 4 e a Tabela 5 apresentam a estimativa do ba-

lanço hídrico da Fazenda Nhumi rim do Pantanal Mato-gros-

sense(localizaço: paralelo 19° latitude Sul; meridia-

no 57 45 longitude Oeste), estimado para o periodo de

1977/80, de acordo com os dados climéticos obtidos pela

EMBR.APA (Campo Experimental Satélite n9 1, da LJEPAE de

Corumbé)

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24

2.6. C 44LLcctçio e. wóo do4 40104

Na Eig. 5 se apresentam as características granulo-

métricas gerais dos solos do Pantanal Hato-grossense.

As sub-regiées de Nhecolndia e dos Paiagus so

formadas por sedimentos do rio Taquari, representando

mais da metade da região pantaneira. Em ambas as sub-

-regiSes, segundo CUNHA (1980), ocorrem os seguintes

solos:

Podzol hidromôrfico .............................60%

Planossolo, laterita hidrom6rfica e aluvial .....15%

Areias quartzosas hidromórficas .................10%

Solonetz e solod ................................5%

Outros..........................................10%

CUNHA (1980), utilizando a classificaço do Sou

Conservation Service do Departamento de Agricultura dos

E.U.A., classificou a capacidade de uso das terras for-

madas pelos sedimentos do rio Taquari na classe VII sd-p

(préprias para pastoreio e uso agrícola restrito).

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25

-tEx1A AÉNOSI

4 -tEXTURA MÉDIA

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FMRA51 CARACTERÍSTICAS ORM4ISOMÉTRICAS •ÉRAIS DOS SOLOS DO PARTARAL MATOROSUPmZ

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27

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FIGURA Si. CURVA DE LQRENZ REPRESENTATIVA DO PADRk DE CONCENTRACÃO ruwoL-RIA DOS PRWICIPAIS MUNICÍPIOS QUE INTEGRAM O PANTANAL MATOGROS SENIL 1975.

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3. ALGUNS ASPECTOS TÉCNICOS DO PANTANAL MATO-GROSSENSE

3.1. VL6tJt1LbwiçRo dc. .twta

De acordo com as informaç5es obtidas no censo agro-

pecurio (IBGE 1975), a distribuiço da terra nos prin-

cipais municípios que integram parcial e/ou totalmente

a regio do Pantanal Mato-grossense & apresentada na Ta-

bela 6, verificando-se que aproximadamente 52* das em-

presas agropecu&rias tinham 0,4* da terra com uma área

m&dia de 11,3 ha, enquanto que 3,7% dos estabelecimentos

possuiam 56,6% da &rea total com uma &rea m&dia superior

a 10.000 ha.

O índice de concentraço da estrutura fundi&ria geral

dos municípios que formam a regio do Pantanal Mato-

grossense se apresenta na Fig. 6 mediante a curva de

Lorenz. Conv&m esclarecer que a concentraço fundiâria

poder& apresentar valores um pouco diferentes para a re-

gio pantaneira, onde a sobreviv&ncia de pequenas pro-

priedades estaria comprometida pelas condiç6es clim&ti-

cas e seus efeitos, tipicos da regio.

Mudanças na estrutura agriria podero, eventualmente,

induzir o desenvolvimento econ6mico mediante a possível

ocupaço de ireas f&rteis com outras atividades alterna-

tivas mais rentiveis e com o uso de t&cnicas e sistemas

de produço mais modernos. Contudo, a definiçio de "ta

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manho ideal" de uma empresa pecuria deveré ser congru-

ente com toda uma ecologia muito especial do Pantanal,

assim como conveniente com a estrutura de mercado. Nes-

te sentido, a extrapolaço de "tamanho ideal" de outras

regi6es para o Pantanal teria efeitos desfavoréveis em

termos de produtividade e produço.

Na Tabela 7 se apresenta a distribuiçéo da terra de

uma das principais sub-regiGes pecuérias do Pantanal

Mato-grossense, a Nhecol3ndia. Esta sub-regio esté si-

tuada no município de Corumbé, compreendendo mais de

30°4 da sua érea total e aproximadamente 209 da popula-

ço bovina pantaneira (OKADA & ALLEN 1977). De acordo cornos resultados da an3lise dos dados ob-

tidos pelo IAGRO (Tabela 7) pode-se concluir que a érea

média (valor modal) esté em torno de 13.835 ha. Na ülti-

ma coluna da Tabela 7 constata-se um decréscimo da den-

sidade média (cabeças.ha) à medida que se aumenta o

tamanho da empresa, passando de 0,44 cabeças.ha no es-

trato com área média de 2.474 ha para 0,32; 0,31 e 0,28 nos estratos com éreas médias de 6.819, 13.835 e

29.710 ha, respectivamente.

De acordo com resultados de anélises feitos pelo

GEIPOT (BRASIL 1974) no Pantanal Mato-grossense, a den-

sidade bovina por estrato apresentava a mesma caracte-

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31

rTstica (tend&ncia) observada na Tabela 7, embora com

algumas pequenas diferenças em decorrência da área

abrangida, diferenças de perTodo e limites dos estratos.

Na Tabela 8 se apresentam os rndices de densidade do re-

banho bovino em 1974, estimados pelo GEIPOT.

TABELA 8. Densidade do rebanho bovino no Pantanal Mato-

grossense, segundo a estratificaço por .irea

ESTRATO

(ha)

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100 1- 1.000

1.000 1-10.000

> 10.000

Mëdia

a FONTE: BRASIL (1974 ).

DENSIDADE

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0,30 3,33

0,29 3,45

0,30 3,33

3. 2. Evo&tçao do kebctnho bovino no-á p't-LncLpaLs mun,L-

cipLo4 que ~omiiarn a kegi.Eo.

Na Tabela 9 apresenta-se a evoluço do rebanho bovino

do Pantanal Mato-grossense, de acordo com informaçEes

publicadas pelo IBGE. Observam-se aumentos médios anuais

de 6,0 e 4,5 durante os períodos de 1950/60 e 1960/70,

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33

respectivamente, enquanto que para o período de 1970/75

verifica-se um decréscimo médio anual de 1,4?. Este de-

créscimo de populaçéo bovina durante o período 1970/75

explica-se, em boa parte, pelos efeitos negativos do

ciclo de enchentes iniciado em 1974.

Dos diferentes centros pecurios da regio, destaca-

-se o município de Corumb, que ao longo do período

consolidou sua posiço de principal produtor bovino,

sendo que sua produçéo concentra-se na regio pantanei-

ra (Tabela 9). De acordo com os dados da Tabela 9, os

efeitos de enchente de 1974 no foram da mesma magnitu-

de para todos os municípios, pois aqueles que tem uma

parte de seu território fora da região pantaneira pude-

ram evitar ou minorar os efeitos calamitosos do fen6me-

no, tal o caso dos municípios periféricos de Aquidaua-

na, Miranda, Coxim, Poconé e Céceres, onde se observa-

ram aumentos relativos da populaçéo bovina.

Na Tabela 10 apresenta-se a distribuiço da popula-

çao bovina nas diferentes sub-regi6es (és vezes chama-

das de pantanais) do Pantanal Mato-grossense, verifi-

cando-se que aproximadamente 56,89 do rebanho encon-

tram-se no município de Corumbé.

A evoluçéo da populaçéo bovina do município de Corum-

bé durante o período de 1970/79 é apresentada na Tabela

11, verificando-se, pela equaçéo de tendéncia estimada

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34

TABELA 10

Sub-regiGes do Pantanal Matrgrossense e

distribuço percentual do rebanho.a

* DA POPULAÇÃO SUB-REGIÕES BOVINA

PORTO MURTINHO 4,1

RIO NEGRO 4,7 AQUI DAUANA-M 1 RANDA 7,0

NABILEQUE 14,3

NHECOLÂNDIA 19,5 (568%)b

PAIAGUAS 23,0

BARÃO DE tIELGAÇO 9,1

POCONE-CACERES 18,3

FONTE: BRASIL (1974) Porcentagem do município de Corumb

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35

TABELA 11. Evoluç5o da popu1aço bovina do município de

Corumbi durante o pertodo de 1970 a 1979Y

POPULAÇAO BOVINA

ANO (Unidades de 1.000

cabeças)

1970 2.557,7

1971 2.690,3

1972 2.833,1 1973 2.926,2 1974 3.041,4

1975 1.978,7

1976 1.893,9 1977 1.998,3

1978 2.098,2 1979 2.020,3

a FONTE: IBGE (vários anos)

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37

(Fig. 7) um decr&scimo médio anual de 4,5%.

3.3. Compo4.Lço do n.ebcznko bov-Lno

Na Tabela 12 se apresentam duas estimativas da com-

posiço do rebanho bovino, relacionadas com os perrodos

de 1978/80 e 1970175.

TABELA 12. Estimativa da composiço do rebanho bovino

do Pantanal Mato-grossense (%)

CATEGORIA EMBRAPAa IBGEa

Touros 3.6 3,1

Vacas de cria 35,9 36,9

Bezerros até 1 ano 17,2 18,5

Vacas de descarte 4,6 -

Novilhas menores de 3 anos

Novilhas de mais de 2 anos - 10,0

Novilhos e bois 19,7 -

Bois de mais de 2 anos - 14,1

Bezerros de 1 a 2 anos - 16,8

a CADAVID GARCÍA (1981b).

b BRASIL (1978).

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3.4. Indíces t&nLeo4 da pecttmnía de. co&te.

Na Tabela 13 apresentam-se os principais índices téc-

nicos que caracterizam o sistema de produçéo extensivo

da pecuiria pantaneira.

TABELA 13. Alguns índices da pecuria de corte do Pan-

tanal Mato-grossense.

rNDIcEs EMBRApAa EDIBAPD

Taxa de desmama (%) 40,0 49,1

Relação touro:vaca 1:10 1:8,9

Idade l pariço (anos) 4,0 -

Vida útil vacas 7,0 -

Período de reproduço (anos) - 10,0-12,5

Densidade populaciona1(ha.cab .Ano) 3,6 2,7

Produtividade (kg carne.ha 1 .Ano) 6,7-7,7 -

Taxa de extração (%) - 12,4

a CADAVID GARCTA (1981b).

b BRASIL (1978).

A taxa de natalidade em torno de 50% esti relacionada

com problemas de disponibilidade de pastagens, qualidade

nutritiva das pastagens, deficiências minerais, profila-

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39

xia e problemas de manejo, o que em termos agregados se

traduz em baixos Fndices de produtividade.

3.4.1. GenvLaUdcdea da a.tónewtaço bov-Lvw As pastagens nativas constituem a base de alimenta-

çio do gado, sendo as gramfneas seu principal componen-

te. Entre as principais, mencionam-se as seguintes

(Pesquisas em Andamento da UEPAE de Corumbi; ALLEN

1977):

1) Grama-do-carandazal (Panicum laxum), gramínea

cespitosa, que suporta inundaçGes e resiste ao fogo.

Apresenta-se com maior freqU8ncia no campo cerrado e

nas partes mais altas do campo limpo.

z) Capim-mimoso (Axonopus purpusii (Nez) Chase),

gramrnea cespitosa, perene, que resiste a inundaç6es e

fogo. Encontra-se junto com a grama-do-carandazal

3) Macega-branca (Paspalum plicatulum Michx) , forra-

geira de boa qualidade, que se encontra em ireas de

alagamento temporirio, com bom rendimento em massa ver-

de.

t) Paspalum sp. - encontra-se em locais inundiveis

(campo limpo e ireas mais baixas de campo cerrado).

5) Capim carona (Elionurus candidus Mack) , espécie

perene, cespitosa e muito freqUente em solos arenosos,

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40

pobres e pouco suscepttveis a alagamento. FreqUentemen-

te os caronais so submetidos à queima, na época das

secas, porque somente a rebrota é consumida pelos ani-

na i S.

6) Capim-mimosinho (Reimarochloa brasiliensis Mitch)

- esta gramínea quando nova possui folhagem fina e ten-

ra apetecível pelo gado. Encontra-se principalmente ao

longo das vazantes (período chuvoso) e nos leitos das

mesmas (período seco)

BRUM et alii (1980) verificaram níveis muito baixos

de fésforo, cSlcio e magnésio no solo, e fésforo e cal-

cio nas forrageiras, recomendando suplementaço destes

elementos na dieta de bovinos criados na sub-regiõ dos

Paiagus (Fig. 1).

3.4.2. Mgan4 co LcLevvtei, fecn2.co4 da anço de

p'toduçio peca&zia.

O nível de produço depende de um conjunto de fato-

res ou insumos e de suas quantidades e qualidades, sen-

do que existem certas relaçGes tecnolégicas que res-

tringem as opçBes; estas restriç5es so sintetizadas na

funço de produço. A funço de produço pode ser defi-

nida como uma re1aço (grMica, tabular ou algébrica),

que mostra os rendimentos méximos obtidos a partir de

determine.do conjunto de insunos, para dada tecnologia

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41

disponível, por unidade de tempo. Da funço de produção

& possível obter uma s&rie de coeficientes úteis para

determinar níveis de efici&ncia e possíveis reestrutu-

raçaes da empresa.

OLIVEIRA (1975), numa analise de crescimento da pro-

duç&o bovina de corte do Pantanal, determinou os coefi-

cientes de elasticidade apresentados na Tabela l. Os

insumos, rebanho bovino e área de pastagens mant&m es-

treita correlaç3o entre si, gerando s€rios problemas

estatísticos. Em m&dia, esta estreita relaço é comu-

mente definida como índice de lotaç3o (3,3 ha.cab.).

Em termos agregados estes s3o os fatores mais signifi-

cativos na produço com um coeficiente de elasticidade

de 0,75; isto significa que, para um aumento de 10% no

nível de utilizaço do conjunto (rebanho e pastagens),

espera-se um aumento de 7,5% na produço, ceteris

pari bus.

As aplicaç6es em insumos de benfeitorias e equipa-

mentos representam alternativas para aumentar a produ-

ç5o em situaç6es naturalmente inexplor&veis. Estes in-

vestimentos se traduzem em significativas melhoras no

manejo do rebanho e nas £reas de pastoreio, podendo mi-

norar certos efeitos climticos. Em média, espera-se que

um aumento de 10% em investimentos em benfeitorias re-

sulte em aumento de 1,9% na produção, enquanto igual va-

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42

riaço no fator equipamento resultaria em aumento na

produço de 1,3*.

TABELA 14. Coeficiente de elasticidade da funç5o de

produção da pecuria de corte do Pantanal

Mato-grossense

COEFICIENTE DE 1 NSUMO

ELASTICIDADE

Capital tradicional (5rea de

pastagens e rebanho bovino) 0,75* Benfeitorias 0,19* Maquinaria e equipamentos 0,13*

Mio-de-obra 001NS

FONTE: OLIVEIRA (1975) Significativo no nível de 5*

NS Nio significativo nos níveis de probabilidade con-

venci ona is.

Na analise dos fatores mio-de-obra e insurnos modernos

nio foram observadas respostas estatisticamente signifi-

cativas. Estes resultados nio indicam que tais fatores

(vacinas, medicamentos, minerais, etc) nio contribuam

positivamente para incrementar a produçio, mas que, da-

do o sistema de produçio semi-extrativo de grandes ireas

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43

de pastagens nativas sub-utilizadas pela caréncia de in-

fra-estrutura, os fatores benfeitorias e equipamentos se

constituem em elementos restritivos que reduziram as

respostas dos insumos modernos. Estes resultados podem

ser vistos como indices do atraso tecnológico da pecu-

ria pantaneira.

Na reestruturação da empresa pecuria as prioridades

de investimentos s&o, indubitavelmente, em infra-estru-

turas bsicas (melhora de pastagens, benfeitorias e

equipamentos), complementadas com aplicações de insumos

modernos. Nesse contexto, os fatores modernos, espera-

se, tenham significativos efeitos em termos de acrés-

cimos na produtividade e na produçk pecuSria. O crono-

grama de aplicações, procurando definir uma nova funçéo

de produção, deverã estar acompanhado de mudanças na

administraço e no manejo.

De acordo com resultados preliminares de pesquisas

em andamento da UEPAE de Corumb (TULLIO et alii

1980 a,b) o controle da desmama, especificamente a des-

mama antecipada, reduz o período de aleitamento, permi-

tindo o cio mais cedo e, conseqUentemente, permite re-

duzir o intervalo entre partos. Por outro lado, tem-se

observado que animais desmamados aos quatro meses apre-

sentam uma tendéncia de se igualar ao peso dos animais

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44

desmamados aos oito meses.

Em geral, os fen8menos c1imticos da regio determi-

nam as praticas e sistema de produço pecuirio. CADAVID

GARCTA (1981), relacionando os registros do nível do rio

Paraguai com a taxa de natalidade, numa anílise de

custo, estimou que um aumento de lO da cota do rio Pa-

raguai esteve associado a decréscimos de 2,4 na taxa de

natalidade, durante um período de oito anos. Por outro

lado, quando o período passou para 25 anos, em que

possTvel considerar alguns ajustamentos no processo pro-

dutivo, os efeitos das enchentes acusaram uma resposta

menor. Se as mudanças forem conduzidas sob crit6rios

ticnicos, & possível minorar os efeitos climíticos, re-

duzindo, assim, o nível de risco da empresa.

4. ALGUNS TNDICES ECONOMICOS DA REGIÃO DO PANTANAL

MATO-GROSSENSE.

A economia regional i alicerçada na pecuíria de cor-

te, que constitui uma das principais fontes de renda. Na

Tabela 15 apresenta-se a arrecadaço do Imposto sobre

Circulaço de Mercadorias (1CM), durante o período de

1969/79, no município de Corumb3. Conv€m esclarecer que

a tendancia decrescente da arrecadaço do 1CM provenien-

te da pecuiria no reflete necessariamente um decréscimo

no neg6cio pecurio, mas deve-se principalmente a mudan-

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46

ças das alTquotas que foram aplicadas 5 cornercializaço

do gado durante esse perTodo (CADAVID GARCTA 1981 a).

4.1. E4 cioarnen.to da pkodtLçao pec.aania

O escoamento da produço pecuria realiza-se median-

te tras sistemas complementares: a p€, fluvial e ferro-

virio.

Em geral, o transporte de animais acarreta perdas de

peso, mortes e escoriaç6es, que afetam a qualidade do

produto. Por outro lado, junto com o animal vivo trans-

porta-se uma s&rie de !ub-produtos de baixo valor co-

mercial, como as vtsceras, chifres, cascos, etc. Final-

mente, observa-se no transporte de bovinos que nem sem-

pre & possTvel transportar outras mercadorias no retor-

no da viagem. Todos estes fatores contribuem para au-

mentar os custos de transporte, os quais podem variar

em funço da natureza dos sistemas utilizados, das dis-

tncias, do tempo de viagem, dos tipos de animais

transportados e da &poca em que se realiza.

Na Tabela 16 apresenta-se o movimento de gado feito

pela Rede Ferroviria Federal S.A. no Pantanal Mato-

grossense, durante o período de 1967/1980, observando-

se que o maior volume de gado transportado ocorre nos

dois primeiros trimestres do ano, enquanto se constata

decr&scimo na movimentaço durante o terceiro trimestre.

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!I1

De modo geral, observa-se acentuado decréscimo no trans-

porte de gado a partir de 1975, como reflexo do ciclo de

enchente de 197+.

As estaç6es ferroviírias de embarque do gado mais

freqUentes so: Corumbá, Antonio Maria Coelho, Generoso

Ponce, Albuquerque, Carandazal, Bodoquena, Guaicurús,

Miranda, Taunay, Aquidauana e Santa Virgínia.

O transporte ferrovihio de bovinos sempre é precedi-

do de viagens a pé, reunindo-se os animais nas estaç6es

de embarque com alguns dias de antecedéncia. Presumivel-

mente, as perdas de peso no transporte ferroviério sáo

relativamente maiores que no sistema fluvial e rodoviá-

rio, devido ao tempo de viagem relativamente grande.

A Tabela 17 mostra a movimentação de gado feito pelo

Serviço de Navegaço da Bacia do Prata S.A. durante o

período de 1973 a 1979. O trMego fluvial de bovinos na

regido do Pantanal ocorre, principalmente, pelos rios

Paraguai e Cuiabá, sendo a principal via de escoamento

da produço durante os períodos de inundaço.

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21t1

TABELA 17. Movinientaço de gado feito pelo Serviço de

Navegaço da Bacia do Prata S.A., (SNBP S/A)

no Pantanal Mato-grossense, durante o perto-

do de 1973 a

ANIMAIS TRANSPORTADOS TOTAL DE ANIMAIS ANO

(Unidades de 1000 cabeças) CAÍDOS E MORTOS

1973 188,38 21+3

1974 204,10 Sem informaço

1975 147,78 124

1976 127,40 211

1977 141,76 220

1978 128,74 18 1+

1979 99,46 94

a Informaç6es obtidas dos registros do S.N.B.P. S/A.,

de Ladrio, MS.

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50

Segundo PORTO (1969), o fluxo de animais por via flu-

vial poderé percorrer distancias maiores de 1500 km. Os

animais que se destinam aos pontos de embarque procedem

de fazendas localizadas muitas vezes a centenas de qui-

lêmetros destes, deslocando-se a pé das fazendas, até os

portos de origem. O porto de embarque de bovinos mais

distante de Corumbã & Descalvados, a 1.404 km. A veloci-

dade média no transporte fluvial de bovinos oscila entre

15,7 a 17,0 km.hora (PORTO 1969).

Na Tabela 18 se apresenta a saTda do gado dos princi-

pais centros pecurios do Pantanal Mato-grossense, espe-

cificada por categoria de animais e por destino. CADAVID

GARCTA (1981 b), analisando a saída registrada de bovi-

nos do município de Corumbé, estimou que durante o pri-

meiro e o terceiro trimestre do período 1974180 verifi-

caram-se decréscimos de 11 e 34% ao ano, respectivamen-

te. Concomitar.temente com esses decréscimos, constata-

ram-se aumentos no transito de gado para abate de 0,1 e

10% ao ano. O aumento da comercializaço de gado para

abate, objetivando minimizar os efeitos da queda de saí-

da de gado para recria, se realizou é custa de maior ta-

xa de extraço de matrizes durante o perrodo de abril a

setembro.

As mudanças de tendéncia na comercializaçéo do gado

devem-se a dois fatores: os efeitos climéticos que com-

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51

prometeram a oferta de boi nos anos após 1976 e a fase

de declínio de preços, durante o período 1974/77, que

constitui um desestímulo para a manutenção de matrizes.

4,2. P&eço do beL

A Tabela 19 apresenta a evolução do preço real do

boi no Estado de Mato Grosso durante o período de 1972

a 1979, verificando-se que os maiores níveis de preço

ocorreram durante os meses de outubro a dezembro, en-

quanto a fase depressiva corresponde ao período de abril

a julho (Fig. 8). As flutuações estacionais das séries

de preço geralmente resultam de variações climáticas e

são representadas mediante índices. A determinação dos

índices de variação estacional dos preços (Tabela 19) é

facilitada pelo fato de corresponder a flutuações apro-

ximadamente periódicas, tendo um período anual de flu-

tuações concomitante com as mudanças climáticas.

Os preços do boi gordo (Cr$115 kg) durante o período

de 1966/79 recebidos pelos pecuaristas mato-grossenses e

paulistas são mostrados na Tabela 20, podendo-se identi-

ficar dois períodos em razão da magnitude do hiato entre

as duas séries de preços: 1966/7 13 e 1971+180. Estes dois

períodos aparecem definidos na Fig. 9. Os principais fa-

tores que contribuíram para reduzir o hiato entre os

preços recebidos pelos pecuaristas paulistas e mato-

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TABELA IS. Movimentaço do gado bovino sob controle Estadual (IAGRO) especificado por cate-

goria e destino (unidades de 1000 cabeças) a

ANO CENTROS PECUARIOS CATEGORIA DE ANIMAIS DESTINO

Cria Recria Abate SP PR NO NT Outros

1973 Corundtã 3,29 66,29 35,70 61,49 9,08 0,71 31,48 2,51

Aquidauana 10,50 46,59 16,57 32.70 6,11 31,96 2,89

Porto Murtinho 5,66 7,76 1.99 1.74 0,32 - 13,34 -

Miranda 0,02 3,26 3,25 4,62 - - .89 -

Ckeres 0,18 7,10 1,12 6,70 0,06 - 31,48 2,51

Poconé 0,92 2,91 - 1,89 0,64 - 0,96 0,05

974 Corumbéi 5,05 75,39 22,39 66.81 11,24 - 18,54 6,24

Aquidauana 7.71 22,73 17.72 22,41 1,47 - 22,39 1,88

Porto Murtinho 2,51 5,36 1,44 1,32 - - 7,59 0,40

Miranda 1,54 8,46 7.65 9,49 0,94 - 7,22 -

Câceres 0,68 6,60 0,09 5,80 0,03 0,05 1,49 -

Poconé 0,56 2,15 - 2,17 - - 0,53 -

1975 Coru.bí 64,98 30,90 38,70 11,91 - 42,73 2.55

Aquidauana 4,32 21,06 26,23 18.85 1,07 - 31,69 -

Porto Murtinho 1,77 5,06 2,62 1,04 - - 8,41 -

Miranda 0,87 13,78 10,38 8,47 0,25 - 6,04 0,27

Ciceres 0,90 5,95 4,94 8,40 - 0,11 3,07 0,20

Poconi 0,46 3,91 0,60 3,91 - - 1,06 -

1976 Corumbi 1,16 61,62 35,63 33,06 6,92 0,03 54,75 3,66

Aquidauana 5,72 16,33 27.69 17,78 0,59 - 31,36 -

Porto Murtinho 1,12 4,29 5,56 3,43 0,50 - 7.05 -

Miranda 1,48 7,06 13,12 8,11 0,11 - 13,29 0,15

Ciceres 1,75 6,34 12,99 9,90 0,18 - 10,52 0,47

Poconé 0,20 3,92 0,75 3,14 - - 1,71 0,02

1977 Corumbi 0,03 71,83 39,30 44,36 6,83 - 58,14 1,83

Aquidauana 13,56 28,12 37,73 19,18 2,33 0,09 56,58 1,23

Porto Murtinho 1,94 3,30 6,75 4,04 0,54 - 7,42 -

Miranda 4,37 3,60 21,59 11,36 0,09 - 17,31 0,79

Ciceres 3,60 8,88 20,64 7,58 0,62 0,14 23,53 1,25

Poconi 0,96 5.08 2,96 4,48 0.45 - 3,96 0.11

FONTE: CAOAVID GARCIA (1981b)

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55

grossenses foram:

a) Melhora no sistema de transporte com sensíveis re-

duç6es nos custos e nos riscos de perdas durante o

transporte do gado;

b) Implantaço de invernadas em diversas regiSes do

Estado de Mato Grosso (Grande Dourados - Dourados, Mara-

cajü, Rio Brilhante, Gl6ria de Dourados, Ponta Porá e

Rondonópolis), permitindo que maior porcentagem de gado

de recria completasse seu ciclo no próprio Estado;

c) Melhoras técnicas nos sistemas de produço;

d) Melhor organizaço do mercado por parte dos dife-

rentes setores da produço pecuária (associaç6es de pro-

dutores, frigoríficos, etc).

Na Tabela 21 se apresentam sáries de preço do boi ma-

gro e do trator e a relaçáo de preços trator/boi durante

o período de 1967/80. A analise da evolução da relação

de preço (trator/boi magro) visa inferir sobre o compor-

tamento do poder aquisitivo do pecuarista, tomando como

referôncia a compra de um trator de 44 HP. Na Fig. 10

observa-se que durante o período de 1970/7 um trator

podia ser comprado com o equivalente 5 venda de 40 bois

ou menos, constatando-se um ponto de máxima euforia nes-

ta troca durante o ano de 1973/74 (20 a 23 bois por tra-

tor) A partir de 1974, at& 1979, constata-se certo

aviltamento nos preços do boi.

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57

TABELA 20. Preço do boi gordo nos Estados de Mato Grosso e S3o Paulo durante o período de 196680,a

ESTADO DE MATO GROSSO ESTADO DE SAO PAULO BRASIL

ANO NOMINAL REALb ÍNDICE NOMINAL REALb ÍNDICE ÍNDICE

1966 11,77 157,35 IDO 16,48 220,32 IDO 100

1967 13,68 150,89 116 17,01 187,62 103 114

1968 16,16 142,88 137 18,74 165,69 114 125

1969 18,70 139,24 159 21,31 158,67 129 144

1970 26,34 165,24 224 30,18 189,33 183 197

1971 39,62 205,07 337 42,48 219,87 258 275

972 47,25 207,78 401 54,29 238,74 329 351

1973 71.29 271 68 606 79,94 304,65 485 530

1974 106.18 313,40 902 107,28 316,65 651 746

1975 109,12 259,81 927 114,94 273,67 698 791

1976 137,70 205,89 1.170 142,47 213,02 865 966

1977 180,29 180,29 1.532 198,79 198,79 1.206 1.299 1978

283,42 (99,03 2.408 290,00 203,65 1.760 -

1979° 604,08 271,50 5.132 619,44 278,40 3.759 -

a BRASIL fflnist&rio da Agricultura Sistema Nacional de Informaço de Mercado Agrícola

(SIMA)

Deflacionado pelo índice de preço por atacado de produtos agrícolas ''17' da FGV. Ano

base 1977

Preço de junho dos anos 1978 o 1979

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TABELA 21. Evolução do preço do boi magro, preço do trator e relação de preço. Pantanal

Nato-grossense.

Preço do boi magroa Preço do tratorb Relação de Preços

Ano (44 HP) (trator/boi)

Nominal Real Nominal d Real

1967 190,00 2.095,74 13.564,00 130.977,00 71,39

1968 230,00 2.033,60 16.320,00 126.865,00 70,96

1969 230,00 1.887,67 19.102,00 123.223,60 83,05

1970 470,00 3.265,82 19.120,00 102.821,68 40,68

1971 590,00 3.277,30 21.900,00 97.867,47 37,12

1972 720.00 3.269,61 24.786,00 94.429,69 34,42

1973 1.300,00 4.957,03 26.439,00 87.659,27 20,34

1974 1.325,00 3.909,88 29.662,00 76.421,67 22,39

1975 1.400,00 3.328,56 39.280,00 79.140,41 28,06

1976 1.600,00 2.392,13 61.689,00 88.001,05 38,55

1977 2.650,00 2.650,00 92.661,00 92.661,00 34,97

1978 2.950,00 2.071,63 138.958,00 100.186,01 47,10

1979 4.300,00 1.932,58 224.400,00 105.105,38 52,19

1980 14,000,00e

3.643,78 364.712,00 103.317,84 26,05

a Preço do boi magro obtido do histórico de venda da Faz. Palmares, nos Paiagués. Co-rumbã, MS.

O preço do trator de 44 HP, refere-se à média anual do preço bãslco (sem acessórios), posto em fãbrica, Isento do ICM e IPI. Para o comprador ë repassado o valor do frete e seguro, Isto é, de 13 a 28% acima do referido valor

Deflaclonado pelo índice de preços por atacado de produtos agrícolas (''17'' da FOU) Ano base 1977

Deflacionado pelo índIce geral de preços (disponibilidade Interna) (''2" da FGV). Ano base 1977

e Preço do boi magro em abril/1980 (SIMA - subagéncla de Corumbé)

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PANIAGO & SCHIJF1 (1971) estimaram que a expanséo e moder-

nizaço do setor agrícola do Brasil tem sido baseada em

incentivos de mercado, expressos mediante investimentos

em infra-estruturas de mercado, subsíduos para o uso de

insumos modernos, aumentos substanciais do crédito a ta-

xas de juro reais negativas e implementaçéo de programas

de preços mínimos.

Para o caso da regiéo do Pantanal, onde os investi-

mentos em infra-estrutura de mercado pecuirio parecem

no ter acompanhado a ap1icaço dos incentivos de merca-

do, é provével que a produção agregada néo tenha reagido

favoravelmente s mudanças de preços 1 . Por outro lado, a

implantaço dc preços mínimos no dispunha de instrumen-

tos necessSrios para efetivamente vigorar. Neste sentido

o pecuarista, pressionado por compromissos econêmicos e

pela realidade ecolégica, tinha que vender sua produçéo

a preços inferiores aos estabelecidos pelas portarias

pertinentes, servindo, estas Gltimas, como um simples

instrumento de base para determinar certos impostos da

No presente trabalho néo se discute o mérito e a efi-

ciência dos preços mínimos sobre a produço pecuéria

pantanei ra.

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mfl

RELAÇb

FIOIJRA IO CImVA DA fltLA* D( PQECO REAL DO TRA1OR (44 I4R$ E CO PREGO RiM. DO SOl 'O PANTANAL WATO4OSSCN SE DORMITE O PERÍODO I94t'iO.

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M.

comercalizaçéo do produto pecuério. Na Tabela 22 se

apresenta a evoluç3o dos preços mínimos de 1967 a 1980,

para seis categorias de animais.

O crescimento pecuério deve ser induzido mediante me-

1horas tecnoiégicas apoiadas em mudanças institucionais

e de infra-estrutura de mercado, que permitam substan-

ciais incrementos na oferta dos insumos incorporados pe-

las novas tecnologias, Os preços (do produto e dos insu-

mos) têm especial importência nesta transformaço, po-

dendo acelerar, retardar ou sustar tais processos. Neste

sentido, uma política de preços realmente favorével (es-

timada com base em certos critérios técnicos, custos de

produção, etc) deveré ser acompanhada de mudanças técni-

cas, de infi 3-estrutura de mercado e institucionais.

5. ASPECTOS TECNICOS E ECONÔMICOS DA PECUÁRIA DO PAN-

TANAL MATO-GROSSENSE.

O presente capitulo foi tirado de CADAVID GARCFA

(1980 b) , onde se apresenta uma discussão metodolégica

mais completa sobre os diferentes aspectos considerados

na anélise de custo.

Com esporédicas ressalvas, pode-se afirmar, de acor-

do com resultados preliminares de estudos de casos re-

presentativos da regio pantaneira, que os índices téc-

nicos de produtividade so baixos, representativos de

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c

62

5

o

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*1

TABELA 23. Alguns índices econúmicos da pecuria de corte do Pantanal Mato-grossense 8 .

DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE VALOR VALDRES

b NOMINAL REAISC

1) Custo vaca p/cria Cr$.cab» - 114.500,00 14.738,56

2) Venda vaca (descarte) Cr$.cab. - 9.500,00 3.104,57

3) Montante a ser resti tuído Cr$ - 5.000,00 1.633,99

4) Anuidade (taxa juro 2% a.a.) Cr$ - 2.235,59 730,58

5) Taxa de natalidade 50,00 - -

6) Vida útil da vaca Ano 7,00 - -

7) N? bezerros nasc./vaca Cabeças 3,5 - -

8) Custo/bezerro nascido Cr$ 4.064,69 1.328,33

9) Custo touro p/reprod. Cr$.cab. 1

- 24.000,00 7.843,14

ID) Venda touro (descarte CrS.cab. - 13.500,00 4.411,76

ii) Montante a ser restituído Cr$ - 10.500,00 3,431,38

12) Anuidade (taxa juro 2% a.a.) Cr$ - 3.820,16 1.248,56

13) Vida útil do touro Anos 7,5 - -

4) Utilizaçio do touro Cr$.cab. 1:10 - -

15) Custo serviço/vaca Cr$ - 382,07 124,86

16) Custo serviço/bezerro nas- cido Cr$.cab. - 694,68 227,02

17) Custo total/bezerro nascido (8 + 16)

-1 Cr$,cab. 4.759,37 1.555,35

a FONTE: CADAVID GARCIA (1980a)

Preços de mercado (Corumbi, lIS) dez./jan. 1979/1980

Cruzeiros deflacionados pelo índice de preço por atacado de produtos agrícolas '17'' da FGV (Ano base 1977)

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M.

um sistema criatório extensivo e tradicional da pecu-

ria, determinados por caracterTsticas ecológicas da re-

gio.

Nas Tabelas 23 a 25 se apresentam Tndices econômicos

estimados para a pecuria de corte do Pantanal Mato-

grossense.

6. ESQUEMA TEÓRICO DE POSS1VEL AUMENTO NA EFICIENCIA

PRODUTIVA DA PECUARIA DE CORTE DO PANTANAL MATO-

GROSSENSE.

Hipótese: o principal fator limitante da produço pe-

curla & ALIMENTAÇÃO, seguido de MANEJO.

CARACTERIZAÇÃO

SIST.PROD.ALTERN.

DISPONIBILIDADE

RECURSOS NATURAIS

ND ICES

7TECN 1 COS

A LO CAÇ ÃO

RECURSOS

PROFI LAXIJ

ZOOTECN 1 COS)

MANEJO)

i) Disponibilidade de recursos: terra e água.

Terra - possibilidade de incorporar efetivamente e em

forma eficiente 20% de áreas de cerrado (CUNHA 1981) com

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65

pastagens cultivadas.

Lotaço atual: 1.000 cabeças por 3.600 ha

Se 1 cabeça -0,85 unidade animal (UA), a lotaço é

de 4,23 ha.UA, dos quais so realmente utilizados, 80%

da érea, isto &, 3,38 ha.UA (lotaço média por ano).

2) A1ocaço de recursos

Custo de formação de pastagem, no cerrado (em termos

de cruzeiros reais) é Cr$ 2.152/ha.

Pastagens cultivadas: Brachiaria decumbens.

UtiIizaço das pastagens: Alternada e conjugada com

pastagens nativas.

Consideram-se duas situaçées:

a) Alto Pantanal

b) Baixo Pantanal

(a) Primeira Situaço

Durante o período de enchente (1,5 a 3 meses) a lota-

ço nas pastagens cultivadas podera variar de

0,5 ha.UA (CADA'JID GARCTA 1981 a) a 0,66 ha.tJA 1

(VILELA 1977).

Durante o período de secas, a lotaçéo nas pastagens

cultivadas poder5 situar-se en torno de 2,20 ha.UA 1

(CADAVID GARCTA 1981 a).

A utilizaçio anual (média ponderada em re1aço ao

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tempo de uti1izaço) dos cerrados =

(0,58 ha.UA).(0,19 anos) = 0,11 ha.UA.Ano'

(2,20 ha.UA).(0,8l anos) = 1,78 ha.UA.Ano

Total = 1,89 ha.UA .Ano

6.1. Lttabittdade econ6nvLaa do u quema te6it.Laa pa'ra

awnen-tan. a e cLncLa de tua da tvvza.

A anuidade capitalizada do investimento de formaço

das pastagens & determinada pela fórmula:

AI = c o

i (1 + j )fl

((1 + i)" -1),

onde AI = anuidade em Cr$ reais

C = investimento (Cr$ 2.152/ha)

= taxa de juro real (6% a.a.)

n = vida útil das pastagens, sob duas hipóteses:

10 e 15 anos de duraço

1? hipótese (n = 10 anos):

AI = Cr$ 292,56/ha (cruzeiros reais)

Cr$1.029,83/ha (cruzeiros nominais de 1980)

2 hipótese (n = 15 anos):

AI = Cr$ 221 ,66/ha (cruzeiros reais)

Cr$ 780,261ha (cruzeiros nominais de 1980)

IJtilizaço e custo da &rea de pastagens cultivadas:

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67

Alto Pantanal (1,89 ia.UA .Ano)

Cr$ 292,56/ha-, Cr$ 552,94/UA (cruzeiros reais)

Cr$ 221 ,66/ha- Cr$ 418,94/UA (cruzeiros reais)

Baixo Pantanal (1,56 ha.UA .Ano)

Cr$ 292,56/ha-.3 Cr$ 456,39/UA (cruzeiros reais)

Cr$ 221 ,66/ha - Cr$ 345,79/IJA (cruzeiros reais)

Lotaço ni&dia (ponderada em relaço rea) para uma fa-

zenda localizada no Alto Pantanal:

(3,38 haUA).(0,80) = 2,70

(1,89 ha.UA).(0,20) = 0,38

Total

(b) Segunda Situaço

Pertodo de enchente

Lotaço no período de enchete

Lotação no per rodo de secas

3,08 ha.UA

4 meses

0,66 ha.UA

2,00 ha.UA

índice de utilizaço das pastagens cultivadas

(0,66 ha.UA) (0,33 anos) = 0,22

(2,00 ha.UA 1)(067 anos) = 1,34

Total 1,56 ha.UA.Ano1

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M.

Lotaço m&dia (ponderada em re1aço à 3rea) para uma

fazenda localizada no Baixo Pantanal:

(3,38 ha.UA 1 ).(0,80) =2,70

(1,56 ha.UA).(0,20) =0,31

Total 3,01 ha.UA

A estes resultados de intensidade de uso do fator terra

(27,2% na situaço A e 28,8% na situaço B) devem acres-

centar-se os efeitos qualitativos e de regularizaço da

oferta de forragem.

Comparaço fTsica dos possTveis resultados

ALOCAÇÃO MAIS EFICIENTE DA TERRA

LOTAÇÃO (LOTAÇÃO)

4,23 ha.UA.Ano Alto Pantanal 3,08 ha.UA.Ano

Baixo Pantanal 3,01 ha.UA .Ano

Deciso Empresarial

(v) + AI ML

onde:

Y Beneftcios esperados:

- Reduço da área por unidade animal;

Alto Pantanal

De 4,23 para 3,08 = 1,15 ha.UA1

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[*1

Baixo Pantanal

De 4,23 para 3,01 = 1,22 ha.UA

- Maior ganho de peso/unidade de tempo;

- Outros efeitos indiretos sobre o manejo e

controle do gado;

ML = Margem de lucro em funço do risco de empre-

endimento.

6.2. Pkognarnaó com plemetttwte4

Minera1izaço

PropGe-se, inicialmente, uma mistura mineral composta

de SAL e FOSFATO BICALCICO, na proporço de 17,0 e

18,2 g/dia de sal comum e fosfato bicicico, respectiva-

mente. O custo da mistura mineral é de Cr$ 146,48 (ou

Cr$ 448,23 cruzeiros nominais) por unidade animal por

a no.

Profilaxia

Vacinaçio contra febre aftosa,

co, brucelose e, esporadicamente,

ano foi estimado em Cr$ 7,18.1IA 1

nominais).

Aplicaçio de vermrfugos de lar

de até 30 meses de idade. 0 custo

carbúnculo sintomti-

raiva. O custo por

(Cr$ 22,00 cruzeiros

o espectro a animais

foi estimado em Cr$

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70

TABELA 24. Estimativa dos custos de formação de pastagens no cerrado da sub-regio de

Nhecolhdla. Pantanal Ma tc _grossensea ,

MAQUINAS TEMPO GASTO CUSTO (Cr$)

OPERAÇÃO IMPLEMENTOS E MtDIO HORA

OUTROS (HORAS/ha) MAQUINA Cr$/ha.

Desmatamento e en- Dois tratores

leiramento esteira, cabo 3.64 354.17 1.289,17

aço 100 m (1.246,68) (4.537,88)

Limpeza de Mio-de-obra

raízes (homem-serviço) 1.85 - (361,78)

Gradeaço Trator (grade

e li. discos 18") 2,46 242,50 596,55

Plantaço e plantadeira (853,60) (2.099,86)

Semente Brachlaria

(20 kg/ha) decunibens - - (575,17)

Total 2.151,90

(7.574,69)

a FONTE: CADAVIO CARdA (1980a)

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71

TABELA 25. Estimativa dos custos fixos e dos custos varivels na produçio de bezerros

no Pantanal Mato_qrossensea.

VALOR VALOR DISCRIMINAÇÀO UNIDADE

NOMINAL REAL

Custos fixos

1. Terra Cr$.ha 1 .Ano 2.800,00 915,00

2. Benfeitoria, maquinaria Cr$.ha.Ano 1 1.713,60 560,00

3. Mio-de-obra permanente Cr$.ha .Ano 37,39 12,22

4, Conservaçio ativos Cr$.ha .Ano 60,00 18,30

5. Fluxo renda perman. (terra) Cr$ , ha 1 .Ano 1 .421 ,28 464,47

6. Depreclaçio benfeit. maquln. Cr$.ha 1 .Ano 99,11 32,39

7. Custo fixo (3+4+5+6) Cr$.ha 1 .Ano 1 1.613,78 527,38

Custos variiveis

8. Despesas c/vacinaçio Cr$.ha .Ano 8,84 2,89

9. Despesas e/mineral Izaçio Cr$.ha 1 .Ano 7,96 2,60

lO. Despesas c/vermifugaçio Cr$.ha .Ano 1,32 0,43

11. Transporte Cr$.ha 1 .Ano' 22,89 7,48

12. Cornbust. + lubrificante Cr$.ha ' .Ano 1 10,98 3,59

13. Imposto + juro s/empréstlmo Cr$.ha.Ano 1 16,19 5,29

14. Administraçio Cr$.ba.Ano 38,98 12,74

15. Custo varlivel (8 a 14) Cr$.ha 1 .Ano 107,16 35,02

16. Custo total (sem deprec. ma- -1 -1

triz) Cr$.ha Ano 1.720,94 562,40

a FONTE: CADAVIO CARCIA (1980a)

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72

2,15.UA(ou Cr$ 6,60 cruzeiros nominais).

Manejo

Diviso do rebanho em, no minimo, quatro categorias:

vacas com cria, vacas falhadas, recria para machos e re-

cria para fameas.

Desmama de bezerros entre quatro a seis meses, o que

se traduz em maiores taxas de reconcepço (89 a lOO),

segundo resultados preliminares obtidos por TIJLLIO et

alii (1980a) na sub-regio da Nhecolndia.

Registros técnicos que permitam orientar programas de

melhoramento do gado reprodutivo (seleço, descarte, re-

posiço, controle de monta, etc).

Manter uma re1aço touro:vaca em torno de 1:20.

Investimentos em benfeitorias (currais, maior nGmero

de divis6es, etc).

Aço administrativa com crit&rio empresarial

Espera-se que, ainda longe do aprimoramento tecnoló-

gico desejve1, seja possivel passar de índices de ren-

tabilidade negativos para margens de lucro positivas,

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73

TNDICES TÊCNICO-ECONOMICOS DA

REGIÃO DO PANTANAL MATO-GROSSENSE

7. RESUMO: O Pantanal Mato-grossense tem sido alvo de

preocupaç6es, traduzidas em prioridades do Governo Fe-

deral e Estadual, no tocante a medidas que venham a me-

lhorar os rndices de produção da pecuria de corte, da-

da a abundancia relativa de recursos edficos e hídri-

cos na regio. Essas prioridades t&m induzido o Governo

a aplicar investimentos em programas de pesquisa, in-

fra-estrutura e extensio rural, visando a obtençio do

aprimoramento destes índices. Neste sentido, as pesqui-

sas de solos, forrageiras, minerais, manejo e sanidade

animal, assim como a viabilidade técnica e econ&nica

das tecnologias, estio merecendo atençio especial.

Alguns resultados preliminares mostram que a pecu3-

ria da regiio devera começar a se reestruturar, com a

adoçio de certas praticas indubitavelmente vantajosas.

A utilizaçio de insumos modernos, integrados num siste-

ma de produçio pecuirio pantaneiro, devera apoiar-se em

mudanças da infra-estrutura do mercado. O melhoramento

do sistema de comercializaçio e a estabilizaçio de uma

política voltada ao setor (preço, crédito, etc) poderio

contribuir para aumentar a produtividade da pecuéria do

Pantanal

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74

A apresentaço sumiria dos índices expostos neste

trabalho visa mostrar alguns aspectos t&cnicos e econ6-

micos do Pantanal Mato-grossense.

Termos para indexaço: pecu3ria de corte, economia, re-

banho bovino, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul.

TECHNICAL AND ECONOMICAL RATES

OF THE PANTANAL OF MATO GROSSO REGION

8. ABSTRACT: The Pantanal of Mato Grosso has been matter

of concern, represented by State and Federal Government

priorities of actions which shall improve beef cattle

production rates, taking into account the relative

abundance of the regional soU and water resources.

These priorities have induced the Government to invest

in research programs, infra-structure and rural

extension, aiming to obtain improvement of these rates.

Thus, research projects on soils, forages, minerals,

management and animal health, as well as technical and

economical feasibility of the technologies, are

receiving special attention.

Some preliminary resu)ts show that the cattle

industry of the region shall start to reestructure it-

self with the adoption of certain undouptedly

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75

advantageous practices. The use of modern inputs,

integrated in a Pantanal beef cattle production system,

shall be supported by market infra-structure changes.

Marketing improvements and stabilization of favourable

politics (price, finance, etc) may contribute to

increase productivity of the Pantanal beef cattle

1 ndustry.

The brief presentation of the figures in this paper

aims to show some technical and economical aspects of

the Pantanal of Mato Grosso.

Index terms: beef cattle industry, economics, cattle

herd, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul.

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9. AGRADECIMENTOS

Aos colegas da UEPAE de Corumb, pela valiosa co-

laboraço, e, em especial, ao Comit& de Publicações da

Unidade.

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